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ACADEMIA DE POLÍCIA

MILITAR
ESCOLA DE FORMAÇÃO DE
SARGENTOS

CURSO ESPECIAL DE FORMAÇÃO DE


SARGENTOS
2023

GESTÃO DE SERVIÇOS DE SEGURANÇA PÚBLICA

PHILIPE ALVES ROSA, CAP PM


COORDENADOR

NOSSOS SÍMBOLOS,
NOSSA HONRA.
SUMÁRIO
UNIDADE II - DIRETRIZ GERAL PARA EMPREGO OPERACIONAL
DA PMMG

- CONCEITOS E DEFINIÇÕES

- ESTRUTURA ORGANIZACIONAL

- ATUAÇÃO NA SEGURANÇA PÚBLICA

- EMPREGO OPERACIONAL

- PLEMOP

✔ Referência: Diretriz n. 3.01.01/2019-CG (DGEOp)


CONCEITOS E DEFINIÇÕES
- Capítulo III da DGEOp -
CONCEITOS E DEFINIÇÕES
• Ação Policial Militar: Atitude técnica do policial militar desencadeada a partir de um
estímulo operacional.

• Operação Policial Militar: Conjunção de recursos e ações, executada por policiais


militares, que exige planejamento prévio e específico.

• Prevenção criminal: Conjunto de medidas destinadas a impedir ou contribuir para a


redução da criminalidade e dos sentimentos de insegurança da comunidade.

• Repressão Qualificada: Conjunto de reações efetivas perante a ação criminosa,


violência ou forças adversas, desenvolvido de modo sistemático nos locais, territórios
ou momentos conhecidos e identificados como de violência, antagonismos internos
ou incidência criminal elevada (delitos específicos), sendo embasada em atividade de
inteligência e execução norteada pela doutrina de emprego operacional.

• Inteligência de Segurança Pública: Exercício permanente e sistemático de ações


especializadas para identificar, avaliar e acompanhar ameaças reais ou potenciais na
esfera de Segurança Pública, basicamente orientadas para produção e salvaguarda
de conhecimentos necessários para subsidiar os tomadores de decisão.
CONCEITOS E DEFINIÇÕES
• Análise criminal: Atividade que visa à identificação e o estabelecimento dos fatores
que envolvem a criminalidade.

• Geoprocessamento: Área de conhecimento que reúne recursos computacionais,


como por exemplo, os Sistemas de Informação Geográfica e também técnicas
matemáticas, com o objetivo de manipular dados geográficos.

• Zona Quente de Criminalidade (ZQC): Todo local que, por sua característica e
histórico do registro de ocorrências policiais, apresente grande probabilidade de
reincidência, demandando emprego preventivo e repressivo direcionado e dedicado.

• Local de risco de ação policial: Delimitação territorial cujos fenômenos de natureza


social, cultural e econômica interferem na incidência de violência e criminalidade.

• Cartão programa: Documento que prevê a indicação dos postos de policiamento, o


itinerário a ser percorrido e os horários a serem observados, na execução de
policiamento preventivo.

• Posto: Espaço físico, delimitado, atribuído à responsabilidade de policiais militares,


constituído de um ou mais pontos-base.

• Ponto-Base: Local estabelecido em cartão programa ou escala de serviço para


permanência temporária dos policiais militares.
CONCEITOS E DEFINIÇÕES

• Itinerário: Trajeto que interliga pontos-base percorridos pelo policial militar em


cumprimento a um cartão programa.

• Guarnição de radiopatrulhamento: Efetivo que guarnece uma viatura operacional


com a incumbência de execução do policiamento ostensivo.

• Guarnição Policial Militar (Gu PM): Unidades operacionais e administrativas


situadas na mesma sede, município ou região conurbada, subordinadas ou não, a
mesma Unidade de Direção Intermediária (UDI). As Frações PM destacadas
constituem a Guarnição Policial Militar dos respectivos municípios onde estão
sediados.

• Área: Circunscrição territorial atribuída à responsabilidade de um Batalhão de Polícia


Militar (BPM) ou Companhia de Polícia Militar Independente (Cia PM Ind).

