Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Cadernos JUD DF 2019-05-30 XI 98
Cadernos JUD DF 2019-05-30 XI 98
Presidente
CARLOS EDUARDO MOREIRA ALVES
Vice-Presidente
KASSIO NUNES MARQUES
Corregedor Regional
MARIA DO CARMO CARDOSO
Desembargadores
Jirair Aram Meguerian Mônica Sifuentes
Olindo Menezes Néviton Guedes
Mário César Ribeiro Novély Vilanova
Cândido Ribeiro Ney Bello
Hilton Queiroz Marcos Augusto de Sousa
I'talo Mendes João Luiz de Souza
José Amilcar Machado Gilda Sigmaringa Seixas
Daniel Paes Ribeiro Jamil de Jesus Oliveira
João Batista Moreira Hercules Fajoses
Souza Prudente Carlos Pires Brandão
Francisco de Assis Betti Francisco Neves da Cunha
Ângela Catão Daniele Maranhão Costa
Wilson Alves de Souza
Diretor-Geral
Carlos Frederico Maia Bezerra
ASSINATURA DIGITAL
Assinado de forma digital por CARLOS ALBERTO DE BRITO PAULINO NUNES:788893751
DN: c=BR, o=ICP-Brasil, ou=Autoridade Certificadora da Justica - AC-JUS, ou=Cert-JUS
Institucional - A3, ou=Tribunal Regional Federal da 1a Regiao-TRF1, ou=Servidor,
cn=CARLOS ALBERTO DE BRITO PAULINO NUNES:788893751
Dados: 2019.05.30 07:05:14 -03'00'
2
Sumário
Unidade Pág.
Secretaria Administrativa - SJDF 3
2ª Vara Cível - SJDF 23
3ª Vara Cível - SJDF 26
6ª Vara Cível - SJDF 31
8ª Vara Cível - SJDF 36
9ª Vara Cível - SJDF 54
12ª Vara Criminal - SJDF 56
13ª Vara Cível - SJDF 61
14ª Vara Cível - SJDF 67
15ª Vara Cível - SJDF 84
16ª Vara Cível - SJDF 87
18ª Vara de Execução Fiscal - SJDF 90
22ª Vara Cível - SJDF 95
23ª Vara JEF - SJDF 97
24ª Vara JEF - SJDF 120
26ª Vara JEF - SJDF 132
27ª Vara JEF - SJDF 159
Turma Recursal - SJDF 174
NUCOD - Núcleo de Apoio à Coordenação dos JEFs - SJDF 886
3
PODER JUDICIARIO
SEÇÃO JUDICIÁRIA DO DISTRITO FEDERAL
JUIZ FEDERAL DIRETOR DO FORO: ITAGIBA CATTA PRETA NETO
DIRETOR DA SECRETARIA ADMINISTRATIVA: ÉRICO DE SOUZA SANTOS
I-DISTRIBUICAO
1)AUTOMÁTICA
I-DISTRIBUICAO
8
2)POR DEPENDENCIA
IV-DEMONSTRATIVO
DISTRIBUIDOS AUTOMATICAMENTE: 23
DISTRIBUIDOS POR DEPENDENCIA: 3
DISTRIBUIDOS MANUALMENTE: 0
REDISTRIBUIDOS AUTOMATICAMENTE: 0
REDISTRIBUIDOS POR DEPENDENCIA: 2
REDISTRIBUIDOS MANUALMENTE: 2
TOTAL DOS PROCESSOS: 30
DISTRIBUIDOS AUTOMATICAMENTE: 0
DISTRIBUIDOS POR DEPENDENCIA: 0
DISTRIBUIDOS MANUALMENTE: 0
REDISTRIBUIDOS AUTOMATICAMENTE: 0
REDISTRIBUIDOS POR DEPENDENCIA: 0
REDISTRIBUIDOS MANUALMENTE: 0
Ata de Distribuição
Juiz Federal Diretor do Foro: ITAGIBA CATTA PRETA NETO
Diretor da Secretaria Administrativa : ÉRICO DE SOUZA SANTOS
Distribuição Realizada em : 28/05/2019 até 28/05/2019
I - DISTRIBUIÇÃO
1) AUTOMÁTICA
NºProcesso: 0014896-04.2019.4.01.3400 Vara: 27ª Vara JEF - BRASÍLIA Dt. de Autuação: 23/05/2019
Classe: 51900 - PROCEDIMENTO COMUM CÍVEL / OUTROS / JEF
NºProcesso: 0014967-06.2019.4.01.3400 Vara: 23ª Vara JEF - BRASÍLIA Dt. de Autuação: 23/05/2019
Classe: 51201 - CÍVEL / PREVIDENCIÁRIO / CONCESSÃO DE BENEFÍCIO / JEF
Autor: LEONILTON MIRANDA SEVERINO
Advogado: DEISE JUSSARA ALVES
Réu: INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
NºProcesso: 0014814-70.2019.4.01.3400 Vara: 24ª Vara JEF - BRASÍLIA Dt. de Autuação: 28/05/2019
Classe: 51201 - CÍVEL / PREVIDENCIÁRIO / CONCESSÃO DE BENEFÍCIO / JEF
Autor: MARIA CONCEICAO SILVA DE ALMEIDA
Advogado:
Réu: INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
NºProcesso: 0015044-15.2019.4.01.3400 Vara: 27ª Vara JEF - BRASÍLIA Dt. de Autuação: 28/05/2019
Classe: 51300 - CÍVEL / SERVIÇO PÚBLICO / JEF
Autor: MARIA HELENA MARTINS ROCHA PEDROSA
Advogado:
Réu: UNIAO FEDERAL
NºProcesso: 0015050-22.2019.4.01.3400 Vara: 27ª Vara JEF - BRASÍLIA Dt. de Autuação: 28/05/2019
Classe: 51300 - CÍVEL / SERVIÇO PÚBLICO / JEF
Autor: DANIELA OLIVEIRA RODRIGUES
Advogado:
Réu: UNIAO FEDERAL
NºProcesso: 0015076-20.2019.4.01.3400 Vara: 24ª Vara JEF - BRASÍLIA Dt. de Autuação: 28/05/2019
Classe: 51201 - CÍVEL / PREVIDENCIÁRIO / CONCESSÃO DE BENEFÍCIO / JEF
Autor: GISLENE PEREIRA DE SOUZA
Advogado:
Réu: INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
NºProcesso: 0015077-05.2019.4.01.3400 Vara: 23ª Vara JEF - BRASÍLIA Dt. de Autuação: 28/05/2019
Classe: 51100 - CÍVEL / TRIBUTÁRIO / JEF
Autor: MARCELO LEMOS DA FONSECA RAMOS
Advogado: GUSTAVO TRANCHO DE AZEVEDO
Réu: UNIAO FEDERAL (FAZENDA NACIONAL)
NºProcesso: 0015080-57.2019.4.01.3400 Vara: 26ª Vara JEF - BRASÍLIA Dt. de Autuação: 28/05/2019
Classe: 51201 - CÍVEL / PREVIDENCIÁRIO / CONCESSÃO DE BENEFÍCIO / JEF
Autor: ANTONIA CLEUDIA RODRIGUES DE AZEVEDO
Advogado: NPJ UNICEPLAC
Réu: INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
NºProcesso: 0015082-27.2019.4.01.3400 Vara: 23ª Vara JEF - BRASÍLIA Dt. de Autuação: 28/05/2019
Classe: 51201 - CÍVEL / PREVIDENCIÁRIO / CONCESSÃO DE BENEFÍCIO / JEF
Autor: SILVIA MALTA DE OLIVEIRA
Advogado: UNICEPLAC
Réu: INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
NºProcesso: 0015083-12.2019.4.01.3400 Vara: 23ª Vara JEF - BRASÍLIA Dt. de Autuação: 28/05/2019
Classe: 51201 - CÍVEL / PREVIDENCIÁRIO / CONCESSÃO DE BENEFÍCIO / JEF
Autor: RAIMUNDO IVO DOS SANTOS
Advogado: NPJ/FACIPLAC
Réu: INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
Página: 1
JEF VIRTUAL - Controle de Movimentação de Processos
11
I - DISTRIBUIÇÃO
1) AUTOMÁTICA
NºProcesso: 0015084-94.2019.4.01.3400 Vara: 23ª Vara JEF - BRASÍLIA Dt. de Autuação: 28/05/2019
Classe: 51201 - CÍVEL / PREVIDENCIÁRIO / CONCESSÃO DE BENEFÍCIO / JEF
Autor: MARIZETE MARCIANA DE JESUS
Advogado: NPJ UNICEPLAC
Réu: INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
NºProcesso: 0015085-79.2019.4.01.3400 Vara: 23ª Vara JEF - BRASÍLIA Dt. de Autuação: 28/05/2019
Classe: 51900 - PROCEDIMENTO COMUM CÍVEL / OUTROS / JEF
Autor: ADRIANA MARIA REIS DOS SANTOS
NºProcesso: 0015087-49.2019.4.01.3400 Vara: 26ª Vara JEF - BRASÍLIA Dt. de Autuação: 28/05/2019
Classe: 51201 - CÍVEL / PREVIDENCIÁRIO / CONCESSÃO DE BENEFÍCIO / JEF
Autor: CLEONICE DA CONCEICAO LIMA COSTA
Advogado: NPJ UNICEPLAC
Réu: INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
NºProcesso: 0015089-19.2019.4.01.3400 Vara: 24ª Vara JEF - BRASÍLIA Dt. de Autuação: 28/05/2019
Classe: 51201 - CÍVEL / PREVIDENCIÁRIO / CONCESSÃO DE BENEFÍCIO / JEF
Autor: GABRIEL PERES DIAS
Advogado: NPJ DA UNIVERSIDADE CATOLICA DE BRASILIA - UCB
Réu: INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
NºProcesso: 0015102-18.2019.4.01.3400 Vara: 23ª Vara JEF - BRASÍLIA Dt. de Autuação: 28/05/2019
Classe: 51201 - CÍVEL / PREVIDENCIÁRIO / CONCESSÃO DE BENEFÍCIO / JEF
Autor: DAMIANA MARIA IZABEL
Advogado: NPJ UNICEPLAC
Réu: INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
NºProcesso: 0015109-10.2019.4.01.3400 Vara: 25ª Vara JEF - BRASÍLIA Dt. de Autuação: 28/05/2019
Classe: 51201 - CÍVEL / PREVIDENCIÁRIO / CONCESSÃO DE BENEFÍCIO / JEF
Autor: AMADEUS FERREIRA LOPO
Advogado: DEFENSORIA PUBLICA DA UNIAO
Réu: INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
NºProcesso: 0015284-04.2019.4.01.3400 Vara: 26ª Vara JEF - BRASÍLIA Dt. de Autuação: 28/05/2019
Classe: 51100 - CÍVEL / TRIBUTÁRIO / JEF
Autor: JOSE WILLIAM AGUIAR DOS SANTOS
Advogado: ANA GABRIELA DE A.CORDEIRO
Réu: UNIAO FEDERAL (FAZENDA NACIONAL)
NºProcesso: 0015285-86.2019.4.01.3400 Vara: 25ª Vara JEF - BRASÍLIA Dt. de Autuação: 28/05/2019
Classe: 51600 - CÍVEL / FGTS / JEF
Autor: ELLEN KARINE VIANA PIRES
Advogado: PRISCILLA TAVARES AGUIRRES
Réu: CAIXA ECONOMICA FEDERAL
Réu: DANIELLA VIANA PIRES
NºProcesso: 0015286-71.2019.4.01.3400 Vara: 24ª Vara JEF - BRASÍLIA Dt. de Autuação: 28/05/2019
Classe: 51201 - CÍVEL / PREVIDENCIÁRIO / CONCESSÃO DE BENEFÍCIO / JEF
Autor: FRANCISCO SILVINO FILHO
Advogado: ANDREZZA BRITO REZENDE
Réu: INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
NºProcesso: 0015287-56.2019.4.01.3400 Vara: 23ª Vara JEF - BRASÍLIA Dt. de Autuação: 28/05/2019
Classe: 51100 - CÍVEL / TRIBUTÁRIO / JEF
Autor: RPH REPRESENTACOES LTDA.
Advogado: TATIANA DE MORAIS HOLLANDA
Réu: UNIAO FEDERAL (FAZENDA NACIONAL)
NºProcesso: 0015288-41.2019.4.01.3400 Vara: 23ª Vara JEF - BRASÍLIA Dt. de Autuação: 28/05/2019
Classe: 51201 - CÍVEL / PREVIDENCIÁRIO / CONCESSÃO DE BENEFÍCIO / JEF
Autor: EVERALDO SANTOS DE OLIVEIRA
Advogado: JESUS JOSE ALVES FERREIRA
JEF VIRTUAL - Controle de Movimentação de Processos
12
I - DISTRIBUIÇÃO
1) AUTOMÁTICA
Réu: INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
NºProcesso: 0015289-26.2019.4.01.3400 Vara: 23ª Vara JEF - BRASÍLIA Dt. de Autuação: 28/05/2019
Classe: 51201 - CÍVEL / PREVIDENCIÁRIO / CONCESSÃO DE BENEFÍCIO / JEF
Autor: LUIZ DOS SANTOS MONTEIRO
Advogado: JESUS JOSE ALVES FERREIRA
Réu: INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
NºProcesso: 0015290-11.2019.4.01.3400 Vara: 23ª Vara JEF - BRASÍLIA Dt. de Autuação: 28/05/2019
Classe: 51201 - CÍVEL / PREVIDENCIÁRIO / CONCESSÃO DE BENEFÍCIO / JEF
NºProcesso: 0015291-93.2019.4.01.3400 Vara: 26ª Vara JEF - BRASÍLIA Dt. de Autuação: 28/05/2019
Classe: 51201 - CÍVEL / PREVIDENCIÁRIO / CONCESSÃO DE BENEFÍCIO / JEF
Autor: HUGO DE ANDRADE VIANA
Advogado: DANIELA DA CONCEIÇÃO
Réu: INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
NºProcesso: 0015292-78.2019.4.01.3400 Vara: 27ª Vara JEF - BRASÍLIA Dt. de Autuação: 28/05/2019
Classe: 51201 - CÍVEL / PREVIDENCIÁRIO / CONCESSÃO DE BENEFÍCIO / JEF
Autor: JOSE LUCIO TEIXEIRA DE SOUZA
Advogado: RENATA JESUS DA COSTA
Réu: INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
NºProcesso: 0015293-63.2019.4.01.3400 Vara: 24ª Vara JEF - BRASÍLIA Dt. de Autuação: 28/05/2019
Classe: 51201 - CÍVEL / PREVIDENCIÁRIO / CONCESSÃO DE BENEFÍCIO / JEF
Autor: ANNE CRISTINA CAVALCANTE DE MESQUITA
Advogado: IARA CRISTINA TEIXEIRA DE LIMA
Réu: INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
NºProcesso: 0015294-48.2019.4.01.3400 Vara: 27ª Vara JEF - BRASÍLIA Dt. de Autuação: 28/05/2019
Classe: 51300 - CÍVEL / SERVIÇO PÚBLICO / JEF
Autor: ROBERTO PATROCINIO DOS SANTOS
Advogado: VINICIUS DE MORAES GONCALVES MENDES
Réu: FUNDACAO NACIONAL DE SAUDE FUNASA
NºProcesso: 0015295-33.2019.4.01.3400 Vara: 27ª Vara JEF - BRASÍLIA Dt. de Autuação: 28/05/2019
Classe: 51201 - CÍVEL / PREVIDENCIÁRIO / CONCESSÃO DE BENEFÍCIO / JEF
Autor: VALDONEZ PEREIRA DA CRUZ
Advogado: JESUS JOSE ALVES FERREIRA
Réu: INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
NºProcesso: 0015296-18.2019.4.01.3400 Vara: 26ª Vara JEF - BRASÍLIA Dt. de Autuação: 28/05/2019
Classe: 51201 - CÍVEL / PREVIDENCIÁRIO / CONCESSÃO DE BENEFÍCIO / JEF
Autor: RAIMUNDO MANOEL DA CRUZ FILHO
Advogado: JESUS JOSE ALVES FERREIRA
Réu: INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
NºProcesso: 0015297-03.2019.4.01.3400 Vara: 27ª Vara JEF - BRASÍLIA Dt. de Autuação: 28/05/2019
Classe: 51201 - CÍVEL / PREVIDENCIÁRIO / CONCESSÃO DE BENEFÍCIO / JEF
Autor: ARLITO MARQUES DOS SANTOS
Advogado: JESUS JOSE ALVES FERREIRA
Réu: INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
NºProcesso: 0015298-85.2019.4.01.3400 Vara: 25ª Vara JEF - BRASÍLIA Dt. de Autuação: 28/05/2019
Classe: 51201 - CÍVEL / PREVIDENCIÁRIO / CONCESSÃO DE BENEFÍCIO / JEF
Autor: LUCIA FATIMA HOCHMULLER DE MELLO
Advogado: ILMA ISABELLE DOS SANTOS VIEIRA REGIS
Réu: INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
NºProcesso: 0015299-70.2019.4.01.3400 Vara: 25ª Vara JEF - BRASÍLIA Dt. de Autuação: 28/05/2019
Classe: 51201 - CÍVEL / PREVIDENCIÁRIO / CONCESSÃO DE BENEFÍCIO / JEF
Autor: RONALDO LINS DE LIMA
Advogado: JESUS JOSE ALVES FERREIRA
JEF VIRTUAL - Controle de Movimentação de Processos
13
I - DISTRIBUIÇÃO
1) AUTOMÁTICA
Réu: INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
NºProcesso: 0015300-55.2019.4.01.3400 Vara: 25ª Vara JEF - BRASÍLIA Dt. de Autuação: 28/05/2019
Classe: 51201 - CÍVEL / PREVIDENCIÁRIO / CONCESSÃO DE BENEFÍCIO / JEF
Autor: MARIA ROSA DE JESUS CAMPOS
Advogado: JESUS JOSE ALVES FERREIRA
Réu: INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
NºProcesso: 0015301-40.2019.4.01.3400 Vara: 26ª Vara JEF - BRASÍLIA Dt. de Autuação: 28/05/2019
Classe: 51100 - CÍVEL / TRIBUTÁRIO / JEF
NºProcesso: 0015302-25.2019.4.01.3400 Vara: 27ª Vara JEF - BRASÍLIA Dt. de Autuação: 28/05/2019
Classe: 51300 - CÍVEL / SERVIÇO PÚBLICO / JEF
Autor: JAIME SANTOS DE SOUZA
Advogado: GILBERTO SIEBRA MONTEIRO
Réu: UNIAO FEDERAL
NºProcesso: 0015303-10.2019.4.01.3400 Vara: 24ª Vara JEF - BRASÍLIA Dt. de Autuação: 28/05/2019
Classe: 51201 - CÍVEL / PREVIDENCIÁRIO / CONCESSÃO DE BENEFÍCIO / JEF
Autor: ELIOMAR CARVALHO DE SANTANA
Advogado: FABIO CORREA RIBEIRO
Réu: INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
NºProcesso: 0015304-92.2019.4.01.3400 Vara: 24ª Vara JEF - BRASÍLIA Dt. de Autuação: 28/05/2019
Classe: 51202 - CÍVEL / PREVIDENCIÁRIO / REVISÃO DE BENEFÍCIO / JEF
Autor: IRINEU GONCALVES
Advogado: FRANCISCO RAFAEL GONCALVES
Réu: INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
NºProcesso: 0015305-77.2019.4.01.3400 Vara: 23ª Vara JEF - BRASÍLIA Dt. de Autuação: 28/05/2019
Classe: 51201 - CÍVEL / PREVIDENCIÁRIO / CONCESSÃO DE BENEFÍCIO / JEF
Autor: EVAILDE MARIA DOS SANTOS
Advogado: FABIO CORREA RIBEIRO
Réu: INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
NºProcesso: 0015306-62.2019.4.01.3400 Vara: 24ª Vara JEF - BRASÍLIA Dt. de Autuação: 28/05/2019
Classe: 51201 - CÍVEL / PREVIDENCIÁRIO / CONCESSÃO DE BENEFÍCIO / JEF
Autor: ILMA PORTO DE LIMA
Advogado: FABIO CORREA RIBEIRO
Réu: INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
NºProcesso: 0015307-47.2019.4.01.3400 Vara: 25ª Vara JEF - BRASÍLIA Dt. de Autuação: 28/05/2019
Classe: 51100 - CÍVEL / TRIBUTÁRIO / JEF
Autor: SANDRA IARIA DA SILVA OLIVEIRA
Advogado: JOAO FRANCISCO DE CAMARGO
Réu: UNIAO FEDERAL (FAZENDA NACIONAL)
NºProcesso: 0015308-32.2019.4.01.3400 Vara: 26ª Vara JEF - BRASÍLIA Dt. de Autuação: 28/05/2019
Classe: 51201 - CÍVEL / PREVIDENCIÁRIO / CONCESSÃO DE BENEFÍCIO / JEF
Autor: ISMAEL CARLOS MOREIRA LIMA
Advogado: FABIO CORREA RIBEIRO
Réu: INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
NºProcesso: 0015309-17.2019.4.01.3400 Vara: 24ª Vara JEF - BRASÍLIA Dt. de Autuação: 28/05/2019
Classe: 51201 - CÍVEL / PREVIDENCIÁRIO / CONCESSÃO DE BENEFÍCIO / JEF
Autor: CELENE SOUSA DA SILVA
Advogado: CENTRO DE ENSINO UNIFICADO DE BRASILIA CEUB - NPJ
Réu: INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
NºProcesso: 0015310-02.2019.4.01.3400 Vara: 23ª Vara JEF - BRASÍLIA Dt. de Autuação: 28/05/2019
Classe: 51100 - CÍVEL / TRIBUTÁRIO / JEF
Autor: JOSENILSON BATISTA DOS SANTOS
Advogado: GILBERTO SIEBRA MONTEIRO
JEF VIRTUAL - Controle de Movimentação de Processos
14
I - DISTRIBUIÇÃO
1) AUTOMÁTICA
Réu: UNIAO FEDERAL (FAZENDA NACIONAL)
NºProcesso: 0015311-84.2019.4.01.3400 Vara: 25ª Vara JEF - BRASÍLIA Dt. de Autuação: 28/05/2019
Classe: 51201 - CÍVEL / PREVIDENCIÁRIO / CONCESSÃO DE BENEFÍCIO / JEF
Autor: IVONETE GOMES DE SOUZA
Advogado: FABIO CORREA RIBEIRO
Réu: INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
NºProcesso: 0015312-69.2019.4.01.3400 Vara: 23ª Vara JEF - BRASÍLIA Dt. de Autuação: 28/05/2019
Classe: 51201 - CÍVEL / PREVIDENCIÁRIO / CONCESSÃO DE BENEFÍCIO / JEF
NºProcesso: 0015313-54.2019.4.01.3400 Vara: 25ª Vara JEF - BRASÍLIA Dt. de Autuação: 28/05/2019
Classe: 51201 - CÍVEL / PREVIDENCIÁRIO / CONCESSÃO DE BENEFÍCIO / JEF
Autor: SALVADOR FERREIRA AFONSO
Advogado: FABIO CORREA RIBEIRO
Réu: INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
NºProcesso: 0015314-39.2019.4.01.3400 Vara: 26ª Vara JEF - BRASÍLIA Dt. de Autuação: 28/05/2019
Classe: 51300 - CÍVEL / SERVIÇO PÚBLICO / JEF
Autor: JOSENILSON BATISTA DOS SANTOS
Advogado: GILBERTO SIEBRA MONTEIRO
Réu: UNIAO FEDERAL
NºProcesso: 0015315-24.2019.4.01.3400 Vara: 24ª Vara JEF - BRASÍLIA Dt. de Autuação: 28/05/2019
Classe: 51201 - CÍVEL / PREVIDENCIÁRIO / CONCESSÃO DE BENEFÍCIO / JEF
Autor: VALMA MENDES TEIXEIRA
Advogado: FABIO CORREA RIBEIRO
Réu: INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
NºProcesso: 0015316-09.2019.4.01.3400 Vara: 25ª Vara JEF - BRASÍLIA Dt. de Autuação: 28/05/2019
Classe: 51201 - CÍVEL / PREVIDENCIÁRIO / CONCESSÃO DE BENEFÍCIO / JEF
Autor: MARIA DA PENHA SILVA RIBEIRO
Advogado: NIVALDO DANTAS DE CARVALHO
Réu: INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
NºProcesso: 0015317-91.2019.4.01.3400 Vara: 27ª Vara JEF - BRASÍLIA Dt. de Autuação: 28/05/2019
Classe: 51201 - CÍVEL / PREVIDENCIÁRIO / CONCESSÃO DE BENEFÍCIO / JEF
Autor: ZENILDE DIAS LOPES
Advogado: FABIO CORREA RIBEIRO
Réu: INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
NºProcesso: 0015318-76.2019.4.01.3400 Vara: 26ª Vara JEF - BRASÍLIA Dt. de Autuação: 28/05/2019
Classe: 51300 - CÍVEL / SERVIÇO PÚBLICO / JEF
Autor: JOSENILSON BATISTA DOS SANTOS
Advogado: GILBERTO SIEBRA MONTEIRO
Réu: UNIAO FEDERAL
NºProcesso: 0015319-61.2019.4.01.3400 Vara: 24ª Vara JEF - BRASÍLIA Dt. de Autuação: 28/05/2019
Classe: 51201 - CÍVEL / PREVIDENCIÁRIO / CONCESSÃO DE BENEFÍCIO / JEF
Autor: JUNIO RIBEIRO DE OLIVEIRA
Advogado: DEFENSORIA PUBLICA DA UNIAO
Réu: INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
NºProcesso: 0015320-46.2019.4.01.3400 Vara: 23ª Vara JEF - BRASÍLIA Dt. de Autuação: 28/05/2019
Classe: 51201 - CÍVEL / PREVIDENCIÁRIO / CONCESSÃO DE BENEFÍCIO / JEF
Autor: MARIA TELMA DOS SANTOS MOREIRA
Advogado: CARLOS MAGNO DOS SANTOS COELHO
Réu: INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
NºProcesso: 0015321-31.2019.4.01.3400 Vara: 24ª Vara JEF - BRASÍLIA Dt. de Autuação: 28/05/2019
Classe: 51201 - CÍVEL / PREVIDENCIÁRIO / CONCESSÃO DE BENEFÍCIO / JEF
Autor: ERMELINDA SARAIVA DO NASCIMENTO
Advogado: ISABELLA ATAIDE CORDEIRO
JEF VIRTUAL - Controle de Movimentação de Processos
15
I - DISTRIBUIÇÃO
1) AUTOMÁTICA
Réu: INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
NºProcesso: 0015322-16.2019.4.01.3400 Vara: 25ª Vara JEF - BRASÍLIA Dt. de Autuação: 28/05/2019
Classe: 51201 - CÍVEL / PREVIDENCIÁRIO / CONCESSÃO DE BENEFÍCIO / JEF
Autor: EDEIAS BRITO DE SOUZA
Advogado: JOAO FELIPE MELO DE CARVALHO
Réu: INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
NºProcesso: 0015323-98.2019.4.01.3400 Vara: 24ª Vara JEF - BRASÍLIA Dt. de Autuação: 28/05/2019
Classe: 51100 - CÍVEL / TRIBUTÁRIO / JEF
NºProcesso: 0015324-83.2019.4.01.3400 Vara: 27ª Vara JEF - BRASÍLIA Dt. de Autuação: 28/05/2019
Classe: 51201 - CÍVEL / PREVIDENCIÁRIO / CONCESSÃO DE BENEFÍCIO / JEF
Autor: DANIELE DE OLIVEIRA FERREIRA
Advogado: WANDER GUALBERTO FONTENELE
Réu: INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
NºProcesso: 0015326-53.2019.4.01.3400 Vara: 27ª Vara JEF - BRASÍLIA Dt. de Autuação: 28/05/2019
Classe: 51201 - CÍVEL / PREVIDENCIÁRIO / CONCESSÃO DE BENEFÍCIO / JEF
Autor: RONALDO MERCADANTE DE LACERDA
Advogado: DEFENSORA PUBLICA DA UNIAO
Réu: INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
NºProcesso: 0015327-38.2019.4.01.3400 Vara: 27ª Vara JEF - BRASÍLIA Dt. de Autuação: 28/05/2019
Classe: 51201 - CÍVEL / PREVIDENCIÁRIO / CONCESSÃO DE BENEFÍCIO / JEF
Autor: EDNA DE BARROS
Advogado: CLAUDIA ROCHA CACIQUINHO
Réu: INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
NºProcesso: 0015328-23.2019.4.01.3400 Vara: 25ª Vara JEF - BRASÍLIA Dt. de Autuação: 28/05/2019
Classe: 51300 - CÍVEL / SERVIÇO PÚBLICO / JEF
Autor: JOSENILSON BATISTA DOS SANTOS
Advogado: GILBERTO SIEBRA MONTEIRO
Réu: UNIAO FEDERAL
NºProcesso: 0015331-75.2019.4.01.3400 Vara: 26ª Vara JEF - BRASÍLIA Dt. de Autuação: 28/05/2019
Classe: 51201 - CÍVEL / PREVIDENCIÁRIO / CONCESSÃO DE BENEFÍCIO / JEF
Autor: MARIA LUCIA PEREIRA DA SILVA
Advogado: PERPETUA DA GUIA COSTA RIBAS
Réu: INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
NºProcesso: 0015332-60.2019.4.01.3400 Vara: 25ª Vara JEF - BRASÍLIA Dt. de Autuação: 28/05/2019
Classe: 51201 - CÍVEL / PREVIDENCIÁRIO / CONCESSÃO DE BENEFÍCIO / JEF
Autor: COSMA RAMOS DE FARIAS
Advogado: FELIPE DOUGLAS MOREIRA CARVALHO
Réu: INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
NºProcesso: 0015333-45.2019.4.01.3400 Vara: 27ª Vara JEF - BRASÍLIA Dt. de Autuação: 28/05/2019
Classe: 51201 - CÍVEL / PREVIDENCIÁRIO / CONCESSÃO DE BENEFÍCIO / JEF
Autor: LUIZ CIPRIANO DE OLIVEIRA
Advogado: NIVALDO DANTAS DE CARVALHO
Réu: INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
NºProcesso: 0015334-30.2019.4.01.3400 Vara: 26ª Vara JEF - BRASÍLIA Dt. de Autuação: 28/05/2019
Classe: 51300 - CÍVEL / SERVIÇO PÚBLICO / JEF
Autor: BARTOLOMEU DE MELO E SOUZA
Advogado: GILBERTO SIEBRA MONTEIRO
Réu: UNIAO FEDERAL
NºProcesso: 0015335-15.2019.4.01.3400 Vara: 27ª Vara JEF - BRASÍLIA Dt. de Autuação: 28/05/2019
Classe: 51300 - CÍVEL / SERVIÇO PÚBLICO / JEF
Autor: JOAO BERNARDINO GONCALVES NETO
Advogado: FERNANDO TOLEDO RODRIGUES
JEF VIRTUAL - Controle de Movimentação de Processos
16
I - DISTRIBUIÇÃO
1) AUTOMÁTICA
Réu: UNIAO FEDERAL
NºProcesso: 0015336-97.2019.4.01.3400 Vara: 27ª Vara JEF - BRASÍLIA Dt. de Autuação: 28/05/2019
Classe: 51202 - CÍVEL / PREVIDENCIÁRIO / REVISÃO DE BENEFÍCIO / JEF
Autor: MARIO SANTANA DO NASCIMENTO
Advogado: DEFENSOORIA PUBLICA DA UNIAO
Réu: INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
NºProcesso: 0015337-82.2019.4.01.3400 Vara: 27ª Vara JEF - BRASÍLIA Dt. de Autuação: 28/05/2019
Classe: 51201 - CÍVEL / PREVIDENCIÁRIO / CONCESSÃO DE BENEFÍCIO / JEF
NºProcesso: 0015338-67.2019.4.01.3400 Vara: 26ª Vara JEF - BRASÍLIA Dt. de Autuação: 28/05/2019
Classe: 51201 - CÍVEL / PREVIDENCIÁRIO / CONCESSÃO DE BENEFÍCIO / JEF
Autor: VICENTE PEREIRA DA SILVA
Advogado: NAYRA NAZARE DA SILVA
Réu: INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
NºProcesso: 0015342-07.2019.4.01.3400 Vara: 26ª Vara JEF - BRASÍLIA Dt. de Autuação: 28/05/2019
Classe: 51100 - CÍVEL / TRIBUTÁRIO / JEF
Autor: JOAO BERNARDINO GONCALVES NETO
Advogado: FRANCISCO ESTEVAO ALMEIDA CAVALCANTI DE SOUZA
Réu: UNIAO FEDERAL (FAZENDA NACIONAL)
NºProcesso: 0015347-29.2019.4.01.3400 Vara: 27ª Vara JEF - BRASÍLIA Dt. de Autuação: 28/05/2019
Classe: 51201 - CÍVEL / PREVIDENCIÁRIO / CONCESSÃO DE BENEFÍCIO / JEF
Autor: CIRENE NICODINA DA SILVA
Advogado: NAYRA NAZARE DA SILVA
Réu: INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
NºProcesso: 0015348-14.2019.4.01.3400 Vara: 25ª Vara JEF - BRASÍLIA Dt. de Autuação: 28/05/2019
Classe: 51300 - CÍVEL / SERVIÇO PÚBLICO / JEF
Autor: BARTOLOMEU DE MELO E SOUZA
Advogado: GILBERTO SIEBRA MONTEIRO
Réu: UNIAO FEDERAL
NºProcesso: 0015349-96.2019.4.01.3400 Vara: 26ª Vara JEF - BRASÍLIA Dt. de Autuação: 28/05/2019
Classe: 51201 - CÍVEL / PREVIDENCIÁRIO / CONCESSÃO DE BENEFÍCIO / JEF
Autor: DIEGO VIEIRA DE LUCENA
Advogado: TATIANA FREIRE ALVES MAESTRI
Réu: INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
NºProcesso: 0015350-81.2019.4.01.3400 Vara: 26ª Vara JEF - BRASÍLIA Dt. de Autuação: 28/05/2019
Classe: 51100 - CÍVEL / TRIBUTÁRIO / JEF
Autor: JOAQUIM MATEUS VIEIRA
Advogado: FRANCISCO ESTEVAO ALMEIDA CAVALCANTI DE SOUZA
Réu: UNIAO FEDERAL (FAZENDA NACIONAL)
NºProcesso: 0015351-66.2019.4.01.3400 Vara: 25ª Vara JEF - BRASÍLIA Dt. de Autuação: 28/05/2019
Classe: 51300 - CÍVEL / SERVIÇO PÚBLICO / JEF
Autor: RONALDO SCHIMIDT GONCALVES DE ALMEIDA
Advogado: RIEDEL RESENDE E ADVOGADOS ASSOCIADOS S/C
Réu: BANCO CENTRAL DO BRASIL-BACEN
NºProcesso: 0015352-51.2019.4.01.3400 Vara: 23ª Vara JEF - BRASÍLIA Dt. de Autuação: 28/05/2019
Classe: 51201 - CÍVEL / PREVIDENCIÁRIO / CONCESSÃO DE BENEFÍCIO / JEF
Autor: CREUZA MACHADO DE SOUSA PEREIRA
Advogado: NIVALDO DANTAS DE CARVALHO
Réu: INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
NºProcesso: 0015353-36.2019.4.01.3400 Vara: 24ª Vara JEF - BRASÍLIA Dt. de Autuação: 28/05/2019
Classe: 51201 - CÍVEL / PREVIDENCIÁRIO / CONCESSÃO DE BENEFÍCIO / JEF
Autor: ADIJANIRA PEREIRA RODRIGUES
Advogado: KLELIA LUCIA RAMOS RODRIGUES MOISES
JEF VIRTUAL - Controle de Movimentação de Processos
17
I - DISTRIBUIÇÃO
1) AUTOMÁTICA
Réu: INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
NºProcesso: 0015354-21.2019.4.01.3400 Vara: 27ª Vara JEF - BRASÍLIA Dt. de Autuação: 28/05/2019
Classe: 51201 - CÍVEL / PREVIDENCIÁRIO / CONCESSÃO DE BENEFÍCIO / JEF
Autor: ARGEMIRO CAVALCANTE SA TELES
Advogado: NAYRA NAZARE DA SILVA
Réu: INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
NºProcesso: 0015355-06.2019.4.01.3400 Vara: 23ª Vara JEF - BRASÍLIA Dt. de Autuação: 28/05/2019
Classe: 51100 - CÍVEL / TRIBUTÁRIO / JEF
NºProcesso: 0015356-88.2019.4.01.3400 Vara: 23ª Vara JEF - BRASÍLIA Dt. de Autuação: 28/05/2019
Classe: 51900 - PROCEDIMENTO COMUM CÍVEL / OUTROS / JEF
Autor: JULIA CORREA CORTE
Advogado: DEFENSORIA PUBLICA DA UNIAO
Réu: CAIXA ECONOMICA FEDERAL
NºProcesso: 0015357-73.2019.4.01.3400 Vara: 27ª Vara JEF - BRASÍLIA Dt. de Autuação: 28/05/2019
Classe: 51201 - CÍVEL / PREVIDENCIÁRIO / CONCESSÃO DE BENEFÍCIO / JEF
Autor: ELZA CORDEIRO DAS NEVES
Advogado: DEFENSORIA PUBLICA DA UNIAO
Réu: INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
NºProcesso: 0015358-58.2019.4.01.3400 Vara: 27ª Vara JEF - BRASÍLIA Dt. de Autuação: 28/05/2019
Classe: 51300 - CÍVEL / SERVIÇO PÚBLICO / JEF
Autor: PAULO FERNANDO OLIVEIRA LOPES
Advogado: MARCELO DOS SANTOS FAGUNDES
Réu: UNIAO FEDERAL
NºProcesso: 0015360-28.2019.4.01.3400 Vara: 27ª Vara JEF - BRASÍLIA Dt. de Autuação: 28/05/2019
Classe: 51201 - CÍVEL / PREVIDENCIÁRIO / CONCESSÃO DE BENEFÍCIO / JEF
Autor: VALDETE BORGE DA SILVA
Advogado: DEFENSORIA PUBLICA DA UNIAO
Réu: INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
NºProcesso: 0015361-13.2019.4.01.3400 Vara: 25ª Vara JEF - BRASÍLIA Dt. de Autuação: 28/05/2019
Classe: 51100 - CÍVEL / TRIBUTÁRIO / JEF
Autor: JOSE MENDES MOREIRA
Advogado: FRANCISCO ESTEVAO ALMEIDA CAVALCANTI DE SOUZA
Réu: UNIAO FEDERAL (FAZENDA NACIONAL)
NºProcesso: 0015362-95.2019.4.01.3400 Vara: 24ª Vara JEF - BRASÍLIA Dt. de Autuação: 28/05/2019
Classe: 51100 - CÍVEL / TRIBUTÁRIO / JEF
Autor: JOSE MENDES MOREIRA
Advogado: FRANCISCO ESTEVAO ALMEIDA CAVALCANTI DE SOUZA
Réu: UNIAO FEDERAL (FAZENDA NACIONAL)
NºProcesso: 0015363-80.2019.4.01.3400 Vara: 26ª Vara JEF - BRASÍLIA Dt. de Autuação: 28/05/2019
Classe: 51201 - CÍVEL / PREVIDENCIÁRIO / CONCESSÃO DE BENEFÍCIO / JEF
Autor: ARISVALDO RODRIGUES SILVA
Advogado: VALNEI CARVALHO BARBOSA
Réu: INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
NºProcesso: 0015364-65.2019.4.01.3400 Vara: 23ª Vara JEF - BRASÍLIA Dt. de Autuação: 28/05/2019
Classe: 51100 - CÍVEL / TRIBUTÁRIO / JEF
Autor: JOSE PEREIRA FILHO
Advogado: FRANCISCO ESTEVAO ALMEIDA CAVALCANTI DE SOUZA
Réu: UNIAO FEDERAL (FAZENDA NACIONAL)
NºProcesso: 0015365-50.2019.4.01.3400 Vara: 24ª Vara JEF - BRASÍLIA Dt. de Autuação: 28/05/2019
Classe: 51300 - CÍVEL / SERVIÇO PÚBLICO / JEF
Autor: RENIVALDA SOARES DA SILVA
Advogado: RIAN CARLOS SANT'ANNA
JEF VIRTUAL - Controle de Movimentação de Processos
18
I - DISTRIBUIÇÃO
1) AUTOMÁTICA
Réu: UNIAO FEDERAL
NºProcesso: 0015366-35.2019.4.01.3400 Vara: 24ª Vara JEF - BRASÍLIA Dt. de Autuação: 28/05/2019
Classe: 51100 - CÍVEL / TRIBUTÁRIO / JEF
Autor: JOSE PEREIRA FILHO
Advogado: FRANCISCO ESTEVAO ALMEIDA CAVALCANTI DE SOUZA
Réu: UNIAO FEDERAL (FAZENDA NACIONAL)
NºProcesso: 0015367-20.2019.4.01.3400 Vara: 23ª Vara JEF - BRASÍLIA Dt. de Autuação: 28/05/2019
Classe: 51100 - CÍVEL / TRIBUTÁRIO / JEF
NºProcesso: 0015368-05.2019.4.01.3400 Vara: 25ª Vara JEF - BRASÍLIA Dt. de Autuação: 28/05/2019
Classe: 51100 - CÍVEL / TRIBUTÁRIO / JEF
Autor: LUIZ ANTONIO DO PRADO
Advogado: FERNANDO TOLEDO RODRIGUES
Réu: UNIAO FEDERAL (FAZENDA NACIONAL)
NºProcesso: 0015369-87.2019.4.01.3400 Vara: 27ª Vara JEF - BRASÍLIA Dt. de Autuação: 28/05/2019
Classe: 51201 - CÍVEL / PREVIDENCIÁRIO / CONCESSÃO DE BENEFÍCIO / JEF
Autor: JOSE BEZERRA DA SILVA
Advogado: WANDERSON FARIAS DE CAMARGOS
Réu: INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
NºProcesso: 0015370-72.2019.4.01.3400 Vara: 23ª Vara JEF - BRASÍLIA Dt. de Autuação: 28/05/2019
Classe: 51100 - CÍVEL / TRIBUTÁRIO / JEF
Autor: LUIZ ANTONIO DO PRADO
Advogado: FRANCISCO ESTEVAO ALMEIDA CAVALCANTI DE SOUZA
Réu: UNIAO FEDERAL (FAZENDA NACIONAL)
NºProcesso: 0015371-57.2019.4.01.3400 Vara: 26ª Vara JEF - BRASÍLIA Dt. de Autuação: 28/05/2019
Classe: 51300 - CÍVEL / SERVIÇO PÚBLICO / JEF
Autor: AILSA DE OLIVEIRA SOARES
Advogado: RIAN CARLOS SANT'ANNA
Réu: UNIAO FEDERAL
NºProcesso: 0015372-42.2019.4.01.3400 Vara: 27ª Vara JEF - BRASÍLIA Dt. de Autuação: 28/05/2019
Classe: 51100 - CÍVEL / TRIBUTÁRIO / JEF
Autor: PEDRO PEREIRA DA SILVA FILHO
Advogado: FRANCISCO ESTEVAO ALMEIDA CAVALCANTI DE SOUZA
Réu: UNIAO FEDERAL (FAZENDA NACIONAL)
NºProcesso: 0015374-12.2019.4.01.3400 Vara: 27ª Vara JEF - BRASÍLIA Dt. de Autuação: 28/05/2019
Classe: 51100 - CÍVEL / TRIBUTÁRIO / JEF
Autor: PEDRO PEREIRA DA SILVA FILHO
Advogado: FRANCISCO ESTEVAO ALMEIDA CAVALCANTI DE SOUZA
Réu: UNIAO FEDERAL (FAZENDA NACIONAL)
NºProcesso: 0015375-94.2019.4.01.3400 Vara: 27ª Vara JEF - BRASÍLIA Dt. de Autuação: 28/05/2019
Classe: 51201 - CÍVEL / PREVIDENCIÁRIO / CONCESSÃO DE BENEFÍCIO / JEF
Autor: ANDERSON FABIANO DE MOURA
Advogado: MARCOS MARTINS COSTA
Réu: INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
NºProcesso: 0015376-79.2019.4.01.3400 Vara: 27ª Vara JEF - BRASÍLIA Dt. de Autuação: 28/05/2019
Classe: 51900 - PROCEDIMENTO COMUM CÍVEL / OUTROS / JEF
Autor: FABIO DA SILVA RIBEIRO
Advogado: ALYNE PEREIRA TELES
Réu: CAIXA ECONOMICA FEDERAL
NºProcesso: 0015377-64.2019.4.01.3400 Vara: 23ª Vara JEF - BRASÍLIA Dt. de Autuação: 28/05/2019
Classe: 51100 - CÍVEL / TRIBUTÁRIO / JEF
Autor: DANIEL LORENZ DE AZEVEDO
Advogado: JOAO FRANCISCO DE CAMARGO
JEF VIRTUAL - Controle de Movimentação de Processos
19
I - DISTRIBUIÇÃO
1) AUTOMÁTICA
Réu: UNIAO FEDERAL (FAZENDA NACIONAL)
NºProcesso: 0015380-19.2019.4.01.3400 Vara: 25ª Vara JEF - BRASÍLIA Dt. de Autuação: 28/05/2019
Classe: 51100 - CÍVEL / TRIBUTÁRIO / JEF
Autor: JULIO BEZERRA DE MELLO SILLERO
Advogado: LEONARDO DE CARVALHO BARBOZA
Réu: UNIAO FEDERAL (FAZENDA NACIONAL)
NºProcesso: 0015381-04.2019.4.01.3400 Vara: 23ª Vara JEF - BRASÍLIA Dt. de Autuação: 28/05/2019
Classe: 51201 - CÍVEL / PREVIDENCIÁRIO / CONCESSÃO DE BENEFÍCIO / JEF
NºProcesso: 0015382-86.2019.4.01.3400 Vara: 27ª Vara JEF - BRASÍLIA Dt. de Autuação: 28/05/2019
Classe: 51201 - CÍVEL / PREVIDENCIÁRIO / CONCESSÃO DE BENEFÍCIO / JEF
Autor: CASSIA MARIA ABRANTES ROQUE
Advogado: SÉRGIO EDUARDO ROCKENBACH
Réu: INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
NºProcesso: 0015384-56.2019.4.01.3400 Vara: 25ª Vara JEF - BRASÍLIA Dt. de Autuação: 28/05/2019
Classe: 51300 - CÍVEL / SERVIÇO PÚBLICO / JEF
Autor: CLEIDE BATISTA SEBA
Advogado: MARIANA PRADO GARCIA DE QUEIROZ VELHO
Réu: UNIAO FEDERAL
NºProcesso: 0015385-41.2019.4.01.3400 Vara: 26ª Vara JEF - BRASÍLIA Dt. de Autuação: 28/05/2019
Classe: 51201 - CÍVEL / PREVIDENCIÁRIO / CONCESSÃO DE BENEFÍCIO / JEF
Autor: ANTONIO RIBEIRO DE LIMA
Advogado: NIVALDO DANTAS DE CARVALHO
Réu: INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
NºProcesso: 0015386-26.2019.4.01.3400 Vara: 25ª Vara JEF - BRASÍLIA Dt. de Autuação: 28/05/2019
Classe: 51100 - CÍVEL / TRIBUTÁRIO / JEF
Autor: HELIO RODRIGUES SIMOES
Advogado: MYLENE QUITÉRIA CALDAS
Réu: UNIAO FEDERAL (FAZENDA NACIONAL)
NºProcesso: 0015387-11.2019.4.01.3400 Vara: 25ª Vara JEF - BRASÍLIA Dt. de Autuação: 28/05/2019
Classe: 51100 - CÍVEL / TRIBUTÁRIO / JEF
Autor: WALDINAR RIBEIRO DOS SANTOS
Advogado: FRANCISCO ESTEVAO ALMEIDA CAVALCANTI DE SOUZA
Réu: UNIAO FEDERAL (FAZENDA NACIONAL)
NºProcesso: 0015388-93.2019.4.01.3400 Vara: 25ª Vara JEF - BRASÍLIA Dt. de Autuação: 28/05/2019
Classe: 51201 - CÍVEL / PREVIDENCIÁRIO / CONCESSÃO DE BENEFÍCIO / JEF
Autor: MARIA JOSE TEODORO DO NASCIMENTO
Advogado: VERONICA VILAR DE MEDEIROS
Réu: INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
NºProcesso: 0015389-78.2019.4.01.3400 Vara: 26ª Vara JEF - BRASÍLIA Dt. de Autuação: 28/05/2019
Classe: 51201 - CÍVEL / PREVIDENCIÁRIO / CONCESSÃO DE BENEFÍCIO / JEF
Autor: LUIZ CLAUDIO QUEIROZ DE ANICETO
Advogado: NIVALDO DANTAS DE CARVALHO
Réu: INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
NºProcesso: 0015391-48.2019.4.01.3400 Vara: 24ª Vara JEF - BRASÍLIA Dt. de Autuação: 28/05/2019
Classe: 51201 - CÍVEL / PREVIDENCIÁRIO / CONCESSÃO DE BENEFÍCIO / JEF
Autor: AMERICO FERNANDES DO COUTO
Advogado: ROCHAEL VAZ DA SILVA JUNIOR
Réu: INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
NºProcesso: 0015395-85.2019.4.01.3400 Vara: 23ª Vara JEF - BRASÍLIA Dt. de Autuação: 28/05/2019
Classe: 51100 - CÍVEL / TRIBUTÁRIO / JEF
Autor: WALDINAR RIBEIRO DOS SANTOS
Advogado: FRANCISCO ESTEVAO ALMEIDA CAVALCANTI DE SOUZA
JEF VIRTUAL - Controle de Movimentação de Processos
20
I - DISTRIBUIÇÃO
1) AUTOMÁTICA
Réu: UNIAO FEDERAL (FAZENDA NACIONAL)
NºProcesso: 0015398-40.2019.4.01.3400 Vara: 23ª Vara JEF - BRASÍLIA Dt. de Autuação: 28/05/2019
Classe: 51100 - CÍVEL / TRIBUTÁRIO / JEF
Autor: DIRLENE QUINTILIANO BARROS
Advogado: JOAO FRANCISCO DE CAMARGO
Réu: UNIAO FEDERAL (FAZENDA NACIONAL)
NºProcesso: 0015400-10.2019.4.01.3400 Vara: 25ª Vara JEF - BRASÍLIA Dt. de Autuação: 28/05/2019
Classe: 51100 - CÍVEL / TRIBUTÁRIO / JEF
NºProcesso: 0015402-77.2019.4.01.3400 Vara: 25ª Vara JEF - BRASÍLIA Dt. de Autuação: 28/05/2019
Classe: 51100 - CÍVEL / TRIBUTÁRIO / JEF
Autor: CLOVIS MARQUES DE ALMEIDA
Advogado: JOAO FRANCISCO DE CAMARGO
Réu: UNIAO FEDERAL (FAZENDA NACIONAL)
NºProcesso: 0015415-76.2019.4.01.3400 Vara: 23ª Vara JEF - BRASÍLIA Dt. de Autuação: 28/05/2019
Classe: 51201 - CÍVEL / PREVIDENCIÁRIO / CONCESSÃO DE BENEFÍCIO / JEF
Autor: MARIA DO SOCORRO DOS SANTOS SILVA
Advogado: GREGORY BRITO RODRIGUES
Réu: INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
NºProcesso: 0015418-31.2019.4.01.3400 Vara: 25ª Vara JEF - BRASÍLIA Dt. de Autuação: 28/05/2019
Classe: 51201 - CÍVEL / PREVIDENCIÁRIO / CONCESSÃO DE BENEFÍCIO / JEF
Autor: MARIZA DE SOUSA TARGINO
Advogado: WANDER GUALBERTO FONTENELE
Réu: INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
NºProcesso: 0015569-94.2019.4.01.3400 Vara: 26ª Vara JEF - BRASÍLIA Dt. de Autuação: 28/05/2019
Classe: 51201 - CÍVEL / PREVIDENCIÁRIO / CONCESSÃO DE BENEFÍCIO / JEF
Autor: RAFAEL FONSECA DOS SANTOS
Advogado: NIVALDO DANTAS DE CARVALHO
Réu: INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
NºProcesso: 0015570-79.2019.4.01.3400 Vara: 27ª Vara JEF - BRASÍLIA Dt. de Autuação: 28/05/2019
Classe: 51100 - CÍVEL / TRIBUTÁRIO / JEF
Autor: MARIA DAS DORE DA SILVEIRA
Advogado: GUSTAVO GONCALVES LOPES
Réu: UNIAO FEDERAL (FAZENDA NACIONAL)
NºProcesso: 0015571-64.2019.4.01.3400 Vara: 25ª Vara JEF - BRASÍLIA Dt. de Autuação: 28/05/2019
Classe: 51201 - CÍVEL / PREVIDENCIÁRIO / CONCESSÃO DE BENEFÍCIO / JEF
Autor: MARIA ELENILSA DO NASCIMENTO
Advogado: NIVALDO DANTAS DE CARVALHO
Réu: INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
NºProcesso: 0015572-49.2019.4.01.3400 Vara: 24ª Vara JEF - BRASÍLIA Dt. de Autuação: 28/05/2019
Classe: 51201 - CÍVEL / PREVIDENCIÁRIO / CONCESSÃO DE BENEFÍCIO / JEF
Autor: ALFREDO ALVES SANTANA
Advogado: BRUNO FELIPE CORTES SANTOS
Réu: INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
NºProcesso: 0015573-34.2019.4.01.3400 Vara: 25ª Vara JEF - BRASÍLIA Dt. de Autuação: 28/05/2019
Classe: 51300 - CÍVEL / SERVIÇO PÚBLICO / JEF
Autor: THIAGO FERAN FREITAS ARAUJO
Advogado: JOAO MARCOS FONSECA DE MELO
Réu: UNIAO FEDERAL
NºProcesso: 0015574-19.2019.4.01.3400 Vara: 25ª Vara JEF - BRASÍLIA Dt. de Autuação: 28/05/2019
Classe: 51100 - CÍVEL / TRIBUTÁRIO / JEF
Autor: SUZE MARIA DE MELO LABOISSIRE LOYOLA
Advogado: KATIUSCIA PEREIRA DE ALVIM
JEF VIRTUAL - Controle de Movimentação de Processos
21
I - DISTRIBUIÇÃO
1) AUTOMÁTICA
Réu: UNIAO FEDERAL (FAZENDA NACIONAL)
NºProcesso: 0015575-04.2019.4.01.3400 Vara: 23ª Vara JEF - BRASÍLIA Dt. de Autuação: 28/05/2019
Classe: 51100 - CÍVEL / TRIBUTÁRIO / JEF
Autor: ORLEI ROSALVO PEREIRA
Advogado: FRANCISCO ESTEVAO ALMEIDA CAVALCANTI DE SOUZA
Réu: UNIAO FEDERAL (FAZENDA NACIONAL)
NºProcesso: 0015576-86.2019.4.01.3400 Vara: 27ª Vara JEF - BRASÍLIA Dt. de Autuação: 28/05/2019
Classe: 51201 - CÍVEL / PREVIDENCIÁRIO / CONCESSÃO DE BENEFÍCIO / JEF
NºProcesso: 0015577-71.2019.4.01.3400 Vara: 27ª Vara JEF - BRASÍLIA Dt. de Autuação: 28/05/2019
Classe: 51100 - CÍVEL / TRIBUTÁRIO / JEF
Autor: ORLEI ROSALVO PEREIRA
Advogado: FRANCISCO ESTEVAO ALMEIDA CAVALCANTI DE SOUZA
Réu: UNIAO FEDERAL (FAZENDA NACIONAL)
NºProcesso: 0015578-56.2019.4.01.3400 Vara: 25ª Vara JEF - BRASÍLIA Dt. de Autuação: 28/05/2019
Classe: 51600 - CÍVEL / FGTS / JEF
Autor: CARLOS DE CASTRO MARTINS
Advogado: HENRIQUE ALVES DE ARAUJO
Réu: CAIXA ECONOMICA FEDERAL
JEF VIRTUAL - Controle de Movimentação de Processos
22
IV - DEMOSTRATIVO
DISTRIBUÍDOS AUTOMATICAMENTE______________________124
DISTRIBUÍDOS MANUALMENTE__________________________0
REDISTRIBUÍDOS MANUALMENTE________________________0
TOTAL DE PROCESSOS_________________________________124
______________________
Data
Servidor - matrícula
Juíz distribuidor
PODER
JUDICIÁRIO
SEÇÃO JUDICIÁRIA DO DISTRITO FEDERAL
EDITAL DE CITAÇÃO
(PRAZO DE 30 DIAS)
O DR. ANDERSON SANTOS DA SILVA, JUIZ FEDERAL SUBSTITUTO DA 2ª VARA DA
FAZ SABER que no Juízo da 2ª Vara Federal da Seção Judiciária do DF tramitam os autos da Ação Ordinária nº
8259-08.2017.4.01.3400, movida por WALDEREZ DE ASSUNÇÃO E SILVA contra a CAIXA ECONÔMICA FEDERAL e OUTROS, e
determina por requerimento da autora a expedição do presente edital para citação dos réus Antônio Brito Costa; Erondina Lopes Moreira, CPF
n. 387.800.031-68; Waldemar Batista Pinheiro, CPF n. 144.974.411-72; Maria Luiza Alves de Souza Pinheiro, CPF n. 258.116.731-91 e Joana
Suares de Sousa, CPF n. 376.214.241-68, que se encontram em lugar incerto e não sabido, para ciência dos termos da presente ação,
contestando-a, querendo, no prazo de 30 (trinta) dias (art. 335, do CPC), com a advertência de que será nomeado curador especial em caso de
revelia (art. 257, IV, CPC). E para chegar ao conhecimento de todos expedi o presente edital que será publicado na forma da lei (art. 257, II
CPC). Brasília, 22 de abril de 2019. Subscrito e assinado pelo MM. Juiz Federal Substituto da 2ª Vara da Seção Judiciária do DF.
PODER JUDICIÁRIO
JUSTIÇA FEDERAL DE PRIMEIRA INSTÂNCIA
SEÇÃO JUDICIÁRIA DO DISTRITO FEDERAL-2ª VARA - BRASÍLIA
EXQTE : UNIAO
EXCDO : SIRLE PEREIRA FONSECA
ADVOGADO : DF00004595 - ULISSES BORGES DE RESENDE
EXQTE : ESPOLIO DE IVAN JOSE RAMOS ALVARO REPRESENTADO POR VERA LUCIA BASTOS ALVARO E
OUTRO
ADVOGADO : DF00023435 - IVAN BASTOS ALVARO
EXCDO : CAIXA ECONOMICA FEDERAL
ADVOGADO : GO00018725 - SERGIO MEIRELLES BASTOS
Intimem-se.
PODER JUDICIÁRIO
JUSTIÇA FEDERAL DE PRIMEIRA INSTÂNCIA
SEÇÃO JUDICIÁRIA DO DISTRITO FEDERAL-8ª VARA - BRASÍLIA
PODER JUDICIÁRIO
JUSTIÇA FEDERAL DE PRIMEIRA INSTÂNCIA
SEÇÃO JUDICIÁRIA DO DISTRITO FEDERAL-8ª VARA - BRASÍLIA
pagamento referente ao crédito dos autores falecidos devem ser expedidas em favor dos inventariantes habilitados, a
quem caberá o encargo de promover o rateio das parcelas devidas aos demais herdeiros, mediante comprovação a
este Juízo no prazo de 30 (trinta) dias a contar da intimação para levantamento do depósito. Tendo em vista a
manifestação de fls. ... defiro desde já a expedição de requisições de pagamento em favor de ... conforme cálculos de
fls. ...
PODER JUDICIÁRIO
JUSTIÇA FEDERAL DE PRIMEIRA INSTÂNCIA
SEÇÃO JUDICIÁRIA DO DISTRITO FEDERAL-8ª VARA - BRASÍLIA
PODER JUDICIÁRIO
JUSTIÇA FEDERAL DE PRIMEIRA INSTÂNCIA
SEÇÃO JUDICIÁRIA DO DISTRITO FEDERAL-8ª VARA - BRASÍLIA
PODER JUDICIÁRIO
JUSTIÇA FEDERAL DE PRIMEIRA INSTÂNCIA
Seção Judiciária do Distrito Federal - 9ª Vara Federal Cível da SJDF
O Exmo. Sr. Juiz exarou :"Pelo exposto, confirmo a liminar e CONCEDO PARCIALMENTE A SEGURANÇA."
56
PODER JUDICIÁRIO
JUSTIÇA FEDERAL DE PRIMEIRA INSTÂNCIA
Seção Judiciária do Distrito Federal - 12ª Vara Federal Criminal da SJDF
DESPACHO - 02
"Considerando a nacionalidade italiana de LUIGINO FIOCCO, nomeio o Sr. Irae Sassi para atuar como tradutor/intérprete na
audiência designada (11/06/2019, às 14h30m)..."
https://pje1g.trf1.jus.br/pje-web/Processo/ConsultaProcesso/Detalhe/listAutosDigitais.seam?idProcesso=611570&ca=b51b74473dbbaab973b03c… 1/1
59
PODER JUDICIÁRIO
JUSTIÇA FEDERAL DE PRIMEIRA INSTÂNCIA
SEÇÃO JUDICIÁRIA DO DISTRITO FEDERAL-12ª VARA - BRASÍLIA
PODER JUDICIÁRIO
JUSTIÇA FEDERAL DE PRIMEIRA INSTÂNCIA
SEÇÃO JUDICIÁRIA DO DISTRITO FEDERAL-14ª VARA - BRASÍLIA
Despacho. Dê-se vista às partes para requererem o que entender de direito em relação aos depósitos realizados nos
autos. Intimem-se. Após, retornem conclusos.
Defiro o pedido de desarquivamento [advogado ANA CAROLINE CAMPOS DE ARAÚJO, DF 56.169]. Prazo: 5 (cinco)
dias. Intime-se. Nada requerido, retornem os autos ao arquivo.
PODER JUDICIÁRIO
JUSTIÇA FEDERAL DE PRIMEIRA INSTÂNCIA
SEÇÃO JUDICIÁRIA DO DISTRITO FEDERAL-14ª VARA - BRASÍLIA
PODER JUDICIÁRIO
JUSTIÇA FEDERAL DE PRIMEIRA INSTÂNCIA
SEÇÃO JUDICIÁRIA DO DISTRITO FEDERAL-14ª VARA - BRASÍLIA
PODER JUDICIÁRIO
JUSTIÇA FEDERAL DE PRIMEIRA INSTÂNCIA
SEÇÃO JUDICIÁRIA DO DISTRITO FEDERAL-14ª VARA - BRASÍLIA
PODER JUDICIÁRIO
JUSTIÇA FEDERAL DE PRIMEIRA INSTÂNCIA
Seção Judiciária do Distrito Federal - 14ª Vara Federal Cível da SJDF
Cuida-se de Embargos de Declaração opostos por Nelson Luiz Oliveira de Freitas alegando a existência de
vício na sentença que denegou a segurança requerida pelo embargante/impetrante.
Decido.
Observo, entretanto, que o embargante pretende rediscutir matéria que já foi devidamente apreciada.
Os embargos de declaração possuem função processual específica, que consiste em integrar, retificar ou
complementar a decisão embargada.
No caso em tela, não há qualquer vício a ser sanado, mas apenas inconformismo do embargante com o
entendimento deste Juízo quanto a possibilidade de indeferimento de produção de provas no âmbito do processo administrativo,
motivo pelo qual deve a matéria ser encaminhada ao conhecimento do TRF, se assim pretende o embargante.
Assim, não havendo vício a ser sanado, CONHEÇO dos embargos, posto que tempestivos, contudo,
NEGO-LHES PROVIMENTO, por não restarem configurados os seus pressupostos.
Intimações e procedimentos de estilo.
83
PODER JUDICIÁRIO
JUSTIÇA FEDERAL DE PRIMEIRA INSTÂNCIA
SEÇÃO JUDICIÁRIA DO DISTRITO FEDERAL-15ª VARA - BRASÍLIA
1
86
PODER JUDICIÁRIO
JUSTIÇA FEDERAL DE PRIMEIRA INSTÂNCIA
SEÇÃO JUDICIÁRIA DO DISTRITO FEDERAL-15ª VARA - BRASÍLIA
1
87
PODER JUDICIÁRIO
JUSTIÇA FEDERAL DE PRIMEIRA INSTÂNCIA
SEÇÃO JUDICIÁRIA DO DISTRITO FEDERAL-22ª VARA FEDERAL
OAB/SP : n.138.263
OAB/ : n.
0062715-83.2009.4.01.3400
200934009219788
Cível / Previdenciário / Concessão De Benefício / Jef
Autor : MOISES SILVA DE ARAUJO
Advg. : DF00020949 - CELSO DOS SANTOS
Reu : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
0039244-33.2012.4.01.3400
201234009435668
Cível / Tributário / Jef
Autor : MARCOS MITSUYA NAKAMURA
Advg. : DF00035536 - FERNANDO BIAGI DA SILVA
Reu : UNIAO FEDERAL (FAZENDA NACIONAL)
0049416-34.2012.4.01.3400
201234009465078
Procedimento Comum Cível / Outros / Jef
Autor : CONVENCAO DE ADMINISTRACAO DO COND DO BL E DA SQS 216
Advg. : DF00026026 - EDUARDO LUCAS PERRONE BRUNIERA
Reu : UNIAO FEDERAL
0000990-83.2015.4.01.3400
201534000001905
Cível / Fgts / Jef
Autor : VALDERI PIMENTEL PINHEIRO
Advg. : DF00010413 - AIRTON RODRIGUES MOREIRA
Advg. : DF00041716 - LUIZ PAULO ATANAZIO SILVA
Reu : FUNDACAO UNIVERSIDADE DE BRASILIA - FUB
Reu : HOSPITAL UNIVERSITARIO DE BRASILIA - HUB
0061178-08.2016.4.01.3400
201634000606844
Cível / Previdenciário / Concessão De Benefício / Jef
Autor : MARIA REJANE FEITOSA DOS SANTOS
Advg. : DF00030525 - GILBERTO CONCEICAO DO AMARAL
Reu : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
0021346-31.2017.4.01.3400
201734000750988
Cível / Previdenciário / Concessão De Benefício / Jef
Autor : LUCIANA PERERA SILVA DOS SANTOS
Advg. : DF00006479 - DIVINO JOSE SANTOS
Reu : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
0001736-43.2018.4.01.3400
201834000961009
Cível / Previdenciário / Concessão De Benefício / Jef
99
Autor : DILVANI MARQUES DE ARAUJO
Advg. : DF00030525 - GILBERTO CONCEICAO DO AMARAL
Reu : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
0003450-38.2018.4.01.3400
201834000978256
Cível / Serviço Público / Jef
Autor : EDSON JOSE DA SILVA FILHO
Advg. : DF00034921 - ANTONIO RODRIGO MACHADO DE SOUSA
Reu : UNIAO FEDERAL
Ficam as partes intimadas do ato ordinatório proferido no processo virtual especificado, cujo inteiro teor está disponível no
0020513-76.2018.4.01.3400
201834001064080
Cível / Previdenciário / Concessão De Benefício / Jef
Autor : ISAAC BRYAN ALVES
Advg. : DF00048404 - LUDMILA CRISTINA SANTANA MATOS
Reu : DEBORAH NOGUEIRA LEITE PORTO
Reu : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
Ficam as partes intimadas do ato ordinatório proferido no processo virtual especificado, cujo inteiro teor está disponível no
endereço eletrônico www.jfdf.jus.br <http://www.jfdf.jus.br> no link judicial/acompanhamento processual.
100
PODER JUDICIARIO
JUIZADOS ESPECIAIS FEDERAIS
SEÇÃO JUDICIÁRIA DO DISTRITO FEDERAL
23ª Vara JEF - BRASÍLIA
0078770-36.2014.4.01.3400
201434000278052
Cível / Previdenciário / Concessão De Benefício / Jef
Autor : MARIA ELISIARIA DE OLIVEIRA
Advg. : DF00056846 - LAIS TEIXEIRA LIMA DE OLIVEIRA
Reu : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
0002674-72.2017.4.01.3400
201734000677120
Cível / Tributário / Jef
Autor : JOSE DAVI CAVALCANTE MOREIRA
Advg. : DF00052440 - JOSE DAVI CAVALCANTE MOREIRA
Reu : UNIAO FEDERAL (FAZENDA NACIONAL)
0001840-35.2018.4.01.3400
201834000962045
Cível / Previdenciário / Outros / Jef
Autor : TEREZINHA NATALINA DOS SANTOS
Advg. : DF00045960 - ALESSANDRA MAGDA VIEIRA GASPAR
Advg. : DF00020001 - THAIS MARIA RIEDEL DE RESENDE ZUBA
Reu : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
0009878-36.2018.4.01.3400
201834001018613
Cível / Previdenciário / Concessão De Benefício / Jef
Autor : MARIA DO ROSARIO DE OLIVEIRA RODRIGUES
Advg. : DF00052691 - CAMILA GONCALVES PINHEIRO
Reu : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
0015778-97.2018.4.01.3400
201834001048160
Cível / Previdenciário / Concessão De Benefício / Jef
Autor : ESMERALDINA MAIA DA COSTA
Advg. : DF00045090 - ANDREIA LIMEIRA LIMA REGO
Reu : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
0019128-93.2018.4.01.3400
201834001058072
Cível / Serviço Público / Jef
Autor : WALKIRIA ROCHA DA SILVA
Advg. : PE00034317 - BRUNO MAGNO HERCULANO MEDEIROS
Reu : UNIAO FEDERAL
0019136-70.2018.4.01.3400
201834001058158
Cível / Serviço Público / Jef
Autor : MARLUCE ALVES NASCIMENTO
101
Advg. : PE00034317 - BRUNO MAGNO HERCULANO MEDEIROS
Reu : UNIAO FEDERAL
0020316-24.2018.4.01.3400
201834001062024
Cível / Serviço Público / Jef
Autor : SOLANGE TAMIARANA BRITO
Advg. : PE00012076 - CLIVIO JOSE NETO FILHO
Reu : UNIAO FEDERAL
0020388-11.2018.4.01.3400
201834001062768
Cível / Serviço Público / Jef
Autor : MARIA CLARICE SANTOS DE LIMA
0020394-18.2018.4.01.3400
201834001062826
Cível / Previdenciário / Concessão De Benefício / Jef
Autor : ANTONIO FERNANDES DA SILVA
Advg. : GO00040659 - BRUNO PEREIRA DOS SANTOS
Advg. : GO00016913 - MARCO AURELIO BASSO DE MATOS AZEVEDO
Reu : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
0021824-05.2018.4.01.3400
201834001076944
Cível / Previdenciário / Concessão De Benefício / Jef
Autor : ODALEIA QUINTO DA SILVA
Advg. : DF00022388 - TERESA CRISTINA SOUSA FERNANDES
Reu : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
0024302-83.2018.4.01.3400
201834001098343
Cível / Tributário / Jef
Autor : GENI RIBEIRO
Advg. : DF00042511 - KATIUSCIA PEREIRA DE ALVIM
Reu : UNIAO FEDERAL (FAZENDA NACIONAL)
0033410-39.2018.4.01.3400
201834001157508
Cível / Tributário / Jef
Autor : GLADYS MARIA REQUENA CAVALCANTI
Advg. : DF00046308 - PABLO CAMILO BAPTISTA DE MORAIS
Advg. : DF00014904 - ANTONIO GERALDO DE MORAIS
Reu : UNIAO FEDERAL (FAZENDA NACIONAL)
0033476-19.2018.4.01.3400
201834001158174
Cível / Tributário / Jef
Autor : CHARLES WILLIAM DA SILVA
Advg. : DF00055589 - JOAO FRANCISCO DE CAMARGO
Reu : UNIAO FEDERAL (FAZENDA NACIONAL)
0040010-76.2018.4.01.3400
201834001205650
Procedimento Comum Cível / Outros / Jef
Autor : ANDRE DE SANTANA MEDEIROS
Advg. : DF00030893 - MARCELO BATISTA DE SOUZA
Advg. : DF00053034 - RAQUEL DOS SANTOS CRUZ ROCHA LIMA
Reu : UNIC EDUCACIONAL LTDA
Reu : FUNDO NACIONAL DE DESENVOLVIMENTO DA EDUCACAO
0001202-65.2019.4.01.3400
201934001233546
Cível / Previdenciário / Concessão De Benefício / Jef
Autor : JOSE DE LIRA GOMES
Advg. : DF00029403 - ANTONIO RILDO PEREIRA SIRIANO
Reu : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
0004612-34.2019.4.01.3400
201934001259062
Cível / Previdenciário / Concessão De Benefício / Jef
Autor : FRANCISCO GONCALVES LEITE
Advg. : DF00053717 - ALAN DANIEL DA ROCHA
102
Advg. : DF00042320 - RENATO GONCALVES DE SOUSA
Advg. : DF00052526 - JHONATHAN WITNEY SOUZA E SILVA
Reu : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
0004842-76.2019.4.01.3400
201934001261278
Cível / Tributário / Jef
Autor : MARIO VINICIUS CLAUSSEN SPINELLI
Advg. : DF00060733 - VITOR CANDIDO SOARES
Advg. : DF00024133 - BRUNO FISCHGOLD
Reu : UNIAO FEDERAL (FAZENDA NACIONAL)
0006692-68.2019.4.01.3400
201934001272400
0007746-69.2019.4.01.3400
201934001276007
Cível / Previdenciário / Revisão De Benefício / Jef
Autor : NOELI SOUZA DA SILVA
Advg. : DF00041044 - CARLOS ALBERTO BARROS
Reu : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
0007880-96.2019.4.01.3400
201934001277341
Cível / Previdenciário / Concessão De Benefício / Jef
Autor : RAIMUNDO ALEXANDRE DOS SANTOS
Advg. : DF00032692 - ANA FABIA CEDRO DE OLIVEIRA DINIZ
Reu : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
0008552-07.2019.4.01.3400
201934001281088
Cível / Fgts / Jef
Autor : NATHALIA CAVALCANTI DE SOUZA
Advg. : DF00030818 - VIVIANE RESENDE DUTRA SILVA
Reu : FUNDACAO UNIVERSIDADE DE BRASILIA - FUB
0009666-78.2019.4.01.3400
201934001285681
Cível / Fgts / Jef
Autor : ALOISIO BEVILACQUA ADAMI RIBEIRO
Advg. : DF00026008 - WENDI PALACIO TOME
Reu : CAIXA ECONOMICA FEDERAL
0010210-66.2019.4.01.3400
201934001291390
Cível / Previdenciário / Concessão De Benefício / Jef
Autor : ABNER PIERRE DE SOUZA PEREIRA
Advg. : DF00034812 - TAMIRES RABELO DE OLIVEIRA
Reu : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
0011534-91.2019.4.01.3400
201934001298986
Cível / Tributário / Jef
Autor : GODART GONCALVES RAMOS
Advg. : MS00012478 - JOSE AUGUSTO RORIZ BRAGA
Reu : UNIAO FEDERAL (FAZENDA NACIONAL)
0011546-08.2019.4.01.3400
201934001299107
Cível / Tributário / Jef
Autor : LUIZ SEVERINO BATISTA
Advg. : MS00012478 - JOSE AUGUSTO RORIZ BRAGA
Reu : UNIAO FEDERAL (FAZENDA NACIONAL)
0011604-11.2019.4.01.3400
201934001299680
Procedimento Comum Cível / Outros / Jef
Autor : STEPHANY THALYN ANTUNES PERES
Advg. : DF00017693 - JOAQUIM JOSE PESSOA
Reu : CAIXA ECONOMICA FEDERAL
Reu : OMNI S/A CREDITO, FINANCIAMENTO E INVESTIMENTO
103
0011854-44.2019.4.01.3400
201934001302242
Cível / Tributário / Jef
Autor : GENIVALDO MOURA DE OLIVEIRA
Advg. : MS00012478 - JOSE AUGUSTO RORIZ BRAGA
Reu : UNIAO FEDERAL (FAZENDA NACIONAL)
0011858-81.2019.4.01.3400
201934001302287
Cível / Tributário / Jef
Autor : MARIA ESTELA DIAS FERREIRA
Advg. : MS00012478 - JOSE AUGUSTO RORIZ BRAGA
Reu : UNIAO FEDERAL (FAZENDA NACIONAL)
0011956-66.2019.4.01.3400
201934001303275
Cível / Tributário / Jef
Autor : JOSE PAULO ANASTACIO DE MIRANDA
Advg. : DF00042511 - KATIUSCIA PEREIRA DE ALVIM
Reu : UNIAO FEDERAL (FAZENDA NACIONAL)
0011958-36.2019.4.01.3400
201934001303292
Cível / Previdenciário / Concessão De Benefício / Jef
Autor : NEURIDE FLOZINA DOS SANTOS
Advg. : DF00049566 - REJANE VALENTIN DE SOUSA
Advg. : DF00036667 - THIRSA GARDENIA DO NASCIMENTO CEZAR
Reu : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
0012378-41.2019.4.01.3400
201934001304490
Cível / Previdenciário / Concessão De Benefício / Jef
Autor : CLEONICE TEIXEIRA DOS SANTOS
Advg. : DF00027806 - FRANCISCO GILSON MOURA LIMA
Reu : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
0012666-86.2019.4.01.3400
201934001307392
Cível / Previdenciário / Concessão De Benefício / Jef
Autor : MARIA NEUMA FILGUEIRA
Advg. : DF00036200 - ALINE DANTAS ROCHA
Reu : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
0012726-59.2019.4.01.3400
201934001307999
Cível / Previdenciário / Concessão De Benefício / Jef
Autor : CLAUDIONICE BORGES DOS SANTOS
Advg. : DF00040484 - SHIRLEY ALVES DANTAS
Reu : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
0013102-45.2019.4.01.3400
201934001311803
Cível / Previdenciário / Concessão De Benefício / Jef
Autor : LUCIENE RIBEIRO
Advg. : DF00048891 - GRACIELY PAULINO RODRIGUES
Reu : JHONATAN DIAS FELIPE
Reu : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
0013364-92.2019.4.01.3400
201934001314648
Cível / Previdenciário / Concessão De Benefício / Jef
Autor : WALTER SOARES DE OLIVEIRA
Advg. : DF00056888 - WILLER MAX DE LIMA AZEVEDO
Reu : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
0013410-81.2019.4.01.3400
201934001315163
104
Cível / Previdenciário / Revisão De Benefício / Jef
Autor : MARIO HABKA
Advg. : GO00030073 - VITOR OLIVEIRA DE ALARCAO
Reu : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
0013476-61.2019.4.01.3400
201934001315893
Cível / Financiamento Habitacional / Jef
Autor : ROSEANE SANTANA CARVALHO
Advg. : DF00058048 - MARKS VIEIRA DOS SANTOS
Reu : CAIXA ECONOMICA FEDERAL
0013772-83.2019.4.01.3400
201934001318988
0014278-59.2019.4.01.3400
201934001321095
Cível / Previdenciário / Concessão De Benefício / Jef
Autor : ANTONIO JOSE DE JESUS BARROS
Advg. : GO00034301 - JOSE DIOLINO DE OLIVEIRA KOEHLER
Reu : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
0014352-16.2019.4.01.3400
201934001321852
Cível / Previdenciário / Concessão De Benefício / Jef
Autor : DANIELE MORAES DARIS
Advg. : DF00010638 - MARCIO FERREIRA DE OLIVEIRA
Reu : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
0014610-26.2019.4.01.3400
201934001324460
Cível / Previdenciário / Concessão De Benefício / Jef
Autor : MARIA DE FATIMA DE SOUZA
Advg. : DF00040996 - ALEX LUCIANO VALADARES DE ALMEIDA
Reu : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
Ficam as partes intimadas do despacho proferido no processo virtual especificado, cujo inteiro teor está disponível no endereço
eletrônico www.jfdf.jus.br <http://www.jfdf.jus.br> no link judicial/acompanhamento processual.
0006957-07.2018.4.01.3400
201834001002505
Cível / Previdenciário / Concessão De Benefício / Jef
Autor : ANGELA ALVES DAMACENA
Advg. : DF00016288 - CARLOS SILON RODRIGUES GEBRIM
Reu : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
0015069-62.2018.4.01.3400
201834001046064
Cível / Previdenciário / Concessão De Benefício / Jef
Autor : BENTO CORREIA POVOA
Advg. : DF00030525 - GILBERTO CONCEICAO DO AMARAL
Reu : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
0032519-18.2018.4.01.3400
201834001148471
Cível / Previdenciário / Concessão De Benefício / Jef
Autor : EDJANE DE ALMEIDA
Advg. : DF00059383 - ANDRE HENRIQUE ALMEIDA MELO
Reu : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
105
O Exmo(a). Sr.(a) Juiz(a) exarou:
Fica intimada V. Sa. da expedição de Precatório/RPV (Requisição de Pequeno Valor) no processo virtual especificado, cujo
inteiro teor está disponível no endereço eletrônico www.jfdf.jus.br <http://www.jfdf.jus.br> no link judicial/acompanhamento
processual.
0047747-09.2013.4.01.3400
201334000121590
Cível / Tributário / Jef
Autor : BENEDITA MESQUITA SANTOS
Advg. : DF0001599A - GERALDO MAGELA HERMOGENES DA SILVA
Reu : UNIAO FEDERAL (FAZENDA NACIONAL)
0004689-77.2018.4.01.3400
201834000990373
Cível / Previdenciário / Concessão De Benefício / Jef
Autor : SEBASTIAO MATIAS DE SOUZA
Advg. : DF00008613 - ADAILTON MOREIRA MENDES
Reu : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
0026201-19.2018.4.01.3400
201834001107253
Cível / Previdenciário / Concessão De Benefício / Jef
Autor : SHIRLEI CONCEICAO RAMOS
Advg. : DF00011027 - LUCIANA BUENO DA CRUZ PEREIRA
Reu : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
0040439-43.2018.4.01.3400
201834001210041
Cível / Tributário / Jef
Autor : LINDINALVA SOUZA DE MATTOS
Advg. : DF00041452 - MONICA SOUZA DE MATTOS VIEGAS DORNELLES
Reu : UNIAO FEDERAL (FAZENDA NACIONAL)
0040655-04.2018.4.01.3400
201834001212268
Cível / Tributário / Jef
Autor : LUIZ DE OLIVEIRA
Advg. : DF00008849 - GILBERTO GARCIA GOMES
Advg. : DF00030588 - LUCAS DOS PRAZERES FONSECA
Reu : UNIAO FEDERAL (FAZENDA NACIONAL)
0000731-49.2019.4.01.3400
201934001229385
Cível / Fgts / Jef
Autor : JOSE COSME RANGEL PINHEIRO
Advg. : RJ00126767 - BARBARA COSTA PESSOA GOMES TARDIN
Reu : CAIXA ECONOMICA FEDERAL
0002889-77.2019.4.01.3400
201934001244374
Cível / Fgts / Jef
Autor : MARCIA EDILENE DE MATOS DE ANDRADE
Advg. : DF00018589 - DIEGO VEGA POSSEBON DA SILVA
Advg. : DF00020139 - IGOR RAMOS SILVA
Reu : CAIXA ECONOMICA FEDERAL
0002891-47.2019.4.01.3400
201934001244391
Cível / Fgts / Jef
Autor : DALVA RENZETTI BAPTISTA
Advg. : DF00046739 - ELEN RAMOS SILVA
Advg. : DF00020139 - IGOR RAMOS SILVA
Advg. : DF00018589 - DIEGO VEGA POSSEBON DA SILVA
106
Reu : CAIXA ECONOMICA FEDERAL
0003063-86.2019.4.01.3400
201934001246124
Cível / Fgts / Jef
Autor : LUIS CESAR DOS SANTOS BATISTA
Advg. : DF00018589 - DIEGO VEGA POSSEBON DA SILVA
Advg. : DF00020139 - IGOR RAMOS SILVA
Reu : CAIXA ECONOMICA FEDERAL
0003485-61.2019.4.01.3400
201934001250453
Cível / Previdenciário / Concessão De Benefício / Jef
Autor : MARIA DO CARMO DA COSTA
0010799-58.2019.4.01.3400
201934001294214
Cível / Previdenciário / Concessão De Benefício / Jef
Autor : JOSELI DA PAZ
Advg. : DF00028818 - ARISTELLA INGLEZDOLFE DE MELLO CASTRO
Reu : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
0012479-78.2019.4.01.3400
201934001305529
Cível / Previdenciário / Concessão De Benefício / Jef
Autor : JOAO KOYTI TSUJIMOTO
Advg. : DF00055989 - JOAO PAULO RODRIGUES RIBEIRO
Reu : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
0012975-10.2019.4.01.3400
201934001310520
Cível / Previdenciário / Outros / Jef
Autor : COSME PINTO
Advg. : GO00040659 - BRUNO PEREIRA DOS SANTOS
Advg. : GO00016913 - MARCO AURELIO BASSO DE MATOS AZEVEDO
Reu : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
Reu : BANCO OLE BONSUCESSO CONSIGNADO S.A.
0012993-31.2019.4.01.3400
201934001310709
Cível / Tributário / Jef
Autor : SILVIA DE AMORIM ROCHA
Advg. : DF00046660 - RENATO DE AMORIM ROCHA
Advg. : DF00046802 - JOAO FERNANDO PEREIRA ALVES
Reu : UNIAO FEDERAL (FAZENDA NACIONAL)
0013355-33.2019.4.01.3400
201934001314559
Cível / Previdenciário / Concessão De Benefício / Jef
Autor : LUCIANA FERREIRA DE MORAIS
Advg. : MT0019194O - FELIPE LUIZ ALENCAR VILAROUCA
Reu : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
0013589-15.2019.4.01.3400
201934001317078
Cível / Previdenciário / Concessão De Benefício / Jef
Autor : MAURA ALVES DA SILVA
Advg. : DF00051009 - ADRIANA DA SILVA MACIEL
Reu : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
0013693-07.2019.4.01.3400
201934001318190
Cível / Previdenciário / Concessão De Benefício / Jef
Autor : PATRICIA DAS NEVES SANTOS
Advg. : DF00026444 - VIVIAN TAVARES DE ANDRADE VIEIRA
Reu : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
0013801-36.2019.4.01.3400
201934001319277
Cível / Previdenciário / Outros / Jef
Autor : JOAO ELIAS VIEIRA JUNIOR
Advg. : DF00014005 - CLAUDIO RENATO DO CANTO FARAG
Reu : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
107
Reu : UNIAO FEDERAL
Ficam as partes intimadas do despacho proferido no processo virtual especificado, cujo inteiro teor está disponível no endereço
eletrônico www.jfdf.jus.br <http://www.jfdf.jus.br> no link judicial/acompanhamento processual.
0003038-73.2019.4.01.3400
201934001245866
Cível / Serviço Público / Jef
Autor : LUCAS PEREIRA DE SOUZA
Advg. : DF00027691 - ALMIR BARUTTI
Reu : JOSE ROBERTO NOGUEIRA DA SILVA
Reu : VITOR HUGO DE ANDRADE MAIA
Reu : DARCI MARTINS DE OLIVEIRA
Reu : UNIAO FEDERAL
Reu : DEUSMAR ALVES DE OLIVEIRA
Reu : DOMINGOS LIMA SILVA
0005262-81.2019.4.01.3400
201934001262489
Procedimento Comum Cível / Outros / Jef
Autor : CLAUDIA AGUIAR DE SIQUEIRA
Advg. : DF00039713 - SANDRA BORGES VALENTE
Advg. : DF00050253 - CARLOS MACEDO BARROS
Reu : CAIXA SEGURADORA S.A.
Reu : CAIXA ECONOMICA FEDERAL
0006678-84.2019.4.01.3400
201934001272267
Cível / Previdenciário / Concessão De Benefício / Jef
Autor : MARIA DE LOURDES LOUREANO
Advg. : GO00041586 - TYRONE GUIMARAES
Advg. : GO00043304 - FAGNER JOSE DOMINGOS
Reu : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
0007214-95.2019.4.01.3400
201934001273639
Cível / Previdenciário / Concessão De Benefício / Jef
Autor : MARIA CRISTINA DA SILVA CAVALCANTE
Advg. : DF00047159 - MARIA RAFAELA FERREIRA DA SILVA
Reu : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
0009888-46.2019.4.01.3400
201934001287921
Cível / Previdenciário / Concessão De Benefício / Jef
Autor : MARIA HELENA FERREIRA E SILVA
Advg. : DF00020085 - ARIADNA AUGUSTA ELOY ALVES
Reu : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
0010222-80.2019.4.01.3400
201934001291565
Procedimento Comum Cível / Outros / Jef
Autor : LEANDRO DAROIT FEIL
109
Advg. : DF00009678 - ROSEMIRA AZEVEDO L SOUZA
Reu : ORDEM DOS ADVOGADOS DO BRASIL-SECCIONAL DE SAO PAULO-SP
0010390-82.2019.4.01.3400
201934001293079
Cível / Tributário / Jef
Autor : FABIANA LALLO
Advg. : SP00200486 - NATÁLIA BIEM MASSUCATTO PONTALTI
Reu : UNIAO FEDERAL (FAZENDA NACIONAL)
0011914-17.2019.4.01.3400
201934001302852
Cível / Previdenciário / Concessão De Benefício / Jef
Autor : ANTONIA SEVERIANO DA SILVA
Ficam as partes intimadas da decisão proferida no processo virtual especificado, cujo inteiro teor está disponível no endereço
eletrônico www.jfdf.jus.br <http://www.jfdf.jus.br> no link judicial/acompanhamento processual.
0057932-48.2009.4.01.3400
200934009188872
Cível / Serviço Público / Jef
Autor : MARIA AMELIA GOES DE OLIVEIRA
Advg. : DF00007424 - CLEIDE VIEIRA LIMA CALAND
Reu : UNIAO FEDERAL
0059528-67.2009.4.01.3400
200934009205656
Cível / Serviço Público / Jef
Autor : MARINALVA SANTA RITA ALVES
Advg. : DF00026621 - ALINE DE CARVALHO CAVALCANTE
Reu : UNIAO FEDERAL
0023639-13.2013.4.01.3400
201334000026405
Cível / Serviço Público / Jef
Autor : IMELTON PIRES DE AZEVEDO
Advg. : MG00137327 - JADIR DA SILVA FERREIRA
Reu : UNIAO FEDERAL
0035261-21.2015.4.01.3400
201534000155402
Cível / Fgts / Jef
Autor : FATIMA SANTOS DE ALMEIDA
Advg. : DF00014006 - MARLON TOMAZETTE
Advg. : DF00030398 - TATHIANA CONDE VILLETH COBUCCI
Reu : CAIXA ECONOMICA FEDERAL
0038145-18.2018.4.01.3400
201834001191706
Procedimento Comum Cível / Outros / Jef
Autor : SILMARIA MURCA COSTA
Advg. : DF00027732 - TEREZINHA RIBEIRO FARIA
Reu : CAIXA ECONOMICA FEDERAL
0004653-98.2019.4.01.3400
201934001259521
Cível / Previdenciário / Concessão De Benefício / Jef
Autor : MARIA MARGARIDA DA SILVA
Advg. : DF00048598 - JULIANA FIGUEIREDO DE FRANCA
Reu : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
0039182-80.2018.4.01.3400
201834001202342
Cível / Previdenciário / Concessão De Benefício / Jef
Autor : MEIRIAN PRADO TELES
Advg. : DF00024968 - DANIELLE FREITAS PAULINO CRUZ
Reu : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
0041330-64.2018.4.01.3400
201834001219291
Cível / Previdenciário / Concessão De Benefício / Jef
Autor : MARCELO DE SOUZA
Advg. : DF00013771 - EDGARD MACEDO DE OLIVEIRA
Reu : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
0004464-23.2019.4.01.3400
201934001257398
Cível / Previdenciário / Concessão De Benefício / Jef
Autor : AUGUSTO ANTONIO DA SILVA
Advg. : DF00009821 - HAMILTON SANTANA DE LIMA
Reu : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
0007136-04.2019.4.01.3400
201934001272846
Cível / Previdenciário / Concessão De Benefício / Jef
Autor : NELITA PEREIRA DE BRITO
Advg. : DF00057890 - RICARDO HORTA DE ALVARENGA
Reu : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
0008468-06.2019.4.01.3400
201934001280233
Cível / Previdenciário / Concessão De Benefício / Jef
Autor : ANDREZA MAFRA BEZERRA
Advg. : GO00042815 - MARCELO DOS SANTOS PEREIRA
Reu : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
0009938-72.2019.4.01.3400
201934001288464
Cível / Previdenciário / Concessão De Benefício / Jef
Autor : ENIO ANDRADE CAMPINA
Advg. : DF00038418 - NAYARA APARECIDA ALVES FERNANDES
Advg. : DF00057756 - ROBERTO MARQUES FERNANDES JUNIOR
Reu : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
0010922-56.2019.4.01.3400
201934001295603
Cível / Previdenciário / Concessão De Benefício / Jef
Autor : JOSE GERALDO SOUSA OLIVEIRA
112
Advg. : DF00027304 - ANTONIO DE ARAUJO TORRES
Reu : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
0011760-96.2019.4.01.3400
201934001301309
Cível / Fgts / Jef
Autor : PATRICIA APARECIDA RODARTE LUCINDA
Advg. : DF00027740 - DEBORA XAVIER SILVA
Reu : CAIXA ECONOMICA FEDERAL
0012670-26.2019.4.01.3400
201934001307433
Cível / Fgts / Jef
Autor : WANDERSON DA SILVA COSTA
0012838-28.2019.4.01.3400
201934001309139
Cível / Fgts / Jef
Autor : JOSE BENTO PEREIRA LIMA JUNIOR
Advg. : DF00058774 - LUCAS ROSADO MARTINEZ
Reu : CAIXA ECONOMICA FEDERAL
Ficam as partes intimadas da sentença proferida no processo virtual especificado, cujo inteiro teor está disponível no endereço
eletrônico www.jfdf.jus.br <http://www.jfdf.jus.br> no link judicial/acompanhamento processual.
0011457-87.2016.4.01.3400
201634000355110
Cível / Previdenciário / Concessão De Benefício / Jef
Autor : JOSE MAURO DA SILVA
Advg. : GO00023870 - GLEIDVANIA SANTOS DA SILVA
Reu : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
0003095-62.2017.4.01.3400
201734000680337
Cível / Previdenciário / Concessão De Benefício / Jef
Autor : ALBERTO BORGES DA SILVA
Advg. : DF00037072 - MARIA DORCILIA LIRA MOREIRA
Reu : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
0008519-85.2017.4.01.3400
201734000701447
Cível / Tributário / Jef
Autor : FRANCISCO VIEIRA TRINDADE
Advg. : DF00026873 - ELAINE CRISTINA GOMES
Advg. : DF00031201 - LORENA DA SILVA SALES
Reu : UNIAO FEDERAL (FAZENDA NACIONAL)
0009867-41.2017.4.01.3400
201734000707990
Cível / Previdenciário / Concessão De Benefício / Jef
Autor : IVANEIDE GOMES DE SOUSA
Advg. : DF00040484 - SHIRLEY ALVES DANTAS
Reu : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
0020147-71.2017.4.01.3400
201734000745417
Cível / Previdenciário / Concessão De Benefício / Jef
Autor : DANIEL MAGNO DOS SANTOS VIANA
Advg. : DF00022388 - TERESA CRISTINA SOUSA FERNANDES
Reu : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
0021823-54.2017.4.01.3400
113
201734000753610
Cível / Previdenciário / Concessão De Benefício / Jef
Autor : GLAUCENIRA GONCALVES CHAVES
Advg. : DF00006479 - DIVINO JOSE SANTOS
Reu : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
0026287-24.2017.4.01.3400
201734000779688
Cível / Previdenciário / Concessão De Benefício / Jef
Autor : EDILSON GOMES PEREIRA
Advg. : DF00022612 - REILOS MONTEIRO
Reu : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
0027523-11.2017.4.01.3400
0032939-57.2017.4.01.3400
201734000820450
Cível / Previdenciário / Concessão De Benefício / Jef
Autor : JEOVA ALVES DE FARIAS NUNES
Advg. : DF00033613 - VALNEI CARVALHO BARBOSA
Reu : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
0033183-83.2017.4.01.3400
201734000821016
Cível / Previdenciário / Concessão De Benefício / Jef
Autor : SEBASTIAO BASILIO DE JESUS
Advg. : DF00033916 - MARCUS VINICIUS SEIXAS PIMENTA
Reu : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
0036623-87.2017.4.01.3400
201734000846106
Cível / Previdenciário / Concessão De Benefício / Jef
Autor : MARIA MERSSIVAL MARQUES
Advg. : DF00022810 - DENISE MAGALHAES DA SILVA QUIRINO
Reu : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
0044379-50.2017.4.01.3400
201734000887814
Cível / Previdenciário / Concessão De Benefício / Jef
Autor : RENI LOURENCO DE AMORIM
Advg. : DF00009610 - GILSON MOREIRA DA SILVA
Reu : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
0048141-74.2017.4.01.3400
201734000908050
Cível / Previdenciário / Concessão De Benefício / Jef
Autor : SOCORRO BERNARDO DE ARAUJO
Advg. : DF00022810 - DENISE MAGALHAES DA SILVA QUIRINO
Reu : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
0048645-80.2017.4.01.3400
201734000913124
Cível / Previdenciário / Concessão De Benefício / Jef
Autor : CLAUDIONOR MACHADO DOS SANTOS
Advg. : DF00040484 - SHIRLEY ALVES DANTAS
Reu : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
0049059-78.2017.4.01.3400
201734000913810
Cível / Previdenciário / Concessão De Benefício / Jef
Autor : FRANCISCA BATISTA DA SILVA JUSTINO
Advg. : DF00040484 - SHIRLEY ALVES DANTAS
Reu : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
0050485-28.2017.4.01.3400
201734000922898
Cível / Previdenciário / Concessão De Benefício / Jef
Autor : RAIMUNDO CARVALHO DO NASCIMENTO
Advg. : DF00022388 - TERESA CRISTINA SOUSA FERNANDES
Reu : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
114
0054597-40.2017.4.01.3400
201734000947453
Cível / Previdenciário / Concessão De Benefício / Jef
Autor : AMILTON WERNERCK MENDONCA
Advg. : DF00022388 - TERESA CRISTINA SOUSA FERNANDES
Reu : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
0001671-48.2018.4.01.3400
201834000960340
Cível / Previdenciário / Concessão De Benefício / Jef
Autor : JOAO LAURINDO BARBOSA
Advg. : DF00040484 - SHIRLEY ALVES DANTAS
Advg. : DF0014925E - WESLEY GOMES COELHO
0002095-90.2018.4.01.3400
201834000964590
Cível / Previdenciário / Concessão De Benefício / Jef
Autor : MARIA DE FREITAS MACHADO
Advg. : DF00022810 - DENISE MAGALHAES DA SILVA QUIRINO
Reu : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
0005101-08.2018.4.01.3400
201834000992497
Cível / Previdenciário / Concessão De Benefício / Jef
Autor : GIRLENE PEREIRA DA SILVA CAVALCANTE
Advg. : GO00016913 - MARCO AURELIO BASSO DE MATOS AZEVEDO
Reu : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
0005205-97.2018.4.01.3400
201834000993530
Cível / Previdenciário / Concessão De Benefício / Jef
Autor : JOYCE SOUSA LISBOA
Advg. : DF00024743 - EDUARDO ANTONIO CORTES DOS SANTOS
Reu : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
0005329-80.2018.4.01.3400
201834000994809
Cível / Previdenciário / Concessão De Benefício / Jef
Autor : ALANA ARAUJO DE ANDRADE
Advg. : DF00027875 - JEFFERSON LIMA ROSENO
Reu : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
0005351-41.2018.4.01.3400
201834000995026
Cível / Previdenciário / Concessão De Benefício / Jef
Autor : MAURO MATIAS DOS SANTOS
Advg. : SP00157131 - ORLANDO GUARIZI JUNIOR
Reu : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
0008359-26.2018.4.01.3400
201834001008242
Cível / Previdenciário / Concessão De Benefício / Jef
Autor : CLEONICE DA CRUZ NEVES
Advg. : DF00012994 - DANILO RIBEIRO DE CARVALHO
Advg. : DF00051237 - GESLEY WILLER S. GONÇALVES
Reu : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
0008977-68.2018.4.01.3400
201834001009440
Cível / Previdenciário / Concessão De Benefício / Jef
Autor : ANA MARIA FERNANDES ROSA
Advg. : DF00024743 - EDUARDO ANTONIO CORTES DOS SANTOS
Reu : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
0010229-09.2018.4.01.3400
201834001019125
Cível / Previdenciário / Concessão De Benefício / Jef
Autor : MARIA BETHANIA DA CRUZ SOUSA
Advg. : DF00015682 - VICTOR MENDONCA NEIVA
Advg. : DF00027016 - MILENA GALVÃO LEITE
Reu : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
0012789-21.2018.4.01.3400
115
201834001039041
Cível / Previdenciário / Concessão De Benefício / Jef
Autor : MANOEL LEANDRO CUNHA
Advg. : DF00010951 - MARCIA HELENA DE SA
Reu : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
0012795-28.2018.4.01.3400
201834001039100
Cível / Tributário / Jef
Autor : INES ACACIO DE SENA
Advg. : DF00008849 - GILBERTO GARCIA GOMES
Advg. : DF00030588 - LUCAS DOS PRAZERES FONSECA
Advg. : DF00043441 - ALINE DE SOUSA SA
Reu : UNIAO FEDERAL (FAZENDA NACIONAL)
0013673-50.2018.4.01.3400
201834001041973
Cível / Previdenciário / Concessão De Benefício / Jef
Autor : DOMICIO BORGES DE SOUZA
Advg. : DF00024968 - DANIELLE FREITAS PAULINO CRUZ
Reu : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
0015721-79.2018.4.01.3400
201834001047590
Cível / Previdenciário / Concessão De Benefício / Jef
Autor : FRANCISCO DE ASSIS MACEDO
Advg. : DF00050760 - ALLAN KARDEC PINHEIRO DE SOUZA
Reu : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
0020827-22.2018.4.01.3400
201834001067318
Cível / Serviço Público / Jef
Autor : ARISTIDES MESSA DO AMARAL
Advg. : MS0003415A - ISMAEL GONCALVES MENDES
Reu : FUNDACAO NACIONAL DE SAUDE FUNASA
0021955-77.2018.4.01.3400
201834001078297
Cível / Previdenciário / Concessão De Benefício / Jef
Autor : LUIZ CARLOS PEREIRA
Advg. : DF00036389 - ELANE COSTA DO AMARAL
Advg. : DF00055211 - GLEYCIANNE HALINE DA SILVA RIBEIRO
Advg. : DF00046489 - GASPAR PEREIRA DA SILVA
Advg. : DF00030470 - FABIANO FAGUNDES DIAS
Reu : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
0023535-45.2018.4.01.3400
201834001091738
Cível / Previdenciário / Concessão De Benefício / Jef
Autor : DIONIZIO DA CRUZ SILVA
Advg. : DF00020251 - DANIELLA CESAR TORRES
Advg. : GO00028970 - ANDRESSA SILVA MARTINS
Advg. : DF00052375 - KELLY TAVARES RODRIGUES
Reu : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
0024125-22.2018.4.01.3400
201834001096562
Cível / Previdenciário / Concessão De Benefício / Jef
Autor : MARIA DAS GRACAS DA SILVA SANTANA
Advg. : DF00040484 - SHIRLEY ALVES DANTAS
Reu : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
0027333-14.2018.4.01.3400
201834001115264
Cível / Tributário / Jef
Autor : STEFANIA LOPES PEREIRA GUIMARAES
Advg. : DF00042511 - KATIUSCIA PEREIRA DE ALVIM
Reu : UNIAO FEDERAL (FAZENDA NACIONAL)
0027435-36.2018.4.01.3400
201834001116310
Cível / Tributário / Jef
Autor : HELLAN WESLEY ALMEIDA SOARES
Advg. : DF00042511 - KATIUSCIA PEREIRA DE ALVIM
116
Reu : UNIAO FEDERAL (FAZENDA NACIONAL)
0029525-17.2018.4.01.3400
201834001132346
Cível / Previdenciário / Concessão De Benefício / Jef
Autor : ALICE QUINTINO DE ALMEIDA
Advg. : DF00027236 - BRUNO ULISSES DA SILVA CARNEIRO
Reu : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
0029803-18.2018.4.01.3400
201834001135129
Cível / Previdenciário / Concessão De Benefício / Jef
Autor : CELSO ALVES DE SOUSA
Advg. : DF00022810 - DENISE MAGALHAES DA SILVA QUIRINO
0029881-12.2018.4.01.3400
201834001135903
Cível / Serviço Público / Jef
Autor : AGDA YOKOWO DOS SANTOS ROCHA
Advg. : DF00019275 - RENATO BORGES BARROS
Reu : UNIAO FEDERAL (FAZENDA NACIONAL)
0032091-36.2018.4.01.3400
201834001144131
Cível / Tributário / Jef
Autor : ANA CECILIA MARTINS FLORIANO JANOT
Advg. : DF00019275 - RENATO BORGES BARROS
Reu : UNIAO FEDERAL (FAZENDA NACIONAL)
0032109-57.2018.4.01.3400
201834001144310
Cível / Tributário / Jef
Autor : ANA CLAUDIA NASCIMENTO TRIGO DE LOUREIRO
Advg. : DF00019275 - RENATO BORGES BARROS
Reu : UNIAO FEDERAL (FAZENDA NACIONAL)
0032215-19.2018.4.01.3400
201834001145387
Cível / Previdenciário / Concessão De Benefício / Jef
Autor : MARIA DE SOUZA OLIVEIRA
Advg. : DF00028146 - IGNA DE SOUZA OLIVEIRA MOURA
Reu : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
0032975-65.2018.4.01.3400
201834001153113
Cível / Tributário / Jef
Autor : CINTIA TIVES PADILHA
Advg. : DF00019275 - RENATO BORGES BARROS
Reu : UNIAO FEDERAL (FAZENDA NACIONAL)
0036407-92.2018.4.01.3400
201834001176508
Cível / Tributário / Jef
Autor : ANA CELINA CUNHA LIMA NEVES
Advg. : DF00042511 - KATIUSCIA PEREIRA DE ALVIM
Reu : UNIAO FEDERAL (FAZENDA NACIONAL)
0036561-13.2018.4.01.3400
201834001178114
Cível / Tributário / Jef
Autor : FERNANDA PIRES D ANDRADA ROSCOE BESSA
Advg. : DF00019275 - RENATO BORGES BARROS
Reu : UNIAO FEDERAL (FAZENDA NACIONAL)
0036699-77.2018.4.01.3400
201834001179565
Cível / Tributário / Jef
Autor : HUMBERTO FRANCISCO DE OLIVEIRA
Advg. : DF00019275 - RENATO BORGES BARROS
Reu : UNIAO FEDERAL (FAZENDA NACIONAL)
0036971-71.2018.4.01.3400
201834001182457
Cível / Tributário / Jef
117
Autor : JOAO EUDES MONTEIRO FELIX
Advg. : DF00019275 - RENATO BORGES BARROS
Reu : UNIAO FEDERAL (FAZENDA NACIONAL)
0037295-61.2018.4.01.3400
201834001185764
Cível / Tributário / Jef
Autor : JORGE AUGUSTO FERNANDES NASCIMENTO
Advg. : DF00019275 - RENATO BORGES BARROS
Reu : UNIAO FEDERAL (FAZENDA NACIONAL)
0037319-89.2018.4.01.3400
201834001186320
Cível / Tributário / Jef
0037321-59.2018.4.01.3400
201834001186348
Cível / Tributário / Jef
Autor : KATIA RIOTINTO DE LIMA SALES
Advg. : DF00019275 - RENATO BORGES BARROS
Reu : UNIAO FEDERAL (FAZENDA NACIONAL)
0037323-29.2018.4.01.3400
201834001186365
Cível / Tributário / Jef
Autor : ODAIR MOTA RABELO
Advg. : DF00019275 - RENATO BORGES BARROS
Reu : UNIAO FEDERAL (FAZENDA NACIONAL)
0037463-63.2018.4.01.3400
201834001187785
Cível / Tributário / Jef
Autor : KARINA CARDOSO DE SOUSA MENESES
Advg. : DF00019275 - RENATO BORGES BARROS
Reu : UNIAO FEDERAL (FAZENDA NACIONAL)
0037571-92.2018.4.01.3400
201834001188862
Cível / Tributário / Jef
Autor : REGINA SERAFIM DE OLIVEIRA
Advg. : DF00019275 - RENATO BORGES BARROS
Reu : UNIAO FEDERAL (FAZENDA NACIONAL)
0037645-49.2018.4.01.3400
201834001189607
Cível / Tributário / Jef
Autor : RENATA CRISTINA D AVILA COLACO
Advg. : DF00019275 - RENATO BORGES BARROS
Reu : UNIAO FEDERAL (FAZENDA NACIONAL)
0037667-10.2018.4.01.3400
201834001189820
Cível / Tributário / Jef
Autor : ROBERTO WOJTYLA ALEXANDRE DIENER
Advg. : DF00019275 - RENATO BORGES BARROS
Reu : UNIAO FEDERAL (FAZENDA NACIONAL)
0037707-89.2018.4.01.3400
201834001190228
Cível / Tributário / Jef
Autor : ROGERIO FIGUEIREDO DA SILVA
Advg. : DF00019275 - RENATO BORGES BARROS
Reu : UNIAO FEDERAL (FAZENDA NACIONAL)
0038257-84.2018.4.01.3400
201834001192996
Cível / Tributário / Jef
Autor : LUSALETE DA CONCEICAO PIRES SILVA
Advg. : DF00019275 - RENATO BORGES BARROS
Reu : UNIAO FEDERAL (FAZENDA NACIONAL)
0038263-91.2018.4.01.3400
118
201834001193059
Cível / Tributário / Jef
Autor : MAGNO BARBOSA DE CARVALHO
Advg. : DF00019275 - RENATO BORGES BARROS
Reu : UNIAO FEDERAL (FAZENDA NACIONAL)
0038361-76.2018.4.01.3400
201834001194033
Cível / Tributário / Jef
Autor : DEBORA PINHEIRO TOLENTINO
Advg. : DF00019275 - RENATO BORGES BARROS
Reu : UNIAO FEDERAL (FAZENDA NACIONAL)
0040031-52.2018.4.01.3400
0041671-90.2018.4.01.3400
201834001219733
Cível / Tributário / Jef
Autor : GELSON DE SOUSA BARROS
Advg. : DF00019275 - RENATO BORGES BARROS
Reu : UNIAO FEDERAL (FAZENDA NACIONAL)
0041797-43.2018.4.01.3400
201834001221000
Cível / Tributário / Jef
Autor : GUILHERME PAVIE RIBEIRO
Advg. : DF00019275 - RENATO BORGES BARROS
Reu : UNIAO FEDERAL (FAZENDA NACIONAL)
0041853-76.2018.4.01.3400
201834001221565
Cível / Tributário / Jef
Autor : MARILENE DANTAS DE ATAIDES
Advg. : DF00019275 - RENATO BORGES BARROS
Reu : UNIAO FEDERAL (FAZENDA NACIONAL)
0042105-79.2018.4.01.3400
201834001224280
Cível / Tributário / Jef
Autor : WAGNER NUNES GOMES
Advg. : DF00019275 - RENATO BORGES BARROS
Reu : UNIAO FEDERAL (FAZENDA NACIONAL)
0007713-79.2019.4.01.3400
201934001275646
Cível / Previdenciário / Concessão De Benefício / Jef
Autor : EDILEIS TEIXEIRA MIRANDA
Advg. : DF00042877 - ANA FLAVIA OLIVEIRA BERTOLDO DE MELO
Reu : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
0010295-52.2019.4.01.3400
201934001292094
Cível / Previdenciário / Concessão De Benefício / Jef
Autor : LUIZA NATALI LEONE DE FARIA
Advg. : BA00056086 - PEDRO SILVA DALTRO MOURA
Reu : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
0012357-65.2019.4.01.3400
201934001304280
Cível / Tributário / Jef
Autor : RAIMUNDA DA COSTA SILVA
Advg. : DF00038215 - JULIANA DA SILVA NERY
Advg. : DF00042511 - KATIUSCIA PEREIRA DE ALVIM
Reu : UNIAO FEDERAL (FAZENDA NACIONAL)
0012425-15.2019.4.01.3400
201934001304980
119
Cível / Previdenciário / Concessão De Benefício / Jef
Autor : GILSON GUEDES DE SOUZA
Advg. : DF00013750 - ALESSANDRA CAMARANO MARTINS
Reu : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
0014515-93.2019.4.01.3400
201934001323490
Cível / Fgts / Jef
Autor : JAIME ALVES DOS SANTOS
Advg. : DF00030803 - LAURA ANGELICA PACHECO ALVES DOS SANTOS
Reu : CAIXA ECONOMICA FEDERAL
0004394-06.2019.4.01.3400
201934001256694
Procedimento Comum Cível / Outros / Jef
Autor : VALTER VIEIRA SAMPAIO FILHO
Advg. : DF00019999 - PAOLO RICARDO DIAS FERNANDES
Reu : CAIXA ECONOMICA FEDERAL
"(...) intime-se a parte autora para emendar a inicial devendo esclarecer a prevenção
registrada no relatório emitido pelo sistema JEF-Virtual, demonstrando, com a
apresentação de cópia da(s) petição(ões) inicial(is) e eventual(is) sentença(s)
relativas aos “processos preventos” indicados no relatório, sob pena indeferimento
da inicial, no prazo de 5 (cinco) dias".
0039909-15.2013.4.01.3400
201334000084544
Cível / Tributário / Jef
Autor : SOCORRO FERREIRA DA ROCHA
Advg. : DF0001599A - GERALDO MAGELA HERMOGENES DA
SILVA
Reu : UNIAO FEDERAL (FAZENDA NACIONAL)
0012690-17.2019.4.01.3400
201934001307639
Cível / Previdenciário / Concessão De Benefício / Jef
Autor : FRANCISCO DOS SANTOS
Advg. : DF00041023 - VERONICA VILAR DE MEDEIROS
Reu : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
"(...) intime-se a parte autora para emendar a inicial devendo esclarecer a prevenção
registrada no relatório emitido pelo sistema JEF-Virtual, demonstrando, com a
apresentação de cópia da(s) petição(ões) inicial(is) e eventual(is) sentença(s)
relativas aos “processos preventos” indicados no relatório, sob pena indeferimento
da inicial, no prazo de 5 (cinco) dias".
122
0001354-50.2018.4.01.3400
201834000957177
Cível / Serviço Público / Jef
Autor : ROBERTO ZAINA
Advg. : DF00034921 - ANTONIO RODRIGO MACHADO DE
SOUSA
Reu : UNIAO FEDERAL
0009112-80.2018.4.01.3400
201834001010814
Cível / Tributário / Jef
Autor : JOAO BATISTA DA SILVA
Advg. : DF00020462 - CARLOS LEONARDO SOUZA DOS
SANTOS
Reu : UNIAO FEDERAL (FAZENDA NACIONAL)
0004598-84.2018.4.01.3400
201834000989440
Cível / Serviço Público / Jef
Autor : GLEYSON NORONHA DE SOUSA
Advg. : RJ00137473 - EVANDRO P. G. FERREIRA GOMES
Advg. : MT00024072 - THIAGO BRAGA ROSLER
Reu : UNIAO FEDERAL
0010136-80.2017.4.01.3400
201734000710730
Procedimento Comum Cível / Outros / Jef
Autor : ELIZETE CASTRO DE OLIVEIRA
Advg. : DF00046638 - CAMILA GODINHO LIMA
Reu : CAIXA ECONOMICA FEDERAL
"(...) Diante do exposto: a) julgo EXTINTO o processo, sem resolução do mérito, com
fulcro no art. 485, inciso VI, do CPC, em relação ao levantamento do valor
correspondente ao PIS; b) julgo IMPROCEDENTE o pedido de indenização por
danos morais, nos termos do art. 487, I, do CP (...)".
0009082-45.2018.4.01.3400
201834001010516
Procedimento Comum Cível / Outros / Jef
Autor : EDNA CRISTINA AYRES DE SOUZA
124
Advg. : DF00031176 - JOSE DEYVISON AYRES DE SOUZA
Reu : UNIAO FEDERAL
0017790-84.2018.4.01.3400
201834001052589
Cível / Tributário / Jef
Autor : ROGERIO COSSICH FURTADO
Advg. : DF00041423 - GABRIELA CHAVES DE CASTRO
Advg. : DF00048091 - FERNANDA ALVES PEREIRA BASTOS
Reu : UNIAO FEDERAL (FAZENDA NACIONAL)
0023462-73.2018.4.01.3400
201834001090980
Procedimento Comum Cível / Outros / Jef
Autor : LOURIVAL DOMINGOS DA CRUZ
Advg. : GO00039214 - DANIEL OGLIARI
Reu : CAIXA ECONOMICA FEDERAL
0013507-81.2019.4.01.3400
201934001316210
Cível / Fgts / Jef
Autor : JANAINA VIEIRA NEVES
Advg. : DF00053444 - PAULO EDUARDO DOS SANTOS SILVA
Reu : CAIXA ECONOMICA FEDERAL
0014299-35.2019.4.01.3400
201934001321328
Cível / Fgts / Jef
Autor : JOELSON RODRIGUES
Advg. : BA00049196 - PATRÍCIA LICÍNIA ANTUNES
Reu : CAIXA ECONOMICA FEDERAL
0014469-07.2019.4.01.3400
201934001323037
Cível / Fgts / Jef
Autor : ALCI DOS SANTOS LIMA
Advg. : DF00059039 - RODRIGO RAMALHO DE SOUSA PIRES
Reu : CAIXA ECONOMICA FEDERAL
0025206-84.2010.4.01.3400
201034009066727
Cível / Serviço Público / Jef
Autor : GERSON EVANGELISTA JOSE
Advg. : DF00008579 - JOSE DE JESUS ALENCAR MAFRA
Reu : UNIAO FEDERAL
"(...) DEFIRO a habilitação de ZILDA VELOSO JOSE, (...) (...) que deverá suceder Gerson Evangelista Jose (...)".
0007264-24.2019.4.01.3400
201934001274140
Cível / Serviço Público / Jef
Autor : ALBERTO HENRIQUE BARBOSA
Advg. : DF00000968 - ULISSES RIEDEL DE RESENDE
Reu : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
0014422-33.2019.4.01.3400
201934001322560
Cível / Previdenciário / Concessão De Benefício / Jef
Autor : FRANCISCO CARLOS SOUZA MORAES
Advg. : DF00030525 - GILBERTO CONCEICAO DO AMARAL
Reu : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
0014436-17.2019.4.01.3400
201934001322703
Cível / Previdenciário / Concessão De Benefício / Jef
Autor : ZUPERO XAVIER DOS SANTOS
Advg. : DF00030525 - GILBERTO CONCEICAO DO AMARAL
Reu : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
0001630-47.2019.4.01.3400
201934001236692
Cível / Previdenciário / Concessão De Benefício / Jef
Autor : RAYMARA FERNANDES ARAUJO
Advg. : DF00051009 - ADRIANA DA SILVA MACIEL
Reu : VITORIA KARINY DOS SANTOS ZICA
Reu : RUHAN DOUGLAS FERNANDES ZICA
Reu : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
0013494-82.2019.4.01.3400
201934001316076
Cível / Previdenciário / Concessão De Benefício / Jef
Autor : BRAS BARBOSA COELHO
Advg. : DF00030525 - GILBERTO CONCEICAO DO AMARAL
Reu : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
0013486-08.2019.4.01.3400
201934001315996
Cível / Previdenciário / Concessão De Benefício / Jef
Autor : JOAO DE SANTANA SOUZA
Advg. : DF00030525 - GILBERTO CONCEICAO DO AMARAL
Reu : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
0013740-78.2019.4.01.3400
201934001318662
Cível / Previdenciário / Concessão De Benefício / Jef
Autor : IONEIDE ARAUJO VIEIRA
Advg. : DF00041423 - GABRIELA CHAVES DE CASTRO
Advg. : DF00048091 - FERNANDA ALVES PEREIRA BASTOS
Reu : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
0027142-76.2012.4.01.3400
201234009401075
Cível / Serviço Público / Jef
Autor : PAULO RENAN DRESCHER
Advg. : DF00016362 - MARIANA PRADO GARCIA DE QUEIROZ VELHO
Advg. : DF00019009 - LILI CRUZ BAPTISTA
Autor : JOSE DE ARIMATEA MOREIRA
Autor : WANDERLEY BERGAMIM DE OLIVEIRA
Reu : UNIAO FEDERAL
0004389-81.2019.4.01.3400
201934001256646
Cível / Tributário / Jef
Autor : ANTONIO BENEDITO AMBROSI
Advg. : RJ00126767 - BARBARA COSTA PESSOA GOMES TARDIN
Reu : UNIAO FEDERAL (FAZENDA NACIONAL)
0004431-33.2019.4.01.3400
201934001257069
Cível / Previdenciário / Concessão De Benefício / Jef
Autor : JOAO PEDRO MARQUES OLIVEIRA DA CUNHA
Advg. : DF00041166 - RAFAELA ALVES DE FREITAS
Advg. : DF00044885 - BYANCA ALVES TELES
127
Reu : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
0004467-75.2019.4.01.3400
201934001257411
Cível / Tributário / Jef
Autor : JOSE IRENIO DOS SANTOS
Advg. : RJ00126767 - BARBARA COSTA PESSOA GOMES TARDIN
Reu : UNIAO FEDERAL (FAZENDA NACIONAL)
0004541-32.2019.4.01.3400
201934001258221
Cível / Tributário / Jef
Autor : TANIA MARIA VASCONCELOS
Advg. : RJ00126767 - BARBARA COSTA PESSOA GOMES TARDIN
0013177-84.2019.4.01.3400
201934001312613
Procedimento Comum Cível / Outros / Jef
Autor : ARMANDO RAMOS DE CARVALHO
Advg. : DF00043549 - ARMANDO RAMOS DE CARVALHO
Reu : DNIT-DEPARTAMENTO NACIONAL DE INFRAEST DE TRANSPORTES
0014431-92.2019.4.01.3400
201934001322659
Cível / Previdenciário / Concessão De Benefício / Jef
Autor : MARINALVA ALVES DE OLIVEIRA
Advg. : DF00030525 - GILBERTO CONCEICAO DO AMARAL
Reu : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
0056597-28.2008.4.01.3400
200834009155836
Cível / Serviço Público / Jef
Autor : ESPOLIO DE ODETE DE SOUZA PEREIRA
Advg. : PR00054860 - LUIZ FERNANDO DA SILVA
Reu : UNIAO FEDERAL
"(...) defiro a habilitação de MILTON PEREIRA, (...) (...) ROSANGELA PEREIRA, (...) (...) JOSÉ AFONSO PEREIRA, (...) (...) e
ROGÉRIO PEREIRA, (...) (...) que deverão suceder Odete de Souza Pereira, para efeito de recebimento dos valores devidos
(...) (...) II – A INTIMAÇÃO DOS HERDEIROS, na pessoa de seu procurador, para ciência das habilitações. Quanto ao
levantamento futuro do valor depositado faculto aos herdeiros,
derradeiramente, por economia processual, celeridade e otimização da expedição, a apresentação de cessão de direitos,
conferindo a um dos herdeiros o recebimento do valor para REPASSE POSTERIOR AOS DEMAIS HABILITADOS NA MEDIDA
DE SUAS COTAS (...)".
0014437-02.2019.4.01.3400
201934001322717
Cível / Previdenciário / Concessão De Benefício / Jef
Autor : ARTHUR DOS SANTOS VIEGA
Advg. : DF00030525 - GILBERTO CONCEICAO DO AMARAL
Reu : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
0014572-14.2019.4.01.3400
201934001324060
Cível / Previdenciário / Concessão De Benefício / Jef
Autor : MARIA DA CONCEICAO GONCALVES DE JESUS
Advg. : DF00040996 - ALEX LUCIANO VALADARES DE
ALMEIDA
Reu : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
0014644-98.2019.4.01.3400
201934001324830
Cível / Previdenciário / Concessão De Benefício / Jef
Autor : MARIA CANDIDA DA SILVA
Advg. : DF00018589 - DIEGO VEGA POSSEBON DA SILVA
Advg. : DF00020139 - IGOR RAMOS SILVA
Reu : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
0014712-48.2019.4.01.3400
201934001325548
Cível / Previdenciário / Concessão De Benefício / Jef
Autor : EMIDIA MOREIRA NETA
Advg. : GO00042815 - MARCELO DOS SANTOS PEREIRA
Reu : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
0070028-85.2015.4.01.3400
201534000296544
Cível / Serviço Público / Jef
Autor : MESSIAS ZACARIAS DE ANDRADE
Advg. : DF00036420 - THAYNARA CLAUDIA BENEDITO
Reu : UNIAO FEDERAL
0013702-66.2019.4.01.3400
201934001318292
Cível / Tributário / Jef
Autor : SANDRA REGINA COELHO DA ROCHA BRAGA
Advg. : DF00055589 - JOAO FRANCISCO DE CAMARGO
Advg. : AL00012447 - GERALDO BRANDAO DE LIMA
Advg. : AL00015859 - LIGIA MARIA LINS DE SOUZA SANTOS
Reu : UNIAO FEDERAL (FAZENDA NACIONAL)
0013710-43.2019.4.01.3400
129
201934001318378
Cível / Tributário / Jef
Autor : PAULA PECANHA SEGADAS VIANNA
Advg. : DF00055589 - JOAO FRANCISCO DE CAMARGO
Advg. : AL00012447 - GERALDO BRANDAO DE LIMA
Advg. : AL00015859 - LIGIA MARIA LINS DE SOUZA SANTOS
Reu : UNIAO FEDERAL (FAZENDA NACIONAL)
0013840-33.2019.4.01.3400
201934001319681
Cível / Tributário / Jef
Autor : HYLTA COIMBRA DE SOUZA
Advg. : AL00015859 - LIGIA MARIA LINS DE SOUZA SANTOS
Advg. : DF00055589 - JOAO FRANCISCO DE CAMARGO
0014384-21.2019.4.01.3400
201934001322186
Cível / Tributário / Jef
Autor : GERALDO MARTIRE
Advg. : DF00055589 - JOAO FRANCISCO DE CAMARGO
Advg. : AL00015859 - LIGIA MARIA LINS DE SOUZA SANTOS
Advg. : AL00012447 - GERALDO BRANDAO DE LIMA
Reu : UNIAO FEDERAL (FAZENDA NACIONAL)
0014412-86.2019.4.01.3400
201934001322467
Cível / Tributário / Jef
Autor : JOSE ELCIO CAVALCANTE ROCHA
Advg. : MS00012478 - JOSE AUGUSTO RORIZ BRAGA
Reu : UNIAO FEDERAL (FAZENDA NACIONAL)
0014700-34.2019.4.01.3400
201934001325400
Cível / Tributário / Jef
Autor : JOSE ADAMAU DE SA
Advg. : PB00008432 - CARMEN RACHEL DANTAS MAYER
Advg. : PB00014285 - CYNTHIA ELIZABETH CABRAL
SANTIAGO
Reu : UNIAO FEDERAL (FAZENDA NACIONAL)
"Intime-se a parte autora para emendar a petição inicial e instruí-la com comprovante
de indeferimento administrativo da PFN, vislumbrando assim a pretensão resistida,
no prazo de 15 (quinze) dias, sob pena de extinção do processo sem resolução do
mérito".
0004658-28.2016.4.01.3400
201634000332085
Cível / Serviço Público / Jef
Autor : CARLOS EDUARDO SILVA COIMBRA
Advg. : DF00021675 - ANDRESSA MIRELLA CASTRO DIAS
Reu : FUNDO NACIONAL DE DESENVOLVIMENTO DA
EDUCACAO - FNDE
0067048-68.2015.4.01.3400
201534000284584
Procedimento Comum Cível / Outros / Jef
Autor : WILLIAN MARQUES FERREIRA
Advg. : DF00043597 - JOAB GALINDO DE CALAIS
Reu : CAIXA ECONOMICA FEDERAL
0020647-06.2018.4.01.3400
201834001065465
Cível / Previdenciário / Revisão De Benefício / Jef
Autor : ANTONIO NARCIZO ROCHA
Advg. : DF00028290 - ROGERIO OLIVEIRA ANDERSON
Reu : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
0054131-46.2017.4.01.3400
201734000942900
Cível / Previdenciário / Concessão De Benefício / Jef
Autor : MARIA ZENETE RIBEIRO
Advg. : DF00030802 - KEZIA MACHADO GUSMAO
Reu : MARIA NEUSA QUEIROZ
Reu : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
0004831-81.2018.4.01.3400
201834000991793
Cível / Previdenciário / Concessão De Benefício / Jef
Autor : JOSE CECILIO RIBEIRO
Advg. : DF00033916 - MARCUS VINICIUS SEIXAS PIMENTA
Reu : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
0048987-91.2017.4.01.3400
201734000913590
Cível / Previdenciário / Concessão De Benefício / Jef
Autor : VALDECI DE SOUSA RAMOS
Advg. : DF00056020 - LEOCY MONTEIRO DE SOUSA
Reu : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
Curador : ODEVANIA DE SOUZA RAMOS
"(...) Em análise aos autos, noto que em 17.12.2018 foi exarado despacho relativo à
divergência quanto à execução da verba honorária contratual. Na ocasião, este juízo
entendeu que o objeto de embate entre as partes envolvidas é da competência da
Justiça Estadual, em ação própria. Por conseguinte, em 09.04.2019, foi juntada
decisão proferida em 26.02.2019, oriunda da 3ª Vara Cível de Ceilândia (TJDFT),
cujo ponto central é a penhora, nestes autos, de valor a título de honorários
contratuais, correspondente a 30% (trinta por cento) sobre o crédito devido à autora
Valdeci de Sousa Ramos, representada por sua curadora Odevânia de Souza
Ramos. No caso, trata-se de ação movida pelas procuradoras da autora. Entretanto,
observo ainda que em 03.04.2019 foi juntado contrato firmado em 28.03.2019 entre
as envolvidas, onde foi estabelecido o pagamento de 25% (vinte e cinco por cento)
sobre o montante homologado em audiência (03.12.2018). Ou seja, o acordo é
posterior àquela decisão. Pelo exposto, ENTENDO que o documento terá
repercussão no processo respectivo (n. 0701892-58.2019.8.07.0003), por essa
razão, deverá ser submetido ao juízo competente para apreciação e decisão, com
reflexo nestes autos (...)".
0029581-50.2018.4.01.3400
201834001132908
Cível / Previdenciário / Concessão De Benefício / Jef
Autor : ELIVAN PEREIRA DE OLIVEIRA
131
Advg. : DF00030525 - GILBERTO CONCEICAO DO AMARAL
Reu : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
0012775-37.2018.4.01.3400
201834001038797
Cível / Previdenciário / Concessão De Benefício / Jef
Autor : KLEBSON DE ALMEIDA FREIRE
Advg. : DF00055989 - JOAO PAULO RODRIGUES RIBEIRO
0039673-92.2015.4.01.3400
201534000180379
Cível / Previdenciário / Concessão De Benefício / Jef
Autor : MANOEL HENRIQUE FERNANDES
Advg. : DF00040054 - RODRIGO PESSOA DE CARVALHO
Reu : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
"(...) 4. Apresentada a planilha pelo réu, intime-se a parte autora para dizer se
concorda ou não com os valores apresentados e, se for o caso, se renuncia ou não
aos valores que excedem ao limite deste Juizado (60 salários mínimos) para receber
por meio de Requisição de Pequeno Valor (RPV) ou se prefere receber a quantia
total por meio de Precatório. Prazo: 10 dias (...)".
0021753-13.2012.4.01.3400
201234009386826
Procedimento Comum Cível / Outros / Jef
Autor : SANDRA REGINA LOPES RODRIGUES
Advg. : DF00028184 - WILDBERG BOUÉRES RODRIGUES
Reu : CAIXA ECONOMICA FEDERAL
0004851-38.2019.4.01.3400
201934001261367
Procedimento Comum Cível / Outros / Jef
Autor : HELIO DA SILVA LOPES ALVES
Advg. : DF00060742 - BRUNO DA SILVA ARAUJO
Reu : CAIXA ECONOMICA FEDERAL
0041823-41.2018.4.01.3400
201834001221267
Procedimento Comum Cível / Outros / Jef
Autor : MARVERICK OLIVEIRA GUERRA
Reu : CAIXA ECONOMICA FEDERAL
0041201-59.2018.4.01.3400
201834001217997
Procedimento Comum Cível / Outros / Jef
Autor : GABRIEL DO ESPIRITO SANTO SILVA
Reu : CAIXA ECONOMICA FEDERAL
0038285-52.2018.4.01.3400
134
201834001193271
Procedimento Comum Cível / Outros / Jef
Autor : MARCELO PEREIRA LODONIO
Advg. : DF00043194 - ELIZAFA DE SOUZA ALMEIDA
Reu : CAIXA ECONOMICA FEDERAL
0031211-44.2018.4.01.3400
201834001141314
Procedimento Comum Cível / Outros / Jef
Autor : BENEDITA HERMENEGILDA DE ALMEIDA LOPES
Advg. : DF00013809 - LIBERIO JOSE AZEVEDO GONTIJO
Reu : CAIXA ECONOMICA FEDERAL
0053703-64.2017.4.01.3400
201734000938591
Procedimento Comum Cível / Outros / Jef
Autor : MARIA LUCIA VIEIRA BORGES
Advg. : DF00041407 - EDEMILSON ALVES DOS SANTOS
Reu : CAIXA ECONOMICA FEDERAL
Reu : LOTERICA SERRA PELADA
Advg. : DF00019275 - RENATO BORGES BARROS
0017067-02.2017.4.01.3400
201734000731600
Procedimento Comum Cível / Outros / Jef
Autor : DANIEL DE MEDEIROS REIS
Advg. : DF00043487 - LUCAS SANTOS RIETHER AZOUBEL
Autor : INFOJET COMERCIO E SERVICOS DE INFORMATICA
LTDA ME
Advg. : DF00043487 - LUCAS SANTOS RIETHER AZOUBEL
Reu : BANCO DO BRASIL
Advg. : DF00035879 - MARCOS CALDAS MARTINS CHAGAS
Reu : BANCO NACIONAL DE DESENVOLVIMENTO
ECONOMICO E SOCIAL BNDES
Advg. : RJ00149924 - MORENA CORREA SANTOS
0026179-58.2018.4.01.3400
135
201834001107013
Procedimento Comum Cível / Outros / Jef
Autor : CARLOS MAGNO GERALDO FIGUEIREDO
Advg. : DF00054742 - CARLOS MAGNO GERALDO
FIGUEIREDO
Reu : CAIXA ECONOMICA FEDERAL
0046382-56.2009.4.01.3400
200934009067510
Procedimento Comum Cível / Outros / Jef
Autor : LUIZ HENRIQUE MARQUES DA ROCHA
Advg. : DF0001937A - MOACIR YAMAKAWA
Advg. : DF00017279 - JOHN CORDEIRO DA SILVA JUNIOR
Advg. : DF00025852 - MONICA MIRANDA FRANCO VILELA
Advg. : DF00032043 - ROGERIO ROCHA
Advg. : DF00040304 - MAURICIO FRANCO ALVES
Reu : EMPRESA BRASILEIRA DE CORREIOS E TELEGRAFOS
ECT
Nos termos da Portaria nº 002/2014, intime-se o (a) advogado (a) da parte autora
para RETIRAR o Alvará de Levantamento no balcão de Secretaria desta 26ª Vara
Federal.
Prazo: 05 (cinco) dias.
0036625-23.2018.4.01.3400
201834001178813
Cível / Previdenciário / Concessão De Benefício / Jef
Autor : ISAIAS SOUZA DE MORAES
Advg. : DF00040996 - ALEX LUCIANO VALADARES DE
ALMEIDA
Reu : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
0003283-21.2018.4.01.3400
201834000976564
Cível / Serviço Público / Jef
Autor : OZIEL LOPES DA COSTA
Advg. : RJ00180602 - DIVO AUGUSTO CAVADAS
Reu : AGENCIA ESPACIAL BRASILEIRA
0035805-72.2016.4.01.3400
201634000479540
Cível / Previdenciário / Concessão De Benefício / Jef
Autor : RONIE VON ROSA DA SILVA
Advg. : DF00017819 - LEONARDO SOLANO LOPES
Advg. : DF00023681 - CAROLINA SIMAO ODISIO HISSA
136
Reu : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
0026003-16.2017.4.01.3400
201734000776830
Procedimento Comum Cível / Outros / Jef
Autor : MARCELO SILVA DA ROCHA SOUSA
Reu : EMPRESA BRASILEIRA DE CORREIOS E TELEGRAFOS
ECT
0018631-60.2010.4.01.3400
201034009049717
Cível / Serviço Público / Jef
Autor : FRANCINETTE NUBIA DE OLIVEIRA
Autor : DALVA FERRAZ MONTEIRO
Advg. : DF00002499 - EDMUNDO JORGE
Advg. : DF00003207 - MARIA JOSE SONIA DE BARROS JORGE
Advg. : DF0000592A - SEBASTIAO MIGUEL JULIAO
Autor : FERNANDO SANTOS
Autor : DAVID ORLANDO LEPESTEUR
Autor : ESTANISLAU ARMOA
Reu : UNIAO FEDERAL
0059193-14.2010.4.01.3400
201034009164040
Cível / Tributário / Jef
Autor : AIRTON ANGELO BIANCHI
Advg. : DF00022113 - LIGIA LUCIBEL FRANZIO DE SOUZA
Advg. : DF00028818 - ARISTELLA INGLEZDOLFE DE MELLO
CASTRO
Reu : UNIAO FEDERAL (FAZENDA NACIONAL)
0032127-54.2013.4.01.3400
201334000052726
Procedimento Comum Cível / Outros / Jef
Autor : GERALDO BARBOSA DA GAMA
Advg. : DF00028460 - BRUNO DOS SANTOS PADOVAN
Advg. : DF00025373 - ANDRE DAVIS ALMEIDA
Advg. : DF00021718 - ALBERT RABELO LIMOEIRO
Autor : MARIA DA PENHA DE ARAUJO CASTRO
Reu : FUNDO DE SAUDE DO EXERCITO - FUSEX
0009853-96.2013.4.01.3400
201334009533773
Cível / Fgts / Jef
Autor : LUCILIA LOPES DIAS DE ALMEIDA
Advg. : DF00026601 - FREDERICO SOARES ARAUJO
Advg. : DF00029252 - PRISCILA LARISSA DE MORAIS
FIGUEREDO
Reu : CAIXA ECONOMICA FEDERAL
0039105-76.2015.4.01.3400
137
201534000177130
Cível / Previdenciário / Concessão De Benefício / Jef
Autor : SIMONE DA COSTA SILVA
Advg. : DF00016460 - JOSE AUGUSTO IVANOSKI
Advg. : DF00028272 - TATIANA REIS DOMINGUES
Reu : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
0009401-81.2016.4.01.3400
201634000350070
Cível / Serviço Público / Jef
Autor : LUCIMAR SOUSA SANTOS NASCIMENTO
Advg. : DF00048167 - ADRIANA VALERIA SOUSA DA CRUZ
Reu : INSTITUTO NACIONAL DE COLONIZACAO E REFORMA
AGRARIA INCRA
0046651-17.2017.4.01.3400
201734000902121
Cível / Previdenciário / Concessão De Benefício / Jef
Autor : MIGUEL DE JESUS ROCHA
Advg. : PI00015932 - HADASSA COELHO MODESTO
GUIMARAES
Advg. : MA00016942 - BRUNA IANE MENEZES DE AGUIAR
Reu : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
0054793-10.2017.4.01.3400
201734000949412
Cível / Tributário / Jef
Autor : ANDRE DAMAS DE MATOS
Advg. : DF00019430 - ALINE SANTOS PEREIRA
Advg. : DF00018453 - ADALE LUCIANE TELLES DE FREITAS
Reu : UNIAO FEDERAL (FAZENDA NACIONAL)
0005257-93.2018.4.01.3400
201834000994072
Cível / Serviço Público / Jef
Autor : MARIA DE NAZARE DA SILVA PIRES
Advg. : DF00017441 - SERGIO LINDOSO BAUMANN DAS
NEVES PIETROLUONGO
Reu : UNIAO FEDERAL
0011803-67.2018.4.01.3400
201834001031969
Cível / Previdenciário / Concessão De Benefício / Jef
Autor : ANTONIO BESERRA LINHARES
Advg. : DF00056521 - JEAN EVERSON SERAFIM DE MEDEIROS
Reu : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
0012083-38.2018.4.01.3400
201834001034772
Cível / Tributário / Jef
Autor : NELSON MALAQUIAS DE SOUSA
Advg. : DF00023092 - ALBERTO CORREIA CARDIM NETO
Reu : UNIAO FEDERAL (FAZENDA NACIONAL)
0022551-61.2018.4.01.3400
201834001084482
Cível / Tributário / Jef
Autor : AMAURI ALBUQUERQUE ARAUJO
Advg. : AL00014394 - MYLENE QUITERIA CALDAS
Advg. : AL00006805 - JOAO FRANCISCO DE CAMARGO
Reu : UNIAO FEDERAL (FAZENDA NACIONAL)
0036467-65.2018.4.01.3400
201834001177143
Cível / Tributário / Jef
Autor : EMERSON SILVA GOMES
Advg. : DF00019275 - RENATO BORGES BARROS
Reu : UNIAO FEDERAL (FAZENDA NACIONAL)
138
0036471-05.2018.4.01.3400
201834001177188
Cível / Tributário / Jef
Autor : EMISLEI SOARES DE SOUSA
Advg. : DF00019275 - RENATO BORGES BARROS
Reu : UNIAO FEDERAL (FAZENDA NACIONAL)
0036661-65.2018.4.01.3400
201834001179181
Cível / Tributário / Jef
Autor : HUMBERTO CLAUDIO DUMONT
Advg. : DF00019275 - RENATO BORGES BARROS
Reu : UNIAO FEDERAL (FAZENDA NACIONAL)
0039049-38.2018.4.01.3400
201834001201008
Cível / Serviço Público / Jef
Autor : MARIA ZELIA DA MOTA SILVA
Advg. : RS00018097 - JOSE LUIS WAGNER
Reu : FUNDACAO UNIVERSIDADE FEDERAL DE BRASILIA
0039161-07.2018.4.01.3400
201834001202133
Cível / Serviço Público / Jef
Autor : OSVALDO GONCALVES DOS SANTOS
Advg. : DF00045778 - THIAGO SOARES GARCIA
Reu : DILANY RABELO DE SOUZA
Reu : UNIAO FEDERAL
Reu : BANCO DO BRASIL S/A
0039209-63.2018.4.01.3400
201834001202610
Cível / Serviço Público / Jef
Autor : RISETE PEREIRA DOS SANTOS METZ
Advg. : DF0001599A - GERALDO MAGELA HERMOGENES DA
SILVA
Reu : UNIAO FEDERAL
0042315-33.2018.4.01.3400
201834001226400
Cível / Serviço Público / Jef
Autor : DANITZA PASSAMAI ROJAS BUVINICH
Advg. : DF00048269 - BRENO VALADARES DOS ANJOS
Reu : AGENCIA NACIONAL DE VIGILANCIA SANITARIA -
ANVISA
0002327-68.2019.4.01.3400
201934001241721
Cível / Previdenciário / Concessão De Benefício / Jef
Autor : FRANCISCO JOSE VIEIRA DA SILVA
Advg. : DF00044722 - SANDRO SOARES SANTOS
Reu : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
0004839-24.2019.4.01.3400
201934001261247
Cível / Tributário / Jef
Autor : ALCIOMAR GOERSCH
Advg. : DF00315416 - MAURO LEMOS ADVOCACIA-
SOCIEDADE INDIVIDUAL DA ADVOCACIA
Reu : UNIAO FEDERAL (FAZENDA NACIONAL)
0005309-55.2019.4.01.3400
201934001262951
Cível / Tributário / Jef
Autor : JORGE RODRIGO SANTANA CARVALHO
Advg. : DF00016341 - LEANDRO BEMFICA RODRIGUES
Advg. : DF00040110 - ANDREA HAGGSTRAM RODRIGUES
Reu : UNIAO FEDERAL (FAZENDA NACIONAL)
0005349-37.2019.4.01.3400
139
201934001263357
Cível / Previdenciário / Concessão De Benefício / Jef
Autor : CLAUDIO MONTEIRO DA SILVA
Advg. : SP00277068 - JORGE TOMIO NOSE FILHO
Advg. : GO0032876A - ALINE SOUZA OLIVEIRA
Reu : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
0009875-47.2019.4.01.3400
201934001287791
Procedimento Comum Cível / Outros / Jef
Autor : ESMERALDA HELENA DA SILVA
Advg. : DF00054856 - FERNANDA CRISTINA DA SILVA
Reu : CAIXA ECONOMICA FEDERAL
0000791-56.2018.4.01.3400
201834000951947
Cível / Previdenciário / Concessão De Benefício / Jef
Autor : ELIANE BRITO CORREIA
Advg. : DF00041633 - PALOMA DE SOUZA BALDO
SCARPELLINI
Advg. : DF00053317 - CRISTIANE SANTOS DE OLIVEIRA
Reu : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
0000285-46.2019.4.01.3400
201934001227957
Cível / Previdenciário / Concessão De Benefício / Jef
Autor : AGNALDO GERALDO PEREIRA
Advg. : DF00045758 - MARIA DO SOCORRO NUNES DOS
SANTOS
Reu : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
0022001-66.2018.4.01.3400
201834001078760
Cível / Previdenciário / Concessão De Benefício / Jef
Autor : SUELY MARIA ALVES
Advg. : DF00036608 - ANA CLAUDIA VIEIRA
Reu : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
0009619-41.2018.4.01.3400
201834001016000
Cível / Previdenciário / Concessão De Benefício / Jef
Autor : NILO GEISEL
Advg. : MG00085965 - MARIA ANGELICA CORDEIRO CAMPOS
Advg. : MG00133544 - DANIEL HENRIQUE DE SOUZA
Advg. : MG00177748 - FABIOLA TEIXEIRA GUIMARAES
Reu : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
0066320-27.2015.4.01.3400
201534000282772
Procedimento Comum Cível / Outros / Jef
Autor : VERA LUCIA MOREIRA
Advg. : DF00038207 - IZYS MOREIRA
Reu : LEAL COBRANCAS DE TITULOS LTDA
Advg. : DF00009265 - LEOCADIO RAIMUNDO MICHETTI
Reu : SERASA SA
Advg. : DF00045892 - RENATO CHAGAS CORRÊA DA SILVA
Reu : CAIXA ECONOMICA FEDERAL
0068822-02.2016.4.01.3400
201634000638405
Cível / Previdenciário / Concessão De Benefício / Jef
Autor : MARIA HELENA DA SILVA OLIVEIRA
Advg. : DF00030525 - GILBERTO CONCEICAO DO AMARAL
Reu : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
0074204-73.2016.4.01.3400
201634000662527
Procedimento Comum Cível / Outros / Jef
Autor : JULIO CESAR RODRIGUES MENDES
Advg. : DF00025301 - MOACIR RODRIGUES XAVIER
Reu : UNIAO FEDERAL
0023332-20.2017.4.01.3400
201734000760190
Cível / Previdenciário / Concessão De Benefício / Jef
Autor : JACY FARIA RAMOS
Advg. : DF00018027 - ERIKA R. CARVALHO VASCONCELOS
Reu : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
0039922-72.2017.4.01.3400
201734000860018
Procedimento Comum Cível / Outros / Jef
Autor : JOSE MONTEIRO DE FARIAS
Advg. : DF00027497 - FRANCISCO EXPEDITO MIRANDA DA
COSTA
Advg. : DF00048625 - MERCIA REIS DE SA
Reu : CAIXA ECONOMICA FEDERAL
0044394-19.2017.4.01.3400
201734000887979
Procedimento Comum Cível / Outros / Jef
Autor : MARCELO PEREIRA DA COSTA
Advg. : SP00357592 - CRISTINA NAUJALIS DE OLIVEIRA
Reu : CAIXA ECONOMICA FEDERAL
0006144-77.2018.4.01.3400
201834000997136
Cível / Serviço Público / Jef
Autor : GERSON PEREIRA DE ARAUJO
Advg. : DF00031125 - CLAUDIA VANESSA LEMOS
Reu : ASSOCIACAO NACIONAL DE APOSENTADOS E
141
PENSIONISTAS DA PREVIDENCIA SOCIAL-ANAPPS
Advg. : RS00107401 - JESSICA CAVALHEIRO MUNIZ
Reu : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
0019186-96.2018.4.01.3400
201834001058679
Cível / Serviço Público / Jef
Autor : MARIA LAISE DE OLIVEIRA CAPSTICK
Advg. : DF00006164 - ALDEMIR DE MIRANDA MACHADO
Reu : UNIAO FEDERAL
0024232-66.2018.4.01.3400
201834001097640
Cível / Previdenciário / Concessão De Benefício / Jef
0027270-86.2018.4.01.3400
201834001115130
Cível / Previdenciário / Concessão De Benefício / Jef
Autor : SATIRA VIEIRA REIS
Advg. : DF00049664 - VANESSA ALMEIDA VELOSO
Advg. : DF00049475 - GLAYCE ELY DUARTE DA SILVA
Reu : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
0029658-59.2018.4.01.3400
201834001133680
Cível / Previdenciário / Concessão De Benefício / Jef
Autor : CLAUDIO VIEIRA CAETANO
Advg. : DF00022388 - TERESA CRISTINA SOUSA FERNANDES
Reu : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
0030494-32.2018.4.01.3400
201834001139085
Cível / Previdenciário / Concessão De Benefício / Jef
Autor : RAIMUNDA NONATA DE SOUSA BARBOSA
Advg. : DF00019275 - RENATO BORGES BARROS
Reu : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
0033170-50.2018.4.01.3400
201834001155062
Cível / Previdenciário / Concessão De Benefício / Jef
Autor : RICARDO LEANDRO GOMES
Advg. : DF00045167 - MERCIA FERREIRA DA ROCHA MATOS
Reu : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
Curador : MARLENE CIRLEY LEANDRA GOMES
0037580-54.2018.4.01.3400
201834001188951
Cível / Tributário / Jef
Autor : ROSILENE PEREIRA DE SOUSA
Advg. : DF00043525 - ALANCRECIO DO NASCIMENTO LEDES
Reu : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
0038910-86.2018.4.01.3400
201834001199608
Cível / Tributário / Jef
Autor : FRANCISCO MARCELO MERCELINO CASTELO DA
SILVA
Advg. : RJ00116636 - LEONARDO DE CARVALHO BARBOZA
Reu : UNIAO FEDERAL (FAZENDA NACIONAL)
0040326-89.2018.4.01.3400
201834001208850
Cível / Serviço Público / Jef
Autor : MARCIA ISABEL SANTOS
Advg. : DF00006702 - MARILIA CARLOS DOS SANTOS GARCIA
LEAO
Reu : UNIAO FEDERAL
0040922-73.2018.4.01.3400
201834001215143
Cível / Previdenciário / Outros / Jef
Autor : ARNALDO CARLOS DA SILVA NETO
Advg. : DF00051618 - LEONARDO HENRIQUE DE AZEVEDO
142
CARVALHO
Reu : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
0042248-68.2018.4.01.3400
201834001225737
Cível / Previdenciário / Concessão De Benefício / Jef
Autor : LUIZ GONZAGA DA MOTTA
Advg. : DF00007659 - WALTERSON MARRA
Reu : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
0000884-82.2019.4.01.3400
201934001230314
Cível / Tributário / Jef
Autor : ELVIS THIAGO RIBEIRO PINTO
0004693-80.2019.4.01.3400
201934001259864
Cível / Serviço Público / Jef
Autor : ABDIAS ALVES DOS REIS
Advg. : DF0001599A - GERALDO MAGELA HERMOGENES DA
SILVA
Reu : UNIAO FEDERAL
0004808-04.2019.4.01.3400
201934001260930
Cível / Serviço Público / Jef
Autor : LUIZ CARLOS MOREIRA MARTINS
Advg. : MG00089801 - FLAVIO FERNANDES TAVARES
Reu : UNIAO FEDERAL
0005258-44.2019.4.01.3400
201934001262444
Cível / Tributário / Jef
Autor : ROSALVA SILVA MONTEIRO
Advg. : DF00055589 - JOAO FRANCISCO DE CAMARGO
Advg. : AL00015859 - LIGIA MARIA LINS DE SOUZA SANTOS
Advg. : AL00012447 - GERALDO BRANDAO DE LIMA
Reu : UNIAO FEDERAL (FAZENDA NACIONAL)
0005280-05.2019.4.01.3400
201934001262667
Cível / Tributário / Jef
Autor : ALBA LUCIA DE SOUZA LEAO
Advg. : DF00027446 - MAURO LEMOS DA SILVA
Reu : UNIAO FEDERAL (FAZENDA NACIONAL)
0005316-47.2019.4.01.3400
201934001263028
Cível / Tributário / Jef
Autor : LUIS CARLOS CANTANHEDE
Advg. : PB00014285 - CYNTHIA ELIZABETH CABRAL
SANTIAGO
Advg. : PB00008432 - CARMEN RACHEL DANTAS MAYER
Reu : UNIAO FEDERAL (FAZENDA NACIONAL)
0005400-48.2019.4.01.3400
201934001263922
Cível / Previdenciário / Concessão De Benefício / Jef
Autor : BARBARA GOMES SANCHES DE OLIVEIRA
Advg. : DF00056006 - DANIELLE DE VASCONCELOS MARTINS
Reu : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
0005404-85.2019.4.01.3400
201934001263967
Cível / Previdenciário / Revisão De Benefício / Jef
Autor : NAIR MENDES GAMERO
Advg. : MG00044386 - FRANCISCO RAFAEL GONCALVES
Advg. : MG00137437 - CARLOS HENRIQUE COSTA CANDIDO
Reu : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
0005492-26.2019.4.01.3400
201934001264849
143
Cível / Tributário / Jef
Autor : JOSE OTAVIO CORREIA
Advg. : PB00014285 - CYNTHIA ELIZABETH CABRAL
SANTIAGO
Advg. : PB00008432 - CARMEN RACHEL DANTAS MAYER
Reu : UNIAO FEDERAL (FAZENDA NACIONAL)
0006804-37.2019.4.01.3400
201934001272520
Cível / Tributário / Jef
Autor : WELLINGTON MOTA
Advg. : DF00004141 - MARIA LUCIA FAYAD ANDRE
Advg. : DF00050128 - ROGERIO FAYAD DE A. ROSA
Reu : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
0006566-18.2019.4.01.3400
201934001271145
Cível / Previdenciário / Concessão De Benefício / Jef
Autor : MARIA CARNEIRO LIMA SILVA
Advg. : DF00033254 - ALINE OLIVEIRA DLUGOLENSKI LEITE
Advg. : DF00058313 - MARINA OLIVEIRA DUARTE
Reu : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
0017680-85.2018.4.01.3400
201834001051453
Procedimento Comum Cível / Outros / Jef
Autor : CLAUDIA DE FATIMA CARVALHO DE ANDRADE
Advg. : DF00027324 - EDSON LUIZ NUNES GUIMARAES
Reu : EMPRESA BRASILEIRA DE CORREIOS E TELEGRAFOS
ECT
0001482-36.2019.4.01.3400
201934001235241
Cível / Previdenciário / Concessão De Benefício / Jef
Autor : FRANCISCO PERES NETO
Advg. : GO00051611 - MAX JUBILO VIEIRA DE SOUSA
Reu : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
0005324-24.2019.4.01.3400
201934001263103
Cível / Previdenciário / Concessão De Benefício / Jef
Autor : INEZ ARMELIN ROZAS
Advg. : DF00021243 - GUSTAVO MICHELOTTI FLECK
Reu : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
0008208-26.2019.4.01.3400
201934001277622
Cível / Previdenciário / Concessão De Benefício / Jef
Autor : NEUSA ROSA GOMES
Advg. : DF00008405 - PAULO CORREA DOS SANTOS
Advg. : DF0015278E - LILIAN MACHADO CORREA
Reu : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
0004180-15.2019.4.01.3400
201934001254553
Cível / Previdenciário / Concessão De Benefício / Jef
Autor : MONICA SILVA DE OLIVEIRA
Advg. : DF00057597 - ROBERTO MARQUES TEIXEIRA
Reu : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
0040024-60.2018.4.01.3400
201834001205797
Cível / Previdenciário / Concessão De Benefício / Jef
Autor : IRAIDES LUIZ DA SILVA
Advg. : DF00025622 - CLEDSON BISCOLI
Reu : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
0004590-73.2019.4.01.3400
201934001258845
Cível / Previdenciário / Concessão De Benefício / Jef
Autor : VALDEI PEREIRA DA SILVA
Advg. : DF00030525 - GILBERTO CONCEICAO DO AMARAL
145
Reu : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
0006556-71.2019.4.01.3400
201934001271042
0003954-10.2019.4.01.3400
201934001252176
Cível / Previdenciário / Concessão De Benefício / Jef
Autor : RUBIM NESTOR BENDER
Advg. : DF00041954 - MARCELA CARVALHO BOCAYUVA
Advg. : DF00050829 - LUIS FELIPE CARVALHO BOCAYUVA
Reu : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
0010052-11.2019.4.01.3400
201934001289819
Cível / Previdenciário / Concessão De Benefício / Jef
Autor : TEMOTEA CIRILA DE SOUSA
Advg. : DF00045758 - MARIA DO SOCORRO NUNES DOS
SANTOS
Reu : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
0004846-50.2018.4.01.3400
201834000991940
Cível / Previdenciário / Outros / Jef
Autor : ELIAS FERNANDES DE SOUSA
Advg. : DF00028847 - MARCELO CAIADO SOBRAL
Reu : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
0002394-33.2019.4.01.3400
201934001242408
Cível / Previdenciário / Concessão De Benefício / Jef
Autor : NATALINA SILVA DA LUZ
Advg. : GO00021680 - EDSON PAULO DA SILVA
Reu : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
0010362-17.2019.4.01.3400
201934001292776
Cível / Previdenciário / Concessão De Benefício / Jef
Autor : LUIZA ALEXANDRE DA SILVA
Advg. : DF00046209 - ERICK SANTOS BARROS
Reu : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
0001068-38.2019.4.01.3400
201934001232188
Cível / Previdenciário / Concessão De Benefício / Jef
Autor : MARIA SOLIDADE FERREIRA
Advg. : GO00028741 - LEONARDO FRANCO BASTOS SOARES
Reu : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
0040534-73.2018.4.01.3400
201834001211030
Procedimento Comum Cível / Outros / Jef
Autor : LILIAN DE PAULA GONCALBES BARBOSA
Reu : CAIXA ECONOMICA FEDERAL
0008746-75.2017.4.01.3400
201734000703735
Procedimento Comum Cível / Outros / Jef
Autor : THIAGO SANTOS BATISTA
Advg. : DF00012092 - DINALVA ALMEIDA COSTA DE JESUS
Advg. : DF00035340 - CLEANE SAVINO BRELAZ
Reu : RECOVERY DO BRASIL CONSULTORIA S.A
Advg. : SP00166349 - GIZA HELENA COELHO
Reu : CAIXA ECONOMICA FEDERAL
0026246-23.2018.4.01.3400
201834001107712
Procedimento Comum Cível / Outros / Jef
Autor : ANTONIA ALVES PUGAS DOS SANTOS
Advg. : DF00031144 - ERLY FERNANDES CARDOSO
Autor : THIAGO ALVES DOS SANTOS
Autor : LUIZIMAR ALVES DOS SANTOS
Reu : PAN SEGUROS S.A
Reu : CAIXA ECONOMICA FEDERAL
Reu : BANCO PANAMERICANO SA
0029684-57.2018.4.01.3400
201834001133944
Procedimento Comum Cível / Outros / Jef
Autor : BRUNO GONCALVES RODRIGUES
Advg. : DF00020251 - DANIELLA CESAR TORRES
Reu : CAIXA ECONOMICA FEDERAL
Reu : SERASA SA
0035167-68.2018.4.01.3400
148
201834001167320
Procedimento Comum Cível / Outros / Jef
Autor : LUDMILA DIAS EVANGELISTA
Advg. : DF00029364 - CARLOS EDUARDO VIEIRA DA SILVA
Reu : CAIXA ECONOMICA FEDERAL
0009856-41.2019.4.01.3400
201934001287606
Procedimento Comum Cível / Outros / Jef
Autor : MAURICIO FRANCISCO DE ARAUJO
Advg. : DF00060813 - BARBARA FERREIRA
Reu : CAIXA ECONOMICA FEDERAL
0002173-50.2019.4.01.3400
201934001240140
Procedimento Comum Cível / Outros / Jef
Autor : HELIO RODRIGUES DA SILVA
Advg. : DF00041436 - ANTONIO KELDON CAVALCANTE DE
OLIVEIRA
Reu : CAIXA ECONOMICA FEDERAL
0002956-42.2019.4.01.3400
201934001245047
Procedimento Comum Cível / Outros / Jef
Autor : IVONE RODRIGUES MOREIRA
Reu : CAIXA ECONOMICA FEDERAL
0022990-72.2018.4.01.3400
201834001087251
Procedimento Comum Cível / Outros / Jef
Autor : CRISTIANE DIAS DE SOUSA
Advg. : DF00019794 - ALEXANDRE CORREA MONTEIRO
VITORIA
Advg. : DF00029411 - CLAUDIUS STAERKE VIEIRA DE
REZENDE
Reu : CAIXA ECONOMICA FEDERAL
149
O Exmo(a). Sr.(a) Juiz(a) exarou:
0027322-82.2018.4.01.3400
201834001115158
Cível / Serviço Público / Jef
0050258-38.2017.4.01.3400
201734000920606
Procedimento Comum Cível / Outros / Jef
Autor : FABIO RODRIGUES NEVES
Advg. : DF00042460 - JOSÉ EVANDRO PEREIRA DA SILVA
Reu : FNDE(FUNDO NACIONAL DE DESENVOLVIMENTO DA
EDUCACAO)
Reu : BANCO DO BRASIL SA
Advg. : DF00035879 - MARCOS CALDAS MARTINS CHAGAS
0028558-69.2018.4.01.3400
201834001122568
Cível / Serviço Público / Jef
Autor : MARIA DAS DORES SILVA FERREIRA
Reu : UNIAO FEDERAL
0006606-34.2018.4.01.3400
201834000998806
Cível / Tributário / Jef
Autor : LUCIANO DE ASSIS MEIRELES
Advg. : DF00018804 - HENRIQUE GOMES DE ARAUJO E
CASTRO
Reu : EMPRESA BRASILEIRA DE CORREIOS E TELEGRAFOS
ECT
0012055-70.2018.4.01.3400
201834001034491
Procedimento Comum Cível / Outros / Jef
Autor : ANDRE HARDING CHANG
Reu : CONSELHO REGIONAL DE EDUCACAO FISICA - CREF
7
0051281-24.2014.4.01.3400
201434000184461
Cível / Serviço Público / Jef
Autor : JOSE MANOEL DOS SANTOS
Advg. : SP00411665 - JOÃO EDUARDO DE SOUZA
Autor : FRANCISCA DOS SANTOS
Advg. : SP00411665 - JOÃO EDUARDO DE SOUZA
Reu : UNIAO FEDERAL
0037391-81.2015.4.01.3400
201534000168368
Cível / Previdenciário / Concessão De Benefício / Jef
Autor : JOAO PAULO RICARTE BATISTA
Advg. : DF00038991 - MAISA LOPES CORNELIUS NUNES
Autor : JOAO PEDRO RICARTE BATISTA
Advg. : DF00038991 - MAISA LOPES CORNELIUS NUNES
Autor : DAFFINE BATISTA RICARTE
Advg. : DF00038991 - MAISA LOPES CORNELIUS NUNES
Reu : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
Verifico que a parte autora encontra-se representada por advogado, devendo sua intimação ser feita por meio de seu
representante, sob pena de nulidade. Assim, intime-se novamente a parte autora, através de seu procurador constituído, para
cumprir o ato ordinatório retro, esclarecendo acerca do atual endereço da empresa HBM Corretora de Seguros Ltda.
