Você está na página 1de 15

0

A RELEVÂNCIA DA CAPACITAÇÃO DA MÃO DE OBRA NA INDÚSTRIA DA


CONSTRUÇÃO CIVIL: DESPESAS E SEUS BENEFÍCIOS

RESUMO

Embora a indústria da construção civil ter uma enorme importância para o


desenvolvimento do país, grande parte e donos de empresas efetivamente não dão
a importância necessária à capitação de seus empregados. Essa falta de
capacitação traz consigo diversas consequências para o bom desempenho do
funcionário, o servidor, o canteiro de obras em geral e seu grupo. A noção e
consciência de que um profissional absolutamente preparado trará benefícios a
empresa em curto a longo prazo é de total importância para que a o local de serviço
cresça e não tenha prejuízos não só financeiros, entretanto de tempo de obra
executada.

Palavra-chave: Mão de Obra. Constituição Civil. Capacitação profissional

1 INTRODUÇÃO

A Constituição Civil no Brasil contemporâneo obtém todos os anos uma


enorme quantia de novos servidores, através de oportunidades ou melhor empregos
direto ou indiretamente, tornando-se de enorme importância para as finanças do
país.
Todavia, bastantes deles começam a jornada de trabalho sem um mero
conhecimento ou participação em obras, ou em outros casos vem com
conhecimentos desiguais os quais foram passados de pai para filho, contudo
exerciam a função de construtor no passado.
É notório que a constituição civil atualmente vem aumentando e buscando
resultados satisfatórios no que se diz respeito aos recursos e ganhos em obra,
porém o valor e a alternação de servidores fazem com que os patrões percam o
desejo em investir em uma boa qualificação de qualidade para os seus funcionários.
Mais o estudo de todos é que traz a longo prazo um bom investimento a
recursos da constituição civil.
Também algumas atitudes possam ser que sejam realizadas para garantir o
desejo dos funcionários por uma boa aprendizagem e continuar permanecendo na
1

empresa, realizando com que os lucros investidos em conhecimento tenham um


excelente retorno através de qualificação e destreza na performance em obra.
2 OBJETIVOS

2.1 OBJETIVO GERAL

O principal objetivo desse trabalho é analisar o prejuízo causado em uma


construção civil, quando há falta de capacitação profissional vinda da mão-de-obra
dos trabalhadores, avaliando se estes buscam fazer cursos em sua área profissional
lhes tornando qualificados, buscando entender também se os empresários têm
interesse em investir conhecimento em seus trabalhadores, construindo parcerias.

2.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS

• Descrever a perspectiva atualidade da indústria da construção civil, como


companhia de mão-de-obra e funcionário;
• Levantar referências bibliográficas no setor de estudos da construção civil;
• Verificar o motivo que leva diversa empresas renunciar a serviços
qualificado, não levando em consideração a importância da atuação vantajosa que
tem em uma equipe de trabalhadores competentes na área.

3. HISTÓRIA DA CONSTRUÇÃO CIVIL

Desde o início, a história humana e a engenharia civil estiveram interligadas,


estando o ato de construir diretamente ligado à sobrevivência humana. Desde os
tempos pré-históricos, existe a necessidade de abrigo e proteção contra intempéries
e perigos externos. “Refugiar-se em abrigos naturais como cavernas ou mesmo
muros de pedra, cobertos com material vegetal, eram atitudes comuns e eram
considerados uma forma de habitação morfologicamente básica, de status e de
época” (LOURENÇO PAULO, 2013; JORGE BRANCO, 2012).
Com os recursos disponíveis, o ser humano iniciou o seu percurso na história
da construção civil utilizando materiais e técnicas rudimentares e a evolução do
abrigo/habitação deu-se ao longo do tempo, atividade está dinâmica é
2

