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156 - SPDA Sistemas de Proteção 2
156 - SPDA Sistemas de Proteção 2
,
2ª edição
Dedicatória
À minha esposa Maria Goretti (in memoriam) e aos meus fil hos Ped ro André e Antô-
nio André, pela força, pelo carinho e pelo apoio em todos os momentos.
Aos amigos sempre presentes: Francisco Burani, Dan ilo Gastaldel lo, Kari la Martins,
Pedro da Costa Jr., João Papa, Caio Oba e José Edua rdo.
Às tias mais queridas que eu tive, Maria e Dezinha (in memoriam), pois ajuda ram em
minha formação e educação.
Aos meus alunos da Unesp-Ba uru, fontes inspiradoras e mot ivadoras para a melhora
contínua do meu aprend izado sobre a vida.
À m inha esposa Áurea Prates Rod rigues, que muito contribuiu com carinho e com-
preensão para que este traba lho pudesse ser concluído.
Aos meu s pais Frederico Rodrigues Oliver e Anton ia Gomes Rodrigues, que contri-
buíram com fundamentos e va lores aplicados na minha formação.
À m inha família, sempre presente e importante na m inha vida, comp letando os su-
cessos e a felicidade.
Aos amigos, alunos e professores da Unip e do Senai que motiva ram a elaboração
deste traba lho.
Aos m eus queridos pais Renzo Borelli e Rosa Dem itrov Borelli (in m emoriam) pelo
modo co mo contribuíram para minha educação e minha formação.
À minha esposa Mart a e aos meu s filh os Fabrízio e Vict o r, pela paciência e pelo
ince ntivo.
Reinaldo Borelli
4 SPDA - Sistemas de Proteção contra Descargas Atmosféricas
Aos meus pais, Meximiano Ferrei ra de Barros (in memoriam) e Eunice Gomes de Ba r-
ros (in memoriam), que contribuíram para a minha formação.
À minha esposa Lucia Veloso de Barros, aos nossos fil hos Leand ro Veloso de Barros e
Lucyene Veloso de Barros, e aos netos, que sempre estiveram presentes apoia ndo, mes-
mo du rante os momentos de ausência dedicados à elaboração do livro.
Agradecimentos
A Deus, por m inha vida, e aos meus pais, Ant ônio Nunes e Marina Lima (in memo-
riam), que me deram tudo o que eu precisei nesta vida: amor e liberdade.
Friedrich Nietzsche
A Deus, por ter me gu iado, possibi litando mi nha formação, vit ória profissional e por
ter colocado pessoas especiais em minha vida, que contribuíram direta e/ou indireta-
mente pa ra a rea lização de mais este traba lho.
Aos amigos e alu nos que, com indagações e contri buições, levaram-me a pesquisar
e explorar mais cu idadosamente o assunto.
Salmos 37:5-6
Reinaldo Borelli
Aos participantes de nossos t reinamentos, que, com seus questionamentos, nos de-
ram a oport unidade de aprimorar nossos conhecimentos.
Sobre os Autores
André Nunes de Souza é graduado em Engenha ria Elétrica pela Universidade Pres-
biteriana Mackenzie, com mestrado e doutorado em Engenharia Elétrica pela Escola Po-
litécnica da Un iversidade de São Pau lo (EPUSP). Trabalhou no Instituto de Eletrotécnica e
Energia da USP nos Laboratórios de Alt a Tensão e Altas Correntes. Atua lmente, é profes-
sor Livre-Docente Il i na Universidade Estad ual Pa ulista Júlio de Mesq uita Filho (Unesp).
Atua na área de Sistemas de Potência e Técnicas Inteligentes, Descargas Atm osféricas e
Eficiência Energética.
Benjamim Ferreira de Barros (in memoriam) foi técnico eletricista com experiên-
cia na área elétrica. At uou em empresas de distribuição e transmissão de energia elétrica,
na área de manutenção de subestações. Exerceu a direção das empresas L&B Ca pacita-
ção e Treinamento e L&B Energia, prestando serviços de assessoria técnica e seg urança
8 SPDA - Sistemas de Proteção contra Descargas Atmosféricas
Apresentação
Esta obra apresenta, ainda, a m etodologia empregada para a medição de cont inui-
dade elétrica em armaduras m etá licas e um exem p lo de cá lcu lo de análise de risco se-
gundo a NBR 5419.
O livro foi atua lizado com as principais mudanças no SPDA, os níveis de prot eção do
SPDA, os mét odos de prot eção de estrut uras e os principais componentes de um SPDA
decorrent es da revisão da NBR 5419, em 2015.
Todo text o foi elaborado por profissionais com experiência em diversas áreas do
setor elétrico e traz subsídios para o entendimento do tem a, sem a pretensão de esgotar
o assunt o.
Este livro traz um t ema bastante interessante, com linguagem de fácil entendimento,
sendo indicado a engenheiros, proj etistas e técnicos que traba lham com Sistemas de
Proteção cont ra Descargas At mosféricas (SPDA).
Apresenta as m otivações e a import ância do SPDA, pois o Brasil é um dos países com
m aior incidência de raios do mundo. A m itologia dos raios é abordada para responder a
algumas crenças sobre os raios desde a era dos astecas.
Os det alhes referentes aos projet os técnicos são ind icados de maneira fácil e os
aspect os lega is são enfatizados para ent endimento global.
Boa leitura !
Com a publicação da nova edição da ABNT NBR 5419- Proteção contra descar-
gas atmosféricas em 20 15, é nosso dever atualizar os capítu los associados, com o obje-
tivo de também at ualizar estudantes e profissiona is que realizam projetos, manutenção
e instalação de sistemas de proteção contra descargas atmosféricas.
Além das inserções de material técnico, foram rea lizadas complementações no con-
te údo deste livro, resultando em uma profunda revisão. O objetivo foi adequá-lo às no-
vas exigências do documento normativo e, para isso, utilizamos uma linguagem acessí-
vel, sem pre de acordo com fundamentos e conceitos teó ricos.
Os autores
13
Há tam bém pessoas q ue acom pan ham o desenrolar dos fatos cotidianos como es-
pectadores, enquanto outras defi nem os caminhos que orientam o curso da História.
O amigo Benjamim pertenceu a esse seg undo grupo, ao grupo privilegiado dos que
seguem à frente de seu tem po.
Tanto é verdade que suas iniciativas, além de abrilhantar seu próprio nome, contri-
buíram para projetar e oferecer oportunidades a diversos p rofissionais.
M inistrar au las era realmente a sua paixão. Ele dedico u grande parte de sua vida co m
o propósito de transmitir conhecimento, o que fazia co m muita dedicação e afin co. O
objetivo de ensinar está eternizado nas diversas obras literárias das quais ele participou
e fica como um de seus legados para a sociedade.
Nesta homenagem que prestamos ao saudoso amigo, part ilhamos a tristeza e a dor
da família que perdeu não só o marido, mas também o pai e o avô presentes na forma-
ção do ca ráter e dos valores fami liares.
Somos gratos a ele por ter sabido identificar prioridades no meio das mú lt iplas
ações que se faziam necessárias sempre que chamado a tomar decisões, e por ter t ido
14 SPDA - Sistemas de Proteção contra Descargas Atmosféricas
a coragem de rever suas posições e repensar suas ideias q uando o curso dos aconteci-
mentos apontava para novos horizontes.
Os autores
15
Lista de Siglas
Área de exposição equivalent e para descargas atmosféricas a uma est rutura adjacente
Fator ambienta l
Fator re levante à efetividade da blindagem por malha dos campos internos de uma
estrutura
Comprimento da estrutura
Perd a re lacionada aos ferimentos a seres vivos por choque e létrico (descargas
at mosf éricas à est rutura)
Perda em uma estrutura re lacionada a danos físicos (descargas at mosféricas à
estrutura)
Perda re lacionada à falha dos sistem as int ernos (descargas atm osféricas à estrutura)
Perda em uma estrutura devido a danos fís icos (descargas atmosféricas na linha)
►►
19
Risco tolerável
Component e de risco (fal ha dos sist emas internos - descarga atmosférica perto d a
linha)
Tempo, em horas por ano, que pessoas est ão presentes em um local perigoso
Sumário
4.2 Det erminação da Área de Exposição Equiva lente (A0 )... . .... . .... . ...... . .... . .... .. 60
5.1 Quantidade Relativa Média de Perda por Evento Perigoso ... ........... .. .. ........ .... 76
5.2 Perda de Vida Humana (L1) .................. ......................................... ......... ... ......... ..... 76
6.7.5 Posicionamento........................................................................................... 93
6.12.1 Componentes .... ......... ................................... ... ........... .............. .................. 100
7.2 Equipotencialização para Inst alações Met álicas .... ..................... ........ ................. 106
24 SPDA - Sistemas de Proteção contra Descargas Atmosféricas
Capítulo 8 - Medidas de Proteção contra Acidentes com Seres Vivos ...... 111
8.1 Medidas de Proteção contra Tensão de Toque ................................ ..... .............. 112
9.1 .2 Blindagem Magnética e Roteamento das Linhas ........... ..... ................... 116
9.2 Projeto das Medidas Básicas de Proteção para a ZPR ..... ........... ............ ......... ... 119
9.2.1 Projeto das Medidas Básicas de Proteção para ZPR 1 ......... .... .............. 119
9.2.2 Projeto das Medidas Básicas de Proteção para ZPR 2 ........... .. .............. 119
9.2.3 Projeto das Medidas Básicas de Proteção para ZPR 3 ........ .. ............ ..... 120
9.3 Proteção Usando uma Interligação para Equipotencia lização. .......................... 120
9.4 Proteção por Meio de DPS............ ....... ...................... .......... ........... ....... ... ........... ... 120
9.6 Medidas de Proteção por Roteamento de Linhas e Blindagem ...... ... ............... 121
10.2.1 NBR 5419- Proteção contra Descargas Atmosféricas ........ ................... 128
13.4 Sistemas de Aterramente de Instalações em Alta Tensão ................. ... .............. 168
13.4.2 Esquemas TTN e TTS ...... .............................. ........... ..................... ......... ..... 170
13.4.3 Esquemas ITN, ITS e ITR .............................. ..................... ...... ... ................. 172
15.1 Premissas Adotadas.. ... ... ... ... ......................................................... .. ...... ...... ......... .... 184
Apêndice C . .. .. ... .. .. .. .. .. ... .. .. .... ..... ... ....... ..... .. .... .. .. ... .. .. .. .. .. ... .. .. ..... .. .. .. .. .. 197
Anexo B .. ..... ............. .. ..... ........ ..... ..................... ............. ..... ............. ........ 205
Bibliografia................................................................................................ 211
Introdução
A ext ensão territoria l, a loca lização p róxima ao Eq uador geográfi co e algumas o utras
peculiaridades físicas e cl im atológicas fazem do Brasi l um dos pa íses de ma ior incidência
de descargas atmosféricas (ra ios).
Seg undo o Inst ituto Naciona l de Pesq uisas Espaciais (INPE), ocorrem cerca de
50 m ilhões de descargas atmosféricas por ano no Brasil. A cada 50 mortes provocadas
por descargas at mosféricas, uma acontece no Brasil.
A p ublicação da nova ed ição da NBR 5419, em maio de 20 15, trouxe novos co nceitos
pa ra aumentar a segurança de pessoas, estruturas e insta lações, incl usive com a necessi-
dade de instalação do SPDA. Va le destacar o capítu lo exclusivo q ue a norma trouxe sobre
ava liação de risco e a forma de seleção do nível de proteção.
Nesse contexto, o SPDA tem a fu nção básica de proteger as edificações, equipamen-
t os, inst alações elétricas e telecomunicações, reduzindo os danos impost os às estrut uras,
os impactos resu ltantes dos desligamentos, entre outros.
Cabe ressa ltar que as descargas atmosféricas são um fenômeno com p lexo, aleatório
e probabi lístico de d ifíci l interpretação, o que motiva pesquisa dores e engenheiros a
buscarem formas de melhora r os níveis de proteção dos circuitos e de instalações elétri-
cas, considerando as normas técnicas em vigência.
Alguns povos acred itavam q ue os deuses lançavam raios sobre a Terra como sinal
de reprovação ou de que haveria t empos prósperos para a lavoura. Outros povos asso-
ciavam os raios às batidas de um poderoso ma rte lo, cuj o efeito est rondoso originava
os trovões.
Antes de o Cristianismo ser introduzido nos países nórdicos, acred itava-se que o
deus Thor cruzava os céus em uma carruagem puxada por dois bodes. Quando ele ag i-
tava seu martelo, produziam-se ra ios e trovões. A palavra t rovão em norueguês (Torden)
quer dizer o "rugido de Thor".
Assim, a Mitologia Nórdica dizia q ue, quando chovia, é porque o deus Thor est ava
ag itando seu martelo. Quando a chuva caía do céu, as sementes germ inava m e as p lan-
tas cresciam nos campos. Os camponeses, porém, não entendiam porque as plantas
cresciam, mas sabiam que estava relacionado com as chuvas. Além disso, t odos acre-
ditavam que a chuva estava relacionada com Thor, que se tornou um dos deuses mais
importantes do norte da Europa.
Para Franklin, só foi possível comprova r sua teoria sobre os raios depois de realizar
uma experiência ext remamen te perigosa. Em 1° de outubro de 1752, ele fez uma pipa
voa r durante uma tempestade. Em seus escritos, ele apontou os envolvidos na demons-
t ração: foi descrito que o raio é formado por uma descarga elétrica que pode ocorrer
entre as nuvens e o solo, ou mesmo entre as nuvens.
Um raio pode ser classificado como uma descarga intensa e visível, que muitas vezes
forma um cla rão arroxeado, denominado relâmpago. O fenômeno pode vir acompanhado
de uma onda sonora, isto é, o trovão.
Após esse período, d iversos estudos apresentaram co nce itos sobre as descar-
gas nas nuvens. A maneira sim p lificada, porém clássica, de explicar a o rigem das
34 SPDA - Sistemas de Proteção contra Descargas Atmosféricas
Os raios são o rig inados a partir da formação das nuvens e estão associados às fases
do ciclo da água. Quando a água sobe para a at mosfera por meio da evaporação, na
condensação e na sua precipitação, ocorre um a t roca de cargas provocada pelo choque
entre as part ícu las de água.