0023096-39.2015.4.01.3400
201534000096920
Cível / Tributário / Jef
Autor : DANIEL SANTA RITTA CABRAL
Advg. : DF00029547 - ADAMIR DE AMORIM FIEL
Advg. : DF00018744 - GABRIEL ABBAD SILVEIRA
152
Advg. : DF00029190 - EDVALDO COSTA BARRETO JUNIOR
Advg. : DF00029267 - KARINA NEULS
Reu : UNIAO FEDERAL (FAZENDA NACIONAL)
Intime-se a parte autora para, em 30 (trinta) dias, apresentar planilha de cálculos discriminando o total do crédito que tem a
receber (principal + Juros), com valores em reais e não apenas os percentuais aplicados. No que se refere aos honorários
sucumbenciais, a planilha deverá seguir a mesma metodologia, conforme modelo abaixo.
Retornando os autos, vista à parte ré pelo prazo de 30 (trinta) dias. Na hipótese de impugnação dos cálculos apresentados,
deve o réu fundamentar suas alegações apontando eventuais inconsistências da planilha de cálculo.
0011554-82.2019.4.01.3400
201934001299186
Cumpra-se a deprecata. Designo o dia 27/06/2019, às 16h e 40 min, para oitiva da testemunha. Intime-se a testemunha
WALDIR MENDES ZICA, tel.: 61 998155410. Comunique-se ao r. Juízo deprecante. Intimem-se
0040410-37.2011.4.01.3400
201134009264163
Cível / Tributário / Jef
Autor : MARIA DE OLIVEIRA SANTOS
Advg. : DF00033413 - CAMILA CARRA OLMI
Reu : UNIAO FEDERAL (FAZENDA NACIONAL)
Intime-se a parte autora para, em 30 (trinta) dias, apresentar planilha de cálculos discriminando o total do crédito que tem a
receber (principal + Juros), com valores em reais e não apenas os percentuais aplicados. No que se refere aos honorários
sucumbenciais, a planilha deverá seguir a mesma metodologia, conforme modelo abaixo.
Retornando os autos, vista à parte ré pelo prazo de 30 (trinta) dias. Na hipótese de impugnação dos cálculos apresentados,
deve o réu fundamentar suas alegações apontando eventuais inconsistências da planilha de cálculo.
153
PODER JUDICIARIO
JUIZADOS ESPECIAIS FEDERAIS
SEÇÃO JUDICIÁRIA DO DISTRITO FEDERAL
26ª Vara JEF - BRASÍLIA
0027978-10.2016.4.01.3400
201634000426985
Cível / Serviço Público / Jef
Autor : MONICA APARECIDA DE SOUZA
Advg. : DF00012336 - EMILENA TAVARES SANTOS AMORIM
Reu : HOSPITAL UNIVERSITARIO DE BRASILIA - HUB
0008397-72.2017.4.01.3400
201734000700195
Cível / Serviço Público / Jef
Autor : DELSON LUIZ BASTOS FERRO
Advg. : DF00038779 - LAIS CRISTINY DE SOUSA FERRO
Reu : UNIAO FEDERAL
0021349-83.2017.4.01.3400
201734000751010
Cível / Previdenciário / Concessão De Benefício / Jef
Autor : DLACY LIMA DE PAIVA
Advg. : DF00038068 - CARLOS ROBERTO FARES
Reu : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
0035177-49.2017.4.01.3400
201734000831987
Cível / Previdenciário / Concessão De Benefício / Jef
Autor : FRANCISCO DE ASSIS OLIVEIRA COSTA
Advg. : DF00033916 - MARCUS VINICIUS SEIXAS PIMENTA
Reu : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
0039181-32.2017.4.01.3400
201734000858073
Cível / Previdenciário / Concessão De Benefício / Jef
Autor : JOAO GOMES DELFINO
Advg. : DF00046681 - PEDRO CESAR SOUSA BARBOSA
Reu : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
0047539-83.2017.4.01.3400
201734000907535
Procedimento Comum Cível / Outros / Jef
Autor : PEDRO FERREIRA DE OLIVEIRA
Advg. : DF00008736 - UIRAN SILVA FREITAS
Reu : CAIXA ECONOMICA FEDERAL
0054141-90.2017.4.01.3400
201734000943007
Cível / Serviço Público / Jef
Autor : JOSE CARLOS RODRIGUES SILVA
Advg. : DF00037968 - LAYSI SOARES RODRIGUES SILVA
Reu : UNIAO FEDERAL
0003791-64.2018.4.01.3400
154
201834000981700
Cível / Previdenciário / Concessão De Benefício / Jef
Autor : FRANCIMAR OLIVEIRA MENDIS
Advg. : DF00047977 - JOSE MENDES DE CASTRO FILHO
Advg. : DF00029054 - ANDRÉ SILVA DA MATA
Reu : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
0026309-48.2018.4.01.3400
201834001108344
Cível / Tributário / Jef
Autor : LUIS ALBERTO MENDES REYES
Advg. : RS00073409 - EDUARDO KOETZ
Reu : FAZENDA NACIONAL
0027669-18.2018.4.01.3400
201834001118674
Cível / Serviço Público / Jef
Autor : DERMEVAL MUNIZ REGIS BARBOSA
Advg. : DF00036420 - THAYNARA CLAUDIA BENEDITO
Reu : DEPARTAMENTO NACIONAL DE PRODUCAO MINERAL
- DNPM
0032795-49.2018.4.01.3400
201834001151243
Cível / Tributário / Jef
Autor : MARIALVA TORINESLLI SOARES
Advg. : DF00315416 - MAURO LEMOS ADVOCACIA-
SOCIEDADE INDIVIDUAL DA ADVOCACIA
Reu : UNIAO FEDERAL (FAZENDA NACIONAL)
0033765-49.2018.4.01.3400
201834001161070
Cível / Serviço Público / Jef
Autor : PAULO BARBOSA FREIRE
Advg. : DF00035526 - DANIEL SARAIVA VICENTE
Advg. : DF00037795 - BENJAMIM BARROS
Reu : UNIAO FEDERAL
0034123-14.2018.4.01.3400
201834001161720
Cível / Serviço Público / Jef
Autor : PEDRO RAIMUNDO MONTEIRO ALVES
Advg. : DF0001599A - GERALDO MAGELA HERMOGENES DA
SILVA
Reu : UNIAO FEDERAL
0034187-24.2018.4.01.3400
201834001162383
Procedimento Comum Cível / Outros / Jef
Autor : GLEISIANE RIBEIRO SILVA
Advg. : DF00037951 - ANA LUIZA GONCALVES MARTINS DE SA
Reu : CAIXA ECONOMICA FEDERAL
0036363-73.2018.4.01.3400
201834001176052
Cível / Serviço Público / Jef
Autor : MARILIA FERNANDES ANSELMO
Advg. : DF00019275 - RENATO BORGES BARROS
Reu : UNIAO FEDERAL
0036373-20.2018.4.01.3400
201834001176155
Cível / Serviço Público / Jef
Autor : MAURA CONCEICAO DE MELO
Advg. : DF00019275 - RENATO BORGES BARROS
Reu : UNIAO FEDERAL
0037413-37.2018.4.01.3400
201834001187278
155
Cível / Tributário / Jef
Autor : ANTONIA PICANCO DE SOUZA
Advg. : DF0001599A - GERALDO MAGELA HERMOGENES DA
SILVA
Reu : UNIAO FEDERAL (FAZENDA NACIONAL)
0037654-11.2018.4.01.3400
201834001189690
Cível / Fgts / Jef
Autor : ODILON OLIVEIRA VIANA
Advg. : DF00030818 - VIVIANE RESENDE DUTRA SILVA
Advg. : DF00001529 - OMAR FREDY ETTLIN PETRAGLIA
Advg. : DF00029609 - MARIA VERONICA ETTLIN PETRAGLIA
Reu : FUNDACAO UNIVERSIDADE DE BRASILIA FUB
0041295-07.2018.4.01.3400
201834001218940
Cível / Tributário / Jef
Autor : FREDERICO ALAN DA CUNHA RUAS
Advg. : DF00019275 - RENATO BORGES BARROS
Reu : UNIAO FEDERAL (FAZENDA NACIONAL)
0041309-88.2018.4.01.3400
201834001219082
Cível / Tributário / Jef
Autor : GEIZA GARCIA LOPES GONZAGA
Advg. : DF00019275 - RENATO BORGES BARROS
Reu : UNIAO FEDERAL (FAZENDA NACIONAL)
0041813-94.2018.4.01.3400
201834001221164
Cível / Tributário / Jef
Autor : MARCELO SHEINER HERREN
Advg. : DF00019275 - RENATO BORGES BARROS
Reu : UNIAO FEDERAL (FAZENDA NACIONAL)
0001795-94.2019.4.01.3400
201934001238340
Cível / Previdenciário / Concessão De Benefício / Jef
Autor : ALIZETE RAULINO VANDERLY
Advg. : DF00022388 - TERESA CRISTINA SOUSA FERNANDES
Reu : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
0003383-39.2019.4.01.3400
201934001249428
Cível / Previdenciário / Concessão De Benefício / Jef
Autor : RENILDO BARBOSA FARIAS
Advg. : DF00026064 - ROMULO GONCALVES DE LIMA
Advg. : DF00034666 - EDNA RODRIGUES CANTANHEDE
Reu : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
0004591-58.2019.4.01.3400
201934001258859
Cível / Previdenciário / Concessão De Benefício / Jef
Autor : MARIA NALVA COSTA MONTE
Advg. : DF00030525 - GILBERTO CONCEICAO DO AMARAL
Reu : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
0036822-46.2016.4.01.3400
201634000484822
Cível / Tributário / Jef
Autor : ADELINE CECILIA CASTILHO DIAS
Advg. : DF00015598 - MARCELO RAMOS CORREIA
Reu : UNIAO FEDERAL
0006810-15.2017.4.01.3400
201734000693275
Cível / Previdenciário / Concessão De Benefício / Jef
Autor : YAN LUCAS LOPES ORNELAS
0012116-62.2017.4.01.3400
201734000718650
Procedimento Comum Cível / Outros / Jef
Autor : MARIA APARECIDA FERREIRA CAVALCANTE
Advg. : DF00034185 - MARIA APARECIDA FERREIRA
CAVALCANTE
Autor : LIELSON MAIA DOS SANTOS
Reu : CAIXA ECONOMICA FEDERAL
0024180-07.2017.4.01.3400
201734000766071
Procedimento Comum Cível / Outros / Jef
Autor : CRISTIANE PINHEIRO BARBOSA
Advg. : DF00032902 - HELENA VON TIESENHAUSEN DE
SOUZA CARMO
Reu : FUNDACAO UNIVERSIDADE DE BRASILIA FUB
0035767-26.2017.4.01.3400
201734000837912
Cível / Serviço Público / Jef
Autor : PAULO ROBERTO DA SILVA SEVERIANO
Advg. : MS00017712 - RODRIGO MARQUES MIRANDA
Reu : UNIAO FEDERAL
0046026-80.2017.4.01.3400
201734000895860
Cível / Serviço Público / Jef
Autor : ERIVAN DE SOUZA NUNES
Advg. : DF00026873 - ELAINE CRISTINA GOMES
Reu : UNIAO FEDERAL
0048348-73.2017.4.01.3400
201734000910132
Cível / Previdenciário / Revisão De Benefício / Jef
Autor : ADRIANA MOTTA LEAL TEIXEIRA
Advg. : SP00185583 - ALEX SANDRO DE OLIVEIRA
Reu : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
0048352-13.2017.4.01.3400
201734000910177
Cível / Serviço Público / Jef
Autor : SERGIO IELLAMO ALVES
Advg. : DF0001599A - GERALDO MAGELA HERMOGENES DA
SILVA
Reu : UNIAO FEDERAL
0048360-87.2017.4.01.3400
201734000910252
Procedimento Comum Cível / Outros / Jef
Autor : ANGELA CRISTINA STELMO DA SILVA
Advg. : MG00117248 - TAMARA STELMO CONFORTE
Reu : CAIXA ECONOMICA FEDERAL
0003954-44.2018.4.01.3400
201834000983333
Cível / Serviço Público / Jef
Autor : SERGIO RICARDO DE ALMEIDA SANTOS
Advg. : DF00036309 - RENATA APARECIDA SILVA FRANCA
Advg. : DF00050862 - VIVIANE PENHA SANTANA DE
CARVALHO
157
Reu : UNIAO FEDERAL
0015018-51.2018.4.01.3400
201834001045552
Procedimento Comum Cível / Outros / Jef
Autor : MABEL NUNES DE SOUZA CARDOSO
Advg. : DF00055862 - MARIBEL NUNES DE SOUSA
Reu : CAIXA ECONOMICA FEDERAL
0017920-74.2018.4.01.3400
201834001053902
Cível / Serviço Público / Jef
Autor : RUTH MARA ROSELEINE MACHADO
Advg. : DF00005868 - RUTH MARA ROSELEINE MACHADO
0019416-41.2018.4.01.3400
201834001061022
Cível / Serviço Público / Jef
Autor : WENDEL DOS SANTOS FURTADO
Advg. : DF00017390 - WALTER JOSE FAIAD DE MOURA
Reu : UNIAO FEDERAL
0020350-96.2018.4.01.3400
201834001062370
Cível / Previdenciário / Concessão De Benefício / Jef
Autor : VALDEMIR ALVES DE SOUSA
Advg. : DF00037713 - DELY GOMES LUZ FILHO
Reu : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
0023412-47.2018.4.01.3400
201834001090486
Cível / Serviço Público / Jef
Autor : MAGNO ALVES DE OLIVEIRA
Advg. : DF00047947 - EDSON FERREIRA ROXO
Reu : CAIXA ECONOMICA FEDERAL
0028680-82.2018.4.01.3400
201834001123806
Cível / Previdenciário / Concessão De Benefício / Jef
Autor : UBIRATAN DE FREITAS
Advg. : DF00030784 - EDSON TOMAZ DE AQUINO
Reu : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
0029336-39.2018.4.01.3400
201834001130459
Procedimento Comum Cível / Outros / Jef
Autor : MARCIO ALBERTO DIDI DA SILVA
Advg. : DF00056100 - PAULO HENRIQUE ARAUJO BARROS
Reu : EMPRESA BRASILEIRA DE CORREIOS E TELEGRAFOS
ECT
0034548-41.2018.4.01.3400
201834001166048
Cível / Previdenciário / Concessão De Benefício / Jef
Autor : FRANCISCO DE MATOS ALMEIDA
Advg. : DF00010951 - MARCIA HELENA DE SA
Reu : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
0037742-49.2018.4.01.3400
201834001190574
Cível / Tributário / Jef
Autor : SANDRO BORGES DIAS
Advg. : DF00019275 - RENATO BORGES BARROS
Reu : UNIAO FEDERAL (FAZENDA NACIONAL)
0041678-82.2018.4.01.3400
201834001219805
Cível / Tributário / Jef
Autor : GERSON BEVENUTO BEZERRA DO NASCIMENTO
Advg. : DF00019275 - RENATO BORGES BARROS
Reu : UNIAO FEDERAL (FAZENDA NACIONAL)
0042138-69.2018.4.01.3400
201834001224629
Cível / Tributário / Jef
Autor : WILNA VIEIRA DE SOUZA DOS SANTOS
158
Advg. : DF00019275 - RENATO BORGES BARROS
Reu : UNIAO FEDERAL (FAZENDA NACIONAL)
0000856-17.2019.4.01.3400
201934001230033
Cível / Tributário / Jef
Autor : ELAINE TEIXEIRA DOS SANTOS
Advg. : RN00010235 - MATTHAUS HENRIQUE DE GOIS
FERREIRA
Advg. : DF00054748 - ANDREIA DE ARAÚJO MUNEMASSA
Advg. : RN00008924 - ARACELLI VARGAS DE MACEDO
BEZERRA
Reu : UNIVERSIDADE DE BRASILIA - UNB
0023950-09.2010.4.01.3400
201034009064768
Cível / Financiamento Habitacional / Jef
Autor : LINDALVA MARIA FERREIRA DE SA MIRANDA
Advg. : DF00059986 - LAYNA CRISTINA DORNELLES
AVRAMIDIS
Advg. : DF00015830 - TAYSE RODRIGUES SOARES
Reu : SASSE-COMPANHIA NACIONAL DE SEGUROS GERAIS
Reu : CAIXA SEGURADORA S.A
Advg. : DF00021470 - JULIANA ALVES CAROBA
Advg. : DF00051240 - GLAUCO NUNES DE PINHO
Reu : CAIXA ECONOMICA FEDERAL
0008650-94.2016.4.01.3400
201634000348563
Procedimento Comum Cível / Outros / Jef
Autor : ANA PAULA DE CARVALHO SOLINO
Reu : HOSPITAL SANTA LUCIA S A
Advg. : DF00011717 - TERENCE ZVEITER
Reu : EMPRESA BRASILEIRA DE INFRA ESTRUTURA
AEROPOTUARIA INFRAERO
Advg. : DF00042429 - ANDRE ROMERO
Advg. : DF00021893 - ANDREA DURAN SOUSA
0049185-65.2016.4.01.3400
201634000547823
161
Procedimento Comum Cível / Outros / Jef
Autor : ELISABETE SILVA CORREIA SHIMANO
Advg. : DF00049311 - RENATA DE BRITO TELES
Reu : UNIAO FEDERAL
Reu : FACULDADE ANHANGUERA DE BRASILIA
Advg. : MG00063440 - MARCELO TOSTES DE CASTRO MAIA
Advg. : MG00109730 - FLAVIA ALMEIDA DE MOURA
Reu : CONSELHO REGIONAL DE NUTRICIONISTAS - 1A
REGIAO
Advg. : DF00035943 - MATHEUS MACHADO MENDES DE
FIGUEIREDO
0027367-23.2017.4.01.3400
201734000788210
Procedimento Comum Cível / Outros / Jef
Autor : JOSE AURIAS RESPLANDES DE ALMEIDA
Advg. : DF00035526 - DANIEL SARAIVA VICENTE
Advg. : DF00037795 - BENJAMIM BARROS
Reu : UNIAO FEDERAL
Reu : BANCO DO BRASIL
Advg. : DF00027474 - RAFAEL SGANZERLA DURAND
0002293-30.2018.4.01.3400
201834000966577
Procedimento Comum Cível / Outros / Jef
Autor : VICTOR LUCANO RIBEIRO DEL DUCA
Reu : BANCO DO BRASIL AS
Advg. : DF00027474 - RAFAEL SGANZERLA DURAND
Reu : FUNDO NACIONAL DE DESENVOLVIMENTO DA
EDUCACAO – FNDE
0079272-09.2013.4.01.3400
201334000236870
Procedimento Comum Cível / Outros / Jef
Autor : MARLON GOMES MOTA
Advg. : DF00031534 - RICARDO DE CARVALHO LOPES
Reu : CAIXA ECONOMICA FEDERAL
Reu : CASA LOTERICA FIQUE RICO
0063782-73.2015.4.01.3400
201534000269934
Cível / Previdenciário / Concessão De Benefício / Jef
Autor : TEREZA CONCEICAO DOS SANTOS MIRANDA
Advg. : DF00008736 - UIRAN SILVA FREITAS
Reu : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
0003098-51.2016.4.01.3400
201634000325237
Cível / Previdenciário / Concessão De Benefício / Jef
Autor : CLEUSA BRANQUINHO
Advg. : DF00032246 - FERNANDO JOSE FEROLDI GONCALVES
Reu : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
0004202-78.2016.4.01.3400
201634000330020
Cível / Previdenciário / Concessão De Benefício / Jef
Autor : ELIANE DE GUADALUPE VIVEIROS DE ALMEIDA
Reu : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
Ter.int. : SAMUEL ALMEIDA TEIXEIRA DE CARVALHO
Ter.int. : SABRINA ALMEIDA TEIXEIRA DE CARVALHO
Ter.int. : BIANCA VIVEIROS DE ALMEIDA BITTENCOURT
0017192-04.2016.4.01.3400
201634000385054
Cível / Previdenciário / Revisão De Benefício / Jef
Autor : SINVALDO RODRIGUES DA SILVA
Advg. : DF00022388 - TERESA CRISTINA SOUSA FERNANDES
Reu : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
0036504-63.2016.4.01.3400
201634000484644
Cível / Previdenciário / Concessão De Benefício / Jef
Autor : GABRIEL HENRIQUE SOARES SILVA
Advg. : DF00031183 - JURANDI FERREIRA SANTOS
Reu : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
0040050-29.2016.4.01.3400
201634000499898
Cível / Serviço Público / Jef
Autor : DOROTI DE ANDRADE
Advg. : DF00259715 - JOSE ALENCAR COSTA AIRES
ADVOCACIA
163
Reu : UNIAO FEDERAL
0045900-64.2016.4.01.3400
201634000533928
Cível / Serviço Público / Jef
Autor : FREDERICO NOGUEIRA LEITE
Advg. : GO00036781 - ADRIANO ANDRADE
Reu : INSTITUTO FEDERAL DE BRASILIA –IFB
0008714-70.2017.4.01.3400
201734000703410
Cível / Serviço Público / Jef
Autor : CLAUDIO ROSA DE PAULO
Advg. : DF00041539 - PEDRO ALMEIDA DE OLIVEIRA
0010176-62.2017.4.01.3400
201734000711170
Cível / Serviço Público / Jef
Autor : JOSELIO PEREIRA GOMES
Advg. : RJ00189689 - RODRIGO DA COSTA GOMES
Reu : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
0017980-81.2017.4.01.3400
201734000735522
Cível / Serviço Público / Jef
Autor : JOSE AFRANIO FERNANDES ALCOFORADO FILHO
Advg. : MS00017712 - RODRIGO MARQUES MIRANDA
Reu : UNIAO FEDERAL
0019412-38.2017.4.01.3400
201734000743091
Cível / Serviço Público / Jef
Autor : RAIMUNDO NONATO DA SILVA DIAS
Advg. : DF00024518 - ALEXANDRE MELO SOARES
Reu : UNIAO FEDERAL
0023322-73.2017.4.01.3400
201734000760098
Cível / Previdenciário / Revisão De Benefício / Jef
Autor : ARNALDO CANEDO NASCIMENTO
Advg. : DF00006675 - ARNALDO CANEDO NASCIMENTO
Reu : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
0026272-55.2017.4.01.3400
201734000779537
Cível / Previdenciário / Concessão De Benefício / Jef
Autor : ALMIR DE SOUSA SILVA
Advg. : DF00032246 - FERNANDO JOSE FEROLDI GONCALVES
Advg. : DF00049969 - JAIRO CARDOSO DE BRITO FILHO
Reu : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
0026746-26.2017.4.01.3400
201734000783924
Cível / Previdenciário / Concessão De Benefício / Jef
Autor : MARISELMA MACHADO MARQUES DA SILVA
Advg. : DF00040701 - LUCIANA RODRIGUES DA SILVA
Reu : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
0028548-59.2017.4.01.3400
201734000794231
Procedimento Comum Cível / Outros / Jef
Autor : GELSON BEZERRA DOS SANTOS
Advg. : GO00044052 - DIOGO DE SOUZA OLIVEIRA
Reu : COMANDO DA MARINHA DO BRASIL- CMB
0030962-30.2017.4.01.3400
201734000810092
Cível / Previdenciário / Concessão De Benefício / Jef
Autor : ANDRE GOMES DE MORAES NETO
Advg. : DF00015424 - MARIO SERGIO AYUPP
Reu : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
0031802-40.2017.4.01.3400
201734000815030
Cível / Previdenciário / Concessão De Benefício / Jef
Autor : LUIS CARLOS ROBERTO DE SOUSA
164
Advg. : DF00030525 - GILBERTO CONCEICAO DO AMARAL
Reu : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
0031814-54.2017.4.01.3400
201734000815150
Cível / Previdenciário / Concessão De Benefício / Jef
Autor : SONIA MARIA DA SILVA
Advg. : DF00030525 - GILBERTO CONCEICAO DO AMARAL
Reu : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
0032338-51.2017.4.01.3400
201734000817420
Cível / Serviço Público / Jef
Autor : SPEED DOG EIRELI-ME
0036260-03.2017.4.01.3400
201734000842407
Cível / Previdenciário / Concessão De Benefício / Jef
Autor : JOSE RENATO PEREIRA DA SILVA
Advg. : DF00045081 - ALEXANDRE PEREIRA BATISTA
Reu : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
0036633-34.2017.4.01.3400
201734000846209
Cível / Serviço Público / Jef
Autor : DANIEL LEITAO DA COSTA
Advg. : DF00035214 - VINICIUS NUNES GONÇALVES
Reu : UNIAO FEDERAL
Reu : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
0038372-42.2017.4.01.3400
201734000854936
Cível / Serviço Público / Jef
Autor : CREUZA LUIZA DO NASCIMENTO
Advg. : DF00036420 - THAYNARA CLAUDIA BENEDITO
Reu : UNIAO FEDERAL
0041712-91.2017.4.01.3400
201734000872982
Cível / Serviço Público / Jef
Autor : ESPEDITO MACHADO FREIRE
Advg. : DF00030959 - LUCIVALTER EXPEDITO SILVA
Advg. : DF00039333 - CASSIO ROBERTO HILARIO DA SILVA
Reu : UNIAO FEDERAL
0041940-66.2017.4.01.3400
201734000874780
Cível / Previdenciário / Concessão De Benefício / Jef
Autor : FRANCISCO BELO
Advg. : DF00012490 - JOSE ALBERTO ARAUJO DE JESUS
Reu : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
0044266-96.2017.4.01.3400
201734000886665
Cível / Tributário / Jef
Autor : ANDRE DE MOURA SOARES
Advg. : DF00013801 - JULIANA ZAPPALA PORCARO BISOL
Reu : UNIAO FEDERAL (FAZENDA NACIONAL)
0044770-05.2017.4.01.3400
201734000888758
Cível / Previdenciário / Revisão De Benefício / Jef
Autor : DONIZETE DA CONCEICAO FARIA PINTO
Advg. : DF00022388 - TERESA CRISTINA SOUSA FERNANDES
Reu : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
0049230-35.2017.4.01.3400
201734000915813
Cível / Previdenciário / Concessão De Benefício / Jef
Autor : BERTA LETICIA ALMEIDA BARBOSA
Advg. : DF00030525 - GILBERTO CONCEICAO DO AMARAL
Reu : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
0054618-16.2017.4.01.3400
165
201734000947662
Cível / Previdenciário / Concessão De Benefício / Jef
Autor : JOSE NILTON DE SOUZA
Advg. : DF00022388 - TERESA CRISTINA SOUSA FERNANDES
Reu : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
0054634-67.2017.4.01.3400
201734000947823
Cível / Tributário / Jef
Autor : ROSA MARIA MENDES DA SILVA
Advg. : DF0001599A - GERALDO MAGELA HERMOGENES DA
SILVA
Reu : UNIAO FEDERAL
0054762-87.2017.4.01.3400
201734000949100
Cível / Tributário / Jef
Autor : TEREZA DE SOUZA CASTRO
Advg. : DF0001599A - GERALDO MAGELA HERMOGENES DA
SILVA
Reu : UNIAO FEDERAL (FAZENDA NACIONAL)
0001742-50.2018.4.01.3400
201834000961060
Cível / Previdenciário / Concessão De Benefício / Jef
Autor : JOSE HUMBERTO DIAS
Advg. : DF00030525 - GILBERTO CONCEICAO DO AMARAL
Reu : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
0002712-50.2018.4.01.3400
201834000970827
Cível / Previdenciário / Concessão De Benefício / Jef
Autor : MARCELO SOARES DA SILVA
Advg. : DF00040663 - NINA KELLY DO CARMO CRUZEIRO
Reu : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
0006078-97.2018.4.01.3400
201834000996312
Cível / Previdenciário / Concessão De Benefício / Jef
Autor : ROSALINO NUNES DE ABREU
Advg. : GO00034301 - JOSE DIOLINO DE OLIVEIRA KOEHLER
Reu : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
0009068-61.2018.4.01.3400
201834001010372
Cível / Previdenciário / Concessão De Benefício / Jef
Autor : JOSE MARIA DA CUNHA
Advg. : DF00030525 - GILBERTO CONCEICAO DO AMARAL
Reu : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
0011074-41.2018.4.01.3400
201834001027612
Cível / Serviço Público / Jef
Autor : CARMEN LUCIA DE OLIVEIRA BOTELHO
Advg. : DF00036420 - THAYNARA CLAUDIA BENEDITO
Reu : UNIAO FEDERAL
0011126-37.2018.4.01.3400
201834001028138
Cível / Previdenciário / Concessão De Benefício / Jef
Autor : CARLOS ALBERTO WERNER
Advg. : DF00030525 - GILBERTO CONCEICAO DO AMARAL
Reu : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
0011140-21.2018.4.01.3400
201834001028275
Cível / Previdenciário / Concessão De Benefício / Jef
Autor : JOANA BEZERRA DE PAIVA
Advg. : DF00030525 - GILBERTO CONCEICAO DO AMARAL
Reu : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
166
0021384-09.2018.4.01.3400
201834001072920
Cível / Previdenciário / Concessão De Benefício / Jef
Autor : ANTONIO CLEILSON DA SILVA
Advg. : DF00027757 - LIDIANNE VIVIAN XAVIER DA SILVA
Reu : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
0023830-82.2018.4.01.3400
201834001094199
Cível / Tributário / Jef
Autor : LEANDRO GUIMARAES FERNANDES
Advg. : DF00028066 - DIEGO NUNES PEREIRA GONÇALVES
Advg. : DF00030632 - MILLER AMARAL MACHADO
0029814-47.2018.4.01.3400
201834001135235
Cível / Previdenciário / Concessão De Benefício / Jef
Autor : JOSE FRANCISCO DE ARAUJO
Advg. : DF00056143 - ANDRE DA SILVEIRA SOARES
Reu : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
0030470-04.2018.4.01.3400
201834001138840
Cível / Previdenciário / Revisão De Benefício / Jef
Autor : EDVALDO MESSIAS LOPES
Advg. : DF00022388 - TERESA CRISTINA SOUSA FERNANDES
Reu : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
0033012-92.2018.4.01.3400
201834001153487
Cível / Previdenciário / Concessão De Benefício / Jef
Autor : SELMA MORAIS DE DEUS-VINDO
Advg. : DF00028145 - HELIOMAR MORAIS
Reu : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
0033208-62.2018.4.01.3400
201834001155463
Cível / Tributário / Jef
Autor : RAIMUNDO SOARES CUTRIM
Advg. : DF00315416 - MAURO LEMOS ADVOCACIA-
SOCIEDADE INDIVIDUAL DA ADVOCACIA
Reu : UNIAO FEDERAL (FAZENDA NACIONAL)
0033708-31.2018.4.01.3400
201834001160506
Cível / Previdenciário / Concessão De Benefício / Jef
Autor : FABIO SANTOS DA SILVA
Advg. : DF00053342 - JOYSANE NARCISA DE SOUSA
Advg. : DF00056508 - CRISTIANE BRAZ DE OLIVEIRA
Reu : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
0035410-12.2018.4.01.3400
201834001169787
Cível / Previdenciário / Concessão De Benefício / Jef
Autor : ELIANA MARIA MARQUES TEIXEIRA
Advg. : DF00057597 - ROBERTO MARQUES TEIXEIRA
Reu : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
0000902-06.2019.4.01.3400
201934001230496
Procedimento Comum Cível / Outros / Jef
Autor : CONDOMINIO PAR 3
Advg. : DF00035366 - RAFAEL MARTINS RODRIGUES DE
QUEIROZ
Reu : CAIXA ECONOMICA FEDERAL
Reu : THIAGO BORBA DE OLIVEIRA
0000904-73.2019.4.01.3400
201934001230510
Procedimento Comum Cível / Outros / Jef
Autor : CONDOMINIO PAR 3
Advg. : DF00035366 - RAFAEL MARTINS RODRIGUES DE
QUEIROZ
Reu : CAIXA ECONOMICA FEDERAL
Reu : EVELYN DAVILLA
167
0003012-75.2019.4.01.3400
201934001245609
Cível / Previdenciário / Concessão De Benefício / Jef
Autor : VANDO NUNES DE SOUZA
Advg. : DF00057367 - FERNANDA FERREIRA DE MATOS
Advg. : DF00058448 - DANIEL GALVAO PANTOJA
Reu : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
0004488-51.2019.4.01.3400
201934001257617
Cível / Tributário / Jef
Autor : NEUZA MARIA FERNANDES DO CARMO
Advg. : RJ00126767 - BARBARA COSTA PESSOA GOMES
0011826-76.2019.4.01.3400
201934001301967
Cível / Previdenciário / Concessão De Benefício / Jef
Autor : JOSE DANIEL GOMES COSTA
Advg. : DF00035354 - KARLA GUEDES DA SILVA
Reu : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
0013798-81.2019.4.01.3400
201934001319246
Cível / Serviço Público / Jef
Autor : WALTER CARLOS PEREIRA JUNIOR
Advg. : DF00014005 - CLAUDIO RENATO DO CANTO FARAG
Reu : UNIAO FEDERAL
0014010-05.2019.4.01.3400
201934001320401
Cível / Fgts / Jef
Autor : VALDIMIRO FERREIRA DE ARAUJO
Advg. : DF00020622 - JOAO LUIS ROCHA GOMES
Reu : CAIXA ECONOMICA FEDERAL
0014024-86.2019.4.01.3400
201934001320549
Cível / Fgts / Jef
Autor : ANTONIO CAETANO DE SOUZA
Advg. : DF00020622 - JOAO LUIS ROCHA GOMES
Reu : CAIXA ECONOMICA FEDERAL
0014378-14.2019.4.01.3400
201934001322124
Cível / Fgts / Jef
Autor : DANIELA DO NASCIMENTO PEREIRA
Advg. : DF00039427 - GEISIS ALVES DA SILVA
Reu : CAIXA ECONOMICA FEDERAL
0014754-97.2019.4.01.3400
201934001325966
Cível / Fgts / Jef
Autor : LEANDRO OLIVEIRA DO NASCIMENTO
Advg. : DF00059039 - RODRIGO RAMALHO DE SOUSA PIRES
Reu : CAIXA ECONOMICA FEDERAL
“Fica a parte autora intimada da SENTENÇA proferida neste processo virtual, cujo
inteiro teor está disponível no endereço eletrônico: www.jfdf.jus.br
<http://www.jfdf.jus.br/> no link “judicial/acompanhamento processual”.
0024995-04.2017.4.01.3400
201734000769118
168
Procedimento Comum Cível / Outros / Jef
Autor : JOAO CARVALHO DE OLIVEIRA
Advg. : DF00043386 - DANIELLE RODRIGUES VILARINS
Reu : CAIXA ECONOMICA FEDERAL
0025487-93.2017.4.01.3400
201734000773642
Cível / Serviço Público / Jef
Autor : GERSON GOMES GAMEIRO
Advg. : MS00017712 - RODRIGO MARQUES MIRANDA
Reu : UNIAO FEDERAL
0031807-62.2017.4.01.3400
201734000815088
0048227-45.2017.4.01.3400
201734000908910
Cível / Previdenciário / Concessão De Benefício / Jef
Autor : OSVALDO ANTONIO DUARTE
Advg. : DF00030525 - GILBERTO CONCEICAO DO AMARAL
Reu : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
0050517-33.2017.4.01.3400
201734000923214
Cível / Previdenciário / Concessão De Benefício / Jef
Autor : ANA LUCIA LOPES FONSECA
Advg. : DF00030525 - GILBERTO CONCEICAO DO AMARAL
Reu : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
0001759-86.2018.4.01.3400
201834000961235
Cível / Previdenciário / Concessão De Benefício / Jef
Autor : ANTONIO ISIDIO LOPES
Advg. : DF00030525 - GILBERTO CONCEICAO DO AMARAL
Reu : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
0002337-49.2018.4.01.3400
201834000967013
Cível / Previdenciário / Concessão De Benefício / Jef
Autor : MARIA LIMA DOS SANTOS
Advg. : DF00030525 - GILBERTO CONCEICAO DO AMARAL
Reu : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
0003763-96.2018.4.01.3400
201834000981429
Cível / Previdenciário / Outros / Jef
Autor : OSMAR DANIEL BARRIOLO
Advg. : DF00023254 - EDER RAUL GOMES DE SOUSA
Reu : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
0003981-27.2018.4.01.3400
201834000983614
Cível / Previdenciário / Concessão De Benefício / Jef
Autor : ORLANDO FRANCISCO DA SILVA
Advg. : DF00044097 - ADRIANO DIAS MOREIRA
Reu : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
0007697-62.2018.4.01.3400
201834001004992
Cível / Previdenciário / Concessão De Benefício / Jef
Autor : ESTEFANIA GRIGORIO DE FREITAS
Advg. : DF00030525 - GILBERTO CONCEICAO DO AMARAL
Reu : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
0009577-89.2018.4.01.3400
201834001015580
Cível / Previdenciário / Concessão De Benefício / Jef
Autor : SHIRLEY SOUZA MUNIZ
Advg. : DF00055761 - JOSE CARLOS DA CRUZ ROCHA
Reu : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
0009641-02.2018.4.01.3400
201834001016222
169
Cível / Previdenciário / Concessão De Benefício / Jef
Autor : ELISA FRANCISCA DE SOUSA
Advg. : DF00038265 - SHIMENIA DIAS RODRIGUES
Advg. : DF00021343 - THALLES MESSIAS DE ANDRADE
Reu : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
0009755-38.2018.4.01.3400
201834001017392
Cível / Previdenciário / Concessão De Benefício / Jef
Autor : DILMA GONCALVES MAIA
Advg. : DF00020017 - LISANGELA DE MACEDO REIS MOREIRA
Reu : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
0011043-21.2018.4.01.3400
0011585-39.2018.4.01.3400
201834001029740
Cível / Previdenciário / Concessão De Benefício / Jef
Autor : RICARDO SOUSA LIMA
Advg. : DF00022810 - DENISE MAGALHAES DA SILVA QUIRINO
Reu : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
0012293-89.2018.4.01.3400
201834001036896
Cível / Previdenciário / Concessão De Benefício / Jef
Autor : FRANCINALDO ALMEIDA DE LIRA
Advg. : GO0030474A - GILBERTO CONCEICAO DO AMARAL
Reu : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
0023209-85.2018.4.01.3400
201834001088459
Cível / Previdenciário / Concessão De Benefício / Jef
Autor : LINDAURA GOMES LISBOA
Advg. : DF00030525 - GILBERTO CONCEICAO DO AMARAL
Reu : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
0026151-90.2018.4.01.3400
201834001106724
Cível / Previdenciário / Concessão De Benefício / Jef
Autor : RICARDO CEZAR BEZERRA DA COSTA
Advg. : DF00000968 - ULISSES RIEDEL DE RESENDE
Reu : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
0032763-44.2018.4.01.3400
201834001150910
Cível / Previdenciário / Concessão De Benefício / Jef
Autor : EROENE MATIAS RABELO
Advg. : DF00033916 - MARCUS VINICIUS SEIXAS PIMENTA
Reu : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
0032835-31.2018.4.01.3400
201834001151675
Cível / Previdenciário / Concessão De Benefício / Jef
Autor : MARIA DOMINGAS SERRA CAMPOS
Advg. : DF00033755 - DANIEL CAVALCANTI MOISES
Reu : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
0033289-11.2018.4.01.3400
201834001156290
Cível / Tributário / Jef
Autor : LEANDRA ALVES FERRO
Advg. : DF00019275 - RENATO BORGES BARROS
Reu : UNIAO FEDERAL (FAZENDA NACIONAL)
0036567-20.2018.4.01.3400
201834001178176
Cível / Tributário / Jef
Autor : GLORIA MARIA DIAS BACKX
Advg. : DF00019275 - RENATO BORGES BARROS
Reu : UNIAO FEDERAL (FAZENDA NACIONAL)
0036589-78.2018.4.01.3400
170
201834001178399
Cível / Tributário / Jef
Autor : HELENA DE LIMA FONSECA DE JESUS
Advg. : DF00019275 - RENATO BORGES BARROS
Reu : UNIAO FEDERAL (FAZENDA NACIONAL)
0037315-52.2018.4.01.3400
201834001186276
Cível / Tributário / Jef
Autor : JULIANA DE MIRANDA GUERRA
Advg. : DF00019275 - RENATO BORGES BARROS
Reu : UNIAO FEDERAL (FAZENDA NACIONAL)
0037545-94.2018.4.01.3400
0038375-60.2018.4.01.3400
201834001194170
Cível / Tributário / Jef
Autor : FERNANDA BOAVENTURA GOMIDE WANZELLER
Advg. : DF00019275 - RENATO BORGES BARROS
Reu : UNIAO FEDERAL (FAZENDA NACIONAL)
0038493-36.2018.4.01.3400
201834001195405
Cível / Tributário / Jef
Autor : MARCELO MARCIO AROUCHA MARTINS
Advg. : DF00019275 - RENATO BORGES BARROS
Reu : UNIAO FEDERAL (FAZENDA NACIONAL)
0040475-85.2018.4.01.3400
201834001210411
Cível / Previdenciário / Concessão De Benefício / Jef
Autor : MARIA DOS PRAZERES PEREIRA SANTOS
Advg. : DF00037973 - MARIA APARECIDA PAIVA DE
CARVALHO
Reu : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
0002267-95.2019.4.01.3400
201934001241111
Cível / Previdenciário / Concessão De Benefício / Jef
Autor : MANOEL ALVES DA COSTA
Advg. : DF00045535 - GABRIEL ABREU RAMOS
Reu : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
0006387-84.2019.4.01.3400
201934001269330
Procedimento Comum Cível / Outros / Jef
Autor : PATRICIA GIANE DAS NEVES LEITE
Advg. : DF00033846 - PAULO RAVEL RODRIGUES DA SILVA
PEREIRA
Reu : MASTERCARD BRASIL LTDA
Reu : CAIXA ECONOMICA FEDERAL
0006585-24.2019.4.01.3400
201934001271337
Cível / Financiamento Habitacional / Jef
Autor : MARIA RONARIA DA SILVA
Advg. : DF00010870 - ANTONIO PESSOA SANTANA
Reu : CAIXA ECONOMICA FEDERAL
0008807-62.2019.4.01.3400
201934001283990
Cível / Tributário / Jef
Autor : NEIDE OLIVEIRA DA SILVA
Advg. : DF00055606 - BEATRIZ MENDES DE CARVALHO
Reu : UNIAO FEDERAL (FAZENDA NACIONAL)
0010461-84.2019.4.01.3400
201934001293822
Cível / Previdenciário / Concessão De Benefício / Jef
Autor : DIRCE ROSA SANTOS
Advg. : DF00052790 - JANAINE GOUVEIA GANDRA
171
Reu : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
0011857-96.2019.4.01.3400
201934001302273
Cível / Tributário / Jef
Autor : HELIO ANTONIO GUEDES GUIMARAES
Advg. : MS00012478 - JOSE AUGUSTO RORIZ BRAGA
Reu : UNIAO FEDERAL (FAZENDA NACIONAL)
0013777-08.2019.4.01.3400
201934001319037
Cível / Serviço Público / Jef
Autor : FABIO GALIZIA RIBEIRO DE CAMPOS
Advg. : DF00014005 - CLAUDIO RENATO DO CANTO FARAG
0014007-50.2019.4.01.3400
201934001320374
Cível / Fgts / Jef
Autor : FRANCISCA EDINALVA NICACIO JOEL
Advg. : DF00020622 - JOAO LUIS ROCHA GOMES
Reu : CAIXA ECONOMICA FEDERAL
0014023-04.2019.4.01.3400
201934001320535
Cível / Fgts / Jef
Autor : ADEMAR DE JESUS OLIVEIRA
Advg. : DF00020622 - JOAO LUIS ROCHA GOMES
Reu : CAIXA ECONOMICA FEDERAL
“Fica a parte autora intimada da SENTENÇA proferida neste processo virtual, cujo
inteiro teor está disponível no endereço eletrônico: www.jfdf.jus.br
<http://www.jfdf.jus.br/> no link “judicial/acompanhamento processual”.
172
PODER JUDICIÁRIO
JUIZADOS ESPECIAIS FEDERAIS
SEÇÃO JUDICIÁRIA DO DISTRITO FEDERAL
27ª Vara JEF - BRASÍLIA
0050437-21.2007.4.01.3400
200734009045880
Procedimento Comum Cível / Outros / Jef
Autor : ESTER CRISOSTONO MARTINS
Advg. : DF00021419 - MARCIO BEZE
Reu : CAIXA ECONOMICA FEDERAL
Reu : CNDL-SPC BRASIL
Reu : CAMARA DOS DIRIGENTES LOGISTAS DO DISTRITO
FEDERAL
Advg. : DF00012086 - RODRIGO DE ASSIS SOUZA
Reu : SERASA BRASILIA
Advg. : DF00045892 - RENATO CHAGAS CORRÊA DA SILVA
0008263-16.2015.4.01.3400
201534000030700
Cível / Financiamento Habitacional / Jef
Autor : LUIZ AUGUSTO VASCO MOTA
Advg. : DF00019604 - CARLOS ROBERTO DE CARVALHO
FONSECA
Reu : INCORPORACOES GARDEN LTDA
Advg. : DF00029380 - LEANDRO VIANA DE AMORIM BARBOSA
Advg. : DF00038117 - CRISTIANA MAGALHAES DE OLIVEIRA
Reu : CAIXA ECONOMICA FEDERAL
0009927-14.2017.4.01.3400
201734000708631
Cível / Previdenciário / Concessão De Benefício / Jef
Autor : MAGDA RAMOS FREITAS
Advg. : DF00041328 - SHIRLEI MORETH
Reu : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
Reu : MEIRE HAMU
Advg. : DF00035798 - FABIO ROCHA BRANDT
PODER JUDICIÁRIO
JUIZADOS ESPECIAIS FEDERAIS
SEÇÃO JUDICIÁRIA DO DISTRITO FEDERAL
1ª. TURMA RECURSAL
SERVIDORES EM PRO LABORE FACIENDO ATIVIDADE. IMPOSSIBILIDADE. ... De acordo com o art.
7º-A da Lei nº. 11.357/2006, que instituiu a GDPGPE, esta será paga de acordo com a pontuação
atribuída, observado o limite máximo de 100 (cem) pontos e o mínimo de 30 (trinta) pontos, sendo até 20
(vinte) pontos atribuídos em função do resultado obtido na avaliação de desempenho individual e até 80
(oitenta) pontos atribuídos em função dos resultados obtidos na avaliação institucional. A Portaria nº 612,
de 1º de julho de 2010, por sua vez, estabelece os critérios e procedimentos referentes ao primeiro ciclo
de avaliação para atribuição da GDPGPE no âmbito do Ministério das Comunicações. No que se refere
ao primeiro ciclo de avaliação no âmbito do Ministério das Comunicações, a Portaria nº 612/2010 previu
que, excepcionalmente, seria utilizado o último resultado das metas de desempenho institucional
instituídas e divulgadas pela Portaria nº 001, de 12 de janeiro de 2010, publicada no Boletim de Serviço nº
02, de 15 de janeiro de 2010, correspondente ao período de 1º de setembro de 2009 a 28 de fevereiro de
2010. Verifica-se, pois, que houve avaliação de desempenho institucional, embora tenham sido
considerados, excepcionalmente, os resultados do período anterior. Registre-se que a pontuação
correspondente à avaliação de desempenho institucional é a mesma para todos os servidores ativos da
instituição avaliada, por se tratar de um resultado referente ao órgão. Na verdade, o que diferencia a
pontuação final dos servidores entre si é a avaliação de desempenho individual, cuja existência é
incontroversa, informada pela própria autora. O fato de o percentual da avaliação de desempenho
institucional apurado ter sido o máximo previsto (80 pontos) não autoriza a intervenção do Judiciário, por
se tratar de mérito administrativo, uma vez que foram observados os parâmetros instituídos no
regulamento. Cabe ao Judiciário imiscuir-se na seara administrativa para apreciar a legalidade do ato, não
podendo, contudo, interferir nas razões de mérito administrativo. Tampouco essa avaliação institucional
no percentual máximo retira o caráter pro labore faciendo da gratificação, tendo em vista que a avaliação
de desempenho deve ser considerada em sua totalidade, não separadamente, embora resultado do
somatório das avaliações de desempenho institucional e individual. São, pois, duas avaliações que
convergem para um único resultado. Assim, se o resultado final, ou seja, a pontuação dos servidores
individualmente considerados, for diferenciado, afasta-se o caráter genérico da referida gratificação. Da
leitura da Portaria nº 01, de 11 de janeiro de 2011, que publica a avaliação de desempenho individual da
GDPGPE referente ao primeiro ciclo de avaliação no âmbito do Ministério das Comunicações, verifica-se
claramente a atribuição de pontuação diversa da máxima a alguns servidores, o que corrobora a natureza
pro labore faciendo da referida gratificação (grifo nosso). Assim, observa-se que o Tribunal de origem
decidiu a controvérsia à luz de fundamentação prevalentemente constitucional, circunstância que torna
inviável o exame da questão em sede de recurso especial. Por fim, a alteração das conclusões adotadas
pela Corte de origem, tal como colocada a questão nas razões recursais, demandaria, necessariamente,
novo exame do acervo fático-probatório constante dos autos, providência vedada em recurso especial,
conforme o óbice previsto na Súmula 7/STJ, o que impede, também, o conhecimento do dissídio
jurisprudencial. Ante o exposto, nego provimento ao recurso especial. Publique-se. Brasília, 20 de
fevereiro de 2017. MINISTRO SÉRGIO KUKINA Relator.
11) De observar-se, por fim, que, já na vigência do CPC/2015, o STJ vem entendendo que “... não é o
órgão julgador obrigado a rebater, um a um, todos os argumentos trazidos pelas partes em defesa da tese
que apresentaram. Deve apenas enfrentar a demanda, observando as questões relevantes e
imprescindíveis à sua resolução.” (REsp
PODER JUDICIÁRIO SEÇÃO JUDICIÁRIA DO DISTRITO FEDERAL
3EEAED755480054CA85522F6C7B8D738 4
177
1775870/SP, Rel. Ministro HERMAN BENJAMIN, SEGUNDA TURMA, julgado em 13/11/2018, DJe
21/11/2018).
12) Recurso parcialmente conhecido e, no ponto em que conhecido, desprovido. Sentença mantida.
Acórdão lavrado nos termos do art. 46 da Lei nº. 9.099/95.
13) Sem custas. A recorrente pagará honorários advocatícios de 10% sobre o valor corrigido da
condenação, nos termos do art. 55 da Lei nº. 9.099/95.
ACÓRDÃO
Decide a Primeira Turma Recursal, por unanimidade, conhecer parcialmente do recurso e, no ponto em
que conhecido, negar-lhe provimento.
ACÓRDÃO
Decide a Primeira Turma Recursal, por unanimidade, conhecer do recurso de agravo de instrumento
como agravo interno e negar-lhe provimento.
1ª. Turma Recursal, Juizado Especial Federal – SJDF. Brasília – DF, 16/05/2019.
JUIZ ALEXANDRE JORGE FONTES LARANJEIRA
Relator 1 – 1ª. Turma Recursal/SJDF
Previdência Social–RGPS que permanecer em atividade sujeita a este Regime, ou a ele retornar, não fará
jus a prestação alguma da Previdência Social em decorrência do exercício dessa atividade, exceto ao
salário família e à reabilitação profissional, quando empregado."
5) Evidentemente que tal tese ostenta antinomia no tocante ao pleito de desaposentação, a qual
pressupõe a concessão de novo benefício àqueles que já se encontravam aposentados pelo RGPS, em
nada interferindo na análise da questão a oferta de renúncia no tocante ao benefício anteriormente
concedido.
6) Além disso, a decisão prolatada pelo STF é plenamente eficaz, tendo em vista que, nos termos do art.
1.026, caput e parágrafo 2º., do CPC/2015, os embargos de declaração não têm efeito suspensivo, salvo
quando assim o determinar o relator do feito, o que não ocorreu na espécie, conforme andamento
registrado no sítio eletrônico daquela Corte
(http://portal.stf.jus.br/processos/detalhe.asp?incidente=4157562).
7) Portanto, o acórdão anteriormente proferido por esta Turma, que havia reconhecido o direito à
desaposentação, deve sofrer juízo de adequação em face da decisão do STF.
8) Agravo interno não conhecido. Acórdão proferido por esta Turma Recursal devidamente adaptado,
para o fim de julgar improcedente o pedido formulado pela parte autora. Recursos extraordinários
prejudicados. Remessa dos autos ao juízo de primeiro grau, após o trânsito em julgado, ora determinada.
ACÓRDÃO
Decide a Primeira Turma Recursal, por unanimidade, não conhecer do agravo interno interposto pela
parte autora e promover a adequação do julgado, para o fim de julgar improcedente o pedido formulado
na peça inicial, prejudicados os recursos extraordinários.
1ª. Turma Recursal, Juizado Especial Federal – SJDF. Brasília – DF, 16/05/2019.
JUIZ ALEXANDRE JORGE FONTES LARANJEIRA
Relator 1 – 1ª. Turma Recursal/SJDF
179
ACÓRDÃO
Decide a Primeira Turma Recursal, por unanimidade, rejeitar os embargos de declaração.
1ª. Turma Recursal, Juizado Especial Federal – SJDF. Brasília – DF, 16/05/2019.
JUIZ ALEXANDRE JORGE FONTES LARANJEIRA
Relator 1 – 1ª. Turma Recursal/SJDF
1) Trata-se de embargos de declaração interpostos pela parte autora em face de acórdão proferido por
esta Turma, o qual negou provimento a recurso interposto contra sentença que negou a pretensão de
substituição da taxa referencial – TR por índices inflacionários na correção do saldo de contas vinculadas
do FGTS.
2) Não há, no acórdão proferido por esta Turma, quaisquer obscuridades, contradições, omissões ou
erros materiais, haja vista que a matéria foi decidida de conformidade com a jurisprudência do STJ e do
STF.
3) De fato, por ocasião do julgamento do REsp nº. 1.614.874 (in DJU de 15/05/2018), o STJ adotou a
seguinte tese em sede de recurso repetitivo, in verbis: “A remuneração das contas vinculadas ao FGTS
tem disciplina própria, ditada por lei, que estabelece a TR como forma de atualização monetária, sendo
ACÓRDÃO
Decide a Primeira Turma Recursal, por unanimidade, rejeitar os embargos de declaração.
1ª. Turma Recursal, Juizado Especial Federal – SJDF. Brasília – DF, 16/05/2019.
JUIZ ALEXANDRE JORGE FONTES LARANJEIRA
Relator 1 – 1ª. Turma Recursal/SJDF
ACÓRDÃO
Decide a Primeira Turma Recursal, por unanimidade, negar provimento ao agravo interno.
1ª. Turma Recursal, Juizado Especial Federal – SJDF. Brasília – DF, 16/05/2019.
JUIZ ALEXANDRE JORGE FONTES LARANJEIRA
Relator 1 – 1ª. Turma Recursal/SJDF
ACÓRDÃO
Decide a Primeira Turma Recursal, por unanimidade, conhecer do recurso de agravo de instrumento
como agravo interno e negar-lhe provimento.
1ª. Turma Recursal, Juizado Especial Federal – SJDF. Brasília – DF, 16/05/2019.
JUIZ ALEXANDRE JORGE FONTES LARANJEIRA
Relator 1 – 1ª. Turma Recursal/SJDF
julgamento, pelo e. STF, dos embargos de declaração interpostos contra o acórdão proferido no RE nº.
870.947-SE, e de juros de mora segundo as taxas aplicáveis às cadernetas de poupança a partir da
citação.
5) Sem custas e sem honorários.
6) Acórdão lavrado nos termos do art. 46 da Lei nº. 9.099/95.
ACÓRDÃO
Decide a Primeira Turma Recursal, por unanimidade, tendo em vista o entendimento adotado pela TNU
acerca da matéria, adequar o acórdão desta Turma Recursal, para julgar procedente o pedido inicial.
1ª. Turma Recursal, Juizado Especial Federal – SJDF. Brasília – DF, 16/05/2019.
JUIZ ALEXANDRE JORGE FONTES LARANJEIRA
Relator 1 – 1ª. Turma Recursal/SJDF
1) Trata-se de recurso inominado interposto em face de sentença que julgou improcedente o pedido de
restituição dos chamados "juros de obra" em virtude de atraso na entrega de imóvel adquirido na planta e
objeto de financiamento pela CEF.
2) Preliminarmente, a reiteração do pedido de Justiça Gratuita é desnecessária, haja vista que tal
benefício já havia sido concedido no despacho inicial.
3) No mérito recursal, convém salientar que os chamados "juros de obra" não existem como categoria
jurídica, configurando, na verdade, juros compensatórios (ou remuneratórios) devidos em função da
disponibilização do capital por parte da entidade financeira à construtora obrigada à entrega do imóvel.
4) Por sua vez, o contrato assinado pela parte recorrente com a CEF previa duas fases distintas, quais
sejam, a fase de construção e a fase de amortização.
remuneratórios e parcela de amortização, nos termos do parágrafo único da cláusula 13ª. do contrato
assinado entre as partes.
7) Portanto, se a fase de amortização tivesse começado na data aprazada para a entrega do imóvel, a
partir daquele mês a parte autora seria obrigada a pagar juros remuneratórios mais a parcela de
amortização, isto é, uma prestação maior do que aquela que foi cobrada, conforme Planilha de Evolução
Teórica do Financiamento juntada pela própria parte autora.
8) Logo, nenhum valor indevido foi cobrado pela parte ré, já que os juros remuneratórios, em taxa
idêntica, eram devidos em ambas as fases do contrato previstas na referida cláusula 13ª.
9) Não bastassem tais considerações, sequer se pode alegar na espécie qualquer prejuízo decorrente da
falta de amortização da dívida por mais alguns meses, já que a parte autora poderia, ao longo do
contrato, realizar amortizações extraordinárias e diminuir o número de parcelas devidas, evitando
quaisquer prejuízos relativos à cobrança de juros por período além do desejável.
10) De seu turno, eventuais prejuízos sofridos pelo atraso na construção do imóvel deverão ser
perquiridos em outra sede, já que o pagamento dos juros, por si só, não acarreta qualquer
responsabilidade à parte ré, tratando-se de parcela que de toda sorte seria devida no caso de
cumprimento do prazo de término da obra, não sendo possível a indenização dos danos sofridos pela
parte autora por meio da restituição dos juros compensatórios apenas porque tal quantificação é mais
conveniente para o consumidor.
11) Concluindo no particular, esta Turma está habilitada a decidir a respeito da matéria, uma vez que,
conquanto tenha sido a questão submetida ao regime de recursos repetitivos no âmbito do STJ, os
processos que tratam do assunto não foram suspensos por aquela Corte Superior, conforme decisão
vazada na ProAfR no REsp 1.729.593/SP (DJe de 18/09/2018).
12) De observar-se, por fim, que, já na vigência do CPC/2015, o STJ vem entendendo que “... não é o
órgão julgador obrigado a rebater, um a um, todos os argumentos trazidos pelas partes em defesa da tese
que apresentaram. Deve apenas enfrentar a demanda, observando as questões relevantes e
imprescindíveis à sua resolução.” (REsp 1775870/SP, Rel. Ministro HERMAN BENJAMIN, SEGUNDA
TURMA, julgado em 13/11/2018, DJe 21/11/2018).
13) Recurso desprovido. Sentença mantida. Acórdão lavrado nos termos do art. 46 da Lei nº 9.099/95.
14) A parte autora pagará honorários advocatícios de 10% sobre o valor corrigido da causa, ficando a
condenação suspensa enquanto perdurar o estado de carência que justificou a concessão da justiça
gratuita, prescrevendo a dívida cinco anos após a sentença final, nos termos do art. 98, § 3º, do
CPC/2015.
ACÓRDÃO
Decide a Primeira Turma Recursal, por unanimidade, negar provimento ao recurso.
1ª. Turma Recursal, Juizado Especial Federal – SJDF. Brasília – DF, 16/05/2019. PODER JUDICIÁRIO
SEÇÃO JUDICIÁRIA DO DISTRITO FEDERAL
98A50DCF4CE32D870D5BA42FDE1BA025 3
ACÓRDÃO
Decide a Primeira Turma Recursal, por unanimidade, conhecer do recurso de agravo de instrumento
como agravo interno e negar-lhe provimento.
1ª. Turma Recursal, Juizado Especial Federal – SJDF. Brasília – DF, 16/05/2019.
JUIZ ALEXANDRE JORGE FONTES LARANJEIRA
Relator 1 – 1ª. Turma Recursal/SJDF
1) Trata-se de feito recebido da Coordenação das Turmas Recursais dos Juizados Especiais Federais
para regular processamento, tendo em vista despacho do STF vazado em sede de recurso de agravo
interposto contra negativa de seguimento a recurso extraordinário, oportunidade em que aquela Corte
determinou a adoção do procedimento previsto no art. 1.030, inciso I, alínea “a”, do CPC/2015.
2) Conforme manifestação do STF, o tema já foi apreciado por aquela Corte, não tendo sido reconhecida
a repercussão geral (Recurso Extraordinário com Agravo nº. 800.721, Tema nº. 719).
3) Logo, o recurso de agravo deve ser conhecido nesta sede como agravo interno, nos termos do art.
1.030, § 2º., do CPC/2015, haja vista as recentes modificações no regime recursal do indeferimento de
recursos extraordinário e especial, que conheceu disciplinas diversas em rápida sucessão (CPC/1973,
redação original do CPC/2015 e redação do CPC/2015 conferida pela Lei nº. 13.256/16).
ACÓRDÃO
Decide a Primeira Turma Recursal, por unanimidade, conhecer do recurso de agravo de instrumento
como agravo interno e negar-lhe provimento.
1ª. Turma Recursal, Juizado Especial Federal – SJDF. Brasília – DF, 16/05/2019.
JUIZ ALEXANDRE JORGE FONTES LARANJEIRA
Relator 1 – 1ª. Turma Recursal/SJDF
6) Tanto isso é verdade que se pode observar, pela planilha de pagamentos juntados pela própria autora,
que a prestação subiu de valor quando do início da fase de amortização, isto porque a prestação nessa
fase do contrato compreendia juros
PODER JUDICIÁRIO SEÇÃO JUDICIÁRIA DO DISTRITO FEDERAL
43C878A7D1432936F41E5A113A37FCEE 2
remuneratórios e parcela de amortização, nos termos do parágrafo único da cláusula 13ª. do contrato
assinado entre as partes.
7) Portanto, se a fase de amortização tivesse começado na data aprazada para a entrega do imóvel, a
ACÓRDÃO
Decide a Primeira Turma Recursal, por unanimidade, negar provimento ao recurso.
1ª. Turma Recursal, Juizado Especial Federal – SJDF. Brasília – DF, 16/05/2019. PODER JUDICIÁRIO
SEÇÃO JUDICIÁRIA DO DISTRITO FEDERAL
43C878A7D1432936F41E5A113A37FCEE 3
RECEBIDO COMO AGRAVO INTERNO, NOS TERMOS DO ART. 1.030, § 2º., DO CPC/2015. AGRAVO
DESPROVIDO. ACÓRDÃO DESTA TURMA MANTIDO.
1) Trata-se de feito recebido da Coordenação das Turmas Recursais dos Juizados Especiais Federais
para regular processamento, tendo em vista despacho do STF vazado em sede de recurso de agravo
interposto contra negativa de seguimento a recurso extraordinário, oportunidade em que aquela Corte
determinou a adoção do procedimento previsto no art. 1.030, inciso I, alínea “a”, do CPC/2015.
2) Conforme manifestação do STF, o tema já foi apreciado por aquela Corte, não tendo sido reconhecida
a repercussão geral (Recurso Extraordinário com Agravo nº. 800.721, Tema nº. 719).
3) Logo, o recurso de agravo deve ser conhecido nesta sede como agravo interno, nos termos do art.
1.030, § 2º., do CPC/2015, haja vista as recentes modificações no regime recursal do indeferimento de
ACÓRDÃO
Decide a Primeira Turma Recursal, por unanimidade, conhecer do recurso de agravo de instrumento
como agravo interno e negar-lhe provimento.
1ª. Turma Recursal, Juizado Especial Federal – SJDF. Brasília – DF, 16/05/2019.
JUIZ ALEXANDRE JORGE FONTES LARANJEIRA
Relator 1 – 1ª. Turma Recursal/SJDF
CEAAB2665D3B2D68B88B391B1E7D02E9 2
ACÓRDÃO
Decide a Primeira Turma Recursal, por unanimidade, conhecer do recurso de agravo de instrumento
como agravo interno e negar-lhe provimento.
1ª. Turma Recursal, Juizado Especial Federal – SJDF. Brasília – DF, 16/05/2019.
JUIZ ALEXANDRE JORGE FONTES LARANJEIRA
Relator 1 – 1ª. Turma Recursal/SJDF
ACÓRDÃO
Decide a Primeira Turma Recursal, por unanimidade, conhecer do recurso de agravo de instrumento
como agravo interno e negar-lhe provimento.
1ª. Turma Recursal, Juizado Especial Federal – SJDF. Brasília – DF, 16/05/2019.
JUIZ ALEXANDRE JORGE FONTES LARANJEIRA
Relator 1 – 1ª. Turma Recursal/SJDF
ACÓRDÃO
Decide a Primeira Turma Recursal, por unanimidade, rejeitar os embargos de declaração.
1ª. Turma Recursal, Juizado Especial Federal – SJDF. Brasília – DF, 16/05/2019.
JUIZ ALEXANDRE JORGE FONTES LARANJEIRA
Relator 1 – 1ª. Turma Recursal/SJDF
3) De fato, por ocasião do julgamento do REsp nº. 1.614.874 (in DJU de 15/05/2018), o STJ adotou a
seguinte tese em sede de recurso repetitivo, in verbis: “A remuneração das contas vinculadas ao FGTS
tem disciplina própria, ditada por lei, que estabelece a TR como forma de atualização monetária, sendo
vedado, portanto, ao Poder Judiciário substituir o mencionado índice.”
4) Convém também frisar a natureza infraconstitucional da matéria em questão, conforme julgado do
Supremo Tribunal Federal, o qual considerou, a respeito do tema, que não há repercussão geral (ARE
848240 RG), sem falar que a referida Corte também indeferiu a liminar na ADI 5090.
5) Além disso, nos termos do art. 1.025 do CPC/2015, "... consideram-se incluídos no acórdão os
elementos que o embargante suscitou, para fins de pré-questionamento, ainda que os embargos de
declaração sejam inadmitidos ou rejeitados, caso o tribunal superior considere existentes erro, omissão,
ACÓRDÃO
Decide a Primeira Turma Recursal, por unanimidade, rejeitar os embargos de declaração.
1ª. Turma Recursal, Juizado Especial Federal – SJDF. Brasília – DF, 16/05/2019.
JUIZ ALEXANDRE JORGE FONTES LARANJEIRA
Relator 1 – 1ª. Turma Recursal/SJDF
ACÓRDÃO
Decide a Primeira Turma Recursal, por unanimidade, rejeitar os embargos de declaração.
1ª. Turma Recursal, Juizado Especial Federal – SJDF. Brasília – DF, 16/05/2019.
JUIZ ALEXANDRE JORGE FONTES LARANJEIRA
Relator 1 – 1ª. Turma Recursal/SJDF
ACÓRDÃO
Decide a Primeira Turma Recursal, por unanimidade, negar provimento ao agravo interno.
1ª. Turma Recursal, Juizado Especial Federal – SJDF. Brasília – DF, 16/05/2019.
JUIZ ALEXANDRE JORGE FONTES LARANJEIRA
Relator 1 – 1ª. Turma Recursal/SJDF
ACÓRDÃO
Decide a Primeira Turma Recursal, por unanimidade, rejeitar os embargos de declaração.
1ª. Turma Recursal, Juizado Especial Federal – SJDF. Brasília – DF, 16/05/2019.
JUIZ ALEXANDRE JORGE FONTES LARANJEIRA
Relator 1 – 1ª. Turma Recursal/SJDF
4) Portanto, o agravo interno deve ser desprovido, haja vista que a questão de mérito já foi levada ao
conhecimento da TNU, que decidiu em sentido contrário ao pedido recursal formulado pela FUNASA.
5) Agravo interno desprovido. Acórdão proferido por esta Turma Recursal mantido. Remessa dos autos
ao juízo de primeiro grau, após o trânsito em julgado, ora determinada.
PODER JUDICIÁRIO SEÇÃO JUDICIÁRIA DO DISTRITO FEDERAL
2251A32760B5EFED892E647EC3112127 2
ACÓRDÃO
Decide a Primeira Turma Recursal, por unanimidade, negar provimento ao agravo interno.
1ª. Turma Recursal, Juizado Especial Federal – SJDF. Brasília – DF, 16/05/2019.
ACÓRDÃO
Decide a Primeira Turma Recursal, por unanimidade, negar provimento ao agravo interno.
1ª. Turma Recursal, Juizado Especial Federal – SJDF. Brasília – DF, 16/05/2019.
JUIZ ALEXANDRE JORGE FONTES LARANJEIRA
Relator 1 – 1ª. Turma Recursal/SJDF
ACÓRDÃO
Decide a Primeira Turma Recursal, por unanimidade, conhecer do recurso de agravo de instrumento
como agravo interno e negar-lhe provimento.
1ª. Turma Recursal, Juizado Especial Federal – SJDF. Brasília – DF, 16/05/2019.
JUIZ ALEXANDRE JORGE FONTES LARANJEIRA
Relator 1 – 1ª. Turma Recursal/SJDF
5) Agravo interno desprovido. Acórdão proferido por esta Turma Recursal mantido. Remessa dos autos
ao juízo de primeiro grau, após o trânsito em julgado, ora determinada.
PODER JUDICIÁRIO SEÇÃO JUDICIÁRIA DO DISTRITO FEDERAL
103C05CEE383EE723F1E1935799B5528 2
ACÓRDÃO
Decide a Primeira Turma Recursal, por unanimidade, negar provimento ao agravo interno.
1ª. Turma Recursal, Juizado Especial Federal – SJDF. Brasília – DF, 16/05/2019.
JUIZ ALEXANDRE JORGE FONTES LARANJEIRA
Relator 1 – 1ª. Turma Recursal/SJDF
ACÓRDÃO
Decide a Primeira Turma Recursal, por unanimidade, conhecer do recurso de agravo de instrumento
como agravo interno e negar-lhe provimento.
1ª. Turma Recursal, Juizado Especial Federal – SJDF. Brasília – DF, 16/05/2019.
JUIZ ALEXANDRE JORGE FONTES LARANJEIRA
Relator 1 – 1ª. Turma Recursal/SJDF
1
196
ACÓRDÃO
Decide a Primeira Turma Recursal, por unanimidade, rejeitar os embargos de declaração.
1ª. Turma Recursal, Juizado Especial Federal – SJDF. Brasília – DF, 16/05/2019.
JUIZ ALEXANDRE JORGE FONTES LARANJEIRA
Relator 1 – 1ª. Turma Recursal/SJDF
admitido o incidente que versar matéria já decidida pela Turma Regional de Uniformização ou pela Turma
Nacional de Uniformização".
3) No caso concreto, a TNU vem decidindo consistentemente que a GACEN é parcela de natureza
remuneratória e que os aposentados e pensionistas que fazem jus à integralidade e à paridade devem
receber tal vantagem pelo percentual de 100% (PEDILEF's nºs. 05033027020134058302 e
05207399620144058300, inter plures).
4) Portanto, o agravo interno deve ser desprovido, haja vista que a questão de mérito já foi levada ao
conhecimento da TNU, que decidiu em sentido contrário ao pedido recursal formulado pela FUNASA.
5) Agravo interno desprovido. Acórdão proferido por esta Turma Recursal mantido. Remessa dos autos
ao juízo de primeiro grau, após o trânsito em julgado, ora determinada.
ACÓRDÃO
Decide a Primeira Turma Recursal, por unanimidade, negar provimento ao agravo interno.
1ª. Turma Recursal, Juizado Especial Federal – SJDF. Brasília – DF, 16/05/2019.
JUIZ ALEXANDRE JORGE FONTES LARANJEIRA
Relator 1 – 1ª. Turma Recursal/SJDF
ACÓRDÃO
Decide a Primeira Turma Recursal, por unanimidade, negar provimento ao agravo interno.
1ª. Turma Recursal, Juizado Especial Federal – SJDF. Brasília – DF, 16/05/2019.
JUIZ ALEXANDRE JORGE FONTES LARANJEIRA
Relator 1 – 1ª. Turma Recursal/SJDF
8) De seu turno, o teor do art. 41, inciso II, da Lei nº. 8.213/91 veio a ser objeto de revogação pela Lei nº.
8.542/92, que estabeleceu um novo critério de reajuste dos benefícios previdenciários, adotando o
chamado Índice de Reajuste do Salário Mínimo (IRSM).
9) Tal critério veio a ser novamente modificado pelo teor da Lei nº. 8.880/94 e legislação subseqüente, a
qual desvinculou o reajuste dos benefícios previdenciários da variação do salário mínimo.
10) Atualmente, a correção dos benefícios previdenciários é feita com base na variação pro rata do INPC,
nos termos do art. 41-A da Lei nº. 8.213/91, na redação que lhe foi conferida pela Lei nº. 11.420/06.
11) Dessarte, as distorções apontadas pela parte autora decorrem, na verdade, dos reajustes superiores
aos índices inflacionários sofridos pelo salário mínimo durante o advento do chamado "Plano Real", disso
resultando que o benefício da parte autora não mais guardou proporcionalidade com tal grandeza
econômica.
12) Concluindo no particular, os critérios legais de reajuste dos benefícios previdenciários não podem ser
acoimados de atentatórios ao princípio da preservação do valor real, haja vista que, a contar do advento
da Lei nº. 8.213/91, sempre se fundaram, de forma direta ou indireta, em índices de inflação oficiais, não
cabendo à parte autora escolher qual o índice que se lhe afigura mais compensador.
13) De observar-se, por fim, que, já na vigência do CPC/2015, o STJ vem entendendo que “... não é o
órgão julgador obrigado a rebater, um a um, todos os argumentos trazidos pelas partes em defesa da tese
que apresentaram. Deve apenas enfrentar a demanda, observando as questões relevantes e
imprescindíveis à sua resolução.” (REsp 1775870/SP, Rel. Ministro HERMAN BENJAMIN, SEGUNDA
TURMA, julgado em 13/11/2018, DJe 21/11/2018).
14) Sentença anulada. Recurso prejudicado. Pretensão julgada improcedente nos termos do art. 1.013,
parágrafo 3º., inciso II, e parágrafo 4º., do CPC/2015. Acórdão lavrado nos termos do art. 46 da Lei nº.
9.099/95
15) Sem custas. A parte autora pagará honorários advocatícios de 10% sobre o valor corrigido da causa,
ficando a condenação suspensa enquanto perdurar o estado de carência que justificou a concessão da
199
justiça gratuita, prescrevendo a dívida cinco anos após a sentença final, nos termos do art. 98, § 3º., do
CPC/2015.
ACÓRDÃO
Decide a Primeira Turma Recursal, por unanimidade, anular a sentença de primeiro grau, julgar
prejudicado o recurso da parte autora e rejeitar a pretensão deduzida na peça inicial.
1ª. Turma Recursal, Juizado Especial Federal – SJDF. Brasília – DF, 16/05/2019.
JUIZ ALEXANDRE JORGE FONTES LARANJEIRA
Relator 1 – 1ª. Turma Recursal/SJDF
ACÓRDÃO
Decide a Primeira Turma Recursal, por unanimidade, rejeitar os embargos de declaração.
1ª. Turma Recursal, Juizado Especial Federal – SJDF. Brasília – DF, 16/05/2019.
JUIZ ALEXANDRE JORGE FONTES LARANJEIRA
Relator 1 – 1ª. Turma Recursal/SJDF
1
200
ACÓRDÃO
Decide a Primeira Turma Recursal, por unanimidade, rejeitar os embargos de declaração.
1ª. Turma Recursal, Juizado Especial Federal – SJDF. Brasília – DF, 16/05/2019.
JUIZ ALEXANDRE JORGE FONTES LARANJEIRA
Relator 1 – 1ª. Turma Recursal/SJDF
2) Não há, no acórdão proferido por esta Turma, quaisquer obscuridades, contradições, omissões ou
erros materiais, haja vista que a matéria foi decidida de conformidade com a jurisprudência do STJ e do
STF.
3) De fato, por ocasião do julgamento do REsp nº. 1.614.874 (in DJU de 15/05/2018), o STJ adotou a
seguinte tese em sede de recurso repetitivo, in verbis: “A remuneração das contas vinculadas ao FGTS
tem disciplina própria, ditada por lei, que estabelece a TR como forma de atualização monetária, sendo
vedado, portanto, ao Poder Judiciário substituir o mencionado índice.”
4) Convém também frisar a natureza infraconstitucional da matéria em questão, conforme julgado do
Supremo Tribunal Federal, o qual considerou, a respeito do tema, que não há repercussão geral (ARE
848240 RG), sem falar que a referida Corte também indeferiu a liminar na ADI 5090.
ACÓRDÃO
Decide a Primeira Turma Recursal, por unanimidade, rejeitar os embargos de declaração.
1ª. Turma Recursal, Juizado Especial Federal – SJDF. Brasília – DF, 16/05/2019.
JUIZ ALEXANDRE JORGE FONTES LARANJEIRA
Relator 1 – 1ª. Turma Recursal/SJDF
No que tange ao montante do benefício, ou seja, quanto aos proventos da aposentadoria, propriamente
ditos, a
PODER JUDICIÁRIO SEÇÃO JUDICIÁRIA DO DISTRITO FEDERAL
B5180C3A4961EEDFE41BA9371CEF52F9 2
Constituição Federal de 5.10.1988, em seu texto originário, dele cuidava no art. 202. O texto atual da
Constituição, porém, com o advento da E.C. nº 20/98, já não trata dessa matéria, que, assim, fica
remetida "aos termos da lei", a que se referem o "caput" e o § 7o do novo art. 201. Ora, se a Constituição,
em seu texto em vigor, já não trata do cálculo do montante do benefício da aposentadoria, ou melhor, dos
contribuição, idem) do inciso I do art. 18, na média aritmética simples dos maiores saláriosdecontribuição
correspondentes a oitenta por cento de todo o período contributivo, multiplicada pelo fator previdenciário.
6) Ora, além de não haver qualquer distinção legal na aplicação do fator previdenciário em relação à
aposentadoria do professor, também não há, atualmente, qualquer previsão legal considerando tal
atividade sujeita a condições especiais que prejudiquem a saúde ou a integridade física para fins de
aplicação do art. 57 da referida Lei nº. 8.213/91.
7) Noutras palavras, quer sob o ângulo constitucional, quer sob a perspectiva legal, a aposentadoria do
professor não é aposentadoria especial, daí porque simplesmente não é juridicamente possível afastar-se
a aplicação do fator previdenciário à conta de considerações vagas atinentes à reconhecida relevância da
atividade no plano social.
8) Finalmente, após jurisprudência vacilante, o e. STJ firmou o entendimento seguindo o qual o fator
previdenciário é aplicável à aposentadoria por tempo de contribuição do professor, nos seguintes termos:
PROCESSUAL CIVIL E PREVIDENCIÁRIO. APOSENTADORIA DE PROFESSOR. SALÁRIO-DE-
BENEFÍCIO. FATOR PREVIDENCIÁRIO. INCIDÊNCIA. 1. À luz do Decreto 53.831/64 (Quadro Anexo,
Item 2.1.4), a atividade de professor era considerada penosa, situação modificada com a entrada em vigor
da Emenda Constitucional 18/81 e, consequentemente, das alterações constitucionais posteriores,
203
porquanto o desempenho da atividade deixou de ser considerada especial para ser uma regra
"excepcional", diferenciada, na qual demanda um tempo de serviço menor em relação a outras atividades,
desde que se comprove o exclusivo trabalho nessa condição. 2. A atividade de professor não é especial
em si, para fins de seu enquadramento na espécie "aposentadoria especial" a que alude o art. 57 da Lei
n. 8.213/91, mas regra diferenciada para a aposentadoria que exige o seu cumprimento integral, o que
afasta seu enquadramento às disposições do inciso II do art. 29 do mesmo diploma, que não prevê a
utilização do fator previdenciário no cálculo do salário-de-benefício. 3. Amoldando-se a aposentadoria do
professor naquelas descritas no inciso I, "c", inafastável o fator previdenciário, incidência corroborada
ainda pelas disposições do § 9º do art. 29 da Lei de Benefícios, em que foram estabelecidos acréscimos
temporais para minorar o impacto da fórmula de cálculo sobre o regime diferenciado dos professores. 4.
ACÓRDÃO
Decide a Primeira Turma Recursal, por unanimidade, dar provimento ao recurso, para o fim de reformar a
sentença e julgar improcedente a pretensão.
1ª. Turma Recursal, Juizado Especial Federal – SJDF. Brasília – DF, 16/05/2019.
JUIZ ALEXANDRE JORGE FONTES LARANJEIRA PODER JUDICIÁRIO SEÇÃO JUDICIÁRIA DO
DISTRITO FEDERAL
B5180C3A4961EEDFE41BA9371CEF52F9 4
6) Tanto isso é verdade que se pode observar, pela planilha de pagamentos juntados pela própria autora,
que a prestação subiu de valor quando do início da fase de amortização, isto porque a prestação nessa
fase do contrato compreendia juros
PODER JUDICIÁRIO SEÇÃO JUDICIÁRIA DO DISTRITO FEDERAL
3B3D8AECB6BFB9D55D010A6BFDF87C84 2
remuneratórios e parcela de amortização, nos termos do parágrafo único da cláusula 13ª. do contrato
assinado entre as partes.
7) Portanto, se a fase de amortização tivesse começado na data aprazada para a entrega do imóvel, a
ACÓRDÃO
Decide a Primeira Turma Recursal, por unanimidade, negar provimento ao recurso.
1ª. Turma Recursal, Juizado Especial Federal – SJDF. Brasília – DF, 16/05/2019. PODER JUDICIÁRIO
SEÇÃO JUDICIÁRIA DO DISTRITO FEDERAL
3B3D8AECB6BFB9D55D010A6BFDF87C84 3
já que a gratificação em questão somente poderia ser considerada pro labore faciendo se houvesse
avaliação dos servidores da ativa para fins de aferição de produtividade.
8) Todavia, nos termos do referido art. 55 da Lei nº. 11.784/08, a GACEN é paga em valor fixo,
independentemente de quaisquer avaliações de natureza institucional ou individual, ao passo que a
restrição constante do caput do referido artigo de lei (“... que, em caráter permanente, realizarem
atividades de combate e controle de endemias ...”) na verdade não restringe coisa alguma, já que tais
funções são as funções próprias dos Agentes Auxiliares de Saúde Pública, Agentes de Saúde Pública e
Guardas de Endemias referidos no art. 54 da mesma lei e também de todos os demais ocupantes de
cargos ao depois referidos pelos arts. 284 e 284-A da Lei nº. 11.907/2009.
9) A propósito, quando do julgamento do RE nº. 662.406, em sede de repercussão geral, o e. STF firmou
a tese no sentido de que o direito à percepção das gratificações de desempenho nos mesmos moldes dos
servidores ativos cessa na data da homologação dos resultados da primeira avaliação, permitindo
concluir, a contrario sensu, que a inexistência de avaliação é óbice à diferenciação de servidores da ativa
e servidores inativos beneficiados pela paridade.
10) Finalmente, a TNU vem adotando consistentemente o entendimento segundo o qual a GACEN é
devida aos servidores inativos e aos pensionistas albergados pela paridade (a propósito, veja-se, inter
plures, a decisão proferida no PEDILEF 05033027020134058302, in DOU 05/02/2016 PÁGINAS
221/329).
11) Recurso da parte autora provido. Sentença reformada, para o fim de condenar a FUNASA no
pagamento da GACEN, em favor da parte autora, nos mesmos valores daqueles pagos ao pessoal da
ativa, tudo conforme a data da respectiva aposentadoria ou início de percepção de pensão, devendo ser
descontados os valores pagos sob as mesmas rubricas, cessada a incidência na hipótese de percepção
de gratificação incompatível e respeitadas, em todo caso, a proporcionalidade no pagamento do benefício
e a prescrição quinquenal das parcelas vencidas antes da propositura da ação.
12) As parcelas vencidas, a serem pagas mediante RPV, serão acrescidas de correção monetária pelos
índices do Manual de Orientação de Procedimentos para os Cálculos na Justiça Federal a contar das
datas dos respectivos vencimentos e até a entrada em vigor da Lei nº. 11.960/09, a partir de quando será
aplicado o índice definido por ocasião do julgamento, pelo e. STF, dos embargos de declaração
interpostos contra o acórdão proferido no RE nº. 870.947-SE, e de juros de mora segundo as taxas
aplicáveis às cadernetas de poupança a partir da citação.
13) Sem custas e sem honorários. Acórdão lavrado nos termos do art. 46 da Lei nº. 9.099/95.
ACÓRDÃO
Decide a Primeira Turma Recursal, por unanimidade, dar provimento ao recurso da parte autora.
1ª. Turma Recursal, Juizado Especial Federal – SJDF. Brasília – DF, 16/05/2019.
JUIZ ALEXANDRE JORGE FONTES LARANJEIRA
Relator 1 – 1ª. Turma Recursal/SJDF PODER JUDICIÁRIO SEÇÃO JUDICIÁRIA DO DISTRITO
FEDERAL
206
094507CBB736DAC9896752701BC974A6 3
ACÓRDÃO
Decide a Primeira Turma Recursal, por unanimidade, dar provimento ao agravo.
ACÓRDÃO
Decide a Turma Recursal,
1ª. Turma Recursal, Juizado Especial Federal – SJDF. Brasília – DF, 16/05/2019.
JUIZ ALEXANDRE JORGE FONTES LARANJEIRA
Relator 1 – 1ª. Turma Recursal/SJDF
1) Trata-se de agravo de instrumento interposto pela União contra decisão que deferiu o pedido de
expedição de nova RPV após a devolução dos valores aos cofres públicos em virtude da ausência de
levantamento.
2) No mérito do agravo, o art. 2º da Lei 13.463/17 dispõe que “… ficam cancelados os precatórios e as
RPV federais expedidos e cujos valores não tenham sido levantados pelo credor e estejam depositados
há mais de dois anos em instituição financeira oficial”.
3) Vale salientar de antemão que, ao cumprir uma obrigação de pagar, a Fazenda Pública o faz por meio
de RPV, cujo valor exequendo é depositado em conta em nome do credor, mas à disposição do Juízo,
que poderá bloquear valores, retificar dados e/ou cancelar o requisitório.
4) Assim, embora a conta seja aberta em nome do credor, no momento do depósito do valor da RPV, o
ACÓRDÃO
Decide a Primeira Turma Recursal, por unanimidade, negar provimento ao agravo.
1ª. Turma Recursal, Juizado Especial Federal – SJDF. Brasília – DF, 16/05/2019.
JUIZ ALEXANDRE JORGE FONTES LARANJEIRA
Relator 1 – 1ª. Turma Recursal/SJDF
ACÓRDÃO
Decide a Primeira Turma Recursal, por unanimidade, negar provimento ao agravo.
1ª. Turma Recursal, Juizado Especial Federal – SJDF. Brasília – DF, 16/05/2019.
JUIZ ALEXANDRE JORGE FONTES LARANJEIRA
Relator 1 – 1ª. Turma Recursal/SJDF
ACÓRDÃO
Decide a Primeira Turma Recursal, por unanimidade, negar provimento ao agravo.
1ª. Turma Recursal, Juizado Especial Federal – SJDF. Brasília – DF, 16/05/2019.
JUIZ ALEXANDRE JORGE FONTES LARANJEIRA
Relator 1 – 1ª. Turma Recursal/SJDF
2) No mérito do agravo, o art. 2º da Lei 13.463/17 dispõe que “… ficam cancelados os precatórios e as
RPV federais expedidos e cujos valores não tenham sido levantados pelo credor e estejam depositados
há mais de dois anos em instituição financeira oficial”.
3) Vale salientar de antemão que a Fazenda Pública cumpre obrigação de pagar por meio de RPV, cujo
valor exequendo é depositado em conta em nome do credor, mas à disposição do Juízo, que poderá
bloquear valores, retificar dados e/ou cancelar o requisitório.
4) Assim, embora a conta seja aberta em nome do credor, no momento do depósito do valor da RPV, o
recurso financeiro ainda não pertence ao patrimônio do credor, passando a integrá-lo somente com o ato
de levantamento.
5) Nesse sentido, a inércia do credor em proceder ao levantamento do valor da RPV faz operar a
ACÓRDÃO
Decide a Primeira Turma Recursal, por unanimidade, negar provimento ao agravo.
1ª. Turma Recursal, Juizado Especial Federal – SJDF. Brasília – DF, 16/05/2019.
JUIZ ALEXANDRE JORGE FONTES LARANJEIRA
Relator 1 – 1ª. Turma Recursal/SJDF
ACÓRDÃO
Decide a Primeira Turma Recursal, por unanimidade, dar provimento ao agravo.
210
ACÓRDÃO
Decide a Turma Recursal,
1ª. Turma Recursal, Juizado Especial Federal – SJDF. Brasília – DF, 16/05/2019.
JUIZ ALEXANDRE JORGE FONTES LARANJEIRA
Relator 1 – 1ª. Turma Recursal/SJDF
PODER JUDICIÁRIO
JUIZADOS ESPECIAIS FEDERAIS
SEÇÃO JUDICIÁRIA DO DISTRITO FEDERAL
3ª. TURMA RECURSAL
PROCESSO Nº 0021081-63.2016.4.01.3400
RELATOR : JUIZ FEDERAL ANTONIO CLAUDIO MACEDO DA SILVA
RECORRENTE(S) : JOSEMIRA ALMEIDA DA SILVA
ADVOGADO :
ACÓRDÃO
Decide a Terceira Turma Recursal, por unanimidade, nos termos do voto do Relator, REJEITAR OS
EMBARGOS DE DECLARAÇÃO.
Brasília,07/05/2019.
Antonio Claudio Macedo da Silva
Juiz Federal – 3ª. Turma Recursal
Relator 1
PROCESSO Nº 0070356-15.2015.4.01.3400
RELATOR : JUIZ FEDERAL ANTONIO CLAUDIO MACEDO DA SILVA
RECORRENTE(S) : ANTONIA ALVES DE JESUS
ADVOGADO : DF00018841 - LINO DE CARVALHO CAVALCANTE
RECORRIDO(S) : UNIAO FEDERAL
ADVOGADO : - LUIZ FELIPE CARDOSO DE MORAES FILHO
EMENTA
ADMINISTRATIVO. SERVIDOR PÚBLICO. PENSÃO INSTITUÍDA APÓS A EC 41/2003. DIREITO À
PARIDADE MEDIANTE COMPROVAÇÃO DO CUMPRIMENTO DOS REQUISITOS ELENCADOS NO
212
de serviço adunado aos autos [ fls. 6, registrado em 03/11/2016] nenhuma averbação anterior à referida
data.
7. Dessa forma, ausentes os requisitos impostos pela EC 47/05, a manutenção da sentença é medida que
se impõe.
8. Recurso desprovido.
9. Honorários advocatícios fixados em 10% (dez por cento) do valor atribuído à causa devidamente
corrigido. Condenação suspensa [NCPC/2015, art. 98, §§ 2º e 3º.]
ACÓRDÃO
Decide a Terceira Turma Recursal, por unanimidade, NEGAR PROVIMENTO ao recurso da parte autora,
nos termos do voto do Relator.
Brasília - DF, 07/05/2019.
Antonio Claudio Macedo da Silva
Juiz Federal – 3ª. Turma Recursal
Relator 1
PROCESSO Nº 0036979-82.2017.4.01.3400
RELATOR : JUIZ FEDERAL ANTONIO CLAUDIO MACEDO DA SILVA
RECORRENTE(S) : ANGELA JOSEFINA MARIA RIBEIRO VASCONCELOS
ADVOGADO : RJ00190323 - EDUARDO MAURO PRATES
RECORRIDO(S) : CAIXA ECONOMICA FEDERAL
ADVOGADO :
EMENTA
ADMINISTRATIVO E ECONÔMICO. CORREÇÃO DO SALDO DA CONTA VINCULADA DO FGTS.
SUBSTITUIÇÃO DA TR COMO FATOR DE CORREÇÃO MONETÁRIA DOS VALORES DEPOSITADOS
POR ÍNDICE DIVERSO. IMPOSSIBILIDADE. VEDAÇÃO AO PODER JUDICIÁRIO DE ALTERAÇÃO DO
ÍNDICE LEGAL. COMPETÊNCIA PRIVATIVA DO PODER LEGISLATIVO. PRECEDENTE DO
213
ACÓRDÃO
Decide a Terceira Turma Recursal, por unanimidade, NEGAR PROVIMENTO ao recurso, nos termos do
voto do relator.
Brasília - DF, 07/05/2019
Antonio Claudio Macedo da Silva
Juiz Federal – 3ª. Turma Recursal
Relator 1
PROCESSO Nº 0038949-20.2017.4.01.3400
RELATOR : JUIZ FEDERAL ANTONIO CLAUDIO MACEDO DA SILVA
RECORRENTE(S) : JOAO AMANCIO NETO
ADVOGADO : DF00040700 - LEONARDO FRANCO BASTOS SOARES
RECORRIDO(S) : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
ADVOGADO :
EMENTA
PREVIDENCIÁRIO. CONVERSÃO DE TEMPO LABORADO DE MODO ESPECIAL. ATIVIDADE NÃO
COMPREENDIDA NOS DECRETOS NO 53.831/64 E Nº 83.080/79. NECESSIDADE DE
COMPROVAÇÃO POR OUTROS MEIOS DE PROVA. EXPOSIÇÃO AOS AGENTES NOCIVOS DE
NATUREZA INFECTO-CONTAGIOSA E AGENTES QUÍMICOS E BIOLÓGICOS. RUÍDO. RESP
1.398.260/PR. RECURSO DO AUTOR PROVIDO.
1. Recurso da parte autora contra sentença que julgou improcedente o pedido do autor para condenar o
INSS na obrigação de reconhecer e averbar como especial o tempo nos períodos de 01/02/1982 até a
data 23/04/2001, com a conversão do tempo de serviço especial em comum, considerando o coeficiente
de 1,40.
2. Na verificação de tempo de serviço especial, em decorrência de exposição a agentes prejudiciais à
saúde, há de se observar a legislação vigente à época da aquisição do direito, conforme pacífica
orientação jurisprudencial.
3. Quanto aos meios de prova, tem-se que: (1) até 28.04.1995, bastava, para fins de reconhecimento do
tempo de serviço especial, que a atividade profissional fosse elencada nos decretos previdenciários
regulamentares (Decreto 53.831, de 25/3/64, e Decreto 83.080, de 24/1/79) ou a exposição aos agentes
nocivos relacionados no Código 1.0.0 do Quadro Anexo ao Decreto 53.831/64 e no Anexo I do Decreto
83.080/79; (2) de 29.04.1995 a 05.03.1997, a lei torna necessária a comprovação da efetiva submissão
aos agentes perniciosos, por intermédio dos formulários SB-40 e DSS-8030 ou PPP (Perfil
Profissiográfico Previdenciário) referente à categoria profissional; e, (3) a partir de 06.03.1997, o sistema
214
legal exige a exposição aos agentes nocivos relacionados nos Decretos 2.172/97 e 3.048/99, com
alterações pelo Decreto 8.123/13, que devem ser comprovados mediante laudo técnico específico.
4. Saliente-se que o rol constante dos Decretos no 53.831/64 e nº 83.080/79 têm caráter exemplificativo,
havendo, no entanto, a absoluta presunção de exposição a agentes nocivos para as atividades ali
delineadas. Por seu turno, não constando a atividade desempenhada dos citados decretos, há de se
admitir outros meios de prova, de forma a comprovar que a citada atividade alegada se desenvolveu sob
condições especiais.
5. Compulsando-se os autos, em especial a CTPS, verifica-se que as atividades desempenhadas pela
parte autora de artífice, e auxiliar de engenharia de 01/02/1982 23/04/2001 na Empresa Brasileira de
Infraestrutura Aeroportuária- INFRAERO, não constam nos decretos acima mencionados, tendo
4.882, de 18/11/2003 (Resp 1.398.260/PR - Relator Ministro Herman Benjamin - 1ª Seção - Dje de
05/12/2014, julgado pelo rito do recurso repetitivo).
7. Escorreita a sentença no ponto que não considerou o tempo de serviço prestado pelo autor em
condições especiais em razão da submissão ao ruído, tendo em vista a não comprovação pelo Perfil
Profissiográfico Previdenciário – PPP da submissão em níveis considerados prejudiciais.
8. Submissão a agentes biológicos em virtude de contato com esgoto (galerias e tanques). Exposição
habitual e permanente ao agente nocivo. Necessidade de comprovação. Reputa-se que a comprovação
da permanência da exposição somente pode ser exigida a partir de 28/04/1995, data de início de vigência
da Lei n. 9.032/95, que deu nova redação ao §3º do Art. 57 da Lei 8.213/91, não sendo aplicável aos
períodos anteriores à sua publicação, conforme assentado na Súmula 49 da Turma Nacional de
Uniformização dos Juizados Federais: "Para reconhecimento de condição especial de trabalho antes de
29/4/1995, a exposição a agentes nocivos à saúde ou à integridade física não precisa ocorrer de forma
permanente".
9. O trabalho permanente tem conceito fixado no caput do art. 65 do RPS (Decreto 3.048/1999), in verbis:
"Considera-se tempo de trabalho permanente aquele que é exercido de forma não ocasional nem
intermitente, no qual a exposição do empregado, do trabalhador avulso ou do cooperado ao agente
nocivo seja indissociável da produção do bem ou da prestação do serviço."
10. Com relação ao período posterior a 29/04/1995, é entendimento da doutrina que para a demonstração
da permanência e habitualidade da atividade insalubre não é necessária a exposição ao agente agressivo
durante toda a jornada laboral, mas apenas o exercício de atividade, não ocasional, nem intermitente, que
o exponha habitualmente a condições especiais, prejudiciais à sua saúde ou integridade física.
Precedentes (TRF1 AC200238000348287, Juiz Federal Itelmar Raydan Evangelista, 07/10/08; AMS
2001.38.00.026008-3 /MG, Relator Des. Federal Luiz Gonzaga Barbosa Moreira, Primeira Turma, DJ
22/04/2003)
11. No caso dos autos, conforme descrito no PPP, e LTCAT, o autor trabalhava na seção de edificações e
infraestrutura, a qual era responsável pela manutenção de edificações e dos aparelhos e estruturas
aeroportuárias (pistas e pátios, terminal de passageiros, bem como pela incineração do lixo gerado nas
aeronaves). Consta no documento a submissão ao fator de risco biológico devido ao contato permanente
com esgotos (galerias e tanques), razão pela qual recebia o adicional de insalubridade em grau máximo.
Por fim, resta registrado no LTCAT que “No atual estágio de desenvolvimento científico, nenhuma medida
adotada conseguirá a completa neutralização do agente/risco gerador de insalubridade”.
12. Logo, os documentos retratam a exposição habitual e permanente ao agente biológico prejudicial,
estando aptos a servirem de prova da atividade especial exercida, diante da submissão aos agentes
nocivos de natureza infecto-contagiosa, constantes nos itens 1.3.2 do decreto 53.831 (germes infecciosos
ou parasitas humanos – animais ), e item 3.0.1 [MICROORGANISMOS E PARASITAS INFECTO-
CONTAGIOSOS VIVOS E SUAS TOXINAS (...) e) trabalhos em galerias, fossas e tanques de esgoto] dos
Decretos 2.172/97 e 3.048/99.
13. Ante o exposto, aplicando-se a contagem diferenciada (fator 1,4) no período de 01/02/1982
23/04/2001, conforme demonstrativo de tempo de contribuição registrado em 31/07/2018, verifica-se que
o autor possui até a data do requerimento administrativo, em 25/04/2017, 41 anos, e 3 dias, tempo
suficiente para o cumprimento da carência necessária a concessão do benefício de aposentadoria por
tempo de contribuição integral, que é de 35 anos.
14. Sentença reformada para conceder o benefício de aposentadoria por tempo de contribuição, com DIB
no requerimento administrativo, 25/04/2017.
14-A. Correção monetária e juros de mora. Precedente do STJ em sede de Recurso Repetitivo. Eficácia
vinculante. Observância obrigatória por esta Turma Recursal. Condenação judicial da Fazenda Pública
215
PROCESSO Nº 0004793-69.2018.4.01.3400
RELATOR : JUIZ FEDERAL ANTONIO CLAUDIO MACEDO DA SILVA
RECORRENTE(S) : MARIA APARECIDA DE ABREU NASCIMENTO
ADVOGADO : DF00022222 - NPJ FACIPLAC
RECORRIDO(S) : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
ADVOGADO :
EMENTA
PREVIDENCIÁRIO. AUXÍLIO-DOENÇA/APOSENTADORIA POR INVALIDEZ. INCAPACIDADE NÃO
COMPROVADA. REQUISITOS NÃO PREENCHIDOS. RECURSO DA PARTE AUTORA DESPROVIDO.
1. Recurso da parte autora contra sentença que julgou improcedente o pedido inicial, ao fundamento de
que não restou caracterizada a incapacidade.
2. Em seu recurso, a parte autora alega que, embora a perícia tenha constatado a existência de doenças,
concluiu que não existe incapacidade, sendo diametralmente oposta às conclusões dos documentos
adunados à inicial. Assim, requer a reforma da sentença para julgar procedente o pedido.
3. Para a concessão dos benefícios de aposentadoria por invalidez e auxílio-doença exige-se a
concomitância dos seguintes requisitos: qualidade de segurado da Previdência Social, com o
preenchimento do período de carência de 12 (doze) contribuições mensais, salvo nas hipóteses previstas
no art. 26, II, da Lei 8.213/91, e a comprovação de incapacidade para o exercício de atividade que
garanta a subsistência, devendo essa incapacidade ser definitiva para a aposentadoria por invalidez, e
temporária, no caso do auxílio-doença.
4. Laudo médico (registro em 24/04/2018). O laudo pericial, elaborado por médico especialista em
ortopedia e traumaltologia, dá conta de que a parte autora conta com 64 anos, possui ensino fundamental
completo, trabalhava como dona de restaurante e é portadora de pós-operatório tardio de lesão do
menisco dos joelhos direito e esquerdo (CID 10: Z 54.0 de M23.2). Embora tenha aferido a presença da
patologia mencionada, concluiu que o autor está capaz para o exercício de suas atividades laborativas.
4-A. Conforme o laudo elaborado pelo expert, relatou-se, no que importa:
As lesões dos meniscos foram tratadas cirurgicamente, em 2011 e 2013, respectivamente, nos joelhos
direito e esquerdo, sendo o resultado pós-operatório final satisfatório.
Quanto à capacidade para o trabalho, a periciada não apresenta incapacidade laborativa, pois, após
exame físico e a análise dos laudos médicos e dos exames complementares realizado por este Perito,
concluo que não há alterações significativas que sejam incapacitantes para o trabalho declarado de Dona
de restaurante.
Não há incapacidade para a realização de atividades laborativas. Esta patologia não em origem
traumática e não pode ser atribuída a acidente de trabalho ou doença profissional ou doença do trabalho.
5. Destarte, havendo divergências entre a perícia médica realizada e os laudos médicos trazidos pela
parte autora para fundamentar o pedido, quem afere a idoneidade e a instrumentalidade do laudo como
meio de se solucionar a lide é o juiz (art. 480, CPC/2015). Nas demandas judiciais em que se busca a
concessão de benefício por incapacidade, o julgador, via de regra, ampara a sua decisão na conclusão da
perícia judicial, PODER JUDICIÁRIO SEÇÃO JUDICIÁRIA DO DISTRITO FEDERAL
D9E439EFCD2394458A2A758D7D76F9A9 TRF 1 REGIÃO/IMP.15-01-04-SJ
2
216
quando inexistirem, nos autos, outros elementos de prova robustos que possam permitir ao magistrado a
formação de outro juízo de valor, como sói ocorrer no caso dos autos.
6. Ainda, não merece prosperar a alegação de que o laudo pericial contraria a prova dos autos, sobretudo
porque em caso de divergências prevalece a perícia judicial, pela sua metodologia, equidistância e
natureza do munus exercido, bem como em razão do controle judicial quanto ao exercício do contraditório
e da ampla defesa, inclusive no curso da realização da perícia, quando foi oportunizado às partes o
acompanhamento por assistente técnico (Proc. 0038038-81.2012.4.01.3400, Rel. Rosimayre Gonçalves
de Carvalho, julgado em 28/04/2015).
7. Importante relembrar, ainda, que o fato de o laudo médico relacionar a existência de patologia não
enseja o reconhecimento de benefício, haja vista que o conceito de incapacidade não se confunde com o
PROCESSO Nº 0028085-20.2017.4.01.3400
RELATOR : JUIZ FEDERAL ANTONIO CLAUDIO MACEDO DA SILVA
RECORRENTE(S) : ALBERTO QUARESMA NETTO
ADVOGADO : SP00348559 - BRUNO JUNQUEIRA C.DE BARROS E OUTRO(S)
RECORRIDO(S) : UNIAO FEDERAL (FAZENDA NACIONAL)
ADVOGADO :
EMENTA
TRIBUTÁRIO. IMPOSTO DE IMPORTAÇÃO. REMESSA POSTAL. ISENÇÃO FISCAL. ENCOMENDA
QUE SUPERA O VALOR LIMITE. RECURSO DESPROVIDO.
1. Recurso da parte autora contra sentença que julgou improcedente o pedido referente à isenção do
imposto de importação sobre bens adquiridos do exterior, via postal, cujo valor ultrapassa o limite de cem
dólares norte-americanos.
2. No mérito, não assiste razão à parte autora. O Decreto-Lei n. 1.804/80, que regula o Regime de
Tributação Simplificado para remessas internacionais, atribui ao Ministério da Fazenda a expedição de
norma sobre a isenção do imposto de importação de bens por meio de remessas bens de valor de até
cem dólares norte-americanos, ou o equivalente em outras moedas, quando destinados a pessoas físicas.
3. Registre-se, por oportuno, que sob o pretexto de regulamentar o Decreto-Lei n° 1.804/90, o Ministério
da Fazenda publicou a Portaria n. 156/99, estabelecendo a isenção às remessas de até US$ 50,00
(cinqüenta dólares), o que com esteio no entendimento consolidado pela TNU no PEDILEF n° 5027788-
92.2014.4.04.7200, Relator Juiz Federal RUI COSTA GONÇALVES, Julgado em 20/07/2016, "subverte a
hierarquia das normas jurídicas, na medida em que, se admitida, importaria no reconhecimento da
possibilidade de revogação parcial da norma legal referida, para alterar o tratamento dado à isenção fiscal
em evidência, através da edição de ato administrativo de natureza regulamentar, em desprestígio ao
processo legislativo vigente no Sistema Jurídico pátrio, além de ultrapassar, com ampla margem, o poder
atribuído à Administração Fiscal de introduzir modificações no tratamento reservado ao Imposto de
Importação, limitado somente à alteração de alíquotas, em obséquio às exigências da Política Fiscal e do
Comércio Exterior, nos termos do art. 153, § 3º, da Constituição Federal, c/c o art. 21 do Código Tributário
Nacional. Assim, o Decreto-Lei n. 1.804/1980, ao reconhecer que o Ministério da Fazenda poderá dispor
acerca de isenção tributária em comento, em nenhum ponto delegou à Autoridade Fiscal a
discricionariedade para modificar a faixa de isenção e a qualidade dos beneficiários dessa modalidade de
217
renúncia fiscal, dado se tratarem de temas reservados à lei em sentido formal, dada sua natureza
vinculante, que não pode ficar ao sabor do juízo de conveniência e oportunidade do agente público".
4. Contudo, no caso dos autos, pretende a parte autora a referida isenção sobre mercadoria adquirida no
exterior, a ser remetida por via postal, mas que ultrapassa o limite de US$ 100,00 (cem dólares), é dizer,
o preço da mercadoria está além do teto estabelecido para a isenção. Assim sendo, à míngua de amparo
legal acerca da declaração de inexistência de relação jurídico-tributária pretendida, a sentença ora
recorrida há de ser mantida em todos os seus termos.
5. Recurso desprovido.
6. Honorários advocatícios fixados em 10% (dez por cento) do valor atribuído à causa devidamente
corrigido. PODER JUDICIÁRIO SEÇÃO JUDICIÁRIA DO DISTRITO FEDERAL
ACÓRDÃO
Decide a Terceira Turma Recursal, por unanimidade, NEGAR PROVIMENTO ao recurso da parte autora,
nos termos do voto do Relator.
Brasília,07/05/2019.
Antonio Claudio Macedo da Silva
Juiz Federal – 3ª. Turma Recursal
Relator 1
PROCESSO Nº 0035764-42.2015.4.01.3400
RELATOR : JUIZ FEDERAL ANTONIO CLAUDIO MACEDO DA SILVA
RECORRENTE(S) : FRANCISCO RODRIGUES DE OLIVEIRA
ADVOGADO : DF00037905 - DIEGO MONTEIRO CHERULLI
RECORRIDO(S) : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
ADVOGADO : BA00025699 - CLAUDIA GRAYCE LIMA DOS SANTOS
EMENTA
PREVIDENCIÁRIO. TRABALHADOR URBANO. AVERBAÇÃO DE TEMPO DE SERVIÇO PARA FINS DE
REVISÃO DA RMI DO BENEFÍCIO DE APOSENTADORIA POR IDADE. TEMPO ESPECIAL. ATIVIDADE
MILITAR. LEGISLAÇÃO PRÓPRIA. IMPOSSIBILIDADE DE CONVERSÃO EM ESPECIAL NO REGIME
DO RGPS. INAPLICABILIDADE DA SÚMULA VINCULANTE Nº 33 DO STF. CONVERSÃO DE TEMPO
LABORADO DE MODO ESPECIAL. MOTORISTA DE ÔNIBUS. CÓDIGO 2.4.4 DO DECRETO N°
53.831/1964 E CÓDIGO 2.4.2 DO DECRETO Nº. 83.080/1979. SUJEIÇÃO A AGENTES NOCIVOS
PRESUMIDA ATÉ A LEI Nº 9.032/95. AVERBAÇÃO TEMPO DE SERVIÇO. ANOTAÇÃO NA CTPS.
SENTENÇA EM RECLAMATÓRIA TRABALHISTA. INÍCIO DE PROVA MATERIAL. CONJUNTO
PROBATÓRIO HARMÔNICO. RETIFICAÇÃO DO PBC COM BASE NOS SALÁRIOS EFETIVAMENTE
RECEBIDOS. RECURSO PARCIALMENTE PROVIDO.
1. Recurso da parte autora contra sentença que julgou parcialmente procedente os pedidos de averbação
de tempo de serviço, retificação do PBC, e reconhecimento de tempo de serviço especial, para fins de
revisão da RMI do benefício de aposentadoria por idade recebido pela parte autora.
2. Requer a parte autora a revisão da RMI do benefício de aposentadoria por idade nº 151.681.199-0,
com DIB em 08/06/2011, mediante: (1) de reconhecimento e conversão em especial no RGPS, o tempo
de serviço prestado como bombeiro/soldado militar no período de 21.11.1969 a 16.07.1975; (2) conversão
do tempo especial em comum dos períodos de 03/12/1977 a 13/03/1978, 27/04/1978 a 26/09/1978,
17/09/1979 a 13/11/1979 e 17/12/1986 a 28/04/1987, em que o autor exercia a atividade de motorista de
ônibus; (3) reconhecimento e averbação do tempo de serviço prestado entre 01/02/2007 a 31/12/2007,
para a empresa J. RODRIGUES DOS REIS ME ; (4) inclusão de salários-de-contribuição no Período
Básico de Cálculos (PBC) referente ao emprego junto a FUNAI – Fundação Nacional do Índio, no período
de 01/01/1995 a 10/05/1995.
3. Conversão em especial do tempo de serviço militar no RGPS. Impossibilidade. Dispõe a Súmula
Vinculante 33 do STF: “Aplicam-se ao servidor público, no que couber, as regras do Regime Geral da
Previdência Social sobre aposentadoria especial de que trata o artigo 40, § 4º, inciso III da Constituição
Federal, até a edição de lei complementar específica”.
3-A. Entretanto, no que diz respeito à conversão do tempo especial em comum, prevista pelo § 5° do
artigo 57 da lei 8.213/91, regulamentado pelo artigo 70 do decreto 3.048/99, o Supremo Tribunal Federal
firmou o entendimento no sentido de que o art. 40, § 4º, da Constituição Federal de 1988, não garante a
contagem de tempo de serviço diferenciada ao servidor público, mas, tão-somente, o efetivo gozo da
própria aposentadoria. Nesse sentido:
"I - A orientação do Supremo Tribunal Federal firmou-se no sentido de que o art. 40, § 4º, da Constituição
Federal não garante a contagem de tempo de serviço diferenciada ao servidor público, porém, tão
somente, a aposentadoria especial." (RE 788025 AgR-segundo, Relator Ministro Ricardo Lewandowski,
218
Segunda Turma, julgamento em 26.8.2014, DJe de 4.9.2014) "Com efeito, a PODER JUDICIÁRIO
SEÇÃO JUDICIÁRIA DO DISTRITO FEDERAL
1ED1487B235EC163BBBD01629E2CABF4 TRF 1 REGIÃO/IMP.15-01-04-SJ
2
jurisprudência dessa Corte assentou o não cabimento de mandado de injunção que visa a contagem
diferenciada e posterior averbação de tempo do serviço prestado em condições especiais, uma vez que
não há previsão constitucional da referida contagem." (STF, MI 1278 AgR, Relator Ministro Gilmar
Mendes, Tribunal Pleno, julgamento em 30.4.2014, DJe de 19.5.2014) No mesmo sentido: STF, MI 1957,
Relator Ministro Gilmar Mendes, Tribunal Pleno, julgamento em 10.4.2014, DJe de 12.5.2014).
de aeroviário, em seu art. 165 estatuía: “Art. 165. Não são contados como tempo de serviço para os
efeitos desta seção os períodos de atividades estranhas ao serviço de vôo, ainda que enquadrada no
artigo 60, nem o de contribuição em dobro ou de serviço militar, nos termos do artigo 8º e item IV do § 2º
do artigo 54.” Saliente-se que referido dispositivo não ressalvou eventuais condições de exposição a
agentes agressivos, ademais, ad argumentandum tantum, reconhecer especialidade de qualquer quadro
das Forças Armadas imporia, logicamente, o reconhecimento a todos, vez que as atividades
219
desempenhadas envolvem, rotineiramente, risco, qualificando-se, por si sós, como perigosas. De seu
turno, ao disciplinar a contagem recíproca de tempo de serviço, a Lei n.º 8.213, de 24.07.1991, no inc. I
de seu art. 96, inadmitiu a contagem de tempo em dobro ou em outras condições especiais. Não se há
concluir, contudo, que ordenamento jurídico interdite, em absoluto, o reconhecimento, pelo regime geral
de previdência, da especialidade de tempo de serviço de segurado egresso de outro regime. Porém, as
leis previdenciárias são informadas pelos princípios da reciprocidade e da compensação entre regimes,
do que decorre que, para que um regime admita a especialidade, deve o regime originário do segurado
reconhecer esta condição, bem como, deve este compensar aquele em proporção aos efeitos pecuniários
produzidos. Por conseguinte, não assiste razão ao recorrente no que pugna pelo reconhecimento da
especialidade do tempo em que esteve incluído no quadro de enfermeiros da Força Aérea. (...)”. III -
5-C. Registre-se, ainda, que, nos termos da jurisprudência do STJ, "a sentença homologatória de acordo
trabalhista é admitida como início de prova material para fins previdenciários, mesmo que o INSS não
tenha participado da lide laboral, desde que o decisum contenha elementos que evidenciem o período
trabalhado e a função exercida pelo trabalhador" (STJ, AgRg no AREsp 249.379/CE, Rel. Ministro
BENEDITO GONÇALVES, PRIMEIRA TURMA, DJe de 22/04/2014 e STJ, AgRg no REsp 1.402.671/PE,
Rel. Ministro HUMBERTO MARTINS, SEGUNDA TURMA, DJe de 25/10/2013).
5-D. A seu turno, a Turma Nacional de Uniformização dos Juizados Especiais Federais (TNU) decidiu que
a ação reclamatória trabalhista será válida como início de prova material em duas situações: quando for
fundamentada em documentos que comprovem o exercício da atividade na função com os períodos
alegados; e quando ajuizada antes da prescrição (PEDLEF 2012.50.50.002501-9, rel. Daniel Machado da
Rocha, julg. 17/08/2016).
5-E. Ademais, as Turmas Recursais da SJDF vêm reiteradamente entendendo em casos semelhantes
que cabe ao INSS elidir eventual inconsistência apresentada no aludido vínculo de trabalho, não bastando
para tanto a alegação de que tal período deve ser afastado por não se encontrar registrado no Cadastro
Nacional de Informações Sociais (CNIS).
5-F. Neste sentido é a Súmula 75 da TNU: “A Carteira de Trabalho e Previdência Social (CTPS) em
relação à qual não se aponta defeito formal que lhe comprometa a fidedignidade goza de presunção
relativa de veracidade, formando prova suficiente de tempo de serviço para fins previdenciários, ainda que
a anotação de vínculo de emprego não conste no Cadastro Nacional de Informações Sociais (CNIS)”.
5-G. Deve-se ponderar que o INSS não traz nenhum elemento concreto a evidenciar qualquer fraude ou
incorreção nas anotações, persistindo no argumento de que o tempo deve estar registrado no CNIS, sem
220
sequer indicar a base legal da tese propugnada [é dizer, tempo de serviço/contribuição anotado na CTPS
sem a correspondente anotação no CNIS não possui presunção juris tantum de veracidade].
5-H. Assim, estando comprovado que a parte autora encontrava-se empregada, não lhe pode ser
imputada a responsabilidade pelo recolhimento previdenciário, que fica a cargo do seu empregador.
Dessa forma, deve ser afastada a alegação de perda de qualidade de segurado.
5-I. Neste sentido já se manifestou a TNU, confira-se: “EMENTA PEDIDO DE UNIFORMIZAÇÃO
NACIONAL. AUXÍLIO-DOENÇA. CARÊNCIA. RECOLHIMENTO EM ATRASO DE CONTRIBUIÇÃO
PREVIDENCIÁRIA. EMPREGADO DOMÉSTICO. ÔNUS DO EMPREGADOR. PEDIDO CONHECIDO E
PROVIDO. 1. Acórdão reformou a sentença de primeiro grau sob o fundamento de que a parte autora não
teria cumprido o requisito da carência, para fins de concessão de auxílio-doença, uma vez que o
que seja a sua forma, inclusive as gorjetas, os ganhos habituais sob a forma de utilidades e os
adiantamentos decorrentes de reajuste salarial, quer pelos serviços efetivamente prestados, quer pelo
tempo à disposição do empregador. "
6-A. Conta nos autos, certidão de tempo de serviço emitida pela FUNAI, a qual informa que a parte autora
ocupou o cargo comissionado de chefe de posto indígena no período de 11/12/1992 a 10/05/1995, a qual
constitui prova plena do serviço prestado no período nela mencionado, salvo se o INSS apresentar
documentos que induzam à desconstituição desta presunção de veracidade, o que no caso não
aconteceu.
7. Recurso da parte autora parcialmente provido para determinar a revisão da RMI do benefício de
aposentadoria por idade recebido pela parte autora, mediante: (1) a averbação como especial, sob o fator
de conversão 1,4, dos períodos trabalhados como motorista de ônibus (03/12/1977 a 13/03/1978,
27/04/1978 a 26/09/1978, 17/09/1979 a 13/11/1979 e 17/12/1986 a 28/04/1987); (2) a averbação como
tempo comum do período de 01/02/2007 a 31/12/2007, trabalhado para a empresa J. RODRIGUES DOS
REIS ME; e (3) a inclusão no PBC dos salários-de-contribuição recebidos em virtude do vínculo com a
FUNAI, no período de 11/12/1992 a 10/05/1995.
8. Incabível a condenação em honorários advocatícios e custas processuais.
ACÓRDÃO
Decide a Terceira Turma Recursal, à unanimidade, DAR PARCIAL PROVIMENTO ao recurso da parte
autora, nos termos do voto do Relator.
Brasília - DF, 07/05/2019
Antonio Claudio Macedo da Silva
Juiz Federal – 3ª. Turma Recursal
Relator 1
PROCESSO Nº 0028497-19.2015.4.01.3400
RELATOR : JUIZ FEDERAL ANTONIO CLAUDIO MACEDO DA SILVA
RECORRENTE(S) : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS - INSTITUTO NACIONAL DE
SEGURO SOCIAL-INSS
ADVOGADO : - HELIO MARCIO LOPES CARNEIRODF00027907 - ADAO RONILDO ALVES E
OUTRO(S)
RECORRIDO(S) : ANTONIO ARRILTON DO NASCIMENTO - INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO
SOCIAL-INSS
ADVOGADO : DF00027907 - ADAO RONILDO ALVES E OUTRO(S) - HELIO MARCIO LOPES
CARNEIRO
221
EMENTA
PREVIDENCIÁRIO. CÔMPUTO DE ATIVIDADE ESPECIAL. AUSÊNCIA DE INTERESSE RECURSAL
DO INSS. RAZÕES DISSOCIADAS DO OBJETO DA AÇÃO. CONTRARIEDADE AO NCPC/2015, art.
1.010, incs. II e III. OFENSA AO PRINCÍPIO DA IMPUGNAÇÃO ESPECIFICADA DOS FATOS, A
INADMITIR DEFESA OU RECURSO GENÉRICOS. ENQUADRAMENTO. MECÂNICO. PRESUNÇÃO
LEGAL ATÉ 28/04/1995. CONVERSÃO DE TEMPO LABORADO DE MODO ESPECIAL. RECURSO DA
PARTE AUTORA PARCIALMENTE PROVIDO. RECURSO DO INSS NÃO CONHECIDO.
1. Recursos das partes contra sentença que julgou procedente em parte o pedido do autor de concessão
de aposentadoria por tempo de contribuição com o reconhecimento de períodos trabalhados sob
condições especiais, convertendo-os para comum.
que o formulário de Perfil Profissiográfico preenchido pelas empresas é definido pelo próprio INSS e
reserva campo próprio para indicação do profissional que assina o laudo técnico pericial.
9. Período trabalhado como mecânico na Dauto Coelho dos Santos ME de 01/09/2009 a 15/05/2015. No
caso dos autos, escorreita a sentença, tendo em vista que não merece ser reconhecido como especial
período em que o autor apresentou PPP, já que não há registro de que o mesmo foi baseado em laudo
técnico, eis que ausente a descrição do profissional habilitado responsável pelos registros ambientais.
Logo, exsurge impossível caracterizar o período trabalhado a partir de 29/04/1995 como especial, por
ausência de arrimo na prova documental.
10. Recurso da parte autora parcialmente provido apenas para determinar que o INSS averbe como
tempo especial, sob o fator de conversão 1.4, o período 21/01/1975 a 14/11/1979.
ACÓRDÃO
Decide a Terceira Turma Recursal, por unanimidade, DAR PARCIAL PROVIMENTO ao recurso da parte
autora, NÃO CONHECER do recurso do INSS, nos termos do voto do relator.
Brasília - DF, 07/05/2019
Antonio Claudio Macedo da Silva
Juiz Federal – 3ª. Turma Recursal
Relator 1
PROCESSO Nº 0075867-57.2016.4.01.3400
RELATOR : JUIZ FEDERAL ANTONIO CLAUDIO MACEDO DA SILVA
RECORRENTE(S) : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
ADVOGADO : - HELIO MARCIO LOPES CARNEIRO
RECORRIDO(S) : PATRICIA TORRES LIMA
ADVOGADO : DF00049497 - ANTONIO JOSE DE OLIVEIRA AGUIAR FILHO
EMENTA
PREVIDENCIÁRIO. BENEFÍCIO DE AMPARO ASSISTENCIAL À PESSOA PORTADORA DE
DEFICIÊNCIA. REQUISITOS LEGAIS. RENDA PROVENIENTE DE APOSENTADORIA DE IDOSA NO
VALOR DE UM SALÁRIO MÍNIMO. APLICAÇÃO ANALÓGICA DO PARÁGRAFO ÚNICO DO ART. 34 DO
ESTATUTO DO IDOSO. POSSIBILIDADE. EXCLUSÃO DE VALOR. HIPOSSUFICIÊNCIA ECONÔMICA
COMPROVADA. HIPOSSUFICIÊNCIA ECONÔMICA CARACTERIZADA. DIB NA DATA DO
AJUIZAMENTO DA AÇÃO. REQUISITOS PREENCHIDOS. JUROS E CORREÇÃO MONETÁRIA.
PRECEDENTES DO STF E STJ. RECURSO DO INSS DESPROVIDO.
1. Recurso do INSS contra sentença que julgou procedente o pedido inicial, condenando a autarquia a
implantar e pagar, em favor da parte autora, o benefício de amparo assistencial à pessoa portadora de
deficiência com DIB na data do ajuizamento da demanda (18/12/2016), devendo “as parcelas vencidas
serão acrescidas de juros de mora, a partir da citação, pelos índices oficiais de remuneração básica da
caderneta de poupança, e de correção monetária, desde quando devidas, pelo INPC, nos termos do
entendimento do STF (RE nº 870.947) e do STJ (RESP 1.495.146), sujeito ao regime previsto no art.
1.036 e seguintes do CPC/2015, c/c o art. 256-N e seguintes do RISTJ.”
2. Alega genericamente a Autarquia Previdenciária que a autora não comprovou o requisito de
miserabilidade. Alternativamente, requer que o termo inicial seja fixado na data do laudo social, e que no
tocante aos índices de correção monetária e juros de mora, requer a observância da Lei n. 11.960/2009.
3. O artigo 20, da Lei 8.742/93 e o art. 203 da Constituição Federal destacam a garantia de um salário
mínimo mensal às pessoas portadoras de deficiência e ao idoso com 65 anos ou mais, que comprovem,
em ambas as hipóteses, não possuir meios de prover a própria manutenção e nem de tê-la provida por
sua família. Portanto, extraem-se da norma os seguintes requisitos: (i) ser idoso ou pessoa com
deficiência; (ii) não poder prover ou ter provida sua manutenção.
4. No caso dos autos, a controvérsia cinge-se ao requisito de hipossuficiência econômica.
5. Condição socioeconômica precária. Aferição que não se dá unicamente pelo critério objetivo legal. A
renda mensal per capita da parte autora mesmo que seja inferior a ¼ do salário-mínimo não é capaz de
prover de forma digna a manutenção do idoso ou do portador de deficiência física (Lei 8.742/93, art. 20, §
3º). Ademais, não é o único parâmetro, pois o legislador não excluiu outras formas de verificação da
condição de miserabilidade. Precedentes do STJ, TRF1 e TNU.
223
6. Destaque-se, ainda, a decisão do STF que reconheceu a inconstitucionalidade parcial, sem pronúncia
de nulidade, do art. 20, § 3º, da Lei 8.742/93 (RE 567985, Relator(a): Min. MARCO AURÉLIO, Relator(a)
p/ Acórdão: Min. GILMAR MENDES, Tribunal Pleno, julgado em 18/04/2013, ACÓRDÃO ELETRÔNICO
DJe-194 DIVULG 02-10-2013 PUBLIC 03-10-2013).
7. Em linhas gerais, o STF entendeu que o critério legal está defasado para caracterizar a situação de
miserabilidade e concluiu que o Congresso deve aprovar uma nova norma para regulamentar o direito
PODER JUDICIÁRIO SEÇÃO JUDICIÁRIA DO DISTRITO FEDERAL
547EDEA6E4878749182D179386B3E71A TRF 1 REGIÃO/IMP.15-01-04-SJ
2
o princípio do livre convencimento motivado que permite ao magistrado a fixação da data de início do
benefício mediante a análise do conjunto probatório (Precedente: PEDILEF 05017231720094058500). [...]
Se o acervo probatório constante nos anexos é suficiente para formar a convicção do magistrado acerca
da evolução da incapacidade do(a) requerente, o fato de o perito do Juízo não explicitar a data do início
da incapacidade ou fixá-la em data posterior ao requerimento administrativo, por si só, não é determinante
224
para se fixar a data da apresentação do laudo pericial em juízo/citação como termo inicial para o
pagamento das parcelas vencidas.” (PEDILEF 05011524720074058102, JUIZ FEDERAL PAULO
RICARDO ARENA FILHO, TNU, DOU 25/05/2012.)
13. Compulsando-se os autos, verifica-se que se trata de pedido de restabelecimento de pagamento do
Benefício de Prestação Continuada, recebido desde o ano de 1999, e cessado em virtude da alteração da
renda familiar pela inclusão da aposentadoria de seu genitor. Logo, levando-se em consideração que a
cessação foi indevida, em razão do beneficio de aposentadoria não poder constituir a renda do núcleo
familiar, em verdade, a data inicial para o pagamento do benefício deveria ser na data da cessação; no
entanto, não havendo recurso da parte autora nesse sentido, reputo que a DIB deva ser mantida na data
do ajuizamento da ação.
PROCESSO Nº 0071380-78.2015.4.01.3400
RELATOR : JUIZ FEDERAL ANTONIO CLAUDIO MACEDO DA SILVA
RECORRENTE(S) : EMPRESA BRASILEIRA DE CORREIOS E TELEGRAFOS - EMPRESA
BRASILEIRA DE CORREIOS E TELEGRAFOS
ADVOGADO : DF00021315 - IARA CELIA BATISTA DE CASTRODF00023681 - CAROLINA SIMAO
ODISIO HISSA
RECORRIDO(S) : SUEZIO NAZIAZENO BEZERRA - EMPRESA BRASILEIRA DE CORREIOS E
TELEGRAFOS
ADVOGADO : DF00023681 - CAROLINA SIMAO ODISIO HISSADF00021315 - IARA CELIA BATISTA DE
CASTRO
EMENTA
RESPONSABILIDADE CIVIL. SERVIÇOS POSTAIS. ECT. EXTRAVIO DE CORRESPONDÊNCIA
CONTENDO NOTIFICAÇÃO EXTRAJUDICIAL. DANOS MATERIAIS. PERDA DE UMA CHANCE.
INOCORRÊNCIA. DANOS MORAIS CONFIGURADOS. RAZOABILIDADE DO QUANTUM
INDENIZATÓRIO. RECURSOS DESPROVIDOS.
1. Recursos das partes contra sentença que, em sede de embargos de declaração, julgou procedente em
parte o pedido de indenização a título de danos morais, no valor de R$ 2.000,00 (dois mil reais) em razão
do extravio de carta contendo notificação extrajudicial, a qual informava a iminência de processo de busca
e apreensão.
2. Requer a parte autora a condenação da ECT em danos materiais, no valor do veículo apreendido, sob
o fundamento da teoria da perda de uma chance. De outra parte, alega a ECT a inexistência do dano
moral e pugna pela diminuição do quantum indenizatório.
3. Mérito. O fornecedor de serviços responde, independentemente da existência de culpa, pela reparação
dos danos causados aos consumidores por defeitos relativos à prestação dos serviços, bem como por
informações insuficientes ou inadequadas sobre sua fruição e riscos (art. 14, do Código de Defesa do
Consumidor).
4. É pacífico na jurisprudência pátria que as empresas públicas prestadoras de serviços públicos
submetem-se ao regime de responsabilidade civil objetiva, previsto no art. 14 do CDC, de modo que a
responsabilidade civil objetiva pelo risco administrativo, prevista no art. 37, § 6º, da CF/88, é confirmada e
reforçada com a celebração de contrato de consumo, do qual emergem deveres próprios do
225
microssistema erigido pela Lei n. 8.078/90. (STJ, REsp 1210732/SC, Rel. Ministro Luis Felipe Salomão,
Quarta Turma, julgado em 02/10/2012, DJ 15/03/2013, grifos acrescidos).
5. No que concernente ao pedido de condenação em danos materiais sob o fundamento da teoria da
perda de uma chance, não merecem prosperar as alegações da parte autora. Registre-se, por oportuno,
que a doutrina enquadra a teoria da perda de uma chance em categoria de dano específico, que
considera a perda da possibilidade de se buscar posição mais vantajosa que muito provavelmente se
alcançaria, não fosse o ato ilícito praticado.
5-A. Com efeito, na linha do que definem a doutrina e a jurisprudência do STJ, para aplicação da teoria e
consequente dever de indenizar, é preciso reconhecer o nexo de causalidade entre o ato ilícito e o dano,
bem como verificar em cada caso se o resultado favorável seria razoável, ou se não passaria de mera
6. No caso dos autos, observa-se que não se faz plausível a aplicação da aludida teoria, uma vez que a
alegada perda da oportunidade de manter seu veículo, não resultou da conduta lesiva da ECT, é dizer, a
parte autora não foi privada de chance real e séria de obter uma situação futura mais favorável em razão
da ilicitude da conduta da ré, mas sim em virtude de sua inadimplência. Ora, não foi o extravio da
notificação extrajudicial que ceifou a oportunidade do autor de quitar as parcelas em atraso, [o que
poderia ter sido feito a qualquer tempo], a fim de manter a propriedade de seu veículo, tampouco se pode
dar certeza de que se a correspondência tivesse chegado à parte autora essa teria quitado as parcelas
em atraso.
7. Ademais, “A teoria da perda de uma chance não se presta a reparar danos fantasiosos, não servindo
ao acolhimento de meras expectativas, que pertencem tão somente ao campo do íntimo desejo, cuja
indenização é vedada pelo ordenamento jurídico, mas sim um dano concreto (perda de probabilidade). A
indenização será devida, quando constatada a privação real e séria de chances, quando detectado que,
sem a conduta do réu, a vítima teria obtido o resultado desejado”. (REsp 1.540.153/RS, Relator Min. Luis
Felipe Salomão, DJe de 06/06/2018.)
8. Lado outro, no tocante aos danos morais, cabe dizer que incumbe à ECT, como agente responsável
pelo exercício e pelo risco de sua atividade, o pagamento de indenização por danos morais decorrentes
de eventual falha na prestação do serviço.
9. Compulsando-se a documentação adunada aos autos com a inicial, observa-se que a correspondência
contendo a notificação extrajudicial n 4533114, referente ao aviso de iminência de processo de busca e
apreensão, foi indevidamente entregue a terceiro não autorizado e sem qualquer vínculo com o autor.
10. Destarte, não merece reparos a sentença vergastada, que assim decidiu, verbis:
“Compulsando a documentação acostada aos autos em 05/10/2017, é possível verificar que, de fato, foi
determinada a busca e apreensão do veículo Volkswagen Novo Gol Power, 2009/2009, Placa JHN8999,
através do processo 2015.03.1.003720-4.
Está também demonstrado que, antes do ajuizamento da ação de busca e apreensão, foi expedida a
notificação extrajudicial n. 4533114, para o endereço QNN 6, CJ. H CS 00009, Ceilândia Sul, endereço
equivalente ao constante no comprovante de residência do autor, apresentado às fls. 06 da
documentação inicial.
Há, também (fls. 30 da doc. registrada em 05/10/2017), certificação de que a aludida notificação foi
entregue a Maicon Silva, no dia 12/11/2014, às 11:50, pessoa que o autor afirma desconhecer.
A peça contestatória não impugna esses fatos. Logo, é de se concluir que, de fato, a notificação
extrajudicial remetida à parte autora foi entregue a pessoa diversa.
RECURSO ESPECIAL. RESPONSABILIDADE CIVIL. CARTA REGISTRADA. EXTRAVIO DE
CORRESPONDÊNCIA. DANO MORAL IN RE IPSA. CONFIGURAÇÃO. RECURSO DESPROVIDO. 1. O
extravio de correspondência registrada acarreta dano moral in re ipsa. 2. Tendo o consumidor optado por
enviar carta registrada, é dever dos Correios comprovar a entrega da correspondência,
ou a impossibilidade de fazê-lo, por meio da apresentação do aviso de recebimento ao remetente.
Afinal, quem faz essa espécie de postagem possui provável interesse no rastreamento e no efetivo
conhecimento do recebimento da carta pelo destinatário, por isso paga mais. 3. Constatada a falha na
prestação do serviço postal, é devida a reparação por dano moral. 4. Recurso especial desprovido.
EMEN:(RESP 200802221664, LUIS FELIPE SALOMÃO, STJ -QUARTA TURMA, DJE DATA:23/08/2013.)
Entendo que a entrega de correspondência a terceira pessoa, ocasionando o desconhecimento do
destinatário acerca da postagem a si endereçada, equivale ao extravio. Com efeito, para o destinatário, a
correspondência extraviou-se, vez que jamais chegou as suas mãos. PODER JUDICIÁRIO SEÇÃO
JUDICIÁRIA DO DISTRITO FEDERAL
A60F59D8768CB331D9727052316FAD4D TRF 1 REGIÃO/IMP.15-01-04-SJ
3
Nesse contexto, concluo pertinente a condenação da parte autora em danos morais, decorrentes do fato
de que a correspondência endereçada à parte autora jamais a alcançou, o que configura evidente defeito
na prestação do serviço postal. A mais disso, o extravio de uma correspondência não pode ser reputado
um ato normal e suscetível de gerar meros aborrecimentos. Ao revés, o extravio de uma correspondência,
226
por si só, configura um ato grave e suscetível de gerar um dano anormal, especial e moralmente
indenizável.”.
11. In casu, verifica-se a presença de todos os pressupostos que ensejam a responsabilidade civil
objetiva da ré, quais sejam, a conduta da ECT, causadora de danos morais em desfavor da parte autora,
o nexo causal entre a conduta e os danos causados ao particular, e, por último, a ausência de causas
excludentes de responsabilidade (força maior, caso fortuito, estado de necessidade e a culpa exclusiva da
vítima ou de terceiros).
12. Quantum indenizatório. Na espécie, o valor da indenização por danos morais fixado em primeira
instância no importe de R$ 2.000,00 (dois mil reais) encontra-se de acordo com a valoração da dor moral
compreendida por esta Corte em casos análogos [ad exemplum o RI nº 0001206-15.2013.4.01.3400,
PROCESSO Nº 0004267-05.2018.4.01.3400
RELATOR : JUIZ FEDERAL ANTONIO CLAUDIO MACEDO DA SILVA
RECORRENTE(S) : MARILENE FERREIRA DOS SANTOS
ADVOGADO : - DEFENSORIA PUBLICA DA UNIAO
RECORRIDO(S) : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
ADVOGADO :
EMENTA
PREVIDENCIÁRIO. BENEFÍCIO DE AMPARO ASSISTENCIAL AO DEFICIENTE. DEFICIÊNCIA.
INEXISTÊNCIA. CONVENÇÃO SOBRE OS DIREITOS DAS PESSOAS COM DEFICIÊNCIA.
REQUISITOS DA LEI 8.742/93 NÃO PREENCHIDOS. BENEFÍCIO INDEVIDO. RECURSO DA PARTE
AUTORA DESPROVIDO.
1. Recurso da parte autora contra sentença que julgou improcedente o pedido inicial de concessão de
benefício assistencial ao deficiente.
2. Alega a parte autora, em síntese, que houve cerceamento de defesa, eis que o magistrado a quo
indeferiu o pedido de realização de nova perícia na especialidade de neurologia. Ainda, insiste na tese de
que a parte autora é portadora de hemisparesia direita direita associada à hemisdistonia direita (CID G81/
G24), episódios depressivos (CID F 32) e faz tratamento para cefaleia com características de migrânea, o
que a impossibilita de trabalhar, pois possui movimento do lado direito do corpo reduzido, perde o
equilíbrio, deixa os objetos caírem, sintomas que são incompatíveis com a profissão habitual de diarista.
No mais, aduz, em suma, que o problema da autora é crônico, irreversível e progressivo e que os outros
laudos juntados aos autos atestam a existência da deficiência, permitindo ao juiz a concessão do
benefício, em face de seu livre convencimento. Requer, ao final, a concessão do benefício desde a
cessação administrativa ou, subsidiariamente, a aplicação do enunciado 103 do FONAJEF para
determinar a devolução dos autos ao juízo de piso, com vistas à realização de novo procedimento pericial.
3. O artigo 20, da Lei 8.742/93 e o art. 203 da Constituição Federal destacam a garantia de um salário
mínimo mensal às pessoas portadoras de deficiência e ao idoso com 65 anos ou mais que comprovem,
em ambas as hipóteses, não possuir meios de prover a própria manutenção e nem de tê-la provida por
sua família. Portanto, extraem-se da norma os seguintes requisitos: (i) ser idoso ou pessoa com
deficiência; (ii) não poder prover ou ter provida sua manutenção.
4. Na hipótese vertente, reputa-se que a hipossuficiência econômica está suficientemente comprovada
por meio do laudo pericial socioeconômico. Desse modo, a discussão limita-se à (in)existência de
deficiência.
5. Laudo médico. A perícia judicial realizada, em 07/06/2018, por médico neurologista apontou que a
autora é portadora de distonia (CID 10:G24.9), desde a infância, com sintomas discretos, intermitentes e
pouco frequentes, concluindo pela ausência de incapacidade laboral, no momento, para as atividades
habituais.
6. Adentra-se, inicialmente, na alegação de cerceamento de defesa e no pedido de realização de nova
perícia, com amparo no enunciado 103 do Fórum Nacional dos Juizados Especiais Federais. Não é
possível vislumbrar o alegado cerceamento da defesa do autor e nem mesmo necessidade de que seja
227
realizada nova perícia. O laudo médico pericial juntado aos autos não apresenta contradições, omissões
ou inconsistências capazes de invalidá-lo. Na verdade, toda a irresignação do recorrente, no particular, se
PODER JUDICIÁRIO SEÇÃO JUDICIÁRIA DO DISTRITO FEDERAL
C7FC5A0DB486DA033011A7B7DCAA1101 TRF 1 REGIÃO/IMP.15-01-04-SJ
2
resume ao mero inconformismo com a conclusão do perito oficial, o que é natural, mas insuficiente para
justificar a realização de novo laudo.
7. Ademais, é fato que, nos processos de concessão de benefício assistencial, a perícia médica atesta
meramente a existência de uma patologia, cabendo ao julgador, na análise do caso concreto, avaliar se o
PROCESSO Nº 0017737-40.2017.4.01.3400
RELATOR : JUIZ FEDERAL ANTONIO CLAUDIO MACEDO DA SILVA
RECORRENTE(S) : WALTER OLIVEIRA PAULA
ADVOGADO : DF00012490 - JOSE ALBERTO ARAUJO DE JESUS
RECORRIDO(S) : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
ADVOGADO :
EMENTA
PREVIDENCIÁRIO. AUXÍLIO-DOENÇA. PREEXISTÊNCIA DA INCAPACIDADE AO REINGRESSO NO
REGIME GERAL DA PREVIDÊNCIA SOCIAL. FILIAÇÃO SIMULADA. NÃO ATENDIMENTO AOS
REQUISITOS. BENEFÍCIO INDEVIDO. RECURSO DESPROVIDO.
1. Recurso da parte autora contra sentença que julgou improcedente o pedido de concessão de auxílio
doença e sua conversão em aposentadoria por invalidez.
2. Para a concessão dos benefícios de aposentadoria por invalidez e auxílio-doença exige-se a
concomitância dos seguintes requisitos: qualidade de segurado da Previdência Social, com o
preenchimento do período de carência de 12 (doze) contribuições mensais, salvo nas hipóteses previstas
no art. 26, II, da Lei 8.213/91, e a comprovação de incapacidade para o exercício de atividade que
garanta a subsistência, devendo essa incapacidade ser definitiva para a aposentadoria por invalidez, e
temporária, no caso do auxílio-doença.
2-A. Ademais, o benefício não será devido ao segurado que se filiar ao RGPS já portador da doença ou
lesão invocada como causa para o benefício, salvo quando a incapacidade sobrevier por motivo de
progressão ou agravamento da doença [art. 59, parágrafo único da lei 8.213/91].
3. Laudo médico (registro em 14/06/2017). De acordo com o laudo elaborado por médico
psiquiatra/fisiatra e médica do trabalho, o autor é portador de hanseníase, CID 10: B 92 o que gera uma
incapacidade de ordem permanente e total, cuja data de início não pode precisar.
4. É inequívoca, pois, a existência de incapacidade laborativa, restando apenas identificar se o autor
ostentava a condição de segurado na data de início desta incapacidade. No caso, é válido ressaltar que é
228
prescindível a comprovação do período de carência, vez que a hanseníase está entre as doenças
excetuadas desse requisito, conforme art. 151 da Lei 8.213/91.
5. Embora a patologia em questão afaste o requisito da carência, a qualidade de segurado, conforme dito
anteriormente, continua a ser um requisito indispensável, devendo o segurado efetuar ao menos uma
contribuição para a aquisição desta qualidade. Por oportuno, registre-se que esta contribuição deve ser
anterior ao início da incapacidade, sob pena de o segurado incorrer na supramencionada vedação do
parágrafo único do art. 59 da Lei 8.213/91, o qual prevê a denominada “filiação simulada”.
6. Filiação simulada. Doença preexistente ao reingresso da requerente no Regime da Previdência Social.
Com efeito, a filiação simulada consiste na filiação ao Regime Geral da Previdência Social com intuito
exclusivo de obter o benefício, fato que, uma vez admitido, desvirtuaria por completo os objetivos do
7. No caso sob análise, o autor verteu contribuições como contribuinte individual até 07/2007, tendo
passado a receber LOAS no período de 07/03/2008 a 20/04/2016. Posteriormente, retornou ao cenário da
Previdência em 01/05/2015, vertendo contribuições com o fito de readquirir a qualidade de segurado.
8. De fato, razão não assiste à parte autora. Conforme bem registrado pela sentença, o laudo pericial
atesta que o data do início da incapacidade remota a fevereiro de 2013, quando iniciou o tratamento para
hanseníase, e na referida data o Autor não tinha realizado nenhuma contribuição para o INSS. Ademais,
não estava também o autor albergado pelo período de graça, vez que sendo a última contribuição em
07/2007, esta perdurou somente até 08/2008.
