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Potncia e FP
Potncia e FP
2023
Triângulo das Potências
Podemos representar as potências em um circuito por meio de um triângulo de potências.
• Para um circuito com característica resistiva indutiva temos:
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Fator de potência
O Fator de Potência (FP) mede o aproveitamento da energia para a produção de trabalho útil. Ele é
definido como a razão entre a potência ativa e a potência aparente. Sendo um valor entre 0 e 1.
𝐹𝑝 = 𝑃 𝐹𝑝 = 𝑐𝑜𝑠ϕ
𝑆
Em que: ϕ – ângulo de defasagem entre tensão e corrente (ϕV- ϕI)
Se o fator de potência for baixo, o sistema possui quantidade elevada de energia reativa. Como
consequência, há aumento da corrente nos circuitos, ocasionando perdas de energia por efeito Joule e
quedas de tensão nas instalações da indústria e da concessionária de energia. Este excesso de energia
reativa exige condutores de maior bitola e transformadores de maior capacidade, o que aumenta o
preço da instalação. Além disso, o baixo fator de potência sobrecarrega as subestações e as linhas de
transmissão e distribuição de forma desnecessária, pois pouca parte da energia transportada está
sendo utilizada na produção de trabalho útil.
No Brasil, a Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL) estabelece por meio da resolução ANEEL
456/2000 que o fator de potência nas unidades consumidoras deve ser de no mínimo 0,92. Se este
limite não for respeitado, o consumidor está sujeito a multa.
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Fator de potência
1) O circuito a seguir possui um gerador de corrente alternada que alimenta um resistor de
resistência elétrica igual a 15 Ω e um indutor de indutância igual a 100 mH ligados em paralelo.
a) Determine o FP.
b) Represente o triângulo das potências.
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Correção do FP
Em nível industrial, a grande maioria das cargas são reativas indutivas (ϕ>0°) , ou resistivas
(ϕ=0°), embora haja também cargas reativas capacitivas (ϕ<0°).
A grande maioria das instalações industriais têm a corrente total de linha atrasada, já que a
maioria das cargas são indutivas e resistivas.
A energia em kWh cobrada pela concessionária refere-se à potência ativa P[W], e não a
potência aparente S[VA]. Do ponto de vista técnico e econômico, para a concessionária isso
não é bom, pois ela é obrigada a gerar mais energia que o necessário quando o FP não é
unitário. Por isso, ela sobretaxa os consumidores industriais cujas instalações elétricas operam
com FP menor que 0,92, para incentivá-los a aumentar este valor.
Para as indústrias, um fator de potência baixo também não é interessante técnica e
economicamente, pois além de pagar as multas, a instalação elétrica deve ser feita com
condutores de maior diâmetro para suportar a corrente maior solicitada.
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Correção do FP
O fator de potência pode ser corrigido de três formas: correção individual, correção por grupos
de cargas ou correção geral.
• Correção individual
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Correção do FP - Correção individual
Exemplo – A Figura a seguir mostra um motor de indução de 5 cv ligado à rede elétrica de 220
Vrms/60 Hz. Este motor possui fator de potência igual a 0,70 indutivo. Dimensione o capacitor
que deve ser ligado em paralelo ao motor para que o fator de potência seja corrigido para
0,92.
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Correção do FP - Correção individual
Etapas:
• Encontrar o ângulo de defasamento com o FP atual (FP a ser corrigido);
Arccos(𝐹𝑃)= ϕ;
Arccos(0,7 ind)= -45,57°
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Correção do FP - Correção individual
• Determinado o novo valor para o fp, encontrar o ângulo de defasamento no circuito para
este novo FP.
Arccos(0,92 ind)= -23,07°
Encontrar a diferença entre a potencia reativa com o fp novo e o fator de potência atual.
Qc= Qn-Qa;
Qc=-1567-(-3754)=2187Var;
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Correção do FP - Correção individual
• A partir de Qc determinar Xc (reatância capacitiva).
Qc=V²/|Xc|;
|Xc|=V²/Qc;
|Xc|=220²/2187;
|Xc|=22,13Ω;
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Correção do FP - Correção individual
2) A Figura a seguir mostra um motor de indução de 10 CV ligado à rede elétrica de 220
Vrms/60 Hz. Este motor possui fator de potência igual a 0,80 ind. Dimensione o capacitor que
deve ser ligado em paralelo ao motor para que o fator de potência seja corrigido para 0,95
ind.(Resposta: 169,83uF)
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Referências
• RÊGO, A. K; RODRIGUES, C. L. C.; Eletricidade em CA. Ouro Preto: Instituto Federal de Minas
Gerais - CEAD, 2015. ISBN: 978-85-68198-03-2.
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