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Apresentação de Negócios Plano de Negócios Geométrico Corporativo Verde Pre - 20231219 - 034749 - 0000
Apresentação de Negócios Plano de Negócios Geométrico Corporativo Verde Pre - 20231219 - 034749 - 0000
ESCOLAR
BRASILEIRA
TIPOS DE ESCOLAS E
SUAS ESTRUTURAS
BRASIL IMPÉRIO
(1822 A 1889)
Existem poucos registro sobre a arquitetura escolar da época do Império.
Na época existiam apenas algumas escolas de primeiras letras (as escolas para aprender a ler e escrever), que funcionavam em
sua maioria em salas improvisadas, alugadas e pagas pelos próprios mestres, com seus próprios proventos. Portanto, não
podemos falar de uma arquitetura escolar neste período, apenas de alguns exemplos de construções religiosas e outras
pequenas casas, com características higiênicas, mas de aparência simples e poucos recursos, como a ainda existente
Mapas da
localização das
Escolas de
Primeiras Letras
em São Paulo.
, a maioria dessas
escolas era distante dos
núcleos populacionais, o
que dificultou sua
incorporação de
imediato, muitas delas
tendo sido demolidas
prematuramente por
sua construção
precária, pela falta de
manutenção ou pela
degradação do
entorno.
Metodologia Lancaster
Os prédios são Imponentes, com Eixos simétricos, pé-direito alto e andar térreo
acima do nível da rua, com imensas escadarias para um impacto no contexto
urbano circundante.
Destaca-se que esse período foi o primeiro momento em que houve uma tentativa
de construir prédios para fins exclusivamente escolares como os Grupos e
Escolares e as Escolas Normais,
Os modelos educacionais baseados eram os Franceses, visando acompanhar as
culturas de épocas.
Alinhamento de Lote
Obrigatoriedade de porão
Corredor lateral descoberto para a iluminação direta nos cômodos
Sistematização de espessuras de paredes, largura de ruas, altura de edifícios
Mauro Álvaro de Souza Camargo publicou nesse período o livro Projetos para
grupos escolares reunidos e rurais, uma espécie de manual com diretrizes e
modelos que serviriam para a construção das futuras escolas. No seu manual
constavam algumas diretrizes como a inserção de sanitários dentro dos edifícios e
uso de lajes de concreto e simplificação de formas, sem muita ornamentação, por
razões financeiras.
Nesse período, surgiram critérios de projetos com a consolidação do Código de
Saboya e uma norma técnica que impunha algumas regras, entre as quais as mais
relevantes em relação às salas de aula, que foram transcritas por Artigas.
Nesse contexto, surge um programa de necessidades para os conjuntos escolares:
salas de aula amplas, claras e bem ventiladas, com dimensões de 6 m x 8 m e com
pé direito de 3,60m. Dependências de trabalho, um auditório, sala de educação
física, jogos, canto, cinema educativo, sala de festas, de reunião, biblioteca e
instalações para assistência médica, dentária e higiênica.
Quanto ao estilo dos prédios, em maioria se optou pela arquitetura moderna, estilo
predominante na época. Silva Neves, um dos arquitetos da época, propôs a
construção de edifícios escolares sem nenhuma referência a estilos históricos, com
formas geométricas simples, de concreto armado, que permite a estrutura
independente de vedação, pátios internos sob pilotis e grandes aberturas
envidraçadas.
Em 1976, foi criada a Companhia de Construções de São Paulo, que sintetizou e elencou as principais
informações necessárias aos projetistas para a elaboração de projetos. Portanto, foram elaboradas normas e
catálogos, conjuntos funcionais e ambientes, além de normas para apresentação dos projetos e composição da
estrutura funcional das escolas.
O único jeito de suprir a demanda de escolas era racionalizar a construção. Foram criados módulos de 90cm x
90cm em planta baixa. Os programas definem a quantidades de ambientes e áreas construídas em módulos de
0,81m. Os dimensionamentos de salas de aula foram estabelecidos em 51,84m² para salas comuns e de 77,76m²
para salas de aula prática. As dimensões das salas de aula eram de 7,20m x 7,20m, de eixo a eixo.