9. Assim sendo, tendo requerido o benefício somente em 2016, quando já estava acometido da doença
considerada incapacitante, deflui que a doença é preexistente ao reingresso do requerente no Regime da
Previdência Social (Súmula 53 da TNU). Assim, forçoso reconhecer que a parte autora não faz jus ao
benefício previdenciário pleiteado (art. 42, § 2º, primeira parte, da Lei 8.213/91).
10. Não é supérfluo consignar que a única exceção encontra-se descrita na parte final do dispositivo
antes citado, e diz respeito às doenças de caráter progressivo, cujos efeitos maléficos vão se agravando
com o tempo, a ponto de tornar o segurado incapaz para o desempenho de atividade remunerada. No
entanto, na hipótese não restou demonstrada a situação em comento, o que torna inviável o emprego da
exceção ali prevista.
11. Forte em tudo isso, reputa-se que, de fato, houve filiação simulada/reingresso fraudulento, de modo
que o recurso da parte autora deve ser desprovido.
12. Recurso desprovido.
13. Honorários advocatícios fixados em 10% (dez por cento) do valor atribuído à causa devidamente
corrigido. Condenação suspensa [Artigo 98, § 3º do NCPC/2015].
ACÓRDÃO
Decide a 3ª Turma Recursal, à unanimidade, NEGAR PROVIMENTO ao recurso da parte autora, nos
termos do voto do Relator.
Brasília,07/05/2019.
Antonio Claudio Macedo da Silva
Juiz Federal – 3ª. Turma Recursal
Relator 1
PROCESSO Nº 0029360-72.2015.4.01.3400
RELATOR : JUIZ FEDERAL ANTONIO CLAUDIO MACEDO DA SILVA
RECORRENTE(S) : UNIAO FEDERAL
ADVOGADO : - PEDRO SERAFIM DE OLIVEIRA FILHO
RECORRIDO(S) : MARIA ELIZA MUNIZ DA SILVA DO NASCIMENTO
ADVOGADO : MG0095876A - ERALDO LACERDA JUNIOR
EMENTA
ADMINISTRATIVO. SERVIDOR PÚBLICO INATIVO. SERVIÇOS PRESTADOS NO EXTINTO DNER.
SUCESSÃO PELO DNIT. PARIDADE REMUNERATÓRIA. EXTENSÃO AOS PENSIONISTAS. PLANO
DE CARGOS E SALÁRIOS DO DNIT. PRECEDENTES DO STJ E DO STF EM RECURSO REPETITIVO
E REPERCUSSÃO GERAL. RECURSO DESPROVIDO.
1. Recurso da União contra sentença que julgou procedente o pedido para, “reconhecendo o direito da
parte autora aos benefícios e vantagens estabelecidos pelo Plano de Cargos e Salários dos servidores do
DNIT, instituído pela Lei nº 11.171/05, condenar a União a promover o respectivo reenquadramento, bem
como pagar as diferenças apuradas, observada a prescrição quinquenal”
229
2. Preliminarmente, alega a União a prescrição quinquenal. No mérito, sustenta a total improcedência dos
pedidos e requer a reforma da sentença, no tocante à correção monetária fixados sobre as parcelas
vencidas, para que sejam calculados de acordo com o disposto no art. 1º-F, da Lei n. 9.494/97.
3. Prescrição quinquenal. Ausente o interesse recursal vez que a sentença expressamente reconheceu o
referido pedido.
4. No mérito, não assiste razão à recorrente. É entendimento do Superior Tribunal de Justiça:
“O servidor aposentado do extinto DNER, ainda que passe a integrar o quadro de inativos de órgão
diverso do DNIT (neste caso, o Ministério dos Transportes), deve ter como parâmetro de seus proventos a
retribuição dos seus colegas ativos do DNIT, pois esta autarquia é que é a sucessora do DNER, não
havendo razão jurídica para justificar essa disparidade, máxime se tendo em conta que o tempo de
posicionamento no sentido de que o servidor aposentado do extinto DNER, ainda que passe a integrar o
quadro de inativos do Ministério dos Transportes, deve ter como parâmetro de seus proventos a
retribuição dos servidores ativos do DNER absorvidos pelo DNIT, pois essa autarquia é a sucessora do
DNER não havendo razão jurídica para qualquer disparidade (Informativo nº 0480/STJ, período de 1º a 12
de agosto de 2011).
7. Por fim, o Supremo Tribunal Federal, no julgamento do RE 677.730/RS, assim decidiu:
Recurso extraordinário. Repercussão geral reconhecida. 1.Administrativo. 2. Paridade. Art. 40, § 8º
(redação dada pela EC 20/1998). 3. Servidores inativos e pensionistas do extinto DNER possuem direito
aos efeitos financeiros decorrentes do enquadramento de servidores ativos no Plano Especial de Cargos
do DNIT. 4. Recurso extraordinário não provido. (RE 677730, Relator: Min. GILMAR MENDES, Tribunal
Pleno, julgado em 28/08/2014, PROCESSO ELETRÔNICO DJe-210 DIVULG 23-10-2014 PUBLIC 24-10-
2014) (negritou-se e grifou-se)
8. Destarte, diante da farta e sedimentada jurisprudência das Cortes Extraordinárias em sentido contrário
à tese da União, impõe-se o desprovimento do recurso.
9. Nenhuma razão assiste à União quanto aos juros e correção monetária. É que esta Turma Recursal,
atentando-se ao recentíssimo precedente do STJ no REsp 1.495.146/MG, entende pela aplicação do
IPCA-E como índice de correção monetária, a saber:
9-A. Correção monetária e juros de mora. Precedente do STJ em sede de Recurso Repetitivo. Eficácia
vinculante. Observância obrigatória por esta Turma Recursal. Condenação judicial da Fazenda Pública
referente a servidor público. Precedente do STJ: REsp 1.495.146/MG. As condenações judiciais
referentes a servidores e empregados públicos, sujeitam-se aos seguintes encargos: (1) até julho/2001:
juros de mora: 1% ao mês (capitalização simples); correção monetária: índices previstos no Manual de
Cálculos da Justiça Federal, com destaque para a incidência do IPCA-E a partir de janeiro/2001; (2)
agosto/2001 a junho/2009: juros de mora: 0,5% ao mês; correção monetária: IPCA-E; (3) a partir de
julho/2009: juros de mora: remuneração oficial da caderneta de poupança; correção monetária: IPCA-E.
10. Recurso da União desprovido.
11. Honorários advocatícios pelo recorrente vencido, fixados em 10% (dez por cento) do valor da
condenação, devidamente corrigido.
ACÓRDÃO
Decide a Terceira Turma Recursal, à unanimidade, NEGAR PROVIMENTO ao recurso da União, nos
termos do voto do Relator.
Brasília – DF, 07/05/2019
Antonio Claudio Macedo da Silva
Juiz Federal – 3ª. Turma Recursal
Relator 1
230
PROCESSO Nº 0012451-18.2016.4.01.3400
RELATOR : JUIZ FEDERAL ANTONIO CLAUDIO MACEDO DA SILVA
RECORRENTE(S) : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
ADVOGADO : - CLAUDIA GRAYCE LIMA DOS SANTOS
RECORRIDO(S) : APARECIDA MENEZES DA SILVA
ACÓRDÃO
Decide a Terceira Turma Recursal, à unanimidade, NEGAR PROVIMENTO ao recurso do INSS, nos
termos do voto do Relator.
Brasília – DF, 07/05/2019
Antonio Claudio Macedo da Silva
Juiz Federal – 3ª. Turma Recursal
Relator 1
PROCESSO Nº 0006891-61.2017.4.01.3400
RELATOR : JUIZ FEDERAL ANTONIO CLAUDIO MACEDO DA SILVA
RECORRENTE(S) : JOSEFA LUCINEIDE ROMUALDO DA SILVA
ADVOGADO : DF00044544 - JESILENE RODRIGUES DE LIMA MARTINS
RECORRIDO(S) : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
ADVOGADO :
EMENTA
PREVIDENCIÁRIO. AUXÍLIO-DOENÇA/APOSENTADORIA POR INVALIDEZ. EXERCÍCIO DE
ATIVIDADE REMUNERADA POR LONGO PERÍODO. INAPLICABILIDADE DO ENUNCIADO Nº 72 DA
SÚMULA DA TNU. RECURSO DESPROVIDO.
1. Recurso da parte autora contra sentença que julgou improcedente o pedido para condenar o INSS a
conceder o benefício de auxílio-doença e sua conversão em aposentadoria por invalidez em virtude de
estar a parte autora exercendo atividade laborativa.
2. Em suas razões recursais, alega a parte autora que a sentença não analisou o laudo pericial que lhe foi
favorável.
231
8. Recurso desprovido.
9. Honorários advocatícios fixados em 10% (dez por cento) do valor atribuído à causa devidamente
corrigido. Condenação suspensa [artigo 98, § 3º, do NCPC/2015].
ACÓRDÃO
Decide a Terceira Turma Recursal, por unanimidade, NEGAR PROVIMENTO ao recurso da parte autora,
nos termos do voto do Relator.
Brasília – DF, 07/05/2019
Antonio Claudio Macedo da Silva
Juiz Federal – 3ª. Turma Recursal
Relator 1
PROCESSO Nº 0017875-70.2018.4.01.3400
RELATOR : JUIZ FEDERAL ANTONIO CLAUDIO MACEDO DA SILVA
RECORRENTE(S) : MARIA SALETE AQUINO BARBOSA
ADVOGADO : DF00054598 - MICKAIL SILVA BRAGA
RECORRIDO(S) : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
ADVOGADO :
EMENTA
PREVIDENCIÁRIO. CONCESSÃO DE NOVA APOSENTADORIA NO INSS. DESAPOSENTAÇÃO.
RENÚNCIA A BENEFÍCIO PREVIDENCIÁRIO. CÔMPUTO DE CONTRIBUIÇÕES POSTERIORES.
IMPOSSIBLIDADE. PRECEDENTE DO STF. REPERCUSSÃO GERAL: RE 661256. APOSENTADORIA
DA PARTE AUTORA É ATO JURÍDICO PERFEITO, NOS TERMOS DO ART. 5º, XXXVI, DA CF/88, COM
INTANGIBILIDADE ABSOLUTA, QUE CONFERE À OPÇÃO DO AUTOR, QUANDO DO PEDIDO DE
APOSENTADORIA O CARÁTER DE ATO UNILATERAL E IRRETRATÁVEL. IMPROCEDÊNCIA DO
PEDIDO. RECURSO DO AUTOR DESPROVIDO.
1. Recurso da parte autora contra sentença que julgou improcedente o pedido de concessão de novo
benefício de aposentadoria por idade mais vantajosa, com posterior cessação da aposentadoria por
tempo de contribuição concedido originalmente ao autor pelo INSS.
2. Alega a parte autora que realizou novas contribuições por tempo superior a carência legal, vindo a
preencher os requisitos autorizadores a concessão da aposentadoria por idade, independentemente dos
recolhimentos vertidos no jubilamento anterior, tendo, assim, preenchido os requisitos independentemente
da aposentadoria antes concedida. Desta forma, requer a reforma da sentença no intuito de que o pedido
de concessão de aposentadoria por idade seja deferido.
232
3. Cumpre destacar que, em que pese a parte autora alegar que seu pedido não tem qualquer relação
com o pedido de desaposentação, tendo em vista fundamentar-se, no seu entendimento, na premissa de
"que é possível alterar a Data da Entrada do Requerimento, permitindo a inclusão do tempo de serviço,
após a aposentadoria, desde que seja para majoração da Renda Mensal Inicial - RMI", resta claro que tal
incremento teria por objeto a revisão do seu ato de aposentadoria, o que nada mais é do que um pedido
de desaposentação.
4. A questão trazida ao exame da Corte é uma repaginação de tese já rejeitada pelo Supremo Tribunal
Federal, que em julgado submetido à repercussão geral (RE 661256), no dia 26/10/2016, considerou ser
inviável a denominada desaposentação, fixando a tese no sentido de que somente lei pode criar
benefícios e vantagens previdenciárias, e, no caso, não havendo, por ora, previsão legal do direito à
ACÓRDÃO
Decide a Terceira Turma Recursal, à unanimidade, NEGAR PROVIMENTO ao recurso da parte autora,
nos termos do voto do relator.
Brasília - DF, 07/05/2019
Antonio Claudio Macedo da Silva
Juiz Federal – 3ª. Turma Recursal
Relator 1
PROCESSO Nº 0027543-02.2017.4.01.3400
RELATOR : JUIZ FEDERAL ANTONIO CLAUDIO MACEDO DA SILVA
RECORRENTE(S) : MARIA ELIANE XAVIER
ADVOGADO : DF00077777 - NPJ DA UNIVERSIDADE CATOLICA DE BRASILIA - UCB
RECORRIDO(S) : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
ADVOGADO :
EMENTA
PREVIDENCIÁRIO. AUXÍLIO-DOENÇA/APOSENTADORIA POR INVALIDEZ. INCAPACIDADE NÃO
COMPROVADA. REQUISITOS NÃO PREENCHIDOS. RECURSO DA PARTE AUTORA DESPROVIDO.
1. Recurso da parte autora contra sentença que julgou improcedente o pedido inicial, ao fundamento de
que não restou caracterizada a incapacidade.
2. Em seu recurso, a parte autora alega que, embora a perícia tenha constatado a existência de doenças,
concluiu que não existe incapacidade, sendo diametralmente oposta às conclusões dos documentos
adunados à inicial. Assim, requer a reforma da sentença para julgar procedente o pedido.
3. Para a concessão dos benefícios de aposentadoria por invalidez e auxílio-doença exige-se a
concomitância dos seguintes requisitos: qualidade de segurado da Previdência Social, com o
preenchimento do período de carência de 12 (doze) contribuições mensais, salvo nas hipóteses previstas
no art. 26, II, da Lei 8.213/91, e a comprovação de incapacidade para o exercício de atividade que
garanta a subsistência, devendo essa incapacidade ser definitiva para a aposentadoria por invalidez, e
temporária, no caso do auxílio-doença.
4. Laudos médicos (registro em 11/04/2018 e 08/09/2017). O perito especialista em ortopedia e
traumatologia concluiu que a autora é portadora de fibromialgia [CID 10 M79.7] mas que não apresenta
incapacidade. Outrossim, a perita especialista em reumatologia concluiu que a autora é portadora de dor
lombar baixa e bursite do ombro [CID M 54.5 / M 75.5] mas que não há incapacidade do ponto de vista
reumatológico.
5. Quanto ao mérito, cabe ressaltar que, analisando-se sistematicamente os laudos periciais, constata-se
que os experts entenderam que, apesar da parte autora relatar sentir dores difusas pelo corpo e lombalgia
e artralgia de ombro direito, tanto do ponto de vista ortopédico quanto do reumatológico não há
incapacidade para o labor.
6. Registre-se, por oportuno, a parte autora foi avaliada por dois peritos judiciais, plenamente capazes de
atestar as condições de saúde em que se encontra, os quais, em unanimidade, concluíram pela
capacidade laboral da Autora.
233
7. Demais disso, não merece prosperar a alegação de que o laudo pericial contraria a prova dos autos,
sobretudo porque em caso de divergências prevalece a perícia judicial, pela sua metodologia,
equidistância e natureza do munus exercido, bem como em razão do controle judicial quanto ao exercício
do contraditório e da ampla defesa, inclusive no curso da realização da perícia, quando foi oportunizado
às partes o acompanhamento por assistente técnico (Proc. 0038038-81.2012.4.01.3400, Rel. Rosimayre
Gonçalves de Carvalho, julgado em 28/04/2015). PODER JUDICIÁRIO SEÇÃO JUDICIÁRIA DO
DISTRITO FEDERAL
31941DFE85D707962BAE78CB87902D85 TRF 1 REGIÃO/IMP.15-01-04-SJ
2
PROCESSO Nº 0047607-33.2017.4.01.3400
RELATOR : JUIZ FEDERAL ANTONIO CLAUDIO MACEDO DA SILVA
RECORRENTE(S) : ROBSON BASILIO VAZ
ADVOGADO : DF0001554A - NIVALDO DANTAS DE CARVALHO E OUTRO(S)
RECORRIDO(S) : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
ADVOGADO :
EMENTA
PREVIDENCIÁRIO. CONCESSÃO DE AUXÍLIO-DOENÇA. CONVERSÃO DE AUXÍLIO-DOENÇA EM
APOSENTADORIA POR INVALIDEZ. INCAPACIDADE NÃO COMPROVADA. AUSÊNCIA DE
REQUISITOS. BENEFÍCIO INDEVIDO. RECURSO DA PARTE AUTORA DESPROVIDO.
1. Recurso da parte autora contra sentença que julgou improcedente o pedido de concessão do benefício
de auxílio-doença, bem como sua conversão em aposentadoria por invalidez, em virtude da inexistência
de incapacidade.
2. Em suma, alega a parte autora que a sentença da magistrada a quo carece de fundamentos legais e
factuais, tendo em vista que se baseou somente na perícia judicial cujo diagnóstico é em sentido oposto
aos laudos trazidos pela parte autora. Por fim, requer a procedência do pedido de restabelecimento do
benefício de auxílio-doença, bem como sua conversão em aposentadoria por invalidez.
3. Para a concessão dos benefícios de aposentadoria por invalidez e auxílio-doença exige-se a
concomitância dos seguintes requisitos: qualidade de segurado da Previdência Social, com o
preenchimento do período de carência de 12 (doze) contribuições mensais, salvo nas hipóteses previstas
no art. 26, II, da Lei 8.213/91, e a comprovação de incapacidade para o exercício de atividade que
garanta a subsistência (art. 42, §§ 1º e 2º, da Lei 8.213/91), devendo essa incapacidade ser definitiva,
para a aposentadoria por invalidez, e temporária, no caso do auxílio-doença.
4. Laudo médico. Ausência de incapacidade. O laudo registrado em 26/02/2018, realizado por médico do
trabalho especialista em ortopedia e traumatologia, aponta que o autor é portador de lesão meniscal
degenerativa no joelho esquerdo (CID M23.2), entretanto informa que a parte autora não apresenta
incapacidade laborativa.
5. Havendo divergências entre a perícia médica realizada e os laudos médicos trazidos pela parte autora
para fundamentar o pedido, caberá ao juiz aferir a idoneidade e a instrumentalidade do laudo como meio
de se solucionar a lide (art. 480, CPC/2015). Acrescente-se que, nas demandas judiciais em que se busca
a concessão de benefício por incapacidade, o julgador, via de regra, ampara a sua decisão na conclusão
da perícia judicial, quando inexistirem, nos autos, outros elementos de prova que possam permitir ao
magistrado a formação de um juízo de valor crítico, para, convictamente, reconhecer ou não o direito
pleiteado.
234
5-A. Nesse sentido, a parte autora assume o papel de apresentar prova robusta do fato constitutivo do
seu direito (art. 373, CPC/2015) capaz de ilidir as conclusões da perícia judicial, o que não é possível
vislumbrar na hipótese dos autos. Veja-se que, a presença de doença não pode ser entendida como
sinônimo de incapacidade permanente, sendo possível que primeira persista sem que haja incapacidade.
Assim, em que pese a parte autora ter lançado aos autos relatórios médicos elaborados por médico
ortopedista da rede particular, nenhum deles atesta a incapacidade laboral permanente. PODER
JUDICIÁRIO SEÇÃO JUDICIÁRIA DO DISTRITO FEDERAL
A469458C4919793195333A16A89B81F1 TRF 1 REGIÃO/IMP.15-01-04-SJ
2
PROCESSO Nº 0039288-42.2018.4.01.3400
RELATOR : JUIZ FEDERAL ANTONIO CLAUDIO MACEDO DA SILVA
RECORRENTE(S) : LUCIA DE FATIMA MACHADO ARAUJO
ADVOGADO : DF00003467 - ABRAHAO RAMOS DA SILVA E OUTRO(S)
RECORRIDO(S) : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
ADVOGADO :
EMENTA
PROCESSUAL CIVIL. COISA JULGADA. ART. 337, § 2º e 4º DO NCPC/2015. INOCORRÊNCIA.
APLICAÇÃO DA TEORIA DA CAUSA MADURA. AUSÊNCIA DE PRÉVIO REQUERIMENTO
ADMINISTRATIVO. RE Nº 631240. PROCESSO EXTINTO SEM RESOLUÇÃO DO MÉRITO. RECURSO
DESPROVIDO POR FUNDAMENTO DIVERSO.
1. Recurso da parte autora contra sentença que extinguiu o feito sem resolução de mérito, ante o
reconhecimento da coisa julgada.
2. Trata-se de ação em que o autor requer a concessão do benefício de amparo assistencial à pessoa
portadora de deficiência.
3. De acordo com o art. 337, § 1º, 2º, 3º e 4º do NCPC/2015, verifica-se a litispendência ou coisa julgada,
quando se reproduz ação anteriormente ajuizada, exigindo-se, portanto, identidade de partes, causa de
pedir e pedido (art. 337, §2º, do citado diploma legal).
4. Coisa julgada. Inocorrência. Ausência de identidade de pedidos entre as ações. Com razão o autor,
não se resta demonstrada a alegação de que houve coisa julgada. No processo nº 0033247-
30.2016.4.01.3400, que tramitou na 25ª Vara Federal desta Seção Judiciária, trata-se de pedido de
concessão de benefício de aposentadoria por invalidez, o qual restou julgada improcedente, com trânsito
em julgado em 03/04/2018. Destarte, não cabe a extinção do processo sem resolução do mérito em razão
da coisa julgada pela ausência de identidade de pedidos entre as ações.
5. Em obséquio à instrumentalidade do processo, impõe-se a aplicação, na hipótese, da teoria da causa
madura. (CPC/2015, art. 1.013, § 3º, I ).
6. Trata-se de pedido de concessão de benefício de amparo assistencial à pessoa portadora de
deficiência, entretanto, em consulta ao CNIS, não foi localizado requerimento administrativo em nome da
autora para a concessão do benefício de amparo social, mas tão somente de auxílio-doença.
7. Decisão do Supremo Tribunal Federal no RE n° 631240, com repercussão geral reconhecida, fixou o
entendimento de que a exigência do prévio requerimento administrativo não fere a garantida de livre
235
acesso ao Judiciário, previsto no art. 5º, inciso XXXV, da Carta Magna, pois sem pedido administrativo
anterior, não resta caracterizada a lesão ou ameaça de direito, inexistindo lide, é dizer, um conflito de
interesses qualificado por uma pretensão resistida no clássico conceito de Francisco Carnelutti.
7-A. Nos termos da decisão do STF, o pedido de concessão de benefício previdenciário deve ser
enfrentado na seara administrativa, sob pena de abrir-se ensanchas à burla da necessidade de prévio
requerimento administrativo. Admitir-se a tese propugnada no recurso é subtrair o direito da Autarquia
Previdenciária de exercer a sua competência de apreciar originariamente os pedidos relativos ao Regime
Geral da Previdência Social.
8. Ante o exposto, entendo por descabida, na hipótese sub examine, a procedência do pedido, por
ausência de comprovação do indeferimento do requerimento administrativo. PODER JUDICIÁRIO SEÇÃO
9. Recurso da parte autora desprovido por fundamento diverso. Processo extinto sem resolução do mérito
(art. 485, VI, do NCPC).
10. Honorários advocatícios fixados em 10% (dez por cento) do valor atribuído à causa devidamente
corrigido. Gratuidade de justiça deferida. Condenação suspensa [art. 98, § 3º, do CPC/2015].
ACÓRDÃO
Decide a Terceira Turma Recursal, à unanimidade, NEGAR PROVIMENTO ao recurso da parte autora,
nos termos do voto do Relator.
Brasília – DF, 07/05/2019
Antonio Claudio Macedo da Silva
Juiz Federal – 3ª. Turma Recursal
Relator 1
PROCESSO Nº 0014364-64.2018.4.01.3400
RELATOR : JUIZ FEDERAL ANTONIO CLAUDIO MACEDO DA SILVA
RECORRENTE(S) : EMPRESA BRASILEIRA DE CORREIOS E TELEGRAFOS ECT
ADVOGADO : DF00031378 - NATALIA GUERREIRO LASNEAUX
RECORRIDO(S) : ANA MARIA HERNANDEZ MORATO
ADVOGADO : DF00041877 - CAROLINE FLORIANI BRUHN E OUTRO(S)
EMENTA
RESPONSABILIDADE CIVIL. ECT. NÃO ENTREGA DE CORRESPONDÊNCIA. DOCUMENTO DE “FÉ
DE VIDA E ESTADO DE VIUVEZ” EXIGIDO PARA CONTINUIDADE DE PAGAMENTO DE BENEFÍCIO
DE PENSÃO POR MORTE. FALHA NA PRESTAÇÃO DO SERVIÇO CARACTERIZADA. QUANTUM
INDENIZATÓRIO. RAZOABILIDADE DO VALOR FIXADO. RECURSO DESPROVIDO.
1. Recurso da ECT contra sentença que julgou procedente o pedido de indenização a título de danos
materiais, no valor de R$ 298,30 (duzentos e noventa e oito reais e trinta centavos) e morais, no valor de
R$ 5.000,00 (cinco mil reais) em razão da não entrega de correspondência endereçada ao governo
espanhol, necessária para a continuidade de pagamento do benefício de pensão por morte.
2. Alega a CEF a impossibilidade de condenação por danos morais por mero dissabor e pugna pela
diminuição do valor arbitrado a título de danos morais.
3. O fornecedor de serviços responde, independentemente da existência de culpa, pela reparação dos
danos causados aos consumidores por defeitos relativos à prestação dos serviços, bem como por
informações insuficientes ou inadequadas sobre sua fruição e riscos (art. 14, do Código de Defesa do
Consumidor), sendo pacífico na jurisprudência pátria que as empresas públicas prestadoras de serviços
públicos submetem-se ao regime de responsabilidade civil objetiva, previsto no art. 14 do CDC, de modo
que a responsabilidade civil objetiva pelo risco administrativo, prevista no art. 37, § 6º, da CF/88, é
confirmada e reforçada com a celebração de contrato de consumo, do qual emergem deveres próprios do
microssistema erigido pela Lei n. 8.078/90. (STJ, REsp 1210732/SC, Rel. Ministro Luis Felipe Salomão,
Quarta Turma, julgado em 02/10/2012, DJ 15/03/2013).
4. Do quanto dos autos se liquida, observa-se que , a parte autora postou, em 07/02/2018, com destino à
Espanha, por meio de carta registrada internacional (RR050159007BR), documento intitulado “Fé de Vida
e Estado de Viuvez”, exigido pelo governo daquele país para continuidade dos pagamentos do benefício
de pensão por morte em seu favor, tendo como data limite para entrega o dia 28/02/2018. Contudo, a
referida correspondência não foi entregue ao destinatário no exterior e somente foi devolvida para a parte
autora em 23/02/2018, momento em que restavam somente três dias úteis para a data final da entrega do
documento postado.
236
5. A falha na prestação do serviço pela ECT, ante a não entrega do documento em testilha e a demora de
sua devolução à autora, colocando em risco a manutenção do benefício previdenciário por ela percebido,
gerou angústia para a parte autora que supera em muito o mero dissabor.
6. Ademais, o temor de perder sua renda fixa a que foi submetida a autora substancia ofensa à honra e à
dignidade que supera o mero aborrecimento, mormente por se tratar de pessoa idosa [com mais de 80
anos], portadora de quadro de hipertensão arterial. PODER JUDICIÁRIO SEÇÃO JUDICIÁRIA DO
DISTRITO FEDERAL
83561CB06314ABBA0224336429A2067B TRF 1 REGIÃO/IMP.15-01-04-SJ
2
PROCESSO Nº 0003294-50.2018.4.01.3400
RELATOR : JUIZ FEDERAL ANTONIO CLAUDIO MACEDO DA SILVA
RECORRENTE(S) : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
ADVOGADO : - HELIO MARCIO LOPES CARNEIRO
RECORRIDO(S) : WOUWERMAN CAVALCANTE VERA DINIZ
ADVOGADO : DF00027024 - SERGIO RODRIGUES MARINHO FILHO
EMENTA
PREVIDENCIÁRIO. APOSENTADORIA POR TEMPO DE CONTRIBUIÇÃO. TEMPO ESPECIAL.
VIGILANTE. EQUIPARAÇÃO À GUARDA. DECRETO 53.831/64. DECLARAÇÃO DO SINDICATO NÃO
TEM CARÁTER TÉCNICO SUFICIENTE PARA COMPROVAR A PERICULOSIDADE DO LABOR.
RECURSO DO INSS PARCIALMENTE PROVIDO.
1. Recurso do INSS contra sentença que julgou procedente em parte o pedido para reconhecer a
especialidade do labor prestado pela parte autora, como vigilante, às empresas EMPRESA SEGURANÇA
LTDA (de 19/02/1989 a 28/04/1995) e BRASÍLIA EMPRESA DE SEGURANÇA LTDA (de 06/10/2000 a
26/12/2016), bem como determinou que o INSS implante em favor da parte autora aposentadoria por
tempo de contribuição, com proventos integrais, desde 05/04/2017.
2. Alega genericamente o INSS que a parte autora não preenche os requisitos para a concessão do
benefício. Alternativamente, pleiteia a alteração dos juros e correção monetária, para que sejam
calculados conforme o disposto no art. 1º F, da Lei 9.494/97.
3. Na verificação de tempo de serviço especial, em decorrência de exposição a agentes prejudiciais a
saúde, há de se observar a legislação vigente à época da aquisição do direito, conforme pacífica
orientação jurisprudencial.
3-A. Quanto aos meios de prova, tem-se que: (1) até 28.04.1995, bastava, para fins de reconhecimento
do tempo de serviço especial, que a atividade profissional fosse elencada nos decretos previdenciários
regulamentares (Decreto 53.831, de 25/3/64, e Decreto 83.080, de 24/1/79) ou a exposição aos agentes
nocivos relacionados no Código 1.0.0 do Quadro Anexo ao Decreto 53.831/64 e no Anexo I do Decreto
83.080/79; (2) de 29.04.1995 a 05.03.1997, a lei torna necessária a comprovação da efetiva submissão
aos agentes perniciosos, por intermédio dos formulários SB-40 e DSS-8030 ou PPP (Perfil
Profissiográfico Previdenciário) referente à categoria profissional; e, (3) a partir de 06.03.1997, o sistema
legal exige a exposição aos agentes nocivos relacionados nos Decretos 2.172/97 e 3.048/99, com
alterações pelo Decreto 8.123/13, que devem ser comprovados mediante laudo técnico específico.
4. Vigilante. Comprovação do uso de arma de fogo. O uso de arma de fogo, no exercício da função de
vigilante, configura atividade perigosa, garantindo ao segurado que trabalha sob tais condições o direito à
conversão do tempo de serviço especial em comum, conforme item 2.5.7 do Quadro Anexo ao Decreto
53.831/64.
237
4-A. Dispõe o Enunciado nº 26 da Turma Nacional de Uniformização de Jurisprudência – TNU que: "A
atividade de vigilante enquadra-se como especial, equiparando-se à de guarda, elencada no item 2.5.7.
do Anexo III do Decreto n. 53.831/64".
4-B. Período posterior ao Decreto 2.172/97. Exigência de PPP baseado em laudo técnico. A TNU, na
análise do PEDILEF 5007749-73.2011.4.04.7105, julgado em 11.09.2015, firmou a tese de que é possível
o reconhecimento de tempo especial prestado com exposição a agente nocivo periculosidade, na
atividade PODER JUDICIÁRIO SEÇÃO JUDICIÁRIA DO DISTRITO FEDERAL
FF93B4E12D78127319A3C2489CEAFD0E TRF 1 REGIÃO/IMP.15-01-04-SJ
2
8-A Correção monetária e juros de mora. Precedente do STJ em sede de Recurso Repetitivo. Eficácia
vinculante. Observância obrigatória por esta Turma Recursal. Correção monetária e juros de mora.
Condenação judicial da Fazenda Pública referente A DÉBITOS PREVIDENCIÁRIOS, EXCETO
BENEFÍCIOS ASSISTENCIAIS. Precedente do STJ: REsp 1.495.146/MG. As condenações judiciais da
Fazenda Pública de natureza previdenciária, EXCETO OS BENEFÍCIOS ASSISTENCIAIS, sujeitam-se (1)
à incidência do INPC, para fins de correção monetária, no que se refere ao período posterior à vigência
da Lei 11.430/2006, que incluiu o art. 41-A na Lei 8.213/91; e (2) quanto aos juros de mora, incidem
segundo a remuneração oficial da caderneta de poupança (art. 1º-F da Lei 9.494/97, com redação dada
pela Lei n. 11.960/2009).
9. Registre-se que, mesmo considerando como comum o período de 19/02/1989 a 28/04/1995, a parte
PROCESSO Nº 0021621-77.2017.4.01.3400
RELATOR : JUIZ FEDERAL ANTONIO CLAUDIO MACEDO DA SILVA
RECORRENTE(S) : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
ADVOGADO : - RAFAELA DUTRA DE OLIVEIRA
RECORRIDO(S) : ATAIDE BEZERRA DOS SANTOS JUNIOR
ADVOGADO : DF00040424 - BARTOLOMEU SILVA FIGUEIREDO
EMENTA
PREVIDENCIÁRIO. AUXÍLIO-DOENÇA. DIB. REABILITAÇÃO. PRECEDENTE DA TURMA REGIONAL
DE UNIFORMIZAÇÃO DA 4ª REGIÃO. RECURSO DO INSS PARCIALMENTE PROVIDO.
1. Recurso do INSS contra sentença que julgou parcialmente procedente o pedido inicial, condenando a
Autarquia a implantar e pagar, em favor da parte autora, o benefício de auxílio-doença, com DIB na data
do ajuizamento da ação [06/05/2017] e DCB condicionada à reabilitação do segurado.
2. Nada a prover quanto à petição do autor registrada em 27/03/2019, tendo em vista que a hipótese não
enseja o acionamento da jurisdição desta Colenda Turma Recursal, pois a efetivação e execução do
julgado são da competência do Juízo de Primeiro Grau, vis-à-vis o efeito substitutivo da decisão do órgão
revisor em face da decisão do órgão a quo, logo, deve dirigir seu requerimento a parte ao juízo
competente.
3. Alega o INSS a inexistência de incapacidade, bem como a impossibilidade de condicionar a cessação
do benefício à reabilitação, bem como requer a fixação da DIB na data da citação. Ademais, insurge-se
contra a correção monetária, pugnando pela aplicação do art. 1º-F da Lei 9.494/97.
4. Laudo médico (registro em 09/10/2017). O perito especialista em ortopedia e medicina do trabalho
concluiu que o autor é portador de déficit parcial de marcha por encurtamento de membro inferior e déficit
parcial do sistema extensor do joelho à esquerda por sequela de politraumatismo antigo [CID T93.1,
T93.2] em uso de bengala em “T”, [vítima de colisão de motocicleta], que o incapacitam parcial e
definitivamente para sua atividade declarada [motorista]. Aduz o perito que a incapacidade é passível de
recuperação em outra função que não exija as seguintes sobrecargas biomecânicas: postura de pé
prolongada; marcha prolongada; levantamento ou carregamento manual de peso; utilização de pedais;
subir e descer escadas; postura prolongada em agachamento e direção profissional de veículos ou
motocicletas.
4-A. Quanto ao laudo, registre-se que o perito considerou relevante, para fins de subsídio à decisão a ser
proferida pelo magistrado, consignar expressamente que: “Apresenta incapacidade laborativa para a sua
função declarada (Motorista) por se tratar de sequelas que limitam as suas atividades laborais, por reduzir
o seu potencial laborativo em decorrência de dor articular e impotência funcional aos esforços e, que
podem predispor ao agravamento, se mantidas as sobrecargas da sua função declarada.”.
5. Diante das conclusões da perícia judicial, não merece a pretensão do INSS prosperar neste ponto, vez
que o fato da parte autora ter renovado sua CNH em nada altera o quadro de incapacidade atestado na
perícia, é dizer, o perito expressamente consignou que a incapacidade impede o exercício da atividade de
motorista, o que não significa que o Autor não pode, eventualmente, conduzir veículo de passeio.
Outrossim, o que está em discussão é a possibilidade de todos os dias, durante o período em que se
encontrar à disposição do empregador, conduzir veículo, o que no caso dos autos, conforme atestado
pelo perito, restou a parte autora incapacitada de fazer, sendo devido, portanto, o benefício de auxílio-
239
6. DIB. No caso dos autos, é crível concluir que houve continuidade da incapacidade mesmo após a
cessação administrativa. Isso porque, no caso, o autor recebeu auxílio doença entre 03/11/2011 e
20/10/2016 em razão das mesmas patologias. Outrossim, a perícia do Juízo revela que, mesmo após a
referida data, não houve cessação da incapacidade, muito embora a parte autora tenha continuado
regularmente o seu tratamento na Rede Sarah.
Portanto, tenho que, estando comprovado que a incapacidade do segurado para a sua atividade habitual
é permanente, o INSS está legalmente obrigado a manter o pagamento do benefício de auxílio-doença
até que seja promovido e concluído o processo de reabilitação profissional.
É certo que a submissão a processo de reabilitação profissional depende de análise da viabilidade setor
técnico do INSS. Não obstante, se a reabilitação profissional não for possível, a própria lei aponta a
solução, ou seja, deve ser concedida a aposentadoria por invalidez.
Por outro lado, o segurado também está obrigado a se submeter ao processo de reabilitação profissional,
sob pena de suspensão do benefício (art. 77 do Decreto 3048/99).
A alegação do INSS de que o benefício por incapacidade pode ser cessado a qualquer tempo desde que
revertida a situação de incapacidade não entra em contradição com a hipótese dos autos. Ora, em
princípio, se há prova de que a incapacidade parcial é definitiva, o segurado tem direito à reabilitação e,
240
12. Correção monetária e juros de mora. Precedente do STJ em sede de Recurso Repetitivo. Eficácia
vinculante. Observância obrigatória por esta Turma Recursal. Condenação judicial da Fazenda Pública
referente A DÉBITOS PREVIDENCIÁRIOS, EXCETO BENEFÍCIOS ASSISTENCIAIS. Precedente do
STJ: REsp 1.495.146/MG. As condenações judiciais da Fazenda Pública de natureza previdenciária,
EXCETO OS BENEFÍCIOS ASSISTENCIAIS, sujeitam-se (1) à incidência do INPC, para fins de correção
monetária, no que se refere ao período posterior à vigência da Lei 11.430/2006, que incluiu o art. 41-A na
Lei 8.213/91; e (2) quanto aos juros de mora, incidem segundo a remuneração oficial da caderneta de
poupança (art. 1º-F da Lei 9.494/97, com redação dada pela Lei n. 11.960/2009).
13. Recurso do INSS parcialmente provido.
14. Incabível a condenação em honorários advocatícios e custas processuais.
ACÓRDÃO
Decide a Terceira Turma Recursal, por unanimidade, DAR PARCIAL PROVIMENTO ao recurso do INSS,
nos termos do voto do Relator.
Brasília-DF, 07/05/2019.
Antonio Claudio Macedo da Silva
Juiz Federal – 3ª. Turma Recursal
Relator 1
PROCESSO Nº 0009612-49.2018.4.01.3400
241
reconhecimento de tempo especial prestado com exposição a agente nocivo periculosidade, na atividade
de vigilante, em data posterior a 05/03/1997, desde que laudo técnico (ou elemento material equivalente)
comprove a permanente exposição à atividade nociva.
5-C. Condições de trabalho ensejadoras da aposentadoria especial devem ser aferidas à luz do conjunto
probatório. Tendo em vista a jurisprudência mais recente do STJ e TNU (AGRESP 201201402375 e
PEDILEF 50012383420124047102), depreende-se que as condições de trabalho ensejadoras da
aposentadoria especial devem ser aferidas à luz do conjunto probatório. Assim, é possível o
reconhecimento de tempo especial após 05/03/1997, ainda que inexistente nos autos laudo pericial,
desde que o Perfil Profissiográfico Previdenciário contenha referência ao laudo técnico e ao profissional
que o subscreveu no campo apropriado daquele formulário. Nesse mesmo diapasão, a TNU reconhece
que “mais importante que qualificar doutrinariamente um agente como sendo catalisador de insalubridade,
periculosidade ou penosidade, muito mais importante para fins de aplicação das novéis disposições da
Lei no. 9.528/97 é saber se um agente nocivo/prejudicial (qualificação que, por sinal, pode muito bem ser
interpretada como aglutinadora de formas de periculosidade) é capaz de deteriorar/expor a
saúde/integridade física do trabalhador.” (PEDILEF 50012383420124047102, JUIZ FEDERAL BRUNO
LEONARDO CÂMARA CARRÁ, TNU, DOU 26/09/2014 PÁG. 152/227.)
5-D. Cabe ao INSS, se entender pertinente, fiscalizar a empresa que emitiu o PPP para aferir a correção
das referências nele constantes ao laudo técnico pericial, cuja cópia não é obrigação do trabalhador juntar
aos autos, visto que o PPP presume-se veraz, até prova em contrário, se regularmente emitido pela
empresa e dele não constar qualquer tipo de rasura ou contradição interna. Registre-se, por oportuno,
que o formulário de Perfil Profissiográfico preenchido pelas empresas é definido pelo próprio INSS e
reserva campo próprio para indicação do profissional que assina o laudo técnico pericial.
242
ACÓRDÃO
Decide a Terceira Turma Recursal, por unanimidade, NEGAR PROVIMENTO ao recurso do INSS, nos
termos do voto do Relator.
Brasília-DF, 07/05/2019
Antonio Claudio Macedo da Silva
Juiz Federal – 3ª. Turma Recursal
Relator 1
PROCESSO Nº 0012024-50.2018.4.01.3400
RELATOR : JUIZ FEDERAL ANTONIO CLAUDIO MACEDO DA SILVA
RECORRENTE(S) : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
ADVOGADO : BA00025699 - CLAUDIA GRAYCE LIMA DOS SANTOS
RECORRIDO(S) : GILSON LUIZ DE SOUZA
ADVOGADO : DF00010951 - MARCIA HELENA DE SA
EMENTA
PREVIDENCIÁRIO. APOSENTADORIA ESPECIAL. VIGILANTE. EQUIPARAÇÃO A GUARDA.
DECRETO 53.831/64. SÚMULA 26 DA TNU. PERÍODO POSTERIOR AO DECRETO 2.172/97.
EXIGÊNCIA DE PPP BASEADO EM LAUDO TÉCNICO. REQUISITOS ATENDIDOS. RECURSO
DESPROVIDO.
1. Recurso do INSS contra sentença que julgou procedente o pedido para condenar o INSS, nos
seguintes termos:
(a) a implantar o benefício de aposentadoria especial em favor do Autor, mediante reconhecimento e
averbação do labor especial no período: 05/01/1989 a 19/12/1989, 08/11/1989 a 07/03/1996 e 11/08/1997
a 26/06/2017, com início do benefício (DIB) na data do requerimento administrativo (26/06/2017) nos
termos da fundamentação supra;
(b) Também condeno o INSS na obrigação de pagar as parcelas retroativas compreendidas entre a DIB
(26/06/2017) e a efetiva implantação do benefício.
O montante apurado deverá ser corrigido de acordo com as diretrizes estabelecidas pelo Manual de
Cálculos da Justiça Federal, o qual reflete o entendimento adotado pelo Supremo Tribunal Federal no
julgamento do RE nº 870.947/SE e pelo Superior Tribunal de Justiça no julgamento do REsp nº
1.495.146/MG.
2. Alega genericamente o INSS que não deve ser reconhecido o labor especial referente ao período
posterior a 05/03/1997, por ausência de previsão legal. Alternativamente, pleiteia a alteração dos juros e
correção monetária, para que sejam calculados conforme o disposto no art. 1º F, da Lei 9.494/97.
3. Na verificação de tempo de serviço especial, em decorrência de exposição a agentes prejudiciais a
saúde, há de se observar a legislação vigente à época da aquisição do direito, conforme pacífica
orientação jurisprudencial.
4. Quanto aos meios de prova, tem-se que a partir de 06.03.1997, o sistema legal exige a exposição aos
agentes nocivos relacionados nos Decretos 2.172/97 e 3.048/99, com alterações pelo Decreto 8.123/13,
que devem ser comprovados mediante laudo técnico específico.
5. Vigilante.Comprovação do uso de arma de fogo. O uso de arma de fogo, no exercício da função de
vigilante, configura atividade perigosa, garantindo ao segurado que trabalha sob tais condições o direito à
243
conversão do tempo de serviço especial em comum, conforme item 2.5.7 do Quadro Anexo ao Decreto
53.831/64.
5-A. Dispõe o Enunciado nº 26 da Turma Nacional de Uniformização de Jurisprudência – TNU que: "A
atividade de vigilante enquadra-se como especial, equiparando-se à de guarda, elencada no item 2.5.7.
do Anexo III do Decreto n. 53.831/64".
5-B. Período posterior ao Decreto 2.172/97. Exigência de PPP baseado em laudo técnico. A TNU, na
PODER JUDICIÁRIO SEÇÃO JUDICIÁRIA DO DISTRITO FEDERAL
4B3EB913E7B89CD2F07D8C00A5898253 TRF 1 REGIÃO/IMP.15-01-04-SJ
2
9. Honorários advocatícios pelo INSS, fixados em 10% (dez por cento) do valor da condenação,
devidamente corrigido, excluídas as parcelas vencidas após a prolação da sentença (Súmula nº 111/STJ).
ACÓRDÃO
Decide a Terceira Turma Recursal, por unanimidade, NEGAR PROVIMENTO ao recurso do INSS, nos
termos do voto do Relator.
Brasília-DF, 07/05/2019
Antonio Claudio Macedo da Silva
Juiz Federal – 3ª. Turma Recursal
Relator 1
244
PROCESSO Nº 0037012-72.2017.4.01.3400
RELATOR : JUIZ FEDERAL ANTONIO CLAUDIO MACEDO DA SILVA
RECORRENTE(S) : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
ADVOGADO : GO00020413 - DAESCIO LOURENCO BERNARDES DE OLIVEIRA
PROCESSO Nº 0045831-95.2017.4.01.3400
245
7. Ainda, não merece prosperar a alegação de que o laudo pericial contraria a prova dos autos, sobretudo
porque em caso de divergências prevalece a perícia judicial, pela sua metodologia, equidistância e
natureza do munus exercido, bem como em razão do controle judicial quanto ao exercício do contraditório
e da ampla defesa, inclusive no curso da realização da perícia, quando foi oportunizado às partes o
acompanhamento por assistente técnico (Proc. 0038038-81.2012.4.01.3400, Rel. Rosimayre Gonçalves
de Carvalho, julgado em 28/04/2015).
8. Importante relembrar, ainda, que o fato de o laudo médico relacionar a existência de patologia não
enseja o reconhecimento de benefício, haja vista que o conceito de incapacidade não se confunde com o
de doença, sendo certo que somente aquele é apto a gerar direito aos benefícios por incapacidade.
9. No mais, quanto ao mérito, sobreleva pontuar que esta Turma Recursal possui entendimento de que,
em caso de divergência entre os laudos que sustentam as alegações da parte e a perícia judicial, esta, via
de regra, deve prevalecer, “pela higidez de sua metodologia, equidistância e natureza do munusexercido,
bem como em razão do controle judicial quanto ao exercício do contraditório e da ampla defesa, inclusive
no curso da realização da perícia, quando foi oportunizado às partes o acompanhamento por assistente
técnico” [cf. Precedente da TR3:RI 0038038-81.2012.4.01.3400, Rel. Juíza Rosimayre Gonçalves de
Carvalho, Terceira Turma Recursal, julgado em 28/04/2015].
10. Assim, diante das conclusões da perícia judicial, não restam dúvidas de que a parte autora está capaz
para o exercício de atividade laborativa, razão pela qual a manutenção da sentença é medida que se
impõe.
11. Recurso da parte autora desprovido.
12. Honorários advocatícios fixados em 10% (dez por cento) do valor atribuído à causa devidamente
corrigido. Condenação suspensa [Artigo 98, § 3º, do NCPC/2015].
ACÓRDÃO
246
Decide a Terceira Turma Recursal, por unanimidade, NEGAR PROVIMENTO ao recurso da parte autora,
nos termos do voto do Relator.
Brasília – DF, 07/05/2019
Antonio Claudio Macedo da Silva
Juiz Federal – 3ª. Turma Recursal
Relator 1
PROCESSO Nº 0024874-73.2017.4.01.3400
RELATOR : JUIZ FEDERAL ANTONIO CLAUDIO MACEDO DA SILVA
RECORRENTE(S) : FRANCISCO LIBERATO DE LIMA
ADVOGADO : DF00025089 - GILBERTO SIEBRA MONTEIRO
RECORRIDO(S) : UNIAO FEDERAL (FAZENDA NACIONAL)
ADVOGADO : - CELIA FERREIRA TAVARES DE LYRA
EMENTA
TRIBUTÁRIO. CONTRIBUIÇÃO PREVIDENCIÁRIA. INCIDÊNCIA SOBRE GRATIFICAÇÃO DE
DESEMPENHO DA CARREIRA DA PREVIDÊNCIA, DA SAÚDE E DO TRABALHO – GACEN.
AUSÊNCIA DE PARCELAS NÃO INCORPORÁVEIS AOS PROVENTOS DE APOSENTADORIA. LEI N°
13.324/2016. RECURSO DESPROVIDO.
1. Recurso da parte autora contra a sentença de improcedência do pedido de declaração de
inexigibilidade da contribuição para o PSS sobre os valores da GACEN, bem como de repetição de
indébito dos valores recolhidos, observada a prescrição quinquenal.
2. A gratificação de desempenho recebida pela parte autora – GACEN é devida aos servidores ocupantes
dos cargos de agente auxiliar de saúde pública, agente de saúde e guarda de endemias, do Quadro de
Pessoal da Saúde ou do Quadro de Pessoal da FUNASA, (art. 54 da Lei n° 11.784/2008), em razão da
atividade desempenhada e do local de trabalho.
3. Registre-se que o STF tem reiterado o entendimento no sentido de que “o regime contributivo é, por
essência, um regime de caráter eminentemente retributivo", pelo que "... deve haver, necessariamente,
correlação entre custo e benefício”. (ADIN MC nº. 2.010/DF).
4. Dessa forma, somente as parcelas incorporáveis ao salário do servidor sofrem a incidência da
contribuição previdenciária. Precedentes: RE 589441 AgR / MG - MINAS GERAIS , Relator: Min. EROS
GRAU, Julgamento: 09/12/2008; AI 744610 AgR, JULG-26-05-2009, UF-MG TURMA-02, MIN-EROS
GRAU, DJe-113 DIVULG 18-06-2009 PUBLIC 19-06-2009; RE 595433 AgR, JULG-03-03-2009, UF-MG
TURMA-02, MIN-EROS GRAU, DJe-059 DIVULG 26-03-2009 PUBLIC 27-03-2009.
5. Com o advento da Lei n° 13.324, de 29 de julho de 2016, que acrescentou novas regras para a
incorporação das gratificações de que trata a Lei n° 11.355, de 19 de outubro de 2006, o servidor ativo,
aposentado e o pensionista, poderão incorporar 100% (cem por cento) dos pontos da referida gratificação
aos proventos de aposentadoria ou pensão. In verbis:
Art. 88. Os servidores de que trata o art. 87 podem optar, em caráter irretratável, pela incorporação de
gratificações de desempenho aos proventos de aposentadoria ou de pensão, nos seguintes termos:
I - a partir de 1o de janeiro de 2017: 67% (sessenta e sete por cento) do valor referente à média dos
pontos da gratificação de desempenho recebidos nos últimos sessenta meses de atividade;
II - a partir de 1o de janeiro de 2018: 84% (oitenta e quatro por cento) do valor referente à média dos
pontos da gratificação de desempenho recebidos nos últimos sessenta meses de atividade; e
III - a partir de 1o de janeiro de 2019: o valor integral da média dos pontos da gratificação de desempenho
recebidos nos últimos sessenta meses de atividade. [Grifos nossos.]
6. Logo, após a implementação dos termos dispostos na referida Lei, os servidores poderão optar PODER
JUDICIÁRIO SEÇÃO JUDICIÁRIA DO DISTRITO FEDERAL
5A3902B16E8900C2137768D716390F54 TRF 1 REGIÃO/IMP.15-01-04-SJ
2
o legislador decidiu fixar prazo mínimo de recebimento e, portanto, de contribuição sobre as Gratificações
de Desempenho, para o servidor com direito à integralidade e paridade recebê-la integralmente, na
inatividade.
16. Seja como for, observe que o valor integral é da média dos pontos recebidos em lapso de tempo
determinado. Não poderia ser diferente, pois, como salientado mais de uma vez neste voto, os valores da
gratificação podem variar, dependendo dos resultados das avaliações procedidas. Outrossim, não importa
que o tempo mínimo fixado na lei não alcance o tempo de contribuição para aposentadoria integral. No
fundo, o legislador agiu por meio de um critério de liberalidade e continua resolvendo a questão da melhor
maneira possível, de acordo com o seu juízo político. O que não se pode é acolher o pedido inicial, tal
qual formulado, valendo registrar que a parte Autora passou a ter à sua disposição a opção criada pela
PROCESSO Nº 0067106-37.2016.4.01.3400
RELATOR : JUIZ FEDERAL ANTONIO CLAUDIO MACEDO DA SILVA
RECORRENTE(S) : GLAUCIO NASCIMENTO DE ABREU
ADVOGADO : DF00026414 - JUDSON DE ARAUJO GURGEL
RECORRIDO(S) : UNIAO FEDERAL
ADVOGADO :
EMENTA
ADMINISTRATIVO. SERVIDOR PÚBLICO. REMOÇÃO A PEDIDO. PAGAMENTO DE AJUDA DE
CUSTO. VANTAGEM INDEVIDA. JURISPRUDÊNCIA CONSOLIDADA NO ÂMBITO DO SUPERIOR
TRIBUNAL DE JUSTIÇA. RECURSO DESPROVIDO.
1. Trata-se de recurso da parte autora contra sentença que julgou improcedente o pedido objetivando o
pagamento de ajuda de custo em razão de remoção a pedido efetivada após participação em concurso de
remoção, na modalidade permuta.
2. Na espécie, a sentença recorrida está em manifesta consonância com a jurisprudência do Superior
Tribunal de Justiça e, portanto, deve ser mantida.
3. A 1ª Seção do STJ, no julgamento da Pet 8345/SC1, decidiu que é descabido o pagamento de ajuda de
custo na forma do artigo 53 da Lei nº 8.112/90 quando a remoção do servidor é feita com fundamento na
alínea “c” do inciso III do parágrafo único do artigo 36 da referida Lei (remoção a pedido – processo
seletivo).
1 (Pet 8.345/SC, Rel. Ministro HUMBERTO MARTINS, 1ª Seção, julgado em 08/10/2014, DJe
12/11/2014).
4. Consagrou-se o entendimento de que a oferta de vagas pela administração pública, nos processos
seletivos de remoção, tem por objetivo racionalizar os interesses pessoais dos servidores que, de forma
contumaz, entram em conflito no que se refere à escolha de lotação, não havendo “interesse de serviço”
nesses casos.
5. No caso dos autos, o autor, Gláucio Nascimento de Abreu, foi redistribuído do Quadro de Pessoal
Permanente da Receita Federal do Brasil, por reciprocidade, com o servidor Thiago Flores Schimitt, da
Delegacia da Receita Federal de Santa Maria/RS para Pelotas/RS, em razão do seu requerimento,
conforme documentação anexada aos autos (Portaria SRFF 10 n. 075, de 10 de fevereiro de 2012). Isto
é, não foi a Administração quem deu origem ao processo, tampouco emanou de seu interesse a
reciprocidade, mas, sim, do interesse dos servidores envolvidos.
6. O fato gerador da redistribuição partiu de iniciativa dos interessados, a pedido deles. Ressalta-se que a
ajuda de custo é devida para compensar despesas de instalação do servidor, no interesse exclusivo da
Administração. Assim, no caso concreto, houve uma permuta não imposta pela Administração, mas
postulada pelo autor, e como não é possível a concessão de vantagem pecuniária sem prévia autorização
legal, a parte autora não tem direito à ajuda de custo.
7. Ressalvo, no entanto, meu entendimento em sentido diverso, pois em toda remoção de servidor podem
coexistir interesse público e privado, mas NUNCA falecer o primeiro, sob pena de nulidade do ato
administrativo. PODER JUDICIÁRIO SEÇÃO JUDICIÁRIA DO DISTRITO FEDERAL
248
8. Ademais, o fato de haver interesse do servidor somente contribui para que o serviço público fique mais
estável; a existência de processo seletivo, de outra banda, obsequia a igualdade, evitando
favorecimentos.
9. Resto, assim, colhido na corrente minoritária e curvo-me à jurisprudência da 1ª Seção do Superior
Tribunal de Justiça.
10. Recurso da parte autora desprovido.
11. Honorários advocatícios fixados em 10% (dez por cento) do valor atribuído à causa devidamente
PROCESSO Nº 0021318-63.2017.4.01.3400
RELATOR : JUIZ FEDERAL ANTONIO CLAUDIO MACEDO DA SILVA
RECORRENTE(S) : ANTONIO PEREIRA DA SILVA
ADVOGADO : DF00030598 - MAX ROBERT MELO E OUTRO(S)
RECORRIDO(S) : UNIAO FEDERAL
ADVOGADO :
EMENTA
RESPONSABILIDADE CIVIL. ANISTIA. LEI 8.878/94. INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS E
MATERIAIS PELA DEMORA NA EFETIVAÇÃO DA ANISTIA. PRESCRIÇÃO. TERMO INICIAL.
DECRETOS 1.498 E 1.499 DE 1995. PRESCRIÇÃO DO FUNDO DO DIREITO. PRECEDENTES DO
STJ. RECURSO DESPROVIDO.
1. Recurso da parte autora contra sentença que extinguiu o processo, sem julgamento do mérito, ante o
reconhecimento da prescrição quinquenal, tendo em vista que o prazo prescricional se iniciou com a
decisão que reconheceu sua condição de anistiado, em 02/12/2008, tendo sido a ação ajuizada em
08/05/2017, quando já decorrido o qüinqüênio legal.
2. Requer a parte autora o afastamento da prescrição quinquenal ante a aplicação da Súmula nº 85 do
STJ.
3. Não assiste razão à parte autora, nas demandas em se busca a condenação da União ao pagamento
de indenização por danos morais e materiais decorrentes da demora da Administração em reintegrar a
recorrente ao cargo anteriormente ocupado, o STJ consagrou o entendimento segundo o qual o marco
inicial para a contagem do lustro prescricional é a publicação dos Decretos 1.498 e 1.499 de 1995 que
suspenderam a anistia concedida à recorrente, e que ocasionaram o dano alegado.
4. Corroborando o entendimento supra, colaciono excerto do seguinte precedente jurisprudencial, in
verbis:
PROCESSUAL CIVIL E ADMINISTRATIVO. AGRAVO INTERNO NO RECURSO ESPECIAL. VIOLAÇÃO
DO ART. 535 DO CPC/1973. AUSÊNCIA. SERVIDOR PÚBLICO CIVIL. ANISTIA. LEI 8.878/1994.
INDENIZAÇÃO. DEMORA NA REINTEGRAÇÃO. PRESCRIÇÃO. TERMO INICIAL. DECRETOS 1.498 E
1.499, DE 1995. SÚMULA 83/STJ. INCIDÊNCIA. 1. Não há falar em violação do artigo 535 do CPC/1973,
visto que o Tribunal de origem enfrentou devidamente as questões importantes para o deslinde da
controvérsia, não havendo que se confundir decisão contrária ao interesse da parte com ausência de
fundamentação ou negativa de prestação jurisdicional. 2. Na presente demanda busca-se a condenação
da União ao pagamento de indenização por danos morais e materiais decorrentes da demora da
Administração em reintegrar os recorrentes aos cargos anteriormente ocupados, não obstante o
reconhecimento da condição de anistiados, nos termos da Lei 8.878/1994. 3. O marco inicial para a
contagem do lustro prescricional é a publicação dos Decretos 1.498 e 1.499, de 1995, que suspenderam
a anistia concedida aos recorrentes e ocasionaram o dano alegado. Precedente: AgInt no REsp
1.381.347/PE, Rel. Ministro Napoleão Nunes Maia Filho, Primeira Turma, DJe 12/3/2018. 4. Consoante
jurisprudência do STJ, não é devido qualquer pagamento retroativo aos servidores e empregados de que
trata a Lei 8.878/1994, não havendo falar em prejuízo a ser reparado a título de danos materiais ou
morais. Precedente: AgInt. no REsp 1.611.035/RS, Relatora Ministra Regina Helena Costa, Primeira
Turma, DJe 25/11/2016. 5. Agravo interno não provido. (AIRESP - AGRAVO INTERNO NO RECURSO
ESPECIAL - 1569374 2015.03.01269-5, BENEDITO GONÇALVES, STJ - PRIMEIRA TURMA, DJE
DATA:16/05/2018)
249
5. No caso dos autos, o lapso temporal entre a data da publicação dos Decretos 1.498/1995 e
1.499/1995, em 1995 e a data do ajuizamento da ação supera o lapso quinquenal, consumando-se a
prescrição. PODER JUDICIÁRIO SEÇÃO JUDICIÁRIA DO DISTRITO FEDERAL
B7BFFA383E3CAA16B1C402E4F0004F46 TRF 1 REGIÃO/IMP.15-01-04-SJ
2
PROCESSO Nº 0023535-79.2017.4.01.3400
RELATOR : JUIZ FEDERAL ANTONIO CLAUDIO MACEDO DA SILVA
RECORRENTE(S) : JOSE RIBAMAR DE MELO
ADVOGADO : DF00030598 - MAX ROBERT MELO E OUTRO(S)
RECORRIDO(S) : UNIAO FEDERAL
ADVOGADO : - JACIRA DE ALENCAR ROCHA
EMENTA
RESPONSABILIDADE CIVIL. ANISTIA. LEI 8.878/94. INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS E
MATERIAIS PELA DEMORA NA EFETIVAÇÃO DA ANISTIA. PRESCRIÇÃO. TERMO INICIAL.
DECRETOS 1.498 E 1.499 DE 1995. PRESCRIÇÃO DO FUNDO DO DIREITO. PRECEDENTES DO
STJ. RECURSO DESPROVIDO.
1. Recurso da parte autora contra sentença que julgou improcedente o pedido de indenização a título de
danos morais, em razão da mora administrativa em promover a reintegração de anistiado político aos
quadros do Poder Executivo.
2. Nas demandas em se busca a condenação da União ao pagamento de indenização por danos morais e
materiais decorrentes da demora da Administração em reintegrar a recorrente ao cargo anteriormente
ocupado, o STJ consagrou o entendimento segundo o qual o marco inicial para a contagem do lustro
prescricional é a publicação dos Decretos 1.498 e 1.499 de 1995 que suspenderam a anistia concedida à
recorrente, e que ocasionaram o dano alegado.
3. Corroborando o entendimento supra, colaciono excerto do seguinte precedente jurisprudencial, in
verbis:
PROCESSUAL CIVIL E ADMINISTRATIVO. AGRAVO INTERNO NO RECURSO ESPECIAL. VIOLAÇÃO
DO ART. 535 DO CPC/1973. AUSÊNCIA. SERVIDOR PÚBLICO CIVIL. ANISTIA. LEI 8.878/1994.
INDENIZAÇÃO. DEMORA NA REINTEGRAÇÃO. PRESCRIÇÃO. TERMO INICIAL. DECRETOS 1.498 E
1.499, DE 1995. SÚMULA 83/STJ. INCIDÊNCIA. 1. Não há falar em violação do artigo 535 do CPC/1973,
visto que o Tribunal de origem enfrentou devidamente as questões importantes para o deslinde da
controvérsia, não havendo que se confundir decisão contrária ao interesse da parte com ausência de
fundamentação ou negativa de prestação jurisdicional. 2. Na presente demanda busca-se a condenação
da União ao pagamento de indenização por danos morais e materiais decorrentes da demora da
Administração em reintegrar os recorrentes aos cargos anteriormente ocupados, não obstante o
reconhecimento da condição de anistiados, nos termos da Lei 8.878/1994. 3. O marco inicial para a
contagem do lustro prescricional é a publicação dos Decretos 1.498 e 1.499, de 1995, que suspenderam
a anistia concedida aos recorrentes e ocasionaram o dano alegado. Precedente: AgInt no REsp
1.381.347/PE, Rel. Ministro Napoleão Nunes Maia Filho, Primeira Turma, DJe 12/3/2018. 4. Consoante
jurisprudência do STJ, não é devido qualquer pagamento retroativo aos servidores e empregados de que
trata a Lei 8.878/1994, não havendo falar em prejuízo a ser reparado a título de danos materiais ou
morais. Precedente: AgInt. no REsp 1.611.035/RS, Relatora Ministra Regina Helena Costa, Primeira
Turma, DJe 25/11/2016. 5. Agravo interno não provido. (AIRESP - AGRAVO INTERNO NO RECURSO
ESPECIAL - 1569374 2015.03.01269-5, BENEDITO GONÇALVES, STJ - PRIMEIRA TURMA, DJE
DATA:16/05/2018)
4. No caso dos autos, o lapso temporal entre a data da publicação dos Decretos 1.498/1995 e
1.499/1995, em 1995 e a data do ajuizamento da ação supera o lapso quinquenal, consumando-se a
prescrição.
5. Recurso desprovido por fundamento diverso. PODER JUDICIÁRIO SEÇÃO JUDICIÁRIA DO DISTRITO
FEDERAL
250
6. Honorários advocatícios fixados em 10% (dez por cento) do valor atribuído à causa devidamente
corrigido. Condenação suspensa [Artigo 98, § 3º, do NCPC/2015].
ACÓRDÃO
Decide a Terceira Turma Recursal, à unanimidade, NEGAR PROVIMENTO ao recurso da parte autora,
nos termos do voto do Relator.
Brasília – DF, 07/05/2019
Antonio Claudio Macedo da Silva
PROCESSO Nº 0041253-89.2017.4.01.3400
RELATOR : JUIZ FEDERAL ANTONIO CLAUDIO MACEDO DA SILVA
RECORRENTE(S) : REYNALDO FERNANDES GUIMARAES
ADVOGADO : DF00017998 - FRANCISCO DAMASCENO FERREIRA NETO
RECORRIDO(S) : FUNDACAO NACIONAL DE SAUDE FUNASA
ADVOGADO : - VANESSA VIANA RIBEIRO
EMENTA
ADMINISTRATIVO E CONSTITUCIONAL. GRATIFICAÇÃO DE ATIVIDADE DE COMBATE E
CONTROLE DE ENDEMIAS - GACEN. NATUREZA REMUNERATÓRIA E GENÉRICA. SERVIDORES
INATIVOS/PENSIONISTAS. DIREITO À PARIDADE. PEDILEF 05033027020134058302. RECURSO
PROVIDO.
1. Recurso da parte autora contra sentença que julgou improcedente o pedido para lhe condenar na
obrigação de pagar os valores devidos a título de GACEN, nos mesmos valores pagos ao pessoal da
ativa.
2. A GACEN foi instituída pela Lei nº 11.784/08, sendo devida, a partir de 01º de março de 2008, aos
ocupantes dos cargos de Agente Auxiliar de Saúde Pública, Agente de Saúde Pública e Guarda de
Endemias, do Quadro de Pessoal do Ministério da Saúde e do Quadro de Pessoal da Fundação Nacional
de Saúde – FUNASA, regidos pela Lei nº 8.112, de 11 de dezembro de 1990 (art. 54 da citada Lei).
3. Assiste razão à recorrente, vez que o cerne da questão diz respeito à natureza jurídica da Gratificação
de Atividade de Combate e Controle de Endemias indenizatória ou remuneratória, com vistas a concluir
pela possibilidade ou não de extensão aos servidores inativos nos mesmos moldes em que paga aos
servidores da ativa, notadamente aqueles servidores com direito a paridade nos termos das regras
constitucionais atualmente vigentes (EC 41/2003 e EC 47/2005).
4. A referida gratificação foi criada com valor certo e determinado, a ser pago mensalmente
independentemente de qualquer aferição de critério individual ou institucional ou localidade de lotação do
servidor, mas com distinção de percentual entre servidores ativos e inativos. Portanto, sem caráter pro
labore faciendo, sendo incontestável sua feição genérica, nos termos da Lei nº 11.784/2008.
5. Está consolidado nesta Turma e perante a TNU o entendimento de que por suas características a
GACEN constitui verba remuneratória por excelência. Nesse sentido: TNU PEDILEF
050858571.2013.4.05.8400, PEDILEF 051492820.2012.405.8400, PEDILEF 05149282020124058400
(rel. JUIZ FEDERAL BOAVENTURA JOÃO ANDRADE, DOU 13/10/2015 PÁGINAS 112/146), PEDILEF
05139322220124058400 (rel. JUIZ FEDERAL DANIEL MACHADO DA ROCHA, DOU 13/10/2015
PÁGINAS 112/146).
6. Por outro lado, firmou-se a jurisprudência do Egrégio Supremo Tribunal Federal no sentido de que se
incluem dentre os benefícios ou vantagens concedidas aos servidores em atividade todas as gratificações
pagas de maneira geral e por igual a todos os servidores ativos, sem aferição efetiva da produtividade.
Esse entendimento está materializado no verbete nº 20, da Súmula vinculante do STF.
7. Requisitos para paridade. A aplicação do entendimento do Supremo Tribunal Federal para as
gratificações, consubstanciado no RE n. 476279/DF e no RE 476390/DF, pressupõe a ocorrência do
instituto da paridade remuneratória entre servidores ativos e inativos, o qual, com a superveniência da EC
41/03, somente tem lugar em determinadas hipóteses expressamente previstas - EC 41/03, art. 7°, e EC
47/05, arts. 2° e 3°. PODER JUDICIÁRIO SEÇÃO JUDICIÁRIA DO DISTRITO FEDERAL
9047BC1AD9AAF0E4E3A11EEC531DC33A TRF 1 REGIÃO/IMP.15-01-04-SJ
2
8. Registre-se, por oportuno, que, (1) tanto nas aposentadorias quanto nas pensões concedidas antes da
EC 41/03, (2) como nas aposentadorias concedidas após a EC 41/03, nas quais o servidor já havia
implementado os requisitos para a inatividade antes do seu advento, há direito à paridade de proventos e
251
pensões em relação à remuneração dos servidores em atividade de forma integral, é dizer, há direito à
paridade e à integralidade. Todavia, (3) os aposentados após a EC 41/03 e os pensionistas cujo instituidor
da pensão somente preencheu os requisitos para a inatividade após a edição da referida emenda, bem
como aqueles pensionistas nos quais o óbito lhe é posterior, não possuem direito à paridade
retromencionada. Atente-se, por evidente, que, ainda que o instituidor da pensão tenha preenchido os
requisitos para a aposentação antes da edição da EC 41/03, e, portanto, seu pensionista tenha direito à
paridade remuneratória, quando o óbito for posterior à EC 41/03, não terá o pensionista direito à
integralidade, apesar do eventual direito à paridade, i.e., o pensionista terá direito à paridade, mas não à
integralidade.
9. Na hipótese, a parte autora se aposentou antes da EC 41/03, [cf. diário oficial, fls. 4 da documentação
PROCESSO Nº 0025165-39.2018.4.01.3400
RELATOR : JUIZ FEDERAL ANTONIO CLAUDIO MACEDO DA SILVA
RECORRENTE(S) : VICENTE GIMENEZ DIAS FILHO
ADVOGADO : DF00031766 - CAROLINE DANTE RIBEIRO E OUTRO(S)
RECORRIDO(S) : UNIAO FEDERAL (FAZENDA NACIONAL)
ADVOGADO : - CELIA FERREIRA TAVARES DE LYRA
EMENTA
TRIBUTÁRIO. PROCESSUAL CIVIL. PRESCRIÇÃO. INOCORRÊNCIA. FUNDO DE PREVIDÊNCIA
PRIVADA. IMPOSTO DE RENDA SOBRE PARCELAS RECEBIDAS A TITULO DE COMPLEMENTAÇÃO
DE APOSENTADORIA. PERÍODO 01/01/1989 A 31/12/1995. COMPROVAÇÃO DO VÍNCULO DE
TRABALHO NO PERÍODO ALUDIDO. RESTITUIÇÃO DO INDÉBITO. RECURSO PARCIALMENTE
PROVIDO.
1. Recurso da parte autora contra a sentença de extinção do feito, nos termos do art. 487, II do CPC, ao
fundamento de prescrição da pretensão.
2. Preliminar de prescrição rejeitada. Trata-se de tributo sujeito a lançamento por homologação. O
Supremo Tribunal Federal posicionou-se, sob o rito do art. 543-B do CPC (repercussão geral), no sentido
de que a Lei Complementar nº 118/2005, "embora tenha se autoproclamado interpretativa, implicou
inovação normativa, tendo reduzido o prazo de 10 anos contados do fato gerador para 5 anos contados
do pagamento indevido". Dessa forma, reconheceu a inconstitucionalidade do artigo 4º, segunda parte da
referida Lei Complementar, "considerando válida a aplicação do novo prazo de 5 anos tão-somente às
ações ajuizadas após o decurso da vacatio legis de 120 dias, ou seja, a partir de 09 de junho de 2005.".
Quanto às ações ajuizadas antes daquela data, permanece o prazo de 10 anos, contados do fato gerador,
conforme a aplicação combinada dos arts. 150, § 4º, 156, VII e 168, I, do CTN. (RE nº 566.621/RS, STF,
Tribunal Pleno, Relatora Ministra Ellen Gracie, Ata de Julgamento nº 21, de 04/08/2011, DJ-e nº 158,
divulgado em 17/08/2011, grifamos).
3. Outrossim, a regra geral em matéria tributária, em se tratando de tributos sujeitos a lançamento por
homologação, é a de que o termo a quo do prazo quinquenal para o contribuinte pleitear a restituição do
indébito é a data do recolhimento indevido.
4. Desse modo, em atenção ao princípio da actio nata (art. 189 do Código Civil), a pretensão do
contribuinte de não ter a sua renda tributada em duplicidade nasce no momento em que as contribuições
vertidas ao fundo de previdência privada no período de 1º/01/89 a 31/12/95 passam a ser devolvidas ao
participante na forma de “complementação de aposentadoria” e a sofrer, por consequência, a incidência
na fonte do imposto de renda, ocorrendo, neste instante, o denominado bis in idem.
252
contribuições efetuadas no período de 01/01/1989 a 31/12/1995, cujo ônus tenha sido exclusivamente do
participante do plano de previdência privada, por força da isenção concedida pelo artigo 6º, inciso VII,
alínea "b", da Lei 7.713/88, na redação anterior à que lhe foi dada pela Lei 9.250/95. (REsp 1.012.903/RJ,
STJ, 1ª Seção, Relator Ministro Teori Albino Zavascki, julgado em 08/10/2008, publicado no DJe de
13/10/2008). Razão assiste à recorrente.
7. Recurso parcialmente provido. Sentença reformada para declarar a não-incidência do imposto de renda
sobre o valor da complementação de aposentadoria de previdência privada recebida pela parte autora
relativamente às contribuições por ela vertidas no período de 1º de janeiro de 1989 a 31 de dezembro de
1995, bem como condenar a União a restituir à parte autora o indébito, observada a prescrição
quinquenal e a aplicação da taxa SELIC a partir de cada recolhimento indevido.
8. Incabível a condenação em honorários advocatícios.
ACÓRDÃO
Decide a Terceira Turma Recursal, por maioria, vencido o Juiz Rui Costa Gonçalves, DAR PARCIAL
PROVIMENTO ao recurso da parte autora, nos termos do voto do Relator.
Brasília – DF, 07/05/2019.
Antonio Claudio Macedo da Silva
Juiz Federal – 3ª. Turma Recursal
Relator 1
PROCESSO Nº 0003338-69.2018.4.01.3400
RELATOR : JUIZ FEDERAL ANTONIO CLAUDIO MACEDO DA SILVA
RECORRENTE(S) : MARIA SUDARIA PONCIANO SILVA
ADVOGADO : - DEFENSOR PUBLICO FEDERAL
RECORRIDO(S) : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
ADVOGADO :
EMENTA
PROCESSUAL CIVIL. JULGAMENTO EXTRA PETITA. FUNDAMENTAÇÃO DA SENTENÇA
DISSOCIADA DO PEDIDO E DA CAUSA DE PEDIR. ARTIGOS 141 E 492 DO NOVO CÓDIGO DE
PROCESSO CIVIL/2015. INVIÁVEL APLICAÇÃO DA CAUSA MADURA. RETORNO DOS AUTOS PARA
REGULAR PROCESSAMENTO DO FEITO. RECURSO PROVIDO.
1. Recurso da parte autora em face de sentença que julgou improcedente o pedido inicial.
2. A sentença recorrida julgou improcedente o pedido ao considerar que não existe incapacidade
laborativa atual, não fazendo jus, portanto, ao benefício de auxílio doença requerido. Todavia, da leitura
da petição inicial observa-se que a recorrente busca o pagamento dos valores retroativos de benefício de
auxílio doença referente a 26/02/2015 a 21/03/2015, negado pelo INSS sob alegação de ausência de
carência.
3. O Código de Processo Civil/2015, na inteligência dos artigos 141 e 492, delineia o Princípio da
Congruência ou Adstrição, o qual deve nortear os magistrados na prestação jurisdicional, fazendo com
que a sentença restrinja-se àquilo que fora pedido sob pena de julgamento extra, ultra ou citra petita.
4. Reconhecimento do julgamento extra petita. É notória a desconexão do pedido formulado na exordial
com o dispositivo sentencial. O intuito do autor com a presente ação é tão somente receber o benefício de
auxílio doença no período vindicado, qual seja 26/02/2015 a 21/03/2015, e não a implantação de
benefício baseado em incapacidade atual conforme o exposto na sentença a quo.
5. Neste sentido: PREVIDENCIÁRIO. EMBARGOS INFRINGENTES. EXPEDIÇÃO DE CERTIDÃO DE
TEMPO DE SERVIÇO RURAL. INDENIZAÇÃO DOS PERÍODOS. DESNECESSIDADE. FACULDADE DO
INSS CONSIGNAR À AUSÊNCIA DO RECOLHIMENTO DE CONTRIBUIÇÕES PREVIDENCIÁRIAS. 1.
(...). 2. O reconhecimento judicial do tempo de serviço rural pretendido prescinde da comprovação dos
recolhimentos previdenciários ou de indenização, mas não pressupõe ou dispensa os referidos
253
recolhimentos para efeito de carência e contagem recíproca, nos termos dos artigos 94 e 96, ambos da
Lei n. 8.213/91. 3. Em contrapartida, a obtenção de certidões em repartições públicas,
independentemente do pagamento de taxas, é direito individual garantido constitucionalmente (artigo 5º,
XXXIV). 4. Assim, em relação a expedição de certidão de tempo de serviço, deve ser reconhecido o
período rural pretendido, prevalecendo a determinação ao Instituto Nacional do Seguro Social - INSS para
que expeça a competente certidão, contudo com a faculdade de consignar nesse documento a ausência
de recolhimento de contribuições ou de indenização para efeito de carência e para fins de contagem
recíproca. Precedentes desta Corte. 5. Embargos infringentes desprovidos." (EI 00366997320024039999,
DESEMBARGADORA FEDERAL DALDICE SANTANA, TRF3 - TERCEIRA SEÇÃO, e-DJF3 Judicial 1
DATA:23/11/2011 ..FONTE_REPUBLICACAO:.)
sequer en passant se a autora estava incapaz no período em que solicitou o benefício em questão,
tratando somente do fato de não haver incapacidade atual, motivo pelo qual mostra-se igualmente
insuficiente à solução da questão posta em juízo.
7. Recurso da parte autora provido para reformar a sentença e determinar a devolução do processo à
vara de origem para regular processamento do feito.
8. Incabível a condenação em honorários advocatícios e custas processuais.
ACÓRDÃO
Decide a Terceira Turma Recursal, por unanimidade, DAR PROVIMENTO ao recurso da parte autora
PARA REFORMAR A SENTENÇA E DETERMINAR A DEVOLUÇÃO DO PROCESSO À VARA DE
ORIGEM PARA REGULAR PROCESSAMENTO DO FEITO, nos termos do voto do Relator.
Brasília, 07/05/2019.
Antonio Claudio Macedo da Silva
Juiz Federal – 3ª. Turma Recursal
Relator 1
PROCESSO Nº 0021920-88.2016.4.01.3400
RELATOR : JUIZ FEDERAL ANTONIO CLAUDIO MACEDO DA SILVA
RECORRENTE(S) : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
ADVOGADO : - RAISSA VASCONCELOS CHAVES
RECORRIDO(S) : JOAQUIM LOPES
ADVOGADO : DF00032739 - PAULA CAROLINE REIS MOTA DOS SANTOS
EMENTA
PREVIDENCIÁRIO. APOSENTADORIA POR TEMPO DE CONTRIBUIÇÃO. CONVERSÃO DE TEMPO
LABORADO DE MODO ESPECIAL. MOTORISTA DE ÔNIBUS. CÓDIGO 2.4.4 DO DECRETO N°
53.831/1964 E CÓDIGO 2.4.2 DO DECRETO Nº. 83.080/1979. SUJEIÇÃO A AGENTES NOCIVOS
PRESUMIDA ATÉ A LEI Nº 9.032/95. RUÍDO. AUSÊNCIA DE COMPROVAÇÃO DE EXPOSIÇÃO
SUPERIOR A 80 DECIBÉIS APÓS 29/04/1995. RESP 1.398.260/PR. RECURSO DO INSS
PARCIALMENTE PROVIDO.
1. Recurso do INSS contra sentença que, reconhecendo que o autor trabalhou de modo especial na
atividade de motorista de ônibus, nos períodos de 02/04/1981 a 19/09/1984, de 19/05/1986 a 01/08/1986,
de 25/06/1986 a 07/11/1991, de 08/11/1991 a 29/11/1995 e de 19/06/1997 a 07/10/2013, determinou ao
INSS a implantação da aposentadoria especial com DIB no primeiro requerimento administrativo
(07/10/2013).
2. Alega o INSS: (1) impossibilidade de reconhecimento como especial dos períodos até 28/04/1995 por
mero enquadramento de categoria profissional, tendo em vista a ausência de comprovação nos autos da
atividade de motorista de ônibus; (2) impossibilidade de reconhecimento como especial do período
posterior a 28/04/1995 por ausência de comprovação de exposição aos agentes nocivos previstos em
legislação; (3) aplicação da TR como índice de correção monetária, conforme previsto na Lei
11.960/2009.
3. No mérito, na verificação de tempo de serviço especial, em decorrência de exposição a agentes
prejudiciais à saúde, há de se observar a legislação vigente à época da aquisição do direito, conforme
pacífica orientação jurisprudencial.
254
4. Quanto aos meios de prova, tem-se que, até 28.04.1995, bastava, para fins de reconhecimento do
tempo de serviço especial, que a atividade profissional fosse elencada nos decretos previdenciários
regulamentares (Decreto 53.831, de 25/3/64, e Decreto 83.080, de 24/1/79) ou a exposição aos agentes
nocivos relacionados no Código 1.0.0 do Quadro Anexo ao Decreto 53.831/64 e no Anexo I do Decreto
83.080/79.
5. Motoristas de Ônibus e Caminhão até a Lei 9.032/95. A profissão de Motorista de Ônibus e Caminhão
deve ser considerada atividade especial, por enquadramento de categoria profissional até a Lei nº
9.032/95, cuja sujeição a agentes nocivos é presumida, conforme Decreto n° 53.831/1964, código 2.4.4, e
Decreto nº. 83.080/1979, código 2.4.2.
6. Compulsando-se os autos, em especial a CTPS, e PPPs, verifica-se que o autor em toda a sua vida
agentes nocivos, por intermédio dos formulários SB-40 e DSS-8030 ou do PPP (Perfil Profissiográfico
Previdenciário) referente à categoria profissional, e, a partir de 06/03/1997, exsurge a necessidade de
laudo específico para comprovação da exposição aos agentes nocivos relacionados nos Decretos
2.172/97 e 3.048/99, com alterações pelo Decreto 8.123/13.
8. Ruído. A jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça pacificou-se no sentido de que o tempo de
trabalho com exposição a ruído é considerado especial, para fins de conversão em comum, nos seguintes
níveis: superior a 80 decibéis, na vigência do Decreto n. 53.831/64; superior a 90 decibéis, a partir de
05/03/1997, na vigência do Decreto n. 2.172/97; superior a 85 decibéis, a partir da edição do Decreto n.
4.882, de 18/11/2003 (Resp 1.398.260/PR - Relator Ministro Herman Benjamin - 1ª Seção - Dje de
05/12/2014, julgado pelo rito do recurso repetitivo).
9. Com razão o INSS nesta parte. Não merece ser reconhecido como especial o período de 29/04/1995 a
29/11/1995 e de 19/06/1997 a 07/10/2013, em que o autor apresentou PPP em que comprova que a
submissão ao ruído entre 65dB e 85 db, média de 75db, sendo que a legislação vigente exigia o mínimo
de 80 decibéis para fins de conversão.
10. Logo, o autor não possui tempo suficiente para o cumprimento da carência para o benefício, que é de
25 anos de contribuição.
11. Registre-se que, em sede de juizados especiais federais, não concedida a aposentadoria especial,
nada impede que o Magistrado, independentemente de pedido da parte autora, reconheça por sentença
os períodos laborados sob condições agressivas, em obséquio à efetividade do processo, e sem que isso
configure julgamento extra petita, razão pela qual determino que o INSS averbe como tempo especial sob
o fator de conversão 1.4, o período descrito no item 6, bem como proceda a concessão da aposentadoria
por tempo de contribuição em 07/10/2013, descontados os valores já recebidos administrativamente (NB
1686973680).
11- A. Quanto ao pedido de que seja aplicada a lei 11.960/2009 em relação aos juros e correção
monetária, este não deve ser conhecido, pois postulado no recurso inominado o quanto já concedido na
sentença.
12. Recurso do INSS parcialmente provido.
13. Incabível a condenação em honorários advocatícios.
ACÓRDÃO
Decide a Terceira Turma Recursal, à unanimidade, DAR PARCIAL PROVIMENTO ao recurso do INSS,
nos termos do voto do relator.
Brasília - DF, 07/05/2019
Antonio Claudio Macedo da Silva
Juiz Federal – 3ª. Turma Recursal PODER JUDICIÁRIO SEÇÃO JUDICIÁRIA DO DISTRITO FEDERAL
3A544D337F0BB0EFB5F974D26AF9530B TRF 1 REGIÃO/IMP.15-01-04-SJ
3
Relator 1
255
PODER JUDICIÁRIO
JUIZADOS ESPECIAIS FEDERAIS
SEÇÃO JUDICIÁRIA DO DISTRITO FEDERAL
2ª. TURMA RECURSAL
PROCESSO Nº : 0047108-88.2013.4.01.3400
RELATORA : JUÍZ FEDERAL CARLOS EDUARDO CASTRO MARTINS
RECORRENTE (S) : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
EMENTA
REEXAME DO PROCESSO. JUÍZO DE RETRATAÇÃO. DESAPOSENTAÇÃO. RENÚNCIA A
BENEFÍCIO PREVIDENCIÁRIO. CÔMPUTO DE CONTRIBUIÇÕES POSTERIORES. IMPOSSIBILIDADE.
PRECEDENTE DO STF EM REPERCUSSÃO GERAL. RE 661256/DF. SENTENÇA REFORMADA.
PEDIDO JULGADO IMPROCEDENTE.
1. Processo recebido da Coordenadoria das Turmas Recursais dos Juizados Especiais Federais para
reexame e juízo de retratação pelo Colegiado, considerando o entendimento firmado pelo STF em relação
à desaposentação (RE 661.256).
2. Desaposentação. Impossibilidade. Necessidade de previsão legal. Precedente do STF em repercussão
geral. RE 661.256. Observância obrigatória (art. 927, III, do CPC/15). O STF, em julgado submetido à
repercussão geral (RE 661256) no dia 26/10/2016, considerou ser inviável o recálculo do valor da
aposentadoria, por desaposentação, com o cômputo das contribuições vertidas após sua concessão,
fixando a tese no sentido de que, no âmbito do Regime Geral de Previdência Social (RGPS), somente lei
pode criar benefícios e vantagens previdenciárias, não havendo, por ora, previsão legal do direito à
desaposentação, sendo constitucional a regra do art. 18, § 2º, da Lei 8.213/1991.
3. Desse modo, ante a necessidade de observância dos precedentes firmados pelo Supremo Tribunal
Federal nos julgamentos com repercussão geral, merece reforma a sentença de primeiro grau.
4. Reexame do processo e juízo de retratação e alteração do acórdão anterior da Turma Recursal (art.
1.040, II, e art. 1.041, § 1º, CPC), divergente do entendimento firmado pelo Supremo Tribunal Federal no
julgamento do Recurso Extraordinário n. 661.256/DF, sob o rito da repercussão geral.
5. Recurso do INSS provido. Pedido julgado improcedente.
6. Sem condenação em honorários advocatícios, por finalmente ter sido vencedora a parte que interpôs o
recurso inominado originário. PODER JUDICIÁRIO JUIZADOS ESPECIAIS FEDERAIS SEÇÃO
JUDICIÁRIA DO DISTRITO FEDERAL 2ª TURMA RECURSAL
A7F86AA5150123F1C1A3A9755A90F047
ACÓRDÃO
Decide a 2ª Turma Recursal do DF, por unanimidade, em reexame do processo, retratar-se do julgamento
anterior, alterando o respectivo acórdão para DAR PROVIMENTO ao recurso interposto pelo INSS.
Brasília, 15 de maio de 2019.
CARLOS EDUARDO CASTRO MARTINS
Juiz Federal – 2ª. Turma Recursal
Relator 1
D9C756FC88F25151F5972932A7414F57
PROCESSO Nº : 0081980-32.2013.4.01.3400
RELATORA : JUÍZ FEDERAL CARLOS EDUARDO CASTRO
MARTINS
RECORRENTE (S) : UNIAO FEDERAL (FAZENDA NACIONAL)
ADVOGADO (S) : - KASSANDRA MARA MAFRA DOS SANTOS
RECORRIDO (S) : ANTONIO FRANCISCO DE SOUSA
ADVOGADO (S) : PI00198489 - JOSE DO EGITO FIGUEIREDO
BARBOSA
EMENTA
256
7. Para não admitir o Recurso Extraordinário, a Coordenadora das Turmas Recursais fundamentou sua
decisão em julgado do Supremo Tribunal Federal, que em sede de Repercussão Geral assim decidiu:
“IMPOSTO DE RENDA – PERCEPÇÃO CUMULATIVA DE VALORES – ALÍQUOTA. A percepção
cumulativa de valores há de ser considerada, para efeito de fixação de alíquotas, presentes,
individualmente, os exercícios envolvidos”. (RE 614.406, Rel. Ministra Rosa Weber, julgado em
23/10/2014).
8. Acontece que o RE 614406 declarou somente a inconstitucionalidade do art. 12 da Lei n. 7.713/88, por
ofensa aos princípios da isonomia, da capacidade contributiva e da proporcionalidade. Não foi debatida a
(in) constitucionalidade da nova legislação. Aliás, em trechos do inteiro teor da decisão, obiter dictum,
chega-se a afirmar que a inclusão do art. 12-A, da Lei 7.713/88, pela MP n. 497, de 27/7/2010, convertida
na Lei n. 12.350, de 2010, “adveio exatamente da necessidade de se corrigir a distorção das cobranças
do imposto de rendas recebidas, em montante único, fora do tempo devido”.
9. Vale destacar também o seguinte precedente do STJ:
PROCESSUAL CIVIL E TRIBUTÁRIO. VIOLAÇÃO AO ART. 535, II, DO CPC. NÃO OCORRÊNCIA.
IMPOSTO DE RENDA. VERBAS RECEBIDAS ACUMULADAMENTE APÓS 1º DE JANEIRO DE 2010.
INCIDÊNCIA DA SISTEMÁTICA DE CÁLCULO PREVISTA NO ART. 12-A, DA LEI Nº 7.713/88.
1. Afastada a alegação de ofensa ao art. 535, II do CPC, tendo em vista que o Tribunal de origem se
manifestou de forma clara e fundamentada sobre a existência de interesse de agir por parte do autor e
sobre a inaplicabilidade do sistema de cálculo previsto no art. 12-A da Lei nº 7.713/88, introduzido pela Lei
nº 12.350/10. A solução integral da controvérsia, com fundamento suficiente, não caracteriza ofensa ao
art. 535 do CPC.
2. Não é possível afirmar, a priori, que a aplicação das alíquotas segundo a sistemática da tabela
progressiva de que trata o § 1º do art. 12-A da Lei nº 7.713/88 (regime de caixa com tributação exclusiva
na fonte e alíquotas próprias) seja mais benéfica ao contribuinte que o cálculo do imposto na forma
consagrada pelo recurso representativo da controvérsia REsp 1.118.429/SP, Primeira Seção, Rel. Min.
Herman Benjamin, DJe de 14.5.2010 (regime de competência com tributação juntamente com os demais
rendimentos tributáveis e alíquotas vigentes à época em que deveria ter sido recebido o rendimento). A
sistemática mais benéfica pode ser apurada apenas em cada caso concreto e em sede de liquidação.
Assim, não há que se falar, em tese, de ausência de interesse de agir.
3. Esta Corte, ao interpretar o art. 12 da Lei nº 7.713/88, concluiu que tal dispositivo tratou do momento da
incidência do imposto de renda sobre verbas recebidas acumuladamente, mas não tratou das alíquotas
aplicáveis. Desse modo, considerou válida a incidência do imposto sobre as verbas recebidas
257
acumuladamente, desde que aplicáveis as alíquotas vigentes à época em que os valores deveriam ter
sido efetivamente pagos, segundo o regime de competência.
4. Ocorre que, com o advento da MP nº 497/2010, convertida na Lei nº 12.350/2010, que incluiu o art. 12-
A na Lei nº 7.713/88, não há mais que se falar em ausência de indicação das alíquotas aplicáveis, pois o
§ 1º do referido dispositivo expressamente determina que o imposto será "calculado mediante a utilização
da tabela progressiva resultante da multiplicação da quantidade de meses a que se refiram os
rendimentos pelos valores constantes da tabela progressiva mensal correspondente ao mês do
recebimento ou crédito". Inaplicável, portanto, a jurisprudência anterior.
5. Sendo assim, não tendo sido declarada sua inconstitucionalidade, é de se reconhecer a aplicabilidade
do art. 12-A da Lei nº 7.713/88 aos rendimentos recebidos acumuladamente (fatos geradores do imposto
6. Entendimento que não contraria a orientação firmada pela Primeira Seção desta Corte no recurso
representativo da controvérsia REsp. n. 1.118.429/SP, Primeira Seção, Rel. Min. Herman Benjamin, DJe
de 14.5.2010.
7. Recurso especial parcialmente provido.
(REsp 1487501/PR, Rel. Ministro MAURO CAMPBELL MARQUES, SEGUNDA TURMA, julgado em
11/11/2014, DJe 18/11/2014)
10. Na mesma linha, o PEDILEF n. 50480360520114047000, JUIZ FEDERAL CARLOS WAGNER DIAS
FERREIRA, DJE 25/09/2017.
11. Portanto, forçoso concluir que o precedente utilizado para negar seguimento ao recurso extraordinário
da União, não se aplica para verbas recebidas após 1º de janeiro de 2010, em razão da nova legislação
(art. 12-A da Lei n. 7713/88).
12. Ressalte-se que em decisões monocráticas, o Supremo Tribunal Federal não tem conhecido dos
recursos extraordinários que discutem a aplicação do art. 12-A da Lei nº 7.713/1988 - nos quais se alega
violação aos arts. 5º, caput, e 150, II, da Constituição Federal, por ofensa à igualdade de tratamento
tributário - reafirmado a natureza infraconstitucional da discussão, cuja eventual ofensa ao texto
constitucional seria apenas indireta ou reflexa, nos termos da Súmula nº 636 daquela Corte. Nesse
sentido: ARE n. 1090572 AgR, Relator(a): Min. ROSA WEBER, Primeira Turma, julgado em 21/09/2018,
DJe-215 DIVULG 08-10-2018 PUBLIC 09-10-2018; RE nº 1.029.110/RS, Rel. Min. Dias Toffoli, DJe
4.4.2017; RE nº 1.029.107/RS, Rel. Min. Gilmar Mendes, DJe 15.3.2017; RE nº 1.034.094/RS, Rel. Min.
Edson Fachin, DJe 5.4.2017; RE nº 982.496/RS, Rel. Min. Ricardo Lewandowski, DJe 1.3.2017. Todavia,
não há decisão negando a existência de repercussão geral, que autorize a aplicação imediata do art.
1.030, I, a, do CPC.
13. Agravo interno provido. Decisão reforma para ADMITIR o recurso extraordinário interposto pela União
Federal. Remetam-se os autos ao STF nos termos do art. 1030, V, “a”, do CPC.
ACÓRDÃO
Decide a 2ª Turma Recursal do DF, por maioria, DAR PROVIMENTO ao agravo interno, vencido o Juiz
Rui Costa Gonçalves. Brasília, 15 de maio de 2019.
CARLOS EDUARDO CASTRO MARTINS
Juiz Federal – 2ª. Turma Recursal
Relator 1
563CDA01E8685015C141D97B17B14247
PROCESSO Nº : 0000340-70.2014.4.01.3400
RELATORA : JUÍZ FEDERAL CARLOS EDUARDO CASTRO
MARTINS
RECORRENTE (S) : UNIAO FEDERAL (FAZENDA NACIONAL)
ADVOGADO (S) : - KASSANDRA MARA MAFRA DOS SANTOS
RECORRIDO (S) : HELIO DE JESUS SANTANA
ADVOGADO (S) : PI00198489 - JOSE DO EGITO FIGUEIREDO
BARBOSA
EMENTA
PROCESSUAL E TRIBUTÁRIO. AGRAVO INTERNO. DECISÃO DA COORDENAÇÃO DAS TURMAS
RECURSAIS, QUE INADMITIU O RECURSO EXTRAORDINÁRIO. SERVIDOR PÚBLICO. IMPOSTO DE
RENDA. VERBAS RECEBIDAS ACUMULADAMENTE APÓS 1º DE JANEIRO DE 2010. INCIDENCIA DA
258
SISTEMATICA DE CÁLCULO PREVISTA NO ART. 12-A DA LEI 7713/88. MATÉRIA NÃO DEBATIDA
PELO STF NO RE 614406. PRECEDENTES DO STJ E TNU. AGRAVO INTERNO PROVIDO.
1. Agravo interno interposto pela União em face de decisão da Coordenadoria das Turmas
Recursais/JEF/DF, que negou seguimento ao recurso extraordinário, em razão de estar o acórdão desta
Turma Recursal em consonância com a jurisprudência do STF (RE 614406).
2. O réu alega que a Turma Recursal negou vigência ao art. 12-A da Lei n. 7.713/88 (incluído pela MP n.
497, de 27/7/2010, convertida na Lei n. 12.350, de 2010). Aduz, também, que no RE 614406 não foi
debatida a nova legislação, não sendo correto afirmar que existe decisão do STF sobre a questão.
Sustenta, ainda, que em julgados recentes o STJ tem ressalvado que o RE 614406 somente alcançou a
forma de tributação albergada pelo art. 12 Lei n. 7.713/98, manifestando-se pela aplicabilidade do art. 12-
7. Para não admitir o Recurso Extraordinário, a Coordenadora das Turmas Recursais fundamentou sua
decisão em julgado do Supremo Tribunal Federal, que em sede de Repercussão Geral assim decidiu:
“IMPOSTO DE RENDA – PERCEPÇÃO CUMULATIVA DE VALORES – ALÍQUOTA. A percepção
cumulativa de valores há de ser considerada, para efeito de fixação de alíquotas, presentes,
individualmente, os exercícios envolvidos”. (RE 614.406, Rel. Ministra Rosa Weber, julgado em
23/10/2014).
8. Acontece que o RE 614406 declarou somente a inconstitucionalidade do art. 12 da Lei n. 7.713/88, por
ofensa aos princípios da isonomia, da capacidade contributiva e da proporcionalidade. Não foi debatida a
(in) constitucionalidade da nova legislação. Aliás, em trechos do inteiro teor da decisão, obiter dictum,
chega-se a afirmar que a inclusão do art. 12-A, da Lei 7.713/88, pela MP n. 497, de 27/7/2010, convertida
na Lei n. 12.350, de 2010, “adveio exatamente da necessidade de se corrigir a distorção das cobranças
do imposto de rendas recebidas, em montante único, fora do tempo devido”.
9. Vale destacar também o seguinte precedente do STJ:
PROCESSUAL CIVIL E TRIBUTÁRIO. VIOLAÇÃO AO ART. 535, II, DO CPC. NÃO OCORRÊNCIA.
IMPOSTO DE RENDA. VERBAS RECEBIDAS ACUMULADAMENTE APÓS 1º DE JANEIRO DE 2010.
INCIDÊNCIA DA SISTEMÁTICA DE CÁLCULO PREVISTA NO ART. 12-A, DA LEI Nº 7.713/88.
1. Afastada a alegação de ofensa ao art. 535, II do CPC, tendo em vista que o Tribunal de origem se
manifestou de forma clara e fundamentada sobre a existência de interesse de agir por parte do autor e
sobre a inaplicabilidade do sistema de cálculo previsto no art. 12-A da Lei nº 7.713/88, introduzido pela Lei
nº 12.350/10. A solução integral da controvérsia, com fundamento suficiente, não caracteriza ofensa ao
art. 535 do CPC.
2. Não é possível afirmar, a priori, que a aplicação das alíquotas segundo a sistemática da tabela
progressiva de que trata o § 1º do art. 12-A da Lei nº 7.713/88 (regime de caixa com tributação exclusiva
na fonte e alíquotas próprias) seja mais benéfica ao contribuinte que o cálculo do imposto na forma
consagrada pelo recurso representativo da controvérsia REsp 1.118.429/SP, Primeira Seção, Rel. Min.
Herman Benjamin, DJe de 14.5.2010 (regime de competência com tributação juntamente com os demais
rendimentos tributáveis e alíquotas vigentes à época em que deveria ter sido recebido o rendimento). A
sistemática mais benéfica pode ser apurada apenas em cada caso concreto e em sede de liquidação.
Assim, não há que se falar, em tese, de ausência de interesse de agir.
3. Esta Corte, ao interpretar o art. 12 da Lei nº 7.713/88, concluiu que tal dispositivo tratou do momento da
incidência do imposto de renda sobre verbas recebidas acumuladamente, mas não tratou das alíquotas
aplicáveis. Desse modo, considerou válida a incidência do imposto sobre as verbas recebidas
acumuladamente, desde que aplicáveis as alíquotas vigentes à época em que os valores deveriam ter
sido efetivamente pagos, segundo o regime de competência.
4. Ocorre que, com o advento da MP nº 497/2010, convertida na Lei nº 12.350/2010, que incluiu o art. 12-
A na Lei nº 7.713/88, não há mais que se falar em ausência de indicação das alíquotas aplicáveis, pois o
259
§ 1º do referido dispositivo expressamente determina que o imposto será "calculado mediante a utilização
da tabela progressiva resultante da multiplicação da quantidade de meses a que se refiram os
rendimentos pelos valores constantes da tabela progressiva mensal correspondente ao mês do
recebimento ou crédito". Inaplicável, portanto, a jurisprudência anterior.
5. Sendo assim, não tendo sido declarada sua inconstitucionalidade, é de se reconhecer a aplicabilidade
do art. 12-A da Lei nº 7.713/88 aos rendimentos recebidos acumuladamente (fatos geradores do imposto
de renda) a partir de 1º de janeiro de 2010, conforme preceitua o § 7º do art. 12-A da Lei nº 7.713/88, e na
forma dos arts. 105 e 144, caput, do CTN. PODER JUDICIÁRIO JUIZADOS ESPECIAIS FEDERAIS
SEÇÃO JUDICIÁRIA DO DISTRITO FEDERAL 2ª TURMA RECURSAL
563CDA01E8685015C141D97B17B14247
4ED63383467D0AA4512F791FEEE62F40
PROCESSO Nº : 0000330-26.2014.4.01.3400
RELATORA : JUÍZ FEDERAL CARLOS EDUARDO CASTRO
MARTINS
RECORRENTE (S) : UNIAO FEDERAL (FAZENDA NACIONAL)
ADVOGADO (S) : - KASSANDRA MARA MAFRA DOS SANTOS
RECORRIDO (S) : FERDINAN CELSO ABREU GARCES
ADVOGADO (S) : PI00198489 - JOSE DO EGITO FIGUEIREDO
BARBOSA
EMENTA
PROCESSUAL E TRIBUTÁRIO. AGRAVO INTERNO. DECISÃO DA COORDENAÇÃO DAS TURMAS
RECURSAIS, QUE INADMITIU O RECURSO EXTRAORDINÁRIO. SERVIDOR PÚBLICO. IMPOSTO DE
RENDA. VERBAS RECEBIDAS ACUMULADAMENTE APÓS 1º DE JANEIRO DE 2010. INCIDENCIA DA
SISTEMATICA DE CÁLCULO PREVISTA NO ART. 12-A DA LEI 7713/88. MATÉRIA NÃO DEBATIDA
PELO STF NO RE 614406. PRECEDENTES DO STJ E TNU. AGRAVO INTERNO PROVIDO.
260
1. Agravo interno interposto pela União em face de decisão da Coordenadoria das Turmas
Recursais/JEF/DF, que negou seguimento ao recurso extraordinário, em razão de estar o acórdão desta
Turma Recursal em consonância com a jurisprudência do STF (RE 614406).
2. O réu alega que a Turma Recursal negou vigência ao art. 12-A da Lei n. 7.713/88 (incluído pela MP n.
497, de 27/7/2010, convertida na Lei n. 12.350, de 2010). Aduz, também, que no RE 614406 não foi
debatida a nova legislação, não sendo correto afirmar que existe decisão do STF sobre a questão.
Sustenta, ainda, que em julgados recentes o STJ tem ressalvado que o RE 614406 somente alcançou a
forma de tributação albergada pelo art. 12 Lei n. 7.713/98, manifestando-se pela aplicabilidade do art. 12-
A da mesma lei para os rendimentos recebidos acumuladamente a partir de 1º de janeiro de 2010 (REsp
1487501 e Resp 1515569).
7. Para não admitir o Recurso Extraordinário, a Coordenadora das Turmas Recursais fundamentou sua
decisão em julgado do Supremo Tribunal Federal, que em sede de Repercussão Geral assim decidiu:
“IMPOSTO DE RENDA – PERCEPÇÃO CUMULATIVA DE VALORES – ALÍQUOTA. A percepção
cumulativa de valores há de ser considerada, para efeito de fixação de alíquotas, presentes,
individualmente, os exercícios envolvidos”. (RE 614.406, Rel. Ministra Rosa Weber, julgado em
23/10/2014).
8. Acontece que o RE 614406 declarou somente a inconstitucionalidade do art. 12 da Lei n. 7.713/88, por
ofensa aos princípios da isonomia, da capacidade contributiva e da proporcionalidade. Não foi debatida a
(in) constitucionalidade da nova legislação. Aliás, em trechos do inteiro teor da decisão, obiter dictum,
chega-se a afirmar que a inclusão do art. 12-A, da Lei 7.713/88, pela MP n. 497, de 27/7/2010, convertida
na Lei n. 12.350, de 2010, “adveio exatamente da necessidade de se corrigir a distorção das cobranças
do imposto de rendas recebidas, em montante único, fora do tempo devido”.
9. Vale destacar também o seguinte precedente do STJ:
PROCESSUAL CIVIL E TRIBUTÁRIO. VIOLAÇÃO AO ART. 535, II, DO CPC. NÃO OCORRÊNCIA.
IMPOSTO DE RENDA. VERBAS RECEBIDAS ACUMULADAMENTE APÓS 1º DE JANEIRO DE 2010.
INCIDÊNCIA DA SISTEMÁTICA DE CÁLCULO PREVISTA NO ART. 12-A, DA LEI Nº 7.713/88.
1. Afastada a alegação de ofensa ao art. 535, II do CPC, tendo em vista que o Tribunal de origem se
manifestou de forma clara e fundamentada sobre a existência de interesse de agir por parte do autor e
sobre a inaplicabilidade do sistema de cálculo previsto no art. 12-A da Lei nº 7.713/88, introduzido pela Lei
nº 12.350/10. A solução integral da controvérsia, com fundamento suficiente, não caracteriza ofensa ao
art. 535 do CPC.
2. Não é possível afirmar, a priori, que a aplicação das alíquotas segundo a sistemática da tabela
progressiva de que trata o § 1º do art. 12-A da Lei nº 7.713/88 (regime de caixa com tributação exclusiva
na fonte e alíquotas próprias) seja mais benéfica ao contribuinte que o cálculo do imposto na forma
consagrada pelo recurso representativo da controvérsia REsp 1.118.429/SP, Primeira Seção, Rel. Min.
Herman Benjamin, DJe de 14.5.2010 (regime de competência com tributação juntamente com os demais
rendimentos tributáveis e alíquotas vigentes à época em que deveria ter sido recebido o rendimento). A
sistemática mais benéfica pode ser apurada apenas em cada caso concreto e em sede de liquidação.
Assim, não há que se falar, em tese, de ausência de interesse de agir.
3. Esta Corte, ao interpretar o art. 12 da Lei nº 7.713/88, concluiu que tal dispositivo tratou do momento da
incidência do imposto de renda sobre verbas recebidas acumuladamente, mas não tratou das alíquotas
aplicáveis. Desse modo, considerou válida a incidência do imposto sobre as verbas recebidas
acumuladamente, desde que aplicáveis as alíquotas vigentes à época em que os valores deveriam ter
sido efetivamente pagos, segundo o regime de competência.
4. Ocorre que, com o advento da MP nº 497/2010, convertida na Lei nº 12.350/2010, que incluiu o art. 12-
A na Lei nº 7.713/88, não há mais que se falar em ausência de indicação das alíquotas aplicáveis, pois o
§ 1º do referido dispositivo expressamente determina que o imposto será "calculado mediante a utilização
da tabela progressiva resultante da multiplicação da quantidade de meses a que se refiram os
261
6. Entendimento que não contraria a orientação firmada pela Primeira Seção desta Corte no recurso
73A8B143D2687D25A98938439B97CB99
PROCESSO Nº : 0001340-08.2014.4.01.3400
RELATORA : JUÍZ FEDERAL CARLOS EDUARDO CASTRO
MARTINS
RECORRENTE (S) : UNIAO FEDERAL (FAZENDA NACIONAL)
ADVOGADO (S) : - SERGIO DINIZ LINS
RECORRIDO (S) : JOSE MILTON FEITOSA
ADVOGADO (S) : PI00198489 - JOSE DO EGITO FIGUEIREDO
BARBOSA
EMENTA
PROCESSUAL E TRIBUTÁRIO. AGRAVO INTERNO. DECISÃO DA COORDENAÇÃO DAS TURMAS
RECURSAIS, QUE INADMITIU O RECURSO EXTRAORDINÁRIO. SERVIDOR PÚBLICO. IMPOSTO DE
RENDA. VERBAS RECEBIDAS ACUMULADAMENTE APÓS 1º DE JANEIRO DE 2010. INCIDENCIA DA
SISTEMATICA DE CÁLCULO PREVISTA NO ART. 12-A DA LEI 7713/88. MATÉRIA NÃO DEBATIDA
PELO STF NO RE 614406. PRECEDENTES DO STJ E TNU. AGRAVO INTERNO PROVIDO.
1. Agravo interno interposto pela União em face de decisão da Coordenadoria das Turmas
Recursais/JEF/DF, que negou seguimento ao recurso extraordinário, em razão de estar o acórdão desta
Turma Recursal em consonância com a jurisprudência do STF (RE 614406).
262
2. O réu alega que a Turma Recursal negou vigência ao art. 12-A da Lei n. 7.713/88 (incluído pela MP n.
497, de 27/7/2010, convertida na Lei n. 12.350, de 2010). Aduz, também, que no RE 614406 não foi
debatida a nova legislação, não sendo correto afirmar que existe decisão do STF sobre a questão.
Sustenta, ainda, que em julgados recentes o STJ tem ressalvado que o RE 614406 somente alcançou a
forma de tributação albergada pelo art. 12 Lei n. 7.713/98, manifestando-se pela aplicabilidade do art. 12-
A da mesma lei para os rendimentos recebidos acumuladamente a partir de 1º de janeiro de 2010 (REsp
1487501 e Resp 1515569).
3. Sem contrarrazões.
4. Decisão. Da decisão monocrática proferida pelo Coordenador das Turmas Recursais que nega
seguimento ao recurso extraordinário cabe agravo interno, nos termos do art. 1.030, §2º, do CPC/15.
7. Para não admitir o Recurso Extraordinário, a Coordenadora das Turmas Recursais fundamentou sua
decisão em julgado do Supremo Tribunal Federal, que em sede de Repercussão Geral assim decidiu:
“IMPOSTO DE RENDA – PERCEPÇÃO CUMULATIVA DE VALORES – ALÍQUOTA. A percepção
cumulativa de valores há de ser considerada, para efeito de fixação de alíquotas, presentes,
individualmente, os exercícios envolvidos”. (RE 614.406, Rel. Ministra Rosa Weber, julgado em
23/10/2014).
8. Acontece que o RE 614406 declarou somente a inconstitucionalidade do art. 12 da Lei n. 7.713/88, por
ofensa aos princípios da isonomia, da capacidade contributiva e da proporcionalidade. Não foi debatida a
(in) constitucionalidade da nova legislação. Aliás, em trechos do inteiro teor da decisão, obiter dictum,
chega-se a afirmar que a inclusão do art. 12-A, da Lei 7.713/88, pela MP n. 497, de 27/7/2010, convertida
na Lei n. 12.350, de 2010, “adveio exatamente da necessidade de se corrigir a distorção das cobranças
do imposto de rendas recebidas, em montante único, fora do tempo devido”.
9. Vale destacar também o seguinte precedente do STJ:
PROCESSUAL CIVIL E TRIBUTÁRIO. VIOLAÇÃO AO ART. 535, II, DO CPC. NÃO OCORRÊNCIA.
IMPOSTO DE RENDA. VERBAS RECEBIDAS ACUMULADAMENTE APÓS 1º DE JANEIRO DE 2010.
INCIDÊNCIA DA SISTEMÁTICA DE CÁLCULO PREVISTA NO ART. 12-A, DA LEI Nº 7.713/88.
1. Afastada a alegação de ofensa ao art. 535, II do CPC, tendo em vista que o Tribunal de origem se
manifestou de forma clara e fundamentada sobre a existência de interesse de agir por parte do autor e
sobre a inaplicabilidade do sistema de cálculo previsto no art. 12-A da Lei nº 7.713/88, introduzido pela Lei
nº 12.350/10. A solução integral da controvérsia, com fundamento suficiente, não caracteriza ofensa ao
art. 535 do CPC.
2. Não é possível afirmar, a priori, que a aplicação das alíquotas segundo a sistemática da tabela
progressiva de que trata o § 1º do art. 12-A da Lei nº 7.713/88 (regime de caixa com tributação exclusiva
na fonte e alíquotas próprias) seja mais benéfica ao contribuinte que o cálculo do imposto na forma
consagrada pelo recurso representativo da controvérsia REsp 1.118.429/SP, Primeira Seção, Rel. Min.
Herman Benjamin, DJe de 14.5.2010 (regime de competência com tributação juntamente com os demais
rendimentos tributáveis e alíquotas vigentes à época em que deveria ter sido recebido o rendimento). A
sistemática mais benéfica pode ser apurada apenas em cada caso concreto e em sede de liquidação.
Assim, não há que se falar, em tese, de ausência de interesse de agir.
3. Esta Corte, ao interpretar o art. 12 da Lei nº 7.713/88, concluiu que tal dispositivo tratou do momento da
incidência do imposto de renda sobre verbas recebidas acumuladamente, mas não tratou das alíquotas
aplicáveis. Desse modo, considerou válida a incidência do imposto sobre as verbas recebidas
acumuladamente, desde que aplicáveis as alíquotas vigentes à época em que os valores deveriam ter
sido efetivamente pagos, segundo o regime de competência.
4. Ocorre que, com o advento da MP nº 497/2010, convertida na Lei nº 12.350/2010, que incluiu o art. 12-
A na Lei nº 7.713/88, não há mais que se falar em ausência de indicação das alíquotas aplicáveis, pois o
§ 1º do referido dispositivo expressamente determina que o imposto será "calculado mediante a utilização
da tabela progressiva resultante da multiplicação da quantidade de meses a que se refiram os
rendimentos pelos valores constantes da tabela progressiva mensal correspondente ao mês do
recebimento ou crédito". Inaplicável, portanto, a jurisprudência anterior.
263
5. Sendo assim, não tendo sido declarada sua inconstitucionalidade, é de se reconhecer a aplicabilidade
do art. 12-A da Lei nº 7.713/88 aos rendimentos recebidos acumuladamente (fatos geradores do imposto
de renda) a partir de 1º de janeiro de 2010, conforme preceitua o § 7º do art. 12-A da Lei nº 7.713/88, e na
forma dos arts. 105 e 144, caput, do CTN. PODER JUDICIÁRIO JUIZADOS ESPECIAIS FEDERAIS
SEÇÃO JUDICIÁRIA DO DISTRITO FEDERAL 2ª TURMA RECURSAL
73A8B143D2687D25A98938439B97CB99
6. Entendimento que não contraria a orientação firmada pela Primeira Seção desta Corte no recurso
representativo da controvérsia REsp. n. 1.118.429/SP, Primeira Seção, Rel. Min. Herman Benjamin, DJe
de 14.5.2010.
64CEE8A43A8CBACBF0AECDA648805B0D
PROCESSO Nº : 0037737-03.2013.4.01.3400
RELATORA : JUÍZ FEDERAL CARLOS EDUARDO CASTRO
MARTINS
RECORRENTE (S) : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-
INSS
ADVOGADO (S) :
RECORRIDO (S) : PEDRO NETTO RODRIGUES CHAVES
ADVOGADO (S) : MG00082770 - FERNANDO ANDRADE CHAVES
E OUTRO(S)
EMENTA
REEXAME DO PROCESSO. JUÍZO DE RETRATAÇÃO. DESAPOSENTAÇÃO. RENÚNCIA A
BENEFÍCIO PREVIDENCIÁRIO. CÔMPUTO DE CONTRIBUIÇÕES POSTERIORES. IMPOSSIBILIDADE.
PRECEDENTE DO STF EM REPERCUSSÃO GERAL. RE 661256/DF. SENTENÇA REFORMADA.
PEDIDO JULGADO IMPROCEDENTE.
1. Processo recebido da Coordenadoria das Turmas Recursais dos Juizados Especiais Federais para
reexame e juízo de retratação pelo Colegiado, considerando o entendimento firmado pelo STF em relação
à desaposentação (RE 661.256).
2. Desaposentação. Impossibilidade. Necessidade de previsão legal. Precedente do STF em repercussão
geral. RE 661.256. Observância obrigatória (art. 927, III, do CPC/15). O STF, em julgado submetido à
repercussão geral (RE 661256) no dia 26/10/2016, considerou ser inviável o recálculo do valor da
264
aposentadoria, por desaposentação, com o cômputo das contribuições vertidas após sua concessão,
fixando a tese no sentido de que, no âmbito do Regime Geral de Previdência Social (RGPS), somente lei
pode criar benefícios e vantagens previdenciárias, não havendo, por ora, previsão legal do direito à
desaposentação, sendo constitucional a regra do art. 18, § 2º, da Lei 8.213/1991.
3. Desse modo, ante a necessidade de observância dos precedentes firmados pelo Supremo Tribunal
Federal nos julgamentos com repercussão geral, merece reforma a sentença de primeiro grau.
4. Reexame do processo e juízo de retratação e alteração do acórdão anterior da Turma Recursal (art.
1.040, II, e art. 1.041, § 1º, CPC), divergente do entendimento firmado pelo Supremo Tribunal Federal no
julgamento do Recurso Extraordinário n. 661.256/DF, sob o rito da repercussão geral.
5. Recurso do INSS provido. Pedido julgado improcedente.
ACÓRDÃO
Decide a 2ª Turma Recursal do DF, por unanimidade, em reexame do processo, retratar-se do julgamento
anterior, alterando o respectivo acórdão para DAR PROVIMENTO ao recurso interposto pelo INSS.
Brasília, 15 de maio de 2019.
CARLOS EDUARDO CASTRO MARTINS
Juiz Federal – 2ª. Turma Recursal
Relator 1
8BC2D9064F96A2A90FD99141B9269B07
PROCESSO Nº : 0021584-55.2014.4.01.3400
RELATORA : JUÍZ FEDERAL CARLOS EDUARDO CASTRO
MARTINS
RECORRENTE (S) : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-
INSS
ADVOGADO (S) :
RECORRIDO (S) : NATALIA DA SILVA SANTOS
ADVOGADO (S) : DF00018841 - LINO DE CARVALHO
CAVALCANTE
EMENTA
REEXAME DO PROCESSO. JUÍZO DE RETRATAÇÃO. DESAPOSENTAÇÃO. RENÚNCIA A
BENEFÍCIO PREVIDENCIÁRIO. CÔMPUTO DE CONTRIBUIÇÕES POSTERIORES. IMPOSSIBILIDADE.
PRECEDENTE DO STF EM REPERCUSSÃO GERAL. RE 661256/DF. SENTENÇA REFORMADA.
PEDIDO JULGADO IMPROCEDENTE.
1. Processo recebido da Coordenadoria das Turmas Recursais dos Juizados Especiais Federais para
reexame e juízo de retratação pelo Colegiado, considerando o entendimento firmado pelo STF em relação
à desaposentação (RE 661.256).
2. Desaposentação. Impossibilidade. Necessidade de previsão legal. Precedente do STF em repercussão
geral. RE 661.256. Observância obrigatória (art. 927, III, do CPC/15). O STF, em julgado submetido à
repercussão geral (RE 661256) no dia 26/10/2016, considerou ser inviável o recálculo do valor da
aposentadoria, por desaposentação, com o cômputo das contribuições vertidas após sua concessão,
fixando a tese no sentido de que, no âmbito do Regime Geral de Previdência Social (RGPS), somente lei
pode criar benefícios e vantagens previdenciárias, não havendo, por ora, previsão legal do direito à
desaposentação, sendo constitucional a regra do art. 18, § 2º, da Lei 8.213/1991.
3. Desse modo, ante a necessidade de observância dos precedentes firmados pelo Supremo Tribunal
Federal nos julgamentos com repercussão geral, merece reforma a sentença de primeiro grau.
4. Reexame do processo e juízo de retratação e alteração do acórdão anterior da Turma Recursal (art.
1.040, II, e art. 1.041, § 1º, CPC), divergente do entendimento firmado pelo Supremo Tribunal Federal no
julgamento do Recurso Extraordinário n. 661.256/DF, sob o rito da repercussão geral.
5. Recurso do INSS provido. Pedido julgado improcedente. Recurso do autor prejudicado.
6. Sem honorário por parte do INSS, pois não há, no âmbito do JEF, previsão legal para arbitramento de
verba honorária quando há provimento do recurso (art. 55, caput, da Lei n. 9.099/95).
7. Sem honorários pela parte autora, porque não houve sucumbência. PODER JUDICIÁRIO JUIZADOS
ESPECIAIS FEDERAIS SEÇÃO JUDICIÁRIA DO DISTRITO FEDERAL 2ª TURMA RECURSAL
8BC2D9064F96A2A90FD99141B9269B07
265
ACÓRDÃO
Decide a 2ª Turma Recursal do DF, por unanimidade, em reexame do processo, retratar-se do julgamento
anterior, alterando o respectivo acórdão para DAR PROVIMENTO ao recurso interposto pelo INSS e
JULGAR PREJUDICADO o recurso da parte autora. Brasília, 15 de maio de 2019.
CARLOS EDUARDO CASTRO MARTINS
Juiz Federal – 2ª. Turma Recursal
Relator 1
B2017521D115BB2F30560B4EF9345406
PROCESSO Nº : 0075802-67.2013.4.01.3400
RELATORA : JUÍZ FEDERAL CARLOS EDUARDO CASTRO
MARTINS
RECORRENTE (S) : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-
INSS
ADVOGADO (S) :
RECORRIDO (S) : VICENTE FELIPE
ADVOGADO (S) : DF00018841 - LINO DE CARVALHO
CAVALCANTE
EMENTA
REEXAME DO PROCESSO. JUÍZO DE RETRATAÇÃO. DESAPOSENTAÇÃO. RENÚNCIA A
BENEFÍCIO PREVIDENCIÁRIO. CÔMPUTO DE CONTRIBUIÇÕES POSTERIORES. IMPOSSIBILIDADE.
PRECEDENTE DO STF EM REPERCUSSÃO GERAL. RE 661256/DF. PEDIDO DE
DESAPOSENTAÇÃO JULGADO IMPROCEDENTE. SENTENÇA REFORMADA, EM PARTE.
1. Processo recebido da Coordenadoria das Turmas Recursais dos Juizados Especiais Federais para
reexame e juízo de retratação pelo Colegiado, considerando o entendimento firmado pelo STF em relação
à desaposentação (RE 661.256).
2. Desaposentação. Impossibilidade. Necessidade de previsão legal. Precedente do STF em repercussão
geral. RE 661.256. Observância obrigatória (art. 927, III, do CPC/15). O STF, em julgado submetido à
repercussão geral (RE 661256) no dia 26/10/2016, considerou ser inviável o recálculo do valor da
aposentadoria, por desaposentação, com o cômputo das contribuições vertidas após sua concessão,
fixando a tese no sentido de que, no âmbito do Regime Geral de Previdência Social (RGPS), somente lei
pode criar benefícios e vantagens previdenciárias, não havendo, por ora, previsão legal do direito à
desaposentação, sendo constitucional a regra do art. 18, § 2º, da Lei 8.213/1991.
3. Desse modo, ante a necessidade de observância dos precedentes firmados pelo Supremo Tribunal
Federal nos julgamentos com repercussão geral, merece parcial reforma a sentença de primeiro grau.
4. Reexame do processo e juízo de retratação e alteração do acórdão anterior da Turma Recursal (art.
1.040, II, e art. 1.041, § 1º, CPC), divergente do entendimento firmado pelo Supremo Tribunal Federal no
julgamento do Recurso Extraordinário n. 661.256/DF, sob o rito da repercussão geral.
5. Recurso do INSS provido. Pedido de desaposentação julgado improcedente. Sentença reformada, em
parte.
6. Sem condenação em honorários advocatícios, por finalmente ter sido vencedora a parte que interpôs o
recurso inominado originário. PODER JUDICIÁRIO JUIZADOS ESPECIAIS FEDERAIS SEÇÃO
JUDICIÁRIA DO DISTRITO FEDERAL 2ª TURMA RECURSAL
B2017521D115BB2F30560B4EF9345406
ACÓRDÃO
Decide a 2ª Turma Recursal do DF, por unanimidade, em reexame do processo, retratar-se do julgamento
anterior, alterando o respectivo acórdão para DAR PROVIMENTO ao recurso interposto pelo INSS.
Brasília, 15 de maio de 2019.
CARLOS EDUARDO CASTRO MARTINS
Juiz Federal – 2ª. Turma Recursal
Relator 1
C6A4BDB1D2B08CCF74CB8C5996399C4E
266
PROCESSO Nº : 0077645-67.2013.4.01.3400
RELATORA : JUÍZ FEDERAL CARLOS EDUARDO CASTRO
MARTINS
RECORRENTE (S) : MAURICIO EDUARDO WEITZEL E OUTRO(S)
ADVOGADO (S) : SP00188672 - ALEXANDRE VASCONCELLOS
LOPES
RECORRIDO (S) : UNIAO FEDERAL (FAZENDA NACIONAL)
ADVOGADO (S) :
9. Assim, data máxima vênia aos julgamentos realizados pelo STJ sobre o tema, este colegiado entende
que o STF não fez distinção no julgamento sobre a Emenda Constitucional nº 41/03 porque o que se
discutia ali era o regime previdenciário dos servidores públicos civis, não se fazendo necessária a
distinção ou menção aos militares. O contrário é que deveria ocorrer, isto é, uma menção específica, caso
se entendesse que o artigo 40 como um todo se aplicasse aos militares por motivo de isonomia.
10. Vale ressaltar, ainda, que a contribuição dos inativos militares já ocorria antes mesmo da promulgação
da EC nº41/03, por força do disposto no artigo 1º da Lei nº 3.765/60 c/c o artigo 142, X, da CF.
11. Assim, nunca houve e nem deve haver isonomia entre os dois regimes, que são absolutamente
distintos, pelo menos com base no sistema constitucional atual. Para que houvesse isonomia seria
necessária também uma isonomia nos benefícios e nas alíquotas, e não apenas na aplicação da
contribuição em relação ao montante recebido até o teto de benefício do Regime Geral de Previdência
Social.
12. Não há qualquer óbice constitucional para cobrança da contribuição dos inativos para o custeio dos
benefícios previdenciários, em face do princípio da solidariedade social (AI nº 3128/DF, Relatora Ministra
Ellen Gracie, DJU de 18.02.2005, Plenário, STF). É devida, pois, a incidência de contribuição
previdenciária sobre proventos ou pensões auferidos pelos servidores públicos inativos e pensionistas. A
nova redação conferida pela EC nº 41/2003 ao art. 40 da CF/88 tem aplicação tanto aos servidores
públicos civis quanto aos militares. Precedente do STJ: ROMS nº 200801550976, Rel. Denise Arruda, 1ª
Turma, DJE de 02/02/2010.
13. A TNU, no julgamento do PEDILEF nº 201051510407060/RJ, pacificou o entendimento sobre a
matéria no sentido de que a contribuição previdenciária dos militares inativos e pensionistas deve incidir
sobre o total das parcelas que compõem os proventos da inatividade (artigo 3-A da Lei nº 3.765/60), não
havendo direito à imunidade conferida aos segurados do RGPS e servidores civis.
267
5D3A01505DB80FCFD8588935C31306E9
PROCESSO Nº : 0025466-25.2014.4.01.3400
RELATORA : JUÍZ FEDERAL CARLOS EDUARDO CASTRO
MARTINS
RECORRENTE (S) : AMADOR MOREIRA DA SILVA
ADVOGADO (S) : DF00037905 - DIEGO MONTEIRO CHERULLI
RECORRIDO (S) : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-
INSS
ADVOGADO (S) :
EMENTA
PROCESSO CIVIL. AGRAVO INTERNO. NÃO CONHECIDO. AUSÊNCIA DE PREVISÃO LEGAL.
REEXAME DO PROCESSO. JUÍZO DE RETRATAÇÃO. DESAPOSENTAÇÃO. RENÚNCIA A
BENEFÍCIO PREVIDENCIÁRIO. CÔMPUTO DE CONTRIBUIÇÕES POSTERIORES. IMPOSSIBILIDADE.
PRECEDENTE DO STF EM REPERCUSSÃO GERAL. RE 661256/DF. SENTENÇA MANTIDA.
1. Agravo interno interposto pela parte autora em face de decisão da Coordenadoria das Turmas
Recursais/JEF/DF, que determinou o retorno do processo ao Relator para juízo de adequação conforme o
RE 661.256, que tratou da desaposentação (art. 1030, II, do CPC/15).
2. O agravante alega que o instituto da desaposentação não foi declarado inconstitucional. Aduz, ainda,
que esta ação tem objeto jurídico totalmente diverso, consistente “na renúncia do benefício previdenciário,
para recalcular o valor de um NOVO benefício levando em consideração às contribuições que foram
recolhidas após a concessão do primeiro benefício”.
3. Sem contrarrazões.
4. Não conheço do agravo interno, por ausência de previsão legal. Nos termos do art. 1.031 do CPC, o
agravo interno só é cabível nas hipóteses em que for negado seguimento ao recurso extraordinário ou
sobrestado o processo (art. 1.031, §2º, do CPC/15). Ou ainda, quando inadmitido o pedido de
uniformização (art. 15, §1º, do RI da TNU). A situação em análise não se encaixa em nenhuma das
hipóteses legais. Ressalte-se, também, que compete ao Relator o juízo de admissibilidade em agravo
interno (art. 55, XXX, do RI das Turmas Recursais da 1ª Região).
5. Por fim, argumentativamente, no mérito, irreparável a decisão da Coordenação, considerando a
decisão do Supremo que tratou da desaposentação em repercussão geral (RE 661256). Passo ao juízo
de retratação.
6. Desaposentação. Impossibilidade. Necessidade de previsão legal. Precedente do STF em repercussão
geral. RE 661.256. Observância obrigatória (art. 927, III, do NCPC/15). O STF, em julgado submetido à
repercussão geral (RE 661256) no dia 26/10/2016, considerou ser inviável o recálculo do valor da
aposentadoria, por desaposentação, com o cômputo das contribuições vertidas após sua concessão,
fixando a tese no sentido de que, no âmbito do Regime Geral de Previdência Social (RGPS), somente lei
pode criar benefícios e vantagens previdenciárias, não havendo, por ora, previsão legal do direito à
desaposentação, sendo constitucional a regra do art. 18, § 2º, da Lei 8.213/1991.
7. Reexame do processo e juízo de retratação e alteração do acórdão anterior da Turma Recursal (art.
1.040, II, e art. 1.041, § 1º, CPC), divergente do entendimento firmado pelo PODER JUDICIÁRIO
JUIZADOS ESPECIAIS FEDERAIS SEÇÃO JUDICIÁRIA DO DISTRITO FEDERAL 2ª TURMA
RECURSAL
5D3A01505DB80FCFD8588935C31306E9
268
00EA4A2070364DDAE68418051DF6D57C
PROCESSO Nº : 0011912-86.2015.4.01.3400
RELATORA : JUÍZ FEDERAL CARLOS EDUARDO CASTRO
MARTINS
RECORRENTE (S) : CLEONICE MARIA DE JESUS
ADVOGADO (S) : DF00018841 - LINO DE CARVALHO
CAVALCANTE
RECORRIDO (S) : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-
INSS
ADVOGADO (S) :
EMENTA
AGRAVO INTERNO. DECISÃO QUE INADMITIU INCIDENTE DE UNIFORMIZAÇÃO E NEGOU
SEGUIMENTO AO RECURSO EXTRAORDINÁRIO. ART. 1.030, §2º, DO CPC E ART. 15, §2º DO RI DA
TNU. DECISÃO AGRAVADA EM CONSONANCIA COM PRECEDENTES DO STF E DO STJ. AGRAVO
DESPROVIDO.
1. Agravo interno interposto pela parte autora em face de decisão da Coordenadoria das Turmas
Recursais/JEF/DF, que negou seguimento ao recurso extraordinário e inadmitiu o pedido de
uniformização, com fundamento no RE 626.489, que trata da aplicação do prazo decadencial de 10 anos
para revisão de benefício previdenciário.
2. O agravante sustenta, em síntese, que o processo deve ser sobrestado com base no Resp n. 1612818.
3. Sem contrarrazões.
4. Decisão. Da decisão monocrática proferida pelo Coordenador das Turmas Recursais que nega
seguimento ao recurso extraordinário cabe agravo interno, nos termos do art. 1.030, §2º, do CPC/15;
igualmente acontece com a inadmissibilidade do pedido de uniformização, conforme art. 15, § 2º, do RI da
TNU. Ressalte-se, ainda, que compete ao Relator o juízo de admissibilidade em agravo interno (art. 55,
XXX, do RI das Turmas Recursais da 1ª Região). Agravo conhecido.
5. No mérito, o STF firmou entendimento no sentido de que "é legítima a instituição de prazo decadencial
de dez anos para a revisão de benefício já concedido, com fundamento no princípio da segurança
jurídica, no interesse em evitar a eternização dos litígios e na busca de equilíbrio financeiro e atuarial para
o sistema previdenciário”. O prazo de dez anos para a revisão de benefícios previdenciários é aplicável,
inclusive, aos benefícios concedidos antes da Medida Provisória 1.523-9/1997, que o instituiu, sem que
isso importe em retroatividade vedada pela Constituição. Precedente: Recurso Extraordinário 626.489/SE,
submetido ao regime de Repercussão Geral e julgado em 16.10.2013 (Relator Ministro Luís Roberto
Barroso). Nestes casos, conforme esclareceu o STF, o prazo decadencial tem como termo inicial o dia 1º
de agosto de 1997, por força de expressa disposição. Quanto aos benefícios concedidos após
28/06/1997, a data inicial do prazo de decadência é o "dia primeiro do mês seguinte ao do recebimento da
primeira prestação ou, quando for o caso, do dia em que tomar conhecimento da decisão indeferitória
definitiva no âmbito administrativo" (art. 103 da Lei 8.213/1991).
6. Registre-se, ainda, que a matéria foi apreciada pelo STF, no RE 630.501, sob o rito da repercussão
geral, e restou consignado no voto-vencedor, da Min. Rel. Ellen Gracie, que "atribuo os efeitos de
repercussão geral ao acolhimento da tese do direito adquirido ao melhor PODER JUDICIÁRIO JUIZADOS
ESPECIAIS FEDERAIS SEÇÃO JUDICIÁRIA DO DISTRITO FEDERAL 2ª TURMA RECURSAL
269
00EA4A2070364DDAE68418051DF6D57C
6A401B9071E912E0A547CC6730D3DB17
PROCESSO Nº : 0039977-91.2015.4.01.3400
RELATORA : JUÍZ FEDERAL CARLOS EDUARDO CASTRO
MARTINS
RECORRENTE (S) : VALDECIO JOSE DA ROCHA
ADVOGADO (S) : DF00018841 - LINO DE CARVALHO
CAVALCANTE
RECORRIDO (S) : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-
INSS
ADVOGADO (S) :
EMENTA
AGRAVO INTERNO. DECISÃO QUE INADMITIU INCIDENTE DE UNIFORMIZAÇÃO E NEGOU
SEGUIMENTO AO RECURSO EXTRAORDINÁRIO. ART. 1.030, §2º, DO CPC E ART. 15, §2º DO RI DA
TNU. DECISÃO AGRAVADA EM CONSONANCIA COM PRECEDENTES DO STF E DO STJ. AGRAVO
DESPROVIDO.
1. Agravo interno interposto pela parte autora em face de decisão da Coordenadoria das Turmas
Recursais/JEF/DF, que negou seguimento ao recurso extraordinário, com fundamento no RE 626.489,
que trata da aplicação do prazo decadencial de 10 anos para revisão de benefício previdenciário.
2. O agravante sustenta, em síntese, que o processo deve ser sobrestado com base no Resp n. 1612818.
3. Sem contrarrazões.
4. Decisão. Da decisão monocrática proferida pelo Coordenador das Turmas Recursais que nega
seguimento ao recurso extraordinário cabe agravo interno, nos termos do art. 1.030, §2º, do CPC/15.
Ressalte-se, ainda, que compete ao Relator o juízo de admissibilidade em agravo interno (art. 55, XXX,
do RI das Turmas Recursais da 1ª Região, aplicado por analogia). Agravo conhecido.
5. O STF firmou entendimento no sentido de que "é legítima a instituição de prazo decadencial de dez
anos para a revisão de benefício já concedido, com fundamento no princípio da segurança jurídica, no
interesse em evitar a eternização dos litígios e na busca de equilíbrio financeiro e atuarial para o sistema
previdenciário”. O prazo de dez anos para a revisão de benefícios previdenciários é aplicável, inclusive,
aos benefícios concedidos antes da Medida Provisória 1.523-9/1997, que o instituiu, sem que isso importe
em retroatividade vedada pela Constituição. Precedente: Recurso Extraordinário 626.489/SE, submetido
ao regime de Repercussão Geral e julgado em 16.10.2013 (Relator Ministro Luís Roberto Barroso).
Nestes casos, conforme esclareceu o STF, o prazo decadencial tem como termo inicial o dia 1º de agosto
de 1997, por força de expressa disposição. Quanto aos benefícios concedidos após 28/06/1997, a data
inicial do prazo de decadência é o "dia primeiro do mês seguinte ao do recebimento da primeira prestação
270
ou, quando for o caso, do dia em que tomar conhecimento da decisão indeferitória definitiva no âmbito
administrativo" (art. 103 da Lei 8.213/1991).
6. Registre-se, ainda, que a matéria foi apreciada pelo STF, no RE 630.501, sob o rito da repercussão
geral, e restou consignado no voto-vencedor, da Min. Rel. Ellen Gracie, que "atribuo os efeitos de
repercussão geral ao acolhimento da tese do direito adquirido ao melhor benefício, assegurando-se a
possibilidade de os segurados verem seus benefícios deferidos ou PODER JUDICIÁRIO JUIZADOS
ESPECIAIS FEDERAIS SEÇÃO JUDICIÁRIA DO DISTRITO FEDERAL 2ª TURMA RECURSAL
6A401B9071E912E0A547CC6730D3DB17
revisados de modo que correspondam à maior renda mensal inicial possível no cotejo entre aquela obtida
BFA63C78BF5A3BD7701ECA2DDA4809CD
PROCESSO Nº : 0040103-10.2016.4.01.3400
RELATORA : JUÍZ FEDERAL CARLOS EDUARDO CASTRO
MARTINS
RECORRENTE (S) : JOSE FERREIRA DO NASCIMENTO
ADVOGADO (S) : DF00039232 - LEONARDO DA COSTA
RECORRIDO (S) : FUNDACAO NACIONAL DE SAUDE FUNASA
ADVOGADO (S) : - PAULO FERNANDO AIRES DE
ALBUQUERQUE FILHO
EMENTA
ADMINISTRATIVO E PROCESSUAL. SERVIDOR PÚBLICO. GRATIFICAÇÃO DE ATIVIDADE DE
COMBATE E CONTROLE DE ENDEMIAS - GACEN. EXTENSÃO AOS INATIVOS/PENSIONISTAS COM
DIREITO À PARIDADE NO MESMO VALOR PAGO AOS SERVIDORES DA ATIVA. IMPOSSIBILIDADE.
NATUREZA PRO LABORE FACIENDO ESTABELECIDA PELA PRÓPRIA LEI QUE A INSTITUIU (LEI
11.784/2008). TNU. PEDILEF 05033027020134058302. REFERÊNCIA EXPRESSA PELO
JULGAMENTO DA TURMA RECURSAL, APONTANDO DISTINÇÃO E NECESSIDADE DE SUPERAR
ENTENDIMENTO DA TNU. ART. 489, § 1º, CPC. POSSIBILIDADE DE A JURISPRUDÊNCIA SER
ALTERADA (ART. 927, §§ 3º E 4º), INCLUSIVE EM JULGAMENTO SUPERIOR REPRESENTATIVO DE
CONTROVÉRSIA (EX. ARTS. 256-S E SEGUINTES DO REGIMENTO INTERNO DO STJ, QUANTO AO
ENTENDIMENTO FIRMADO EM TEMA REPETITIVO). REEXAME DO PROCESSO. MANUTENÇÃO DO
ACÓRDÃO DA TURMA RECURSAL. NECESSIDADE DE REMETER O PEDIDO DE UNIFORMIZAÇÃO
À TNU. ART. 1.041, CAPUT, CPC, NA FORMA DO ART. 1.036, § 1º, TAMBÉM DO CPC.
1. Processo recebido da Coordenadoria das Turmas Recursais dos Juizados Especiais Federais para
reexame e, se for o caso, juízo de retratação pelo Colegiado, considerando o entendimento firmado pela
TNU no PEDILEF n. 0520739-96.2014.4.05.8300, que trata da paridade entre servidores ativos e inativos
para fins de pagamento da Gratificação de Atividade de Combate e Controle de Endemias – GACEN.
271
ACÓRDÃO
Decide a 2ª Turma Recursal do DF, por unanimidade, em reexame do processo, manter o julgamento
anterior, com devolução do feito à Coordenação das TRs/DF. Brasília, 15 de maio de 2019.
CARLOS EDUARDO CASTRO MARTINS
Juiz Federal – 2ª. Turma Recursal
Relator 1
272
73F7BD9CEB8E0DF6E4661ED07E490070
PROCESSO Nº : 0038735-63.2016.4.01.3400
RELATORA : JUÍZ FEDERAL CARLOS EDUARDO CASTRO
MARTINS
RECORRENTE (S) : JOVENIL MOREIRA
ADVOGADO (S) : DF00039232 - LEONARDO DA COSTA
EMENTA
ADMINISTRATIVO E PROCESSUAL. SERVIDOR PÚBLICO. GRATIFICAÇÃO DE ATIVIDADE DE
COMBATE E CONTROLE DE ENDEMIAS - GACEN. EXTENSÃO AOS INATIVOS/PENSIONISTAS COM
DIREITO À PARIDADE NO MESMO VALOR PAGO AOS SERVIDORES DA ATIVA. IMPOSSIBILIDADE.
NATUREZA PRO LABORE FACIENDO ESTABELECIDA PELA PRÓPRIA LEI QUE A INSTITUIU (LEI
11.784/2008). TNU. PEDILEF 05033027020134058302. REFERÊNCIA EXPRESSA PELO
JULGAMENTO DA TURMA RECURSAL, APONTANDO DISTINÇÃO E NECESSIDADE DE SUPERAR
ENTENDIMENTO DA TNU. ART. 489, § 1º, CPC. POSSIBILIDADE DE A JURISPRUDÊNCIA SER
ALTERADA (ART. 927, §§ 3º E 4º), INCLUSIVE EM JULGAMENTO SUPERIOR REPRESENTATIVO DE
CONTROVÉRSIA (EX. ARTS. 256-S E SEGUINTES DO REGIMENTO INTERNO DO STJ, QUANTO AO
ENTENDIMENTO FIRMADO EM TEMA REPETITIVO). REEXAME DO PROCESSO. MANUTENÇÃO DO
ACÓRDÃO DA TURMA RECURSAL. NECESSIDADE DE REMETER O PEDIDO DE UNIFORMIZAÇÃO
À TNU. ART. 1.041, CAPUT, CPC, NA FORMA DO ART. 1.036, § 1º, TAMBÉM DO CPC.
1. Processo recebido da Coordenadoria das Turmas Recursais dos Juizados Especiais Federais para
reexame e, se for o caso, juízo de retratação pelo Colegiado, considerando o entendimento firmado pela
TNU no PEDILEF n. 0520739-96.2014.4.05.8300, que trata da paridade entre servidores ativos e inativos
para fins de pagamento da Gratificação de Atividade de Combate e Controle de Endemias – GACEN.
2. A TNU no PEDILEF 05033027020134058302 e no PEDILEF 05207399620144058300 reconheceu a
natureza remuneratória da GACEN, bem como seu caráter geral, e estendeu aos inativos com direito a
paridade remuneratória o pagamento integral da referida gratificação.
3. Todavia, esta Turma Recursal, em diversos julgados, vem desacolhendo os pedidos de pagamento de
diferenças remuneratórias a título de GACEN, sob o pretexto da paridade entre servidores ativos e
inativos. Segundo entendimento firmado pela 2ª Turma Recursal do DF, “a GACEN é paga, segundo a
letra da lei que a instituiu, em virtude do servidor da ativa realizar atividades de combate e controle de
endemias, em caráter permanente. Se o ocupante de cargo dos Quadros do Ministério da Saúde ou da
FUNASA não realizar mais tais atividades, não pode continuar recebendo a GACEN. Por isso, não
importa que o pagamento dessa gratificação prescinda de uma avaliação de desempenho. Nem por isso
deixa de ser pro labore faciendo, pois esta natureza decorre do serviço distinto efetivamente realizado, e
somente enquanto efetivamente realizado. As gratificações de desempenho comuns criadas ao longo do
tempo, por não exigirem a realização de serviço distinto para serem pagas, precisam da produtividade
diferenciada do mesmo serviço, para adquirirem natureza pro labore faciendo. Portanto, acolher todas as
consequências de considerar a GACEN uma gratificação pro labore faciendo não significa ir contra
entendimento consolidado pelo STF sobre o caráter geral das PODER JUDICIÁRIO JUIZADOS
ESPECIAIS FEDERAIS SEÇÃO JUDICIÁRIA DO DISTRITO FEDERAL 2ª TURMA RECURSAL
73F7BD9CEB8E0DF6E4661ED07E490070
entendimento exposto pela TNU em 2016. E é o que permite o disposto no art. 1.041, caput, no CPC, que
inclusive prevê a remessa do feito à instância especial (no caso, TNU, na forma do art. 1.036, § 1º, ou
seja, com seleção de dois ou mais recursos representativos da controvérsia e suspensão do trâmite dos
demais).
6. Ressalte-se que a interpretação desta Turma Recursal começa a ter eco no STJ, como sinaliza a
decisão monocrática tomada no REsp 1.599.139/CE, em que se negou provimento ao Especial, com a
seguinte fundamentação, que acolhe argumento do Tribunal do origem: “Assim sendo, não há previsão
legal para que o servidor aposentado receba a GACEN na mesma proporção que o servidor da ativa,
mormente porque essa gratificação é devida em razão da atividade desenvolvida, isto é, tem natureza pro
labore faciendo, segundo a legislação regente, verbis (fls. 480). 5. Dessa forma, o acórdão recorrido
ACÓRDÃO
Decide a 2ª Turma Recursal do DF, por unanimidade, em reexame do processo, manter o julgamento
anterior, com devolução do feito à Coordenação das TRs/DF. Brasília, 15 de maio de 2019.
CARLOS EDUARDO CASTRO MARTINS
Juiz Federal – 2ª. Turma Recursal
Relator 1
1B77ED55CF303880ED8F7B127B98A3E5
PROCESSO Nº : 0044074-03.2016.4.01.3400
RELATORA : JUÍZ FEDERAL CARLOS EDUARDO CASTRO
MARTINS
RECORRENTE (S) : JACI SCARDINI
ADVOGADO (S) : DF00039232 - LEONARDO DA COSTA
RECORRIDO (S) : FUNDACAO NACIONAL DE SAUDE FUNASA
ADVOGADO (S) : - PAULO FERNANDO AIRES DE
ALBUQUERQUE FILHO
EMENTA
ADMINISTRATIVO E PROCESSUAL. SERVIDOR PÚBLICO. GRATIFICAÇÃO DE ATIVIDADE DE
COMBATE E CONTROLE DE ENDEMIAS - GACEN. EXTENSÃO AOS INATIVOS/PENSIONISTAS COM
DIREITO À PARIDADE NO MESMO VALOR PAGO AOS SERVIDORES DA ATIVA. IMPOSSIBILIDADE.
NATUREZA PRO LABORE FACIENDO ESTABELECIDA PELA PRÓPRIA LEI QUE A INSTITUIU (LEI
11.784/2008). TNU. PEDILEF 05033027020134058302. REFERÊNCIA EXPRESSA PELO
JULGAMENTO DA TURMA RECURSAL, APONTANDO DISTINÇÃO E NECESSIDADE DE SUPERAR
ENTENDIMENTO DA TNU. ART. 489, § 1º, CPC. POSSIBILIDADE DE A JURISPRUDÊNCIA SER
ALTERADA (ART. 927, §§ 3º E 4º), INCLUSIVE EM JULGAMENTO SUPERIOR REPRESENTATIVO DE
CONTROVÉRSIA (EX. ARTS. 256-S E SEGUINTES DO REGIMENTO INTERNO DO STJ, QUANTO AO
ENTENDIMENTO FIRMADO EM TEMA REPETITIVO). REEXAME DO PROCESSO. MANUTENÇÃO DO
ACÓRDÃO DA TURMA RECURSAL. NECESSIDADE DE REMETER O PEDIDO DE UNIFORMIZAÇÃO
À TNU. ART. 1.041, CAPUT, CPC, NA FORMA DO ART. 1.036, § 1º, TAMBÉM DO CPC.
1. Processo recebido da Coordenadoria das Turmas Recursais dos Juizados Especiais Federais para
reexame e, se for o caso, juízo de retratação pelo Colegiado, considerando o entendimento firmado pela
TNU no PEDILEF n. 0520739-96.2014.4.05.8300, que trata da paridade entre servidores ativos e inativos
para fins de pagamento da Gratificação de Atividade de Combate e Controle de Endemias – GACEN.
2. A TNU no PEDILEF 05033027020134058302 e no PEDILEF 05207399620144058300 reconheceu a
natureza remuneratória da GACEN, bem como seu caráter geral, e estendeu aos inativos com direito a
paridade remuneratória o pagamento integral da referida gratificação.
3. Todavia, esta Turma Recursal, em diversos julgados, vem desacolhendo os pedidos de pagamento de
diferenças remuneratórias a título de GACEN, sob o pretexto da paridade entre servidores ativos e
inativos. Segundo entendimento firmado pela 2ª Turma Recursal do DF, “a GACEN é paga, segundo a
274
letra da lei que a instituiu, em virtude do servidor da ativa realizar atividades de combate e controle de
endemias, em caráter permanente. Se o ocupante de cargo dos Quadros do Ministério da Saúde ou da
FUNASA não realizar mais tais atividades, não pode continuar recebendo a GACEN. Por isso, não
importa que o pagamento dessa gratificação prescinda de uma avaliação de desempenho. Nem por isso
deixa de ser pro labore faciendo, pois esta natureza decorre do serviço distinto efetivamente realizado, e
somente enquanto efetivamente realizado. As gratificações de desempenho comuns criadas ao longo do
tempo, por não exigirem a realização de serviço distinto para serem pagas, precisam da produtividade
diferenciada do mesmo serviço, para adquirirem natureza pro labore faciendo. Portanto, acolher todas as
consequências de considerar a GACEN uma gratificação pro labore faciendo não significa ir contra
entendimento consolidado pelo STF sobre o caráter geral das PODER JUDICIÁRIO JUIZADOS
ACÓRDÃO
Decide a 2ª Turma Recursal do DF, por unanimidade, em reexame do processo, manter o julgamento
anterior, com devolução do feito à Coordenação das TRs/DF. Brasília, 15 de maio de 2019.
CARLOS EDUARDO CASTRO MARTINS
Juiz Federal – 2ª. Turma Recursal
Relator 1
EFBA5A8CF539D9EE9CE8A8CE68EE691C
PROCESSO Nº : 0040976-10.2016.4.01.3400
RELATORA : JUÍZ FEDERAL CARLOS EDUARDO CASTRO
275
MARTINS
RECORRENTE (S) : JOSE ADEMAR FAGUNDES
ADVOGADO (S) : BA00046141 - LEONARDO DA COSTA
RECORRIDO (S) : FUNDACAO NACIONAL DE SAUDE FUNASA E
OUTRO(S)
ADVOGADO (S) :
EMENTA
ADMINISTRATIVO E PROCESSUAL. SERVIDOR PÚBLICO. GRATIFICAÇÃO DE ATIVIDADE DE
COMBATE E CONTROLE DE ENDEMIAS - GACEN. EXTENSÃO AOS INATIVOS/PENSIONISTAS COM
legal para que o servidor aposentado receba a GACEN na mesma proporção que o servidor da ativa,
mormente porque essa gratificação é devida em razão da atividade desenvolvida, isto é, tem natureza pro
labore faciendo, segundo a legislação regente, verbis (fls. 480). 5. Dessa forma, o acórdão recorrido
encontra-se em consonância como entendimento adotado por esta Corte, de que nos casos em que a
gratificação tem caráter pro labore faciendo não é cabível a extensão aos inativos na mesma proporção
dos Servidores em atividade” (STJ, REsp 1.599.139/CE, Rel. Min. Napoleão Nunes Maia Filho, DJE de
4/2/2019).