Na formação das nuvens, as cargas negat ivas se concentram na parte inferior, en-
quant o as posit ivas vão para o t opo. O vento provoca a separação das partículas de po-
laridades opost as. Assim, é aceito q ue as corrent es ascendent es de ar são responsáveis
pelo t ransport e das part ícu las positivas, enquanto as pequenas gotas de ág ua sobem
para a parte superior da nuvem. Já as partícu las negat ivas são t ransportadas para a base
da nuvem por meio das g randes got as d 'água (UMAN, 1987).
A ltura
(km)
10
7
6
o + + + + + + + + + + + + + + + +
A d istribuição e a concentração das cargas geram o gradiente elét rico, que supera o
limite de isolação do ar. Isso resulta na circu lação de corrente elétrica na d ireção da nu-
vem pa ra solo ou em sentido contrário, por meio de percursos t ortuosos e ramificados.
A Figura 1.3 exibe as etapas de uma descarga atmosférica, demonst rando o sen-
t ido da sua evolução. A sequência apresenta o in ício e a progressão da descarga ini-
cia l (piloto).
++ + + + + + ++ +++ ++ +
+ + + + +
- + + + + +
± • ± ± • ± ± • ± ±± • ±± ±± 1 ±± ±± 1 ±±
Quando a descarga piloto atinge o solo, surge uma corrente de retorno excessiva-
m ente brilhante, que se propaga em direção à nuvem. Ela segue o mesmo percurso da
descarga piloto e descarrega para o solo as cargas existentes no canal ionizado e uma
parcela das ca rgas da nuvem .
Alguns pesq uisadores supõem que a descarga piloto, antes de at ingir o solo, inicia
um m ovimento ascendente de cargas de po laridade oposta. Isso é atribuído à elevada
intensidade do campo elétrico existente entre a ponta da descarga e o solo. Essas cargas
ascendentes podem se encontra r com a descarga pi loto em algum ponto acima do solo
e iniciar a corrente de ret orno.
A Figura 1.4 apresenta as et apas descritas anteriorm ente, destacando a descarga as-
cendent e, o início e a prog ressão da corrente de ret o rn o.
36 SPDA - Sistemas de Proteção contra Descargas Atmosféricas
Assim, são criados canais interligados ao percurso ainda ionizado pela primei ra des-
carga. Nesse instante, uma nova descarga ocorre entre a nuvem e o solo, e não apresenta
ramificações em seu percurso. Depois de atingir o solo, surge uma nova corrente de re-
torno, que se d irige de volta para a nuvem. Esse processo pode se repeti r diversas vezes,
mas somente pode ser percebido com o auxílio de equipamentos vis ua is sofist icados.
+ +
A Figura 1.6 apresenta o resultado em t empo real obtido com câmaras fixas, uti lizado
no registro da formação da descarga atmosférica. O processo de formação da descarg a
Aspectos Gecais ~ 37
Informações relativa m ente recentes foram fund am enta is para a elaboração de no-
vos modelos de descargas atm osféricas. Esses est udos consideram a velocidade de pro-
pagação da descarga, a corrente de crista, a ca rga e a inclinação da corre nte (di/dt). Esses
m odelos são classificados de acordo com o sentido do cana l de descarga adot ado.
É im portante lem b rar que não existe unanimidade quant o à melho r teoria para ex-
p lica r todas as etapas de formação da descarga atmosférica. Assim, é necessá rio que
haj a estudos m ais aprofundados para m elhorar o entend im ento do fenômeno, medidas
de proteção, equipam entos d isponíveis, m étodos de instalações e legislações vigentes.
T, t
Ao analisar o Gráfico 1.1, é possível observar que V2, ta m bém chamado de va lor de
crista, é o va lor máxim o de t ensão. Esse va lor é atingido no instante T2 e pode variar entre
1 e 1O µs. Ele recebe o nom e de frente de onda.
Após o instante T2, a tensão começa a ca ir, ating indo uma int ensidade de 50% de V2
em um interva lo de tempo T1, que varia de 20 a 50 µs. Esse intervalo entre T2 e T1 é deno-
m inado tempo de meia cauda. O valor da tensão continua ca indo e t orna-se quase nu la
ao fin al de T0, após um período que pode variar entre 100 e 200 µs. Ele recebe o nome
de tempo de cauda .
A onda de tensão ca racterística da descarga atmosférica foi norma lizada com 1,2
µs para o va lor de frente de o nda e 50 µs para o va lo r do t empo de meia cauda. Dessa
forma, a onda de tensão é denominada onda de 1,2 x 50 µs.
A onda de corrente da descarga atmosférica foi norma lizada com 8 µs pa ra o va lor
de frente de onda e 20 µs para o va lor do t empo de meia cauda. Assim, a onda de cor-
rente da desca rga atmosférica é conhecida como o nda 8 x 20 µs.
Outras grandezas que foram medidas e reg istradas são apresentadas na Tabela 1.1.
Por razões práticas, os critérios para projeto, instalação e manutenção das medidas
de proteção contemplam dois conjuntos separados:
a) as medidas de proteção para reduzir danos fís icos e riscos às vidas dentro de
uma est rutura;
b) medidas de proteção para reduzir falhas de sistemas elétricos e elet rôn icos dis-
postos no interior de uma estrutura.
Dessa forma, a primeira função do SPDA é neutralizar o poder de atração das pontas
e o cresciment o do gradiente de potencia l elétrico entre o solo e as nuvens. Sua fu nção
é rea lizar o permanente escoamento de ca rgas elétricas provenientes da descarga at-
mosférica para a terra. Outra função do sistema é oferecer, quando ocorrer um a descarga
elétrica, um cam inho adequado, de ba ixa impedância, para essa descarga. Isso red uz os
riscos decorrentes e associados.
Para faci litar o perfeito entendimento do tema, o SPDA pode ser dividido no sistema
de proteção das estruturas e proteção dos equipamentos existentes no interior dessas
estruturas.
Sistema de Pmteção coctca Descargas Atmosféricas ~ 43
c) Parte 3 - Danos Físicos às Est rut uras e Perigo à Vida (ABNT NBR 5419:3).
d) Parte 4 - Prot eção de Sist emas Elét ricos e Eletrônicos (ABNT NBR 5419:4).
Essa parte da norma ta m bém descreve os tipos de danos que podem ser ca usad os
pelas desca rgas at m osféricas, sendo:
b) D2 - danos físicos;
Cada um dos danos, isolados ou combinados, resu lta em d ifere ntes t ipos de perdas
(Lx) à estrutura, assim definidas:
A Tabela 2.1 apresenta cada uma das sit uações descrit as anteriorment e, visa ndo fa-
cil itar a compreensão do leitor.
. .. . .
... ... Fonte de dano •• .- ... • ....... - ..
Direto na estrut ura S1 D1 L1, L41
D2 L1, L2, L3 e L4
D3 L 12, L2, L4
Próximo à estrutura S2 D3 LF , L2, L4
Diretamente nas linhas elétricas e S3 D1 L1, L41
t ubulações metá licas conectadas à
D2 L1, L2, L3 e L4
estrutura
D3 LF, L2, L4
Próximo a linhas e létricas ou S4 D3 LF , L2, L4
tubul ações metá licas conectadas à
estrutura
1
Soment e para propriedades em que possa haver perd a de vidas animais.
2
Somente para estruturas com risco de explosão, hospitais ou outras estruturas nas quais falhas em sistemas inter-
nos colocam a vida humana diretamente em perigo.
Fonte: adaptado da norma NBR 5419.
A ava liação e o gerenciamento dos riscos podem ser realizados de acordo com
eq uações e parâmetros específi cos.1 Os riscos dependem, entre outras ca usas, do nú-
m ero anua l de descargas atmosféricas que incidem na est rutu ra o u em suas proximi-
dades, da probabil idade de dano decorrente das descargas atmosféricas, da quantida-
de m éd ia das perdas ca usadas etc.
Mais informações sobre avaliação e gerenciam ento de riscos podem ser encontradas no Cap ít ulo 4.
Sistema de Pmteção coctca Descargas Atmosféricas ~ 45
De acordo com a ABNT NBR 54 19- 1, devem ser considerados os riscos R1, R2 e R3 na
ava liação da necessidade da proteção contra as descargas atmosféricas. Os parâmetros
relevantes aos cálcu los serão abordados no Capítu lo 4 deste livro.
3.1 Introdução
Considerando que as descargas atmosféricas são fenômenos naturais impossíveis de
ser im pedidos, devem ser adotadas medidas de proteção para reduzir os danos causados à
população e às edificações. Contudo, não são todas as estruturas que necessitam de implan-
tação de um Sistema de Proteção contra Descargas At mosféricas (SPDA). A confirmação da
necessidade de instalação de SPDA resu lta da análise das variáveis envolvidas para cada caso.
Dessa forma, quat ro possíveis riscos devem ser considerados na tomada de decisão,
de acordo com a NBR 5419-2, a saber:
Portanto, esses riscos devem ser analisados com cuidado. O sistema SPDA deve ser
instalado em uma edificação, exceto quando o risco de problemas é menor do que o
valor tolerável. O valor de risco tolerável para cada tipo de perda pode ser observado na
Tabela 3.1.
Para ca da tipo de risco a ser considerado, devemos observar est a seq uência de
passos:
Se R::; Rr a p roteção co ntra descarga atmosférica não é necessária. Caso contrá rio, se
R > RT, devem ser adotadas medidas de p roteção com o objetivo de red uzir o risco total
para va lores inferiores ao risco tolerável a que a estrutura está submetida.
Caso o risco não possa ser reduzido ao nível tolerável, é fundamental providenciar o
mais alto nível de proteção para a instalação.
Cada um dos riscos é ca lcu lado por meio do somat ório de seus componentes. As
Equações 3.1 a 3.4 podem ser utilizadas:
(Equação 3.1)
(Equação 3.2)
(Equação 3.3)
(Equação 3.4)
1
Devem ser incluídos somente para as estrut uras submetidas ao risco de explosão ou ainda para as instalações
hospitalares ou outras estruturas onde a fa lha dos sistem as internos possa colocar de imediat o a vida humana em
perigo.
2
Som ente para os locais em que possa haver a perda de vidas an imais.
É possível observar por m eio das eq uações que os componentes de ri sco total izam
até o ito possibilidades. Eles são d ivididos nas q uat ro font es de danos S1, S2, S3 e S4,
conform e a Tabela 3.2.
50 SPDA - Sistemas de Proteção contra Descargas Atmosféricas
Com ponente
RA RB Rc Rm Ru RV Rw Rz
de risco
Risco para
cada tipo
de perda
R, X X X (a) X(a) X X X (a) X(a)
R2 X X X X X X
R3 X X
R4 X(b) X X X X(b) X X X
X(a): so mente para estruturas com risco de explosão, hospitais ou outras estruturas na qual a fa lha de sist emas
intern os possa colocar imediatamente a vida humana em perigo.
X(b): somente para propriedades em que possa haver pe rda de vidas animais.
Fonte: adaptada da norma NBR 5419.
Os compo nent es de risco descrit os na Tabe la 3.2 são expressos por meio da
Equação 3.5:
Rx= N X
X
PX X L
X
(Equação 3.5)
Em que:
O número Nxde eventos perigosos por ano pode assumir d ife rentes va lores devido à
densidade de descargas atmosféricas para a t erra (NG) e ainda pelas caract erísticas físicas
da estrutura q ue deve ser prot egida, sua vizinhança, li nhas conectadas e o solo.
R;scos e Componeotes de msco ~ 51
A probabi lidade de dano Px est á d iret amente re lacionada com as caracte ríst icas da
estrutura q ue deve ser protegida, das lin has conect adas e das medidas de proteção
existentes.
O va lor de N pode ser obtido por meio da mult iplicação da densidade de descargas
atm osféricas para a terra (NG) pela área equ ivalent e da estrutura, considerando os fatores
de ajuste para as caract erísticas físicas da est rutura.
O mapa isocerâunico apresenta o número de dias com trovões por ano no t erritório
sob análi se, para o qual se p ret ende proj et ar o SPDA. Dessa form a, é possíve l obter um
ín dice conhecido por índice ceráunico, essencial para ava liar a necessidade de implan-
tação de um SPDA.
O mapa de densidade de desca rgas atmosféricas foi gerado pelo ELAT/ INPE para
t odo o t erritório nacio nal, a partir dos pulsos luminosos captu rados do espaço pelo
Lightning lmaging Sensor (LI S), a bordo do satélit e tropica l Ra infa ll Measuring Mission
(TRMM) da Nasa, durante o período de 1998 a 20 11.
1 Disponível em: <http://w ww.in pe.br/ ABNT_NBR54l 9_Ng >. Acesso em: 21 out. 2019.
52 SPDA - Sistemas de Proteção contra Descargas Atmosféricas
•t:!~oa
• Recife
OCEANO
PACIFICO
C,CEANO
ATLÁNTICO
+
0,5 1 3 5 7 9 11 13 15 17 19
260 560 km
D Projeção Citlndrica
(Equação 3.6)
(Equação 3.7)
Em que:
(Equação 3.8)
Em que:
(Equação 3.9)
Em que:
(Equação 3.1 O)
Em que:
PM: probabilidade de a descarga próxima a est rutura causar falha nos sistemas internos;
(Equação 3.11)
Em que:
NL: número m édio anua l de eventos perigosos em linha conectada à estrutu ra;
Pu= probabilidade de a desca rga em uma linha ca usar ferimentos por choque elétrico;
(Equação 3.12)
Em que:
(Equação 3.13)
Em que:
Pw= probabilidade de descarga em uma linha ca usar fal ha nos sistemas internos;
(Equação 3.14)
56 f SPDA - s;,tema, de Prnteção wnt,a Desmga, Atmosfé ,;ca,
Em que:
N1: número médio anua l de eventos perigosos em uma lin ha conectada à estrutura;
P2 : probabilidade de descarga próxima a uma linha causar falha nos sistemas internos;
De maneira análoga, uma li nha pode ser dividida em seções (\) em função, por
exemplo, da linha enterrada ou aérea, blindada ou não blindada. Caso existam muitos
va lores de pa râmetros em uma única seção, deve ser assu mido aquele va lor que condu-
za ao maior va lor de risco.
