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Aula 07 - Regimento Interno
Aula 07 - Regimento Interno
Pela leitura dos artigos acima, percebe-se que a redação final é elaborada ao
final de turno único ou segundo turno de votação. Quando ao final do primeiro
turno, é chamada de redação do vencido, ou seja, redação daquilo que já foi
decidido.
Tal nomenclatura é uma contradição por definição, uma vez que a matéria
apreciada em primeiro turno, na existência de dois, não é matéria vencida.
Afinal, ela ainda será discutida em outro turno. Enfim, nossa filosofia não
ajudará muito, bastando sua compreensão que redação final é aquela “final
mesmo”, enquanto a redação do vencido ainda será submetida a mais um
turno de votação.
O artigo 196 trata dos prazos para a elaboração destas redações. Destaque
para a prorrogação apenas em regime de urgência.
Art. 198. A redação final será votada depois de publicada no Diário da Câmara
dos Deputados ou distribuída em avulsos, observado o interstício regimental.
§ 1º O Plenário poderá, quando a redação chegar à Mesa, dispensar-lhe a
impressão, para o fim de proceder-se à imediata votação, salvo se a
proposição houver sido emendada na sua discussão final ou única.
§ 2º A redação final emendada será sujeita a discussão depois de
publicadas as emendas, com o parecer da Comissão de Constituição e
Justiça e de Cidadania ou da Comissão referida no art. 197.
§ 3º Somente poderão tomar parte do debate, uma vez e por cinco
minutos cada um, o Autor de emenda, um Deputado contra e o Relator.
§ 4º A votação da redação final terá início pelas emendas.
§ 5º Figurando a redação final na Ordem do Dia, se sua discussão for
encerrada sem emendas ou retificações, será considerada
definitivamente aprovada, sem votação.
O artigo 198 é importantíssimo, à medida que ele nos traz informações sobre
como proceder com a redação final, quando apresentadas emendas de
redação, aos moldes do art. 120, inciso III e §2º. Faço questão de repeti-
los aqui:
§ 2º Somente será admitida emenda à redação final para evitar lapso formal,
incorreção de linguagem ou defeito de técnica legislativa, sujeita às mesmas
formalidades regimentais da emenda de mérito. ”
O artigo 199 ainda nos traz mais uma oportunidade de corrigir o texto! Agora
sim as leis ficarão excelentes!
DIAGRAMA DE APOIO
Vamos agora falar de matérias que tramitam sob condições especiais. É como
se você tivesse que esquecer “quase tudo que aprendeu” sobre Comissões e
discussão e votação. Afinal de contas, são proposições com vida própria dentro
da Casa.
II - do Presidente da República;
Iniciativa de PECs
O art. 202, pra quem andou lendo partes bem mais cabeludas do RICD, é bem
fácil de compreender. Na verdade, desse ponto em diante do Regimento, as
coisas ficam mais tranquilas. Em havia prometido isso a você.
Apenas vou pedir para que você preste atenção em algumas peculiaridades.
Primeiro, perceba que, apesar de ser constituída CESP para a PEC, quem emite
parecer quanto admissibilidade é a CCJC. E, caso o parecer seja terminativo
(inadmissibilidade da PEC), é necessário um terço dos membros para requerer
a apreciação preliminar (diferentemente do 1/10 para as demais proposições –
art. 144). A CESP apenas é constituída após a admissibilidade.
Emendas à PEC precisam que quórum de 1/3 dos Deputados, nas primeiras
10 sessões do prazo.
No final das contas, o art. 204 apenas reflete o art. 64 da Carta Magna.
Por fim, se o PR iniciou projeto de código, não lhe cabe solicitar urgência. Os
projetos de código serão estudados logo a seguir. E os prazos da urgência não
são contados durante os recessos do Congresso Nacional.
Códigos são legislações muito especiais. Afinal, são leis muito extensas e que
disciplinam todo um “ramo” de normas do ordenamento jurídico.
Art. 206. A Comissão terá o prazo de dez sessões para discutir e votar o
projeto e as emendas com os pareceres.
Parágrafo único. A Comissão, na discussão e votação da matéria, obedecerá às
seguintes normas:
I – as emendas com parecer contrário serão votadas em globo, salvo os
destaques requeridos por um décimo dos Deputados, ou Líderes que
representem este número;
II – as emendas com parecer favorável serão votadas em grupo para cada
Relator-Parcial que as tiver relatado, salvo destaque requerido por membro da
Comissão ou Líder;
III – sobre cada emenda destacada, poderá falar o Autor, o Relator-Geral e o
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Regimento Interno da Câmara dos Deputados 2014/2015
Técnico Legislativo Assistente Administrativo
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Relator-Parcial, bem como os demais membros da Comissão, por cinco
minutos cada um, improrrogáveis;
IV – o Relator-Geral e os Relatores-Parciais poderão oferecer, juntamente com
seus pareceres, emendas que serão tidas como tais, para efeitos posteriores,
somente se aprovadas pela Comissão;
V – concluída a votação do projeto e das emendas, o Relator-Geral terá cinco
sessões para apresentar o relatório do vencido na Comissão.
