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INSTITUTO FEDERAL DE GOIÁS / CAMPUS GOIÂNIA

DEPARTAMENTO DE ÁREAS ACADÊMICAS IV


COORDENAÇÃO DA ÁREA DE MECÂNICA
DISCIPLINA: Ciências do Ambiente

TÍTULO DA ATIVIDADE:

ESTUDO DE CASO

Alunos:
GUSTAVO DE SOUZA VAZ
AUGUSTO FELIPE MOREIA
KAIQUE DA SILVA COSTA COELHO

Professora:
CYNTHIA ALEXANDRA RODRIGUES

GOIÂNIA
DEZEMBRO DE 2023
• INTRODUÇÃO:

O comércio em questão na qual foi escolhido foi a feira Hippie, localizada na rua 44,
no centro de Goiânia, cujo o mesmo necessita de uma revisão acerca de questões
ambientais.

Nessa questão, o local ocorre comércio de roupas, comidas, produtos de beleza e


diversos outros tipos de produtos, na qual a limpeza do local e feita pela própria prefeitura
visto que a localização e cedida pelo mesmo. Na saída dos feirantes, embalagens,
comidas, sujeiras se acumulam no entorno, sendo limpo com vassoura e em certas
situações até água, porém não e sempre. Devido ao acumulo, muito desta sujeira acaba
caindo em bocas de lobo, levando a contaminação da rede de esgoto, como a
contaminação da água, a impermeabilização, entupimento da rede e poluição dos lençóis
freáticos.

A Feira Hippie de Goiânia representa um ícone histórico e cultural na cidade,


consolidando-se como o maior mercado ao ar livre do Brasil e da América Latina, com
aproximadamente 7.000 barracas e uma rica história de cerca de seis décadas. Sua origem
remonta aos anos 60, quando hippies locais começaram a expor suas criações no
Mutirama, migrando por diferentes praças até estabelecerem seu lar na Praça do
Trabalhador, onde ocorre aos sábados e domingos.

O principal enfoque da feira é a moda, oferecendo produtos sempre atualizados e a


preços competitivos, o que atrai não apenas moradores locais, mas também excursões de
várias partes do Brasil e do Mercosul. Além disso, é um espaço diversificado, abrigando
uma ampla gama de objetos artesanais, desde peças de crochê, porcelanas e cerâmicas até
tachos de cobre e tecidos de tear. Artistas plásticos, inclusive renomados
internacionalmente, exibem suas obras, contribuindo para a atmosfera criativa e artística
da feira.

Dentro desse cenário de variedade, a Feira Hippie não se limita apenas ao comércio de
moda e artesanato, oferecendo uma gama diversificada de produtos. Desde calçados e
roupas até artigos regionais e uma infinidade de opções gastronômicas, essa feira é uma
verdadeira vitrine da cultura local e nacional, incluindo pratos típicos de Goiás, como o
renomado Empadão Goiano, além de iguarias de outras regiões do Brasil e até mesmo de
outros países.

Quando se trata de questões ambientais, é importante reconhecer que um evento dessa


magnitude tem um impacto considerável. A Feira Hippie de Goiânia, apesar de ser um
ponto de referência cultural, gera diversos impactos ambientais. Com suas milhares de
barracas e um grande fluxo de pessoas, há uma produção significativa de resíduos sólidos,
como plásticos, papelão e restos de comida. A fabricação de itens artesanais demanda
recursos naturais, podendo levar à exploração excessiva desses recursos.
• DESCRIÇÃO DA EMPRESA:

Dados gerais da empresa Nome da empresa (opcional): Feira Hippie

Endereço: Rua 44

Cidade: Goiânia Estado: Goiás

Nome do responsável pela empresa: Não informado

Nome e função das pessoas que participaram da avaliação: Feirantes e Comerciantes

Número de funcionários fixos: Não informado

Setor produtivo: Feira

Sistema de Gestão Ambiental ( ) Sim (x) Não Tempo:


implementado
Licença ambiental de operação (x) Sim () Não Tempo:

Alvará do corpo de bombeiros (x) Sim ( ) Não Tempo:

Possui algum certificado ambiental (x) Sim ( ) Não Citar:

Treinamento ambiental para ( ) Sim (x) Não Periodicidade


operadores :

Dados gerais do processo Tipo de processo produtivo: ( ) Customizado ( ) Linha


produtivo
(x) Batelada ( ) Contínuo

Número de unidades ou linhas de produção: não se


aplica

Principal(is) produto(s):não se aplica

Principal(is) matéria-prima(s) e insumo(s): não se aplica

Consumo de água no processo (x) Sim ( ) Não Qtd. (L/mês):


produtivo
Fontes de energia utilizada no processo produtivo: não se aplica

Utilidades empregadas no processo produtivo:

Geração de resíduos sólidos (x) () Não Qtd. (kg/mês):


Sim
Resíduos sólidos são segregados (NBR 10.004) ( ) Sim (x) Não

Dados sobre os rejeitos Área de armazenagem temporária de resíduos ( ) Sim (x) Não
atende às normas NBR 11.174 e 12.235

Destino dado aos resíduos sólidos:


Geração de efluentes líquidos (x) ( ) Não Qtd. (L/mês):
Sim
Composição do efluente líquido: água e graxa, água e oleo

Existência de estação de tratamento de efluentes ( ) Sim (x) Não


(ETE)
Há geração de lodo no ETE ( ) Sim (x) Não Qtd. (kg/mês):

Destino dado ao lodo:

Geração de emissões gasosas (x) Sim () Não

Composição das emissões gasosas: CO2

Há sistema de controle de ( ) Sim (x) Não Citar:


emissões
Outras informações Há caldeira no processo ( ) Sim (x) Não Qtd.:
relevantes produtivo
Tipo de combustível utilizado na ( ) Lenha ( ) Óleo combustível
caldeira:
( ) Outro. Especificar:

Há armazenagem de produtos químicos ou insumos ( ) Sim (x) Não

Local de armazenagem tem piso impermeabilizado, ( ) Sim (x) Não


sistema de contenção para vazamentos e protegido
de intempéries
Há tanques com produtos ( ) Sim (x) Não Qtd.:
químicos
Os tanques possuem bacia de contenção ( ) Sim (x) Não

Na área de carga e descarga de produtos químicos, ( ) Sim (x) Não


matérias-primas e produtos, há sistema de
contenção para vazamentos
Há indicadores ambientais no processo ( ) Sim (x) Não
• FLUXOGRAMA DE PROCESSO PRODUTIVO:

• TABELA DE ANALISE DE IMPACTOS AMBIENTAIS:

Impactos Ambientais - Análise


Intensidade Abrangência Duração /
Relevância
Impactos Hídricos (força) nota de 1 (amplitude) nota Frequência
(média)
a5 de 1 a 5 nota de 1 a 5

5 Impermeabilização do solo 0 0 0 0

1 Falta de rede de esgoto 3 3 3 3


3 Poluição do lençol 0 0 0 0
4 Enxurrada 1 3 3 2,333333333
2 Desperdício de água 0 0 0 0
6 Média 0,8 1,2 1,2 1,066666667
Duração / Relevância
Impactos nos solos Intensidade Abrangência
Frequência (média)
5 Acúmulo de resíduos 4 4 5 4,333333333

1 Desgaste da cobertura vegetal 4 4 5 4,333333333

3 Compactação do solo 1 1 5 2,333333333


4 Erosão 1 1 5 2,333333333
Contaminação por produtos
2 2 5 5 4
químicos
6 Média 2,4 3 5 3,466666667
Duração / Relevância
Impactos na flora Intensidade Abrangência
Frequência (média)
5 Impermeabilização do solo 3 5 5 4,333333333
1 Falta de área verde 0 0 0 0
3 Desmatamento 5 5 5 5
4 Danos diretos 3 3 3 3
2 Contaminação do solo 3 3 3 3
6 Média 2,8 3,2 3,2 3,066666667

Impactos atmosféricos Duração / Relevância


Intensidade Abrangência
(ar) Frequência (média)

5 Emissões de poluentes 2 2 2 2
1 Geração de poeira 3 3 3 3

Contribuição para mudanças


3 3 3 3 3
climáticas

4 Desconforto térmico 3 3 3 3
6 Média 0 0 0 0
Duração / Relevância
Impactos sonoros Intensidade Abrangência
Frequência (média)
5 Ruído da feira 5 3 4 4
1 Ruído da montagem 3 3 4 3,333333333
6 Média 4 3 4 3,666666667
Duração / Relevância
Impactos na fauna Intensidade Abrangência
Frequência (média)