7. Reexame do processo, com manutenção do acórdão anterior da Turma Recursal, com devolução do
feito à Coordenação das TRs/DF, para os fins do item anterior desta ementa, parte final. PODER
JUDICIÁRIO JUIZADOS ESPECIAIS FEDERAIS SEÇÃO JUDICIÁRIA DO DISTRITO FEDERAL 2ª
ACÓRDÃO
Decide a 2ª Turma Recursal do DF, por unanimidade, em reexame do processo, manter o julgamento
anterior, com devolução do feito à Coordenação das TRs/DF. Brasília, 15 de maio de 2019.
CARLOS EDUARDO CASTRO MARTINS
Juiz Federal – 2ª. Turma Recursal
Relator 1
9633863CCB3B738ACFAA87AC40EFE5A4
PROCESSO Nº : 0042299-50.2016.4.01.3400
RELATORA : JUÍZ FEDERAL CARLOS EDUARDO CASTRO
MARTINS
RECORRENTE (S) : REGINALDO MARTINS FERREIRA
ADVOGADO (S) : BA00046141 - LEONARDO DA COSTA
RECORRIDO (S) : FUNDACAO NACIONAL DE SAUDE FUNASA E
OUTRO(S)
ADVOGADO (S) :
EMENTA
ADMINISTRATIVO E PROCESSUAL. SERVIDOR PÚBLICO. GRATIFICAÇÃO DE ATIVIDADE DE
COMBATE E CONTROLE DE ENDEMIAS - GACEN. EXTENSÃO AOS INATIVOS/PENSIONISTAS COM
DIREITO À PARIDADE NO MESMO VALOR PAGO AOS SERVIDORES DA ATIVA. IMPOSSIBILIDADE.
NATUREZA PRO LABORE FACIENDO ESTABELECIDA PELA PRÓPRIA LEI QUE A INSTITUIU (LEI
11.784/2008). TNU. PEDILEF 05033027020134058302. REFERÊNCIA EXPRESSA PELO
JULGAMENTO DA TURMA RECURSAL, APONTANDO DISTINÇÃO E NECESSIDADE DE SUPERAR
ENTENDIMENTO DA TNU. ART. 489, § 1º, CPC. POSSIBILIDADE DE A JURISPRUDÊNCIA SER
ALTERADA (ART. 927, §§ 3º E 4º), INCLUSIVE EM JULGAMENTO SUPERIOR REPRESENTATIVO DE
CONTROVÉRSIA (EX. ARTS. 256-S E SEGUINTES DO REGIMENTO INTERNO DO STJ, QUANTO AO
ENTENDIMENTO FIRMADO EM TEMA REPETITIVO). REEXAME DO PROCESSO. MANUTENÇÃO DO
ACÓRDÃO DA TURMA RECURSAL. NECESSIDADE DE REMETER O PEDIDO DE UNIFORMIZAÇÃO
À TNU. ART. 1.041, CAPUT, CPC, NA FORMA DO ART. 1.036, § 1º, TAMBÉM DO CPC.
1. Processo recebido da Coordenadoria das Turmas Recursais dos Juizados Especiais Federais para
reexame e, se for o caso, juízo de retratação pelo Colegiado, considerando o entendimento firmado pela
TNU no PEDILEF n. 0520739-96.2014.4.05.8300, que trata da paridade entre servidores ativos e inativos
para fins de pagamento da Gratificação de Atividade de Combate e Controle de Endemias – GACEN.
2. A TNU no PEDILEF 05033027020134058302 e no PEDILEF 05207399620144058300 reconheceu a
natureza remuneratória da GACEN, bem como seu caráter geral, e estendeu aos inativos com direito a
paridade remuneratória o pagamento integral da referida gratificação.
3. Todavia, esta Turma Recursal, em diversos julgados, vem desacolhendo os pedidos de pagamento de
diferenças remuneratórias a título de GACEN, sob o pretexto da paridade entre servidores ativos e
inativos. Segundo entendimento firmado pela 2ª Turma Recursal do DF, “a GACEN é paga, segundo a
letra da lei que a instituiu, em virtude do servidor da ativa realizar atividades de combate e controle de
endemias, em caráter permanente. Se o ocupante de cargo dos Quadros do Ministério da Saúde ou da
FUNASA não realizar mais tais atividades, não pode continuar recebendo a GACEN. Por isso, não
importa que o pagamento dessa gratificação prescinda de uma avaliação de desempenho. Nem por isso
deixa de ser pro labore faciendo, pois esta natureza decorre do serviço distinto efetivamente realizado, e
somente enquanto efetivamente realizado. As gratificações de desempenho comuns criadas ao longo do
277
tempo, por não exigirem a realização de serviço distinto para serem pagas, precisam da produtividade
diferenciada do mesmo serviço, para adquirirem natureza pro labore faciendo. Portanto, acolher todas as
consequências de considerar a GACEN uma gratificação pro labore faciendo não significa ir contra
entendimento consolidado pelo STF sobre o caráter geral das PODER JUDICIÁRIO JUIZADOS
ESPECIAIS FEDERAIS SEÇÃO JUDICIÁRIA DO DISTRITO FEDERAL 2ª TURMA RECURSAL
9633863CCB3B738ACFAA87AC40EFE5A4
ACÓRDÃO
Decide a 2ª Turma Recursal do DF, por unanimidade, em reexame do processo, manter o julgamento
anterior, com devolução do feito à Coordenação das TRs/DF. Brasília, 15 de maio de 2019.
CARLOS EDUARDO CASTRO MARTINS
Juiz Federal – 2ª. Turma Recursal
Relator 1
E0D7DAFCF14F7EB0956319FAC5525A58
PROCESSO Nº : 0039507-26.2016.4.01.3400
RELATORA : JUÍZ FEDERAL CARLOS EDUARDO CASTRO
MARTINS
RECORRENTE (S) : JOSIAS DOS SANTOS LIMA
ADVOGADO (S) : BA00046141 - LEONARDO DA COSTA
RECORRIDO (S) : FUNDACAO NACIONAL DE SAUDE FUNASA E
OUTRO(S)
ADVOGADO (S) :
278
EMENTA
ADMINISTRATIVO E PROCESSUAL. SERVIDOR PÚBLICO. GRATIFICAÇÃO DE ATIVIDADE DE
COMBATE E CONTROLE DE ENDEMIAS - GACEN. EXTENSÃO AOS INATIVOS/PENSIONISTAS COM
DIREITO À PARIDADE NO MESMO VALOR PAGO AOS SERVIDORES DA ATIVA. IMPOSSIBILIDADE.
NATUREZA PRO LABORE FACIENDO ESTABELECIDA PELA PRÓPRIA LEI QUE A INSTITUIU (LEI
11.784/2008). TNU. PEDILEF 05033027020134058302. REFERÊNCIA EXPRESSA PELO
JULGAMENTO DA TURMA RECURSAL, APONTANDO DISTINÇÃO E NECESSIDADE DE SUPERAR
ENTENDIMENTO DA TNU. ART. 489, § 1º, CPC. POSSIBILIDADE DE A JURISPRUDÊNCIA SER
ALTERADA (ART. 927, §§ 3º E 4º), INCLUSIVE EM JULGAMENTO SUPERIOR REPRESENTATIVO DE
encontra-se em consonância como entendimento adotado por esta Corte, de que nos casos em que a
gratificação tem caráter pro labore faciendo não é cabível a extensão aos inativos na mesma proporção
dos Servidores em atividade” (STJ, REsp 1.599.139/CE, Rel. Min. Napoleão Nunes Maia Filho, DJE de
4/2/2019).
7. Reexame do processo, com manutenção do acórdão anterior da Turma Recursal, com devolução do
feito à Coordenação das TRs/DF, para os fins do item anterior desta ementa, parte final. PODER
JUDICIÁRIO JUIZADOS ESPECIAIS FEDERAIS SEÇÃO JUDICIÁRIA DO DISTRITO FEDERAL 2ª
TURMA RECURSAL
E0D7DAFCF14F7EB0956319FAC5525A58
00A5C20E257D0B51B8E11400BDCAFD55
PROCESSO Nº : 0051251-23.2013.4.01.3400
RELATORA : JUÍZ FEDERAL CARLOS EDUARDO CASTRO
MARTINS
RECORRENTE (S) : AMARILHO FONSECA DE OLIVEIRA
ADVOGADO (S) : DF00039910 - LUIZ PHILIPE GEREMIAS
BENINCA
RECORRIDO (S) : UNIAO FEDERAL
ADVOGADO (S) : - SAMUEL LAGES NEVES LOPES
EMENTA
ADMINISTRATIVO. SERVIDOR PÚBLICO. SERVIDORES APOSENTADOS DO DNER.
REENQUADRAMENTO NO PLANO ESPECIAL DE CARGOS DO DNIT. DIREITO AO PAGAMENTO DA
GDAPEC. GRATIFICAÇÃO PAGA AOS INATIVOS COM FUNDAMENTO NO ARTIGO 21 DA LEI Nº
11.171/2005. VALOR DE 50 PONTOS. INTERESSE PROCESSUAL NO PAGAMENTO COM BASE NO
ARTIGO 16-G DA LEI Nº 11.171/2005. VALOR DE 80 PONTOS. PARIDADE REMUNERATÓRIA.
GRATIFICAÇÃO DE CARÁTER GENÉRICO ATÉ A HOMOLOGAÇÃO DOS RESULTADOS DO
PRIMEIRO CICLO DE AVALIAÇÃO DOS SERVIDORES ATIVOS. RE 662406. SENTENÇA
REFORMADA, EM PARTE.
1. Recurso da União contra sentença que julgou parcialmente procedente o pedido, condenando a União
9ao pagamento da Gratificação de Desempenho de Atividades Administrativas do Plano Especial de
Cargos do DNIT – GDAPEC, no patamar de 80 (oitenta) pontos, observados o nível, a classe e o padrão
do (a) servidor (a) – conforme instituída ao servidor/estendida ao pensionista, desde o início de sua
percepção até a divulgação do Boletim Administrativo DNIT nº. 043, de 29/10/2010, compensados os
valores pagos ao mesmo título e observada a prescrição quinquenal.
2. Nas razões recursais, a União sustenta a impossibilidade de percepção cumulativa da GDAPEC e da
GDPGPE ou com outra gratificação. Requer a improcedência do pedido, ou, subsidiariamente, caso
mantida a condenação da GDAPEC, que seja reconhecida a necessidade de abatimento das quantias
recebidas pela parte autora a título de outras gratificações de desempenho (GDPGPE) do todo a ser
executado em decorrência da condenação. Requer, ainda,que seja aplicada a TR como índice de
atualização monetária.
3. Não foram apresentadas contrarrazões.
4. Mérito. Observa-se pelas fichas financeiras juntadas que a rubrica GDAPEC foi implementada no
Ministério dos Transportes na competência de julho de 2011. O direito à referida gratificação surgiu por
força de decisão judicial transitada em julgado, proferida na Ação Coletiva nº 2006.34.00.006627-7/DF. A
ação coletiva garantiu aos aposentados e pensionistas do extinto DNER filiados à ASDNER, que foram
vinculados à União, o enquadramento no Plano Especial de Cargos do DNIT, com a consequente
percepção de todas as vantagens pecuniárias do referido plano, bem como o pagamento, a cada um dos
associados, dos valores atrasados, correspondentes à diferença entre o que deveriam ter recebido a título
de remuneração mensal e o que efetivamente receberam desde a edição da Lei nº 11.171/2005. Em
julgamento realizado no dia 17/03/2008, na ação coletiva mencionada, a 2ª Turma do Tribunal Regional
Federal da 1ª Região, por unanimidade, deu parcial PODER JUDICIÁRIO JUIZADOS ESPECIAIS
FEDERAIS SEÇÃO JUDICIÁRIA DO DISTRITO FEDERAL 2ª TURMA RECURSAL
280
00A5C20E257D0B51B8E11400BDCAFD55
provimento à apelação da ASDNER para “condenar a União a estender aos substituídos da referida
associação todas as vantagens financeiras decorrentes do Plano Especial de Cargos do DNIT, previsto
pelo art. 3º da Lei nº 11.171/2005, que tiverem sido concedidas aos servidores do quadro específico
dessa autarquia, oriundos do DNER, observada a situação individual de cada um deles, em relação ao
enquadramento funcional a que seriam submetidos caso ainda estivessem em atividade quando da
extinção da mencionada autarquia”.
5. Constata-se, assim, que o recebimento da gratificação GDPGTAS, no período de janeiro a dezembro
de 2008, substituída posteriormente pela GDPGPE, conforme fichas financeiras colacionadas aos autos,
17. Juros moratórios. Os juros de mora passam a contar da citação válida (art. 240 do CPC/15), tem-se
que, ao caso, incidirão os juros aplicados à caderneta de poupança: 0,5% ao mês até junho de 2012 e a
partir daí de acordo com as novas regras da poupança estabelecidas pela Lei nº 12.703/12.
18. Correção monetária. Correção monetária. Lei n. 11.960/09. RE 870947. Inconstitucionalidade parcial
no tocante a correção monetária. Aplicação do IPCA-E. No que se refere à correção monetária, no RE
870947 (j. 20/9/2017), o STF reconheceu a inconstitucionalidade do uso da taxa de remuneração básica
da caderneta de poupança (TR), instituída pela Lei n. 11.960/09, para fins de correção de débitos do
Poder Público, por não ser adequado para recompor a perda do poder de compra. O Supremo adotou o
IPCA-E.
19. Registre-se, por oportuno, que tem prevalecido que a eficácia da decisão tomada pelo Plenário é a
ACÓRDÃO
Decide a 2ª Turma Recursal do DF, por unanimidade, DAR PARCIAL PROVIMENTO ao recurso da
União. Brasília, 15 de maio de 2019.
CARLOS EDUARDO CASTRO MARTINS
Juiz Federal – 2ª. Turma Recursal
Relator 1
8E6364C669FF4562493C6A3DE11F07B6
PROCESSO Nº : 0054051-19.2016.4.01.3400
RELATORA : JUÍZ FEDERAL CARLOS EDUARDO CASTRO
MARTINS
RECORRENTE (S) : MARIA EULINA RIBEIRO DE ALMEIDA
ADVOGADO (S) : DF0001666A - JEOVAM LEMOS
CAVALCANTE
RECORRIDO (S) : UNIAO FEDERAL
ADVOGADO (S) : - DIEGO EDUARDO FARIAS CAMBRAIA
EMENTA
PROCESSUAL CIVIL. AGRAVO INTERNO. DECISÃO QUE INADMITIU INCIDENTE DE
UNIFORMIZAÇÃO E NEGOU SEGUIMENTO AO RECURSO EXTRAORDINÁRIO. ART. 15, §2º DO RI
DA TNU. DECISÃO AGRAVADA EM CONSONANCIA COM PRECEDENTES DO STF E DA TNU.
AGRAVO DESPROVIDO.
1. Autos recebidos da Coordenação das Turmas Recursais dos Juizados Especiais Federais nos termos
do art. 15, §2º, do Regimento Interno da Turma Nacional de Uniformização dos Juizados Especiais
Federais.
2. A decisão agravada inadmitiu o incidente de uniformização e negou seguimento o recurso
extraordinário, interpostos pela parte autora, contra acórdão proferido em processo no qual se discute o
direito à revisão geral anual com base no índice de 13,23%, decorrente da Lei nº 10.697/2003 e da Lei nº
10.698/2003.
3. Compulsando-se os autos, constata-se que o acórdão desta Turma Recursal está em consonância com
precedente da Turma Nacional de Uniformização, PEDILEF nº 0512117-46.2014.4.05.8100/CE, o qual
assentou que a “vantagem pecuniária individual (R$ 59,87), instituída pela Lei n. 10.698/2003, não tem
natureza jurídica de reajuste geral, de modo que não confere aos servidores públicos federais direito de
reajuste de vencimentos no percentual de 13,23%”.
4. Além disso, o STF reiteradamente tem entendido que a concessão do reajuste de 13,23% sem
autorização legislativa viola a Súmula Vinculante n. 37. Precedentes: (Rcl 27601 AgR, Relator(a): Min.
ROSA WEBER, Primeira Turma, julgado em 18/12/2018, PROCESSO ELETRÔNICO DJe-029 DIVULG
12-02-2019 PUBLIC 13-02-2019); (Rcl 24271 AgR, Relator(a): Min. ROBERTO BARROSO, Primeira
Turma, julgado em 07/08/2018, PROCESSO ELETRÔNICO DJe-170 DIVULG 20-08-2018 PUBLIC 21-08-
282
2018); (Rcl 24965 AgR, Relator(a): Min. MARCO AURÉLIO, Relator(a) p/ Acórdão: Min. ALEXANDRE DE
MORAES, Primeira Turma, julgado em 17/10/2017, PROCESSO ELETRÔNICO DJe-083 DIVULG 27-04-
2018 PUBLIC 30-04-2018); (Rcl 25528 AgR, Relator(a): Min. DIAS TOFFOLI, Segunda Turma, julgado em
29/09/2017, PROCESSO ELETRÔNICO DJe-245 DIVULG 25-10-2017 PUBLIC 26-10-2017); (Rcl 23443
AgR, Relator(a): Min. LUIZ FUX, Primeira Turma, julgado em 05/05/2017, PROCESSO ELETRÔNICO
DJe-104 DIVULG 18-05-2017 PUBLIC 19-05-2017); (Rcl 24272 AgR, Relator(a): Min. CELSO DE MELLO,
Segunda Turma, julgado em 17/03/2017, PROCESSO ELETRÔNICO DJe-101 DIVULG 15-05-2017
PUBLIC 16-05-2017); (Rcl 14872, Relator(a): Min. GILMAR MENDES, Segunda Turma, julgado em
31/05/2016, PROCESSO ELETRÔNICO DJe-135 DIVULG 28-06-2016 PUBLIC 29-06-2016). PODER
JUDICIÁRIO JUIZADOS ESPECIAIS FEDERAIS SEÇÃO JUDICIÁRIA DO DISTRITO FEDERAL 2ª
5. Ressalte-se, ainda, que se encontra em tramitação no STF proposta de Súmula Vinculante (PSV n°
128) nos seguintes termos: "É inconstitucional a concessão, por decisão administrativa ou judicial, do
chamado 'reajuste de 13, 23%' aos servidores públicos federais, ante a falta de fundamento legal na Lei
10.698/2003 e na Lei 13.317/2016".
6. Assim, escorreita decisão da Coordenação das Turmas Recursais desta Seção Judiciária.
7. Agravo desprovido. Decisão agravada mantida.
ACÓRDÃO
Decide a 2ª Turma Recursal do DF, por unanimidade, NEGAR PROVIMENTO ao agravo interno
interposto pela parte autora. Brasília, 15 de maio de 2019.
CARLOS EDUARDO CASTRO MARTINS
Juiz Federal – 2ª. Turma Recursal
Relator 1
F497B8A5C3DCA171CD743E94662C8C12
PROCESSO Nº : 0045984-65.2016.4.01.3400
RELATORA : JUÍZ FEDERAL CARLOS EDUARDO CASTRO
MARTINS
RECORRENTE (S) : JORCI SORIANO NEVES
ADVOGADO (S) : DF00039232 - LEONARDO DA COSTA
RECORRIDO (S) : FUNDACAO NACIONAL DE SAUDE FUNASA E
OUTRO(S)
ADVOGADO (S) :
EMENTA
ADMINISTRATIVO E PROCESSUAL. SERVIDOR PÚBLICO. GRATIFICAÇÃO DE ATIVIDADE DE
COMBATE E CONTROLE DE ENDEMIAS - GACEN. EXTENSÃO AOS INATIVOS/PENSIONISTAS COM
DIREITO À PARIDADE NO MESMO VALOR PAGO AOS SERVIDORES DA ATIVA. IMPOSSIBILIDADE.
NATUREZA PRO LABORE FACIENDO ESTABELECIDA PELA PRÓPRIA LEI QUE A INSTITUIU (LEI
11.784/2008). TNU. PEDILEF 05033027020134058302. REFERÊNCIA EXPRESSA PELO
JULGAMENTO DA TURMA RECURSAL, APONTANDO DISTINÇÃO E NECESSIDADE DE SUPERAR
ENTENDIMENTO DA TNU. ART. 489, § 1º, CPC. POSSIBILIDADE DE A JURISPRUDÊNCIA SER
ALTERADA (ART. 927, §§ 3º E 4º), INCLUSIVE EM JULGAMENTO SUPERIOR REPRESENTATIVO DE
CONTROVÉRSIA (EX. ARTS. 256-S E SEGUINTES DO REGIMENTO INTERNO DO STJ, QUANTO AO
ENTENDIMENTO FIRMADO EM TEMA REPETITIVO). REEXAME DO PROCESSO. MANUTENÇÃO DO
ACÓRDÃO DA TURMA RECURSAL. NECESSIDADE DE REMETER O PEDIDO DE UNIFORMIZAÇÃO
À TNU. ART. 1.041, CAPUT, CPC, NA FORMA DO ART. 1.036, § 1º, TAMBÉM DO CPC.
1. Processo recebido da Coordenadoria das Turmas Recursais dos Juizados Especiais Federais para
reexame e, se for o caso, juízo de retratação pelo Colegiado, considerando o entendimento firmado pela
TNU no PEDILEF n. 0520739-96.2014.4.05.8300, que trata da paridade entre servidores ativos e inativos
para fins de pagamento da Gratificação de Atividade de Combate e Controle de Endemias – GACEN.
2. A TNU no PEDILEF 05033027020134058302 e no PEDILEF 05207399620144058300 reconheceu a
natureza remuneratória da GACEN, bem como seu caráter geral, e estendeu aos inativos com direito a
paridade remuneratória o pagamento integral da referida gratificação.
3. Todavia, esta Turma Recursal, em diversos julgados, vem desacolhendo os pedidos de pagamento de
diferenças remuneratórias a título de GACEN, sob o pretexto da paridade entre servidores ativos e
inativos. Segundo entendimento firmado pela 2ª Turma Recursal do DF, “a GACEN é paga, segundo a
letra da lei que a instituiu, em virtude do servidor da ativa realizar atividades de combate e controle de
endemias, em caráter permanente. Se o ocupante de cargo dos Quadros do Ministério da Saúde ou da
FUNASA não realizar mais tais atividades, não pode continuar recebendo a GACEN. Por isso, não
283
importa que o pagamento dessa gratificação prescinda de uma avaliação de desempenho. Nem por isso
deixa de ser pro labore faciendo, pois esta natureza decorre do serviço distinto efetivamente realizado, e
somente enquanto efetivamente realizado. As gratificações de desempenho comuns criadas ao longo do
tempo, por não exigirem a realização de serviço distinto para serem pagas, precisam da produtividade
diferenciada do mesmo serviço, para adquirirem natureza pro labore faciendo. Portanto, acolher todas as
consequências de considerar a GACEN uma gratificação pro labore faciendo não significa ir contra
entendimento consolidado pelo STF sobre o caráter geral das PODER JUDICIÁRIO JUIZADOS
ESPECIAIS FEDERAIS SEÇÃO JUDICIÁRIA DO DISTRITO FEDERAL 2ª TURMA RECURSAL
F497B8A5C3DCA171CD743E94662C8C12
ACÓRDÃO
Decide a 2ª Turma Recursal do DF, por unanimidade, em reexame do processo, manter o julgamento
anterior, com devolução do feito à Coordenação das TRs/DF. Brasília, 15 de maio de 2019.
CARLOS EDUARDO CASTRO MARTINS
Juiz Federal – 2ª. Turma Recursal
Relator 1
83983F7D44EA06C48E02516C8E2A3C9C
PROCESSO Nº : 0046158-74.2016.4.01.3400
RELATORA : JUÍZ FEDERAL CARLOS EDUARDO CASTRO
MARTINS
RECORRENTE (S) : JOSE DA SILVA OLIVEIRA
ADVOGADO (S) : DF00039232 - LEONARDO DA COSTA
284
EMENTA
ADMINISTRATIVO E PROCESSUAL. SERVIDOR PÚBLICO. GRATIFICAÇÃO DE ATIVIDADE DE
COMBATE E CONTROLE DE ENDEMIAS - GACEN. EXTENSÃO AOS INATIVOS/PENSIONISTAS COM
DIREITO À PARIDADE NO MESMO VALOR PAGO AOS SERVIDORES DA ATIVA. IMPOSSIBILIDADE.
NATUREZA PRO LABORE FACIENDO ESTABELECIDA PELA PRÓPRIA LEI QUE A INSTITUIU (LEI
labore faciendo, segundo a legislação regente, verbis (fls. 480). 5. Dessa forma, o acórdão recorrido
encontra-se em consonância como entendimento adotado por esta Corte, de que nos casos em que a
gratificação tem caráter pro labore faciendo não é cabível a extensão aos inativos na mesma proporção
dos Servidores em atividade” (STJ, REsp 1.599.139/CE, Rel. Min. Napoleão Nunes Maia Filho, DJE de
4/2/2019).
7. Reexame do processo, com manutenção do acórdão anterior da Turma Recursal, com devolução do
feito à Coordenação das TRs/DF, para os fins do item anterior desta ementa, parte final. PODER
JUDICIÁRIO JUIZADOS ESPECIAIS FEDERAIS SEÇÃO JUDICIÁRIA DO DISTRITO FEDERAL 2ª
TURMA RECURSAL
83983F7D44EA06C48E02516C8E2A3C9C
FF113A8CEDA1A2E17901D19888C4C51E
PROCESSO Nº : 0038728-71.2016.4.01.3400
RELATORA : JUÍZ FEDERAL CARLOS EDUARDO CASTRO
MARTINS
RECORRENTE (S) : FUNDACAO NACIONAL DE SAUDE FUNASA
ADVOGADO (S) : - ALBINO LUCIANO GOGGIN ZARZAR
RECORRIDO (S) : ADILSON PENHA COSTA
ADVOGADO (S) : DF00039232 - LEONARDO DA COSTA
EMENTA
ADMINISTRATIVO E PROCESSUAL. SERVIDOR PÚBLICO. GRATIFICAÇÃO DE ATIVIDADE DE
COMBATE E CONTROLE DE ENDEMIAS - GACEN. EXTENSÃO AOS INATIVOS/PENSIONISTAS COM
DIREITO À PARIDADE NO MESMO VALOR PAGO AOS SERVIDORES DA ATIVA. IMPOSSIBILIDADE.
NATUREZA PRO LABORE FACIENDO ESTABELECIDA PELA PRÓPRIA LEI QUE A INSTITUIU (LEI
11.784/2008). TNU. PEDILEF 05033027020134058302. REFERÊNCIA EXPRESSA PELO
JULGAMENTO DA TURMA RECURSAL, APONTANDO DISTINÇÃO E NECESSIDADE DE SUPERAR
ENTENDIMENTO DA TNU. ART. 489, § 1º, CPC. POSSIBILIDADE DE A JURISPRUDÊNCIA SER
ALTERADA (ART. 927, §§ 3º E 4º), INCLUSIVE EM JULGAMENTO SUPERIOR REPRESENTATIVO DE
CONTROVÉRSIA (EX. ARTS. 256-S E SEGUINTES DO REGIMENTO INTERNO DO STJ, QUANTO AO
ENTENDIMENTO FIRMADO EM TEMA REPETITIVO). REEXAME DO PROCESSO. MANUTENÇÃO DO
ACÓRDÃO DA TURMA RECURSAL. NECESSIDADE DE REMETER O PEDIDO DE UNIFORMIZAÇÃO
À TNU. ART. 1.041, CAPUT, CPC, NA FORMA DO ART. 1.036, § 1º, TAMBÉM DO CPC.
1. Processo recebido da Coordenadoria das Turmas Recursais dos Juizados Especiais Federais para
reexame e, se for o caso, juízo de retratação pelo Colegiado, considerando o entendimento firmado pela
TNU no PEDILEF n. 0520739-96.2014.4.05.8300, que trata da paridade entre servidores ativos e inativos
para fins de pagamento da Gratificação de Atividade de Combate e Controle de Endemias – GACEN.
2. A TNU no PEDILEF 05033027020134058302 e no PEDILEF 05207399620144058300 reconheceu a
natureza remuneratória da GACEN, bem como seu caráter geral, e estendeu aos inativos com direito a
paridade remuneratória o pagamento integral da referida gratificação.
3. Todavia, esta Turma Recursal, em diversos julgados, vem desacolhendo os pedidos de pagamento de
diferenças remuneratórias a título de GACEN, sob o pretexto da paridade entre servidores ativos e
inativos. Segundo entendimento firmado pela 2ª Turma Recursal do DF, “a GACEN é paga, segundo a
letra da lei que a instituiu, em virtude do servidor da ativa realizar atividades de combate e controle de
endemias, em caráter permanente. Se o ocupante de cargo dos Quadros do Ministério da Saúde ou da
FUNASA não realizar mais tais atividades, não pode continuar recebendo a GACEN. Por isso, não
importa que o pagamento dessa gratificação prescinda de uma avaliação de desempenho. Nem por isso
deixa de ser pro labore faciendo, pois esta natureza decorre do serviço distinto efetivamente realizado, e
somente enquanto efetivamente realizado. As gratificações de desempenho comuns criadas ao longo do
tempo, por não exigirem a realização de serviço distinto para serem pagas, precisam da produtividade
diferenciada do mesmo serviço, para adquirirem natureza pro labore faciendo. Portanto, acolher todas as
consequências de considerar a GACEN uma gratificação pro labore faciendo não significa ir contra
286
entendimento consolidado pelo STF sobre o caráter geral das PODER JUDICIÁRIO JUIZADOS
ESPECIAIS FEDERAIS SEÇÃO JUDICIÁRIA DO DISTRITO FEDERAL 2ª TURMA RECURSAL
FF113A8CEDA1A2E17901D19888C4C51E
ACÓRDÃO
Decide a 2ª Turma Recursal do DF, por unanimidade, em reexame do processo, manter o julgamento
anterior, com devolução do feito à Coordenação das TRs/DF. Brasília, 15 de maio de 2019.
CARLOS EDUARDO CASTRO MARTINS
Juiz Federal – 2ª. Turma Recursal
Relator 1
1AF032FE4D36210DC831BD7A80FAFA93
PROCESSO Nº : 0053271-79.2016.4.01.3400
RELATORA : JUÍZ FEDERAL CARLOS EDUARDO CASTRO
MARTINS
RECORRENTE (S) : MARIA ISABEL MIRANDA
ADVOGADO (S) : DF0001666A - JEOVAM LEMOS
CAVALCANTE
RECORRIDO (S) : UNIAO FEDERAL
ADVOGADO (S) :
EMENTA
287
5. Ressalte-se, ainda, que se encontra em tramitação no STF proposta de Súmula Vinculante (PSV n°
128) nos seguintes termos: "É inconstitucional a concessão, por decisão administrativa ou judicial, do
chamado 'reajuste de 13, 23%' aos servidores públicos federais, ante a falta de fundamento legal na Lei
10.698/2003 e na Lei 13.317/2016".
6. Assim, escorreita decisão da Coordenação das Turmas Recursais desta Seção Judiciária.
7. Agravo desprovido. Decisão agravada mantida.
ACÓRDÃO
Decide a 2ª Turma Recursal do DF, por unanimidade, NEGAR PROVIMENTO ao agravo interno
interposto pela parte autora. Brasília, 15 de maio de 2019.
CARLOS EDUARDO CASTRO MARTINS
Juiz Federal – 2ª. Turma Recursal
Relator 1
5366548B51BF68D48F47CAB2AE998BB7
PROCESSO Nº : 0038767-68.2016.4.01.3400
RELATORA : JUÍZ FEDERAL CARLOS EDUARDO CASTRO
MARTINS
RECORRENTE (S) : FUNDACAO NACIONAL DE SAUDE FUNASA
ADVOGADO (S) : - ALBINO LUCIANO GOGGIN ZARZAR
RECORRIDO (S) : ELIAS ANDRE AGOSTINHO
ADVOGADO (S) : DF00039232 - LEONARDO DA COSTA
EMENTA
ADMINISTRATIVO E PROCESSUAL. SERVIDOR PÚBLICO. GRATIFICAÇÃO DE ATIVIDADE DE
COMBATE E CONTROLE DE ENDEMIAS - GACEN. EXTENSÃO AOS INATIVOS/PENSIONISTAS COM
DIREITO À PARIDADE NO MESMO VALOR PAGO AOS SERVIDORES DA ATIVA. IMPOSSIBILIDADE.
NATUREZA PRO LABORE FACIENDO ESTABELECIDA PELA PRÓPRIA LEI QUE A INSTITUIU (LEI
288
ACÓRDÃO
Decide a 2ª Turma Recursal do DF, por unanimidade, em reexame do processo, manter o julgamento
anterior, com devolução do feito à Coordenação das TRs/DF. Brasília, 15 de maio de 2019.
CARLOS EDUARDO CASTRO MARTINS
Juiz Federal – 2ª. Turma Recursal
Relator 1
D0A71DE98119A7DEAF02E5B656BD91DA
PROCESSO Nº : 0038629-04.2016.4.01.3400
RELATORA : JUÍZ FEDERAL CARLOS EDUARDO CASTRO
MARTINS
RECORRENTE (S) : FUNDACAO NACIONAL DE SAUDE FUNASA
ADVOGADO (S) : - ALBINO LUCIANO GOGGIN ZARZAR
RECORRIDO (S) : CARLOS EDUARDO SOARES
ADVOGADO (S) : DF00039232 - LEONARDO DA COSTA
EMENTA
ADMINISTRATIVO E PROCESSUAL. SERVIDOR PÚBLICO. GRATIFICAÇÃO DE ATIVIDADE DE
COMBATE E CONTROLE DE ENDEMIAS - GACEN. EXTENSÃO AOS INATIVOS/PENSIONISTAS COM
DIREITO À PARIDADE NO MESMO VALOR PAGO AOS SERVIDORES DA ATIVA. IMPOSSIBILIDADE.
NATUREZA PRO LABORE FACIENDO ESTABELECIDA PELA PRÓPRIA LEI QUE A INSTITUIU (LEI
11.784/2008). TNU. PEDILEF 05033027020134058302. REFERÊNCIA EXPRESSA PELO
JULGAMENTO DA TURMA RECURSAL, APONTANDO DISTINÇÃO E NECESSIDADE DE SUPERAR
ENTENDIMENTO DA TNU. ART. 489, § 1º, CPC. POSSIBILIDADE DE A JURISPRUDÊNCIA SER
ALTERADA (ART. 927, §§ 3º E 4º), INCLUSIVE EM JULGAMENTO SUPERIOR REPRESENTATIVO DE
CONTROVÉRSIA (EX. ARTS. 256-S E SEGUINTES DO REGIMENTO INTERNO DO STJ, QUANTO AO
ENTENDIMENTO FIRMADO EM TEMA REPETITIVO). REEXAME DO PROCESSO. MANUTENÇÃO DO
ACÓRDÃO DA TURMA RECURSAL. NECESSIDADE DE REMETER O PEDIDO DE UNIFORMIZAÇÃO
À TNU. ART. 1.041, CAPUT, CPC, NA FORMA DO ART. 1.036, § 1º, TAMBÉM DO CPC.
1. Processo recebido da Coordenadoria das Turmas Recursais dos Juizados Especiais Federais para
reexame e, se for o caso, juízo de retratação pelo Colegiado, considerando o entendimento firmado pela
TNU no PEDILEF n. 0520739-96.2014.4.05.8300, que trata da paridade entre servidores ativos e inativos
para fins de pagamento da Gratificação de Atividade de Combate e Controle de Endemias – GACEN.
2. A TNU no PEDILEF 05033027020134058302 e no PEDILEF 05207399620144058300 reconheceu a
natureza remuneratória da GACEN, bem como seu caráter geral, e estendeu aos inativos com direito a
paridade remuneratória o pagamento integral da referida gratificação.
3. Todavia, esta Turma Recursal, em diversos julgados, vem desacolhendo os pedidos de pagamento de
diferenças remuneratórias a título de GACEN, sob o pretexto da paridade entre servidores ativos e
inativos. Segundo entendimento firmado pela 2ª Turma Recursal do DF, “a GACEN é paga, segundo a
letra da lei que a instituiu, em virtude do servidor da ativa realizar atividades de combate e controle de
endemias, em caráter permanente. Se o ocupante de cargo dos Quadros do Ministério da Saúde ou da
FUNASA não realizar mais tais atividades, não pode continuar recebendo a GACEN. Por isso, não
importa que o pagamento dessa gratificação prescinda de uma avaliação de desempenho. Nem por isso
deixa de ser pro labore faciendo, pois esta natureza decorre do serviço distinto efetivamente realizado, e
somente enquanto efetivamente realizado. As gratificações de desempenho comuns criadas ao longo do
tempo, por não exigirem a realização de serviço distinto para serem pagas, precisam da produtividade
diferenciada do mesmo serviço, para adquirirem natureza pro labore faciendo. Portanto, acolher todas as
consequências de considerar a GACEN uma gratificação pro labore faciendo não significa ir contra
entendimento consolidado pelo STF sobre o caráter geral das PODER JUDICIÁRIO JUIZADOS
ESPECIAIS FEDERAIS SEÇÃO JUDICIÁRIA DO DISTRITO FEDERAL 2ª TURMA RECURSAL
D0A71DE98119A7DEAF02E5B656BD91DA
que se trata de uma gratificação de caráter geral, para concluir ser extensível, no seu valor total, aos
aposentados/pensionistas com direito à paridade. E com o apontamento da contradição interna no
julgamento da TNU, a Turma Recursal disse haver distinção interpretativa suficiente para o caso,
considerando-se, portanto, fundamentado o voto, de acordo com o art. 489, § 1º, VI, CPC, ainda que
divergente de jurisprudência da TNU invocada pela parte autora.
5. Por isso, na ausência de notícia de que a TNU tenha reexaminado o seu entendimento contraditório,
firmado no PEDILEF 05033027020134058302, deve ser mantido o acórdão da Turma Recursal, que
delineou expressamente a distinção. E assim deve ser mantido, pelo menos até que a própria TNU
reafirme (se não rever) a sua posição anterior, quando confrontada com a contradição apontada. É o que
se extrai do sistema processual em vigor, tendo sido atendidos os pressupostos legais para o desafio ao
ACÓRDÃO
Decide a 2ª Turma Recursal do DF, por unanimidade, em reexame do processo, manter o julgamento
anterior, com devolução do feito à Coordenação das TRs/DF. Brasília, 15 de maio de 2019.
CARLOS EDUARDO CASTRO MARTINS
Juiz Federal – 2ª. Turma Recursal
Relator 1
1C5EC6EA48342B640669A83D887F8637
PROCESSO Nº : 0008562-22.2017.4.01.3400
RELATORA : JUÍZ FEDERAL CARLOS EDUARDO CASTRO
MARTINS
RECORRENTE (S) : ALMIRO RAMOS BARBOSA
ADVOGADO (S) : DF00039232 - LEONARDO DA COSTA
RECORRIDO (S) : FUNDACAO NACIONAL DE SAUDE FUNASA E
OUTRO(S)
ADVOGADO (S) : - DANNIEL THOMSON DE MEDEIROS MARTINS
E OUTRO(S)
EMENTA
ADMINISTRATIVO E PROCESSUAL. SERVIDOR PÚBLICO. GRATIFICAÇÃO DE ATIVIDADE DE
COMBATE E CONTROLE DE ENDEMIAS - GACEN. EXTENSÃO AOS INATIVOS/PENSIONISTAS COM
DIREITO À PARIDADE NO MESMO VALOR PAGO AOS SERVIDORES DA ATIVA. IMPOSSIBILIDADE.
NATUREZA PRO LABORE FACIENDO ESTABELECIDA PELA PRÓPRIA LEI QUE A INSTITUIU (LEI
11.784/2008). TNU. PEDILEF 05033027020134058302. REFERÊNCIA EXPRESSA PELO
JULGAMENTO DA TURMA RECURSAL, APONTANDO DISTINÇÃO E NECESSIDADE DE SUPERAR
ENTENDIMENTO DA TNU. ART. 489, § 1º, CPC. POSSIBILIDADE DE A JURISPRUDÊNCIA SER
ALTERADA (ART. 927, §§ 3º E 4º), INCLUSIVE EM JULGAMENTO SUPERIOR REPRESENTATIVO DE
CONTROVÉRSIA (EX. ARTS. 256-S E SEGUINTES DO REGIMENTO INTERNO DO STJ, QUANTO AO
ENTENDIMENTO FIRMADO EM TEMA REPETITIVO). REEXAME DO PROCESSO. MANUTENÇÃO DO
291
ACÓRDÃO
Decide a 2ª Turma Recursal do DF, por unanimidade, em reexame do processo, manter o julgamento
anterior, com devolução do feito à Coordenação das TRs/DF. Brasília, 15 de maio de 2019.
CARLOS EDUARDO CASTRO MARTINS
Juiz Federal – 2ª. Turma Recursal
292
Relator 1
AAA44BA262B3F8281FF58E870DA23EDD
EMENTA
ADMINISTRATIVO E PROCESSUAL. SERVIDOR PÚBLICO. GRATIFICAÇÃO DE ATIVIDADE DE
COMBATE E CONTROLE DE ENDEMIAS - GACEN. EXTENSÃO AOS INATIVOS/PENSIONISTAS COM
DIREITO À PARIDADE NO MESMO VALOR PAGO AOS SERVIDORES DA ATIVA. IMPOSSIBILIDADE.
NATUREZA PRO LABORE FACIENDO ESTABELECIDA PELA PRÓPRIA LEI QUE A INSTITUIU (LEI
11.784/2008). TNU. PEDILEF 05033027020134058302. REFERÊNCIA EXPRESSA PELO
JULGAMENTO DA TURMA RECURSAL, APONTANDO DISTINÇÃO E NECESSIDADE DE SUPERAR
ENTENDIMENTO DA TNU. ART. 489, § 1º, CPC. POSSIBILIDADE DE A JURISPRUDÊNCIA SER
ALTERADA (ART. 927, §§ 3º E 4º), INCLUSIVE EM JULGAMENTO SUPERIOR REPRESENTATIVO DE
CONTROVÉRSIA (EX. ARTS. 256-S E SEGUINTES DO REGIMENTO INTERNO DO STJ, QUANTO AO
ENTENDIMENTO FIRMADO EM TEMA REPETITIVO). REEXAME DO PROCESSO. MANUTENÇÃO DO
ACÓRDÃO DA TURMA RECURSAL. NECESSIDADE DE REMETER O PEDIDO DE UNIFORMIZAÇÃO
À TNU. ART. 1.041, CAPUT, CPC, NA FORMA DO ART. 1.036, § 1º, TAMBÉM DO CPC.
1. Processo recebido da Coordenadoria das Turmas Recursais dos Juizados Especiais Federais para
reexame e, se for o caso, juízo de retratação pelo Colegiado, considerando o entendimento firmado pela
TNU no PEDILEF n. 0520739-96.2014.4.05.8300, que trata da paridade entre servidores ativos e inativos
para fins de pagamento da Gratificação de Atividade de Combate e Controle de Endemias – GACEN.
2. A TNU no PEDILEF 05033027020134058302 e no PEDILEF 05207399620144058300 reconheceu a
natureza remuneratória da GACEN, bem como seu caráter geral, e estendeu aos inativos com direito a
paridade remuneratória o pagamento integral da referida gratificação.
3. Todavia, esta Turma Recursal, em diversos julgados, vem desacolhendo os pedidos de pagamento de
diferenças remuneratórias a título de GACEN, sob o pretexto da paridade entre servidores ativos e
inativos. Segundo entendimento firmado pela 2ª Turma Recursal do DF, “a GACEN é paga, segundo a
letra da lei que a instituiu, em virtude do servidor da ativa realizar atividades de combate e controle de
endemias, em caráter permanente. Se o ocupante de cargo dos Quadros do Ministério da Saúde ou da
FUNASA não realizar mais tais atividades, não pode continuar recebendo a GACEN. Por isso, não
importa que o pagamento dessa gratificação prescinda de uma avaliação de desempenho. Nem por isso
deixa de ser pro labore faciendo, pois esta natureza decorre do serviço distinto efetivamente realizado, e
somente enquanto efetivamente realizado. As gratificações de desempenho comuns criadas ao longo do
tempo, por não exigirem a realização de serviço distinto para serem pagas, precisam da produtividade
diferenciada do mesmo serviço, para adquirirem natureza pro labore faciendo. Portanto, acolher todas as
consequências de considerar a GACEN uma gratificação pro labore faciendo não significa ir contra
entendimento consolidado pelo STF sobre o caráter geral das PODER JUDICIÁRIO JUIZADOS
ESPECIAIS FEDERAIS SEÇÃO JUDICIÁRIA DO DISTRITO FEDERAL 2ª TURMA RECURSAL
AAA44BA262B3F8281FF58E870DA23EDD
considerando-se, portanto, fundamentado o voto, de acordo com o art. 489, § 1º, VI, CPC, ainda que
divergente de jurisprudência da TNU invocada pela parte autora.
5. Por isso, na ausência de notícia de que a TNU tenha reexaminado o seu entendimento contraditório,
firmado no PEDILEF 05033027020134058302, deve ser mantido o acórdão da Turma Recursal, que
delineou expressamente a distinção. E assim deve ser mantido, pelo menos até que a própria TNU
reafirme (se não rever) a sua posição anterior, quando confrontada com a contradição apontada. É o que
se extrai do sistema processual em vigor, tendo sido atendidos os pressupostos legais para o desafio ao
entendimento exposto pela TNU em 2016. E é o que permite o disposto no art. 1.041, caput, no CPC, que
inclusive prevê a remessa do feito à instância especial (no caso, TNU, na forma do art. 1.036, § 1º, ou
seja, com seleção de dois ou mais recursos representativos da controvérsia e suspensão do trâmite dos
ACÓRDÃO
Decide a 2ª Turma Recursal do DF, por unanimidade, em reexame do processo, manter o julgamento
anterior, com devolução do feito à Coordenação das TRs/DF. Brasília, 15 de maio de 2019.
CARLOS EDUARDO CASTRO MARTINS
Juiz Federal – 2ª. Turma Recursal
Relator 1
CFEED98A13844C1AD4E7BDFA1F53916E
PROCESSO Nº : 0068226-18.2016.4.01.3400
RELATORA : JUÍZ FEDERAL CARLOS EDUARDO CASTRO
MARTINS
RECORRENTE (S) : WALKYRYA BRASIL DE CARVALHO
ADVOGADO (S) : DF00039232 - LEONARDO DA COSTA
RECORRIDO (S) : FUNDACAO NACIONAL DE SAUDE FUNASA
ADVOGADO (S) : - DANNIEL THOMSON DE MEDEIROS
MARTINS
EMENTA
ADMINISTRATIVO E PROCESSUAL. SERVIDOR PÚBLICO. GRATIFICAÇÃO DE ATIVIDADE DE
COMBATE E CONTROLE DE ENDEMIAS - GACEN. EXTENSÃO AOS INATIVOS/PENSIONISTAS COM
DIREITO À PARIDADE NO MESMO VALOR PAGO AOS SERVIDORES DA ATIVA. IMPOSSIBILIDADE.
NATUREZA PRO LABORE FACIENDO ESTABELECIDA PELA PRÓPRIA LEI QUE A INSTITUIU (LEI
11.784/2008). TNU. PEDILEF 05033027020134058302. REFERÊNCIA EXPRESSA PELO
JULGAMENTO DA TURMA RECURSAL, APONTANDO DISTINÇÃO E NECESSIDADE DE SUPERAR
ENTENDIMENTO DA TNU. ART. 489, § 1º, CPC. POSSIBILIDADE DE A JURISPRUDÊNCIA SER
ALTERADA (ART. 927, §§ 3º E 4º), INCLUSIVE EM JULGAMENTO SUPERIOR REPRESENTATIVO DE
CONTROVÉRSIA (EX. ARTS. 256-S E SEGUINTES DO REGIMENTO INTERNO DO STJ, QUANTO AO
ENTENDIMENTO FIRMADO EM TEMA REPETITIVO). REEXAME DO PROCESSO. MANUTENÇÃO DO
ACÓRDÃO DA TURMA RECURSAL. NECESSIDADE DE REMETER O PEDIDO DE UNIFORMIZAÇÃO
À TNU. ART. 1.041, CAPUT, CPC, NA FORMA DO ART. 1.036, § 1º, TAMBÉM DO CPC.
1. Processo recebido da Coordenadoria das Turmas Recursais dos Juizados Especiais Federais para
reexame e, se for o caso, juízo de retratação pelo Colegiado, considerando o entendimento firmado pela
TNU no PEDILEF n. 0520739-96.2014.4.05.8300, que trata da paridade entre servidores ativos e inativos
para fins de pagamento da Gratificação de Atividade de Combate e Controle de Endemias – GACEN.
294
ACÓRDÃO
Decide a 2ª Turma Recursal do DF, por unanimidade, em reexame do processo, manter o julgamento
anterior, com devolução do feito à Coordenação das TRs/DF. Brasília, 15 de maio de 2019.
CARLOS EDUARDO CASTRO MARTINS
Juiz Federal – 2ª. Turma Recursal
Relator 1
295
03453A9852DF5EA2B7B959240E7F6CF1
PROCESSO Nº : 0053199-92.2016.4.01.3400
RELATORA : JUÍZ FEDERAL CARLOS EDUARDO CASTRO
MARTINS
RECORRENTE (S) : IVANILDA BARBOSA VIANA
ADVOGADO (S) : DF00039232 - LEONARDO DA COSTA
EMENTA
ADMINISTRATIVO E PROCESSUAL. SERVIDOR PÚBLICO. GRATIFICAÇÃO DE ATIVIDADE DE
COMBATE E CONTROLE DE ENDEMIAS - GACEN. EXTENSÃO AOS INATIVOS/PENSIONISTAS COM
DIREITO À PARIDADE NO MESMO VALOR PAGO AOS SERVIDORES DA ATIVA. IMPOSSIBILIDADE.
NATUREZA PRO LABORE FACIENDO ESTABELECIDA PELA PRÓPRIA LEI QUE A INSTITUIU (LEI
11.784/2008). TNU. PEDILEF 05033027020134058302. REFERÊNCIA EXPRESSA PELO
JULGAMENTO DA TURMA RECURSAL, APONTANDO DISTINÇÃO E NECESSIDADE DE SUPERAR
ENTENDIMENTO DA TNU. ART. 489, § 1º, CPC. POSSIBILIDADE DE A JURISPRUDÊNCIA SER
ALTERADA (ART. 927, §§ 3º E 4º), INCLUSIVE EM JULGAMENTO SUPERIOR REPRESENTATIVO DE
CONTROVÉRSIA (EX. ARTS. 256-S E SEGUINTES DO REGIMENTO INTERNO DO STJ, QUANTO AO
ENTENDIMENTO FIRMADO EM TEMA REPETITIVO). REEXAME DO PROCESSO. MANUTENÇÃO DO
ACÓRDÃO DA TURMA RECURSAL. NECESSIDADE DE REMETER O PEDIDO DE UNIFORMIZAÇÃO
À TNU. ART. 1.041, CAPUT, CPC, NA FORMA DO ART. 1.036, § 1º, TAMBÉM DO CPC.
1. Processo recebido da Coordenadoria das Turmas Recursais dos Juizados Especiais Federais para
reexame e, se for o caso, juízo de retratação pelo Colegiado, considerando o entendimento firmado pela
TNU no PEDILEF n. 0520739-96.2014.4.05.8300, que trata da paridade entre servidores ativos e inativos
para fins de pagamento da Gratificação de Atividade de Combate e Controle de Endemias – GACEN.
2. A TNU no PEDILEF 05033027020134058302 e no PEDILEF 05207399620144058300 reconheceu a
natureza remuneratória da GACEN, bem como seu caráter geral, e estendeu aos inativos com direito a
paridade remuneratória o pagamento integral da referida gratificação.
3. Todavia, esta Turma Recursal, em diversos julgados, vem desacolhendo os pedidos de pagamento de
diferenças remuneratórias a título de GACEN, sob o pretexto da paridade entre servidores ativos e
inativos. Segundo entendimento firmado pela 2ª Turma Recursal do DF, “a GACEN é paga, segundo a
letra da lei que a instituiu, em virtude do servidor da ativa realizar atividades de combate e controle de
endemias, em caráter permanente. Se o ocupante de cargo dos Quadros do Ministério da Saúde ou da
FUNASA não realizar mais tais atividades, não pode continuar recebendo a GACEN. Por isso, não
importa que o pagamento dessa gratificação prescinda de uma avaliação de desempenho. Nem por isso
deixa de ser pro labore faciendo, pois esta natureza decorre do serviço distinto efetivamente realizado, e
somente enquanto efetivamente realizado. As gratificações de desempenho comuns criadas ao longo do
tempo, por não exigirem a realização de serviço distinto para serem pagas, precisam da produtividade
diferenciada do mesmo serviço, para adquirirem natureza pro labore faciendo. Portanto, acolher todas as
consequências de considerar a GACEN uma gratificação pro labore faciendo não significa ir contra
entendimento consolidado pelo STF sobre o caráter geral das PODER JUDICIÁRIO JUIZADOS
ESPECIAIS FEDERAIS SEÇÃO JUDICIÁRIA DO DISTRITO FEDERAL 2ª TURMA RECURSAL
03453A9852DF5EA2B7B959240E7F6CF1
se extrai do sistema processual em vigor, tendo sido atendidos os pressupostos legais para o desafio ao
entendimento exposto pela TNU em 2016. E é o que permite o disposto no art. 1.041, caput, no CPC, que
inclusive prevê a remessa do feito à instância especial (no caso, TNU, na forma do art. 1.036, § 1º, ou
seja, com seleção de dois ou mais recursos representativos da controvérsia e suspensão do trâmite dos
demais).
6. Ressalte-se que a interpretação desta Turma Recursal começa a ter eco no STJ, como sinaliza a
decisão monocrática tomada no REsp 1.599.139/CE, em que se negou provimento ao Especial, com a
seguinte fundamentação, que acolhe argumento do Tribunal do origem: “Assim sendo, não há previsão
legal para que o servidor aposentado receba a GACEN na mesma proporção que o servidor da ativa,
mormente porque essa gratificação é devida em razão da atividade desenvolvida, isto é, tem natureza pro
ACÓRDÃO
Decide a 2ª Turma Recursal do DF, por unanimidade, em reexame do processo, manter o julgamento
anterior, com devolução do feito à Coordenação das TRs/DF. Brasília, 15 de maio de 2019.
CARLOS EDUARDO CASTRO MARTINS
Juiz Federal – 2ª. Turma Recursal
Relator 1
BFD3C1B4E6BE5CC9F403C140C048DC46
PROCESSO Nº : 0027946-39.2015.4.01.3400
RELATORA : JUÍZ FEDERAL CARLOS EDUARDO CASTRO
MARTINS
RECORRENTE (S) : UNIAO FEDERAL
ADVOGADO (S) :
RECORRIDO (S) : IRENE COELHO LIMA
ADVOGADO (S) : DF00039930 - EVANDRO JOSE LAGO
EMENTA
PROCESSO CIVIL. CORREÇÃO MONETÁRIA. LEI N. 11.960/09. RE 870947.
INCONSTITUCIONALIDADE PARCIAL NO TOCANTE A CORREÇÃO MONETÁRIA. RECURSO
PROVIDO.
1. Recurso interposto pela parte autora em face de sentença que fixou como índice de correção monetária
os índices oficiais de remuneração básica e juros aplicados à caderneta de poupança.
2. Nas suas razões recursais a autora alega que de acordo com a decisão do STF no RE 870947 (Tema
810) ficou decidido que o índice de correção monetária a ser aplicado deve ser o IPCA-E, razão pela qual
pede a reforma da sentença.
3. Contrarrazões apresentadas.
4. Correção monetária. Lei n. 11.960/09. RE 870947. Inconstitucionalidade parcial no tocante a correção
monetária. Aplicação do IPCA-E.
5. No que se refere à correção monetária, no RE 870947 (j. 20/9/2017), o STF reconheceu a
inconstitucionalidade do uso da taxa de remuneração básica da caderneta de poupança (TR), instituída
pela Lei n. 11.960/09, para fins de correção de débitos do Poder Público, por não ser adequado para
recompor a perda do poder de compra. O Supremo adotou o IPCA-E.
6. Registre-se, por oportuno, que tem prevalecido que a eficácia da decisão tomada pelo Plenário é a data
em que foi divulgada, pelo órgão oficial, a ata da sessão de julgamento (no caso, ocorrida em 22/9/2017).
E, quanto à modulação dos efeitos dos supracitados recursos extraordinários, a pendência de decisão
modulatória não obsta o prosseguimento do feito até a fase do cumprimento de sentença.
7. Recurso da autora provido.
297
8. Não há, no âmbito do JEF, previsão legal para arbitramento de verba honorária quando há provimento
do recurso (art. 55, caput, da Lei n. 9.099/95). PODER JUDICIÁRIO JUIZADOS ESPECIAIS FEDERAIS
SEÇÃO JUDICIÁRIA DO DISTRITO FEDERAL 2ª TURMA RECURSAL
BFD3C1B4E6BE5CC9F403C140C048DC46
ACÓRDÃO
Decide a 2ª Turma Recursal do DF, por unanimidade, DAR PROVIMENTO ao recurso da parte autora.
Brasília, 15 de maio de 2019.
CARLOS EDUARDO CASTRO MARTINS
Juiz Federal – 2ª. Turma Recursal
57BA342DDC2209243BD1DCA5BC4BC3DC
PROCESSO Nº : 0011338-92.2017.4.01.3400
RELATORA : JUÍZ FEDERAL CARLOS EDUARDO CASTRO
MARTINS
RECORRENTE (S) : MARIA SUELI DO NASCIMENTO
ADVOGADO (S) : - DEFENSORIA PUBLICA DA UNIAO
RECORRIDO (S) : FUNDO NACIONAL DE DESENVOLVIMENTO DA
EDUCACAO - FNDE E OUTRO(S)
ADVOGADO (S) : E OUTRO(S)
EMENTA
EMBARGOS DE DECLARAÇÃO. HIPÓTESES DE CABIMENTO. ART. 1.022 DO CPC. OMISSÃO.
EMBARGOS ACOLHIDOS. CUMPRIMENTO TUTELA DE URGÊNCIA.
1. Embargos de declaração opostos pela parte autora, insurgindo-se contra o acórdão que deu parcial
provimento ao recurso interposto pela autora, não acolhendo apenas o pedido relativo à devolução dos
valores por ela despendidos em razão dos encargos educacionais, por entender que as despesas não
teriam sido comprovadas por meio de provas juntadas aos autos.
2. A embargante alega que a comprovação das despesas poderia ter sido realizada no momento de
liquidação na fase própria, bem como este juízo poderia ter intimado a parte autora para apresentar os
comprovantes devidos antes de julgar improcedente o pedido.
3. Houve contrarrazões.
4. A autora informou que a decisão proferida em tutela antecipada não foi cumprida pelo FNDE.
5. Decisão.
6. O acórdão recorrido julgou improcedente o pedido relativo à devolução dos valores despendidos pela
autora em razão dos encargos educacionais, uma vez que não foi juntado aos autos comprovação dos
gastos.
7. Na petição de embargos de declaração, a autora junta aos autos Termo de Confissão e Parcelamento
de Dívida, firmado na data de 31/08/2017, anterior à prolação do acórdão que determinou a prorrogação
do contrato de FIES.
8. Desse modo, considerando que a decisão proferida por esta turma, em 09/05/2018, determinou a
prorrogação do contrato do FIES e é superveniente ao Termo de Confissão de Dívida firmado pela autora
com a instituição de ensino, esse torna-se nulo e, por conseguinte, todos os cheques e notas
promissórias emitidos para pagamento da dívida, devendo os valores a serem pagos em razão do referido
contrato, ser devolvidos à parte autora.
9. Descumprimento da tutela de urgência. Neste ponto, a autora alega que não houve cumprimento da
decisão judicial e que a Instituição de Ensino em comento continua a proceder à cobrança das
mensalidades contra a autora. Em resposta, o FNDE afirma que em razão de morosidade do Banco do
Brasil, agente financeiro do FIES, a decisão ainda não foi cumprida.
10. Em que pese à alegação do FNDE de que o agente financeiro do contrato já foi comunicado, entendo
que a morosidade do Banco do Brasil e da requerida, já extrapolou o prazo razoável, uma vez que já
decorreram onze meses da data do deferimento da tutela antecipada. Desse modo, determino o
cumprimento da tutela de urgência, no prazo PODER JUDICIÁRIO JUIZADOS ESPECIAIS FEDERAIS
SEÇÃO JUDICIÁRIA DO DISTRITO FEDERAL 2ª TURMA RECURSAL
57BA342DDC2209243BD1DCA5BC4BC3DC
máximo, de 15 dias, sob pena de multa diária de R$100,00 (cem reais) em caso de descumprimento.
11. Embargos acolhidos para reformar o acórdão anterior para julgar procedente o pedido de devolução
dos valores pagos para a Instituição de Ensino Superior.
298
ACÓRDÃO
Decide a 2ª Turma Recursal do DF, por unanimidade, ACOLHER os embargos de declaração. Brasília, 15
de maio de 2019.
CARLOS EDUARDO CASTRO MARTINS
Juiz Federal – 2ª. Turma Recursal
Relator 1
10E0BA4476145002B79F65EF2B7257E2
PROCESSO Nº : 0001150-45.2014.4.01.3400
RELATORA : JUÍZ FEDERAL CARLOS EDUARDO CASTRO
MARTINS
RECORRENTE (S) : BRUNO CAIXETA ROCHA
ADVOGADO (S) : - NPJ/UNICEUB
RECORRIDO (S) : FACULDADE ALVORADA E OUTRO(S)
ADVOGADO (S) : DF00037579 - GABRIELLA DE OLIVEIRA
NOLETO TAVERNARD E OUTRO(S)
EMENTA
ADMINISTRATIVO. ENSINO SUPERIOR. EMISSÃO DE DIPLOMA DE BACHARELADO EM EDUCAÇÃO
FÍSICA. NÃO COMPROVADO. CURSO DE LICENCIATURA EM EDUCAÇÃO FÍSICA. RECURSO
DESPROVIDO. SENTENÇA MANTIDA.
1. Recurso da parte autora contra a sentença que julgou improcedente o pedido inicial.
2. Nas razões recursais, a autora alega que foi prejudicada em razão do descredenciamento da
Faculdade Alvorada, uma vez que não obteve a emissão do seu diploma de bacharel em educação física.
Alega que a carga horária do curso realizado é compatível com o curso de bacharel em educação física e
não o de licenciatura em educação física.
3. As requeridas apresentaram contrarrazões.
4. Este juízo determinou a intimação da União e do Conselho Regional de Educação Física para
esclarecimentos acerca dos currículos dos cursos de Bacharelado em Educação Física e Licenciatura em
Educação Física.
5. Mérito. A parte autora objetiva a emissão e o registro de diploma de bacharel em Educação Física. O
juízo de primeiro grau julgou improcedente o pedido sob o fundamento de que não ficou comprovado de
que a graduação cursada pelo requerente na Faculdade Alvorada devesse lhe conferir o grau de bacharel
em Educação Física.
6. Nas informações prestadas pela União, verifica-se que, de fato, o curso ofertado pela instituição de
ensino superior (Faculdade Alvorada) era o de Licenciatura em Educação Física, conforme consta
cadastrado no MEC - fls. 13 (documento de registro de 18/12/2018).
7. Vale frisar, ainda, nos termos informados pela União, a carga horária por si só não garante o
enquadramento do curso de educação física na modalidade de bacharelado, a matriz curricular deve
considerar as DCNs estabelecidas pela Resolução CNE/CES nº 7/2004, alterada pela Resolução
CNE/CES nº 7/2007, bem como o disposto na Resolução CNE/CES nº 4/2009.
8. Recurso desprovido. Sentença Mantida.
9. Honorários advocatícios pelo recorrente fixados em 10% (dez por cento) do valor atribuído à causa
devidamente corrigido (art. 55, caput, da Lei n. 9.099/95). PODER JUDICIÁRIO JUIZADOS ESPECIAIS
FEDERAIS SEÇÃO JUDICIÁRIA DO DISTRITO FEDERAL 2ª TURMA RECURSAL
10E0BA4476145002B79F65EF2B7257E2
ACÓRDÃO
Decide a 2ª Turma Recursal do DF, por unanimidade, NEGAR PROVIMENTO ao recurso da parte autora.
Brasília, 15 de maio de 2019.
CARLOS EDUARDO CASTRO MARTINS
Juiz Federal – 2ª. Turma Recursal
Relator 1
7FC3967810B2B248A390BEF37FD18B9B
PROCESSO Nº : 0041360-36.2017.4.01.3400
RELATORA : JUÍZ FEDERAL CARLOS EDUARDO CASTRO
MARTINS
RECORRENTE (S) : FRANCISCO CHAGAS RODRIGUES
ADVOGADO (S) : DF00025089 - GILBERTO SIEBRA
MONTEIRO
RECORRIDO (S) : UNIAO FEDERAL E OUTRO(S)
ADVOGADO (S) : - SAMUEL LAGES NEVES LOPES
10. Desse modo, entendo que a parte deve comprovar as despesas que realiza com transporte, juntando,
pelo menos, a declaração prevista na Medida Provisória. Registre-se que ainda que tenha sido deferido o
prazo para a juntada da declaração ou comprovação de despesas com transporte, o autor quedou-se
inerte.
11. Recurso desprovido. Sentença mantida.
12. Honorários advocatícios pelo recorrente fixados em 10% (dez por cento) do valor atribuído à causa
devidamente corrigido (art. 55, caput, da Lei n. 9.099/95). Condenação suspensa (art. 98, § 3º, do
CPC/15).
ACÓRDÃO
Decide a 2ª Turma Recursal, por unanimidade, negar provimento ao recurso da parte autora. Brasília, 15
de maio de 2019.
CARLOS EDUARDO CASTRO MARTINS
Juiz Federal – 2ª. Turma Recursal
Relator 1
9ED5AD01C3478F54F6980346F89BF9C2
300
PROCESSO Nº : 0001934-80.2018.4.01.3400
RELATORA : JUÍZ FEDERAL CARLOS EDUARDO CASTRO
MARTINS
RECORRENTE (S) : FRANCISCO HELIO NORBERTO VIANA
ADVOGADO (S) : DF00025089 - GILBERTO SIEBRA
MONTEIRO
RECORRIDO (S) : UNIAO FEDERAL
ADVOGADO (S) : - FABIO TESOLIN RODRIGUES
31B2405517BDA22F5229CDC3C8C2D995
PROCESSO Nº : 0007922-82.2018.4.01.3400
RELATORA : JUÍZ FEDERAL CARLOS EDUARDO CASTRO
MARTINS
301
EMENTA
ADMINISTRATIVO. SERVIDOR PÚBLICO FEDERAL. AUXÍLIO TRANSPORTE. INDENIZAÇÃO DEVIDA.
NECESSIDADE DE COMPROVAÇÃO DE GASTO COM TRANSPORTE. APRESENTAÇÃO DE
DECLARAÇÃO. MP 2.165-36/2001. RECURSO DESPROVIDO. SENTENÇA MANTIDA.
10. Desse modo, entendo que a parte deve comprovar as despesas que realiza com transporte, juntando,
pelo menos, a declaração prevista na Medida Provisória. Registre-se que ainda que tenha sido deferido o
prazo para a juntada da declaração ou comprovação de despesas com transporte, o autor quedou-se
inerte.
11. Recurso desprovido. Sentença mantida.
12. Honorários advocatícios pelo recorrente fixados em 10% (dez por cento) do valor atribuído à causa
devidamente corrigido (art. 55, caput, da Lei n. 9.099/95). Condenação suspensa (art. 98, § 3º, do
CPC/15).
ACÓRDÃO
Decide a 2ª Turma Recursal, por unanimidade, negar provimento ao recurso da parte autora. Brasília, 15
de maio de 2019.
CARLOS EDUARDO CASTRO MARTINS
Juiz Federal – 2ª. Turma Recursal
Relator 1
7E2689C86759ECE0C2BB5A047A8DC1B7
PROCESSO Nº : 0007926-22.2018.4.01.3400
RELATORA : JUÍZ FEDERAL CARLOS EDUARDO CASTRO
MARTINS
RECORRENTE (S) : VALDECI RAIMUNDO DA SILVA
ADVOGADO (S) : DF00025089 - GILBERTO SIEBRA
302
MONTEIRO
RECORRIDO (S) : UNIAO FEDERAL
ADVOGADO (S) : - EDUARDO JORGE PEREIRA ALVES
EMENTA
ADMINISTRATIVO. SERVIDOR PÚBLICO FEDERAL. AUXÍLIO TRANSPORTE. INDENIZAÇÃO DEVIDA.
NECESSIDADE DE COMPROVAÇÃO DE GASTO COM TRANSPORTE. APRESENTAÇÃO DE
DECLARAÇÃO. MP 2.165-36/2001. RECURSO DESPROVIDO. SENTENÇA MANTIDA.
1. Recurso interposto pela parte autora contra a sentença de improcedência do pedido de recebimento do
auxílio-transporte por utilização de veículo próprio, utilizando-se como critério de referência os valores do
10. Desse modo, entendo que a parte deve comprovar as despesas que realiza com transporte, juntando,
pelo menos, a declaração prevista na Medida Provisória. Registre-se que ainda que tenha sido deferido o
prazo para a juntada da declaração ou comprovação de despesas com transporte, o autor quedou-se
inerte.
11. Recurso desprovido. Sentença mantida.
12. Honorários advocatícios pelo recorrente fixados em 10% (dez por cento) do valor atribuído à causa
devidamente corrigido (art. 55, caput, da Lei n. 9.099/95). Condenação suspensa (art. 98, § 3º, do
CPC/15).
ACÓRDÃO
Decide a 2ª Turma Recursal, por unanimidade, negar provimento ao recurso da parte autora. Brasília, 15
de maio de 2019.
CARLOS EDUARDO CASTRO MARTINS
Juiz Federal – 2ª. Turma Recursal
Relator 1
C0E698101AE414EF38D0A54E3E7AA27B
PROCESSO Nº : 0051061-55.2016.4.01.3400
RELATORA : JUÍZ FEDERAL CARLOS EDUARDO CASTRO
MARTINS
RECORRENTE (S) : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-
INSS - INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO
SOCIAL-INSS
ADVOGADO (S) : DF00024422 - KLELIA LUCIA RAMOS
303
EMENTA
SEGURIDADE SOCIAL. BENEFÍCIO DE AMPARO ASSISTENCIAL AO DEFICIENTE.
HIPOSSUFICIÊNCIA COMPROVADA. DIB. DATA DO REQUERIMENTO ADMINISTRATIVO.
Especiais Ltda.; (d) que os móveis da casa são antigos e mal conservados, e foram adquiridos pelo pai e
outros provenientes de doação; (e) que a residência dispõe de televisão, fogão, geladeira e máquina de
lavar roupas; (f) que esporadicamente recebem doação de alimentos da igreja; (h) que o autor recebeu
bolsa família por um ano e sete meses, porém em dezembro/2016 foi suspenso o benefício por problemas
de cadastramento; (i) que as despesas com alimentos, luz, telefone, gás, medicamentos e transporte
somam R$ 761,11. Por fim, concluiu o perito pela vulnerabilidade social.
8. Laudo médico (petição registrada em 3/4/2017). O médico psiquiatra atestou que o autor é portador de
retardo mental moderado (F71)/alienação mental, com diagnóstico no ano de 2006 (DID), que gera
incapacidade total e permanente para o trabalho e para as suas atividades básicas da vida diária,
exigindo-se o acompanhamento permanente de outra pessoa.
9. Uma das controvérsias apresentadas no recurso é o requisito econômico.
10. Em relação ao pressuposto econômico, o art. 20, § 3º, da Lei nº 8.742/1993 - LOAS estabelecia que
seria considerada hipossuficiente a pessoa com deficiência ou idoso cuja família possuísse renda per
capita inferior a ¼ do salário mínimo. Entretanto, o Supremo Tribunal Federal, ao analisar os recursos
extraordinários 567985 e 580963, ambos submetidos à repercussão geral, reconheceu a
inconstitucionalidade do § 3º do art. 20 da Lei nº 8.742/1993, assim como do art. 34 da Lei 10.741/2003 -
Estatuto do Idoso, permitindo que o requisito econômico, para fins de concessão do benefício
assistencial, seja aferido caso a caso.
11. Cabe mencionar, primeiramente, que o benefício de bolsa-família não pode ser incluído no cômputo
da renda familiar, em razão de determinação expressa constante no art. 4ª, §2º, inciso II, do Decreto
6.214/07, que assim dispõe: “§ 2o Para fins do disposto no inciso VI do caput, não serão computados
como renda mensal bruta familiar: (...) II - valores oriundos de programas sociais de transferência de
renda;”. Além disso, o benefício de prestação continuada é mais benéfico. Sendo assim, caso mantida a
sentença, cabe ao órgão responsável a verificação da permanência do autor no programa.
12. Convém analisar outras questões que envolvem o caso concreto. A renda mensal da família era
proveniente do salário do genitor, sendo sua remuneração bruta a época da perícia socioeconômica no
valor de R$ 1.294,21 (cf. CNIS). Descontada a contribuição obrigatória para o RGPS na alíquota de 8%, a
renda familiar líquida seria aproximadamente de R$ 1.190,68. Como o núcleo familiar é composto por
quatro pessoas, a renda per capita é de R$ 297,67, valor inferior a meio salário mínimo então vigente (R$
937,00). Registre-se que esse foi o parâmetro utilizado pelo STF quando da declaração de
304
inconstitucionalidade do art. 20, §3º, da Lei n. 8.742/93. Vale consignar, ainda, que o vínculo empregatício
cessou em outubro/2018, não havendo registro de trabalho formal após essa data.
13. Além disso, a genitora não pode trabalhar porque o autor necessita de cuidados permanentes de
outra pessoa. As despesas seguramente foram subestimadas, pois não há registro de gastos com água e
eles moram em apartamento, não tendo sido informado o gasto com condomínio. Portanto, a
hipossuficiência econômica restou comprovada.
14. A parte autora necessita de cuidados especiais, carecendo de uma renda própria que possa atender
as suas necessidades básicas. Benefício devido, conforme consignado na sentença. PODER
JUDICIÁRIO JUIZADOS ESPECIAIS FEDERAIS SEÇÃO JUDICIÁRIA DO DISTRITO FEDERAL 2ª
TURMA RECURSAL
27D4E11271EABA9731F4115560EFA52B
PROCESSO Nº : 0043183-45.2017.4.01.3400
RELATORA : JUÍZ FEDERAL CARLOS EDUARDO CASTRO
MARTINS
RECORRENTE (S) : MARIA DAS CANDEIAS LIMA DE MENEZES
ADVOGADO (S) : DF00025089 - GILBERTO SIEBRA
MONTEIRO
RECORRIDO (S) : UNIAO FEDERAL E OUTRO(S)
ADVOGADO (S) : - PEDRO SERAFIM DE OLIVEIRA FILHO E
OUTRO(S)
EMENTA
ADMINISTRATIVO. SERVIDOR PÚBLICO FEDERAL. AUXÍLIO-TRANSPORTE. DESCONTO DE 6%
SOBRE SUBSÍDIO. POSSIBILIDADE. CORREÇÃO MONETÁRIA. ÍNDICE IPCA-E.
1. Recurso interposto pela parte autora e pela União contra a sentença que julgou parcialmente
procedente o pedido inicial para condenar a parte ré a implantar o auxílio-transporte em favor da parte
autora, com termo inicial a contar da apresentação da necessária declaração, cujo valor observará as
despesas que o mesmo despenderia em caso de utilização de transporte coletivo, independentemente de
utilizar veículo próprio, com a incidência do desconto de 6% (seis por cento).
305
2. Em suas razões recursais a parte autora requerer a procedência no sentido de que a União se
abstenha de cobrar 6% sobre o subsídio.
3. Em suas razões recursais, a União alega a aplicação da TR para fins de correção monetária, bem
como juros de mora nos termos do art. 1º-F da Lei nº 9.494/97, com redação dada pela Lei nº 11.960.
4. Contrarrazões apresentadas pela União.
5. Mérito. Auxílio-transporte. Base de cálculo. Desconto sobre Subsídio. Possibilidade. O art. 2º, II, da MP
n. 2.165-36/01 esclarece que o desconto de 6% incidirá sobre o vencimento do cargo efetivo. Infere-se
também do citado dispositivo que o valor do auxílio-transporte deve corresponder à "diferença entre as
despesas realizadas com transporte coletivo, nos termos do art. 1º, e o desconto de seis por cento" sobre
o seu subsídio.
8. Trata-se, pois, de mecanismo fixado em lei para beneficiar o trabalhador de baixa renda que gasta mais
do que seis por cento de seu rendimento com despesas de transporte, não sendo o caso de excluí-lo,
pura e simplesmente.
9. Correção Monetária. No que se refere à correção monetária, no RE 870947 (j. 20/9/2017), o STF
reconheceu a inconstitucionalidade do uso da taxa de remuneração básica da caderneta de poupança
(TR), instituída pela Lei n. 11.960/09, para fins de correção de débitos do Poder Público, por não ser
adequado para recompor a perda do poder de compra. O Supremo adotou o IPCA-E. O Manual de
Cálculos da Justiça Federal, com as alterações da Resolução n. 267, de 2/12/2013, reflete o
entendimento exposto acima. Desse modo, não merece reforma a sentença neste ponto.
10. Juros de mora. Não há interesse recursal em relação aos juros de mora, uma vez que o pedido
recursal foi atendido na sentença impugnada.
11. Recurso da parte autora desprovido.
12. Recurso da União conhecido em parte. Na parte conhecida, recurso desprovido.
13. Condeno o recorrente autor em honorários advocatícios fixados em 10% (dez por cento) do valor
atribuído à causa devidamente corrigido (art. 55, caput, da Lei n. 9.099/95). Condenação suspensa (art.
98, § 3º, do CPC/15).
14. Deixo de condenar a União em honorários advocatícios, uma vez que a instância revisora somente
pode dispor sobre honorários, "levando em conta o trabalho adicional realizado em grau recursal" (art. 85,
§ 11, NCPC). Não havendo trabalho em grau recursal pela parte recorrida, não há como condenar a parte
recorrente em honorários advocatícios.
ACÓRDÃO
Decide a 2ª Turma Recursal, por unanimidade, negar provimento ao recurso da parte autora; bem como
negar provimento, na parte conhecida, ao recurso da União. Brasília, 15 de maio de 2019.
CARLOS EDUARDO CASTRO MARTINS
Juiz Federal – 2ª. Turma Recursal
Relator 1
9B84919457C480D4E3172A39DE3E6CB1
PROCESSO Nº : 0012555-10.2016.4.01.3400
RELATORA : JUÍZ FEDERAL CARLOS EDUARDO CASTRO
MARTINS
RECORRENTE (S) : UNIAO FEDERAL
ADVOGADO (S) : - JACIRA DE ALENCAR ROCHA
RECORRIDO (S) : RITA DE CASSIA FERNANDES SILVEIRA
ADVOGADO (S) : DF00038079 - LEONARDO DE MIRANDA
ALVES
306
EMENTA
ADMINISTRATIVO. SERVIDORA PÚBLICA FEDERAL DO MINISTÉRIO DA JUSTIÇA CEDIDA À
COORDENAÇÃO REGIONAL DO ARQUIVO NACIONAL EM BRASÍLIA – COREG-DF. GDPGPE.
PARCELA INDIVIDUAL. IMPOSSIBILIDADE DE AVALIÇÃO. PARCELA INSTITUCIONAL. RECURSO
PROVIDO EM PARTE.
1. Recurso da União contra sentença que julgou procedente o pedido para que a União reconheça o
direito do autor à percepção da Gratificação de Desempenho do Plano Geral de Cargos do Poder
Executivo-GDPGPE com pontuação baseada nas avaliações individual e institucional, condenando ainda
a União no pagamento das parcelas pretéritas da GPDGPE no período de novembro de 2011 a outubro
6. A lei prevê que, nos casos de cessão, somente os que forem investidos em cargo de Natureza Especial
de provimento em comissão do Grupo-Direção e Assessoramento Superiores - DAS, níveis 6, 5, 4 ou
equivalentes perceberão a GDPGPE calculada com base no resultado da avaliação institucional do
período. Contudo, a recente Nota Técnica nº 152/2016-MP passou a regulamentar a situação de diversos
servidores cedidos ao MPU, que estavam ocupando cargos comissionados inferiores aos níveis
apontados pela lei, ampliando as hipóteses para os que exercem cargos comissionados inferiores ao
DAS-04.
7. Nesse sentido, o pagamento da GDPGPE já foi restabelecido para a autora a partir da edição da
referida nota técnica (2016), sendo que o pleito inicial se refere a período em que mesmo havendo a sua
avaliação individual, a Administração negou o pagamento da gratificação.
8. Em casos similares, a jurisprudência vem entendendo que em relação aos servidores cedidos, a
parcela individual – de avaliação do próprio órgão – fica prejudicada em razão do servidor não estar
exercendo suas funções no órgão de origem, fazendo jus tão somente à parcela institucional. Nesse
sentido:
APELAÇÃO. PRELIMINAR. INTERESSE DE AGIR. BINÔMIO NECESSIDADE/UTILIDADE. SERVIDOR
PÚBLICO. GRATIFICAÇÃO DE ATIVIDADE CULTURAL. LEI Nº 11.233/2005. CONDENAÇÃO CONTRA
FAZENDA PÚBLICA. JUROS MORATÓRIOS E CORREÇÃO MONETÁRIA. NOVO CPC.
SUCUMBÊNCIA RECÍPROCA. COMPENSAÇÃO DE HONORÁRIOS AFASTADA. 2 - De acordo com o
art. 2º-A, II, da Lei nº 11.233/2005, a Gratificação de Desempenho de Atividade Cultural - GDAC integra a
estrutura remuneratória dos titulares dos cargos de provimento efetivo que vierem a participar do Plano
Especial de Cargos da Cultura. O autor foi de fato cedido para o Centro Federal de Educação Tecnológica
de São Paulo e nomeado para o cargo de direção de Gerente de Apoio ao Ensino da Unidade de
Araraquara, medida que se efetivou em 08/12/2008. Esse cargo é classificado como de direção de nível 4
(CD-4), enquadrando-se, pois, na classificação do art. 16, II, da Portaria nº 127/2010, bem como do art.
8º, II, da Portaria nº 109/2014, ambas do Ministério da Cultura. Exoneração em 01/09/2011. Autor não foi
beneficiado pela GDAC. Entre 08/12/2008 e 31/08/2011, o autor faz jus à GDAC à razão de 80 pontos,
referente à avaliação institucional, dado que, por ter ocupado cargo não pertencente ao IPHAN, não teria
como proceder a uma avaliação individualizada. (Ap 00007521220134036138, DESEMBARGADOR
FEDERAL COTRIM GUIMARÃES, TRF3 - SEGUNDA TURMA, e-DJF3 Judicial 1 DATA:06/11/2017
..FONTE_REPUBLICACAO:.)
9. Nesse caso, entendo que é devido reconhecer à parte autora o recebimento da Gratificação, apenas
segundo o resultado da avaliação de desempenho institucional. Como a Gratificação, segundo esse
resultado, não depende de aferição do desempenho individual de atividades inerentes às atribuições ao
307
seu respectivo cargo, então é possível manter o seu pagamento em relação ao servidor cedido – o que já
está sendo operacionalizado pelo órgão. Todos da instituição auferem por igual os pontos decorrentes do
resultado dessa avaliação, pois, como o próprio nome diz, ela é “institucional”.
10. Contudo, o mesmo não ocorre quanto à parte relativa aos resultados da avaliação de desempenho
individual. A avaliação, quanto a essa parte, pode em tese resultar na concessão de zero ponto, quando o
desempenho individual do servidor for negativo. Sendo assim, não é possível conceder o máximo de
pontos à parte Autora de forma indiscriminada, quanto à avaliação de desempenho individual, posto que
esta sequer é possível de ser levada a cabo, já que não está lotada no órgão de origem. PODER
JUDICIÁRIO JUIZADOS ESPECIAIS FEDERAIS SEÇÃO JUDICIÁRIA DO DISTRITO FEDERAL 2ª
TURMA RECURSAL
11. Recurso da União provido em parte para reconhecer o direito da parte autora a receber a gratificação
tão somente na pontuação referente à avaliação institucional.
12. Não há, no âmbito do JEF, previsão legal para arbitramento de verba honorária quando há provimento
do recurso, ainda que em parte mínima (art. 55, caput, da Lei n. 9.099/95).
ACÓRDÃO
Decide a 2ª Turma Recursal do DF, por unanimidade, dar parcial provimento ao recurso da União.
Brasília, 15 de maio de 2019.
CARLOS EDUARDO CASTRO MARTINS
Juiz Federal – 2ª. Turma Recursal
Relator 1
B948310E781F8A03DFCB3B6BB624183E
PROCESSO Nº : 0067275-58.2015.4.01.3400
RELATORA : JUÍZ FEDERAL CARLOS EDUARDO CASTRO
MARTINS
RECORRENTE (S) : CONCEICAO DE MARIA CUTRIM HELAL
ADVOGADO (S) : DF00046630 - ALEXANDRE LUIZ MACIEL
FONTENELE E OUTRO(S)
RECORRIDO (S) : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-
INSS
ADVOGADO (S) :
EMENTA
PREVIDENCIÁRIO E PROCESSO CIVIL. REVISÃO DE BENEFÍCIO. ART. 29, II, DA LEI N. 8.213/91.
ACORDO HOMOLOGADO NA AÇÃO CIVIL PÚBLICA N. 0002320-59.2012.4.03.6183. RESSALVA
EXPRESSA DOS BENEFÍCIOS ATINGIDOS PELA DECADENCIA. PRAZO DECADENCIAL NÃO
CONSUMADO. ART. 1013, §4º, DO CPC. DIREITO A REVISÃO E SUAS DIFERENÇAS. PEDIDO
JULGADO PROCEDENTE.
1. Recurso da parte autora contra sentença que rejeitou o pedido de pagamento dos valores resultantes
da revisão do seu benefício previdenciário pelo art. 29, II, da Lei n. 8.213/91, em decorrência do acordo
firmado nos autos da Ação Civil Pública n. 0002320-59.2012.4.03.6183.
2. O juiz sentenciante entendeu que “a pensão da parte autora não foi abarcada pela referida transação,
que previu expressamente que ela deveriam ser excluídos os benefícios concedidos há mais de 10 anos
da data da citação ocorrida na ACP nº 0002320-59.2012.4.03.6183, ou seja, os benefícios concedidos
antes de 17/04/2012 (cf. PLENUS INFBEN registrado em 18/08/2017)”.
3. A parte autora, nas razões recursais, alega que recebeu uma carta registrada enviada pelo INSS
informando da revisão do seu benefício previdenciário, em razão do acordo homologado nos autos da
Ação Civil Pública n. 0002320-59.2012.4.03.6183, passando a RMI de 782,41 para R$ 954,58 e gerando
a diferença de R$ 12.162,91, em relação ao período de 17/4/2007 a 31/1/2013, a ser paga no mês de
maio/2015, com base no cronograma aprovado em acordo judicial. Todavia, o pagamento não foi
efetuado. Aduz, ainda, que não há que se falar em decadência, pois recebeu a primeira parcela do
pagamento em 17/4/2007 e o prazo decadencial só passaria a contar do dia 1º de maio de 2007, nos
termo do art. 103 da Lei n. 8.213/91.
4. Sem contrarrazões.
5. Acordo firmado na Ação Civil Pública n. 0002320-59.2012.4.03.6183. O acordo firmado na Ação Civil
Pública n. 0002320-59.2012.4.03.6183 excluiu do seu alcance os benefícios que, na data da citação do
INSS, já tinham sido atingidos pela decadência. Assim, em regra, somente os benefícios concedidos entre
308
17/4/2002 até 29/10/2009 fariam jus a revisão do art. 29, II, da Lei n. 8.213/91, nos termos da ação civil
em comento.
6. No caso vertente, a parte autora recebeu carta da autarquia previdenciária informando sobre a revisão
administrativa do benefício pelo art. 29, II, da Lei n. 8.213/91, em observância ao acordo homologado no
âmbito da Ação Civil Pública n. 0002320-59.2012.4.03.6183. Com o processamento da revisão, houve
alteração da renda mensal inicial de seu benefício, de R$ PODER JUDICIÁRIO JUIZADOS ESPECIAIS
FEDERAIS SEÇÃO JUDICIÁRIA DO DISTRITO FEDERAL 2ª TURMA RECURSAL
B948310E781F8A03DFCB3B6BB624183E
782,41 para R$ 954,58, gerando uma diferença no valor de R$ 12.162,91, referente ao período de
ACÓRDÃO
Decide a 2ª Turma Recursal do DF, por unanimidade, DAR PROVIMENTO ao recurso da parte autora.
Brasília, 15 de maio de 2019.
CARLOS EDUARDO CASTRO MARTINS
Juiz Federal – 2ª. Turma Recursal
Relator 1
D89E1DE6D3390536906683802D7F9E96
PROCESSO Nº : 0058421-41.2016.4.01.3400
RELATORA : JUÍZ FEDERAL CARLOS EDUARDO CASTRO
MARTINS
RECORRENTE (S) : ENIO ANTONIO MARQUES PEREIRA
ADVOGADO (S) : DF00014810 - PAULO SERGIO DE SOUZA
COELHO
RECORRIDO (S) : UNIAO FEDERAL
ADVOGADO (S) : - JACIRA DE ALENCAR ROCHA
309
EMENTA
ADMINISTRATIVO. REVISÃO DE ATO DE APOSENTADORIA. SUPRESSÃO DA RUBRICA "OPÇÃO
FUNÇÃO". ART. 193 DA LEI N. 8.112/90. NECESSIDADE DE O SERVIDOR IMPLEMENTAR OS
REQUISITOS DA APOSENTADORIA ATÉ 19/1/1995 (ART. 7º DA LEI N. 9.624/98). REVISÃO DE ATO
CONTRÁRIO A LEI. POSSIBILIDADE. SENTENÇA MANTIDA.
1. Recurso da parte autora contra sentença que julgou parcialmente procedente o pedido inicial, para
rejeitar o pedido de continuidade do pagamento da rubrica "opção função" (art. 2º da Lei n. 8.911/94), e
deferir o pedido de não devolução ao erário dos valores recebidos.
2. A União apresentou contrarrazões.
"Art. 7º É assegurado o direito à vantagem de que trata a art. 193 da Lei nº 8.112, de 1990, aos servidores
que, até 19 de janeiro de 1995, tenham completado todos os requisitos para obtenção de aposentadoria
dentro das normas até então vigentes"
7. Portanto, a revisão do ato de aposentadoria não decorreu exclusivamente de nova interpretação de
norma pela Administração, mas de verificação de que a parte autora não atendeu aos requisitos
estabelecidos no art. 193 da Lei n. 8.112/91 c/c art. 7º da Lei n. 9.624/98. A requerente aposentou-se em
data posterior à revogação do art. 193 da Lei n. 8.112/90, não havendo, incorreção na revisão realizada
em estrito cumprimento de norma legal.
8. Ademais, a submissão da Administração aos princípios da boa-fé e da isonomia não legitima a
manutenção de parcela remuneratória incorporada contra legem aos proventos de aposentadoria da parte
recorrente.
9. Além disso, no caso em apreço, foi observado o princípio da ampla defesa e do contraditório antes da
supressão da parcela remuneratória indevidamente incorporada aos proventos de aposentadoria, não
havendo que se falar em violação ao princípio da segurança jurídica.
11. Precedente desta Turma: Processo n. 0062566-14.2014.4.01.3400, Rel. Juíza Cristiane Pederzolli
Rentzsch, j. 10/5/2017, e-DJF1 de 19/5/2017.
10. Precedente TRF1: AC 0013939-05.2007.4.01.3600 / MT, Rel. DESEMBARGADORA FEDERAL
MONICA SIFUENTES, SEGUNDA TURMA, e-DJF1 p.641 de 31/08/2012.
11. Recurso da parte autora desprovido.
12. Honorários advocatícios pelo recorrente fixados em 10% (dez por cento) do valor atribuído à causa
devidamente corrigido (art. 55, caput, da Lei n. 9.099/95).
ACÓRDÃO
Decide a 2ª Turma Recursal do DF, por unanimidade, NEGAR PROVIMENTO ao recurso da parte autora.
Brasília, 15 de maio de 2019.
CARLOS EDUARDO CASTRO MARTINS
Juiz Federal – 2ª. Turma Recursal
Relator 1
A8C9C3675F3837964B20A3CFC370229E
PROCESSO Nº : 0022349-21.2017.4.01.3400
RELATORA : JUÍZ FEDERAL CARLOS EDUARDO CASTRO
MARTINS
RECORRENTE (S) : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-
INSS
ADVOGADO (S) :
RECORRIDO (S) : LEONE ARCILIO FERREIRA
EMENTA
PREVIDENCIARIO. CONCESSÃO DE APOSENTADORIA ESPECIAL. EXPOSIÇÃO A AGENTES
QUIMICOS. ANEXO XIII DA NR 15. AVALIAÇÃO QUALITATIVA. INSALUBRIDADE COMPROVADA POR
FORMULARIO E LAUDO TECNICO. PROVA IDÔNEA. PRÉVIA FONTE DE CUSTEIO.
RESPONSABILIDADE DO EMPREGADOR. SENTENÇA CONFIRMADA.
1. Recurso do INSS contra sentença que (a) reconheceu como especial os períodos de 15/6/1981 a
26/12/1984, de 1/8/1985 a 8/4/1990 e de 1/8/1993 a 23/9/2016, em decorrência da exposição ao ruído e
outros riscos químicos, e (b) conferiu ao autor o benefício de aposentadoria especial, desde o
requerimento administrativo em 23/9/2016, com pagamento dos valores atrasados de acordo com o
MCJF.
2. Nas razões recursais, o réu sustenta que a exposição a agentes químicos depende de aferição
quantitativa, e não se observa no PPP e no laudo juntado, em relação à empresa Quadro Elétrico e
Automação Ltda. EPP (1/8/1993 a 23/9/2016), informação sobre o nível de agente químico nocivo a que o
autor esteve exposto. O recorrente alega, ainda, não ser possível a majoração de benefício previdenciário
sem a correspondente fonte de custeio.
3. A parte autora apresentou contrarrazões e juntou novo Perfil Profissiográfico Previdenciário – PPP (cf.
petição registrada em 13/8/2018).
4. O INSS foi intimado para se manifestar sobre o novo documento e alegou que “fica comprovado com a
juntada desse segundo PPP e laudo é que eles são produzidos conforme a necessidade do cliente, não
guardando relação com a realidade vivida pelo trabalhador segurado, não podendo ser aceitos como
prova de exposição a qualquer agente nocivo”, bem como sustentou que a fase instrutória já teria se
encerrado não podendo ser aceito o novo PPP.
5. Reconhecimento de tempo de serviço especial. O tempo de serviço é disciplinado pela lei vigente à
época em que efetivamente prestado. Quanto aos meios de prova, até a edição da Lei nº 9.032/95, a
comprovação do tempo de serviço prestado em atividade especial, poderia se dar de duas maneiras: a)
pelo mero enquadramento em categoria profissional elencada como perigosa, insalubre ou penosa em rol
expedido pelo Poder Executivo (Decretos 53.831/64 e 83.080/79); ou b) através da comprovação de
efetiva exposição a agentes nocivos constantes do rol dos aludidos decretos, mediante quaisquer meios
de prova. A partir dessa lei, a comprovação da atividade especial se dá através dos formulários SB-40 e
DSS-8030, expedidos pelo INSS e preenchidos pelo empregador, situação modificada com a Lei n.º
9.528/1997, a partir de então, por meio de laudo técnico (ou documento equivalente). PODER
JUDICIÁRIO JUIZADOS ESPECIAIS FEDERAIS SEÇÃO JUDICIÁRIA DO DISTRITO FEDERAL 2ª
TURMA RECURSAL
A8C9C3675F3837964B20A3CFC370229E
respectivamente. Ou seja, depois da sentença proferida nos autos, o que justifica a juntada somente após
a fase instrutória (art. 435 do CPC/15) e, além disso, apenas reproduziram aqueles já apresentados em
15/2/2018. Registre-se, ainda, que foi oportunizado ao INSS o devido contraditório. Portanto, todos os
elementos de prova apresentados podem ser utilizados.
10. É certo que a depender do agente químico, a constatação da nocividade sujeitar-se-á a avaliação
qualitativa e/ou quantitativa, conforme consta no NR-15, do Ministério do Trabalho e Emprego (art. 278, §
1º, da IN/INSS n. 77, de 21/1/2015). Mas, vale registrar que no laudo apresentado o perito deixou
consignado que levou em consideração a NR-15 para concluir que o autor exercia atividades insalubres,
em razão dos riscos químicos, não havendo nos autos elementos para infirmar as conclusões dos laudos
juntados (art. 373, II, do CPC/15).
contribuintes e beneficiários e não no sistema da capitalização individual (ARE 664335)" (AC 0030736-
04.2008.4.01.3800 / MG, Rel. JUIZ FEDERAL UBIRAJARA TEIXEIRA, 1ª CÂMARA REGIONAL
PREVIDENCIÁRIA DE JUIZ DE FORA, e-DJF1 de 16/05/2017).
14. No mesmo sentido o TRF da 4ª Região: "É absolutamente inadequado aferir-se a existência de um
direito previdenciário a partir da forma como resta formalizada determinada obrigação fiscal por parte da
empresa empregadora. A realidade precede à forma. Se os elementos técnicos contidos nos autos
demonstram a natureza especial da atividade, não guardam relevância a informação da atividade na GFIP
ou a ausência de recolhimento da contribuição adicional por parte da empresa empregadora. Inadequada
é a compreensão que condiciona o reconhecimento da atividade especial às hipóteses que fazem incidir
previsão normativa específica de recolhimento de contribuição adicional (art. 57, §§ 6º e 7º, da Lei nº
8.213/91). O direito do trabalhador à proteção de sua saúde no ambiente do trabalho emana da realidade
das coisas vis a vis a legislação protetiva - compreendida desde uma perspectiva constitucional atenta à
eficácia vinculante dos direitos fundamentais sociais. Deve-se, aqui também, prestigiar a realidade e a
necessidade da proteção social correlata, de modo que suposta omissão ou inércia do legislador, quanto
à necessidade de uma contribuição específica, não implica a conclusão de que a proteção social,
plenamente justificável, estaria a violar o princípio constitucional da precedência do custeio" (TRF4
5016951-84.2014.404.7100, QUINTA TURMA, Relator (AUXILIO PAULO AFONSO) RODRIGO
KOEHLER RIBEIRO, juntado aos autos em 05/06/2017).
15. Recurso do INSS desprovido.
16. Honorários advocatícios pela parte recorrente fixados em 10% sobre o valor da condenação (art. 55,
caput, da Lei n. 9.099/1995), mas respeitada a limitação temporal imposta pelo enunciado da Súmula n.
111/STJ.
ACÓRDÃO
Decide a 2ª Turma Recursal do DF, por unanimidade, NEGAR PROVIMENTO ao recurso do INSS.
Brasília, 15 de maio de 2019.
CARLOS EDUARDO CASTRO MARTINS
Juiz Federal – 2ª. Turma Recursal
Relator 1
47A00EEB0FDAD4B216CAC1CFE8DFD3BE
PROCESSO Nº : 0039352-23.2016.4.01.3400
RELATORA : JUÍZ FEDERAL CARLOS EDUARDO CASTRO
MARTINS
RECORRENTE (S) : UNIAO FEDERAL E OUTRO(S)
ADVOGADO (S) : - LETICIA MACHADO SALGADO
312
EMENTA
ADMINISTRATIVO. CONSTITUCIONAL. DIREITO A EDUCAÇÃO. ENSINO SUPERIOR. PROUNI.
CANCELAMENTO DO BENEFÍCIO ANTERIOR A NOVO PEDIDO. POSSIBILIDADE. RECURSO
DESPROVIDO.
1. Recurso da União contra a sentença que julgou procedente em parte o pedido inicial para determinar a
inclusão da autora no PROUNI, através da concessão de bolsa de estudos integral, para o curso de
Estética e Cosmético da Faculdade Metropolitana de Anápolis – FAMA.
30/06/2016), informou que “Em virtude da bolsa da autora, concedida no primeiro semestre de 2014, ter
sido encerrada por matrícula em IES pública, o Sisprouni, nesses casos, impede o Coordenador do
Prouni ou Representante do Coordenador no local de oferta da IES, a dar continuidade ao processo de
comprovação de informações do candidato à bolsa do Prouni. Tal fato ocorre, pois o Sisprouni não possui
integração com a base de dados das IES Públicas, o que não permite auferir se de fato a estudante ainda
se encontra regularmente matriculada em instituição pública. [...] para solucionar a situação em questão,
seria necessário que a Coordenadora do Prouni ou sua Representante no local da oferta de cursos da
Faculdade Metropolitana de Anápolis (FAMA) encaminhasse ao aludido canal de atendimento do MEC
um comprovante de desligamento da candidata junto à IES pública, para que fosse liberada a
comprovação de informações da candidata no Sisprouni.”
Merece ser deferido o pleito antecipatório formulado.
O PROUNI – Programa Universidade para Todos é um programa do Ministério da Educação destinado à
concessão de bolsas de estudo para estudantes cuja renda familiar per capita seja de até 3 (três) salários
mínimos. Consiste, portanto, em política pública voltada ao acesso de estudantes carentes ao ensino
superior privado. Assim, a natureza fundamental do direito formulado é inconteste, visto que se relaciona
à concretização do primado constitucional da universalização do ensino superior às classes menos
favorecidas.
Diante de tais diretrizes, e ostentando o acesso ao ensino superior o status de um direito fundamental,
não reputo razoável que tal direito seja restringido ao fundamento de falta de integração do sistema
informatizado do PROUNI (Sisprouni) com a(s) IES, ou pela falha no lançamento de dados a cargo de um
dos agentes operadores do programa. Segundo a Nota Técnica nº 390/2016/CGRAG/DIPES/SESU, a
solução para o impasse é simples, e depende do lançamento de alguns dados no Sisprouni, ao que
parece, a cargo da Coordenadora do Prouni na FAMA.
Para este Juízo, à qual dos réus cabe solucionar o problema é irrelevante. Relevante é destacar que a
finalidade precípua do PROUNI é possibilitar que alunos carentes acessem o ensino superior privado,
dando concretude à universalização do ensino superior. O seu sistema informatizado, bem como a
atuação dos seus agentes operadores, deve, portanto, garantir o funcionamento do programa, e não
inviabilizá-lo.”
9. Assim, considerando que, nas razões recursais, a União não traz nenhum outro elemento que possa
afastar as razões da sentença, vale dizer, não há esclarecimento por parte da União de que a autora não
313
tenha atendido outro requisito necessário à concessão da bolsa, mas tão somente o equívoco do sistema
quanto à baixa da bolsa anterior, entendo que deve prevalecer a sentença de primeiro grau.
10. Ademais, deve-se levar em consideração o direito social à educação, assegurado na Constituição de
1988, devendo possuir maior significado quando sopesado com outros direitos em choque. No caso, a
requerente não possui condições financeiras para arcar com os custos de uma formação em nível
superior, e a não concessão da bolsa significa retirar-lhe a oportunidade de se graduar em um curso
superior e alcançar melhores condições de emprego e de qualidade de vida.
11. Recurso desprovido.
12. Honorários advocatícios pela parte recorrente fixados em 10% sobre o valor da condenação (art. 55,
caput, da Lei n. 9.099/1995). PODER JUDICIÁRIO JUIZADOS ESPECIAIS FEDERAIS SEÇÃO
ACÓRDÃO
Decide a 2ª Turma Recursal do DF, por unanimidade, NEGAR PROVIMENTO ao recurso da União.
Brasília, 15 de maio de 2019.
CARLOS EDUARDO CASTRO MARTINS
Juiz Federal – 2ª. Turma Recursal
Relator 1
9CB70AFE235138DBBB1D2596CCEF5942
PROCESSO Nº : 0035899-83.2017.4.01.3400
RELATORA : JUÍZ FEDERAL CARLOS EDUARDO CASTRO
MARTINS
RECORRENTE (S) : SIRLENE MOREIRA ALVES
ADVOGADO (S) : DF00038991 - MAISA LOPES CORNELIUS
NUNES
RECORRIDO (S) : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-
INSS
ADVOGADO (S) :
EMENTA
PREVIDENCIÁRIO. APOSENTADORIA POR INVALIDEZ. TERMO INICIAL DA INCAPACIDADE. LAUDO
MÉDICO APONTANDO A EXISTÊNCIA DE INCAPACIDADE PERMANENTE PARA O TRABALHO
DESDE O 16º DIA DE AFASTAMENTO DAS ATIVIDADES LABORATIVAS. DIB FIXADA NOS TERMOS
DO ART. 43, §1º, “A”, DA LEI N. 8.213/91. RECURSO PROVIDO.
1. Recurso da parte autora contra sentença que lhe concedeu aposentadoria por invalidez, com o
acréscimo de 25% no valor do benefício, desde 29/8/2017 – DIB (data do ajuizamento da ação).
2. A autora alega que a aposentadoria é devida desde 16/9/2015, data fixada no laudo como sendo de
início da incapacidade (DII).
3. O INSS apresentou contrarrazões.
4. Manifestação do MPF registrada em 29/10/2018.
5. Decisão. Sirlene Moreira Alves, CPF nº 156.138.278-77, nascida em 13/12/1971 (atualmente com 46
anos de idade), auxiliar de serviços gerais, ensino fundamental incompleto (5ª série), residente na cidade
satélite de Itapoã/DF.
6. O benefício de auxílio-doença n. 611.779.150-3, foi concedido administrativamente pelo INSS desde
16/9/2015 (DIB) – 16º dia do afastamento das atividades laborativas (ocorrido em 1/9/2015 - DAT), com
base no diagnóstico de episódio depressivo grave com sintomas psicóticos (F32.3), e foi pago
ininterruptamente até sua conversão em aposentadoria por invalidez, concedida judicialmente (cf. petição
registrada em 21/9/2017).
7. Laudo médico (petição registrada em 19/10/2017). Em perícia realizada em 9/10/2017, a médica
especialista em psiquiatria, atesta que a autora apresenta histórico de transtorno psicótico não orgânico
(F29)/alienação mental, que gera incapacidade total, permanente e omniprofissional. Questionada sobre a
data de início da incapacidade (DII), respondeu que “desde 16/9/2015, quando teve início o benefício de
auxílio-doença”.
8. DIB. Se houve requerimento administrativo e a incapacidade estabelecida no laudo pericial for
preexistente àquele, o benefício será devido desde o requerimento administrativo (Súmula n° 22 da TNU:
se a prova pericial realizada em juízo dá conta de que a incapacidade já existia na data do requerimento
administrativo, esta é o termo inicial do benefício assistencial).
9. Ressalte-se que não existe a possibilidade de o segurado pleitear diretamente a aposentadoria por
invalidez, inicialmente ele deve requerer um auxílio-doença. Mas, no caso de constatação, no ato da
314
incapacidade total e definitiva, sem possibilidade de reabilitação, é dever do INSS indicar a aposentadoria
por invalidez. Assim, comprovado o preenchimento dos requisitos para a concessão da aposentadoria por
invalidez desde 16/9/2015, este será o termo inicial do benefício.
10. No caso vertente, o laudo oficial aponta para a existência de incapacidade total e permanente desde
16/9/2015 (data em que foi concedido administrativamente o benefício de auxílio-doença). Portanto, a DIB
da aposentadoria por invalidez deverá ser a mesma do auxílio-doença (art. 43, §1º, “a” da Lei n.
2C9D10983BFF3D8ADA52FA98ABD69939
PROCESSO Nº : 0069174-91.2015.4.01.3400
RELATORA : JUÍZ FEDERAL CARLOS EDUARDO CASTRO
MARTINS
RECORRENTE (S) : UNIAO FEDERAL
ADVOGADO (S) : - PEDRO SERAFIM DE OLIVEIRA FILHO
RECORRIDO (S) : CLAUDIA REGINA GUSMAO CORDEIRO
ADVOGADO (S) : DF00038630 - CARLOS GUSMÃO TÁPIA
EMENTA
PROCESSO CIVIL. CORREÇÃO MONETÁRIA. LEI N. 11.960/09. RE 870947.
INCONSTITUCIONALIDADE PARCIAL NO TOCANTE A CORREÇÃO MONETÁRIA. RECURSO
DESPROVIDO.
1. Recurso interposto pela União em face de sentença que fixou como índice de correção monetária o
IPCA-E, de acordo com a decisão do STF no RE 870947 (Tema 810).
2. Não foram apresentadas contrarrazões.
3. Correção monetária. Lei n. 11.960/09. RE 870947. Inconstitucionalidade parcial no tocante a correção
monetária. Aplicação do IPCA-E.
4. No que se refere à correção monetária, no RE 870947 (j. 20/9/2017), o STF reconheceu a
inconstitucionalidade do uso da taxa de remuneração básica da caderneta de poupança (TR), instituída
pela Lei n. 11.960/09, para fins de correção de débitos do Poder Público, por não ser adequado para
recompor a perda do poder de compra. O Supremo adotou o IPCA-E.
5. Registre-se, por oportuno, que tem prevalecido que a eficácia da decisão tomada pelo Plenário é a data
em que foi divulgada, pelo órgão oficial, a ata da sessão de julgamento (no caso, ocorrida em 22/9/2017).
E, quanto à modulação dos efeitos dos supracitados recursos extraordinários, a pendência de decisão
modulatória não obsta o prosseguimento do feito até a fase do cumprimento de sentença.
6. Recurso da União desprovido.
7. A instância revisora somente pode dispor sobre honorários, "levando em conta o trabalho adicional
realizado em grau recursal" (art. 85, § 11, NCPC). Não havendo trabalho em grau recursal pela parte
recorrida, não há como condenar a parte recorrente em honorários advocatícios.
ACÓRDÃO
Decide a 2ª Turma Recursal do DF, por unanimidade, NEGAR PROVIMENTO ao recurso da União.
Brasília, 15 de maio de 2019. PODER JUDICIÁRIO JUIZADOS ESPECIAIS FEDERAIS SEÇÃO
JUDICIÁRIA DO DISTRITO FEDERAL 2ª TURMA RECURSAL
2C9D10983BFF3D8ADA52FA98ABD69939
A47E49DC4A1F6EC8B1A218E714746B03
EMENTA
RESPONSABILIDADE CIVIL. AÇÃO DE INDENIZAÇÃO. EMPRESA BRASILEIRA DE CORREIOS E
TELÉGRAFOS - ECT. EXTRAVIO DE ENCOMENDA. CONSTITUIÇÃO FEDERAL, ART. 37, § 6º.
CÓDIGO DE DEFESA DO CONSUMIDOR, ART. 14. DANOS MATERIAIS COMPROVADOS. DANOS
MORAIS NÃO CARACTERIZADOS. SENTENÇA REFORMADA, EM PARTE.
1. Recurso da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos - ECT contra sentença que reconheceu o
direito da parte autora a indenização por danos materiais e morais (R$ 5.000,00), em decorrência do
extravio de produto.
2. Nas suas razões recursais, a ré alega que a autora não comprovou a postagem do objeto e que a
responsabilidade pelos danos matérias recai sobre a empresa Adidas. Alega que não ficou comprovado
qualquer abalo psicológico sofrido pela autora, razão pela qual requereu a improcedência do dano moral
ou a sua redução.
3. Foram apresentadas contrarrazões.
4. Mérito. A Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos, na condição de concessionária de serviços
públicos, obriga-se a indenizar os usuários de seus serviços pelos danos causados pela ineficiência na
entrega da mercadoria enviada. Comprovado nos autos o nexo de causalidade entre o evento danoso e a
conduta da empresa pública, incide na espécie a hipótese de responsabilidade objetiva da Administração,
prevista no art. 37, § 6º, da Constituição Federal, combinada com o art. 14 do Código de defesa do
Consumidor (EREsp 1097266/PB, Rel. Ministro RICARDO VILLAS BÔAS CUEVA, SEGUNDA SEÇÃO,
julgado em 10/12/2014, DJe 24/02/2015).
5. Dano material. A parte autora comprovou que realizou compra no site da empresa LOJA ONLINE
ADIDAS, dos seguintes itens: 01 (um) TENIS SPRINGBLADE NANAYA W, no valor de CR$ 280,00
(duzentos e oitenta reais), 01(uma) CALÇA LEGGING WO no valor de CR$ 69,99 (sessenta e nove reais
e noventa e nove centavos, 01 (um) TOP V WO BASIC no valor de CR$ 34,99 (trinta e quatro reais e
noventa e nove centavos), 01 (um) TOP V WO BASIC no valor de CR$ 34,99 (trinta e quatro reais e
noventa e nove centavos), totalizando um valor de CR$ 419,97. No dia 27 de novembro de 2017 a
Empresa ADIDAS ONLINE postou na EMPRESA BRASILEIRA DE CORREIOS E TELÉGRAFOS o
pedido, conforme andamento de postagem anexo e no dia 28/12/2017, a mercadoria foi encaminhada
para CEE BRASÍLIA NORTE – ZONA INDUSTRIAL (GUARÁ) BRASÍLIA-DF.
6. A parte autora junta comprovante de que a mercadoria foi extraviada, conforme emails que
acompanham a documentação inicial. Comprovado o nexo causal entre o dano provocado e a conduta da
recorrente, nasce o direito à indenização pelos danos materiais. Desse modo, correto o entendimento da
sentença que determinou a indenização por danos materiais. PODER JUDICIÁRIO JUIZADOS
ESPECIAIS FEDERAIS SEÇÃO JUDICIÁRIA DO DISTRITO FEDERAL 2ª TURMA RECURSAL
A47E49DC4A1F6EC8B1A218E714746B03
7. Danos morais. Por outro lado, os fatos narrados não resultam em danos morais, pois não envolvem
lesão a direito que protege a honra da pessoa ou a direito da personalidade. Pelo menos a parte autora
não apontou qual o direito dessas ordens teria sido violado. Ou seja, mesmo que provado extravio de
encomenda que, por si só, tivesse sido materialmente prejudicial à parte autora, os transtornos
eventualmente suportados em razão disso não consistem em prejuízos passíveis de indenização moral.
Rejeita-se, assim, o pedido de indenização por danos morais.
8. Provimento parcial do recurso interposto pela ECT para rejeitar o pedido inicial de indenização a título
de danos morais.
9. Não há, no âmbito do JEF, previsão legal para arbitramento de verba honorária quando há provimento
do recurso, ainda que em parte (art. 55, caput, da Lei n. 9.099/95).
ACÓRDÃO
316
Decide a 2ª Turma Recursal do DF, por unanimidade, DAR PARCIAL PROVIMENTO ao recurso da ECT.
Brasília, 15 de maio de 2019.
CARLOS EDUARDO CASTRO MARTINS
Juiz Federal – 2ª. Turma Recursal
Relator 1
6D79D2ECC2A99741A9EA092E2835ACF0
PROCESSO Nº : 0045128-04.2016.4.01.3400
RELATORA : JUÍZ FEDERAL CARLOS EDUARDO CASTRO
MARTINS
RECORRENTE (S) : JANGLEY BAHIA COSTA
ADVOGADO (S) : ES00010061 - GEYSE GORZA ALMEIDA
RECORRIDO (S) : CAIXA ECONOMICA FEDERAL
ADVOGADO (S) : DF00043986 - GUSTAVO DAL BOSCO E
OUTRO(S)
EMENTA
CIVIL. CÓDIGO DE DEFESA DO CONSUMIDOR. CEF. FRAUDE. COMPRA CARTÃO DE CRÉDITO.
DANOS MATERIAIS. DANOS MORAIS. MAJORAÇÃO DO QUANTUM INDENIZATÓRIO. SENTENÇA
MANTIDA. RECURSO DESPROVIDO.
1. Recurso da parte autora contra sentença que julgou procedente em parte o pedido inicial, condenando
a requerida ao pagamento de danos morais ao autor.
2. Em suas razões recursais, o recorrente sustenta que o valor arbitrado não atende os princípios da
razoabilidade e da proporcionalidade, bem como que o valor pago a título de danos materiais não
corresponde ao valor do prejuízo.
3. Foram apresentadas contrarrazões.
4. Mérito. Danos materiais. A parte autora alega que o valor dos danos materiais no total de R$10.442,66
correspondente ao valor de compras objeto de fraude não foi ressarcido integralmente. Por sua vez, a
CEF alega que o valor das compras não reconhecidas foi estornado totalmente, restando um saldo credor
para o autor no valor de R$3.915,72.
5. Em relação a este ponto, verifico que muito embora o estorno tenha sido efetuado na fatura do cartão
no mês seguinte, há que ser considerado que o pagamento fora efetuado. Determinar uma nova
restituição do valor seria impor à CEF um ônus que extrapola os limites da sua responsabilidade diante do
dano causado, uma vez que a restituição já fora feita em forma de compensação de contas.
6. Danos morais. O dano moral foi reconhecido pelo juízo a quo sendo fixado no valor de R$3.000,00 (três
mil reais). O autor insurge-se contra o valor fixado, pleiteando a majoração do valor estipulado.
Considerando que o valor da indenização por dano moral não pode ser exorbitante, a configurar
enriquecimento sem causa da vítima, nem irrisório, insuficiente para inibir as ações praticadas pela ré,
parece-me que o valor encontra razoável.
4. Não se está aqui a negar o transtorno suportado pelo autor, que teve que passar por dissabores
durante uma viagem internacional. Porém, entendo que o valor fixado a título de danos morais, observa
os princípios da razoabilidade, proporcionalidade e moderação (TRF 1 ª Região, AC 1999.38.00.035044-
8/MG), além da finalidade compensatória e preventiva (punitiva), bem como as circunstâncias da causa e
a condição socioeconômica do ofendido e do ofensor, de forma que tal valor não seja ínfimo, para não
representar ausência de sanção efetiva ao ofensor; nem excessivo, a fim de evitar o enriquecimento sem
causa da vítima”, nos termos do que vem sendo julgado por esta Turma.
5. Recurso da parte autora desprovido. PODER JUDICIÁRIO JUIZADOS ESPECIAIS FEDERAIS SEÇÃO
JUDICIÁRIA DO DISTRITO FEDERAL 2ª TURMA RECURSAL
6D79D2ECC2A99741A9EA092E2835ACF0
6. Honorários advocatícios pelo recorrente fixados em 10% (dez por cento) do valor atribuído à causa
devidamente corrigido (art. 55, caput, da Lei n. 9.099/95). Condenação suspensa (art. 98, § 3º, do
CPC/15).
ACÓRDÃO
Decide a 2ª Turma Recursal, à unanimidade, negar provimento ao recurso do autor. Brasília, 15 de maio
de 2019.
CARLOS EDUARDO CASTRO MARTINS
Juiz Federal – 2ª. Turma Recursal
Relator 1
317
5914B93CF28DBAA12C467937773C40E1
EMENTA
(16)
TRIBUTÁRIO E CONSTITUCIONAL. IMPOSTO DE RENDA DA PESSOA FÍSICA. APOSENTADO OU
PENSIONISTA. RESIDENTE NO EXTERIOR. ALÍQUOTA FIXA DE 25%. ART. 7º DA LEI 9.779/1999,
COM REDAÇÃO DADA PELA LEI 13.315/2016. ILEGALIDADE DA INCIDÊNCIA ANTERIOR, COM BASE
APENAS NO REGULAMENTO DO IR E EM INSTRUÇÃO NORMATIVA. VIOLAÇÃO AOS PRINCÍPIOS
DA LEGALIDADE E DA IRRETROATIVIDADE. ALÍQUOTA UNIFORME E INVARIÁVEL, DEPOIS DA
ALTERAÇÃO LEGAL. VIOLAÇÃO AO PRINCÍPIO DA PROGRESSIVIDADE. ADOÇÃO NO CASO DA
TABELA PROGRESSIVA EM VIGOR. DECLARAÇÃO DE INCONSTITUCIONALIDADE PARCIAL.
PROVIMENTO DO RECURSO INTERPOSTO PELA PARTE AUTORA.
1. Recurso interposto pela parte autora em face da sentença que julgou improcedente o pedido inicial,
reconhecendo a legalidade da tributação sobre os proventos de aposentadoria na alíquota de 25% em
razão da parte autora residir no exterior.
2. Em suas razões recursais, a autora alega a inconstitucionalidade do artigo 3º da Lei 13.315/06 sobre as
parcelas de aposentadoria e pensões sem a aplicação da tabela do imposto de renda.
3. Houve contrarrazões.
4. Em recente julgamento desta Turma, houve mudança de entendimento sobre a matéria, no processo
0005421-58.2018.4.01.3400, de relatoria do Juiz Federal David Wilson de Abreu Pardo, de 24.04.2019.
Nesse sentido, segue abaixo as razões de decidir daquele acórdão:
9. Originariamente, a Lei n. 9.779/1999 estabelecia: “Art. 7º. Os rendimentos do trabalho, com ou sem
vínculo empregatício, e os da prestação de serviços, pagos, creditados, entregues, empregados ou
remetidos a residentes ou domiciliados no exterior, sujeitam-se à incidência do imposto de renda na fonte
à alíquota de vinte e cinco por cento”.
10. A partir dessa redação legal, o Decreto 3.000/1999 (Regulamento do Imposto de Renda) dispunha
sobre a retenção na fonte de valores percebidos no Brasil por pessoa residente no exterior: “Art. 682.
Estão sujeitos ao imposto na fonte, de acordo com o disposto neste Capítulo, a renda e os proventos de
qualquer natureza provenientes de fontes situadas no País, quando percebidos: I - pelas pessoas físicas
ou jurídicas residentes ou domiciliadas no exterior (Decreto-Lei n º 5.844, de 1943, art. 97, alínea 'a'); II -
pelos residentes no País que estiverem ausentes no exterior por mais de doze meses, salvo os
mencionados no art. 17 (Decreto-Lei n º 5.844, de 1943, art. 97, alínea 'b'); III - pela pessoa física
proveniente do exterior, com visto temporário, nos termos do § 1 º do art. 19 (Decreto-Lei n º 5.844, de
1943, art. 97, alínea 'c', e Lei nº 9.718, de 1998, art. 12); IV - pelos contribuintes que continuarem a
perceber rendimentos produzidos no País, a partir da data em que for PODER JUDICIÁRIO JUIZADOS
ESPECIAIS FEDERAIS SEÇÃO JUDICIÁRIA DO DISTRITO FEDERAL 2ª TURMA RECURSAL
5914B93CF28DBAA12C467937773C40E1
requerida a certidão, no caso previsto no art. 879 (Lei n º 3.470, de 1958, art. 17, § 3º). Art. 685. Os
rendimentos, ganhos de capital e demais proventos pagos, creditados, entregues, empregados ou
remetidos, por fonte situada no País, a pessoa física ou jurídica residente no exterior, estão sujeitos à
incidência na fonte (Decreto-Lei n º 5.844, de 1943, art. 100, Lei n º 3.470, de 1958, art. 77, Lei n º 9.249,
de 1995, art. 23, e Lei n º 9.779, de 1999, arts. 7 º e 8º): (...) II - à alíquota de vinte e cinco por cento: a) os
rendimentos do trabalho, com ou sem vínculo empregatício, e os da prestação de serviços; b) ressalvadas
as hipóteses a que se referem os incisos V , VIII, IX, X e XI do art. 691, os rendimentos decorrentes de
qualquer operação, em que o beneficiário seja residente ou domiciliado em país que não tribute a renda
ou que a tribute à alíquota máxima inferior a vinte por cento, a que se refere o art. 245'”. Atualmente, o
RIR em vigor é o Decreto n. 9.580/2018, tratando do tema a partir do seu art. 741 e reproduzindo, no seu
art. 746, o teor da atual redação do art. 7º da Lei n. 9.779/1999, que será transcrito adiante.
318
11. A seu turno, a Instrução Normativa SRF n. 208/2002 assim previa: “Art. 3º Considera-se não-residente
no Brasil, a pessoa física: I - que não resida no Brasil em caráter permanente e não se enquadre nas
hipóteses previstas no art. 2º; II - que se retire em caráter permanente do território nacional, na data da
saída, ressalvado o disposto no inciso V do art. 2º; III - que, na condição de não-residente, ingresse no
Brasil para prestar serviços como funcionária de órgão de governo estrangeiro situado no País,
ressalvado o disposto no inciso IV do art. 2º; IV - que ingresse no Brasil com visto temporário: a) e
permaneça até 183 dias, consecutivos ou não, em um período de até doze meses; b) até o dia anterior ao
da obtenção de visto permanente ou de vínculo empregatício, se ocorrida antes de completar 184 dias,
consecutivos ou não, de permanência no Brasil, dentro de um período de até doze meses; V - que se
ausente do Brasil em caráter temporário, a partir do dia seguinte àquele em que complete doze meses
14. Com efeito, antes da modificação legislativa, o art. 7º da Lei 9.779/1999 não continha as expressões
“rendimentos (...) de aposentadoria, de pensão”, mas apenas “rendimentos do trabalho, (...), e os da
prestação de serviços”. E não é legítimo inserir dentro da última expressão (“rendimentos do trabalho,
(...), e os da prestação de serviços”) os rendimentos decorrentes de benefício previdenciário, é dizer,
proventos de aposentadoria. Isso porque, do ponto de vista da lei, quem recebe proventos de
aposentadoria, portanto, decorrentes de benefício previdenciário, está na condição de alguém que não
mais trabalha e nem presta serviços. A Previdência Social justamente “tem por fim assegurar aos seus
beneficiários meios indispensáveis de manutenção, por motivo de incapacidade, idade avançada, tempo
de serviço, desemprego involuntário, encargos de família e reclusão ou morte daqueles de quem
dependiam economicamente” (art. 3º, Lei 8.212/1991, e art. 1º, Lei 8.213/1991).
15. Nesse contexto, em virtude do princípio da estrita legalidade tributária, “a lei deve estabelecer todos
os seus elementos essenciais para a validade e exigibilidade do tributo (hipótese de incidência, sujeição
passiva, alíquota e base de cálculo), conforme explicitado no artigo 97 do CTN. A lei não pode deixar para
o regulamento ou para qualquer ato normativo inferior a indicação de qualquer dos elementos necessários
a essa determinação. Ademais, não há que se cogitar atenuação à garantia da legalidade tributária
absoluta, posto que o Imposto de Renda não está inserido dentre as hipóteses taxativas dos tributos
marcadamente extrafiscais previstos no artigo 153, § 1º, da Constituição Federal (Imposto de Importação,
Imposto de Exportação, IPI e IOF). Essa ilegalidade, inclusive, foi reconhecida com a edição da Lei n.
13.315/2015, que alterou o artigo 7º da Lei n. 9.779/99, para sujeitar também os proventos de
aposentadoria e pensão dos residentes ou domiciliados no exterior à incidência do Imposto de Renda
retido na fonte à alíquota de 25% (vinte e cinco por cento)” (novamente trecho do voto condutor do
julgamento de Turma Recursal dos Juizados Especiais Federais da Seção Judiciária de Santa Catarina,
colacionado ao feito pela parte Autora).
16. Ademais, o princípio da irretroatividade tributária veda cobrança do tributo em relação a fatos
geradores ocorridos antes do início da vigência da lei que os houver instituído ou aumentado (art. 150, III,
“a”, da CF). De modo que, no caso, constando no processo documento que demonstra a incidência do
imposto de renda sob a alíquota uniforme de 25%, desconsiderando a Tabela Progressiva existente, a
partir de janeiro/2012 (p. 1 EPROC HISCRE 1 10 DOCUMENTOS DA INICIAL), ou seja, antes da entrada
319
em vigor da Lei 13.315/2016 (1º de janeiro de 2017 – art. 5º, I), há de ser afastada a exação fiscal nesse
patamar uniforme de 25%, sobre o valor do benefício recebido pela parte Autora (pessoa que, depois de
aposentada pelo RGPS brasileiro, passou a residir no exterior), ao longo do tempo, e pelo menos até
31/12/2016, com repetição do indébito, devidamente atualizado, respeitada a prescrição quinquenal,
relativo às diferenças do que foi retido além da tributação progressiva aplicada aos contribuintes
residentes no Brasil.
17. Entrementes, é bem verdade que o art. 2º, Decreto-Lei 2.308/1986 continha a seguinte letra:
“ressalvados os casos em que esteja prevista tributação específica, os rendimentos e ganhos de capital
auferidos por residentes ou domiciliados no exterior serão tributados, na fonte, à mesma alíquota aplicável
aos residentes ou domiciliados no País, quando superior a 25% (vinte e cinco por cento)”. Todavia, além
aposentadoria e de pensão da pessoa que, depois de aposentada pelo RGPS brasileiro, passou a residir
no exterior, quando se faz comparação com as alíquotas progressivas estabelecidas pela lei em favor de
quem permanece residindo no Brasil e também recebe rendimentos da mesma natureza. A mudança
legal se afigura em confronto com o princípio da progressividade, previsto pelo art. 153, § 2º, I, CF, sem
que haja justificativa suficiente para a distinção.
19. A violação promovida pela Lei 13.315/2016 ao princípio da progressividade, previsto pelo art. 153, §
2º, I, CF, é injustificada. A progressividade do imposto de renda ordenada por esse dispositivo
constitucional é cogente (será informado), devendo ser feita “na forma da lei”. E sem alguma justificativa
suficiente de base constitucional a “forma da lei” nunca poderá deixar de estabelecer a progressividade,
dado o caráter imperativo da determinação constitucional (“será informado”). O que a lei deve fazer é
estabelecer a progressividade, os patamares da variação positiva da alíquota à medida que há aumento
da base de cálculo, ou seja, da renda. Quando a Lei n. 13.315, de 20 de julho de 2016, alterou o art. 7º,
Lei 9.779/1999, fixando de maneira uniforme e invariável em 25% a alíquota do imposto de renda na fonte
sobre proventos da pessoa que, depois de aposentada pelo RGPS, vai residir no exterior, passou a violar
a progressividade, dada a ausência de justificativa suficiente de base constitucional para a distinção em
relação àquele que permanece residindo no Brasil, recebendo rendimentos da mesma origem e natureza
previdenciária.
20. “Como imposto de natureza pessoal, o Imposto de Renda deve, necessariamente, ser graduado
segundo a capacidade contributiva do contribuinte também por força da determinação expressa constante
no artigo 145, § 1º, da Constituição Federal. A instituição de um desconto de Imposto de Renda na fonte à
alíquota única elevada de 25% (vinte e cinco por cento) sobre proventos de aposentadoria e pensão dos
residentes e domiciliados no exterior viola o critério da progressividade, previsto no artigo 153, III, e § 2º, I,
da Constituição Federal, porque submete à maior tributação aqueles que percebem iguais valores, isto
sem levar em conta que os benefícios previdenciários percebidos pelos segurados do Regime Geral da
Previdência Social - RGPS, em regra, não são elevados” (novo trecho do voto condutor do julgamento de
Turma Recursal dos Juizados Especiais Federais da Seção Judiciária de Santa Catarina, colacionado ao
feito pela parte Autora).
21. A violação ao princípio da progressividade, em tal contexto, se torna mais acentuada quando se
destaca que já há lei fixando alíquotas progressivas para o imposto de renda, de um modo geral. No
particular, aliás, afastar a incidência da progressividade das alíquotas do imposto de renda, já fixada pela
legislação, à hipótese de uma pessoa que, depois de aposentada pelo RGPS no Brasil, passa a residir no
exterior, acaba por esbarrar também no princípio da isonomia. O fato de a progressividade poder resultar
na incidência de alíquotas menores que 25% não implica, ademais, renúncia fiscal em favor de país
estrangeiro. Com a aplicação da progressividade já estabelecida legalmente, por imposição do
ordenamento constitucional, os valores recolhidos pelo Fisco serão iguais aos que seriam coletados se a
pessoa, depois de aposentada pelo RGPS brasileiro, mantiver residência no país.
22. Esse ponto revela que a isenção prevista pelo art. 6º, XV, da Lei 7.713/1988 é distinta da
progressividade estabelecida pela lei de regência. É que esta decorre de um imperativo constitucional,
sendo a lei a forma de estabelecer qual progressividade valerá. Já a isenção consiste num favor
concedido por lei no sentido de dispensar o contribuinte do pagamento do imposto. É uma forma de
dispensa do crédito tributário estabelecida por lei (art. 175, I, CTN). Assim, se a isenção é validamente
estabelecida apenas por lei, também por lei pode ser revogada ou modificada a qualquer tempo (art. 178,
CTN). A progressividade tributária não pode ser simplesmente ignorada pela lei, cabendo a esta instituir
320
sua forma específica. Já uma isenção pode ser completamente desfeita pela lei, sem necessidade de fixar
forma alternativa. Simplesmente pode ser legalmente desfeita.
23. De todo modo, pelo art. 1º da Lei n. 13.149/2015, que alterou o art. 1º, IX, da Lei n. 11.482/2007, a
partir do mês de abril do ano-calendário de 2015, esta passou a ser a PODER JUDICIÁRIO JUIZADOS
ESPECIAIS FEDERAIS SEÇÃO JUDICIÁRIA DO DISTRITO FEDERAL 2ª TURMA RECURSAL
5914B93CF28DBAA12C467937773C40E1
Tabela Progressiva Mensal para cálculo do imposto de renda incidente sobre os rendimentos de pessoas
físicas:
Tabela Progressiva Alíquota (%) Parcela a Deduzir do IR
por pessoa que, depois de aposentada pelo RGPS brasileiro, passa a residir no exterior, não encontra
indicativo constitucional parecido. Pelo menos nessa extensão, como dito, a letra do art. 7º, da Lei
9.779/1999, na redação da Lei 13.315/2016, é em parte inconstitucional. E isso não significa, sem mais,
uma discriminação indevida entre o empregado em situação de atividade e o aposentado ou pensionista,
ambos residentes no exterior, em virtude dos indicativos constitucionais referidos no parágrafo anterior.
Pelo que, e na falta de forma específica de progressividade do imposto de renda para pessoa que, depois
de aposentada pelo RGPS brasileiro, passa a residir no exterior, deve ser aplicada aquela já fixada pela
legislação tributária de um modo geral, inclusive a faixa inicial cuja alíquota é inexistente.
28. Pelo exposto, é ilegal a cobrança do imposto de renda na fonte sobre os proventos de aposentadoria
e pensão da pessoa que, depois de aposentada pelo RGPS brasileiro, passa a residir no exterior, à
321
alíquota uniforme e invariável de 25%, antes da vigência do art. 7º, da Lei n. 9.779/1999, com redação da
Lei n. 13.315/2016, somente com base no art. 685, II, 'b' do Dec. 3.000/1999 (RIR) e no art. 36 da IN SRF
208/2012.
29. Mais do que isso. É preciso declarar incidenter tantum a inconstitucionalidade parcial do art. 7º da Lei
9.799/1999, na redação da Lei 13.315/2016, no ponto relativo à cobrança do imposto de renda na fonte
sobre os proventos de aposentadoria e pensão da pessoa que, depois de aposentada pelo RGPS
brasileiro, passa a residir no exterior, à alíquota uniforme e invariável de 25%, a partir de 1/1/2017, por
ofensa ao art. 153, inciso III, e § 2º, inciso I, da Constituição Federal. O imposto de renda deve ser
cobrado da parte Autora na forma progressiva estabelecida pela legislação em vigor, devendo a diferença
do que foi retido além dessa fórmula de tributação deve ser restituída, com a atualização legal.
Relator 1
5E7B0B48A92A8140E7556CC4CF278273
PROCESSO Nº : 0022242-74.2017.4.01.3400
RELATORA : JUÍZ FEDERAL CARLOS EDUARDO CASTRO
MARTINS
RECORRENTE (S) : FUNDACAO UNIVERSIDADE DE BRASILIA FUB
ADVOGADO (S) : - DANILO GOUVEIA PESSOA DE LIMA
RECORRIDO (S) : SIMONE FONTOURA DE PAULA
ADVOGADO (S) : DF00001393 - SEBASTIAO BORGES TAQUARY
E OUTRO(S)
EMENTA
CONSTITUCIONAL E ADMINISTRATIVO. CONTRATAÇÃO PELA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA SEM
PRÉVIO CONCURSO PÚBLICO. NULIDADE. DIREITO AO FGTS. PRAZO PRESCRICIONAL. LEI N.
8.036/90. JULGAMENTO PROFERIDO PELO STF NO ARE 709212. PRESCRIÇÃO QUINQUENAL.
AÇÃO AJUIZADA EM DATA POSTERIOR AO JULGAMENTO DO STF. RECURSO PROVIDO EM
PARTE.
1. Recurso da FUNDAÇÃO UNIVERSIDADE DE BRASÍLIA - FUB em face de sentença que a condenou à
realização dos depósitos de FGTS, em decorrência da nulidade do contrato, realizado sem concurso
público, firmado com a recorrida e que perdurou de 2000 a 2014 (art. 19-A da Lei n. 8.036/90).
2. Razões recursais da ré: (a) aplicação da prescrição quinquenal estabelecida no Decreto n. 20.910/32,
por se tratar de contrato administrativo; e (b) impossibilidade de cumprimento da obrigação de fazer, em
razão da letra do art. 100 da CF.
3. Com contrarrazões.
4. Prescrição. Inaplicável o Decreto n. 20.910/32, pois o pedido é o depósito de FGTS - verba de natureza
eminentemente trabalhista -, regendo-se a obrigação pela legislação pertinente à matéria, no caso, a Lei
n. 8.036/90. Consequentemente, incide na espécie as disposições da decisão proferida pelo STF no ARE
n. 709.212, j. 13/11/2014 (REsp 1606616/MG, Rel. Ministro HERMAN BENJAMIN, SEGUNDA TURMA,
julgado em 16/08/2016, DJe 09/09/2016).
5. O STF, no julgamento do ARE 709.212/DF, em repercussão geral, estabeleceu que não é trintenário, e
sim quinquenal, o prazo prescricional para a cobrança de valores não depositados no FGTS. Impôs,
contudo, efeitos prospectivos à essa solução, definindo o seguinte: "Para aqueles cujo termo inicial da
322
prescrição ocorra após a data do presente julgamento, aplica-se, desde logo, o prazo de cinco anos. Por
outro lado, para os casos em que o prazo prescricional já esteja em curso, aplica-se o que ocorrer
primeiro: 30 anos, contados do termo inicial, ou 5 anos, a partir desta decisão".
6. No caso, a parte autora ajuizou a ação em 19/02/2015, após a data da publicação da decisão do ARE
709.212/DF (19/02/2015). Portanto, incide o prazo prescricional de cinco anos, a contar o último
quinquênio anterior ao ajuizamento da ação. Precedente: 0030915-32.2012.4.01.3400, Segunda Turma
Recursal – DF, Relator Márcio Flávio Mafra Leal, publicação DJDF em 20/06/2018.
7. Regime de precatórios. Compatibilidade. Obrigação de Fazer. Tratando-se de obrigação de fazer, sem
mandado de levantamento, RPV ou precatório a ser expedido, não há qualquer incompatibilidade com o
art. 100 da CF. PODER JUDICIÁRIO JUIZADOS ESPECIAIS FEDERAIS SEÇÃO JUDICIÁRIA DO
7C1F344FFCCD6EE703BD22810B3F3DC7
PROCESSO Nº : 0026518-22.2015.4.01.3400
RELATORA : JUÍZ FEDERAL CARLOS EDUARDO CASTRO
MARTINS
RECORRENTE (S) : UNIAO FEDERAL E OUTRO(S)
ADVOGADO (S) :
RECORRIDO (S) : LUCIENE VAZ MUNIZ FERREIRA
ADVOGADO (S) : DF00008487 - GERSON FREIRE JUNIOR
EMENTA
PREVIDENCIÁRIO. CONTRIBUINTE AUTÔNOMO OU EMPRESÁRIO. TEMPO DE SERVIÇO. ART. 45,
PARÁGRAFO 4º DA LEI N.º 8.212/91. IRRETROATIVIDADE. PAGAMENTO DAS CONTRIBUIÇÕES
PREVIDENCIÁRIAS EM ATRASO. INCIDÊNCIA DE JUROS E MULTA SOMENTE A PARTIR DA
EDIÇÃO DA MP N.º 1.523/96. SENTENÇA DE PROCEDÊNCIA MANTIDA. RECURSOS DOS RÉUS
IMPROVIDOS.
1. Trata-se de recurso interposto pelo INSS em face de sentença que acolheu o pleito autoral para
condenar o INSS a restituir os valores pagos a título de juros e multa sobre as contribuições
previdenciárias referentes ao período de 03/1987 a 12/1992, no valor de R$ 38.877,40 (trinta e oito mil,
oitocentos e setenta e sete reais e quarenta centavos), acrescido da taxa SELIC a contar do recolhimento.
2. Foram apresentadas contrarrazões.
3. Mérito. O art. 45 da Lei n.º 8.212/91 assim dispõe, in verbis: "Art. 45. O direito da Seguridade Social
apurar e constituir seus créditos extingue-se após 10 (dez) anos contados: (...) § 1° Para comprovar o
exercício de atividade remunerada, com vistas à concessão de benefícios, será exigido do contribuinte
individual, a qualquer tempo, o recolhimento das correspondentes contribuições. § 2° Para apuração e
constituição dos créditos a que se refere o parágrafo anterior, a Seguridade Social utilizará como base de
incidência o valor da média aritmética simples dos 36 (trinta e seis) últimos salários-de-contribuição do
segurado. (...) § 4° Sobre os valores apurados na forma dos §§ 2° e 3° incidirão juros moratórios de zero
vírgula cinco por cento ao mês, capitalizados anualmente, e multa de dez por cento."
4. Não obstante, a obrigatoriedade imposta pelo § 4º do art. 45 da Lei n.º 8.212/91 quanto à incidência de
juros moratórios e multa no cálculo das contribuições previdenciárias, referentes ao cômputo de tempo de
serviço para fins de aposentadoria, somente é exigível a partir da edição da Medida Provisória n.º
1.523/96, que, conferindo nova redação à Lei da Organização da Seguridade Social e Plano de Custeio,
acrescentou-lhe o referido parágrafo.
5. Desse modo, os juros de mora e multa não são devidos nos casos em que o recolhimento em atraso se
refira a períodos anteriores à edição da Medida Provisória nº 1.523/96, uma vez que somente a partir
desse diploma legal referidos consectários passaram a ter previsão para a hipótese. Aplicabilidade do
princípio da irretroatividade da lei previdenciária que prejudique o segurado.
323
PERÍODO EM QUE REALIZADA A ATIVIDADE LABORATIVA. 1. De acordo com o art. 45, § 1o. da Lei
8.212/91, para o reconhecimento do exercício de atividade remunerada pelos contribuintes individuais é
necessária a indenização das contribuições previdenciárias não recolhidas em época própria. 2. Por sua
vez, a Lei 9.032/95 incluiu o § 2o. ao art. 45 da Lei 8.212/91, que implementa o citado § 1o. e estabelece
8A4D3CABCFB1ABF6E981EE2496EDBD37
PROCESSO Nº : 0046464-09.2017.4.01.3400
RELATORA : JUÍZ FEDERAL CARLOS EDUARDO CASTRO
MARTINS
RECORRENTE (S) : UNIAO FEDERAL (FAZENDA NACIONAL)
ADVOGADO (S) : - KELLY OTSUKA MIIKE
RECORRIDO (S) : REGINA LUCIA DE ALMEIDA SILVA
ADVOGADO (S) : CE0019527B - CATARINA NEY DE ALMEIDA E
OUTRO(S)
EMENTA
TRIBUTÁRIO. REPETIÇÃO DE INDÉBITO. IMPOSTO DE RENDA. PLANO DE PREVIDÊNCIA
COMPLEMENTAR. CONTRIBUIÇÕES RECOLHIDAS NA VIGÊNCIA DA LEI Nº 7.713/88. TAXA SELIC.
RECURSO DESPROVIDO.
1. Recurso interposto pela UNIÃO em face de sentença que julgou procedente o pedido inicial para
declarar indevida a cobrança de imposto de renda sobre o valor da complementação de aposentadoria,
na proporção da contribuição vertida pela parte autora (1/3), correspondentes a recolhimentos para
entidade de previdência privada ocorridos no período de 01.01.1989 a 31.12.1995 e condenar a União
Federal a restituir as parcelas relativas ao imposto de renda sobre as contribuições vertidas pela parte
autora no período de 01/01/1989 a 31/12/1995, até o limite do imposto de renda já pago em função do
recebimento de complementação de aposentadoria.
2. A parte autora apresentou contrarrazões.
3. A União alega a não incidência do IR sobre verbas recebidas a título de complementação de
aposentadoria somente em relação às contribuições efetuadas exclusivamente pelo beneficiário para as
324
ACÓRDÃO
Decide a Segunda Turma Recursal, por unanimidade, negar provimento ao recurso da União, nos termos
do voto do Relator. Brasília, 15 de maio de 2019.
CARLOS EDUARDO CASTRO MARTINS
Juiz Federal – 2ª. Turma Recursal
Relator 1
844A0272C033CEBF503270FAE6776985
PROCESSO Nº : 0030334-41.2017.4.01.3400
RELATORA : JUÍZ FEDERAL CARLOS EDUARDO CASTRO
MARTINS
RECORRENTE (S) : HAMILTON DE MAGALHAES MESQUITA
ADVOGADO (S) : DF00030598 - MAX ROBERT MELO E
OUTRO(S)
RECORRIDO (S) : UNIAO FEDERAL
ADVOGADO (S) : - LUIZ FELIPE CARDOSO DE MORAES
FILHO
EMENTA
PROCESSUAL CIVIL. ADMINISTRATIVO. SERVIDOR PÚBLICO CIVIL ANISTIADO. INDENIZAÇÃO
POR DANOS MORAIS PELO PERÍODO EM QUE O SERVIDOR ESTEVE AFASTADO. PRESCRIÇÃO
DO FUNDO DO DIREITO RECONHECIDA. RECURSO AUTOR DESPROVIDO.
1. Recurso interposto pela parte autora contra sentença que pronunciou a prescrição da pretensão do
autor.
2. Houve contrarrazões.
3. Prescrição. No caso em análise, a parte autora pleiteia a indenização por danos morais, cuja prescrição
deve ser aquela estabelecida nos termos do art. 1º do Decreto n. 20.910/32, ou seja, nas ações
indenizatórias contra a Fazenda Pública o prazo prescricional é de cinco anos a partir da data em que
nasceu o direito de ação (actio nata). Não se está aqui a discutir parcelas de trato sucessivo que ensejaria
a súmula nº 85 do STJ, cuja lesão se renova a cada prestação vencida, razão pela qual se trata de
analisar se houve a prescrição do fundo do direito. Precedentes da Segunda Turma: 0058314-
94.2016.4.01.3400, Relatoria do Juiz Federal Frederico Botelho de Barros Viana, julgamento em
31/01/2018.
5. Assim, o prazo a se contar para a prescrição seria a data de quando o autor retornou ao serviço
público, data em que foi reparado o dano por meio do reconhecimento de sua condição de anistiado.
6. Pela documentação acostada na inicial, é possível se verificar que o autor foi reintegrado ao serviço
público em 14 de abril de 2010 (documentos da inicial) e a ação judicial foi proposta em 21/07/2017,
quando o prazo prescricional de cinco anos já havia sido ultrapassado.
7. A sentença deve ser mantida. Recurso desprovido.
8. Honorários advocatícios pelo recorrente fixados em 10% (dez por cento) do valor atribuído à causa
devidamente corrigido (art. 55, caput, da Lei n. 9.099/95). Condenação suspensa (art. 98, § 3º, do
CPC/15). PODER JUDICIÁRIO JUIZADOS ESPECIAIS FEDERAIS SEÇÃO JUDICIÁRIA DO DISTRITO
FEDERAL 2ª TURMA RECURSAL
325
844A0272C033CEBF503270FAE6776985
ACÓRDÃO
Decide a 2ª Turma Recursal do DF, à unanimidade, NEGAR PROVIMENTO ao recurso da parte autora.
Brasília, 15 de maio de 2019.
CARLOS EDUARDO CASTRO MARTINS
Juiz Federal – 2ª. Turma Recursal
Relator 1
E2762CBC8A6EB760045ADD7C87FFCD99
PROCESSO Nº : 0049182-76.2017.4.01.3400
RELATORA : JUÍZ FEDERAL CARLOS EDUARDO CASTRO
MARTINS
RECORRENTE (S) : CESAR AUGUSTO JUSTUS
ADVOGADO (S) : DF00016634 - EDEN LINO CASTRO DE
CARVALHO E OUTRO(S)
RECORRIDO (S) : UNIAO FEDERAL
ADVOGADO (S) : - LETICIA MACHADO SALGADO
EMENTA
PROCESSUAL CIVIL. GRATIFICAÇÃO DE APOIO À EXECUÇÃO DE ATIVIDADES DA COMISSÃO
EXECUTIVA DO PLANO DA LAVOURA CACAUEIRA - GECEPLAC. GRATIFICAÇÃO GENÉRICA.
EXTENSÃO AOS SERVIDORES DO MAPA. IMPOSSIBILIDADE. RECURSO NÃO PROVIDO.
1. Trata-se de recurso da parte autora contra sentença que julgou improcedente o pedido inicial
consistente no “reconhecimento do direito à percepção do pagamento da Gratificação De Apoio À
Execução De Atividades Da Comissão Executiva Do Plano Da Lavoura Cacaueira - GECEPLAC em
conjunto com a GDTAF - Gratificação De Desempenho De Atividade Técnica E Auxiliar Em Fiscalização
Federal Agropecuária”.
2. Nas razões recursais, alega a parte autora que é servidor público vinculado ao Ministério da
Agricultura, Pecuária e Abastecimento- MAPA ocupando o cargo de Agente de Atividade agropecuárias,
do quadro do referido orgão, realizando atividades junto à Superintendência Federal de Agricultura no
Paraná, lotado no Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento e integra o Plano de Carreira dos
Cargos de Atividades Técnicas e Auxiliares de Fiscalização Federal Agropecuária – PCTAF, instituído
pela Lei nº 13.324, de 29 de julho de 2016, e, que, portanto, faz jus ao recebimento da GECEPLAC, em
razão de sua natureza genérica.
3. A GECEPLAC é uma gratificação paga a todos os servidores que estão lotados e em efetivo exercício
na CEPLAC, indistintamente, conforme a Lei 12.702/2012. Embora, converta-se em gratificação de
natureza genérica extensíveis a todos os aposentados e pensionistas, não pode ser estendida a todos os
servidores do MAPA sem distinção.
4. O art. 2º da Lei 12.702/12 assim dispõe: “Art. 2o Fica instituída a Gratificação de Apoio à Execução de
Atividades da Comissão Executiva do Plano da Lavoura Cacaueira - GECEPLAC, devida aos titulares de
cargos de provimento efetivo regidos pela Lei nº 8.112, de 11 de dezembro de 1990, integrantes do Plano
Geral de Cargos do Poder Executivo - PGPE, de que trata a Lei nº 11.357, de 19 de outubro de 2006, ou
do Plano de Carreira dos Cargos de Atividades Técnicas e Auxiliares de Fiscalização Agropecuária -
PCTAF, lotados e em efetivo exercício na Ceplac, enquanto permanecerem nessa condição. (Redação
dada pela Lei n º 13.324, de 2016) (Produção de efeito)
5. Conforme documentação acostada aos autos, o autor está lotado na Unid. Tec. Reg. Agricul. em Ponta
Grossa/PR, razão pela qual não faz jus ao pagamento da GECEPLAC.
6. Recurso desprovido. PODER JUDICIÁRIO JUIZADOS ESPECIAIS FEDERAIS SEÇÃO JUDICIÁRIA
DO DISTRITO FEDERAL 2ª TURMA RECURSAL
E2762CBC8A6EB760045ADD7C87FFCD99
7. Honorários advocatícios pelo recorrente fixados em 10% (dez por cento) do valor atribuído à causa
devidamente corrigido (art. 55, caput, da Lei n. 9.099/95). Condenação suspensa (art. 98, § 3º, do
CPC/15).
ACÓRDÃO
Decide a 2ª Turma Recursal do DF, por unanimidade, NEGAR PROVIMENTO ao recurso do autor.
Brasília, 15 de maio de 2019.
CARLOS EDUARDO CASTRO MARTINS
Juiz Federal – 2ª. Turma Recursal
326
Relator 1
E353E026E608F976508012456656EBFF
EMENTA
PREVIDENCIÁRIO. CONCESSÃO DE AUXÍLIO RECLUSÃO. SEGURADO DESEMPREGADO.
CRITERIO ECONOMICO. MOMENTO DA RECLUSÃO. AUSENCIA DE RENDA. PRECEDENTES DA
TNU E STJ. RECURSO DESPROVIDO. SENTENÇA MANTIDA.
1. Recurso do INSS contra sentença que reconheceu o direito dos autores ao benefício de auxílio-
reclusão desde a data do recolhimento prisional do instituidor em 22/3/2014 (DIB).
2. O réu sustenta que não resta atendido o requisto da baixa renda, considerando que o último salário de
contribuição percebido pelo segurado seria a competência de 4/2013, no valor de R$ 1.652,43.
3. Com contrarrazões.
4. Requisitos. O auxílio-reclusão encontra-se previsto no art. 80 da Lei n.º 8.213/91, que exige, para a sua
concessão, o cumprimento dos seguintes requisitos: a) dependente relacionado no art. 16 da Lei n.º
8.213/91; b) qualidade de segurado do recluso; c) recolhimento à prisão; d) que o recluso não perceba
benefício previdenciário ou qualquer outra renda; e) baixa renda do recluso.
5. João Vitor Reis da Silva Barros e Vinícius Reis da Silva Barros, menores impúberes, representados
pela genitora Thais Luana Barros de Jesus, requereram administrativamente o benefício de auxílio-
reclusão em 3/8/2015 – DER (NB 172.968.714-5). Mas, o pedido restou indeferido pelo motivo “último
salário de contribuição recebido pelo segurado superior ao previsto na legislação”.
6. Situação do instituidor. O último vínculo empregatício do segurado Eduardo Alexandre Reis da Silva
perdurou pelo período de 6/9/2012 a 7/5/2013 (Consórcio Construtor BRT-Sul). Além disso, ele recebeu
três parcelas de seguro desemprego, sendo a última paga em 22/8/2013 (cf. petição registrada em
15/5/2018). As anotações do CNIS registram que a última remuneração integral foi paga no valor de R$
1.652,43, no mês de abril/2013 (cf. CNIS).
7. Por outro lado, o recolhimento à prisão ocorreu em 22/3/2014, quando o segurado não mais exercia
atividade remunerada.
8. No entendimento consolidado pelo Supremo Tribunal Federal no julgamento do RE 587.365/SC, sob
regime de repercussão geral, a baixa renda é requisito que se refere ao segurado preso e não aos
dependentes. Noutro lado, o STJ firmou o entendimento que “para a concessão de auxílio-reclusão (art.
