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Ginecologia 2020
Ginecologia 2020
3 grandes Síndromes: Sd Corrimento genital; Sd do Corrimento uretral; Sd da Úlcera genital; Sd da Verruga genital
*Divisão: TGI (Vulvovaginites; Cervicites) e TGS (DIP)
(1) Gonocócicas
CERVICITES / URETRITES
(2) Não gonocócicas (Chlamídia)
VAGINOSE BACTERIANA
Agente: polimicrobiana (Gardnerella vaginalis; Bacterioides sp, etc..)
Diagnóstico:
• Critérios de AMSEL (3/4)
- Whiff test (Aminas - KOH): Positivo (70-80% dos casos)
- Exame a fresco: CLUE CELLS (células pista, alvo, indicadora, etc) (!) MS não faz menção aos Clue cells
- ↓ Lactobacilos
- pH > 4,5
GINECOLOGIA 1
CANDIDÍASE
Agente: Candida albicans (+)
FR: Gravidez, obesidade, ACO de alta dose de estrogênio, corticóides, imunossupressores e imunodeficiência,
estresse, contato com alérgenos ou irritantes, hábitos de higiene e vestuário, ATB e DM descompensado.
Clínica:
• Corrimento: grumoso, BRANCO, SEM ODOR, ADERIDO, PRURIDO
• Outras: disúria, dispareunia, edema, hiperemia
Diagnóstico:
• Exame a fresco: PSEUDO-HIFAS e esporos
• pH vaginal ≤ 4,5
TRICOMONÍASE = DST
Agente: Trichomonas vaginalis (protozoários flagelados)
Clínica:
• Corrimento: abundante, AMARELO-ESVERDIADO, BOLHOSO (macrobolhas), MAU CHEIRO, purulento
• Outras: irritação, hiperemia, prurido, colpite (colo em aspecto de framboesa)
Diagnóstico:
• Whiff test (Aminas-KOH): Positivo
• Exame a fresco: Trichomonas móveis (protozoários flagelados) e PMN
• pH ≥ 5* (5-6)
Tratamento:
• SEMPRE ORAL: Metronidazol 2g VO (dose única) / 400mg 5cp VO DU / 250mg 2cp VO 12/12h por 7 dias
• Outras: Tinidazol (recomendado pela CDC 2015) e Secnidazol (alternativo pela CDC 2015)
VAGINITE DESCAMATIVA
Agente: sem causa conhecida (70% - Strepto Beta-hemolíticos)
Clínica: vaginite purulenta crônica na ausência de um processo inflamatório cervical ou do TUS.
Diagnóstico: conteúdo purulento em grande quantidade; pH vaginal alcalino, microscopia com processo
descamativo vaginal intenso; flora vaginal tipo 3 (ausência de lactobacilos); ↑ PMN
Tratamento: Clindamicina creme 2% 5g VG por 7 noites + Abstinência vaginal
GINECOLOGIA 2
VULVOVAGINITE INESPECÍFICA
(+) Crianças e adolescentes
Agente: SEM agente específico
Diagnóstico: Exclusão (exame físico; exame a fresco e EPF)
Tratamento: Medidas de higiene; modificação do vestuário; banho assento e tratar verminoses (SOS)
VAGINITE ATRÓFICA
(+) Causa: deficiência estrogênica
Clínica: prurido vulvar intenso; ardência vulvovaginal; dispareunia; conteúdo vaginal amarelo-esverdiado
Diagnóstico: pH > 5
• microscopia com solução salina com ausência de patógenos, ↑ PMN e presença de células basais e parabasais.
Tratamento: Reposição estrogênica local
VAGINOSE CITOLÍTICA
Causa: desequilibrio do ecossitema vaginal (↓pH + ↑ lactobacilos)
Clínica: corrimento vaginal branco e grumoso; prurido e ardência vulvovaginal, que pioram no período pré-menstrual.
Diagnóstico: ↑ Lactobacilos; ↓ leucocitos; evidencias de citólise; ausência de Trichomonas, Gardnerella ou Candida.
Tratamento: Alcalinizar o meio vaginal com duchas vaginais com 30-60g de BIC em 1L água morna de 2-3x/ sem
Pseudo-hifas? Candidíase
Fatores de risco: Transmissão sexual; coitarca precoce DST/ DIP prévias, parceiros com DST
Tratamento:
• Criprofloxacino VO / Ceftriaxone IM/VO (Gonococo)
• + Azitromicina VO / Doxicilina VO (Clamidia)
• MS 2015: Ceftriaxone 500mg (RJ, MG e SP)
GINECOLOGIA 3
SÍNDROME DO CORRIMENTO GENITAL SUPERIOR (TGS)
DOENÇA INFLAMATÓRIA PÉLVICA (DIP)
Agentes primários: Neisseria gonorrhoeae e Chlamydia trachomatis (sorotipos D a K) ou Actinomices esraelli (DIU)
Fatores de risco: sexarca precoce, DST prévia, DIP prévia, parceiro com DST…
ELABORADOS (definitivos) “VEJO A DOENÇA” • Endometrite, abscesso tubo-ovariano/ fundo de saco (USGTV/RM) ou DIP na laparotomia
(!) ATENÇÃO: (CDC 2015) Tratar se: Sexualmente ativa ou risco de DST + Dor pélvica ou dor abdomial baixa + Sem outras causas + dor a
mobilização do colo e/ou dor a palapção do útero e/ou a mobilização dos anexos
• Ambulat: Ceftriaxone 500mg IM DU + Doxiciclina 100mg 12/12h VO + Metronidazol 500mg 12/12h VO 14dias
• Hospitalar: Clindamicina 900mg IV de 8/8h + Gentamicina IV de 8/8h (2mg/Kg ataque + 1,5mg/Kg manutenção)
- MS: Ceftriaxone 500mg IV + Doxiciclina 100mg 12/12h VO + Metronidazol 400mg 12/12h VO 14dias
Complicações:
• Precoces: abscesso tubo-ovariano; fase aguda da Sd de Fitz-Hugh-Curtis (exsudato purulento cápsula de Glison)
• Tardias: “D2IPS”
Dispareunia; Dor pélvica; Infertilidade; Prenchez ectópica; Fase crônica da Sd Fitz-Hugh-Curtis (aderência tipo "corda de violino")
RESUMO NA DIP
Critérios Elaborados (definitivos)? Procedimentos diagnosticos elaborados (USGTV/RM/BD por HSC, VLSC)
(!) Atenção: pacientes usuárias de DIU com DIP, não é mais necessário a retirada do dispositivo. É recomendado o
início do tratamento e acompanhamento em 48-72h para avaliação de melhora.