extremamente importante para a consolidação e desenvolvimento das civilizações


até chegarmos ao ponto em que pudermos hoje.
No Brasil, a construção civil é responsável pela geração de grande parte do
produto interno bruto (PIB) do país, bem como pela criação de muitos empregos
diretos e indiretos. Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
(IBGE), o valor do PIB em 2022 foi de cerca de 6,5 trilhões de reais, dos quais o
setor da construção civil respondeu por cerca de 5,2% desse valor. Em relação à
geração de empregos, em 2019 o Brasil tinha cerca de 101,9 milhões de pessoas
ocupadas, das quais 8,6 milhões trabalhavam em empregos relacionados à
construção (IBGE apud. CBIC, 2019).
“Os investimentos na construção civil são híbridos, pois incluem elementos de
consumo habitacional e/ou elementos especulativos, dependendo das expectativas
de valorização dos preços dos ativos ou mesmo da valorização dos preços dos
títulos de dívida imobiliária”, reaplicar (EVANS, 2004 e FOCHEZATTO; GHINIS,
2011), ao analisar os dados e informações apresentados anteriormente, com o
desenvolvimento e capacidade dos indicadores econômicos e sociais do Brasil que
dependem, portanto, do crescimento deste setor percebe-se claramente que a
engenharia civil tem uma relação direta
A construção civil brasileira, historicamente obteve seu primeiro grande
crescimento, na década de 1940, no governo Getúlio Vargas.
O forte investimento do Estado no desenvolvimento de projetos de construção
civil e militar fez com que esta década fosse considerada o auge da engenharia civil
no Brasil. Naquela época, o Brasil tinha um campo significativo em tecnologia de
concreto, principalmente para atividades militares e civis, mas a partir da década de
1950, a construção civil no Brasil começou a receber pouca prioridade, mais
incentivos do estado e maior controle do setor privado. Na década de 1970, sob o
regime militar, a presença do Estado regressou com maior força e as construtoras
privadas começaram a construir apenas edifícios residenciais e comerciais de
escritórios. Na década de 1980, começou a notar-se um retorno ao capital privado
no setor da construção civil e, em 1990, houve maiores preocupações com a
qualidade do produto, à medida que as empresas de construção começaram a
capacitar melhor a mão de obra de sua equipe. “Constatamos que, ao longo da
história da construção civil no Brasil, os papéis do Estado e do setor privado se
alternaram no topo da lista dos investidores. Esse fenômeno reflete a constante
3

mudança de paradigmas que a política brasileira tem sofrido desde meados do


século XX até os dias atuais”. (EDUARDO MIKAIL, 2013).
O setor da construção civil cresceu significativamente e fortaleceu-se
economicamente, especialmente nas últimas duas décadas. No entanto,
informações dos dados relatados por Almeida et al. (2012) “trabalhos de
investigação e dissertações indicam que o movimento de modernização na indústria
da construção ainda está numa fase inicial em comparação com outros sectores
industriais, e continua a ser um campo com diferenças significativas em termos de
qualificações formais”.
O estado atual da engenharia civil no Brasil causa grande entusiasmo entre
os especialistas da área. O mercado imobiliário nacional está a ser afetado pelo
contínuo aquecimento global, o que faz com que o setor da engenharia civil seja
cada vez mais procurado.
A construção industrial se difere da indústria de transformação pelas suas
características de produção heterogênea e descontínua, onde fatores climáticos
influenciam o processo construtivo. Isto porque existe uma rede complexa de
participantes (usuários, clientes, projetistas, financiadores, construtores) que podem
intervir no processo. Existem várias etapas e fases, e a simultaneidade nem sempre
é alcançada. “Envolvimento de diferentes empresas no mesmo local. A mão de obra
altamente criticada, o estilo de vida nômade do setor e o caráter semiartesanal do
processo construtivo” (COLOMBO e BAZZO, 2001 apud NEVES, 2014).
Segundo Librelotto (2005), “a construção civil é caracterizada por muitas
pequenas empresas que utilizam recursos humanos pouco qualificados e uma
elevada taxa de rotatividade (em média, um trabalhador trabalha numa empresa
durante 8 horas por mês) ”. Além disso, o autor destaca que se trata de um processo
construtivo manual, que tem como entrada muitos recursos diferentes (e para isso
muitos fornecedores) e o resultado são produtos únicos (cada edifício é diferente
dos edifícios anteriores), além disso, em geral, as empresas estão sujeitas a uma
gestão intuitiva e à intervenção governamental na economia, levando a um ciclo de
vida curto.
A construção civil influencia significativamente a economia brasileira porque o
país possui uma extensa rede de fornecedores de matérias-primas, insumos,
equipamentos e mão de obra qualificada e não qualificada, ela é composta pelos
seguintes elementos: fator importante na composição do produto interno bruto - PIB
4