Além de racionalizar a construção escolar, criou-se o módulo “embrião” (composto de duas a seis salas de aulas,
direção e administração, sanitários e quadra de esportes) e espaço para futuras ampliações. Simplificava-se o
padrão construtivo para uma construção mais rápida a fim de atender a demanda por escolas.
Existiam especificações para usuários por faixa etária, currículos a serem adotados, objetivos da escola. As
especificações também incluíam conforto ambiental e avaliação do clima local. Até hoje, os editais de concursos
para obras de novas escolas são orientados por essas especificações.
CIACS
1990 A 2010
As edificações escolares dos últimos trinta anos, na maioria dos estados,
apresentam uma arquitetura bastante padronizada. Em São paulo predomina
a edificação de três pavimentos, em um bloco monolítico, porém, possuem
uma originalidade em suas fachadas por serem desenvolvidas por escritórios
tercerizados.
A inclusão da quadra influencia o volume da edificação e, em alguns casos,
interfere no desempenho acústico da escola, pois o isolamento necessário as
vezes não é atingido pelas empreiteiras de obras públicas.
Fazendo a leitura dos projetos, pode-se identificar quatro tipologias: escolas
compactas e verticais; escolas horizontais com a quadra em seu centro;
escolas dispostas em mais de um volume e escolas longitudinais.
Escolas horizontais com a quadra em seu centro
Escolas compactas e verticais
Escola Estadual Telêmaco Melges, Campinas, 2004 Escola Jardim Ataliba Leonel, São Paulo, 2006
Escolas longitudinais
A incorporação de tecnologias
construtivas locais, como o uso
extensivo de varandas, cobogós e
paredes de alvenaria de adobe para
garantir o conforto térmico, demonstra
uma preocupação dos arquitetos não só
em propor, mas também em valorizar e
aprender com o contexto.
ESTUDO DE CASO: ESCOLA
PARQUE - EMEI CLEIDE ROSA
AURICCHIO
Localizada em São Caetano do Sul, o
projeto de 2021 foi idealizado pelo
escritório Carolinna Penna Arquitetos
Sua composição depende das condições econômicas, sociais e culturais. Aspectos físicos e objetivos, como a
arquitetura, equipamentos e materiais didáticos, são codependentes das qualidades subjetivas que norteiam as
necessidades e objetivos do ambiente, sendo lalgunss deles: as relações humanas, a gestão, a proposta pedagógica
ou mesmo o perfil do aluno;
Arquitetura como ferramenta de discussão e vínculo entre o interior humano e o exterior construído. O projeto pode
contribuir para formar um pensamento crítico, incentivando a autonomia, a responsabilidade e ajudando a formar
futuros cidadãos. Reconhecer o ambiente escolar como elemento educador é trazê-lo ao currículo de forma
consciente e permitir possibilidades.
INDIVÍDUO X AMBIENTE
Ambiente se torna influente nos processos e níveis de aprenzado dos alunos, na boa convivência e na produtividade
de todo corpo escolar, assim os elementos arquitetonicos devem contribuir positivamente para uma produção
academica expressiva;
O espaço projetado imprime a ideia de ambiente social e serve como estimulante no processo da construção de
experiências e formação do indivíduo, com isso, ele deve fornecer soluções funcionais, estéticas e conceituais que
incorporam conhecimento sobre as necessidades mais profundas do homem, sua condição social e sua relação com o
entorno físico.
Estudo de Roger Barker e Paul Gump (1964): escalas dos ambientes escolares.
Estudo de Sommer: ecologia de participação de acordo com a escala e influência do mobiliário
"As interações entre a criança e seu ambiente são contínuas, recíprocas e independentes" (Bijou; Baer, 1980);
JUHANI
PALLASMAA
“AO EXPERIMENTAR UM EDIFÍCIO,
INCONSCIENTEMENTE IMITAMOS SUA CONFIGURAÇÃO
COM NOSSOS OSSOS E MÚSCULOS” (PALLASMA, 2012,
P. 67) “
Arquitetura como estruturadora da nossa visão de ser como parte
do mundo, não só como relatório da realidade, mas também
"A arquitetura modernista em geral tem abrigado o intelecto e os
como um método de recordação e reconhecimento de quem
olhos, mas tem deixado desabrigados nossos corpos e demais
somos. É impressionante a transmissão do equilíbrio, da escala,
sentidos, bem como nossa memória, imaginação e sonhos". Para o
do conceito e outros elementos de uma edificação pelo corpo do
autor estamos em diálogo e interação constante com o ambiente,
observador, desdobrando reações no indivíduo, as sensações assim, uma obra de arquitetura é experimentada em sua essência
corporais, a resposta dos organismos, os sentimentos e o material, corpórea e espiritual.
comportamento.