GINECOLOGIA 4
SÍNDROMES DA ÚLCERA GENITAIS
SÍFILIS CANCRO MOLE LINFOGRANULOMA HERPES DONOVANOSE
3 perguntas… Doença
SÍFILIS
Agente: Treponema pallidum
Formas clínicas:
• Primárias: cancro duro (úlcera única, indolor que some)
• Secundária: condiloma plano, roséola, sifílides, madarose (ausência do 1/3 distal da sombrancelha)
• Terciária: gomas, tabes dorsalis, aneurismas aórtico e artropatia de Charcot
Diagnóstico: Campo escuro (padrão-ouro) - mas demora muito pra ficar pronto
VDRL FTA ABS Interpretação
NÃO TREPONÊMICO
- - Não sífilis / Janela imunológica VDRL = RASTREIO
Padrão-ouro: Campo escuro
- + Sífilis precoce ou curada
TREPONÊMICOS VRDL: positivo após 2sem cancro duro
+ - Falso positivo (LES) FTA-ABS = TEM OU TEVE SÍFILIS
TESTE RÁPIDO
+ + Sífilis não tratada / Tratada recentemente
CANCRO MOLE
Agente: Haemophilus ducreyi (gram negativo)
Diagnóstico: múltiplas úlceras, DOEM, fundo sujo, adenopatia que fistuliza por um orifício.
Tratamento: Azitromicina 1g VO (dose única)
LINFOGRANULOMA VENÉREO
Agente: Clhamydia trachomatis L1, L2 e L3 (gram negagativo intracelular obrigatório)
Diagnóstico: pápula/ úlcera única e indolor → adenopatia dolorosa + fistuliza múltiplos orifícios “bico de regador”
Tratamento: Doxiciclina VO 12/12h por 14-21dias (MS preconiza 21dias somente)
GINECOLOGIA 5
HERPES GENITAL
Agente: Herpes simplex tipo 2 (genitias) e tipo 1 (orais)
Diagnóstico: vesículas e úlceras dolorosas e fundo limpo; adenopatias dolorosas que não fistulizam
Tratamento: Aciclovir 200mg 2cp VO de 8/8h por 7-10dias + SINTOMÁTICOS
(!) ATENÇÃO: Gestante que no momento do parto tem Herpes → Parto Cesariana
DONOVANOSE
Agente: Calymmatobacterium (Klebsiella) granulomatis (bacilo gram negativo)
Diagnóstico: úlceras profundas, indolor e crônica
• Biópsia com corpúsculos de Donovan
Tratamento: Doxiciclina 100mg VO 12/12H por 21 dias
ÚLCERA ADENOPATIA
DOLOROSA DOLOROSA
Linfogranuloma venéreo
INDOLOR INDOLOR
Úlceras múltiplas, dolorosas, fundo limpo, linfadenopatia sem fistulização? Herpes genital
Úlcera crônica, indolor, sem fistulização, com biópsia (corpúsculo de Donovan)? Donovanose
GINECOLOGIA 6
SÍNDROMES DAS VERRUGAS GENITAIS
Prevenção:
VACINAÇÃO
BIVALENTE QUADRIVALENTE
HPV 16 e 18 HPV 6 e 11 + 16 e 18
CONDILOMA EM GESTANTES
• PRÉ-NATAL:
- Objetivo: remoção das lesões
- Tratamento:
• Ácido tricloroacético (TCA) → desnaturação proteica
• Exérese cirúrgica com eletrocautério (se grande)
- Contraindicação pela teragenicidade: Podofilia
• PARTO: Via obstétrica, exceto em caso de obstrução do canal do parto, que esta indicado o parto cesariano.
GINECOLOGIA 7
VIOLÊNCIA SEXUAL
CONDUTAS BUROCRÁTICAS
• Notificação compulsória IMEDIATA ao SINAN
- Lei 10.778, de 24/11/03: notificação compulsória para mulheres
- Lei 12.015/2009: redefiniu o crime de estupro e incluiu homens
- Portaria 104 do MS de 25/01/11: notificação compulsória para violência doméstica, sexual e/ou outras
violências (semanais)
- Portaria 1271 de 06/06/14: notificações imediata em até 24h
• Notificação ao conselho tutelar/vara da infância e da juventude: Crianças (< 12anos) e Adolescentees (< 18anos)
Ordem: (1) Acolhimento; (2) Direito ao BO e Exame de corpo de delito (3) Agendar seguimento sorológico após
30dias e acompanhamento clinico-laboratorial, psicológico e social, se necessário.
