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Projeto Multidisciplinar Dfferson Capelli
Projeto Multidisciplinar Dfferson Capelli
PROJETO MULTIDISCIPLINAR
DESAFIOS DA EDUCAÇÃO
RESUMO
Este trabalho tratou de três situações apontadas como desafios da Educação atual:
financiamento da educação, a tecnologia na Educação e a Educação Inclusiva e a
Diversidade, com maior destaque no financiamento nos resultados apresentados. Foi
utilizado o método da pesquisa bibliográfica, sem estudo de caso. Concluiu-se que entre
os vários desafios da Educação brasileira hoje contempla os aspectos abordados nesta
pesquisa, considerando-os de importância e urgência relevantes para suas soluções.
1 INTRODUÇÃO
2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
Não há que se discutir sobre o financiamento da Educação brasileira, uma vez que
é determinado pela Constituição Federal (1988) onde a União, obrigatoriamente, deve
repassar 18% de sua receita líquida para esse setor; estados, os municípios e o Distrito
Federal devem repassar, da mesma forma, 25% de suas mesmas receitas, sob pena de
qualquer ente da Federação, haja vista que vivemos numa República Federativa, terem
seus repasses constitucionais bloqueados enquanto persistir a inadimplência. Tais
bloqueios afetam o Fundo de Participação dos Municípios (FPM) ou o Fundo de
Participação dos Estados, a quem o governo federal tem a obrigação de fazer essa
transferência. No caso da União, e dos demais entes também, suas Diretrizes
Orçamentárias também ficam congeladas, por determinação dos Tribunais de Contas da
União (TCU), dos estados (TCE) e de municípios que ainda são mantidos (TCM), no caso
de capitais brasileiras, se ainda estiverem em atividade.
Dito isso de uma forma bem simplificada, para a Educação não falta verbas que
são mal distribuídas ou não são bem aproveitadas para seus propósitos. Por exemplo:
desses valores obrigatórios, 60% de cada um devem ser aplicados em salários de
profissionais da educação e seu aprimoramento técnico, além de prêmios, etc. No entanto,
o número da clientela escolar, desde a educação infantil até o ensino fundamental
completo, cresce muito mais do que as estatísticas fundamentais para a redistribuição de
investimentos na área.
Neste ano, com a aprovação do novo arcabouço fiscal que limita os gastos do
Governo Federal, ficaram de fora as despesas com o Fundo de Educação Básica
(FUNDEB) na expectativa de que haja mais recursos para a Educação no país todo. Ou
seja, mais recursos, mais desperdícios, é o Brasil hoje. Ninguém ganha com isso, ainda
menos os educandos que, depois da pandemia, muitos perderam o estímulo de voltar à
escola, o que os obriga por dois motivos fundamentais: as refeições servidas no ambiente
escolar, e os benefícios sociais que o governo oferece à suas famílias que os mantenham
matriculados. Há alguns anos, era o aprender por prazer; hoje, é o aprender por obrigação
de estudantes e seus responsáveis.
2.2 Tecnologia
É certo que, no mundo de hoje, a comunicação se dá cada vez mais no meio digital.
As redes sociais e os diversos aplicativos de mensagens instantâneas são um retrato do
avanço da tecnologia, mas também representam um desafio enorme para a democracia e
para a comunicação em sociedade, tais como lixo eletrônico, fake-news, etc. Separar
informações verdadeiras de mentiras, entender o passado do país e sua relação com o
mundo e saber quais são nossos direitos e como eles foram construídos são tarefas cada
vez mais difíceis. Fácil imaginar como isso prejudica a Educação em larga escala, e que
só pode ser triado através de uma formação criteriosa dos profissionais da Educação,
onde, em muitas localidades do país não têm, em outras, não compreendem a pressa
tecnológica que não regredirá.