(Equação 3.15)
Vale lembrar que PCi e PMi são parâm etros relevantes ao sist ema interno, em que
i = 1, 2, 3...
R;scos e Componeotes de msco ~ 57
É conveniente dest acar que o custo das medidas de proteção para uma única zona
pode ser mais oneroso, t endo em vista que cada medida deve ser estend ida para toda
a est rutura. Divid ir a estrutura em zona, porém, pode reduzir o cust o tota l da proteção
contra d escargas atmosféricas, visto que permite levar em consideração as ca ract erís-
t icas de cada parte da est rutura durante a avaliação dos componentes de risco. Dessa
forma, é possível selecionar medidas de proteção mais adequadas a cada uma das zonas
q ue constituem a estrutura.
60 f SPDA - s;,tema, de Prnteção wnt,a Desmga, Atmosfé,;ca,
Para rea lizar ta l análise, é necessário conhecer outros conceitos conforme será des-
crito a seguir.
Caso a estrutura ana li sada não seja retangular e ainda dotada de saliências, é neces-
sário que dois cálculos sejam feitos. O primeiro, por meio da Equação 4. 1, utiliza ndo H MíN
(a ltura m ínima da estrutura) e, o outro, considerando a Equ ação 4.2, ut ilizando HP, que
representa a altu ra de saliência. Diante dos dois va lores, escolhe-se o maior deles para
representar a área de exposição equiva lente.
Com a área de exposição equiva lente ca lcu lada e o fator de loca lização determina-
do, ca lcu la-se o número de eventos perigosos (ND) para a estrutura por:
(Equação 4.3)
Em que:
(Equação 4.4)
Em que:
O fator tipo de linha (CT) deve ser determinado a partir da Tabela 4.2, de acordo co m
as especificações da li nha em aná lise.
(Equação 4.5)
Em q ue:
W: larg ura;
(Equação 4.7)
Em q ue:
NL: nú mero de sobret ensões de amplit ude superior a 1 kV (1/ ano) na seção da linha;
Aéreo
Enterrado 0,5
Cabos e nt e rrados insta lados completame nte de ntro d e uma ma lha d e at e rrame nto 0,01
(ABNT N BR 5419-4:2015, 5.2)
Fonte: adaptado da norma NBR S419.
Rura l 1
Suburbano 0,5
Urba no O, 1
Urba no com edifícios cuja altura > 20 m 0,01
Fonte: adaptado da norma NBR S419.
64 f SPDA - s;,1ema, de Prnteção wnt,a Desmga, Atmosfé ,;ca,
(Equação 4.8)
Em que:
C1: fator de instalação de li nha, obtido a partir da Tabela 4.3, de acordo com o t ipo
de roteamento da linha, a qua l que teve seu fator t ipo de li nha (CT) determinado
na Tabela 4.2;
a) o nível de proteção contra desca rgas atm osféricas instalado ou p rojet ado;
(Equação 4.9)
Em que:
PTA:depende das medidas de prot eção adicionais adotadas cont ra tensões de toque
e passo, de acordo com a Tabela 4.5;
P8 : depende do nível de proteção contra desca rgas atmosféricas (NP) pa ra o qual foi
proj et ado o SPDA, obtido na Tabela 4.6.
Em que:
P5P0 : depende do nível de proteção contra descargas atmosféricas (NP) para o qual
os DPS foram projetados e do sistema coordenado de DPS, conforme a ABNT
NBR 5419-4. Os valores de PsPD podem ser obtidos com apoio da Tabela 4.7;
Va le dest acar que, nas situações em que um sistema coordenado de DPS, confo rme
os requ isitos da ABNT NBR 5149:4 não for instalado, o va lor de PM deverá ser igual ao va lor
de PMs·
O fator P5PD foi definido anteriormente, e tem seus va lores apresentados na Tabela 4.7.
O fator PMs é obtido considerando-se quatro fatores:
(Equação 4.12)
Em que:
K54: considera a tensão suportável de impu lso do sist ema a ser protegido.
Dentro de uma ZPR, K57 e K52, cujos va lores máximos são limitados a 1, pod em ser
ca lculados a parti r da larg ura da m alha wm. Os fatores K57 e K52 para SPDA ou blindagem
t ipo malha especial podem ser ava liados por meio de:
Equacionando Danos e Riscos 69
(Equação 4.13)
(Equação 4.14)
Para blindagens metálicas contínuas com espessu ras superiores a O,1 mm,
Ks, = Ks2 = 0,0001.
Os va lores pa ra Ks3 são dados a partir da Ta bela 4.9.
Cabo não b lindado - sem p reocupação no rotea mento n o sentido de evitar laços*
Cabo não b lindado - p reocupação no roteamento no sentido de evit ar g randes laços** 0,2
Cabo não b lindado - preocu pação no roteamento no sentido de evit ar laços* * * 0,0 1
Cabos b lindados e cabos insta lados em e letrodutos m et á licos**** 0,0001
* Condutores em laços com diferentes rotea mentos em grandes edifícios (área do laço da ordem de 50 m 2) .
** Cond utores em laços roteados em um mesmo eletroduto ou condutores em laço com diferentes roteamentos
em edifícios pequenos (área do laço da ordem de 1O m 2) .
*** Condutores em laço roteados em um mesmo cabo (área do laço da ordem de 0,5 m 2) .
**** Blindados e eletrodutos metálicos interligados a um barramento de equipotencialização em ambas as extre-
midades e equipamentos estão conectados no mesmo barramento equipotencialização.
Fonte: adaptado da norma NBR 5419.
De maneira idêntica aos três fatores anteriores, Ks4 também tem seu va lor máximo
limitado a 1 e pode ser ca lculado por meio de:
1
Ks4 = -- (Equação 4.15)
Uw
Em que:
Uw: tensão suportável nominal de impulso do sistema a ser protegido, expresso em kV.
70 f SPDA - s;,tema, de Prnteção wnt,a Desmga, Atmosfé,;ca,
(Equação 4.16)
Em que:
Pru= depende das med idas de proteção contra te nsões de toque, como rest rições
físicas ou avisos em fo rma de alerta, d ispost os de maneira visível. A Tabela 4.1O
apresenta os va lores de PTu;
Pes= depende das ligações equipotenciais para descargas at mosféricas (EB) confor-
me a ABNT NBR 5149-3:2015 e do nível de proteção (NP) pa ra o qual o DPS foi
proj etado. Va lo res de Prn constam da Tabela 4.11;
Vale destacar que, se for adotada mais de uma medida, o valor de Pru será o produto
dos va lores correspondentes.
Sem D PS 1
Ili - IV 0,05
li 0,02
0,01
Nota * 0,005 - 0,001
* Caso os DPS tenham melhores característ icas de proteção (correntes nominais maiores IN, níveis de proteção
menores Up etc.) comparadas com os requisitos definidos para NP I nos locais releva ntes da instalação os va lores
de PE8 podem ser reduzidos.
Fonte: adaptado da norma NBR 5419.
(Equação 4.17)
Todos os fatores utilizados nessa equação foram apresentados nas Tabelas 4.8, 4.11
e 4.12.
(Equação 4.18)
Assim, com base nas Tabelas 4.7, 4.8 e 4.12, é possível obt er os três va lores necessários
para se chegar ao resu ltado.
(Equação 4.19)
Em que:
Pu: probabil id ade de fa lha de sistema int erno devido a uma desca rga atmosféri-
ca próxima de uma linha conect ada em função das ca ra ct erísticas da linha e
dos eq uipamentos.
Equacionando Danos e Riscos 73
D1 LA= Lu = r1 x L, x n/ n1 x t/ 8760
D2 L8 = 1
L-y
= rp x r1 x hz x LF x nz/ nt x t z/8760
D3 Lc = LM= ~ = ½= L0 x n/ n1 x t/ 8760
Fonte: ada ptado da norma NBR5419.
Em que:
[.: número relativo m édio típico de vítimas com ferimento s p rovocados por cho-
q ue elétrico (01) devido a um evento perigoso (ver Tabela 5.2);
Pecdas Causadas poc Descacgas Atrnosfé,;cas ~ 77
LF: número relativo médio t ípico de vítimas acometidas de danos físicos (D2) em
razão de um um evento perigoso (ver Tabela 5.2);
rt: fator de redução da perda de vida humana dependendo do tipo de solo ou piso
(verTabela 5.3);
r p: fator de redução da perda devido a danos físicos em fun ção das providências t o-
macias para red uzir as consequências do incêndio (ver Tabela 5. 1);
rt: fator de redução da perda por conta de danos físicos, dependendo do risco de
incêndio o u do risco de explosão da estrutura (ver Tabela 5.5);
hz: fator de aumento da perda provocada por danos físicos, co nsiderando a presen-
ça de um perigo especial (ver Tabela 5.6);
D1
Todos os tipos 0,01
Ferimentos
Risco de explosão O, 1
Tabela 5.4 1 Fator de redu ção rPem função das providências tomadas
para reduzir as consequências de um incêndio
Providências rP
Inst alações fixas operada s aut omati camente, insta lações d e alarme automático 1 0,2
Extintores, instal ações fi x as operadas m anualmente, instalações de alarme manu ai s, 0,5
hidrantes, compartimentos a prova de fogo, rot as d e escape
Nenh u ma p rovidência 1,0
1
Vál ida somente se protegidas contra sobretensões e outros danos. Considera-se ainda que os bombeiros possam
chegar em menos de 1O minutos.
Fonte: adaptado da norma NBR 5419.
D2 L8 = Ly = rP x r1 x LFx n/ n1
D3 Lc = LM= ~ = L2 = L0 x n/ n1
Fonte: adaptado da norma NBR 5419.
Em que:
LF: número relativo m édio típico de usuários não servidos, resultante do dano físico
(D2) em função de um evento perigoso (ver Tabela 5.8);
L0 : número relativo m édio t ípico de usuários não servidos, result ante da fa lha de
sist em as internos (D3) em fun ção de um evento perigoso (ver Tabela 5.8);
r : fator de redução da perda devido a danos físicos em função das providências ado-
P
r1: fator de redução da perda em razão dos danos físicos atribuídos ao risco de in-
cêndio (ver Tabela 5.5);
D2
Danos f ísicos
Fonte: adaptado da norma NBR 5419.
Em que:
LF: número relativo médio típico de todos os valores atingidos pelos danos físicos
(D2) em função de um evento perigoso (ver Ta bela 5. 1O);
rp: fator de redução da perda devido a da nos físicos. Depende das providências
adotadas para red uzir as consequências do incê nd io (ver Tabela 5.4);
Pe,das Causadas po, Desca,gas Atrnosfé,;cas ~ 81
rf: fator de redução da perda devido a danos físicos em função do risco de incêndio
(verTabela 5.5);
D2
O,1 Museus, galerias
Danos físicos
Fonte: adaptado da norma NBR 5419.
D1 LA = rt x I
',
x e a/ e t
D1 LU = rt x I
',
x ea/et
D2 L8 = ~= rr x r1 x LFx (e. + c6 + cc + e) ! c1
D3 Lc = LM = lw = ½= Lo x cs / ct
Em que:
t..-: número relativo médio t ípico considerando os va lores afetados por choq ue elé-
trico (D l) em função de um evento perigoso (ver Tabela 5. 12);
LF: número relativo médio típico considerando os va lores afetados por danos físicos
(D2) em razão de um evento perigoso (verTabela 5.12);
L0 : nú mero relativo méd io típico dos valores afetados pela fa lha de sistemas inter-
nos (D3) devido a um evento perigoso (verTabela 5.1 2);
82 SPDA - Sistemas de Proteção contra Descargas Atmosféricas
rt: fator de redução da perda de animais em função do t ipo de solo ou piso (ver
Tabela 5.3);
rp: fator de redução da perda por conta de danos físicos associado às providências
adotadas para reduzir as consequências do incênd io (ver Ta bela 5.4);
r 1: fator de red ução da perda devido a danos físicos, considerando o risco de incên-
dio ou do risco de explosão da estrutu ra (ver Tabela 5.5);
e:
e
va lo r do cont eúdo da zona;
e:
s
va lo r dos sistemas internos, inclu indo suas atividades na zona;
li li
Ili Ili
IV IV
Fonte: norma NBR 5419:3 (Tabela 1).
A classe do SPDA deve ser selecionada de acordo com a avaliação de risco estabele-
cida por meio da ABNT NBR 5419-2:2015. Os parâmetros que dependem da escolha da
classe são:
• tamanho da ma lha;
Éconsiderada armadura eletricamente contínua quando pelo menos 50% das cone-
xões entre barras horizontais e verticais estejam firmemente conectadas ou un idas por
meio de solda, cintas, grampos, arame recozido, trespassadas com uma sobreposição
mínima de 20 vezes o seu diâmetro.
Os materiais condutores que integra m a estrutura e não podem ser modifi cados, a
exemplo de viga mentos metálicos e a ferragem estrutural do concret o armado, podem
ser utilizados como componentes naturais do SPDA, desde que atendam aos req uisit os
específicos.
Outros componentes metál icos que são pa rt icipam diretamente da estrut ura devem
ser incorporados em complemento ao SPDA.
Em que:
A: t o po do captor;
B: plano de referência;
Pmteção Extema coctca Desca,gas Atrnosfé,;cas ~ 87
a: ângulo que varia de acordo com a classe do SPDA e altura (H) em questão.
É possível obter os valores dos âng ulos a correspondentes a cada classe de SPDA,
como most rado no Gráfi co 6.1, e assim aplicá-los no Método de Fran klin.
80
70
60
50
C lasse d o
40 SPDA
30
20
10
o
o 2 10 20 30 40 50 60
Hm
Gráfico 6.1 1 Âng ulo de p rot eção d e acordo com a classe do SPDA.
Fonte: ada ptado da norm a NBR 5419.
Cada uma das classes de SPDA está representada pelas curvas do Gráfico 6.1. O eixo
horizontal corresponde à altura H do captor acima do plano de referência da área a ser
protegida. O eixo vertica l corresponde ao valor do ângu lo a, expresso em graus.