CONDUTAS MÉDICA
EXAMES E SOROLOGIAS CONTRACEPÇÃO DE EMERGÊNCIA
Se paciente engravidar?
1. Gestação normal e ficar com a criança
2. Gestação normal e encaminhar a criança a adoção
3. Interrupção da gestação até 20-22sem
• Necessita: termo de relato circunstanciado; termo de responsabilidade; termo de consentimento; termo de
aprovação de interrupção; parecer técnico (NÃO PRECISA DO B.O.)
Ética médica
• Código penal brasileiro, artigo 20, 1: "é isento de pena quem, por erro plenamente justificado pelas circunstancias,
supõe situação… fato que, se existisse, tornaria a ação legítima.”
• Código de ética médica, cap. - ‘'é direito do médico recusar-se a realizar atos médicos que, permitidos por lei,
sejam contrários as consciência do médico’' (No entanto, deve encaminhar a um profissional capacitado a cumprir)
Sigilo médico: Garantir o sigilo médico se paciente não correr risco de vida e estiver apar de tudo que aconteceu.
GINECOLOGIA 8
ONCOLOGIA
DERRAME PAPILAR
= Saída de secreção pela papila fora do ciclo gravídico-puerperal e lactação (sem consenso na literatura*)
1. Lácteo: Hiperprolactinemia (gestação; prolactinoma ou medicamentosa)
2. Multicolor (verde / amarelo / marron): AFBM e Ectasia ductal
3. Sanguíneo / Serosanguíneo: Papiloma intraductal (+)
Quando investigar? Espontâneo, uniductal, unilateral; "água de rocha" ou sanguinolento → RESSECAR DUCTO
• Citologia NEGATIVA não exclui diagnóstico
NÓDULO PALPÁVEL
Exame clínico (+) → PAAF SUGERE BENIGNIDADE SUGERE MALIGNIDADE
Para PROVA
FIBROELÁSTICO = FIBROADENOMA
EXAMES
PAAF
RNM
GINECOLOGIA 9
MAMOGRAFIA (MMG)
ALTERAÇÕES BENIGNAS
BI-RADS 2 Repetir de acordo com idade
(regular, homogêneo, calcificares grosseiras)
Repetir em 6 meses
BI-RADS 3 PROVAVELMENTE BENIGNA (Duvidosa)
(acompanhar por 3 anos → 1ano de 6/6m e 2-3ano de 1/1ano)
SUSPEITA
BI-RADS 4-5 Bióspia
(espiculado, microcalcificação pleomórfica agrupada )
BIÓPSIA
PATOLOGIAS BENIGNAS
MASTALGIA
• Cíclica: ↑Fase lútea (pré-menstrual); bilateral em QSE (ex: AFBM)
• Acíclica: mamária ou não; unilateral (ex: mastite, ectasia ductal, abscesso, nevralgia, angina,…)
• Tratamento: excluir Ca → Orientar paciente → Evitar medicamentos (sustentação mecânica adequada)
OUTROS
FIBROADENOMA TUMOR FILOIDES ESTEATONECROSE
• (+) Mulheres jovens (20-35anos) • Tumor benigno • Nódulo após trauma (1-2semana após)
• Tamanho padrão (20-35mm) • Fibroadenoma + Crescimento rápido + Agressivo
• PROVA: Fibroelástico = Fibroadenoma • Cd: Ressecção com margens cirúrgicas (2cm)
• Retirar se: > 35anos ou > 35mm
GINECOLOGIA 10
CÂNCER DE MAMA
Fatores de risco: Sexo feminino, idade > 40anos, história familiar, mutação BRCA, ACO, nuliparidade, menacne
prolongado (hormônio dependente), dieta rica em gordura, Carcinoma in situ e hiperplasias atípicas.