• Subárea: Espaço físico atribuído à responsabilidade de uma Companhia da Polícia


Militar (Cia PM).

• Setor: Espaço físico atribuído à responsabilidade de Pelotão de Polícia Militar (Pel


PM).
CONCEITOS E DEFINIÇÕES

• Setorização: Estratégia de segurança pública preventiva de delimitação territorial,


cujo procedimento consiste em organizar o ambiente/espaço de atuação com o
objetivo de atuar em proximidade/interação com a comunidade em atenção aos
problemas que afetam a qualidade de vida local.

• Subsetor: Espaço físico atribuído à responsabilidade de Grupo de Polícia Militar (Gp


PM).

• Fração PM: Estruturas operacionais derivadas de uma UEOp, constituindo-se em


subunidades.

• Fração PM desconcentrada: Aquela que se localiza na mesma guarnição policial


militar da UEOp, porém em local diverso da sede administrativa.

• Fração PM destacada: Aquela que se localiza fora do município sede da guarnição


policial militar da UEOp.

• Sede: Região compreendida dentro dos limites geográficos do município ou distrito,


em que se localiza uma Unidade ou Fração da Polícia Militar e onde o servidor tem
exercício.

• Sede administrativa: Compreende a estrutura física do aquartelamento.


CONCEITOS E DEFINIÇÕES
• Atividade-Meio: Conjunto de esforços administrativos que permitam ou facilitam a
realização da atividade-fim da Corporação.

• Atividade-Fim: Atividades operacionais destinadas a execução de polícia ostensiva e


de preservação da ordem pública, incluindo as atividades operacionais auxiliares
(SOU, Guarda, etc.).

• Comandante: Militar que planeja, organiza, dirige, coordena e controla o emprego de


suas forças, em razão de seu posto ou função, ou em decorrência de lei ou
regulamento e, como tal, é o único responsável pelas decisões.

• Comando: Conjunto de ações desenvolvidas pelo Comandante e seus assessores


(Estado-Maior ou Staff), visando atingir os objetivos da organização.

• Cadeia de Comando: Conjunto de escalões e canais de comando, por intermédio dos


quais as ações de comando são exercidas verticalmente, nos sentidos ascendente e
descendente.

• Escalão de Comando: São os diferentes níveis de comando que compõem a


Corporação, organizados em estrutura escalar (vertical ou hierárquica).

• Canal de Comando: Caminho por onde fluem, no sentido descendente, as ordens e


orientações do comandante superior e, no sentido ascendente, as respostas e
informações dos subordinados.
CONCEITOS E DEFINIÇÕES
• Coordenação: Ato ou efeito de harmonizar as atividades da Corporação, conjugando-
se os esforços necessários na realização dos seus objetivos e da missão institucional.

• Controle: Acompanhamento das atividades da Corporação por todos os que exercem


comando, chefia ou direção, de forma a assegurar o recebimento, a compreensão e o
cumprimento das decisões do escalão superior, possibilitando identificar e corrigir
desvios.

• Ordem Pública: Conjunto de regras formais, coativas, que emanam do ordenamento


jurídico da nação, tendo por escopo regular as relações sociais em todos os níveis e
estabelecer um clima de convivência harmoniosa e pacífica.

• Segurança Pública: Garantia que o Estado, por meio de seus entes federativos
(União, Unidades Federativas e Municípios) proporciona à sociedade, a fim de
assegurar a ordem pública, contra violações legais de toda espécie.

• Policiamento Ostensivo: Ação policial, exclusiva das Polícias Militares, em que o


emprego do policial militar seja prontamente identificado, quer pela farda, quer pelo
equipamento, ou viatura, objetivando a manutenção da ordem pública.

• Malha Protetora: Adoção de ações preventivas e repressivas baseadas na ocupação


de espaços vazios, por meio do escalonamento intercalado, gradativo e sucessivo de
emprego operacional, a partir da célula básica do policiamento preventivo.
CONCEITOS E DEFINIÇÕES

• Serviços Operacionais Ordinários: Serviços em que o efetivo da Polícia Militar é


empregado prioritariamente com ênfase no policiamento preventivo e de atendimento
à comunidade.