Vale destacar que para altu ras (H) maiores do que os valores finais de cada curva são
aplicáveis apenas os Métodos da Esfera Rolante ou o Método das Malhas.
pela est rutu ra em todas as possíveis direções, conforme mostra a Figura 6.2. O posicio-
na m ento do subsist ema de captação será considerado adequado q uando a est rut ura a
ser protegida não for tocada em nenhum ponto pela esfera fi ct ícia rolando ao redor e no
topo da est rutura, excetuando-se o subsistema de capt ação.
h > 60 m
O raio da esfera fi ctícia va ria em fun ção da classe do SPDA, conforme Tabela 6.2.
20
li 30
Ili 45
IV 60
Fonte: adaptado da norma NBR 5419.
O posicio nam ento do subsistema de capt ação lat eral, na parte superior de uma
estrutu ra, d eve at e nd er pe lo m e nos aos requ isitos para o n íve l de proteção IV.
É importante q ue sej a pensado levando em co nsideração loca lização dos elementos
Pmteção E,tema coctca Desca,gas Atrnosfé,;cas ~ 89
de capt ação em cant os, bordas e sa liências sign ificat ivas. Va le dest acar q ue pessoas
e equ ipamentos elétricos e eletrôn icos expost os nas pa redes ext ernas das est rut uras
podem ser ating idos e sofrer danos pelas desca rgas at mosféricas, mesmo com baixos
valo res d e p ico de corrente.
Tabela 6.3 1 Valores do Método das Malhas de acordo com a classe do SPDA
De acordo com a norma NBR 54 19-3:2015, algu ns requisitos devem ser cumpridos:
b) Garantir que os componentes metál icos que não possam oferecer a cond ição de
elemento captor fi quem fora do volume protegido pela ma lha do subsistema
de captação.
a) elementos metá licos externos que atendam aos va lores mínimos, como most ra
a Tabela 6.4;
b) condutores externos de descida loca lizados nas aresta s verticais da estrutu ra,
quando não houver cond utores metálicos naturais externos.
Tabela 6.4 1 Espessu ra m ínima de c hapas metá licas o u t ubulações met álicas em sist em a de capt ação
.-
Chumbo 2,0
A ço (inoxidável, 4 0,5
ga lvanizado a quente)
1a IV Titânio 4 0,5
Cobre 5 0,5
A lumín io 7 0,65
Zinco 0,7
1
t previne perfuração, pontos quentes o u ignição.
2
t ' somente para chapas metálicas, se não for importante prevenir perfuração, pontos quentes ou problemas com
a ignição.
Fonte: norma NBR 5419-3 (Tabela 3).
Pmteção E,tema coctca Desca,gas Atrnosfé,;cas ~ 91
b) não estejam localizadas abaixo de qua lquer componente metá lico que possa
derreter, caso seja atingido por desca rga atmosférica.
6. 7 .3 Componentes Naturais
Os seguintes mat eriais são co nsiderados captores naturais e integra ntes do SPDA:
d) as tubulações met álicas e os tanques na cobert ura, que tenham os va lores espe-
cificados pela Tabela 6.4;
6. 7 .4 Subsistema de Descida
O subsistema de descida possui a final idade de escoar a corrente gerada pela des-
carga atmosférica pa ra o solo. Isso é feito por meio de diversos cam inhos paralelos, com
o menor comprimento possível para a corrente elétrica e, ainda, garant indo a equipo-
tencia lização das partes condutoras. O espaçamento entre os condut ores de descida e
entre os anéis condutores horizontais é apresentado na Tabela 6.5.
Nos co ndutores de descida co nstruídos em SPDA convencio nal, para melhor d istri-
buição das corre ntes de descarga atmosféricas, devem ser consideradas interligações
horizontais entre os co ndutores de descida em interva los ent re 1O m e 20 m de alt ura,
sem dispensar a interligação ao nível do solo.
Pmteção E,tema coctca Desca,gas Atrnosfé,;cas ~ 93
6. 7 .5 Posicionamento
O posicionament o das descidas depende do tipo de SPDA: SPDA externo isolado ou
SPDA ext erno não isolado.
O SPDA externo isolado da estrut ura a ser protegida é aquele que d ispõe dos subsis-
t emas de captação e descida posicionados de tal forma que o cam inho da corrente da
descarga atm osférica não fi que em contato com a estrutura a ser prot egida.
No caso do SPDA externo não iso lado da estrutura a ser protegida, o cam inho da
corrente da desca rga atmosférica proveniente dos subsistemas de captação e descida
está em contat o com a est rut ura a ser prot egida.
Tipos de
Número de condutores de descida (n) Arranjo de aterramente
captores
em anel
Hast e simples 1
Fio 2 0,5 ... 11
Ma lha 4 e ma is 0,25 ... 0,52
Ma lha 4 e ma is, conect adas por 1/ n ... 0,53
condut o res ho rizont ais em anel
1
Faixa de va lores de Kc = 0,5 em que c < h a Kc = 1 com h < e.
2
A equação para Kc, de acordo com a Figura 6.4, é uma aproximação para estruturas em forma de cubo e n ;::: 4. Os
va lores de h, cs e cd são fixados na faixa de 5 m a 20 m.
3
Se os co ndutores de descida são conectados por condutores em anel, a distribuição de corrente é mais homo-
gênea nas partes mais baixas do sistema de descidas e Kc é ainda mais reduzido. Isso é especialmente vá lido para
estrut uras altas.
Fonte: norma NBR5419-3 (Tabela C.1).
í h
Kc = h + c (Equação 6.1)
2h + c
2n
i
Kc = - 1 + 0, l+0,2x3 -
h
(Equação 6.2)
Em que:
6. 9 Construção
Os condutores de descida devem ser instalados de maneira que ten ham o caminho
mais curt o e direto para a terra, constitu indo a continuação dos condutores do sistema
de captação e evitando a formação de laços. Porém, nos casos em que isso não for pos-
sível, deve ser calculada a distância de segurança "s'; que é ilustrada pela Fig ura 6.5.
(Equação 6.3)
(Equação 6.4)
U)
Em que:
respectiva mente.
0,08
li 0,06
Ili e IV 0,04
Fonte: norma NBR 541 9-3 (Tabela 10).
Ar 1
Concreto, tijolos 0,5
Nota 1: no caso de vá rios materiais isolantes em série, é uma boa prática usar o menor
va lor de Km.
Nota 2: a utilização de outros materiais isolantes está sob consideração.
Fonte: norma NBR 5419-3 (Tabela 11 ).
Caso a parede seja construída com material comb ust íve l, os condut ores de descida
podem ser inst alados na superfície desde q ue, com a passagem da co rrente de even-
tual descarga atm osférica, o aument o da temperatura não gere perigo para o mat erial
da pared e.
98 f SPDA - s;,tema, de Prnteção wnt,a Desmga, Atmosfé,;ca,
Se não for possível garantir a distância entre o condutor de descida e o material com-
bustível, a seção transversal m ínima do conduto r de aço galvan izado deve ser de 100 mm 2.
d) vigamento de aço interconect ado da estrut ura, desde que as d imensões aten-
dam aos requ isitos dos condutores para descidas. As espessu ras para folhas e
tubulações m et álicas não devem ser inferiores a t ' (Tabela 6.4).
Nas conexões de ensaio, o elemento de conexão deve ser aberto apenas com o uso
de ferramenta. Na condição normal, deve permanecer fechado e sem contat o com o solo.
Quando não for possível aproveitar as armadu ras das fundações, deve-se utilizar:
a) um condutor em anel na parte externa da estrutu ra a ser proteg ida. Oitenta por
cento do compriment o total do cond utor deve estar em contat o com o solo;
100
90
80 Classe 1
~V
70 V
,,,,"
V
60
V
./,
E 50
-
~V ~V Classe li
1/ .........
40 ,,,,,
30 V
- .........
~v
20
10 _,,,
1/
V
~V
./,
- -1/
......
~v
......
_..v
Classe Ili-IV
o
o 500 1.000 1.500 2.000 2.500 3.000
p nm
Gráfico 6.2 1 Comprimento mínimo 11 do eletrodo de aterramento de acordo com a classe do SPDA.
Fonte: norma NBR 5419-3:201 5 (Figura 3).
100 f SPDA - s;,tema, de Prnteção wnt,a Desmga, Atmosfé,;ca,
Se o valor requerido de 11 for maior do que o valo r conveniente de re, deve-se in-
cluir eletrodos adicionais o m ais próximo possível dos pontos em q ue os condutores de
descida estão conect ados. Os eletrodos podem ser adicio nados no sent ido horizont al
ou vertical (ou inclinados), de acordo co m as eq uações:
O eletrodo de aterram ento em anel deve estar ent errado na profund idade m ínima
de 0,5 m e posicio nado, aproximadament e, a 1 m de d istância ao redor das paredes
externas da estrutura.
6.12.1 Componentes
Os compo nentes do SPDA devem ser fa bricados com materiais q ue suportem os efei-
tos causados por correntes de desca rgas atm osféricas sobre a estrutu ra. Também deve
ser compost o com materiais que resistam aos esforços acidentais previsíveis, afastando a
Proteção Externa contra Descargas Atmosféricas 101
possibilidade de ocorrer danos, conforme a Tabela 6.1O. É adm itido o uso de outros mate-
ria is, desde q ue apresentem características de comportamento mecânico, elétrico e quími-
co equivalentes. O comporta m ent o q uímico está relacionado com a corro são.
Utilização Corrosão
Podem ser
Material No No destruídos
Ao
Na terra concreto concreto Resistência Aumentado por aco-
ar livre
ou reboco armado por piamente
galvânico
Compostos
sulfurados
M aciço Maciço Maciço
Cobre
...... Encordoado Encordoado Não
permitido
Boa
em muitos
Materiais
orgân icos
ambient es
Como Como Como
Alt os
cobertura cobertura cob ertura
conteúdos de
cloretos
Aceitável no ar,
Aço M aciço Maciço Maciço M aciço Alt os
em concreto
galvanizado
a quente ...... Encordoado Encordoado Encordoado
e em solos
salubres
conteúdos de
cloretos
Cobre
Bom em
atmosferas
Maciço contendo
Não Não Não Soluções
Alumínio
...... p ermitido permitido permit ido
baixas
concentrações
de sulfurados
alcalinas
Cobre
e cloretos
Nota 1: esta tabela constitui um guia geral. Em circunstâncias especiais, considerações de imunização de corrosão
mais cuidadosas são requeridas.
Nota 2: condutores encordoados são mais vulneráveis à corrosão do que condutores sólidos. Condutores encor-
doados são também vulneráveis quando entram e saem nas posições concreto/ terra.
Nota 3: aço galvanizado a quente pode ser oxidado em solo argiloso, úmido ou com solo salgado.
Fonte: norma NBR S4 l 9-3 (Tabela S).
102 f SPDA - s;,tema, de Prnteção wnt,a Desmga, Atmosfé,;ca,
6.12.2 Fixação
Os capt ores e os condut ores de descida devem ser inst alados de maneira que não
sofram danos decorrentes de força eletrodinâmica ou mecânica, que resulte na quebra
ou no afrouxamento de condutores. A fixação dos condutores do SPDA deve ser rea liza-
da obedecendo as seguintes dist âncias máximas:
Va le destacar que não é perm itida a emenda em cabos de descida, exceto para os
conectores de ensaio, o qual é obrigatório e deve ser instalado próximo ao solo. A altu ra
recomendada é de 1,5 ma partir do solo.
As conexões ao longo dos condutores devem ser realizada s com o uso de solda
elétrica ou exotérmica, de modo a tota lizar o menor número possível. Devem ser obser-
vados os requisitos de ensaio de continuidade (ver Apênd ice A).
Tabela 6.11 1 Material, configuração e área de seção mínima dos condutores de captação,
hastes captoras e condutores de descida
Área da seção
Material Configuração Comentários
mínima (mm 2 )
Arredondado maciço
200 D iâmetro 16 mm
(mi nicapacitores)
Arredondado maciço
200 D iâmetro 16 mm
(minicapacitores)
Diâmetro de
Encordoado 50 mm 2 cada fio da
cordoa lha 3 mm
Arredondado
50 mm 2 D iâmetro 8 mm
m aciço
Cobre
Fita maciça 50 mm 2 Espessura 2 mm
Arredo ndado
15 mm
m aciço
Espessura da
Tubo 20mm
parede 2 mm
Arredondado
16 mm Diâmetro 1O mm
m aciço
Aço Espessura da
galvanizado Tubo 25mm
parede 2 mm
a quente
Fit a maciça 90 mm 2 Espessura 3 mm
Encordoado 70 mm 2
Diâmetro de
Arredondado ca da fio da
12,7 m m 70 mm 2
maciço cordoal ha
3,45 mm
Aço cobreado
Diâmetro de
cada fio da
Encordoado 12,7 m m 70 mm 2
cordoal ha
3,45 m m
Arredondado Espessura
15 mm Diâm etro 1O mm
maciço mínima 2 mm
Aço inoxidável
Espessura
Fita maciça 15 mm 100 m m 2
mínima 2 mm
Fonte: norma NBR 5419-3 (Tabela 7).
106 f SPDA - s;,tema, de Prnteção wnt,a Desmga, Atmosfé,;ca,
Para que a eq uipotencia lização seja obtida, é necessário que o SPDA esteja inter-
ligado com sistemas internos, partes condutivas externas e linhas elétricas conect a-
das à estrutu ra ou instalações met álicas. Essa interligação pode ser d ireta o u indiret a.
Veja a seg uir:
b) Interligação indireta: são utilizados DPS, quando a conexão por meio de con-
dutores não pode ser realizada; ou são indicados os cente lhadores, q uando a
conexão direta não é perm it ida.
Para o SPDA externo iso lado, a imp lementação deve ocorrer ape nas no nível
do solo. Já pa ra um SPDA ext erno não isolado, a equipotencialização deve ser rea lizada
na base da estrutura, p róximo do nível do solo ou onde os req uisit os de isolação não são
atendidos.