Tipos histológicos:
Precursoras: Ductal e Lobular in situ
Carcinoma Inflamatório • Localmente avançado (pois acomete pele) → Pior prognóstico (T4D)
Doença de Paget • Deformidade aoréolo-papilar; Descamação unilateral; pouco pruriginoso (ddx Eczema - bilaterais; prurido; rápida evolução)
RASTREAMENTO DO CA DE MAMA
TRATAMENTO
• Avaliar a relação tumor / mama (até 3,5cm que corresponde a 20% da mama)
Conservadora • Segmentectomia / Quadrantectomia
• Contraindicação: doença multicêntrica e impossibilidade de RT pós-operatória
Linfonodo sentinela
• Uso de corante azul ou tecnésio
• Primeiro linfonodo que drena a área do tumor
• Negativo evita dissecção axilar radical
• NÃO fazer se axila clinicamente POSITIVA (linfonodo palpável)
• Complicação esvaziamento radical: Escápula ALADA (lesão nervo torácico longo - músculo serrátil anterior)
Quimioterapia adjuvante
• Tumor > 1cm
• Linfonodo positivo (≥ N1)
• Metástase hematogênica (M1)
Hormonioterapia:
• Receptor estrogênio (+) usar Tamoxifeno (SERM) (antagonista mama / agonista endométrio)
• Inibidor de aromatase por 5anos
Terapia alvo dirigida (↓efeito adverso): Trastuzumabe - superexpressam HER2 (relação com pior prognóstico e agressividade)
GINECOLOGIA 11
TUMOR DE OVÁRIO
Fatores de risco: HISTÓRIA FAMILIAR (3x), Idade > 60 anos, mutação no BRCA, CA mama/ovário, dieta rica em
gorduras, menagem longo, nuliparidade, indutores de ovulação, OBESIDADE e TABAGISMO
Fatores de proteção: Amamentação, laqueadura tubária, uso de anovulatório (endométrio também) (PROVA)
Diagnóstico
• Não existe rastreio em pacientes de baixo risco
• Clínica + USG → “SUSPEITA"
Sólida
Usg Doppler baixa IR (< 0,4) CA-125
principal marcador (tumor epitelial)
Septada (espesso)
Papilas
Ruim: CA ovário inicial pode dar normal / Inespecífico
Espessamento parede (↑ DIP, mioma e gravidez)
Irregular Bom: Complementar avaliação tumoral / Seguimento
Tamanho > 8cm pós tratamento
Antes / após menacme
• Histopatológico = DEFINITIVO
Tumores Benignos
Não Neoplasicos Neoplasicos
Teratoma benigno
Cistos funcionais (folicular / corpo lúteo)
Cistadenoma
Endometriomas
Abscessos
Struma ovarii (tecido tireoidiano) → Conservadora: → OROFOPLASTIA
Fibromas (Sd Meigs)
Tumores Malignos
Adenocarcinoma seroso (+ COMUM)
EPITELIAL Adenocarcinoma mucinoso = pseudomixona (PROVA)
ANDROgênio
ANDROBLASTOMA Krukenberg (Metástase TGI - anel de sinete)
Tratamento
• Laparotomia → diagnóstico, estadiamento e tratamento
• Laparotomia mediana + Inventario da cavidade abdominal + Lavado peritoneal + histerectomia total anexectomia
bilateral + omentectomia infracólica + ressecar implantes e linfonodos.
• QT adjuvante: ≥ IC ou tumor indiferenciado (G3)
• OBS.: Mulher idade fértil IA e G1 —> avaliar salpingo-ooforosplastia unilateral ou salpingo-ooforectomia unilateral
GINECOLOGIA 12
CÂNCER DE COLO UTERINO
Introdução
• Endocervice: epitélio colunar (responsável pela produção de muco)
• JEC: junção escamo-colunar
• Ectocérvice: epitélio escamoso (revestimento)
• Zona de transformação: colunar → escamoso (Nova JEC)
Cistos de Naboth: células colunares que produzem muco podem não conseguir secretar o muco, que fica retido, formando o
cisto (aparecem na USG transvaginal)
Fatores de risco
• HPV, DST, sexarca precoce, número de parceiros sexuais
• ACO* (discordância entre autores - pode estar relacionado ao fato de mulheres em uso de ACO tem relações sexuais desprotegidas)
• Tabagismo
• Imunodepressão
Pecularidades: Crescimento lento (ano a décadas); Lesão precursora identificável; Método de rastreamento eficaz;
Passível de prevenção* (vacina)
Fator causal
HPV
• Mais ontogênicos: 16 e 18
• Condilomas: 6 e 11
• VACINAÇÃO
VACINAÇÃO
• BIVALENTE: 16 e 18 → 3 doses (0 - 1 - 6meses)
• QUADRIVALENTE: 6 e 11 + 16 e 18 → 3 doses (0 - 2 - 6meses)
Anamnese e Exame físico: Estágios avançados: dor, corrimento e sangramento uterino anormal
GINECOLOGIA 13
Rastreamento (PROVA)
COLPOCITOLOGIA
• Situações especiais:
- Gestantes: igual não gestante
- HIV: após sexarca (6/6meses no 1ºano, se normal manter anual; e se CD4 < 200 manter 6/6meses)
- VIRGEM: NÃO COLHER
≥ 25 anos: 6 meses
LIE-BG (LSIL) Lesão epitelial de baixo grau
< 25 anos: 3 anos
2 LIE-BG = COLPOSCOPIA
≥ 30 anos: 6 meses
ASC-US Lesão escamosa indeterminada possivelmente NÃO neoplásicas 25 - 29anos: 1ano 2 ASCUS = COLPOSCOPIA
< 25 anos: 3 anos
AGUS (AGC) Atipia de células glandulares indeterminadas COLPOSCOPIA + Citologia do canal (escovado endocervical)
Diagnóstico
• COLPOSCOPIA + BIÓPSIA
- Acido acético: coagula proteínas (acetobrancas) → ↑ atividade protéica → Biópsia
- Teste de Schiller (Lugol): sem glicogênio (iodo negativo = Schiller Positivo = mostarda) → Biópsia
• Obs: iodo tem muita afinidade por glicogênio
GINECOLOGIA 14
Tratamento
2A: 2/3 superior vagina (2A1 até 4cm / 2A2 > 4cm) 2A: Wertheim-Meigs ou Quimiorradioterapia
2 Estruturas vizinhas 2B: invade paramétrico 2B: Quimiorradioterapia
CÂNCER DE VULVA
Fatores de risco: HPV (70%), mesmos que no colo, tabagismo e linfogranuloma venéreo
Diagnóstico
• Clínica: Prurido + comum (70%)
• Exames: teste de Collins + Biópsia
• Tipo: escamoso (+ comum)
• Local + comum: grandes lábios
• Disseminação: linfática (inguinofemorais)
GINECOLOGIA 15
CÂNCER DE ENDOMÉTRIO
Fatores de risco: OBESIDADE (+), nuliparidade, anovulação crônica, menacme longo, sd ovários policisticos,
branca, DM, > 60anos, HAS*, hiperplasia atípica (lesão precursora), dieta rica em gordura… (PROVA)
Fatores de proteção: Multiparidade, Tabagismo, TH* (estrogeno + progesterona) e ACO e DIU progesterona
Suspeita
• Menopausa:
- Endométrio > 4mm sem TH
- Endometrio > 8mm com TH
• Achados USG endometriais: Espesso
• Colpocitologia: célula endometrial na peri (> 10dias da DUM) ou pós-menopausa → Investigar
Diagnóstico
• Clínico + USG = suspeita
• HISTOPATOLÓGICO
- Cureta de Novak (as cegas)
- Curetagem fracionada (as cegas)
- HISTEROSCOPIA COM BIÓPSIA (Padrão ouro - visualização direta)
• LESÕES PRECURSORAS
- Hiperplasia endometrial (80%)
• Tipos: simples s/ atipia (1%); complexa s/ atipia (3%); simples com atipia (8%); complexa com atipia(29%)
• * (%) = risco de malignização
• Tratamento:
- SEM atipias: acompanhamento com biópsia seriadas; Progesterona (+); histerectomia pós-
menopausa ou falha do tratamento clínico (exceção).