Projeto de código, desde já, deve ser entendido como a matéria, que, por sua
complexidade e abrangência, será tratada como tal (art. 205, §8º).
É importante esta interpretação, desde já, para que você não confunda, por
exemplo, uma proposição que pretenda realizar algumas modificações em um
Código como um projeto de código. No fundo no fundo, projetos de código
são leis, ordinárias ou complementares, que acabam recebendo este
tratamento especial, por definirem um conjunto de regras de parte do nosso
ordenamento jurídico, (como um Código Civil, Código Penal, Código de
Processo Penal, etc.).
Enquanto o §8º do art. 202 resolveu aplicar ao tramite das PECs o mesmo
tratamento conferido às demais proposições, no que coubesse, o legislador
preferiu ser mais profundo na regulação do trâmite dos projetos de código,
destinando o art. 207 e os seguintes para definir atribuições e
responsabilidades durante discussão, votação e outras etapas e prerrogativas.
O parágrafo §3º nos afirma que a Mesa destina sessões exclusivas para a
discussão de votação dos projetos de código. Não raro a Câmara dos
Deputados destina períodos de sessões extraordinárias (art. 66, §4º) para a
apreciação de projetos de código.
Destaco o art. 211. Nele, perceba que todos os prazos citados a respeito de
projeto de código podem ser prorrogados até o dobro e, excepcionalmente
(não de define o que é excepcional), até o quádruplo.
Ainda, podem ser suspensos por um total de 120 sessões, sem impedir que a
CESP continue a apreciar o projeto. É feito pra demorar, não é mesmo?
“I - relativa a:
a) nacionalidade, cidadania, direitos políticos, partidos políticos e direito
eleitoral;
Lembro que esse não é posicionamento oficial para você levar para a prova,
pois extrapola o seu edital, mas pode ajudar você a entender o funcionamento
da Casa, que muito é divulgado pela grande mídia.
Feito isso, você irá compreender que o objetivo da consolidação das leis é o de
manter o ordenamento jurídico atualizado, eliminando ambiguidades de textos
legais, revogando dispositivos que eventualmente não sejam mais
recepcionados pela Constituição Federal, dentre outros.
(...)
O art. 49, incisos VII e VIII, prevê que cabe ao Congresso Nacional fixar os
subsídios dos parlamentares, Presidente, Vice-Presidente e dos Ministros de
Estado. Naturalmente, por ser atribuição exclusiva do CN, tal fixação será por
decreto legislativo, sem a sanção do Presidente da República.
A figura central nesse processo é a CFT (art. 32, X, i)). Ela apresenta o Projeto
de Decreto Legislativo, e, quando apresentadas emendas, ela emite o parecer.
1º) pode-se primeiro criar a Comissão Especial para que depois ela
apresente o projeto de Resolução;
6º) quando o PRC não é de iniciativa da CESP criada para esse fim, a redação
do vencido e a redação final ficam a cargo da Mesa;
O artigo 217 do RICD trata apenas dos casos de crimes comuns. Nesses
casos, quem processa é o STF, consonante o art. 102, I, b) e c), da CF.
Do exposto pela Carta Magna, percebe-se que existe a visita amistosa, aos
moldes do inciso II do art. 219, e a convocação hostil (brincadeira minha),
de acordo com o art. I.
A seguir, você lerá quatro artigos. O 220 cita a Comissão Geral, que é o
comparecimento de Ministro no Plenário da Câmara, aos moldes do art. 91,
III; os arts. 221 e 223 citam as peculiaridades da visita de Ministro de Estado
quando convocado; por fim, o art. 222 tratará do comparecimento espontâneo.
Fica a dica!
Art. 225. A eleição dos dois cidadãos que devam integrar o Conselho da
República, a que se refere o art. 89, VII, da Constituição Federal, será feita na
forma prevista no art. 7º, dentre candidatos escolhidos nos termos dos incisos
I a IV do art. 8º, abstraído o princípio da proporcionalidade partidária.
Por fim, cabe à Câmara, além de integrar o Conselho da República, com seu
Presidente e líderes da maioria e minoria, eleger dois cidadãos, brasileiros
natos, aos mesmos moldes da eleição dos Membros da Mesa, abstraído o
princípio da proporcionalidade partidária.
I - o Vice-Presidente da República;
VI - o Ministro da Justiça;
VII - seis cidadãos brasileiros natos, com mais de trinta e cinco anos de
idade, sendo dois nomeados pelo Presidente da República, dois eleitos pelo
Senado Federal e dois eleitos pela Câmara dos Deputados, todos com
mandato de três anos, vedada a recondução.”
Você deve ter percebido que o Regimento, de repente, ficou mais legível. Cada
vez menos eu preciso explicar o conteúdo dos artigos, afinal de contas, você já
Por outro lado, minha responsabilidade maior é trazer o que não está no
Regimento, contextualizando você e facilitando o seu entendimento. Mas,
lembre-se, será o Regimento que será cobrado em sua prova! Portanto, não
descuide da “lei seca’.
Victor Dalton
Complemento do aluno
GABARITO
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
E E C E E E C C C C
11 12 13 14 15
E C C C C