Para as estruturas com ext ensão vertical ou horizonta l superiores a 20 m, devem ser
instalados barramentos de equipotencial ização local (BEL), na quantidade necessária,
desde que exista entre eles um a ligação intencional incl uindo o BEP.
As d im ensões m ínimas dos cond uto res utiliza dos são most radas nas Ta belas 7.1
e 7.2.
Sistema Interno de Proteção contra Descargas Atmosféricas 107
Tabela 7.1 1 Dimensões mínimas dos cond utores que interligam diferentes barramentos de
equipotencialização (BEP ou BEL) ou que ligam essas barras ao sistema de aterramento
Cobre 16
Alumínio 25
Não enterrado
Aço galvanizado 50
a fogo
1a IV
Cobre 50
Alumínio Não aplicável
Enterrado
Aço galvanizado 80
a fogo
Fonte: adaptado da norma NBR5419.
Tabela 7.2 1 Dimensões mínimas dos condutores que ligam as instalações metálicas
internas aos barramentos de equ ipotencialização (BEP o u BEL)
Cobre 6
1a IV Alumínio 10
Aço galvanizado a fogo 16
Fonte: adaptado da norma NBR 5419.
Os segmentos de tubu lações metálicas que dispõem de peças isola ntes int ercaladas
em seus fl anges devem ser interligados direta ou indiretamente, dependendo das co n-
d ições da instalação, por meio de condutores ou DPS específico, respectivamente.
1.1mp ~ Ke x i (Equação7.1)
Em que:
Quando os condut ores vivos dos sistemas internos não são blindados ou não estão
aloj ados no interior de eletrodutos metálicos, devem ser equipotencializados ao BEP por
meio do DPS. Dessa forma, os co ndut ores PE e PEN de um sistema de aterramento TN
devem ser ligados diretamente ao BEP.1
1 Mais informações sobre sistemas de aterramento TN e condutores PE e PEN podem ser obtidas no Capí-
tu lo 13 deste livro.
s;stema lotemo de Pmteção coctca Desca,gas Atmosfé,;cas ~ 109
(Equação 7.2)
Em que:
Scmin: área da seção reta da blindagem (dada em mm 2) necessária para evitar cente-
lhamento perigoso;
Em que:
a) a resistiv idade da camada superficia l do solo deve ser maior ou igual a 100 küm,
considerando uma distância de até 3 m dos condutores de descida;
Caso nenhuma dessas cond ições seja atendida, medidas de proteção devem ser
adotadas com o objetivo de evitar danos causados pela tensão de t oque. Essas medi-
das de proteção podem ser obtidas por meio da instalação de barreiras ou sinalização
de alerta para minim izar a probabilidade de toque nos condutores de descida. Outra
medida de proteção pode ser feita com a isolação dos condutores de descida expostos
em materiais que suportem a tensão de ensaio de 100 kV, resultante de uma camada de
poliet ileno reticu lado com espessura de 3 mm.
Quando aplicável, os DPS devem ser posicionados externa mente ao local que abriga
o materia l explosivo. Nos locais em que há material explosivo ou ainda a presença de pó
explosivo, os DPS devem ser inst alados dentro de invólucro a prova de exp losão.
116 f SPDA - s;,tema, de Prnteção wnt,a Desmga, Atmosfé ,;ca,
As medidas básicas de proteção cont ra LEMP podem ser resu midas em: aterramento
e equipotencialização, bl indagem magnética e roteamento das linhas, coordenação de
Dispositivo de Prot eção contra Surtos (DPS) e interfaces isolantes.
a) em MPS que consideram m ais de uma zona interna (ZPR 1, ZPR 2 e zo nas adicio-
nais), os DPS devem ser localizados no ponto em q ue a linha entra em cada ZPR;
b) em MPS q ue consideram apenas a ZPR 1, deve ser inst alado um DPS no ponto em
que a li nha entra em ZPR 1;
s;stemas Elét,;cos e Elet,õn;cos lotemos na Es""'"" ~ 117
c) nos dois casos, DPS adicionais podem ser req ueridos quando a d istância entre a
localização do DPS e o equipamento a ser protegido é longa.
Os requisit os para ensaio dos DPS destinados a sistem as de energia devem at ender
às normas ABNT NBR IEC 61643- 1, 61643-12 e ABNR NBR 54 10:2004 e, para sistemas de
sina l, devem atender às normas IEC 61643-2 1 e IEC 61643-22.
De acordo com a posição na insta lação, os DPS podem ser utilizados da seguinte
forma:
b) Considerando a proxim idade do d isposit ivo a ser proteg ido (na periferia de
ZPR 2 e superior, por exemplo, no quadro de distribuição secundário o u em
uma t o m ada):
No caso de estrutura s existent es, nem sem p re é possível seguir as MPS. Dessa for-
m a, são d escritos a seg uir os prin cipais aspect os que d evem ser co nsiderados nos
casos em que as medidas d e proteção não são obrig atórias, porém podem aumentar
o resultado da proteção.
Nas estrut uras exist entes, deve ser desenvolvido um proj et o visando det erminar o
aterram ento, as zonas de proteção, a blindagem e o roteam ento de linhas. Para facilitar
a análise de risco e a seleção das m edidas de proteção mais adequadas, as Ta belas 9.1 a
9.4 apresentam os dados necessá rios da estrutura exist ente e suas inst alações:
118 SPDA - Sistemas de Proteção contra Descargas Atmosféricas
1 Alvenaria, tijolos, madeira, concreto a rmado, est rut uras de aço, fac hada de meta l?
2 Uma estrutura única ou blocos interligad os com juntas de dilatação?
3 Estrutu ras baixas e p la nas ou a ltas? (dimensões d a estrutura)
4 Armaduras de aço interligadas e com continuidade elétrica em toda a est rutura?
5 Tipo e característica do telhado metál ico?
6 Fachadas metálicas equipotencia lizadas?
7 Armações metá licas d as janelas equipotencializadas?
8 Di mensões das janelas?
9 Estrut ura protegida com um SPDA externo?
10 Tipo e característica desse SPDA?
11 Materia l do solo (rocha, solo)?
12 Altura, d istância e aterramento das est ruturas adjacentes?
Fonte: adaptado da norma NBR 5419.
Características das interligações dos siste mas inte rnos (cabos mu ltivias bl indad os ou
não bl indados, cab os coaxia is, s iste mas a na lóg icos ou digita is, ba la nceados o u não
ba lanceados, conduto res d e fibra ótica) 1
2 Suportabilidade dos sistemas eletrônicos especificados 1•2
1
Para informações deta lhadas, ver ABNT 5419-2.
2
Para informações deta lhadas, ver ITU-T K.21, IEC 61000-4-9 e IEC 61 000-4-1O.
Fonte: adaptado da norma NBR 5419.
s;stemas Elét,;cos e Elet,õn;cos lotemos na Es""'"" ~ 119
Tabela 9.4 1 Outras questões a serem consideradas para a concepção do proj eto
Constit ui a base das M PS uma blindagem interna e uma interligação para equipot en-
cialização. Éconveniente que a largura máxima da malha, em qualquer direção, seja de 5 m.
Com o obj et ivo de evitar interferências, principa lmente nas insta lações dotadas do
esquema de aterramento TN-C, é conven iente a separação adequada ent re as in sta la-
ções novas e as existentes por meio de:
a) transformadores de isolação;
(V)
-
n.::::-..::7
-
n.::::-..::7
E)
- - -
®
c:c::c:
-o () () 10 10
N
o
~ ~
o ~ ~
10 110
10 1
8 10
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1
LL [ ]LLI ]LLI l ~
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O'.'. V) f- a... 1
1
111
Em q ue:
4: BEP;
5: DPS classe 1 o u 2;
8: DPS classe 2;
9: DPS classe 2 o u 3;
a) ZPR OA: zona na qua l a ameaça ocorre em fun ção da queda direta e ao campo
eletromagnético da descarga atmosférica. Os sistemas internos podem estar su-
jeit os a corrente total ou parcial gerada pela descarga atmosférica.
b) ZPR 0 8 : zona protegida contra queda d ireta, mas onde o cam po elet romag né-
t ico total da descarga atmosférica é uma ameaça. Os sistemas internos podem
estar suj eitos à corrente parcial da desca rga atmosférica.
c) ZPR1: zona na qua l a corrente de surto é lim itada por uma divisão da co r-
rente da descarga atmosférica e pela aplicação de interfaces isolantes e/ ou
DPS na fronteira. Uma blindagem espacial pode atenuar ainda mais o campo
eletromagnético da descarga atmosférica.
s;stemas Elét,;cos e Elet,õn;cos lotemos na Es""'"" ~ 123
d) ZPR2: zona na qual a corrente de su rto pode ser ainda mais limitada por uma d i-
visão da corrente da descarga atm osférica e pela aplicação de interfaces isolant es
e/ou DPS adicionais na fronteira. Uma blindagem espacial adicional pode ser usa-
da para atenuar ainda mais o campo eletromagnético da descarga atmosférica.
O sistema externo é co nstituído do subsist ema de captação, cuj a fina lidade é rece-
ber o impacto da descarga atmosférica, transferindo-a para o subsistema de descida.
Assim, a descarga é conduzida e escoada pa ra a terra, de maneira segura, e do sistema
de aterram ento, responsável por dispersar a corrente na t erra.
S1
------
S3
2 /
/
--------- ' '
//
/
' \
5 CD s I \
/ 3 \
1
1
1
1 S2
S4 \ ZPR 1 I
\ I
\ /
/
'' /
', ___ /
_.,,, /
S1
ZPR ºA
2
/
,.. ----- ......
--.. /
/
,.. ----- S3
/
/
''\ DPS /
I I
/ \ /
I \ 1 DPS
1 3 ZPR 1
1 1
\/ \/-
S2 1 1
S4
1 I
\ /
\ I
ZPR 08
- ,,- /
10.1 Introdução
O Sistema de Proteção contra Descargas Atmosféricas (SPDA) const itui uma condi-
ção obrigatória nas instalações e nas edificações como medidas preventivas. O obj etivo
é a proteção de pessoas, anima is e const ruções, como abordado anterio rmente.
[...]
[...]
SPDA. Também são apresentados os itens relacionados à NR- 1O, em que a responsa-
bilidade de inspecionar e manter atualizada a docum entação referente ao SPDA é do
proprietário, locador o u administrador da edificação; quando da locação da ed ificação,
esse item deve fazer parte do contrato de locação.
Atesto, nest a dat a, que o sistema elétrico da edificação (incluindo o SPDA) foi inspecionado
e verificado conforme as prescrições da NBR 541 O (capít ulo"Verificação fina l"), da NBR 5419 e
NBR 10898 (t ensão máxima no circu ito) e encont ra-se em conformidade, estando o proprie-
tário, e/ou responsável pelo uso, ciente das responsabilidades constantes do item 2 da IT41.
Além das normas t écnicas da ABNT e de segurança do M inistério do Traba lho, es-
tados e municípios defin em regras pró prias pa ra proj et o, inst alação e man utenção do
SPDA nos volumes protegidos, a exemplo da Lei nº 13.214, d e 22 de dezem bro de 20 15.
De acordo com a lei, são considerados locais abertos os parques, as praças públicas,
os pátios de estacionamento, os cl ubes de campo, as áreas para práticas esportivas, os
cemit érios e similares.
Ai nda de acordo com o t exto legal, nesses locais devem ser construídos, em con-
form idade com as Normas Técnicas, abrigos identificados, protegidos e devidamente
sina lizados. Cabe ao responsável pelo loca l a forma de divulgação dos procedimentos
q ue devem ser seguidos em caso de alerta.
A lei est abelece prazos para a real ização de manutenção do sistema, bem como a
aplicação de m ult a se const atado o descumpriment o da lei.
De acordo com o artigo 186 do Código Civi l, empresas, escolas, hotéis, parques de
d iversão, clubes, condomín ios e residências e seus prepostos são responsáveis pela re-
paração do acidente ocorrido e podem responder criminalmente, caso seja comprovada
cu lpa por imperícia, imprudência ou negligência, conforme apresenta o artigo 932 do
Cód igo Civil.
[...]
Aq uele que por ação ou omissão voluntária, neg ligência, im prudência ou imperícia, ca usar
dano a outra pessoa, obriga-se a indenizar o prejuízo.
132 f SPDA - s;,1ema, de Prnteção wnt,a Desmga, Atmosfé,;ca,
Portanto, a pessoa jurídica na figura de seu represen t ante legal pode responder cri-
m inalmente. Exemplo:
a) o SPDA estej a de acordo com o projet o (rea lizado com base na Norma);
c) garant ir que reformas ou novas const ruções que possam alt erar as condições
estabelecidas em projeto, novas tubulações metálicas, linhas de energia e sinal
q ue adentrem a estrutura, estejam incorporados ao SPDA interno e externo con-
forme as orientações da Norma.
d) semestralmente, por meio de inspeção visual, que deve apontar os pontos de-
t eriorados do sist ema;
1 Durante a execução de obra s de engenharia pode ocorrer a mo dificação do projeto executivo inicial.
Dessa form a, é necessário o registro completo d as alterações ou acréscimos realizados. A atividade de
"como construído" ("as built ") é definida por m eio d as três partes da NBR 14645:200 1.
134 SPDA - Sistemas de Proteção contra Descargas Atmosféricas
a) contro lar a ten são à terra dentro de limites previsíveis, limitando o esforço de ten-
são na isolação dos condutores e diminuindo as interferências eletromagnéticas;
d) proteger o usuário de descargas atmosféricas, pois viabi liza um caminho alt er-
nativo para a terra.
a) Aterramento: ligação intencional de parte elet ricamente co ndut iva à terra, por
m eio de um sist em a de aterramento.
1 Essa no rm a est abelece os requisitos para medição de resist ividade e determinação da estratificaçã o do
so lo. Além disso, fornece subsídios para aplicaçã o em projetos de aterramentos elétricos.
Resisti,idade e Est<atificação do Solo ~ 137
a) compactação;
b) composição química;
d) pressão;
Resisti,idade e Est<atificação do Solo ~ 139
f) temperatura;
g) teor de umidade;
h) t ipo de solo.