Destruição do habitat antes ali


5 5 5 5 5
existente

1 expulsão da fauna local 5 5 5 5

Fornecimento de lixo como


3 3 5 3 3,666666667
alimento
Impacto fauna média
4 0 0 0 0
gravidade
2 Atração de “pestes” 3 5 5 4,333333333
6 Média 3,2 4 3,6 3,6
Duração / Relevância
Impactos socioculturais Abrangência Relevância
Frequência (média)
5 Mistura Cultural 5 5 5 5
1 Qualidade de Vida 3 3 3 3
3 Segregação da Cidade 5 5 5 5
4 Violência 3 3 5 3,666666667
2 Aumento de Acidentes 5 5 2 4
6 Média 4,2 4,2 4 4,133333333
Duração / Relevância
Impactos econômicos Intensidade Abrangência
Frequência (média)
5 Geração de turismo 5 5 5 5
1 Agilidade no Transporte 5 5 5 5
3 Investimentos 5 5 5 5
4 Desapropriação 0 0 0 0
2 Geração de Emprego 5 5 5 5
6 Média 4 4 4 4

• TABELA DE PROPOSTAS DE MELHORIAS:

Propostas de Melhorias
Impactos Hídricos
Impermeabilização do solo Uso de Pisos Uso de Pisos Monitoramento da
Permeáveis Permeáveis Qualidade da Água
Falta de rede de esgoto Sistema Eficiente de Conscientização Monitoramento da
Gerenciamento de sobre o Uso Qualidade da Água
Resíduos Responsável de
Água
Poluição do lençol Sistema Eficiente de Reuso de Água Monitoramento da
Gerenciamento de Qualidade da Água
Resíduos
Enxurrada Uso de Pisos Uso de Pisos Monitoramento da
Permeáveis Permeáveis Qualidade da Água
Desperdício de água Sistema Eficiente de Reuso de Água Conscientização
Gerenciamento de sobre o Uso
Resíduos Responsável de
Água

Impactos nos solos


Acúmulo de resíduos Cestos de lixo Organização da Campanha de
coleta de lixo educação
Desgaste da cobertura vegetal Medidas de Proteção Replantio Sistema de cuidado
Vegetal
Compactação do solo Medidas de Proteção Uso de Pisos Isolamento de áreas
Vegetal Permeáveis verdes
Erosão Uso de Pisos Replantio Práticas de Controle
Permeáveis de Erosão
Contaminação por produtos Sistema Eficiente de Sistema Eficiente de Controle de lixo
químicos Gerenciamento de Gerenciamento de
Resíduos Resíduos

Impactos na flora
Impermeabilização do solo Sistemas de Uso de Pisos Zonas de Proteção
Drenagem Permeáveis
Adequados
Falta de área verde Educação Ambiental Compensação de Zonas de Proteção
Emissões
Desmatamento Educação Ambiental Replantio Zonas de Proteção

Danos diretos Educação Ambiental Sistema Eficiente de Zonas de Proteção


Gerenciamento de
Resíduos
Contaminação do solo Educação Ambiental Sistema Eficiente de Sistema Eficiente de
Gerenciamento de Gerenciamento de
Resíduos Resíduos

Impactos atmosféricos (ar)


Emissões de poluentes Planejamento Zonas de Proteção Compensação de
Urbano Sustentável Emissões
Geração de poeira Uso de Pisos Zonas de Proteção Educação Ambiental
Permeáveis
Contribuição para mudanças Planejamento Zonas de Proteção Compensação de
climáticas Urbano Sustentável Emissões

Desconforto térmico Replantio Medidas de Proteção Educação Ambiental


Vegetal

Impactos sonoros
Ruído da feira Uso de Pisos Isolamento Acústico Monitoramento e
Permeáveis Fiscalização
Ruído da montagem Restrições de Isolamento Acústico Monitoramento e
Horário para Fiscalização
Atividades Ruidas

Impactos na fauna
Destruição do habitat antes Replantio Zonas de Proteção
ali existente
Educação Ambiental
Expulsão da fauna local Educação Ambiental Replantio Zonas de Proteção

Fornecimento de lixo como Educação Ambiental Manejo Adequado Sistema Eficiente de


alimento de Resíduos Gerenciamento de
Alimentares Resíduos
Atração de “pestes” Educação Ambiental Manejo Adequado
de Resíduos Controle de Espécies
Alimentares Invasoras
Impactos sócio-culturais
Segregação da Cidade Planejamento No plano Urbano Educação Social
Urbano Sustentável
Violência Polícia Especializada Planejamento Educação Social
Urbano Sustentável
Aumento de Acidentes Planejamento Aumento do Educação Social
Urbano Sustentável transporte público

• APLICAÇÃO DE TÓPICOS SUSTENTÁVEIS:

Por fim, vamos relacionar os temas tratados em sala com a situação da feira hippie, para
um maior estudo de casos e solucionamento de problemas ambientais e sociais provindo
do mesmo:

• ISO 14.000 + Selos/rótulos verdes


Ao aplicar a ISO 14000, a feira poderia estruturar um plano de gestão ambiental,
envolvendo desde a minimização de resíduos até a redução do consumo de recursos.
Isso requereria a conscientização de feirantes e frequentadores, promovendo práticas
sustentáveis e a adoção de materiais ecológicos.

