Você está na página 1de 13

Relatório das

ATIVIDADES DA
26° SEMOC
CURSO DE GRADUAÇÃO EM PSICOLOGIA

NATHALIA SOUZA DE CERQUEIRA

RELATÓRIO DE ATIVIDADES DA 26ª EDIÇÃO DA SEMOC

Relatório apresentado à disciplina Técnicas


de Avaliação Psicológicas II, do Curso de
Psicologia da Universidade Católica do
Salvador, como requisito parcial de
avaliação.

Docente: Liz Martinez Merces Dias

SALVADOR -BA
2023
Sumário

01 A relevância da SEMOC na comunidade


universitária e na ciência.

Mesa-redonda sobre “Psicanálise e sua Contribuição


02 para a Reforma Psiquiátrica no Brasil”.

03 Mesa-redonda sobre “Educação e Juventude:


Sonhos e Futuros entre as Desigualdades e as
Vulnerabilidades Sociais” .

04 Mesa-redonda sobre “ Determinantes Sociais da


Saúde: Desigualdades e Garantias de Direitos ”.

05 Sugestões para Futuros Temas.


01) A relevância da SEMOC na
comunidade universitária e na ciência.

A SEMOC, promovida anualmente


pela UCSAL desde 1998, é um
evento acadêmico significativo que
envolve toda a comunidade
universitária. Ela incentiva a
pesquisa, extensão e a integração
entre ensino, bem como facilita o
intercâmbio entre instituições,
fortalecendo a pesquisa a níveis
local e internacional. A edição deste
ano foca em "Democracia e
Cidadania no Século 21", destacando
a importância da integração entre
graduação e pós-graduação e a
abordagem de questões
contemporâneas essenciais.

01
01) Mesa-redonda sobre “Psicanálise e sua Contribuição
para a Reforma Psiquiátrica no Brasil”:

No dia 24/10, das 8h às 9h30, ocorreu uma mesa-redonda sobre


“Psicanálise e sua Contribuição para a Reforma Psiquiátrica no
Brasil” no Eixo 1: Questões Urbanas e Sociais Contemporâneas.
Foi coordenada por Prof. Me. Júlio César Hoenisch (UCSAL) e
contou com a participação de Saulo Machado Cunha e Maria
Isaura Perdiz (UCSAL), realizada no Auditório Térreo - Bloco A.
Na mesa-redonda da Atividade 1, que abordou o tema "Psicanálise
e sua Contribuição para a Reforma Psiquiátrica no Brasil", o nível
de interação entre os participantes foi notável. As discussões
foram marcadas por perguntas instigantes, problematizações
profundas e algumas polêmicas saudáveis.

O Prof. Me. Júlio César Hoenisch (UCSAL) liderou com maestria a


coordenação, proporcionando um ambiente propício para o
diálogo aberto. Minha perspectiva sobre as discussões é
extremamente positiva. O tema em si é de grande relevância para
a formação em Psicologia, pois explorar a relação entre a
psicanálise e a reforma psiquiátrica no contexto brasileiro oferece
insights valiosos sobre abordagens terapêuticas, políticas de
saúde mental e direitos humanos. Fiquei impressionado com a
profundidade das análises e as perspectivas críticas apresentadas,
o que contribuiu significativamente para minha compreensão da
evolução da saúde mental no Brasil e como a psicanálise
desempenhou um papel fundamental nesse processo. Acredito
que essas discussões enriqueceram minha formação acadêmica
em Psicologia, fornecendo uma visão mais abrangente das
questões de saúde mental no país.

02
02) Mesa-redonda sobre “Educação e Juventude: Sonhos e
Futuros entre as Desigualdades e as Vulnerabilidades
Sociais”:

No dia 24/10, das 9h30 às 12h, ocorreu uma mesa-redonda


sobre “Educação e Juventude: Sonhos e Futuros entre as
Desigualdades e as Vulnerabilidades Sociais” no Eixo 3:
Direitos Sociais, Educação, Cultura e Cidadania. A mesa foi
coordenada por Prof. Dr. Isael de Jesus Sena (UCSAL) e
contou com a participação de Profa. Me. Sarah Lemes de
Almeida (UFBA), Prof. Dr. Moisés Batista Santos de Oliveira
(UNEB), Elaine Ellen Borges Bispo (SERIN-GOV/BA) e
Camila Ramos de Souza Lima (UCSAL), realizada na Sala
B217 - Bloco B. Na mesa-redonda da Atividade 2, cuja
temática orbitava em torno de “Educação e Juventude:
Sonhos e Futuros entre as Desigualdades e as
Vulnerabilidades Sociais,” a interação entre os participantes
se desdobrou em uma sinfonia de reflexões profundas. Foi
como se nossas palavras fossem notas musicais, tecendo
uma melodia de conscientização.