A resist ividade do solo rep resenta o valor médio obtido por meio de medições rea-
lizadas com equipamentos e metodologias adequados. O aterramento elétrico é consi-
derado adequado quando se obtém o menor va lor possível de resistência.
O solo pode ser composto por vá rios t ipos diferentes de solo, que apresentam resis-
tividades diferentes.
com o a necessidade de t rat amento q uím ico do solo. Além disso, fornece informações
im port ant es para determina r os potenciais de passo e de t oque.
O va lor da resist ividade do solo varia em função de tipo, profundidade das ca m adas,
nível de um idade, idade de formação geológica, temperatura, salinidade, assim como
outros fatores ext ernos, como contaminação e compactação.
Esse va lor é determinado por meio de m edições que visa m obter a est ratificação do
solo em camadas horizontais, de diferentes resist ividades e espessuras defin idas. Dessa
forma, há a necessidade de utilizar meios e m ét odos que não necessitem de prospec-
ções geológ icas, o que, certam ente, inviabil izaria os estudos pa ra implantação desiste-
mas de aterram ento.
c) arranjo de Wenner;
e
1
l'
~
a P
,A P
, a
l ◄--------,►~l◄-----~•~l◄-----~•I
j~ 2
=¾ J. Pooto
centra l
t lb J.=
Figura 11.1 1 Montagem do arranjo de Wenner: (a) espaçamento; (b) profundidade de medida.
Fo nte: ada ptado d a no rma NBR 7117:2012.
A medição consiste em injetar corrente elétrica no solo, utiliza ndo a fonte do equi-
pamento que está interl igada aos termina is Cl e C2. Os termina is Pl e P2 são utilizados
142 SPDA - Sistemas de Proteção contra Descargas Atmosféricas
para med ir os va lores de pot encial exist entes no solo. Com base nesses valores, o d isplay
do equipam ento indicará o va lo r corresponde de resistividade do solo naquele ponto.
O terrômetro deve possuir 4 bornes denominados (E), (ES), (S) e (H).Os bornes exter-
nos (E) e (H) geram um a corrente por meio do solo medida pelo circuito de corrente do
inst rumento, enquant o os bornes internos (ES) e (S) medem a tensão produzida no so lo.
Para rea lizar uma medição de resistividade do solo, os bornes (E) e (ES) não podem
estar conectados entre si.
A tensão registrada ent re (S) e (ES) d ividida pela corrente gerada por (H) e (E) resulta
na resistência medida.
H
~ S ES E
R,
R1
A medição correta da resist ividade do solo ainda cons idera o afast amento entre
estaca s para cada direção do t erreno (longitud ina l e transversa l). É recomendad o
que, para cada d ireção, o afasta m ento "a" entre estacas observe os seguint es valo res:
1, 2, 4, 6, 8, 16 e 32 m, em que a leitu ra dos diversos valores de resistência é fe ita em
ohms. É possível ca lcular os valores de resist iv idade em oh ms x m etro d e aco rdo
com a Equ ação 11.1:
p = 2 rc a R [n • m] (Equação 11.1)
A loca lização dos pontos e das direções das m ed ições dependem da geometria da
área e das ca ract erísticas loca is. A NBR 711 7:2012 recom enda que o procedim ento de
medição seja rea lizado com base em espaça mentos e direções padro nizados, sendo q ue
o m aio r espaçam ent o deve abranger, no m ínimo, a diagonal do t erreno.
Tabela 11.1 Número mínimo de linhas de med ição por fa ixa de área
a)
·~ b)
·~ ..
A= B B p.. e
-
,, ,,
e) d)
A E
B B A D
e e
e)
F
e A=B E
D
2
Para med ições em áreas acima de 20 mi l m , recomenda-se d ividir o terreno rema-
2
nescente em áreas de até 1O mil m , acrescent ando-se linhas de medição equiva lentes
2
às descritas na Tabela 11.1 . Assim, para uma área de 25 m il m , executa-se (6 + 4) = 1O
linhas de medição.
Após a medição, os dados devem ser reunidos em tabelas para ava lia r quais devem
ser considerados ou desprezados. Essa ava liação deve ser real izada da segu inte forma:
a) ca lcu lar a média aritmét ica dos valores de resistividade ca lcu lados pa ra cada es-
paçamento;
b) com base nessas médias, calcular a diferença entre cada valor de resistividade e
a média de seu espaçamento;
c) desprezar todos os va lores de resist ividade que tenham desvio superior a 50%
em relação à média. Todos os va lores com desvio abaixo de 50% serão aceitos;
e) com os dados já analisados, ca lcu la-se novamente a média aritmética das resis-
tividades remanescentes;
f) com as resistividades médias para cada espaça m ento, tem-se os va lores defini-
tivos para traçar a cu rva p x a, necessária ao proced imento das aplicações dos
métodos de estratifi cação do solo.
Em que:
a: d istância em metros.
10 595,00 560,00 535,00 474,00 541 ,00 9,98% 3,51% 1, 11% 12,38%
32 211 ,00 241,00 280,00 108,00 21 0,00 0,48% 14,76% 33,33% 48,57%
~
Resisti,idade e Est<atificação do Solo ~ 147
►► 1.200,00
1.000,00
Ê 800,00
X
e:
Q) 600,00
-o
cu
-o
·;;
·..:; 400,00
(/)
(/)
Q)
O::'.
200,00
0,00
o 5 10 15 20 25 30 35
a (m)
Estendendo a curva até o eixo das ordenadas, obtém-se, por meio da leitura dire-
ta, o valor da resist ividade da primeira camada. Dessa forma, p l = 990 O x m.
1.200,00
800,00
600,00
400,00
200,00
0,00
o 5 10 15 20 25 30 35
Estendendo a curva até o eixo das ordenadas (Gráfico 11.2) obtém-se, por meio
da leitura d iret a, o va lor da resistividade da seg unda ca m ada. Assim, p2 = 21OO · m .
►►
148 f SPDA - s;,tema, de Prnteção wnt,a Desmga, Atmosfé,;ca,
Superfície
do solo
A
/
h 1ª ca mada
í
p1
2ª camada
p2
CD
É possível obter resu ltados razoave lmente precisos q uando o solo puder ser con-
siderado estratificado em duas camadas, ou sej a, quando a cu rva p x a tiver uma das
formas típicas indicadas no Gráfico 11.3.
p p
K<O K> O
a (m) a (m)
Com base em curvas e equações, o proced imento de cálcu lo para definir a estratifi-
cação do solo em duas camadas pode ser resumido em:
Em que:
d: diâmetro da haste.
Sejam por manobras ou em razão de surtos at mosféricos, ocorrem no sistema elét ri-
co sobretensões que podem resultar em danos consideráveis para os equipamentos da
concessio nária o u do consum idor de energia elétrica.
As linhas geralm ente est ão em áreas com alto índice de descargas atmosféricas,
aumentando a probabilidade de desligamentos o riund os dessas ocorrências. Tam bém
podem provocar danos perm anentes a eq uipam entos pertencentes ao sist em a de
tra nsm issão e d istribu ição de energia, resu ltando em perda de dados e paradas produti-
vas. Isso influencia de forma significativa, e de maneira negativa, os índ ices de qual idade
de energia, mesmo em regiões com moderados níveis de chuva.
Aplicações em Alta Tensão ~ 153
d) impedância de fa lta;
e) resistividade do solo;
g) tipo de condutor;
h) ti po de torre;
Com a ba ixa res istência de aterramento, o potencial no topo dos pórticos é re-
duzido d e maneira ráp ida, imped indo a disrupção elétrica por meio dos isoladores. A
ocorrência de descargas atm osféricas que atinjam diretamente barramentos, conduto-
res e equipamentos no int erior das subestações deve ser um evento extremamente raro.
Na prot eção contra descargas atmosféricas das subest ações, a altura de mastros,
cabos para-raios em relação ao solo e elem entos protegidos (Figura 12.1 ) deve ser ade-
quada para impedir que a descarga de o rigem atmosférica atinja os equipamentos e
provoque desl igament os de centros de cargas.
b) capacitores;
c) disjuntores;
f) transformadores de força;
Terminal e
conector
(linha)
Corpo de
porce lana
ou polímero
•
Desligador
automático ~ [
Termina l e ~
conector - - - - -
(terra)
Os para-raios devem possu ir alta resistência dielétrica em reg ime normal de traba-
lho, impossibil itado a passagem de corrente nominal do circuito em relação à terra, já
que sua instalação fi ca em paralelo no circuito, tendo sua conexão de entrada na rede e
sua conexão de saída no sistema de aterramento da insta lação.
13.1 Introdução
Com a evolução da espécie humana, começou a ser necessário construir abrigos.
Com as moradias, veio a dependência da eletricidade para produzir bens, lazer, confort o
etc. No entanto, o homem foi obrigado a desenvolver sistemas de prot eção contra forças
da natureza, em especial as descargas atmosféricas, que causam acidentes envo lvendo
pessoas, danos nas edificações, instalações elétricas, sistemas de telefon ia e transmissão
de dados.
O avanço da eletrô nica moderna e dos sist emas de com unicação e de tecnolog ia
da informação culmino u no desenvolvimento de equipamentos sensíveis às variações
de tensão, decorrentes dos d istú rbios relacionados com a qua lidade de energ ia elétrica 1
causados por descargas atmosféricas.
Assim, é necessá rio adotar MPS para a proteção interna da est rut ura. Isso abrange a
proteção das instalações elétricas de energ ia e de sinal, equ ipamentos e pessoas, sen-
do const ituída por Disposit ivos de Proteção contra Surtos (DPS), equipotencialização,
rot ea m ento de cabos, minimização dos laços (loops), b lindagens espaciais, malhas de
referência, entre outras.
Para que essas MPS sejam efi cientes, é necessário que as insta lações elét ricas da edi-
fi cação atendam à norma ABNT NBR 54 10:2008. Caso contrário, as instalações elét ricas
podem se tornar inoperantes.
Nest e capítu lo serão ap resentados os esq uem as de aterram ento descrit os nas no r-
mas ABNT NBR 5410:2004 e ABNT NBR 14039:2005.
Mais informações sobre distúrbios na rede elétrica e q ualidade da energia elétrica podem ser encon-
trados na publicação Gerenciamento de Energia - Ações administrativas e técnicas de uso adequado da
energia elétrica (Edit ora Érica).
Conceitosde Atenameoto das Iosta lações Elétclcas ~ 161
É convenient e sal ient ar que os circuitos de d istribuição de energia elét rica são
dotados de proteções, cuj a fi nalidade é escoar rapidamente as correntes orig inadas das
sobretensões at mosféricas e de manobras para o sist ema de at errament o.
De acordo com a NBR 541 0:2004, a instalação elét rica deve ser rea lizada com base
em um projeto que contemple o d imensiona m ento de condutores e d isposit ivos de
prot eção e um sistema de aterramento seguro e eficiente.
Essa necessidade é evidenciada nos itens extraídos da NBR 54 10:2004 - Insta lações
Elétricas de Baixa Tensão.
5.1.2.2.3.1Todas as massas da instalação situadas em uma mesma edificação devem estar vin-
culadas à equipotencialização principal da edificação e, dessa forma, a um mesmo e único
eletrodo de aterramento. Isso sem prejuízo de equipotencializações adicionais que se façam
necessárias, para fi ns de proteção contra choques e/ ou de compatibilidade elet romagnética.
b) uso de fita s, barras ou cabos met álicos, especialmente previstos, imersos no con-
creto das fundações;
d) no mínim o, uso de anel m etálico ent errado, circunda ndo o perímetro da edi-
fica ção e complem entado, quando necessá rio, por hast es vert ica is e/ o u cabos
dispost os radialmente.
162 f SPDA - s;,tema, de Prnteção wnt,a Desmga, Atmosfé,;ca,
Conforme a NBR 5419:2004, são obrigat órios o aterrament o da instalação elét rica e
a respect iva equipotencialização do sist ema de aterra mento de p roteção das estruturas.
NBR 5419:2004
Uma ligação equ ipotencia l deve ser efetuada:
a) nas tubulações, lin has elétricas e de sinal que adentra m a estrutu ra;
Já a seg unda letra define como as massas da instalação elétrica encontra m-se em
relação à terra.
b) C: o neutro eo cond utor de proteção são constituídos por cond utor ún ico,
denom inado condutor PEN, o qual combina as funções de neutro e cond utor
de prot eção.
As inst alações elétricas podem ser alimentadas por meio de conexões com a rede
- monofásica, bifásica ou trifásica - da distribuidora de energia. A entrada de energia
normalmente está interligada ao quadro de distri buição geral, que contém o disposit ivo
de seccionamento e proteção geral, além dos d isposit ivos de seccionamento e de pro-
t eção dos circuitos alimentadores de diversas cargas. Independent ement e do nú mero
de fases (F) da instalação, ut ilizam-se os componentes esquematizados a seguir:
R) caixa de resistência;
G)
0
G)
rr---------, 1
r --------
1
1
1
G)
4
1 I 1
G)
G) G)
Cabe lembrar que, para a proteção contra choq ue elétrico, o disposit ivo (IDR ou
DDR) deve atuar com corrente de fuga igual ou superior a 30 mA em tempo menor do
que 200 ms.
Conceitos de Atenamento das Instalações Elétclcas ~ 165
G)
G)
r , - - - - - - - - -,
r ------- -
1I 1
1
Q
4
1I 1
8
•
I 11
I 11
L
L_ ------
Nt - - - - - ~
PE t - - - - - - ~ ' - > - -- - ~
(j)
G)
0
G)
r,---------,
r------- -
1
1
1
G)
1 4
1I 1
8
T
I 1 1
I 1 1
L
L_ ------
PEN1 - - - - - - ~
G) 0
G)
0
G)
I 11
I 11
L
L_ ------
PEN t - - - - - - - - - '
G) (j)
0
G)
r ,---------,
r--------
1
1I 1
G)
4
111
G)
(jJ
A segunda letra define a situação das massas da instalação elétrica em relação a terra:
M assa é a parte condutora que pode ser tocada. Normalmente não é viva, porém
pode se tornar em condições de fa lta, por exemplo: invólucro metá lico dos equ ipamen-
tos, est ruturas metálicas, ent re out ros.
