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1805 MoisesDeisiane TCC
1805 MoisesDeisiane TCC
ENGENHARIA CIVIL
Banca Examinadora:
__________________________________________
Prof.
Convidado
__________________________________________
Prof. Dr. Paschoal Perdão Junior
Orientador
__________________________________________
Prof. Dr. Paschoal Perdão Junior
Coordenador
(OPCIONAL)
AGRADECIMENTO
(OPCIONAL)
EPÍGRAFE
(OPCIONAL)
RESUMO
Figura 3- SPT.............................................................................................................24
1.2. Problema
1.3. Justificativa
1.4. Metodologia
Estudo do solo
O estudo do é crucial para o projeto de uma fundação, cada tipo de solo tem reage
de forma particular ao peso de uma estrutura por isso necessita assim uma analise
mais profunda e criteriosa. De acordo com alguns teste e exames laboratoriais é
possível determinar varias características físicas e químicas de cada solo. Essa
analise vai fornecer ao engenheiro informações relevantes na concepção do projeto
possibilitando então estudar a melhor fundação a se executar dentre as opções
viáveis, sempre atendendo as normas de segurança e normas vigentes no país,
como as da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), que discorre acerca
de procedimentos para cálculo, dimensionamento e execução das fundações é o
caso da NBR 6122.
O solo para Ribeiro (2009) é constituído basicamente por duas partes 50% de
material sólido e 50% de material poroso O material sólida é composto por 45% de
material mineral e 5% de material orgânico. Já o material poroso deve ser
preenchido com 25% de água e 25% de ar.
Gráfico 1: Componentes básicos do solo
Fonte: (RIBEIRO, 2009, p. )
A medida que a água do solo evapora, o solo vai ficando com mais vazios e se ele é
compactado logo perde a água e o ar presente nesses vazios, o efeito disso na
pratica é que ao se alterar a composição do solo se altera também a sua resistência
o que favorece a ocorrência de recalques diferenciais nas estruturas que se apóiam
sobre ele. O solo é representado em um sistema trifásico, pois no seu interior
encontram-se os três estados da meteria.
2.1.2. Cor
A cor é a característica morfológica mais notável no solo ela nos ajuda identificar o
solo e nos permite distinguir cada lime de horizonte no perfil de um solo. A cor do
solo nos dá indicativos sobre material do solo, fertilidade, matéria orgânica, condição
de drenagem, teores de óxidos como o de Fe e Al, etc. Podemos identificar o tipo de
solo pela tabela de Mussel, trata-se de um catalogo de cores, vide Figura 1.
É a relação entre a massa de uma amostra de solo e o volume ocupado por suas
partículas sólidas ar e água. Expresso por D=m/v onde;
A densidade do solo varia de 2300 kg/m³ á 2900 kg/ m³. A importância da densidade
se da, pois através dela é possível se determinara drenagem, porosidade,
condutividade hidráulica, permeabilidade ao ar e a água, capacidade de saturação,
armazenamento de água, etc.
2.1.4. Porosidade
È a porção do solo onde estão presente os vazios onde o solo não esta ocupa dos
sólidos. Esses poros têm tamanhos diferentes e são classificados como, macro
poros aqueles que não são capilares e tem diâmetro igual 0,05mm e microporos que
são capilares e tem diâmetro = menor que 0,05 mm.
2.1.5. Umidade
h= P-PA /PS*100
Onde h=umidade, P= peso do solo, Os= peso do solo seco. As normas para se
determinar a umidade do solo estão presentes na NBR-06457. A umidade do solo
basicamente a quantidade de água que preenche os vazios do solo, essa
informação é importante, pois o solo tem um limite de saturação, ate esse limite ele
pode absorver a água, mas passado esse limite a água irá causar uma série de
problemas. A umidade pode ser medida por meio de cálculo ou por meio de testes
laboratoriais como o Speedy, Para determinar a quantidade de água por meio de
cálculo, toma-se uma amostra do solo e se faz a pesagem do solo úmido e depois
seco e se calcula a diferença entre elas. O teste do Speedy é feito em um
instrumento que contem um reservatório metálico com um manômetro, coloca-se
uma amostra de solo analisa-se a umidade do solo através da pressão interna do
reservatório.