• Recobrimento: Atividade de policiamento ostensivo para suplementação aos serviços


• operacionais ordinários empregados pelas UEOp.

• Serviços Operacionais Essenciais: Serviços considerados basilares e sustentáculos


no desenvolvimento da polícia ostensiva e preservação da ordem pública de modo
ordinário. Trata-se de serviços operacionais imprescindíveis e obrigatórios.

• Serviços Operacionais Eletivos: Serviços que não possuem caráter impositivo


quanto a sua implantação.

• Serviços Operacionais Especializados: Serviços exercidos por policiais militares


com capacidade técnica específica, voltada para a atuação diferenciada, em
ocorrências que por sua natureza, requeiram o emprego destes militares.
CONCEITOS E DEFINIÇÕES
• Técnica Policial Militar: Conjunto de métodos e procedimentos usados para a
execução eficiente das atividades policiais militares.

• Tática Policial Militar: Arte de empregar a tropa em ações e operações policiais


militares de forma a se aplicar com eficiência os recursos técnicos que dispõe, ou de
se explorar as condições favoráveis para se atingir os objetivos desejados.

• Universalidade: Princípio no qual todo policial militar, independentemente do tipo de


especialização e área de emprego, deve estar preparado para adoção de medidas,
ainda que preliminares, em qualquer ocorrência que presencie ou para a qual seja
acionado ou determinado.

• Primeiro Interventor: Profissional de segurança que se depara inicialmente com a


situação de incidente crítico, cabendo ao militar interventor identificar o tipo de
incidente bem como seu perpetrador.

• Posicionamento de Viaturas: Protocolo que padroniza o estacionamento e


posicionamento de viaturas nos aquartelamentos ou, em via pública, quando de
atuações policiais militares em atendimento de ocorrência, policiamento preventivo,
policiamento em eventos e operações.
ESTRUTURA ORGANIZACIONAL
- Capítulo IV da DGEOp -
ESTRUTURA ORGANIZACIONAL

A PMMG estrutura-se em três níveis decisórios:

Direção Geral
Direção Intermediária
Execução

⮚ Nível de Direção Geral ou Estratégico

• É responsável pelas decisões estratégicas visando à organização, coordenação e


controle das Unidades dos demais níveis da Corporação.

• Compõe-se pelo Comando-Geral e aquelas que a ele se subordinam diretamente como


o Gabinete do Comando-Geral e suas estruturas, dentre outras.
ESTRUTURA ORGANIZACIONAL

⮚ Nível de Direção Intermediária ou Tático:

• É responsável, perante o Comando-Geral, pela condução das respectivas Unidades nos


campos operacionais e de apoio.

• É composto pelas:
- Regiões de Polícia Militar (RPM);
- Diretorias;
- Comando de Policiamento Especializado (CPE);
- Comando de Aviação do Estado (ComAvE);
- Comando de Policiamento Rodoviário (CPRv);
- Comando de Policiamento de Meio Ambiente (CPMAmb);
- Academia de Polícia Militar (APM);
- Corregedoria da Polícia Militar (CPM).
ESTRUTURA ORGANIZACIONAL

⮚ Nível de Execução

• É responsável pelo cumprimento das diretrizes, ordens e instruções emanadas pelas


Unidades de Direção, na execução da atividade-fim ou atividade-meio, respectivamente.

• Subdivide-se em:

- Unidades de Execução Operacional (Ex.: Batalhões, Companhias Independentes,


incluindo as Unidades Especializadas);

- Unidades de Execução de Apoio (Ex.: Centros, Colégio Tiradentes e Hospital da


Polícia Militar).
ESTRUTURA ORGANIZACIONAL
ESTRUTURA ORGANIZACIONAL –
Organograma Básico da PMMG
ORGANOGRAMA – Nível de Direção Geral
PMMG
ORGANOGRAMA – nível de apoio de
Apoio – Atividade Meio
ORGANOGRAMA – Nível de Execução da
PMMG – Atividade Fim

UEOp de atividade fim


dentro da estrutura da
Diretoria de Apoio
UEOp de Policiamento Especializado Operacional