do Brasil. A Figura a seguir, ilustra a comparação entre o PIB nacional e o PIB da


construção civil, confirmando que este setor é importante para o desenvolvimento da
economia (LEÃO, 2016)

Figura – Comparação entre o PIB nacional e o PIB da indústria da construção. Fonte: Câmara
Brasileira da Indústria da Construção (2014).

4 METODOLOGIA

O procedimento adotado para desenvolver o presente trabalho foi através de


uma extensa pesquisa levando em consideração a relevância do tema e sua
importância tanto para os trabalhadores da construção civil quanto para os
empregadores. Inicialmente foi realizada uma pesquisa bibliográfica em fontes
especializadas e estudos de caso sobre o tema, observando como se comporta o
cenário da construção civil no Brasil.
A pesquisa também levou em consideração estudos especializados sobre o
comportamento de operários da construção civil, empresários, além de funcionários
com cargos mais específicos, como engenheiros e cargos de chefia.
Pesquisas realizadas pela Câmara Brasileira da Indústria da Construção
(CBIC), pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e pela
Confederação Nacional da Indústria (CNI) também forneceram dados relevantes
sobre o tema discutido, complementando o tema revelado pelo trabalho de pesquisa.

4.1 A RELEVÂNCIA DA MÃO DE OBRA ESPECIALIZADA


5

Atualmente, a indústria da construção civil enfrenta um dos seus principais


desafios: a falta de profissionais qualificados. Isso se torna ainda mais preocupante
agora, com a presença de técnicas de construção mais modernas, o que faz com
que os trabalhadores que não estão dispostos a se atualizar e aprender novas
tecnologias acabem ficando para trás. De acordo com um estudo realizado pela
Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), pelo menos 74% das
empresas do setor enfrentam dificuldades na contratação de trabalhadores com as
qualificações necessárias para preencher várias posições. Já que a construção civil
é um dos principais geradores de empregos no Brasil, é essencial que haja uma
disponibilidade de capacitação e acesso a cursos de qualificação para atender à
demanda de trabalhadores quando a economia voltar a crescer significativamente.
Conforme amplamente conhecido, a indústria da construção civil viveu um
crescimento orgânico ao longo dos anos, com a contribuição de operários
majoritariamente analfabetos e sem formação técnica. Estes trabalhadores
adquiriam suas habilidades laborais através de ensinamentos passados de geração
em geração ou aprendidos junto a colegas mais experientes nos canteiros de obras.
Infelizmente, a falta de investimento em qualificação profissional ao longo das
décadas trouxe consigo consequências amargas para o setor. Agora, com a
retomada do ciclo de crescimento, que estamos presenciando atualmente após
alguns anos de baixa no mercado da construção civil, enfrentamos a iminente
escassez de profissionais qualificados. A demanda superará a oferta mesmo com
milhões de trabalhadores em busca de uma nova oportunidade de emprego.
Mesmo que seja evidente que o desempenho de uma empresa está
intimamente ligado à competência de seus profissionais, ainda é escasso o número
de organizações que, ao procurar por uma equipe técnica, colocam a excelência
como prioridade. É comum que, durante um processo de recrutamento e seleção, as
pessoas com baixas expectativas salariais sejam mais bem avaliadas do que
aquelas com maior qualificação, uma vez que isso influencia diretamente o valor
salarial almejado.
Além das questões de mão-de-obra não qualificada já mencionadas, a
construção enfrenta outro grande desafio. O desenvolvimento e a implementação
devem incluir processos para melhorar a produtividade e reduzir custos. Há uma
forma segura de investir em novas tecnologias que tornem tudo mais rápido, barato
6

