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Integral Definido

(secções 5.1 e 5.2)

2 de novembro de 2022
Problema

Dada uma função não-negativa f (x ) ≥ 0, determinar a área abaixo


da curva y = f (x ) entre os pontos a e b.
Exemplo
Usamos retângulos para estimar a área A de S abaixo da parábola
y = x 2 entre 0 e 1, ou seja, no intervalo [0, 1].
Exemplo
Usamos retângulos para estimar a área A de S abaixo da parábola
y = x 2 entre 0 e 1, ou seja, no intervalo [0, 1].

A área de S deve ser um valor entre 0 e 1, pois está contida num


quadrado com lados de comprimento 1.
Exemplo

Suponhamos que S está dividida em quatro faixas de igual largura,


S1 , S2 , S3 e S4 .
Exemplo
Podemos aproximar cada faixa por um retângulo com base igual à
largura da faixa e altura igual ao lado direito da faixa. Ou seja, as
alturas destes retângulos são
h osi valores
h i de
h f nas
i hextremidades
i
direitas dos subintervalos 0, 4 , 4 , 2 , 2 , 4 , 34 , 1 .
1 1 1 1 3

 2  2  2
1 1 1 1 1 3 1 15
R4 = · + · + · + ·1= ≈ 0.46875
4 4 4 2 4 4 4 32
Exemplo
Podíamos, alternativamente, ter usado os retângulos cujas alturas
são os valores de f nas extremidades esquerdas dos subintervalos.

 2  2  2
1 2 1 1 1 1 1 3 7
L4 = ·0 + · + · + · = ≈ 0.21875
4 4 4 4 2 4 4 32
Exemplo

Estimativas inferior e superior para a área A de S:

0.21875 < A < 0.46875.


Exemplo

Podemos repetir esse procedimento com um número maior de


faixas.
Exemplo

Podemos repetir esse procedimento com um número maior de


faixas.
A próxima figura mostra o que acontece quando dividimos a região
em oito faixas com a mesma largura.

0.2734375 < A < 0.3984375


Exemplo
Podemos obter melhores estimativas aumentando o número de
faixas.
Exemplo
Podemos obter melhores estimativas aumentando o número de
faixas.

1
A = lim Rn = lim Ln =
n→+∞ n→+∞ 3
Problema da área
Começamos por subdividir S em n faixas S1 , S2 , . . . , Sn de igual
largura, considerando x0 = a e xn = b.

A largura do intervalo [a, b] é b − a, assim, a largura de cada uma


das n faixas é
b−a
∆x = .
n
Problema da área
Definição
A área A da região que está sob o gráfico de uma função contínua
f (com f (x ) ≥ 0) é o limite da soma das áreas dos retângulos
aproximantes

A = lim Rn = lim [f (x1 )∆x + f (x2 )∆x + · · · + f (xn )∆x ]


n→+∞ n→+∞
n
X
= lim f (xk )∆x
n→+∞
k=1

A = lim Ln = lim [f (x0 )∆x + f (x1 )∆x + · · · + f (xn−1 )∆x ]


n→+∞ n→+∞
n−1
X
= lim f (xk )∆x ,
n→+∞
k=0

b−a
onde ∆x = n .
Problema da área
Em vez de usarmos as extremidades da esquerda ou da direita,
podemos tomar a altura do i-ésimo retângulo como o valor de f
em qualquer número xi∗ no i-ésimo subintervalo [xi−1 , xi ].
Chamamos os números x1∗ , x2∗ , . . . , xn∗ de pontos amostrais.
Integral definido

Definição
Se f é uma função contínua definida em [a, b], dividimos [a, b] em
n subintervalos de comprimento b−a ∗ ∗ ∗
n = ∆x . Sejam x1 , x2 , . . . , xn
pontos amostrais nesses subintervalos. Então o integral definido
de f em [a, b] é dado por
Z b n
f (xi∗ ) ∆x
X
f (x ) dx = lim
a n→+∞
i=1

desde que o limite exista e dê o mesmo valor para qualquer escolha


de pontos amostrais. Se existir, dizemos que f é integrável em
[a, b].
Integral definido

Observações
R
1. O símbolo foi introduzido por Leibniz e é denominado por
integral (é um S alongado e foi assim escolhido porque um
integral é um limite de somas).
Integral definido

Observações
R
1. O símbolo foi introduzido por Leibniz e é denominado por
integral (é um S alongado e foi assim escolhido porque um
integral é um limite de somas).
2. O integral definido é um número, não depende de x .
Integral definido

Observações
R
1. O símbolo foi introduzido por Leibniz e é denominado por
integral (é um S alongado e foi assim escolhido porque um
integral é um limite de somas).
2. O integral definido é um número, não depende de x .
3. Na notação ab f (x ) dx , f (x ) é chamado de função
R

integranda, a e b são chamados de limites de integração, a


é o limite inferior, b é o limite superior. Por enquanto, o
símbolo dx indica que a variável dependente é x . O
procedimento de calcular o integral é chamado de integração.
Integral definido