13.4.1 Esquema TN R
Conforme o item 4.2.3.1 da NBR 14039:2003, o esquema TNR possui um ponto da
aliment ação d iretamente at errado. As massas da inst alação e da subestação são ligadas
a esse ponto por m eio de condutores de proteção (PE) ou co ndutor de proteção co m
fun ção combinada de neutro (PEN). Nesse esquema, t oda corrent e de fa lta diret a fase-
-massa é uma corrente de curto-circu ito.
170 , SPDA - Sistemas de Proteção contra Descargas Atmosféricas
Condutores ~ - - - - - - - ~
em alta
tensão
PEN
Nesse esquema, as correntes de fa lta d ireta fase-massa devem ser inferio res a uma
corrente de curto-circuito, sendo, porém, suficientes para provocar o surgimento de ten-
sões de contato perigosas.
Existem dois t ipos de esquemas (TTN e TTS), que varia m de acordo com a d isposição
do condutor neutro e do condutor de proteção das massas da subestação. Veja a seguir:
Condutores
em alt a ~-------~
tensão
b) Esquema TTS: o cond utor neutro e o cond utor de proteção das massas da su-
bestação são ligados a eletrodos de aterramento distintos.
Condutores
em alt a ~-------~
t ensão
Nos esquem as ITx, a corrent e resultante de uma única falta fase-massa não deve ter
intensidade suficiente para provocar o surgimento de tensões de contat o perigosas.
Existem três tipos de esq uemas (ITN, ITS e ITR), que va riam de acordo com a d ispo-
sição do condutor neutro e dos co ndut ores de proteção das massas da insta lação e da
subestação. Vej a a seguir:
Conduto res
em alta ~-------
tensão
Condutores
em a lta ~ - - - - - -
tensão
r'---------'
®i
r
Figura 13.11 1 Esquema de aterramento ITR.
174 , SPDA - Sistemas de Proteção contra Descargas Atmosféricas
Para evitar danos e efeitos causados por esse tipo de sobretensão, são uti lizados pa-
ra-raios de resistência não linear, ligados entre cada uma das fases e a terra. Va le lembra r
que o equipamento destinado à p roteção contra sobretensão nas insta lações elétricas
de alta tensão, na terminolog ia oficial brasileira, tem a mesma designação do para-raios
que fazem parte do SPDA instalado nas edificações.
13.5 Equipotencialização
Definido o esquema de aterramento a ser adotado, o projeto da instalação deve
prever a exist ência do Barramento de Equipot encialização Principa l (BEP).
O BEP deve ser localizado o mais próximo possível do ponto de entrada de energia,
seja no centro de entrada e med ição ou no quadro geral de d istribuição. Dessa forma, to-
dos os componentes metál icos não destinados à condução de corrent e elétrica devem
estar interligados ao BEP (Figu ra 13.12).
De acordo com a NBR 5410:2004, em cada edificação deve ser rea lizada uma equipo-
tencialização pri ncipa l, reun indo os seguintes elementos:
d) cond utores metá licos de linhas de energia e de sinal que ent ram e/ ou saem da
edificação;
f) cond utores de interligação proven ient es de out ros elet rodos de aterrament o
porventu ra existentes ou previstos no entorno da edificação;
14.1 Introdução
Nas áreas rura is, é mais com um q ue a população acredit e em crend ices sobre des-
cargas atmosféricas. Nessas regiões, os efeitos diretos e indi retos são mais facilmente
percebidos, pois há ausência de proteção proporcionada por edificações vizinhas (não
há prédios) e, consequentemente, ma ior exposição de pessoas, animais e estruturas. Tal
situação, aliada à desinformação da popu lação rural, resulta em histórias e m itos.
Nesses locais rura is, é comum encont rar pessoas que acreditam que os ra ios são
atraídos por espelhos, talheres metálicos, tesouras, árvores, cercas m et ál icas, silos metá-
licos, entre outros.
Nos casos de espelhos, as pessoas afirmam q ue eles at raem ra ios e, por isso, durante
as t empest ades, devem ficar cobertos com um pano.
Outras pessoas defendem que raios não atingem um mesmo local duas vezes, fato
que já foi desmitificado com acidentes ocorridos pela incidência de mú lt iplas descargas
atmosféricas no mesmo loca l d urante a mesma tempestade. Nos locais descampados,
onde o índ ice isoceráunico é elevado, é comum encont rar árvores atingidas por mais de
uma descarga atmosférica.
Geralment e, os raios caem mais de uma vez em um mesmo local quando há g rande
incidência de ra ios naquele espaço. É possível mencionar, por exemplo, o monumento
do Crist o Redent or, no Rio de Janeiro, que é atingido anualment e por uma méd ia de
cinco raios; a Torre Eiffel, na França, que serve como um captor natural para as descargas
atm osféricas; e o edifício Empire State Build ing, loca lizado na cidade de Nova York.
Tal fat o é explicado pela proximidade de árvores, torres, pontes m etá licas e silos, por
exem plo, com as nuvens, torn ando-as mais susceptíveis de serem at ing idas. A red ução
do dielétrico do ar e a t erra aumenta m a probabilidade estatíst ica de as altas estrut uras
serem at ing idas por uma desca rga atm osférica.
As tensões de passo ent re V, e V2, como ilustrado na Fig ura 14.3, podem causa r m al-
-est ar em bípedes e at é a morte de q uad rúpedes. Em áreas rurais, é comu m um raio ma-
t ar dezenas de cabeças de gado em razão da d iferença de pot encial q ue pode ocorrer
entre as patas dianteiras e t raseiras.
180 , SPDA - Sistemas de Proteção contra Descargas Atmosféricas
Entrar no interior de um imóvel não é suficiente para garantir a prot eção contra des-
cargas atmosféricas. Embora uma casa seja um bom abrigo, devem os evita r qualquer
contato com o seu exterior, com os cabos de antena da TV e eletricidade, telefones com
fios o u conectados a ca rregadores de bat eria, equipamentos elétricos, enca nam entos,
portas de m etal, janelas, entre outros, durante a tempestade. Não devemos ficar junto à
janela para observar os raios. Permanecer em uma sala interna é, geralmente, mais seguro.
O que é trovão?
Trovão é o som produzido pelo rápido aqueciment o e expansão do ar na reg ião da
at mosfera em que a corrente elét rica do raio ci rcula.
A seg ui r, é apresent ado um estudo d e caso que cons idera a prot eção contra
descargas atm osféricas pa ra um b loco de apartament os. Esse exemplo prát ico de
apl icação é um co m p lem ent o ao assu nto abordado nest e livro. Contudo, os auto-
res não se responsabil izam pelos resultados obtidos na ap licação do exem p lo para
uma edifi cação semelhant e existente sem a aval iação e a análise de um profissional
lega lm ent e habil it ado.
As características do ed ifício, das linhas de sinal e energia, dos sist emas internos são
apresentadas nas Tabelas 15. 1 a 15.3, respectivamente.
w
l'-V- - - - - - - , rV
1 1
?
l Li nh a de energia e nt errada
LL = 200 m
►►
Estudo de Caso ~ 187
Não b lindada
Fiação int erna (laços grandes Tabela 4.9
Telecom > 10 m 2)
DPS coordenados Nenhum Tabela 4.7
L1: perda de vida humana Perigo Tabela 5.6
especial:
nenhum
0,01 D1: devido Tabela 5.2
à tensão de
toque e de
passo
O, 1 D2: devido a
danos físicos
Fator para pessoas na zona nz / nTXtz /
8.760 = 200 /
200 X 8.760 /
8.760
Fonte: adaptado da norm a NBR 5419.
Dessa forma, considerar o risco de incêndio baixo, no rmal ou alto, além de valo-
res diferentes de fat o r de redução rp associada a providências adot adas, conforme a
Tabela 15.5, é suficiente pa ra mudar a cond ição de proteção de um a estrutura.
188 SPDA - Sistemas de Proteção contra Descargas Atmosféricas
Va le destacar que a mudança dos valores associados à probabil idade das med idas
de proteção para reduzir danos físicos (PB), conforme a Tabela 4.6 (vide Capítu lo 4), t am-
bém altera o resultado da análise de risco.
Providência adotada rp
N enhuma 1
A d oção de um a das segu intes p rovidências: extintores, hidrantes, rot as de escape, 0,5
criação d e comp artimentos a p rova de fogo, inst alação de alarmes ma nuais
A d oção de uma das seguintes p rovidências: instalação de alarmes automát icos, 0,2
exist ência de instalações operadas automaticame nte 1
1
Válido somente se o tempo de chegada dos bombeiros for inferior a 1Ominutos.
Em resumo, a Tabela 15.5 apresentou as m edidas de proteção selecio nadas para re-
duzir os va lores de risco (R,) ao nível tolerável RT= 1o-s, as quais dependem das seg uintes
variáveis:
b) pro babilidade P8de a desca rga at m osférica em um a est rut ura result ar em danos
físicos;
De acordo com a norma NBR 5149, o uso de armaduras de concret o como parte
integrante do SPDA nat ural deve ser est imu lado. São nítidas as vantagens do uso de
ferragem est rut ura l pa ra descidas em const ruções novas e em edificações j á existentes,
desde q ue seja m observadas e seguidas as recomendações descritas na referida norma.
Para garantir a conti nuidade elétrica das armaduras utilizadas como descidas e, des-
sa form a, com provar a efi cácia de Sistemas de Proteção co ntra Descargas Atmosféricas
(SPDA) estrut urais, é fundament al que seja m rea lizados ensaios de medição.
A estrut ura de aço do concreto armado é considerada eletricamente cont ínua quando
metade das conexões entre barras horizonta is e verticais estão firmemente conectadas.
As conexões entre barras vert ica is devem ser soldadas ou unidas com arame reco-
zido, cint as ou grampos, cujo t respasse resulte da sobreposição mínima de 20 vezes o
seu diâmetro.
A med ição deve ser rea lizada com aparelho que forneça corrente elétrica contínua
ou alternada entre 1 e 1OA, ent re os pontos extremos da armadura, com frequê ncia dife-
rente de 60 Hz e seus m últip los. Va le dest aca r que a corrente utilizada deve ser suficiente
para ga rantir precisão no resu lt ado do ensaio sem dan ifica r as armaduras.
O sistem a de medição deve util izar a config uração de quatro fios, em que dois são
destinados à corrente e dois são destinados ao potencial, afasta ndo assim o erro provo-
cado pela resistência dos cabos utilizados no ensaio e respectivos contatos.
Podem ser usados m il iohmím et ros ou microhmímetros de quatro t erm ina is obser-
vando as esca las de corrente m encionadas.
A quantidade de pilares uti lizados no SPDA deve ser calcu lada de maneira aná loga
aos projetos dos sistemas convencionais. É recomendável que o nú m ero de interliga-
ções ent re o subsist ema de captação e os pilares seja, no mínimo, igua l ao dobro do
número de descidas ca lculadas, sempre que a quantidade de pilares permitir.
Nesse caso, devem ser identificados os pi lares sob ensaio. Em seguida, é ind icado
q ue se remova o recobriment o do concreto, visando expor a ferragem estrutural. Esse
processo deve ser feito na parte mais alt a (próximo à co bertura) e na parte mais baixa
(próximo à fundação), utilizando ferra m enta l adequado. A exposição deve ga rantir a fixa-
ção dos conectores do eq ui pa m ento de medição. A conexão de term inais e cabos deve
ser precedida de limpeza para gara ntir o melhor contat o elét rico possível.
6J
t:J t:J
t:J t:J
t:J t:J
t:J t:J
t:J t:J
t:J t:J
Os ensaios de continuidade das armaduras devem ser rea lizados com dois obj etivos:
b) após a inst alação do sist ema, para ve rificar a cont inuidade de t odo o sist ema
envolvido (verificação fin al).
192 f SPDA - s;,tema, de Prnteção wnt,a Desmga, Atmosfé,;ca,
Todos os pilares integrantes do sistema de captação devem ser individ ualmente ve-
rificados. Em edificações extensas, com perímetros superiores a 200 m, o número de
medições pode ser reduzido caso a medição da metade dos pilares utilizados resulte em
valores com a mesma ordem de grandeza, ist o é, nunca superior a 1 O.
Com o objetivo de verifi car a interl igação entre pilares, devem ser rea lizadas medi-
ções cruzadas, ou seja, a parte superior de um pilar contra a parte inferior de outro pilar.
Quando esse valor não é alcançado ou quando o ensaio não puder ser rea lizado,
não é possível va lidar a armad ura de aço como condutor natura l de corrente elétrica
proveniente de descarga atmosférica. Nesse caso, recomenda-se a instalação de sistema
de proteção convenciona l.
194 SPDA - Sistemas de Proteção contra Descargas Atmosféricas
Este apêndice, da norma NR-28, apresenta os aspectos de fisca lização, embargo, in-
terdição e penal idades aplicados à NR-1Ocom relação ao SPDA. Também são apresenta-
dos os itens relacionados à NR-1O, faci litando a compreensão.
28.1 FISCALIZAÇÃO
28. 1 .1 A fiscalização do cumprimento das disposições legais e/ou regula mentares sobre
segurança e saúde do trabalhador será efetuada obedecendo ao disposto nos Decretos
n° 55.841, de 15/03/65, e nº 97.995, de 26/07/ 89, no Títu lo VII da CLT e no§ 3° do art. 6° da
Lei nº 7.855, de 24/ 10/89 e nesta Norma Reg ulamentadora.
28. 1 .2 Aos processos resu ltantes da ação fiscalizadora é facultado anexar quaisq uer docu-
mentos, quer de pormenorização de fatos circunst anciais, quer comprobatórios, podendo,
no exercício das funções de inspeção do trabalho, o agente de inspeção do t rabalho usar de
todos os meios, inclusive audiovisuais, necessários à comprovação da infração.
28.1.3 O agente da inspeção do t ra ba lho deverá lavrar o respectivo auto de infração à vista
de descumprimento dos preceitos legais e/ou regu lamenta res contidos nas Normas Reg u-
lamentadoras urbanas e ru ra is, considerando o critério da dupla visita, elencados no Decreto
n° 55.84 1, de 15/03/65, no Título VII da CLT e no§ 3° do art. 6° da Lei n° 7.855, de 24/ 10/ 89.