Além disso, buscar selos e certificações verdes poderia conferir à feira um


reconhecimento externo pela sua preocupação com o meio ambiente. Por exemplo, o
Selo Verde certificaria produtos que se destacam por suas práticas ambientais ou a
Etiqueta Ecológica poderia ser aplicada em áreas específicas da feira, evidenciando seu
compromisso com a sustentabilidade.

• Marketing ambiental
A comunicação sobre a origem sustentável dos produtos, a adoção de práticas eco-
friendly pelos vendedores e a redução do impacto ambiental do evento devem ser
enfatizadas. Isso poderia ser feito por meio de campanhas publicitárias, uso de materiais
de divulgação sustentáveis e a criação de espaços educativos dentro da feira.

Ao adotar uma estratégia de marketing ambiental, a Feira Hippie não apenas atrairia
um público mais consciente, mas também promoveria valores ecológicos e incentivaria
outras feiras e eventos similares a seguir o exemplo, estendendo o impacto positivo para
além de suas próprias fronteiras.

• Análise de Ciclo de vida (ACV)


Implementar a Análise de Ciclo de Vida (ACV) na Feira Hippie de Goiânia seria
crucial para compreender o impacto ambiental dos produtos vendidos e das atividades
realizadas durante o evento. Essa abordagem permitiria avaliar não apenas o impacto
direto, mas também os efeitos ambientais ao longo de todo o ciclo de vida de um
produto, desde a produção até o descarte.

Ao aplicar a ACV, a feira poderia identificar os pontos críticos em termos de impacto


ambiental e, a partir daí, adotar estratégias para mitigar esses efeitos. Por exemplo,
poderia-se analisar o consumo de recursos na fabricação de artesanatos ou avaliar a
pegada de carbono de produtos importados, incentivando a busca por alternativas mais
sustentáveis.

• Biomimética / Análise biônica / Biofilia


A análise biônica, por sua vez, implica a imitação de estratégias e formas encontradas
na natureza para otimizar processos. A feira poderia, por exemplo, explorar designs de
barracas inspirados em estruturas eficientes encontradas na natureza, como cascas de
árvores resistentes e eficazes na proteção contra intempéries.

A biofilia, que se refere à conexão inata do ser humano com a natureza, poderia ser
integrada no layout da feira. Criar espaços verdes, áreas de descanso com vegetação e
promover a conscientização ambiental por meio de elementos naturais poderia gerar
uma atmosfera mais sustentável e agradável.

• Certificação B + ESG nas empresas


A obtenção dessas certificações poderia ser incentivada e reconhecida pela feira,
destacando os feirantes comprometidos com a responsabilidade social e ambiental. Essa
medida não apenas promoveria a sustentabilidade entre os participantes da feira, mas
também reforçaria a imagem da Feira Hippie como um evento que valoriza práticas
comerciais éticas.

Ao adotar critérios ESG, a feira também poderia avaliar as práticas de governança e


ética das empresas presentes, proporcionando um ambiente mais transparente e ético
para feirantes e visitantes. Essa abordagem contribuiria para fortalecer a confiança no
evento e inspirar práticas de negócios mais sustentáveis.

• Energias + limpas / sustentáveis / renováveis


A transição para energias limpas e renováveis na Feira Hippie de Goiânia é um passo
significativo em direção à sustentabilidade. Considerando o consumo de energia durante
o evento, a implementação de fontes renováveis, como a energia solar ou eólica, poderia
reduzir consideravelmente a pegada de carbono.
Instalar painéis solares nas barracas ou ao redor da área da feira poderia fornecer
energia suficiente para suprir algumas demandas, como iluminação e alimentação
elétrica. Além disso, conscientizaria feirantes e visitantes sobre o potencial das energias
renováveis e sua viabilidade.

• Produção + limpa (P+L)


Os feirantes poderiam ser incentivados a adotar práticas de P+L, como a reutilização
de materiais, a redução de embalagens descartáveis e a escolha de insumos mais
sustentáveis. A conscientização sobre a importância dessa abordagem e a capacitação
dos feirantes seriam fundamentais para promover essas mudanças.

Além disso, a Feira Hippie poderia oferecer orientação e assistência técnica para os
feirantes interessados em implementar estratégias de P+L, ajudando-os a identificar
oportunidades de melhoria em seus processos produtivos.

