QUEM É O ASSESSOR JURÍDICO NO

MODELO DAS 3 LINHAS

RAFAEL SÉRGIO DE OLIVEIRA
MAIO/2022
ASSESSOR JURÍDICO

• A Assessoria Jurídica e seu papel de Advocacia;

• A Assessoria Jurídica exerce controle prévio de legalidade pela análise
da contratação (art. 53);
• Cabe a Assessoria Jurídica atuar nas diversas fases do processo de
contratação (art. 53; art. 156, § 6º; art. 160; art. 163, V; art. 168, P.ú.
c/c o art. 117, § 3º).
 O ASSESSORAMENTO JURÍDICO É CONTROLE?

Lei nº 14.133/2021

Art. 53. Ao final da fase preparatória, o processo licitatório seguirá para o órgão de assessoramento jurídico
da Administração, que realizará controle prévio de legalidade mediante análise jurídica da contratação.

Art. 169. As contratações públicas deverão submeter-se a práticas contínuas e permanentes de gestão de
riscos e de controle preventivo, inclusive mediante adoção de recursos de tecnologia da informação, e, além
de estar subordinadas ao controle social, sujeitar-se-ão às seguintes linhas de defesa:

I - primeira linha de defesa, integrada por servidores e empregados públicos, agentes de licitação e
autoridades que atuam na estrutura de governança do órgão ou entidade;

II - segunda linha de defesa, integrada pelas unidades de assessoramento jurídico e de controle interno do
próprio órgão ou entidade;

III - terceira linha de defesa, integrada pelo órgão central de controle interno da Administração e pelo
tribunal de contas.
O ASSESSORAMENTO JURÍDICO É CONTROLE?

Fonte: Modelo
das Três Linhas
do IIA/2020.
ASSESSOR JURÍDICO

VÍNCULO COM A ORDEM DOS ADVOGADOS DO BRASIL

• Função típica de advogado (art. 1º, II, da Lei nº 8.906/1994)

Art. 3º O exercício da atividade de advocacia no território brasileiro e a denominação

de advogado são privativos dos inscritos na Ordem dos Advogados do Brasil (OAB).
§ 1º Exercem atividade de advocacia, sujeitando-se ao regime desta lei, além do regime
próprio a que se subordinem, os integrantes da Advocacia-Geral da União, da
Procuradoria da Fazenda Nacional, da Defensoria Pública e das Procuradorias e
Consultorias Jurídicas dos Estados, do Distrito Federal, dos Municípios e das
respectivas entidades de administração indireta e fundacional.
ASSESSOR JURÍDICO
ATRIBUIÇÕES DOS ÓRGÃOS DE
ASSESSORAMENTO JURÍDICO

ASSESSORAMENTO CONSULTORIA

REPRESENTAÇÃO
JUDICIAL E
EXTRAJUDICIAL
ASSESSOR JURÍDICO ATRIBUIÇÕES DOS ÓRGÃOS DE
ASSESSORAMENTO JURÍDICO

Lei nº 14.133/2021

Art. 8º (...)

§ 3º As regras relativas à atuação do agente de contratação e da

ASSESSORAMENTO equipe de apoio, ao funcionamento da comissão de
contratação e à atuação de fiscais e gestores de contratos de
que trata esta Lei serão estabelecidas em regulamento, e
deverá ser prevista a possibilidade de eles contarem com o
apoio dos órgãos de assessoramento jurídico e de controle
interno para o desempenho das funções essenciais à execução
do disposto nesta Lei.
 ATRIBUIÇÕES DOS ÓRGÃOS DE
ASSESSORAMENTO JURÍDICO
ASSESSOR JURÍDICO
Lei nº 14.133/2021 – NOVA LEI DE LICITAÇÕES

Art. 53. Ao final da fase preparatória, o processo licitatório seguirá para

o órgão de assessoramento jurídico da Administração, que realizará
controle prévio de legalidade mediante análise jurídica da contratação.

§ 1º Na elaboração do parecer jurídico, o órgão de assessoramento

jurídico da Administração deverá:
CONSULTORIA
I – apreciar o processo licitatório conforme critérios objetivos prévios
de atribuição de prioridade;

II – redigir sua manifestação em linguagem simples e compreensível e

de forma clara e objetiva, com apreciação de todos os elementos
indispensáveis à contratação e com exposição dos pressupostos de fato
e de direito levados em consideração na análise jurídica;

III – VETADO.
ASSESSOR JURÍDICO
CONSULTORIA

AS MANIFESTAÇÕES OBRIGATÓRIA NA LEI Nº 14.133/2021

• Análise prévia do processo de contratação por licitação, por contratação direta e adesão à
ata de registro de preço (art. 53);

• Aplicação da declaração de inidoneidade (art. 156, § 6º);

• Desconsideração da personalidade jurídica (art. 160);

• Reabilitação de apenados com o impedimento de licitar ou com a declaração de

inidoneidade (art. 163, inciso V).
 ASSESSOR JURÍDICO REPRESENTAÇÃO
JUDICIAL E
EXTRAJUDICIAL

Lei nº 14.133/2021

Art. 10. Se as autoridades competentes e os servidores públicos que tiverem participado dos procedimentos relacionados às licitações e aos
contratos de que trata esta Lei precisarem defender-se nas esferas administrativa, controladora ou judicial em razão de ato praticado com
estrita observância de orientação constante em parecer jurídico elaborado na forma do § 1º do art. 53 desta Lei, a advocacia pública
promoverá, a critério do agente público, sua representação judicial ou extrajudicial.

§ 1º Não se aplica o disposto no caput deste artigo quando:

I - (VETADO);

II - provas da prática de atos ilícitos dolosos constarem nos autos do processo administrativo ou judicial.

§ 2º Aplica-se o disposto no caput deste artigo inclusive na hipótese de o agente público não mais ocupar o cargo, emprego ou função em
que foi praticado o ato questionado.
SEGREGAÇÃO DE FUNÇÕES
• A segregação de funções é um princípio
na NLL (art. 5º);
• Trata-se de um princípio que se aplica ao
órgão de Assessoramento Jurídico (§ 2º
do art. 7º da NLL);
• Segregar funções não pode significar
desintegração de equipes.
ACÓRDÃO Nº 1682/2013 – Plenário do
TCU
Viola o princípio
da segregação de funções o exame dos
aspectos legais que envolvem licitações e
contratos efetuado por instância
diretamente subordinada à área
responsável pela contratação. (Enunciado
da Jurisprudência Selecionada do TCU)
ASSESSOR JURÍDICO E O MODELO DA 3 LINHAS DE DEFESA

• O fato de realizar controle de legalidade não torna o órgão de Assessoria Jurídica um órgão de
controle;
• Não há mais a aprovação das minutas, pois estas e todo o processo de licitação e de
contratação direta serão objeto de análise para fins de controle de legalidade – juridicidade;
• A análise se materializa em um parecer jurídico (§ 1º do art. 53);
• Tal manifestação deve orientar o gestor, inclusive em relação aos eventuais riscos jurídicos do
processo (2ª linha);
• Redação com linguagem simples e compreensível e de forma clara e objetiva, com apreciação
de todos os elementos indispensáveis à contratação (art. 53, § 1º, II);
• Diferenças entre a Assessoria Jurídica e o Controle Interno.
 Obrigado!
Qualquer dúvida:
rafael@licitacaoecontrato.com.br

@rafaelsergiodeoliveira

Rafael Sérgio de Oliveira

Rafael Sérgio de Oliveira