e eficiente, utilizando novos métodos e equipamentos de última geração, sem


comprometer a qualidade do produto desejado. Nas suas instalações, as empresas
devem tomar medidas para garantir a segurança dos trabalhadores para minimizar
ao máximo o impacto da execução de tarefas avançadas no cenário atual.
As empresas do setor da construção civil não se limitam a abrir vagas para
profissionais, mas também dão condições para que seus funcionários se qualifiquem
mais por meio de cursos de qualificação, treinamentos e incentivos para que os
profissionais recém-contratados na área possam adquirir experiência e
conhecimento. Devemos fazer a nossa parte. Uma pessoa experiente pode tornar
seu projeto mais produtivo.
Os problemas relacionados com o conhecimento e a experiência estão
presentes não apenas nos estaleiros de construção onde trabalham trabalhadores
pouco qualificados, mas também entre gestores, engenheiros e trabalhadores com
elevado conhecimento técnico e capacidade de tomada de decisão. Para aumentar
a qualidade de sua força de trabalho, as empresas do setor da construção estão
formando parcerias e estabelecendo programas de trainee para promover a
renovação profissional e criar oportunidades de preenchimento de vagas,
proporcionar oportunidades de treinamento e crescimento dentro da empresa e
proporcionar oportunidades de treinamento e crescimento conforme necessário. Os
funcionários precisam ser treinados e beneficiados. Um trabalho decente em troca.
As empresas de construção estão agora a tentar investir em cursos de
alfabetização, técnicos e vocacionais e estão a incentivar os trabalhadores a estudar
e a obter qualificações na indústria em que trabalham, incluindo a oferta de
aumentos salariais e bónus aos trabalhadores que concluem estes cursos. Alguns
possuem redes de formação próprias, sendo que as grandes construtoras preferem
contratar pessoal inexperiente e treiná-los eles próprios, evitando assim os vícios de
outros locais de trabalho e tornando-os qualificados para o projeto. É necessário, e a
própria empresa também precisa de capacitação dos seus colaboradores. Embora
esse tipo de retorno do investimento seja considerado alto, é sempre importante
lembrar que o dinheiro deve ser investido em funcionários realmente valiosos, ou
seja, quem participa do programa de treinamento deve ser capaz de absorver e
disseminar o conhecimento adquirido. Produz os resultados globais esperados.
Segundo (NIDIA CALDAS 2017, p. 105),
7

No momento do recrutamento, os recrutadores devem identificar


profissionais com esse perfil. Embora seja impossível mensurar com
precisão o retorno do investimento em treinamento, lembre-se que os
resultados dos colaboradores treinados devolvem rapidamente o
valor do investimento para a empresa. Existem fatores mensuráveis,
como o aumento da produtividade e a redução do absentismo, mas
também existem fatores intangíveis, como o aumento da motivação.