- COM atipias: progesterona (se deseja gestar ou alto risco cirúrgico; Histerectomia (+)
• CÂNCER DE ENDOMÉTRIO
- Endometrioide (+ comum); Células claras e seroso papilar (+ agressivo) (PROVA)
- Laparotomia: diagnóstico, estadiamento e tratamento (Lavado peritoneal + HT abdominal + Anexectomia +
Linfadenectomia)
- Radioterapia (≥ 50% invasão miometrial (≥ 1B)) e Quimioterapia (se metástase)
- Estadiamento FIGO (PROVA)
GINECOLOGIA 16
INCONTINÊNCIA URINÁRIA
Definição: perda urinária involuntária de urina, exceto para crianças, causando problemas sociais e higiênicos.
CLASSIFICAÇÃO
Perda urinária = Bexiga hiperativa x Incontinência de esforço (as duas representam 90% das provas)
I.U. ESFORÇO BEXIGA HIPERATIVA
Perda urinária pela uretra, quando P vesical > P uretral, na ausência
Contrações do detrusor durante o enchimento vesical
de contrações do detrusor
Diagnóstico URODINÂMICO
Diagnóstico CLÍNICO
Clínica: urgência urinária, polaciúria, noctúria…
Clínica: perda urinária quando tosse ou espirro px.
I.U. MISTA
• Transbordamento: perda somente se bexiga muito cheia; perda da capacidade de contração da bexiga → urina poucas vezes e só perde
depois que excede a capacidade vesical → Lesões neurológicas, Diabetes mellitus
• Fístula (vesico ou uterovaginal): perda insensível – são queixas de vulvovaginites, corrimentos que não melhoram - que na realidade não
é corrimento, mas urina (não perde pela uretra, mas pela vagina) - história de cirurgia pélvica (clássico: Wertheim-Meigs, radioterapia)
- Ureterovesical: a bexiga se enche pela preservação do outro ureter.
- Vesicovaginal: perde urina continuamente sem que a bexiga fique cheia.
• EAS e urinocultura
• Mobilidade do colo vesical: teste do cotonete > 30º (hipermobilidade ?) / USG
• Teste de Bonney (positivo se perda urinária ao elevar o colo vesical com a bexiga com 250-300ml de soro)
• Cistoscopia (> 50anos, irritação súbita, hematúria sem ITU)
• Urodinâmica (padrão ouro): IUE sem perda no EF, antes da cirurgia, prolapso anterior, IU mista, falha no tratamento clínico
• EAS e Urinocultura: para ddx (ITU causa de polaciúria, urgência, incontinência,.) – a urocultura é essencial para
seguir na investigação (não se pode manipular a uretra sem ter certeza de que não há infecção).