Cia Ind de Prevenção a Violência Doméstica


Mapa MG por Regiões de Polícia Militar
ESTRUTURA ORGANIZACIONAL

⮚ Estrutura e Articulação Operacional

• O Estado de Minas Gerais, no campo operacional, é dividido em frações com diversas


dimensões, tendo como base os limites geográficos dos municípios, que ficarão sob a
responsabilidade de determinada estrutura da PMMG em seus respectivos níveis, quais
sejam:
- Região de Polícia Militar (RPM);
- Batalhão de Polícia Militar (BPM);
- Companhia de Polícia Militar Independente (Cia PM Ind);
- Companhia de Polícia Militar (Cia PM);
- Pelotão de Polícia Militar (Pel PM);
- Grupo de Polícia Militar (Gp PM). Também chamado de Destacamento PM;
- Subgrupo de Polícia Militar (Sub Gp PM). Também chamado de Subdestacamento PM.
ESTRUTURA ORGANIZACIONAL

⮚ Estrutura e Articulação Operacional

• A definição da estrutura e da articulação operacional baseia-se em critério técnicos e


objetivos que visam a melhoria na prestação do serviço da PMMG à comunidade, quais
sejam:

a) população; n) total de chamadas 190;


b) área da unidade territorial; o) estrutura de atendimento do 190;
c) densidade demográfica; p) distância da sede do pelotão, companhia
d) incidência de pobreza; e/ou batalhão;
e) índice de desenvolvimento humano; q) processos críticos operacionais e
f) realidades culturais locais; administrativos;
g) frota de veículos; r) presença de outros órgãos de segurança nos
h) Produto Interno Bruto (PIB); municípios;
i) efetivo policial; s) existência de Unidade prisional na localidade;
j) registro de crimes violentos no último ano; t) deslocamentos motorizados para registros de
k) média de registro de crimes violentos nos últimos ocorrências policiais;
3 anos; u) sazonalidades específicas;
l) registro de delitos típicos de polícia no último ano; v) outras variáveis que influenciam no trabalho
m)média do registro de delitos típicos de polícia nos desenvolvido pela PMMG.
últimos 3 anos;
ESTRUTURA ORGANIZACIONAL

⮚ Estrutura e Articulação Operacional

• Para se criar mais de um Batalhão na sede de um município, a população desta


localidade tem que ser acima de 400 (quatrocentos) mil habitantes.

• Para a criação de um Batalhão de Policiamento Especializado (BPE), seu efetivo


existente deve conter no mínimo 250 (duzentos e cinquenta) policiais militares.

• Para a criação das Companhias de Polícia Militar Independente de Policiamento


Especializado (Cia PM Ind. PE), seu efetivo existente deve conter no mínimo 100 (cem)
policiais militares.
ESTRUTURA ORGANIZACIONAL

⮚ Articulação Territorial entre os órgãos do Sistema de Defesa Social

• O modelo de defesa social vigente em Minas Gerais é calcado no pensamento sistêmico,


ou seja, todos compartilham de maneira integrada a busca de medidas efetivas para a
solução dos problemas, sem que se atribua a único órgão a responsabilidade de resposta
frente ao fenômeno da criminalidade.

• Através da Resolução Conjunta n. 176, de 21Jan2012, foi definida a articulação


territorial entre os órgãos do Sistema de Defesa Social no Estado, denominada Área
Integrada de Segurança Pública (lato sensu, são circunscrições territoriais que agregam
agências prestadoras de serviços públicos essenciais, com a responsabilidade
compartilhada e direta de uma Unidade/fração da PMMG, CBM e PCMG).
ESTRUTURA ORGANIZACIONAL

⮚ Articulação Territorial entre os órgãos do Sistema de Defesa Social

• As áreas integradas estão delineadas em três níveis:

A) Região Integrada de Segurança Pública (RISP)

- Composta por uma RPM e por um Departamento de Polícia Civil.

B) Área de Coordenação Integrada de Segurança Pública (ACISP)

- Composta por uma UEOp (BPM ou Cia PM Ind) e uma Delegacia Regional de
Polícia Civil.