O Prof. Dr. Moisés Batista Santos de Oliveira (UNEB)


elevou a discussão ao levantar questões essenciais sobre o
impacto da educação na juventude periférica e negra.
Como uma poesia, ele pintou o cenário de esperanças e
desafios, questionando como a educação pode servir como
uma tábua de salvação ou, paradoxalmente, como a falta
de oportunidades pode contribuir para o triste aumento
das mortes dessa juventude.

03
Como preâmbulo para a discussão da mesa, o
professor Moisés evocou as palavras do poeta
João Cabral de Melo Neto em “Morte e Vida
Severina,” lançando um manto de lirismo sobre o
diálogo. O poema, permeado de metáforas e
simbolismo, ecoou na nossa consciência,
recordando-nos da importância da educação na
vida de cada Severino, cada jovem em busca de
um futuro mais promissor. Ele compartilhou sua
própria jornada acadêmica, inspirando-nos com
a narrativa de superação e determinação após
ter sido encorajado por uma professora, que
incentivou sua sede de conhecimento. Esta
experiência pessoal ressoou como um lembrete
de que, na busca pelo conhecimento, o tempo e
o contexto não são obstáculos intransponíveis.
A contribuição da Profa. Me. Sarah Lemes de
Almeida (UFBA) na mesa-redonda trouxe um
panorama cativante sobre sua pesquisa de
doutorado, que se concentrou na alfabetização
de crianças que estudam em escolas periféricas
de Brasília. Através de sua fala, Sarah destacou
os desafios que enfrenta como psicóloga nesses
contextos desafiadores, onde aprendeu lições
valiosas com as crianças, levando em
consideração seus contextos sociais, econômicos
e de segurança.
Ela compartilhou um caso que motivou sua tese de
doutorado, o de uma aluna chamada Ana Clara, que
enfrentava dificuldades significativas na comunicação,
interação e alfabetização. Através do comprometimento
da equipe escolar, em que a psicologia desempenhou um
papel essencial, Ana Clara passou por um notável
processo de desenvolvimento. Hoje, ela não apenas se
comunica efetivamente, mas também escreve, usando
suas palavras para denunciar questões relevantes. As
palavras de Sarah ressaltaram não apenas a importância
da psicologia na educação, mas também a capacidade de
transformação que a educação pode ter na vida de jovens
em contextos desafiadores. O relato sobre o amor de Ana
Clara por seu cabelo, mas também sua complexa relação
com ele devido ao racismo que enfrentou, revelou a
profundidade das experiências vivenciadas por essas
crianças. Sarah exemplificou como a psicologia pode
servir como uma ponte para superar obstáculos e
capacitar jovens a encontrar suas vozes e lutar contra a
injustiça.
Na sinfonia das vozes que se entrelaçam nessa mesa-
redonda, Elaine Ellen Borges Bispo nos transportou para
o coração do seu trabalho na SERIN-GOV/BA. Com uma
aura de compromisso e dedicação, ela compartilhou as
complexidades de trabalhar com as diversas facetas das
"juventudes”. Sua narrativa ressoou como um chamado à
ação, uma melodia que ecoa a importância de buscar
soluções e oferecer suporte a essas vozes que, muitas
vezes, permanecem silenciadas. Ellen conduziu uma
dinâmica em grupo que nos levou a explorar o conceito
de segurança e liberdade, revelando como esses jovens
encontram refúgio em locais que oferecem uma rede de
apoio.
Foi uma lição poderosa sobre a importância de
criar espaços onde a juventude possa se expressar,
se sentir ouvida e encontrar apoio. Logo em
seguida, Camila Ramos de Souza Lima, da UCSAL,
apresentou um projeto acadêmico que aprofundou
nossa compreensão sobre as vivências de famílias
em contextos desafiadores. Através do olhar
atento dessa equipe de pesquisadores, fomos
convidados a mergulhar nas experiências desses
pais e seus filhos adolescentes. As histórias de luta
e esperança pintaram um retrato da resiliência
humana diante das adversidades. Os pais
compartilharam seus sonhos de proporcionar uma
vida melhor para seus filhos através da educação.
Essas palavras de esperança e determinação
ressoavam como versos de um poema, ecoando a
perseverança que ilumina o caminho em meio às
dificuldades. Como uma jornada musical, as
contribuições dessas participantes ampliaram
minha compreensão sobre o poder da educação na
transformação de vidas. Elas inspiraram um
compromisso renovado com a busca de soluções e
o apoio àqueles que enfrentam desafios,
lembrando-me de que a psicologia é uma
ferramenta poderosa para promover a igualdade e
a justiça social, e que, por meio de histórias e
experiências compartilhadas, podemos criar
harmonias de esperança em meio às
complexidades da vida.
03) Mesa-redonda sobre “ Determinantes Sociais da
Saúde: Desigualdades e Garantias de Direitos ”.