80 da Lei 8.213/1991), o critério de aferição de renda do segurado que não exerce atividade laboral
remunerada no momento do recolhimento à prisão é a ausência de renda, e não o último salário de
contribuição” (REsp 1485417/MS, Rel. Ministro PODER JUDICIÁRIO JUIZADOS ESPECIAIS FEDERAIS
SEÇÃO JUDICIÁRIA DO DISTRITO FEDERAL 2ª TURMA RECURSAL
E353E026E608F976508012456656EBFF
HERMAN BENJAMIN, PRIMEIRA SEÇÃO, julgado em 22/11/2017, DJe 02/02/2018). Assim, como no
momento do recolhimento à prisão, em 22/3/2014, o segurado encontrava-se desempregado, o requisito
resta preenchido.
9. No mesmo sentido é a orientação da TNU: PEDIDO DE UNIFORMIZAÇÃO DE INTERPRETAÇÃO DE
LEI FEDERAL 50002212720124047016, JUIZ FEDERAL JOÃO BATISTA LAZZARI, DOU 23/01/2015
PÁGINAS 68/160.
10. Ressalte-se que a sentença determinou que o benefício seria mantido “enquanto o seu instituidor
permanecer recluso”, não havendo recurso das partes quanto a isso. Assim, como noticiado pelos
próprios autores, o instituidor foi colocado em liberdade (prisão domiciliar) em 15/12/2017 (cf. petição
registrada em 4/12/2018), sendo este o prazo final de pagamento do benefício.
11. Recurso do INSS desprovido.
12. Honorários advocatícios pela parte recorrente fixados em 10% sobre o valor da condenação (art. 55,
caput, da Lei n. 9.099/1995), mas respeitada a limitação temporal imposta pelo enunciado da Súmula n.
111/STJ.
327
ACÓRDÃO
Decide a 2ª Turma Recursal do DF, por unanimidade, NEGAR PROVIMENTO ao recurso do INSS.
Brasília, 15 de maio de 2019.
CARLOS EDUARDO CASTRO MARTINS
Juiz Federal – 2ª. Turma Recursal
Relator 1
E2B90F5A9BAB0FE14A13D322B508D0DE
PROCESSO Nº : 0018874-57.2017.4.01.3400
RELATORA : JUÍZ FEDERAL CARLOS EDUARDO CASTRO
MARTINS
RECORRENTE (S) : UNIAO FEDERAL (FAZENDA NACIONAL)
ADVOGADO (S) : - CELIA FERREIRA TAVARES DE LYRA
RECORRIDO (S) : WANDERSON DE SOUZA MOURA
ADVOGADO (S) : DF00051061 - CLARA BEATRIZ LOBO NETO
EMENTA
TRIBUTÁRIO. ANULAÇÃO DE LANÇAMENTO FISCAL. PARCIALMENTE. GLOSA DE DEDUÇÃO COM
DESPESAS ODONTOLÓGICAS. COMPROVAÇÃO DAS DESPESAS MEDIANTE RECIBO. RECURSO
UNIÃO PROVIDO EM PARTE. SENTENÇA REFORMADA PARCIALMENTE.
1. Recurso interposto pela União em face de sentença que julgou procedente em parte o pedido para
anular o lançamento tributário efetuado em desfavor da parte autora, objeto da notificação de lançamento
nº. 2012/038817524068592 (inscrição nº. 1011500511870), relativo ao exercício de 2012, ano-calendário
de 2011, bem como determinou que a ré se abstenha de efetuar novas cobranças, a este título, e
determinou o cancelamento do protesto realizado em desfavor da parte autora, apontado sob o nº.
1105136, realizado junto ao 3º Ofício de Notas, Registro Civil e Protesto de Títulos de Taguatinga/DF,
assim como a exclusão de seu nome da Dívida Ativa, CADIN e dos cadastros restritivos mantidos por
órgãos de proteção ao crédito. Condenou, ainda, a requerida ao pagamento de indenização por danos
morais, no valor de R$ 5.000,00 (cinco mil reais).
2. Em suas razões recursais a parte ré alega que não houve ilegalidade que possa lhe ser imputada, e
que a parte autora não comprovou as despesas realizadas.
3. A preliminar de falta de interesse de agir será apreciada juntamente com o mérito.
4. Não houve prescrição, a ação foi ajuizada dentro do prazo quinquenal.
5. Mérito. Esclareça-se, inicialmente, que, não obstante o ato administrativo de lançamento (art. 142, do
CTN) goze das características de presunção de veracidade, legitimidade e executoriedade, tal presunção
é relativa, podendo ser elidida na via judicial, aliás, como qualquer outro ato administrativo. O próprio CTN
reconhece tal possibilidade - como não poderia deixar de ser - em seu art. 145, I, ao prescrever hipótese
de modificação do ato de lançamento englobando, obviamente, a via administrativa e a judicial.
5. Em acréscimo, cumpre registrar que, não obstante o recorrido não tenha produzido as provas
pretendidas pela recorrente União na esfera administrativa, tal fato não autoriza, de per si, a manutenção
do lançamento de ofício se, deduzida a lide perante o Poder Judiciário, este, de fato e de direito,
reconhece assistir razão meritória ao contribuinte, já que não é dado sequer à lei excluir da apreciação do
Poder Judiciário lesão ou ameaça de lesão a direito, quiçá a um ato administrativo consistente em auto de
lançamento fiscal.
6. Quanto às despesas odontológicas, a sentença de primeiro grau reconheceu comprovada a despesa
mediante o recibo apresentado e a documentação juntada aos autos, nos seguintes termos: PODER
JUDICIÁRIO JUIZADOS ESPECIAIS FEDERAIS SEÇÃO JUDICIÁRIA DO DISTRITO FEDERAL 2ª
TURMA RECURSAL
E2B90F5A9BAB0FE14A13D322B508D0DE
No caso em exame, verifico que a parte autora juntou aos autos os recibos correspondentes a
pagamentos efetuados ao profissional WEDER CARNEIRO LOPES, CPF nº. 879.670.491-87, em razão
de seu tratamento odontológico em razão de alterações oclusais, crescimento do crânio facial e
prognatismo de mandíbula classe III, acompanhados, acompanhados do correspondente
receituário/relatório odontológico e dos exames radiográficos realizados à época do tratamento, o que é
328
suficiente para comprovar as despesas em referência, nos termos do art. 80, § 1º, III, do Decreto nº.
3.000/99.
7. Com efeito, entendo que as despesas ficaram devidamente comprovadas, nos termos do artigo 73, do
Decreto 9.580, de 22 de novembro de 2018. Dispõe o artigo 73:
Art. 73. Na determinação da base de cálculo do imposto sobre a renda devido na declaração de ajuste
anual, poderão ser deduzidos os pagamentos efetuados, no ano-calendário, a médicos, dentistas,
psicólogos, fisioterapeutas, fonoaudiólogos, terapeutas ocupacionais e hospitais, e as despesas com
exames laboratoriais, serviços radiológicos, aparelhos ortopédicos e próteses ortopédicas e dentárias (
Lei nº 9.250, de 1995, art. 8º, caput,inciso II, alínea “a” ).
§ 1º Para fins do disposto neste artigo ( Lei nº 9.250, de 1995, art. 8º, § 2º ):
ACÓRDÃO
Decide a 2ª Turma Recursal do DF, por unanimidade, DAR PROVIMENTO PARCIAL ao recurso da ré.
Brasília, 15 de maio de 2019.
CARLOS EDUARDO CASTRO MARTINS
Juiz Federal – 2ª. Turma Recursal
Relator 1
A7C7611D429306FF91B449D396779AED
PROCESSO Nº : 0050708-49.2015.4.01.3400
RELATORA : JUÍZ FEDERAL CARLOS EDUARDO CASTRO
MARTINS
RECORRENTE (S) : INSTITUTO BRASILEIRO DO MEIO
AMBIENTE E DOS RECURSOS NATURAIS
RENOVAVEIS - IBAMA
ADVOGADO (S) : - DJAIR DE ARAUJO BARBOSA JUNIOR
RECORRIDO (S) : IEDA MARIA NEIVA RIZZO
ADVOGADO (S) : DF00030056 - MARTA HELENA TEIXEIRA
EMENTA
329
722F630E99B59698F6D79992DB9C1BEE
PROCESSO Nº : 0041524-98.2017.4.01.3400
RELATORA : JUÍZ FEDERAL CARLOS EDUARDO CASTRO
MARTINS
RECORRENTE (S) : FUNDACAO UNIVERSIDADE DE BRASILIA FUB
E OUTRO(S)
ADVOGADO (S) : - PAULO FERNANDO AIRES DE ALBUQUERQUE
FILHO
RECORRIDO (S) : PORFIRIA TAVARES DOS SANTOS OLIVEIRA
ADVOGADO (S) : DF00017183 - JOSE LUIS WAGNER
EMENTA
ADMINISTRATIVO. SERVIDOR PÚBLICO FEDERAL. RECLASSIFICAÇÃO. PLANO DE CARREIRA
DOS CARGOS TÉCNICO ADMINISTRATIVOS EM EDUCAÇÃO. IMPOSSIBILIDADE. ADICIONAL DE
QUALIFICAÇÃO DEVIDO.
330
1. Recurso interposto pela FUB contra a sentença que julgou parcialmente procedente o pedido, com
base no art. 487, inciso I, do CPC para condenar a parte ré na obrigação de implantar e pagar o adicional
de Incentivo à Qualificação, no percentual de 20% sobre o vencimento básico, dede a data do
ajuizamento da ação.
2. Em suas razões recursais a parte ré alega que a qualificação exigida para o cargo está de acordo com
a qualificação da autora, portanto esta não tem direito a receber o adicional de qualificação.
4. Contrarrazões apresentadas pela União.
5. Mérito. A Lei nº 11.091, que dispõe sobre a estruturação do Plano de Carreira dos Cargos Técnico-
Administrativos em Educação, no âmbito das Instituições Federais de Ensino vinculadas ao Ministério da
Educação, estabelece no Anexo II, que o auxiliar de enfermagem ocupa a classificação C, sendo o nível
ACÓRDÃO
Decide a 2ª Turma Recursal, por unanimidade, dar provimento ao recurso da FUB. Brasília, 15 de maio de
2019.
CARLOS EDUARDO CASTRO MARTINS
Juiz Federal – 2ª. Turma Recursal
Relator 1
441AF200C5DAD1E103E2AB4732779DCE
PROCESSO Nº : 0047623-84.2017.4.01.3400
RELATORA : JUÍZ FEDERAL CARLOS EDUARDO CASTRO
MARTINS
RECORRENTE (S) : RAIMUNDO AGNALDO ALVES DA SILVA
ADVOGADO (S) : DF00030598 - MAX ROBERT MELO E
OUTRO(S)
RECORRIDO (S) : UNIAO FEDERAL
ADVOGADO (S) : - LUIZ FELIPE CARDOSO DE MORAES
FILHO
EMENTA
PROCESSUAL CIVIL. ADMINISTRATIVO. SERVIDOR PÚBLICO CIVIL ANISTIADO. INDENIZAÇÃO
POR DANOS MORAIS PELO PERÍODO EM QUE O SERVIDOR ESTEVE AFASTADO. PRESCRIÇÃO
DO FUNDO DO DIREITO RECONHECIDA. RECURSO AUTOR DESPROVIDO. PRELIMINAR UNIÃO
ACOLHIDA.
1. Recurso interposto pela parte autora contra sentença que julgou improcedente o pedido inicial.
2. Houve contrarrazões.
3. Prescrição. No caso em análise, a parte autora pleiteia a indenização por danos morais, cuja prescrição
deve ser aquela estabelecida nos termos do art. 1º do Decreto n. 20.910/32, ou seja, nas ações
indenizatórias contra a Fazenda Pública o prazo prescricional é de cinco anos a partir da data em que
nasceu o direito de ação (actio nata). Não se está aqui a discutir parcelas de trato sucessivo que ensejaria
a súmula nº 85 do STJ, cuja lesão se renova a cada prestação vencida, razão pela qual se trata de
analisar se houve a prescrição do fundo do direito. Precedentes da Segunda Turma: 0058314-
94.2016.4.01.3400, Relatoria do Juiz Federal Frederico Botelho de Barros Viana, julgamento em
31/01/2018.
331
4. Assim, o prazo a se contar para a prescrição seria a data de quando o autor retornou ao serviço
público, data em que foi reparado o dano por meio do reconhecimento de sua condição de anistiado.
5. Pela documentação acostada na inicial, é possível se verificar que o autor foi reintegrado ao serviço
público em 23/05/2012 (documentos da inicial) e a ação judicial foi proposta em 14/11/2017, quando o
prazo prescricional de cinco anos já havia sido ultrapassado.
6. Recurso desprovido. Acolhe-se preliminar da União para reformar a sentença e pronunciar a prescrição
do direito.
7. Honorários advocatícios pelo recorrente fixados em 10% (dez por cento) do valor atribuído à causa
devidamente corrigido (art. 55, caput, da Lei n. 9.099/95). Condenação suspensa (art. 98, § 3º, do
CPC/15). PODER JUDICIÁRIO JUIZADOS ESPECIAIS FEDERAIS SEÇÃO JUDICIÁRIA DO DISTRITO
ACÓRDÃO
Decide a 2ª Turma Recursal do DF, à unanimidade, NEGAR PROVIMENTO ao recurso da parte autora e
acolher a preliminar de prescrição. Brasília, 15 de maio de 2019.
CARLOS EDUARDO CASTRO MARTINS
Juiz Federal – 2ª. Turma Recursal
Relator 1
04CB76946FA35FE0328A76236D2738FD
PROCESSO Nº : 0054368-17.2016.4.01.3400
RELATORA : JUÍZ FEDERAL CARLOS EDUARDO CASTRO
MARTINS
RECORRENTE (S) : ELLEN VICTORIA MAURER MEDINA
ADVOGADO (S) : DF00043893 - WESLEY FERREIRA
MACHADO
RECORRIDO (S) : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-
INSS
ADVOGADO (S) :
EMENTA
ASSISTÊNCIA SOCIAL. BENEFÍCIO DE AMPARO ASSISTENCIAL AO PORTADOR DE DEFICIÊNCIA.
DIB. DATA DO REQUERIMENTO ADMINISTRATIVO. RECURSO DO AUTOR PROVIDO.
1. Recurso da parte autora contra sentença que lhe assegurou o benefício de amparo assistencial ao
deficiente, desde a juntada do laudo médico aos autos em 12/5/2017, com pagamento das parcelas
retroativas nos termos do MCJF.
2. A parte autora, nas razões recursais, impugnou somente a DIB, alegando que o benefício seria devido
desde o requerimento administrativo em 2/10/2015.
3. Sem contrarrazões.
4. Autora Ellen Victoria Maurer Medina, CPF n. 052.088.511-21, nascida em 31/10/1998 (atualmente com
20 anos de idade), estudante, ensino fundamental, residente na Chácara Sussuarana, n. 42, Rural Leste-
DF.
5. O requerimento administrativo foi formulado em 2/10/2015, mas restou indeferido por dois motivos:
“não atende ao critério de deficiência para acesso a BPC-LOAS” e “renda per capita familiar >=1/4
sal.min. na DER”.
6. Laudo socioeconômico (petição registrada em 10/4/2017). A perícia foi realizada em 7/4/2017 e ficou
constatado que: (a) a autora reside com a mãe (Celene Carmem Maurer Medida, CPF n. 007.050.161-
02), dois avôs idosos (Lourdes Maria Maurer e Danilo João Maurer) e dois irmãos menores de idade
(Jacson Medina Junior e Victor Daniel Maurer de Araújo); (b) que os avôs recebem um salário mínimo
cada e são os responsáveis pelas despesas da família; (c) que as despesas com supermercado, conta de
luz, água e gás, remédios e transporte somam R$ 1.658,39; (d) a moradia pertence aos avôs e a
pericianda mora com eles há aproximadamente 3 anos; (e) é uma região rural, sem infraestrutura básica,
não há acesso a escola, comércio, parada de ônibus e nem coleta de lixo regular; (f) o pai da autora mora
em Planaltina/DF (Jacson Medina), mas não contribuiu financeiramente para a criação da filha. A
assistente social concluiu pela hipossuficiência econômica.
7. Laudo médico (petição juntada em 12/5/2017). A médica especialista em psiquiatria constatou que a
autora apresenta quadro de retardo mental não especificado/alienação mental (F79), desde a primeira
infância (DID), que gera incapacidade total, permanente e omniprofissional. A especialista informou ainda
que a autora exige acompanhamento permanente de outra pessoa para a realização de atos da vida
332
diária, como vestir-se, tomar banho, alimentar-se sozinho. PODER JUDICIÁRIO JUIZADOS ESPECIAIS
FEDERAIS SEÇÃO JUDICIÁRIA DO DISTRITO FEDERAL 2ª TURMA RECURSAL
04CB76946FA35FE0328A76236D2738FD
8. DIB. Data do requerimento administrativo. Se a prova pericial dá conta de que a incapacidade já existia
na data do requerimento administrativo, esta é o termo inicial do benefício (Súmula 22 da TNU). No caso,
a perita constatou que a autora é totalmente incapaz desde a infância.
9. No tocante ao requisito econômico, a genitora da autora está desempregada desde abril/2013; eles
moram com os avós desde aproximadamente o ano de 2014. A renda que mantinha a família (a época
composta por seis pessoas) ao tempo do DER já era somente as aposentadorias por idade dos avós.
A8EDD8EE8992D2015772D883746D1B9C
PROCESSO Nº : 0039051-42.2017.4.01.3400
RELATORA : JUÍZ FEDERAL CARLOS EDUARDO CASTRO
MARTINS
RECORRENTE (S) : NELBIO JOSE PEREIRA DA SILVA
ADVOGADO (S) : - DEFENSOR PUBLICO FEDERAL
RECORRIDO (S) : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-
INSS
ADVOGADO (S) :
EMENTA
SEGURIDADE SOCIAL. CONCESSÃO DE AMPARO ASSISTENCIAL AO IDOSO. HIPOSSUFICIÊNCIA
ECONÔMICA NÃO COMPROVADA. FILHOS EM CONDIÇÕES DE PROVER O SUSTENTO DO
GENITOR. SENTENÇA CONFIRMADA.
1. Recurso da parte autora contra sentença que rejeitou o pedido de restabelecimento do benefício de
amparo assistencial ao idoso. O juiz sentenciante entendeu que não restou comprovada a
hipossuficiência econômica.
2. O autor, assistido pela DPU, nas razões recursais, sustenta (a) que a perícia socioeconômica realizada
atestou a vulnerabilidade social do requerente; (b) que o perito equivocadamente avaliou que o recorrente
recebe a quantia de R$ 1.400,00 de aluguel, quando, na verdade, ele recebe a metade desse valor; (c)
que todas as despesas são custeadas por terceiros, inclusive por filhos que não residem mais com o
autor, por possuírem suas próprias famílias e despesas pessoais, de forma que não podem ser
integrantes do núcleo familiar; (d) que as despesas superam a renda do autor, necessitando da ajuda de
todos os filhos; (e) que o seu filho também é idoso, sendo insuficiente a renda para custear as despesas
básicas, devido aos gastos médicos excessivos.
3. Sem contrarrazões.
4. Nelbio Jose Pereira da Silva, CPF n. 730.186.278-49, nascido em 15/1/1946 (atualmente com 73 anos
de idade), residente na cidade satélite Candangolândia.
5. O autor recebeu administrativamente o benefício pelo período de 16/1/2014 a 1/6/2017 (NB
702.820.851-7). Mas, o amparo assistencial ao idoso foi cessado porque teria a sua renda familiar
ultrapassado ¼ do salário mínimo.
333
6. Laudo socioeconômico (petição registrada em 6/11/2017). A perita constatou (a) que o autor reside na
companhia do filho Nelbio Sousa e Silva, CPF n. 005.603.941-79, nascido em 5/11/1983 (atualmente com
35 anos de idade); (b) que o recorrente reside na Candangolândia há mais de 30 anos e no terreno
existem três casas, sendo duas destinadas a aluguel, que rendem o valor mensal de R$ 1.400,00; (c) que
a casa tem três televisões, micro-ondas, geladeira, fogão e máquina de lavar roupa; (d) que o autor foi
submetido a procedimento cirúrgico de tumor de câncer de próstata, é cadeirante, está com metástase na
coluna lombar, usa sonda ureteral e faz uso de fraldas geriátricas; (e) que o filho informou que não pode
trabalhar, pois o pai necessita de cuidados constantes; (f) que o autor tem mais três filhos: Joares Araújo
da Silva, Patrícia Araújo da Silva e Cristiane Araújo da Silva (f) que as despesas com alimentos, gás,
energia, água, telefone e medicamentos somam R$ 1.576,75. Por fim, a assistente social concluiu pela
7. Em sede de impugnação, o autor informou que recebe, na verdade, apenas R$ 700,00, esclarecendo
que “em relato informal ao periciando, este declarou que recebe R$ 700,00 de aluguel, mas não deixou
claro que se trata de valor total referente aos dois quartos existentes em seu lote, o que levou à conclusão
da perita de que seria de cada imóvel”.
8. A controvérsia é o requisito econômico.
9. Em relação ao pressuposto econômico, o art. 20, § 3º, da Lei nº 8.742/1993 - LOAS estabelecia que
seria considerada hipossuficiente a pessoa com deficiência ou idoso cuja família possuísse renda per
capita inferior a ¼ do salário mínimo. Entretanto, o Supremo Tribunal Federal, ao analisar os recursos
extraordinários 567985 e 580963, ambos submetidos à repercussão geral, reconheceu a
inconstitucionalidade do § 3º do art. 20 da Lei nº 8.742/1993, assim como do art. 34 da Lei 10.741/2003 -
Estatuto do Idoso, permitindo que o requisito econômico, para fins de concessão do benefício
assistencial, seja aferido caso a caso.
10. Pois bem, em consulta ao CNIS verifica-se que na data da perícia realizada em 18/10/2017, o filho
Nelbio Souza da Silva já estava trabalhando, mas não informou a assistente social. O CNIS registra
vínculo empregatício, iniciado em 11/9/2017, junto a JR Construtora Eireli, com remuneração mensal no
valor de R$ 1.200,00. Quanto aos demais filhos, não existem informações suficientes nos autos para
pesquisa no cadastro social. Certo é que o autor reside em casa própria com infraestrutura boa e
confortável, que não é condizente com uma pessoa em vulnerabilidade social. A perita deixou claro que o
recorrente está amparado pelos filhos, que o ajudam nas despesas da casa, além da renda extra com
alugueis.
11. O autor necessita de cuidados especiais, mas o contexto probatório indica que eles são atendidos
com a ajuda dos filhos. Não se constata situação de miserabilidade, valendo ressaltar que o LOAS não é
complemento de renda. Além disso, embora nem todos os filhos residam no mesmo teto do autor, existe o
dever de amparo os pais na velhice e a atuação do Estado é subsidiária. Confira-se o precedente da TNU
sobre o assunto: "O benefício assistencial de prestação continuada pode ser indeferido se ficar
demonstrado que os devedores legais podem prestar alimentos civis sem prejuízo de sua manutenção",
em decorrência do princípio da subsidiariedade (PEDILEF nº 0517397-48.2012.4.05.8300, Rel. Juiz
Federal Fábio César dos Santos Oliveira, DOU 12.9.2017).
12. O recurso não trouxe nenhum argumento capaz de modificar a conclusão do julgado, a qual se
mantém por seus próprios fundamentos.
13. Recurso do autor desprovido.
14. Honorários advocatícios pelo recorrente fixados em 10% (dez por cento) do valor atribuído à causa
devidamente corrigido (art. 55, caput, da Lei n. 9.099/95). Condenação suspensa (art. 98, § 3º, do
CPC/15). PODER JUDICIÁRIO JUIZADOS ESPECIAIS FEDERAIS SEÇÃO JUDICIÁRIA DO DISTRITO
FEDERAL 2ª TURMA RECURSAL
A8EDD8EE8992D2015772D883746D1B9C
ACORDÃO
Decide a 2ª Turma Recursal do DF, por unanimidade, NEGAR PROVIMENTO ao recurso do autor.
Brasília, 15 de maio de 2019.
CARLOS EDUARDO CASTRO MARTINS
Juiz Federal – 2ª. Turma Recursal
Relator 1
BBC773022EA06E73A4E84F971754A7F6
PROCESSO Nº : 0063088-07.2015.4.01.3400
334
EMENTA
ADMINISTRATIVO. SERVIDOR PÚBLICO FEDERAL. CONVERSÃO DE APOSENTADORIA
CPC/15). Assim, apenas através de contraprova suficiente sobre a situação específica poderia ser
indeferido o pedido. Fica deferida a justiça gratuita. Recurso conhecido.
5. No mérito, Maria Regina Côdo Nascentes é servidora pública federal aposentada pelo STF, desde
20/8/2015. O ato de aposentadoria está assim fundamentado (fl. 53 da documentação inicial):
“Aposentar, com proventos proporcionais ao tempo de contribuição, a servidora MARIA REGINA CÔDO
NASCENTES, Analista Judiciário, Área Administrativa, Classe “C”, Padrão 13, do Quadro de Secretaria
deste Tribunal, com fundamento no artigo 40, §1º, inciso I, da Constituição Federal, na redação dada pela
Emenda Constitucional nº 41, de 19 de dezembro de 2003, e no art. 6º-A da Emenda Constitucional nº 41,
de 19 de dezembro de 2003, na redação dada pela Emenda Constitucional nº 70, de 30 de março de
2012, combinado com o art. 186, inciso I, da Lei nº 8.112, de 11 de dezembro de 1990, com as vantagens
dos artigos 13, 14, § 5º, e 15, inciso III, da Lei nº 11.416, de 15 de dezembro de 2006, na redação dada
pela Lei 12.774, de 28 de dezembro de 2012, e do artigo 1º da Lei nº 10.698, de 2 de julho de 2003”.
6. O inciso I do parágrafo primeiro do artigo 40 da CF, na redação dada pela EC 41/2003, trata da
aposentadoria por invalidez e prevê: “§ 1º Os servidores abrangidos pelo regime de previdência de que
trata este artigo serão aposentados, calculados os seus proventos a partir dos valores fixados na forma
dos §§ 3º e 17: I - por invalidez permanente, sendo os proventos proporcionais ao tempo de contribuição,
exceto se decorrente de acidente em serviço, moléstia profissional ou doença grave, contagiosa ou
incurável, na forma da lei”.
7. Já o art. 6-A da EC 41, de 2003, na redação dada pelo EC 70/2012, dispõe: “Art. 6º-A. O servidor da
União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, incluídas suas autarquias e fundações, que
tenha ingressado no serviço público até a data de publicação desta Emenda Constitucional e que tenha
se aposentado ou venha a se aposentar por invalidez permanente, com fundamento no inciso I do § 1º do
art. 40 da Constituição Federal, tem direito a proventos de aposentadoria calculados com base na
335
remuneração do cargo efetivo em que se der a aposentadoria, na forma da lei, não sendo aplicáveis as
disposições constantes dos §§ 3º, 8º e 17 do art. 40 da Constituição Federal”.
8. Por fim, o art. 186, I, da Lei 8.112/90, estabelece: “Art. 186. O servidor será aposentado: I - por
invalidez permanente, sendo os proventos integrais quando decorrente de acidente em serviço, moléstia
profissional ou doença grave, contagiosa ou incurável, especificada em lei, e proporcionais nos demais
casos”.
9. Em que pese o ato falar em aposentadoria com proventos proporcionais ao tempo de serviço, fato é
que os valores foram calculados com base na remuneração do cargo efetivo em que se deu
aposentadoria (EC n. 70/12). Assim, os proventos mensais (vencimento, GAJ, adicional de qualificação e
VPI) ficaram equivalentes ao valor recebido na atividade, ou seja, R$ 13.800,76 (cf. fls. 6/7 e 22 da
11. Laudo médico produzido em juízo (petição registrada em 7/6/2017). O médico perito atestou que a
autora é portadora de epicondilite lateral (M77.1), que gera incapacidade laborativa total, permanente e
omniprofissional. O especialista informou ainda que “sem elementos concretos que levem à conclusão do
nexo de causalidade entre a patologia e o trabalho exercido” (cf. conclusão e quesito 8 da perícia
médica).
12. Em sede de esclarecimentos, o perito é mais categórico: “Não há como afirmar que a doença
apresentada pela autora seja decorrente de sua ocupação como analista judiciária, tal patologia não é
eminentemente ocupacional, tendo inclusive causas multifatoriais e inclusive predisposição individual” (cf.
petição registrada em 22/1/2018). Na oportunidade, o especialista respondeu aos quesitos formulados
pela União.
13. Registre-se que o laudo produzido em juízo é claro e preciso nas suas conclusões, foi produzido por
médico especialista em ortopedia e todos os quesitos foram respondidos objetivamente. Logo, não restou
demonstrado qualquer vício no laudo pericial a ensejar sua nulidade ou necessidade de realização de
nova perícia, e toda a irresignação da parte autora, no particular, se resume ao mero inconformismo com
as conclusões do perito oficial.
14. Somente no caso de a prova pericial judicial ser dúbia ou incompleta é que documentos juntados
unilateralmente ou argumentos outros poderiam ser usados para suprir a falta ou a dubiedade da prova
pericial (2ª TRDF, Processo n. 00008224-24.2012.4.01.3400, Rel. Juiz Federal David Wilson Abreu Pardo,
DJF1 de 9.9.2016). Vale dizer que a autora não indicou a existência de qualquer vício ou lacuna que
pudesse macular a higidez do laudo lavrado pelo perito judicial.
15. Pois bem, o servidor público fará jus à aposentadoria por invalidez com proventos integrais se a
invalidez for decorrente de acidente em serviço, moléstia profissional ou doença grave, contagiosa ou
incurável, especificada em lei.
16. Configura-se acidente em serviço “o dano físico ou mental sofrido pelo servidor, que se relacione,
mediata ou imediatamente, com as atribuições do cargo exercido” e a ele se equipara o dano decorrente
de agressão sofrida e não provocada pelo servidor no exercício do cargo e o dano sofrido no percurso da
residência para o trabalho e vice-versa (art. 212 da mesma lei). Considera-se doença grave, contagiosa
ou incurável: tuberculose ativa, alienação mental, esclerose múltipla, neoplasia maligna, cegueira
posterior ao ingresso no serviço público, hanseníase, cardiopatia grave, doença de Parkinson, paralisia
irreversível e incapacitante, espondiloartrose anquilosante, nefropatia grave, estados avançados do mal
de Paget (osteíte deformante), Síndrome de Imunodeficiência Adquirida - AIDS, e outras que a lei indicar,
com base na medicina especializada (art. 186, §1º, da Lei n. 8.112/90). E segundo jurisprudência do STF,
este rol é taxativo (RE 656.860, em repercussão geral).
17. A lei não faz menção a qualquer moléstia profissional. Assim, existe orientação jurisprudencial de que
esta deverá ser aferida por meio de perícia que comprove o nexo causal entre a lesão e a atividade
habitual do servidor (EDcl nos EDcl no AgRg no REsp 1195369/PR, Rel. Ministro NAPOLEÃO NUNES
MAIA FILHO, PRIMEIRA TURMA, julgado em 17/12/2018, DJe 01/02/2019), o que no caso já está
afastado pelo laudo pericial oficial.
18. E existe orientação jurisprudência mais restritiva ainda, no sentido de que a taxatividade do art. 186, §
1º, da Lei 8.112/90, também se aplicaria a invalidez em razão de moléstia profissional (AgInt no REsp
1710044/ES, Rel. Ministro BENEDITO GONÇALVES, PRIMEIRA TURMA, julgado em 14/08/2018, DJe
20/08/2018). Afinal, a decisão do Supremo consignou “Pertence, portanto, ao domínio normativo ordinário
a definição das doenças e moléstias que PODER JUDICIÁRIO JUIZADOS ESPECIAIS FEDERAIS
SEÇÃO JUDICIÁRIA DO DISTRITO FEDERAL 2ª TURMA RECURSAL
BBC773022EA06E73A4E84F971754A7F6
336
ensejam aposentadoria por invalidez com proventos integrais, cujo rol, segundo a jurisprudência
assentada pelo STF, tem natureza taxativa” (RE 656860, Relator(a): Min. TEORI ZAVASCKI, Tribunal
Pleno, julgado em 21/08/2014, ACÓRDÃO ELETRÔNICO REPERCUSSÃO GERAL - MÉRITO DJe-181
DIVULG 17-09-2014 PUBLIC 18-09-2014). Nessa perspectiva, não estando à doença especificada no
dispositivo legal citado, o servidor não terá direito a aposentadoria por invalidez com proventos integrais.
19. No caso vertente, independente da orientação jurisprudencial, a parte autora não comprovou que sua
incapacidade é decorrente de acidente em serviço ou moléstia profissional e não está entre as
relacionadas no parágrafo primeiro do artigo 186. Desta forma, não faz jus a recorrente a aposentadoria
por invalidez com proventos integrais, já que não atende aos requisitos legais para sua concessão. Por
consequência, não há que se falar em indenização por danos morais.
2FDED09F115D7FB83C4A27E4B0C55D52
PROCESSO Nº : 0027173-57.2016.4.01.3400
RELATORA : JUÍZ FEDERAL CARLOS EDUARDO CASTRO
MARTINS
RECORRENTE (S) : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-
INSS
ADVOGADO (S) : - ELAINE VIRGINIA CASTRO CORDEIRO
RIOS
RECORRIDO (S) : CANDIDA BARREIRAS DOS REIS FILHA
ADVOGADO (S) : DF00016414 - CESAR ODAIR WELZEL
EMENTA
PREVIDENCIÁRIO. RESTABELECIMENTO DE AUXÍLIO-DOENÇA. IMPOSSIBILIDADE DE RETORNO
A ATIVIDADE HABITUAL. LIMITAÇÕES FISICAS PERMANENTES. NECESSIDADE DE REABILITAÇÃO
PROFISSIONAL. OBRIGAÇÃO DO INSS. LEI N. 11.960/09. INCONSTITUCIONALIDADE PARCIAL NO
TOCANTE A CORREÇÃO MONETÁRIA. RE 870947, RESP 1495146, MCJF E ART. 41-A DA LEI N.
8.213/91. SENTENÇA CONFIRMADA.
1. Recurso do INSS contra sentença que reconheceu o direito da parte autora ao auxílio-doença desde
2/12/2015 e até a conclusão do processo de reabilitação profissional; e, “caso não disponha de meios
adequados para promover a reabilitação profissional do autor para outra atividade cujo exercício lhe
garanta a subsistência, converter o auxílio-doença em aposentadoria por invalidez, a partir de tal
constatação”. O magistrado a quo determinou, ainda, que as parcelas retroativas “deverão ser corrigidas
monetariamente, desde o momento em que se tornaram devidas, mediante aplicação da variação do
INPC (art. 41-A, da Lei nº 8.213/1991), e acrescidas de juros de mora, estes devidos a partir da citação,
com observância do preceito do artigo 1º-F, da Lei nº 9.494/1997, com a redação dada pela Lei nº
11.960/2009 (STJ, REsp 1495146/MG, Rel. Ministro MAURO CAMPBELL MARQUES, PRIMEIRA
SEÇÃO, julgado em 22/02/2018, DJe 02/03/2018)”.
2. O réu sustenta que é indevida a exigência de prévia submissão a processo de reabilitação profissional
para a cessação de benefício de auxílio-doença, considerando que o INSS pode submeter o segurado a
nova avaliação médica e constatar que houve recuperação da capacidade laborativa para a mesma
função. Aduz, também, que é temerário não fixar uma DCB, evitando-se assim o pagamento do benefício
de forma indevida. Por fim, sustenta que os consectários legais devem obedecer ao disposto na Lei n.
11.960/09, já que existe a possibilidade de modulação de efeitos no RE 870947.
3. Com contrarrazões.
4. Cândida Barreiras dos Reis Filha, CPF n. 045.420.733-60, nascida em 18/3/1989 (atualmente com 30
anos de idade), atendente de restaurante, ensino fundamental incompleto, residente na cidade satélite da
Ceilândia/DF.
337
prolongadamente, o que impossibilita o exercício da atividade habitual como garçonete, mas está elegível
para trabalhos burocráticos.
ACÓRDÃO
Decide a 2ª Turma Recursal do DF, por unanimidade, NEGAR PROVIMENTO ao recurso do INSS.
Brasília, 15 de maio de 2019.
CARLOS EDUARDO CASTRO MARTINS
Juiz Federal – 2ª. Turma Recursal
Relator 1
FBA687E77C0280D7E2E6070E306C907F
338
PROCESSO Nº : 0026956-77.2017.4.01.3400
RELATORA : JUÍZ FEDERAL CARLOS EDUARDO CASTRO
MARTINS
RECORRENTE (S) : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-
INSS - INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO
SOCIAL-INSS
ADVOGADO (S) : - MARCIA SIGWALT VALEIXODF00015156 -
ALESSANDRA CAMARGO ROCHA E OUTRO(S)
RECORRIDO (S) : EDILSON OLIVEIRA DA SILVA - INSTITUTO
NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
EMENTA
PREVIDENCIÁRIO. REVISÃO PELO ART. 29, II, DA LEI N. 8.213/91. ACORDO HOMOLOGADO NA
AÇÃO CIVIL N. 00023205920124016183. ANTECIPAÇÃO DO CRONOGRAMA DE PAGAMENTO DOS
ATRASADOS RECONHECIDOS ADMINISTRATIVAMENTE. PRESCRIÇÃO. INOCORRENCIA.
RECURSO DO INSS DESPROVIDO. RECURSO DO AUTOR PROVIDO EM PARTE.
1. Recursos da parte autora e do réu contra sentença que condenou “o INSS ao pagamento dos valores
atrasados do benefício n. 536.764.940-4 de acordo com o Manual de Cálculos da Justiça Federal,
descontado os valores pagos administrativamente”, nos termos do MCJF. O juiz sentenciante reconheceu
ainda a prescrição das parcelas vencidas no período anterior aos 5 (cinco) anos que precedem o
ajuizamento da ação.
2. O INSS sustenta que o pedido foi alcançado pela prescrição quinquenal, considerando que o feito foi
ajuizado após 15/4/2015 (PEDILEF 5004459-91.2013.4.04.7001). Por fim, requer seja observada a Lei n.
11.960/09, quanto aos consectários legais, diante da possibilidade de modulação de efeitos no RE
870947.
3. A parte autora também recorre no tocante à prescrição, alegando que em razão do Memorando
Circular Conjunto n. 21/DIRBEN/PFEINSS, de 15/4/2010, que reconheceu administrativamente o direito,
restam prescritas apenas as parcelas anteriores a 15/4/2005. Não sendo este o entendimento, que em
decorrência da ACP 0002320-59.2012.4.01.6183, na qual também foi reconhecido o direito à revisão,
tendo por referência a data de citação do INSS na ação civil, pode-se falar em prescrição somente dos
valores anteriores a 2007.
4. A parte autora apresentou contrarrazões. Sem resposta do réu.
5. Edilson Oliveira da Silva recebeu o auxílio-doença n. 536.063.164-0 (DIB em 6/6/2009 e DCB
22/9/2009). Em razão do acordo entabulado na ACP 0002320-59.2012.4.01.6183, o INSS em
novembro/2012 promoveu a revisão da RMI do benefício do autor nos termos do art. 29, II, da Lei n.
8.213/91, que passou de R$ 659,23 para R$ 727,22 e foi apurada a diferença de R$ 317,98, a ser paga
em maio/2021 (cf. petição registrada em 20/3/2018).
6. Prescrição. Pedido de revisão versus pedido de antecipação do cronograma de pagamento entabulado
na ACP 00023205920124016183. O INSS editou o Memorando Circular Conjunto nº
21/DIRBEN/PFEINSS, de 15/4/2010, em que determinava a revisão de todos os benefícios de acordo
com o disposto no art. 29, II, da Lei nº 8.213/91, para que sejam PODER JUDICIÁRIO JUIZADOS
ESPECIAIS FEDERAIS SEÇÃO JUDICIÁRIA DO DISTRITO FEDERAL 2ª TURMA RECURSAL
FBA687E77C0280D7E2E6070E306C907F
considerados 80% dos maiores salários de contribuição. O reconhecimento do pedido decorre também de
acordo judicial, de âmbito nacional, firmado na ação Civil pública nº 0002320-59.2012.4.03.6183/SP,
homologado em 5/9/2012, para fins de aplicação do art. 29, II, da Lei 8.213/1991, mediante pagamento
dos atrasados em cronograma fixado com base na idade do segurado e valor devido.
7. O Memorando-Circular Conjunto n.º 21/DIRBEN/PFEINSS, de 15/04/2010, interrompeu, desde sua
edição, a prescrição quinquenal, garantindo o recebimento das parcelas anteriores a cinco anos da
publicação do normativo para pedidos que ingressarem administrativa ou judicialmente em até cinco anos
após a mesma data (PEDILEF 50044599120134047101, TNU, Juiz Federal José Henrique Guaracy
Rebêlo, DOU de 20/05/2016).
8. Logo, para pedidos de revisão administrativos ou judiciais formulados dentro do período de 5 (cinco)
anos da publicação do ato normativo referido (ou seja, até 15/04/2015), não incide a prescrição,
retroagindo os efeitos financeiros da revisão à data de concessão do benefício revisando. Por outro lado,
para os pedidos formulados a partir de 16/04/2015, encontram-se prescritas as parcelas anteriores a 5
(cinco) anos da data do ajuizamento da demanda ou da entrada do requerimento administrativo.
9. No caso em análise, a ação foi ajuizada em 23/6/2017, prazo superior aos 5 (cinco) anos contados da
publicação do citado memorando. Portanto, não tem como afastar a prescrição com fundamento no
Memorando-Circular Conjunto 21/DIRBENS/PFEINSS, de 15/4/2010. Demais disso, a tese do referido
PEDILEF aplica-se aos pedidos de revisão e, no caso, pretende a parte autora tão somente a antecipação
do cronograma de pagamento fixado na ACP 0002320-59.2012.4.03.6183.
10. Registre-se que na ACP 0002320-59.2012.4.03.6183, foi reconhecido o direito a revisão, tendo por
referência a data da citação do INSS na ACP. Noutros termos, reconheceu-se que os valores posteriores
339
a 17/4/2007 não estariam prescritos. Logo, os valores devidos ao segurado no período de 6/6/2009 (DIB)
a 22/9/2009 (DCB) não foram atingidos pela prescrição. Na verdade, o INSS já apurou as diferenças
devidas para o período, mas com previsão de pagamento apenas para maio/2021.
11. A controvérsia fica na esfera do adiantamento de cronograma, e para esse pedido, não há que se
falar em prescrição, pois a quitação escalonada do pagamento dos retroativos não tem o significado de
ato incompatível com o interesse de saldar a dívida, apto a reiniciar a contagem da prescrição. Pelo
contrário, constitui circunstância impeditiva da retomada do prazo prescricional, ainda que pela metade,
enquanto não pagos os valores, ou revisada pela Administração sua disposição em pagar aquilo que
reconhece devido.
12. Configurado o interesse de agir. Como já consignado, na ACP foi fixado um cronograma de
somente restaria configurado se houvesse a demonstração de que o INSS estivesse preterindo o autor na
sua programação de desembolsos ou que o autor possui direito subjetivo à preferência em relação aos
demais segurados.
14. Juros e correção monetária. Lei n. 11.960/09. Inconstitucionalidade parcial no tocante a correção
monetária. RE 870947, REsp 1495146/MG, MCJF e art. 41-A da Lei n. 8.213/91.
15. Juros moratórios. Os juros de mora passam a contar da citação válida (art. 240 do CPC/15 e Súmula
204/STJ), tem-se que, ao caso, incidirão os juros aplicados à caderneta de poupança: 0,5% ao mês até
junho de 2012 e a partir daí de acordo com as novas regras da poupança estabelecidas pela Lei nº
12.703/12 (MCJF).
16. Correção monetária. No que se refere à correção monetária, no RE 870947 (j. 20/9/2017), o STF
reconheceu a inconstitucionalidade do uso da taxa de remuneração básica da caderneta de poupança
(TR), instituída pela Lei n. 11.960/09, para fins de correção de débitos do Poder Público, por não ser
adequado para recompor a perda do poder de compra. Desta feita, fica mantido o MCJF (REsp
1495146/MG e art. 41-A da Lei n. 8.213/91).
17. Registre-se, por oportuno, que o acórdão referente ao RE 870.947 já foi efetivamente publicado no
DJe de 17/11/2017, tornado público em 20/11/2017. Demais disso, a decisão proferida pelo STF possui
efeito vinculante desde a data de publicação da ata de julgamento e não da publicação do acórdão (STF,
Rcl 3.632 AgR/AM, Rel. p/ acórdão Min. Eros Grau DJU de 18.8.2006).
18. Vale consignar, ainda, que o STJ já decidiu recentemente que “(...) mostra-se descabida a modulação
em relação aos casos em que não ocorreu expedição ou pagamento de precatório” (REsp 1495146/MG,
Rel. Ministro Mauro Campbell Marques, Primeira Seção, julgado em 22/02/2018, DJe 02/03/2018).
19. Além disso, o deferimento do efeito suspensivo nos embargos opostos para modulação da
inconstitucionalidade declarada no RE nº 870.947 não impede o julgamento do recurso inominado,
tampouco requer o sobrestamento do feito pelo Relator. A 2ª Turma Recursal tem entendimento firme no
sentido de que não se inclui dentre as atribuições do Relator determinar o sobrestamento do feito,
antecipando-se às partes, quanto ao interesse de recorrer. Tal atribuição é do Coordenador das Turmas
Recursais quando promover o juízo de admissibilidade de eventual Incidente de Uniformização ou
Recurso Extraordinário (2ª TRDF, Processo nº 0061383-37.2016.4.01.3400, Rel. Min. Juiz Federal David
Wilson de Abreu Pardo, e-DJF1 de 18.5.2017).
20. Recurso do autor parcialmente provido, para afastar a prescrição na forma como pronunciada na
sentença. Sentença reformada, em parte, para condenar o INSS no pagamento imediato das diferenças
apuradas administrativamente (R$ 317,28), relativas ao período de 6/6/2009 a 22/9/2009, em decorrência
da revisão promovida com base no art. 29, II, da Lei n. 8.213/91 (NB 536.063.164-0).
21. Não há, no âmbito do JEF, previsão legal para arbitramento de verba honorária quando há provimento
do recurso, ainda que em parte (art. 55, caput, da Lei n. 9.099/95). PODER JUDICIÁRIO JUIZADOS
ESPECIAIS FEDERAIS SEÇÃO JUDICIÁRIA DO DISTRITO FEDERAL 2ª TURMA RECURSAL
FBA687E77C0280D7E2E6070E306C907F
ACÓRDÃO
Decide a 2ª Turma Recursal do DF, por unanimidade, DAR PARCIAL PROVIMENTO ao recurso do autor
e NEGAR PROVIMENTO ao recurso do INSS. Brasília, 15 de maio de 2019.
CARLOS EDUARDO CASTRO MARTINS
Juiz Federal – 2ª. Turma Recursal
Relator 1
340
BC73F7E7E82D53420C42CF11C7BA87CA
PROCESSO Nº : 0061457-28.2015.4.01.3400
EMENTA
PREVIDENCIÁRIO. CONCESSÃO PENSÃO POR MORTE. EXISTENCIA DE BENEFICIÁRIO
PREFERENCIAL À ÉPOCA DO ÓBITO: FILHO MENOR DE 21 ANOS. EXCLUSÃO DA GENITORA. ART.
16, §1º, DA LEI N. 8.213/91. BENEFÍCIO INDEVIDO. SENTENÇA CONFIRMADA, POR FUNDAMENTO
DIVERSO.
1. Recurso da parte autora contra sentença que rejeitou o pedido de concessão de pensão por morte, por
entender que não restou comprovada a dependência econômica da mãe em relação ao segurado
falecido.
2. A parte autora, nas razões recursais, sustenta que a prova testemunhal é suficiente para a
comprovação da dependência econômica, sendo dispensável a robusta produção de prova documental.
Aduz, ainda, que o falecido residia com a mãe e contribuía para a manutenção das despesas domésticas.
Alega, por fim, que as três testemunhas ouvidas em audiência foram unânimes em afirmar que a renda
auferida pelo filho era essencial para a subsistência de sua genitora.
3. Sem contrarrazões.
4. Clarinda Pereira Soares, CPF nº 490.566.701-15, nascida em 10/2/1932 (atualmente com 87 anos de
idade), residente na cidade satélite de Samambaia/DF.
5. A parte autora formulou o requerimento administrativo de pensão por morte na data de 27/1/2015 (NB
172.023.195-5), em razão do falecimento do filho HAROLDO DE ASSIS LOPES TAVARES (CPF n.
296.708.611-87, DN 24/2/1963), ocorrido em 11/5/2012. Mas, o pedido restou indeferido pelo motivo “os
documentos apresentados não comprovaram dependência econômica em relação ao segurado instituidor”
(cf. fls. 7/8 da documentação inicial).
6. Registre-se que o filho do falecido, Allan da Silva Tavares (CPF n. 036.377.401-76, DN 23/4/1992),
recebeu a pensão por morte n. 160.580.928-1, cujo instituidor foi o pai Haroldo de Assis Lopes Tavares,
no período de 11/5/2012 a 23/4/2013, cessando o benefício em decorrência do limite de idade (21 anos).
7. Inicialmente vale consignar que o benefício de pensão por morte será regido pela legislação vigente a
data do óbito do segurado (Súmula 340 do STJ).
8. No art. 16 da Lei n. 8.213/91 encontram-se àqueles que têm condição de dependente em relação ao
segurado falecido. Na redação vigente à data do óbito eram eles: “I - o cônjuge, a companheira, o
companheiro e o filho não emancipado, de qualquer condição, menor de 21 (vinte e um) anos ou inválido
ou que tenha deficiência intelectual ou mental que o torne absoluta ou relativamente incapaz, assim
declarado judicialmente; II - os pais; e III - o irmão não emancipado, de qualquer condição, menor de 21
(vinte e um) anos ou inválido ou que PODER JUDICIÁRIO JUIZADOS ESPECIAIS FEDERAIS SEÇÃO
JUDICIÁRIA DO DISTRITO FEDERAL 2ª TURMA RECURSAL
BC73F7E7E82D53420C42CF11C7BA87CA
tenha deficiência intelectual ou mental que o torne absoluta ou relativamente incapaz, assim declarado
judicialmente”.
8. Além disso, o parágrafo primeiro do mesmo dispositivo prevê que “a existência de dependente de
qualquer das classes deste artigo exclui do direito às prestações os das classes seguintes”. Este
dispositivo expressamente estabelece que a existência de dependente preferencial (classe I), exclui a
possibilidade de deferimento do benefício às pessoas elencadas nas demais classes.
9. A época do óbito, o de cujus tinha como dependente o filho menor de 21 anos, o que por expressa
disposição legal já excluiu a genitora do direito a pensão por morte.
10. Com a maioridade do filho do segurado – não inválido ou deficiente – o direito à percepção de sua
cota individual restou cessado (art. 77, §2º, II, da Lei n. 8.213/91), e não havendo outro dependente
pertencente à mesma classe, a pensão instituída pelo segurado foi extinta, não havendo possibilidade de
transferência do benefício à autora, que pertence à classe subsequente. Prejudicada a análise quanto à
dependência econômica da genitora em relação ao segurado falecido.
341
11. Recurso da parte autora desprovido. Sentença mantida por fundamento diverso.
12. Honorários advocatícios pelo recorrente fixados em 10% (dez por cento) do valor atribuído à causa
devidamente corrigido (art. 55, caput, da Lei n. 9.099/95). Condenação suspensa (art. 98, § 3º, do
CPC/15).
ACÓRDÃO
Decide a 2ª Turma Recursal do DF, por unanimidade, NEGAR PROVIMENTO ao recurso da parte autora.
Brasília, 15 de maio de 2019.
CARLOS EDUARDO CASTRO MARTINS
Juiz Federal – 2ª. Turma Recursal
Relator 1
63DA0B896EFB88138308DD8A244E7225
PROCESSO Nº : 0048277-08.2016.4.01.3400
RELATORA : JUÍZ FEDERAL CARLOS EDUARDO CASTRO
MARTINS
RECORRENTE (S) : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-
INSS
ADVOGADO (S) : - HENRIQUE BEUX NASSIF AZEM
RECORRIDO (S) : ROSA RODRIGUES DA CONCEICAO
ADVOGADO (S) : - DEFENSORIA PUBLICA DO DISTRITO
FEDERAL
EMENTA
PREVIDENCIÁRIO. CONCESSÃO DE AUXÍLIO-DOENÇA. INCAPACIDADE TEMPORÁRIA. TERMO
FINAL DE PAGAMENTO (DCB). LEI N. 13.457/2017. OBSERVÃNCIA DO PRAZO FIXADO NO LAUDO
OFICIAL. RECURSO PROVIDO. SENTENÇA REFORMADA, EM PARTE.
1. Recurso do INSS contra sentença que reconheceu o direito da parte autora ao benefício de auxílio-
doença desde a DII fixada pelo laudo médico pericial em 8/2/2017 (DIB) e até a data da sentença em
12/9/2018 (DCB), com pagamento das parcelas retroativas “na forma como decidiu o STJ no Resp
1.495.146: ‘As condenações impostas à Fazenda Pública de natureza previdenciária sujeitam-se à
incidência do INPC, para fins de correção monetária, no que se refere ao período posterior à vigência da
Lei 11.430/2006, que incluiu o art. 41-A na Lei 8.213/91’. Quanto aos juros de mora, incidem segundo a
remuneração oficial da caderneta de poupança (art. 1º-F da Lei 9.494/97, com redação dada pela Lei n.
11.960/2009)”.
2. O réu, nas razões recursais, sustenta que a DCB foi fixada além do prazo estabelecido pelo perito. O
laudo fixou a DCB em 8/4/2017, mas a sentença estendeu o prazo em quinze meses, até 12/9/2018.
3. A parte autora, assistida pela DPU, apresentou contrarrazões.
4. Rosa Rodrigues da Conceição, CPF n. 711.601.401-20, nascida em 17/9/81 (atualmente com 37 anos
de idade), comerciária, ensino fundamental incompleto, residente no Gama/DF.
5. A autora recebeu administrativamente o auxílio-doença nos períodos de 23/4/2015 a 21/10/2015 (NB
610.275.706-1) e de 27/7/2016 a 15/9/2016 (NB 615.134670-3).
6. Laudo médico ortopédico (petição registrada em 10/11/2016). O médico perito atestou que “não foram
evidenciados elementos médicos ortopédicos que indicassem a presença de incapacidade laboral
ortopédica atual em decorrência da patologia apresentada (Fibromialgia – M79.7)”. Mas, apontou para a
necessidade de avaliação por médico reumatologista.
7. Laudo médico reumatológico (petição registrada em 22/2/2017). Na perícia realizada em 8/2/2017, a
médica especialista em reumatologia, constatou que a autora é portadora de fibromialgia (M79.7), que
gera incapacidade total e temporária. A especialista, por falta de elementos médicos objetivos, fixou a DII
na data da avaliação médica e, questionada sobre o prazo razoável de concessão, fixou com sendo de
dois meses. A perita também sugeriu avaliação médica com ortopedista, mas como visto essa já foi
realizada.
8. Termo final de cessação (DCB). Possibilidade de fixação de DCB com base em laudo médico. Em
observância à Lei 13.457/2017, é possível a fixação de data de cessação do benefício judicialmente, com
base no laudo do perito judicial (art. 60, § 8º, da Lei n. 8.213/1991, PODER JUDICIÁRIO JUIZADOS
ESPECIAIS FEDERAIS SEÇÃO JUDICIÁRIA DO DISTRITO FEDERAL 2ª TURMA RECURSAL
63DA0B896EFB88138308DD8A244E7225
9. No caso vertente, o perito atesta que a incapacidade é temporária e, considerando a situação pessoal
do periciando, fixou o prazo de 2 (dois) meses, a contar da perícia médica judicial ocorrida em 8/2/2017,
como "razoável de concessão".
10. Assim, com razão o INSS quanto à fixação da DCB em 8/4/2017.
11. Recurso do INSS provido. Sentença reformada, em parte, para fixar a DCB em 8/4/2017.
12. Desnecessidade de devolução dos valores percebidos por decisão liminar. No que se refere às
parcelas do benefício previdenciário, afinal indevido, mas recebidas por força de decisão judicial, não se
aplica o REsp 1.401.560/MT, em face da superveniência do julgamento do ARE 734242 AgR, que afastou
a reposição dos valores recebidos sob tais circunstâncias. Com efeito, o STF, depois do julgamento do
recurso repetitivo no STJ, adotou orientação diversa, estabelecendo que o benefício previdenciário
D152A1AB3D84C6CD50D40345B0FBC3A0
PROCESSO Nº : 0054150-86.2016.4.01.3400
RELATORA : JUÍZ FEDERAL CARLOS EDUARDO CASTRO
MARTINS
RECORRENTE (S) : UNIAO FEDERAL
ADVOGADO (S) : - JACIRA DE ALENCAR ROCHA
RECORRIDO (S) : BEATRIZ LAGO FERREIRA DOS SANTOS
ADVOGADO (S) : DF00017819 - LEONARDO SOLANO LOPES
EMENTA
SEGURO DESEMPREGO. MEDIDA PROVISÓRIA N. 665/2014. CONVERSÃO NA LEI N. 13.134/2015
COM ALTERAÇÃO DE TEXTO. REDUÇÃO DO PRAZO DE “CARENCIA”. NEGATIVA CONSOANTE
REGRAMENTO VIGENTE À EPOCA DA DISPENSA. BENEFÍCIO INDEVIDO. RECURSO PROVIDO.
SENTENÇA REFORMADA. PEDIDO JULGADO IMPROCEDENTE.
1. Recurso da parte ré contra sentença que reconheceu o direito da parte autora ao seguro desemprego
conforme os requisitos previstos na Lei n. 13.134/2015, com pagamento dos valores retroativos
atualizados pelo IPCA-E e juros de mora desde a citação nos termos da Lei n. 11.960/09.
2. A ré suscita preliminar de prescrição quinquenal. No mérito, a ré sustenta que a autora não teria direito
ao benefício, na medida em que a quantidade dos meses trabalhados serem insuficientes para a sua
habilitação, ou seja, pelo menos 18 meses de trabalho nos últimos 24 meses imediatamente anteriores à
data da dispensa (art. 3º, I, “a”, da Lei n. 7.998/90, alterada pela MP nº 665/2014). Por fim, requer seja
observada a Lei n. 11.960/09 também em relação à correção monetária, diante da probabilidade de
modulação de efeito no RE 870947.
3. Com contrarrazões.
4. Afasto a alegada prescrição, a dispensa da parte autora ocorreu em maio/2015, a negativa do
pagamento do seguro desemprego data de junho do mesmo ano e o ajuizamento da ação ocorreu em
2016.
5. No mérito, a autora requereu administrativamente o seguro desemprego em 9/6/2015, pois foi demitida
sem justa causa no dia 12/5/2015, mas o pedido restou indeferido sob o argumento “quem dá entrada no
seguro desemprego pela primeira vez regido pela MP 665/2014 tem que ter 18 salários nos últimos 24
meses”.
6. Consta do CNIS o registro do vínculo empregatício de 1/4/2014 a 11/5/2015 (SICNIC Comércio e
Serviços de Celulares e Informática Ltda. – ME), ou seja, 14 (quatorze) meses de salário recebidos de
pessoa jurídica.
7. O pagamento do seguro-desemprego é regulamentado pela Lei n. 7.998/90, alterada pela Medida
Provisória n. 665/2014, convertida posteriormente na Lei nº 13.134/15.
343
8. O art. 3º, da Lei 7.998/1990, com a redação que lhe foi dada pela Medida Provisória 665/2014,
estabelecia que: "Terá direito à percepção do seguro-desemprego o trabalhador dispensado sem justa
causa que comprove: I - ter recebido salários de pessoa jurídica ou pessoa física a ela equiparada,
relativos: a) a pelo menos dezoito meses nos últimos vinte e PODER JUDICIÁRIO JUIZADOS
ESPECIAIS FEDERAIS SEÇÃO JUDICIÁRIA DO DISTRITO FEDERAL 2ª TURMA RECURSAL
D152A1AB3D84C6CD50D40345B0FBC3A0
quatro meses imediatamente anteriores à data da dispensa, quando da primeira solicitação; b) a pelo
menos doze meses nos últimos dezesseis meses imediatamente anteriores à data da dispensa, quando
da segunda solicitação; e c) a cada um dos seis meses imediatamente anteriores à data da dispensa
ACÓRDÃO
Decide a 2ª Turma Recursal do DF, por unanimidade, DAR PROVIMENTO ao recurso da parte ré.
Brasília, 15 de maio de 2019.
CARLOS EDUARDO CASTRO MARTINS
Juiz Federal – 2ª. Turma Recursal
Relator 1
3F9FC5F05F9AB0E2075D82A033369C35
PROCESSO Nº : 0035908-45.2017.4.01.3400
RELATORA : JUÍZ FEDERAL CARLOS EDUARDO CASTRO
MARTINS
RECORRENTE (S) : JEREMIAS SOUZA PEREIRA
ADVOGADO (S) : DF00038064 - ALBERTO P. DE SOUZA E
OUTRO(S)
344
EMENTA
PREVIDENCIÁRIO. AUXÍLIO DOENÇA/APOSENTADORIA POR INVALIDEZ. INCAPACIDADE NÃO
ATESTADA EM LAUDO PERICIAL. AUSÊNCIA DE REQUISITOS. SENTENÇA MANTIDA. RECURSO
DESPROVIDO.
1. Recurso da parte autora contra sentença que rejeitou o pedido de concessão de auxílio-
doença/aposentadoria por invalidez, com fundamento na perícia médica contrária.
8. Inexistência de incapacidade. Laudo conclusivo. Benefício indevido. A perícia médica oficial, portanto,
foi conclusiva no sentido de que não existe incapacidade para o exercício de sua atividade habitual ou de
atividade que garanta sua subsistência. Assim, o indeferimento do benefício pela autarquia previdenciária
se mostrou regular.
9. O laudo produzido em juízo é claro e preciso nas suas conclusões. Logo, não restou demonstrado
qualquer vício no laudo pericial a ensejar sua nulidade ou necessidade de realização de nova perícia, e
toda a irresignação da parte autora, no particular, se resume ao mero inconformismo com as conclusões
do perito oficial.
10. Somente no caso de a prova pericial judicial ser dúbia ou incompleta é que documentos juntados
unilateralmente ou argumentos outros poderiam ser usados para suprir a falta ou a dubiedade da prova
pericial (2ª TRDF, Processo n. 00008224-24.2012.4.01.3400, Rel. Juiz Federal David Wilson Abreu Pardo,
DJF1 de 9.9.2016). Vale dizer que a autora não indicou a existência de qualquer vício ou lacuna que
pudesse macular a higidez do laudo lavrado pelo perito judicial.
11. Não comprovada por perícia médica a existência de incapacidade para o desempenho da atividade
habitual, o segurado não faz jus ao benefício de auxílio-doença/aposentadoria por invalidez.
12. Recurso da autora desprovido.
13. Honorários advocatícios pelo recorrente fixados em 10% (dez por cento) do valor atribuído à causa
devidamente corrigido (art. 55, caput, da Lei n. 9.099/95). Condenação suspensa (art. 98, § 3º, do
CPC/15).
ACÓRDÃO
Decide a 2ª Turma Recursal do DF, por unanimidade, NEGAR PROVIMENTO ao recurso da parte autora.
Brasília, 15 de maio de 2019.
CARLOS EDUARDO CASTRO MARTINS
Juiz Federal – 2ª. Turma Recursal
Relator 1
345
82EFF2C93B4B122CED3AA272D6C58FAC
PROCESSO Nº : 0014182-15.2017.4.01.3400
RELATORA : JUÍZ FEDERAL CARLOS EDUARDO CASTRO
MARTINS
RECORRENTE (S) : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-
INSS
EMENTA
PREVIDENCIÁRIO. ACUMULAÇÃO INDEVIDA DE DOIS BENEFÍCIOS. AUXÍLIO-SUPLEMENTAR POR
ACIDENTE DE TRABALHO E APOSENTADORIA POR INVALIDEZ. ERRO DA ADMINISTRAÇÃO
PÚBLICA. INEXIGIBILIDADE DE DEVOLUÇÃO DE VALORES RECEBIDOS DE BOA-FÉ. CARÁTER
ALIMENTAR DA PARCELA. RECURSO DESPROVIDO. SENTENÇA CONFIRMADA.
1. Recurso do INSS contra sentença que declarou “o direito da parte autora de não restituir ao erário os
valores recebidos em razão de erro da Administração no que se refere ao benefício de auxílio acidente de
trabalho (NB 079.633.621-0), no período de 01/04/1985 a 28/02/2017”.
2. O magistrado fundamentou sua decisão em precedentes jurisprudenciais que reconhecem a boa-fé no
recebimento e o caráter alimentar dos benefícios previdenciários.
3. O réu alega, em síntese, que a legislação aplicável à espécie permite a cobrança dos valores recebidos
além do devido (art. 115 da Lei n. 8213/91). Aduz, ainda, que a boa-fé não impede a cobrança nem tão
pouco permite o enriquecimento indevido do segurado (art. 884 do CC), influenciando somente na forma
como se procederá a devolução.
4. Sem contrarrazões.
5. Cosmo Pereira Borges, CPF n. 100.829.052-15, nascido em 4/9/1955 (atualmente com 63 anos de
idade), residente na cidade satélite de Samambaia Norte/DF.
6. O INSS constatou administrativamente que o autor recebeu indevidamente o benefício de auxílio-
suplementar por acidente de trabalho (95/079.633.621-0, com DIB em 1/4/1985) acumuladamente com
aposentadoria por invalidez (92/082.500.471-3, com DIB em 1/7/1988). Em decorrência disso, foi apurado
um débito no valor de R$ 10.663,88 (respeitada a prescrição quinquenal) – cf. petição registrada em
30/6/2017. O segurado sustenta que o pagamento foi erro exclusivo do INSS e que não havia sido
informado do acúmulo indevido.
7. Existiu pagamento indevido, mas por erro que só pode ser atribuído à Administração. Assim, tratando-
se de verba alimentar recebida de boa-fé, pacífica a jurisprudência no sentido de que são irrepetíveis os
valores recebidos a maior. Precedentes: (STJ - AgInt no REsp 1585778/RN, Rel. Ministro FRANCISCO
FALCÃO, SEGUNDA TURMA, julgado em 19/10/2017, DJe 26/10/2017); (TRF1 - AC 0038737-
02.2013.4.01.3800 / MG, Rel. JUIZ FEDERAL RODRIGO RIGAMONTE FONSECA, 1ª CÂMARA
REGIONAL PREVIDENCIÁRIA DE MINAS GERAIS, e-DJF1 de 06/03/2018) e (TNU - PEDILEF
05209075320134058100, JUÍZA FEDERAL ANGELA CRISTINA MONTEIRO, TNU, DOU 02/02/2017
PÁGINAS 136/211). PODER JUDICIÁRIO JUIZADOS ESPECIAIS FEDERAIS SEÇÃO JUDICIÁRIA DO
DISTRITO FEDERAL 2ª TURMA RECURSAL
82EFF2C93B4B122CED3AA272D6C58FAC
8. Ressalte-se que o INSS tem plena responsabilidade pela concessão equivocada do benefício, haja
vista que, antes de deferi-lo, cumpria verificar as condições para concessão. O erro administrativo traz
como consequência a correção do ato sem ônus à parte beneficiária que para ele não colaborou.
9. Recurso do INSS desprovido. Sentença confirmada.
10. Honorários advocatícios. Obrigação de fazer. Ausência de valor de condenação. Arbitramento sobre o
valor da causa. Nas ações em que o comando judicial limita-se ao cumprimento de obrigação de fazer,
não há valor de condenação. Sendo este o caso dos autos, a parte ré, recorrente vencida, pagará
honorários de 10% sobre o valor corrigido da causa, conforme preceitua o artigo 55, caput, da Lei nº
9.099/95.
ACÓRDÃO
Decide a 2ª Turma Recursal do DF, por unanimidade, NEGAR PROVIMENTO ao recurso do INSS.
Brasília, 15 de maio de 2019.
CARLOS EDUARDO CASTRO MARTINS
Juiz Federal – 2ª. Turma Recursal
Relator 1
346
14D263FCCEC49638A8D4AF0C7CACDD8A
PROCESSO Nº : 0000464-42.2018.4.01.9340
RELATORA : JUÍZ FEDERAL CARLOS EDUARDO CASTRO
MARTINS
RECORRENTE (S) : UNIAO FEDERAL
EMENTA
AGRAVO DE INSTRUMENTO. CUMPRIMENTO DE SENTENÇA. PAGAMENTO DA GRATIFICAÇÃO DE
DESEMPENHO – GDPST. TERMO FINAL FIXADO NA SENTENÇA. APOSENTADORIA CONCEDIDA
EM DATA POSTERIOR AO PRIMEIRO CICLO DE AVALIAÇÕES. TÍTULO INEXIGÍVEL. NÃO HÁ
DIFERENÇAS EM FAVOR DA PARTE AUTORA. EXTINÇÃO DA EXECUÇÃO. RECURSO DA UNIÃO
PROVIDO.
1. Agravo de Instrumento interposto pela União contra decisão que rejeitou embargos de declaração. A ré
insurge-se contra decisão de homologação dos cálculos da parte autora, em desacordo com o título
executivo judicial, que expressamente determinou o pagamento da GDPST, em igualdade de condições
com os inativos, somente até 19/11/2010 (processo originário n. 0089785-02.2014.4.01.3400).
2. A agravante alega que o título judicial, transitado em julgado, é expresso e inequívoco no sentido de
limitar o pagamento à data de 19/11/2010. Todavia foi homologados cálculos com valores referentes ao
período de 2012 a 2014, em afronta a coisa julgada.
3. Sem contrarrazões.
4. O pedido liminar de suspensão do ofício requisitório (RPV) restou prejudicado. Porquanto, os valores
objeto de questionamento foram depositados em 29/12/2017 e sacados em 23/2/2018 (cf. ofício
registrado em 9/4/2018 nos autos do processo n. 0089785-02.2014.4.01.3400), bem antes do ajuizamento
do presente agravo (protocolado em 24/10/2018).
5. Decisão. A 2ª Turma Recursal firmou o entendimento de que cabe agravo de instrumento contra
decisão proferida na fase de cumprimento de sentença (Precedente: Processo n. 0000337-
46.2014.4.01.9340, Relator Juiz Carlos Eduardo Castro Martins, 2ª Turma Recursal, j. 25/3/2015, E-DJF1,
em 10/4/2015). O presente agravo, portanto, deve ser conhecido.
6. Mérito. A sentença transitada em julgado determinou:
Em conclusão, julgo procedente em parte o pedido formulado para condenar a parte ré a conceder ao (à)
autor(a) a Gratificação de Desempenho da Previdência, da Saúde e do Trabalho - GDPST, no equivalente
a 80 (oitenta) pontos, desde a sua concessão inicial, até à conclusão do primeiro ciclo de avaliação dos
servidores ativos, ocorrido em 19.11.2010, por meio da Portaria n. 3.627/2010, que divulgou os resultados
da primeira avaliação individual e institucional dos servidores ativos para fins de pagamento da GDPST,
surtindo para os inativos efeitos financeiros meramente prospectivos, sem eficácia temporal retroativa,
respeitada a prescrição quinquenal. PODER JUDICIÁRIO JUIZADOS ESPECIAIS FEDERAIS SEÇÃO
JUDICIÁRIA DO DISTRITO FEDERAL 2ª TURMA RECURSAL
14D263FCCEC49638A8D4AF0C7CACDD8A
7. Na fase de execução, a União apresentou, em 17/11/2016, Parecer Técnico no sentido de que nada
seria devido ao autor, pois sua aposentadoria (ocorrida em 31/8/2012) é posterior ao termo final fixado na
sentença.
8. Inconformada, a parte autora impugnou o parecer técnico da União, juntando em julho/2017 planilha de
cálculos no valor de R$ 54.232,75, incluindo parcelas referentes aos meses de fev/2012 a jan/2015.
9. Sem dar vista a parte ré, o juiz sentenciante homologou os cálculos da parte autora em outubro/2017 e
determinou a expedição de RPV. Registre-se que a ré também não foi intimada da decisão
homologatória.
10. A União somente veio a ser notificada depois de já expedida a RPV (novembro/2017), e
tempestivamente apresentou impugnações. Todavia, o ofício de requisitório foi autorizado sem análise
das alegações da ré e a parte autora levantou os valores em 23/2/2018.
11. O juízo a quo conheceu das impugnações como sendo embargos de declaração, mas os rejeitou.
Mais uma vez, a União tempestivamente apresenta embargos, na tentativa de reverter à decisão,
reiterando que a parte autora não tem nada a receber, mas sem sucesso. Dessa decisão, agravou a
União.
12. Pois bem, resta comprovado que a execução transbordou os limites do título judicial transitado em
julgado, bem como se observa grave violação ao princípio do contraditório, pois a ré só teve oportunidade
de se manifestar sobre a decisão homologatória depois de já expedida a RPV.
347
ACÓRDÃO
Decide a 2ª Turma Recursal do DF, por unanimidade, DAR PROVIMENTO ao agravo de instrumento
interposto pela União. Brasília, 15 de maio de 2019.
CARLOS EDUARDO CASTRO MARTINS
Juiz Federal – 2ª. Turma Recursal
Relator 1
2F44BB8E6D2E348C89781429719740F9
PROCESSO Nº : 0000406-39.2018.4.01.9340
RELATORA : JUÍZ FEDERAL CARLOS EDUARDO CASTRO
MARTINS
RECORRENTE (S) : SEVERINO ALVES DE SANTANA
ADVOGADO (S) : DF00016666 - HELEM CRISTINA VIEIRA
CARVALHO
RECORRIDO (S) : UNIAO FEDERAL
ADVOGADO (S) :
EMENTA
PROCESSUAL. EXTINÇÃO DA EXECUÇÃO. AGRAVO DE INSTRUMENTO. DESCABIMENTO. ERRO
GROSSEIRO. CABIMENTO DE RECURSO INOMINADO CONTRA DECISÃO INTERLOCUTÓRIA.
CONTEÚDO DE SENTENÇA. ART. 925 CPC/15. INAPLICABILIDADE DO PRINCÍPIO DA
FUNGIBILIDADE RECURSAL. NÃO CONHECIMENTO DO AGRAVO.
1. Agravo de Instrumento interposto por SEVERINO ALVES DE SANTANA em face de decisão que negou
a expedição de novo ofício requisitório. A RPV anteriormente expedida fora cancelada em razão do
disposto no art. 2º da Lei n. 13.463/17: “Ficam cancelados os precatórios e as RPV federais expedidos e
cujos valores não tenham sido levantados pelo credor e estejam depositados há mais de dois anos em
instituição financeira oficial” (processo originário n. 0059354-58.2009.4.01.3400).
2. O Juízo a quo declarou extinta a execução (art. 924, V, do CPC), por entender que teria ocorrido a
prescrição intercorrente, nos termos das Súmulas 150 e 234 do STF, pois transcorridos mais de 5 (cinco)
anos entre a expedição da RPV/Precatório cancelado e a petição da autora requerendo expedição de
novo ofício requisitório.
3. Razões recursais: (a) a decisão contraria o art. 3º da Lei n. 13.463/17; (b) a ré não foi intimada para
dizer sobre o pedido de nova expedição de RPV; (c) a parte autora não foi notificada do cancelamento; (d)
a autora não abriu mão do seu crédito; (e) não há prescrição sobre a movimentação dos valores
depositados individualmente em seu nome, pois não existe nova pretensão jurídica a ser deduzida em
juízo; (f) a constitucionalidade da Lei n. 13.463/17 está sendo contestada na ADI 5.755; (g) a referida lei
não transfere a propriedade para Fazenda, o credor sofre apenas efeitos temporários de indisponibilidade
dos recursos, podendo exigir, nos termos do art. 3º, a expedição de nova RPV, devidamente atualizada;
(h) a Constituição não prevê prazo de validade para o precatório/RPV; (i) aponta violação ao direito de
propriedade, ao princípio da segurança jurídica e a eficácia da coisa julgada; e, (j) por fim, entendendo-se
348
pela prescrição, que seja contada da data do cancelamento do ofício, não da expedição, como
considerado pelo magistrado a quo.
4. Sem contrarrazões.
5. Deveras, "de acordo com a jurisprudência desta Corte, o recurso cabível contra decisão que, em sede
de impugnação ao cumprimento de sentença, importe a extinção da execução é a apelação, e não o
agravo de instrumento" (STJ, AGARESP 201503115600, Relator Ministro Sérgio Kukina, Primeira Turma,
DJe 09/03/2016). No âmbito do sistema dos JEFs, de modo equivalente, o recurso cabível contra decisão
que declara extinta integralmente a fase de execução é o recurso inominado, pois o inconformismo se
volta, na verdade, contra uma verdadeira sentença, em virtude da regra prevista pelo art. 925, CPC/15.
PODER JUDICIÁRIO JUIZADOS ESPECIAIS FEDERAIS SEÇÃO JUDICIÁRIA DO DISTRITO FEDERAL
6. Trata-se, pois, de erro grosseiro, haja vista existir recurso ordinariamente previsto no sistema
processual legal (recurso inominado) para a hipótese. Impossível, pois, a aplicação do princípio da
fungibilidade recursal.
7. Precedentes desta Turma Recursal: Processo n. 0000076-42.2018.4.01.9340, j. 24/10/2018; e
Processo n. 0000181-19.2018.4.01.9340, j. 7/11/2018.
8. Diante do exposto, NÃO CONHEÇO do recurso de agravo interposto, na forma do art. 932, III, 1ª parte,
do CPC/15, por ser manifestamente inadmissível, pois processualmente inadequado.
ACORDÃO
Decide a 2ª Turma Recursal do DF, por unanimidade, NÃO CONHECER do agravo de instrumento.
Brasília, 15 de maio de 2019.
CARLOS EDUARDO CASTRO MARTINS
Juiz Federal – 2ª. Turma Recursal
Relator 1
335FD7E9FC2FD8C96D75074213864B37
PROCESSO Nº : 0000449-73.2018.4.01.9340
RELATORA : JUÍZ FEDERAL CARLOS EDUARDO CASTRO
MARTINS
RECORRENTE (S) : LELIA LOBATO FARIAS E SILVA
ADVOGADO (S) : DF00016666 - HELEM CRISTINA VIEIRA
CARVALHO
RECORRIDO (S) : UNIAO FEDERAL
ADVOGADO (S) :
EMENTA
PROCESSUAL. EXTINÇÃO DA EXECUÇÃO. AGRAVO DE INSTRUMENTO. DESCABIMENTO. ERRO
GROSSEIRO. CABIMENTO DE RECURSO INOMINADO CONTRA DECISÃO INTERLOCUTÓRIA.
CONTEÚDO DE SENTENÇA. ART. 925 CPC/15. INAPLICABILIDADE DO PRINCÍPIO DA
FUNGIBILIDADE RECURSAL. NÃO CONHECIMENTO DO AGRAVO.
1. Agravo de Instrumento interposto por LELIA LOBATO FARIAS E SILVA em face de decisão que negou
a expedição de novo ofício requisitório. A parte autora alega que a RPV anteriormente expedida teria sido
cancelada em razão do disposto no art. 2º da Lei n. 13.463/17: “Ficam cancelados os precatórios e as
RPV federais expedidos e cujos valores não tenham sido levantados pelo credor e estejam depositados
há mais de dois anos em instituição financeira oficial”.
2. O Juízo a quo declarou extinta a execução (art. 924, V, do CPC), por entender que teria ocorrido a
prescrição intercorrente, nos termos da Súmula 150 do STF, pois transcorridos mais de 5 (cinco) anos
entre a expedição da RPV/Precatório cancelado e a petição da autora requerendo expedição de novo
ofício requisitório (processo de origem n. 0042221-37.2008.4.01.3400).
3. Razões recursais: (a) a decisão contraria o art. 3º da Lei n. 13.463/17; (b) a parte autora não foi
intimada do cancelamento; (c) a ré não foi intimada para dizer sobre o pedido de nova expedição de RPV;
(d) a autora não abriu mão do seu crédito; (e) não há prescrição sobre a movimentação dos valores
depositados individualmente em seu nome, pois não existe nova pretensão jurídica a ser deduzida em
juízo; (f) a constitucionalidade da Lei n. 13.463/17 está sendo contestada na ADI 5.755; (g) a referida lei
não transfere a propriedade para Fazenda, o credor sofre apenas efeitos temporários de indisponibilidade
dos recursos, podendo exigir, nos termos do art. 3º, a expedição de nova RPV, devidamente atualizada;
349
(h) a Constituição não prevê prazo de validade para o precatório/RPV; (i) aponta violação ao direito de
propriedade, ao princípio da segurança jurídica e a eficácia da coisa julgada.
4. Sem contrarrazões.
5. Deveras, "de acordo com a jurisprudência desta Corte, o recurso cabível contra decisão que, em sede
de impugnação ao cumprimento de sentença, importe a extinção da execução é a apelação, e não o
agravo de instrumento" (STJ, AGARESP 201503115600, Relator Ministro Sérgio Kukina, Primeira Turma,
DJe 09/03/2016). No âmbito do sistema dos JEFs, de modo equivalente, o recurso cabível contra decisão
que declara extinta integralmente a fase de execução é o recurso inominado, pois o inconformismo se
volta, na verdade, contra uma verdadeira sentença, em virtude da regra prevista pelo art. 925, CPC/15.
PODER JUDICIÁRIO JUIZADOS ESPECIAIS FEDERAIS SEÇÃO JUDICIÁRIA DO DISTRITO FEDERAL
6. Trata-se, pois, de erro grosseiro, haja vista existir recurso ordinariamente previsto no sistema
processual legal (recurso inominado) para a hipótese. Impossível, pois, a aplicação do princípio da
fungibilidade recursal.
7. Precedentes desta Turma Recursal: Processo n. 0000076-42.2018.4.01.9340, j. 24/10/2018; e
Processo n. 0000181-19.2018.4.01.9340, j. 7/11/2018.
8. Diante do exposto, NÃO CONHEÇO do recurso de agravo interposto, na forma do art. 932, III, 1ª parte,
do CPC/15, por ser manifestamente inadmissível, pois processualmente inadequado.
ACORDÃO
Decide a 2ª Turma Recursal do DF, por unanimidade, NÃO CONHECER do agravo de instrumento.
Brasília, 15 de maio de 2019.
CARLOS EDUARDO CASTRO MARTINS
Juiz Federal – 2ª. Turma Recursal
Relator 1
FEBFEB58B13762FC75B355DBCB209D91
PROCESSO Nº : 0000456-65.2018.4.01.9340
RELATORA : JUÍZ FEDERAL CARLOS EDUARDO CASTRO
MARTINS
RECORRENTE (S) : MARIA EUNICE ALEXANDRINO E OUTRO(S)
ADVOGADO (S) : DF0001672A - SOLANGE MARIA DE
CARVALHO CAVALCANTE E OUTRO(S) E
OUTRO(S)
RECORRIDO (S) : UNIAO FEDERAL
ADVOGADO (S) :
EMENTA
AGRAVO DE INSTRUMENTO. PROCESSO CIVIL. FASE DE CUMPRIMENTO DO JULGADO.
LEVANTAMENTO DE NUMERÁRIO ORIGINÁRIO DE REQUISIÇÃO DE PEQUENO VALOR – RPV.
DEPÓSITO À DISPOSIÇÃO DO JUÍZO. NÃO INCORPORAÇÃO AO PATRIMÔNIO DO CREDOR. LEI N.
13.463/17. DECURSO DE PRAZO SUPERIOR A CINCO ANOS ENTRE O DEPÓSITO DO VALOR E O
PEDIDO DE NOVA EXPEDIÇÃO DE RPV. PRESCRIÇÃO INTERCORRENTE OPERADA. RECURSO
DESPROVIDO.
1. Agravo de Instrumento interposto por MARIA DO SOCORRO MACHADO contra decisão que indeferiu
o pedido de reexpedição de RPV, formulado com base no art. 2º da Lei n. 13.463/17, por considerar que o
direito estaria fulminado pela prescrição (processo originário n. 0064510-95.2007.4.01.3400).
2. O juízo a quo entendeu que “mesmo sendo aberta a conta em nome do credor, não há desde logo a
transferência dos recursos para a sua titularidade, passando então a integrar o seu patrimônio, hipótese
em que Lei 13.463/17 seria inconstitucional, por violação ao direito de propriedade. A titularidade dos
recursos só é adquirida com o levantamento, sem oposição, isso sem prejuízo de questionamento a
posteriori da sua regularidade”. Nessa linha, fixou como termo a quo do prazo prescricional quinquenal
para que o credor possa requerer nova expedição da requisição depois de verificado o cancelamento da
RPV anterior, com base na Lei n. 13.463/17, a “data da abertura da conta relativa ao pagamento da
requisição, pois, a partir desse evento, a parte credora já pode levantar os valores que lhe são devidos e
já estão à disposição do juízo, aperfeiçoando, enfim, o cumprimento da obrigação”. No caso, concluiu o
magistrado então que a exequente não noticia causa suspensiva ou interruptiva do prazo prescricional e
“entre a data da abertura da conta referente à requisição de pagamento cancelada e a petição da parte
autora requerendo a expedição do novo ofício requisitório, transcorreu prazo superior a 05 (cinco) anos,
350
sob pena de, se assim não for, o juízo ficar indefinidamente com recursos à sua disponibilidade, situação
inadmissível”.
3. A parte autora, nas razões recursais do agravo, sustenta que (a) inexiste prescrição, pois não se está
reabrindo a execução, não havendo mais nada a ser debatido acerca do direito de crédito. Após o
depósito da RPV os valores passam a fazer parte do patrimônio jurídico do autor e o pedido de nova RPV
é mero incidente processual; (b) no caso remotíssimo de se entender pela prescrição, que seja contada a
partir da vigência da Lei n. 13.463/17, que instituiu o “confisco”, porquanto antes desse diploma
normativo, os valores permaneciam indefinidamente à disposição do exequente na instituição financeira;
(c) defende a inconstitucionalidade material e formal da Lei n. 13.463/17, mormente considerando que
impõe “prazo de validade” aos precatórios, limitação não prevista na Constituição Federal e que não
poderia ser estabelecida pelo legislador ordinário, sob pena de ofensa ao art. 100, caput e §5º, da CF; e
(d) não seria possível a aplicação do art. 924, V, do CPC/15 (prescrição intercorrente), pois o novo
regramento, nos termos do art. 1056, somente começa a contar a partir da vigência do novel códex,
ocorrida em 17/3/2016.
4. A União apresentou contrarrazões.
5. Decisão. Como bem ressaltado pelo juízo a quo, no âmbito do procedimento de cumprimento da
obrigação de pagar, por meio de Requisições de Pequeno Valor - RPVs, da Justiça Federal, foi-se
instituído um procedimento de abertura de conta em nome do credor, exclusivamente para crédito dos
valores oriundos das RPVs. Assim, dispensa-se a lavratura de alvarás, dado o grande volume de
requisições e pelo fato de na maior parte das vezes não haver qualquer óbice ao levantamento dos
recursos financeiros. Todavia, a conta fica à disposição do juízo, que pode bloquear, retificar, gerir com a
autonomia jurisdicional própria aquela conta. Consigne-se que a sua natureza jurídica é a de ato do
devedor em cumprimento da obrigação de pagar, colocando à disposição do juízo o montante necessário
à satisfação do débito. Nesse sentido, a conta aberta em nome da parte é somente o meio mais célere
para efetivar o cumprimento da obrigação, ao invés do juízo expedir alvará de levantamento. Ou seja,
mesmo a conta estando em nome da parte, os recursos estão à disposição do juízo, não da parte. Assim,
não se incorporou ao patrimônio jurídico da parte o depósito lá efetuado.
6. Isso deixa claro que, mesmo sendo aberta a conta em nome do credor, não há, desde logo, a
transferência dos recursos para a sua titularidade, passando então a integrar o seu patrimônio, hipótese
em que a Lei 13.463/17 seria inconstitucional, por violação ao direito de propriedade. A titularidade dos
recursos só é adquirida com o levantamento, sem oposição, isso sem prejuízo de questionamento a
posteriori da sua regularidade.
7. Para que haja o efetivo cumprimento da obrigação, exige-se do credor o ato processual executório
subsequente, que é o levantamento. E, não o fazendo, sofre as consequências processuais, previstas em
lei, decorrentes da sua omissão.
8. Sobre a prescrição, deve ser observada a disciplina dos artigos 1º e 5º do Decreto nº. 20.910/32, ao
estabelecer que: "as dívidas passivas da União, dos Estados e dos Municípios, bem assim todo e
qualquer direito ou ação contra a Fazenda Federal, Estadual ou Municipal, seja qual for a sua natureza,
prescrevem em cinco anos contados da data do ato ou fato do qual se originarem" e “não tem efeito de
suspender a prescrição a demora do titular do direito ou do crédito ou do seu representante em prestar os
esclarecimentos que lhe forem reclamados ou o fato de não promover o andamento do feito judicial ou do
processo administrativo durante os prazos respectivamente estabelecidos para extinção do seu direito à
ação ou reclamação”. Ressalte-se, por oportuno, a Súmula nº 150 do STF, que dispõe: "Prescreve a
execução no mesmo prazo da prescrição da ação".
9. Assim, a partir da paralisação do feito pelo credor, após o depósito, tem início o prazo prescricional
para sua pretensão de levantamento dos valores depositados e postos a sua disposição. Se da data do
depósito até o requerimento de nova expedição de RPV decorreu mais de cinco anos, está prescrita a
obrigação judicial incorporada no título.
10. No caso vertente, o depósito da RPV ocorreu em 28/6/2012 e o pedido de reabertura da execução
para expedição de nova requisição de pagamento foi protocolado somente em 7/12/2017 (cf. petição
registrada em 7/12/2017 nos autos do processo originário n. 0064510-95.2007.4.01.3400). PODER
JUDICIÁRIO JUIZADOS ESPECIAIS FEDERAIS SEÇÃO JUDICIÁRIA DO DISTRITO FEDERAL 2ª
TURMA RECURSAL
FEBFEB58B13762FC75B355DBCB209D91
12. Portanto, entendo que houve inércia no âmbito do procedimento executório a autorizar a aplicação da
prescrição intercorrente.
13. Recurso do autor desprovido. Decisão confirmada.
ACÓRDÃO
Decide a 2ª Turma Recursal do DF, por unanimidade, NEGAR PROVIMENTO ao agravo da parte autora.
Brasília, 15 de maio de 2019.
CARLOS EDUARDO CASTRO MARTINS
Juiz Federal – 2ª. Turma Recursal
Relator 1
351
PODER JUDICIÁRIO
JUIZADOS ESPECIAIS FEDERAIS
SEÇÃO JUDICIÁRIA DO DISTRITO FEDERAL
3ª. TURMA RECURSAL
PROCESSO Nº 0015025-43.2018.4.01.3400
RELATOR : Juíza CRISTIANE PEDERZOLLI RENTZSCH
RECORRENTE(S) : FLAVIA GOMES
9. Cumpre esclarecer que, no âmbito previdenciário, a coisa julgada na ação em que se postula benefício
por incapacidade submete-se à cláusula rebus sic stantibus e sucundum eventum probationis por se
referir à relação jurídica de trato sucessivo, o que não obsta novo requerimento administrativo ou a
propositura de nova ação pleiteando idêntico benefício, haja vista a possibilidade de alteração do quadro
clínico.
10. Assim, impõe-se reconhecer que a parte Autora não tem direito ao auxílio-doença.
11. Recurso da parte Autora desprovido. Sentença mantida.
12. Honorários advocatícios pela parte Autora, fixados em 10% do valor atribuído à causa, devidamente
corrigido, ficando a execução suspensa pelo prazo de 5 anos contados do trânsito em julgado deste
acórdão, em virtude da concessão da gratuidade de Justiça (art. 98, §3º, do CPC/15).
13. Acórdão lavrado nos termos do art. 46 da Lei 9.099/95.
ACÓRDÃO
Decide a 1ª Turma Recursal, por unanimidade, NEGAR PROVIMENTO ao recurso da parte Autora, nos
termos do voto do Relator.
3ª Turma Recursal, Juizado Especial Federal/SJDF. Brasília-DF, 23.04.2019.
CRISTIANE PEDERZOLLI RENTZSCH
Juíza Federal – 3ª. Turma Recursal
Relatora em substituição
353
PROCESSO Nº 0002363-47.2018.4.01.3400
RELATOR : Juíza CRISTIANE PEDERZOLLI RENTZSCH
RECORRENTE(S) : UNIAO FEDERAL (FAZENDA NACIONAL)
ADVOGADO : - CELIA FERREIRA TAVARES DE LYRA
RECORRIDO(S) : RONALDO FLUVIO GOMES COSTA
ADVOGADO : DF00055573 - MYLENE QUITÉRIA CALDAS E OUTRO(S)
ou pela fonte pagadora, no caso de implantação de rubrica específica em folha, mediante a aplicação da
alíquota de 11% (onze por cento) sobre o valor pago.
8. Quanto ao momento do fato gerador, entendo que a exigibilidade da contribuição previdenciária dá-se
pelo regime de competência, devendo ser calculada de acordo com a legislação vigente à PODER
JUDICIÁRIO SEÇÃO JUDICIÁRIA DO DISTRITO FEDERAL
8AECDD403CF6F097FA0A4EF96655558D TRF 1 REGIÃO/IMP.15-01-04-SJ
3
época em que as diferenças deveriam ter sido pagas aos servidores, razão pela qual os efeitos
financeiros das transações são reconhecidos na data do fato gerador não importando o momento do
12. Resta inalterada a condenação para a União (Fazenda Nacional) restituir à parte autora a contribuição
para o PSS incidente sobre os juros moratórios pagos em decorrência de sentença judicial, mediante
RPV/Precatório.
13. Recurso parcialmente provido.
13. Incabível a condenação em honorários advocatícios quando há provimento do recurso, ainda que em
parte mínima (artigo 55 da Lei nº 9.099/95).
14. Acórdão lavrado nos termos do art. 46 da Lei nº 9.099/95.
ACÓRDÃO
Decide a 3ª Turma Recursal, por unanimidade, dar parcial provimento ao recurso.
3ª Turma Recursal, Juizado Especial Federal/SJDF. Brasília-DF, 23.04.2019.
CRISTIANE PEDERZOLLI RENTZSCH
Juíza Federal – 3ª. Turma Recursal
Relatora em substituição
PROCESSO Nº 0049296-15.2017.4.01.3400
RELATOR : Juíza CRISTIANE PEDERZOLLI RENTZSCH
RECORRENTE(S) : UNIAO FEDERAL (FAZENDA NACIONAL)
ADVOGADO : - CELIA FERREIRA TAVARES DE LYRA
RECORRIDO(S) : JOSE WANDERLEY CORREA SIMAO
ADVOGADO : DF00055573 - MYLENE QUITÉRIA CALDAS E OUTRO(S)
EMENTA
TRIBUTÁRIO. CONTRIBUIÇÃO PREVIDENCIÁRIA. PAGAMENTO DE VERBAS REMUNERATÓRIAS
EM ATRASO. DECISÃO JUDICIAL. REGIME DE COMPETÊNCIA. APLICAÇÃO DA ALÍQUOTA
VIGENTE NO MOMENTO EM QUE O PAGAMENTO DEVERIA TER SIDO EFETUADO. RECURSO
Art. 4o A contribuição social do servidor público ativo de qualquer dos Poderes da União, incluídas suas
autarquias e fundações, para a manutenção do respectivo regime próprio de previdência social, será de
11% (onze por cento), incidentes sobre:
I – a totalidade da base de contribuição, em se tratando de servidor que tiver ingressado no serviço
público até a data da publicação do ato de instituição do regime de previdência complementar para os
servidores públicos federais titulares de cargo efetivo e não tiver optado por aderir a ele;
II – a parcela da base de contribuição que não exceder ao limite máximo estabelecido para os benefícios
do regime geral de previdência social, em se tratando de servidor:
a) que tiver ingressado no serviço público até a data a que se refere o inciso I e tenha optado por aderir
ao regime de previdência complementar ali referido; ou
b) que tiver ingressado no serviço público a partir da data a que se refere o inciso I, independentemente
de adesão ao regime de previdência complementar ali referido.
(...)
Art. 5o Os aposentados e os pensionistas de qualquer dos Poderes da União, incluídas suas autarquias e
fundações, contribuirão com 11% (onze por cento), incidentes sobre o valor da parcela dos proventos de
aposentadorias e pensões concedidas de acordo com os critérios estabelecidos no art. 40 da Constituição
Federal e nos arts. 2o e 6o da Emenda Constitucional no 41, de 19 de dezembro de 2003, que supere o
limite máximo estabelecido para os benefícios do regime geral de previdência social.
6. Cumpre esclarecer que a contribuição ao PSS pelos servidores aposentados e pensionistas somente
passou a ser exigida a partir de 20 de maio de 2004, nos termos do art. 16 da retrocitada lei.
7. Registre-se que a obrigação de pagamento da contribuição previdenciária ocorre pelo recebimento de
remuneração, proventos ou pensão, seja na forma direta no recebimento mês a mês, retida pela fonte
pagadora, seja na sua forma indireta por decisão judicial, retida pela instituição financeira, sendo esta
forma regulamentada no art. 16-A da Lei 10.887/04, in verbis: PODER JUDICIÁRIO SEÇÃO JUDICIÁRIA
DO DISTRITO FEDERAL
FEE17D6820086EF08B2A1F7A58347BFC TRF 1 REGIÃO/IMP.15-01-04-SJ
3
“Art. 16-A. A contribuição do Plano de Seguridade do Servidor Público (PSS), decorrente de valores
pagos em cumprimento de decisão judicial, ainda que derivada de homologação de acordo, será retida na
fonte, no momento do pagamento ao beneficiário ou seu representante legal, pela instituição financeira
356
responsável pelo pagamento, por intermédio da quitação da guia de recolhimento remetida pelo setor de
precatórios do Tribunal respectivo, no caso de pagamento de precatório ou requisição de pequeno valor,
ou pela fonte pagadora, no caso de implantação de rubrica específica em folha, mediante a aplicação da
alíquota de 11% (onze por cento) sobre o valor pago.”.
8. Quanto ao momento do fato gerador, entendo que a exigibilidade da contribuição previdenciária dá-se
pelo regime de competência, devendo ser calculada de acordo com a legislação vigente à época em que
as diferenças deveriam ter sido pagas aos servidores, razão pela qual os efeitos financeiros das
transações são reconhecidos na data do fato gerador não importando o momento do pagamento. Neste
sentido:
“TRIBUTÁRIO. CONTRIBUIÇÃO PARA O PLANO DE SEGURIDADE DO SERVIDOR PÚBLICO – PSS.
de 26 de julho de 1994, que fixou alíquotas que deveriam ser observadas a partir de 1º de julho de 1994.
Dessa forma, devem ser restituídos os valores cobrados além da alíquota de 6% no curso da vigência da
Lei nº. 8.161/91 e até 26.10.1994, com o advento dos noventa dias a partir da publicação da MP 560/94.
10. Da análise da petição inicial, verifica-se que a parte Autora objetiva a aplicação da alíquota de 6%,
prevista no Decreto 83.081/79, vigente no período em que os valores recebidos via precatório
judicial/RPV deveriam ter sido pagos, ou seja, pretende a aplicação do regime de competência. Não
obstante, tenho que a alíquota da contribuição previdenciária dos servidores públicos civis da União era
de 6% ao tempo das competências nas quais seria devida a GOE (novembro de 1989 a dezembro de
1990).
11. No caso dos autos, correta a r. sentença que julgou procedente o pedido.
12. Recurso desprovido.
13. Honorários advocatícios devidos pelo (a) recorrente vencido, fixados em 10% (dez por cento) do valor
da condenação, nos termos do artigo 55 da Lei nº 9.099/95.
14. Acórdão lavrado nos termos do art. 46 da Lei nº 9.099/95.
ACÓRDÃO
Decide a 3ª Turma Recursal, por unanimidade, negar provimento ao recurso.
3ª Turma Recursal, Juizado Especial Federal/SJDF. Brasília-DF, 23.04.2019.
CRISTIANE PEDERZOLLI RENTZSCH
Juíza Federal – 3ª. Turma Recursal
Relatora em substituição
PROCESSO Nº 0012288-67.2018.4.01.3400
RELATOR : Juíza CRISTIANE PEDERZOLLI RENTZSCH
RECORRENTE(S) : UNIAO FEDERAL (FAZENDA NACIONAL)
ADVOGADO : - CELIA FERREIRA TAVARES DE LYRA
RECORRIDO(S) : VALTER DOS SANTOS
ADVOGADO : DF0001599A - GERALDO MAGELA HERMOGENES DA SILVA
EMENTA
357
Art. 4o A contribuição social do servidor público ativo de qualquer dos Poderes da União, incluídas suas
autarquias e fundações, para a manutenção do respectivo regime próprio de previdência social, será de
11% (onze por cento), incidentes sobre:
I - a totalidade da base de contribuição, em se tratando de servidor que tiver ingressado no serviço
público até a data da publicação do ato de instituição do regime de previdência complementar para os
servidores públicos federais titulares de cargo efetivo e não tiver optado por aderir a ele;
II - a parcela da base de contribuição que não exceder ao limite máximo estabelecido para os benefícios
do regime geral de previdência social, em se tratando de servidor:
a) que tiver ingressado no serviço público até a data a que se refere o inciso I e tenha optado por aderir
ao regime de previdência complementar ali referido; ou
b) que tiver ingressado no serviço público a partir da data a que se refere o inciso I, independentemente
de adesão ao regime de previdência complementar ali referido.
(...)
Art. 5o Os aposentados e os pensionistas de qualquer dos Poderes da União, incluídas suas autarquias e
fundações, contribuirão com 11% (onze por cento), incidentes sobre o valor da parcela dos proventos de
aposentadorias e pensões concedidas de acordo com os critérios estabelecidos no art. 40 da Constituição
Federal e nos arts. 2o e 6o da Emenda Constitucional no 41, de 19 de dezembro de 2003, que supere o
limite máximo estabelecido para os benefícios do regime geral de previdência social.
5. Cumpre esclarecer que a contribuição ao PSS pelos servidores aposentados e pensionistas somente
passou a ser exigida a partir de 20 de maio de 2004, nos termos do art. 16 da retrocitada lei.
6. Registre-se que a obrigação de pagamento da contribuição previdenciária ocorre pelo recebimento de
remuneração, proventos ou pensão, seja na forma direta no recebimento mês a mês, retida pela fonte
pagadora, seja na sua forma indireta por decisão judicial, retida pela instituição financeira, sendo esta
forma regulamentada no art. 16-A da Lei 10.887/04, in verbis: PODER JUDICIÁRIO SEÇÃO JUDICIÁRIA
DO DISTRITO FEDERAL
CB1FAD849B5CADDE432F1E1FDD6FDD53 TRF 1 REGIÃO/IMP.15-01-04-SJ
3
“Art. 16-A. A contribuição do Plano de Seguridade do Servidor Público (PSS), decorrente de valores
pagos em cumprimento de decisão judicial, ainda que derivada de homologação de acordo, será retida na
fonte, no momento do pagamento ao beneficiário ou seu representante legal, pela instituição financeira
responsável pelo pagamento, por intermédio da quitação da guia de recolhimento remetida pelo setor de
precatórios do Tribunal respectivo, no caso de pagamento de precatório ou requisição de pequeno valor,
ou pela fonte pagadora, no caso de implantação de rubrica específica em folha, mediante a aplicação da
alíquota de 11% (onze por cento) sobre o valor pago.”.
7. Quanto ao momento do fato gerador, entendo que a exigibilidade da contribuição previdenciária dá-se
pelo regime de competência, devendo ser calculada de acordo com a legislação vigente à época em que
as diferenças deveriam ter sido pagas aos servidores, razão pela qual os efeitos financeiros das
transações são reconhecidos na data do fato gerador não importando o momento do pagamento. Neste
sentido:
358
(nos JEF’s, o recurso inominado) deve vir deduzida com a exposição dos fatos e do direito, bem como
das razões do pedido de reforma, a fim de contrastar os fundamentos da sentença impugnada (incisos II e
III do artigo 1.010 do CPC/2015).
10. Recurso desprovido.
11. Honorários advocatícios devidos pelo (a) recorrente vencido, fixados em 10% (dez por cento) do valor
da condenação, nos termos do artigo 55 da Lei nº 9.099/95.
12. Acórdão lavrado nos termos do art. 46 da Lei nº 9.099/95.
ACÓRDÃO
Decide a 3ª Turma Recursal, por unanimidade, negar provimento ao recurso.
3ª Turma Recursal, Juizado Especial Federal/SJDF. Brasília-DF, 23.04.2019.
CRISTIANE PEDERZOLLI RENTZSCH
Juíza Federal – 3ª. Turma Recursal
Relatora em substituição
PROCESSO Nº 0054791-40.2017.4.01.3400
RELATOR : Juíza CRISTIANE PEDERZOLLI RENTZSCH
RECORRENTE(S) : MARIA DE LOURDES DOS SANTOS LIMA
ADVOGADO : - DEFENSORIA PUBLICA FEDERAL
RECORRIDO(S) : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
ADVOGADO :
EMENTA
ASSISTÊNCIA SOCIAL. BENEFÍCIO ASSISTENCIAL DE PRESTAÇÃO CONTINUADA AO IDOSO.
RENDA PER CAPITA FAMILIAR SUPERIOR A ¼ DO SALÁRIO MÍNIMO. AUSÊNCIA DE
HIPOSSUFICIÊNCIA ECONÔMICA. RECURSO DO AUTOR DESPROVIDO. SENTENÇA MANTIDA.
1. Trata-se de recurso interposto pela parte Autora contra a sentença que julgou improcedente o pedido
inicial de concessão do benefício de prestação continuada ao idoso.
2. Argui o Recorrente que se encontra em estado de hipossuficiência econômica. Assevera que apesar de
a renda mensal per capita ser superior ao limite estabelecido em lei, possui direito ao benefício de
prestação continuada pois o critério objetivo de ¼ do salário mínimo não pode ser considerado como o
único parâmetro para aferir a miserabilidade.
3. O benefício assistencial de prestação continuada, previsto no art. 20 da Lei nº 8.742/93, tem por
objetivo auxiliar pessoa com deficiência ou idoso que não possua meios de prover sua própria
manutenção ou tê-la provida por sua família. No caso específico do idoso, é necessário ter idade igual ou
maior que 65 anos e a hipossuficiência socioeconômica (miserabilidade).
4. No presente caso, o requisito etário restou atendido, pois a parte Autora possuía mais de 65 anos na
data da propositura da ação (10/12/1952).
5. No que tange ao requisito de miserabilidade, o STF reconheceu a inconstitucionalidade parcial, sem
pronúncia de nulidade, do art. 20, § 3º, da Lei nº 8.742/93, ao preceituar: “Verificou-se a ocorrência do
processo de inconstitucionalização decorrente de notórias mudanças fáticas (políticas, econômicas e
sociais) e jurídicas (sucessivas modificações legislativas dos patamares econômicos utilizados como
359
critérios de concessão de outros benefícios assistenciais por parte do Estado brasileiro.” (RE 567985,
Relator para acórdão Min. Gilmar Mendes, Tribunal Pleno, julgado em 18/04/2013, DJe 02/102013, public
03/10/2013).
6. Depreende-se que o critério objetivo de ¼ do salário mínimo não reflete o novo cenário político-
socioeconômico e jurídico, incumbindo ao magistrado analisar o caso concreto.
7. Com efeito, da análise do laudo socioeconômico, registrado em 20/4/2018, constata-se que o núcleo
familiar da parte Autora é constituído por 3 (três) pessoas, cuja renda PODER JUDICIÁRIO SEÇÃO
JUDICIÁRIA DO DISTRITO FEDERAL
2821CEE79B3E8164D7FB274F426F10CE TRF 1 REGIÃO/IMP.15-01-04-SJ
2
PROCESSO Nº 0033224-16.2018.4.01.3400
RELATOR : Juíza CRISTIANE PEDERZOLLI RENTZSCH
RECORRENTE(S) : UNIAO FEDERAL (FAZENDA NACIONAL)
ADVOGADO : - KELLY OTSUKA MIIKE
RECORRIDO(S) : RAFAEL RODRIGUES NETO
ADVOGADO : DF00044106 - ELIANE FERNANDES DE FARIA RIBEIRO
EMENTA
TRIBUTÁRIO. CONTRIBUIÇÃO PREVIDENCIÁRIA. PAGAMENTO DE VERBAS REMUNERATÓRIAS
EM ATRASO. DECISÃO JUDICIAL. REGIME DE COMPETÊNCIA. APLICAÇÃO DA ALÍQUOTA
VIGENTE NO MOMENTO EM QUE OS PAGAMENTOS DEVERIAM TER SIDO EFETUADOS.
RECURSO DESPROVIDO. SENTENÇA MANTIDA.
1. Trata-se de recurso interposto pela União (Fazenda Nacional) contra sentença que julgou procedente
em parte o pedido para “1) declarar a inexigibilidade de contribuição previdenciária sobre parcelas
referentes às competências anteriores à instituição da contribuição previdenciária dos inativos (referentes
ao período em que já estava aposentado), ou seja, antes de 20 de maio de 2004, recebidos por meio de
precatório/RPV decorrente dos processos destacados na inicial; 2) no que tange às parcelas referentes às
competências posteriores à instituição da Contribuição Previdenciária dos inativos, 21/05/2004, deverá
ser observado mês a mês se as importâncias sofreriam a incidência de PSS em razão do limite máximo
aplicado para os benefícios do RGPS, ou seja, apenas sobre o que exceder o teto do RGPS, nos termos
da EC 41 § 18; 3) declarar que não deve haver incidência de contribuição para o PSS sobre os juros de
mora. 4) condenar a ré a restituir à parte autora os valores indevidamente retidos a título de contribuição
previdenciária incidentes sobre os citados valores, ressalvas as parcelas já restituídas
administrativamente, corrigidos exclusivamente pela Taxa SELIC a teor da Lei nº 9.250/95, que afasta a
correção monetária e os juros, desde os recolhimentos indevidos (Precedente: STJ, Resp
1.111.175/SP).”.
2. A recorrente alega, preliminarmente, a prescrição quinquenal. No mérito, sustenta a incidência do PSS
sobre parcelas remuneratórias recebidas pela parte autora por meio de precatório/RPV e a
inaplicabilidade do regime de competência.
360
3. Prescrição. Ausência de interesse recursal, neste ponto, visto que a sentença está conforme a
pretensão da recorrente, neste ponto.
4. A matéria foi objeto de exame desta Terceira Turma Recursal que, à unanimidade, acompanhou o voto
exarado em caso análogo pelo então Relator, o MM. Antônio Cláudio Macedo da Silva (Processo nº
0002973-49.2017.4.01.3400), no sentido de que (i) a PODER JUDICIÁRIO SEÇÃO JUDICIÁRIA DO
DISTRITO FEDERAL
5B127F24A8B935432600F87362B857F3 TRF 1 REGIÃO/IMP.15-01-04-SJ
2
legislação aplicável à contribuição ao PSS deve observar o momento da ocorrência do fato gerador, ou da
6. Cumpre esclarecer que a contribuição ao PSS pelos servidores aposentados e pensionistas somente
passou a ser exigida a partir de 20 de maio de 2004, nos termos do art. 16 da retrocitada lei.
7. Registre-se que a obrigação de pagamento da contribuição previdenciária ocorre pelo recebimento de
remuneração, proventos ou pensão, seja na forma direta no recebimento mês a mês, retida pela fonte
pagadora, seja na sua forma indireta por decisão judicial, retida pela instituição financeira, sendo esta
forma regulamentada no art. 16-A da Lei 10.887/04, in verbis:
“Art. 16-A. A contribuição do Plano de Seguridade do Servidor Público (PSS), decorrente de valores
pagos em cumprimento de decisão judicial, ainda que derivada de homologação de acordo, será retida na
fonte, no momento do pagamento ao beneficiário ou seu representante legal, pela instituição financeira
responsável pelo pagamento, por intermédio da quitação da guia de recolhimento remetida pelo setor de
precatórios do Tribunal respectivo, no caso de pagamento de precatório ou requisição de pequeno valor,
ou pela fonte pagadora, no caso de implantação de rubrica específica em folha, mediante a aplicação da
alíquota de 11% (onze por cento) sobre o valor pago.”.
8. Quanto ao momento do fato gerador, entendo que a exigibilidade da contribuição previdenciária dá-se
pelo regime de competência, devendo ser calculada de acordo com a legislação vigente à época em que
as diferenças deveriam ter sido pagas aos servidores, razão pela qual os efeitos financeiros das
transações são reconhecidos na data do fato gerador não importando o momento do pagamento. Neste
sentido:
“TRIBUTÁRIO. CONTRIBUIÇÃO PARA O PLANO DE SEGURIDADE DO SERVIDOR PÚBLICO - PSS.
INEXIGIBILIDADE DO TRIBUTO SOBRE O VALOR PAGO EM CUMPRIMENTO DE DECISÃO JUDICIAL
REFERENTE AOS JUROS MORATÓRIOS. REPRESENTATIVO DA CONTROVÉRSIA. 1. Não incide a
contribuição para o Plano de Seguridade do Servidor Público sobre os juros moratórios pagos em
cumprimento de decisão judicial, ainda que abranja diferenças de verbas de natureza exclusivamente
salarial (REsp 1.239.203 - PR, "representativo da controvérsia", Ministro Mauro Campbell Marques, 1ª
Seção do STJ). 2. A retenção do PSS sobre o principal deve observar as tabelas e alíquotas vigentes à
época em que deveriam ter sido pagos (regime de competência). Precedentes deste TRF1. 3. Apelação
da União/ré e remessa de ofício desprovidas.(AC 0011973-54.2010.4.01.4100 / RO, Rel.
DESEMBARGADOR FEDERAL NOVÉLY VILANOVA, OITAVA TURMA, e-DJF1 p.807 de 05/09/2014).”
PODER JUDICIÁRIO SEÇÃO JUDICIÁRIA DO DISTRITO FEDERAL
361
9. Da análise da petição inicial, verifica-se que a parte Autora pretende a aplicação do regime de
competência.
9.1. Não obstante, tenho que a alíquota da contribuição previdenciária dos servidores públicos civis da
União era de 6% ao tempo das competências nas quais seria devida a GOE (novembro de 1989 a
dezembro de 1990).
9.2. Pontuo ainda que, há comprovação de que a parte autora aposentou-se em fevereiro/2003, e que o
precatório referente ao reajuste de 3,17% refere-se ao interstício de outubro/1995 à setembro/2005.
PROCESSO Nº 0008531-02.2017.4.01.3400
RELATOR : Juíza CRISTIANE PEDERZOLLI RENTZSCH
RECORRENTE(S) : CICERO SILVA DA ROCHA
ADVOGADO : DF00032699 - CARLOS MAGNO DOS SANTOS COELHO E OUTRO(S)
RECORRIDO(S) : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
ADVOGADO :
EMENTA
ASSISTÊNCIA SOCIAL. BENEFÍCIO ASSISTENCIAL DE PRESTAÇÃO CONTINUADA À PESSOA
PORTADORA DE DEFICIÊNCIA. AUSÊNCIA DE VULNERABILIDADE SOCIOECONÔMICA. RECURSO
DA PARTE AUTORA DESPROVIDO. SENTENÇA MANTIDA.
1. Trata-se de recurso interposto pela parte Autora contra a sentença que julgou improcedente o pedido
inicial de concessão do benefício de prestação continuada à pessoa com deficiência.
2. Argui a Recorrente que possui incapacidade laborativa, conforme atestado pelo perito. Assevera que
apesar de a renda mensal per capita ser superior ao limite estabelecido em lei, possui direito ao benefício
de prestação continuada. Sustenta que o critério objetivo de ¼ do salário mínimo não pode ser
considerado como o único parâmetro para aferir a miserabilidade.
3. O benefício assistencial de prestação continuada, previsto no art. 20 da Lei nº 8.742/93, tem por
objetivo auxiliar pessoa com deficiência ou idoso que não possua meios de prover sua própria
manutenção ou tê-la provida por sua família.
4. No presente caso, constata-se das informações prestadas pela perita, registradas em 22/5/2017, que a
parte Autora é portadora de “impedimento de longo prazo de natureza intelectual que obstrui sua
participação plena e efetiva na sociedade” por apresentar quadro de deficiência intelectual leve (CID 10:
F70)”.
5. Quanto ao requisito de miserabilidade, o STF reconheceu a inconstitucionalidade parcial, sem
pronúncia de nulidade, do art. 20, § 3º, da Lei nº 8.742/93, ao preceituar: “Verificou-se a ocorrência do
processo de inconstitucionalização decorrente de notórias mudanças fáticas (políticas, econômicas e
sociais) e jurídicas (sucessivas modificações legislativas dos patamares econômicos utilizados como
critérios de concessão de outros benefícios assistenciais por parte do Estado brasileiro.” (RE 567985,
Relator para acórdão Min. Gilmar Mendes, Tribunal Pleno, julgado em 18/04/2013, DJe 02/102013, public
03/10/2013).
6. Depreende-se que o critério objetivo de ¼ do salário mínimo não reflete o novo cenário político-
socioeconômico e jurídico, incumbindo ao magistrado analisar o caso concreto.
7. Com efeito, verifica-se do laudo socioeconômico, registrado em 05/4/2017, que o núcleo familiar é
composto por 3 (três) pessoas e que a renda familiar era de R$ 400,00. Todavia, observa-se das
362
informações do CNIS registrado em 12/11/2018, que a mãe da parte Autora, a época do estudo
socioeconômico, se encontrava empregada e recebendo PODER JUDICIÁRIO SEÇÃO JUDICIÁRIA DO
DISTRITO FEDERAL
FA5BA632E6D76CC6598236A64AC20AE3 TRF 1 REGIÃO/IMP.15-01-04-SJ
2
remunerações superiores a R$ 1.000,00, que somadas à renda informada no laudo, era suficiente para
custear as despesas mensais de R$ 1.002,58.
8. Portanto, a parte Autora não se encontra em circunstância de vulnerabilidade socioeconômica.
9. Saliente-se, por oportuno, que o benefício de prestação continuada não deve representar um
PROCESSO Nº 0072914-23.2016.4.01.3400
RELATOR : Juíza CRISTIANE PEDERZOLLI RENTZSCH
RECORRENTE(S) : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
ADVOGADO : - NEFERTITI SACRAMENTO FERREIRA MARMUND
RECORRIDO(S) : DENIS NASCIMENTO DE CARVALHO
ADVOGADO : DF00034809 - JOAO PAULO FERREIRA GUEDES E OUTRO(S)
EMENTA
PREVIDENCIÁRIO. AUXÍLIO-DOENÇA. CORREÇÃO MONETÁRIA E JUROS DE MORA. MANUAL DE
CÁLCULOS DA JUSTIÇA FEDERAL. ENTENDIMENTO FIRMADO NO RESP 1.495.146/MG, SOB A
SISTEMÁTICA DOS RECURSOS REPETITIVOS. RECURSO DO INSS IMPROVIDO. SENTENÇA
MANTIDA.
1. Trata-se de recurso inominado interposto pelo INSS contra a sentença que julgou parcialmente
procedente o pedido inicial, condenando o INSS a implantar o auxílio-doença, em sede de antecipação de
tutela, com DIB fixada em 21/10/2016, bem como a pagar as parcelas vencidas com correção monetária e
juros moratórios de acordo com o Manual de Cálculos da Justiça Federal.
2. Argui o INSS que a correção monetária e os juros moratórios devem ser arbitrados na forma do art. 1º-
F, da Lei nº 9.494/97, com redação dada pela Lei nº 11.960/09 até a publicação do acórdão do RE
870.947/SE ou da modulação dos efeitos do referido julgamento.
3. Para fins de cálculo da correção monetária, e em vista o disposto nos arts. 927, III, parte final, 976, II,
1039, caput, parte final, 1040, III, parte final, todos do CPC/15, deverá ser observada a posição firmada
pelo STJ no REsp 1.495.146/MG, sob o regime de recursos repetitivos, conforme acórdão publicado no
DJe de 02/3/2018, já com trânsito em julgado desde 14/9/2018, e no sentido de definir a aplicação do
Manual de Cálculos da Justiça Federal, e nisso considerando-se que sua versão atual, publicada em
10/12/2013, já contempla o INPC para a matéria previdenciária, decorrente da vigência da Lei 11.430/06
(DOU 27/12/2006). A presente definição desses parâmetros da correção monetária fica ressalvada em
razão da solução final e modulação de seus efeitos que venham a ser definidas pelo STF no RE
870.947/SE, e naquilo que conflite com os critérios ora explicitados, inclusive com aplicação dos efeitos
daquele RE após o trânsito em julgado do presente acórdão, nesse caso com esteio no princípio da
segurança e estabilidade das relações jurídicas, consoante art. 926, do CPC/15, e art. 30, da Lei de
Introdução às Normas do Direito Brasileiro-LINDB nas alterações da Lei 13.655/18, e, ainda, em face do
princípio da equidade consagrado pela mesma LINDB.
363
4. Em relação aos juros de mora, verifica-se a ausência de interesse recursal, tendo em vista que o
Manual de Cálculos da Justiça Federal já prevê a aplicação do art. 1º-F, da Lei nº 9.494/97, com redação
dada pela Lei nº 11.960/09.
5. Registre-se, por oportuno, que a ausência de modulação dos efeitos, acaso definida em sentido
contrário ao entendimento que fora adotado como razões de decidir no recurso com acórdão ora
embargado, poderá ser aproveitada a qualquer tempo enquanto não operado o trânsito em julgado, com a
natural e consequente projeção de seus efeitos PODER JUDICIÁRIO SEÇÃO JUDICIÁRIA DO DISTRITO
FEDERAL
BE9091B7B30E38A48B2ABC79721A3714 TRF 1 REGIÃO/IMP.15-01-04-SJ
2
PROCESSO Nº 0025477-15.2018.4.01.3400
RELATOR : Juíza CRISTIANE PEDERZOLLI RENTZSCH
RECORRENTE(S) : UNIAO FEDERAL (FAZENDA NACIONAL)
ADVOGADO : - KELLY OTSUKA MIIKE
RECORRIDO(S) : MARIO KIYOTAKA IKEDA
ADVOGADO : DF00038160 - ALESSANDRA CALDAS BEZERRA E OUTRO(S)
EMENTA
TRIBUTÁRIO. SERVIDOR PÚBLICO FEDERAL. RETENÇÃO DA CONTRIBUIÇÃO À SEGURIDADE
SOCIAL NO MOMENTO DO PAGAMENTO DO PRECATÓRIO. ART. 16-A DA LEI 10.887/2003. REGIME
DE COMPETÊNCIA. APLICAÇÃO DA ALÍQUOTA VIGENTE NO MOMENTO EM QUE O PAGAMENTO
DEVERIA TER SIDO EFETUADO. ISENÇÃO SOBRE JUROS DE MORA. VERBA DE NATUREZA
INDENIZATÓRIA. RECURSO DESPROVIDO.
1. Recurso interposto pela União contra sentença de procedência em parte do pedido para: “1) declarar a
inexigibilidade de contribuição previdenciária sobre parcelas referentes às competências anteriores à
instituição da contribuição previdenciária dos inativos, ou seja, antes de 20 de maio de 2004, mas apenas
a partir da data da aposentadoria da parte autora, recebidos por meio de precatório/RPV decorrente de
decisão judicial. 2) no que tange as parcelas referentes às competências posteriores à instituição da
Contribuição Previdenciária dos inativos, 21/05/2004, deverá ser observado mês a mês se as
importâncias sofreriam a incidência de PSS em razão do limite máximo aplicado para os benefícios do
364
RGPS, ou seja, apenas sobre o que exceder o teto do RGPS, nos termos da EC 41 § 18. 3) condenar a ré
a restituir à parte autora os valores indevidamente retidos a título de contribuição previdenciária incidentes
sobre os citados valores, ressalvas as parcelas já restituídas administrativamente, corrigidos
exclusivamente pela Taxa SELIC a teor da Lei nº 9.250/95, que afasta a correção monetária e os juros,
desde os recolhimentos indevidos (Precedente: STJ, Resp 1.111.175/SP).”.
2. A recorrente sustenta a inaplicabilidade do regime de competência.
3. A parte recorrida apresentou contrarrazões, ocasião em que rechaçou a alegação da recorrente.
4. A matéria foi objeto de exame desta Terceira Turma Recursal que, à unanimidade, acompanhou o voto
exarado em caso análogo pelo então Relator, o MM. Antônio Cláudio Macedo da Silva (Processo nº
0002973-49.2017.4.01.3400), no sentido de que (i) a legislação aplicável à contribuição ao PSS deve
distinguir a situação do servidor, se ativo ou inativo; (iii) com a edição da Emenda Constitucional nº 03/93,
a contribuição para o plano de seguridade social passou a ser obrigatória para os servidores públicos; (iv)
após a Emenda Constitucional nº 41/2003, instituiu-se a possibilidade de exigência da contribuição
previdenciária sobre os proventos e pensões.
5. Quanto ao momento do fato gerador, entendo que a exigibilidade da contribuição previdenciária dá-se
pelo regime de competência, devendo ser calculada de acordo com a legislação vigente à época em que
as diferenças deveriam ter sido pagas aos servidores, razão pela qual os efeitos financeiros das
transações são reconhecidos na data do fato gerador não importando o momento do pagamento. Neste
sentido:
AGRAVO DE INSTRUMENTO. EXECUÇÃO DE SENTENÇA. RETENÇÃO DE CONTRIBUIÇÃO AO PSS.
REGIME DE COMPETÊNCIA. APLICAÇÃO DA ALÍQUOTA VIGENTE NO MOMENTO EM QUE O
PAGAMENTO DEVERIA TER SIDO EFETUADO. 1- Trata-se de agravo de instrumento interposto em
face de decisão que determinou que o desconto da contribuição ao Plano de Seguridade do Servidor -
PSS fosse efetuado no percentual vigente quando o pagamento das diferenças pleiteadas deveriam ter
ocorrido, e não na alíquota atual de 11%. 2- Não obstante o Superior Tribunal de Justiça tenha decidido
no REsp 1196777/RS, julgado em regime de recurso repetitivo, que a retenção da contribuição
previdenciária, prevista no art. 16-A da Lei 10.887/2004 incidiria sobre os pagamentos judiciais ainda que
estes se referissem a créditos anteriores à referida lei, foi expressamente ressalvado que esta não
incidiria se tratasse de servidores aposentados e pensionistas, no período anterior a 2004. 3- Com efeito,
a contribuição dos inativos e pensionistas ao regime de previdência próprio do servidor público foi
instituída pela Emenda Constitucional nº 41, de 19 de dezembro de 2003, que, por sua vez, foi
regulamentada pela Lei 10.887/04, cujo art. 16 expressamente dispôs que tal contribuição só passaria a
ser exigível a partir de 20 de maio de 2004. Desse modo, antes desse período não poderia incidir a
contribuição previdenciária por falta de previsão legal. Precedentes desta E. Corte nesse sentido. 4-
Extrai-se, a partir dessa ressalva, a conclusão de que a contribuição previdenciária deve observar o
regime de competência, sendo calculada de acordo com a legislação vigente à época em que as
diferenças deveriam ter sido pagas aos servidores. Precedentes: TRF4, AG 0000155-34.2012.404.0000,
Quarta Turma, Rel. Des. Fed. JOÃO PEDRO GEBRAN NETO, E-DJF1 14/03/2012; TRF5, AC
200105000323725, Terceira Turma, Rel. Des. Fed. VLADIMIR CARVALHO, DJe 08/06/2010; TRF2, AG
201102010082882, Oitava Turma Especializada, Rel. Juíza Fed. Conv. FÁTIMA MARIA NOVELINO
SEQUEIRA, E-DJF2R PODER JUDICIÁRIO SEÇÃO JUDICIÁRIA DO DISTRITO FEDERAL
847928849C4699ADFD26889600C3ECE7 TRF 1 REGIÃO/IMP.15-01-04-SJ
3
31/05/2012. 5- No caso em tela, a servidora pública está executando diferenças de correção monetária de
valores atrasados pagos administrativamente em 1991, sem atualização, devendo ser aplicado aqui o
mesmo raciocínio utilizado nos casos dos servidores inativos e pensionistas. 6- Entender pela aplicação
da alíquota ora vigente seria onerar a Autora duplamente, na medida em que além de não ter recebido o
que lhe era devido no momento oportuno, ainda terá que arcar com um tributo maior, em razão da inércia
da Agravante. 7- Ressalte-se que o Superior Tribunal de Justiça tem ratificado o entendimento de que a
incidência de tributos sobre as verbas devidas a servidores públicos em virtude de decisões judiciais deve
observar a legislação tributária vigente à época em que os pagamentos deveriam ter sido efetuados.
Precedentes: STJ, AgRg no Ag 766.896/SC, 1.ªTurma, Rel. Ministro JOSÉ DELGADO, DJ de 19/03/2007;
STJ, AgRg no REsp 1224230, Rel. Min. BENEDITO GONÇALVES, DJe 01/03/2012; STJ, AgRg no REsp
1168539/RS, Rel. Min. LAURITA VAZ, DJe 08/11/2011. 8- Agravo de instrumento desprovido. (TRF-2 -
AG: 201202010157746, Relator: Desembargador Federal MARCUS ABRAHAM, Data de Julgamento:
18/02/2014, QUINTA TURMA ESPECIALIZADA, Data de Publicação: 06/03/2014)
TRIBUTÁRIO. CONTRIBUIÇÃO PARA O PLANO DE SEGURIDADE DO SERVIDOR PÚBLICO - PSS.
INEXIGIBILIDADE DO TRIBUTO SOBRE O VALOR PAGO EM CUMPRIMENTO DE DECISÃO JUDICIAL
REFERENTE AOS JUROS MORATÓRIOS. REPRESENTATIVO DA CONTROVÉRSIA.
1. Não incide a contribuição para o Plano de Seguridade do Servidor Público sobre os juros moratórios
pagos em cumprimento de decisão judicial, ainda que abranja diferenças de verbas de natureza
365
exclusivamente salarial (REsp 1.239.203 - PR, "representativo da controvérsia", Ministro Mauro Campbell
Marques, 1ª Seção do STJ).
2. A retenção do PSS sobre o principal deve observar as tabelas e alíquotas vigentes à época em que
deveriam ter sido pagos (regime de competência). Precedentes deste TRF1.
3. Apelação da União/ré e remessa de ofício desprovidas.
(AC 0011973-54.2010.4.01.4100 / RO, Rel. DESEMBARGADOR FEDERAL NOVÉLY VILANOVA,
OITAVA TURMA, e-DJF1 p.807 de 05/09/2014)” PODER JUDICIÁRIO SEÇÃO JUDICIÁRIA DO
DISTRITO FEDERAL
847928849C4699ADFD26889600C3ECE7 TRF 1 REGIÃO/IMP.15-01-04-SJ
4
PROCESSO Nº 0007638-74.2018.4.01.3400
RELATOR : Juíza CRISTIANE PEDERZOLLI RENTZSCH
RECORRENTE(S) : UNIAO FEDERAL (FAZENDA NACIONAL)
ADVOGADO : - CELIA FERREIRA TAVARES DE LYRA
RECORRIDO(S) : CARLOS RAIMUNDO DE SOUZA PINTO
ADVOGADO : DF00027446 - MAURO LEMOS DA SILVA E OUTRO(S)
EMENTA
TRIBUTÁRIO. CONTRIBUIÇÃO PREVIDENCIÁRIA. PAGAMENTO DE VERBAS REMUNERATÓRIAS
EM ATRASO. DECISÃO JUDICIAL. REGIME DE COMPETÊNCIA. APLICAÇÃO DA ALÍQUOTA
VIGENTE NO MOMENTO EM QUE OS PAGAMENTOS DEVERIAM TER SIDO EFETUADOS.
RECURSO DESPROVIDO. SENTENÇA MANTIDA.
1. Trata-se de recurso interposto pela União (Fazenda Nacional) contra sentença que julgou parcialmente
procedente o pedido para “(...) o fim de condenar a parte ré na restituição, em favor da parte autora, dos
valores descontados indevidamente a título de contribuição previdenciária incidente sobre os valores
devidos a título de GOE (diferença entre a alíquota de 11% e a alíquota de 6%) e sobre a parcela dos
juros de mora (totalidade dos valores recolhidos), ressalvados os valores já recebidos na via
administrativa, restando extinto o feito com resolução de seu mérito, nos termos do art. 487, inciso I, do
NCPC.”.
2. A recorrente alega, preliminarmente, a prescrição quinquenal. No mérito, sustenta: a) a ausência de
documentação apta a comprovar o direito alegado; b) a incidência do PSS sobre parcelas remuneratórias
recebidas pela parte autora por meio de precatório/RPV; e, c) a inaplicabilidade do regime de
competência.
3. Prescrição. Ausência de interesse recursal, neste ponto, visto que a sentença está conforme a
pretensão da recorrente, neste ponto.
4. Mérito. A matéria foi objeto de exame desta Terceira Turma Recursal que, à unanimidade, acompanhou
o voto exarado em caso análogo pelo então Relator, o MM. Antônio Cláudio Macedo da Silva (Processo
nº 0002973-49.2017.4.01.3400), no sentido de que (i) a legislação aplicável à contribuição ao PSS deve
observar o momento da ocorrência do fato gerador, ou da ocorrência no mundo fático da hipótese de
incidência; (ii) há que se distinguir a situação do servidor, se ativo ou inativo; (iii) com a edição da Emenda
Constitucional nº 03/93, a contribuição para o plano de seguridade social passou a ser obrigatória para os
servidores públicos; (iv) após a Emenda Constitucional nº 41/2003, instituiu-se a possibilidade de
exigência da contribuição previdenciária sobre os proventos e pensões.
366
4.1. A Lei 10.887/2004 regulamentou a aplicação da EC 41/2003, sobre o tema, nos seguintes termos:
Art. 4o A contribuição social do servidor público ativo de qualquer dos Poderes da União, incluídas suas
autarquias e fundações, para a manutenção do respectivo regime próprio de previdência social, será de
11% (onze por cento), incidentes sobre: PODER JUDICIÁRIO SEÇÃO JUDICIÁRIA DO DISTRITO
FEDERAL
7AC2229A6755BCFC84AB5DBDF6D06226 TRF 1 REGIÃO/IMP.15-01-04-SJ
2
legislação vigente à época em que as diferenças deveriam ter sido pagas aos servidores, razão pela qual
os efeitos financeiros das transações são reconhecidos na data do fato gerador não importando o
momento do pagamento. Neste sentido:
“TRIBUTÁRIO. CONTRIBUIÇÃO PARA O PLANO DE SEGURIDADE DO SERVIDOR PÚBLICO - PSS.
INEXIGIBILIDADE DO TRIBUTO SOBRE O VALOR PAGO EM CUMPRIMENTO DE DECISÃO JUDICIAL
REFERENTE AOS JUROS MORATÓRIOS. REPRESENTATIVO DA CONTROVÉRSIA. 1. Não incide a
contribuição para o Plano de Seguridade do Servidor Público sobre os juros moratórios pagos em
cumprimento de decisão judicial, ainda que abranja diferenças de verbas de natureza exclusivamente
salarial (REsp 1.239.203 - PR, "representativo da controvérsia", Ministro Mauro Campbell Marques, 1ª
Seção do STJ). 2. A retenção do PSS sobre o principal deve observar as tabelas e alíquotas vigentes à
época em que deveriam ter sido pagos (regime de competência). Precedentes deste TRF1. 3. Apelação
da União/ré e remessa de ofício desprovidas.(AC 0011973-54.2010.4.01.4100 / RO, Rel.
DESEMBARGADOR FEDERAL NOVÉLY VILANOVA, OITAVA TURMA, e-DJF1 p.807 de 05/09/2014).”
5. Subtraio dos autos que a parte autora aposentou-se em junho/2014, e que, os precatórios recebidos
referem-se a períodos nos quais a parte autora estava na ativa: a) o precatório referente ao reajuste de
3,17% - interstício de outubro/1995 à setembro/2005; e, b) o precatório referente à Gratificação de
Operações Especiais (GOE) – novembro/1989 a dezembro/1990.
6. Alíquotas PSS para o servidor ativo. Com relação às legislações que fixaram alíquotas para a
contribuição previdenciária do servidor público, tem-se que, primeiramente, o Decreto nº 83.081/79, que
aprovou o Regulamento de Custeio da Previdência Social, fixou, em seu art. 35, que a contribuição dos
servidores para sua Previdência seria no percentual de 6% sobre seu salário-base. Posteriormente, a Lei
8.688/93, que alterou o § 2º do art. 231 da Lei 8.112/90, instituiu percentuais variando de 9% a 12%, a
depender da remuneração mensal do servidor, a qual, todavia, foi julgada inconstitucional pelo STF.
Assim, a contribuição previdenciária retornou aos moldes estabelecidos pelo Decreto nº 83.081/79, tendo
esta situação perdurado até a edição da Medida Provisória 560/1994, a qual, após diversas reedições, foi
367
convertida na Lei 9630/1998, estabelecendo, a partir de julho/1997, a alíquota de 11%. Em seguida, foi
editada a Lei 9.783/99, que manteve a alíquota de 11%, bem como estabeleceu adicionais de 9% e 14%,
também declarados inconstitucionais pela Suprema Corte. Após essas sucessivas legislações, foi editada
a vigente Lei 10.887/04, cujo art. 4º manteve a alíquota de 11% para a contribuição do servidor. Desse
quadro legal, extrai-se que, entre 1979 e 1994, a alíquota correta de contribuição previdenciária do
servidor era de 6%.
7. Irretocável a sentença que julgou parcialmente procedente o pedido para reconhecer a inexigibilidade
da Contribuição Social ao Plano de Seguridade do Servidor Público ativo (PSS) somente dos valores
recolhidos além da alíquota de 6%, referente a parcelas recebidas por meio de requisição judicial e
relativas à Gratificação de Operações Especiais – GOE (período de novembro/1989 a maio /1991).
9. Honorários advocatícios devidos pelo (a) recorrente vencido, fixados em 10% (dez por cento) do valor
da condenação, nos termos do artigo 55 da Lei nº 9.099/95.
10. Acórdão lavrado nos termos do art. 46 da Lei nº 9.099/95.
ACÓRDÃO
Decide a 3ª Turma Recursal, por unanimidade, negar provimento ao recurso.
3ª Turma Recursal, Juizado Especial Federal/SJDF. Brasília-DF, 23.04.2019.
CRISTIANE PEDERZOLLI RENTZSCH
Juíza Federal – 3ª. Turma Recursal
Relatora em substituição
PROCESSO Nº 0043094-22.2017.4.01.3400
RELATOR : Juíza CRISTIANE PEDERZOLLI RENTZSCH
RECORRENTE(S) : UNIAO FEDERAL (FAZENDA NACIONAL)
ADVOGADO : - CELIA FERREIRA TAVARES DE LYRA
RECORRIDO(S) : ANTONIO SEVERINO DA SILVA
ADVOGADO : DF00027446 - MAURO LEMOS DA SILVA
EMENTA
TRIBUTÁRIO. CONTRIBUIÇÃO PREVIDENCIÁRIA. PAGAMENTO DE VERBAS REMUNERATÓRIAS
EM ATRASO. DECISÃO JUDICIAL. REGIME DE COMPETÊNCIA. APLICAÇÃO DA ALÍQUOTA
VIGENTE NO MOMENTO EM QUE OS PAGAMENTOS DEVERIAM TER SIDO EFETUADOS.
RECURSO DESPROVIDO. SENTENÇA MANTIDA.
1. Trata-se de recurso interposto pela União (Fazenda Nacional) contra sentença que julgou parcialmente
procedente o pedido para “(...) o fim de condenar a parte ré na restituição, em favor da parte autora, dos
seguintes valores descontados indevidamente a título de contribuição para o PSS incidente: a) da
diferença entre a alíquota de 11% e a alíquota de 6% dos valores incidentes sobre o principal corrigido
das quantias recebidas a título de GOE; b) a totalidade dos valores incidentes sobre o principal corrigido
das quantias recebidas a título de reajuste de 3,17% no período de outubro de 1995 e o mês de junho de
2004, inclusive; c) a diferença entre a incidência de 11% sobre o valor do principal corrigido e a incidência
de 11% mês a mês sobre os valores excedentes do teto do RGPS no tocante às quantias recebidas a
título de reajuste de 3,17% no período de julho de 2004 a setembro de 2005; e d) a totalidade dos valores
incidentes sobre os juros de mora em relação a todas as competências de ambas as vantagens
percebidas.”.
2. A recorrente alega, preliminarmente, a prescrição quinquenal. No mérito, sustenta: a) a ausência de
documentação apta a comprovar o direito alegado; b) a incidência do PSS sobre parcelas remuneratórias
recebidas pela parte autora por meio de precatório/RPV, e; c) a inaplicabilidade do regime de
competência.
3. Prescrição. Ausência de interesse recursal, neste ponto, visto que a sentença está conforme a
pretensão da recorrente, neste ponto.
4. A matéria foi objeto de exame desta Terceira Turma Recursal que, à unanimidade, acompanhou o voto
exarado em caso análogo pelo então Relator, o MM. Antônio Cláudio Macedo da Silva (Processo nº
0002973-49.2017.4.01.3400), no sentido de que (i) a legislação aplicável à contribuição ao PSS deve
observar o momento da ocorrência do fato gerador, ou da ocorrência no mundo fático da hipótese de
incidência; (ii) há que se distinguir a situação do servidor, se ativo ou inativo; (iii) com a edição da Emenda
Constitucional nº 03/93, a contribuição para o plano de seguridade social passou a ser PODER
JUDICIÁRIO SEÇÃO JUDICIÁRIA DO DISTRITO FEDERAL
E14CF92F3D17A06AA666C565B6540F82 TRF 1 REGIÃO/IMP.15-01-04-SJ
2
368
obrigatória para os servidores públicos; (iv) após a Emenda Constitucional nº 41/2003, instituiu-se a
possibilidade de exigência da contribuição previdenciária sobre os proventos e pensões.
5. A Lei 10.887/2004 regulamentou a aplicação da EC 41/2003, sobre o tema, nos seguintes termos:
Art. 4o A contribuição social do servidor público ativo de qualquer dos Poderes da União, incluídas suas
autarquias e fundações, para a manutenção do respectivo regime próprio de previdência social, será de
11% (onze por cento), incidentes sobre:
I - a totalidade da base de contribuição, em se tratando de servidor que tiver ingressado no serviço
público até a data da publicação do ato de instituição do regime de previdência complementar para os
servidores públicos federais titulares de cargo efetivo e não tiver optado por aderir a ele;
recorrida, incorrendo em efetivo descumprimento da exigência legal de que a apelação (nos JEF’s, o
recurso inominado) deve vir deduzida com a exposição dos fatos e do direito, bem como das razões do
pedido de reforma, a fim de contrastar os fundamentos da sentença impugnada (incisos II e III do artigo
1.010 do CPC/2015).
10. Recurso desprovido.
369
11. Honorários advocatícios devidos pelo (a) recorrente vencido, fixados em 10% (dez por cento) do valor
da condenação, nos termos do artigo 55 da Lei nº 9.099/95.
12. Acórdão lavrado nos termos do art. 46 da Lei nº 9.099/95.
ACÓRDÃO
Decide a 3ª Turma Recursal, por unanimidade, negar provimento ao recurso.
3ª Turma Recursal, Juizado Especial Federal/SJDF. Brasília-DF, 23.04.2019.
CRISTIANE PEDERZOLLI RENTZSCH
Juíza Federal – 3ª. Turma Recursal
Relatora em substituição
PROCESSO Nº 0073260-71.2016.4.01.3400
RELATOR : Juíza CRISTIANE PEDERZOLLI RENTZSCH
RECORRENTE(S) : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
ADVOGADO : - HELIO MARCIO LOPES CARNEIRO
RECORRIDO(S) : AMELICE DE SOUZA BORGES
ADVOGADO : DF00024921 - CLAUDIA ALVEZ MOTTA SANTOS
EMENTA
ASSISTÊNCIA SOCIAL. BENEFÍCIO ASSISTENCIAL DE PRESTAÇÃO CONTINUADA À PESSOA
PORTADORA DE DEFICIÊNCIA. INCAPACIDADE LABORATIVA DE LONGO PRAZO. RECURSO DO
INSS PARCIALMENTE PROVIDO. SENTENÇA REFORMADA.
1. Trata-se de recurso inominado interposto pelo INSS contra a sentença que julgou procedente o pedido
inicial, condenando o INSS a implantar o benefício de prestação continuada ao deficiente, em sede de
antecipação de tutela, com DIB fixada em 09/02/2017, bem como a pagar as parcelas vencidas com
correção monetária e juros moratórios nos termos do art. 1º.-F da Lei 9.494/97, com redação dada pela
Lei nº 11.960/09.
2. Argui o INSS que a incapacidade parcial da parte Autora permite que ela seja reabilitada
profissionalmente. Sustenta que a incapacidade temporária não se enquadra na definição de deficiência.
Postula, por fim, a improcedência do pedido inicial, ou, na hipótese de manutenção da concessão do
benefício, que a DIB seja fixada na data do laudo socioeconômico, bem como a correção monetária e os
juros de mora sejam arbitrados nos termos do artigo 1°-F, da Lei nº 9.494/97, alterada pela Lei n°
11.960/09.
3. O benefício assistencial de prestação continuada, previsto no art. 20 da Lei nº 8.742/93, tem por
objetivo auxiliar pessoa com deficiência ou idoso que não possua meios de prover sua própria
manutenção ou tê-la provida por sua família.
4. No presente caso, verifica-se das informações prestadas pelo perito, registradas em 11/5/2017, que a
parte Autora possui incapacidade laboral total, temporária e multiprofissional, com DII fixada em
08/3/2016, com previsão de recuperação em 12 (doze) meses. Portanto, observa-se que a parte Autora
esteve incapaz no período superior a 2 (dois) anos, e, por conseguinte, restou cumprido o requisito da
incapacidade laborativa de longo prazo.
5. Quanto à alegação de que a incapacidade parcial obsta a concessão do benefício assistencial à parte
Autora, não merece acolhida a postulação, tendo em vista que a extensão da limitação da incapacidade,
se total ou parcial, não constitui requisito legal, mas sim o período de incapacidade é de, no mínimo, 2
(dois) anos.
6. Nesse sentido, é o entendimento assentado pelo Superior Tribunal de Justiça de que não cabe ao
magistrado instituir requisito não exigido por lei para fins de concessão de benefício, nos seguintes
termos:
PREVIDENCIÁRIO. RECURSO ESPECIAL. BENEFÍCIO ASSISTENCIAL À PESSOA DEFICIENTE. A
LOAS, EM SUA REDAÇÃO ORIGINAL, NÃO FAZIA DISTINÇÃO PODER JUDICIÁRIO SEÇÃO
JUDICIÁRIA DO DISTRITO FEDERAL
6169C10AA43EFEFC92EC774D90310657 TRF 1 REGIÃO/IMP.15-01-04-SJ
2
é aquela incapacitada para a vida independente e para o trabalho. 3. Em sua redação atual, dada pela Lei
13.146/2015, considera-se pessoa com deficiência aquela que tem impedimento de longo prazo de
natureza física, mental, intelectual ou sensorial, o qual, em interação com uma ou mais barreiras, pode
obstruir sua participação plena e efetiva na sociedade em igualdade de condições com as demais
pessoas. 4. Verifica-se que em nenhuma de suas edições a lei previa a necessidade de capacidade
absoluta, como fixou o acórdão recorrido, que negou a concessão do benefício ao fundamento de que o
autor deveria apresentar incapacidade total, de sorte que não permita ao requerente do benefício o
desempenho de qualquer atividade da vida diária e para o exercício de atividade laborativa (fls. 155). 5.
Não cabe ao intérprete a imposição de requisitos mais rígidos do que aqueles previstos na legislação para
a concessão do benefício. 6. Recurso Especial do Segurado provido para restaurar a sentença que
ACÓRDÃO
Decide a 3ª Turma Recursal, por unanimidade, DAR PARCIAL PROVIMENTO ao recurso do INSS, para
reformar a sentença, nos termos do voto do Relator.
3ª Turma Recursal, Juizado Especial Federal/SJDF. Brasília-DF, 23.04.2019.
CRISTIANE PEDERZOLLI RENTZSCH
Juíza Federal – 3ª. Turma Recursal
Relatora em substituição
PROCESSO Nº 0041161-14.2017.4.01.3400
RELATOR : Juíza CRISTIANE PEDERZOLLI RENTZSCH
RECORRENTE(S) : UNIAO FEDERAL (FAZENDA NACIONAL)
ADVOGADO : - CELIA FERREIRA TAVARES DE LYRA
RECORRIDO(S) : ANTONIO CARLOS VIANNA SARRES
ADVOGADO : DF00055589 - JOAO FRANCISCO DE CAMARGO
EMENTA
TRIBUTÁRIO. CONTRIBUIÇÃO PREVIDENCIÁRIA. PAGAMENTO DE VERBAS REMUNERATÓRIAS
EM ATRASO. DECISÃO JUDICIAL. REGIME DE COMPETÊNCIA. APLICAÇÃO DA ALÍQUOTA
VIGENTE NO MOMENTO EM QUE O PAGAMENTO DEVERIA TER SIDO EFETUADO. RECURSO
DESPROVIDO. SENTENÇA MANTIDA.
1. Trata-se de recurso interposto pela União (Fazenda Nacional) contra sentença que julgou procedente o
pedido para “declarar que o cálculo do PSS relativo ao valor recebido pela parte autora nos autos nº
3821-29.1999.4.05.8000, por meio de requisição de pagamento judicial deve observar as tabelas e
alíquotas vigentes à época em que os valores deveriam ter sido adimplidos (regime de competência
mensal), devendo incidir a alíquota de 6% (seis por cento), com a consequente restituição dos valores
recolhidos indevidamente, bem como condenar a UNIÃO na obrigação de pagar à parte autora o valor
descontado a título de PSS sobre a parcela correspondente a juros de mora pagos em decorrência de
decisão judicial proferida nos autos supracitados, tudo corrigido pela Taxa Selic.”.
371
5. A Lei 10.887/2004 regulamentou a aplicação da EC 41/2003, sobre o tema, nos seguintes termos:
Art. 4o A contribuição social do servidor público ativo de qualquer dos Poderes da União, incluídas suas
autarquias e fundações, para a manutenção do respectivo regime próprio de previdência social, será de
11% (onze por cento), incidentes sobre:
I - a totalidade da base de contribuição, em se tratando de servidor que tiver ingressado no serviço
público até a data da publicação do ato de instituição do regime de previdência complementar para os
servidores públicos federais titulares de cargo efetivo e não tiver optado por aderir a ele;
II - a parcela da base de contribuição que não exceder ao limite máximo estabelecido para os benefícios
do regime geral de previdência social, em se tratando de servidor:
a) que tiver ingressado no serviço público até a data a que se refere o inciso I e tenha optado por aderir
ao regime de previdência complementar ali referido; ou
b) que tiver ingressado no serviço público a partir da data a que se refere o inciso I, independentemente
de adesão ao regime de previdência complementar ali referido.
(...)
Art. 5o Os aposentados e os pensionistas de qualquer dos Poderes da União, incluídas suas autarquias e
fundações, contribuirão com 11% (onze por cento), incidentes sobre o valor da parcela dos proventos de
aposentadorias e pensões concedidas de acordo com os critérios estabelecidos no art. 40 da Constituição
Federal e nos arts. 2o e 6o da Emenda Constitucional no 41, de 19 de dezembro de 2003, que supere o
limite máximo estabelecido para os benefícios do regime geral de previdência social.
6. Cumpre esclarecer que a contribuição ao PSS pelos servidores aposentados e pensionistas somente
passou a ser exigida a partir de 20 de maio de 2004, nos termos do art. 16 da retrocitada lei.
7. Registre-se que a obrigação de pagamento da contribuição previdenciária ocorre pelo recebimento de
remuneração, proventos ou pensão, seja na forma direta no recebimento mês a mês, retida pela fonte
pagadora, seja na sua forma indireta por decisão judicial, PODER JUDICIÁRIO SEÇÃO JUDICIÁRIA DO
DISTRITO FEDERAL
1FA9FE3BDC8C19AF144E6EAE9A1EF5D6 TRF 1 REGIÃO/IMP.15-01-04-SJ
3
retida pela instituição financeira, sendo esta forma regulamentada no art. 16-A da Lei 10.887/04, in verbis:
Art. 16-A. A contribuição do Plano de Seguridade do Servidor Público (PSS), decorrente de valores pagos
em cumprimento de decisão judicial, ainda que derivada de homologação de acordo, será retida na fonte,
no momento do pagamento ao beneficiário ou seu representante legal, pela instituição financeira
responsável pelo pagamento, por intermédio da quitação da guia de recolhimento remetida pelo setor de
precatórios do Tribunal respectivo, no caso de pagamento de precatório ou requisição de pequeno valor,
ou pela fonte pagadora, no caso de implantação de rubrica específica em folha, mediante a aplicação da
alíquota de 11% (onze por cento) sobre o valor pago.
8. Quanto ao momento do fato gerador, entendo que a exigibilidade da contribuição previdenciária dá-se
pelo regime de competência, devendo ser calculada de acordo com a legislação vigente à época em que
as diferenças deveriam ter sido pagas aos servidores, razão pela qual os efeitos financeiros das
transações são reconhecidos na data do fato gerador não importando o momento do pagamento. Neste
sentido:
“TRIBUTÁRIO. CONTRIBUIÇÃO PARA O PLANO DE SEGURIDADE DO SERVIDOR PÚBLICO - PSS.
INEXIGIBILIDADE DO TRIBUTO SOBRE O VALOR PAGO EM CUMPRIMENTO DE DECISÃO JUDICIAL
REFERENTE AOS JUROS MORATÓRIOS. REPRESENTATIVO DA CONTROVÉRSIA. 1. Não incide a
contribuição para o Plano de Seguridade do Servidor Público sobre os juros moratórios pagos em
cumprimento de decisão judicial, ainda que abranja diferenças de verbas de natureza exclusivamente
salarial (REsp 1.239.203 - PR, "representativo da controvérsia", Ministro Mauro Campbell Marques, 1ª
Seção do STJ). 2. A retenção do PSS sobre o principal deve observar as tabelas e alíquotas vigentes à
época em que deveriam ter sido pagos (regime de competência). Precedentes deste TRF1. 3. Apelação
372
PROCESSO Nº 0042531-28.2017.4.01.3400
RELATOR : Juíza CRISTIANE PEDERZOLLI RENTZSCH
RECORRENTE(S) : UNIAO FEDERAL (FAZENDA NACIONAL)
ADVOGADO : - CELIA FERREIRA TAVARES DE LYRA
RECORRIDO(S) : MARIA INES FALCAO DE SOUSA MONTENEGRO
ADVOGADO : DF00027446 - MAURO LEMOS DA SILVA
EMENTA
TRIBUTÁRIO. SERVIDOR PÚBLICO FEDERAL. RETENÇÃO DA CONTRIBUIÇÃO À SEGURIDADE
SOCIAL NO MOMENTO DO PAGAMENTO DO PRECATÓRIO. ART. 16-A DA LEI 10.887/2003. REGIME
DE COMPETÊNCIA. APLICAÇÃO DA ALÍQUOTA VIGENTE NO MOMENTO EM QUE O PAGAMENTO
DEVERIA TER SIDO EFETUADO. ISENÇÃO SOBRE JUROS DE MORA. VERBA DE NATUREZA
INDENIZATÓRIA. RECURSO DESPROVIDO.