28. 1 .4 O agente da inspeção do traba lho, com base em critérios técnicos, poderá notifica r
os empregadores concedendo prazos para a correção das irregularidades encont radas.
28.1 .4.1 O prazo para cumprimento dos itens notificados deverá ser limitado a, no máximo,
60 (sessenta) dias.
28.1.4.2 A autoridade reg ional co mpetente, diante de sol icitação escrita do notificado,
acompanhada de exposição de motivos re leva ntes, apresentada no prazo de 1O d ias do
recebim ento da notificação, poderá prorrogar por 120 (cento e vinte) dias, contados da data
do Termo de Notificação, o prazo para seu cumprimento.
28. 1 .4.3 A concessão de prazos superiores a 120 (cento e vinte) dias fica cond icionada à
prévia negociação entre o notificado e o sindicato representante da categoria dos empre-
gados, com a presença da autoridade reg ional com petente.
28.1.4.4 A empresa poderá recorrer ou solicitar prorrogação de prazo de cada it em not ifica-
do até no m áximo 1O(d ez) dias a contar da data de emissão da notificação.
28. 1 .5 Poderão ainda os agentes da inspeção do trabalho lavrar auto de infração pelo des-
cumprimento dos preceitos legais e/ou reg ulam entares sobre segurança e saúde do t ra-
balhador, à vista de laudo técn ico em it ido por engenheiro de segura nça do traba lho ou
médico do traba lho, devidamente habilitado.
Apêndice B - Aplicações da NR-1 Oe NR-28 no SPDA 195
28.2.1 Quando o agente da inspeção do traba lho constatar situação de grave e im inente
risco à saúde e/ou integridade física do t rabalhador, com base em critérios técn icos, deve-
rá propor de imediato à autoridade regiona l competente a interd ição do est abelecimento,
setor de serviço, máquina ou equi pamento, ou o embargo parcial ou total da obra, determi-
nando as medidas que deverão ser adotadas para a correção das situações de riscos.
28.2.2 A autoridade regional com petente, à vista de novo laudo técn ico do agente da ins-
peção do tra bal ho, procederá à suspensão o u não da interd ição ou embargo.
28.2.3 A autoridade regio nal com petente, à vista de relatório ci rcunstanciado, elaborado
por agente da inspeção do tra balho que comprove o descumprimento reiterado das d ispo-
sições legais e/ou reg u lam entares sobre segurança e saúde do traba lhador, poderá convo-
ca r representante legal da empresa para apurar o mot ivo da irregularidade e propor solução
para corrig ir as sit uações q ue estejam em desacordo com exigências legais.
28.3 PENALIDADES
28.3.1 As infrações aos preceitos legais e/ou regu lamentadores sobre segurança e saúde do
t rabal hador terão as penalidades aplicadas conforme o disposto no q uadro de gradação de
mult as (Anexo 1), obedecendo às infrações previstas no quad ro de classificação das infrações
(Anexo li) dest a Norma.
O responsável pelo fornecimento deste at estado deve preencher t odo os campos da tabela a seguir.
Item da Requ1s1to
. . para .mspeçao
- v1sua
. I C NA
IT
41
6.1 Condições de instalação dos condutores isolados, cabos unipolares e cabos mult ipolares.
6.2 Os circuitos elétricos devem possuir proteção contra sobrecorrentes (disjuntores ou fusíveis).
6.3 As partes vivas estão isoladas e/ou prot egidas por barreiras ou invólucros.
Todo circuito deve dispor de condutor de p roteção "fio t erra" e todas as massas da instalação estão
6.4
ligadas a condutores de proteção (salvo exceções).
6.5 Todas as tomadas de corrente fixas devem ser do t ipo com polo de aterramente (2P + T ou 3P + T).
Existência de dispositivo diferencial residua l (DR) para proteção contra choque elétricos (salvo
6.6
exceções do item 6.6).
Os quadros, os circuitos e as linhas dos sistemas de segurança contra incêndio devem ser
7.1.2
independentes dos circuitos comuns.
Sala do motogerador e circuitos elétricos de segurança por ele alimentados estão em conformidade
7. 1.6
com o item 7.1.6.
7. 1.9 Circuitos de corrente alternada estão separados dos circuitos de corrente contínua.
8.1 e 8.3 ART especifica do sistema elétrico (projeto, execução, inspeção, manutenção - conforme o caso)
O bs.
Considerando que esse monopólio é exercido pela CNEN na qua lidade órgão supe-
rior de orientação, planejamento, supervisão e fisca lização;
Considerando que compete à CNEN baixar normas gerais sobre substâncias rad ioativas;
Considerando que à CNEN cabe, ainda, registrar as pessoas que utilizem substâncias
radioativas, bem como receber e depositar rejeitas radioativos;
Considerando que não está tecnicamente comprovada a maior eficácia de pára raios
radioativos em relação aos convencionais e que, portanto, o "pri ncípio da j ustificação"
previsto na Norma CNEN-NE-3.0 1 - "Diretrizes Básicas de Radioproteção" não est á de-
monstrado;
Resolve:
ANEXO 1
Esclarecimentos relativos à Resolução CNEN 04/89 de 19/04/89-
Publicado no D.O.U. em 19/05/89
A maior eficácia de para-raios rad ioativos em relação aos convencionais não está
tecnicamente comprovada, contrariando assim o princípio da j ust ificação, qua l seja:
"Qualquer atividade envolvendo radiação ou exposição deve ser justificada em relação a
outras alternativas e produzir um benefício líqu ido positivo para a sociedade";
2) Os para-raios rad ioativos instados não oferecem risco de radiação externa para
pessoas, uma vez que contém pequenas quantidades de material rad ioat ivo afi-
xado aos mesmos;
ANEXO li
Procedimento para manuseio e acondicionamento
de para-raios radioativos
1) Utiliza r, co nforme apropriado, uma ou mais embalagens metá licas robustas com
capacidade mínima de 38 litros e com sistema de fechame nto que garanta a
vedação da emba lagem durante todo o t ransporte.
2) Ter disponíveis luvas, saco plástico, fita adesiva, um rótu lo com os dizeres "Material
Radioativo''. material absorvedor de choque (isopor fragmentado, por exemplo).
5) Abrir o saco plástico e ut ilizar a parte superior do mesmo (em excesso) para re-
vest ir as bordas da embalagem.
6) Calçar as luvas.
8.3) Int roduzir dois dedos da mão descalçada entre a luva e a pele da mão ca lçada;
8.4) Deslocar com os dedos a luva, at é que haja cond ições de removê-la tot al-
mente. (Nunca colocar a mão sem luva em contato com a part e externa de
uma luva que manipulou material radioativo);
8.5) Segu rar a luva pela parte interna e colocá-la no interior do saco plástico.
9) Ret irar a parte superior do saco co locada sobre as bordas da emba lagem e fe-
cha r o mesmo uti lizando a fita para amarrá-lo.
1O) Manter o dispositivo, cont ido no saco, no centro da emba lagem e preencher os
espaços vazios com o mat erial absorvedor de choque (o materia l absorvedor de
choque deverá também ser d ist ribuído no espaço entre a tampa da embalagem
e a parte superior do saco fechado).
ANEXO Ili
Transporte de Embalado Contendo Para-raios Radioativos
• Ficha de Emergência;
• Envelope de Transporte.
_,
VI
o
)>
1
-
VI
iiiº
1D
3
Graduação de Multa em (*BTN) QI
Ili
a.
Número de
Segurança do Trabalho Medicina do Trabalho
_,
1D
empregados õ
Íb
..("\
11 12 13 14 11 12 13 14 Qll
o
8
1 a 1O
11 a 25
630-729
730-830
11 29-1393
1394-1664
1691-2091
2092-2495
2252-2792
2793-3334
378-482
429-498
676-839
840-1002
1015-1254
1255-1500
1350-1680
1681 -1998
-...
~
QI
o
1D
Ili
n
...
QI
IQ
26 a 50 831-963 1665-1935 2496-2898 3335-3876 499-580 1003-1166 1501-1746 1999-2320 QI
Ili
~
51 a 100 964-1104 1936-2200 2899-3302 3877-4418 581-662 11 76-1324 1747-1986 2321-2648 3
o
Ili
;:
...
101 a 250 11 05-1241 2201 -2471 3303-37 17 4419-4948 663-744 1325-1482 1987-2225 2649-2976 ;:;·
QI
Ili
251 a 500 1242-1374 2472-2748 3719-4121 4949-5490 745-826 1483-1646 2226-2471 2977-3297
501 a 1000 1375-1507 2749-3020 4122-4525 5491-6033 827-906 1647-1810 2472-2717 3298-3618
Ma is de 1000 1508-1646 3021-3284 4526-4929 6034-6304 907-900 1811 -1973 2718-2957 3619-3782
[...]
10.2.3 As empresas estão ob rigadas a manter esquemas unifilares atualizados das insta la-
ções elétricas dos seus estabelecimentos com as especificações do sistema de at erramento
e demais eq uipamentos e disposit ivos de p roteção.
10.2.4 Os estabelecimentos com carga instalada superior a 75 kW devem constitui r e manter o
Prontuário de Instalações Elétricas, contendo, além do disposto no subitem 10.2.3, no mínimo:
[...]
b) documentação das inspeções e medições do sistema de proteção contra descargas
atmosféricas e aterramentos elétricos;
[...]
f) certificações dos equipamentos e materiais elétricos em áreas classificadas.
10.3.4 O projeto deve definir a config uração do esquema de aterramento, a obrigatorieda-
d e ou não d a interligação entre o cond utor neutro e o de p roteção e a conexão à terra das
partes condutoras não destinadas à cond ução da eletricidade.
[...]
10.3.8 O projeto elétrico d eve atender ao que dispõem as Normas Reg ulamentadoras de
Saúde e Seg urança no Traba lho, as regu lamentações técn icas oficiais estabelecidas, e ser
assinado por profi ssional legalmente habilitado.
10.3.9 O m emorial descrit ivo do p rojeto deve conter, no mínimo, os seguintes itens de
segurança:
[...]
Anexo C 209
10.4.4 As instalações elét ricas devem ser mantidas em condições seguras de funcionamen-
to e seus sistemas de proteção devem ser inspecionados e controlados periodicamente, de
acordo com as regulamentações existentes e defi nições de proj etos.
[...]
10.9. 1 As áreas onde houver instalações ou equipamentos elétricos devem ser dotadas de
proteção cont ra incêndio e explosão, conform e dispõe a NR-23 - Prot eção cont ra Incêndios.
10.9.3 Os processos ou equipamentos suscept íveis de gera r ou acumu lar eletricidade está-
t ica devem dispor de proteção específica e dispositiva de descarga elétrica.
10.9.4 Nas instalações elétricas de áreas classificadas o u sujeitas a risco acentuado de in-
cênd io ou explosões, devem ser adotados dispositivos de proteção, como alarme e sec-
cio nam ento automático para prevenir sobretensões, sobrecorrentes, fa lhas de isolamento,
aquecimentos ou outras condições anormais de operação.
[...]
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCN ICAS (ABNT). NBR 14039: Instalações Elétricas
de Média Tensão de 1,0kV a 36,2kV. Rio de Janeiro, 2005.
___. NBR 5410: Instalações Elétricas de Baixa Ten são. Rio de Janeiro, 2004.
___. NBR 5419: Proteção de Estrutu ras contra Descargas Atmosféricas. Rio de Janeiro,
2015.
___. NBR 5419-1 : Proteção Cont ra Desca rgas Atmosféricas. Parte 1: Princípios Gerais.
Rio de Janeiro, 20 15.
___. NBR 5419-3: Proteção Contra Descargas Atmosféricas. Parte 3: Danos Físicos a
Estruturas e Perigos à Vida. Rio de Janeiro, 2015.
___. NBR 5419-4: Proteção Contra Descargas Atmosféricas. Parte 4: Sistemas Elétricos e
Eletrônicos Internos na Est rutura. Rio de Janeiro, 20 15.
BARROS, B. F.; GEDRA, R. L. Cabine primária: subestações de alta tensão de consum idor.
4. ed. São Paulo: Érica, 2011.
IANOZ, M. Review of new developments in the modeling of lig htni ng elect romagnetic
effects on overhead lines and buried cables. IEEE Transactions on Electromagnetic
Compatibility, v. 49, n. 2, p. 224-236, 2007.
MOURA, C. S. Física para o Ensino Médio: gravitação, elet romagnetismo e física moderna.
Porto Alegre: ediPUCRS, 20 11 .
XAVIER, M. Mistérios da cidade - tempestades fora de época. Revista Veja, 2012, p. 20.
Créditos das imagens
Capítulo 3 Capítulo 13
Mapa 3.1 - Júlio M. França Figu ra 13.1 - Acervo pessoa l
Figura 13.2 - Acervo pessoa l
Capítulo 6 Figura 13.3 - Acervo pessoa l
Figura 6. 1 - Acervo pessoal Figu ra 13.4 - Acervo pessoa l
Figura 6.2 - Acervo pessoa l Figura 13.5 - Acervo pessoa l
Figura 6.3 - Acervo pessoa l Figura 13.6 - Acervo pessoa l
Figura 6.4 - Acervo pessoa l Figura 13.7 - Acervo pessoa l
Figura 6.5 - Acervo pessoa l Figura 13.8 - Acervo pessoa l
Gráfico 6.1 - Acervo pessoal Figura 13.9 - Acervo pessoa l
Gráfico 6.2 - Acervo pessoal Figura 13.1O- Acervo pessoal
Figura 13.11 - Acervo pessoal
Capítulo 9 Figura 13.12 - Acervo pessoal
Figura 9.1 - Acervo pessoal
Figura 9.2 - Acervo pessoa l Capítulo 14
Figura 9.3 - Acervo pessoa l Figura 14.1 - tioloco/Getty lmages
Figura 14.2 - AlxeyPnferov/Getty lmages
Capítulo 11 Figura 14.3 -Acervo pessoal
Figura 11 .1 - Acervo pessoa 1