C) Área Integrada de Segurança Pública (AISP)

- Composta por uma fração PM (Cia ou Pel) e uma Delegacia de Polícia Civil.
ATUAÇÃO DA PMMG NA SEGURANÇA PÚBLICA
- Capítulo V da DGEOp -
ATUAÇÃO DA PMMG NA SEGURANÇA
PÚBLICA
• A PMMG, no desempenho de sua missão constitucional de polícia ostensiva e
preservação da ordem pública, desenvolve diversas estratégias na prevenção e
repressão criminal.

• A expressão “polícia ostensiva” expande a atuação de polícia militar à integridade do


exercício do poder de polícia.

• Dessa forma, o adjetivo “ostensivo” refere-se à ação de presença, característica do


policial fardado, que por intermédio da estrutura e estética militar, com uso de uniformes,
equipamentos e distintivos próprios, representa e evoca a força da corporação policial.
ATUAÇÃO DA PMMG NA SEGURANÇA PÚBLICA

⮚ Senso de Legalidade e Legitimidade

• A ação dos policiais militares, no exercício de polícia ostensiva em suas diversas


configurações, serviços e oportunidades, deve desenvolver-se dentro dos estritos limites
legais.

• A estrita observância aos limites legais, associada à observância das necessidades e


aspirações da população, assegura a legitimidade das ações policiais.
EMPREGO OPERACIONAL
- Capítulo VII da DGEOp -
EMPREGO OPERACIONAL

• Para o emprego operacional devem-se considerar as variáveis de policiamento


ostensivo, que são critérios pré-definidos, que permitem a identificação e padronização
terminológica a cargo da PMMG.

• A correta identificação das variáveis do policiamento, bem como a conjugação por


intermédio de esforços operacionais, favorece a sistematização para o planejamento de
ações e operações.
EMPREGO OPERACIONAL
⮚ Variáveis de policiamento ostensivo

• Quanto ao Tipo:

1)Policiamento Ostensivo Geral (POG): visa satisfazer as necessidades basilares de segurança da


sociedade, por intermédio da presença real e potencial do policial militar, em contínuo contato com a
comunidade.

1)Policiamento Especializado: voltado para a atuação em grandes eventos e/ou recobrimento em


ocorrências de maior complexidade, que por sua natureza ou repercussão extrapolem a capacidade de
atuação do POG.

1)Policiamento de Meio Ambiente: visa a preservação da fauna, ictiofauna dos recursos florestais,
hídricos e minerais, contra qualquer ação degradadora ou potencialmente poluidora, exercida em
desacordo com as normas legais.

1)Policiamento de Trânsito: executado nas vias urbanas abertas à livre circulação, visando garantir a
incolumidade das pessoas e a proteção ao patrimônio, a livre circulação de veículos, pessoas e
mercadorias, bem como disciplinar o público no cumprimento e no respeito às regras e normas de
trânsito.

1)Policiamento Rodoviário: executado nas rodovias estaduais e federais delegadas, visando garantir
a incolumidade das pessoas e a proteção ao patrimônio, além da obediência às normas relativas à
segurança de trânsito, assegurando a livre circulação de veículos, pessoas e mercadorias, prevenindo
acidentes e recobrindo taticamente outras modalidades de policiamento.
EMPREGO OPERACIONAL
⮚ Variáveis de policiamento ostensivo

• Quanto à Modalidade:

1)Patrulhamento: atividade móvel de observação, fiscalização, reconhecimento,


proteção ou mesmo de emprego de força, desempenhada pelo PM no posto.

1)Permanência: atividade predominantemente estática de observação, fiscalização,


reconhecimento, proteção, emprego de força ou custódia desempenhada pelo PM no
posto.

1)Escolta: atividade destinada à custódia de pessoas e/ou bens, de forma dinâmica ou


estática.