2.1.6. Temperatura
A temperatura do solo varia com a temperatura do ar, mas não com a mesma
velocidade, varia também com a hora do dia e ainda varia de acordo com a
profundidade do solo, quanto mais fundo mais quente, mas existe um ciclo térmico
da temperatura. Durante o dia o solo é aquecido pela radiação solar e por condução
térmica esse calor chega ao seu interior, à noite isso se inverte a ausência de
radiação solar faz com que ele se resfrie e como o fluxo do calor é sempre do corpo
quente para o mais frio o calor é emitido do interior para a superfície através de
ondas de radiação terrestre.
Durante todo o dia ocorre uma variação de temperatura, em certas regiões do globo
essa variação é pequena, mas em ceras regiões essa variação é grande e muito
severa.
2.1.7. Granulometria
.
Tabela 1 Curva granulométrica-
Fonte (Disponível em: www.wikipedia.or acesso DATA)
2.1.8. Estrutura
Laminar
Blocos:
Angular: as faces são planas e a maioria dos vértices com ângulos vivos
Subangulares: apresenta mistura de faces arredondadas e planas com muitos
vértices arredondadas
Granular:
Com estrutura = pode ser fraca, moderada ou forte. Esses três graus são
definidos m função da resistência de agregados e pela proporção entre materiais
agregados e não agregados Sesquióxidos de Fe e Al = agentes cimentantes,
uma vez precipitados e desidratados, dificilmente se reidratam e entra em
suspensão, fato que dá aos agregados elevada estabilidade.
2.1.9. Dureza
2.1.10. Textura
2.2.2. Plasticidade
Quando o solo tem um elevado nível de água esta em seu estado elástico, onde
tudo pode ser moldado aplicando-se uma força a ele, e no momento em que se
retira essa força o solo volta a sua fase inicial, a medida que a água vai evaporando
ele chega ao LL, a medida que sua capacidade de fluir mais pode ser moldado
facilmente e conserva a sua forma. Agora o solo esta no estado plástico, mais
continua a perder água ate chegar ao LP, onde ao ser trabalhado o solo se
desmancha, este é o estado semissólido. O limite entre os dois estados é um teor de
umidade igual ao limite de contração (LC)
A argila pode passar do estado liquido, onde retém muita água, ao estado semi-
sólido e chegar até ao estado sólido à medida que seu teor de água diminui segundo
Rabelo (2008)
Figura esquemática indicando a posição relativa dos Limites de Atterberg e do índice de plasticidade.
Fonte: (https://pt.wikipedia.org acesso 03/05/16)
É tido como o teor de umidade em que o solo deixa de ser plástico, nessa fase
torna-se quebradiço; é a umidade de transição entre o estado plástico e semissólido
do solo. Em laboratório o LP é obtido determinando-se o teor de umidade no qual
um cilindro de um solo com 3 mm de diâmetro e cerca de 10cm de comprimento
apresenta-se fissuras.
É o valor de umidade para o qual o solo passa do estado sólido para o estado semi-
sólido
Este valor determina a zona em que o terreno se acha no estado plástico. Quanto
maior o IP, tanto mais plástico será o solo. Quando um material não tem plasticidade
(areia, por exemplo), considera-se o índice de plasticidade nulo (CAPUTO, 1988).
São indispensáveis ao projeto de fundação e por sua vez são recomendados pela
ABNT, recomenda-se que se sigam as orientações da norma ABNT NBR 6122/2010
(esta norma rege o projeto e execução de fundação das estruturas convencionais da
engenharia civil) que diz que se deve executar a investigação geotécnica, preliminar
e se necessário outras mais especificas. Determina-se que seja feita uma sondagem
de percussão no solo chamada de SPT (Standard Penetration Test). Esse ensaio
determina a penetração normal, esse tipo de exame não é o mais detalhado, mas é
o mais usual REBELLO (2008)
Segundo PINTO (2006) o ensaio deve ter duas operações: que são sondagem e
perfuração. A perfuração do terreno por sua vez inicia-se acima do nível da água é
comum o uso de um trado tipo cavadeira. Após varias rotações com o trado o furo é
aprofundado e o material então recolhido é classificado de acordo com a sua
composição. À resistência que o solo apresenta ante a penetração do trado é um
indicativo de consistência ou da compacidade presente naquele solo, porém um
melhor relatório no que diz respeito às propriedades físicas e químicas do solo só
será alcançado com a amostragem que usualmente é feita de metro em metro no
curso da perfuração, ou então sempre que se constatar mudança de material que
compõe o solo. Quando é atingido determinada profundidade, se coloca um tubo de
revestimento de duas polegadas este ainda será usado na amostragem. No interior
desse tubo a penetração avança agora utilizando um trado espiral até que se atinja o
nível da água.