Quando são necessárias medidas mais precisas para medir e melhorar o


desempenho, é importante consultar os responsáveis direto pelos subordinados para
garantir que as competências estão a ser adequadamente desenvolvidas através da
observação. Você também pode usar testes (avaliações de aprendizagem) ou
verificar se uma tarefa/atividade é melhor executada (avaliações direcionadas). O
segredo é sempre medir os resultados até certo ponto, mesmo que os resultados
não sejam 100% precisos.
A qualidade dos recursos humanos utilizados é um componente crucial do
sucesso ou fracasso de uma empresa. No entanto, infelizmente, alguns processos
de recrutamento ainda priorizam a contratação de empregados com baixas
pretensões salariais sem oferecer oportunidades de capacitação após a contratação
para melhorar seu desempenho nas funções que serão desempenhadas. Uma das
causas da baixa produtividade e qualidade do trabalho é a falta de competência
profissional dos funcionários. Há uma maior probabilidade de que as tarefas sejam
repetidas várias vezes, o que resulta em um aumento no tempo de execução, uma
queda na produtividade e um resultado insatisfatório no final do trabalho.
Vale lembrar que a falta de qualificação também reduz significativamente o
tempo de trabalho do trabalhador no mesmo emprego, seja por insatisfação do
contratante ou até mesmo do próprio empregado; isso pode resultar em rescisões de
contratos e processos de seleção novos.
Além disso, é importante entender que o emprego de trabalhadores braçais
está diminuindo lentamente nos canteiros de obra. O profissional deve se tornar
mais qualificado para enfrentar as mudanças causadas pela industrialização e maior
automação. Atualmente, com equipamentos mais modernos, é possível construir o
mesmo negócio com pelo menos um terço da quantidade de trabalhadores que era
necessária há pouco tempo. Os processos produtivos estão se tornando mais fáceis.
Hoje, mais do que no serviço braçal, os funcionários exigem um controle mais rígido
e maior conhecimento dos funcionários para resolver problemas como tolerância,
8

convivência, organização e uso de ferramentas mais sofisticadas, ou seja, soluções


mais assertivas.
Antes de contratar profissionais não qualificados, você deve considerar vários
fatores.
Conforme afirmado por (NIDIA CALDAS, 2017, p.55):

Empregados qualificados dão agilidade à execução de tarefas,


contribuem com a multiplicação de conhecimentos, propõem
soluções para problemas decorrentes de processos mal desenhados.
Ou seja, valem o investimento feito. No caso de a empresa
incorporar uma pessoa menos qualificada no seu quadro de
empregados, haverá maior probabilidade de atividades serem
refeitas diversas vezes, consequentemente o tempo de execução
aumenta e a produtividade cai. No caso de pessoas sem qualquer
qualificação, ainda há o risco de insatisfação do contratante e
consequente demissão do empregado implicando em gastos com
rescisão contratual e com um novo processo seletivo.

Portanto, é fundamental ficar atento ao processo de recrutamento, seleção e


capacitação da empresa para com seus empregados. A capacitação fará uma
diferença na execução das atividades, e a oferta de capacitação pode motivar o
candidato a trabalhar na vaga oferecida. A equipe de gestão de pessoas que
participa desse processo deve ser muito consciente do que a empresa precisa para
oferecer um diferencial, independentemente de seu trabalho e função.

4.2 PROBLEMAS COM A CONSTRUÇÃO CIVIL

As perdas na construção civil são causadas por ineficiência, que resulta do


uso inadequado de equipamentos, mão de obra, materiais e capital em quantidades
acima do necessário para a construção. Uma maneira de economizar dinheiro na
construção civil é trabalhar juntos para reduzir o desperdício de materiais de
construção em todas as etapas do processo, desde o desenvolvimento de um
projeto até a demolição de uma estrutura. (SILVA, 2019)
Moraes (1997) “afirma que um estudo da Escola Politécnica da USP revelou
que os tijolos usados na construção apresentam uma taxa de perda de
aproximadamente 9%. Por outro lado, dependendo da qualidade do material e da
qualificação, esse índice pode chegar a 48%”.
9