A sociedade atual, não em sua totalidade, já convive com lousas eletrônicas,
tablets estudantis, kits-robótica e outros instrumentos servíveis para a educação formal,
mas inservíveis para a compreensão dos alunos sobre um novo paradigma mundial
quando se relaciona à globalização selvagem, futuro dos empregos e possibilidades de
empregabilidade, medicina ou cuidados à saúde de forma virtual, aprendizagem real para
o além-lousa. Enfim, parafernálias tecnológicas são úteis, desde que o aprendente se
localize no espaço e no tempo em que está vivendo. Nenhuma tecnologia resolve isso do
dia para noite.
Nesse contexto, um grande desafio já é presente e está relacionado à ansiedade, à
depressão, o burnout, e outras fobias que complicam mais ainda o ensino-aprendizagem,
tanto por parte de alunos, quanto de educadores. Esses eventos comprometem a prevenção
da saúde mental de crianças e adolescentes que já acumulam, do seio familiar, situações
constrangedoras quanto as ser-no-mundo de cada um deles.
3. RESULTADOS E DISCUSSÃO
A partir da revisão bibliográfica para esta pesquisa que foi limitada a alguns
aspectos dos desafios para a Educação, encontrou-se alguns resultados que merecem
destaques nesta discussão, e o principal deles refere-se ao financiamento público da
Educação.
Quanto ao tema, é bom ressaltar, para além da forma constitucional e
complementar em algumas leis específicas sobre o tema, como por exemplo, o Fundeb,
todos os governos calculam esse financiamento em relação ao Produto Interno Bruto
(PIB) de cada país.
Nesse contexto, o Brasil investiu menos do que a média da OCDE na última
década, como demostra o Quadro 3.1:
Quadro 3.1 – Valor médio de investimento em estudantes de escolas públicas. Fonte:
Education a Glance 2020 apud Observatório de Educação do Instituto Unibanco (2022)
Isto posto, compreende-se que o financiamento feito nas condições legais podem
ser mais comprometidos pela má gestão pública de esferas diversas de governo, e de
tentativas de reformar a Educação decenalmente sem considerar a qualidade do ensino
como primaz em reformas, no tempo.
Já quanto aos demais desafios relatados nesta pesquisa a saber, a Tecnologia, a
Educação Inclusiva e a Diversidade, depreendeu-se que há sim mobilizações importantes
em favor de todas essas questões, mas, tão dispersas, muitas vezes, conflitantes entre a
educação pública e a educação privada, que merece uma atenção acadêmica mais
cuidadosa em relação ao que pode ser feito para a unicidade de programas que possam
beneficiar a todos os cidadãos em idade escolar.
Sem nenhum engano previsível, todos esses desafios passam pelo financiamento
público da Educação que não favorece um diálogo consensual entre a organização do
conhecimento e as famílias brasileiras, substancialmente por razões políticas, ao se
considerar o percurso teórico pesquisado para este projeto multidisciplinar.
4. CONCLUSÃO
Concluiu-se deste trabalho que os desafios da Educação hoje são diversos por ser
uma área multidisciplinar afeta a questões de cunhos maiores a serem resolvidos,
enquanto a própria Educação não pode parar de um futuro célere e implacável.
Da mesma forma, como previamente selecionados alguns aspectos importantes no
que tange à Educação, o financiamento público que é feito regulamente de acordo com
Constituição Federal do Brasil, não consegue suprir as necessidades maiores da clientela
escolar por má-gestão dos entes federativos.
Também pode-se concluir que a tecnologia não abrange na totalidade as escolas e
estudantes brasileiros em todos os níveis de ensino com a qualidade esperada.
Já, em relação à educação inclusiva, voltada a estudantes com algum tipo de
deficiência física ou mental, não pode se dissociar de outros preconceitos de ordem moral
aos quais a escola hoje convive dentro do seu convívio social.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
LIMA, Priscila Augusta, 1957. Educação inclusiva e igualdade social. São Paulo:
Avercampo, 2006.