1. Recurso interposto pela União contra sentença de procedência em parte do pedido para: “... condenar
a parte ré na restituição, em favor da parte autora, dos seguintes valores descontados indevidamente a
título de contribuição para o PSS incidente sobre as parcelas do reajuste de 3,17% recebidas
judicialmente: a) a totalidade da contribuição incidente sobre o principal corrigido da dívida no período de
outubro de 1995 e o mês de junho de 2004, inclusive; b) a diferença entre a incidência de 11% sobre o
valor do principal corrigido e a incidência de 11% mês a mês sobre os valores excedentes do teto do
RGPS no período de julho de 2004 a setembro de 2005; e c) a totalidade da contribuição incidente sobre
os juros de mora em relação a todas as competências. Os valores em questão devem ser corrigidos pela
taxa SELIC, desde o recolhimento indevido, e serão satisfeitos mediante expedição de RPV, ressalvados
os valores já recebidos na via administrativa.”.
2. A recorrente sustenta: a) a incidência do Plano de Seguridade Social (PSS) sobre os rendimentos
decorrentes do recebimento de precatório ou RPV por servidor público; b) a inexistência de isenção do
PSS sobre a remuneração do servidor público, e; c) a inaplicabilidade do regime de competência.
3. A parte recorrida apresentou contrarrazões, ocasião em que rechaçou as alegações da recorrente.
373
4. A matéria foi objeto de exame desta Terceira Turma Recursal que, à unanimidade, acompanhou o voto
exarado em caso análogo pelo então Relator, o MM. Antônio Cláudio Macedo da Silva (Processo nº
0002973-49.2017.4.01.3400), no sentido de que (i) a legislação aplicável à contribuição ao PSS deve
observar o momento da ocorrência do fato gerador, ou da ocorrência no mundo fático da hipótese de
incidência; (ii) há que se PODER JUDICIÁRIO SEÇÃO JUDICIÁRIA DO DISTRITO FEDERAL
70C88616D1DCA3364C2334E5CCA101F4 TRF 1 REGIÃO/IMP.15-01-04-SJ
2
distinguir a situação do servidor, se ativo ou inativo; (iii) com a edição da Emenda Constitucional nº 03/93,
a contribuição para o plano de seguridade social passou a ser obrigatória para os servidores públicos; (iv)
6. Cumpre esclarecer que a contribuição ao PSS pelos servidores aposentados e pensionistas somente
passou a ser exigida a partir de 20 de maio de 2004, nos termos do art. 16 da retrocitada lei.
7. Registre-se que a obrigação de pagamento da contribuição previdenciária ocorre pelo recebimento de
remuneração, proventos ou pensão, seja na forma direta no recebimento mês a mês, retida pela fonte
pagadora, seja na sua forma indireta por decisão judicial, retida pela instituição financeira, sendo esta
forma regulamentada no art. 16-A da Lei 10.887/04, in verbis:
Art. 16-A. A contribuição do Plano de Seguridade do Servidor Público (PSS), decorrente de valores pagos
em cumprimento de decisão judicial, ainda que derivada de homologação de acordo, será retida na fonte,
no momento do pagamento ao beneficiário ou seu representante legal, pela instituição financeira
responsável pelo pagamento, por intermédio da quitação da guia de recolhimento remetida pelo setor de
precatórios do Tribunal respectivo, no caso de pagamento de precatório ou requisição de pequeno valor,
ou pela fonte pagadora, no caso de implantação de rubrica específica em folha, mediante a aplicação da
alíquota de 11% (onze por cento) sobre o valor pago.
8. Quanto ao momento do fato gerador, entendo que a exigibilidade da contribuição previdenciária dá-se
pelo regime de competência, devendo ser calculada de acordo com a legislação vigente à época em que
as diferenças deveriam ter sido pagas aos servidores, razão pela qual os efeitos financeiros das
transações são reconhecidos na data do fato gerador não importando o momento do pagamento. Neste
sentido:
AGRAVO DE INSTRUMENTO. EXECUÇÃO DE SENTENÇA. RETENÇÃO DE CONTRIBUIÇÃO AO PSS.
REGIME DE COMPETÊNCIA. APLICAÇÃO DA ALÍQUOTA VIGENTE NO MOMENTO EM QUE O
PAGAMENTO DEVERIA TER SIDO EFETUADO. 1- Trata-se de agravo de instrumento interposto em
face de decisão que determinou que o desconto da contribuição ao Plano de Seguridade do Servidor -
PSS fosse efetuado no percentual vigente quando o pagamento das diferenças pleiteadas deveriam ter
ocorrido, e não na alíquota atual de 11%. 2- Não obstante o Superior Tribunal de Justiça tenha decidido
no REsp 1196777/RS, julgado em regime de recurso repetitivo, que a retenção da contribuição
previdenciária, prevista no art. 16-A da Lei 10.887/2004 incidiria sobre os pagamentos judiciais ainda que
estes se referissem a créditos anteriores à referida lei, foi expressamente ressalvado que esta não
incidiria se tratasse de servidores aposentados e pensionistas, no período anterior a 2004. 3- Com efeito,
a contribuição dos inativos e pensionistas ao regime de previdência próprio do servidor PODER
JUDICIÁRIO SEÇÃO JUDICIÁRIA DO DISTRITO FEDERAL
70C88616D1DCA3364C2334E5CCA101F4 TRF 1 REGIÃO/IMP.15-01-04-SJ
4
374
público foi instituída pela Emenda Constitucional nº 41, de 19 de dezembro de 2003, que, por sua vez, foi
regulamentada pela Lei 10.887/04, cujo art. 16 expressamente dispôs que tal contribuição só passaria a
ser exigível a partir de 20 de maio de 2004. Desse modo, antes desse período não poderia incidir a
contribuição previdenciária por falta de previsão legal. Precedentes desta E. Corte nesse sentido. 4-
Extrai-se, a partir dessa ressalva, a conclusão de que a contribuição previdenciária deve observar o
regime de competência, sendo calculada de acordo com a legislação vigente à época em que as
diferenças deveriam ter sido pagas aos servidores. Precedentes: TRF4, AG 0000155-34.2012.404.0000,
Quarta Turma, Rel. Des. Fed. JOÃO PEDRO GEBRAN NETO, E-DJF1 14/03/2012; TRF5, AC
200105000323725, Terceira Turma, Rel. Des. Fed. VLADIMIR CARVALHO, DJe 08/06/2010; TRF2, AG
1. Não incide a contribuição para o Plano de Seguridade do Servidor Público sobre os juros moratórios
pagos em cumprimento de decisão judicial, ainda que abranja diferenças de verbas de natureza
exclusivamente salarial (REsp 1.239.203 - PR, "representativo da controvérsia", Ministro Mauro Campbell
Marques, 1ª Seção do STJ).
2. A retenção do PSS sobre o principal deve observar as tabelas e alíquotas vigentes à época em que
deveriam ter sido pagos (regime de competência). Precedentes deste TRF1.
3. Apelação da União/ré e remessa de ofício desprovidas.
(AC 0011973-54.2010.4.01.4100 / RO, Rel. DESEMBARGADOR FEDERAL NOVÉLY VILANOVA,
OITAVA TURMA, e-DJF1 p.807 de 05/09/2014)”
9. Compulsando os autos, verifica-se que a parte autora é pensionista do Agente de Polícia Federal,
VERNIAUD COELHO MONTENEGRO, falecido em 08/04/1991, que ingressou com uma ação ordinária
visando o recebimento da URV (3,17%) Lei nº 8.880/94 - Gratificação de Incentivo, resíduo sobre a
remuneração dos servidores policiais do DPF, no que deu origem ao processo de execução nº
00020052620104058000, Precatório Alimentar nº. PRC 124016-AL.
10. No que tange as parcelas referentes às competências posteriores à instituição da Contribuição
Previdenciária dos inativos, 21/05/2004, deverá ser observado mês a mês se as importâncias sofreriam a
incidência de PSS em razão do limite máximo aplicado para os benefícios do RGPS, ou seja, apenas
sobre o que exceder o teto do RGPS, nos termos da EC 41/2003, § 18.
11. Recurso desprovido.
12. Honorários advocatícios devidos pelo (a) recorrente vencido, fixados em 10% (dez por cento) do valor
da condenação, nos termos do artigo 55 da Lei nº 9.099/95.
13. Acórdão lavrado nos termos do art. 46 da Lei nº 9.099/95.
ACÓRDÃO
Decide a 3ª Turma Recursal, por unanimidade, negar provimento ao recurso.
3ª Turma Recursal, Juizado Especial Federal/SJDF. Brasília-DF, 23.04.2019. PODER JUDICIÁRIO
SEÇÃO JUDICIÁRIA DO DISTRITO FEDERAL
70C88616D1DCA3364C2334E5CCA101F4 TRF 1 REGIÃO/IMP.15-01-04-SJ
6
PROCESSO Nº 0068223-63.2016.4.01.3400
RELATOR : Juíza CRISTIANE PEDERZOLLI RENTZSCH
RECORRENTE(S) : UNIAO FEDERAL (FAZENDA NACIONAL)
ADVOGADO : - CELIA FERREIRA TAVARES DE LYRA
RECORRIDO(S) : NATALINO RODRIGUES SOBRINHO
ADVOGADO : DF00027446 - MAURO LEMOS DA SILVA
obrigatória para os servidores públicos; (iv) após a Emenda Constitucional nº 41/2003, instituiu-se a
possibilidade de exigência da contribuição previdenciária sobre os proventos e pensões.
5. A Lei 10.887/2004 regulamentou a aplicação da EC 41/2003, sobre o tema, nos seguintes termos:
Art. 4o A contribuição social do servidor público ativo de qualquer dos Poderes da União, incluídas suas
autarquias e fundações, para a manutenção do respectivo regime próprio de previdência social, será de
11% (onze por cento), incidentes sobre:
I - a totalidade da base de contribuição, em se tratando de servidor que tiver ingressado no serviço
público até a data da publicação do ato de instituição do regime de previdência complementar para os
servidores públicos federais titulares de cargo efetivo e não tiver optado por aderir a ele;
II - a parcela da base de contribuição que não exceder ao limite máximo estabelecido para os benefícios
do regime geral de previdência social, em se tratando de servidor:
a) que tiver ingressado no serviço público até a data a que se refere o inciso I e tenha optado por aderir
ao regime de previdência complementar ali referido; ou
b) que tiver ingressado no serviço público a partir da data a que se refere o inciso I, independentemente
de adesão ao regime de previdência complementar ali referido.
(...)
Art. 5o Os aposentados e os pensionistas de qualquer dos Poderes da União, incluídas suas autarquias e
fundações, contribuirão com 11% (onze por cento), incidentes sobre o valor da parcela dos proventos de
aposentadorias e pensões concedidas de acordo com os critérios estabelecidos no art. 40 da Constituição
Federal e nos arts. 2o e 6o da Emenda Constitucional no 41, de 19 de dezembro de 2003, que supere o
limite máximo estabelecido para os benefícios do regime geral de previdência social.
6. Cumpre esclarecer que a contribuição ao PSS pelos servidores aposentados e pensionistas somente
passou a ser exigida a partir de 20 de maio de 2004, nos termos do art. 16 da retrocitada lei. PODER
JUDICIÁRIO SEÇÃO JUDICIÁRIA DO DISTRITO FEDERAL
BDE657DC1AADFFD4209762549B346E0F TRF 1 REGIÃO/IMP.15-01-04-SJ
3
376
10. Não obstante, tenho que a alíquota da contribuição previdenciária dos servidores públicos civis da
União era de 6% ao tempo das competências nas quais seria devida a GOE (novembro de 1989 a
dezembro de 1990).
11. Pontuo ainda que, há comprovação de que a parte autora aposentou-se em maio/2003, e que o
precatório referente ao reajuste de 3,17% refere-se ao interstício de outubro/1995 à setembro/2005.
Assim, ratifico o entendimento do juízo a quo, consignando que sobre as verbas pagas entre maio/2003 e
o mês de junho/2004, não deve incidir PSS. No mesmo sentido, em relação às parcelas referentes às
competências posteriores à instituição da Contribuição Previdenciária dos inativos, 21/05/2004, a
incidência de PSS será sobre o que exceder o teto do RGPS, nos termos da EC 41 § 18.
12. No caso dos autos, correta a r. sentença que julgou parcialmente procedente o pedido.
13. Recurso desprovido.
14. Honorários advocatícios devidos pelo (a) recorrente vencido, fixados em 10% (dez por cento) do valor
da condenação, nos termos do artigo 55 da Lei nº 9.099/95.
15. Acórdão lavrado nos termos do art. 46 da Lei nº 9.099/95.
ACÓRDÃO
Decide a 3ª Turma Recursal, por unanimidade, negar provimento ao recurso.
3ª Turma Recursal, Juizado Especial Federal/SJDF. Brasília-DF, 23.04.2019.
CRISTIANE PEDERZOLLI RENTZSCH
Juíza Federal – 3ª. Turma Recursal
Relatora em substituição
PROCESSO Nº 0029282-73.2018.4.01.3400
RELATOR : Juíza CRISTIANE PEDERZOLLI RENTZSCH
RECORRENTE(S) : GLAUCIA DE CASTRO ROSA
ADVOGADO : DF00024635 - GILVAN DANTAS DO NASCIMENTO
RECORRIDO(S) : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
ADVOGADO :
EMENTA
377
celeridade que ditam os processos nos Juizados Especiais, consoante art. 2º, da Lei 9.099/95.
6. Assim, impõe-se reconhecer a improcedência do pedido inicial, tendo em vista que o próprio direito
postulado encontra-se reconhecido como inexistente, consoante tese jurídica firmada pelo STF. Efeito
vinculante. CPC/2015, art. 1039, caput, parte final.
7. Recurso da parte Autora desprovido. Sentença mantida.
8. Honorários advocatícios pela Recorrente, fixados em 10% do valor atribuído à causa devidamente
corrigido, ficando a execução suspensa pelo prazo de 5 anos contados do trânsito em julgado deste
acórdão, em virtude da concessão da gratuidade de Justiça, apesar de o Recorrido não ter apresentado
contrarrazões, pois, no âmbito do Juizado Especial Federal, a condenação em honorários advocatícios
constitui medida a desestimular a interposição de recurso inominado (art. 98, §3º, do CPC/15).
9. Acórdão proferido de acordo com o art. 46 da Lei nº 9.099/95.
ACÓRDÃO
Decide a 3ª Turma Recursal, por unanimidade, NEGAR PROVIMENTO ao recurso da parte Autora, nos
termos do voto do Relator.
3ª Turma Recursal, Juizado Especial Federal/SJDF. Brasília-DF, 23.04.2019.
CRISTIANE PEDERZOLLI RENTZSCH
Juíza Federal – 3ª. Turma Recursal
Relatora em substituição
PROCESSO Nº 0035426-63.2018.4.01.3400
RELATOR : Juíza CRISTIANE PEDERZOLLI RENTZSCH
RECORRENTE(S) : UNIAO FEDERAL (FAZENDA NACIONAL)
ADVOGADO : - KELLY OTSUKA MIIKE
RECORRIDO(S) : MARLY NEVES DAS VIRGENS
ADVOGADO : DF00055573 - MYLENE QUITÉRIA CALDAS E OUTRO(S)
EMENTA
TRIBUTÁRIO. SERVIDOR PÚBLICO FEDERAL. RETENÇÃO DA CONTRIBUIÇÃO À SEGURIDADE
SOCIAL NO MOMENTO DO PAGAMENTO DO PRECATÓRIO. ART. 16-A DA LEI 10.887/2003. REGIME
DE COMPETÊNCIA. APLICAÇÃO DA ALÍQUOTA VIGENTE NO MOMENTO EM QUE O PAGAMENTO
378
DEVERIA TER SIDO EFETUADO. ISENÇÃO SOBRE JUROS DE MORA. VERBA DE NATUREZA
INDENIZATÓRIA. RECURSO DESPROVIDO.
1. Recurso interposto pela União contra sentença de procedência em parte do pedido para: “1) declarar a
inexigibilidade de contribuição previdenciária sobre parcelas referentes às competências anteriores à
instituição da contribuição previdenciária dos inativos, ou seja, antes de 20 de maio de 2004, mas apenas
a partir da data da aposentadoria da parte autora, recebidos por meio de precatório/RPV decorrente de
decisão judicial. 2) no que tange as parcelas referentes às competências posteriores à instituição da
Contribuição Previdenciária dos inativos, 21/05/2004, deverá ser observado mês a mês se as
importâncias sofreriam a incidência de PSS em razão do limite máximo aplicado para os benefícios do
RGPS, ou seja, apenas sobre o que exceder o teto do RGPS, nos termos da EC 41 § 18. 3) declarar que
4. Prescrição. Ausência de interesse recursal, neste ponto, visto que a sentença está conforme a
pretensão da recorrente, neste ponto.
5. A matéria foi objeto de exame desta Terceira Turma Recursal que, à unanimidade, acompanhou o voto
exarado em caso análogo pelo então Relator, o MM. Antônio Cláudio Macedo da Silva (Processo nº
0002973-49.2017.4.01.3400), no sentido de que (i) a legislação aplicável à contribuição ao PSS deve
observar o momento da ocorrência do fato gerador, ou da ocorrência no mundo fático da hipótese de
incidência; (ii) há que se distinguir a situação do servidor, se ativo ou inativo; (iii) com a edição da Emenda
Constitucional nº 03/93, a contribuição para o plano de seguridade social passou a ser obrigatória para os
servidores públicos; (iv) após a Emenda Constitucional nº 41/2003, instituiu-se a possibilidade de
exigência da contribuição previdenciária sobre os proventos e pensões.
5. A Lei 10.887/2004 regulamentou a aplicação da EC 41/2003, sobre o tema, nos seguintes termos:
“Art. 4o A contribuição social do servidor público ativo de qualquer dos Poderes da União, incluídas suas
autarquias e fundações, para a manutenção do respectivo regime próprio de previdência social, será de
11% (onze por cento), incidentes sobre:
I - a totalidade da base de contribuição, em se tratando de servidor que tiver ingressado no serviço
público até a data da publicação do ato de instituição do regime de previdência complementar para os
servidores públicos federais titulares de cargo efetivo e não tiver optado por aderir a ele;
II - a parcela da base de contribuição que não exceder ao limite máximo estabelecido para os benefícios
do regime geral de previdência social, em se tratando de servidor:
a) que tiver ingressado no serviço público até a data a que se refere o inciso I e tenha optado por aderir
ao regime de previdência complementar ali referido; ou
b) que tiver ingressado no serviço público a partir da data a que se refere o inciso I, independentemente
de adesão ao regime de previdência complementar ali referido.
(...)
Art. 5o Os aposentados e os pensionistas de qualquer dos Poderes da União, incluídas suas autarquias e
fundações, contribuirão com 11% (onze por cento), incidentes sobre o valor da parcela dos PODER
JUDICIÁRIO SEÇÃO JUDICIÁRIA DO DISTRITO FEDERAL
75A4845062BA59FD453A2DD064200CB0 TRF 1 REGIÃO/ IMP.15-01-04-SJ
3
ou pela fonte pagadora, no caso de implantação de rubrica específica em folha, mediante a aplicação da
alíquota de 11% (onze por cento) sobre o valor pago.
8. Quanto ao momento do fato gerador, entendo que a exigibilidade da contribuição previdenciária dá-se
pelo regime de competência, devendo ser calculada de acordo com a legislação vigente à época em que
as diferenças deveriam ter sido pagas aos servidores, razão pela qual os efeitos financeiros das
transações são reconhecidos na data do fato gerador não importando o momento do pagamento. Neste
sentido:
AGRAVO DE INSTRUMENTO. EXECUÇÃO DE SENTENÇA. RETENÇÃO DE CONTRIBUIÇÃO AO PSS.
REGIME DE COMPETÊNCIA. APLICAÇÃO DA ALÍQUOTA VIGENTE NO MOMENTO EM QUE O
PAGAMENTO DEVERIA TER SIDO EFETUADO. 1- Trata-se de agravo de instrumento interposto em
10.887/2004 incidiria sobre os pagamentos judiciais ainda que estes se referissem a créditos anteriores à
referida lei, foi expressamente ressalvado que esta não incidiria se tratasse de servidores aposentados e
pensionistas, no período anterior a 2004. 3- Com efeito, a contribuição dos inativos e pensionistas ao
regime de previdência próprio do servidor público foi instituída pela Emenda Constitucional nº 41, de 19
de dezembro de 2003, que, por sua vez, foi regulamentada pela Lei 10.887/04, cujo art. 16
expressamente dispôs que tal contribuição só passaria a ser exigível a partir de 20 de maio de 2004.
Desse modo, antes desse período não poderia incidir a contribuição previdenciária por falta de previsão
legal. Precedentes desta E. Corte nesse sentido. 4- Extrai-se, a partir dessa ressalva, a conclusão de que
a contribuição previdenciária deve observar o regime de competência, sendo calculada de acordo com a
legislação vigente à época em que as diferenças deveriam ter sido pagas aos servidores. Precedentes:
TRF4, AG 0000155-34.2012.404.0000, Quarta Turma, Rel. Des. Fed. JOÃO PEDRO GEBRAN NETO, E-
DJF1 14/03/2012; TRF5, AC 200105000323725, Terceira Turma, Rel. Des. Fed. VLADIMIR CARVALHO,
DJe 08/06/2010; TRF2, AG 201102010082882, Oitava Turma Especializada, Rel. Juíza Fed. Conv.
FÁTIMA MARIA NOVELINO SEQUEIRA, E-DJF2R 31/05/2012. 5- No caso em tela, a servidora pública
está executando diferenças de correção monetária de valores atrasados pagos administrativamente em
1991, sem atualização, devendo ser aplicado aqui o mesmo raciocínio utilizado nos casos dos servidores
inativos e pensionistas. 6- Entender pela aplicação da alíquota ora vigente seria onerar a Autora
duplamente, na medida em que além de não ter recebido o que lhe era devido no momento oportuno,
ainda terá que arcar com um tributo maior, em razão da inércia da Agravante. 7- Ressalte-se que o
Superior Tribunal de Justiça tem ratificado o entendimento de que a incidência de tributos sobre as verbas
devidas a servidores públicos em virtude de decisões judiciais deve observar a legislação tributária
vigente à época em que os pagamentos deveriam ter sido efetuados. Precedentes: STJ, AgRg no Ag
766.896/SC, 1.ªTurma, Rel. Ministro JOSÉ DELGADO, DJ de 19/03/2007; STJ, AgRg no REsp 1224230,
Rel. Min. BENEDITO GONÇALVES, DJe 01/03/2012; STJ, AgRg no REsp 1168539/RS, Rel. Min.
LAURITA VAZ, DJe 08/11/2011. 8- Agravo de instrumento desprovido. (TRF-2 - AG: 201202010157746,
Relator: Desembargador Federal MARCUS ABRAHAM, Data de Julgamento: 18/02/2014, QUINTA
TURMA ESPECIALIZADA, Data de Publicação: 06/03/2014) PODER JUDICIÁRIO SEÇÃO JUDICIÁRIA
DO DISTRITO FEDERAL
75A4845062BA59FD453A2DD064200CB0 TRF 1 REGIÃO/ IMP.15-01-04-SJ
5
incidência de PSS em razão do limite máximo aplicado para os benefícios do RGPS, ou seja, apenas
sobre o que exceder o teto do RGPS, nos termos da EC 41/2003, § 18.
11. Recurso desprovido.
12. Honorários advocatícios devidos pelo (a) recorrente vencido, fixados em 10% (dez por cento) do valor
da condenação, nos termos do artigo 55 da Lei nº 9.099/95.
13. Acórdão lavrado nos termos do art. 46 da Lei nº 9.099/95.
ACÓRDÃO
Decide a 3ª Turma Recursal, por unanimidade, negar provimento ao recurso.
3ª Turma Recursal, Juizado Especial Federal/SJDF. Brasília-DF, 23.04.2019. PODER JUDICIÁRIO
SEÇÃO JUDICIÁRIA DO DISTRITO FEDERAL
PROCESSO Nº 0075064-74.2016.4.01.3400
RELATOR : Juíza CRISTIANE PEDERZOLLI RENTZSCH
RECORRENTE(S) : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
ADVOGADO : - PATRICIA WILMA CORREIA PACHECO
RECORRIDO(S) : MAURO MOREIRA DE ALBUQUERQUE
ADVOGADO : DF00024667 - ADALBERTO BARBOSA MARQUES VERAS
EMENTA
PREVIDENCIÁRIO. AUXÍLIO-DOENÇA. DATA DA CESSAÇÃO DO BENEFÍCIO NO PRAZO ESTIMADO
PELO PERITO. PRORROGAÇÃO DO BENEFÍCIO. CESSAÇÃO CONDICIONA-SE À PRÉVIA
REALIZAÇÃO DE PERÍCIA ADMINISTRATIVA. CORREÇÃO MONETÁRIA. ENTENDIMENTO FIRMADO
NO RESP 1.495.146/MG, SOB A SISTEMÁTICA DOS RECURSOS REPETITIVOS. RECURSO DO INSS
PROVIDO EM PARTE. SENTENÇA PARCIALMENTE REFORMADA.
1. Trata-se de recurso inominado interposto pelo INSS contra sentença que julgou procedente o pedido
inicial, condenando-o a restabelecer o auxílio-doença, em sede de antecipação de tutela, com DIB fixada
em 06/02/2017 e mantido pelo prazo de 6 (seis) meses, a contar da data da sentença, bem como a pagar
as parcelas vencidas com correção monetária pelo INPC, e juros de mora pelos índices oficiais de
remuneração básica da caderneta de poupança.
2. Argui o Recorrente que o perito fixou 6 (seis) meses para a recuperação da parte Autora, porém o
Juízo a quo determinou que o benefício apenas poderia ser cessado após o decurso de 6 (seis) meses
contados da sentença. Requer que a DCB seja fixada conforme prazo estabelecido pelo perito, bem como
que a correção monetária seja arbitrada na forma do art. 1º-F, da Lei nº 9.494/97, com redação dada pela
Lei nº 11.960/09 até a publicação do acórdão do RE 870.947/SE ou da modulação dos efeitos do referido
julgamento. Postula, por fim, que seja fixada a DCB em 03/11/2017, bem como que seja atribuído efeito
suspensivo ao recurso interposto.
3. Preliminarmente, indefiro a concessão de efeito suspensivo ao recurso inominado do INSS, ora
interposto, pois não houve a demonstração inequívoca de que o Recorrente está suportando dano
irreparável em face do deferimento da antecipação da tutela para a implantação do auxílio-doença.
Contudo, a suspensão dos efeitos da tutela causará inegavelmente o referido dano à parte Autora.
4. No mérito, a teor do disposto no art. 59 da Lei nº 8.213/91, o auxílio-doença é devido ao segurado que
ficar incapacitado para seu trabalho ou para suas atividades habituais por período superior a 15 (quinze)
dias consecutivos, enquanto permanecer a incapacidade. E, se o segurado for considerado incapaz e
insusceptível de reabilitação para o exercício de atividade que lhe garanta a subsistência fará jus à
aposentadoria por invalidez, na forma art. 42 da Lei nº 8.213/91.
5. No presente caso, verifica-se das informações prestadas pelo perito, registradas em 16/5/2017, que a
parte Autora possui incapacidade laboral parcial, temporária e multiprofissional, com DII fixada em
23/10/2015 e recuperação em 6 (seis) meses. PODER JUDICIÁRIO SEÇÃO JUDICIÁRIA DO DISTRITO
FEDERAL
D3CC230FC193DFA077399D838EBE96A0 TRF 1 REGIÃO/ IMP.15-01-04-SJ
2
6. Com efeito, depreende-se que o benefício deveria ser concedido por 6 (seis) meses, conforme prazo
estimado pelo perito em 16/5/2017. Todavia, considerando que já houve o decurso do prazo estimado
para a recuperação, concedo à parte Autora o prazo de 15 (quinze) dias, a contar da publicação da
certidão deste julgamento, para que requeira a prorrogação do seu benefício, hipótese em que a
381
concessão do benefício dar-se-á até a realização da perícia administrativa, na forma do art. 60, §9º, da
Lei nº 8.213/91.
7. E, Para fins de cálculo da correção monetária, e em vista o disposto nos arts. 927, III, parte final, 976,
II, 1039, caput, parte final, 1040, III, parte final, todos do CPC/15, deverá ser observada a posição firmada
pelo STJ no REsp 1.495.146/MG, sob o regime de recursos repetitivos, conforme acórdão publicado no
DJe de 02/3/2018, já com trânsito em julgado desde 14/9/2018, e no sentido de definir a aplicação do
Manual de Cálculos da Justiça Federal, e nisso considerando-se que sua versão atual, publicada em
10/12/2013, já contempla o INPC para a matéria previdenciária, decorrente da vigência da Lei 11.430/06
(DOU 27/12/2006). A presente definição desses parâmetros da correção monetária fica ressalvada em
razão da solução final e modulação de seus efeitos que venham a ser definidas pelo STF no RE
grifei. (STF, Recl 10793, Rel. Min. Ellen Gracie, Tribunal Pleno, julg. em 13/4/2011, decisão unânime, DJe
de 03/6/2011, publ. 13/4/2011).
10. Recurso do INSS provido em parte. Sentença reformada, em parte, para conceder à parte Autora o
prazo de 15 (quinze) dias, a contar da certidão de publicação deste julgamento, para requerer
administrativamente a prorrogação do benefício, sob pena de cessação do benefício.
11. Incabível a condenação em honorários advocatícios (artigo 55 da Lei 9.099/95).
12. Acórdão lavrado nos termos do art. 46 da Lei 9.099/95
ACÓRDÃO
Decide a 3ª Turma Recursal, por unanimidade, nos termos do voto do Relator.
3ª Turma Recursal, Juizado Especial Federal/SJDF. Brasília-DF, 23.04.2019.
CRISTIANE PEDERZOLLI RENTZSCH
Juíza Federal – 3ª. Turma Recursal
Relatora em substituição
I – Recurso interposto pelo INSS contra sentença que julgou procedente o pedido do autor para
restabelecer o benefício de
auxílio-doença com data inicial a contar da cessação, bem como a sua conversão em aposentadoria por
invalidez, com
data de início a partir do ajuizamento da ação.
II – A aposentadoria por invalidez – uma vez cumprida a carência exigida em cada caso – será devida ao
segurado que,
estando ou não em gozo de auxílio-doença, for considerado incapaz e insusceptível de reabilitação para o
exercício de
atividade que lhe garanta a subsistência, nos termos do art. 42 da Lei nº 8.213/91.
seu entendimento no sentido da não incidência de contribuição social sobre o adicional de um terço (1/3)
a
que se refere o artigo 7º, inciso XVII, da Constituição Federal. (RE 587941 AgR, Relator: Min. Celso de
Mello,
Segunda Turma, julgado em 30/09/2008, DJ-e. 222 Divulgado em 20.11.2008; Publicado em 21.11.2008;
EMENT VOL-02342-20 PP-04027)
III. Nos termos do entendimento consagrado pelo STF, a sentença recorrida deve ser mantida, tendo em
vista
que o terço constitucional de férias não pode ser incorporado à remuneração do servidor para fins de
aposentadoria.
determinação do e. STF, por força do artigo 7º, inciso VIII, com nova redação que lhe imprimiu a
Resolução
nº 062, de 25.06.2009 do Conselho da justiça Federal.
VII. Incabível a condenação em honorários advocatícios, tendo em vista que a parte recorrida não
está representada por advogado.
ACÓRDÃO
Decide a Turma Recursal, por maioria, negar provimento ao recurso da União. Turma Recursal, Juizado
Especial
Federal/SJDF – 10/09/2009.
Juiz Náiber Pontes de Almeida
PROCESSO N. 2007.34.00.901445-4
PROCESSO DE ORIGEM: 25ª VF
RECORRENTE: UNIAO FEDERAL (FAZENDA NACIONAL)
ADVOGADO : DF00007779 - DANUSIA LUCINDA FARAGE DE GOUVEIA
RECORRIDO: WALTER MATOS LEITE
ADVOGADO: DF3761 – JOSE RAIMUNDO DAS VIRGENS FERREIRA
RELATOR: RUI COSTA GONÇALVES
EMENTA
TRIBUTÁRIO. CONTRIBUIÇÃO PREVIDENCIÁRIA. TERÇO
CONSTITUCIONAL DE FÉRIAS. INCIDÊNCIA INDEVIDA.
ENTENDIMENTO DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. RECURSO
IMPROVIDO.
Trata-se de recurso contra sentença que condenou a União a restituir à
parte autora os valores descontados a título de contribuição previdenciária
sobre terço constitucional de férias, devidamente compensados os valores
eventualmente restituídos na via administrativa.
A jurisprudência tem afastado a incidência da contribuição previdenciária
sobre o terço constitucional de férias, ao fundamento de que a tributação
somente se justifica sobre parcelas incorporáveis ao salário do servidor.
Precedentes do Supremo Tribunal Federal (AgRgRE 545.317-1/DF, 2ª
386
PODER JUDICIÁRIO
JUIZADOS ESPECIAIS FEDERAIS
SEÇÃO JUDICIÁRIA DO DISTRITO FEDERAL
2ª. TURMA RECURSAL
PROCESSO: 0021440-42.2018.4.01.3400
RECORRENTE: ROGERIO PEREIRA DE OLIVEIRA
ADVOGADO: DF00042766 - FABRICIO AUGUSTO DA SILVA MARTINS
RECORRIDO: INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
médicos, exame físico, exames complementares e de imagem, e pelo exame atual, é possível afirmar que
há doença, mas não há incapacidade laborativa”.
7. O laudo pericial foi produzido por médico especialista em Otorrinolaringologia e Medicina do Trabalho,
ou seja, especialidade habilitada para periciar a lesão/doença da parte Autora, depois do exame pessoal,
tendo sido considerada a documentação juntada ao feito, conforme dá conta o próprio laudo. Digno de
nota que a defesa técnica da parte Autora não compareceu ao exame feito pelo Perito.
8. Importa que a prova pericial foi taxativa em concluir pela ausência de incapacidade laborativa da parte
Autora. A produção da prova pericial em Juízo, de cunho médico, tem por fim esclarecer a situação
funcional da pessoa, quanto à saúde, no contexto de um procedimento em contraditório e imparcial,
devendo prevalecer sobre documentos unilateralmente juntados por uma das partes. Somente no caso de
a prova pericial judicial ser dúbia ou incompleta é que documentos juntados unilateralmente podem ser
usados para suprir a falta ou a dubiedade da prova pericial judicial, o que não é o caso. Por isso, não é o
caso de usar os documentos médicos juntados unilateralmente, para reconhecer a incapacidade laboral
da parte Autora.
9. De outra banda, nas demandas de benefícios por incapacidade, as avaliações são feitas secundum
eventum litis e rebus sic stantibus, ou seja, apenas nas condições e circunstâncias fáticas dadas. Assim,
se o laudo dá conta que a parte Autora possui condições de exercer atividade laborativa neste momento,
não há óbice à concessão futura do benefício, se a avaliação médica assim indicar, ainda que em virtude
da mesma enfermidade. Afinal, uma enfermidade pode ou não resultar em incapacidade. A situação
variável desta configura mudança dos fatos, da causa de pedir.
10. Certo é que a perícia médica judicial é pela capacidade, independentemente de as enfermidades
existirem, afinal, ser portador de doença ou lesão não é a mesma coisa que ser portador de incapacidade,
conforme disciplinado pela lei previdenciária.
11. Não provimento do recurso interposto pela parte Autora.
389
12. A fundamentação de um recurso é parte imprescindível do seu conteúdo (CPC/2015, art. 1.010, II e
III). A fundamentação, por sua vez, deve voltar-se contra os fundamentos específicos da sentença, de
sorte a explicitar as razões pelas quais o julgado recorrido deve ser modificado. Afinal, recurso ordinário
de impugnação de sentenças terminativas tem por objetivo a sua substituição, por nova solução
(CPC/2015, arts. 1.002 e 1.008). Por isso mesmo, na ausência de fundamento recursal apropriado e
pertinente ao caso, há inobservância de pressuposto de admissibilidade previsto pelo art. 1.010,
CPC/2015. Ou seja, a inexistência de razões pertinentes direcionadas à contrariedade dos fundamentos
da sentença que se pretendia modificar equivale à inexistência das próprias razões recursais, a resultar
no não conhecimento do recurso interposto, como se sabe.
13. Se à parte Recorrente exige-se a apresentação de razões específicas e pertinentes direcionadas à
abstrata e vazia “às razões das r. decisões proferidas nos presentes autos, bem como às (suas)
manifestações anteriores” apresentadas no processo não cumpre o requisito, equivalendo, portanto, à
inexistência das próprias contrarrazões recursais.
14. Inexistentes contrarrazões recursais, sem condenação em honorários advocatícios. A instância
revisora somente pode dispor sobre honorários, “levando em conta o trabalho adicional realizado em grau
recursal” (art. 85, § 11, NCPC). Não havendo trabalho efetivo em grau recursal pela parte Recorrida (pois
ausentes contrarrazões específicas e pertinentes), não há como condenar a parte Recorrente em
honorários advocatícios.
15. Além disso, a parte Autora/Recorrente é beneficiária da gratuidade de justiça.
ACÓRDÃO
Decide a Segunda Turma Recursal dos Juizados Especiais Federais do Distrito Federal, por unanimidade,
negar provimento ao recurso.
Brasília/DF, 15/5/2019.
Juiz David Wilson de Abreu Pardo
2ª TURMA RECURSAL - JEF/DF
RELATOR 3
Turma Recursal
18BD716D053A668D4FF17CEBEE6249AF
PROCESSO: 0015861-16.2018.4.01.3400
RECORRENTE: KERLEY ATAIDES GALVAO
ADVOGADO: - DEFENSORIA PUBLICA DA UNIAO
RECORRIDO: INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
ADVOGADO:
EMENTA
PREVIDENCIÁRIO E PROCESSUAL. BENEFÍCIO POR INCAPACIDADE. APOSENTADORIA POR
INVALIDEZ/AUXÍLIO-DOENÇA. INEXISTÊNCIA DE INCAPACIDADE LABORATIVA. PREVALÊNCIA DO
LAUDO PERICIAL PRODUZIDO EM JUÍZO. NÃO PROVIMENTO DO RECURSO.
1. A sentença rejeitou o pedido de aposentadoria por invalidez/auxílio-doença, sob a fundamentação de
ausência de incapacidade laborativa, conforme laudo pericial.
2. Razões do recurso interposto pela parte Autora: a) houve cerceamento de defesa ao se entender como
meramente protelatórios os requerimentos constantes nas petições registradas em 16/08/2018 e
23/10/2018 de realização de nova perícia, ferindo os direitos fundamentais ao contraditório e à ampla
defesa; b) o perito não fez menção a qualquer documento médico acostado ao feito ou sequer justificou a
desconsideração de conclusões apontadas pelos médicos que a acompanham; c) reitera-se o pedido de
nova perícia médica; d) é portadora de trombose venosa cerebral, AIDS e ataxia não especificada,
portanto, possui severa limitação funcional em decorrência da condição limitante, crônica e irreversível,
que limita a visão, deambulação e autocuidado, razão pela qual não pode de fato exercer atividades
laborativas; e) gozou de auxílio doença pelo período de 28/12/216 a 12/01/2018, deixando de receber em
razão de perícia médica revisional, de forma indevida; f) o perito confirmou a presença de doença,
contudo, indicou a ausência de incapacidade laboral, sem se manifestar sobre as razões que o levaram a
afastar relatórios médicos; g) irregularidade na cessação do benefício, pois os laudos apresentados
comprovam que na DCB permanecia incapaz.
3. O INSS não ofereceu resposta escrita ao recurso.
390
4. Parte Autora do sexo masculino, nascido em23/06/1971 (atualmente com 47 anos de idade), em união
estável, ensino médio incompleto, última função: motorista particular (p. 2, do laudo), residente e
domiciliado em Santa Maria Norte/DF.
5. Não há que se falar em nulidade do julgado, vez que o Juízo a quo explicitou os motivos do
convencimento, fundamentando-se devidamente no laudo pericial (registrado em 25/06/2018) e nos
esclarecimentos (registrados em 11/10/2018) solicitados pela parte Autora (registrado em 17/08/2018),
para concluir pela inexistência dos requisitos necessários à concessão do benefício previdenciário por
incapacidade.
6. Neste processo, não é o caso de realização de nova perícia, pois, como bem observado pela sentença
recorrida, p. 1, “o laudo médico pericial apresentado se apresenta suficientemente claro, absolutamente
pelas partes, não demandando, portanto, qualquer esclarecimento por parte do perito ou mesmo a
realização de novo exame pericial”. No procedimento adotado, não se constata afronta a ampla defesa e
devido processo legal. No caso, a perícia pontuou ausência de incapacidade, após serem avaliados os
relatórios médicos constantes do processo. Decisão fundada na perícia judicial, cuja documentação
apresentada foi submetida ao crivo do médico especialista, não acarreta nulidade.
7. O certo é que o laudo pericial foi produzido por médico especialista em Neurologia, habilitado para
investigar as enfermidades de que a parte Autora diz padecer, tendo sido considerada a documentação
juntada ao feito e do seu exame pessoal, conforme dá conta o próprio laudo. O laudo afirma ter levado em
conta exames complementares, datados em 23/01/2018 e 24/05/2018 (cf. p. 2 do laudo, registrado em
25/06/2018) descritos no histórico da moléstia, pela devida consideração destes para ponderação da
perícia, pelo que resta sem razão a parte Autora, quanto a esse ponto.
8. A propósito, os peritos credenciados neste Juizado têm condições técnicas de avaliar os autores nas
diversas áreas médicas, já que são expert quanto às condições ou não de os segurados estarem aptos ao
trabalho habitual, situação que não se confunde com o conhecimento necessário para conduzir o
tratamento destinado à cura ou melhoria do estado clínico do paciente. Dentre as exceções a essa regra,
estão as especialidades de psiquiatria e oftalmologia (sem qualquer relação com o caso), as quais
necessitam de conhecimentos específicos e eventualmente de aparelhagem adequada para verificação
do grau de aptidão para as atividades laborais dos segurados do INSS.
9. A perícia registrada em 25/06/2018, realizada por médico especializado em Neurologia, constatou que
o periciando é portador de doença, CID: B24 (portador de HIV) e 163.6 (sequelas de trombose venosa
cerebral), mas que não a incapacita para o exercício de atividade que garanta a subsistência (p. 4 do
laudo). O médico informa que, ao exame clínico, a autora apresentou bom estado geral, lúcido, orientado
no tempo e no espaço, hidratado, corado, acianótico, anictérico, afebril, ausência de sinais de irritação
meníngea, sem atrofias musculares, sem limitações funcionais e exame dos pares cranianos sem
alterações, exceto por discreto nistagmo horizontal à direita (p.3 e 4).
10. Após exame clínico detalhado, o mesmo laudo pericial concluiu: “No caso periciado, conforme acima
exposto, segundo a história da doença, sua evolução, relatórios médicos, exames e exame físico, todos
esses harmônicos entre si, foram evidenciados elementos médicos que indicam a ausência de
incapacidade laboral, apesar da história de sequelas de trombose venosa cerebral e AIDS (CID 10: I63.6;
B24), pois não foram detectados elementos objetivos que interfiram de forma significativa no desempenho
de suas atividades laborais habituais”.
11. Muito embora se deva reconhecer a dificuldade a que submetida pessoa portadora da SIDA, não há
que se falar, no presente caso, de incapacidade para o trabalho. O laudo pericial foi enfático em
reconhecer que a autora encontra-se em condições clínicas de exercer as suas atividades laborais
recorrentes. Ainda, aponta a perícia que, após avaliar os exames pessoais da parte Autora, RNI, de
22/05/18, de 2,04 e exame de 13/03/18 com carga viral indetectável e CD4 de 1150, indicando baixo risco
de progressão ou Turma Recursal
18BD716D053A668D4FF17CEBEE6249AF
de piora da doença, ainda que seja específico no item 7 (p.6) que o periciando é portador de SIDA/AIDS
(síndrome da deficiência imunológica adquirida).
12. Desse modo, a perícia concluiu que não existe incapacidade para as atividades diárias inerentes à
doença, tampouco incapacidade para a vida independente. E quando assim o faz, referindo carga viral
indetectável, no fundo a perícia dá conta de que existe a contaminação pelo HIV, mas não o
desenvolvimento da AIDS. Como se sabe, ser portador de HIV não é a mesma coisa que ter AIDS. Esta
última é a doença acarreta pelo HIV, mas este nem sempre resulta em AIDS, conforme controle
medicamentoso.
13. Aliás, após manifestação quanto ao Laudo Médico pericial, registrado em 17/08/2018, requerendo
nova perícia médica, houve despacho para realização de esclarecimentos pelo perito, quanto ao laudo
apresentado. Assim, em 11/10/2018, o médico informou que “o periciando apresenta história de trombose
venosa cerebral em setembro de 2016, tendo evoluído com melhora importante do quadro neurológico e
funcional, o que é esperado para este tipo de doença. No momento da perícia apresenta a exame
neurológico normal. Além disso, apresenta infecção pelo vírus HIV, com controle adequado (exame de
391
13/03/18 com carga viral indetectável e CD4 de 1150)“. Reiterou que, com análise do histórico da moléstia
e com a situação atual do periciando, “não foram identificados elementos objetivos (alteração física ou
funcional) que indiquem incapacidade laboral para as atividades laborais habituais”.
14. Ou seja, a prova pericial foi taxativa em concluir pela ausência de incapacidade laborativa da parte
Autora. A produção da prova pericial em Juízo, de cunho médico, tem por fim esclarecer a situação
funcional da pessoa, quanto à saúde, no contexto de um procedimento em contraditório e imparcial,
devendo prevalecer sobre documentos unilateralmente juntados por uma das partes. Somente no caso de
a prova pericial judicial ser dúbia ou incompleta é que documentos juntados unilateralmente podem ser
usados para suprir a falta ou a dubiedade da prova pericial judicial, o que não é o caso. Por isso, não é o
caso de usar os documentos médicos juntados unilateralmente, para reonhecer a incapacidade laboral da
Recorrida, não há como condenar a parte Recorrente em honorários advocatícios. Além disso, a parte
Autora é beneficiária de gratuidade de justiça.
ACÓRDÃO
Decide a Segunda Turma Recursal dos Juizados Especiais Federais do Distrito Federal, por unanimidade,
negar provimento ao recurso.
Brasília/DF, 15/5/2019
Juiz David Wilson de Abreu Pardo
2ª TURMA RECURSAL - JEF/DF
RELATOR 3
Turma Recursal
A960DB04E687D8DD034D7B18FF22DD38
PROCESSO: 0023345-82.2018.4.01.3400
RECORRENTE: MARIA APARECIDA CORREA
ADVOGADO: DF00041954 - MARCELA CARVALHO BOCAYUVA E OUTRO(S)
RECORRIDO: INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
ADVOGADO:
EMENTA
PREVIDENCIÁRIO E PROCESSUAL. BENEFÍCIO POR INCAPACIDADE. APOSENTADORIA POR
INVALIDEZ/AUXÍLIO-DOENÇA. INEXISTÊNCIA DE INCAPACIDADE LABORATIVA. PREVALÊNCIA DO
LAUDO PERICIAL PRODUZIDO EM JUÍZO. NÃO PROVIMENTO DO RECURSO.
1. A sentença rejeitou o pedido de aposentadoria por invalidez/auxílio-doença, sob a fundamentação de
ausência de incapacidade laborativa, conforme laudo pericial.
2. Razões do recurso interposto pela parte Autora: a) desarrazoado entender que está capaz para o
retorno ao trabalho, pois certamente pioraria o seu quadro clínico, por apresentar algumas sequelas,
como comprometimento motor, epilepsia focal dentre outros, tudo evidenciado pelos laudos dos médicos
assistentes; b) diante de todas as provas, laudos médicos e relatórios, a aposentadoria por invalidez é a
medida cabível e adequada ao caso; c) há que entende que “a incapacidade para o trabalho é fenômeno
multidimensional e não poderá ser aferido apenas do ponto de vista médico, devendo considerar os
aspectos sociais e ambientais” (Recurso contra sentença do processo nº 004157794.2008.4.01.3400/DF,
Relator Juiz Naiber Pontes de Almeida. 2.9.2010); d) houve cerceamento de defesa, pois a sentença foi
baseada unicamente no laudo pericial, sem ser examinado o lastro probatório composto pelos laudos
médicos juntados ao processo, causando prejuízo; e) julgamento antecipado da tutela jurisdicional para
concessão da aposentadoria por invalidez.
3. O INSS não ofereceu resposta escrita ao recurso.
392
4. Parte Autora do sexo feminino, nascida em 12/08/1974 (atualmente com 44 anos de idade), solteira,
ensino até a 7° série do ensino fundamental, última função: diarista (p. 2, do laudo), residente e
domiciliado em Ceilândia/DF.
5. Não há que se falar em nulidade do julgado, vez que o Juízo a quo explicitou os motivos do
convencimento, fundamentando-se devidamente no laudo pericial, para concluir pela inexistência dos
requisitos necessários à concessão do benefício previdenciário por incapacidade. Se o laudo tem vício,
será apreciado em seguida.
6. Não houve cerceamento de defesa, durante a instrução do processo. O laudo pericial foi produzido por
médico especialista em Neurologia, ou seja, especialidade habilitada para periciar a lesão/doença da
parte Autora, depois do seu exame pessoal, tendo sido considerada a documentação juntada ao feito,
avaliação dos exames complementares e laudos constantes dos autos, com relevância para o caso” (p. 2
do laudo), pelo que sem razão a parte Autora, quanto a esse ponto.
7. A perícia registrada em 27/08/2018, realizada por médico especializado em Neurologia, constatou que
a pericianda é portadora de doença, CID: I69.3 (Sequelas de acidente vascular encefálico isquêmico),
mas que não a incapacita para o exercício de atividade que garanta a subsistência (p. 4 do laudo). Após
exame clínico detalhado, o mesmo laudo pericial concluiu: “segundo a história da doença, sua evolução,
relatórios médicos, exames e exame físico, todos esses harmônicos entre si, foram evidenciados
elementos médicos que indicam a ausência de incapacidade laboral, apesar da história de acidente
vascular encefálico isquêmico (CID 10: I69.3), pois não elementos objetivos que justifiquem incapacidade
laboral, neste momento”.
8. A prova pericial foi taxativa em concluir pela ausência de incapacidade laborativa da parte Autora. A
produção da prova pericial em Juízo, de cunho médico, tem por fim esclarecer a situação funcional da
pessoa, quanto à saúde, no contexto de um procedimento em contraditório e imparcial, devendo
prevalecer sobre documentos unilateralmente juntados por uma das partes. Somente no caso de a prova
pericial judicial ser dúbia ou incompleta é que documentos juntados unilateralmente podem ser usados
para suprir a falta ou a dubiedade da prova pericial judicial, o que não é o caso. Por isso, não é o caso de
usar os documentos médicos juntados unilateralmente, para reconhecer a incapacidade laboral da parte
Autora.
9. Ora, como se sabe, ser portador de doença ou lesão não é a mesma coisa que ser portador de
incapacidade, conforme disciplinado pela legislação previdenciária. Como a incapacidade pode variar ao
longo do tempo, não obstante as doenças ou as lesões se mantenham, então não se pode derivar
automaticamente aquela destas. Por isso, não se pode presumir continuidade do estado incapacitante. Há
de prevalecer, no caso, a conclusão expressa do laudo pericial.
10. De outra banda, nas demandas de benefícios por incapacidade, as avaliações são feitas secundum
eventum litis e rebus sic stantibus, ou seja, apenas nas condições e circunstâncias fáticas dadas. Assim,
se o laudo dá conta que a parte Autora possui condições de exercer atividade laborativa neste momento,
não há óbice à concessão futura do benefício, se a avaliação médica assim indicar, ainda que em virtude
da mesma enfermidade. Afinal, uma enfermidade pode ou não resultar em incapacidade. A situação
variável desta configura mudança dos fatos, da causa de pedir.
11. Certo é que a perícia médica judicial é pela capacidade, independentemente de as enfermidades
existirem, afinal, ser portador de doença ou lesão não é a mesma coisa que ser portador de incapacidade,
conforme disciplinado pela lei previdenciária.
12. Não provimento do recurso interposto pela parte Autora.
13. Sem condenação em honorários advocatícios. A instância revisora somente pode dispor sobre
honorários, "levando em conta o trabalho adicional realizado em grau recursal" (art. 85, § 11, NCPC). Não
havendo trabalho em grau recursal pela parte Recorrida, não há como condenar a parte Recorrente em
honorários advocatícios. Turma Recursal
A960DB04E687D8DD034D7B18FF22DD38
ACÓRDÃO
Decide a Segunda Turma Recursal dos Juizados Especiais Federais do Distrito Federal, por unanimidade,
negar provimento ao recurso.
Brasília/DF, 15/5/2019.
Juiz David Wilson de Abreu Pardo
2ª TURMA RECURSAL - JEF/DF
RELATOR 3
Turma Recursal
B87F122CFD0125E961B9C853831148AD
393
PROCESSO: 0087320-20.2014.4.01.3400
RECORRENTE: CLEBSON DE SOUSA
ADVOGADO: - DEFENSORIA PUBLICA DA UNIAO
RECORRIDO: INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
ADVOGADO:
EMENTA
ASSISTENCIAL E PROCESSUAL. BPC A DEFICIENTE. HIPOSSUFICIÊNCIA DEMONSTRADA.
DEFICIÊNCIA DEMONSTRADA. PREENCHIMENTO DOS REQUISITOS LEGAIS. DIB FIXADA NA DER.
PROVIMENTO DO RECURSO.
vulnerabilidade social, depois de longa, pormenorizada e impressiva descrição das difíceis condições de
vida da parte Autora e sua família.
8. Para efeito de concessão do benefício de prestação continuada, “considera-se pessoa com deficiência
aquela que tem impedimentos de longo prazo de natureza física, mental, intelectual ou sensorial, o qual,
em interação com uma ou mais barreiras, pode obstruir sua participação plena e efetiva na sociedade em
igualdade de condições com as demais pessoas” (art. 20, § 2º, Lei n. 8.742/1993, com redação dada pela
Lei n. 13.146/2015). Desde antes, já se entendia que “incapacidade para a vida independente não é só
aquela que impede as atividades mais elementares da pessoa, mas também a impossibilita de prover ao
próprio sustento” (Súmula 29/TNU).
9. No presente caso, resta demonstrado que a parte Autora cumpre com o requisito, exigido pela LOAS,
para o recebimento do benefício, tendo em vista que é portadora de deficiência geradora de impedimento
de longo prazo (transcurso de 2 anos, no mínimo) de natureza física, mental, intelectual ou sensorial, o
qual, em interação com uma ou mais barreiras, pode obstruir sua participação plena e efetiva na
sociedade em igualdade de condições com as demais pessoas. Esse impedimento não necessariamente
decorre de incapacidade física, tendo em vista o que consigna o art. 2º, §1º, da Lei 13.146/2015 (Estatuto
da Pessoa com Deficiência): “A avaliação da deficiência, quando necessária, será biopsicossocial,
realizada por equipe multiprofissional e interdisciplinar e considerará: I - os impedimentos nas funções e
nas estruturas do corpo; II - os fatores socioambientais, psicológicos e pessoais; III - a limitação no
desempenho de atividades; e IV - a restrição de participação”.
10. A sentença fixou a DIB em 15/01/2015, data de realização do laudo médico pericial, tendo em vista
que não teria sido possível constatar a data do início da incapacidade. Todavia o laudo médico pericial foi
categórico ao afirmar que a incapacidade da parte Autora remonta à primeira infância. Ao assim se
pronunciar, o laudo pericial foi preciso e taxativo ao fixar o marco inicial da incapacidade.
11. As regras para fixar termo inicial de benefícios previdenciário/assistenciais por
incapacidade/impedimento são as seguintes: a) se não houve requerimento administrativo e a
incapacidade (ou impedimento, no caso de benefício assistencial) for estabelecida antes da citação, o
benefício será devido desde a citação válida (STJ, 1ª. Seção, RESp n. 1.369.165/SP, rel. Min. Benedito
Gonçalves, DJe 7.3.2014, sob o regime representativo de controvérsia); b) se houve requerimento
394
administrativo e a incapacidade (ou impedimento) estabelecida no laudo pericial for preexistente àquele, o
benefício será devido desde o requerimento administrativo (Súmula n° 22 da TNU: se a prova pericial
realizada em juízo dá conta de que a incapacidade já existia na data do requerimento administrativo, esta
é o termo inicial do benefício assistencial); c) se houve requerimento administrativo e se a perícia judicial
não precisar a data do início da incapacidade (ou impedimento), fixando-a na data da perícia por ausência
de provas, desde a data da citação (STJ RESp n. 1.311.665, rel. Min. Ari Pargendler, DJe 17.10.2014); d)
se houve requerimento administrativo e o laudo pericial judicial fixar a data de início da incapacidade (ou
impedimento) após o requerimento administrativo (legitimando a recusa do INSS), mas antes do
ajuizamento da ação, o benefício será devido desde a citação (STJ RESp n. 1.369.165/SP, rel. Min.
Benedito Turma Recursal
Turma Recursal
0ED319B530293B0A3A15DC2EFB278186
PROCESSO: 0018144-12.2018.4.01.3400
RECORRENTE: INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
ADVOGADO: - RENATA MARIA DE BRITO AZEVEDO
RECORRIDO: MARIA DO SOCORRO SILVA
ADVOGADO: DF00046599 - STEFANIA MARIA BARBOSA GONCALVES
EMENTA
PREVIDENCIÁRIO E PROCESSUAL. BENEFÍCIO POR INCAPACIDADE. APOSENTADORIA POR
INVALIDEZ. EXERCÍCIO DE ATIVIDADE CONCOMITANTE A PERÍODO DE INCAPACIDADE.
ENUNCIADO 72 DA SÚMULA DA TNU. NÃO PROVIMENTO DO RECURSO.
1. A sentença, concedendo tutela de urgência, acolheu o pedido para condenar o INSS a converter o
benefício de auxílio-doença em aposentadoria por invalidez desde a data da cessação daquele
(08/10/2015).
2. Razões do recurso interposto pelo INSS: a) efeito suspensivo ao julgado, com vistas a sustar a medida
antecipatória da tutela; b) não está presente a incapacidade; c) apesar de a parte Autora ser portadora de
doença, não é incapaz, pois, de acordo com o CNIS, continua o exercício de sua profissão; d) no que se
refere aos juros e correções monetárias nas condenações impostas à Fazenda Pública, deve se aplicar o
art. 1º-F da Lei 9.494/97, com a redação do art. 5º da Lei 11.960/2009, haja vista tratar-se de atualização
do quantum debeatur, situação acerca da qual ainda se desconhece o marco temporal fixado pelo STF
para fins de modulação dos efeitos; e) prequestionamento.
3. A parte Autora não ofereceu resposta escrita ao recurso.
4. Parte Autora do sexo feminino, nascida em 18/01/1958 (61 anos de idade), casada, auxiliar de serviços
gerais, analfabeta, residente em Samambaia Norte/DF.
5. A perícia médica judicial, realizada em 07/06/2018 (laudo registrado em 14/06/2018), por médico
especialista em Otorrinolaringologia e Medicina do Trabalho, concluiu: “Considerando os elementos de
convicção encontrados após entrevista, exame físico, análise de documentos, relatórios e exames
complementares, permite-se concluir que: - Ao exame objetivo, há INCAPACIDADE LABORATIVA TOTAL
E PERMANENTE, OMNIPROFISSIONAL E INSUSCEPTÍVEL DE REABILITAÇÃO PROFISSIONAL; - A
395
periciada, conforme acima exposto, segundo a história da doença, sua evolução, relatórios médicos,
exame físico, exames complementares e de imagem, e pelo exame atual, é possível afirmar que há
incapacidade laborativa total e permanente, omniprofissional e insusceptível de reabilitação profissional,
caracterizando invalidez permanente” (p.8). Além disso, fixou a DII em 03/2018 e não fixou a DID (p.5).
De todo modo, informou que a parte Autora é portadora de doença CID: “G40 - Epilepsia; Ou seja, sofre
de epilepsia de difícil controle clínico. Relato médico fala que não há cura e não há capacidade laborativa;
e I10 - Hipertensão essencial (primária)”. Turma Recursal
0ED319B530293B0A3A15DC2EFB278186
6. Com o cuidado de contextualizar sua avaliação específica para o caso, a prova pericial foi taxativa em
débito baseada na aplicação de índices diversos. Assim, mostra-se descabida a modulação em relação
aos casos em que não ocorreu expedição ou pagamento de precatório” (REsp 1495146/MG, Rel. Ministro
Mauro Campbell Marques, Primeira Seção, julgado em 22/02/2018, DJe 02/03/2018).
13. Por isso, não prejudica a conclusão deste julgamento, quanto aos consectários legais, a pendência de
embargos declaratórios, no RE 870.947, nem mesmo se a tais embargos, excepcionalmente, foi deferido
efeito suspensivo, pois aqui ainda se está na fase de conhecimento da causa, longe do início da eventual
fase de cumprimento do julgado, quanto aos valores pretéritos a serem pagos, se for o caso.
14. Este acórdão abordou os argumentos levantados pelas partes, pelo que foram considerados todos os
elementos suscitados para fins de prequestionamento.
15. Não provimento do recurso interposto pelo INSS.
16. Sem honorários advocatícios. A instância revisora somente pode dispor sobre honorários, “levando
em conta o trabalho adicional realizado em grau recursal” (art. 85, § 11, NCPC). Não havendo trabalho
em grau recursal da parte Recorrida, não há como condenar a parte Recorrente em honorários
advocatícios.
ACÓRDÃO
Decide a Segunda Turma Recursal dos Juizados Especiais Federais do Distrito Federal, por unanimidade,
negar provimento ao recurso.
Brasília/DF, 15/5/2019.
396
Turma Recursal
44EBE90F9516CFEA38CF12177120522B
intercorrências”, ao fim do relatório médico cita ainda “CID: H33.0 – Descolamento da retina c/ defeito
retiniano – TRATADO; CID: H54.0 – Cegueira LEGAL em ambos os olhos”. Já pela folha de evolução
datada em 25/09/13 (p.18), houve “catarata total no OE. Necessita realizar cirurgia de catarata para após
retirar silicone intravítrea”.
6. Outrossim, documento do Hospital de Base (p. 26) informava à direção do HBDF que a cirurgia foi
marcada para o dia 20/05/2014 e solicitava que a paciente fosse disso cientificada. O Relatório médico
datado em 14/08/2015 (p. 29) declarou que “paciente com história de Descolamento de retina
regmatogênico em ambos os olhos, já submetida a vitrectomia e facoemulsificação com implante de lente
intraocular em ambos os olhos. Não há no momento perspectiva de melhora visual com novo
procedimento cirúrgico. CID: H33.0 – Descolamento de Retina com defeito retiniano – Tratado; H54.0 –
Cegueira legal em ambos os olhos”.
7. Seja como for, no Juízo originário, não foi realizada perícia médica que pudesse atestar a incapacidade
permanente alegada pela parte Autora e, principalmente, a data de seu início, apesar de a petição inicial
conter esse pedido. Sendo assim, houve cerceamento de defesa, conforme alegado pela parte Autora,
em seu recurso, pois o INSS houvera indicado que a incapacidade iniciara em 2015, enquanto a sentença
considerou a DII em 2012, com base em documentos médicos acostados ao processo. Acontece que a
parte Autora alega que a DDI remonta a 2014. É evidente que o relatório médico acostado é dúbio e
397
necessita de esclarecimento da perícia medica, pois este pode vir a ser capaz de identificar e constatar a
real situação, de forma imparcial e com a visão médica especializada adequada.
8. A propósito, conforme CNIS (registrado em 01/02/2018), as contribuições tem origem em 01/02/2002 a
28/02/2002 como contribuinte individual, como empregado doméstico de 01/03/2002 a 30/06/2002 e de
06/2006, 07/2006 e de 09/2006. Houve retorno ao recolhimento como contribuinte individual em 06/2013 e
após as competências de 08/2013, 12/2013 e 01/2014.
9. Ora, a DII é ponto controverso central da lide, fundamental para a decisão correta da causa, a
demandar a produção de prova pericial. Em princípio, com a prova técnica será possível esclarecer se a
parte Autora se manteve incapaz desde 2012, quando do primeiro procedimento realizado e anterior ao
retorno das contribuições ao RGPS em 2013, ou se a incapacidade é posterior ao segundo procedimento
ACÓRDÃO
Decide a Segunda Turma Recursal dos Juizados Especiais Federais do Distrito Federal, por unanimidade,
dar provimento parcial ao recurso.
Brasília/DF, 15/5/2019.
Juiz David Wilson de Abreu Pardo
2ª TURMA RECURSAL - JEF/DF
RELATOR 3
Turma Recursal
2298DA878E9037B6629A5A4E6745C5F8
PROCESSO: 0041734-52.2017.4.01.3400
RECORRENTE: LEONAN CARLOS ROCHA
ADVOGADO: DF00040701 - LUCIANA RODRIGUES DA SILVA E OUTRO(S)
RECORRIDO: INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
ADVOGADO:
EMENTA
PREVIDENCIÁRIO E PROCESSUAL. BENEFÍCIO POR INCAPACIDADE. AUXÍLIO-DOENÇA C/C
APOSENTADORIA POR INVALIDEZ E ACRÉSCIMO DE 25%. NÃO PREENCHIMENTO DOS
REQUISITOS LEGAIS. INEXISTÊNCIA DE QUALIDADE DE SEGURADO NA DII. PREVALÊNCIA DO
LAUDO PERICIAL. NÃO PROVIMENTO DO RECURSO.
1. A sentença rejeitou o pedido de auxílio-doença com conversão em aposentadoria por invalidez, sob o
fundamento de que, na data de início da incapacidade (DII fixada em 12/2016), a parte Autora não mais
possuía a qualidade de segurada.
2. Razões do recurso interposto pela parte Autora: a) a incapacidade é decorrente das mesmas moléstias
que a incapacitavam em 2003, conforme relatório médico anexo datado em 04/01/2004, logo a DII é
desde 2004, e não em 12/2016 conforme fixado pela perícia; b) laborou de 20/09/2002 até 30/04/2003 na
empresa V R F VINHAL RETIFICA – ME, assim não perdendo a qualidade de segurado; c) conclui-se
pelo restabelecimento do auxílio doença fixando sua DIB/DER em 30/01/2010, pois, conforme relatórios
médicos, sua incapacidade é desde o momento em que adquiriu sua patologia (04/01/2004), e, assim,
não perdeu sua qualidade de segurado.
3. O INSS não ofereceu resposta escrita ao recurso.
4. Parte Autora do sexo masculino, nascida em 21/11/1958 (atualmente com 60 anos de idade), solteiro,
ensino técnico em contabilidade, residente em Ceilândia/DF.
5. A perícia médica judicial, registrada em 26/02/2018, realizada por médica especialista em Psiquiatria,
detectou que a parte Autora é portadora de doença “CID: F25 e F19.2, Transtorno esquizoafetivo e
toxicodependência múltipla”, concluindo pela incapacidade total, omniprofissional e permanente. Quanto à
data específica do início da incapacidade laborativa, a perita judicial respondeu: “DII = dezembro de 2016”
(cf. p. 5 do laudo, quesito 3, letra d).
6. Por fim, a perícia restou assim concluída: “Trata-se de periciando com histórico de abuso de
substâncias desde a década de setenta, com breves períodos de abstinência e recaídas frequentes, que
evoluiu com síndrome psicótica crônica e progressiva em meados de 2016. Desde então, com períodos
de maior estabilidade. Ao exame do estado mental apresentava-se em fase residual”. Relatou ainda que:
398
“Diante do exposto, verifica-se que a prognose do caso é reservada devido à evolução ruim que assumiu
ao longo dos anos trazendo já déficits cognitivos sequelares. Destarte, conclui-se que ocorre
incapacidade total, omniprofissional e permanente para o trabalho”. Turma Recursal
2298DA878E9037B6629A5A4E6745C5F8
7. A parte alega que a perícia ao fixar a Data de Início da Incapacidade em 12/2016 incorreu em erro,
pois, a doença e a incapacidade são preexistentes è concessão de auxílio doença anterior, que perdurou
até 30/11/2010 (cf. CNIS, registrado em 20/10/2017), pelo que a incapacidade seria fixada em 01/2004.
Conforme relatório médico datado em 2005 (p. 21 da doc. inicial), permaneceu no hospital por 28 dias por
intoxicação por substâncias psicoativas. E receituário de 04/01/2004 prescreve uso de antidepressivo pela
Previdência Social ou estiver suspenso ou licenciado sem remuneração”. Entre 2010 e 2016, transcorreu
tempo muito superior a esse que a lei fixa.
13. Não provimento do recurso interposto pela parte Autora.
14. Sem honorários advocatícios. A instância revisora somente pode dispor sobre honorários, “levando
em conta o trabalho adicional realizado em grau recursal” (art. 85, § 11, NCPC). Não havendo trabalho
em grau recursal da parte Recorrida, não há como condenar a parte Recorrente em honorários
advocatícios. Além disso, a parte Autora é beneficiária da gratuidade de justiça.
ACÓRDÃO
Decide a Segunda Turma Recursal dos Juizados Especiais Federais do Distrito Federal, por unanimidade,
negar provimento ao recurso.
Brasília/DF, 15/5/2019.
Juiz David Wilson de Abreu Pardo
2ª TURMA RECURSAL - JEF/DF
RELATOR 3
Turma Recursal
9433E5B9310AAAA0036B87AB07C69748
PROCESSO: 0039934-86.2017.4.01.3400
399
médicos juntados unilateralmente ou outros fatores, para reconhecer a incapacidade laboral definitiva da
parte Autora/Recorrida.
7. Assim, não é caso de aposentadoria por invalidez, pois o laudo não atesta incapacidade permanente,
ou definitiva, mas apenas temporária, ainda que total. Aliás, se o laudo dá conta de incapacidade
temporária, então seria o caso de concessão apenas do auxílio-doença. Nem mesmo a invocação do
Enunciado 47 da Súmula/TNU resulta em possibilidade de concessão de aposentadoria por invalidez,
pois aquele Enunciado não faz menção à incapacidade temporária, mas somente à parcial, para
aplicação do critério de avaliação das condições pessoais do segurado, na decisão do problema.
8. O ponto central é considerar que a avaliação pericial concluiu pela incapacidade apenas temporária,
com prazo de seis meses para concessão de benefício previdenciário, o que sempre resultará no
pagamento do auxílio-doença, não de aposentadoria.
9. De outra banda, nas demandas previdenciárias de benefícios por incapacidade, as avaliações são
feitas secundum eventum litis e rebus sic stantibus, ou seja, apenas nas condições e circunstâncias
fáticas dadas. Assim, se o laudo dá conta que a parte Autora está incapaz apenas temporariamente,
então era o caso de ter se concedido apenas o benefício do auxílio-doença, sem prejuízo de concessão
futura de aposentadoria por invalidez, se nova avaliação médica passasse a indicar que a incapacidade
se tornou definitiva, ainda que em virtude da mesma doença. O que não dá para fazer é, neste momento,
com a prova produzida, antecipar a aposentadoria por invalidez, notadamente quando o perito do Juízo
fixou com precisão o tempo de concessão do benefício, não podendo a vantagem este perdurar sem
prova concreta de incapacidade permanente.
10. Por tudo, a sentença merece ser reformada, para rejeição do pedido de concessão de aposentadoria
por invalidez, ainda que deva ser mantido o benefício de auxílio-doença. Quanto a isso, na petição inicial
a própria parte Autora deu a entender que se encontrava em gozo deste último benefício. Por sua vez, na
contestação registrada em 15/3/2018, o INSS informa que realmente o auxílio doença havia sido
concedido à parte Autora, estando ativo, conforme tela do sistema que reproduziu à p. 1 daquela petição.
11. Provimento do recurso interposto pelo INSS, para rejeitar o pedido inicial de concessão do benefício
de aposentadoria por invalidez, devendo, todavia, ser mantido o benefício de auxílio doença, já concedido
administrativamente.
12. Honorários advocatícios incabíveis, por falta de previsão legal para arbitramento, no JEF, quando há
provimento do recurso (art. 55, caput, Lei 9.099/1995). Turma Recursal
400
9433E5B9310AAAA0036B87AB07C69748
ACÓRDÃO
Decide a Segunda Turma Recursal dos Juizados Especiais Federais do Distrito Federal, por unanimidade,
dar provimento ao recurso.
Brasília/DF, 15/5/2019
Juiz David Wilson de Abreu Pardo
2ª TURMA RECURSAL - JEF/DF
RELATOR 3
AFD0C794D3BCCBC0C065CB581A759EDA
PROCESSO: 0025065-21.2017.4.01.3400
RECORRENTE: CARLA REGINA DE SOUSA ENEAS FERREIRA
ADVOGADO: - DEFENSOR PUBLICO DA UNIAO
RECORRIDO: INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
ADVOGADO:
EMENTA
PREVIDENCIÁRIO E PROCESSUAL. BENEFÍCIO POR INCAPACIDADE. AUXÍLIO-DOENÇA.
MANUTENÇÃO DA DIB. RECURSO INTERPOSTO APENAS PELA PARTE AUTORA. VEDAÇÃO DE
REFORMATIO IN PEJUS. NÃO PROVIMENTO DO RECURSO.
1. A sentença acolheu o pedido em parte “para condenar o INSS a pagar o benefício de auxílio-doença
desde 28/03/2017 até 23/04/2017 e de 31/12/2017 a 29/01/2018”.
2. Razões do recurso interposto pela parte Autora: a) a data de início do benefício (DIB) deve ser fixada
em 25/01/2017, data da cessação do benefício anterior, pois as doenças que motivaram a concessão dos
benefícios anteriores não mudaram; b) a parte Autora recebeu benefício de 03/12/2013 a 30/09/2014, por
ser portadora de transtornos depressivos, e de 05/01/2015 a 24/01/2017, por ser portadora de
esquizofrenia. Constatando a perícia que ainda padece das referidas doenças mentais, não há como
acolher a conclusão de que a incapacidade se iniciou em 28/03/2017, como está no laudo pericial; c)
segundo a TNU, o termo inicial do novo benefício por incapacidade é a data do indevido cancelamento do
benefício anterior.
3. O INSS não ofereceu resposta escrita ao recurso.
4. Parte Autora do sexo feminino, nascida em 24/02/1978 (hoje com 41 anos), casada, ensino médio
completo, supervisora de lavanderia, residente em Setor Industrial - Ceilândia/DF.
5. A perícia médica judicial (registro em 31/07/2017) foi realizada em 5/7/2017 por médica especialista em
Psiquiatria e Clínica Médica. A parte Autora relatou que, após vivenciar tragédia familiar, em 2013,
iniciaram-se sintomas depressivos, que pioraram progressivamente, tendo tentado o suicídio diversas
vezes. Nos exames do estado geral, a perita identificou: “EEM: lúcida, orientada auto e alopsiquicamente,
discurso coeso, humor deprimido, afeto ansioso, sem alterações aparentes na memória ou atenção,
diminuição de atividade volitiva, hipopragmática, noção de doença presente, alucinações auditivas de
comando. Exame físico: marcas de cortes recentes em antebraço esquerdo e cicatrizes lineares em
antebraço direito”. A perícia informa que a parte Autora é portadora de doenças de CID F60.3 (Transtorno
de personalidade com instabilidade emocional), em relação à qual não foi possível estabelecer a DID, e
de CID F33 (Transtorno depressivo recorrente), cuja DID remete a 2013. Seguindo o relato, fixa a DII em
28/03/2017, “conforme relatório médico de mesma data, documento mais antigo que se equipara aos
achados clínicos da perícia”. Incapacidade temporária, total e omniprofissional e 12 meses seria um
tempo razoável para a Turma Recursal
AFD0C794D3BCCBC0C065CB581A759EDA
obtenção de melhora do quadro clínico (p. 5). Concluiu que “a pericianda é portadora de transtorno de
personalidade com instabilidade emocional e transtorno depressivo recorrente, que a incapacitam
temporariamente a desempenhar atividades laborais. Portanto, esta perita julga conveniente o
afastamento total da pericianda por período de 12 (doze) meses para a obtenção de melhora do quadro
clínico”.
6. O Juízo de origem designou nova perícia, a ser realizada por médico especialista em Ortopedia
(registro em 01/02/2018), em resposta a pedido da DPU (registro em 17/11/2017). A nova perícia médica
judicial (registro em 12/04/2018), realizada em 04/04/2018 por médico especialista em Ortopedia e
Traumatologia, deu parecer no sentido de que a periciada não tem queixa ortopédica, necessitando de
avaliação pericial para patologias psiquiátricas.
7. Não há controvérsia quanto à concessão do benefício de auxílio-doença, mas apenas quanto à DIB
fixada em 28/03/2017, sob o argumento de que a incapacidade não se iniciou nessa data, visto que as
401
doenças que motivaram a concessão dos benefícios anteriores não teriam mudados, pelo que a DIB
deveria ter sido fixada na data da cessação desses benefícios (25/01/2017).
8. A produção da prova pericial em Juízo, de cunho médico, tem por fim esclarecer a situação funcional
da pessoa, quanto à saúde, no contexto de um procedimento em contraditório e imparcial, devendo
prevalecer sobre documentos unilateralmente juntados por uma das partes. Somente no caso de a prova
pericial judicial ser dúbia ou incompleta é que documentos juntados unilateralmente podem ser usados
para suprir a falta ou a dubiedade da prova pericial judicial, o que não é o caso.
9. Com efeito, fixando a perícia a DII em 28/3/2017, não há como afastar aludida data. De se destacar
que o laudo reconhece ser a DID até anterior (2013). Ocorre que não que se confundir doença ou lesão
com incapacidade. Pode bem ocorrer aquela, sem que esta se faça presente. Esse o sentido do laudo
devido desde a citação (STJ RESp n. 1.369.165/SP, rel. Min. Benedito Gonçalves, DJe 7.3.2014, sob o
regime representativo de controvérsia; TNU, PEDILEF 200971670022131, rel. Juiz Federal Adel Américo
de Oliveira, DOU 11.5.2012). Em todos os casos, vale o princípio do convencimento motivado que permite
ao magistrado a fixação da data de início do benefício mediante a análise do conjunto probatório. (TNU
PEDILEF 05017231720094058500, rel. Juíza Federal Simone dos Santos Lemos Fernandes, DOU
23.9.2011).
11. No caso, a incapacidade da parte Autora (DII em 28/03/2017) é posterior à data do requerimento
administrativo (21/03/2017 – registro em Doc. Inicial, p.39) e anterior à propositura da ação, que se deu
em 01/06/2017. Assim, além de não ter razão a parte Autora, no seu recurso, o benefício deveria ter sido
concedido desde a citação, que se deu em 28/06/2017 (registro em 14/06/2017) e, não, desde o início da
incapacidade, como consignou a sentença. No entanto, considerando que apenas a parte Autora
recorreu, deve ser mantida a sentença, para evitar o reformatio in pejus.
12. Não provimento do recurso interposto pela parte Autora.
13. Sem condenação em honorários advocatícios. A instância revisora somente pode dispor sobre
honorários, "levando em conta o trabalho adicional realizado em grau recursal" (art. 85, § 11, NCPC). Não
havendo trabalho em grau recursal pela parte Recorrida, não há como condenar a parte Recorrente em
honorários advocatícios. Além disso, a parte Autora é beneficiária da gratuidade de justiça.
ACÓRDÃO
Decide a Segunda Turma Recursal dos Juizados Especiais Federais do Distrito Federal, por unanimidade,
negar provimento ao recurso.
Brasília/DF, 15/5/2019.
Juiz David Wilson de Abreu Pardo
2ª TURMA RECURSAL - JEF/DF
RELATOR 3
Turma Recursal
458BA94410CB2E66A41F4A127280BA90
PROCESSO: 0072107-03.2016.4.01.3400
RECORRENTE: JOAO DA LUZ DIVINO DOS SANTOS
ADVOGADO: AL00005539 - MARCELO DE SANTANA DANEU E OUTRO(S)
RECORRIDO: UNIAO FEDERAL (FAZENDA NACIONAL)
ADVOGADO:
EMENTA
402
5. Além de serem parcelas autônomas, destacadas, não cumulativas, os valores pagos a título de
gratificação de desempenho para cada servidor estão sujeitos à variação periódica, conquanto dependem
dos resultados das avaliações.
6. Esse estatuto legal das gratificações de desempenho impede o acolhimento dos pedidos, tais quais
formulados pela parte Autora. Na verdade, as gratificações acarretam implicações distintas nos futuros
proventos de aposentadoria, a depender dos servidores beneficiários serem ou não titulares do direito à
integralidade e à paridade.
7. Quanto aos servidores que ingressaram no serviço público após a EC n. 41/2003 (que não tem direito à
integralidade/paridade), a incorporação das gratificações de desempenho aos proventos de aposentadoria
ou às pensões observará, para fins de cálculo, o disposto na Lei 11.095/2005 art. 11-D, 5º, II, "b" (incluído
pela Lei n. 11.784/2008). Para esses servidores, pela definição do salário de benefício dos proventos,
estabelecido no art. 1º e §§, da Lei n. 10.887/2003, haverá clara repercussão das gratificações de
atividade no PSS. Elas irão majorar os 80% maiores salários de contribuição considerados para cálculo
do benefício de aposentadoria. Por isso, quanto a tais servidores, não há razão para afastar da base de
cálculo da CPSS, ainda que em parte, os valores recebidos a título de gratificações de desempenho.
8. Quanto aos servidores que ingressaram no serviço público antes da publicação da EC n. 41/2003,
titulares do direito à integralidade e à paridade (cujos proventos futuros corresponderão à "totalidade da
remuneração do servidor no cargo efeito em que se der a aposentadoria, na forma da lei"), a eles não se
aplica a regulação prevista no art. 1º e §§, Lei n. 10.887/2003. Nem por isso, há razão suficiente para de
imediato se afastar da base de cálculo da CPSS, ainda que parcialmente, as parcelas recebidas sob título
de gratificações de desempenho.
9. As leis de regência das gratificações de desempenho costumam estabelecer que a sua incorporação
aos proventos corresponde a 50% do valor máximo do respectivo nível, para servidores que têm direito à
integralidade e à paridade. Em toda carreira do serviço público existem níveis variados, como o superior,
o intermediário e o auxiliar, cada qual com outras tantas Classes e Padrões. Para cada Padrão, a
respectiva gratificação de desempenho tem valor certo, sendo maior para o último Padrão da Classe mais
elevada. É a 50% desse valor máximo que cada lei garante ser incorporado aos proventos do servidor,
independentemente de ele ter recebido a Gratificação nesse patamar, durante o tempo em que
permaneceu na ativa, e do período da respectiva contribuição previdenciária.
10. Com efeito, a parte Autora afirmou que a CPSS vem incidindo sobre a integralidade do valor pago a
título de gratificação de desempenho, enquanto deveria ser sobre apenas o valor que levará para a
inatividade. Todavia: a) não há prova de que vem recebendo a gratificação de desempenho no patamar
máximo abstratamente previsto na legislação e nem de que a CPSS lhe vem sendo cobrada tomando-se
como base de cálculo esse patamar máximo abstrato; b) não é possível antecipar que durante o período
contributivo restante, até passagem para inatividade, ficará pagando a CPSS tomando como base de
cálculo o patamar máximo abstratamente previsto na legislação para a Turma Recursal
458BA94410CB2E66A41F4A127280BA90
403
gratificação de desempenho. Isso faz toda a diferença, na medida em que os valores pagos a título de
gratificação de desempenho estão sujeitos à variação periódica.
11. A alegação da parte Autora é feita em tese. E em tese é possível ocorrer justamente situação inversa
à alegada pela parte Autora. Em virtude dos resultados dos ciclos de avaliação, eventualmente, ou
mesmo ao longo de certos períodos, o servidor receber valores a título de gratificação de desempenho
em patamar menor do que o que receberá na inatividade. Como dito, a lei garante ao servidor com direito
à integralidade/paridade levar para a inatividade 50% do valor máximo possível da gratificação, enquanto
o valor mínimo para os da ativa pode ser de até 30 pontos! Ocorrendo a hipótese e incidindo a CPSS
sobre valores efetivamente pagos, o servidor terá vertido contribuições à seguridade social não
15. Este direito não pode resultar na incorporação aos proventos de aposentadoria dos valores totais que
um servidor recebe em atividade, quando, por exemplo, solicita a aposentadoria proporcional. A lógica
para solução do presente caso era parecida, invertendo seus termos, ou seja, não é possível
antecipadamente afastar da base de cálculo da CPSS as parcelas não integralizáveis a proventos de
servidor que tem direito à integralidade/paridade, quando: a) não há prova de recebimento da gratificação
de desempenho no patamar máximo previsto na legislação e nem de cobrança da CPSS tomando-se
como base de cálculo esse patamar máximo; b) não é possível antecipar que, durante todo o período
contributivo restante, até a passagem para inatividade, estará sendo paga a CPSS tomando-se como
base de cálculo o patamar máximo previsto na legislação; c) a contribuição sobre tais parcelas autônomas
não ocorrerá pelo tempo mínimo necessário ao recebimento de proventos integrais.
16. Considerando todas as circunstâncias determinantes da situação, a tese formulada na inicial não tem
lugar, sem que se fale de violação ao direito à integralidade/paridade. A propósito, o novo regramento
criado pela Lei n. 13.324/2016 veio a confirmar esse raciocínio. A nova lei faculta ao servidor que tem
direito à integralidade e paridade incorporar “valor integral da média dos pontos da gratificação de
desempenho recebidos nos últimos sessenta meses de atividade” (art. 88, III, c/c o art. 87, XV). Com isso,
o legislador decidiu fixar prazo mínimo de recebimento e, portanto, de contribuição sobre as Gratificações
de Desempenho, para o servidor com direito à integralidade e paridade recebê-la integralmente, na
inatividade.
17. Seja como for, observe que o valor integral é da média dos pontos recebidos em lapso de tempo
determinado. Não poderia ser diferente, pois, como salientado mais de uma vez neste voto, os valores da
gratificação podem variar, dependendo dos resultados das avaliações procedidas. Outrossim, não importa
que o tempo mínimo fixado na lei não alcance o tempo de contribuição para aposentadoria integral. No
fundo, o legislador agiu por meio de um critério de liberalidade e continua resolvendo a questão da melhor
maneira possível, de acordo com o seu juízo político. O que não se pode é acolher o pedido inicial, tal
qual formulado, valendo registrar que a parte Autora passou a ter à sua disposição a opção criada pela
Lei n. 13.324/2016.
18. Pela argumentação, aliás, esse entendimento não é alterado nem mesmo pelo fato de o Supremo
Tribunal Federal, ao analisar o RE 593068, Relatoria do Ministro Roberto Barroso, em 11/10/2018, ter
404
valor integral da média dos pontos da gratificação pode ser incorporado, então todo o valor recebido a
título dessa gratificação deve sofrer incidência da CPSS.
20. Não provimento do recurso interposto pela parte Autora.
21. A fundamentação de um recurso é parte imprescindível do seu conteúdo (CPC/2015, art. 1.010, II e
III). A fundamentação, por sua vez, deve voltar-se contra os fundamentos específicos da sentença, de
sorte a explicitar as razões pelas quais o julgado recorrido deve ser modificado. Afinal, recurso ordinário
de impugnação de sentenças terminativas tem por objetivo a sua substituição, por nova solução
(CPC/2015, arts. 1.002 e 1.008). Por isso mesmo, na ausência de fundamento recursal apropriado e
pertinente ao caso, há inobservância de pressuposto de admissibilidade previsto pelo art. 1.010,
CPC/2015. Ou seja, a inexistência de razões pertinentes direcionadas à contrariedade dos fundamentos
da sentença que se pretendia modificar equivale à inexistência das próprias razões recursais, a resultar
no não conhecimento do recurso interposto, como se sabe.
22. Se à parte Recorrente exige-se a apresentação de razões específicas e pertinentes direcionadas à
contrariedade dos fundamentos da sentença que se pretende modificar, o mesmo se deve exigir da parte
Recorrida, ou seja, que apresente razões específicas e pertinentes em favor da sentença e contra a
pretensão recursal, inclusive em virtude da paridade de tratamento entre as partes (art. 7º, do NCPC).
Nesse contexto, a remissão abstrata e vazia “às razões das r. decisões proferidas nos presentes autos,
bem como às (suas) manifestações anteriores” apresentadas no processo não cumpre o requisito,
equivalendo, portanto, à inexistência das próprias contrarrazões recursais.
23. Inexistentes contrarrazões recursais, sem condenação em honorários advocatícios. A instância
revisora somente pode dispor sobre honorários, “levando em conta o trabalho adicional realizado em grau
recursal” (art. 85, § 11, NCPC). Não havendo trabalho efetivo em grau recursal pela parte Recorrida (pois
ausentes contrarrazões específicas e pertinentes), não há como condenar a parte Recorrente em
honorários advocatícios.
24. Além disso, a parte Autora/Recorrente é beneficiária da gratuidade de justiça.
ACÓRDÃO
Decide a Segunda Turma Recursal dos Juizados Especiais Federais do Distrito Federal, por unanimidade,
negar provimento ao recurso.
Brasília/DF, 15/5/2019.
Juiz David Wilson de Abreu Pardo Turma Recursal
458BA94410CB2E66A41F4A127280BA90
Turma Recursal
E8E686CE3AC52A774628EF6EA404737D
PROCESSO: 0032573-52.2016.4.01.3400
RECORRENTE: INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
ADVOGADO: - GLAUCIANE ALVES MACEDO
RECORRIDO: PAULO ROBERTO MAGALHAES DO CARMO
ADVOGADO: RJ00189689 - RODRIGO DA COSTA GOMES
EMENTA
CONSTITUCIONAL E ADMINISTRATIVO. SERVIDOR PÚBLICO. GRATIFICAÇÃO DE DESEMPENHO
DE ATIVIDADE DE PERÍCIA MÉDICA PREVIDENCIÁRIA - GDAPMP. LEI Nº 11.907/2009. EXTENSÃO
AOS INATIVOS. IMPOSSIBILIDADE. INEXISTÊNCIA DE VIOLAÇÃO AO PRINCÍPIO DA ISONOMIA.
GRATIFICAÇÃO DE NATUREZA "PRO LABORE FACIENDO". PROVIMENTO DO RECURSO.
1. A sentença acolheu o pedido e condenou “a parte ré no pagamento à parte autora da GDAPMP, à
razão de oitenta pontos, a partir de 1º. de julho de 2008 e até a data da homologação do primeiro ciclo de
avaliação específico em relação a tal gratificação (a ser aferida no momento da execução), tudo conforme
405
Isso porque, inexistindo a avaliação, o pagamento de tais gratificações não se funda no desempenho do
servidor, caracterizando-se como vantagem genérica, a todos devida.
5. A fixação inicial de um percentual sobre o vencimento básico do servidor para pagamento da GDAMP,
até sua regulamentação e processamento dos resultados da avaliação de desempenho, fez com que
evidenciasse um caráter geral (art. 16, §1º, da Lei n. 10.876/04), devendo ser incorporada aos proventos
de aposentadoria e pensão em igualdade com o que foi pago aos servidores em atividade, sob pena de
malferir o art. 40, parágrafo 8º, da CF/88, na redação dada pela EC nº 20/98, norma ainda prevista no art.
7º da EC nº 41/2003, para os servidores aposentados e pensionistas que contam com a garantida a
paridade.
6. A regulamentação da GDAMP pelo Decreto nº 5.700/2006, prevendo o início do ciclo de avaliação,
seguida da homologação dos resultados, fez com que esta gratificação assumisse o caráter pro labore
faciendo (RE 662406, Relator Min. TEORI ZAVASCKI, Tribunal Pleno, julgado em 11/12/2014, DJe-031
Divulgado no dia 13/02/2015 e Publicado no dia 18/02/2015), antes da instituição da GDAPMP.
7. Por outro lado, a lei que rege a GDAPMP disciplinou que a gratificação, enquanto não fossem editados
os atos referidos nos § 1º do art. 46 da Lei 11.907/09 deveria ser paga aos servidores ativos "com base
na última pontuação obtida na avaliação de desempenho para fins de percepção da GDAMP, de que trata
a Lei nº 10.876, de 2 de junho de 2004".
8. Assim, em nenhum momento, desde sua criação, a GDAPMP assumiu o aspecto de gratificação geral,
por existir previsão no parágrafo 3º do art. 46, da Lei nº 11.907/2009, do seu pagamento inicial com base
na última pontuação obtida na avaliação de desempenho para fins de percepção da GDAMP, enquanto
não publicados os atos regulamentares e processados os resultados da avaliação de desempenho
específicos.
9. Diante disso, não há falar em generalidade no pagamento da gratificação em favor de todos os
servidores ativos, uma vez que o seu quantum, bem ou mal, tomou por base avaliação anterior, que
traduziu o efetivo desempenho dos servidores no cargo.
10. A Lei nº 11.907/2009 procurou reforçar o caráter pro labore faciendo da GDAPMP, a qual somente
deve se estender aos servidores inativos em conformidade com a previsão expressa constante no art. 50
desse diploma legal.
11. A GDAPMP foi criada como vantagens devidas em função do exercício efetivo do cargo, variando o
valor de acordo com o desempenho individual e institucional. Por se enquadrar entre as gratificações de
serviço (pro labore faciendo), sua extensão aos proventos de aposentadoria e pensão somente é possível
havendo previsão legal.
12. Aplicação analógica do entendimento firmado pela TNU, em relação à GDIBGE: PEDILEF
05058908620094058400, JUIZ FEDERAL MÁRCIO RACHED MILLANI, TNU, DOU 03/05/2017 PÁG.
53/77.
13. Exatamente no mesmo sentido, precedente da TR2/JEF/DF, Recurso Inominado n. 0007780-
49.2016.4.01.3400, Relatora Juíza Federal Cristiane Pederzolli Rentzsch, julgado em 29/11/2017, com
publicação no e-DJF1 em 15/12/2017. Turma Recursal
E8E686CE3AC52A774628EF6EA404737D
14. Provimento do recurso interposto pelo INSS para rejeitar o pedido inicial.
15. Honorários advocatícios incabíveis, por falta de previsão legal para arbitramento, no âmbito do JEF,
quando há provimento do recurso (art. 55, caput, da Lei n. 9.099/1995).
ACÓRDÃO
406
Decide Segunda Turma Recursal dos Juizados Especiais Federais do Distrito Federal, por unanimidade,
dar provimento ao recurso.
Brasília/DF, 15/5/2019.
Juiz David Wilson de Abreu Pardo
2ª TURMA RECURSAL - JEF/DF
RELATOR 3
Turma Recursal
PROCESSO: 0020276-42.2018.4.01.3400
RECORRENTE: UNIAO FEDERAL
ADVOGADO: - EDUARDO JORGE PEREIRA ALVES
RECORRIDO: JAIME RODRIGUES DA SILVA
ADVOGADO: DF00018841 - LINO DE CARVALHO CAVALCANTE
EMENTA
ADMINISTRATIVO. SERVIDOR PÚBLICO. GRATIFICAÇÃO DE APOIO À EXECUÇÃO DE ATIVIDADES
DA COMISSÃO EXECUTIVA DO PLANO DA LAVOURA CACAUEIRA – GECEPLAC. EXIGÊNCIA
LEGAL DE LOTAÇÃO DO BENEFICIÁRIO NA CEPLAC. PREENCHIMENTO, NO CASO. NÃO
PROVIMENTO DO RECURSO. SENTENÇA MANTIDA.
1. A parte Autora, servidor aposentado vinculado ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento,
mas tendo como fonte pagadora a CEPLAC (cf. pp. 7/8 – comprovante de rendimentos e fichas financeira,
pp. 14/23 – EPROC DOC AUTOR DOCUMENTOS DA INICIAL), busca o direito à percepção da
GECEPLAC, nos mesmos valores pagos aos servidores ativos, com pagamento das diferenças mensais,
parcelas vencidas e vincendas, com juros a partir do vencimento de cada prestação, acrescida da
correção monetária, observada a prescrição quinquenal, nos termos da Súmula 85 do STJ.
2. A sentença acolheu o pedido, sob o fundamento de que a GECEPLAC é uma gratificação de natureza
genérica e como tal deve ser estendida aos aposentados e pensionistas que fazem jus à garantia da
paridade, hipótese em que se enquadra a parte Autora, porquanto se aposentou antes da publicação da
EC 41/2003.
3. Razões do recurso interposto pela parte Ré: a) prescrição quinquenal; b) farão jus à GECEPLAC
apenas os servidores lotados e em efetivo exercício na CEPLAC, enquanto permanecerem nessa
condição; c) a única exceção prevista pela Lei nº 12.702/2012, refere-se à possibilidade da GECEPLAC
integrar os proventos de aposentadoria e as pensões caso percebida pelo servidor por mais de 60
(sessenta) meses. Nos demais casos, não é possível o pagamento da gratificação, por ausência de
previsão legal; d) juros e correção monetária nos termos do art. 1º-F, da Lei 9.494/1997, com redação
dada pela Lei 11.960/2009.
4. A parte Autora ofereceu resposta escrita ao recurso.
5. A sentença já decidiu sobre prescrição quinquenal, razão pela qual falece à parte Ré interesse recursal
a tal título. Recurso não conhecido nesse ponto.
6. A Gratificação de Apoio à Execução de Atividades da Comissão Executiva do Plano Da Lavoura
Cacaueira – GECEPLAC foi instituída pela Lei 12.702, de 07 de agosto de 2012, fruto da conversão da
Medida Provisória 568/2012, nos seguintes termos:
Art. 2o Fica instituída a Gratificação de Apoio à Execução de Atividades da Comissão Executiva do Plano
da Lavoura Cacaueira - GECEPLAC, devida aos titulares de cargos de provimento efetivo regidos pela Lei
nº 8.112, de Turma Recursal
0471EC34F12B931E64AA6370194B1538
11 de dezembro de 1990, integrantes do Plano Geral de Cargos do Poder Executivo - PGPE, de que trata
a Lei nº 11.357, de 19 de outubro de 2006, ou do Plano de Carreira dos Cargos de Atividades Técnicas e
Auxiliares de Fiscalização Agropecuária - PCTAF, lotados e em efetivo exercício na Ceplac, enquanto
permanecerem nessa condição.
§ 1o Os valores da GECEPLAC são os constantes do Anexo II desta Lei, com efeitos financeiros a partir
das datas nele estabelecidas.
§ 2o Os servidores que fizerem jus à GECEPLAC que cumprirem jornada de trabalho inferior a 40
(quarenta) horas semanais perceberão a gratificação proporcional a sua jornada de trabalho.
§ 3o A Geceplac será paga em conjunto com a Gratificação de Desempenho do Plano Geral de Cargos
do Poder Executivo - GDPGPE ou com a Gratificação de Desempenho de Atividade Técnica e Auxiliar em
Fiscalização Agropecuária - GDTAF, e não servirá de base de cálculo para quaisquer outros benefícios ou
vantagens. (Redação dada pela Lei n º 13.324, de 2016)
§ 4o A GECEPLAC somente integrará os proventos da aposentadoria e as pensões se houver sido
percebida pelo servidor que a ela fizer jus por mais de 60 (sessenta) meses.
§ 5o A GECEPLAC não será devida nas hipóteses de cessão.
407
7. De acordo com os dispositivos transcritos, a GECEPLAC constitui uma gratificação paga a todos os
servidores que estão lotados e em efetivo exercício na CEPLAC. Isso quer dizer que basta essa condição
para se ter direito ao recebimento da GECEPLAC. O decisivo é que os ocupantes de cargos efetivos
estejam lotados e em efetivo exercício, naquele órgão, sem necessidade de realização de atividades
distintas, no próprio órgão, para recebimento da gratificação. Por isso, a GECEPLAC se converte em
gratificação de natureza genérica, quanto a todos os servidores lotados e em exercício na CEPLAC.
8. A natureza genérica da GECEPLAC se restringe ao âmbito dos servidores lotados na CEPLAC, não
alcançando servidores lotados em outros órgãos, ainda que oriundos dos mesmos quadros. Como dito, se
todos os servidores lotados e em exercício na CEPLAC recebem aquela gratificação apenas por essa
situação, o seu caráter genérico se restringe ao âmbito daquela Comissão. Isso é importante para o
essa ação mandamental foi impetrada pela Associação dos Aposentados da CEPLAC, a confirmar que o
caráter genérico da GECEPLAC vale para os servidores que ali são ou foram lotados, neste último caso
aposentando-se no âmbito do órgão.
10. No caso, os documentos acostados ao processo indicam a parte Autora possuía lotação, quando em
atividade, e recebe seus proventos de aposentadoria pela CEPLAC (cf. comprovante de aposentadoria, p.
10 e fichas financeiras, nas quais indicam vinculo com o Ministério da Agricultura, Pecuária e
Abastecimento, mas tendo como unidade pagadora a CEPLAC, o que lhe confere o direito de
recebimento da GECEPLAC, pp. 14/23 – EPROC DOC AUTOR DOCUMENTOS DA INICIAL).
11. Sendo a GECEPLAC uma gratificação de natureza genérica, como tal deve ser estendida aos
aposentados e pensionistas que fazem jus à garantia da paridade, ainda que não a tenham recebido,
quando em atividade, hipótese em que se enquadra a parte Autora, porquanto se aposentou antes da
publicação da EC 41/2003. Ou seja, faz jus a parte Autora ao recebimento da GECEPLAC, nos termos
fixados pela sentença, que, por isso mesmo, merece ser mantida, no ponto central.
12. Por fim, quanto aos consectários legais, a sentença já os estabeleceu na forma correta, considerando
tanto o que decidido pelo STF, quanto o que consolidado pelo STJ. Além disso, como se sabe, o STF
decidiu que a correção monetária não deve ser feita de acordo com o art. 1ª-F da Lei 9.494/1997 (STF –
RE 870.947).
13. O acórdão referente ao RE 870.947 já foi publicado no DJe de 17/11/2917, tornado público em
20/11/2017. Outrossim, o STJ decidiu que “a modulação dos efeitos da decisão que declarou
inconstitucional a atualização monetária dos débitos da Fazenda Pública com base no índice oficial de
remuneração da caderneta de poupança, no âmbito do Supremo Tribunal Federal, objetivou reconhecer a
validade dos precatórios expedidos ou pagos até 25 de março de 2015, impedindo, desse modo, a
rediscussão do débito baseada na aplicação de índices diversos. Assim, mostra-se descabida a
modulação em relação aos casos em que não ocorreu expedição ou pagamento de precatório” (REsp
1495146/MG, Rel. Ministro Mauro Campbell Marques, Primeira Seção, julgado em 22/02/2018, DJe
02/03/2018).
14. Por isso, não prejudica a conclusão deste julgamento, quanto aos consectários legais, a pendência de
embargos declaratórios, no RE 870.947, nem mesmo se a tais embargos, excepcionalmente, foi deferido
algum efeito suspensivo, pois aqui ainda se está na fase de conhecimento da causa, longe do início da
eventual fase de cumprimento do julgado, quanto aos valores pretéritos a serem pagos, se for o caso.
15. Este acórdão abordou os argumentos levantados pelas partes, significando que também foram
considerados os elementos suscitados para fins de prequestionamento.
16. Não provimento do recurso interposto pela parte Ré, na parte conhecida.
17. Honorários advocatícios pela parte Recorrente em 10% sobre o valor da condenação (artigo 55 da Lei
n. 9.099/1995). Turma Recursal
0471EC34F12B931E64AA6370194B1538
ACÓRDÃO
Decide a Segunda Turma Recursal dos Juizados Especiais Federais do Distrito Federal, por unanimidade,
negar provimento ao recurso, na parte conhecida.
Brasília/DF, 15/5/2019.
Juiz David Wilson de Abreu Pardo
2ª TURMA RECURSAL - JEF/DF
RELATOR 3
408
Turma Recursal
8E1315B9EB2424BE4B9FCE64E3D60AD0
PROCESSO: 0041571-72.2017.4.01.3400
RECORRENTE: ANISIO TEMOTIO DE AMORIM
ADVOGADO: DF00017183 - JOSE LUIS WAGNER E OUTRO(S)
RECORRIDO: CAIXA ECONOMICA FEDERAL
ADVOGADO:
7. A controvérsia instaurada a partir da sentença, portanto, diz respeito à competência ou não da Justiça
Federal para processar e julgar a presente demanda visando à liberação do saldo remanescente de sua
conta vinculada ao FGTS.
8. Ora, o valor que pretende levantar diz respeito a depósito recursal, na forma preceituada no art. 899 da
CLT, verbis: Art. 899. Os recursos serão interpostos por simples petição e terão efeito meramente
devolutivo, salvo as exceções previstas neste Título, permitida a execução provisória até a penhora. § 1º
Sendo a condenação de valor até 10 (dez) vezes o valor-de-referência regional, nos dissídios individuais,
só será admitido o recurso, inclusive o extraordinário, mediante prévio depósito da respectiva importância.
Transitada em julgado a decisão recorrida, ordenar-se-á o levantamento imediato da importância do
depósito, em favor da parte vencedora, por simples despacho do juiz.(...) § 4º O depósito de que trata o §
1º far-se-á na conta vinculada do empregado a que se refere o art. 2º da Lei nº 5.107, de 13 de setembro
de Turma Recursal
8E1315B9EB2424BE4B9FCE64E3D60AD0
1966 (substituída atualmente pela Lei 8.036/1990), aplicando-se-lhe os preceitos dessa lei, observado,
quanto ao respectivo levantamento o disposto no § 1º”.
9. Nesse contexto, realmente compete à Justiça do Trabalho processar e julgar as demandas que versam
sobre o levantamento de saldo de conta vinculada ao FGTS, relativo a depósito efetuado naquele Juízo
laboral, para garantir a admissibilidade de recurso em reclamação trabalhista, na forma preceituada no
art. 899, §§ 1º e 4º, da CLT. Em sendo assim, a Justiça Federal afigura-se incompetente para autorizar o
levantamento do aludido depósito, havendo de se aplicar à espécie a Súmula 82/STJ, que assevera que
“compete à Justiça Federal, excluídas as reclamações trabalhistas, processar e julgar os feitos relativos à
movimentação do FGTS”.
10. Não provimento do recurso interposto pela parte Autora.
11. Sem honorários advocatícios. A instância revisora somente pode dispor sobre honorários, “levando
em conta o trabalho adicional realizado em grau recursal” (art. 85, § 11, NCPC). Não havendo efetivo
409
trabalho em grau recursal da parte Recorrida, não há como condenar a parte Recorrente em honorários
advocatícios. Além disso, a parte Autora é beneficiária da gratuidade de justiça.
ACÓRDÃO
Decide a Segunda Turma Recursal dos Juizados Especiais Federais do Distrito Federal, por unanimidade,
negar provimento ao recurso.
Brasília/DF, 15/5/2019.
Juiz David Wilson de Abreu Pardo
2ª TURMA RECURSAL - JEF/DF
RELATOR 3
3025309E896F3419B1EE2FA8F7C2D212
PROCESSO: 0011244-13.2018.4.01.3400
RECORRENTE: INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
ADVOGADO: - ELAINE VIRGINIA CASTRO CORDEIRO RIOS
RECORRIDO: SUETONIO RODRIGUES VIEIRA
ADVOGADO: DF00024241 - MARLENE MOREIRA DOS SANTOS
EMENTA
PREVIDENCIÁRIO, ADMINISTRATIVO E PROCESSUAL. BENEFÍCIO POR INCAPACIDADE. AUXÍLIO-
DOENÇA. APOSENTADORIA POR INVALIDEZ. INCAPACIDADE PARCIAL, AINDA QUE
PERMANENTE. PREVISÃO LEGAL DE SUBMISSÃO DO SEGURADO À REABILITAÇÃO PELO INSS.
MANUTENÇÃO DO AUXÍLIO DOENÇA, DURANTE O PROCESSO DE REABILITAÇÃO. NÃO
PROVIMENTO DO RECURSO.
1. A sentença acolheu parcialmente o pedido para: (a) condenar o réu a restabelecer o benefício de
auxílio doença com DIB em 08/09/2016 até a reabilitação profissional; (b) e pagar os atrasados a partir
desta mesma data, compensando-se as parcelas pagas administrativamente. Concedeu a tutela
antecipada e fixou o prazo de15 (quinze) dias para implementação do benefício, sob pena de multa diária.
Estabeleceu ainda que as diferenças pretéritas deverão ser corrigidas monetariamente mediante a
variação do INPC e acrescidas de juros de mora. Na sentença dos embargos de declaração foi declarado
erro material quanto a fixação da DIB, sendo alterada para o dia 01/05/2017, dia posterior a cessação
indevida do auxílio-doença anterior.
2. Razões do recurso interposto pelo INSS: a) impossibilidade de condicionar a cessação do benefício à
reabilitação profissional; b) sucessivamente, quanto à correção monetária, sustenta que deve ser aplicada
a Lei n. 11.960/2009, tendo em vista a possibilidade de modulação de efeitos no RE 870947.
3. A parte Autora ofereceu resposta escrita ao recurso.
4. Parte Autora do sexo masculino, nascida em 20/12/1965 (atualmente com 53 anos de idade) ensino até
a 4° série, operador de máquinas pesadas, residente em Mestre D’Armas RL – Planaltina/DF.
5. O laudo pericial, registrado em 28/05/2018, produzido por médico especialista em
Neurocirurgia/Neurologia, atestou que a parte Autora é portadora de Lombalgia e diminuição da força
muscular em pé direito (CID: G40.2), fixando a DII no dia 08/09/2016 (data de exame de RM de coluna).
Conforme o item 3 do laudo, a incapacidade da parte Autora é permanente/indefinida, parcial e
multiprofissional. No entanto, é passível de recuperação ou reabilitação para o exercício de outra
atividade.
6. Assim, não se trata de se aguardar com o passar do tempo a simples recuperação da incapacidade do
beneficiário para a atividade que exercia (operador de máquinas pesadas), haja vista a parte Autora ser
incapaz parcial e definitivamente. Portanto, a reabilitação profissional (que visa a reinserir o beneficiário
da Previdência Social no mercado de trabalho através da capacitação profissional ao exercício de outra
ou da Turma Recursal
3025309E896F3419B1EE2FA8F7C2D212
mesma atividade laborativa) é o meio adequado para possibilitar à parte Autora a subsistir por conta
própria.
7. É o que determina o art. 62 da Lei n. 8.213/1991: “o segurado em gozo de auxílio-doença, insuscetível
de recuperação para sua atividade habitual, deverá submeter-se a processo de reabilitação profissional
para o exercício de outra atividade. Parágrafo único. O benefício a que se refere o caput deste artigo será
mantido até que o segurado seja considerado reabilitado para o desempenho de atividade que lhe
garanta a subsistência ou, quando considerado não recuperável, seja aposentado por invalidez” (redação
dada e incluído pela Lei n. 13.457/2017).
8. Por isso, o INSS não pode abster-se de cumprir referida legislação legal, pois é de sua
responsabilidade o processo de reabilitação, tratando-se de garantia imprescindível para que beneficiário
obtenha nova oportunidade de emprego. Assim também estabelece a Lei da Previdência: “art. 89 A
410
precatório” (REsp 1495146/MG, Rel. Ministro Mauro Campbell Marques, Primeira Seção, julgado em
22/02/2018, DJe 02/03/2018).
13. Por isso, não prejudica a conclusão deste julgamento, quanto aos consectários legais, a pendência de
embargos declaratórios, no RE 870.947, nem mesmo se a tais embargos, excepcionalmente, foi deferido
efeito suspensivo, pois aqui ainda se está na fase de conhecimento da causa, longe do início da eventual
fase de cumprimento do julgado, quanto aos valores pretéritos a serem pagos, se for o caso.
14. Este acórdão abordou os argumentos levantados pelas partes, significando que também foram
considerados os elementos suscitados para fins de prequestionamento.
15. Não provimento do recurso interposto pelo INSS.
16. Honorários advocatícios pela parte Recorrente em 10% sobre o valor corrigido da condenação (artigo
55 da Lei n. 9.099/1995).
ACÓRDÃO
Decide a Segunda Turma Recursal dos Juizados Especiais Federais do Distrito Federal, por unanimidade,
negar provimento ao recurso.
Brasília/DF, 15/5/2019.
Juiz David Wilson de Abreu Pardo
2ª TURMA RECURSAL - JEF/DF
RELATOR 3
Turma Recursal
EB37B8FE303A8A0B573CE97F2DEB8616
PROCESSO: 0031317-06.2018.4.01.3400
RECORRENTE: UNIAO FEDERAL (FAZENDA NACIONAL)
ADVOGADO: - CELIA FERREIRA TAVARES DE LYRA
RECORRIDO: DOROTEIA DE LIMA PESSOA
ADVOGADO: DF00055573 - MYLENE QUITÉRIA CALDAS E OUTRO(S)
EMENTA
TRIBUTÁRIO E PROCESSUAL. VALORES RECEBIDOS POR MEIO DE PRECATÓRIO/RPV.
DESCONTO DA CPSS SOBRE OS JUROS DE MORA. SENTENÇA ULTRA PETITA. PROVIMENTO
PARCIAL DO RECURSO.
1. A sentença acolheu em parte o pedido inicial para: "a) declarar a inexistência de relação
jurídico/tributária que obrigue a parte autora ao pagamento de contribuição previdenciária para o regime
próprio de previdência social (PSS) retido por ocasião do pagamento do precatório/RPV sobre o valor
principal e a correção monetária de vantagem remuneratória e/ou diferenças salariais de servidor público
411
exclusivamente da seguinte forma: 1) é ilegítima a incidência de PSS sobre as competências mensais até
30/04/1999; 2) a partir de 1º/05/1999 é válida a incidência de PSS sobre as competências mensais
somente para os servidores ativos, continuando ilegítima a incidência de PSS para os aposentados e
pensionistas até 19/05/2004; 3) a partir de 20/05/2004 é válida a incidência de PSS sobre as
competências mensais tanto para os servidores ativos como para aposentados e pensionistas; b) declarar
a inexistência de relação jurídico/tributária que obrigue a parte autora ao pagamento de contribuição
previdenciária para o regime próprio de previdência social (PSS) retido por ocasião do pagamento do
precatório/RPV sobre os juros de mora de vantagem remuneratória e/ou diferenças salariais de servidor
público". A sentença, ainda, anulou o crédito tributário já constituído por eventuais lançamentos tributários
realizados até a data de prolação da sentença, abarcando o fato gerador do tributo, multa, juros e
referentes aos créditos e documentos pessoais e comprovante de rendimentos, no qual indica condição
de servidor ativo (p. 4, EPROC 3 DOCS PESSOAIS DOCUMENTOS).
5. Ademais, não há que se falar em prescrição quinquenal, pois não se passaram cinco anos entre a data
de recolhimento da CPSS e a propositura desta ação. Com efeito, os créditos foram levantados em
13/06/2017, enquanto a ação foi proposta em 31/08/2018, antes de transcorridos cinco anos.
6. Outrossim, a sentença é parcialmente nula, por ir além do pedido. Com efeito, na petição inicial, a parte
Autora formulou apenas o seguinte pedido: “seja julgada procedente a ação, determinando-se a
devolução do valor retido a título de PSS, em relação aos juros de mora”.
7. É vedado ao juiz condenar a parte em quantidade superior do que lhe foi demandado (art. 492, NCPC).
Por isso, deve ser decretada a nulidade da sentença, na parte em que declarou “a inexistência de relação
jurídico/tributária que obrigue a parte autora ao pagamento de contribuição previdenciária para o regime
próprio de previdência social (PSS) retido por ocasião do pagamento do precatório/RPV sobre o valor
principal”.
8. De outra banda, a sentença se mantém na parte que reconheceu a inexigibilidade de contribuição para
o PSS sobre os juros de mora, ponto sobre o qual não se recorreu.
9. Provimento parcial do recurso interposto pela parte Ré, para anular a parte da sentença que declarou
“a inexistência de relação jurídico/tributária que obrigue a parte autora ao pagamento de contribuição
previdenciária para o regime próprio de previdência social (PSS) retido por ocasião do pagamento do
precatório/RPV sobre o valor principal”, mantendo-a no tocante à inexigibilidade de contribuição para o
PSS sobre os juros de mora, inclusive porque esta última parte sequer foi objeto do recurso.
10. Honorários advocatícios incabíveis, por falta de previsão legal para seu arbitramento, no âmbito do
JEF, quando há provimento do recurso julgado (artigo 55, caput, da Lei n. 9.099/1995).
ACÓRDÃO
Decide a Segunda Turma Recursal dos Juizados Especiais Federais do Distrito Federal, por unanimidade,
dar provimento parcial ao recurso.
Brasília/DF, 15/5/2019.
Juiz David Wilson de Abreu Pardo
2ª TURMA RECURSAL - JEF/DF Turma Recursal
EB37B8FE303A8A0B573CE97F2DEB8616
RELATOR 3
Turma Recursal
5EC0009F130065A706D88BE85603FE4B
PROCESSO: 0013507-52.2017.4.01.3400
RECORRENTE: INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
ADVOGADO: - AUGUSTO MASCARENHAS
RECORRIDO: ROSALVO JANUARIO BISPO
412
11. Provimento parcial do recurso interposto pelo INSS, para estabelecer DIB do benefício de
aposentadoria por invalidez na data da juntada do laudo pericial no feito (30/07/2017), devendo as
parcelas anteriores acolhidas pela sentença serem pagas a título de auxílio doença, observada a
compensação prevista também pela sentença. Turma Recursal
5EC0009F130065A706D88BE85603FE4B
12. Honorários advocatícios incabíveis, por falta de previsão legal para o arbitramento, no âmbito do JEF,
quando há provimento do recurso julgado, ainda que em parte (art. 55, caput, da Lei n. 9.099/1995).
ACÓRDÃO
Decide a Segunda Turma Recursal dos Juizados Especiais Federais do Distrito Federal, por unanimidade,
Turma Recursal
BA5E1A18AA2064EDC3008F0BC19CCC32
PROCESSO: 0015295-04.2017.4.01.3400
RECORRENTE: PAULO ROBERTO DOMINGUES
ADVOGADO: DF00027985 - TIAGO DA SILVA VASCONCELOS
RECORRIDO: INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
ADVOGADO:
EMENTA
PREVIDENCIÁRIO E PROCESSUAL. BENEFÍCIO POR INCAPACIDADE. APOSENTADORIA POR
INVALIDEZ/AUXÍLIO-DOENÇA. INCAPACIDADE TEMPORÁRIA, TOTAL E OMNIPROFISSIONAL.
AUSÊNCIA DE CARÊNCIA LEGAL, DE ACORDO COM A MP 767/2017, VIGENTE NA DII FIXADA PELA
PERÍCIA. TEMPUS REGIT ACTUM. UNIFORMIZAÇÃO DO ENTENDIMENTO PELA TNU SOB O
REGIME DE REPRESENTATIVO DE CONTROVÉRSIA. NÃO PROVIMENTO DO RECURSO.
1. A sentença rejeitou o pedido inicial “considerando os relatórios médicos e o exame pericial juntados
aos autos, além da disciplina jurídica do caso, entendo que a parte autora não atende ao requisito do
cumprimento da carência para justificar a concessão do benefício de auxílio-doença ou aposentadoria por
invalidez pleiteado”. Para a avaliação do tema da carência, a sentença pontuou que, “posta a solução
jurídica dada pela TNU, tenho por exigível à hipótese dos autos o prazo de carência de 12 contribuições
mensais, consoante estabelecia a MP nº 767/2017, vigente entre 06/01/2017 e 26/06/2017, considerada a
data de início da incapacidade do autor em 18/01/2017, quando contava nove contribuições vertidas após
sua refiliação”.
2. Razões do recurso interposto pela parte autora: a) a sentença deteve-se a analisar somente o CNIS,
desconsiderando outros fatores importantes apresentados no processo; b) houve filiação anterior, no
período de 10/1984 até 06/2009, retornando a contribuir em 01/05/2016; c) conforme laudo pericial a DII
foi fixada em 18/01/2017, contando com 9 contribuições, após o reingresso ao Regime; d) conforme o art.
27-A da lei 8.213/1991, para efeito de carência o segurado deverá contar com metade do período previsto
em lei, a partir da nova filiação à Previdência, ou seja, o período de carência legal é de metade de 12
contribuições, é dizer, 6 (seis); e) o laudo citou fratura no braço, porém não mencionou a necessidade de
avaliação por especialista em ortopedia, já que na peça de ingresso foi apresentado relatório que informa
o CID M25.5; f) houve completo descaso e inobservância de pontos importantes da demanda pelo juiz a
quo, ao considerar o não cumprimento do período de carência, sem considerar todo o contexto, sendo
caso de aplicabilidade do art. 27-A; g) afronta o Princípio da Dignidade da Pessoa Humana e dos
objetivos da assistência social.
3. O INSS não ofereceu resposta escrita ao recurso.
4. Parte Autora do sexo masculino, nascida em 19/09/1960 (hoje com 58 anos de idade), casado,
desempregado, nível superior completo em economia (p. 2 do laudo), residente no Jardim Botânico /DF.
Turma Recursal
BA5E1A18AA2064EDC3008F0BC19CCC32
5. A perícia médica judicial, registrada em 02/06/2017, por especialista Psiquiatra, fisiatra e Médica do
Trabalho, constatou que a parte Autora é portadora de “episódio depressivo moderado”, concluindo tratar-
se de incapacidade total, temporária e omniprofissional. A perita indicou a data de início da incapacidade
em 18/01/2017, com base em relatório médico (cf. p. 5 do laudo).
6. O laudo médico pericial apenas registrou que a própria parte Autora relatou ter sofrido fratura no braço,
no quadro histórico da moléstia (p.3), nada afirmando sobre a necessidade de avaliação por especialista
em Ortopedia. E nem poderia, neste processo, ser procedida a essa avaliação, pois a demanda foi
414
proposta pela parte Autora sob a alegação exclusiva de enfermidade psicológica, assim tendo se
estabilizada a lide. Além disso, após o laudo ser anexado ao processo, houve manifestação da parte
Autora em petição incidental, apenas reafirmando o requerimento da tutela antecipada, não fazendo
qualquer referência à realização de nova perícia, de natureza ortopédica. Assim, não há de ser acolhida a
alegação de produção de outra pericial, pois a perícia realizada é a pertinente ao pedido deduzido em
Juízo.
7. Conforme CNIS juntado ao processo por meio da contestação (registro em 28/03/2018), a parte Autora
contribuiu para o RGPS entre 10/1984 e 05/2009, tendo retornado ao Regime, como contribuinte
individual, a partir de 05/2016, até 07/2017.
8. Por sua vez, como dito, a perícia médica fixou a data de início da incapacidade, em 18/01/2017,
11. Destarte, eis o entendimento uniformizado pela TNU: “Sendo assim o benefício é devido quando o
segurado, cumprido o período de carência, ficar incapacitado, ou seja, quando atingida esta condição – a
incapacidade – ele deve ter cumprido a carência exigida pela Lei nº 8.213/91. Não há como dissociar o
evento que dá origem ao benefício por incapacidade e a lei vigente ao tempo de sua ocorrência, com
todas as prescrições legais quanto à condição de segurado e carência para efeito de concessão do
benefício de auxílio-doença, e dar um caráter de ultratividade à lei revogada. A ultratividade da lei
previdenciária pode ocorrer, mas sob determinadas condições e sempre considerando o cumprimento dos
requisitos ao tempo se sua vigência, como se lê, por exemplo, nos §§2º e 3º do art. 102 da Lei nº
8.213/91. Novamente aqui avulta o princípio tempus regit actum. Os requisitos legais estão previstos na
legislação vigente ao tempo da ocorrência do fato que gera o direito ao benefício, conforme a doutrina
acima transcrita. Por essas razões, entendo que deve ser dado provimento ao incidente de uniformização,
resolvendo-se o Tema 176 pela adição da seguinte tese: constatada que a incapacidade do(a)
segurado(a) do Regime Geral da Previdência Social (RGPS) ocorreu ao tempo da vigência das Medidas
Privisórias 739/2016 e 767/2017, aplicam-se os novos prazos de carência nelas previstos” (Pedido de
Uniformização de Interpretação de Lei (Turma) 5001792-09.2017.4.04.7129, GUILHERME BOLLORINI
PEREIRA - TURMA NACIONAL DE UNIFORMIZAÇÃO).
12. No caso, na DII fixada pelo laudo pericial, a parte Autora ainda não havia cumprido integralmente a
carência de doze contribuições mensais, exigida naquele momento para a obtenção do benefício
pleiteado na petição inicial. Naquele momento, eram nove as contribuições vertidas, e não doze. Por isso,
a sentença está de acordo com a legislação e a jurisprudência vinculante, merecendo ser mantida na sua
integralidade.
13. Não provimento do recurso interposto pela parte Autora.
14. Sem condenação em honorários advocatícios. A instância revisora somente pode dispor sobre
honorários, "levando em conta o trabalho adicional realizado em grau recursal" (art. 85, § 11, NCPC). Não
havendo trabalho em grau recursal pela parte Recorrida, não há como condenar a parte Recorrente em
honorários advocatícios.
ACÓRDÃO
Decide a Segunda Turma Recursal dos Juizados Especiais Federais do Distrito Federal, por unanimidade,
negar provimento ao recurso.
Brasília/DF, 15/5/2019. Turma Recursal
BA5E1A18AA2064EDC3008F0BC19CCC32
Turma Recursal
BAA43D61B887C7444ED2CFC8C95D58B1
PROCESSO: 0035337-74.2017.4.01.3400
RECORRENTE: HERISTON ONORIO ALVES
8. Diferente dos processos em que o que se objetiva com a perícia médica judicial é a demonstração da
incapacidade atual, no presente caso o objetivo da parte Autora é ter reconhecida a incapacidade
referente a período passado.
9. Instado a prestar esclarecimentos periciais, o perito assim se pronunciou: “CONSIDERANDO que o
Autor realizou cirurgia do ombro direito que evoluiu com capsulite adesiva (limitação funcional do ombro),
conforme os Relatórios Médicos acostados, CONSIDERANDO que apresentou Relatórios Médicos
datados de 14/03/2016 e de 20/05/2016 referindo incapacidade laborativa por capsulite adesiva,
CONSIDERANDO que o entendimento sobre “capacidade laborativa” geralmente é divergente entre o
Médico Assistente e o Médico Perito, por peculiaridades intrínsecas de cada especialidade,
CONSIDERANDO que, na atualidade pericial, o Autor se apresentou capaz para a sua última função
declarada em decorrência da ausência de sinais clínicos de limitação funcional significante,
CONSIDERANDO que, não há limitação funcional significante do ombro operado, na atualidade, que
remetesse à incapacidade laborativa remanescente por capsulite adesiva pregressa, CONCLUI-SE assim,
que não é possível afirmar que o Autor esteve incapaz no período de 14/03/2016 a 24/05/2016, a despeito
dos Relatórios Médicos acostados, por não haver elementos periciais de prova atuais que permitissem
inferir sobre a capacidade laborativa no período pleiteado”.
10. A produção da prova pericial em Juízo, de cunho médico, tem por fim esclarecer a situação funcional
da pessoa, quanto à saúde, no contexto de um procedimento em contraditório e imparcial, devendo
prevalecer sobre documentos unilateralmente juntados por uma das partes. No entanto, no caso de a
prova pericial judicial ser dúbia ou incompleta, documentos juntados unilateralmente podem ser usados
para suprir a falta ou a dubiedade da prova pericial judicial, o que é o caso. Tendo em vista que a perícia
médica é apta para averiguar incapacidade em momento atual e o que se necessita para a resolução da
416
13. Já à p. 20, também da documentação inicial, foi anexado relatório médico, datado de 14/03/2016, nos
seguintes termos: “Paciente acima citado, 41 anos, foi submetido a tratamento cirúrgico para correção de
lesão de manguito rotador do ombro direito (07/08/2015), evoluindo com capsulite adesiva pós operatório.
Está em tratamento ambulatorial (bloqueio seriado do nervo supra escapular). Afastar-se do trabalho até
total recuperação. Cid: M751 / M750”.
14. Com base na documentação adicional, portanto, é possível concluir que a parte Autora estava
incapacitada para o trabalho entre 14/03/2016 e 24/05/2016, pelo que faz jus ao auxílio-doença referente
a tal período.
15. Provimento do recurso interposto pela parte Autora, para condenar o INSS a pagar os valores
retroativos do benefício de auxílio-doença, relativos ao período de 14/03/2016 a 24/05/2016, com juros e
correção monetária de acordo com o MCJF.
16. Honorários advocatícios incabíveis, por falta de previsão legal para arbitramento, no âmbito do JEF,
quando há provimento do recurso (art. 55, caput, da Lei n. 9.099/1995).
ACÓRDÃO
Decide Segunda Turma Recursal dos Juizados Especiais Federais do Distrito Federal, por unanimidade,
dar provimento ao recurso.
Brasília/DF, 15/5/2019.
Juiz David Wilson de Abreu Pardo
2ª TURMA RECURSAL - JEF/DF
RELATOR 3
Turma Recursal
15EBF613353E95083546DD4770FCBF6E
PROCESSO: 0077538-18.2016.4.01.3400
RECORRENTE: JOSE TIAGO DA CONCEICAO
ADVOGADO: - DEFENSORIA PUBLICA DA UNIAO - DPU
RECORRIDO: INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
ADVOGADO:
EMENTA
PREVIDENCIÁRIO E PROCESSUAL. APOSENTADORIA POR IDADE. EXTEMPORANEIDADE DAS
INFORMAÇÕES NA CTPS. CONFECÇÃO DA CTPS EM DATA POSTERIOR À DAS INFORMAÇÕES
NELA CONTIDAS. IMPOSSBILIDADE DE SERVIR COMO INÍCIO DE PROVA MATERIAL. ANALOGIA
COM O TEOR DA SÚMULA 34/TNU. PERÍODO DE CARÊNCIA NÃO ALCANÇADO. NÃO PROVIMENTO
DO RECURSO.
1. A sentença rejeitou o pedido de concessão de aposentadoria por idade, pelo não preenchimento da
carência de 180 meses de contribuição. Disse a sentença: “o período questionado (31/07/1973 a
20/06/1977) foi registrado na carteira de trabalho número: 73930, série: 548, emitida em 17/04/1978, ou
seja, o interregno é extemporâneos à própria emissão da CTPS (cf. fls. 25/28 da documentação inicial),
restando afastada a presunção de veracidade da informação. A parte autora apresentou declaração
emitida pelo Sindicato dos Empregados Em Empresas de Segurança e Vigilância do Distrito Federal em
25/01/2013, afirmando que o segurado trabalhou para a empresa Confederal no período em discussão.
Todavia, declarações extemporâneas aos fatos declarados não constituem início de prova matéria”. E
concluiu que “sem a contagem do tempo de serviço controverso, a parte autora totaliza aproximadamente
158 contribuições (13 anos, 2 meses e 14 dias ) até a data do requerimento administrativo, ou seja, nota-
se que a carência de 180 meses não restou satisfeita. Também não é o caso e reafirmação da DER posto
que a parte autora verteu apenas mais uma contribuição após o requerimento administrativo a referente
ao mês de Junho de 2017”.
417
2. A parte Autora recorreu, alegando ter atingido o período mínimo de carência, já que teria laborado entre
31/07/1973 a 20/06/1977 na empresa CONFEDERAL S/A COMÉRCIO E INDÚSTRIA como vigilante,
tempo este não computado no CNIS, mesmo com apresentação da CTPS e de Declaração emitida pelo
Sindicato. Deveriam ser computados, assim, 17 anos, 8 meses e 2 dias de contribuição (218 meses) e
não apenas 13 anos, 02 meses e 14 dias (150 contribuições mensais).
3. O INSS não ofereceu resposta escrita ao recurso.
4. A parte Autora completou 65 anos de idade no ano de 2012, razão pela qual o período de carência na
hipótese é de 180 contribuições (15 anos), nos termos do art. 142 da Lei n. 8.213/1991. Por outro lado, o
Demonstrativo do Tempo de Contribuição anexado ao processo revela que o período de contribuição
alcança apenas 12 anos, 7 meses e 26 dias (registro de 03.04.2019). Turma Recursal
5. Conforme CTPS, (anexa em 18/06/2018, parte 01, p. 10), o vínculo de 31/06/73 a 20/06/77 pela
empresa Confederal S/A é considerado extemporâneo, pois a CTPS foi emitida em momento posterior,
em 17/04/78 (p. 9). É dizer, a anotação é posterior ao próprio fim do vínculo com a empresa. Por isso,
acertada a sentença ao destacar: “trata-se de presunção relativa, que pode ser suprimida por provas em
sentido contrário. Verifica-se que o período questionado (31/07/1973 a 20/06/1977) foi registrado na
carteira de trabalho número: 73930, série: 548, emitida em 17/04/1978, ou seja, o interregno é
extemporâneos à própria emissão da CTPS (cf. fls. 25/28 da documentação inicial), restando afastada a
presunção de veracidade da informação”.
6. Destarte, conforme entendimento da TNU, não há como admitir como prova a anotação extemporânea
em CTPS: “6. Inexistindo prova testemunhal ou documental a corroborar o tempo de serviço anotado na
CTPS do segurado, seja na esfera trabalhista, seja na esfera ordinária, tal anotação na CTPS, porque
fundada, em última análise, em declaração extemporânea prestada por empregador, não se constitui em
início de prova material. 7. Recurso conhecido e provido. (STJResp 478.327, Relator Min. Hamilton
Carvalhido, DJ 10.03.2003 p. 358). 5.3 Nesse mesmo sentido, o caso desafia os limites da jurisprudência
desta Casa e seu enunciado de N° 75, pois a anotação de tempo pretérito em CTPS confeccionada
apenas posteriormente, compromete a fidedignidade do documento, enfrentando entendimento sumulado
desta c. Turma Nacional: A Carteira de Trabalho e Previdência Social (CTPS) em relação à qual não se
aponta defeito formal que lhe comprometa a fidedignidade goza de presunção relativa de veracidade,
formando prova suficiente de tempo de serviço para fins previdenciários, ainda que a anotação de vínculo
de emprego não conste no Cadastro Nacional de Informações Sociais (CNIS).” (grifos),(TNU, PREDILEF
05131205220134058300, DJ 03/07/2015).
7. De outra banda, as próprias declarações do sindicato também foram expedidas de forma
extemporânea (registro em 18/6/2018 – PETIÇÃO RECEBIDA EPROC PARTE 4, pp. 15 e 25), pois são
datadas de 2013, reportando vínculos da década de 1970. Além disso, declaração firmada por
representante de sindicato não tem força de documento probatório, posto não passar de declaração oral
reduzida a termo, sem submissão ao contraditório da audiência. Portanto, os períodos de atividade
abrangidos apenas por declarações da espécie não podem ser reconhecidos como tais.
8. Com efeito, como consagrado na jurisprudência das Turmas Recursais Federais do DF, não há como
considerar exclusivamente declaração extemporânea de sindicato, não havendo outro elemento, ainda
que indiciário, de como era desempenhada a atividade na empresa, tampouco que indique o
conhecimento da situação pretérita específica.
9. Assim, apenas os vínculos registrados na CTPS e no CNIS podem ser considerados para o cálculo.
Entretanto, a soma de todos os vínculos é inferior ao tempo de carência exigido na espécie - 180
contribuições, fato que impede a concessão do benefício pleiteado, conforme bem registrado pela
sentença, que merece ser mantida.
10. Não provimento do recurso interposto pela parte Autora.
11. Sem condenação em honorários advocatícios, pois a parte Recorrida não ofereceu resposta escrita ao
recurso interposto. A instância revisora somente pode dispor sobre Turma Recursal
15EBF613353E95083546DD4770FCBF6E
honorários, “levando em conta o trabalho adicional realizado em grau recursal” (art. 85, § 11, NCPC). Não
havendo trabalho em grau recursal pela parte Recorrida, não há como condenar a parte Recorrente em
honorários advocatícios. Além disso, a parte Autora é beneficiária da gratuidade de justiça.
ACÓRDÃO
Decide a Segunda Turma Recursal dos Juizados Especiais Federais do Distrito Federal, por unanimidade,
negar provimento ao recurso.
Brasília/DF, 15/5/2019.
Juiz David Wilson de Abreu Pardo
2ª TURMA RECURSAL - JEF/DF
RELATOR 3
Turma Recursal
418
D862F839FBA81E12D383258771025046
PROCESSO: 0036713-95.2017.4.01.3400
RECORRENTE: MARIA DAS GRACAS COSTA DE SOUZA
ADVOGADO: - DEFENSORIA PUBLICA
RECORRIDO: INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
ADVOGADO:
EMENTA
ASSISTENCIAL E PROCESSUAL. BPC A DEFICIENTE. INEXISTÊNCIA DE REQUISITO LEGAL. NÃO
incapacidade laboral. Confira-se a conclusão do laudo pericial, textualmente: “Trata-se de perícia médica
para avaliar se o periciando tem direito ao benefício previdenciário ora requerido. No caso periciado,
conforme acima exposto, segundo a história da doença, sua evolução, relatórios médicos, exames de
imagem e exame físico, todos esses harmônicos entre si, foram evidenciados elementos médicos que
indicam a AUSÊNCIA DE INCAPACIDADE” (pág. 3).
7. Ou seja, a prova pericial foi taxativa em concluir pela não existência de deficiência impeditiva da parte
Autora. A produção da prova pericial em Juízo, de cunho médico, tem por fim esclarecer a situação
funcional da pessoa, quanto à saúde, no contexto de um procedimento em contraditório e imparcial,
devendo prevalecer sobre documentos unilateralmente juntados por uma das partes. Somente no caso de
a prova pericial judicial ser dúbia ou incompleta é que documentos juntados unilateralmente podem ser
usados para suprir a falta ou a dubiedade da prova pericial judicial, o que não é o caso. Por isso, não é o
caso de usar os documentos médicos juntados unilateralmente, para reconhecer o
impedimento/incapacidade da parte Autora.
8. Ademais, para se conceder benefício assistencial a deficiente, deve-se ter o requisito mínimo de
deficiência exigido pela Lei Orgânica de Assistência Social (LOAS – Lei 8.742/1993), que considera
deficiente a pessoa que “tem impedimento de longo prazo de natureza física, mental, intelectual ou
sensorial, o qual, em interação com uma ou mais barreiras, pode obstruir sua participação plena e efetiva
na sociedade em igualdade de condições com as demais pessoas” (art. 20, § 2º).
9. Sendo assim, sem razão a parte Autora em seu recurso, visto que não se caracterizou o requisito do
impedimento de longo prazo.
10. Por fim, nas demandas de benefícios por impedimento/incapacidade, as avaliações são feitas
secundum eventum litis e rebus sic stantibus, ou seja, apenas nas condições e circunstâncias fáticas
dadas, razão pela qual novo pedido poderá ser deduzido, caso haja eventual agravamento do quadro de
saúde/deficiência da parte Autora. O que não se pode, neste momento e no contexto probatório do feito, é
conceder qualquer beneficio, pois o laudo pericial atestou peremptoriamente não haver
impedimento/incapacidade.
419
ACÓRDÃO
Decide a Segunda Turma Recursal dos Juizados Especiais Federais do Distrito Federal, por unanimidade,
Turma Recursal
2D8C277A6B910544578C4A24CEA69150
PROCESSO: 0048552-20.2017.4.01.3400
RECORRENTE: RITA BATISTA DE SANTANA
ADVOGADO: DF00043090 - PRISCILA GUIMARAES MATOS MACEIO
RECORRIDO: INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
ADVOGADO:
EMENTA
PREVIDENCIÁRIO E PROCESSUAL. BENEFÍCIO POR INCAPACIDADE. APOSENTADORIA POR
INVALIDEZ. ACRÉSCIMO DE VINTE E CINCO POR CENTO. ASSISTÊNCIA PERMANENTE DE
TERCEIROS. NÃO COMPROVAÇÃO. PREVALÊNCIA DO LAUDO PERICIAL.
1. A sentença rejeitou o pedido para condenar o INSS a implantar o acréscimo de 25% no valor do
benefício de aposentadoria por invalidez recebido pela parte Autora, desde a data do início da
incapacidade (1º de abril de 2012) ou, alternativamente, desde a DER (18 de fevereiro de 2016).
2. Razões do recurso interposto pela parte Autora: a) erro material quanto à espécie de aposentadoria
que recebe há muitos anos; b) a necessidade da ajuda de terceiros deveria ter sido dirimida por prova
pericial específica; c) é notório que necessita da assistência de terceiros; d) “em que pese não ter o
competente perito surpreendentemente ter verificado quando da realização da perícia, o estado de saúde
da recorrente piorou”; e) que merece uma avaliação mais criteriosa por parte da Justiça; f) retorno dos
“autos ao juízo de origem para que proceda nova avaliação por perito de confiança”.
3. A parte Ré não ofereceu resposta escrita ao recurso.
4. Parte Autora do sexo feminino, nascida em 17/04/1951 (atualmente com 68 anos de idade), solteira,
aposentada por invalidez desde 08/08/2006 (cf. Carta de Concessão p. 4/20, dos documentos que
acompanham à inicial, registrados em 21/11/2017), ensino fundamental incompleto (2ª série), residente
em Sobradinho/DF.
5. Há erro material no parágrafo introdutório da sentença, que assim consignou: cuida-se, na espécie, de
pedido de adicional de 25% sobre aposentadoria por idade”. É que a parte Autora recebe benefício por
invalidez (cf. Carta de Concessão p. 4/20, dos documentos que acompanham à inicial, registrados em
21/11/2017). Todavia, essa referência equivocada em nada macula a sentença, pois o fundamento da
rejeição do pedido inicial foi o de que a prova pericial foi desfavorável.
6. A propósito, a incapacidade da parte Autora é do tipo definitiva, total e omniprofissional, de acordo com
o laudo pericial registrado em 07/05/2018, realizado por médico especialista em cardiologia. Ocorre que o
mesmo laudo pericial informou expressamente que não é o caso de acompanhamento permanente de
outra pessoa para a realização de atos da vida diária (quesito “5”, p.7).
7. O art. 45 da Lei 8.213/91 estabelece que “o valor da aposentadoria por invalidez do segurado que
necessitar da assistência permanente de outra pessoa será acrescido de 25%”. Todavia, como dito, não
foi o constatado pelo laudo médico pericial no presente Turma Recursal
2D8C277A6B910544578C4A24CEA69150
caso, que, apesar de reconhecer o estado de incapacidade laboral da parte Autora, concluiu pela
desnecessidade do acompanhamento permanente de terceiros.
8. A produção da prova pericial em Juízo, de cunho médico, tem por fim esclarecer a situação funcional
do segurado, quanto à saúde, no contexto de um procedimento em contraditório e imparcial. No caso de a
prova pericial judicial ser dúbia ou incompleta é que documentos juntados unilateralmente podem ser
usados para suprir a falta ou a dubiedade da prova pericial judicial, o que não é o caso. Por isso, não é o
420
caso de usar documentos médicos juntados unilateralmente para alcançar conclusão diversa da
apresentada pelo laudo pericial, tampouco se faz necessária nova perícia judicial.
9. Não provimento do recurso interposto pela parte Autora.
10. Sem honorários advocatícios. A instância revisora somente pode dispor sobre honorários, “levando
em conta o trabalho adicional realizado em grau recursal” (art. 85, § 11, NCPC). Não havendo efetivo
trabalho em grau recursal da parte Recorrida, não há como condenar a parte Recorrente em honorários
advocatícios. Além disso, a parte Autora é beneficiária da gratuidade de justiça.
ACÓRDÃO
Decide a Segunda Turma Recursal dos Juizados Especiais Federais do Distrito Federal, por unanimidade,
negar provimento ao recurso.
Turma Recursal
47A4BBCBAE427A1BD2FD0003B317A890
PROCESSO: 0021259-41.2018.4.01.3400
RECORRENTE: DALVANIR PEDROSA DA SILVA
ADVOGADO: DF00009610 - GILSON MOREIRA DA SILVA E OUTRO(S)
RECORRIDO: INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
ADVOGADO:
EMENTA
PREVIDENCIÁRIO E PROCESSUAL. BENEFÍCIO POR INCAPACIDADE. APOSENTADORIA POR
INVALIDEZ/AUXÍLIO-DOENÇA. INEXISTÊNCIA DE INCAPACIDADE LABORATIVA. PREVALÊNCIA DO
LAUDO PERICIAL PRODUZIDO EM JUÍZO. NÃO PROVIMENTO DO RECURSO.
1. A sentença rejeitou o pedido de aposentadoria por invalidez/auxílio-doença, sob a fundamentação de
ausência de incapacidade laborativa, conforme laudo pericial.
2. Razões do recurso interposto pela parte Autora: a) è desarrazoado entender que está capaz para o
retorno ao trabalho, pois desde 18/10/2017 está totalmente incapacitada para as atividades laborais, que
compromete suas necessidades básicas de subsistência; b) a própria Autarquia reconheceu a
incapacidade laborativa, contudo, suspendia o benefício por alta programada; c) a sentença considerou
apenas o laudo pericial, desconsiderando os documentos juntados ao processo; d) alta programada; e)
necessidade de auxílio doença pelo acometimento de incapacidade desde 2017, devendo ser levado em
observância o laudo anexo ao processo.
3. O INSS não ofereceu resposta escrita ao recurso.
4. Parte Autora do sexo feminino, nascida em 27/04/1976 (atualmente com 43 anos de idade), casada,
ensino médio incompleto, última função como atendente (p. 2, do laudo), residente e domiciliado em
Ceilândia Sul/DF.
5. O laudo pericial foi produzido por médico especialista em ortopedia e traumatologia, ou seja,
especialidade habilitada para periciar a lesão/doença da parte Autora, depois do seu exame pessoal,
tendo sido considerada a documentação juntada ao feito, conforme dá conta o próprio laudo, o qual refere
os relatórios dos dias 05/10/2017 quanto à ressonância magnética de coluna, de quadril direito e de coxa
direita e 03/05/2018 de radiografia de coluna lombossacra (p. 2 do laudo).
6. Há registros no procedimento pericial da consideração no histórico da moléstia atual, que a parte faz
acompanhamento ortopédico regular, com uso frequente de medicações analgésicas, além de que
realizou tratamento fisioterápico sendo submetida à infiltração do quadril, com melhora clínica parcial.
Concluindo que, “No caso periciado, conforme acima exposto, segundo a história da doença, sua
evolução e exame físico, todos esses harmônicos entre si, não foram evidenciados elementos médicos
ortopédicos que indicassem a presença de incapacidade laboral ortopédica atual” (p. 2 do laudo), pelo
que sem razão a parte Autora, quanto a esse ponto. Turma Recursal
47A4BBCBAE427A1BD2FD0003B317A890
6. Aliás, a perícia registrada em 27/07/2018, realizada por médico especializado em Neurologia, constatou
que o periciando é portador de doença, CID: M76.0 (Tendinite glútea), mas que não a incapacita para o
exercício de atividade que garanta a subsistência (p. 4 do laudo). Após exame clínico detalhado, o mesmo
laudo pericial concluiu: “No caso periciado, conforme acima exposto, segundo a história da doença, sua
evolução e exame físico, todos esses harmônicos entre si, não foram evidenciados elementos médicos
ortopédicos que indicassem a presença de incapacidade laboral ortopédica atual. Não apresenta
elementos concretos que comprovem incapacidade laboral por conta da patologia apresentada (tendinite
glútea - CID10: M76.0)”.
421
7. A prova pericial foi taxativa em concluir pela ausência de incapacidade laborativa da parte Autora. A
produção da prova pericial em Juízo, de cunho médico, tem por fim esclarecer a situação funcional da
pessoa, quanto à saúde, no contexto de um procedimento em contraditório e imparcial, devendo
prevalecer sobre documentos unilateralmente juntados por uma das partes. Somente no caso de a prova
pericial judicial ser dúbia ou incompleta é que documentos juntados unilateralmente podem ser usados
para suprir a falta ou a dubiedade da prova pericial judicial, o que não é o caso. Por isso, não é o caso de
usar os documentos médicos juntados unilateralmente, para reconhecer a incapacidade laboral da parte
Autora.
8. Ora, como se sabe, ser portador de doença ou lesão não é a mesma coisa que ser portador de
incapacidade, conforme disciplinado pela legislação previdenciária. Como a incapacidade pode variar ao
ACÓRDÃO
Decide a Segunda Turma Recursal dos Juizados Especiais Federais do Distrito Federal, por unanimidade,
negar provimento ao recurso.
Brasília/DF, 15/5/2019.
Juiz David Wilson de Abreu Pardo
2ª TURMA RECURSAL - JEF/DF
RELATOR 3
Turma Recursal
FA84B1A2692D4606198C53D776F36DA0
PROCESSO: 0032167-60.2018.4.01.3400
RECORRENTE: UNIAO FEDERAL (FAZENDA NACIONAL)
ADVOGADO: - CELIA FERREIRA TAVARES DE LYRA
RECORRIDO: GERALDO DE ARAUJO GOMES
ADVOGADO: PB00008432 - CARMEN RACHEL DANTAS MAYER
EMENTA
TRIBUTÁRIO E PROCESSUAL. CONTRIBUIÇÃO PREVIDENCIÁRIA. CPSS. PRECATÓRIO/RPV.
CRÉDITOS RELATIVOS AOS PERÍODOS DE OUTUBRO DE 1995 A MAIO DE 2001 E DE JULHO DE
1998 A JUNHO DE 2006. SERVIDOR ATIVO/INATIVO. REGIME DE COMPETÊNCIA. APLICABILIDADE
DOS ARTS. 5º, 6º E 16-A DA LEI 10.887/2004. NÃO PROVIMENTO DO RECURSO.
1. A sentença acolheu em parte o pedido inicial para: “a) declarar a inexistência de relação
jurídico/tributária que obrigue a parte autora ao pagamento de contribuição previdenciária para o regime
próprio de previdência social (PSS) retido por ocasião do pagamento do precatório/RPV sobre o valor
principal e a correção monetária de vantagem remuneratória e/ou diferenças salariais de servidor público
exclusivamente da seguinte forma: 1) é ilegítima a incidência de PSS sobre as competências mensais até
30/04/1999; 2) a partir de 1º/05/1999 é válida a incidência de PSS sobre as competências mensais
somente para os servidores ativos, continuando ilegítima a incidência de PSS para os aposentados e
pensionistas até 19/05/2004; 3) a partir de 20/05/2004 é válida a incidência de PSS sobre as
competências mensais tanto para os servidores ativos como para aposentados e pensionistas; b) declarar
a inexistência de relação jurídico/tributária que obrigue a parte autora ao pagamento de contribuição
previdenciária para o regime próprio de previdência social (PSS) retido por ocasião do pagamento do
precatório/RPV sobre os juros de mora de vantagem remuneratória e/ou diferenças salariais de servidor
422
público”. A sentença, ainda, anulou o crédito tributário já constituído por eventuais lançamentos tributários
realizados até a data de prolação da sentença, abarcando o fato gerador do tributo, multa, juros e
correção monetária, e condenou a parte Ré a restituir os valores já recolhidos indevidamente até a data
de prolação da sentença.
2. Razões do recurso interposto pela União: a) ausência de documentação apta a comprovar o direito
alegado; b) prescrição quinquenal; c) contradição na sentença; d) a contribuição previdenciária para o
PSS incide sim sobre verbas recebidas a título de precatórios judiciais, conforme disposto no art. 16-A da
Lei nº 10.887/2004; e) inaplicabilidade do regime de competência; d) violação aos princípios que regem a
Seguridade Social (art. 40 da CF); f) interpretação literal da norma tributária (art. 111, CTN).
3. A parte Autora não ofereceu resposta escrita ao recurso.
indicação da retenção da contribuição previdenciária, planilhas de cálculos dos períodos referentes aos
créditos, documentos pessoais e comprovante de aposentadoria, na qual indica sua condição de
aposentada desde 31/03/2015 (cf. Portaria n.º 656 de 31 de março de 2015 - EPROC DOCUMENTOS DA
INICIAL – p. 7/15).
5. Ademais, não há que se falar em prescrição quinquenal, pois não se passaram cinco anos entre a data
de recolhimento da CPSS e a propositura desta ação. Com efeito, os créditos foram levantados em
10/12/2015 e em 13/06/2017, enquanto a ação foi proposta em 04/09/2018, antes de transcorridos cinco
anos.
6. A União alega que “a r. decisão foi contraditória na medida em que aduziu que somente após a partir
de 1º/05/1999 é que foi instituída a contribuição previdenciária dos servidores ativos da administração
federal, eis que referida contribuição foi instituída, inicialmente pelo Decreto nº 83.081/1979, que em
seguida foi revogado pela Emenda Constitucional nº 3/1993, de 17 DE MARÇO DE 1993, tendo a sua
alíquota sido regulamenta por diversas leis infraconstitucionais”.
7. Contudo, a contradição não existe. A contribuição previdenciária incidente sobre a remuneração dos
servidores ativos foi instituída pelo art. 1º da Lei nº 9.783/1999, à alíquota de 6% (seis por cento) e a
obrigatoriedade da incidência da contribuição ao PSS surge para os servidores inativos somente com a
vigência do art. 16-A da Lei nº 10.887/2004, em 20/05/2004, à alíquota de 11%. Logo, a sentença se
encontra fundamentada sem contradição, ainda que possa ser impugnada quanto ao acerto de seus
fundamentos. Mas a eventual falta de correção de uma sentença em face da melhor interpretação do
direito positivo não equivale a contradição.
8. Outrossim, de se dizer que “a retenção do PSS sobre o principal deve observar as tabelas e alíquotas
vigentes à época em que deveriam ter sido pagos (regime de competência). Precedentes deste TRF1”
(AC 0011973-54.2010.4.01.4100/RO, Rel. Des. Fed. Novély Vilanova, Oitava Turma, e-DJF1 p.807 de
05/09/2014).
