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OS MD-11 BRASILEIROS
Desenhado e produzido pela McDonnell Douglas, o MD-11 é um trijato marcante na história
da aviação, ainda que não tenha tido um bom desempenho comercial: apenas 200 unidades
foram construídas.

Importantes empresas aéreas, como American Airlines, Delta Air Lines, Korean Air, Thai
Airways, Alitalia, KLM, entre outras, operaram com o modelo em voos comerciais de
passageiros. Atualmente, pouco menos de cem MD-11 continuam em atividade, todos
cargueiros, voando pela FedEx, UPS e Western Global.

No Brasil, pode-se dizer que o trijato da McDonnell Douglas foi um sucesso: mais de 30
exemplares voaram por aqui.

Tudo começou com a Varig, que recebeu o PP-VOP em novembro de 1991, seguido do
PP-VOQ, em dezembro do mesmo ano. Poucos meses depois, foi a vez da Vasp. Na
época, a empresa paulista havia acabado de ser privatizada e, com o MD-11, ampliou
consideravelmente sua presença no mercado internacional a partir do Brasil. Em fevereiro
de 1992, a Vasp recebeu o PP-SOW, seguido do PP-SOZ no mês seguinte. A empresa
apelidou o trijato de o “Astro da Vasp”.

Nos anos 90, os MD-11 viveram seu pico no Brasil, chegando a ter 21 exemplares, divididos
entre Varig e Vasp. Os jatos realizavam desde voos domésticos como também
internacionais, incluindo rotas para o Japão, como o trecho Rio de Janeiro-Guarulhos-Los
Angeles-Tóquio, da Varig.

No início dos anos 2000, a Vasp se desfez de todos os seus MD-11 por conta de uma crise
e, até 2007, a Varig era a única operadora do modelo no Brasil em voos comerciais de
passageiros. Em 2005, seu braço cargueiro, a Varig Log, recebeu dois exemplares do
MD-11F o PR-LGD e PR-LGE. Entre fevereiro e março de 2007, a TAM Linhas Aéreas
recebeu três exemplares. De matrículas PT-MSH, PT-MSI e PT-MSJ, os trijatos foram
arrendados pela TAM em um negócio bem atrativo com a Boeing enquanto os primeiros
777-300ER não chegavam. Naquele mesmo ano, houve a paralisação da Varig, e a TAM
passou a ser a única operadora do MD-11 no Brasil, mas durou pouco. Os Triplo 7
começaram a chegar em 2008 e a companhia aposentou seu trio de MD-11 no mesmo ano,
colocando um ponto final na trajetória do trijato em empresas aéreas brasileiras em voos
regulares de passageiros. A Varig Log, por sua vez, manteve sua dupla de MD-11 ativa até
2009.

● Curiosidade: Um dos MD-11 chegou a voar em três companhias aéreas brasileiras.


Ele começou sua carreira na Vasp em 1996 com a matrícula PP-SFD, foi para a
Varig em 2001 como PP-VQX e foi incorporado pela TAM em 2007 como PT-MSJ.
Ele foi o único MD-11 a voar em três aéreas do Brasil e até hoje está ativo, mas
voando lá nos Estados Unidos como N573FE na Fedex.

Matrículas registradas de MD-11 no Brasil:

● Varig: PP-VOP / PP-VOQ / PP-VPJ / PP-VPK / PP-VPL / PP-VPM / PP-VPN /


PP-VPO / PP-VPP / PP-VQF / PP-VQG / PP-VQH / PP-VQI / PP-VQJ / PP-VQK /
PP-VQL / PP-VQM / PP-VQX / PP-VTF / PP-VTG / PP-VTH / PP-VTI / PP-VTJ /
PP-VTK / PP-VTP / PP-VTU
● Vasp*: PP-SOW / PP-SOZ / PP-SPE / PP-SPD / PP-SPK / PP-SPM / PP-SPL /
PP-SFA / PP-SFD
● TAM: PT-MSH / PT-MSI / PT-MSJ
● Varig Log: PR-LGD e PR-LGE

*Por alguns meses, a Vasp operou o MD-11 de matrícula N277WA arrendado da World
Airways.

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