A localização dos canteiros de obra deve ser o mais próximo possível da


construção para evitar desperdício de tempo no transporte dos materiais de
construção. De certa forma, essa situação está ligada à mão de obra desqualificada,
pois um profissional bem treinado colocará o material de construção no local correto
para garantir o máximo desempenho. (SILVA, 2019)
De acordo com Silva (2019), os desperdícios nas construções civis incluem
não apenas o desperdício de material, que normalmente está associado, mas
também qualquer falta de eficiência na utilização e manejo dos materiais de
construção e dos materiais usados.
De acordo com Silva (2019), o controle de qualidade dos materiais usados na
construção civil é uma intervenção extremamente importante que deve ser realizada
com cuidado e em conformidade com as leis para garantir o resultado esperado, a
qualidade do produto, a satisfação do cliente e o bom nome da construtora.
Por outro lado, para garantir essa satisfação, é fundamental que os
trabalhadores que participarão das etapas da construção conheçam e saibam
manusear de forma adequada todos os equipamentos a serem utilizados, como as
fôrmas para montar paredes de concreto.
É fundamental que o trabalhador esteja familiarizado com os procedimentos
de montagem e desmontagem das fôrmas, pois essas fôrmas serão utilizadas em
várias obras. Como observa o Engenheiro Marcondes (2016), “observando as leis
sociais que regem a construção civil, é evidente que a mão de obra é responsável
por um grande percentual dos custos da construção. Isso é verdadeiro não apenas
para estruturas de paredes de concreto”. Afirma também que o uso de mão de obra
não qualificada pode aumentar esse número.
Além disso, o autor esclarece:

Diante de toda a legislação e normas vigentes sabe-se que a falta da


qualidade nas construções é um problema que se relaciona muitas
vezes aos materiais componentes e ao processo construtivo, o que
reflete o desconhecimento às normas pelos profissionais que lidam
com o assunto e a falta de cuidados na execução. Estudos indicam
que cerca de 40% das manifestações patológicas nas edificações
relacionam-se a obras mal construídas, ou seja, corresponde a
execução da obra. As falhas de projetos representam 30%
aproximadamente, enquanto a falta de manutenção da edificação –
20% e materiais de baixa qualidade – 10%. Observa-se que
provavelmente exista uma relação dos números apresentados
anteriormente com as características regionais da mão de obra. Por
exemplo, em regiões onde existe escassez de mão de obra
10

qualificada, provavelmente encontraremos maiores problemas nas


edificações em decorrência da baixa qualidade. (MARCONDES,
2016, p.10).

As construções de paredes de concreto visam construir com menos dinheiro


do que os métodos convencionais, mas a falta de treinamento humano pode
aumentar o custo final da obra. Silva (2019)
De acordo com Josefi (2010):

A mão-de-obra da construção civil, durante muitos anos, foi


considerada apenas como um dos fatores de produção, conforme
Amaral (1999). Em meados da década de 80, Marcon (2006) apud
AMARAL (1999). Destaca o surgimento de um novo cenário
brasileiro, onde é proposta uma organização do trabalho pautada em
métodos de trabalho que defendem a participação do trabalhador e a
flexibilização da produção pela introdução de novos equipamentos. O
empresariado nacional, a partir deste momento, passa a adotar um
discurso da necessidade de qualificação da mão-de-obra, para atingir
os níveis de produtividade exigidos pelas novas leis do mercado
internacional. (JOSEFI, 2010, p.84).

