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Idade Média - 6° Ano D

Perguntas Introdutórias para os Alunos:


- Você consegue definir o que é a “Idade Média”?
- Qual era a principal atividade econômica desse período?
- Já ouviram falar sobre peste negra e a crise que ela causou na agricultura?

Idade Média instituiu o feudalismo na Europa, tornou a agricultura sua atividade


principal e consolidou o poder da Igreja Católica após aliança com os reinos bárbaros.
Idade Média é o período da história geral que se inicia no século V, logo após a queda
do Império Romano do Ocidente, e termina no século XV, com a conquista de Constantinopla
pelo Império Turco-Otomano. Foi um período marcado pela síntese da herança romana com a
cultura dos povos bárbaros que invadiram o Império Romano.

A invasão bárbara provocou a fuga da cidade em direção ao campo. A Europa


ocidental ruralizava-se, e a riqueza era a terra. Desta forma, agricultura tornou-se a principal
atividade econômica, e a produção dos feudos era para o próprio sustento.

Desde a queda do Império Romano do Ocidente até o século XV, cunhou-se Idade
Média como um termo pejorativo, como se fosse um intervalo entre a Antiguidade Clássica,
ou seja, os tempos áureos da Grécia e Roma Antiga, e a Idade Moderna, período de resgate da
cultura humanística idealizada pelos primeiros filósofos gregos e concretizada pelos romanos.

Alta Idade Média


O período da Alta Idade Média corresponde à formação da Europa medieval até o seu
apogeu, no século X. O Império Romano do Ocidente acabou no século IV, e o imenso
território conquistado pelos romanos pertencia então aos povos bárbaros. O termo “bárbaro”
era como os romanos chamavam os povos que não faziam parte do seu império, que estavam
fora dos limites romanos, ou seja, eram aqueles que não compartilhavam do mesmo costume
romano, que não tinham a cidadania romana.

A Alta Idade Média constituiu-se pela junção da herança romana com os costumes dos
povos bárbaros. A invasão bárbara alcançou a cidade de Roma, que foi saqueada diversas
vezes. O temor dessas invasões fez com que os habitantes das cidades buscassem refúgio e
trabalho no campo. Ocorreu o que chamamos de ruralização da Europa.

Baixa Idade Média


O aumento populacional ocorrido a partir do ano 1000 foi motivado principalmente
pela diminuição significativa das guerras bárbaras. Por isso, chama-se esse ano de “O ano da
paz de Deus”. Esse aumento populacional provocou significativas mudanças na estrutura
medieval e, mais tarde, levou à sua crise, no século XV.
A forma de lidar com a terra modificou-se. A produção agrícola aumentou e passou-se a
usar as terras que ficavam em repouso. Dessa forma, o desgaste da terra não tardou a
acontecer, acarretando dificuldades na produção.
As cidades voltaram a ter movimentação mais intensa, pois o aumento populacional
levou as pessoas a saírem do campo e retornarem a elas. O comércio também voltou com
atividade mais intensa por meio da troca de mercadorias.
As Cruzadas começaram como movimento religioso, mas, com o passar do tempo,
transformaram-se em expedições comerciais ao trazer as especiarias orientais para a Europa
ocidental. Essa movimentação Ocidente–Oriente fez retomar as navegações pelo mar
Mediterrâneo, até então abandonadas por causa da ruralização da Europa e do domínio
islâmico. Gênova e Veneza enriqueceram com o comércio marítimo logo após fazerem um
acordo com os comerciantes islâmicos do Oriente.
As universidades promoveram mudanças na vida cultural da Idade Média. Surgidas no
século XIII, elas se tornaram locais de estudos e discussão livre de ideias. Os mosteiros
começaram a perder sua força cultural, que, desde o início do período medieval, era intensa. A
moeda circulando com mais intensidade pela Europa por causa da volta às atividades
comerciais passou a financiar a produção artística e intelectual.
A retomada do comércio fez surgir as feiras. Elas funcionavam ao redor dos feudos e
comercializavam os produtos vindos do Oriente. Outras feiras formavam-se às margens das
estradas para garantir a segurança das comitivas do comércio e a instalação de bancos para a
troca de moedas. Cidades como Champagne, na França, surgiram dessas feiras. Uma nova
classe social apareceu: a burguesia.
Essas transformações no mundo medieval começaram a fazer a estrutura social entrar
em crise. As bases da Idade Média foram afetadas. A agricultura perdia espaço para o
comércio. O campo esvaziava-se, e as cidades enchiam-se. As ideias que eram dominadas
pela Igreja circulavam livremente pelas universidades. A fé, que era o elemento norteador do
pensamento humano, perdia espaço para a razão.

CRISES
A fome foi resultado da escassez de alimentos provocada pela redução da produção
agrícola por causa de intemperes naturais.
A Peste Negra foi uma doença que matou milhões de pessoas e espalhou-se
rapidamente pela Europa. Vinda do Oriente, essa peste foi beneficiada pela ausência de
higiene dos medievais. Com o alto número de mortos, começou a faltar mão de obra para o
trabalho no campo. Os poucos servos que ainda trabalhavam nos feudos tiveram que trabalhar
mais. Isso gerou uma revolta servil que abalou a estrutura feudal. As guerras entre os reinos
europeus e as revoltas servis foram derrotadas pelos reis, que passaram de simples chefes
militares a governantes dos reinos.
As mudanças da Baixa Idade Média levaram a Europa ocidental à crise. A centralização
do poder nas mãos dos reis reduziu os poderes locais, que estavam sob o comando dos
senhores feudais. Além disso, os reis questionavam a influência do poder do papa nas
decisões políticas. Esses poderes reais deram início à formação dos estados nacionais,
decretando-se o fim da Idade Média e o início da Idade Moderna.

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