Após ser atingido o nível d’água, pode-se avançar com a perfuração agora se
utilizando outra técnica, a da circulação de água, convenientemente chamada de
percussão e lavagem. Trata-se de se injetar água no fundo do tubo através de uma
haste de menor diâmetro pelo tubo de revestimento onde há um furo na extremidade
com o auxílio de uma bomba d’água motorizada.
Em sua extremidade há um trépano com ponta afiada e com dois orifícios através
dos quais a água sai pressurizada.
Figura 2 - SPT
Fonte: (http://engenhariacivilunip.weebly.com acesso 02/05/16)
A haste no interior é levantada e solta por repetidas vezes por uma altura de cerca
de 30 cm. Posteriormente sua queda é executada um movimento de rotação
produzido manualmente por um operador. Por meio desse processo ocorre o
destorroamento do solo que se encontra no fundo da perfuração. No mesmo
instante, a água que vai sendo injetada pelos orifícios do trépano ajuda a desagregar
as camadas do solo e quando a água faz seu caminho de volta à superfície, pelo
pequeno vão entre a haste interna e o tubo de revestimento, ela acaba
transportando as partículas do solo que foram desagregadas. Em seguida de metro
em metro,como se recomenda, ou quando se detectar mudança do solo pelo
material trazido a tona pela água de circulação, deve-se suspender a operação e se
realizar uma nova amostragem. Esse material trazido pela lavagem que fica em
suspensão é heterogêneo e logo não permite que se faça uma precisa classificação
do solo, entretanto, é possível se notar alterações acentuadas de tipo de solo. A
Essa técnica de perfuração por lavagem é mais rápida do que aquela feita pelo trado
porem não deve ser executada acima do nível da água. Ela deve ser feita somente
abaixo do nível d’água já que acima dele estaria alterando o teor de umidade do solo
o que certamente alteraria as condições de amostragem.
2.3.5. Amostragem
Fi
gura 5: Corte longitudinal de um amostrador padrão
Fonte: (PINTO, 2006, p. ).
Já a outra extremidade deve fixada à haste que a leva até o fundo da perfuração,
essa possui dois orifícios em suas laterais para liberar água e ar, e uma válvula
composta por uma esfera de aço. O dispositivo é acoplado à haste e conduzido até
o fundo da perfuração, feito isso, é encravado no solo pela ação de uma peça de
ferro fundido que se chama martelo, esse possui uma massa de 65 kg., O martelo é
cravado pela força gravitacional logo deve ser elevado a uma altura de
aproximadamente 75 cm e solto em queda livre. A seguir ergue-se martelo
manualmente se não for um de equipamento mecânico, que faz uso de uma corda
flexível que passa por uma roldana situada na parte superior do tripé. Para que o
amostrador seja cravado no solo são necessários varias quedas do martelo até que
o amostrador penetre 45 cm no solo. Em seguida se faz um exame tátil-visual com
essa amostra e suas principais propriedades são registradas. As amostras devem
ser então, conservadas em recipientes não permeáveis para futuras análises.
2.4. Fundação
É comum nos cálculos estruturais de um projeto que a estrutura seja calculada pelo
engenheiro supondo que os apoios se comportem estaticamente e que não se
desloquem sob a presença dos esforços do maciço do solo. A essa suposição
conclui-se que haverá esforços já conhecidos como os esforços na direção vertical,
horizontal e de momentos fletores. Na hora de calcular as fundações são com essas
informações que o engenheiro vai calcular os recalques e os comparar com os
recalques admissíveis. Entretanto nessas condições a fundação devido a
deformação do solo solicita a estrutura hiperestaticamente, ou seja, com apoios
deslocáveis e com um fluxo de carregamento diferente da hipótese que os apoios
seriam indeslocáveis o que negligencia os esforços atuantes na estrutura provindas
das tensões do solo. Além disso, é preciso se considerar a influência do tempo, a
influência da rigidez da estrutura e a influencia do processo construtivo adotado.
Figura 00 -
Fonte:
2.5.2. Recalques
Distorções angulares
Figura 00 -
Fonte:
Recalque elástico: ocorre logo após a aplicação da carga e são maiores em solos
não coesivos, ou seja, em solos não argilosos (REBELLO, 2008). Também são
chamados de recalque imediato, é importante levar em conta considerar a rigidez da
fundação, sua forma geométrica, profundidade e a espessura da camada deformável
de solo (TEIXEIRA e GODOY, 1998).