Além disso, a mão de obra não qualificada exigirá um investimento financeiro


acima do necessário para concluir o empreendimento em qualquer etapa da
construção. “Isso aumentará o preço do empreendimento e deixará os clientes
insatisfeitos, mesmo que a construção seja do seu gosto”. (Silva 2019).
Assim, podemos concluir que uma maneira de qualificar essa mão de obra
para evitar perdas e desperdícios seria oferecendo treinamento à própria empresa.
No entanto, segundo Silva (2019), “para fornecer esses treinamentos, as
empresas devem cumprir regulamentos, como ISO 10015, que estabelece padrões
para treinamento adequado dos funcionários”. “Devo me organizar para incluir todos
os profissionais para qualificar toda a equipe, pois com todos os trabalhadores
qualificados, o trabalho será mais satisfatório”. A NBR ISO 10015, as diretrizes de
treinamento, diz que o treinamento deve ser visto como um método para aumentar
os conhecimentos, habilidades e comportamentos dos funcionários para atender aos
requisitos específicos.
Além disso, Silva (2019) “afirma que para um programa de treinamento
funcionar com sucesso, an empresa deve apoiar as atividades relacionadas ao
treinamento, permitindo os contatos essenciais entre o instrutor e os alunos”. Como
resultado, as empresas deveriam optar por parar a obra por um período para treinar
os trabalhadores que trabalharão em uma determinada construção. Isso porque o
11

prazo para treinar os trabalhadores não implicaria em atraso na obra, pois os


trabalhadores bem treinados estariam mais familiarizados com as máquinas,
ferramentas e outros materiais utilizados na construção.
Segundo Josefi (2010):

O treinamento constitui-se num instrumento administrativo de grande


importância para o aumento da produtividade do trabalho, ao mesmo
tempo em que proporciona ao treinando autossatisfação de estar
aprendendo novas habilidade e interagir com outros organismos.
Como outros benefícios verificam-se a definição das características e
atribuições dos empregados, racionalização de métodos de trabalho,
melhor aproveitamento das aptidões, maior estabilidade do pessoal e
elevação do moral da empresa. (JOSEFI, 2010, p. 84).

Além disso, teria um melhor desempenho na função com um melhor


desenvolvimento no trabalho e gastaria menos tempo do que gastaria sem
treinamento ou qualificação.
De acordo com Marcondes (2016), o treinamento inclui:

Construir um sistema de avaliação do treinamento para coletar


informações sobre a eficácia do curso e buscar melhorias no
processo. Ressalta-se que o treinamento deve produzir melhorias na
produtividade, na qualidade dos produtos e serviços, na redução do
fluxo de produção, no atendimento ao cliente, na redução do índice
de acidentes, na redução do índice de manutenção de máquinas e
equipamentos e assim por diante (MARCONDES, 2016, p. 19).

Por fim, o exposto mostra que é fundamental que o trabalhador tenha


treinamento para identificar o índice de desperdício do material, o local de
desperdício e a quantidade de material necessária para evitar o desperdício e
economizar dinheiro para o canteiro de obras.
Ainda hoje, podemos observar que alguns empresários dizem que o
treinamento e a capacitação dos funcionários são desperdício de tempo e dinheiro,
pois quando um funcionário sai da empresa, todo o valor investido será perdido.
Mesmo com tempo de produção curto, os resultados de um funcionário qualificado
compensam o dinheiro investido.

5 DISCURSÃO DOS DADOS


12

Os dados foram apresentados e discutidos nesta sessão. É evidente que a


engenharia civil brasileira ainda tem uma deficiência de mão-de-obra prejudicada, o
que aumenta os prejuízos. Quando uma equipe é demitida porque não é "da conta"
da obra, outra é contratada para substituí-la, o que aumenta os custos. Apesar de
uma engenharia civil desempenhar um papel significativo e significativo no mercado
de trabalho, a área precisa de mão-de-obra para atender à enorme demanda que
tem crescido.

Enfatiza que a falta de compreensão da importância de uma empresa


estabelece relacionamentos com seus funcionários, investir em
capacitação, meio ambiente de trabalho e manutenção da saúde do
trabalhador leva a perdas maiores que os investimentos necessários
para adequar o local de trabalho a padrões mínimos de conforto e
segurança. Aqui, o processo produtivo, os resultados e os resíduos
são destacados e não há desperdícios e o tempo diário necessário
para o gerente manter os níveis de fluxos. (BARBOSA FILHO 2011,
p. 01)

Por outro lado, a segurança deve ser buscada nas pessoas e nos meios ou
componentes do processo produtivo que resultará na produção por meio do
trabalho, de acordo com (FERREIRA apud BARBOSA FILHO, 2011, p. 07).
Uma pesquisa mostrou que há necessidades de melhorias na gestão do
canteiro de obra que impactam diretamente na equipe e na segurança no trabalho.
Todos os funcionários revelaram que muitas vezes eles são responsáveis pelos
acidentes.
A proposta de treinamento de mão de obra foi feita desta forma, devido à alta
rotatividade de contratados e ao baixo nível de treinamento aplicado nos canteiros.

