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ANEXO 1 - PROPOSTA TÉCNICA

RADAR DE PENETRAÇÃO NO SOLO (GPR)


RADAR DE PENETRAÇÃO NO SOLO (GPR)

O Radar de Penetração no solo, também denominado GPR “Ground Penetrating


Radar” é um método eletromagnético que utiliza ondas de rádio em frequências muito altas
(10 MHz - 2,5 GHz) para localizar objetos enterrados, tais como tubulações, galerias,
dutos; determinar áreas de contaminação do solo e feições geológicas rasas da
subsuperfície.

O método consiste em obter uma imagem de alta resolução da subsuperfície, de


maneira não destrutiva, através da transmissão de ondas eletromagnéticas (EM) por uma
antena transmissora colocada na superfície do terreno. As ondas EM são radiadas para
dentro da Terra e quando atingem uma interface com contraste entre as propriedades
físicas (tubulação por exemplo), parte do sinal é refletido e registrado por uma antena
receptora, que imediatamente envia o sinal a uma unidade de controle gerando os
radargramas, que são imagens da subsuperfície vistas na tela da unidade do controle
durante a aquisição dos dados.

1.1 - Equipamento GPR

O levantamento será executado utilizando-se o equipamento SIR-3000 fabricado


pela empresa GSSI, com antena de 200 MHz (Fig. 1).

Figura 1: Aquisição dos dados de GPR com antena de 200 MHz


1.2 - Parâmetros de aquisição dos dados

A aquisição será realizada através da técnica imageamento contínuo em superfície,


deslocando-se o sistema GPR sobre a superfície do terreno em uma área previamente
definida pela contratante.

1.3 - Resultados

Os resultados do levantamento consistem em radargramas para cada uma das


linhas realizadas (imagens de alta resolução da subsuperfície) mostrando as interferências
enterradas, como exemplificado na figura 2.

Figura 2 – Exemplo de radargrama mostrando interferências enterradas

As interferências mapeadas são identificadas em campo por estacas e


posteriormente detalhadas em relatório através de tabela com sua localização com relação
ao início da linha de estudo e sua respectiva profundidade, conforme figura e tabela a
seguir.
Figura 3 – Exemplo de estaqueamento das interferências em loco

Tabela 1 – Exemplo de tabela com as interferências mapeadas


Localização em superfície
(m) Profundidade (m)
Linha 1
I1 - em 5,45 0,40
Linha 2
I2 - em 5,50 0,35
I3 - em 10,20 0,85
I4 - em 14,85 0,65
I5 - em 37,40 0,45
Linha 3
Não foram identificadas interferências
Linha 4
I6 - em 0,85 0,40
I7 - em 3,20 0,15
Linha 5
I8 - em 14,45 0,45
I9 - em 18,80 0,35
Além do estaqueamento em loco as interferências mapeadas podem ser
apresentadas em planta, que consiste no item da proposta denominado cadastramento
de interferências, conforme figura 4.

Figura 4 – Exemplo de planta da área de estudo com a localização das linhas de GPR
executadas em preto e as interferências mapeadas em vermelho

1.4 - Limitações da metodologia

A profundidade máxima a ser atingida nesse levantamento, pelo equipamento é de


até 4 metros, dependendo das características geológicas do meio de propagação.

O mapeamento não contempla identificação do tipo de material e nem diâmetro da


interferência/tubulação e também não obtém resultados em áreas de concreto armado e
área alagada.

Para que se obtenham dados quanto ao diâmetro e tipo das interferências, é


necessária a validação em loco, através da abertura de caixas, galerias, valas, etc.

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