Observações
R
1. O símbolo foi introduzido por Leibniz e é denominado por
integral (é um S alongado e foi assim escolhido porque um
integral é um limite de somas).
2. O integral definido é um número, não depende de x .
3. Na notação ab f (x ) dx , f (x ) é chamado de função
R

integranda, a e b são chamados de limites de integração, a


é o limite inferior, b é o limite superior. Por enquanto, o
símbolo dx indica que a variável dependente é x . O
procedimento de calcular o integral é chamado de integração.
4. A soma ni=1 f (xi∗ ) ∆x é chamada de soma de Riemann
P

(soma das áreas dos retângulos aproximantes), em


homenagem ao matemático Bernhard Riemann (1826-1866).
Integral definido

Se f (x ) ≥ 0, a soma de Riemann pode ser interpretada como uma


soma de áreas de retângulos aproximantes e, portanto, o integral é
a área abaixo da curva y = f (x ) no intervalo [a, b].
Integral definido
Se f assumir valores positivos e negativos, então a soma de
Riemann é a soma das áreas dos retângulos que estão acima do
eixo x e do oposto das áreas dos retângulos que estão abaixo do
eixo x (as áreas dos retângulos azuis (A1 ) menos as áreas dos
retângulos laranja (A2 )).

Z b
f (x ) dx = A1 − A2
a
Integral definido

Teorema
Se f é uma função contínua, ou tem apenas um número finito de
descontinuidades, então f é integrável em [a, b], ou seja,
Rb
a f (x ) dx existe.
Integral definido

Teorema
Se f é integrável em [a, b], então
Z b n
X
f (x ) dx = lim f (xi ) ∆x
a n→+∞
i=1

b−a
onde ∆x = n e xi = a + i∆x .
Propriedades dos integrais

Sejam f e g funções contínuas.


Z b n
X b−a
f (x ) dx = lim f (xi ) ∆x , ∆x =
a n→+∞
i=1
n
Propriedades dos integrais

Sejam f e g funções contínuas.


Z b n
X b−a
f (x ) dx = lim f (xi ) ∆x , ∆x =
a n→+∞
i=1
n

Z a n
X a−b
f (x ) dx = lim f (xi )
b n→+∞
i=1
n
n
X
= − lim f (xi ) ∆x
n→+∞
i=1
Z b
= − f (x ) dx
a
Propriedades dos integrais

Ra Rb
1. b f (x ) dx = − a f (x ) dx
Propriedades dos integrais

Ra Rb
1. b f (x ) dx = − a f (x ) dx
Ra
2. a f (x ) dx = 0
Propriedades dos integrais

Ra Rb
1. b f (x ) dx = − a f (x ) dx
Ra
2. a f (x ) dx = 0
Rb
3. a c dx = c(b − a)
Propriedades dos integrais

Ra Rb
1. b f (x ) dx = − a f (x ) dx
Ra
2. a f (x ) dx = 0
Rb
3. a c dx = c(b − a)
Rb Rb Rb
4. a (f (x ) + g(x )) dx = a f (x ) dx + a g(x ) dx
Propriedades dos integrais

Ra Rb
1. b f (x ) dx = − a f (x ) dx
Ra
2. a f (x ) dx = 0
Rb
3. a c dx = c(b − a)
Rb Rb Rb
4. a (f (x ) + g(x )) dx = a f (x ) dx + a g(x ) dx
Rb Rb
5. a kf (x ) dx = k a f (x ) dx , k ∈ R
Propriedades dos integrais

Ra Rb
1. b f (x ) dx = − a f (x ) dx
Ra
2. a f (x ) dx = 0
Rb
3. a c dx = c(b − a)
Rb Rb Rb
4. a (f (x ) + g(x )) dx = a f (x ) dx + a g(x ) dx
Rb Rb
5. a kf (x ) dx = k a f (x ) dx , k ∈ R
Rb Rc Rb
6. a f (x ) dx = a f (x ) dx + c f (x ) dx , ∀a, b, c ∈ R
Propriedades dos integrais

Rb
7. Se f (x ) ≥ 0, a ≤ x ≤ b, então a f (x ) dx ≥ 0
Propriedades dos integrais

Rb
7. Se f (x ) ≥ 0, a ≤ x ≤ b, então a f (x ) dx ≥ 0
Rb Rb
8. Se f (x ) ≥ g(x ), a ≤ x ≤ b, então a f (x ) dx ≥ a g(x ) dx
Propriedades dos integrais

Rb
7. Se f (x ) ≥ 0, a ≤ x ≤ b, então a f (x ) dx ≥ 0
Rb Rb
8. Se f (x ) ≥ g(x ), a ≤ x ≤ b, então a f (x ) dx ≥ a g(x ) dx

9. Se m ≤ f (x ) ≤ M, a ≤ x ≤ b, então
Z b
m(b − a) ≤ f (x ) dx ≤ M(b − a)
a

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