Você está na página 1de 3

Lista de exercícios 6

MAT 0317 - Topologia

28 de maio de 2009

Exercício 1. Seja (X, τ ) um espaço compacto T2 tal que, para todo x ∈ X,


T
existe Ux ⊆ τ enumerável satisfazendo Ux = {x}. Prove que (X, τ ) verifica
o primeiro axioma de enumerabilidade.

Exercício 2. Seja (X, τ ) um espaço compacto T2 . Prove que, se X é enu-


merável, então {x ∈ X : {x} ∈ τ } é denso em (X, τ ).

Exercício 3. Dizemos que um espaço topológico X é um espaço de Baire


se, e somente se, a intersecção de qualquer família enumerável de abertos
densos de X é um subconjunto denso de X.

(a) Mostre que, se X é um espaço de Baire e U ⊆ X é aberto em X, então


U é um espaço de Baire.

(b) Mostre que, se X é um espaço de Baire e (Un )n∈N é uma família de


T
abertos densos de X, então n∈N Un é um espaço de Baire.

Exercício 4. Prove que Q não pode ser escrito como intersecção de uma
família enumerável de abertos de R.

Exercício 5. Mostre que a reta de Sorgenfrey é um espaço de Baire que


não é localmente compacto.
[Sugestão: Para a primeira parte, mostre que todo subconjunto de R que
é aberto e denso na topologia da reta de Sorgenfrey contém um aberto denso
na topologia euclidiana de R, e em seguida use o fato de que R é um espaço
de Baire. Para a segunda parte, note que, para quaisquer a, b ∈ R com a < b,
o conjunto [a, b[ é fechado na reta de Sorgenfrey mas não é compacto.]
Exercício 6. Seja X um espaço topológico não-compacto. Suponha que X
admite uma compactificação de Alexandroff — ou seja, suponha que existe
um espaço topológico Y tal que

(i) Y é compacto e T2 ;

(ii) X é um subespaço aberto de Y ; e

(iii) Y \ X é unitário.

Prove que X é um espaço T2 localmente compacto.

Exercício 7. Resolva o exercício 4.1 da apostila.

Exercício 8. Resolva o exercício 4.4 da apostila.

Exercício 9. Prove ou dê um contraexemplo:

(a) Se X é um espaço topológico discreto, então todas as componentes


conexas em X são conjuntos unitários.

(b) Se X é um espaço topológico tal que todas as componentes conexas em


X são conjuntos unitários, então X é discreto.

Exercício 10. Mostre que, se f : R → N é contínua, então f é constante.

Exercício 11. Sejam X um espaço topológico e A ⊆ X aberto e fechado


em X. Prove que, se A é conexo e não-vazio, então A é uma componente
conexa em X.

Exercício 12. Sejam X um espaço topológico, C ⊆ X conexo e Y ⊆ X.


Prove que, se C ∩ Y 6= ∅ e C \ Y 6= ∅, então C ∩ F r(Y ) 6= ∅.

Exercício 13. Sejam X um espaço topológico conexo, f : X → R contínua


e a, b ∈ X distintos, e suponha que f (a) ≤ f (b). Prove que, dado c ∈
[f (a), f (b)], existe x ∈ X \ {a, b} tal que f (x) = c.
Exercício extra
Exercício 14.

(a) Defina f : R → R por f [R\Q] = {0} e, se q ∈ Q, então f (q) = d1q , sendo


dq o menor inteiro positivo tal que q · dq ∈ Z. Prove que {x ∈ R : f é
contínua em x} = R \ Q.

(b) Dada uma função g : R → R, prove que {x ∈ R : g é contínua em x} é


a intersecção de uma família enumerável de abertos de R.
[Sugestão: Considere, para cada n ∈ N, o conjunto
 
1
Un = x ∈ R : ∃ ε > 0 tal que sup{|g(y) − g(z)| : y, z ∈ ]x − ε, x + ε[ } < n ,
2

e prove que tal conjunto é aberto em R. Em seguida, mostre que {x ∈


T
R : g é contínua em x} = n∈N Un .]

(c) Conclua que não existe uma função g : R → R tal que {x ∈ R : g é


contínua em x} = Q.

Você também pode gostar