• Edifícios sustentáveis + Certificação Leed


A incorporação de princípios de construção sustentável e a busca pela certificação
LEED (Leadership in Energy and Environmental Design) poderiam transformar a
estrutura física da Feira Hippie em um exemplo de edifício sustentável. Essa
certificação reconhece práticas ecológicas em edificações, considerando aspectos como
eficiência energética, uso racional de recursos, qualidade do ambiente interno e impacto
no entorno.

A adaptação das instalações da feira para atender aos critérios LEED poderia incluir a
implementação de sistemas de captação de água da chuva, a utilização de materiais de
construção sustentáveis e a otimização do uso de energia por meio de iluminação
eficiente e sistemas de ventilação adequados.

Além disso, a criação de áreas verdes, a incorporação de espaços de convivência com


sombreamento natural e a promoção da biodiversidade na área da feira poderiam ser
pontos considerados para atingir a certificação.

• Cidades sustentáveis
Conectar a Feira Hippie ao conceito de cidades sustentáveis poderia ir além do evento
em si, impactando o entorno e a comunidade local. A feira poderia se tornar um ponto
de partida para iniciativas mais amplas de sustentabilidade na cidade.

Essa abordagem incluiria parcerias com órgãos governamentais e organizações locais


para promover projetos que estendam os princípios de sustentabilidade para além dos
limites da feira. Isso poderia envolver a criação de programas educacionais sobre
práticas sustentáveis, eventos que enfatizem a preservação ambiental e até mesmo a
influência em políticas públicas voltadas para o desenvolvimento sustentável.

• Pegada Ecológica
A avaliação da pegada ecológica da Feira Hippie poderia ser um passo significativo
para compreender seu impacto ambiental total. Isso envolveria a mensuração da área de
terra e água necessária para sustentar as atividades da feira, incluindo o consumo de
recursos, produção de resíduos e emissões de carbono.

A partir dessa análise, a feira poderia identificar áreas específicas de melhoria, seja na
redução do consumo de recursos, na implementação de práticas mais sustentáveis por
parte dos feirantes ou na busca por alternativas de transporte mais ecoeficientes para os
visitantes.

• Contabilidade e Governança Ambiental


A introdução de práticas de contabilidade e governança ambiental na Feira Hippie
seria essencial para um gerenciamento mais eficiente e transparente dos impactos
ambientais. Isso envolveria a criação de políticas claras de responsabilidade ambiental,
garantindo que as práticas sustentáveis sejam integradas em todas as operações.

Estabelecer métricas e indicadores específicos para avaliar o desempenho ambiental


da feira seria crucial. Isso permitiria um acompanhamento regular do progresso,
identificando áreas que necessitam de melhorias e promovendo a responsabilização por
práticas mais sustentáveis.

• Economia Ambiental / Valoração e Economia Circular


A aplicação de princípios de economia ambiental e economia circular na Feira Hippie
poderia transformar sua abordagem em relação aos recursos, resíduos e sustentabilidade
financeira. A economia ambiental busca incorporar os custos ambientais nas decisões
econômicas, considerando os impactos ambientais e valorizando os recursos naturais.

Nesse contexto, a feira poderia incentivar práticas de reutilização, reciclagem e


redução do desperdício entre os feirantes. Isso incluiria a promoção de embalagens
reutilizáveis, programas de reciclagem e a valorização de produtos duráveis e de
qualidade.

Além disso, a economia circular, baseada no conceito de eliminar o desperdício e


manter os recursos em uso, poderia ser incorporada. Isso envolveria repensar os
modelos de negócios dos feirantes para garantir que os produtos tenham uma vida útil
prolongada, sejam reparáveis e possam ser reciclados ou reutilizados ao final de seu
ciclo de vida.

Ao adotar esses princípios, a Feira Hippie estaria promovendo uma visão de negócios
mais sustentável e alinhada com a preservação ambiental, além de influenciar feirantes e
visitantes a adotarem práticas mais conscientes em seus próprios contextos.

• Agronegócios: (Transgênicos + agricultura extensiva) versus (permacultura


+orgânicos + agrofloresta)
A abordagem dos agronegócios na Feira Hippie poderia ser um reflexo dos diferentes
modelos agrícolas existentes. Enquanto os transgênicos e a agricultura extensiva focam
na produção em larga escala, muitas vezes com uso intenso de agroquímicos, a
permacultura, os orgânicos e as agroflorestas promovem sistemas mais sustentáveis e
integrados com a natureza.

A feira poderia priorizar a oferta de produtos provenientes de práticas agrícolas


sustentáveis, como a agricultura orgânica, incentivando feirantes a adotarem técnicas de
produção mais amigáveis ao meio ambiente, sem o uso de pesticidas ou fertilizantes
sintéticos.

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