A HUMANIZAÇÃO DOS ESPAÇOS
As respostas dos usuários em um ambiente cuja arquitetura se mostra infléxivel e rígida causa dúvida em como se
apropriar do espaço, o comportamento se torna limitado e o imposto é controle e disciplina. Existe uma priorização
em considerações técnicas como metragem, normas e regulamentos, deixando em segundo plano outras questões
fundamentais como a estética, o prazer e o conforto. Criando espaços estáticos baseados na transmissão linear de
conhecimento do professor para o aluno;
Ambientes dominados pela iluminação artificial, vidros opacos que impedem a visão do exterior, presença de grades
de proteção, monotonia de formas, cores e mobiliário, falta de manutenção, excesso de ordem, rigidez na
funcionalidade, falta de personalização e impossibilidade de manipulação pelo usuário são considerados desumanos
e, portanto, menos satisfatórios ou apreciados;
Portanto, existe a necessidade de "humanizar" o espaço interno, atribuir-lhe características pessoais e adequar a
proporção com a escala humana, para permitir a manipulação do mobiliário pelos usuários, enfatizando a
necessidade de paisagismo, harmonia entre os elementos construtivos, as cores e os materiais, entre outros. permite
um nível de satisfação mais alto e propiciam um ambiente psicológico mais favorável ao comportamento social
adequado.
Christopher Alexander: “Qualidade sem nome” - espaço está em perfeita harmonia com seu propósito, a qualidade
de um espaço está relacionada aos padrões de acontecimentos que nele ocorrem e que, por sua vez,
experimentamos. A atenção se volta não somente à forma ou à geometria, mas aos eventos inter‐relacionados que
nos permitem experimentar o espaço;
Bruno Zevi: Quarta dimensão - arquitetura não provém somente da geometria dos elementos construtivos que
encerram o espaço, mas, precisamente, do vazio, do espaço interior em que os homens andam e vivem. O espaço
arquitetônico não é neutro, ele oferece possibilidades de apropriações, pois é, sobretudo, o ambiente, a cena onde
vivemos nossa vida.
sensação de apropriação do
espaço, concordância com
WALDORFIANO - filosofia idade e ciclo, aconchego,
antroposófica, ser humano e harmonia, ritmo, iluminação
sociedade. natural, cor, etc.
DESAFIOS E
INOVAÇÕES NA
ARQUITETURA
ESCOLAR
Ao longo dos anos foram sendo
aperfeiçoadas toda uma
metodologia arquitetônica dedicada
a melhor construção de espaços de
ensino, embora possa ser observado
uma resistência no Brasil a adoção
dessa nova perspectiva de
concepção desses espaços,
prevalecendo uma lógica ja defasada
do século XX
CONFLITO
TRADICIONAL IDEAL
X
OS ESPAÇOS
DIVERSIFICADOS
A mistura de lugares reservados com áreas mais expostas é interessante, assim como a
integração entre interior e exterior, que pode ser alcançada com soluções arquitetônicas que
promovam relações com o mundo e o desenvolvimento de inteligências diversas, adaptadas à
individualidade dos estudantes.
O EQUILIBRIO
TÉRMICO E ACÚSTICO
Naturalmente, por serem espaços de permanência de longos intervalos de tempo, se
demonstra fundamental um planejamento tanto térmico quanto acústico mais eficiente,
respeitando desde a orientação norte-sul do projeto, bem como a disposição de cada uma
das salas de aula com o proposito de tirar o melhor aproveitamento da incidência solar.
- Lina Bo Bardi
PANDEMIA E SUAS
CONSEQUÊNCIAS NA EDUCAÇÃO