1)Diligência: atividade que compreende busca, captura ou apreensão de pessoas,


animais ou coisas e resgate de vítimas.
EMPREGO OPERACIONAL
⮚ Variáveis de policiamento ostensivo

• Quanto às Circunstâncias para o Emprego Operacional:

1)Ordinário: é o emprego rotineiro de meios operacionais em obediência a um plano


sistemático, com ênfase prioritária no policiamento preventivo e a consequente ampliação
da sensação de segurança, bem como, a potencialização da repressão qualificada,
perante a ação criminosa.

1)Extraordinário: é o emprego eventual e temporário de meios operacionais, face a


acontecimento imprevisto, que exige manobra de recursos.

1)Especial: é o emprego temporário de meios operacionais em eventos previsíveis que


exijam esforço específico.
EMPREGO OPERACIONAL
⮚ Otimização da Malha Protetora

• No conceito de Malha Protetora, o emprego operacional das Unidades e dos serviços


ocorrem pela superposição articulada em 5 (cinco) níveis de escalonamento de esforços,
denominados esforços de emprego operacional, que visa garantir a sinergia do
policiamento e a amplitude da proteção social.
EMPREGO OPERACIONAL
⮚ Otimização da Malha Protetora

1º esforço de emprego – Atuação das Unidades com responsabilidade territorial

• É realizado pela ocupação preventiva e/ou repressão imediata, nos espaços de responsabilidade
territorial, pelo efetivo ordinário das Unidades e Subunidades (Companhias, Pelotões e GPM).

• Os serviços ordinários exercidos pelas Unidades do Comando de Policiamento do Meio Ambiente


(CPMAmb) e Comando de Policiamento Rodoviário (CPRv), também encontram-se no 1º esforço de
emprego operacional.
EMPREGO OPERACIONAL
⮚ Otimização da Malha Protetora

2º esforço de emprego – Recobrimento Tático no âmbito da UEOp

• É realizado pelas Subunidades Táticas (Companhias Tático-Móvel, Pelotões de Operações), por


meio do recobrimento do policiamento, executando operações setorizadas de repressão qualificada,
como forma de recobrir e intensificar o policiamento lançado.

• As atividades exercidas pelo Grupo Especial de Policiamento Ambiental (GEPAM), do CPMAmb, e


pelo Grupo Tático Rodoviário (GTR), do CPRv, também encontram-se no 2º esforço de emprego
operacional.
EMPREGO OPERACIONAL
⮚ Otimização da Malha Protetora

3º esforço de emprego – Recobrimento Tático pelas Unidades Especializadas


(BPE/Cia Ind PE. e do CPE)

• É realizado por meio do recobrimento do policiamento, pela atuação de Unidades Especializadas em


apoio à Unidade com responsabilidade territorial.

• Na capital é exercido pelo emprego ordinário das Unidades que atualmente integram o Comando de
Policiamento Especializado (CPE).
EMPREGO OPERACIONAL
⮚ Otimização da Malha Protetora

4º esforço de emprego – Emprego extraordinário do Comando de Policiamento


Especializado, tanto na Capital, quanto nas demais Regiões

• Ocorre em resposta às ocorrências complexas, ou potencialmente violentas, ou que por sua


dimensão ou repercussão exijam respostas estratégicas altamente qualificadas que extrapolem a
capacidade de atuação do policiamento ordinário.

• Unidades do CPE poderão agir de forma integrada com as Unidades Especializadas das RPM (BPE
e Cia PM Ind. PE).
EMPREGO OPERACIONAL
⮚ Otimização da Malha Protetora

5º esforço de emprego – Força tarefa estratégica, somente acionada pelo


Comando-Geral

• É uma estrutura organizacional temporária, flexível, adaptável, dinâmica e integrada, com comando
próprio, subordinado diretamente ao Comandante-Geral.

• É empregada para fazer frente a situações de grave perturbação da ordem, ou eventos de grande
repercussão (nacional ou internacional) em que há necessidade da atuação simultânea de diversos
esforços de defesa social e envolvimento direto do Comando-Geral.
EMPREGO OPERACIONAL
⮚ Otimização da Malha Protetora

Esforço Suplementar

• A Academia de Polícia Militar e o Batalhão Metrópole poderão ser empregados nos diversos esforços
de escalonamento da Malha Protetora, conforme o conceito de operação atribuído, em caráter especial
ou extraordinário, preferencialmente, nas subáreas das Cias Operacionais da RMBH onde os índices
criminais demonstrem esta necessidade, como força de reação do Comando-Geral, a critério do Chefe
do Estado-Maior da Polícia Militar.