9. Assim, cuidando a espécie de créditos relativos às competências de outubro de 1995 a maio de 2001 –
referente a 3,17% (cf. planilha de cálculos, p. 19/36 da DOCUMENTAÇÃO INICIAL) e de julho de 1998 a
junho de 2006 – referentes a 28,86% (cf. planilha de cálculos, p. 14/15 da DOCUMENTAÇÃO INICIAL),
em grande parte do período ainda não se encontrava vigente a obrigatoriedade da incidência da alíquota
de 11% da contribuição ao PSS, fixada no art. 16-A da Lei nº 10.887/2004. Ademais, a parte Autora se
encontra efetivamente aposentada desde 31/03/2015 (cf. Portaria n.º 656 de 31 de março de 2015 -
EPROC DOCUMENTOS DA INICIAL – p. 7/15);
10. Embora a retenção de valores devidos a título de contribuição ao Plano de Seguridade Social decorra
de imposição legal, sendo devida a dedução no momento do recebimento dos valores por meio de
precatório/RPV, deve-se observar o regime de competência, vez que o Superior Tribunal de Justiça tem o
entendimento de que a incidência de tributos sobre as verbas devidas a servidores públicos deve
observar a legislação tributária vigente à época em que os pagamentos deveriam ter sido efetuados. STJ,
AgRg no Ag 766.896/SC, 1.ªTurma, Rel. Ministro JOSÉ DELGADO, DJ de 19/03/2007; STJ, AgRg no
REsp 1224230, Rel. Min. BENEDITO GONÇALVES, DJe Turma Recursal
FA84B1A2692D4606198C53D776F36DA0
01/03/2012; STJ, AgRg no REsp 1168539/RS, Rel. Min. LAURITA VAZ, DJe 08/11/2011.
11. Assim, deve ser aplicada a lei vigente à época em que a verba deveria ter sido recebida, inclusive
quanto à situação de (in)atividade da pessoa. Nesse sentido, o entendimento da TNU: “PEDIDO
NACIONAL DE UNIFORMIZAÇÃO DE JURISPRUDÊNCIA. CONTRIBUIÇÃO PREVIDENCIÁRIA. PSS.
INCIDÊNCIA SOBRE APOSENTADORIAS E PENSÕES. LIMITE DE INCIDÊNCIA: O TETO DO RGPS.
AGRAVAMENTO DA SITUAÇÃO DO RECORRENTE, EM CASO DE PROVIMENTO. INCIDENTE
CONHECIDO E IMPROVIDO. (…)5. Assim, nos casos em que se refere ao período anterior à edição da
Emenda Constitucional nº 41/2003, não são devidos os descontos em referência, porquanto o fato
gerador da obrigação previdenciária guarda correspondência com a época em que a verba era devida,
razão pela qual não se pode admitir a exação sobre valores que deveriam ter sido pagos em período
anterior à taxação dos inativos e pensionistas. 6. Quanto ao período posterior à edição da EC nº 41/03,
mesmo tendo o fato gerador do tributo ocorrido em momento no qual era possível a sua incidência, o
desconto deve obedecer ao requisito expresso no art. 5º da Lei 10.887/2004, ou seja, somente poderá
423
incidir o PSS sobre os valores que ultrapassarem o teto estabelecido pelo RGPS.(...)” (TNU, PEDILEF
05028736620144058400, DJ 13/10/2015).
12. O certo é que a sentença está de acordo com a legislação e a jurisprudência, não tendo sido a União
específica em relação aos pontos centrais do seu recurso, além de levantá-los de maneira quase sempre
genérica. Por isso, a sentença merece ser mantida.
13. Não provimento do recurso interposto pela União.
14. Sem honorários advocatícios. A instância revisora somente pode dispor sobre honorários, “levando
em conta o trabalho adicional realizado em grau recursal” (art. 85, § 11, NCPC). Não havendo efetivo
trabalho em grau recursal da parte Recorrida, não há como condenar a parte Recorrente em honorários
advocatícios.
RELATOR 3
Turma Recursal
ED062EAADBCE8A9BAF0C911730450646
PROCESSO: 0014309-16.2018.4.01.3400
RECORRENTE: GERVASIO DOS SANTOS NOVAIS
ADVOGADO: DF00032188 - CRISTIANO LUIZ BRANDAO CUNHA
RECORRIDO: INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
ADVOGADO:
EMENTA
PREVIDENCIÁRIO E PROCESSUAL. BENEFÍCIO POR INCAPACIDADE. RESTABELECIMENTO DE
AUXÍLIO-DOENÇA. PERÍCIA INDICANDO TEMPO DA INCAPACIDADE LABORATIVA. PAGAMENTO
DE PARCELAS RETROATIVAS. PEDIDO ABRANGIDO PELA PRETENSÃO DEDUZIDA EM JUÍZO.
PROVIMENTO DO RECURSO.
1. A sentença rejeitou o pedido de auxílio-doença, sob o fundamento de ausência de incapacidade
laborativa: “Com efeito, nas conclusões expostas pelo perito consta que segundo a história da doença,
sua evolução e exame físico, todos esses harmônicos entre si, não foram evidenciados elementos
médicos ortopédicos que indicassem a presença de incapacidade laboral ortopédica atual”.
2. Razões do recurso interposto pela parte Autora: a) equívoco da sentença ao considerar apenas a
ausência incapacidade na data do laudo sem mencionar que o laudo médico pericial pontuou pela
incapacidade por 12 meses após o procedimento cirúrgico; b) o procedimento cirúrgico foi em 22/09/2017
e o benefício foi cessado em 04/04/2018, 05 meses e 18 dias após a cirurgia, sendo que pelo laudo só
deveria ter cessado em 22/09/2018; c) reforma da sentença para conceder as parcelas restantes para
completas os 12 meses que eram de direito para reabilitação da incapacidade.
3. O INSS não ofereceu resposta escrita ao recurso.
4. Parte Autora do sexo masculino, nascida em 13/03/1990 (atualmente com 29 anos de idade), casado,
vendedor, ensino médio completo, residente no Riacho Fundo II/DF.
5. A perícia registrada em 23/07/2018, realizada por médico especialista em Ortopedia e Traumatologia,
constatou que o periciando não possui doença/lesão que a incapacita para o exercício de atividade que
lhe garanta a subsistência (p. 4 do laudo), concluindo que a parte Autora, “segundo a história da doença,
sua evolução e exame físico, todos esses harmônicos entre si, não foram evidenciados elementos
médicos ortopédicos que indicassem a presença de incapacidade laboral ortopédica atual”. Seja como for,
a conclusão do laudo afirma, ainda, que “Há indícios concretos de incapacidade laboral total por um total
de doze meses após o procedimento cirúrgico, período médio necessário para reabilitação pósoperatória
de casos como este” (grifo).
6. Conforme atestado (registro em 25/04/2018, p. 4, laudos e atestados), a cirurgia foi realizada em
21/09/2017, sendo que, com base no histórico de créditos do INSS (registro em 25/04/2018, relatório
benefício previdenciário), a Data de Cessação do Benefício - DCB foi em 04/04/2018. Logo, de acordo
com o laudo o benefício deveria Turma Recursal
ED062EAADBCE8A9BAF0C911730450646
ter durado por 12 meses, até 20/09/2018, tendo razão a parte Recorrente, no ponto, já que na inicial pediu
o restabelecimento do auxílio doença desde a cessação indevida.
424
7. Ou seja, a prova pericial foi taxativa em concluir pela ausência contemporânea de incapacidade
laborativa da parte Autora, é dizer, na data do laudo. Por isso, com razão a sentença não restabeleceu o
benefício. Contudo, conforme exposto, deveria ter sido reconhecido o direito ao pagamento das parcelas
justificadas pelo laudo pericial, para o computo total dos 12 meses, pois o pedido inicial de
restabelecimento do benefício, de modo claro, abrange essa parte da pretensão, agora reforçada em
sede recursal.
8. Provimento do recurso interposto pela parte Autora para condenar o INSS a lhe pagar as parcelas do
benefício de auxílio que recebia, entre 05/04/2018 e 20/09/2018, devidamente corrigidas e com juros, de
acordo com o MCJF.
9. Honorários advocatícios incabíveis, por falta de previsão legal para o arbitramento, quando há
Turma Recursal
1BEF5A24BAB697AF2793A9FF9A1092EA
PROCESSO: 0000641-75.2018.4.01.3400
RECORRENTE: EVANDIR DUARTE PIRES
ADVOGADO: DF00025089 - GILBERTO SIEBRA MONTEIRO
RECORRIDO: UNIAO FEDERAL
ADVOGADO: - JACIRA DE ALENCAR ROCHA
EMENTA
ADMINISTRATIVO, PREVIDENCIÁRIO E PROCESSUAL. SERVIDOR PÚBLICO. AGENTE DE SAÚDE.
APOSENTADORIA ESPECIAL. APLICABILIDADE DAS REGRAS PRÓPRIAS DOS TRABALHADORES
EM GERAL. CONDIÇÕES ESPECIAIS NÃO COMPROVADAS. ABONO DE PERMANÊNCIA
PREJUDICADO. NÃO PROVIMENTO DO RECURSO.
1. A sentença rejeitou o pedido da inicial, sob o fundamento de que “não tendo a parte autora
apresentado nenhuma prova relevante a fim de comprovar que trabalha em contato com agentes
insalubres previstos na legislação previdenciária, não há como declarar que desenvolveu atividade
especial desde que ingressou no serviço público. Como consequência disso, também não há como
reconhecer que teria direito ao abono de permanência desde quando completou 25 anos de serviço”.
2. Razões do recurso interposto pela parte Autora: a) as atividades desempenhadas são compatíveis com
as descritas nos Decretos nºs 53.831/1964 e 83.080/1979, pois realizou, "em caráter habitual e
permanente, não ocasional nem intermitente, atividades de combate e controle a endemias, no manuseio
de venenos, organofosforados, em ação contra vetores tais como dengue, e outros, em especial no
manejo e aplicação de praguicidas diversos"; b) ineficácia dos Equipamentos de Proteção Individual –
EPIs, tendo sempre recebido adicional de insalubridade; c) o período anterior a 1990(CLT) e/ou
01/12/1990 até dezembro/1998 deve ser reconhecido como especial, independentemente de constar no
PPP a informação acerca do EPI eficaz; d) no período de 29/04/1995 a 31/0/2010 embora o EPI conste
como eficaz, no sítio do Ministério do Trabalho e Emprego, o equipamento resumia-se em luvas a base de
borracha natural, o que evidenciou não se mostrar apto a neutralizar a nocividade, além disso, a
Autarquia não apresentou PPP; e) no período de 01/09/2010 a 27/12/2017, embora o Ministério da Saúde
também não tenha elaborado PPP, os documentos juntados são suficientes para demonstrar que estava
trabalhando em condições insalubres, devendo aplicar o princípio da presunção, vez que o Ministério da
Saúde também informa a inexistência de documentos relativos a laudos LACTS, PPPS; f)
alternativamente, seja anulada a sentença para realizar diligências requeridas.
3. A União ofereceu resposta escrita ao recurso.
4. Como se sabe, “o Plenário do STF já adotou o entendimento de que, inexistente a disciplina específica
da aposentadoria especial do servidor, impõe-se a adoção, via pronunciamento judicial, daquela regra
própria aos trabalhadores em geral - artigo 57, § 1º, da Lei nº 8.213/91(STF, Pleno, Mandado de Injunção
nº 721/DF, Rel. Min. Turma Recursal
1BEF5A24BAB697AF2793A9FF9A1092EA
MARCO AURÉLIO, 30/11/2007)” (Apelação 00436659820104013800, rel. Juiz Federal Antônio Francisco
do Nascimento, e-DJF1 de 16/06/2016).
425
5. Até 28/04/1995, o reconhecimento do exercício de atividade especial poderia ser feito com base em
dois critérios: a) por categoria profissional, considerando as atividades constantes do Decreto nº
53.831/1964 e Decreto nº 83.080/1979; b) pela comprovação, por qualquer meio de prova, da submissão
do segurado aos agentes nocivos elencados no e no Anexo I do Decreto nº 83.080/79. De 29/04/1995 a
05/03/97, o reconhecimento exige a comprovação da efetiva submissão aos agentes nocivos, por
intermédio dos formulários SB-40 e DSS-8030 ou PPP referente à categoria profissional. A partir de
06/03/1997, a atividade desenvolvida sob condições especiais deve estar comprovada por laudo técnico
(ou por PPP preenchido com base em laudo técnico-pericial).
6. Em relação à categoria profissional, a parte Autora não trouxe qualquer documento que comprovasse o
exercício das atividades descritas nos Decretos 53.831/1964 e 83.080/1979. Tampouco foi colacionado
seu, nos termos do art. 373, I do CPC. Laudos técnicos relacionados a terceiros, estranhos ao presente
processo, não são aptos a demonstrar a especialidade do labor prestado pela parte autora. Inclusive o §
4º do art. 15 da ON 16/13 do MPOG veda que documentos relacionados a órgãos, atividades e pessoas
diversos possam ser aceitos para fins de comprovação do tempo especial.
10. Finalmente, a parte Recorrente jamais protestou apropriadamente pela produção de prova pericial. E
talvez não o tenha feito porque se entende que, no âmbito do JEF, a perícia pertinente não pode ter lugar,
já que complexa, a exigir, por exemplo, a avaliação do ambiente laboral. A pessoa que figura como parte
Autora reside em município do interior do Ceará (cf. petição inicial), a inviabilizar a produção dessa prova.
Outrossim, essa prova apontaria para necessidade de aferir contextos ambientais não contemporâneos
do espaço laboral, a tornar ainda mais complexa a produção da prova. Em hipóteses tais, o TRF1 tem
entendido não caber ao JEF a produção de tal prova, conforme CC 0013151-72.2017.4.01.0000, Des.
Fed. Gilda Sigmaringa Seixas, 1ª Seção, e-DJF1 de 25/4/2018.
11. Certo é que, não demonstrado o trabalho prestado em condições especiais, prejudicados ficam os
demais pedidos, devendo ser mantida a sentença.
12. Precedentes no mesmo sentido da TR2/JEF/DF, julgados nas Sessões de 25/10/2017, de 8/11/2017 e
de 24/10/2018, dentre outros: 0007879-82.2017.4.01.3400, 0017849-09.2017.4.01.3400, 0008448-
83.2017.4.01.3400, 0023118-29.2017.4.01.3400, 0006161-50.2017.4.01.3400.
13. Não provimento do recurso interposto pela parte Autora.
14. Honorários advocatícios pela parte Recorrente em 10% sobre o valor da condenação (artigo 55 da Lei
nº 9.099/1995), com suspensão do pagamento enquanto a parte credora não demonstrar que deixou de
existir a situação de insuficiência de recursos que justificou a concessão da gratuidade da Justiça,
extinguindo-se a dívida cinco anos após o trânsito em julgado deste acórdão (art. 98, § 3º, NCPC).
ACÓRDÃO
Decide a Segunda Turma Recursal dos Juizados Especiais Federais do Distrito Federal, por unanimidade,
negar provimento ao recurso.
Brasília/DF, 15/5/2019.
Juiz David Wilson de Abreu Pardo
2ª TURMA RECURSAL - JEF/DF Turma Recursal
1BEF5A24BAB697AF2793A9FF9A1092EA
426
RELATOR 3
Turma Recursal
5424EC9713974B618A130A0F9B196DF5
12.702/12 não respeitou o princípio da paridade, razão pela qual requer lhe seja assegurado o pagamento
da GECEPLAC, tal como é paga aos servidores ativos; e) estende-se aos servidores inativos a
gratificação extensiva, em caráter genérico, a todos os servidores em atividade; f) a Lei 12.702/2012
dispõe que a GECEPLAC integrará os proventos da aposentadoria e as pensões se houver sido
percebida pelo servidor que a ela fizer jus por mais de 60 (sessenta) meses.
4. A parte Ré ofereceu resposta rescrita ao recurso.
5. A Gratificação de Apoio à Execução de Atividades da Comissão Executiva do Plano da Lavoura
Cacaueira – GECEPLAC foi instituída pela Lei 12.702, de 07 de agosto de 2012, fruto da conversão da
Medida Provisória n. 568, de 11 de maio de 2012, nos seguintes termos:
Art. 2o Fica instituída a Gratificação de Apoio à Execução de Atividades da Comissão Executiva do Plano
da Lavoura Cacaueira - GECEPLAC, devida aos titulares de cargos de provimento efetivo regidos pela Lei
nº 8.112, de 11 de dezembro de 1990, integrantes do Plano Geral de Cargos do Poder Executivo - PGPE,
de que trata a Lei nº 11.357, de 19 de outubro de 2006, ou do Plano de Carreira dos Cargos de Atividades
Técnicas e Auxiliares de Fiscalização Agropecuária - PCTAF, lotados e em efetivo exercício na Ceplac,
enquanto permanecerem nessa condição.
§ 1o Os valores da GECEPLAC são os constantes do Anexo II desta Lei, com efeitos financeiros a partir
das datas nele estabelecidas.
§ 2o Os servidores que fizerem jus à GECEPLAC que cumprirem jornada de trabalho inferior a 40
(quarenta) horas semanais perceberão a gratificação proporcional a sua jornada de trabalho.
427
§ 3o A Geceplac será paga em conjunto com a Gratificação de Desempenho do Plano Geral de Cargos
do Poder Executivo - GDPGPE ou com a Gratificação de Desempenho de Atividade Técnica e Auxiliar em
Fiscalização Agropecuária - GDTAF, e não servirá de base de cálculo para quaisquer outros benefícios ou
vantagens. (Redação dada pela Lei n º 13.324, de 2016)
§ 4o A GECEPLAC somente integrará os proventos da aposentadoria e as pensões se houver sido
percebida pelo servidor que a ela fizer jus por mais de 60 (sessenta) meses.
§ 5o A GECEPLAC não será devida nas hipóteses de cessão.
6. De acordo com os dispositivos transcritos, a GECEPLAC constitui uma gratificação paga a todos os
servidores que estão lotados e em efetivo exercício na CEPLAC. Isso quer dizer que basta essa condição,
para se ter direito ao recebimento da GECEPLAC. O decisivo é que os ocupantes de cargos efetivos
7. Considere, todavia, que a natureza genérica da GECEPLAC se restringe ao âmbito dos servidores
lotados na CEPLAC, não alcançando servidores lotados em outros órgãos, ainda que oriundos dos
mesmos quadros. Como dito, se todos os servidores lotados e em exercício na CEPLAC recebem aquela
gratificação apenas por essa situação, o seu caráter genérico se restringe ao âmbito daquela Comissão.
Isso é importante para o julgamento da causa porque é necessário que a parte Autora tenha se
aposentado, ou seja titular de pensão instituída por aposentado, cujos atos de aposentações tenham se
dado no âmbito daquela Comissão. Apenas assim a paridade poderá ter o efeito pretendido pela
pretensão autoral.
8. Precedente do STJ: AgRg no Mandado de Segurança 21.601 - DF (2015/0033856-5), Rel. Min. Herman
Benjamim, Primeira Seção, DJe de 1/9/2016: “A GECEPLAC por ser uma gratificação paga a todos os
servidores que estão lotados e em efetivo exercício na CEPLAC, indistintamente, conforme a Lei
12.702/2012, converte-se em gratificação de natureza genérica extensível a todos os aposentados e
pensionistas”. A propósito, essa ação mandamental foi impetrada pela Associação dos Aposentados da
CEPLAC, a confirmar que o caráter genérico da GECEPLAC vale para os servidores que ali são ou foram
lotados, neste último caso aposentando-se no âmbito do órgão.
9. No caso, os documentos acostados ao processo indicam o instituidor da pensão recebida pela Autora,
não estava lotado na CEPLAC e exercia suas atividades no âmbito do Ministério da Agricultura, Pecuária
e Abastecimento, como auxiliar de portaria (cf. comprovante de rendimentos da documentação inicial,
registrada em 24/05/2016, p. 9/11), e ali se aposentou em 14/03/1983 (cf. Portaria da Divisão de Pessoal
do Departamento de Pessoal do Departamento Nacional de Obras, da documentação inicial, registrada
em 24/05/2016, p. 3/11).
10. Afora isso, a própria Lei 12.702/2012 dispõe que a GECEPLAC integrará os proventos da
aposentadoria e as pensões se houver sido percebida pelo servidor que a ela fizer jus por mais de 60
(sessenta) meses, o que não ocorreu na hipótese. No presente caso, o instituidor da pensão, aposentado
desde 14/03/1983 (cf. Portaria da Divisão de Pessoal do Departamento de Pessoal do Departamento
Nacional de Obras, da documentação inicial, registrada em 24/05/2016, p. 3/11), veio a falecer em julho
de 2013, tendo a GECEPLAC sido instituída pela Lei 12.702, de 07 de agosto de 2012, fruto da conversão
da Medida Provisória n. 568, de 11 de maio de 2012, menos de 60 60 (sessenta) meses antes do óbito.
11. Por outro lado, por força da Súmula Vinculante n. 37/STF "não cabe ao Poder Judiciário, que não tem
função legislativa, aumentar vencimentos de servidores públicos sob fundamento de isonomia".
12. Não provimento do recurso interposto pela parte Autora. Mantida a sentença de rejeição do pedido,
ainda que por fundamento diverso.
13. Honorários advocatícios pela parte Recorrente em 10% sobre o valor corrigido da causa (art. 55 da
Lei n. 9.099/1995), com suspensão do pagamento enquanto a parte credora não demonstrar que deixou
de existir a situação de insuficiência de recursos que justificou a concessão da Gratuidade de Justiça,
extinguindo-se a dívida cinco anos após o trânsito em julgado deste Acórdão (art. 98, § 3º, NCPC). Turma
Recursal
5424EC9713974B618A130A0F9B196DF5
ACÓRDÃO
Decide a Segunda Turma Recursal dos Juizados Especiais Federais do Distrito Federal, por unanimidade,
negar provimento ao recurso.
Brasília/DF, 15/5/2019.
Juiz David Wilson de Abreu Pardo
2ª TURMA RECURSAL - JEF/DF
RELATOR 3
Turma Recursal
428
BDA484F00664335A28349F45CFD3DF27
PROCESSO: 0035454-31.2018.4.01.3400
RECORRENTE: UNIAO FEDERAL (FAZENDA NACIONAL)
ADVOGADO: - CELIA FERREIRA TAVARES DE LYRA
RECORRIDO: SIDNEY JOSE DE SA PEREIRA
ADVOGADO: DF00055573 - MYLENE QUITÉRIA CALDAS E OUTRO(S)
EMENTA
TRIBUTÁRIO E PROCESSUAL. VALORES RECEBIDOS POR MEIO DE PRECATÓRIO/RPV.
10/10/2018, p. 10), planilha de cálculos dos períodos referentes aos créditos (cf. PETIÇÃO RECEBIDA -
EPROC 04 DOCS EXEC DOCUMENTOS, registro em 10/10/2018, pp. 3/4), extrato bancário com o
desconto da contribuição ao PSS (cf. PETIÇÃO RECEBIDA – EPROC 3 DOCS PESSOAIS, registro em
10/10/2018, pp. 7/11) e cópia da Portaria nº 1.769 de 10 de outubro de 2011, concedendo aposentadoria
especial voluntária ao Autor (cf. PETIÇÃO RECEBIDA – EPROC 3 DOCS PESSOAIS, registro em
10/10/2018, p. 12).
5. Ademais, não há que se falar em prescrição quinquenal, pois não se passaram cinco anos nem mesmo
entre a data da abertura da conta para o depósito, em 31/10/2016 (cf. PETIÇÃO RECEBIDA – EPROC 3
DOCS PESSOAIS, registro em 10/10/2018, p. 7/11), e o ajuizamento da ação em 10/10/2018, quanto
mais entre o levantamento dos valores e esta última data, a da propositura da ação.
6. Outrossim, a sentença é parcialmente nula, por ir além do pedido. Com efeito, na petição inicial, a parte
Autora formulou apenas o seguinte pedido: “seja julgada procedente a ação, determinando-se a
devolução do valor retido a título de PSS, em relação aos juros de mora” (p. 8 da inicial).
7. É vedado ao juiz condenar a parte em quantidade superior do que lhe foi demandado (art. 492, NCPC).
Por isso, deve ser decretada a nulidade da sentença, na parte em que declarou “a inexistência de relação
jurídico/tributária que obrigue a parte autora ao pagamento de contribuição previdenciária para o regime
próprio de previdência social (PSS) retido por ocasião do pagamento do precatório/RPV sobre o valor
principal”.
8. De outra banda, a sentença se mantém na parte que reconheceu a inexigibilidade de contribuição para
o PSS sobre os juros de mora, ponto sobre o qual não se recorreu.
9. Provimento parcial do recurso interposto pela parte Ré, para anular a parte da sentença que declarou
“a inexistência de relação jurídico/tributária que obrigue a parte autora ao pagamento de contribuição
previdenciária para o regime próprio de previdência social (PSS) retido por ocasião do pagamento do
precatório/RPV sobre o valor principal”, mantendo-a no tocante à inexigibilidade de contribuição para o
PSS sobre os juros de mora, inclusive porque esta última parte sequer foi objeto do recurso.
429
10. Honorários advocatícios incabíveis, por falta de previsão legal para seu arbitramento, no âmbito do
JEF, quando há provimento do recurso julgado (artigo 55, caput, da Lei n. 9.099/1995). Turma Recursal
BDA484F00664335A28349F45CFD3DF27
ACÓRDÃO
Decide a Segunda Turma Recursal dos Juizados Especiais Federais do Distrito Federal, por unanimidade,
dar provimento parcial ao recurso.
Brasília/DF, 15/5/2019
Juiz David Wilson de Abreu Pardo
2ª TURMA RECURSAL - JEF/DF
Turma Recursal
65EF519BA6344367CC391D571B2EB974
PROCESSO: 0007016-29.2017.4.01.3400
RECORRENTE: INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
ADVOGADO: - PATRICIA WILMA CORREIA PACHECO
RECORRIDO: ROSILDA GONCALVES DOS SANTOS
ADVOGADO: DF00022393 - WANESSA ALDRIGUES CANDIDO E OUTRO(S)
EMENTA
PREVIDENCIÁRIO E PROCESSUAL. BENEFÍCIO POR INCAPACIDADE. AUXÍLIO-DOENÇA.
INCAPACIDADE TEMPORÁRIA, PARCIAL E MULTIPROFISSIONAL. NECESSIDADE DE
INTERVENÇÃO CIRÚRGICA. PREVISÃO LEGAL DE SUBMISSÃO DO SEGURADO À REABILITAÇÃO
PELO INSS. MANUTENÇÃO DO AUXÍLIO DOENÇA, DURANTE O PROCESSO DE REABILITAÇÃO.
NÃO PROVIMENTO DO RECURSO.
1. A sentença concedeu a antecipação de tutela e acolheu parcialmente o pedido da Autora para: a)
condenar o INSS a conceder o benefício de auxílio-doença pelo prazo de 24 (vinte e quatro) meses, com
DIP a partir da prolação da sentença (30/11/2018); b) determinar ao INSS o pagamento dos atrasados
desde a DII (31/8/2016), corrigidos a partir dos parâmetros delineados pelo Supremo Tribunal Federal no
julgamento do RE nº 870.947/SE e pelo Superior Tribunal de Justiça no julgamento do REsp nº
1.495.146/MG; c) conceder a tutela antecipada e fixar o prazo de 15 dias para implementação do
benefício de auxílio doença, sob pena de multa diária.
2. Razões do recurso interposto pelo INSS: a) “realizada perícia judicial, a conclusão apresentada foi no
sentido da existência de incapacidade temporária, bem como de que a recuperação da parte autora
dependeria de tratamento cirúrgico. Por tal razão, o juízo a quo fixou o prazo de 24 meses para a vigência
do auxilio doença. Entretanto, ainda que o tratamento preconizado seja o cirúrgico, estimar a DCB do
benefício em prazo tão longo não se mostra razoável, além de estar em dissonância com a legislação
previdenciária”; b) “o art. 101 da Lei 8.213/91 preceitua que o segurado em gozo de benefício por
incapacidade não está obrigado a submeter-se a procedimento cirúrgico. Todavia, por força do mesmo
dispositivo legal é obrigatória a submissão a exames médicos a cargo da Autarquia e a tratamento médico
disponibilizado gratuitamente”; c) “a estimativa feita pelo perito judicial depende de evento ainda incerto
(cirurgia sem previsão para ocorrer), caso o auxílio-doença venha a ser concedido judicialmente, deve ser
fixado o prazo de 120 dias previsto no §9º do art. 60 da Lei 8.213/1991, com a redação dada pela Lei nº
13.457/2017, cabendo ao autor pedir a prorrogação junto ao INSS findo o prazo”; d) no que se refere aos
juros e correções monetárias nas condenações impostas à Fazenda Pública, deve se aplicar o art. 1º-F da
Lei 9.494/97, com a redação do art. 5º da Lei 11.960/2009, haja vista tratar-se de atualização do quantum
debeatur, ou seja, antes de inscrito em precatório, situação acerca da qual ainda se desconhece o marco
temporal fixado pelo STF na modulação dos efeitos.
3. A parte Autora ofereceu resposta escrita ao recurso. Turma Recursal
65EF519BA6344367CC391D571B2EB974
4. Parte Autora do sexo feminino, nascida em 12/09/1960 (58 anos de idade), casada, ensino médio
completo, manicure (última função declarada), residente em Brazlândia/DF.
5. A perícia médica judicial, registrada em 16/10/2017, realizada por médico especialista em Medicina do
Trabalho, Medicina Legal e Perícias Médicas e Medicina de Tráfego, constatou que a parte Autora é
portadora de doença/lesão de CID M53.1 (síndrome cervico braquial), CID M50.1 (transtorno do disco
cervical com radiculopatia) e CID M50.1 (dor lombar baixa). E concluiu que a incapacidade laboral é
parcial, multiprofissional, temporária e que o benefício deveria ser concedido até a realização de
procedimento cirúrgico e reabilitação funcional (p. 8/11).
6. O laudo médico é expresso e taxativo em registrar que a parte Autora está “inapta para quaisquer
atividades laborativas, até a realização do procedimento cirúgico e reabilitação funcional” (p.11). O perito
430
médico judicial esclareceu, ainda, que “reabilitação funcional não é reabilitação profissional e sim
recuperação após o procedimento cirúrgico necessário para sua melhora” (cf. ESCLARECIMENTO DE
LAUDO MÉDICO PERICIAIS, registrado em 29/05/2018).
7. Assim, não se trata de se aguardar com o passar do tempo a simples recuperação da incapacidade do
beneficiário para a atividade que exercia (manicure), haja vista a parte Autora ser incapaz parcial e
temporariamente até a realização de procedimento cirúrgico e reabilitação funcional. Portanto, a
reabilitação profissional (que visa a reinserir o beneficiário da Previdência Social no mercado de trabalho
através da capacitação profissional ao exercício de outra ou da mesma atividade laborativa) é o meio
adequado para possibilitar à parte Autora a subsistir por conta própria.
8. É o que determina o art. 62 da Lei n. 8.213/1991: “o segurado em gozo de auxílio-doença, insuscetível
julgamento, poderia até mesmo ser o caso de consignar que, não se obtendo sucesso na reabilitação
estabelecida pela lei, depois de certo prazo, seria o caso de aposentar por invalidez a parte Autora. Mas
esta não interpôs qualquer recurso, nem mesmo contra a parte da sentença que fixou a DCB em 24
meses.
11. Quanto aos juros e correção monetária, na Sessão de 20/09/2017, o STF concluiu o julgamento do
RE 870.947 (repercussão geral), definindo que “o artigo 1º-F da Lei 9.494/1997, com a redação dada pela
Lei 11.960/2009, na parte em que disciplina a atualização monetária das condenações impostas à
Fazenda Pública segundo a remuneração oficial da caderneta de poupança, revela-se inconstitucional ao
impor restrição desproporcional ao direito de propriedade (CRFB, art. 5º, XXII), uma vez que não se
qualifica como medida adequada a capturar a variação de preços da economia, sendo inidônea a
promover os fins a que se destina”.
12. Portanto, sem razão o INSS, quanto ao pleito de aplicação do critério previsto pelo art. 1º-F da Lei n.
9.494/1997.
13. O acórdão referente ao RE 870.947 já foi publicado no DJe de 17/11/2917, tornado público em
20/11/2017. Outrossim, o STJ decidiu que “a modulação dos efeitos da decisão que declarou
inconstitucional a atualização monetária dos débitos da Fazenda Pública com base no índice oficial de
remuneração da caderneta de poupança, no âmbito do Supremo Tribunal Federal, objetivou reconhecer a
validade dos precatórios expedidos ou pagos até 25 de março de 2015, impedindo, desse modo, a
rediscussão do débito baseada na aplicação de índices diversos. Assim, mostra-se descabida a
modulação em relação aos casos em que não ocorreu expedição ou pagamento de precatório” (REsp
1495146/MG, Rel. Ministro Mauro Campbell Marques, Primeira Seção, julgado em 22/02/2018, DJe
02/03/2018).
14. Por isso, não prejudica a conclusão deste julgamento, quanto aos consectários legais, a pendência de
embargos declaratórios, no RE 870.947, nem mesmo se a tais embargos, excepcionalmente, foi deferido
efeito suspensivo, pois aqui ainda se está na fase de conhecimento da causa, longe do início da eventual
fase de cumprimento do julgado, quanto aos valores pretéritos a serem pagos, se for o caso.
15. Não provimento do recurso interposto pelo INSS.
16. Honorários advocatícios pela parte Recorrente em 10% sobre o valor da condenação (art. 55, caput,
da Lei n. 9.099/1995), mas respeitada a limitação temporal imposta pelo enunciado da Súmula n.
111/STJ. Turma Recursal
65EF519BA6344367CC391D571B2EB974
ACÓRDÃO
Decide a Segunda Turma Recursal dos Juizados Especiais Federais do Distrito Federal, por unanimidade,
negar provimento ao recurso.
Brasília/DF, 15/5/2019.
Juiz David Wilson de Abreu Pardo
2ª TURMA RECURSAL - JEF/DF
431
RELATOR 3
Turma Recursal
56919FCDB0A45AC777CCC2CBAD3E8BF8
19/10/2018), planilha de cálculos dos períodos referentes aos créditos (cf. PETIÇÃO RECEBIDA -
EPROC 11 PLAN DE CALCULO DOCUMENTOS, registro em 19/10/2018, pp. 1/2), extrato bancário com
o desconto da contribuição ao PSS (cf. PETIÇÃO RECEBIDA – EPROC 6 EXTRATO3,17
DOCUMENTOS, registro em 19/10/2018, pp. 1/4), documentos pessoais e declaração de que os Autores
IVONE DA SILVA FERNANDES é pensionista vitalícia do ex-servidor EGUDIO DE SOUZA FERNANDES,
Agente da Polícia Federal, falecido em 21/12/2017 (cf. Declaração n.º 432/2015 - EPROC 10
DECLARAÇÃO DE PENSIONISTAS – p. 1/1).
5. Ademais, não há que se falar em prescrição quinquenal, pois não se passaram cinco anos nem mesmo
entre a data de expedição do precatório, em 12/06/2014 (cf. PETIÇÃO RECEBIDA EPROC 13 OFICIO
DOCUMENTOS, registrada em 19/10/2018), e o ajuizamento da ação em 19/10/2018, quanto mais entre
o levantamento dos valores e esta última data, a da propositura da ação.
6. Outrossim, a sentença é parcialmente nula, por ir além do pedido. Com efeito, na petição inicial, a parte
Autora formulou apenas o seguinte pedido: “seja julgada procedente a ação, determinando-se a
devolução do valor retido a título de PSS, em relação aos juros de mora” (p. 10 da inicial).
7. É vedado ao juiz condenar a parte em quantidade superior do que lhe foi demandado (art. 492, NCPC).
Por isso, deve ser decretada a nulidade da sentença, na parte em que declarou “a inexistência de relação
jurídico/tributária que obrigue a parte autora ao pagamento de contribuição previdenciária para o regime
próprio de previdência social (PSS) retido por ocasião do pagamento do precatório/RPV sobre o valor
principal”.
432
8. De outra banda, a sentença se mantém na parte que reconheceu a inexigibilidade de contribuição para
o PSS sobre os juros de mora, ponto sobre o qual não se recorreu.
9. Provimento parcial do recurso interposto pela parte Ré, para anular a parte da sentença que declarou
“a inexistência de relação jurídico/tributária que obrigue a parte autora ao pagamento de contribuição
previdenciária para o regime próprio de previdência social (PSS) retido por ocasião do pagamento do
precatório/RPV sobre o valor principal”, mantendo-a no tocante à inexigibilidade de contribuição para o
PSS sobre os juros de mora, inclusive porque esta última parte sequer foi objeto do recurso.
10. Honorários advocatícios incabíveis, por falta de previsão legal para seu arbitramento, no âmbito do
JEF, quando há provimento do recurso julgado (artigo 55, caput, da Lei n. 9.099/1995). Turma Recursal
56919FCDB0A45AC777CCC2CBAD3E8BF8
Turma Recursal
A52B1D3796D6B7E90A4487AF6B735776
PROCESSO: 0032991-19.2018.4.01.3400
RECORRENTE: UNIAO FEDERAL (FAZENDA NACIONAL)
ADVOGADO: - CELIA FERREIRA TAVARES DE LYRA
RECORRIDO: CLEBER DAMASCENO FERREIRA
ADVOGADO: DF00019275 - RENATO BORGES BARROS
EMENTA
ADMINISTRATIVO E PROCESSUAL. NULIDADE DA SENTENÇA, POR TER CONDENADO EM
OBJETO DIVERSO DO DEMANDADO (EXTRA PETITA). PREJUDICADO O RECURSO INTERPOSTO.
SERVIDOR PÚBLICO FEDERAL. IMPOSTO DE RENDA SOBRE AUXÍLIO-CRECHE. VERBA DE
NATUREZA INDENIZATÓRIA. DIREITO RECONHECIDO PELA ADMINISTRAÇÃO. DISPOSIÇÃO
ORÇAMENTÁRIA. DIREITO AO RECEBIMENTO DOS VALORES. ACOLHIMENTO DO PEDIDO
INICIAL.
1. Ação proposta por servidor do TJDFT, com o objetivo de “condenar a União a pagar aos requerentes
os valores reconhecidos administrativamente, conforme planilha em anexo, no importe total de R$
2.513,97 acrescidos de juros de mora e correção monetária incidente sobre o montante desde a data do
reconhecimento administrativo nos autos dos PA nºs 21.441/2012 e 19.502/2016”.
2. A sentença, concedendo a tutela antecipada e reconhecendo a prescrição, acolheu em parte o pedido
para: “a) declarar a inexistência de relação jurídico/tributária que obrigue a parte autora ao pagamento de
imposto de renda sobre os valores recebidos a título de auxílio-creche/pré-escolar; b) condenar a parte ré
a restituir os valores recolhidos indevidamente, devidamente corrigidos pela taxa SELIC e respeitado o
valor de alçada dos Juizados à época da propositura da ação, ressalvado o direito da parte ré de abater
eventuais valores restituídos na via administrativa e parcelas atingidas pela prescrição quinquenal”.
3. Razões do recurso interposto pela parte Ré: a)“não houve o reconhecimento administrativo do direito à
restituição do imposto de renda sobre auxílio pré-escolar retido nos exercícios financeiros de 2008 a
2012, conforme Parecer do NUJUR de fls. 100/104 do PA 19.502/2016. O que houve foi o deferimento de
pedido de emissão de declaração/certidão contendo os valores retidos a título de IRPF sobre o auxílio
creche dos associados da ASSEJUS nos cinco anos anteriores à decisão do PA 21.441/2012”; b)
prescrição quinquenal, vez que “os valores os quais se pretende restituir ocorreram entre os anos de 2008
e 2013 e o pleito de restituição foi apresentado apenas em 10/2018. Desta forma, verifica-se que a
pretensão à restituição encontra-se encoberta pela prescrição. Oportuno mencionar que não há que se
falar em interrupção da prescrição pelo pedido administrativo”; c) ausência da necessária comprovação
da realização de despesas com creche ou pré-escola em favor de filhos até cinco anos de idade; d)
prequestionamento.
4. A parte Autora ofereceu resposta escrita ao recurso. Turma Recursal
A52B1D3796D6B7E90A4487AF6B735776
5. No caso, a sentença é nula, por ir além do pedido. Ao decidir que os pedidos eram o de declaração de
inexigibilidade de imposto de renda sobre auxílio-creche/assistência pré-escolar e o de repetição de
indébito, houve julgamento extra petita. E é vedado ao juiz condenar a parte em objeto diverso do que lhe
foi demandado (art. 492, NCPC). De ofício, decreta-se a nulidade da sentença, restando prejudicado o
recurso.
433
6. Passa-se de logo ao julgamento da lide, nos termos do art. 1.013, § 3º, II, NCPC, vez que o processo
está em condições de imediato julgamento, já que a parte Ré foi citada e ofereceu contestação escrita ao
pedido inicial.
7. Rejeita-se a arguição de prescrição, vez que no caso de dívida reconhecida pela Administração, mas
não paga e nem editado ato administrativo contrário ao pagamento, não corre prescrição (art. 4º do
Decreto n. 20.910/1932).
8. No mérito, patente que a Administração reconheceu o direito da parte Autora ao recebimento das
diferenças a título de imposto de renda sobre o auxílio-creche. Pela decisão da Subsecretária de
Pagamento de Pessoal exarada à fl. 100 do processo administrativo n.º 21.441/2012 (cf. EPROC PAD
214412012 OUTROS DOCUMENTOS, p. 5/5), houve reconhecimento administrativo da verba em
JUIZ. 1 - Remessa necessária e apelação cível interposta contra sentença que julgou procedente o
pedido do autor. Este, servidor público federal, pretendia o pagamento de verba referente à atualização
monetária incidente sobre atrasados pagos administrativamente pela ré. 2 - É pacífico na jurisprudência o
entendimento que a dívida, desde que não paga na época oportuna, deve sofrer o reajuste decorrente da
desvalorização monetária. Assim, parcela paga administrativamente com atraso deve sofrer a devida
correção, sob pena de locupletamento da Administração. Precedentes. (...) 5 - Remessa necessária e
apelação improvidas.”(TRF 2 – APELREEX nº 2009.51.02.002260-9 – Rel. Des. Fed. Guilherme Calmon
Nogueira da Gama, Sexta Turma Especializada, e-DJF2R de 05/09/2011).
11. A destinação dada ao valor recebido a título de auxílio pré-escolar não desnatura seu caráter
indenizatório. Não há exigência legal de comprovação dos gastos para o seu efetivo pagamento. As
certidões de nascimentos juntadas ao processo em 13/11/2018 demonstram que a parte Autora possui
duas filhas que nasceram em 23/09/2011 e 13/01/2009, de forma que o Autor faz jus ao recebimento do
auxílio-creche.
12. Este acórdão abordou os argumentos levantados pelas partes, significando que também foram
considerados os elementos suscitados para fins de prequestionamento.
13. De ofício, nulidade da sentença, por condenação em objeto diverso do demandado (extra petita).
Prejudicado o recurso interposto pela parte Ré.
14. Julgando de logo a lide, acolhimento do pedido inicial, para condenar a União na obrigação de pagar à
parte Autora a importância reconhecida administrativamente nos processos nºs 21.441/2012 e
19.502/2016, a título de auxílio-creche, devidamente corrigida, desde a data do reconhecimento
administrativo, e com juros, desde a citação neste processo, conforme índices do MCJF.
15. Sem condenação em horários, pois o recurso foi julgado prejudicado.
ACÓRDÃO
Decide a Segunda Turma Recursal dos Juizados Especiais Federais do Distrito Federal, por unanimidade:
a) decretar a nulidade da sentença, por ser extra petita, declarando prejudicado o recurso; b) julgando de
logo a lide, acolher o pedido inicial.
Brasília/DF, 15/5/2019.
Juiz David Wilson de Abreu Pardo
2ª TURMA RECURSAL - JEF/DF Turma Recursal
A52B1D3796D6B7E90A4487AF6B735776
RELATOR 3
434
Turma Recursal
5F7EEC7B1EF41F1CF7E2CA5416321D32
PROCESSO: 0005703-33.2017.4.01.3400
5. Até 28/04/1995, o reconhecimento do exercício de atividade especial poderia ser feito com base em
dois critérios: a) por categoria profissional, considerando as atividades constantes do Decreto nº
53.831/1964 e Decreto nº 83.080/1979; b) pela comprovação, por qualquer meio de prova, da submissão
do segurado aos agentes nocivos elencados no e no Anexo I do Decreto nº 83.080/79. De 29/04/1995 a
05/03/97, o reconhecimento exige a comprovação da efetiva submissão aos agentes nocivos, por
intermédio dos formulários SB-40 e DSS-8030 ou PPP referente à categoria profissional. A partir de
06/03/1997, a atividade desenvolvida sob condições especiais deve estar comprovada por laudo técnico
(ou por PPP preenchido com base em laudo técnico-pericial).
6. Em relação à categoria profissional, a parte Autora não trouxe qualquer documento que comprovasse o
exercício das atividades descritas nos Decretos 53.831/1964 e 83.080/1979. Tampouco foi colacionado
ao feito laudo pericial ou formulários SB-40 e DSS-8030 ou PPP. Enfim, não há documento que comprove
as condições especiais de trabalho durante o período delimitado na petição inicial, sendo certo que o
agente de saúde pública não é arrolado pelos Decretos como sendo atividade de tempo especial. Assim,
não sendo referida profissão descrita na legislação de regência como possível de enquadramento por
categoria profissional, a análise para verificar a possibilidade de reconhecimento de tempo especial
depende da apresentação de formulários ou laudos que especifiquem a que agente agressivo o segurado
manteve contato, que não ocorreu.
7. Laudo pericial de terceira pessoa não autoriza a contagem especial do tempo de serviço. Nesse
sentido, confira-se o seguinte julgado do Tribunal Regional Federal da 1ª Região: “Ressalte-se, ainda, que
não bastaria somente a comprovação do cargo em si, neste hipótese, mas também precisaria o autor
comprovar sua exposição a tensão superior a 250 volts, na forma do item 1.1.8 do Decreto 53831/64, o
que não ocorreu. Some-se a isto o fato de autor ter juntado aos autos documentos de terceiros estranhos
à lide, a fim de comprovar sua alegada exposição a agentes nocivos, fato que fragiliza ainda mais o
435
reconhecimento desse período como especial” (AC 0002461-90.2008.4.01.3300/BA, Rel. Juiz Federal
Antonio Oswaldo Scarpa, 1ª Câmara Regional Previdenciária da Bahia, e-DJF1 p.1059 de 17/02/2016).
8. As razões recursais não são suficientes para alterar as conclusões da sentença. Aliás, "a percepção de
adicional de insalubridade pelo segurado, por si só, não lhe confere o direito de ter o respectivo período
reconhecido como especial, porquanto os requisitos para a percepção do direito trabalhista são distintos
dos requisitos para o reconhecimento da especialidade do trabalho no âmbito da Previdência Social"
(STJ, RESP 201401541279, Min. Mauro Campbell Marques, 2ª Turma, DJE de 16/03/2015).
9. Entrementes, não é o caso de anulação da sentença para realizar diligências requeridas, pois a parte
Recorrente, na petição inicial, apenas alegou de forma genérica que o PPP e o LTCAT teriam sido
extraviados (p. 3 da petição inicial). Além disso, há documento (cf. EPROC COPIA RESPOSTA DO M DA
nome da parte Autora, petição juntada esclarece que todos os servidores da Funasa que foram cedidos
ao Ministério da Saúde “permaneceram no mesmo local de trabalho e desempenhando as mesmas
atribuições funcionais sem alteração de sua lotação”.
10. Seja como for, não demonstrado o trabalho prestado em condições especiais, prejudicada fica a
concessão do Abono de Permanência. A atividade exercida pela parte Autora, agente de saúde
pública/guarda de endemias, não se encontra enquadrada nos róis estabelecidos pelos Decretos
53.831/1964 e 83.080/1979. Ademais, não faz jus ao reconhecimento da especialidade do labor prestado
anterior e posteriormente a 29/04/1995, vez que deixou de comprovar a efetiva exposição aos agentes
nocivos, químicos, físicos ou biológicos, pois não constam no formulário apresentado (Perfil
Profissiográfico Previdenciário - PPP), devidamente embasado em laudo técnico, ônus seu, nos termos
do art. 373, I do CPC. Os laudos técnicos relacionados a terceiros, estranhos ao presente processo, não
são aptos a demonstrar a especialidade do labor prestado pela parte autora. Inclusive o § 4º do art. 15 da
ON 16/13 do MPOG veda que documentos relacionados a órgãos, atividades e pessoas diversos possam
ser aceitos para fins de comprovação do tempo especial.
11. Finalmente, a parte Recorrente jamais protestou apropriadamente pela produção de prova pericial. E
talvez não o tenha feito porque se entende que, no âmbito do JEF, a perícia pertinente não pode ter lugar,
já que complexa, a exigir, por exemplo, a avaliação do ambiente laboral. A pessoa que figura como parte
Autora reside em município do interior do Ceará (cf. petição inicial), a inviabilizar a produção dessa prova.
Outrossim, essa prova apontaria para necessidade de aferir contextos ambientais não contemporâneos
do espaço laboral, a tornar ainda mais complexa a produção da prova. Em hipóteses tais, o TRF1 tem
entendido não caber ao JEF a produção de tal prova, conforme CC 0013151-72.2017.4.01.0000, Des.
Fed. Gilda Sigmaringa Seixas, 1ª Seção, e-DJF1 de 25/4/2018.
12. Certo é que, não demonstrado o trabalho prestado em condições especiais, prejudicados ficam os
demais pedidos, devendo ser mantida a sentença.
13. Precedentes no mesmo sentido da TR2/JEF/DF, julgados nas Sessões de 25/10/2017, de 8/11/2017 e
de 24/10/2018, dentre outros: 0007879-82.2017.4.01.3400, 0017849-09.2017.4.01.3400, 0008448-
83.2017.4.01.3400, 0023118-29.2017.4.01.3400, 0006161-50.2017.4.01.3400.
14. Não provimento do recurso interposto pela parte Autora.
15. Honorários advocatícios pela parte Recorrente em 10% sobre o valor da condenação (artigo 55 da Lei
nº 9.099/1995), com suspensão do pagamento enquanto a parte credora não demonstrar que deixou de
existir a situação de insuficiência de recursos que justificou a concessão da gratuidade da Justiça,
extinguindo-se a dívida cinco anos após o trânsito em julgado deste acórdão (art. 98, § 3º, NCPC). Turma
Recursal
5F7EEC7B1EF41F1CF7E2CA5416321D32
ACÓRDÃO
Decide a Segunda Turma Recursal dos Juizados Especiais Federais do Distrito Federal, por unanimidade,
negar provimento ao recurso.
Brasília/DF, 15/5/2019.
Juiz David Wilson de Abreu Pardo
2ª TURMA RECURSAL - JEF/DF
RELATOR 3
Turma Recursal
58EC20E862AD906AC5EA110803AD1D5D
436
PROCESSO: 0008009-72.2017.4.01.3400
RECORRENTE: ROBERTO FREITAS DA SILVA
ADVOGADO: DF00025089 - GILBERTO SIEBRA MONTEIRO
RECORRIDO: UNIAO FEDERAL E OUTRO(S)
ADVOGADO: - SAMUEL LAGES NEVES LOPES
EMENTA
PREVIDENCIÁRIO E PROCESSUAL. SERVIDOR PÚBLICO. AGENTE DE SAÚDE. APOSENTADORIA
ESPECIAL. APLICABILIDADE DAS REGRAS PRÓPRIAS DOS TRABALHADORES EM GERAL.
CONDIÇÕES ESPECIAIS NÃO COMPROVADAS. ABONO DE PERMANÊNCIA PREJUDICADO. NÃO
PROVIMENTO DO RECURSO.
5. Até 28/04/1995, o reconhecimento do exercício de atividade especial poderia ser feito com base em
dois critérios: a) por categoria profissional, considerando as atividades constantes do Decreto nº
53.831/1964 e Decreto nº 83.080/1979; b) pela comprovação, por qualquer meio de prova, da submissão
do segurado aos agentes nocivos elencados no e no Anexo I do Decreto nº 83.080/79. De 29/04/1995 a
05/03/97, o reconhecimento exige a comprovação da efetiva submissão aos agentes nocivos, por
intermédio dos formulários SB-40 e DSS-8030 ou PPP referente à categoria profissional. A partir de
06/03/1997, a atividade desenvolvida sob condições especiais deve estar comprovada por laudo técnico
(ou por PPP preenchido com base em laudo técnico-pericial).
6. Em relação à categoria profissional, a parte Autora não trouxe qualquer documento que comprovasse o
exercício das atividades descritas nos Decretos 53.831/1964 e 83.080/1979. Tampouco foi colacionado
ao feito laudo pericial ou formulários SB-40 e DSS-8030 ou PPP. Enfim, não há documento que comprove
as condições especiais de trabalho durante o período delimitado na petição inicial, sendo certo que o
agente de saúde pública não é arrolado pelos Decretos como sendo atividade de tempo especial. Assim,
não sendo referida profissão descrita na legislação de regência como possível de enquadramento por
categoria profissional, a análise para verificar a possibilidade de reconhecimento de tempo especial
depende da apresentação de formulários ou laudos que especifiquem a que agente agressivo o segurado
manteve contato, que não ocorreu.
7. Laudo pericial de terceira pessoa não autoriza a contagem especial do tempo de serviço. Nesse
sentido, confira-se o seguinte julgado do Tribunal Regional Federal da 1ª Região: “Ressalte-se, ainda, que
não bastaria somente a comprovação do cargo em si, neste hipótese, mas também precisaria o autor
comprovar sua exposição a tensão superior a 250 volts, na forma do item 1.1.8 do Decreto 53831/64, o
que não ocorreu. Some-se a isto o fato de autor ter juntado aos autos documentos de terceiros estranhos
à lide, a fim de comprovar sua alegada exposição a agentes nocivos, fato que fragiliza ainda mais o
reconhecimento desse período como especial” (AC 0002461-90.2008.4.01.3300/BA, Rel. Juiz Federal
Antonio Oswaldo Scarpa, 1ª Câmara Regional Previdenciária da Bahia, e-DJF1 p.1059 de 17/02/2016).
8. As razões recursais não são suficientes para alterar as conclusões da sentença. Aliás, "a percepção de
adicional de insalubridade pelo segurado, por si só, não lhe confere o direito de ter o respectivo período
reconhecido como especial, porquanto os requisitos para a percepção do direito trabalhista são distintos
dos requisitos para o reconhecimento da especialidade do trabalho no âmbito da Previdência Social"
(STJ, RESP 201401541279, Min. Mauro Campbell Marques, 2ª Turma, DJE de 16/03/2015).
9. Entrementes, não é o caso de anulação da sentença para realizar diligências requeridas, pois a parte
Recorrente, na petição inicial, apenas alegou de forma genérica que o PPP e o LTCAT teriam sido
437
extraviados (p. 3 da petição inicial). Além disso, há documento (cf. EPROC COPIA RESPOSTA DO M DA
SAUDE AO PPP E LTCAT OUTROS DOCUMENTOS, registro em 11/10/2017) no qual consta informação
do Núcleo Estadual do Ministério da Saúde no Ceará acerca da “impossibilidade de atendimento ao
pedido em virtude da falta de documentação na pasta funcional e por ausência de dados que comprove a
condição especial, impedindo a produção da documentação solicitada”. Ainda que o referido documento
não cite explicitamente o Turma Recursal
58EC20E862AD906AC5EA110803AD1D5D
nome da parte Autora, petição juntada esclarece que todos os servidores da Funasa que foram cedidos
ao Ministério da Saúde “permaneceram no mesmo local de trabalho e desempenhando as mesmas
ACÓRDÃO
Decide a Segunda Turma Recursal dos Juizados Especiais Federais do Distrito Federal, por unanimidade,
negar provimento ao recurso.
Brasília/DF, 15/5/2019.
Juiz David Wilson de Abreu Pardo
2ª TURMA RECURSAL - JEF/DF
RELATOR 3
Turma Recursal
A8F2A0A24458AD5079F07340488FAFEC
PROCESSO: 0046756-91.2017.4.01.3400
RECORRENTE: INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
ADVOGADO: - HELIO MARCIO LOPES CARNEIRO
RECORRIDO: FRANCISCO HUMBERTO DE FREITAS AZEVEDO
ADVOGADO: DF00021243 - GUSTAVO MICHELOTTI FLECK
EMENTA
PREVIDENCIÁRIO E PROCESSUAL. APOSENTADORIA POR IDADE. PERÍODO DE CARÊNCIA
ALCANÇADO. ANOTAÇÕES NA CTPS. PRESUNÇÃO RELATIVA DE VERACIDADE. INEXISTÊNCIA
438
na data do requerimento administrativo (15/05/2017), mais de 180 contribuições, tendo cumprido o tempo
de carência exigido na legislação”.
7. Ora, a parte Autora fez contribuições mais que suficientes para fins de carência, tendo em vista que
cumpre o requisito com a realização de 150 contribuições.
8. A parte Recorrente (INSS), por sua vez, apenas aduziu que “a anotação em Carteira de Trabalho e
Previdência Social tem presunção juris tantum, ou seja, não é absoluta e pode ser refutada mediante
prova em contrário, não constituindo, também, prova plena do exercício de atividade em relação à
Previdência Social”.
9. Ora, a CTPS goza de presunção juris tantum de veracidade (Súmula 225 do STF) e tal presunção
somente pode ser desconstituída mediante prova em contrário. O ônus de ilidir as anotações registradas
na CTPS incumbe ao INSS, mediante demonstração inequívoca da incorreção ou falsidade das
informações discriminadas. No caso, o INSS não impugna, em seu recurso, especificamente nenhum dos
vínculos empregatícios registrados na CTPS da parte Recorrida, fazendo uma afirmação genérica de que
a anotação pode ser refutada mediante prova em contrário. No caso específico, qual prova? Não há
sequer menção.
10. O INSS não justifica porque a DIB deveria ser na data da sentença. Seja como for, tendo havido DER,
a DIB deve remontar àquela data, conforme entendimento consolidado. Na sentença o Juízo determina a
DIB na data do ajuizamento da ação (15/05/2017) que, para todos os efeitos, coincide com a DER
(registro em PETIÇÃO RECEBIDA - EPROC PEDIDO DE BENEFICIO DOCUMENTOS).
11. Por fim, quanto aos consectários legais, a sentença já os estabeleceu na forma como pede o INSS em
seu recurso, pelo que não tem interesse recursal quanto a esse ponto (art. 996, NCPC).
12. Este acórdão abordou os argumentos levantados pelas partes, significando que também foram
considerados os elementos suscitados para fins de prequestionamento.
13. Não provimento do recurso interposto pelo INSS, na parte conhecida.
14. Honorários advocatícios pela parte Recorrente em 10% sobre o valor da condenação (art. 55, caput,
da Lei n. 9.099/1995), mas respeitada a limitação temporal imposta pelo enunciado da Súmula n.
111/STJ.
ACÓRDÃO
Decide a Segunda Turma Recursal dos Juizados Especiais Federais do Distrito Federal, por unanimidade,
negar provimento ao recurso, na parte conhecida.
Brasília/DF, 15/5/2019. Turma Recursal
A8F2A0A24458AD5079F07340488FAFEC
Turma Recursal
74F427DD92DC54923F75C0613439ED41
PROCESSO: 0028603-73.2018.4.01.3400
RECORRENTE: MARIA NUBIA NOGUEIRA DA SILVA
ADVOGADO: DF00025089 - GILBERTO SIEBRA MONTEIRO
RECORRIDO: UNIAO FEDERAL
motivo aduz que a medida iniciaria "um conjunto de ações de correção das distorções remuneratórias
verificadas ao longo dos últimos anos, em decorrência da política de concessão de reajustes
diferenciados". Portanto, desde a motivação do projeto, a VPI foi considerada como tendo natureza de
reajuste, e não de RGA. Foi considerada "medida complementar à proposta de reajuste (sic) linear"
(corretamente entendido: "medida complementar à proposta de RGA), no sentido de ser revista a
estrutura remuneratória de todos os servidores públicos em geral, visando a corrigir disparidades. Jamais
uma RGA "sem distinção de índices" terá eficácia para corrigir distorções remuneratórias.
7. A RGA é uma alteração da remuneração dos servidores públicos e serve para se rever o valor nominal
dos pagamentos a partir de critérios previstos no art. 2º, Lei n. 10.331/2001. É uma alteração uniforme,
pois, como já mencionado mais de uma vez, a Constituição prescreve que deve ser implementada "sem
distinção de índices". Essa forma de alteração da remuneração deve ser compreendida e aplicada
distintamente, segundo seus critérios específicos, em relação a outras formas de alteração da
remuneração dos servidores. Propicia uma forma de "reajustamento" da remuneração, mas na sua
especificidade não há de ser confundida com o reajuste dos salários comumente conhecido e praticado.
Este, nas palavras da Ministra Carmem Lúcia, tem o propósito de "ajustar de novo, uma categoria
defasada, a um patamar escolhido pelo legislador que a tem como imprópria" (manifestação durante o
julgamento da Rcl 14872/DF, STF, Segunda Turma, em 31/05/2016).
8. Ao fixar o valor absoluto de um reajuste em 2003 a todos os servidores em R$ 59,87, a legislação
acabou por elevar em maior proporção as remunerações das categorias que têm os menores salários.
Isso, independentemente de sua conjugação com a RGA promovida no mesmo período. Não há
necessidade de vincular a RGA com o reajuste por meio de valor absoluto para se perceber que o
impacto da concessão deste último foi distribuído de modo proporcionalmente diferenciado entre as várias
categorias de servidores e suas respectivas remunerações. O propósito declarado de atingir essa meta
política, durante as sessões de deliberação legislativa, não revela que a VPI tem natureza jurídica de
RGA. Pelo contrário, depõe a favor da tese de que se tratou sempre de um reajuste comum. E aqui não
440
se trata de aferir a natureza jurídica da VPI apenas a partir de seu nome, mas levando em consideração
exatamente a finalidade da Lei n. 10.698/2003.
9. Nesse contexto, uma maneira de demonstrar que a edição simultânea em 2003 das duas leis contendo
alterações na remuneração dos servidores públicos federais promoveu, em conjunto, uma e mesma RGA,
mediante a aplicação de índices distintos, seria julgar que o percentual concedido pela Lei n. 10.697/2003
foi juridicamente indevido. Uma hipótese como essa restaria configurada se a ordem jurídica assegurasse
que a RGA deveria consistir na aplicação integral de algum índice oficial de inflação. Todavia, nem o art.
37, inciso X, parte final, da CF, nem a Lei n. 10.331/2001 (que regulamentou a matéria) asseguram um
direito com esse conteúdo. O máximo que o art. 2º, V, da aludida Lei estabelece é que a RGA deve
observar a "compatibilidade com a evolução nominal e real das remunerações no mercado de trabalho".
evolução nominal e real das remunerações no mercado de trabalho pode até mesmo ser negativa
(segundo dados do IBGE, a renda média do mercado de trabalho em 2015 caiu 3,7% em relação a 2014).
10. Aceita a premissa acima, fica sem efeito o argumento de ter havido violação ao princípio da
moralidade administrativa e de o Poder Público ter enriquecido indevidamente. Legítima a concessão da
VPI pela lei, não há fraude. De resto, o STF, por sua Segunda Turma, já havia externado o entendimento
de que a tese segundo a qual a Lei n. 10.698/2003 operou RGA dissimulada dos vencimentos dos
servidores da União é inconsistente e incompatível com o texto constitucional. Colaciona-se parte
significativa da ementa do julgado:
"... Alegação de que a Lei 10.698/2003 operou revisão geral dissimulada dos vencimentos dos servidores
da União em descompasso com o preceituado pelo art. 37, X, da Constituição Federal. Tese inconsistente
e incompatível com a harmonia do texto constitucional. 4. Texto normativo que não se submete ao âmbito
de incidência do preceito constitucional invocado. Fosse o caso de revisão, ter-se-ia a tentativa de
neutralizar consequências negativas de um processo inflacionário anterior, de tal sorte que o legislador
teria enunciado o benefício contido na Lei 10.698/2003 por meio de um índice que tentasse refletir a
respectiva corrosão do poder aquisitivo. 5. O fato de os desdobramentos gerados na esfera da economia
individual de cada servidor serem diferentes é consequência natural de um estatuto normativo que, a par
de beneficiar a todos os servidores, não expressa mensagem legal destinada a recompor de maneira
geral perdas próprias de processo inflacionário. 6. Mostra-se plenamente legítima a motivação política
que subjaz a esse diploma legislativo, ao se apresentar mais sensível no benefício das classes dos
servidores que ganham menos, subentendendo-a como reflexo de uma realidade social específica." (STF,
ARE 649212 AgR/PB, Relator Ministro Gilmar Mendes, Segunda Turma, DJe 158 de 13.08.2012).
11. A avaliação até aqui realizada não fica prejudicada pela alegação de algum vício formal na concessão
da VPI pela Lei n. 10.698/2003. Se tivesse havido algum vício de iniciativa do respectivo projeto de lei, ou
se os recursos financeiros utilizados para o pagamento da Vantagem derivaram "da anulação de dotações
orçamentárias, anteriormente previstas para o custeio da revisão geral de remuneração dos servidores
públicos federais", o problema estaria na própria concessão do reajuste, o comum (não a RGA), mediante
VPI, pela Lei n. 10.698/2003. Nessa quadra, a única solução correta seria declarar a nulidade deste
diploma normativo, e não transformar o reajuste, comum, em parcela de RGA. Ademais, se foram
anuladas dotações orçamentárias anteriormente previstas para custeio da RGA, para depois serem
utilizadas no pagamento da VPI, a formalidade jurídica foi satisfeita. Ou seja, não houve uso direto de
recursos financeiros advindos de dotações orçamentárias previstas para o custeio da RGA, no pagamento
da Turma Recursal
74F427DD92DC54923F75C0613439ED41
VPI. Antes, foram anuladas as dotações orçamentárias para a finalidade de custeio da RGA, para
somente então serem usados os recursos na VPI.
12. Por isso, no caso sob julgamento, não se configura violação ao disposto no art. 37, X, parte final, CF,
nem à Lei n. 10.331/2001, que regulamentou o dispositivo constitucional. A propósito, a Lei n.
10.698/2003 expressamente ressalvou, no parágrafo único do art. 1º, que "a vantagem de que trata o
caput será paga cumulativamente com as demais vantagens que compõem a estrutura remuneratória do
servidor e não servirá de base de cálculo para qualquer outra vantagem". Estabeleceu, ainda, no seu art.
4º, que os efeitos financeiros da Vantagem que instituiu contariam a partir de 1º.05.2003, afastando-se da
regra prevista no art. 1º da Lei n. 10.331/2001, pela qual a RGA deve se dar no mês de janeiro.
13. Outrossim, segundo entendimento jurisprudencial consolidado, inclusive no STF, não cabe alegar
ofensa ao princípio da irredutibilidade de vencimentos quando preservado o seu valor nominal, sob ensejo
de redução no valor de parcela percebida.
14. A situação assim interpretada resulta na aplicação ao caso do conteúdo do Enunciado da Súmula n.
339 do STF, convertida na Súmula Vinculante 37. Com efeito, o STJ, no âmbito das suas Primeira e
Segunda Turmas, tem precedentes no sentido de que a VPI instituída pela Lei n. 10.698/2003 não possui
natureza de RGA, sendo inviável sua extensão para todos os servidores públicos, em face do que dispõe
a Súmula Vinculante n. 37 (AgRg no REsp n. 1.490.094/PE e REsp n. 1.450.279/DF). A matéria ainda não
está pacificada no âmbito do STJ, tanto que a sua Primeira Turma, ao julgar o REsp n. 1.536.597/DF, de
441
23/06/2015, acolheu o pedido de incidência do reajuste de 13,23%. Contudo, o julgado não reflete a
jurisprudência dominante do STJ.
15. Aliás, a TNU já vinha entendendo que a vantagem instituída pela Lei n. 10.698/2003 não importava
revisão geral de remuneração dos servidores públicos e não contrariava o inciso X do art. 37 da
Constituição. Em decisão proferida no Processo n. 0512117-46.2014.4.05.8100, de 16/06/2016, a TNU
reafirmou o seu entendimento no sentido de que a aludida vantagem pecuniária individual (R$ 59,87) não
tem natureza jurídica de reajuste geral, não conferindo aos servidores públicos federais direito a um
reajuste no percentual de 13,23%. Aduziu a TNU não haver motivo para modificar o seu entendimento
anterior, vez que o julgamento proferido no REsp n. 1.536.597/DF teria sido por apenas uma das Turmas
da Primeira Seção do STJ. Por essa razão não se poderia concluir que teria havido alteração da
conceder reajuste com base no princípio da isonomia. Ofensa à Súmula Vinculante 37" (STF, Rcl
14872/DF, Relator Ministro Gilmar Mendes, Segunda Turma, DJe 135 de 29/06/2016).
17. Pelo exposto, esta Segunda Turma Recursal dos Juizados Especiais Federais do Distrito Federal,
fazendo referência aos precedentes majoritários do STJ, às decisões da TNU, especialmente a proferida
no julgamento do Proc. 0512117-46.2014.4.05.8100, e na Reclamação n. 14.872 do STF, entende ser
improcedente o pedido de reajuste dos proventos da parte Autora com pagamento do percentual de
13,23%.
18. Não provimento do recurso interposto pela parte Autora.
19. Honorários advocatícios pela parte Recorrente em 10% sobre o valor corrigido da causa (artigo 55 da
Lei n. 9.099/1995), com suspensão do pagamento enquanto a parte credora não demonstrar que deixou
de existir a situação de insuficiência de recursos que justificou a concessão da Gratuidade de Justiça,
extinguindo-se a dívida cinco anos após o trânsito em julgado deste Acórdão (artigo 98, § 3º, NCPC).
ACÓRDÃO
Decide a Segunda Turma Recursal dos Juizados Especiais Federais do Distrito Federal, por unanimidade,
negar provimento ao recurso.
Brasília-DF, 15/5/2019.
Juiz David Wilson de Abreu Pardo
2ª TURMA RECURSAL - JEF/DF
RELATOR 3
Turma Recursal
7F6BAB32BE365066FBD0595977B39FB4
PROCESSO: 0027613-82.2018.4.01.3400
RECORRENTE: ANTONIA JOSE BATISTA DUTRA
ADVOGADO: GO00026506 - EVERTON BERNARDO CLEMENTE
RECORRIDO: INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
ADVOGADO:
EMENTA
PROCESSUAL E PREVIDENCIÁRIO. PEDIDO DE BENEFÍCIO POR INCAPACIDADE. PRÉVIO
REQUERIMENTO ADMINISTRATIVO. OBRIGATORIEDADE. STF - RE 631.240. NÃO COMPROVAÇÃO
DE PEDIDO ADMINISTRATIVO. NÃO PROVIMENTO DO RECURSO.
1. Ação proposta com o objetivo de implantação do benefício auxílio doença e/ou aposentadoria por
invalidez. A sentença julgou extinto o processo sem resolução do mérito, sob o fundamento de ausência
de documentação comprovando prévio requerimento administrativo, segundo exigência legal e
jurisprudencial.
2. Razões do recurso interposto pela parte Autora: a) o processo previdenciário é um sistema de proteção
social, devendo ser relativizado o exaurimento da esfera administrativa; b) busca da verdade real, por
meio das provas contidas no processo; c) a necessidade de novo requerimento administrativo, para que
após ser novamente negado è ir contra todos os princípios norteadores do direito previdenciário; d)
confronta-se o entendimento da TNU quanto ao entendimento de falta de interesse de agir.
442
6. Esta ação foi proposta depois da conclusão daquele julgamento, não sendo mais devido aplicar toda a
regra de transição que exige a diligência. O único desfecho possível, dada a vinculatividade da decisão do
STF, é realmente a extinção do feito, quando não houver prévia postulação administrativa, sabendo-se,
ainda, que o acórdão do RE 631240 também consigna que “a exigência de prévio requerimento
administrativo não se confunde com o exaurimento das vias administrativas”.
7. No caso presente, a parte Autora alega que um requerimento administrativo seu foi negado, contudo
não há provas que comprovem a existência de tal requerimento. O único documento pertinente é o da p.
14 da doc inicial, o qual refere prorrogação de benefício, em 2015, Pela ausência da prova, que fora
requerida pelo Juiz a quo (cf. despacho registrado em 20/8/2018), permanece a situação de inexistência
de prévia postulação administrativa. A prova requerida pelo Juízo era essencial para afastar essa
conclusão, mas a parte Autora não a produziu, sendo seu o ônus processual.
8. Portanto, correta a sentença de extinção do feito sem resolução do mérito, pois quando proposta a
ação, não foi comprovado o interesse processual da parte Autora, não podendo o Judiciário decidir o caso
sem a presença de provas.
9. Não provimento do recurso interposto pela parte Autora.
10. Sem condenação em honorários advocatícios, pois a parte Recorrida não ofereceu resposta escrita ao
recurso interposto. A instância revisora somente pode dispor sobre honorários, “levando em conta o
trabalho adicional realizado em grau recursal” (art. 85, § 11, NCPC). Não havendo trabalho em grau
recursal pela parte Recorrida, não há como condenar a parte Recorrente em honorários advocatícios.
Além disso, a parte Autora é beneficiária da gratuidade de justiça.
ACÓRDÃO
Decide a Segunda Turma Recursal dos Juizados Especiais Federais do Distrito Federal, por unanimidade,
negar provimento ao recurso.
Brasília/DF, 15/5/2019.
Juiz David Wilson de Abreu Pardo
2ª TURMA RECURSAL - JEF/DF
RELATOR 3
Turma Recursal
C7A172320B3CCD4962DA26456F11ACB0
PROCESSO: 0031901-54.2010.4.01.3400
RECORRENTE: UNIAO FEDERAL
ADVOGADO: - JULIANA MARISE SILVA
RECORRIDO: AMAZILDO MEDEIROS DE SOUZA
ADVOGADO: DF00026601 - FREDERICO SOARES ARAUJO
EMENTA
PROCESSUAL, ADMINISTRATIVO E CONSTITUCIONAL. ERRO MATERIAL NO JULGAMENTO
ANTERIOR DA TURMA. CONSIDERAÇÃO DE UMA GRATIFICAÇÃO NO LUGAR DE OUTRA.
NULIDADE DO ACÓRDÃO. NOVO JULGAMENTO DO RECURSO. SERVIDORES INATIVOS.
GRATIFICAÇÃO DE DESEMPENHO DE ATIVIDADE FAZENDÁRIA - GDAFAZ. PONTUAÇÃO
DIFERENCIADA ENTRE SERVIDORES ATIVOS E INATIVOS. DIREITO À PARIDADE. EMENDA
CONSTITUCIONAL Nº 41/2003. EXTENSÃO AOS INATIVOS. TERMO FINAL DE PAGAMENTO NA
DATA DA HOMOLOGAÇÃO DO RESULTADO DAS AVALIAÇÕES.
443
avaliação de desempenho, não há falar em ofensa ao § 8º, do art. 40 da Constituição Federal; e) afronta
ao princípio da separação dos poderes e da súmula 339 do STF; f) prequestionamento de dispositivos
tidos por violados.
5. A parte Autora não ofereceu resposta escrita ao recurso.
6. A Gratificação de Desempenho de Atividade Fazendária - GDAFAZ foi instituída pela Lei n.
11.907/2009:
Art. 233. Fica instituída a Gratificação de Desempenho de Atividade Fazendária - GDAFAZ, devida aos
servidores ocupantes dos cargos de provimento efetivo do PECFAZ quando lotados e no exercício das
atividades inerentes às atribuições do respectivo cargo nas unidades do Ministério da Fazenda.
Art. 234. A GDAFAZ será atribuída em função do alcance de metas de desempenho individual do servidor
e do desempenho institucional do Ministério da Fazenda.
§ 1o A avaliação de desempenho individual visa a aferir o desempenho do servidor no exercício das
atribuições do cargo ou função, com foco na contribuição individual para o alcance dos objetivos
organizacionais.
§ 2o A avaliação de desempenho institucional visa a aferir o desempenho coletivo no alcance dos
objetivos organizacionais.
Art. 235. A GDAFAZ será paga observado o limite máximo de 100 (cem) pontos e o mínimo de 30 (trinta)
pontos por servidor, correspondendo cada ponto, em seus respectivos níveis, classes e padrões, ao valor
estabelecido no Anexo CXXXVII desta Lei.
Art. 236. A pontuação referente à GDAFAZ será assim distribuída:
I - até 20 (vinte) pontos serão atribuídos em função dos resultados obtidos na avaliação de desempenho
individual; e
II - até 80 (oitenta) pontos serão atribuídos em função dos resultados obtidos na avaliação de
desempenho institucional.
Parágrafo único. Os valores a serem pagos a título de GDAFAZ serão calculados multiplicando-se o
somatório dos pontos auferidos nas avaliações de desempenho individual e institucional pelo valor do
ponto constante do Anexo CXXXVII desta Lei, em seus respectivos níveis, classes e padrões.
Art. 237. Os critérios e procedimentos específicos de avaliação de desempenho individual e institucional e
de atribuição da GDAFAZ serão estabelecidos em ato do Ministro de Estado da Fazenda.”
(...)
Art. 249. Para fins de incorporação da GDAFAZ aos proventos de aposentadoria ou às pensões, serão
adotados os seguintes critérios: Turma Recursal
C7A172320B3CCD4962DA26456F11ACB0
publicado pela Portaria nº 131, de 10 de março de 2015, Boletim de Serviço nº 11, de 13 de março de
2015. A citada portaria foi retificada pela Portaria nº 215, de 17 de maio de 2016, Boletim de Serviço nº
20, de 20 de maio de 2016, gerando efeitos financeiros a partir de 01/12/2010.
12. Ainda que a Portaria publicada diga que as avaliações de Desempenho geraram efeitos financeiros
por 12 (doze) meses, a partir de 1º de dezembro de 2010, vale dizer que, até a data da publicação da
portaria que homologou o resultado das avaliações, os servidores receberam a gratificação na pontuação
como se genérica fosse. A consolidação do primeiro ciclo de avaliação ocorreu somente com a publicação
da Portaria 131, de 10 de março de 2015. Nesse momento a gratificação perdeu a sua natureza geral e
adquiriu o caráter pro labore faciendo.
13. Assim, encontrando-se o servidor aposentado/pensionista amparado pelo instituto da paridade, fará
jus ao pagamento da GDAFAZ no valor equivalente a 80 pontos desde o início da sua concessão,
observada a prescrição quinquenal, até 13 de março de 2015, por ser esta a data de publicação do
primeiro ciclo de avaliação de desempenho institucional e individual dos servidores ativos. Precedente da
TR2/JEF/DF nesse sentido: Recurso Inominado 0022555-35.2017.4.01.3400, Relatora Juíza Federal
Cristiane Pederzolli Rentzsch, Sessão de 6.6.2018.
14. Este acórdão abordou os argumentos levantados pelas partes, significando que também foram
considerados os elementos suscitados para fins de prequestionamento.
15. Em suma, nulidade do julgamento realizado no dia 26/4/2013, em razão de erro material (art. 48,
parágrafo único da Lei 9.099/1995).
16. Em novo julgamento, provimento parcial do recurso interposto pela parte Ré, para delimitar o
pagamento da GDAFAZ, no valor equivalente a 80 pontos desde o início da sua concessão, até
13/03/2015, observada a prescrição quinquenal.
17. Honorários advocatícios incabíveis por falta de previsão legal para seu arbitramento, no âmbito do
JEF, quando há provimento do recurso julgado, ainda que em parte (artigo 55, caput, da Lei n.
9.099/1995).
ACÓRDÃO
Decide a Segunda Turma Recursal dos Juizados Especiais Federais do Distrito federal, por unanimidade:
a) declarar a nulidade do julgamento anterior, de 26/4/2013; b) em novo julgamento do recurso, dar-lhe
provimento parcial.
Brasília/DF, 15/5/2019. Turma Recursal
C7A172320B3CCD4962DA26456F11ACB0
Turma Recursal
AEE5CCF2EC65681C755888E1C6FB5584
PROCESSO: 0016065-02.2014.4.01.3400
RECORRENTE: LEONARDO MENDES SILVA
ADVOGADO: DF00018956 - MARCO AURELIO CARNEIRO DE PAIVA
RECORRIDO: UNIAO FEDERAL (FAZENDA NACIONAL)
ADVOGADO: - SERGIO DINIZ LINS
EMENTA
que, em seu artigo V, manda aplicar a Convenção sobre Privilégios e Imunidades das Nações Unidas; e)
a Convenção sobre Privilégios e Imunidades das Nações Unidas, que foi recepcionada pelo direito
brasileiro por meio do Decreto 27.784/1950, também ressalta a necessidade exige a condição de
funcionário como requisito à concessão de isenção; f) a Convenção sobre Privilégios e Imunidades das
Nações Unidas distingue três classes de pessoas que trabalham para a ONU, quais sejam,
representantes dos Membros, funcionários e os técnicos a serviço da ONU, sendo que apenas as duas
primeiras fazem jus à isenção de impostos; g) no tocante aos técnicos, a isenção de impostos não foi
arrolada dentre os privilégios e imunidades a que têm direito; h) a expressão funcionários não abarca a
parte Autora, que não foi funcionária ou servidora do organismo internacional, mas técnica contratada
para exercer serviço temporário; i) ainda que a parte Autora fosse funcionária do organismo internacional,
ela não teria direito de isenção de imposto de renda, que não é conferida aos funcionários residentes no
Brasil; j) a isenção também não poderia ser concedida na espécie porque o nome não consta em
nenhuma lista de empregados permanentes informada à Receita Federal , procedimento indispensável à
concessão da isenção; k) é dever da Autora pagar o imposto de renda, e não do organismo internacional,
haja vista que não é dado a este último recolher o imposto na fonte, nos termos do já citado Decreto
27.784/1950, tendo sido essa responsabilidade transferida ao contribuinte, que deverá fazê-lo
mensalmente por meio do carnê-leão.
5. A parte Autora não ofereceu resposta escrita ao agravo interno.
6. Segundo o STJ, "o Acordo Básico de Assistência Técnica firmado entre o Brasil, a ONU e algumas de
suas Agências, aprovado pelo Decreto Legislativo 11/66 e promulgado pelo Decreto 59.308/66, assumiu,
no direito interno, a natureza e a hierarquia de lei ordinária de caráter especial, aplicável às situações nele
definidas. Tal Acordo atribuiu, não só aos funcionários da ONU em sentido estrito, mas também aos que a
ela prestam serviços na condição de 'peritos de assistência técnica', no que se refere a essas atividades
específicas, os benefícios fiscais decorrentes da Convenção sobre Privilégios e Imunidades das Nações
Unidas, promulgada pelo Decreto 27.784/50" (REsp n. 1159379/DF, Rel. Min. Teori Albino Zavascki,
Primeira Seção, julgado em 08/06/2011, DJe 27/06/2011).
446
7. A decisão agravada deve ser mantida, porquanto o STJ consolidou o entendimento de que “são isentos
do imposto de renda os rendimentos do trabalho recebidos por técnicos a serviço das Nações Unidas,
contratados no Brasil para atuar como consultores no âmbito do Programa das Nações Unidas, suas
Agências Especializadas e a Agência Internacional de Energia Atômica, promulgado pelo Decreto
59.308/66, estão ao abrigo da norma isentiva do imposto de Renda. Conforme decidido pela Primeira
Seção, o Acordo Básico de Assistência Técnica atribuiu os benefícios fiscais decorrentes da Convenção
sobre Privilégios e Imunidades das Nações Unidas, promulgada pelo Decreto 27.784/50, não só aos
funcionários da ONU em sentido estrito, mas também aos que a ela prestam serviços na condição de
“peritos de assistência técnica”, no que se refere a essas atividades especificas”. (REsp 130.6393/DF,
Rel. Ministro MAURO CAMPBELL MARQUES, PRIMEIRA SEÇÃO, julgado em 24/10/2012, DJe
8. Pela própria letra do julgado, não são somente os peritos técnicos da ONU e do PNUD que gozam da
isenção, mas também das Agências Especializadas daquela, como é o caso da UNESCO, a quem a parte
Autora prestou serviço.
9. Por isso, o incidente de Uniformização de Jurisprudência interposto pela União está em manifesto
confronto com a jurisprudência dominante do STJ, pelo que realmente deve ser negado seguimento,
conforme estabelece o art. 15, caput, da Resolução CJF 345/2015. E tal dispositivo regulamentar, por sua
vez, tem base legal, por analogia, no quanto disposto no art. 1.030, I, "a" e "b", do NCPC.
10. Não provimento do agravo interno interposto pela União.
ACÓRDÃO
Decide a Segunda Turma Recursal dos Juizados Especiais Federais do Distrito Federal, por unanimidade,
negar provimento ao agravo interno.
Brasília/DF, 15/5/2019.
Juiz David Wilson de Abreu Pardo
2ª TURMA RECURSAL - JEF/DF
RELATOR 3
Turma Recursal
DF6B71CBB4B62EFE500C59F2F353BBAB
PROCESSO: 0082634-82.2014.4.01.3400
RECORRENTE: INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
ADVOGADO:
RECORRIDO: ANTONIO JOSE OLIVEIRA
ADVOGADO: DF00020462 - CARLOS LEONARDO SOUZA DOS SANTOS
EMENTA
CONSTITUCIONAL. PREVIDENCIÁRIO. PROCESSUAL. DESAPOSENTAÇÃO. DECISÃO DO STF EM
REPERCUSSÃO GERAL. REEXAME DO JULGADO ANTERIOR DA TURMA RECURSAL. JUÍZO DE
RETRATAÇÃO. ALTERAÇÃO DO ACÓRDÃO DA TURMA.
1. Processo recebido da Coordenação das Turmas Recursais dos Juizados Especiais Federais para
reexame do processo e, se for o caso, juízo de retratação pelo Colegiado, quanto a acórdão anterior
divergente, considerando o entendimento do STF no Recurso Extraordinário nº 661.256.
2. O acórdão negou provimento ao recurso interposto pela parte Ré, mantendo a sentença que concedeu
o direito à desaposentação, sem necessidade de devolução dos proventos já recebidos.
3. Todavia, o STF julgou conjuntamente 03 (três) Recursos Extraordinários que tratavam do tema
"desaposentação", quais sejam: Recursos Extraordinários nºs 381.367, 827.833 e 661.256, este último
decidido sob o regime da repercussão geral, já tendo havido publicação do respectivo acórdão.
4. Como disse o STF, a Constituição Federal dispõe de forma clara e específica que compete à legislação
estabelecer as hipóteses em que as contribuições previdenciárias repercutem diretamente no valor dos
benefícios, a exemplo da desaposentação. Entretanto, a desaposentação não possui previsão legal. Por
esta razão, "esse instituto não poderia ter natureza jurídica de ato administrativo, que pressuporia o
atendimento ao princípio da legalidade administrativa". Nada obstante, "se a aposentadoria tivesse sido
declarada e se fizesse por meio de ato administrativo lícito, não haveria que se falar em desconstituição
deste por meio da 'desaposentação', mesmo porque, sendo lícita a concessão do direito previdenciário,
sua retirada do mundo jurídico não poderia ser admitida com efeitos ´ex tunc`”.
5. Quanto ao fator previdenciário, "(...) a ´desaposentação` tornaria imprevisíveis e flexíveis os parâmetros
utilizados a título de ´expectativa de sobrevida` — elemento do fator previdenciário —, mesmo porque
passaria esse elemento a ser manipulado pelo beneficiário da maneira que melhor o atendesse". Ora, "o
objetivo de estimular a aposentadoria tardia, estabelecido na lei que instituíra o citado fator, cairia por
terra, pois a ´desaposentação` ampliaria o problema das aposentadorias precoces".
447
6. Ainda, no tocante ao equilíbrio financeiro e atuarial do sistema previdenciário, "não haveria violação ao
sistema atuarial ao se vedar a ´desaposentação`", pois "as Turma Recursal
DF6B71CBB4B62EFE500C59F2F353BBAB
estimativas de receita deveriam ser calculadas considerados os dados estatísticos, os elementos atuariais
e a população economicamente ativa como um todo. O equilíbrio exigido pela lei não seria, portanto, entre
a contribuição do segurado e o financiamento do benefício a ser por ele percebido. Além do mais, o
regime previdenciário nacional possuiria, já há algum tempo, feição nitidamente solidária e contributiva ".
7. Por fim, "ainda que existisse dúvida quanto à vinculação e ao real sentido do enunciado normativo
previsto no art. 18, § 2º, da Lei 8.213/1991, o qual impediria que se reconhecesse a possibilidade da
ACÓRDÃO
Decide a Segunda Turma Recursal dos Juizados Especiais Federais do Distrito Federal, por unanimidade,
em reexame do processo, retratar-se do julgamento anterior, alterando o respectivo acórdão para negar
provimento ao recurso interposto pela parte Ré.
Brasília-DF, 15/5/2019.
Juiz David Wilson de Abreu Pardo
2ª TURMA RECURSAL - JEF/DF
RELATOR 3
Turma Recursal
C40840272F64D6269A1054FBF5365DEC
PROCESSO: 0052897-63.2016.4.01.3400
RECORRENTE: INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
ADVOGADO:
RECORRIDO: LUIZA DOMIENSE DOS SANTOS
ADVOGADO: DF00017819 - LEONARDO SOLANO LOPES
EMENTA
448
obstruir sua participação plena e efetiva na sociedade em igualdade de condições com as demais
pessoas” (art. 20, § 2º, Lei n. 8.742/1993, com redação dada pela Lei n. 13.146/2015). Desde antes, já se
entendia que “incapacidade para a vida independente não é só aquela que impede as atividades mais
elementares da pessoa, mas também a impossibilita de prover ao próprio sustento” (Súmula 29/TNU).
8. O requisito exigido pela LOAS, que deve ser observado para a configuração de deficiência, é a
presença do impedimento de longo prazo (transcurso de 2 anos, no mínimo) de natureza física, mental,
intelectual ou sensorial, o qual, em interação com uma ou mais barreiras, pode obstruir sua participação
plena e efetiva na sociedade em igualdade de condições com as demais pessoas. Esse impedimento não
necessariamente decorre de incapacidade física, tendo em vista o que consigna o art. 2º, §1º, da Lei
13.146/2015 (Estatuto da Pessoa com Deficiência): “A avaliação da deficiência, quando necessária, será
biopsicossocial, realizada por equipe multiprofissional e interdisciplinar e considerará: I - os impedimentos
nas funções e nas estruturas do corpo; II - os fatores socioambientais, psicológicos e pessoais; III - a
limitação no desempenho de atividades; e IV - a restrição de participação”.
9. Além disso, para ter direito ao benefício, a pessoa com deficiência precisa ter renda familiar mensal per
capita inferior a 1/4 do salário-mínimo (art. 20, §3º, Lei 8.742/93).
10. O laudo socioeconômico (registrado em 09/12/2016) informa que a parte Autora reside com sua mãe,
a Sra. Alvani Oliveira Domiense, nascida em 05/09/1967, detentora de ensino superior completo,
trabalhando atualmente de maneira informal, prestando serviços diversos como autônoma; seu pai, o Sr.
Paulo Roberto Silva dos Santos, nascido em 21/12/1954, detentor de ensino médio completo, já teve
vínculo empregatício formal, mas atualmente está desempregado e acometido de algumas enfermidades;
e, por fim, seu irmão Pedro Domiense dos Santos, menor, nascido em 15/04/2009 (pp. 2 e 3). A parte
Autora recebe todos os cuidados da família, especialmente do seu genitor, que disse que não trabalha,
pois precisa cuidar da filha (p. 6). Possui residência própria, apartamento financiado, com parcelas ainda
sendo pagas. A parte Autora reside no imóvel com os pais e o irmão há 10 anos e a única renda,
proveniente dos serviços prestados pela mãe como autônoma, é de R$800,00 (oitocentos reais). A família
não recebe nenhum benefício social de transferência de renda e nem ajuda de terceiros. As despesas
foram assim discriminadas: alimentos – R$ 300,00; financiamento do imóvel - R$ 355,41, condomínio - R$
356,00; água – R$ 69,60; energia - R$ 207,40; remédio – R$ 30,00; gás - R$ 55,00, totalizando-se o valor
de R$ 1.373,41. Ainda, consta do laudo à p. 7: “Nesse momento, a família vive limitada financeiramente,
não há rendas suficientes para cobrir as despesas, fazendo com que, dessa forma, sobrevivam com o
mínimo e precisam economizar”. O laudo socioeconômico concluiu que a periciada Luiza Domiense dos
Santos encontra-se em estado de hipossuficiência econômica, salvo melhor juízo.
11. As fotos da residência, presentes no laudo socioeconômico, realmente chamam a atenção, pela boa
estrutura retratada, bastante superior à das famílias que comumente pleiteiam o mesmo benefício.
Justamente por isso, esta Relatoria, em decisão registrada em 17/09/2018, pontuou este fato,
449
acrescentando que em nenhum lugar do processo são descritas as atividades de autônoma que a
genitora da parte Autora realizaria, havendo Turma Recursal
C40840272F64D6269A1054FBF5365DEC
tampouco demonstração minimamente concreta de que a renda mensal obtida fosse a indicada pelo
laudo socioeconômico. Assim, converteu-se o julgamento em diligência, a fim de que fosse intimada a
parte Autora para descrever as atividades de autônoma que sua genitora realiza e demonstrar (com
recibos, declarações, ou documentos equivalentes) a renda mensal obtida com tais atividades, no prazo
de 10 dias.
12. A parte Autora, representada por seu genitor, juntou petição incidental em resposta à decisão (registro
19. O acórdão referente ao RE 870.947 já foi publicado no DJe de 17/11/2917, tornado público em
20/11/2017. Outrossim, o STJ decidiu que “a modulação dos efeitos da decisão que declarou
inconstitucional a atualização monetária dos débitos da Fazenda Pública com base no índice oficial de
remuneração da caderneta de poupança, no âmbito do Supremo Tribunal Federal, objetivou reconhecer a
validade dos precatórios expedidos ou pagos até 25 de março de 2015, impedindo, desse modo, a
rediscussão do débito baseada na aplicação de índices diversos. Assim, mostra-se descabida a
modulação em relação aos casos em que não ocorreu expedição ou pagamento de precatório” (REsp
1495146/MG, Rel. Ministro Mauro Campbell Marques, Primeira Seção, julgado em 22/02/2018, DJe
02/03/2018).
20. Por isso, não prejudica a conclusão deste julgamento, quanto aos consectários legais, a pendência de
embargos declaratórios, no RE 870.947, nem mesmo se a tais embargos, excepcionalmente, foi deferido
algum efeito suspensivo, pois aqui ainda se está na fase de conhecimento da causa, longe do início da
eventual fase de cumprimento do julgado, quanto aos valores pretéritos a serem pagos, se for o caso.
21. Este acórdão abordou os argumentos levantados pelas partes, significando que também foram
considerados os elementos suscitados para fins de prequestionamento.
22. Provimento parcial do recurso interposto pelo INSS, apenas para fixar a DCB em fevereiro de 2019,
com revogação imediata da tutela antecipada, sem prejuízo das parcelas pretéritas a serem liquidadas e
requisitadas.
23. Quanto às parcelas recebidas após fevereiro/2019, o STF estabeleceu que benefício recebido de boa-
fé pelo segurado, em decorrência de decisão judicial, não está sujeito à repetição de indébito, em razão
de seu caráter alimentar (ARE 734242 agR - Primeira Turma, Rel. Min. Roberto Barroso, DJe de
08/09/2015, p. 175). "(...) Dessa sorte, a despeito da posição do STJ, esta TNU, considerando o
entendimento do STF, bem como os precedentes deste Colegiado, entende por manter a aplicação do
450
enunciado da Súmula 51/TNU no sentido que 'os valores recebidos por força de antecipação dos efeitos
de tutela, posteriormente revogada em demanda previdenciária, são irrepetíveis em razão da natureza
alimentar e da boa-fé no seu recebimento' (...)" (PEDILEF 50023993020134047107, Rel. Daniel Machado
da Rocha, TNU, DOU 18/12/2015).
24. Honorários advocatícios incabíveis, por falta de previsão legal para seu arbitramento, no âmbito do
JEF, quando há provimento do recurso julgado, ainda que em parte mínima (artigo 55, caput, da Lei n.
9.099/1995). Turma Recursal
C40840272F64D6269A1054FBF5365DEC
ACÓRDÃO
Turma Recursal
EEAF11C7AF47DF29FC99574C31FBFC2C
PROCESSO: 0051280-34.2017.4.01.3400
RECORRENTE: NILSON NEVES FRANCA
ADVOGADO: DF00022393 - WANESSA ALDRIGUES CANDIDO E OUTRO(S)
RECORRIDO: INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
ADVOGADO:
EMENTA
EMBARGOS DE DECLARAÇÃO. EFEITOS INFRINGENTES. PREQUESTIONAMENTO. NECESSIDADE
DE DEMONSTRAÇÃO DE OMISSÃO, OBSCURIDADE OU CONTRADIÇÃO. VÍCIOS INEXISTENTES.
REJEIÇÃO DOS EMBARGOS OPOSTOS PELAS PARTES.
1. Embargos de declaração opostos pela parte Autora e pela parte Ré em face de acórdão que deu
“provimento parcial ao recurso interposto pela parte Autora para: a) condenar o INSS a lhe conceder o
benefício de aposentadoria proporcional por tempo de contribuição, com DIB na data da citação e DIP no
trânsito em julgado; b) condenar ainda o INSS no pagamento das parcelas retroativas, acrescidas de
juros e correção monetária conforme decidido pelo STF no julgamento do RE 870.947. O pagamento das
parcelas retroativas fica limitado a 60 salários mínimos”. Ainda, antecipou-se a tutela judicial “a fim de
ordenar ao INSS que implante o benefício de aposentadoria por tempo de contribuição em favor da parte
Autora no prazo de 10 (dez) dias, a contar da intimação deste acórdão”.
2. Razões dos embargos de declaração da parte Autora: a) “fora arrolado nos autos o laudo técnico da
Empresa Francar Auto Peças LTDA (registro 18/06/2018). Tendo o embargante laborado na referida
empresa de 01/07/2008 até 14 de maio de 2011 e de 02/04/20012 até 25/09/2012, conforme consta na
CTPS- doc. inicial 3, p.9. Diante disso, a apresentação do laudo técnico supre eventual irregularidade no
PPP, haja vista que durante todo o vinculo de trabalho o autor exerceu o mesmo cargo de mecânico na
mesma Empresa, exposto ao agentes químicos: óleos minerais, LM, graxas e Querosene, assim como
agentes físicos: ruído acima de 90 dB(A)”; b) “o acórdão não se manifestou quanto o teor do Laudo
técnico arrolado nos autos, o que prejudicou a análise do direito do Recorrente”; c) que seja atribuído
efeitos infringentes para reconhecer a especialidade dos períodos de 01/07/2008 a 14/05/2011,
02/04/2012 a 25/09/2012, conforme consta no Laudo Técnico.
3. Razões dos embargos de declaração opostos pelo INSS: a) o documento que amparou a averbação
como especial do período 17/08/2015 e 28/02/2018 foi o PPP emitido em 24/11/2017, anexado com a
inicial, que consta no arquivo documentos da inicial 1, na pág. 07, sendo que esse documento se refere
ao período de 17/08/2015 a 29/11/2017; b) ainda que o autor tivesse trabalhado na mesma empresa até
28/02/2018, não há nos autos documento algum que comprove a submissão a agente nocivo durante o
período de 30/11/2017 a 28/02/2018, de modo que, não se pode efetuar o enquadramento desse período,
por mera presunção, tal como restou decidido no Turma Recursal
EEAF11C7AF47DF29FC99574C31FBFC2C
acórdão; c) em se tratando de ruído, a legislação sempre exigiu sua comprovação por meio de laudo
técnico, e isso porque não há como se presumir, apenas pela atividade, a existência de ruído em
intensidade superior à máxima permitida pela legislação; d) resta evidente a omissão do julgado, eis que
decidiu em contrariedade com a jurisprudência firmada pela TNU e STJ; e) prequestionamento.
4. Após a oposição dos embargos de declaração, o INSS, em petição registrada em 12/11/2018, alega: a)
há erro material na decisão, aferida pela ADJ quando da implantação do benefício, notadamente no
demonstrativo de tempo de contribuição que integra o acórdão que induziu a erro tanto a Turma
451
Julgadora como o próprio réu; b) o tempo de contribuição de 30 anos, 08 meses e 11 dias alcançado pelo
autor tem que ser acrescido ao pedágio, isto é, ao período adicional de contribuição equivalente a 40% do
tempo que, na data da publicação da emenda, faltaria para se atingir o limite de tempo constante,
consoante regra contida no parágrafo 1º, inciso I, alínea “b” da EC 20/1998; c) requer seja corrigido o erro
material cometido na soma do tempo de contribuição do autor, que deixou de observar a necessidade de
cumprimento à regra constitucional do pedágio, para via de consequência, indeferir o benefício, ou, ainda,
que haja manifestação expressa quanto a não aplicação, in concreto, dessa regra constitucional.
5. A parte Autora ofereceu resposta escrita aos embargos do INSS, sendo que este não ofereceu
resposta aos embargos opostos pela parte Autora.
6. O acórdão embargador consignou que: “[...] 8. No caso sob julgamento, a parte Autora juntou Perfil
De modo que realmente imprestável para o fim pretendido pela parte Autora nesta ação. 12. Por outro
lado, não se verificou impugnação administrativa específica por parte do INSS em relação ao segundo
PPP (doc. inicial 1, p.7), que abrange o período de 17/08/2015 a 29/11/2017, havendo nele identificação e
assinaturas dos responsáveis técnicos por sua elaboração. Deve-se, então, considerar apenas o segundo
PPP (doc. inicial 1, p.7) juntado ao processo pela parte Autora como idôneo para fins de cálculo do tempo
especial de contribuição. 13. Quanto aos critérios para a consideração de tempo especial em relação à
exposição a ruído, confira-se trecho do PEDILEF n. 05264364020104058300: "A orientação pacífica na
TNU, agora, segue os seguintes critérios: o tempo de trabalho laborado com exposição a ruído é
considerado especial, para fins de conversão em comum, nos seguintes níveis: superior a 80 decibéis, na
vigência do Decreto n. 53.831/64 e, a contar de 5 de março de 1997, superior a 90 decibéis, por força do
Decreto nº. 2.172, só sendo admitida a redução para 85 decibéis após a entrada em vigor do Decreto n.
4.882, de 18 de novembro de 2003, tudo em homenagem a princípio tempus regit actum" (PEDILEF
05264364020104058300, Juiz Federal Wilson José Witzel, TNU, DOU 19/02/2016, página 238/339). 14.
O segundo PPP (doc. Inicial 1, p.7) demonstra exposição da parte Autora a ruído superior a 92 dbA (A),
de 17/08/2015 a 29/11/2017, na empresa Francar Auto Peças Ltda EPP. De acordo com o CNIS
(registrado em 27/03/2018), a parte Autora teve a última remuneração nesta empresa em fevereiro de
2018. 15. Assim, faz jus a parte Autora ao cômputo do tempo especial entre 17/08/2015 e 28/02/2018
(Francar Auto Peças Ltda EPP), bem como conversão em comum daqueles vínculos. 16. Em
consequência, o Demonstrativo de Tempo de Contribuição – DTC juntado ao processo (registro de
10.08.2018) demonstra que a parte Autora possui direito ao benefício proporcional, já que, com a
contagem especial do tempo de serviço até o dia 28/02/2018, foi atingido o tempo de contribuição de 30
anos, 8 meses e 11 dias.17. O benefício vindicado - aposentadoria por tempo de contribuição - deve valer
desde a data da citação, já que na data do requerimento administrativo ainda não havia tempo de
contribuição suficiente (11/08/2015 - p. 11 - doc inicial) e a especialidade do labor somente foi
reconhecida em Juízo”.
7. Em que pese o acórdão embargado não ter feito referência específica ao laudo técnico juntado após a
sentença (registro 18/06/2018), razão não assiste à parte Autora em pleitear reconhecimento de labor
especial para os períodos de 01/07/2008 a 14/05/2011, 02/04/2012 a 25/09/2012, fundado no registro da
CTPS - doc. inicial 3, p.9. É que referido laudo não se reporta a tais períodos, mas apenas ao período de
“17/08/2015 até os dias atuais – Mecânico”. Por essa razão é que foi considerado como especial o
período de 17/08/2015 a 28/02/2018, data da última remuneração registrada na empresa Francar Auto
Peças Ltda, conforme demonstrativo de tempo de contribuição registrado em 10/08/2018, levado a efeito
a partir do CNIS registrado em 27/03/2018.
8. Igualmente não tem razão a parte Ré, pois, diferentemente do que se alega, não foi efetuado o
enquadramento do período de 17/08/2015 e 28/02/2018 por mera presunção, já que o PPP considerado
452
no acórdão embargado foi validado com o Lauto Técnico de Condições Ambientais do Trabalho – LTCAT,
juntado em 18/06/2018, no qual consta labor em condições especiais desde 17/08/2015 até os dias
atuais, o que compreende o vínculo reconhecido no acórdão, segundo demonstrativo do tempo de
contribuição do Turma Recursal
EEAF11C7AF47DF29FC99574C31FBFC2C
Autor, em que se considerou o período de 15/05/2015 até a última remuneração demonstrada no CNIS
registrado em 27/03/2018, como sendo 02/2018.
9. Por outro lado, não se conhece da petição do INSS registrada em 12/11/2018, pois as questões ali
levantadas não se traduzem em erro material como alegado, mas matéria de mérito que deve ser
Turma Recursal
7CF592BD63CAC15D7876F90DDE7E9595
PROCESSO: 0027397-58.2017.4.01.3400
RECORRENTE: UNIAO FEDERAL
ADVOGADO: - DIEGO EDUARDO FARIAS CAMBRAIA
RECORRIDO: FLORIANO ALBERTO DE ASSIS PITA
ADVOGADO: DF0001599A - GERALDO MAGELA HERMOGENES DA SILVA
EMENTA
EMBARGOS DE DECLARAÇÃO. EFEITOS INFRINGENTES. PREQUESTIONAMENTO. NECESSIDADE
DE DEMONSTRAÇÃO DE OMISSÃO, OBSCURIDADE OU CONTRADIÇÃO. VÍCIOS INEXISTENTES.
REJEIÇÃO DOS EMBARGOS.
1. A parte Autora opôs embargos de declaração contra acórdão que rejeitou seu pedido de
enquadramento no Plano de Carreira da Área de Ciência e Tecnologia.
2. Diz a parte Embargante que houve omissão, pois foi demonstrada a violação ao princípio da isonomia,
mas o entendimento contrário é carecedor de fundamentação legal e jurisprudencial, o que afronta o art.
93, IX da CF. Que também não houve manifestação acerca da violação ao dispositivo encartado no art.
7º, XXX, CF, que veda a proibição de diferenças de salários, de exercício de funções e de critérios de
admissão e art. 39, § 1º, da Carta da República. Ainda, alega que não houve manifestação sobre o pedido
de declaração de inconstitucionalidade do § 3º, do art. 1º, da Lei 8.691/1993, com redação dada pela Lei
12.823/2013, pelo que pede manifestação expressa acerca dos dispositivos constitucionais invocados,
453
claramente violados: caput do art. 5º, no tocante à isonomia; art. 7º, XXX; e art. 39, § 1º. Tudo para fins de
prequestionamento.
3. A parte Ré ofereceu resposta aos embargos de declaração.
4. A parte embargante não demonstra omissão, contradição, obscuridade ou erro material que conduza à
modificação do julgado. Na verdade, os argumentos apresentados nos embargos de declaração
constituem mero inconformismo quanto à solução de mérito dada ao caso.
5. Não cabe reapreciação de matéria em sede de embargos de declaração, porquanto não são via
adequada para esgotamento da discussão acerca da matéria julgada, podendo a parte submeter a
questão à apreciação da Corte Superior em recurso próprio.
6. Ora, os embargos declaratórios não são via adequada para corrigir suposto error in judicando, ainda
14.5.2012; e EDcl no AgRg nos EAg 1.229.612/DF, Rel. Ministro Castro Meira, Corte Especial, DJe
13/6/2012.
7. De outra banda, se o acórdão embargado abordou os argumentos levantados pelas partes
Recorrente/Recorrida, significa isso que também já foram expressamente considerados os elementos
suscitados para fins de prequestionamento.
8. Além disso, pela regra prevista no art. 1.025, NCPC, "consideram-se incluídos no acórdão os
elementos que o embargante suscitou, para fins de pré-questionamento, ainda que os embargos de
declaração sejam inadmitidos ou rejeitados, caso o tribunal superior considere existentes erro, omissão,
contradição ou obscuridade".
9. Rejeição dos embargos de declaração opostos pela parte Autora.
ACÓRDÃO
Decide a Segunda Turma Recursal dos Juizados Especiais Federais do Distrito Federal, por unanimidade,
rejeitar os embargos de declaração.
Brasília/DF, 15/5/2019.
Juiz David Wilson de Abreu Pardo
2ª TURMA RECURSAL - JEF/DF
RELATOR 3
Turma Recursal
9E91D159D7407A85A4FA9E4A0F05DE09
PROCESSO: 0012589-48.2017.4.01.3400
RECORRENTE: UNIAO FEDERAL
ADVOGADO: - DIEGO EDUARDO FARIAS CAMBRAIA
RECORRIDO: REINAN ALVES SANTOS
ADVOGADO: DF0001599A - GERALDO MAGELA HERMOGENES DA SILVA
EMENTA
EMBARGOS DE DECLARAÇÃO. EFEITOS INFRINGENTES. PREQUESTIONAMENTO. NECESSIDADE
DE DEMONSTRAÇÃO DE OMISSÃO, OBSCURIDADE OU CONTRADIÇÃO. VÍCIOS INEXISTENTES.
REJEIÇÃO DOS EMBARGOS.
1. A parte Autora opôs embargos de declaração contra acórdão que rejeitou seu pedido de
enquadramento no Plano de Carreira da Área de Ciência e Tecnologia.
2. Diz a parte Embargante que houve omissão, pois foi demonstrada a violação ao princípio da isonomia,
mas o entendimento contrário é carecedor de fundamentação legal e jurisprudencial, o que afronta o art.
93, IX da CF. Que também não houve manifestação acerca da violação ao dispositivo encartado no art.
7º, XXX, CF, que veda a proibição de diferenças de salários, de exercício de funções e de critérios de
admissão e art. 39, § 1º, da Carta da República. Ainda, alega que não houve manifestação sobre o pedido
de declaração de inconstitucionalidade do § 3º, do art. 1º, da Lei 8.691/1993, com redação dada pela Lei
12.823/2013, pelo que pede manifestação expressa acerca dos dispositivos constitucionais invocados,
claramente violados: caput do art. 5º, no tocante à isonomia; art. 7º, XXX; e art. 39, § 1º. Tudo para fins de
prequestionamento.
3. A parte Ré ofereceu resposta aos embargos de declaração.
454
4. A parte embargante não demonstra omissão, contradição, obscuridade ou erro material que conduza à
modificação do julgado. Na verdade, os argumentos apresentados nos embargos de declaração
constituem mero inconformismo quanto à solução de mérito dada ao caso.
5. Não cabe reapreciação de matéria em sede de embargos de declaração, porquanto não são via
adequada para esgotamento da discussão acerca da matéria julgada, podendo a parte submeter a
questão à apreciação da Corte Superior em recurso próprio.
6. Ora, os embargos declaratórios não são via adequada para corrigir suposto error in judicando, ainda
que demonstrado, não sendo possível atribuir eficácia infringente se ausentes erro material, omissão,
obscuridade ou contradição. Nesse sentido: EDcl nos EREsp 1.035.444/AM, Rel. Ministro Mauro
Campbell Marques, Primeira Seção, DJe 19.5.2015; EDcl nos EDcl no MS 14.117/DF, Rel. Ministro
14.5.2012; e EDcl no AgRg nos EAg 1.229.612/DF, Rel. Ministro Castro Meira, Corte Especial, DJe
13/6/2012.
7. De outra banda, se o acórdão embargado abordou os argumentos levantados pelas partes
Recorrente/Recorrida, significa isso que também já foram expressamente considerados os elementos
suscitados para fins de prequestionamento.
8. Além disso, pela regra prevista no art. 1.025, NCPC, "consideram-se incluídos no acórdão os
elementos que o embargante suscitou, para fins de pré-questionamento, ainda que os embargos de
declaração sejam inadmitidos ou rejeitados, caso o tribunal superior considere existentes erro, omissão,
contradição ou obscuridade".
9. Rejeição dos embargos de declaração opostos pela parte Autora.
ACÓRDÃO
Decide a Segunda Turma Recursal dos Juizados Especiais Federais do Distrito Federal, por unanimidade,
rejeitar os embargos de declaração.
Brasília/DF, 15/5/2019.
Juiz David Wilson de Abreu Pardo
2ª TURMA RECURSAL - JEF/DF
RELATOR 3
Turma Recursal
4509BCE0FF0AAD194B68B9F49DD0AFD1
PROCESSO: 0026438-87.2017.4.01.3400
RECORRENTE: INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
ADVOGADO:
RECORRIDO: BEATRIZ PEREIRA GOMES
ADVOGADO:
EMENTA
EMBARGOS DE DECLARAÇÃO. PREQUESTIONAMENTO. NECESSIDADE DE DEMONSTRAÇÃO DE
OMISSÃO, OBSCURIDADE OU CONTRADIÇÃO. VÍCIOS INEXISTENTES. REJEIÇÃO DOS
EMBARGOS.
1. Embargos de declaração opostos pela parte Autora e pelo INSS contra acórdão que negou provimento
ao recurso do INSS. A sentença recorrida julgou procedente em parte o pedido da inicial, condenando a
Autarquia Previdenciária a conceder benefício de auxílio doença à parte Autora, desde a data da
sentença até a sua submissão a processo de reabilitação. Em face de a parte Autora ser assistida pela
DPU, julgou incabível a condenação em honorários advocatícios.
2. Razões dos embargos de declaração opostos pela parte Autora: a) o Juízo deixou de se manifestar
sobre o pedido de condenação do INSS ao pagamento de sucumbenciais à DPU, à luz dos dispositivos
legais e constitucionais que versam sobre o tema, em especial as Emendas Constitucionais nº 74/13 e nº
80/14, o inciso XXI do artigo 4º da Lei Complementar nº 80/1994 e o artigo 85 do Código de Processo
Civil de 2015; b) em acórdão publicado em 10.8.2018, o STF reconheceu a repercussão geral do tema,
asseverando que as Emendas Constitucionais nº 74/13 e nº 80/14 representam relevante alteração no
quadro normativo, a justificar a rediscussão da questão; c) o enunciado sumular nº 421 do STJ e o
entendimento firmado no REspe 1.108.013 e no REspe 1.199.715 foram superados já que não há
subordinação da Defensoria Pública ao Poder Executivo, sendo devidas verbas sucumbenciais à
Defensoria Pública mesmo em sua atuação contra pessoa jurídica de direito público que integra a mesma
Fazenda Pública. Isso ocorreu a partir da edição da LC nº 132/2009.
455
3. Razões dos embargos de declaração opostos pela parte Ré: a) necessidade de sobrestamento deste
processo até decisão final da TNU, pois pendente de julgamento o PEDILEF n° 0506698-
72.2015.4.05.8500/SE; b) em relação à ilegalidade da ordenação judicial da reabilitação, situação essa
atinente à discricionariedade do INSS.
4. A parte Autora ofereceu resposta escrita aos embargos de declaração opostos pela parte Ré. O INSS,
no entanto, não ofereceu resposta escrita aos embargos de declaração opostos pela parte Autora.
5. As partes Embargantes pretendem o simples reexame da decisão através dos embargos de
declaração. Além de não haver vícios que ensejam o respectivo cabimento, foram corretas e devidamente
fundamentadas as determinações do acórdão embargado.
6. Em relação aos embargos declaratórios opostos pela parte Autora, cumpre ressaltar que o STF não se
essa mesma temática. Por isso, pelo menos por enquanto, e em sede de instância ordinária, como se
constitui Turma Recursal de Juizados Especiais, deve ser mantido o entendimento constante do acórdão
embargado, no sentido de ser “incabível condenação em honorários advocatícios, tendo em vista que a
parte Autora está assistida pela Defensoria Pública da União (enunciado da Súmula 421/STJ)”.
7. Em relação aos embargos declaratórios opostos pela parte Ré, de se dizer, em primeiro lugar, que o
PEDILEF n° 0506698-72.2015.4.05.8500/SE já foi julgado pela TNU, inclusive com a fixação das
seguintes teses: "1. Constatada a existência de incapacidade parcial e permanente, não sendo o caso de
aplicação da Súmula 47 da TNU, a decisão judicial poderá determinar o encaminhamento do segurado
para análise administrativa de elegibilidade à reabilitação profissional, sendo inviável a condenação prévia
à concessão de aposentadoria por invalidez condicionada ao insucesso da reabilitação; 2. A análise
administrativa da elegibilidade à reabilitação profissional deverá adotar como premissa a conclusão da
decisão judicial sobre a existência de incapacidade parcial e permanente, ressalvada a possibilidade de
constatação de modificação das circunstâncias fáticas após a sentença". Incidente julgado como
representativo da controvérsia (Tema 177. DOU 26/2/2019).
8. Por isso, não é mais o caso de sequer cogitar a necessidade de sobrestamento do feito, dado o efetivo
julgamento do PEDILEF pela TNU, com acórdão publicado.
9. Entrementes, o acórdão embargado não é omisso, quanto ao ordenamento de reabilitação. Para
expressamente resolver a questão, dispôs, literalmente, nos seus itens 7 a 10: "7. Assim, não se trata de
se aguardar com o passar do tempo a simples recuperação da incapacidade da beneficiária para a
atividade que exercia (auxiliar de lavanderia), haja vista a parte Autora ser incapaz parcial e
definitivamente, além de não ter potencial de reabilitação para atividades que exijam sobrecargas
biomecânicas, a exemplo da atividade na qual laborava. A necessidade de reabilitação é agravada pelo
tempo em que esteve afastada de sua atividade, quase 15 anos, de 30/05/2002 a 19/04/2017 (doc. inicial,
p.19), em decorrência do recebimento de auxílio doença. Portanto, a reabilitação profissional (que visa a
reinserir o beneficiário da Previdência Social no mercado de trabalho através da capacitação profissional
ao exercício de outra atividade laborativa) é o meio adequado para possibilitar à parte Autora a subsistir
por conta própria. 8. É o que determina o art. 62 da Lei n. 8.213/1991: “o segurado em gozo de
auxíliodoença, insuscetível de recuperação para sua atividade habitual, deverá submeter-se a processo
de reabilitação profissional para o exercício de outra atividade. Parágrafo único. O benefício a que se
refere o caput deste artigo será mantido até que o segurado seja considerado reabilitado para o
desempenho de atividade que lhe garanta a subsistência ou, quando considerado não recuperável, seja
aposentado por invalidez” (redação dada e incluído pela Lei n. 13.457/2017). 9. Por isso, o INSS não
pode abster-se de cumprir referida legislação legal, pois é de sua responsabilidade o processo de
reabilitação, tratando-se de garantia imprescindível para que beneficiário obtenha nova oportunidade de
emprego. Assim também estabelece a Lei da Previdência: “art. 89 A habilitação e a reabilitação
profissional e social deverão proporcionar ao beneficiário incapacitado parcial ou totalmente para o
trabalho, e às pessoas portadoras de deficiência, os meios para a (re) Turma Recursal
4509BCE0FF0AAD194B68B9F49DD0AFD1
educação e de (re) adaptação profissional e social indicados para participar do mercado de trabalho e do
contexto em que vive. [...] Art. 90. A prestação de que trata o artigo anterior é devida em caráter
obrigatório aos segurados, inclusive aposentados e, na medida das possibilidades do órgão da
Previdência Social, aos seus dependentes”. 10. De acordo com as circunstâncias do caso, portanto, a
regra aplicável é aquela prevista no art. 62 da n. Lei 8.213/1991, e não a prevista no art. 60, § 8º, da
mesma Lei, incluído pela MP n. 739/2016, convertida na Lei n. 13.457/2017. Aliás, no caso sob
julgamento, poderia até mesmo ser o caso de consignar que, não se obtendo sucesso na reabilitação
estabelecida pela lei, é o caso de aposentar por invalidez a parte Autora. Só o INSS, todavia, interpôs
recurso em face da sentença".
10. Por outro lado, como se constata na transcrição anterior, no julgamento do PEDILEF n° 0506698-
72.2015.4.05.8500/SE, a TNU fixou a tese de que se pode judicilamente ordenar ao INSS que submeta o
segurado ao processo de reabilitação. E pela própria letra do art. 62 da Lei n. 8.213/1991, há
primeiramente a oportunidade de se observar a recuperação laborativa do segurado, para, depois de
constatada a impossibilidade, seguir as determinações do referido dispositivo legal.
456
11. No mais, os embargos declaratórios não são via adequada para corrigir suposto error in judicando,
ainda que demonstrado, não sendo possível atribuir eficácia infringente se ausentes erro material,
omissão, obscuridade ou contradição. Nesse sentido: EDcl nos EREsp 1.035.444/AM, Rel. Ministro Mauro
Campbell Marques, Primeira Seção, DJe 19.5.2015; EDcl nos EDcl no MS 14.117/DF, Rel. Ministro
Napoleão Nunes Maia Filho, Terceira Seção, DJe 1º.8.2011; EDcl no AgRg no AREsp 438.306/RS, Rel.
Ministro Og Fernandes, Segunda Turma, DJe 20.5.2014; EDcl no AgRg no AREsp 335.533/MG, Rel.
Ministra Regina Helena Costa, Quinta Turma, DJe 2.4.2014; EDcl no AgRg nos EAg 1.118.017/RJ, Rel.
Ministro Castro Meira, Corte Especial, DJe 14.5.2012; e EDcl no AgRg nos EAg 1.229.612/DF, Rel.
Ministro Castro Meira, Corte Especial, DJe 13/6/2012.
12. De outra banda, se o acórdão embargado abordou os argumentos levantados pelas partes
ACÓRDÃO
Decide a Segunda Turma Recursal dos Juizados Especiais Federais do Distrito Federal, por unanimidade,
rejeitar os embargos de declaração.
Brasília/DF, 15/5/2019
Juiz David Wilson de Abreu Pardo
2ª TURMA RECURSAL - JEF/DF
RELATOR 3
Turma Recursal
735426B84ED3B7344268013E0A3AF5A3
PROCESSO: 0076504-08.2016.4.01.3400
RECORRENTE: LISELENE DA FATIMA MARTINS GARCIA
ADVOGADO: DF00030598 - MAX ROBERT MELO E OUTRO(S)
RECORRIDO: UNIAO FEDERAL
ADVOGADO: - EDUARDO JORGE PEREIRA ALVES
EMENTA
PROCESSUAL CIVIL. AGRAVO INTERNO. NÃO CONHECIMENTO DE RECURSO INOMINADO.
RAZÕES DISSOCIADAS DA SENTENÇA. NÃO CONHECIMENTO DO AGRAVO INTERNO POR
ATACAR A SENTENÇA E NÃO A DECISÃO AGRAVADA.
1. Agravo interno contra decisão monocrática que não conheceu de recurso inominado interposto com
razões dissociadas dos fundamentos da sentença.
2. Razões da parte Agravante: a) foi negado conhecimento ao recurso sob o fundamento de que se
divorciou no mérito recursal da matéria debatida na sentença que é exclusivamente a prescrição; b) não
há prescrição, pois, no caso, é preciso adentrar ao mérito da demanda, não sendo o fundamento
dissociado; c) a Anistia é o ato amplo, que possui o fim de desconstituir situações jurídicas estabelecidas,
instituindo o retorno das partes interessadas aos status anterior (quo ante); c) somente estaria prescrita a
pretensão de recebimento das parcelas devidas anteriormente ao ajuizamento da ação pelo prazo
quinquenal; d) a prescrição aqui ocorre somente quanto às prestações pecuniárias devidas e, não quanto
ao fundo de direito que deve ser analisado pelo Poder Judiciário sob pena de negativa de prestação
jurisdicional; e) afirmar que a indenização pelo dano sofrido possui caráter retroativo e não pode ser
indenizado pela redação da Lei 8.878/94, é violar o próprio propósito da Lei de Anistia; f) o mérito se
confunde com a prescrição, não havendo que se falar em fundamento dissociado.
3. A parte agravada ofereceu resposta escrita ao agravo interno, sustentando que este agravo não deve
ser conhecido, vez que se ateve a atacar os fundamentos da sentença, e não o decisum que inadmitiu
seu recurso.
4. O agravo interno não merece ser conhecido, pois, como bem observado pela parte Agravada, suas
razões atacam os fundamentos da sentença e não a decisão monocrática.
5. Com efeito, a decisão agravada não conheceu o recurso da parte Autora em face de não ter sido
refutado o fundamento da sentença, já que nele nada se falou sobre a prescrição pronunciada, questão
que somente agora vem argumentar, o que é inadmissível.
457
6. De fato, nas razões do recurso inominado, como bem observado na decisão agravada, a parte Autora
“parte da premissa equivocada de houve a improcedência do pedido de indenização por danos morais.
Assim, rebateu questões relacionadas à caracterização do dano moral consubstanciado na necessidade
de reparação pela negligência e conduta omissiva da Administração em promover a readmissão de ex-
servidor aos quadros do Poder Executivo, sustentando que a indenização é devida, em face da Turma
Recursal
735426B84ED3B7344268013E0A3AF5A3
demora administrativa em analisar o seu processo de retorno aos quadros do serviço público, após
dispensa durante o governo Collor, o que violou o princípio da eficiência e da razoabilidade. Mas, como
Turma Recursal
D84E10B7E5FD774991514B64DDACD918
PROCESSO: 0044372-58.2017.4.01.3400
RECORRENTE: INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
ADVOGADO:
RECORRIDO: GILSON FERREIRA BATISTA
ADVOGADO:
EMENTA
EMBARGOS DE DECLARAÇÃO. PREQUESTIONAMENTO. NECESSIDADE DE DEMONSTRAÇÃO DE
OMISSÃO, OBSCURIDADE OU CONTRADIÇÃO. VÍCIOS INEXISTENTES. REJEIÇÃO DOS
EMBARGOS.
1. Embargos de declaração opostos pela parte Autora e pelo INSS contra acórdão que negou provimento
ao recurso interposto pelo INSS, mantendo sentença que declarou a inexigibilidade de débito
previdenciário por segurado, “uma vez que tais valores possuem caráter alimentar e foram percebidos de
boa fé pela parte autora”.
2. Razões dos embargos opostos pela parte Autora: a) os honorários sucumbenciais da Defensoria
Pública têm por escopo o aprimoramento da abrangência e da eficácia do serviço público que presta à
população mais carente, como condição à consolidação do Estado Democrático de Direito; b) o STF
decidiu que é cabível a fixação de honorários em favor da DPU, inclusive quando a parte vencida é a
União. Assim, essas verbas devem ser fixadas também em face de autarquias e fundações públicas (STF,
AR 1937, Rel. Min. Gilmar Mendes. Data julgamento 30.06.2017); c) com a EC 74/2013 restou inaplicável
o enunciado da súmula 421 do STJ, uma vez que a Defensoria Pública da União não mais possui
orçamento coincidente com o de qualquer pessoa de direito público; d) a LC 132/2009 positivou, por
expresso, a figura dos honorários defensoriais, mediante acréscimo do inciso XXI ao art. 4.º da LC
80/1994.
458
3. Razões dos embargos opostos pela parte Ré: a) o Juízo não se manifestou sobre os termos do
Recurso Especial 1.381.734, o qual foi afetado para julgamento no rito dos recursos repetitivos (Tema
Repetitivo nº 979/STJ); b) não é relevante para a reposição ao erário a boa ou má fé desse recebimento;
c) os pagamentos indevidamente realizados devem ser devolvidos na forma do art. 115, Lei 8.213/1991,
que não é inconstitucional; d) segundo o STF, as decisões que afastam a aplicação do art. 115 da Lei
8.213/1991 de casos como esse estão, na verdade, declarando inconstitucionalidade por via transversa
(Recl. 6512/RS); e) o patrimônio público é indisponível e a Constituição institui diversos mecanismos
visando sua proteção, refletindo o princípio da supremacia do interesse público sobre o particular; f) é
regra constitucional implícita que aquele que malfere o erário deve subvencionar sua recomposição, não
podendo, em nenhum caso, apropriar-se dos valores que recebeu indevidamente (art. 37, §5º da CF/88).
5. Em relação aos embargos declaratórios opostos pela parte Autora, cumpre ressaltar que o STF não se
manifestou quanto ao sobrestamento dos processos que se referem a esta mesma temática. Por isso,
pelo menos por enquanto, e em sede de instância ordinária, como se constitui Turma Recursal de
Juizados Especiais, deve ser mantido o entendimento constante do acórdão embargado, no sentido de
ser “incabível condenação em honorários advocatícios, tendo em vista que a parte Autora está assistida
pela Defensoria Pública da União (enunciado da Súmula 421/STJ)”.
6. Em relação aos embargos declaratórios da parte Ré, destaca-se que o acórdão embargado já pontuou
que: “6. Com efeito, a parte Autora não podia perceber que o valor do benefício que lhe estava sendo
pago decorria de erro de cálculo da própria Administração Previdenciária. A fixação do valor foi feita pelo
INSS mesmo. Nesse contexto, não era dado à parte Autora divisar que os valores fixados estavam
elevados, porque o INSS tinha considerado a maior alguns recolhimentos do período contributivo. Assim,
a parte Autora se encontrava absolutamente de boa fé, no recebimento dos valores pagos pela
Administração Previdenciária, a título de auxílio doença, sendo bem verossímil considerar que tais valores
correspondiam ao que lhe era devido. Além disso, o erro perdurou por vários meses, o que levou a
acreditar que o pagamento era feito de forma correta e estável. Portanto, tendo recebido os valores de
boa-fé e tratando-se de verbas de natureza alimentar, o erro da Administração Previdenciária não pode
ser repassado ao segurado que não contribuiu para o mesmo.”. Também esclareceu no parágrafo 12 que
“é conhecida a posição do STF de que benefício recebido de boa-fé pelo segurado, em decorrência de
decisão judicial, não está sujeito à repetição de indébito, em razão de seu caráter alimentar (ARE 734242
agR - Primeira Turma, Rel. Ministro Roberto Barroso, DJe de 08/09/2015, p. 175). "(...) Dessa sorte, a
despeito da posição do STJ, esta TNU, considerando o entendimento do STF, bem como os precedentes
deste Colegiado, entende por manter a aplicação do enunciado da Súmula 51/TNU no sentido que 'os
valores recebidos por força de antecipação dos efeitos de tutela, posteriormente revogada em demanda
previdenciária, são irrepetíveis em razão da natureza alimentar e da boa-fé no seu recebimento' (...)"
(PEDILEF 50023993020134047107, Rel. Juiz Federal Daniel Machado da Rocha, TNU, DOU
18/12/2015).
7. No final das contas, as partes Embargantes pretendem o simples reexame da causa através dos
embargos de declaração. Além de não haver quaisquer dos vícios que ensejam o seu cabimento, os
pontos alegados pela parte Autora e pela parte Ré foram devidamente ventilados pelo acórdão
embargado.
8. Ora, os embargos declaratórios não são via adequada para corrigir suposto error in judicando, ainda
que demonstrado, não sendo possível atribuir eficácia infringente se ausentes erro material, omissão,
obscuridade ou contradição. Nesse sentido: EDcl nos EREsp 1.035.444/AM, Rel. Ministro Mauro
Campbell Marques, Primeira Seção, DJe 19.5.2015; EDcl nos EDcl no MS 14.117/DF, Rel. Ministro
Napoleão Nunes Maia Filho, Terceira Seção, DJe 1º.8.2011; EDcl no AgRg no AREsp 438.306/RS, Rel.
Ministro Og Fernandes, Segunda Turma, DJe 20.5.2014; EDcl no AgRg no AREsp 335.533/MG, Rel.
Ministra Regina Helena Costa, Quinta Turma, DJe 2.4.2014; EDcl no AgRg nos EAg 1.118.017/RJ, Rel.
Ministro Castro Meira, Corte Especial, DJe Turma Recursal
D84E10B7E5FD774991514B64DDACD918
14.5.2012; e EDcl no AgRg nos EAg 1.229.612/DF, Rel. Ministro Castro Meira, Corte Especial, DJe
13/6/2012.
9. Não cabe reapreciação de matéria em sede de embargos de declaração, porquanto não são via
adequada para esgotamento da discussão acerca da matéria julgada, podendo as partes submeter a
questão à apreciação superior em recurso próprio.
10. Além disso, pela regra prevista no art. 1.025, NCPC, "consideram-se incluídos no acórdão os
elementos que o embargante suscitou, para fins de pré-questionamento, ainda que os embargos de
declaração sejam inadmitidos ou rejeitados, caso o tribunal superior considere existentes erro, omissão,
contradição ou obscuridade".
11. Rejeição dos embargos de declaração opostos pela parte Autora e igualmente daqueles opostos pela
parte Ré.
ACÓRDÃO
459
Decide a Segunda Turma Recursal dos Juizados Especiais Federais do Distrito Federal, por unanimidade,
rejeitar os embargos de declaração.
Brasília/DF, 15/5/2018.
Juiz David Wilson de Abreu Pardo
2ª TURMA RECURSAL - JEF/DF
RELATOR 3
40BBF880B7DB929EF32927AC7B119471
PROCESSO: 0046325-57.2017.4.01.3400
RECORRENTE: MARIA ANTONIA DE JESUS PRASERES DIAS
ADVOGADO: DF00036821 - COQUELIN AIRES LEAL NETO
RECORRIDO: UNIAO FEDERAL
ADVOGADO: - LUIZ FELIPE CARDOSO DE MORAES FILHO
EMENTA
EMBARGOS DE DECLARAÇÃO. EFEITOS INFRINGENTES. NECESSIDADE DE DEMONSTRAÇÃO DE
OMISSÃO, OBSCURIDADE OU CONTRADIÇÃO. VÍCIOS INEXISTENTES. REJEIÇÃO DOS
EMBARGOS.
1. Embargos de declaração opostos pela parte Autora contra acórdão que rejeitou o pedido de
incorporação nos proventos de aposentadoria da integralidade da gratificação GDPST (100 pontos).
2. A parte Autora/Embargante diz que pretende esclarecer omissão/contradição, mas reapresenta
argumentos de mérito em seu favor, reafirmando que a gratificação GDPST possui caráter genérico.
Ainda, sustenta que o pagamento retroativo e anterior à publicação da portaria afasta a possibilidade de
atribuir natureza pro labore faciendo da GDPST aos pagamentos realizados pelo Ministério da Saúde.
Também alega que após o término do primeiro ciclo de avaliação em 30/06/2011, o Ministério da Saúde
continuou o pagamento da GDPST nos meses e anos subsequentes sem relação com o resultado do
efetivo desempenho individual, ou de condições especiais ou excepcionais de trabalho. Por fim, requer a
mesma pontuação que foi atribuída ao servidor ativo pelo só exercício das funções normais e próprias do
cargo, desde julho/2011, retroativo a novembro/2010 porquanto está recebendo com redução de 50
pontos.
3. A parte Ré ofereceu resposta aos embargos de declaração.
4. Os argumentos tecidos nos presentes embargos têm como pano de fundo a alegação de comprovação
da persistência da natureza genérica da gratificação GDPST.
5. Com isso, o objetivo da parte Embargante não é suprir omissão, afastar obscuridade ou eliminar
contradição, mas reformar o julgado pela via inadequada, o que não se admite, tendo em vista que
embargos de declaração não são instrumento processual idôneo para o esgotamento da discussão
acerca da matéria.
6. Com efeito, os embargos declaratórios não são via adequada para corrigir suposto error in judicando,
ainda que demonstrado, não sendo possível atribuir eficácia infringente se ausentes erro material,
omissão, obscuridade ou contradição. Nesse sentido: EDcl nos EREsp 1.035.444/AM, Rel. Ministro Mauro
Campbell Marques, Primeira Seção, DJe 19.5.2015; EDcl nos EDcl no MS 14.117/DF, Rel. Ministro
Napoleão Nunes Maia Filho, Terceira Seção, DJe 1º.8.2011; EDcl no AgRg no AREsp 438.306/RS, Rel.
Ministro Og Fernandes, Segunda Turma, DJe 20.5.2014; EDcl no AgRg no AREsp 335.533/MG, Rel.
Ministra Regina Helena Costa, Quinta Turma, DJe 2.4.2014; EDcl no AgRg nos EAg 1.118.017/RJ, Rel.
Ministro Castro Meira, Corte Turma Recursal
40BBF880B7DB929EF32927AC7B119471
Especial, DJe 14.5.2012; e EDcl no AgRg nos EAg 1.229.612/DF, Rel. Ministro Castro Meira, Corte
Especial, DJe 13/6/2012.
7. Rejeição dos embargos de declaração opostos pela parte Autora.
ACÓRDÃO
Decide a Segunda Turma Recursal dos Juizados Especiais Federais do Distrito Federal, por unanimidade,
rejeitar os embargos de declaração.
Brasília/DF, 15/5/2019.
Juiz David Wilson de Abreu Pardo
2ª TURMA RECURSAL - JEF/DF
RELATOR 3,
460
Turma Recursal
79EC111E29DB80FC92C2736A83B1E450
PROCESSO: 0073294-46.2016.4.01.3400
RECORRENTE: INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
ADVOGADO:
RECORRIDO: DEUZELINA JOSE MOREIRA SILVA
ADVOGADO: DF00033783 - CHRISTIANE PASTORA PINHEIRO OLIVEIRA
EREsp 1.035.444/AM, Rel. Ministro Mauro Campbell Marques, Primeira Seção, DJe 19.5.2015; EDcl nos
EDcl no MS 14.117/DF, Rel. Ministro Napoleão Nunes Maia Filho, Terceira Seção, DJe 1º.8.2011; EDcl no
AgRg no AREsp 438.306/RS, Rel. Ministro Og Fernandes, Segunda Turma, DJe 20.5.2014; EDcl no
AgRg no AREsp 335.533/MG, Rel. Ministra Regina Helena Costa, Quinta Turma, DJe 2.4.2014; EDcl no
AgRg nos EAg 1.118.017/RJ, Rel. Ministro Castro Meira, Corte Especial, DJe 14.5.2012; e EDcl no AgRg
nos EAg 1.229.612/DF, Rel. Ministro Castro Meira, Corte Especial, DJe 13/6/2012.
6. Destarte, não cabe reapreciação de matéria em sede de embargos de declaração, porquanto não são
via adequada para rever a discussão acerca do tema julgado, podendo a parte submeter a questão à
apreciação da Corte Superior em recurso próprio.
7. De outra banda, se o acórdão embargado abordou os argumentos assim como levantados pelas
partes, significa isso que também já foram expressamente considerados os elementos suscitados para
fins de prequestionamento.
8. Além disso, pela regra prevista no art. 1.025, NCPC, "consideram-se incluídos no acórdão os
elementos que o embargante suscitou, para fins de pré-questionamento, ainda que os embargos de
declaração sejam inadmitidos ou rejeitados, caso o tribunal superior considere existentes erro, omissão,
contradição ou obscuridade".
9. Rejeição dos embargos de declaração opostos pelo INSS.
ACÓRDÃO
Decide a Segunda Turma Recursal dos Juizados Especiais Federais do Distrito Federal, por unanimidade,
rejeitar os embargos de declaração.
Brasília/DF, 15/5/2019.
Juiz David Wilson de Abreu Pardo
2ª TURMA RECURSAL - JEF/DF
RELATOR 3
461
Turma Recursal
E340706705719DBD28E01AECB9CFDC06
PROCESSO: 0041458-21.2017.4.01.3400
RECORRENTE: CELESTE MARIA LUCENA CORREIA MADEIRA
ADVOGADO: GO00026506 - EVERTON BERNARDO CLEMENTE
Turma Recursal
A47D27D3C65B3649C5FCD6AF2803AD00
PROCESSO: 0006664-37.2018.4.01.3400
RECORRENTE: UNIAO FEDERAL
ADVOGADO: - SAMUEL LAGES NEVES LOPES
RECORRIDO: RIVIAN MILENA PEREIRA
ADVOGADO: DF00017717 - ALESSANDRA DAMIAN CAVALCANTI E OUTRO(S)
EMENTA
462
6. Destarte, não cabe reapreciação de matéria em sede de embargos de declaração, porquanto não são
via adequada para rever a discussão acerca do tema julgado, podendo a parte submeter a questão à
apreciação da Corte Superior em recurso próprio.
7. Rejeição dos embargos de declaração opostos pela parte Autora.
ACÓRDÃO
Decide a Segunda Turma Recursal dos Juizados Especiais Federais do Distrito Federal, por unanimidade,
rejeitar os embargos de declaração.
Brasília/DF, 15/5/2019.
Juiz David Wilson de Abreu Pardo
2ª TURMA RECURSAL - JEF/DF
RELATOR 3
Turma Recursal
6301864EB7F2B43B4C722FDED5FFD720
PROCESSO: 0039114-67.2017.4.01.3400
RECORRENTE: UNIAO FEDERAL - UNIAO FEDERAL
ADVOGADO: DF00025089 - GILBERTO SIEBRA MONTEIRO
RECORRIDO: SEMIAO FEITOSA DOS SANTOS - UNIAO FEDERAL
ADVOGADO: DF00025089 - GILBERTO SIEBRA MONTEIRO
EMENTA
ADMINISTRATIVO E PROCESSUAL. SERVIDOR PÚBLICO FEDERAL. AUXÍLIO-TRANSPORTE.
APRESENTAÇÃO DE DECLARAÇÃO (ART. 6º DA MP 2.165/2001). OBRIGATORIEDADE. NÃO
CUMPRIMENTO DA DILIGÊNCIA. PROVIMENTO DO RECURSO INTERPOSTO PELA UNIÃO.
PREJUDICADO AQUELE INTERPOSTO PELA PARTE AUTORA.
1. A sentença, pronunciando a prescrição quinquenal, acolheu parcialmente o pedido para “condenar a
parte ré a implantar o auxílio-transporte em favor da parte autora, com termo inicial a contar da
apresentação da necessária declaração, cujo valor observará as despesas que o mesmo despenderia em
caso de utilização de transporte coletivo, independentemente de utilizar veículo próprio, com a incidência
do desconto de 6% (seis por cento)”.
2. Razões do recurso interposto pela parte Autora: a) reiteração do pedido de assistência judiciária
gratuita; b) reconhecimento da prescrição quinquenal do direito de receber a revisão do auxílio-transporte,
463
por estar vinculada a parcelas de trato sucessivo, prescrevendo apenas as excedentes aos últimos 5
anos, contados do ajuizamento da ação; c) reconhecimento do direito dos servidores ao recebimento do
auxílio-transporte, independentemente o meio de transporte utilizado; d) reconhecimento do direito dos
servidores ao recebimento do auxílio transporte sem incidência do desconto de 6% previsto no art. 2º do
Decreto nº 2880/1998.
3. Razões do recurso interposto pela União: a) o auxílio transporte é uma verba de caráter indenizatório,
destinada ao custeio parcial de despesas com deslocamento em transporte coletivo, excetuado os
transportes seletivos ou especiais; b) o Decreto 2280/98 apenas prevê o pagamento da vantagem para
indenização dos gastos do servidor “com transporte coletivo municipal, intermunicipal ou interestadual
pelos servidores ou empregados públicos da administração”, enquanto a orientação normativa, vigente no
6% no contracheque do autor a título de contrapartida; f) como não houve nenhuma demonstração por
parte da autora de requerimento administrativo para pagamento de auxílio-transporte, não é possível
pagamento retroativo.
4. A União ofereceu resposta escrita ao recurso adverso.
5. A parte Autora não ofereceu resposta escrita ao recurso adverso.
6. No despacho registrado em 31/10/2018, foi concedido prazo para que a parte Autora/Recorrente
juntasse “ao processo declaração firmada na qual ateste a realização das despesas com transporte, na
forma do art. 6º da MP n. 2.165/2001”. A obrigatoriedade da apresentação da declaração ficou
expressamente consignada naquele despacho, verbis: “No presente processo, todavia, não foi juntada
pela parte Autora a declaração de que trata a lei, situação prima facie impeditiva da concessão do
benefício pleiteado”.
7. Apesar de devidamente intimada, a parte Autora/Recorrente quedou-se silente (certidão registrada em
16/04/2019). Assim, a pretensão da parte Autora encontra impedimento, visto que não preenchidos os
requisitos exigidos para a concessão do auxílio-transporte.
8. Com efeito, a regra prevista pelo art. 6º da MP n. 2.165/2001 é a de que "a concessão do Auxílio-
Transporte far-se-á mediante declaração firmada pelo militar, servidor ou empregado na qual ateste a
realização das despesas com transporte", sendo presumidas verdadeiras as informações constantes da
declaração de que trata este artigo, sem prejuízo da apuração de responsabilidades administrativa, civil e
penal.
9. Sem a juntada de declaração de que trata a lei, pela parte Autora, apesar de lhe ter sido concedido
prazo para tanto, a sentença merece ser reformada.
10. Provimento do recurso interposto pela União para rejeitar o pedido inicial.
11. Prejudicado o recurso interposto pela parte Autora.
12. Incabíveis honorários advocatícios pela União, por falta de previsão legal para arbitramento, no âmbito
do JEF, quando há provimento do recurso julgado (artigo 55, caput, da Lei n. 9.099/1995).
13. Honorários advocatícios pela parte Autora em 10% sobre o valor corrigido da causa (art. 55 da Lei n.
9.099/1995), com suspensão do pagamento enquanto a parte credora não demonstrar que deixou de
existir a situação de insuficiência de recursos que justificou a concessão da Gratuidade de Justiça,
extinguindo-se a dívida cinco anos após o trânsito em julgado deste Acórdão (art. 98, § 3º, NCPC). Turma
Recursal
6301864EB7F2B43B4C722FDED5FFD720
ACÓRDÃO
Decide a Segunda Turma Recursal dos Juizados Especiais Federais do Distrito Federal, por unanimidade
dar provimento ao recurso interposto pela União e julgar prejudicado aquele interposto pela parte Autora.
Brasília/DF, 15/5/2019.
Juiz David Wilson de Abreu Pardo
2ª TURMA RECURSAL - JEF/DF
RELATOR 3
Turma Recursal
6C489ADD6E502A112032D1B3E9E80347
464
PROCESSO: 0048251-73.2017.4.01.3400
RECORRENTE: ERNANI LIMA PINHO
ADVOGADO: DF00020379 - THATYANNA MYCHELLE GOMES DE CARVALHO E OUTRO(S)
RECORRIDO: UNIAO FEDERAL
ADVOGADO:
EMENTA
PREVIDENCIÁRIO E PROCESSUAL. SERVIDOR PÚBLICO. AGENTE DE SAÚDE. APOSENTADORIA
ESPECIAL. APLICABILIDADE DAS REGRAS PRÓPRIAS DOS TRABALHADORES EM GERAL.
CONDIÇÕES ESPECIAIS NÃO COMPROVADAS. ABONO DE PERMANÊNCIA PREJUDICADO. NÃO
5. Até 28/04/1995, o reconhecimento do exercício de atividade especial poderia ser feito com base em
dois critérios: a) por categoria profissional, considerando as atividades constantes do Decreto nº
53.831/1964 e Decreto nº 83.080/1979; b) pela comprovação, por qualquer meio de prova, da submissão
do segurado aos agentes nocivos elencados no e no Anexo I do Decreto nº 83.080/79. De 29/04/1995 a
05/03/97, o reconhecimento exige a comprovação da efetiva submissão aos agentes nocivos, por
intermédio dos formulários SB-40 e DSS-8030 ou PPP referente à categoria profissional. A partir de
06/03/1997, a atividade desenvolvida sob condições especiais deve estar comprovada por laudo técnico
(ou por PPP preenchido com base em laudo técnico-pericial).
6. Em relação à categoria profissional, a parte Autora não trouxe qualquer documento que comprovasse o
exercício das atividades descritas nos Decretos 53.831/1964 e 83.080/1979. Tampouco foi colacionado
ao feito laudo pericial ou formulários SB-40 e DSS-8030 ou PPP. Enfim, não há documento que comprove
as condições especiais de trabalho durante o período delimitado na petição inicial, sendo certo que o
agente de saúde pública não é arrolado pelos Decretos como sendo atividade de tempo especial. Assim,
não sendo referida profissão descrita na legislação de regência como possível de enquadramento por
categoria profissional, a análise para verificar a possibilidade de reconhecimento de tempo especial
depende da apresentação de formulários ou laudos que especifiquem a que agente agressivo o segurado
manteve contato, que não ocorreu.
7. Laudo pericial de terceira pessoa não autoriza a contagem especial do tempo de serviço. Nesse
sentido, confira-se o seguinte julgado do Tribunal Regional Federal da 1ª Região: “Ressalte-se, ainda, que
não bastaria somente a comprovação do cargo em si, neste hipótese, mas também precisaria o autor
comprovar sua exposição a tensão superior a 250 volts, na forma do item 1.1.8 do Decreto 53831/64, o
que não ocorreu. Some-se a isto o fato de autor ter juntado aos autos documentos de terceiros estranhos
à lide, a fim de comprovar sua alegada exposição a agentes nocivos, fato que fragiliza ainda mais o
reconhecimento desse período como especial” (AC 0002461-90.2008.4.01.3300/BA, Rel. Juiz Federal
Antonio Oswaldo Scarpa, 1ª Câmara Regional Previdenciária da Bahia, e-DJF1 p.1059 de 17/02/2016).
8. As razões recursais não são suficientes para alterar as conclusões da sentença. Aliás, "a percepção de
adicional de insalubridade pelo segurado, por si só, não lhe confere o direito de ter o respectivo período
reconhecido como especial, porquanto os requisitos para a percepção do direito trabalhista são distintos
dos requisitos para o reconhecimento da especialidade do trabalho no âmbito da Previdência Social"
(STJ, RESP 201401541279, Min. Mauro Campbell Marques, 2ª Turma, DJE de 16/03/2015).
465
9. Entrementes, não é o caso de anulação da sentença para realizar diligências requeridas, pois a parte
Recorrente, na petição inicial, apenas alegou de forma genérica que o PPP e o LTCAT teriam sido
extraviados (p. 3 da petição inicial). Além disso, há documento (cf. EPROC COPIA RESPOSTA DO M DA
SAUDE AO PPP E LTCAT OUTROS DOCUMENTOS, registro em 11/10/2017) no qual consta informação
do Núcleo Estadual do Ministério da Saúde no Ceará acerca da “impossibilidade de atendimento ao
pedido em virtude da falta de documentação na pasta funcional e por ausência de dados que comprove a
condição especial, impedindo a produção da documentação solicitada”. Ainda que o referido documento
não cite explicitamente o Turma Recursal
6C489ADD6E502A112032D1B3E9E80347
ACÓRDÃO
Decide a Segunda Turma Recursal dos Juizados Especiais Federais do Distrito Federal, por unanimidade,
negar provimento ao recurso.
Brasília/DF, 15/5/2019.
Juiz David Wilson de Abreu Pardo
2ª TURMA RECURSAL - JEF/DF
RELATOR 3
Turma Recursal
A2D7000E3C4494F0CFF633432FE70783
PROCESSO: 0058071-87.2015.4.01.3400
RECORRENTE: INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
ADVOGADO:
RECORRIDO: SELMA DE QUEIROZ MONTEIRO DA SILVA
ADVOGADO: DF00040701 - LUCIANA RODRIGUES DA SILVA
EMENTA
466
Filho, Terceira Seção, DJe 1º.8.2011; EDcl no AgRg no AREsp 438.306/RS, Rel. Ministro Og Fernandes,
Segunda Turma, DJe 20.5.2014; EDcl no AgRg no AREsp 335.533/MG, Rel. Ministra Regina Helena
Costa, Quinta Turma, DJe 2.4.2014; EDcl no AgRg nos EAg 1.118.017/RJ, Rel. Ministro Castro Meira,
Corte Especial, DJe 14.5.2012; e EDcl no AgRg nos EAg 1.229.612/DF, Rel. Ministro Castro Meira, Corte
Especial, DJe 13/6/2012.
6. Quanto à correção monetária, o acórdão referente ao RE 870.947 já foi efetivamente publicado no DJe
de 17/11/2917, tornado público em 20/11/2017. Ainda, o STJ decidiu que “a modulação dos efeitos da
decisão que declarou inconstitucional a atualização monetária dos débitos da Fazenda Pública com base
no índice oficial de remuneração da caderneta de poupança, no âmbito do Supremo Tribunal Federal,
objetivou reconhecer a validade dos precatórios expedidos ou pagos até 25 de março de 2015,
impedindo, desse modo, a rediscussão do débito baseada na aplicação de índices diversos. Assim,
mostra-se descabida a modulação em relação aos casos em que não ocorreu expedição ou pagamento
de precatório” (REsp 1495146/MG, Rel. Ministro Mauro Campbell Marques, Primeira Seção, julgado em
22/02/2018, DJe 02/03/2018).
7. Por isso mesmo, não prejudica a conclusão desde julgamento a pendência de embargos declaratórios,
no RE 870.947, nem mesmo se a tais embargos foi deferido, excepcionalmente, efeito suspensivo. Aliás,
o julgamento do recurso inominado pela Turma Recursal ocorreu antes da decisão concessiva do aludido
efeito suspensivo.
8. De outra banda, se o acórdão embargado abordou os argumentos levantados pelas partes
Recorrente/Recorrida, significa isso que também já foram expressamente considerados os elementos
suscitados para fins de prequestionamento.
9. Além disso, pela regra prevista no art. 1.025, NCPC, "consideram-se incluídos no acórdão os
elementos que o embargante suscitou, para fins de pré-questionamento, ainda que os embargos de
declaração sejam inadmitidos ou rejeitados, caso o tribunal superior considere existentes erro, omissão,
contradição ou obscuridade".
10. Rejeição dos embargos de declaração opostos pela parte Ré.
ACÓRDÃO
Decide a Segunda Turma Recursal dos Juizados Especiais Federais do Distrito Federal, por unanimidade,
rejeitar os embargos de declaração.
Brasília/DF, 15/5/2019. Turma Recursal
A2D7000E3C4494F0CFF633432FE70783
RELATOR 3
Turma Recursal
DD6F25F1144E7F6449A24CEAACBC522C
PROCESSO: 0006839-31.2018.4.01.3400
considerando as circunstâncias relevantes da situação, a tese formulada na inicial não tem lugar, sem que
se fale de violação ao direito à integralidade/paridade. E a propósito, novo regramento criado pela Lei
13.324/2016 veio a confirmar esse raciocínio. A nova lei faculta ao servidor que tem direito à integralidade
e paridade incorporar “valor integral da média dos pontos da gratificação de desempenho recebidos nos
últimos sessenta meses de atividade” (art. 88, III, c/c o art. 87, XV). Com isso, o legislador decidiu fixar
prazo mínimo de recebimento e, ainda, de contribuição previdenciária sobre Gratificações de
Desempenho, para o servidor público com direito à integralidade e paridade recebê-la integralmente,
quando passar à inatividade. 25. Seja como for, observe que o valor integral é da média dos pontos
recebidos em lapso de tempo determinado. Não poderia ser diferente, pois, os valores da gratificação
podem variar, dependendo dos resultados das avaliações procedidas. Outrossim, não importa que o
5. Outrossim, também já havia sido dito que eventual pagamento retroativo da vantagem não prejudica a
conclusão do julgamento, pois a parte Autora é servidor(a) aposentado(a) dos quadros do Ministério da
Saúde. Tendo o primeiro ciclo de avaliação se consolidado com Portaria CGESP, em 30/01/2012, na data
da publicação desta, ou na data de sua aposentadoria, se posterior àquela Portaria, passou a
legitimamente receber pagamento distinto da GDPST, menor que o valor recebido pelos servidores ativos,
pois a partir de então a Gratificação teria deixado de ser genérica. Portanto, em princípio, depois da
aludida Portaria CGESP, ou desde quando a parte Autora se aposentou, a GDPST passou a ter, ou já
possuía, natureza pro labore faciendo. E assim não poderia mais ser paga na sua pontuação máxima,
desde quando houve a aposentadoria.