- Se > 50anos, tabagista e hematúria sem ITU = pensar em CA de bexiga → Cistoscopia
- Se ↑↑ oxalato de cálcio + história de cálculo = Hiperatividade por cálculo na bexiga
• Teste de Bonney: (250-300mL de soro na bexiga → tenta-se elevar o colo vesical → se ao sustentar o colo, a
paciente perder → suspeitar de hipermobilidade vesical (baixa sensibilidade e especificidade)
GINECOLOGIA 17
• URODINÂMICA (PADRÃO-OURO)
- Indicações: IUE sem perda ao exame físico; IU mista; Falha no tto clínico; Antes de cirurgia; prolapso anterior
- Etapas:
1. Fluxometria: Fluxo máximo (> 15ml/s), volume…
2. Cistometria: Fase de enchimento (NÃO pode haver: ativação do detrusor, perda de urina ou dor)
3. Estudo miccional: Fase de esvaziamento (avalia a obstrução do fluxo)
*Se o ↑P vesical for reflexo da P abdominal = não teve contração do m. detrusor. (P detrusor = P vesical - P abd)
INCONTINÊNCIA DE ESFORÇO
• Hipermobilidade vesical: PPE > 90cm H2O (pressão de perda) (PROVA)
• Defeito esfincteriano: PPE < 60cm H2O (pressão de perda) (PROVA)
+ *SEM OCORRER CONTRAÇÃO DETRUTORA*
Tratamento:
1. Clínico: ↓peso, fisioterapia (Kegel), biofeedback, Duloxetina e alfa-agonista adrenérgicos (↑AVE)
* Duloxetina: eficiente mas tem alto índice de suicídio (proibida no BR), agem nos recep ALFA (esf. interno)
BEXIGA HIPERATIVA
Sd de urgência ou urgeincontinência → contração não inibidas do DETRUSOR
Obs: Pacientes refratários: videourodinâmica ou urodinâmica (ex: podemos ter uma IUE associada)
GINECOLOGIA 18
DISTOPIAS GINECOLÓGICOS
Posteriores Uterossacros
(PROVA) Músculos lesados na episiotomia médio-lateral? Bulbocavernoso + Transverso superficial do períneo + Puborretal (se extenso)
• A episiotomia mediana (perineotomia) somente deve ser feita para aquelas com corpo perineal longo (distância da vagina – ânus grande).
Definição
• Distopia: deslocamento de um órgão de seu posicionamento e/ou localização habitual.
• Prolapso: todo deslocamento causal dos órgãos pélvicos através da vagina, podendo ocorrer em diferentes graus
ou descida de uma ou mais estruturas a seguir: parede vaginal anterior (cistocele ou urecele) ou posterior (retocele)
ou ápice (uterocele - colo e corpo uterino, eritocele - cúpula vaginal pós-histerectomia e enterecele)
GINECOLOGIA 19
PROLAPSO UTERINO
COLO HIPERTRÓFICO X PROLAPSO
Colo longo sem prolapso de fundo de saco Colo normal e com prolapso de fundo de saco
Tratamento:
• Assintomáticas: não precisam operar
• Sintomáticas: histerectomia total vaginal com reconstrução do assoalho pélvico ou Manchester (ex: nuligesta)
(Manchester: amputação parcial do colo e fixação no paramétrio – “Manchester para manter o útero”).
• Sintomáticas com alto risco cirúrgico: Kegel/ pessários
PROLAPSO DE CÚPULA
• Sempre: complicação de pós-histerectomia
• Tratamento: Fixação da cúpula vaginal ao promontório ou colpocleise (Le Fort)
Obs.: Colpocleise: não pode ser feita em pacientes que ainda mantém atividade sexual.
PROLAPSO ANTERIOR
CISTOCELE
• Cd: colporrafia anterior (com correção da fáscia comprometida – fáscia pubovesicouterina) – ex: Kelly-Kenedy
PROLAPSO POSTERIOR
RETOCELE
Conduta: colporrafia posterior (com sutura da fáscia retovaginal)
Obs.: um toque retal pode ajudar a diferenciar uma retocele de uma enterocele.
GINECOLOGIA 20
CICLO MENSTRUAL
Conceitos fundamentais sobre a fisiologia reprodutiva
• A mulher, do ponto de vista biológico, é um ser cíclico e pulsátil.
• Sua ciclicidade é expressa a partir da função reprodutiva.
• Na puberdade inicia os ciclos menstruais.
Retrocontrole (FISIOLOGIA)
• GnRH (hormônio liberador de gonadotrofinas):
- Produzido pelo hipotálamo, apresenta liberação pulsátil,
com maior frequência e menor amplitude na primeira fase.
GINECOLOGIA 21
Ciclo endócrino
DESCAMAÇÃO Menstruação
GINECOLOGIA 22
AMENORRÉIAS
Amenorréia: ausência de menstruação na vida reprodutiva da mulher
Classificação:
PRIMÁRIAS SECUNDÁRIAS
Ausência de menstruação aos 14anos + FALHA no Desenvolvimento sexual Ausência de menstruação por 6 meses
OU OU
16anos + Desenvolvimento sexual normal Período equivalente a 3 ciclos consecutivos
AMENORRÉIA SECUNDÁRIA
INVESTIGAÇÃO:
1º) Excluir gestação → βHCG
GINECOLOGIA 23
AMENORRÉIA PRIMÁRIA
EXAME FÍSICO:
• Estigmas de Turner
• Hímen imperfurado
• ↑ LH/FSH: solicitar cariótipo = disgenesia gonadal (+ Tuner) (o cariótipo é Anormalidade Mülleriana (?) - Roktansky (+)
fundamental para diagnóstico e para terapêutica – retirar/não a gônada)
• ↓ LH/FSH: teste GnRH (problema na hipófise ou hipotálamo)
DIAGNÓSTICO DIFERENCIAIS
HIPOTALÂMICAS (COMPARTIMENTO IV)
Tumores: craniofaringiomas
Sd de Kallman: amenorreia primária + Anosmia + cegueira para cores
Outras: estresse, anorexia, exercícios
Tumores: Prolactinoma
Sd de Sheehan: necrose hipofisária pós-parto (grande hemorragia puerperal → Acretismo/ Atonia uterina) – pode causar hipopituitarismo
Falência ovariana precoce: < 40anos (FSH > 20) - amenorréia secundária
Sd de Savage: folículo resistente às gonadotrofinas (pode ser causa de amenorreia primária/secundária)
• Falência ovariana precoce x Sd Savage → Biópsia ovariana (na prática não é feita pois o tratamento é o mesmo – reposição hormonal)
UTEROVAGINAIS (COMPARTIMENTO I)
GINECOLOGIA 24
SD DOS OVÁRIOS POLICÍSTICOS (SOP)
= OU Anovulação crônica hiperandrogênica
FISIOPATOLOGIA:
SHBG (proteína transportadora do hormônio sexual) – a fração do hormônio ligada a proteína é simplesmente
transportada, ou seja, não têm função; na SOP temos uma diminuição dessa proteína transportadora → teremos
hormônios livres biologicamente ativos → manifestações de anovulação e de hiperandrogenismo.