6 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Muitos problemas afetam os trabalhadores da construção civil, principalmente


a falta de qualificação. “Ainda que o perfil do trabalhador tenha mudado lentamente,
a maioria deles é baixa escolaridade, tem condições de trabalho precárias, não é
bem valorizada e tem alto índice de rotatividade”. (SUDA 2018).
Ainda é difícil encontrar profissionais qualificados e atualizados no mercado
de trabalho, apesar do mercado da construção civil em constante mudança e
modernização. Para resolver questões como segurança, eficiência e economia, o
13

recém-contratado deve receber o treinamento e o aprendizado necessários. Isso


garante que o empregador tenha um profissional qualificado e atualizado que ganha
dinheiro, economiza tempo e dinheiro para a empresa e o canteiro de obras.
O profissional deve ser consciente de que a maior qualificação aumentará as
chances de emprego e a remuneração que seu empregador estará disposto a pagar.
Para os trabalhadores, ir atrás de treinamento e atualização por conta própria
também tem vantagens: para os trabalhadores, o mercado de trabalho se expande e
as oportunidades de crescimento surgem com muito mais facilidade.

REFERÊNCIAS

DESPERDÍCIOS na construção: causas, consequências e como evitar. [S. l.], 15


dez. 2020. Disponível em: https://celere-ce.com.br/eficiencia/desperdicios-na-
construcao/. Acesso em: 13 set. 2023

DESPERDÍCIOS na construção civil e seus impactos. [S. l.], 19 set. 2018. Disponível
em: https://www.mobussconstrucao.com.br/blog/desperdicios-na-construcao-civil/.
Acesso em: 13 set. 2023.

PONTOTEL, Redator. Entenda tudo sobre mão de obra qualificada: onde


encontrar, como qualificar e importância para o negócio!. [S. l.], 23 maio 2023.
Disponível em: https://www.pontotel.com.br/mao-de-obra-qualificada/#:~:text=Boa
%20leitura!-,O%20que%20%C3%A9%20m%C3%A3o%20de%20obra
%20qualificada%3F,do%20investimento%20cont%C3%ADnuo%20em%20qualifica
%C3%A7%C3%A3o. Acesso em: 13 set. 2023.

POR QUE você deve investir em capacitação na construção civil?. [S. l.], 5 ago.
2022. Disponível em: https://sebrae.com.br/sites/PortalSebrae/artigos/por-que-voce-
deve-investir-em-capacitacao-na-construcao-
civil,d562121fa1722810VgnVCM100000d701210aRCRD. Acesso em: 13 set. 2023.

QUALIFICAÇÃO de mão de obra: entenda a sua importância para a empresa. [S. l.],
19 maio 2023. Disponível em: https://sebrae.com.br/sites/PortalSebrae/artigos/a-
14

importancia-da-mao-de-obra-
qualificada,3b03438af1c92410VgnVCM100000b272010aRCRD. Acesso em: 13
set. 2023.

SIQUEIRA, Cintia de. Construção Civil:: POR QUE É TÃO IMPORTANTE


ESCOLHER UMA EMPRESA DE ENGENHARIA QUE INVESTE EM
TREINAMENTOS?. [S. l.], 12 nov. 2021. Disponível em:
https://omsengenharia.com.br/blog/capacitacao-profissional-na-construcao-civil/.
Acesso em: 13 set. 2023

Você também pode gostar