• Neste mesmo esforço, enquadram-se as atividades de radiopatrulhamento aéreo exercidas pelo


ComAvE.
Plano de Emprego Operacional -
PLEMOp
O PLEMOp é o documento que traduz a estratégia a ser
adotada para cumprir determinada missão institucional de
natureza operacional. Contém a exposição metódica e
sistematizada do conjunto das medidas e dos procedimentos
a serem executados com vistas ao atingimento de um
objetivo claramente definido.

Deve ser suficientemente detalhado e completo, a fim de


permitir o perfeito entendimento do contexto, das demandas
existentes, das atribuições dos setores e das pessoas
envolvidas, dos recursos disponíveis, dos limites da atuação,
do espaço territorial onde as ações serão desenvolvidas, dos
prazos final e intermediários, dentre outros. A elaboração do
PLEMOp nas Unidades de Execução Operacional é
obrigatório e deve ser revisto e atualizado anualmente.
Plano de Emprego Operacional -
PLEMOp
Não há um modelo institucional a ser seguido para elaboração do PLEMOp.

A Resolução 4.843 de 01 de outubro de 2019 (Manual de Elaboração e Gestão de


Documentos Institucionais da PMMG) apresenta orientações para elaboração de
“Planos” na instituição.

Plano: Conceito e finalidade (item 3.11.1, p. 84)

Expedido pelos Comandantes nos diversos níveis, é o documento que


traduz a estratégia a ser adotada para cumprir determinada missão
institucional de natureza administrativa ou operacional. Contém a exposição
metódica e sistematizada do conjunto das medidas e dos procedimentos a
serem executados com vistas ao atingimento de um objetivo claramente
definido.

A diversidade das atividades a cargo da PMMG propiciará a elaboração de


planos tais como: Plano de Ação de Comando, Plano de Ação Corretiva,
Plano Tático, Plano Operacional, Plano de Ação, Plano de Treinamento e
outros.
Plano de Emprego Operacional -
PLEMOp
Não há um modelo institucional a ser seguido para elaboração
do PLEMOp.

A DGEOp orienta quanto há algumas informações essenciais


que devem constar no documento.
• Missão da Unidade (dentro do contexto operacional da
PMMG).
• Definição de Objetivo a ser atingido;
• Contexto da execução do policiamento;
• Demandas existentes;
• Atribuição dos setores e pessoas envolvidas;
• Recursos disponíveis;
• Limites territoriais;
• Prazos para execução de atividades.
Plano de Emprego Operacional -
PLEMOp
Missão UEOp:
As UEOp e suas frações devem ter claramente identificada a sua missão
no contexto do sistema operacional da PMMG, o que constará dos
respectivos Planos de Emprego Operacional (PLEMOp).

No detalhamento do PLEMOp deverá constar de forma expressa e


inequívoca a missão principal, ou seja, aquela para qual a Unidade foi
concebida e preparada, em termos de recursos e treinamento.
Plano de Emprego Operacional -
PLEMOp

Apresentação de exemplos dos PLEMOp de uma Unidade com


responsabilidade territorial e uma Unidade Especializada.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
- É importante que o futuro sargento da Polícia Militar
de Minas Gerais compreenda da principal doutrina
de regulação do emprego operacional na PMMG.

OBJETIVO GERAL conhecer os aspectos essenciais


da doutrina de emprego do policiamento na PMMG
OBJETIVOS ESPECÍFICOS
- conhecer sobre a estrutura organizacional.
- conhecer sobre a atual estratégia da Malha
Protetora do Policiamento.
REFERÊNCIAS

MINAS GERAIS. Polícia Militar. Comando Geral. 3ª Seção do Estado-Maior


da PMMG. Diretriz n. 03.01.01/2019-CG. Diretriz Geral para Emprego
Operacional da PMMG. Belo Horizonte, 2019.

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