É a resistência insulínica que diminui a produção hepática da SHBG levando ao aumento das frações livres dos
hormônios e, consequentemente às suas manifestações (hiperandrogenismo e anovulação).
HIPERANDROGENISMO Acne, alopécia, hirsutismo (pelos grossos com distribuição tipicamente masculina em uma mulher - escala de Ferriman ≥ 8
3 HIPERANDROGENISMO
Obs: falha desse critério (Critérios de Rotterdan) – não avalia o ponto central da doença – a resistência a insulínica
REPERCUSSÕES:
• Resistência insulínica: DM, HAS, doença cardiovascular,.
• Hiperandrogenismo: anovulação, estética
• Anovulação: infertilidade, fator de risco para Ca de endométrio
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INFERTILIDADE
INFERTILIDADE = Ausência de gravidez após 1 ano
-
-
Fator masculino: 35%
Fator tuboperitoneal: 35%
→ -
-
Tuboperitoneal (40%) - (+) DIP
Ovulatórios (40%)
- Anovulação: 15% - ESCA (10%) e outros (10%)
INFERTILIDADE MASCULINA
ESPERMOGRAMA • NORMAL → não repetir / ANORMAL → repetir após 3 meses
INFERTILIDADE FEMININA
FATOR OVARIANO
FATOR TUBOPERITONEAL
FATOR UTERINO
Teste pós-coito ou teste de Sims: avalia interação do espermatozoide com o muco → não é mais utilizado
TRATAMENTO
• MASCULINO: maioria é Fertilização InVitro (FIV)
• FATOR OVARIANO: Indução da ovulação (Clomifeno) / FIV
• FATOR TUBOPERITONEAL: Videolaparoscopia (retirar aderência, endometriose – salpingoplastia) ou FIV
• FATOR UTERINO: cirurgia (retirada de pólipos, septos) ou FIV
• FATOR CERVICAL: Inseminação intrauterina
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SÍNDROME PRÉ-MENSTRUAL (SPM)
SPM: sintomas físicos, psicológicos e comportamentais recorrentes que acontecem durante 7-10 dias que
antecedem o período menstrual e que interferem com as atividades diárias.
Fisiopatologia: Teorias
• ↓ Atividade de serotonina
• Disfunção do SNC
• Alteração GABA
• Vínculo genético
Diagnóstico
• SPM: ≥ 1 sintoma afetivo + ≥ 1 sintoma somático
• TDPM: alterações do humor que são graves o suficiente para prejudicar o desenvolvimento das
atividade
Tratamento:
• Não farmacológico: suporte, educação, manuseio dietético e exercícios físicos.
• Tratamento específico para sintomas
• Tratamento psicológico (se TDPM): Inibidores da recaptação de serotonina
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SANGRAMENTO UTERINO ANORMAL (SUA)
DISFUNCIONAL ORGÂNICO
INVESTIGAÇÃO
(1) Avaliar faixa etária…
Privação de estrogênio materno
NEONATAL
Conduta: acompanhamento
Corpo estranho (corrimento + refratários) / Infecção inespecífica / Trauma acidental (+ queda a cavaleiro)
INFÂNCIA
Excluir: abuso sexual e neoplasia (+ sarcoma de Botroide - vagina / Tu ovário secretor de estrogênio - pseudopuberdade)
✓ Escape do contraceptivo
Medicamento
✓ Terapia hormonal na pós-menopausa
USG-TV → Endométrio suspeito após a menopausa → Avaliação endometrial + Biópsia → HISTEROSCOPIA (OURO)
(!) Endométrio suspeito: > 4mm sem terapia hormonal ou > 8 mm com terapia hormonal
TRATAMENTO
Intenso • ACO 8/8 horas durante 7 dias → após 7dias de pausa usar 1x/sem
• Estrogênio conjugado (Premarim) 0,625 3x/dia 48h
Leve a moderado • AINES, antifibrinolítico, ACO ou progesterona
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PÓLIPO
• Cervical: assintomático (+) ou sinusiorragia (sangramento pós-coito)
• Endometrial: (+) Assintomático
• Diagnóstico: USG (hipercogênica); Histeroscopia (padrão-ouro)
• Tratamento: Polipectomia histeroscópica
• (!) A ressecção cirúrgica do pólipo sempre deve ser realizada, para descartar malignidade. Porém o risco é baixo (< 0,5%)
MIOMA
• (+) Assintomáticos
Tipos:
• Subseroso: NÃO causa SUA
• Intramural: pode sangrar
• Submucoso (pediculado/ séssil): (+) sangra
- Pediculado: não pode ser tratado por embolização
Intramural e submucoso: podem ser causa de SUA – dificultam a contração do útero para contenção do sangramento. Além disso, como há
abaulamento da cavidade (ex.: submucoso), há ↑ extensão endometrial.