No dia 24/10, ocorreu a mesa-redonda no âmbito do


Eixo 2: Desigualdades e Minorias Sociais, com a
temática “Determinantes Sociais da Saúde:
Desigualdades e Garantias de Direitos.” A mesa foi
coordenada por Profa. Dra. Ana Maria Fernandes Pitta
(UCSAL) e contou com a participação de Me. Stela
Gleide Oliveira Santana Dilago, Me. Aline Junquilho
Dantas, Me. Márcia Pereira Martins Vale (todos da
UCSAL), e Me. Michelly Bezerra dos Santos Rabelo
(UNIBRAS). Este evento ocorreu de forma virtual, das
18h30 às 21h. Na mesa-redonda da Atividade 3, cujo
tema central foi “Determinantes Sociais da Saúde:
Desigualdades e Garantias de Direitos,” a interação
entre os participantes atingiu um nível de
profundidade impressionante. As discussões foram
enriquecidas por uma série de perguntas pertinentes,
problematizações desafiadoras e abordagens críticas
que proporcionaram uma análise mais aprofundada
das complexidades inerentes ao tópico. Minha
perspectiva sobre essas discussões é extremamente
positiva e com grande interesse acadêmico.

04
O tema dos determinantes sociais da saúde é de
grande relevância para a formação em Psicologia,
visto que ele destaca como fatores sociais,
econômicos, culturais e ambientais desempenham
um papel fundamental na saúde das populações.
Aprofundar-me nesse tema proporcionou uma
visão mais completa da psicologia da saúde e da
importância de considerar o contexto social e
econômico ao abordar questões de saúde. As
discussões na mesa-redonda enfatizaram a
necessidade de uma abordagem interdisciplinar
para abordar as desigualdades em saúde. Os
participantes destacaram a importância das
políticas públicas eficazes na redução das
disparidades e discutiram como os profissionais
de psicologia desempenham um papel
fundamental na promoção da saúde e no combate
às desigualdades. Essas conversas aprofundaram
minha compreensão sobre como os
determinantes sociais afetam diretamente a saúde
mental e emocional das pessoas.
Sugestões para Futuros Temas:

As três atividades da SEMOC proporcionaram insights


valiosos e reflexões profundas sobre questões críticas na
interseção da psicologia, educação e equidade social.
Dada a inspiração que emergiu dessas discussões, há
várias sugestões para futuros temas a serem explorados.
Uma área de interesse potencial é a saúde mental na
juventude, com foco em estratégias psicológicas para
promover o bem-estar emocional e psicológico entre os
jovens em contextos desafiadores. Além disso, a
educação e a equidade educacional emergiram como
temas cruciais, sugerindo uma investigação mais
aprofundada sobre como a psicologia pode abordar
disparidades no sistema educacional. A análise dos
determinantes sociais da saúde levanta questões
significativas sobre saúde e bem-estar em contextos
desfavorecidos. A influência dos psicólogos na formulação
de políticas públicas, abordando desigualdades sociais e
de saúde, também é um tópico promissor. Explorar
resiliência e empoderamento como conceitos-chave na
psicologia pode enriquecer nossa compreensão de como
as pessoas enfrentam desafios e superam obstáculos.
Todas essas sugestões, enraizadas nas discussões da
SEMOC, têm o potencial de catalisar investigações e
diálogos significativos, moldando uma próxima geração
de psicólogos comprometidos com a resolução de
questões sociais complexas e promovendo o bem-estar
da comunidade.

05

Você também pode gostar