Este tipo de solo quando em contato com a água têm sua cimentação intergranular
destruída, o que resulta em um colapso súbito da sua estrutura. Esse colapso causa
recalques, mesmo sem haver aumento de pressões por carregamento externo
(TEIXEIRA e GODOY, 1998). No caso de fundações por estacas, se estas estiverem
inteiramente embutidas em solos colapsíveis, há a perda de sua capacidade de
carga, e se apenas o fuste da estaca estiver no solo onde ocorre a redução brusca
do volume, ela será sobrecarregada por tensões de atrito lateral negativo (TEIXEIRA
e GODOY, 1998).
2.5.11. Infiltração: pela infiltração da água, o solo sob as fundações diretas tende
ser carreado, o que gera vazios que bloqueiam a transmissão adequada de cargas
ao solo (REBELLO, 2008) assim como a presença de infiltração de água no solo
afeta o comportamento dos solos colapsáveis e expansíveis.
Figura 00 -
Fonte:
Efeito Tschebotarioff
Figura 00 -
Fonte: Alonso (1991, p. )
A vegetação contribui para a alteração da umidade do solo uma vez que raízes
podem absorver a água presente no solo abaixo de uma infra-estrutura, o que faz
com que a fundação sofra recalque pelo adensamento do solo. Assim como pode
contribuir para a expansão do solo o corte da vegetação nas proximidades da
construção se o mesmo obtiver propriedades expansivas, o que resulta em um
movimento vertical no levantando a fundação.
Fundação que recebe todos os pilares da obra, ou seja, funciona como uma laje de
concreto cujos esforços provenientes da estrutura são igualmente distribuídos em
toda a área de contato com o solo. Para a ABNT na NBR 6122:1996 radier é um
elemento de fundação superficial que abrange todos os pilares da obra ou
carregamentos distribuídos. De acordo com ACI 360R-92 (1997), o radier é uma laje
continuamente suportada pelo solo, com carga total, quando uniformemente
distribuída menor ou igual a 50% da capacidade de suporte admissível do solo. A
laje pode ser uniforme ou de espessura variável, e pode conter elementos de
enrijecimento como nervuras ou vigas. A laje pode ser de concreto simples, concreto
reforçado ou concreto protendido. O reforço de aço é utilizado para os efeitos de
retração e temperatura ou carregamento estrutural. Para Almeida (2001), pode ser
dito que o radier recebe pouca atenção tanto durante a fase de projeto quanto
durante a fase de construção. Segundo Yopanan (2008) o radier é um tipo de
fundação direta que recebe todas as cargas que chegam à fundação sob uma única
placa de concreto. Diferente da fundação em sapata que é recomendado, para solos
apoio com SPT maior ou igual a 8 o radier pode ser indicado a solos com SPT maior
ou igual a 4. Como conseqüência, as recomendações que poderiam evitar muitos
problemas são simplesmente ignoradas. Isso é visível até mesmo na ABNT não faz
qualquer menção a projeto e execução de laje sobre solo. No entanto, Há literatura
de ótima qualidade sobre o assunto produzida nos EUA principalmente pelo
American Concrete Institute (ACI), pelo Post-Tensioning Institute (PTI), Pelo DIN
Deutsches Institut für Normung que é o Instituto Alemão para Normatização ou ainda
o Eurocode European Committee for Standardisation que é o comitê europeu para
padronização
Há diversos tipos de radiers que se diferem quanto sua geometria, quanto à rigidez à
flexão e quanto à tecnologia:
2.6.1.1. Radier liso: Essa é uma fundação rasa que é constituída de uma placa de
concreto armado é o mais simples para execução
CAPUTO, HOMERO. PINTO. Mecânica dos solos e suas aplicações. 6. ed. LTC Rio
de Janeiro:, v. I, 1988.
CAPUTO, HOMERO. PINTO. Mecânica dos solos e suas aplicações. 6. ed. LTC Rio
de Janeiro, v. 2, 2012.
HAMBLY, Edmund C. Bridge Deck Behaviour. London. Ed. John Wiley & Sons, Inc.
London. (1976)
PINTO, CARLOS DE SOUZA Curso Básico de Mecânica dos Solos. 3. Ed. São
Paulo: Oficina de Textos, 2006.