Remédio NÃO trata mioma… porém análogo de GnRH ↓ tumor e anemia antes de operar
Quando usar a embolização ? Multiplos miomas, mas não pediculados; Deseja ter filhos
Degeneração
• HIALINA (+ comum)
• Gestante: Necrose asséptica / Rubra / Vermelha
• Sarcomatosa (mioma cresce após menopausa)
DICA DE PROVA
1. Miomas tem origem monoclonal
2. O diagnóstico de certeza é HISTOPATOLÓGICO
3. Degeneração:
• Mais frequente: Hialina
• Gravidez mais comum: Rubra (+)
• Sarcomatosa: crescimento acelerado MENOPAUSA (+ exclusiva pós-menopausa)
4. Indicação de EMBOLIZAÇÃO: sintomáticas + grandes volume + múltiplos + não pediculados + não degenerados +
desejam preservar o útero
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DISMENORREIA
= Dor pélvica associado ao período menstrual.
Etiopatogenia:
• Teoria da vasopressina: altas concentrações de vasopressinas induz a contração uterina disrítmicas e dolorosas.
Efeito intensificado com a presença de progesterona.
• Teoria das Prostaglandinas: atuam no miométrio, causando contratilidade uterina aumentada, isquemia e dor
subsequente. A produção de PGs são iniciadas por hormônios peptídeos, estrogênio, progesterona e trauma
tissular.
Diagnóstico:
• Primária: diagnóstico de exclusão
• Sempre deve ser pedido um USG pélvica transvaginal ou transabdominal (se virgens) afim de excluir outras
alterações.
ADENOMIOSE
Tecido endometrial no miométrio causando irritação no miométrio → DOR
Exame:
• RMN → zona juncional mioendometrial > 12mm (muito sugestivo)
• USG → (+) Normal / miométrio heterogêneo
• Biópsia (padrão-ouro)
GINECOLOGIA 30
ENDOMETRIOSE
= endométrio (glândulas e estroma) fora do útero
Locais: (+) OVARIANA; fundo de saco posterior (Douglas) e anterior; ligamento largo, uterosacro; trompas; cólon
sigmóide; apêndice.
Teorias: Refluxo menstrual; metaplasia celômica; disseminação linfática; deficiência imunológica; Iatrogênia.
Fatores de risco: menacne longo; primiparidade tardia; nuliparidade; história familiar; branca; malformações
uterinas; excesso café e álcool.
Tratamento:
• Dor → Inicialmente clínico → AC combinado / Progesterona → Análogo de GnRH / Inibidores da aromatase
• ENDOMETRIOMA → Cistectomia (pensando em recidivas) sem retirar ovários
• INFERTILIDADE → Clínico não responde
- Endometriose mínima/ leve → Laparoscopia
- Endometriose severa → FIV
Obs: Após a menopausa o implante endometrioide é suprido pela ausência de hormônios. Sendo, assim a conduta
pode ser expectante.
MIOMATOSE SUA
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ANTICONCEPÇÃO
COMPORTAMENTAIS: Tabelinha; curva térmica, muco cervical
• Período fértil: ciclo mais curta - 18 / ciclo mais longo - 11
BARREIRA
• Condon e diafragma: alta taxa de falha
• Proteção para DST`s (parcial HPV e Herpes)
• Feminina: confere maior área de proteção
CLÁSSICO EM PROVA:
Mecanismo de ação e Contraindicações…
Categoria 1 Pode usar
Mecanismo de ação
Duração de 10 anos
COBRE
Ação irritativa, inflamatória e espermicida (mulheres com cólicas/ sangramento intenso = não utilizar)
Duração de 5 anos
PROGESTERONA
Atrofia endométrio e torna o muco hostil
NÃO SÃO ANOVULATÓRIOS: A proteção contraceptiva é próxima da laqueadura (muito melhor do que a pílula, mesmo não sendo anovulatórios)
Contraindicações
• Alterações intrauterinas: suspeita de gravidez, distorção da cavidade, SUA inexplicado, câncer ginecológico, infecção
Obs.: Usuária de DIU com DIP → iniciar ATB e reavaliar 48h, caso o processo esteja melhorando: não retirar o DIU, caso contrário, retirar.
• Entre 48h e 4 semanas pós-parto
PROGESTERONA
Mecanismo de ação
Contraindicações
Categoria 3: gravidez, tumor hepático, HAS grave, AVE, TVP e TEP aguda
Categoria 4: CA de mama atual
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COMBINADO (ESTROGÊNIO + PROGESTERONA)
Mecanismo de ação
Contraindicações
Categoria 4: amamentação < 6sem pós-parto, câncer de mama atual, fumo (≥ 15cigarros) após 35anos, IAM/TVP/TEP/AVE
prévio, Enxaqueca com aura (+ prova)
EMERGENCIAL
Mecanismo de ação
LAQUEADURA TUBÁRIA
✓ Fora do parto
✓ Consentimento do casal
✓ Mais de 60 dias entre a vontade e a cirurgia
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CLIMATÉRIO
Contraindicações:
• CA de mama ou endométrio (prévio ou atual)
• Tromboembolismo atual
• Sangramento vaginal indeterminado
• Doença hepática ativa grave
• Porfiria (?) – não é unanimidade; a maioria dos autores a coloca como contraindicação absoluta.
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