6. Finalmente, também já havia sido consignado no acórdão embargado que a parte Embargante não
logrou êxito em demonstrar vício no ciclo de avaliação de 12 meses. Nesse sentido, adverte o acórdão
embargado, litteris: “Aliás, a circunstância denota que a fixação das metas a serem alcançadas deve ser
um ato privativo da Administração Pública, passível de exame judicial apenas de claramente demonstrado
seu desacerto legal. Mesmo que um ato discricionário possa ser judicialmente fiscalizável, do ponto de
vista da sua legalidade, somente pode sofrer a intervenção judicial quando o vício é manifesto. Não é o
que se verifica no presente caso, conforme as razões dos §§ antecedentes, pelo que deve haver uma
deferência do Judiciário ao Administrador”.
7. Na verdade, o objetivo da parte Embargante não é suprir omissão, afastar obscuridade ou eliminar
contradição, mas reformar o julgado pela via inadequada, o que não se admite, tendo em vista que
embargos de declaração não são instrumento processual idôneo para o esgotamento da discussão
acerca da matéria.
8. Com efeito, os embargos declaratórios não são via adequada para corrigir suposto error in judicando,
ainda que demonstrado, não sendo possível atribuir eficácia infringente se ausentes erro material,
omissão, obscuridade ou contradição. Nesse sentido: EDcl nos EREsp 1.035.444/AM, Rel. Ministro Mauro
Campbell Marques, Primeira Seção, DJe 19.5.2015; EDcl nos EDcl no MS 14.117/DF, Rel. Ministro
Napoleão Nunes Maia Filho, Terceira Seção, DJe 1º.8.2011; EDcl no AgRg no AREsp 438.306/RS, Rel.
Ministro Og Fernandes, Segunda Turma, DJe 20.5.2014; EDcl no AgRg no AREsp 335.533/MG, Rel.
Ministra Regina Helena Costa, Quinta Turma, DJe 2.4.2014; EDcl no AgRg nos EAg 1.118.017/RJ, Rel.
Ministro Castro Meira, Corte Especial, DJe 14.5.2012; e EDcl no AgRg nos EAg 1.229.612/DF, Rel.
Ministro Castro Meira, Corte Especial, DJe 13/6/2012.
9. De outra banda, se o acórdão embargado abordou os argumentos levantados pelas partes
Recorrente/Recorrida, significa isso que também já foram expressamente considerados os elementos
suscitados para fins de prequestionamento.
10. Além disso, pela regra prevista no art. 1.025, NCPC, "consideram-se incluídos no acórdão os
elementos que o embargante suscitou, para fins de pré-questionamento, ainda que os embargos de
declaração sejam inadmitidos ou rejeitados, caso o tribunal superior considere existentes erro, omissão,
contradição ou obscuridade".
11. Rejeição dos embargos de declaração opostos pela parte Autora. Turma Recursal
DD6F25F1144E7F6449A24CEAACBC522C
ACÓRDÃO
Decide a Segunda Turma Recursal dos Juizados Especiais Federais do Distrito Federal, por unanimidade,
rejeitar os embargos de declaração.
Brasília/DF, 15/5/2019.
Juiz David Wilson de Abreu Pardo
2ª TURMA RECURSAL - JEF/DF
RELATOR 3
469
Turma Recursal
1C2811B8B6AD6A59EF35DD36048598F1
PROCESSO: 0020310-17.2018.4.01.3400
RECORRENTE: UNIAO FEDERAL (FAZENDA NACIONAL)
ADVOGADO: - KELLY OTSUKA MIIKE
RECORRIDO: UMBELINA GUENA DOS SANTOS
7. Acolhimento parcial dos embargos de declaração opostos pela parte Autora, para afastar a prescrição
pronunciada pelo acórdão, todavia mantendo o julgamento de provimento do recurso interposto pela
União, para rejeição do pedido inicial.
ACÓRDÃO
Decide a Segunda Turma Recursal dos Juizados Especiais Federais do Distrito Federal, por unanimidade,
acolher parcialmente os embargos de declaração.
Brasília/DF, 15/5/2019.
Juiz David Wilson de Abreu Pardo
2ª TURMA RECURSAL - JEF/DF
RELATOR 3
Turma Recursal
354A63F800B7BB00049002D6AD9A2C08
PROCESSO: 0022056-17.2018.4.01.3400
RECORRENTE: UNIAO FEDERAL
ADVOGADO: - EDUARDO JORGE PEREIRA ALVES
RECORRIDO: JOSE SOARES BONFIM
ADVOGADO: DF0001599A - GERALDO MAGELA HERMOGENES DA SILVA
EMENTA
EMBARGOS DE DECLARAÇÃO. EFEITOS INFRINGENTES. NECESSIDADE DE DEMONSTRAÇÃO DE
OMISSÃO, OBSCURIDADE OU CONTRADIÇÃO. VÍCIOS INEXISTENTES. REJEIÇÃO DOS
EMBARGOS.
470
1. A parte Autora opôs embargos de declaração contra acórdão que rejeitou seu pedido de
enquadramento no Plano de Carreira da Área de Ciência e Tecnologia.
2. Diz a parte Embargante que houve omissão, pois foi demonstrada a violação ao princípio da isonomia,
mas o entendimento contrário é carecedor de fundamentação legal e jurisprudencial, o que afronta o art.
93, IX da CF. Que também não houve manifestação acerca da violação ao dispositivo encartado no art.
7º, XXX, CF, que veda a proibição de diferenças de salários, de exercício de funções e de critérios de
admissão e art. 39, § 1º, da Carta da República. Ainda, alega que não houve manifestação sobre o pedido
de declaração de inconstitucionalidade do § 3º, do art. 1º, da Lei 8.691/1993, com redação dada pela Lei
12.823/2013, pelo que pede manifestação expressa acerca dos dispositivos constitucionais invocados,
claramente violados, quais sejam caput, do art. 5º, no tocante à isonomia; art. 7º, XXX; e art. 39, § 1º,
14.5.2012; e EDcl no AgRg nos EAg 1.229.612/DF, Rel. Ministro Castro Meira, Corte Especial, DJe
13/6/2012.
7. De outra banda, se o acórdão embargado abordou os argumentos levantados pelas partes
Recorrente/Recorrida, significa isso que também já foram expressamente considerados os elementos
suscitados para fins de prequestionamento.
8. Além disso, pela regra prevista no art. 1.025, NCPC, "consideram-se incluídos no acórdão os
elementos que o embargante suscitou, para fins de pré-questionamento, ainda que os embargos de
declaração sejam inadmitidos ou rejeitados, caso o tribunal superior considere existentes erro, omissão,
contradição ou obscuridade".
9. Rejeição dos embargos de declaração opostos pela parte Autora.
ACÓRDÃO
Decide a Segunda Turma Recursal dos Juizados Especiais Federais do Distrito Federal, por unanimidade,
rejeitar os embargos de declaração.
Brasília/DF, 15/5/2019.
Juiz David Wilson de Abreu Pardo
2ª TURMA RECURSAL - JEF/DF
RELATOR 3
Turma Recursal
4FCACD9D41A410500260934FBDF94584
PROCESSO: 0044354-37.2017.4.01.3400
RECORRENTE: CICERO FERREIRA DA SILVA
ADVOGADO: DF00010434 - JOAO AMERICO PINHEIRO MARTINS
RECORRIDO: INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
ADVOGADO:
EMENTA
EMBARGOS DE DECLARAÇÃO. EFEITOS INFRINGENTES. NECESSIDADE DE DEMONSTRAÇÃO DE
OMISSÃO, OBSCURIDADE OU CONTRADIÇÃO. VÍCIOS INEXISTENTES. REJEIÇÃO DOS
EMBARGOS.
1. Embargos de declaração opostos pelo INSS contra acórdão que negou provimento ao recurso
interposto pela parte Autora, sem condenação em honorários de sucumbência, em razão da ausência de
resposta escrita ao recurso.
471
2. Diz a parte Embargante que a parte Autora, Recorrente vencida, deve pagar honorários de
sucumbência, pois a posição do plenário do STF, na AO 2063/AgR/CE, rel. originário Marco Aurélio, red.
p/o ac. Ministro Luiz Fux, julgamento em 18.05.2017, é no sentido de ser cabível honorários recursais,
mesmo quando não apresentadas contrarrazões e que o art. 55 da Lei 9.099/1995 não contém ressalva
para o caso de não apresentação das contrarrazões, sendo, portanto, devidos os honorários, ainda que a
cobrança seja suspensa por eventual benefício da gratuidade da justiça, conforme previsto no art. 98, §
3º, NCPC.
3. A parte Autora não ofereceu resposta aos embargos de declaração.
4. A parte Embargante demonstra apenas inconformismo quanto a não condenação da parte Autora em
honorários de sucumbência, ante a ausência de resposta escrita ao recurso. O entendimento da Turma
6. Destarte, não cabe reapreciação de matéria em sede de embargos de declaração, porquanto não são
via adequada para rever a discussão acerca do tema julgado, podendo a parte submeter a questão à
apreciação da Corte Superior em recurso próprio.
7. Rejeição dos embargos de declaração opostos pelo INSS.
ACÓRDÃO
Decide a Segunda Turma Recursal dos Juizados Especiais Federais do Distrito Federal, por unanimidade,
rejeitar os embargos de declaração.
Brasília/DF, 15/5/2019.
Juiz David Wilson de Abreu Pardo
2ª TURMA RECURSAL - JEF/DF
RELATOR 3
Turma Recursal
7CD7BDCE4C7A08458C0348CF9829BD31
PROCESSO: 0050797-04.2017.4.01.3400
RECORRENTE: CLEONICE DE DEUS VIANA FAHNING
ADVOGADO: DF0001599A - GERALDO MAGELA HERMOGENES DA SILVA
RECORRIDO: UNIAO FEDERAL
ADVOGADO: - PEDRO SERAFIM DE OLIVEIRA FILHO
EMENTA
EMBARGOS DE DECLARAÇÃO. EFEITOS INFRINGENTES. NECESSIDADE DE DEMONSTRAÇÃO DE
OMISSÃO, OBSCURIDADE OU CONTRADIÇÃO. VÍCIOS INEXISTENTES. REJEIÇÃO DOS
EMBARGOS.
1. A parte Autora opôs embargos de declaração contra acórdão que rejeitou seu pedido de
enquadramento no Plano de Carreira da Área de Ciência e Tecnologia.
2. Diz a parte Embargante que houve omissão, pois foi demonstrada a violação ao princípio da isonomia,
mas o entendimento contrário é carecedor de fundamentação legal e jurisprudencial, o que afronta o art.
93, IX da CF. Que também não houve manifestação acerca da violação ao dispositivo encartado no art.
7º, XXX, CF, que veda a proibição de diferenças de salários, de exercício de funções e de critérios de
admissão e art. 39, § 1º, da Carta da República. Ainda, alega que não houve manifestação sobre o pedido
de declaração de inconstitucionalidade do § 3º, do art. 1º, da Lei 8.691/1993, com redação dada pela Lei
12.823/2013, pelo que pede manifestação expressa acerca dos dispositivos constitucionais invocados,
claramente violados, quais sejam caput, do art. 5º, no tocante à isonomia; art. 7º, XXX; e art. 39, § 1º,
para prequestionamento.
3. A parte Ré ofereceu resposta aos embargos de declaração.
472
4. A parte embargante não demonstra omissão, contradição, obscuridade ou erro material que conduza à
modificação do julgado. Na verdade, os argumentos apresentados nos embargos de declaração
constituem mero inconformismo quanto à solução de mérito dada ao caso.
5. Não cabe reapreciação de matéria em sede de embargos de declaração, porquanto não são via
adequada para esgotamento da discussão acerca da matéria julgada, podendo a parte submeter a
questão à apreciação da Corte Superior em recurso próprio.
6. Ora, os embargos declaratórios não são via adequada para corrigir suposto error in judicando, ainda
que demonstrado, não sendo possível atribuir eficácia infringente se ausentes erro material, omissão,
obscuridade ou contradição. Nesse sentido: EDcl nos EREsp 1.035.444/AM, Rel. Ministro Mauro
Campbell Marques, Primeira Seção, DJe 19.5.2015; EDcl nos EDcl no MS 14.117/DF, Rel. Ministro
14.5.2012; e EDcl no AgRg nos EAg 1.229.612/DF, Rel. Ministro Castro Meira, Corte Especial, DJe
13/6/2012.
7. De outra banda, se o acórdão embargado abordou os argumentos levantados pelas partes
Recorrente/Recorrida, significa isso que também já foram expressamente considerados os elementos
suscitados para fins de prequestionamento.
8. Além disso, pela regra prevista no art. 1.025, NCPC, "consideram-se incluídos no acórdão os
elementos que o embargante suscitou, para fins de pré-questionamento, ainda que os embargos de
declaração sejam inadmitidos ou rejeitados, caso o tribunal superior considere existentes erro, omissão,
contradição ou obscuridade".
9. Rejeição dos embargos de declaração opostos pela parte Autora.
ACÓRDÃO
Decide a Segunda Turma Recursal dos Juizados Especiais Federais do Distrito Federal, por unanimidade,
rejeitar os embargos de declaração.
Brasília/DF, 15/5/2019.
Juiz David Wilson de Abreu Pardo
2ª TURMA RECURSAL - JEF/DF
RELATOR 3
Turma Recursal
D62A301CA4C242C3CB819979514332F1
PROCESSO: 0008953-40.2018.4.01.3400
RECORRENTE: SUZANA NEGRITA FALCAO WANDERLEY
ADVOGADO: DF00020379 - THATYANNA MYCHELLE GOMES DE CARVALHO E OUTRO(S)
RECORRIDO: UNIAO FEDERAL
ADVOGADO: - LUIZ FELIPE CARDOSO DE MORAES FILHO
EMENTA
PREVIDENCIÁRIO E PROCESSUAL. SERVIDOR PÚBLICO. AGENTE DE SAÚDE. APOSENTADORIA
ESPECIAL. APLICABILIDADE DAS REGRAS PRÓPRIAS DOS TRABALHADORES EM GERAL.
CONDIÇÕES ESPECIAIS NÃO COMPROVADAS. ABONO DE PERMANÊNCIA PREJUDICADO. NÃO
PROVIMENTO DO RECURSO.
1. A sentença rejeitou o pedido, por ausência de comprovação dos requisitos para a concessão da
aposentadoria especial, a qual é condição para conferir o abono de permanência.
2. Razões do recurso interposto pela parte Autora: a) as atividades desempenhadas são compatíveis com
as descritas nos Decretos nºs 53.831/1964 e 83.080/1979, pois realizou, "em caráter habitual e
permanente, não ocasional nem intermitente, atividades de combate e controle a endemias, no manuseio
de venenos, organofosforados, em ação contra vetores tais como dengue, e outros, em especial no
manejo e aplicação de praguicidas diversos"; b) ineficácia dos Equipamentos de Proteção Individual –
EPIs, tendo sempre recebido adicional de insalubridade; c) o período anterior a 1990(CLT) e/ou
01/12/1990 até dezembro/1998 deve ser reconhecido como especial, independentemente de constar no
PPP a informação acerca do EPI eficaz; d) no período de 29/04/1995 a 31/0/2010 embora o PPP conste a
utilização de EPI eficaz, no sítio do Ministério do Trabalho e Emprego, o equipamento resumia-se em
luvas a base de borracha natural, o que evidenciou não se mostrar apto a neutralizar a nocividade, além
disso, a Autarquia não apresentou PPP; e) no período de 01/09/2010 a 27/12/2017, embora o Ministério
da Saúde também não tenha elaborado PPP, os documentos juntados são suficientes para demonstrar
que estava trabalhando em condições insalubres, devendo aplicar o princípio da presunção, vez que o
473
Ministério da Saúde também informa a inexistência de documentos relativos a laudos LACTS, PPPS; f)
alternativamente, seja anulada a sentença para realizar diligências requeridas.
3. A União Federal e a FUNASA ofereceram respostas escritas ao recurso.
4. Como se sabe, “o Plenário do STF já adotou o entendimento de que, inexistente a disciplina específica
da aposentadoria especial do servidor, impõe-se a adoção, via pronunciamento judicial, daquela regra
própria aos trabalhadores em geral - artigo 57, § 1º, da Lei nº 8.213/91(STF, Pleno, Mandado de Injunção
nº 721/DF, Rel. Min. MARCO AURÉLIO, 30/11/2007)” (Apelação 00436659820104013800, rel. Juiz
Federal Antônio Francisco do Nascimento, e-DJF1 de 16/06/2016). Turma Recursal
D62A301CA4C242C3CB819979514332F1
nome da parte Autora, petição juntada esclarece que todos os servidores da Funasa que foram cedidos
ao Ministério da Saúde “permaneceram no mesmo local de trabalho e desempenhando as mesmas
atribuições funcionais sem alteração de sua lotação”.
10. Seja como for, não demonstrado o trabalho prestado em condições especiais, prejudicada fica a
concessão do Abono de Permanência. A atividade exercida pela parte Autora, agente de saúde
pública/guarda de endemias, não se encontra enquadrada nos róis estabelecidos pelos Decretos
53.831/1964 e 83.080/1979. Ademais, não faz jus ao reconhecimento da especialidade do labor prestado
anterior e posteriormente a 29/04/1995, vez que deixou de comprovar a efetiva exposição aos agentes
nocivos, químicos, físicos ou biológicos, pois não constam no formulário apresentado (Perfil
Profissiográfico Previdenciário - PPP), devidamente embasado em laudo técnico, ônus seu, nos termos
do art. 373, I do CPC. Os laudos técnicos relacionados a terceiros, estranhos ao presente processo, não
são aptos a demonstrar a especialidade do labor prestado pela parte autora. Inclusive o § 4º do art. 15 da
ON 16/13 do MPOG veda que documentos relacionados a órgãos, atividades e pessoas diversos possam
ser aceitos para fins de comprovação do tempo especial.
11. Finalmente, a parte Recorrente jamais protestou apropriadamente pela produção de prova pericial. E
talvez não o tenha feito porque se entende que, no âmbito do JEF, a perícia pertinente não pode ter lugar,
já que complexa, a exigir, por exemplo, a avaliação do ambiente laboral. A pessoa que figura como parte
474
Autora reside em município do interior do Ceará (cf. petição inicial), a inviabilizar a produção dessa prova.
Outrossim, essa prova apontaria para necessidade de aferir contextos ambientais não contemporâneos
do espaço laboral, a tornar ainda mais complexa a produção da prova. Em hipóteses tais, o TRF1 tem
entendido não caber ao JEF a produção de tal prova, conforme CC 0013151-72.2017.4.01.0000, Des.
Fed. Gilda Sigmaringa Seixas, 1ª Seção, e-DJF1 de 25/4/2018.
12. Certo é que, não demonstrado o trabalho prestado em condições especiais, prejudicados ficam os
demais pedidos, devendo ser mantida a sentença.
13. Precedentes no mesmo sentido da TR2/JEF/DF, julgados nas Sessões de 25/10/2017, de 8/11/2017 e
de 24/10/2018, dentre outros: 0007879-82.2017.4.01.3400, 0017849-09.2017.4.01.3400, 0008448-
83.2017.4.01.3400, 0023118-29.2017.4.01.3400, 0006161-50.2017.4.01.3400.
ACÓRDÃO
Decide a Segunda Turma Recursal dos Juizados Especiais Federais do Distrito Federal, por unanimidade,
negar provimento ao recurso.
Brasília/DF, 15/5/2019.
Juiz David Wilson de Abreu Pardo
2ª TURMA RECURSAL - JEF/DF
RELATOR 3
Turma Recursal
CED4726A8875512B8CBE0A65C4A4A523
PROCESSO: 0050745-08.2017.4.01.3400
RECORRENTE: MARIA DE NAZARETH SANTOS DO MONTE
ADVOGADO: DF00020379 - THATYANNA MYCHELLE GOMES DE CARVALHO E OUTRO(S)
RECORRIDO: UNIAO FEDERAL
ADVOGADO: - ANNA AMELIA LISBOA MARTINS RAPOSO DA CAMARA
EMENTA
PREVIDENCIÁRIO E PROCESSUAL. SERVIDOR PÚBLICO. AGENTE DE SAÚDE. APOSENTADORIA
ESPECIAL. APLICABILIDADE DAS REGRAS PRÓPRIAS DOS TRABALHADORES EM GERAL.
CONDIÇÕES ESPECIAIS NÃO COMPROVADAS. ABONO DE PERMANÊNCIA PREJUDICADO. NÃO
PROVIMENTO DO RECURSO.
1. A sentença rejeitou o pedido, por ausência de comprovação dos requisitos para a concessão da
aposentadoria especial, a qual é condição para conferir o abono de permanência.
2. Razões do recurso interposto pela parte Autora: a) as atividades desempenhadas são compatíveis com
as descritas nos Decretos nºs 53.831/1964 e 83.080/1979, pois realizou, "em caráter habitual e
permanente, não ocasional nem intermitente, atividades de combate e controle a endemias, no manuseio
de venenos, organofosforados, em ação contra vetores tais como dengue, e outros, em especial no
manejo e aplicação de praguicidas diversos"; b) ineficácia dos Equipamentos de Proteção Individual –
EPIs, tendo sempre recebido adicional de insalubridade; c) o período anterior a 1990(CLT) e/ou
01/12/1990 até dezembro/1998 deve ser reconhecido como especial, independentemente de constar no
PPP a informação acerca do EPI eficaz; d) no período de 29/04/1995 a 31/0/2010 embora o PPP conste a
utilização de EPI eficaz, no sítio do Ministério do Trabalho e Emprego, o equipamento resumia-se em
luvas a base de borracha natural, o que evidenciou não se mostrar apto a neutralizar a nocividade, além
disso, a Autarquia não apresentou PPP; e) no período de 01/09/2010 a 27/12/2017, embora o Ministério
da Saúde também não tenha elaborado PPP, os documentos juntados são suficientes para demonstrar
que estava trabalhando em condições insalubres, devendo aplicar o princípio da presunção, vez que o
Ministério da Saúde também informa a inexistência de documentos relativos a laudos LACTS, PPPS; f)
alternativamente, seja anulada a sentença para realizar diligências requeridas.
3. A União Federal e a FUNASA ofereceram respostas escritas ao recurso.
4. Como se sabe, “o Plenário do STF já adotou o entendimento de que, inexistente a disciplina específica
da aposentadoria especial do servidor, impõe-se a adoção, via pronunciamento judicial, daquela regra
própria aos trabalhadores em geral - artigo 57, § 1º, da Lei nº 8.213/91(STF, Pleno, Mandado de Injunção
nº 721/DF, Rel. Min. MARCO AURÉLIO, 30/11/2007)” (Apelação 00436659820104013800, rel. Juiz
Federal Antônio Francisco do Nascimento, e-DJF1 de 16/06/2016). Turma Recursal
CED4726A8875512B8CBE0A65C4A4A523
475
5. Até 28/04/1995, o reconhecimento do exercício de atividade especial poderia ser feito com base em
dois critérios: a) por categoria profissional, considerando as atividades constantes do Decreto nº
53.831/1964 e Decreto nº 83.080/1979; b) pela comprovação, por qualquer meio de prova, da submissão
do segurado aos agentes nocivos elencados no e no Anexo I do Decreto nº 83.080/79. De 29/04/1995 a
05/03/97, o reconhecimento exige a comprovação da efetiva submissão aos agentes nocivos, por
intermédio dos formulários SB-40 e DSS-8030 ou PPP referente à categoria profissional. A partir de
06/03/1997, a atividade desenvolvida sob condições especiais deve estar comprovada por laudo técnico
(ou por PPP preenchido com base em laudo técnico-pericial).
6. Em relação à categoria profissional, a parte Autora não trouxe qualquer documento que comprovasse o
nome da parte Autora, petição juntada esclarece que todos os servidores da Funasa que foram cedidos
ao Ministério da Saúde “permaneceram no mesmo local de trabalho e desempenhando as mesmas
atribuições funcionais sem alteração de sua lotação”.
10. Seja como for, não demonstrado o trabalho prestado em condições especiais, prejudicada fica a
concessão do Abono de Permanência. A atividade exercida pela parte Autora, agente de saúde
pública/guarda de endemias, não se encontra enquadrada nos róis estabelecidos pelos Decretos
53.831/1964 e 83.080/1979. Ademais, não faz jus ao reconhecimento da especialidade do labor prestado
anterior e posteriormente a 29/04/1995, vez que deixou de comprovar a efetiva exposição aos agentes
nocivos, químicos, físicos ou biológicos, pois não constam no formulário apresentado (Perfil
Profissiográfico Previdenciário - PPP), devidamente embasado em laudo técnico, ônus seu, nos termos
do art. 373, I do CPC. Os laudos técnicos relacionados a terceiros, estranhos ao presente processo, não
são aptos a demonstrar a especialidade do labor prestado pela parte autora. Inclusive o § 4º do art. 15 da
ON 16/13 do MPOG veda que documentos relacionados a órgãos, atividades e pessoas diversos possam
ser aceitos para fins de comprovação do tempo especial.
11. Finalmente, a parte Recorrente jamais protestou apropriadamente pela produção de prova pericial. E
talvez não o tenha feito porque se entende que, no âmbito do JEF, a perícia pertinente não pode ter lugar,
já que complexa, a exigir, por exemplo, a avaliação do ambiente laboral. A pessoa que figura como parte
Autora reside em município do interior do Ceará (cf. petição inicial), a inviabilizar a produção dessa prova.
Outrossim, essa prova apontaria para necessidade de aferir contextos ambientais não contemporâneos
do espaço laboral, a tornar ainda mais complexa a produção da prova. Em hipóteses tais, o TRF1 tem
entendido não caber ao JEF a produção de tal prova, conforme CC 0013151-72.2017.4.01.0000, Des.
Fed. Gilda Sigmaringa Seixas, 1ª Seção, e-DJF1 de 25/4/2018.
12. Certo é que, não demonstrado o trabalho prestado em condições especiais, prejudicados ficam os
demais pedidos, devendo ser mantida a sentença.
476
13. Precedentes no mesmo sentido da TR2/JEF/DF, julgados nas Sessões de 25/10/2017, de 8/11/2017 e
de 24/10/2018, dentre outros: 0007879-82.2017.4.01.3400, 0017849-09.2017.4.01.3400, 0008448-
83.2017.4.01.3400, 0023118-29.2017.4.01.3400, 0006161-50.2017.4.01.3400.
14. Não provimento do recurso interposto pela parte Autora.
15. Honorários advocatícios pela parte Recorrente em 10% sobre o valor da condenação (artigo 55 da Lei
nº 9.099/1995), com suspensão do pagamento enquanto a parte credora não demonstrar que deixou de
existir a situação de insuficiência de recursos que justificou a concessão da gratuidade da Justiça,
extinguindo-se a dívida cinco anos após o trânsito em julgado deste acórdão (art. 98, § 3º, NCPC). Turma
Recursal
CED4726A8875512B8CBE0A65C4A4A523
Turma Recursal
0004F2543CB6D85735879185903290F3
PROCESSO: 0060302-53.2016.4.01.3400
RECORRENTE: SEVERINO NICACIO FILHO
ADVOGADO: PB00010927 - MARTSUNG FORMIGA CAVALCANTE E RODOVALHO DE ALENCAR
RECORRIDO: UNIAO FEDERAL
ADVOGADO: - ANNA AMELIA LISBOA MARTINS RAPOSO DA CAMARA
EMENTA
ADMINISTRATIVO. SERVIDOR PÚBLICO. CONVERSÃO EM PECÚNIA DE LICENÇA-PRÊMIO NÃO
USUFRUÍDA E NÃO CONTADA EM DOBRO PARA ATINGIR O TEMPO DA APOSENTADORIA.
PRESCRIÇÃO QUINQUENAL. RESOLUÇÃO N. 120/10 DO CJF. NÃO INCIDÊNCIA.
1. A sentença pronunciou a prescrição da pretensão de conversão em pecúnia de licença-prêmio não
usufruída e julgou extinto o processo com resolução de mérito, sob o fundamento de que a parte Autora
se aposentou em 2002 e a ação foi proposta em 2016.
2. Razões do recurso interposto pela parte Autora: a) não há prescrição de qualquer parcela, por força do
disposto da Resolução nº 120 editada em 06 de outubro de 2010, já que se reconheceu, na via
Administrativa, a possibilidade de converter em pecúnia, por ocasião da aposentadoria, os períodos de
licença – prêmio já adquiridos e não usufruídos em dobro; b) a Turma Recursal dos Juizados Especiais do
Distrito Federal uniformizou o entendimento de que a prescrição apenas se inicia com a Resolução n.
120, editada em 06 de outubro de 2010, além de considerar a data da homologação da aposentadoria
pelo TCU, ao invés de mera data de publicação da aposentadoria; c) seja afastada a prescrição e julgado
o mérito, vez que é consolidado na jurisprudência que o servidor, ao se aposentar, possui direito de
converter em pecúnia o período de licença-prêmio adquirido e não gozado ou não utilizado para sua
aposentadoria; d) pôde verificar seu direito de recebimento da licença prêmio em pecúnia após resposta
do requerimento em 2015, que equivocadamente a Administração havia contado a licença prêmio como
tempo de serviço para sua aposentadoria, quando já o possuía sem a necessidade de utilizar-se da
licença prêmio, não se podendo, portanto, considerar já prescrito o seu direito; e) faz jus ao recebimento
em pecúnia das licenças não gozadas e que tampouco deveriam ter sido computados em dobro para sua
aposentadoria, por total desnecessidade.
3. A parte Ré ofereceu resposta escrita ao recurso, de modo desconectado com qualquer elemento do
caso, referindo, por exemplo, à Gratificação Especial de Localidade.
4. Ante a alegação da necessidade de se considerar, para aferição da prescrição, a data da homologação
da aposentadoria pelo TCU, o feito foi convertido em diligência para a parte Autora juntar ao processo o
ato de homologação de sua aposentadoria pelo TCU, ou documento atestando a situação atual do
processo de sua aposentadoria junto à Corte de Contas. Não obstante, a parte Autora se quedou inerte,
não atendendo à diligência. Turma Recursal
0004F2543CB6D85735879185903290F3
indenização. Decerto, é firme orientação de ser devida ao servidor público aposentado a conversão em
pecúnia da licença-prêmio não gozada, ou não contada em dobro para aposentadoria:
"ADMINISTRATIVO E PROCESSUAL CIVIL. SERVIDOR PÚBLICO. APOSENTADORIA. LICENÇA-
PRÊMIO NÃO GOZADA OU NÃO CONTADA EM DOBRO. CONVERSÃO EM PECÚNIA.
POSSIBILIDADE. PRECEDENTES. DISPENSA, NO CASO, DO INCIDENTE DE
INCONSTITUCIONALIDADE DO ART. 7º DA LEI 9.527/97. 1. É firme a orientação no STJ no sentido de
que é devida ao servidor público aposentado a conversão em pecúnia da licença-prêmio não gozada, ou
não contada em dobro para aposentadoria. Tal orientação não é incompatível com o art. 7º da Lei
9.527/97, já que, ao prever a conversão em pecúnia de licença prêmio não gozada no caso de
falecimento do servidor, esse dispositivo não proíbe, nem exclui a possibilidade de idêntico direito ser
aposentadoria” pelo TCU não socorre a parte Autora, pois não atendeu à diligência visando a comprovar
que aludida homologação tenha ocorrido antes de decorridos cinco anos, a contar da propositura da ação.
Segundo as regras da prova, competia à parte Autora fazer prova de sua alegação.
10. Enfim, proposta a ação fora do prazo previsto no artigo 1º do Decreto 20.910/1932, impõe-se
reconhecer a prescrição do próprio fundo de direito, sendo inaplicável ao caso a Súmula 85/STJ, pois não
se tratam de parcelas de trato sucessivo. Assim já decidiu a TR2/JEF/DF, ao julgar o Recurso 0001644-
36.2016.4.01.3400, na Sessão de 11.10.2017.
11. Precedente da TR2/JEF/DF, no mesmo sentido: Recurso 0060444-91.2015.4.01.3400, julgado na
Sessão de 25/7/2018, Rel. Juíza Federal Lana Ligia Galati.
12. Não provimento do recurso interposto pela parte Autora.
13. A fundamentação de um recurso é parte imprescindível do seu conteúdo (CPC/2015, art. 1.010, II e
III). A fundamentação, por sua vez, deve voltar-se contra os fundamentos específicos da sentença, de
sorte a explicitar as razões pelas quais o julgado recorrido deve ser modificado. Afinal, recurso ordinário
de impugnação de sentenças terminativas tem por objetivo a sua substituição, por nova solução
(CPC/2015, arts. 1.002 e 1.008). Por isso mesmo, na ausência de fundamento recursal apropriado e
pertinente ao caso, há inobservância de pressuposto de admissibilidade previsto pelo art. 1.010,
CPC/2015. Ou seja, a inexistência de razões pertinentes direcionadas à contrariedade dos fundamentos
da sentença que se pretendia modificar equivale à inexistência das próprias razões recursais, a resultar
no não conhecimento do recurso interposto, como se sabe.
14. Se à parte Recorrente exige-se a apresentação de razões específicas e pertinentes direcionadas à
contrariedade dos fundamentos da sentença que se pretende modificar, o mesmo se deve exigir da parte
Recorrida, ou seja, que apresente razões específicas e pertinentes em favor da sentença e contra a
pretensão recursal, inclusive em virtude da paridade de tratamento entre as partes (art. 7º, do NCPC).
Nesse contexto, contrarrazões desconectadas do caso, já que referentes à Gratificação Especial de
Localidade, enquanto o processo versa sobre pedido de licença prêmio, não cumprem o requisito,
equivalendo, portanto, à inexistência das próprias contrarrazões recursais.
15. Inexistentes contrarrazões recursais, sem condenação em honorários advocatícios. A instância
revisora somente pode dispor sobre honorários, “levando em conta o trabalho adicional realizado em grau
recursal” (art. 85, § 11, NCPC). Não havendo trabalho efetivo em grau recursal pela parte Recorrida (pois
ausentes contrarrazões específicas e pertinentes), não há como condenar a parte Recorrente em
honorários advocatícios.
16. Além disso, a parte Autora/Recorrente é beneficiária da gratuidade de justiça. Turma Recursal
478
0004F2543CB6D85735879185903290F3
ACÓRDÃO
Decide a Segunda Turma Recursal dos Juizados Especiais Federais do Distrito Federal, por unanimidade,
negar provimento ao recurso.
Brasília/DF, 15/5/2019.
Juiz David Wilson de Abreu Pardo
2ª TURMA RECURSAL - JEF/DF
RELATOR 3
808CEC07366E7BE2ADA24AB2C0473887
PROCESSO: 0052462-55.2017.4.01.3400
RECORRENTE: MARIA JANE DE LOURDES FIGUEIREDO
ADVOGADO: DF00020379 - THATYANNA MYCHELLE GOMES DE CARVALHO E OUTRO(S)
RECORRIDO: UNIAO FEDERAL
ADVOGADO:
EMENTA
PREVIDENCIÁRIO E PROCESSUAL. SERVIDOR PÚBLICO. AGENTE DE SAÚDE. APOSENTADORIA
ESPECIAL. APLICABILIDADE DAS REGRAS PRÓPRIAS DOS TRABALHADORES EM GERAL.
CONDIÇÕES ESPECIAIS NÃO COMPROVADAS. ABONO DE PERMANÊNCIA PREJUDICADO. NÃO
PROVIMENTO DO RECURSO.
1. A sentença rejeitou o pedido, por ausência de comprovação dos requisitos para a concessão da
aposentadoria especial, a qual é condição para conferir o abono de permanência.
2. Razões do recurso interposto pela parte Autora: a) as atividades desempenhadas são compatíveis com
as descritas nos Decretos nºs 53.831/1964 e 83.080/1979, pois realizou, "em caráter habitual e
permanente, não ocasional nem intermitente, atividades de combate e controle a endemias, no manuseio
de venenos, organofosforados, em ação contra vetores tais como dengue, e outros, em especial no
manejo e aplicação de praguicidas diversos"; b) ineficácia dos Equipamentos de Proteção Individual –
EPIs, tendo sempre recebido adicional de insalubridade; c) o período anterior a 1990(CLT) e/ou
01/12/1990 até dezembro/1998 deve ser reconhecido como especial, independentemente de constar no
PPP a informação acerca do EPI eficaz; d) no período de 29/04/1995 a 31/0/2010 embora o PPP conste a
utilização de EPI eficaz, no sítio do Ministério do Trabalho e Emprego, o equipamento resumia-se em
luvas a base de borracha natural, o que evidenciou não se mostrar apto a neutralizar a nocividade, além
disso, a Autarquia não apresentou PPP; e) no período de 01/09/2010 a 27/12/2017, embora o Ministério
da Saúde também não tenha elaborado PPP, os documentos juntados são suficientes para demonstrar
que estava trabalhando em condições insalubres, devendo aplicar o princípio da presunção, vez que o
Ministério da Saúde também informa a inexistência de documentos relativos a laudos LACTS, PPPS; f)
alternativamente, seja anulada a sentença para realizar diligências requeridas.
3. A União Federal e a FUNASA ofereceram respostas escritas ao recurso.
4. Como se sabe, “o Plenário do STF já adotou o entendimento de que, inexistente a disciplina específica
da aposentadoria especial do servidor, impõe-se a adoção, via pronunciamento judicial, daquela regra
própria aos trabalhadores em geral - artigo 57, § 1º, da Lei nº 8.213/91(STF, Pleno, Mandado de Injunção
nº 721/DF, Rel. Min. MARCO AURÉLIO, 30/11/2007)” (Apelação 00436659820104013800, rel. Juiz
Federal Antônio Francisco do Nascimento, e-DJF1 de 16/06/2016). Turma Recursal
808CEC07366E7BE2ADA24AB2C0473887
5. Até 28/04/1995, o reconhecimento do exercício de atividade especial poderia ser feito com base em
dois critérios: a) por categoria profissional, considerando as atividades constantes do Decreto nº
53.831/1964 e Decreto nº 83.080/1979; b) pela comprovação, por qualquer meio de prova, da submissão
do segurado aos agentes nocivos elencados no e no Anexo I do Decreto nº 83.080/79. De 29/04/1995 a
05/03/97, o reconhecimento exige a comprovação da efetiva submissão aos agentes nocivos, por
intermédio dos formulários SB-40 e DSS-8030 ou PPP referente à categoria profissional. A partir de
06/03/1997, a atividade desenvolvida sob condições especiais deve estar comprovada por laudo técnico
(ou por PPP preenchido com base em laudo técnico-pericial).
6. Em relação à categoria profissional, a parte Autora não trouxe qualquer documento que comprovasse o
exercício das atividades descritas nos Decretos 53.831/1964 e 83.080/1979. Tampouco foi colacionado
ao feito laudo pericial ou formulários SB-40 e DSS-8030 ou PPP. Enfim, não há documento que comprove
as condições especiais de trabalho durante o período delimitado na petição inicial, sendo certo que o
agente de saúde pública não é arrolado pelos Decretos como sendo atividade de tempo especial. Assim,
não sendo referida profissão descrita na legislação de regência como possível de enquadramento por
categoria profissional, a análise para verificar a possibilidade de reconhecimento de tempo especial
479
depende da apresentação de formulários ou laudos que especifiquem a que agente agressivo o segurado
manteve contato, que não ocorreu.
7. Laudo pericial de terceira pessoa não autoriza a contagem especial do tempo de serviço. Nesse
sentido, confira-se o seguinte julgado do Tribunal Regional Federal da 1ª Região: “Ressalte-se, ainda, que
não bastaria somente a comprovação do cargo em si, neste hipótese, mas também precisaria o autor
comprovar sua exposição a tensão superior a 250 volts, na forma do item 1.1.8 do Decreto 53831/64, o
que não ocorreu. Some-se a isto o fato de autor ter juntado aos autos documentos de terceiros estranhos
à lide, a fim de comprovar sua alegada exposição a agentes nocivos, fato que fragiliza ainda mais o
reconhecimento desse período como especial” (AC 0002461-90.2008.4.01.3300/BA, Rel. Juiz Federal
Antonio Oswaldo Scarpa, 1ª Câmara Regional Previdenciária da Bahia, e-DJF1 p.1059 de 17/02/2016).
nome da parte Autora, petição juntada esclarece que todos os servidores da Funasa que foram cedidos
ao Ministério da Saúde “permaneceram no mesmo local de trabalho e desempenhando as mesmas
atribuições funcionais sem alteração de sua lotação”.
10. Seja como for, não demonstrado o trabalho prestado em condições especiais, prejudicada fica a
concessão do Abono de Permanência. A atividade exercida pela parte Autora, agente de saúde
pública/guarda de endemias, não se encontra enquadrada nos róis estabelecidos pelos Decretos
53.831/1964 e 83.080/1979. Ademais, não faz jus ao reconhecimento da especialidade do labor prestado
anterior e posteriormente a 29/04/1995, vez que deixou de comprovar a efetiva exposição aos agentes
nocivos, químicos, físicos ou biológicos, pois não constam no formulário apresentado (Perfil
Profissiográfico Previdenciário - PPP), devidamente embasado em laudo técnico, ônus seu, nos termos
do art. 373, I do CPC. Os laudos técnicos relacionados a terceiros, estranhos ao presente processo, não
são aptos a demonstrar a especialidade do labor prestado pela parte autora. Inclusive o § 4º do art. 15 da
ON 16/13 do MPOG veda que documentos relacionados a órgãos, atividades e pessoas diversos possam
ser aceitos para fins de comprovação do tempo especial.
11. Finalmente, a parte Recorrente jamais protestou apropriadamente pela produção de prova pericial. E
talvez não o tenha feito porque se entende que, no âmbito do JEF, a perícia pertinente não pode ter lugar,
já que complexa, a exigir, por exemplo, a avaliação do ambiente laboral. A pessoa que figura como parte
Autora reside em município do interior do Ceará (cf. petição inicial), a inviabilizar a produção dessa prova.
Outrossim, essa prova apontaria para necessidade de aferir contextos ambientais não contemporâneos
do espaço laboral, a tornar ainda mais complexa a produção da prova. Em hipóteses tais, o TRF1 tem
entendido não caber ao JEF a produção de tal prova, conforme CC 0013151-72.2017.4.01.0000, Des.
Fed. Gilda Sigmaringa Seixas, 1ª Seção, e-DJF1 de 25/4/2018.
12. Certo é que, não demonstrado o trabalho prestado em condições especiais, prejudicados ficam os
demais pedidos, devendo ser mantida a sentença.
13. Precedentes no mesmo sentido da TR2/JEF/DF, julgados nas Sessões de 25/10/2017, de 8/11/2017 e
de 24/10/2018, dentre outros: 0007879-82.2017.4.01.3400, 0017849-09.2017.4.01.3400, 0008448-
83.2017.4.01.3400, 0023118-29.2017.4.01.3400, 0006161-50.2017.4.01.3400.
14. Não provimento do recurso interposto pela parte Autora.
15. Honorários advocatícios pela parte Recorrente em 10% sobre o valor da condenação (artigo 55 da Lei
nº 9.099/1995), com suspensão do pagamento enquanto a parte credora não demonstrar que deixou de
existir a situação de insuficiência de recursos que justificou a concessão da gratuidade da Justiça,
extinguindo-se a dívida cinco anos após o trânsito em julgado deste acórdão (art. 98, § 3º, NCPC). Turma
Recursal
808CEC07366E7BE2ADA24AB2C0473887
ACÓRDÃO
Decide a Segunda Turma Recursal dos Juizados Especiais Federais do Distrito Federal, por unanimidade,
negar provimento ao recurso.
Brasília/DF, 15/5/2019.
Juiz David Wilson de Abreu Pardo
2ª TURMA RECURSAL - JEF/DF
RELATOR 3
480
Turma Recursal
ABFFDCE0D30AF8DE986396975BB4F9B8
PROCESSO: 0005857-51.2017.4.01.3400
RECORRENTE: MONIQUE MARTINS SARAIVA
deferido algum efeito suspensivo, pois aqui ainda se está na fase de conhecimento da causa, longe do
início da eventual fase de cumprimento do julgado.
7. Além disso, pela regra prevista no art. 1.025, NCPC, "consideram-se incluídos no acórdão os
elementos que o embargante suscitou, para fins de pré-questionamento, ainda que os embargos de
declaração sejam inadmitidos ou rejeitados, caso o tribunal superior considere existentes erro, omissão,
contradição ou obscuridade".
8. Rejeição dos embargos de declaração opostos pela União.
ACÓRDÃO
Decide a Segunda Turma Recursal dos Juizados Especiais Federais do Distrito Federal, por unanimidade,
rejeitar os embargos de declaração.
Brasília/DF, 15/5/2019.
Juiz David Wilson de Abreu Pardo
2ª TURMA RECURSAL - JEF/DF
RELATOR 3
Turma Recursal
0CFD1245D96FFC2CED5534EC28FF311A
481
PROCESSO: 0038076-54.2016.4.01.3400
RECORRENTE: INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
ADVOGADO:
RECORRIDO: IEDA MARIA DOS SANTOS OLIVEIRA E OUTRO(S)
ADVOGADO:
EMENTA
PREVIDENCIÁRIO E PROCESSUAL. PENSÃO POR MORTE. PERDA DA QUALIDADE DE SEGURADO
DO “DE CUJUS”. PROVIMENTO DO RECURSO INTERPOSTO PELO INSS. REJEIÇÃO DO PEDIDO.
REVOGAÇÃO DA TUTELA ANTECIPADA.
1. A sentença acolheu o pedido para condenar o INSS a implantar e a pagar, em favor da parte Autora
CLINICA S S LTDA; c) 01/02/1991 a 02/2005 empresa VIA ENGENHARIA S/A, totalizando 168
contribuições ininterruptas; d) 11/09/2007 a 19/12/2007, na empresa DELTA CONSTRUÇÕES S.A; e)
07/07/2008 a 30/08/2011, como empregado da empresa CMT ENGENHARIA EIRELI; f) 02/01/2012 a
25/05/2012, na empresa CMT ENGENHARIA EIRELI. Ainda, de acordo a consulta registrada de
15/02/2018, o falecido recebeu 5 parcelas de seguro desemprego, cujos pagamentos foram efetuados em
13/10/2011, 14/11/2011, 13/12/2011, 13/01/2012 e 10/02/2012.
7. Diante desse quadro, o Juízo sentenciante disse que o falecido manteve a qualidade de segurado por
24 (vinte e quatro) meses, porquanto contava com mais de 120 contribuições ininterruptas (art. 15, § 1º da
Lei n. 8.213/1991), bem como faria jus ao acréscimo de mais 12 (doze) meses por força do art. 15, § 2º da
Lei n. 8.213/1991, porque comprovado recebimento de seguro desemprego no período de 13/10/2011 a
10/02/2012.
8. Ocorre que essa avaliação não está totalmente correta. É certo que o falecido tinha direito à
prorrogação do período de graça por até 24 meses, conforme previsto no § 1º do art. 15, da Lei
8.213/1991, por ter contribuído por mais de 120 contribuições ininterruptas (no caso, 168 contribuições –
período de 01/02/1991 a 02/2005, em face de labor junto à empresa VIA ENGENHARIA S/A), o que lhe
garantiu o direito à incorporação definitiva desse período de graça, a teor do entendimento firmado pela
TNU no PUIL n. 5001657-64.2016.4.04.7215/SC, no sentido de que “incorpora-se definitivamente ao
patrimônio jurídico do segurado(a) a extensão do período de graça previsto no §1º do art. 15 da Lei nº
8.213/91, quando houver contribuído por mais de 120 meses sem interrupções que importem a perda da
qualidade de segurado(a)”.
9. Todavia, o falecido não tinha direito à prorrogação prevista pelo § 2º, da Lei 8.213/1991, pois,
diferentemente do que consta na sentença, o de cujus voltou a exercer atividade remunerada, depois de
cessada a relação de emprego mantida com a DELTA CONSTRUÇÕES S.A., esta última implicando
prestações do seguro desemprego entre outubro/2011 e fevereiro/2012. Com efeito, consta à p. 4 do
CNIS, que houve contribuições no período de 02/01/2012 a 25/05/2012, em face de vínculo de emprego
mantido com a empresa CMT ENGENHARIA EIRELI. Aliás, na cópia da CTPS consta entrada em
02/01/2012 e saída em 23/06/2012 da referida empresa (p. 14 da doc inicial).
482
10. Dado esse contexto, o recebimento de prestações do seguro desemprego, entre outubro/2011 e
fevereiro/2012, não podem jamais se referir à cessação do emprego com a CMT ENGENHARIA EIRELI
(que somente ocorreu em junho/2012), mas sim ao fim da relação de emprego com a DELTA
CONSTRUÇÕES S.A., como já anotado. Por isso, o vínculo trabalhista com a CMT ENGENHARIA
EIRELI superou a circunstância de o falecido haver recebido parcelas do seguro desemprego entre
outubro de 2011 e fevereiro de 2012, não servindo o recebimento dessas parcelas como comprovação de
que o de cujus teria permanecido “desempregado até o fim de sua vida”, estando incorreta a sentença, ao
assim afirmar (p. 2 da sentença).
11. Acontece que, após a cessação do último vínculo de emprego, em junho/2012, não há qualquer
elemento de prova indicando o desemprego do falecido, como exige a legislação e a jurisprudência.
acréscimo de que trata o parágrafo 2º do artigo 15 da Lei nº 8.213/91, uma vez que a lei exige que o
segurado tenha comprovado situação de desemprego pelo registro no órgão próprio do Ministério do
Trabalho e da Previdência Social. (STJ, REsp 627.661/RS, Rel. Ministro Hamilton Carvalhido, Sexta
Turma, julgado em 26/05/2004, DJ 02/08/2004, p. 609). No processo, não há qualquer comprovação de
registro de situação de desemprego involuntário do falecido perante o Ministério, após junho/2012.
12. O certo é que, levando-se em conta que o último vínculo de emprego do de cujos se encerrou em
23/06/2012, a sua qualidade de segurado se manteria até 15/8/2014, isso já mediante cômputo do
período de graça de 24 meses do art. 15, § 1º, da Lei 8.213/1991, de forma que, na data do óbito,
23/03/2015, não mais detinha a qualidade de segurado. Por isso, a parte Autora não tem direito ao
benefício de pensão por morte, porquanto não ficou demonstrado que o instituidor do benefício detinha a
qualidade de segurado na data do óbito.
13. Provimento do recurso interposto pelo INSS, para rejeitar o pedido de pensão por morte, por falta da
qualidade de segurado do falecido apontado instituidor, na data do óbito, com revogação da tutela
antecipada.
14. Quanto às parcelas recebidas por força da antecipação da tutela, não se aplica o REsp/STJ
1.401.560/MT, face à superveniência do julgamento do ARE/STF 734242 AgR, que afastou a reposição
dos valores recebidos sob tais circunstâncias. Com efeito, o STF, depois do julgamento do recurso
repetitivo no STJ, adotou orientação diversa, estabelecendo que benefício recebido de boa-fé pelo
segurado, em decorrência de decisão judicial, não está sujeito à repetição de indébito, em razão de seu
caráter alimentar (ARE 734242 agR - Primeira Turma, Rel. Ministro Roberto Barroso, DJe de 08/09/2015,
p. 175). "(...) Dessa sorte, a despeito da posição do STJ, esta TNU, considerando o entendimento do STF,
bem como os precedentes deste Colegiado, entende por manter a aplicação do enunciado da Súmula
51/TNU no sentido que 'os valores recebidos por força de antecipação dos efeitos de tutela,
posteriormente revogada em demanda previdenciária, são irrepetíveis em razão da natureza alimentar e
da boa-fé no seu recebimento' (...)" (PEDILEF 50023993020134047107, Rel. Juiz Federal Daniel
Machado da Rocha, TNU, DOU 18/12/2015).
15. Honorários advocatícios incabíveis, pois não há, no âmbito do JEF, previsão legal para o
arbitramento, quando há provimento do recurso (art. 55 da Lei n. 9.099/1995). Turma Recursal
0CFD1245D96FFC2CED5534EC28FF311A
ACÓRDÃO
Decide a Segunda Turma Recursal dos Juizados Especiais Federais do Distrito Federal, por unanimidade,
dar provimento ao recurso.
Brasília/DF, 15/5/201
Juiz David Wilson de Abreu Pardo
2ª TURMA RECURSAL - JEF/DF
RELATOR 3
Turma Recursal
3AC6FD45D6EBD99234E0E123FA81C838
PROCESSO: 0029506-79.2016.4.01.3400
RECORRENTE: CHRISTIANE MARA PINTO ROCHA
ADVOGADO: DF00052555 - MONICK DE SOUZA QUINTAS E OUTRO(S)
RECORRIDO: CAIXA ECONOMICA FEDERAL
ADVOGADO:
EMENTA
483
que o nome da Autora fosse excluído do cadastro de proteção ao crédito, porque tal pleito não se
encontrava no rol dos pedidos da petição inicial.
5. Razões do recurso interposto pela parte Autora: “... b) (...) condenar a Recorrida, a título de danos
morais (in re ipsa), diante da anotação irregular do nome a Recorrente no cadastro de proteção ao
crédito, vide o enunciado de Súmula nº 385 do Egrégio Superior Tribunal de Justiça; c) seja fixado o
quantum indenizatório, no valor aproximado de R$ 10.000,00 (dez mil reais), pelos prejuízos
extrapatrimoniais causados à Recorrente, utilizando-se do método bifásico, com base no princípio da
razoabilidade e atendendo as circunstâncias do caso concreto, por esta Egrégia Turma Recursal, em
estrita observância à orientação jurisprudencial; d) a concessão, liminar, da tutela de urgência para excluir
imediatamente o nome da Recorrente do cadastro de proteção ao crédito, sob pena de produzir danos
irreparáveis, nos termos do artigo 300 do Código de Processo Civil”.
6. A parte Ré ofereceu resposta escrita ao recurso.
7. A parte Autora, inadimplente em relação à dívida de fatura de cartão de crédito 4007 70** ***** 8154,
solicitou, perante a parte Ré, o parcelamento da dívida, no valor de R$ de R$ 7.168,53 (sete mil cento e
sessenta e oito reais e cinquenta e três centavos). Ficou acordado, em 07/10/2015, que, no dia
14/10/2015, a parte Autora daria uma entrada no valor de R$ 549,52 (quinhentos e quarenta e nove reais
e cinquenta e dois centavos) e pagaria 35 parcelas de R$ 364,65 (trezentos e sessenta e cinco reais e
sessenta e cinco centavos). Contudo, ao receber a fatura referente a novembro de 2015, a parte Autora
constatou a inexistência do parcelamento acordado. Ao entrar em contato com a administradora do
cartão, obteve a informação de que o parcelamento não fora aprovado devido à “inconsistência
sistêmica”, tendo sido realizado o estorno dos encargos gerados, visível na fatura de vencimento em
fevereiro de 2016, e, ainda, ficou ciente de que não poderia efetuar qualquer parcelamento, uma vez que
a dívida havia sido repassada para a empresa de recuperação de crédito CERCRED.
8. A Caixa Econômica Federal, por sua vez, não impugna tais fatos, que por isso restaram incontroversos
no processo (art. 341 do NCPC).
9. No caso, a CEF não provou ter informado que o acordo não fora aprovado, permitindo que a parte
Autora continuasse a realizar os pagamentos mensais das faturas com datas de vencimento em
14/10/2015, 14/11/2015, 14/12/2015, 14/02/2016, 14/03/2016, 14/04/2016 e 14/05/2016 (cf. cópia das
faturas e comprovantes de pagamentos, pp. 6/27 da documentação inicial, registrada em 13/05/2016).
Destarte, a dívida foi cedida à empresa diversa (CERCRED) e o nome da parte Autora foi para o cadastro
de inadimplentes, especificamente na Base de Dados da Serasa Experian (cf. EMENDA À INICIAL,
registrada em 30/05/2016, p. 2).
10. Assim, havendo a renegociação (mediante parcelamento) do débito, não deveria a Caixa Econômica
Federal ter promovido a inscrição do nome da parte Autora em órgão restritivo de crédito. Com efeito, “o
parcelamento do débito afasta o estado de inadimplência, obstando a inclusão do nome do devedor em
484
11. O ato ilícito de negativar indevidamente o nome da parte autora junto a entidade de proteção ao
crédito, praticado pela Caixa Econômica Federal, gera obrigação de indenizar por danos morais. O efeito
a ser reparado de um ponto de vista moral quando se inscreve ou se mantém o nome de alguém
indevidamente em cadastro de devedor é o de ter sido publicamente considerado pessoa que não honra
compromissos que assume (isso é a imputação de falha moral no caráter de uma pessoa, que não se
revela verdadeira e, portanto, demanda reparação dessa natureza).
ACÓRDÃO
Decide a Segunda Turma Recursal dos Juizados Especiais Federais do Distrito Federal, por unanimidade,
dar provimento parcial ao recurso.
Brasília/DF, 15/5/2019
Juiz David Wilson de Abreu Pardo
2ª TURMA RECURSAL - JEF/DF
RELATOR 3
Turma Recursal
DC55EA174990DDB1BA418B42E869936B
PROCESSO: 0046990-73.2017.4.01.3400
RECORRENTE: FRANCISCO GUALBERTO RIBEIRO
ADVOGADO: DF00020379 - THATYANNA MYCHELLE GOMES DE CARVALHO E OUTRO(S)
RECORRIDO: UNIAO FEDERAL
ADVOGADO: - LETICIA MACHADO SALGADO
EMENTA
ADMINISTRATIVO E PROCESSUAL. ADVOGADOS PÚBLICOS ATIVOS E INATIVOS. HONORÁRIOS
SUCUMBENCIAIS. CÁLCULOS DIFERENCIADOS. LEGALIDADE. DEFINIÇÕES LITERAIS FEITAS
PELA LEI 13.327/2016 (ARTS. 31 E 39). INTERPRETAÇÃO LÓGICO-SISTEMÁTICA DA NORMA. NÃO
PROVIMENTO DO RECURSO.
1. Ação proposta por Advogado da União aposentado em face da União objetivando, quanto aos
honorários advocatícios de sucumbência, o reconhecimento do “direito a percepção integral da cota parte
a que faz jus no período compreendido entre agosto a dezembro de 2016, conforme previsto no artigo 39
da Lei 13.327, de 29 de julho de 2016, no valor cheio e igualitário pago aos advogados públicos ativos e
485
reconhecer o direito à restituição do respectivo indébito (conforme planilha em anexo), no valor total de
R$ 7.963,71 (sete mil, novecentos e sessenta e três reais e setenta e um centavos), devidamente
atualizados, desde em que deveriam ser pagos até a data do efetivo pagamento”.
2. Narra a petição inicial: a) a AGU emitiu nota em agosto/2016 informando que o valor a título de
honorários advocatícios entre agosto e dezembro de 2016 seria diferente para os ativos e inativos; b) o
art. 39 da Lei 13.327/2016 estabeleceu, entre agosto e dezembro de 2016, transição no pagamento dos
honorários advocatícios, que até final daquele ano eram creditados em nome da União, contemplando de
forma igualitária todos os advogados públicos e quadros suplementares em extinção (ativos e inativos); c)
a Consultoria Jurídica do Ministério do Planejamento emitiu um parecer conjugando a regra de transição
do art. 39 com o escalonamento previsto no inciso II do art. 31, da mesma lei, que disciplina a percepção
que, de agosto a dezembro de 2016, eles deveriam ser computados de uma outra forma”; b) “não há
como entender que, quando o art. 31, II, da Lei 13.327/2016, fala em “primeiro ano de aposentadoria”, o
ano a ser considerado é da edição da referida lei, e não a data da aposentadoria efetiva do servidor.
Registro que não tem fundamento a tese defendida pela parte autora no sentido de que ofende o princípio
da irretroatividade das leis a contagem do “primeiro ano de aposentadoria” a partir da data da sua
aposentadoria efetiva. Note-se que, em momento algum, a Lei 13.327/2016 retroagiu para regular
situações pretéritas. O fato de ela ter estipulado que a forma de rateio dos honorários levaria em
consideração o tempo de serviço dos ativos e de aposentadoria dos inativos não caracteriza, de modo
algum, retroatividade indevida”.
4. Razões do recurso interposto pela parte Autora: a) preliminar de gratuidade da justiça; b) o que se
pretende nada mais é do que a aplicação literal do art. 39 da Lei n. 13.327/2016, pelo qual o pagamento
dos honorários referentes às competências de agosto a dezembro de 2016 seria de responsabilidade da
União, mediante crédito na folha de pagamento dos advogados públicos ativos e inativos, no valor
referente a uma cota-parte do montante arrecadado no primeiro semestre de 2015 (verba orçamentária);
c) pelo art. 39, entre as competências de agosto a dezembro de 2016, tanto os ativos quanto os inativos
seriam beneficiados com a mesma cota, sem qualquer distinção de valor; d) impossibilidade de interpretar
conjuntamente os arts. 31 e 39 da lei, haja vista que o primeiro determina que os advogados ativos
recebam honorários de forma progressiva e inativos de forma regressiva, fato que implicaria o
recebimento inicialmente a menor para os advogados ativos; e) há precedentes em seu favor da 6ª Turma
Recursal da Seção Judiciária Federal do Estado do Rio de Janeiro, no mesmo sentido acórdãos
proferidos pelas 1ª, 3ª e 8ª Turmas Recursais do Rio de Janeiro, bem como precedentes do Tribunal
Regional Federal da 4ª Região / 1ª Turma Recursal do Paraná. Na mesma linha, sentenças proferidas
pela 24ª Vara Federal do Juizado Especial Federal do Distrito Federal, destacando, por fim, a existência
de pedido de Uniformização de Jurisprudência.
5. A União ofereceu resposta escrita ao recurso.
6. O pedido de gratuidade de justiça veiculado na petição de recurso da parte Autora foi indeferido, tendo
sido concedido prazo para recolhimento do preparo. A parte Autora efetuou o preparo do recurso,
conforme comprovante anexado.
7. A União não reconheceu o direito da parte Autora neste processo, tendo sempre resistido à pretensão
deduzida em Juízo. E, ainda que assim não fosse, a natureza jurídica do direito (patrimonial indisponível)
é óbice ao reconhecimento do direito.
8. Há obstáculos intransponíveis ao acolhimento do pedido. De acordo com o art. 29 da Lei n.
13.327/2016, "os honorários advocatícios de sucumbência das causas em que forem parte a União, as
autarquias e as fundações públicas federais pertencem originariamente aos ocupantes dos cargos de que
trata este Capítulo". Já o art. 30 dispõe que "os honorários advocatícios de sucumbência incluem: I - o
total do produto dos honorários de sucumbência recebidos nas ações judiciais em que forem parte a
União, as autarquias e as fundações públicas federais; II - até 75% (setenta e cinco por cento) do produto
do encargo legal acrescido aos débitos inscritos na dívida ativa da Turma Recursal
DC55EA174990DDB1BA418B42E869936B
União, previsto no art. 1o do Decreto-Lei no 1.025, de 21 de outubro de 1969; III - o total do produto do
encargo legal acrescido aos créditos das autarquias e das fundações públicas federais inscritos na dívida
ativa da União, nos termos do § 1o do art. 37-A da Lei no 10.522, de 19 de julho de 2002. Parágrafo
único. O recolhimento dos valores mencionados nos incisos do caput será realizado por meio de
documentos de arrecadação oficiais".
486
9. A lei instituiu critérios diferentes no cálculo dos honorários de sucumbência devidos aos advogados da
União, aos procuradores federais e aos ocupantes de quadros suplementares em extinção, ativos e
inativos. Com efeito, estabeleceu a lei no seu art. 31 que "os valores dos honorários devidos serão
calculados segundo o tempo de efetivo exercício no cargo, para os ativos, e pelo tempo de aposentadoria,
para os inativos, com efeitos financeiros a contar da publicação desta Lei, obtidos pelo rateio nas
seguintes proporções: I - para os ativos, 50% (cinquenta por cento) de uma cota-parte após o primeiro
ano de efetivo exercício, crescente na proporção de 25 (vinte e cinco) pontos percentuais após completar
cada um dos 2 (dois) anos seguintes; II - para os inativos, 100% (cem por cento) de uma cota-parte
durante o primeiro ano de aposentadoria, decrescente à proporção de 7 (sete) pontos percentuais a cada
um dos 9 (nove) anos seguintes, mantendo-se o percentual fixo e permanente até a data de cessação da
então está reclamando do critério de repartição do montante. Todavia, propôs a ação apenas contra a
União, e não contra todos os servidores ativos beneficiados com o recebimento de cotas-parte maiores do
que as que recebeu. Ora, se o montante é e deve ser o mesmo, o acolhimento do pedido deveria conduzir
à sua redistribuição, sem aumento da totalidade, com os servidores ativos tendo que devolver valores.
Assim, o polo passivo desta demanda está incompleto, pois mais e inúmeras pessoas haveriam de ser
afetadas pelo acolhimento do pedido.
13. Destarte, condenar apenas a União no pagamento, sem mais, tal como formulado no pleito, resultaria
em inaceitável (porque ilegal) aumento do valor (montante) despendido na repartição dos honorários de
sucumbência, em evidente prejuízo aos cofres públicos. Ou seja, haveria aumento ilegal do montante ao
final repartido. Por isso, a pretensão inicial não é deduzida em Juízo do modo processual mais adequado.
14. Tal circunstância relevante encontra eco na defesa da União, formulada no Recurso 0003381-
06.2018.4.01.3400, segundo a qual era preciso definir parâmetros de pagamento durante o ano de 2016
com plena observância de regras orçamentárias constitucionais, notadamente a vedação de aumento de
despesa, conforme art. 63, I, CF. Como argumenta a União, naquela defesa:
"A obediência às normas orçamentárias se justificava no fato de o valor previsto para repartição entre os
membros da AGU no ano de 2016 já se encontrar orçado em R$ 123.030.000,00 (cento e vinte e três
milhões e trinta mil reais), quantia essa que, inclusive, havia sido incluída pelo Poder Executivo na
previsão da Lei 13.255/2016 (Lei Orçamentária Anual 2016), conforme indicado na Exposição de Motivos
nº. 240/2015 MP, que acompanhou o Projeto de Lei original (PL nº. 4.254/2015).
Diante disso, no PARECER n. 00873/2016/CONJUR-MP/CGU/AGU, entendeu-se que as alterações
promovidas pelo Congresso Nacional, a despeito de terem modificado os parâmetros para cômputo dos
valores a serem pagos no exercício financeiro de 2016, não poderiam gerar um impacto orçamentário
maior do que o previsto originalmente na Lei 13.255/2016 (Lei Orçamentária Anual 2016).
Dessa forma, dever-se-ia compatibilizar a verba até então orçada para pagamento de todos aqueles aos
quais reconhecido o direito aos honorários, sem, entretanto, impactar negativamente os cofres públicos, o
que se faria possível com a preservação da incidência dos percentuais escalonados idealizados desde a
gênese da norma e previstos no art. 31, tanto para os ativos quanto para os inativos."
15. Seja como for, se o art. 39 da Lei foi preciso vir a lume porque o pagamento nos meses de agosto a
dezembro/2016 precisava indicar o montante a ser considerado na repartição entre os ocupantes dos
cargos beneficiados, qual seja, aquele arrecadado pela União no primeiro semestre do ano de 2015, e a
forma do pagamento, com crédito direto na folha, então a previsão de que o valor mensal individual
naquele período corresponderia a uma cota-parte não pode tão facilmente ser entendida como fixando o
Turma Recursal
487
DC55EA174990DDB1BA418B42E869936B
mesmo quantum a todos, sejam eles ativos ou inativos. Na própria leitura da novel lei, a referência a uma
cota-parte não resulta na assimilação automática das grandezas numéricas.
16. Com efeito, prescreve o art. 31, II, da Lei que o pagamento dos honorários observará: “para os
inativos, 100% (cem por cento) de uma cota-parte durante o primeiro ano de aposentadoria, decrescente
à proporção de 7 (sete) pontos percentuais a cada um dos 9 (nove) anos seguintes, mantendo-se o
percentual fixo e permanente até a data de cessação da aposentadoria”. Ora, o total de 100% de uma
cota-parte para os servidores inativos será pago apenas durante o primeiro ano da correspondente
aposentadoria. Como bem pontuou a sentença, justificando essa parte da lei, "é natural que os
21. O sentido pretendido pela parte Autora na interpretação do art. 39 da Lei é indevido e resultaria numa
incoerência normativa inexplicável: a de, durante algum tempo, honorários pagos a servidores ativos e
inativos terem exatamente o mesmo valor, quando toda a Lei dispõe o contrário. Nada na Lei autoriza tal
interpretação parcial e isolada. E como cediço, “a norma jurídica solada não existe como tal na realidade
da vida jurídica. Toda norma é válida e obrigatória, unicamente em uma relação necessária de influências
recíprocas com um número ilimitado de outras normas, que a determinam mais expressamente, que a
limitam, que a completam de modo mais ou menos imediato”. (Alfredo Augusto Becker, Teoria Geral do
Direito Tributário. 3a. ed., SP: Ed. Lejus, 1998, p. 116).
22. Não provimento do recurso interposto pela parte Autora.
23. Honorários advocatícios pela parte Recorrente em 10% sobre o valor corrigido da causa (art. 55,
caput, da Lei n. 9.099/1995).
ACÓRDÃO
Decide a Segunda Turma Recursal dos Juizados Especiais Federais do Distrito Federal, por unanimidade,
negar provimento ao recurso.
Brasília/DF, 15/5/2019.
Juiz David Wilson de Abreu Pardo
2ª TURMA RECURSAL - JEF/DF
RELATOR 3
Turma Recursal
43607B11DF09363C3EC18475DA2ADE83
PROCESSO: 0031656-96.2017.4.01.3400
488
semelhantes. (...) Acresça-se que, tratando-se de matéria afeita à livre disposição de vontade do cidadão
e ao intervencionismo estatal em sua esfera privada, entendo que a interpretação da norma deve ser feita
de forma a equilibrar a finalidade protetiva aos rendimentos de natureza alimentar e a livre disposição da
vontade, o que, no caso, pelas razões acima apontadas, conduz à prevalência da liberdade do
pensionista em utilizar até 70%da remuneração em descontos obrigatórios e facultativos. 35. Pelo que
acima foi exposto, é de concluir pela ilegalidade da restrição contida na Portaria 014/2011/SEF, do
Exército brasileiro, por extrapolar o poder regulamentador da Administração Pública, ao estabelecer
restrição aos pensionistas militares em afronta ao direito que lhes assiste na Medida Provisória nº 2.215-
10/2001 de utilização do limite máximo de 70%de seus proventos para fins de descontos obrigatórios e
facultativos, prevalecendo aqueles sobre estes. (...) 36. Nestes termos, impõe-se o conhecimento do
incidente de uniformização de jurisprudência, pela ocorrência da divergência, negando-se, porém,
provimento ao recurso da União, para firmar a tese de que aos pensionistas militares é garantido o direito
previsto no art. 14, § 3º, da Medida Provisória nº 2.215-10/2001 de utilização do limite máximo de 70% de
seus proventos para fins de descontos obrigatórios e facultativos”.
7. Por isso mesmo, esta Turma Recursal já decidiu em caso análogo (processo 0012032-
61.2017.4.01.3400, julgado em 8/8/2018) que é possível a aplicação do art. 14, § 3º, da Medida Provisória
nº 2.215-10/2001, mediante o comprometimento de até 70% (setenta por cento) dos vencimentos do
militares para fazer frente aos descontos obrigatórios ou facultativos, inclusive empréstimos e
consignações.
8. Não provimento do recurso interposto pela União.
9. Honorários advocatícios pela parte Recorrente em 10% sobre o valor da causa (art. 55, caput, da Lei n.
9.099/95).
ACÓRDÃO
Decide a Segunda Turma Recursal dos Juizados Especiais Federais do Distrito Federal, por unanimidade,
negar provimento ao recurso.
Brasília/DF, 15/5/2019.
Juiz David Wilson de Abreu Pardo
2ª TURMA RECURSAL - JEF/DF
RELATOR 3 Turma Recursal
489
43607B11DF09363C3EC18475DA2ADE83
Turma Recursal
4507F9E593D3FE37408BDAACE854F035
PROCESSO: 0049096-08.2017.4.01.3400
5. Até 28/04/1995, o reconhecimento do exercício de atividade especial poderia ser feito com base em
dois critérios: a) por categoria profissional, considerando as atividades constantes do Decreto nº
53.831/1964 e Decreto nº 83.080/1979; b) pela comprovação, por qualquer meio de prova, da submissão
do segurado aos agentes nocivos elencados no e no Anexo I do Decreto nº 83.080/79. De 29/04/1995 a
05/03/97, o reconhecimento exige a comprovação da efetiva submissão aos agentes nocivos, por
intermédio dos formulários SB-40 e DSS-8030 ou PPP referente à categoria profissional. A partir de
06/03/1997, a atividade desenvolvida sob condições especiais deve estar comprovada por laudo técnico
(ou por PPP preenchido com base em laudo técnico-pericial).
6. Em relação à categoria profissional, a parte Autora não trouxe qualquer documento que comprovasse o
exercício das atividades descritas nos Decretos 53.831/1964 e 83.080/1979. Tampouco foi colacionado
ao feito laudo pericial ou formulários SB-40 e DSS-8030 ou PPP. Enfim, não há documento que comprove
as condições especiais de trabalho durante o período delimitado na petição inicial, sendo certo que o
agente de saúde pública não é arrolado pelos Decretos como sendo atividade de tempo especial. Assim,
não sendo referida profissão descrita na legislação de regência como possível de enquadramento por
categoria profissional, a análise para verificar a possibilidade de reconhecimento de tempo especial
depende da apresentação de formulários ou laudos que especifiquem a que agente agressivo o segurado
manteve contato, que não ocorreu.
7. Laudo pericial de terceira pessoa não autoriza a contagem especial do tempo de serviço. Nesse
sentido, confira-se o seguinte julgado do Tribunal Regional Federal da 1ª Região: “Ressalte-se, ainda, que
não bastaria somente a comprovação do cargo em si, neste hipótese, mas também precisaria o autor
comprovar sua exposição a tensão superior a 250 volts, na forma do item 1.1.8 do Decreto 53831/64, o
que não ocorreu. Some-se a isto o fato de autor ter juntado aos autos documentos de terceiros estranhos
à lide, a fim de comprovar sua alegada exposição a agentes nocivos, fato que fragiliza ainda mais o
490
reconhecimento desse período como especial” (AC 0002461-90.2008.4.01.3300/BA, Rel. Juiz Federal
Antonio Oswaldo Scarpa, 1ª Câmara Regional Previdenciária da Bahia, e-DJF1 p.1059 de 17/02/2016).
8. As razões recursais não são suficientes para alterar as conclusões da sentença. Aliás, "a percepção de
adicional de insalubridade pelo segurado, por si só, não lhe confere o direito de ter o respectivo período
reconhecido como especial, porquanto os requisitos para a percepção do direito trabalhista são distintos
dos requisitos para o reconhecimento da especialidade do trabalho no âmbito da Previdência Social"
(STJ, RESP 201401541279, Min. Mauro Campbell Marques, 2ª Turma, DJE de 16/03/2015).
9. Entrementes, não é o caso de anulação da sentença para realizar diligências requeridas, pois a parte
Recorrente, na petição inicial, apenas alegou de forma genérica que o PPP e o LTCAT teriam sido
extraviados (p. 3 da petição inicial). Além disso, há documento (cf. EPROC COPIA RESPOSTA DO M DA
nome da parte Autora, petição juntada esclarece que todos os servidores da Funasa que foram cedidos
ao Ministério da Saúde “permaneceram no mesmo local de trabalho e desempenhando as mesmas
atribuições funcionais sem alteração de sua lotação”.
10. Seja como for, não demonstrado o trabalho prestado em condições especiais, prejudicada fica a
concessão do Abono de Permanência. A atividade exercida pela parte Autora, agente de saúde
pública/guarda de endemias, não se encontra enquadrada nos róis estabelecidos pelos Decretos
53.831/1964 e 83.080/1979. Ademais, não faz jus ao reconhecimento da especialidade do labor prestado
anterior e posteriormente a 29/04/1995, vez que deixou de comprovar a efetiva exposição aos agentes
nocivos, químicos, físicos ou biológicos, pois não constam no formulário apresentado (Perfil
Profissiográfico Previdenciário - PPP), devidamente embasado em laudo técnico, ônus seu, nos termos
do art. 373, I do CPC. Os laudos técnicos relacionados a terceiros, estranhos ao presente processo, não
são aptos a demonstrar a especialidade do labor prestado pela parte autora. Inclusive o § 4º do art. 15 da
ON 16/13 do MPOG veda que documentos relacionados a órgãos, atividades e pessoas diversos possam
ser aceitos para fins de comprovação do tempo especial.
11. Finalmente, a parte Recorrente jamais protestou apropriadamente pela produção de prova pericial. E
talvez não o tenha feito porque se entende que, no âmbito do JEF, a perícia pertinente não pode ter lugar,
já que complexa, a exigir, por exemplo, a avaliação do ambiente laboral. A pessoa que figura como parte
Autora reside em município do interior do Ceará (cf. petição inicial), a inviabilizar a produção dessa prova.
Outrossim, essa prova apontaria para necessidade de aferir contextos ambientais não contemporâneos
do espaço laboral, a tornar ainda mais complexa a produção da prova. Em hipóteses tais, o TRF1 tem
entendido não caber ao JEF a produção de tal prova, conforme CC 0013151-72.2017.4.01.0000, Des.
Fed. Gilda Sigmaringa Seixas, 1ª Seção, e-DJF1 de 25/4/2018.
12. Certo é que, não demonstrado o trabalho prestado em condições especiais, prejudicados ficam os
demais pedidos, devendo ser mantida a sentença.
13. Precedentes no mesmo sentido da TR2/JEF/DF, julgados nas Sessões de 25/10/2017, de 8/11/2017 e
de 24/10/2018, dentre outros: 0007879-82.2017.4.01.3400, 0017849-09.2017.4.01.3400, 0008448-
83.2017.4.01.3400, 0023118-29.2017.4.01.3400, 0006161-50.2017.4.01.3400.
14. Não provimento do recurso interposto pela parte Autora.
15. Honorários advocatícios pela parte Recorrente em 10% sobre o valor da condenação (artigo 55 da Lei
nº 9.099/1995), com suspensão do pagamento enquanto a parte credora não demonstrar que deixou de
existir a situação de insuficiência de recursos que justificou a concessão da gratuidade da Justiça,
extinguindo-se a dívida cinco anos após o trânsito em julgado deste acórdão (art. 98, § 3º, NCPC). Turma
Recursal
4507F9E593D3FE37408BDAACE854F035
ACÓRDÃO
Decide a Segunda Turma Recursal dos Juizados Especiais Federais do Distrito Federal, por unanimidade,
negar provimento ao recurso.
Brasília/DF, 15/5/2019.
Juiz David Wilson de Abreu Pardo
2ª TURMA RECURSAL - JEF/DF
RELATOR 3
Turma Recursal
EB118D6DC2B0EED2238276CE3763262E
491
PROCESSO: 0048239-59.2017.4.01.3400
RECORRENTE: ADELIA MOREIRA D ALMEIDA E SOUZA
ADVOGADO: DF00020379 - THATYANNA MYCHELLE GOMES DE CARVALHO E OUTRO(S)
RECORRIDO: UNIAO FEDERAL
ADVOGADO:
EMENTA
PREVIDENCIÁRIO E PROCESSUAL. SERVIDOR PÚBLICO. AGENTE DE SAÚDE. APOSENTADORIA
ESPECIAL. APLICABILIDADE DAS REGRAS PRÓPRIAS DOS TRABALHADORES EM GERAL.
CONDIÇÕES ESPECIAIS NÃO COMPROVADAS. ABONO DE PERMANÊNCIA PREJUDICADO. NÃO
5. Até 28/04/1995, o reconhecimento do exercício de atividade especial poderia ser feito com base em
dois critérios: a) por categoria profissional, considerando as atividades constantes do Decreto nº
53.831/1964 e Decreto nº 83.080/1979; b) pela comprovação, por qualquer meio de prova, da submissão
do segurado aos agentes nocivos elencados no e no Anexo I do Decreto nº 83.080/79. De 29/04/1995 a
05/03/97, o reconhecimento exige a comprovação da efetiva submissão aos agentes nocivos, por
intermédio dos formulários SB-40 e DSS-8030 ou PPP referente à categoria profissional. A partir de
06/03/1997, a atividade desenvolvida sob condições especiais deve estar comprovada por laudo técnico
(ou por PPP preenchido com base em laudo técnico-pericial).
6. Em relação à categoria profissional, a parte Autora não trouxe qualquer documento que comprovasse o
exercício das atividades descritas nos Decretos 53.831/1964 e 83.080/1979. Tampouco foi colacionado
ao feito laudo pericial ou formulários SB-40 e DSS-8030 ou PPP. Enfim, não há documento que comprove
as condições especiais de trabalho durante o período delimitado na petição inicial, sendo certo que o
agente de saúde pública não é arrolado pelos Decretos como sendo atividade de tempo especial. Assim,
não sendo referida profissão descrita na legislação de regência como possível de enquadramento por
categoria profissional, a análise para verificar a possibilidade de reconhecimento de tempo especial
depende da apresentação de formulários ou laudos que especifiquem a que agente agressivo o segurado
manteve contato, que não ocorreu.
7. Laudo pericial de terceira pessoa não autoriza a contagem especial do tempo de serviço. Nesse
sentido, confira-se o seguinte julgado do Tribunal Regional Federal da 1ª Região: “Ressalte-se, ainda, que
não bastaria somente a comprovação do cargo em si, neste hipótese, mas também precisaria o autor
comprovar sua exposição a tensão superior a 250 volts, na forma do item 1.1.8 do Decreto 53831/64, o
que não ocorreu. Some-se a isto o fato de autor ter juntado aos autos documentos de terceiros estranhos
à lide, a fim de comprovar sua alegada exposição a agentes nocivos, fato que fragiliza ainda mais o
reconhecimento desse período como especial” (AC 0002461-90.2008.4.01.3300/BA, Rel. Juiz Federal
Antonio Oswaldo Scarpa, 1ª Câmara Regional Previdenciária da Bahia, e-DJF1 p.1059 de 17/02/2016).
8. As razões recursais não são suficientes para alterar as conclusões da sentença. Aliás, "a percepção de
adicional de insalubridade pelo segurado, por si só, não lhe confere o direito de ter o respectivo período
reconhecido como especial, porquanto os requisitos para a percepção do direito trabalhista são distintos
dos requisitos para o reconhecimento da especialidade do trabalho no âmbito da Previdência Social"
(STJ, RESP 201401541279, Min. Mauro Campbell Marques, 2ª Turma, DJE de 16/03/2015).
492
9. Entrementes, não é o caso de anulação da sentença para realizar diligências requeridas, pois a parte
Recorrente, na petição inicial, apenas alegou de forma genérica que o PPP e o LTCAT teriam sido
extraviados (p. 3 da petição inicial). Além disso, há documento (cf. EPROC COPIA RESPOSTA DO M DA
SAUDE AO PPP E LTCAT OUTROS DOCUMENTOS, registro em 11/10/2017) no qual consta informação
do Núcleo Estadual do Ministério da Saúde no Ceará acerca da “impossibilidade de atendimento ao
pedido em virtude da falta de documentação na pasta funcional e por ausência de dados que comprove a
condição especial, impedindo a produção da documentação solicitada”. Ainda que o referido documento
não cite explicitamente o Turma Recursal
EB118D6DC2B0EED2238276CE3763262E
ACÓRDÃO
Decide a Segunda Turma Recursal dos Juizados Especiais Federais do Distrito Federal, por unanimidade,
negar provimento ao recurso.
Brasília/DF, 15/5/2019.
Juiz David Wilson de Abreu Pardo
2ª TURMA RECURSAL - JEF/DF
RELATOR 3,
Turma Recursal
089702227EDD64DDB86F534C9B37B345
PROCESSO: 0003400-12.2018.4.01.3400
RECORRENTE: SANDRA MARLY VIANA DE OLIVEIRA
ADVOGADO: DF00020379 - THATYANNA MYCHELLE GOMES DE CARVALHO E OUTRO(S)
RECORRIDO: UNIAO FEDERAL
ADVOGADO:
EMENTA
PREVIDENCIÁRIO E PROCESSUAL. SERVIDOR PÚBLICO. AGENTE DE SAÚDE. APOSENTADORIA
ESPECIAL. APLICABILIDADE DAS REGRAS PRÓPRIAS DOS TRABALHADORES EM GERAL.
493
5. Até 28/04/1995, o reconhecimento do exercício de atividade especial poderia ser feito com base em
dois critérios: a) por categoria profissional, considerando as atividades constantes do Decreto nº
53.831/1964 e Decreto nº 83.080/1979; b) pela comprovação, por qualquer meio de prova, da submissão
do segurado aos agentes nocivos elencados no e no Anexo I do Decreto nº 83.080/79. De 29/04/1995 a
05/03/97, o reconhecimento exige a comprovação da efetiva submissão aos agentes nocivos, por
intermédio dos formulários SB-40 e DSS-8030 ou PPP referente à categoria profissional. A partir de
06/03/1997, a atividade desenvolvida sob condições especiais deve estar comprovada por laudo técnico
(ou por PPP preenchido com base em laudo técnico-pericial).
6. Em relação à categoria profissional, a parte Autora não trouxe qualquer documento que comprovasse o
exercício das atividades descritas nos Decretos 53.831/1964 e 83.080/1979. Tampouco foi colacionado
ao feito laudo pericial ou formulários SB-40 e DSS-8030 ou PPP. Enfim, não há documento que comprove
as condições especiais de trabalho durante o período delimitado na petição inicial, sendo certo que o
agente de saúde pública não é arrolado pelos Decretos como sendo atividade de tempo especial. Assim,
não sendo referida profissão descrita na legislação de regência como possível de enquadramento por
categoria profissional, a análise para verificar a possibilidade de reconhecimento de tempo especial
depende da apresentação de formulários ou laudos que especifiquem a que agente agressivo o segurado
manteve contato, que não ocorreu.
7. Laudo pericial de terceira pessoa não autoriza a contagem especial do tempo de serviço. Nesse
sentido, confira-se o seguinte julgado do Tribunal Regional Federal da 1ª Região: “Ressalte-se, ainda, que
não bastaria somente a comprovação do cargo em si, neste hipótese, mas também precisaria o autor
comprovar sua exposição a tensão superior a 250 volts, na forma do item 1.1.8 do Decreto 53831/64, o
que não ocorreu. Some-se a isto o fato de autor ter juntado aos autos documentos de terceiros estranhos
à lide, a fim de comprovar sua alegada exposição a agentes nocivos, fato que fragiliza ainda mais o
reconhecimento desse período como especial” (AC 0002461-90.2008.4.01.3300/BA, Rel. Juiz Federal
Antonio Oswaldo Scarpa, 1ª Câmara Regional Previdenciária da Bahia, e-DJF1 p.1059 de 17/02/2016).
8. As razões recursais não são suficientes para alterar as conclusões da sentença. Aliás, "a percepção de
adicional de insalubridade pelo segurado, por si só, não lhe confere o direito de ter o respectivo período
reconhecido como especial, porquanto os requisitos para a percepção do direito trabalhista são distintos
dos requisitos para o reconhecimento da especialidade do trabalho no âmbito da Previdência Social"
(STJ, RESP 201401541279, Min. Mauro Campbell Marques, 2ª Turma, DJE de 16/03/2015).
9. Entrementes, não é o caso de anulação da sentença para realizar diligências requeridas, pois a parte
Recorrente, na petição inicial, apenas alegou de forma genérica que o PPP e o LTCAT teriam sido
extraviados (p. 3 da petição inicial). Além disso, há documento (cf. EPROC COPIA RESPOSTA DO M DA
SAUDE AO PPP E LTCAT OUTROS DOCUMENTOS, registro em 11/10/2017) no qual consta informação
do Núcleo Estadual do Ministério da Saúde no Ceará acerca da “impossibilidade de atendimento ao
pedido em virtude da falta de documentação na pasta funcional e por ausência de dados que comprove a
condição especial, impedindo a produção da documentação solicitada”. Ainda que o referido documento
não cite explicitamente o Turma Recursal
089702227EDD64DDB86F534C9B37B345
494
nome da parte Autora, petição juntada esclarece que todos os servidores da Funasa que foram cedidos
ao Ministério da Saúde “permaneceram no mesmo local de trabalho e desempenhando as mesmas
atribuições funcionais sem alteração de sua lotação”.
10. Seja como for, não demonstrado o trabalho prestado em condições especiais, prejudicada fica a
concessão do Abono de Permanência. A atividade exercida pela parte Autora, agente de saúde
pública/guarda de endemias, não se encontra enquadrada nos róis estabelecidos pelos Decretos
53.831/1964 e 83.080/1979. Ademais, não faz jus ao reconhecimento da especialidade do labor prestado
anterior e posteriormente a 29/04/1995, vez que deixou de comprovar a efetiva exposição aos agentes
nocivos, químicos, físicos ou biológicos, pois não constam no formulário apresentado (Perfil
Profissiográfico Previdenciário - PPP), devidamente embasado em laudo técnico, ônus seu, nos termos
ACÓRDÃO
Decide a Segunda Turma Recursal dos Juizados Especiais Federais do Distrito Federal, por unanimidade,
negar provimento ao recurso.
Brasília/DF, 15/5/2019.
Juiz David Wilson de Abreu Pardo
2ª TURMA RECURSAL - JEF/DF
RELATOR 3
Turma Recursal
7F9A4C772EE439A0231FB6E99F7E5C37
PROCESSO: 0033245-26.2017.4.01.3400
RECORRENTE: RAIMUNDO NONATO VIEIRA BRITO
ADVOGADO: DF00040484 - SHIRLEY ALVES DANTAS E OUTRO(S)
RECORRIDO: INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
ADVOGADO:
EMENTA
PREVIDENCIÁRIO E PROCESSUAL. APOSENTADORIA. TEMPO DE SERVIÇO ESPECIAL. PERFIL
PROFISSIOGRÁFICO ELABORADO COM BASE EM LAUDO PERICIAL SEM INDICAÇÃO DE
EXPOSIÇÃO À ELETRICIDADE ACIMA DE 250 VOLTS. NÃO PROVIMENTO DO RECURSO.
1. Ação proposta com a finalidade de implantar aposentadoria especial ou por tempo de contribuição,
considerando o período em que a parte Autora teria laborado em condições especiais (eletricidade acima
de 250 volts), na Companhia de TELEMONT ENGENHARIA E TELECOMUNICAÇÕES S/A, (período de
19/02/2004 até 02/06/2016).
2. A sentença rejeitou o pedido sob o fundamento de que: “À espécie, extrai-se dos documentos
apresentados nos autos, especialmente das cópias do processo administrativo – PETIÇÃO RECEBIDA –
EPROC PA 8 (registro de 03/04/2018), que, no período de 19/02/2004 a 02/06/2016, o autor trabalhou na
função de instalador e reparador de cabos telefônicos, no Setor Externo de Telefonia, para a empresa
TELEMONT Engenharia e Telecomunicações S/A. Contudo, de acordo com o PPP juntado não houve
495
qualquer exposição a eletricidade acima de 250 volts. Com efeito, de acordo com o PPP apresentado não
houve submissão do autor a qualquer fator de risco. Desse modo, não faz jus à contagem diferenciada do
referido período”.
3. Razões do recurso interposto pela parte Autora: a) trabalhos executados a mais de dois metros do nível
inferior e com risco de queda são considerados trabalhos em altura; b) exercia função de instalação e
manutenção de cabos e rede subterrânea e aérea, próximo a postes de energia com força igual ou
superior a 380 volts; c) “caso fosse determinado a conversão do julgamento em diligência com perícia nos
demais locais descritos na exordial, facilmente restaria comprovado a exposição aos seguintes agentes
agressivos, haja vista, exercia a função de eletricista e estava exposto ao agente agressivo eletricidade
acima de 250 volts”; d) tem direito à conversão do tempo da atividade de natureza especial em comum no
eletricista desenvolvida pela parte Autora/Recorrente acima de 250 volts, no período compreendido entre
19/02/2004 a 02/06/2016 na empresa TELEMONT ENG. DE TELECOMUNICAÇÕES S/A.
11. Assim sendo, inaplicável o entendimento de que, na contagem do tempo de serviço especial, não se
exige que o trabalhador esteja permanentemente exposto à eletricidade, pois basta que exista essa
exposição durante a sua jornada de trabalho. Com efeito, “Esta Corte firmou a orientação de que o tempo
de exposição ao risco elétrico não é necessariamente um fator condicionante para que ocorra um
acidente ou choque elétrico; por mais que a exposição do segurado ao agente nocivo eletricidade acima
de 250 volts (alta tensão) não perdure por todas as horas trabalhadas, trata-se de risco potencial e
permanente (AC 0004594-17.2009.4.01.3803 / MG, Rel. JUIZ FEDERAL UBIRAJARA TEIXEIRA, 1ª
CÂMARA REGIONAL PREVIDENCIÁRIA DE JUIZ DE FORA, e-DJF1 de 16/05/2017)” (AC 0004010-
496
ACÓRDÃO
Decide a Segunda Turma Recursal dos Juizados Especiais Federais do Distrito Federal, por unanimidade,
negar provimento ao recurso, na parte conhecida.
Brasília/DF, 15/5/2019
Juiz David Wilson de Abreu Pardo
2ª TURMA RECURSAL - JEF/DF
RELATOR 3
Turma Recursal
39E0753718D0E22D7314C9B43CFCA2AF
PROCESSO: 0051648-14.2015.4.01.3400
RECORRENTE: ABEL MENDONCA MADEIRA
ADVOGADO: GO00026182 - LUCIANA RODRIGUES DA SILVA E OUTRO(S)
RECORRIDO: INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
ADVOGADO:
EMENTA
PREVIDENCIÁRIO, ADMINISTRATIVO E PROCESSUAL. BENEFÍCIO POR INCAPACIDADE. AUXÍLIO-
DOENÇA. APOSENTADORIA POR INVALIDEZ. INCAPACIDADE PARCIAL, AINDA QUE
PERMANENTE. SENTENÇA DE REJEIÇÃO FUNDADA EM ALEGADA FRAUDE NA AVALIAÇÃO DA
PARTE AUTORA. AUSÊNCIA DE PROVA DA ALEGADA FRAUDE. PROVA PERICIAL ATESTANDO
INCAPACIDADE PERMANENTE, MAS PARCIAL. BAIXA IDADE DO SEGURADO. CABIMENTO DO
BENEFÍCIO DE AUXÍLIO DOENÇA. PROVIMENTO PARCIAL DO RECURSO.
1. A sentença julgou improcedente o pedido inicial, sob a justificativa de que, ainda que o laudo médico
judicial tenha concluído pela incapacidade parcial e definitiva da parte Autora, o Hospital Regional de
Taguatinga, em resposta a ofício, informou que não existem registros em prontuário de sua passagem
nas datas constantes dos laudos médicos apresentados (registro em 02/08/2017), o que representa fortes
indícios de fraude. Por isso, oficiou ao MPF e à Corregedoria da Secretaria de Estado da Saúde do
Distrito Federal para que adotassem as providências cabíveis.
2. Razões do recurso interposto pela parte Autora: a) não teve acesso nos autos às respostas do ofício de
nº 168/2017, pois o documento não abre; b) o despacho datado em 29/08/2017 (registro em 06/10/2017,
p. 4) responde à solicitação do Ofício nº 299/2017 (registro em 24/07/2017), na parte em que requer
informações acerca do pertencimento do Dr. Edson A. Bürgel (CRM-DF 10.195) aos quadros do Hospital
Regional de Taguatinga e se, em caso positivo quanto a este ponto, se encontrava em serviço no dia em
que foi expedido o relatório médico. A resposta apresentada no despacho foi omitida pela sentença; c)
errada a sentença ao informar que a perícia médica judicial se baseou “exclusivamente” nos relatórios,
uma vez que no processo encontram-se exames com laudo de outros médicos, além de relatório de
fisioterapia; d) considerando que existem outros meios de prova, que realizou perícias tanto
administrativas quanto judiciais reconhecendo o benefício e o instituto do livre convencimento do Juízo,
requer novo julgamento; e) concessão da tutela de urgência.
497
documento, não deve prosperar a alegação. Isso porque o Juízo originário deu vista dos documentos
(registro em 30/08/2017) e a parte Autora não se manifestou, sequer para relatar tal problema. Por isso,
houve preclusão da matéria. A propósito, a resposta ao Ofício 299/2017, registrada em 6/10/2017, é
(registro em 26/09/2016) pelo Diretor de Secretaria da 27º Vara/SJDF, contendo as mesmas orientações,
com destino ao Diretor do HRAN. O referido documento foi renovado pelo Ofício nº 554/2016 (registro em
12/12/2016).
11. Em resposta aos Ofícios 430/2016 e 554/2016, recebeu-se Ofício 080/2017 (registro em 16/02/2017)
do Diretor do HRAN, o qual anexou manifestação do Coordenador da Unidade de Medicina Interna/
HRAN, o Drº Cássio Luiz Belloni dos Santos, e ressaltou que na instituição não é oferecida a
especialidade de ortopedia. O anexo (p. 2) informa que a parte Autora “deu entrada neste serviço uma
única vez, no dia 06/05/2016, devido acidente escorpiônico. Os documentos em anexo não constam
nomes de médicos da Unidade de Medicina Interna/HRAN. Aparentemente o paciente estava sendo
tratado devido a problemas ortopédicos. Porquanto, o médico que subscreve os relatórios e receitas em
sua maioria é o Dr. Edson A. Burguel – ortopedista – provavelmente do Hospital Regional de Taguatinga,
haja vista o que consta no receituário. Outrossim, não temos autoridade de fazer cópias de prontuário
médico”.
12. A partir das informações prestadas no Ofício nº 080/2017, por meio de outro despacho (registro em
17/05/2017) oficiou-se ao Hospital Regional de Taguatinga - HRT para que encaminhasse ao Juízo
prontuário médico, relatório e/ou laudos de exame da parte Autora, bem como para que informasse se os
médicos subscritores dos referidos relatórios pertenciam aos seus quadros médicos e se, em caso
positivo, se encontravam a serviço no dia em que foram assinalados. Para dar cumprimento ao despacho,
foi expedido o Ofício nº 168/2017 pelo Diretor de Secretaria da 27º Vara/SJDF, no qual pede ao Diretor do
Hospital Regional de Taguatinga que informe “se o médico subscritor do relatório anexado aos autos, Dr.
498
Edson A. Bürgel (CRM-DF 10.195), pertence ao quadro de médicos desse hospital e, em caso positivo, se
ele encontrava-se de serviço no dia em que foi expedido o referido relatório médico”. O ofício foi
reinterado pelo Ofício nº 299/2017 (registro em 24/07/2017).
13. Em resposta ao Ofício nº 168/2017, foi enviado pela Diretora do Hospital de Taguatinga o Ofício nº
436/2017 (registro em 02/08/2017). No documento, foram encaminhados os pronunciamentos da
Gerência Interna de Regulação e da Unidade de Traumatologia e Ortopedia do hospital. No documento
da Gerência Interna de Regulação (registro em 02/08/2017, p.15), o gerente Gleyderson Mamede
Resende informou que não existem registros em Prontuário Médico ou em Guia de Atendimento de
Emergência das passagens desse paciente no Hospital Regional de Taguatinga nas datas referidas no
Ofício nº168/2017. Sugeriu que se encaminhasse à chefia da Unidade de Ortopedia para confirmação se
15. Em ato ordinatório (registro em 30/08/2017), o Juízo abriu vista às partes, para que se manifestassem
acerca dos documentos apresentados pelo HRT. As partes não se manifestaram, pelo que o processo foi
concluso e a sentença proferida.
16. Conforme já esclarecido no relatório do presente acórdão, a sentença julgou improcedente o pedido
de aposentadoria por invalidez, em decorrência da resposta do Hospital Regional de Taguatinga aos
Ofícios de nº 168/2007 e 299/2017, a qual afirma que não existem registros em Prontuário Médico ou em
Guia de Atendimento de Emergência da parte Autora, configurando forte indício de fraude. No entanto,
não há qualquer manifestação no INSS questionando a veracidade da documentação trazida pela parte
Autora, nem mesmo em resposta ao laudo ou contestação. Na contestação, inclusive (registro em
20/06/2016), o INSS se limita a explicar os requisitos para o auxílio doença e aposentadoria por invalidez,
ressaltando que a incapacidade da parte Autora não é total, e a discorrer acerca da aplicação do 1º-F da
Lei nº 9.494/97.
17. Também não há questionamento pelo laudo médico pericial (registro em 05/10/2015) acerca da
veracidade dos relatórios médicos. Em verdade, a perícia foi realizada em um procedimento em
contraditório e imparcial, no qual o cotejo dos laudos com a situação atual da parte Autora permitiu
concluir que a mesma estava incapaz parcial, multiprofissional e permanentemente desde 22/07/2011.
Além disso, como trazido pela parte Recorrente, a perícia levou em conta exames complementares de
outros médicos, além do Dr. Edson Araújo Bürgel (p. 2 do laudo), a exemplo das ultrassonografias do
ombro esquerdo realizadas pelo Dr. David Ailton Dias (registro em 01/09/2015, p.9) e Dr. Lindomar
Gonçalves Fernandes (registro em 01/09/2015, p.44).
18. Por fim, ao mesmo tempo em que o Ofício nº 436/2017 traz resposta na qual a Gerência Interna de
Regulação (registro em 02/08/2017, p.15) afirma que não existem registros em Prontuário Médico ou em
Guia de Atendimento de Emergência das passagens da parte Autora no Hospital Regional de Taguatinga,
nas datas referidas no Ofício nº168/2017, há no processo despacho (registro em 02/08/2017, p.17) do
responsável técnico da UTO/SRSSO, informando que o servidor Edson Araújo Bürgel, médico
ortopedista, pertence ao quadro de médicos da Unidade de Traumatologia e Ortopedia/ HRT e que estava
escalado nas datas referidas no Ofício nº 168/2017.
19. Ora, a única evidência de que os documentos poderiam ter sido fraudados vem da resposta da
Gerência Interna de Regulação (registro em 02/08/2017, p.15), datada em 26/06/2017, acerca da
inexistência de registros em Prontuário Médico ou em Guia de Atendimento de relatórios médicos de
2012, ou seja, de 5 anos depois. Todavia, dado o contexto processo e, especificamente, o de produção
da prova pericial, as evidências de fraude não são robustas o suficiente para se concluir, sem mais, que
de fato aconteceu.
20. Ora, o que enseja direito à concessão do benefício de aposentadoria por invalidez é a constatação da
incapacidade total e permanente para o exercício de atividade laborativa (mais carência/qualidade de
segurado). E, no caso submetido a julgamento, a perícia atestou incapacidade parcial, ainda que
definitiva, da parte Autora. Esse tipo de enfermidade, que acarreta incapacidade permanente, mas
apenas de modo parcial, e não total, não enseja aposentadoria por invalidez, especialmente porque a
idade do segurado é bem baixa, a afastar a incidência do Enunciado n. 47 da Súmula TNU. Turma
Recursal
39E0753718D0E22D7314C9B43CFCA2AF
21. De todo modo, em casos em que o laudo da perícia médica judicial atesta incapacidade permanente,
mas parcial, é controvertida a concessão direta e imediata do benefício de aposentadoria por invalidez.
Há uma prática na jurisprudência de conceder direta e imediatamente esse benefício, levando em conta
as condições pessoais e sociais do segurado. Tanto que a TNU acresceu o seguinte enunciado à sua
Súmula de jurisprudência: "Uma vez reconhecida a incapacidade parcial para o trabalho, o juiz deve
499
analisar as condições pessoais e sociais do segurado para a concessão de aposentadoria por invalidez"
(Enunciado n. 47 da Súmula/TNU).
22. A lei prescreve que, "concluindo a perícia médica inicial pela existência de incapacidade total e
definitiva para o trabalho, a aposentadoria por invalidez será devida" (art. 43, § 1º, Lei 8.213/1991, com
redação dada pela Lei 9.032/1995). Já o caput do art. 42 da Lei 8.213/1991 dispõe que "a aposentadoria
por invalidez, uma vez cumprida, quando for o caso, a carência exigida, será devida ao segurado que,
estando ou não em gozo de auxílio-doença, for considerado incapaz e insusceptível de reabilitação para o
exercício de atividade que lhe garanta a subsistência, e ser-lhe-á paga enquanto permanecer nesta
condição". Já o art. 44, § 3º, do Regulamento da Previdência Social (Decreto 3048/1999), prevê que "a
concessão de aposentadoria por invalidez, inclusive mediante transformação de auxílio-doença concedido
estabelecida antes da citação, o benefício será devido desde a citação válida (STJ, 1ª. Seção, RESp n.
1.369.165/SP, rel. Min. Benedito Gonçalves, DJe 7.3.2014, sob o regime representativo de controvérsia);
b) se houve requerimento administrativo e a incapacidade (ou impedimento) estabelecida no laudo pericial
for preexistente àquele, o benefício será devido desde o requerimento administrativo (Súmula n° 22 da
TNU: se a prova pericial realizada em juízo dá conta de que a incapacidade já existia na data do
requerimento administrativo, esta é o termo inicial do benefício assistencial); c) se houve requerimento
administrativo e se a perícia judicial não precisar a data do início da incapacidade (ou impedimento),
fixando-a na data da perícia por ausência de provas, desde a data da citação (STJ RESp n. 1.311.665,
rel. Min. Ari Pargendler, DJe 17.10.2014); d) se houve requerimento administrativo e o laudo pericial
judicial fixar a data de início da incapacidade (ou impedimento) após o requerimento administrativo
(legitimando a recusa do INSS), mas antes do ajuizamento da ação, o benefício será devido desde a
citação (STJ RESp n. 1.369.165/SP, rel. Min. Benedito Gonçalves, DJe 7.3.2014, sob o regime
representativo de controvérsia; TNU, PEDILEF 200971670022131, rel. Juiz Federal Adel Américo de
Oliveira, DOU 11.5.2012). Em todos os casos, privilegia-se o princípio do convencimento motivado, pelo
qual a fixação da data de início do benefício resulta da análise do conjunto probatório.
27. Logo, como o requerimento administrativo é de 14/02/2015 (registro em Doc. Inicial, p.51) e a
incapacidade estabelecida no laudo pericial remonta a 22/07/2011, pode-se concluir que o benefício é
devido desde o requerimento administrativo.
28. Este acórdão abordou os argumentos levantados pelas partes, significando que também foram
considerados os elementos suscitados para fins de prequestionamento.
29. Pelo exposto, provimento parcial do recurso interposto pela parte Autora para condenar o INSS a lhe
conceder o benefício de auxílio doença, com DIB em 14/02/2015. Parcelas vencidas corrigidas e com
juros de acordo com o MCJF.
30. Tendo em vista o caráter alimentar do benefício, antecipa-se a tutela para o fim de determinar ao
INSS a implantação do benefício concedido, no prazo de 10 (dez) dias, devendo ser comunicada a AAJD
para essa finalidade.
31. Honorários advocatícios incabíveis, por falta de previsão legal para arbitramento, no âmbito do JEF,
quando há provimento do recurso julgado, ainda que em parte (artigo 55, caput, da Lei n. 9.099/1995).
Turma Recursal
39E0753718D0E22D7314C9B43CFCA2AF
ACÓRDÃO
500
Decide a Segunda Turma Recursal dos Juizados Especiais Federais do Distrito Federal, por unanimidade,
dar provimento parcial ao recurso.
Brasília/DF, 15/5/2019.
Juiz David Wilson de Abreu Pardo
2ª TURMA RECURSAL - JEF/DF
RELATOR 3
PODER JUDICIÁRIO
JUIZADOS ESPECIAIS FEDERAIS
SEÇÃO JUDICIÁRIA DO DISTRITO FEDERAL
2ª. TURMA RECURSAL
EMENTA
PREVIDENCIÁRIO. APOSENTADORIA POR INVALIDEZ. REVISÃO DA RMI. PERÍODO BÁSICO DE
CÁLCULO. SALÁRIO DE BENEFÍCIO CALCULADO COM BASE NA MÉDIA ARITMÉTICA SIMPLES
DOS MAIORES SALÁRIOS DE CONTRIBUIÇÃO CORRESPONDENTES A 80% DE TODO PERÍODO
CONTRIBUTIVO. CÁLCULO REALIZADO PELO INSS EM CONFORMIDADE COM A LEGISLAÇÃO
APLICÁVEL. RECURSO DESPROVIDO. SENTENÇA MANTIDA.
1. MARIA EDINALVA SANTOS AGUIAR ajuizou ação em face do INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO
SOCIAL, objetivando: (a) a revisão e o recálculo do benefício de aposentadoria por invalidez (NB
21/147.083. 923-4) nos termos do art. 29, II, da Lei nº 8.213/1991, aplicando ao PBC a média aritmética
simples dos 80% maiores salários; (b) o pagamento das diferenças sobre o novo cálculo dos atrasados,
desde a data inicial do benefício concedido até a efetiva liquidação.
2. A sentença extinguiu a ação sem resolução de mérito, sob o fundamento de que o pedido da parte
autora já teria sido atendido na esfera administrativa, o que configuraria a falta de interesse de agir.
3. Em seu recurso, a autora afirma o cerne da questão é uma revisão aos índices de correção dos
salários contribuição. Afirma que o Juízo não determinou a realização de pericia contábil, o que configura
cerceamento de defesa. Ao final, requer a nulidade da sentença e a produção de prova pericial.
4. Intimado, o INSS apresentou contrarrazões ao recurso.
5. DECISÃO. O benefício de auxílio-doença e de aposentadoria por invalidez deve ter a sua renda mensal
inicial calculada com base na média aritmética simples dos maiores salários de contribuição
correspondentes a 80% de todo o período contributivo (art. 29, II, da Lei nº 8.213/1991 c/c Súmula nº 57
da TNU).
6. No caso concreto, o período de cálculo básico (PBC) referente à aposentadoria por invalidez é de
7.1994 até 17.9.2007, somando 41 meses. Cumprindo-se a regra acima citada, o divisor da média dos
salários de contribuição constantes na memória de cálculo deveria corresponder a 32 (80% dos maiores
salários de contribuição). Desse modo, verifica-se na Carta de Concessão/Memória de Cálculo, que o
cálculo foi realizado pelo órgão previdenciário exatamente nesses termos, pois a autarquia utilizou o
divisor da média 32, ou seja, descartou os 20% menores salários no cálculo da média.
7. Diante do exposto, o recurso da parte autora desprovido, sentença mantida. A parte autora, recorrente
vencida, pagará honorários advocatícios de 10% sobre o valor corrigido da causa, mas a obrigação
decorrente de sua sucumbência ficará sob condição suspensiva de exigibilidade por cinco anos a contar
do trânsito em julgado (art. 98, § 3º, do CPC/2015), diante do deferimento da justiça gratuita.
ACÓRDÃO
Decide a 2ª Turma Recursal, por unanimidade, dar parcial provimento ao recurso interposto pela parte
autora. Brasília - DF, 15.5.2019.
EDNA MÁRCIA SILVA MEDEIROS RAMOS
Juíza Federal em substituição - Relator 2
2ª Turma Recursal – JEF/SJDF
EMENTA
502
EMENTA
ADMINISTRATIVO. SERVIDOR PÚBLICO. POLICIAL RODOVIÁRIO FEDERAL. DÉBITO
RECONHECIDO ADMINISTRATIVAMENTE. JUROS E CORREÇÃO MONETÁRIA. COMPENSAÇÃO
DOS VALORES JÁ PAGOS NO ÂMBITO ADMINISTRATIVO. SENTENÇA MANTIDA. APLICAÇÃO DO
MCJF NOS ÍNDICES DE ATUALIZAÇÃO. RECURSO DA UNIÃO DESPROVIDO.
1. ALVINO DOMINGUES propôs ação contra a UNIÃO FEDERAL para ver creditada correção monetária
e juros moratórios em dívida administrativa decorrente de revisão das progressões funcionais da turma de
1994 da Polícia Rodoviária Federal, referentes ao período de 11.1997 a 12.2001.
2. A sentença, após afastar a alegação de falta de interesse de agir e da prescrição, pois a dívida foi paga
em novembro de 2005 e a ação foi proposta em 19.10.2010, julgou parcialmente procedentes os pedidos
do autor para condenar a UNIÃO a pagar ao autor os valores relativos à correção monetária e juros de
mora sobre o pagamento administrativo efetuado em novembro de 2005, relativo à progressão funcional,
que alcançaram o montante de R$ 4.175,38, atualizado até abril de 2013, conforme cálculos da
Contadoria.
3. Em seu recurso, a UNIÃO alega: a) a prescrição; b) falta de interesse de agir, porque inexiste lide, em
face da ausência de pedido administrativo para pagamento de correção monetária; c) explicitação do
termo e do quanto de juros e correção; d) ausência de planejamento orçamentário que possibilite o
pagamento imediato.
503
4. DECISÃO. Em regra, o que foi pago administrativamente e o que há de crédito por correção e juros é
algo a ser visto em encontro de contas no momento adequado. No entanto, foi apresentada à UNIÃO uma
conta analítica líquida e certa, mês a mês, que não foi devidamente refutada. Isso torna a questão
preclusa, porque a UNIÃO poderia ter demonstrado os pagamentos administrativos de correção
monetária já feita e não o fez.
5. Em relação à prescrição, adota-se como início da contagem do prazo prescricional o momento em que
a Administração estabeleceu, pelas Portarias Conjuntas nº 1 de 28.9.2005 a de 29.8.2006, os critérios
para o pagamento de atrasados, fixando como o marco temporal total 28.9.2010. Assim, sendo a ação
ajuizada em 19.9.2010, não há prescrição. PODER JUDICIÁRIO SEÇÃO JUDICIÁRIA DO DISTRITO
FEDERAL
6. Quanto ao mérito propriamente, a regra é de que incide a correção monetária sobre as parcelas em
atraso não prescritas, relativas aos débitos de natureza alimentar, assim como aos benefícios
previdenciários, vencimentos, salários, proventos, soldos e pensões, desde o momento em que passaram
a ser devidos, mesmo que em período anterior ao ajuizamento de ação judicial (Súmula 682 STF;
Enunciado nº 38 da AGU; Súmula nº 19 do TRF da 1ª Região).
7. Assim, os valores devidos, em decorrência da diferença salarial ocasionada pela progressão, devem
ser corrigidos monetariamente, até o momento em que ocorreu o pagamento administrativo, pelos índices
constantes do Manual de Orientação de Procedimentos para os Cálculos na Justiça Federal – IPCA-E,
portanto, conforme o recurso do autor –, após, a diferença alcançada pelo que era devido e o que foi pago
deve ser corrigida, pelos mesmos índices, até o efetivo pagamento.
8. No que se refere à ausência de planejamento orçamentário, a 2ª TRDF fixou a tese de que é devido o
pagamento imediato de dívida oriunda de parcela remuneratória reconhecida administrativamente e
inscrita como verba relativa a exercícios anteriores, sem a estipulação de um prazo para o adimplemento.
A dívida devidamente reconhecida não pode ficar sujeita à discricionariedade do administrador, devendo
a Administração diligenciar a fim de incluir a despesa na previsão orçamentária do exercício seguinte ao
reconhecimento, não podendo postergar indefinidamente a satisfação do crédito (2ª TR, Processo nº
0057889-38.2014.4.01.3400, Rel. Juiz Federal David Wilson de Abreu Pardo, e-DJF1 de 30.10.2017;
TRF1, AC nº 0056436-11.2010.4.01.3800, Rel. Desembargadora Federal Gilda Sigmaringa Seixas, e-
DJF1 de 30.11.2016).
8. Recurso da UNIÃO desprovido. A recorrente deverá pagar honorários advocatícios à base de 10% do
valor a ser apurado no cumprimento de sentença.
ACÓRDÃO
Decide a 2ª Tuma Recursal, por unanimidade, negar provimento ao recurso da UNIÃO. Brasília - DF, 15.
5.2019.
EDNA MÁRCIA SILVA MEDEIROS RAMOS
Juíza Federal em substituição - Relator 2
2ª Turma Recursal – JEF/SJDF
EMENTA
ADMINISTRATIVO. SERVIDOR PÚBLICO FEDERAL. DESIGNAÇÃO PARA COORDENADORIA SEM
CONTRAPRESTAÇÃO PECUNIÁRIA. FUNÇÃO DE CONFIANÇA REMUNERADA CRIADA POR LEI
POSTERIOR. TEMPUS REGIT ACTUM. IMPOSSIBILIDADE DE RETROAÇÃO. RECURSO PROVIDO.
SENTENÇA REFORMADA.
1. SANDRA MARIA PEREZ LOPEZ ajuizou ação em face da FUNDAÇÃO UNIVERSIDADE DE BRASÍLIA
– FUB, objetivando o pagamento referente ao desempenho de função de chefia na coordenação de
departamento na UnB (FUC-0001), desde sua nomeação em 13.4.2010, pois exerceu a função sem a
respectiva contraprestação pecuniária.
2. A sentença julgou procedente o pedido, sob o fundamento de que, embora inexistisse a função
pretendida (FUC-0001) quando da nomeação da parte autora, é clara a atribuição de chefia. Desse modo,
a parte autora tem direito à retribuição pecuniária em razão do exercício da função (art. 61, I da Lei
504
81.112/1990). Ao final, registrou que não se trata de criação de gratificação pelo Judiciário, mas sim, da
correção de irregularidade praticada pela administração.
3. Em seu recurso, a FUB alegou que: (a) a função comissionada de coordenação de curso – FUC – 0001
foi criada em data posterior à nomeação da autora, sendo que não há previsão de pagamento retroativo
(Lei 12.677/2012); (b) a estrita vinculação da Administração Pública ao Princípio da Legalidade impede o
pagamento por mera liberalidade; c) a parte autora tinha o conhecimento da situação, pois não há
menção do código da função no ato de designação; d) limitações normativas ao quantitativo de
cargos/funções.
4. Intimada, a parte autora não apresentou contrarrazões.
5. DECISÃO. Os atos anteriores, praticados de acordo com a norma que regulou tais atos à época
ACÓRDÃO
Decide a 2ª Turma Recursal, por unanimidade, dar provimento ao recurso interposto pela FUB. Brasília -
DF, 15.5.2019.
EDNA MÁRCIA SILVA MEDEIROS RAMOS
Juíza Federal em substituição - Relator 2
2ª Turma Recursal – JEF/SJDF
EMENTA
TRIBUTÁRIO. SERVIDORES CIVIS DO EXÉRCITO EM LITISCONSÓRCIO. ISENÇÃO DE IMPOSTO DE
RENDA. PROVENTOS DE APOSENTADORIA E PENSÕES. HABILITAÇÃO DE HERDEIROS
505
filho pré-morto em 2009, ERINALDO GABRIEL PEREIRA, que vem a ser IRACEMA REIS GABRIEL
(esposa), RENILDO DOS REIS PEREIRA e RODRIGO GABRIEL PEREIRA (filhos).
5. A UNIÃO FEDERAL, em outra manifestação abstrusa, oficiou pela insuficiência da documentação para
a presente habilitação, pois “há vários herdeiros e inexiste inventário. Assim sendo, não há como realizar
pagamento a supostos herdeiros sem que haja necessariamente e previamente o processo judicial de
inventário, conforme determina o art. 610 do CPC”. Curiosamente, o artigo invocado fala da necessidade
de inventário judicial somente se houver testamento ou incapazes.
6. Postos os pedidos de habilitação nestes termos, a Turma decide por habilitar os herdeiros dos autores
falecidos. Os valores requeridos, a saber, imposto de renda retido indevidamente, são créditos que devem
ser pagos aos herdeiros, pois integram o patrimônio do titular e que não lhe foram restituídos no momento
oportuno. Embora se trate de repetição de indébito tributário, os pleiteantes figuram aqui praticamente na
qualidade de pensionistas ou herdeiros de pensionistas, o que sobreleva o caráter previdenciário
obliquamente considerado, dispensando aqui o inventário (art. 112, da Lei 8.213/1991).
7. Assim, a Secretaria das Turmas Recursais deverá habilitar todos os herdeiros nominados e seus CPFs
antes de se publicar o presente acórdão.
8. DECISÃO. A petição inicial é absoluta e irremediavelmente inepta. Em primeiro lugar, narra que os
autores eram militares da reserva ou reformados e, por isso, incidiria em seus proventos a isenção
prevista no art. 6º, XV da Lei 7.713/1988.
9. Analisando-se a documentação trazida, verifica-se que nenhum dos autores era militar, mas servidores
civis do Exército. Fazendo-se vistas grossas e sem adentrar no conteúdo das procurações assinadas
pelas partes, pode-se admitir que a regra invocada seria, em tese, aplicável.
10. Dispõe o art. 6º, inciso XV, da Lei 7.713/1988 que ficam isentos do imposto de renda valores
percebidos por pessoas físicas: “XV - os rendimentos provenientes de aposentadoria e pensão, de
transferência para a reserva remunerada ou de reforma pagos pela Previdência Social da União, dos
Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, por qualquer pessoa jurídica de direito público interno ou
por entidade de previdência privada, a partir do mês em que o contribuinte completar 65 (sessenta e
cinco) anos de idade, sem prejuízo da parcela isenta prevista na tabela de incidência mensal do imposto,
até o valor de:...”.
11. Em igual sentido, a Lei n. 9.250/1995, cujo art. 4º, inciso VI, autoriza a dedução de tais parcelas
isentas da base de cálculo do imposto de renda. Assim, de acordo com os comandos legais, a pessoa
física maior de 65 anos que receba rendimentos provenientes de aposentadoria, de pensão, de
transferência para a reserva remunerada ou de reforma pagos pelas entidades especificadas, está isenta
de parcela do imposto de renda, conforme limites estabelecidos na lei, a partir do mês em que completa a
referida idade. PODER JUDICIÁRIO SEÇÃO JUDICIÁRIA DO DISTRITO FEDERAL
40E98E2E917E4398EA86240451525FE4 TRF 1 REGIÃO/IMP.15-01-04-SJ
3
12. No caso, os Autores em algum momento completaram 65 anos e auferiam rendimentos provenientes
de aposentadoria ou pensão pagos pela Previdência Social da União. Desse modo, teriam direito à
isenção postulada, conforme a primeira parte da norma acima transcrita.
506
13. Entretanto, novamente ao se analisar as fichas financeiras trazidas pelos autores, verifica-se que não
havia desconto de Imposto de Renda nos proventos ou pensões de nenhum deles, porquanto a renda
bruta percebida sempre ficava abaixo dos rendimentos isentos especificados nas alíneas do inciso XV.
14. É verdade que excepcionalmente e em meses em que havia pagamento acumulado, havia um
recolhimento, geralmente de menos de R$ 20,00. Tais valores tiveram por causa não a cobrança
sistemática de IR por parte da UNIÃO, mas a extrapolação de tetos que deveriam ser analisados amiúde.
Tais valores diminutos deveriam, inclusive, ser declarados normalmente pelos beneficiários, o que geraria
o ajuste anual. Não trouxeram, no entanto, os autores qualquer DIRF para se verificar tanto o pagamento
a maior, quanto o desconto indevido porventura realizado.
15. Para o que interessa a este processo, uma simples soma aritmética por autor de eventuais resíduos
ACÓRDÃO
Decide a 2ª Turma Recursal do DF, por unanimidade: a) EXTINGUIR O PROCESSO, sem resolução do
mérito; e, b) JULGAR PREJUDICADO o recurso do réu. Brasília-DF, 15.5.2019.
EDNA MÁRCIA SILVA MEDEIROS RAMOS
Juíza Federal em substituição - Relator 2
2ª Turma Recursal – JEF/SJDF
EMENTA
CONSTITUCIONAL E ADMINISTRATIVO. SERVIDOR PÚBLICO. GRATIFICAÇÃO DE DESEMPENHO
DE ATIVIDADE. PAGAMENTO PARITÁRIO AOS INATIVOS ATÉ A DATA DE HOMOLOGAÇÃO DOS
RESULTADOS DO PRIMEIRO CICLO AVALIATIVO. RECURSO IMPROVIDO. SENTENÇA MANTIDA.
1. DINARTE ANTÔNIO SOUZA CARMO ajuizou ação em face da UNIÃO objetivando o pagamento DA
Gratificação de Desempenho de Atividades dos Fiscais Federais Agropecuários – GDFFA, incorporação
da incorporação, no mesmo patamar em que foi paga aos servidores ativos, até a finalização do primeiro
ciclo de avaliação.
2. A sentença julgou parcialmente procedente o pedido e condenou a parte ré no pagamento da GDFFA,
no patamar de 80 pontos, desde a sua instituição em 2.2008 até 22.12.2010, data de homologação do
primeiro ciclo de avaliação.
3. Em seu recurso, a parte autora autor alegou que o primeiro ciclo de avaliação ainda não foi finalizado.
Por isso, o termo final fixado pela sentença não pode ser considerado.
4. Intimada, a União apresentou contrarrazões ao recurso.
507
5. DECISÃO. O pagamento da GDAFFA aos servidores ativos no percentual fixo de 80% de seu valor
máximo até o processamento dos resultados da primeira avaliação individual e institucional (art. 5º-A da
Lei 10.883/2014) desnatura o caráter pro labore faciendo da vantagem e autoriza a extensão do aludido
percentual aos servidores inativos e aos pensionistas com direito à paridade (STF, ARE nº 415224 PR,
Rel. Min. Cármen Lúcia Cezar, DJe de 25.3.2014).
6. O termo inicial de pagamento diferenciado entre servidores ativos e inativos e pensionistas é a data de
homologação do resultado do primeiro ciclo de avaliações, não podendo a administração retroagir os
efeitos financeiros à data anterior (STF, RE nº 662.406 - RG (Tema 662), rel. Min. Ministro Teori Zavascki,
DJe-031 de 18.2.2015).
7. No julgamento do tema 983, a Suprema Corte reafirmou a regra acima, com importante acréscimo,
configura ofensa ao princípio da irredutibilidade de vencimentos" (STF, ARE nº 1.052.570, rel. Min.
Alexandre de Morais, DJe-42 de 6.3.2018).
8. No caso concreto, o Boletim de Pessoal – CG/SPOA/SE/MAPA, de 22.12.2010, homologou os
resultados do primeiro ciclo de avaliação, razão pela qual, para os aposentados/pensionistas do referido
órgão, a GDFFA deve ser paga no patamar correspondente a 80% de seu valor máximo, no período de
2.2008 a 22.2.2012. Portanto, correta a sentença.
9. Diante do exposto, o recurso da parte autora desprovido. Honorários advocatícios à base de 10% do
valor da causa (art. 55, caput, da Lei nº 9.099/1995).
ACÓRDÃO
Decide a 2ª Turma Recursal, por unanimidade, negar provimento ao recurso interposto pela parte autora.
Brasília - DF, 15.5.2019.
EDNA MÁRCIA SILVA MEDEIROS RAMOS
Juíza Federal em substituição - Relator 2
2ª Turma Recursal – JEF/SJDF
EMENTA
ADMINISTRATIVO. ADICIONAL DE INSALUBRIDADE. EXERCÍCIO DE ATIVIDADES EM CONDIÇÕES
INSALUBRES. ARTIGOS 68 E 69 DA LEI Nº 8.112/1990. CONTROLE PERMANENTE DAS
ATIVIDADES. NORMA REGULAMENTADORA SEM PREVISÃO DE INSALUBRIDADE NO GRAU
MÁXIMO. AUSÊNCIA DE PROVA DO FATO CONSTITUTIVO DO DIREITO ALEGADO.
1. Trata-se de ação proposta por FRANCISCO ADAILTON MOURA GUILHERMINO, Agente de Saúde
Pública do Ministério da Saúde, na qual requer o restabelecimento do pagamento de 20% a título de
adicional de insalubridade, pago somente em dezembro de 2004, reduzido para 10% a partir de janeiro de
2005, com fundamento em direito adquirido e isonomia.
2. A sentença julgou improcedente o pedido, porquanto a legislação de regência estabelece que os
servidores civis da União, das autarquias e das fundações públicas federais perceberão adicionais de
insalubridade e de periculosidade, nos termos das normas legais e regulamentares pertinentes aos
trabalhadores em geral e calculados com base nos percentuais de cinco, dez e vinte por cento, no caso
de insalubridade nos graus mínimo, médio e máximo, respectivamente (art. 12, da Lei 8.270/1991, c/c art.
70 da Lei 8.112/1990). Sendo classificada a insalubridade em grau médio, o autor tem direito ao
percentual de 10% (dez por cento) sobre o vencimento do cargo efetivo.
3. Em seu recurso, o autor alega: a) inexistência de relação de trato sucessivo que justifique a prescrição
quinquenal b) a insalubridade existe desde a época em que houve a redução do respectivo adicional; c)
508
vantagem concedida a servidores que se encontram laborando nas mesmas condições, no percentual de
20%; d) violação ao princípio da irredutibilidade remuneratória; e) inaplicabilidade da Súmula nº 339/STF.
Houve contrarrazões formularias por parte da União.
4. DECISÃO. O adicional de insalubridade, a partir de 17.12.1991, é pago em decorrência da constante,
habitual e permanente sujeição do servidor a agentes agressivos, físicos, químicos ou biológicos, à
saúde, sendo a finalidade desta parcela compensar os danos oriundos do exercício PODER JUDICIÁRIO
SEÇÃO JUDICIÁRIA DO DISTRITO FEDERAL
E0B774DA30DCC5E6ACF983B8DAC78540 TRF 1 REGIÃO/IMP.15-01-04-SJ
2
12. Honorários advocatícios pela parte Recorrente em 10% sobre o valor corrigido da causa (art. 55 da
Lei 9.099/1995), com suspensão do pagamento enquanto a parte credora não demonstrar que deixou de
existir a situação de insuficiência de recursos que justificou a concessão da Gratuidade de Justiça,
extinguindo-se a dívida cinco anos após o trânsito em julgado deste Acórdão (art. 98, § 3º, CPC).
ACÓRDÃO
Decide a Segunda Turma Recursal dos Juizados Especiais Federais do Distrito Federal, à unanimidade,
negar provimento ao recurso. Brasília/DF, 15.5.2019.
EDNA MÁRCIA SILVA MEDEIROS RAMOS
Juíza Federal em substituição - Relator 2
2ª Turma Recursal – JEF/SJDF
EMENTA
de comprovar que a recorrente não tem o padrão de vida correspondente à declaração de imposto de
renda supostamente por ela apresentada no ano-base 2009/exercício 2010, vale dizer, pretende a
recorrente comprovar a inexistência de renda, bem como que não é proprietária de imóvel na QR 05,
conjunto 05, casa 03, em Samambaia/DF, adquirido em 2001, constante na citada declaração (...)”.
8. Em relação à propriedade, a prova se extrai de uma simples certidão do Registro de Imóveis,
dispensando-se prova em audiência. No entanto, como dito na sentença, o erro em relação ao imóvel é
venial. É incontroverso o fato de a autora ser proprietária de um imóvel em Samambaia-DF. Além disso,
verificando-se a declaração de renda preenchida, o erro existe apenas no arrolamento de bens, mas o
endereço está correto nos dados pessoais da declaração – tanto que a autora foi notificada da autuação
pela Receita.
9. Quanto ao padrão de vida da autora, não é esta a controvérsia a ser dirimida, porquanto se discute a
validade e a falsidade ideológica de uma declaração de renda feita fora do prazo no CPF da autora. A
prova testemunhal para atestar renda em nada interfere neste juízo de validade do documento e seu
preenchimento.
10. Assim, correta a sentença, no que tange à desnecessidade de produção de provas.
11. Quanto ao mérito propriamente, levando-se em conta as provas trazidas, a presunção é de que foi a
autora a pessoa que entregou a DIRF 2009/2010.
12. Para desfazer essa presunção, a autora alegou na inicial: a) que não recebeu a renda de R$
2.500,00/mês ao longo de 2009, pois sequer tinha vínculo empregatício formal; b) que não é proprietária
do imóvel da QR 05 de Samambaia, como declarado, mas da QR 303, conjunto 05, casa 03, na mesma
cidade-satélite; e c) que falsários teriam usado a documentação da autora para aplicar um golpe para
obter financiamento de um automóvel e insinua que a declaração de renda faria parte do pacote de
documentos necessários para tanto.
13. Quanto ao fato de ser vítima de falsários, a autora não trouxe qualquer documentação a respeito, nem
mesmo a ação que teria promovido contra o banco, tampouco cópia do financiamento bancário para
aquisição de veículo que teria sido feito em seu nome.
14. Resta a questão da renda auferida no ano de 2009. A autora alega que não recebeu R$ 2.500,00 por
mês e, para tanto, apresentou a CTPS em branco o que, efetivamente, nada prova em relação às suas
510
receitas. Pelo contrário, uma leitura atenta da declaração revela que não há lógica em a autora (ou um
falsário) ter pago um DARF em janeiro de 2009 no valor de R$ 250,00 a título de carnê-leão, que serviu
inclusive para desconto do imposto devido ao final de forma simplificada.
15. Assim, a presunção de autoria da declaração de renda se confirma com os dados apresentados.
16. Recurso desprovido. Sentença confirmada. A parte foi patrocinada pela Defensoria Pública da União,
sob os auspícios da gratuidade da Justiça. Em relação aos honorários de 10% sobre o valor da causa,
incide o art. 98, § 3º do CPC. PODER JUDICIÁRIO SEÇÃO JUDICIÁRIA DO DISTRITO FEDERAL
DCA9BF9FE2106EABB1E330B8A1DF1A67 TRF 1 REGIÃO/IMP.15-01-04-SJ
3
EMENTA
PREVIDENCIÁRIO. AUXÍLIO DOENÇA E APOSENTADORIA POR INVALIDEZ. LAUDO JUDICIAL
HÍGIDO E COMPLETO PELA INCAPACIDADE PARCIAL E PERMANENTE À ÉPOCA. AUSÊNCIA DE
REQUERIMENTO ADMINISTRATIVO DA CONVERSÃO DO BENEFÍCIO DE AUXÍLIO-DOENÇA EM
APOSENTADORIA POR INVALIDEZ. APOSENTADORIA POR INVALIDEZ CONCEDIDA
ADMINISTRATIVAMENTE. RECURSO DO AUTOR DESPROVIDO. SENTENÇA MANTIDA.
1. PAIS AMIM ALVES DE OLIVEIRA ajuizou ação em face do INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO
SOCIAL objetivando a conversão do benefício de auxílio-doença em aposentadoria por invalidez.
2. A sentença julgou improcedente o pedido sob o fundamento de que o laudo médico produzido em juízo
não atestou a incapacidade total e definitiva do autor para o trabalho, sendo, portanto, incabível a
conversão em aposentadoria por invalidez. Registrou ainda que não houve o indeferimento administrativo
do pedido de conversão por parte do INSS e que o autor estava em gozo de auxílio-doença desde
06.10.2005, de forma que não vislumbrou interesse de agir em relação ao pedido de concessão de
auxílio-doença até decisão judicial ulterior, até porque, a aposentadoria por invalidez foi concedida pela
Autarquia em julho de 2018.
3. Em seu recurso, o autor alegou que: a) devem ser considerados os diversos laudos médicos acostados
aos autos, bem como outros aspectos como idade e profissão exercida para avaliar sua capacidade
laboral; b) a manutenção ou indeferimento do auxílio-doença já é considerado o indeferimento da
aposentadoria por invalidez; c) deve ser convertido benefício de auxílio-doença em aposentadoria por
invalidez, uma vez que se encontra incapaz e insuscetível de reabilitação para o trabalho.
4. Intimado, o INSS apresentou contrarrazões alegando que a sentença se baseou em laudo judicial que
atestou categoricamente a incapacidade parcial do autor, não se tratando de caso de aposentadoria.
PODER JUDICIÁRIO SEÇÃO JUDICIÁRIA DO DISTRITO FEDERAL
0FA73F7321DB852B16F624759E2894D6 TRF 1 REGIÃO/IMP.15-01-04-SJ
2
5. Por fim, o autor juntou petição em julho de 2018 informando que foi concedido administrativamente o
benefício de aposentadoria por invalidez pelo INSS, com data de início do benefício 15.03.2018 (data do
requerimento administrativo). Nesta ocasião, confirmou seu interesse em agir, solicitando a concessão
retroativa da aposentadoria por invalidez desde a data da concessão do auxílio-doença em 07.10.2005.
6. DECISÃO. Para a concessão de aposentadoria por invalidez é necessário o cumprimento dos
seguintes requisitos: a) incapacidade total e permanente para o exercício de qualquer atividade que seja
apta a garantir a sua subsistência; b) qualidade de segurado; c) cumprimento da carência de 12 (doze)
511
ACÓRDÃO
Decide a 2ª Turma Recursal, por unanimidade, negar provimento ao recurso interposto pela autora.
Brasília - DF, 15.05.2019.
EDNA MÁRCIA SILVA MEDEIROS RAMOS
Juíza Federal em substituição - Relator 2
2ª Turma Recursal – JEF/SJDF
EMENTA
PREVIDENCIÁRIO. APOSENTADORIA POR INVALIDEZ. AUSÊNCIA DE INCAPACIDADE ATESTADA
PELA PROVA TÉCNICA PRODUZIDA EM JUÍZO. INAPLICABILIDADE DA SÚMULA Nº 47 DA TNU.
IDADE DO SEGURADO INFERIOR A 58 ANOS. RECURSO DO INSS PROVIDO. SENTENÇA
REFORMADA.
1. TEREZA RIBEIRO LIMA ajuizou ação em face do INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL,
objetivando o restabelecimento do benefício de auxílio-doença e sua posterior conversão em
aposentadoria por invalidez.
2. A sentença julgou procedente o pedido e condenou o INSS a conceder o benefício de aposentadoria
por invalidez à autora desde a data da cessação indevida do auxílio-doença (20.12.2013), com incidência
de juros moratórios de 1% ao mês e correção monetária nos moldes na Lei nº 6.899/1991.
3. Em seu recurso, o INSS alegou que: a) o laudo médico pericial expressamente concluiu que a
examinada não está incapacitada para o desempenho de sua função habitual para o desempenho de
512
qualquer função; b) a patologia não lhe incapacita, sequer parcial ou temporariamente, para o exercício
de qualquer atividade laborativa; c) subsidiariamente pede a determinação da aplicação da Lei n.
11.960/2009 quanto aos juros e correção monetária e o afastamento da multa diária.
4. Intimada, a autora apresentou contrarrazões.
5. DECISÃO. São requisitos indispensáveis à concessão de benefício por incapacidade: (a) qualidade de
segurado; (b) carência de 12 contribuições, se for o caso; (c) para o auxílio-doença, incapacidade para o
trabalho ou para a atividade habitual por mais de 15 dias e, para a aposentadoria por invalidez,
incapacidade total e permanente para o trabalho (arts. 42 e 59 da Lei nº 8.213/1991).
7. A prova técnica produzida em juízo atestou que a autora é portadora de artrose da coluna, mas que tal
doença não a incapacita para o exercício de atividades que lhe garantam subsistência. Registrou ainda
EMENTA
ADMINISTRATIVO. SERVIDOR PÚBLICO FEDERAL. GRATIFICAÇÃO NATALINA. VALOR PAGO
ADMINISTRATIVAMENTE SEM CORREÇÃO MONETÁRIA. INCIDÊNCIA DE JUROS E CORREÇÃO
MONETÁRIA COM BASE NO MANUAL DE CÁLCULOS DA JUSTIÇA FEDERAL. RECURSO DA UNIÃO
DESPROVIDO. SENTENÇA MANTIDA.
1. EDUARDO BELO VIANNA VELOSO ajuizou ação de cobrança em face da UNIÃO objetivando o
pagamento de correção monetária e juros sobre o valor pago administrativamente referente ao
reconhecimento do pagamento a menor da Gratificação Natalina do ano de 2008.
2. A sentença julgou procedente o pedido, sob o fundamento de que houve o pagamento administrativo
da quantia de R$ 4.416,11 em janeiro de 2013, referente à diferença da Gratificação Natalina recebida
pelo Autor em 2008. No entanto, o referido valor não foi corrigido à época. Por fim, determinou o
pagamento dos valores devidos corrigidos e acrescidos de juro de mora e índices constantes no Manual
de Cálculo da Justiça Federal.
513
3. Em seu recurso, a União defendeu a legalidade na atuação da Administração, pois inexiste lei que
obrigue a aplicação de juros e correção monetária sobre valores pagos aos servidores públicos, a título de
parcelas remuneratórias em atraso, relativamente a fatos geradores ocorridos a partir de 1.7.1994.
Alternativamente, requer aplicação do art. 1ª – F da Lei 9494/1997.
4. DECISÃO. Deve incidir correção monetária sobre os valores pagos com atraso da via administrativa a
título de vencimentos, proventos ou benefícios previdenciários, tendo em vista sua natureza alimentar
(Súmula nº19 do TRF1), com termo inicial na data em que o pagamento deveria ter sido efetuado (STJ,
AgRg no AREsp 127550 / RS, Rel. Min. Humberto Martins, DJe de 19.4.2012). PODER JUDICIÁRIO
SEÇÃO JUDICIÁRIA DO DISTRITO FEDERAL
15C178FBC65FB81F394905FF89CDAA1D TRF 1 REGIÃO/IMP.15-01-04-SJ
EMENTA
PREVIDENCIÁRIO. RESTABELECIMENTO DE AUXÍLIO-DOENÇA OU CONVERSÃO EM
APOSENTADORIA POR INVALIDEZ. DIB NA DATA DA CITAÇÃO VÁLIDA. AUSÊNCIA
REQUERIMENTO ADMINISTRATIVO APÓS A DCB ANTERIOR. JUROS MORATÓRIOS NOS TERMOS
DO ART. 1º-F DA LEI Nº 9.494/1997. ENTENDIMENTO FIRMADO PELO STF NO RE Nº 870.947 E
PELO STJ NO RESP Nº 1.495.146/MG. RECURSO DO AUTOR DESPROVIDO. RECURSO DO INSS
PARCIALMENTE PROVIDO. SENTENÇA PARCIALMENTE REFORMADA.
1. ANTONIO DOMINGOS GOMES RABELO ajuizou ação em face do INSTITUTO NACIONAL DO
SEGURO SOCIAL objetivando o restabelecimento do benefício de auxílio-doença e a sua conversão em
aposentadoria por invalidez.
2. A sentença julgou procedente o pedido, condenando o INSS a pagar o benefício de aposentadoria por
invalidez em favor do autor desde a data do início da incapacidade (12.2013), com incidência de juros
moratórios de 1% ao mês e correção monetária nos moldes na Lei nº 6.899/1991.
3. Em seu recurso, o autor alegou que o surgimento da incapacidade ocorreu na época do indeferimento
administrativo, devendo o benefício ser concedido, portanto, desde 2011.
514
4. O INSS, por sua vez, declarou em suas razões recursais que: a) o último requerimento administrativo
do autor foi formulado em 2011, de forma que, ao ser reconhecida a incapacidade somente a partir de
2013, inviável retroagir a data de início do benefício sem requerimento administrativo contemporâneo; b) a
DIB deve ser fixada na data da citação do laudo judicial; c) é cabível a determinação da aplicação da Lei
n. 11.960/2009 quanto aos juros e correção monetária e o afastamento da multa diária.
5. Ambos apresentaram contrarrazões.
6. DECISÃO. São requisitos indispensáveis à concessão de benefício por incapacidade: (a) qualidade de
segurado; (b) carência de 12 contribuições, se for o caso; (c) para o auxílio-doença, incapacidade para o
trabalho ou para a atividade habitual por mais de 15 dias e, para a aposentadoria por invalidez,
incapacidade total e permanente para o trabalho (arts. 42 e 59 da
Lei nº 8.213/1991).
7. A controvérsia reside na divergência sobre a data do início do benefício.
8. No caso concreto, a prova técnica produzida em Juízo atestou que o autor é portador de doenças que o
incapacitam de forma total, permanente e omniprofissional para o exercício de atividades laborativas que
lhe garantam subsistência. O perito não soube, porém, precisar a data de início da incapacidade.
9. Nos esclarecimentos sobre o laudo pericial, registrado em 10.04.2015, o perito informou que, durante a
perícia, o autor não juntou documentos que permitissem definir com clareza a DII e que as informações
colhidas com o próprio periciando eram contraditórias e imprecisas. Por fim, fixou a DII em 2013, pois o
autor informou que trabalhou até a referida data.
10. Em consulta aos documentos anexados, verifica-se que o último requerimento administrativo ocorreu
em 09.12.2010. Neste ponto, cabe ressaltar que o pedido estipulado no recurso do autor está com erro
material, pois solicita a concessão do benefício desde a data do último requerimento administrativo em
dezembro de 2013.
11. De toda maneira, não merece prosperar a fixação da DIB na data do indeferimento administrativo,
uma vez que, de acordo com os esclarecimentos prestados acerca do laudo médico pericial, naquela
altura o segurado ainda não se encontrava incapacitado.
12. O INSS, por sua vez, requer seja fixada como DIB a citação do laudo, mesmo sem apresentar
qualquer fundamentação. No entanto, é a citação válida que informa o litígio, constitui em mora a
autarquia previdenciária federal e que deve ser considerada como termo inicial para a implantação de
benefício por incapacidade, quando ausente à prévia postulação (STJ, REsp 1.369.165/SP, Rel. Min.
Benedito Gonçalves, DJe 7.3.2014).. No caso concreto, a citação válida da Autarquia ocorreu em
10.03.2014.
13. Assim, a sentença deve ser reformada apenas para alterar a DIB do benefício de aposentadoria por
invalidez para 10.03.2014.
14. Em relação à forma de atualização, equivocada a sentença que utilizou a Lei nº 6.899/1991.
15. Registre-se que o STF e o STJ já decidiram que a TR (art. 1º-F da Lei 9.494/97, com redação dada
pela Lei nº 11.960/2009), para fins de correção monetária, não é aplicável nas condenações judiciais
impostas à Fazenda Pública, independentemente de sua natureza, sendo aplicada somente para
compensação da mora (STF, RE nº 870.947/SE, rel. Min. Luiz Fux, DJe 20.11.2017; REsp nº
1.495.146/MG, Rel. Min. Mauro Campbell Marques, DJe de 2.3.2018).
16. Devem-se aplicar os índices previstos no Manual de Cálculos da Justiça Federal, pois está de acordo
com as decisões do STF e do STJ acima mencionadas, que dispõem que, em matéria previdenciária, o
índice de correção monetária aplicável é o INPC e de juros moratórios é a remuneração oficial da
caderneta de poupança (art. 41-A da Lei nº 8.213/1991, incluído pela Lei nº 11.430/2006; art. 1º-F da Lei
nº 9.494/1997, com redação da Lei nº 11.960/2009).
PODER JUDICIÁRIO SEÇÃO JUDICIÁRIA DO DISTRITO FEDERAL
91ED87C4CD77E088C40C6C12401A464A TRF 1 REGIÃO/IMP.15-01-04-SJ
3
17. Recurso do autor desprovido. Recurso do INSS parcialmente provido para fixar a DIB em 10.03.2014.
De ofício, a Turma estabelece o MCJF como parâmetro de correção e juros das parcelas devidas.
Sentença parcialmente reformada.
18. O autor pagará honorários advocatícios de 10% sobre o valor corrigido da causa, suspensos em razão
do deferimento da justiça gratuita (art. 98, §3º, do CPC). A Ré não pagará honorários advocatícios, ante o
provimento parcial do recurso (art.55 da Lei 9.099/1995).
ACÓRDÃO
Decide a 2ª Turma Recursal, por unanimidade, negar provimento ao recurso do autor e dar parcial
provimento ao recurso do INSS. Brasília - DF, 15.05.2019.
EDNA MÁRCIA SILVA MEDEIROS RAMOS
Juíza Federal em substituição - Relator 2
515
EMENTA
PREVIDENCIÁRIO. AUXÍLIO-DOENÇA E CONVERSÃO EM APOSENTADORIA POR INVALIDEZ.
LAUDO JUDICIAL HÍGIDO E COMPLETO. INCAPACIDADE PARCIAL E PERMANENTE. IDADE
AVANÇADA. IMPOSSIBILIDADE DE REABILITAÇÃO. SÚMULA 47 TNU. JUROS E CORREÇÃO
MONETÁRIA. RECURSO DO INSS DESPROVIDO. SENTENÇA MANTIDA.
1. FLORIMAR PEREIRA DA SILVA ajuizou ação em face do Instituto Nacional do Seguro Social – INSS,
objetivando a concessão do benefício de auxílio-doença e sua conversão em aposentadoria por invalidez.
2. A sentença julgou parcialmente procedente o pedido para condenar o INSS a implantar, em favor da
autora, o benefício de aposentadoria por invalidez e a pagar as parcelas vencidas desde a data do
requerimento administrativo (11.07.2012). No que tange ao regime de atualização, determinou a aplicação
de juros e correção monetária nos termos do Manual de Cálculos da Justiça Federal.
3. Em seu recurso, o INSS alegou que: a) não é caso de concessão de aposentadoria por invalidez uma
vez que o laudo médico pericial atestou que a parte autora está incapacitada apenas de forma parcial e
passível de reabilitação profissional; b) caso seja mantida a concessão do benefício, aduz que a data de
início do benefício deve retroagir à data do laudo judicial (07.12.2014); c) deve ser aplicada a Lei n.
11.960/2009 quanto aos juros e correção monetária.
4. Intimada, a autora apresentou contrarrazões ao recurso.
5. DECISÃO. Para solução da lide, é preciso se definir a natureza da incapacidade, levando em conta seu
grau (parcial ou total) e sua duração (temporária, permanente ou indefinida).
6. A regra relativa à incapacidade parcial e permanente é de gozo de auxílio-doença e submissão ao
processo de reabilitação profissional (art. 101, caput, da Lei nº 8.213/1991; 2ª TRDF, Processo nº
0043089-10.2011.4.01.3400, rel. Juiz Federal David Wilson de Abreu Pardo, 23.2.2017). Excepciona-se a
regra se o segurado contar com 58 anos ou mais e ostentar condições pessoais e sociais desfavoráveis,
hipótese em que se deve conceder a aposentadoria PODER JUDICIÁRIO SEÇÃO JUDICIÁRIA DO
DISTRITO FEDERAL
3DDDB777E1B49749D8F9D6F468E33E3E TRF 1 REGIÃO/IMP.15-01-04-SJ
2
por invalidez (art. 101, § 1º, II, da Lei nº 8.213/1991, Súmula 47 da TNU e 2ª TRDF Processo nº 0054861-
62.2014.4.01.3400, rel. Juíza Federal Cristiane Pederzolli Rentzsch, 7.6.2017).
7. A prova técnica produzida em Juízo atestou que a autora é portadora de síndrome de impacto do
ombro, fato que a incapacita de forma parcial e definitiva para o exercício de sua função declarada
(auxiliar de cozinha) ou qualquer outra com semelhante exigência biomecânica. Registrou ainda que a
autora apresenta potencial clínico para reabilitação profissional em funções leves, do tipo técnico-
administrativo, que não exijam grandes esforços físicos.
8. No caso concreto, a autora sempre laborou em atividades braçais (auxiliar de cozinha), possui baixa
escolaridade (ensino fundamental incompleto) e nasceu em 25.6.1959 (atualmente com 59 anos). As
condições pessoais da autora, a baixa instrução e as condições socioeconômicas indicam a necessidade
de aplicação da regra da incapacidade total e permanente, embora registrada no laudo como parcial.
9. Registre-se que é caso de concessão direta e imediata do benefício de aposentadoria por invalidez,
porque, mesmo que a reabilitação tivesse lugar, a previsão não alcança aos que já têm 60 anos de idade.
Portanto, conceder auxílio-doença, enquanto transcorre um prazo de dois anos para o INSS reabilitar o
segurado, colide com o fato de que a autora já tem 59 anos, conforme a regra supra.
10. No que diz respeito à data do início do benefício, o próprio laudo médico judicial registrou que a autora
juntou aos autos documentos que comprovam a persistência das lesões e da incapacidade desde julho de
2012. Assim, correta sentença que concedeu o benefício desde a data do requerimento administrativo
(11.07.2012).
11. Quanto à aplicação do art. 1º-F da Lei nº 9.494/1997, o regime de atualização do débito nos termos do
MCJF está correto, pois, em matéria previdenciária, o índice de correção monetária aplicável é o INPC e
516
de juros moratórios é a remuneração oficial da caderneta de poupança (art. 41-A da Lei nº 8.213/1991;
art. 1º-F da Lei nº 9.494/1997; STJ, REsp nº 1.495.146/MG, Rel. Min. Mauro Campbell Marques, DJe de
2.3.2018).
12. Sentença mantida. Recurso do INSS desprovido. O INSS, vencido, pagará 10% de honorários
advocatícios ao autor sobre o valor da condenação.
ACÓRDÃO
Decide a 2ª Turma Recursal, por unanimidade, negar provimento ao recurso interposto pelo INSS. Brasília
– DF, 15.05.2019.
EDNA MÁRCIA SILVA MEDEIROS RAMOS
Juíza Federal em substituição - Relator 2 PODER JUDICIÁRIO SEÇÃO JUDICIÁRIA DO DISTRITO
EMENTA
PREVIDENCIÁRIO. AUXÍLIO-DOENÇA. PERDA DA QUALIDADE DE SEGURADO. AUSÊNCIA DE
PROVA DO EFETIVO EXERCÍCIO DE ATIVIDADE LABORATIVA. REINGRESSO PREORDENADO.
CORREÇÃO MONETÁRIA. APLICAÇÃO DO ART. 1º-F DA LEI N. 9.494/1997. RECURSO DO INSS
PROVIDO. SENTENÇA REFORMADA.
1. SILENE MARIA DIAS DA SILVA ajuizou ação em face do INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO
SOCIAL objetivando a concessão do benefício de auxílio-doença ou aposentadoria por invalidez.
2. A sentença julgou parcialmente procedente o pedido, condenando o INSS a pagar o benefício de
auxílio-doença em favor da autora desde 24.10.2014, acrescidos de correção monetária mais juros
moratórios, conforme critérios estabelecidos pelo Manual de Cálculos da Justiça Federal.
3. Em seu recurso, o INSS alegou que: a) os comprovantes de recolhimento apresentados pela autora
não se relacionam à segurada individualmente, mas sim a uma pessoa jurídica, de modo que não pode
ser utilizada para afastar a perda da qualidade de segurada; b) subsidiariamente pede a determinação da
aplicação da Lei n. 11.960/2009 quanto aos juros e correção monetária.
4. Intimada, a autora apresentou contrarrazões afirmando que o perito foi claro ao atestar sua
incapacidade para o trabalho.
5. DECISÃO. São requisitos indispensáveis à concessão de benefício por incapacidade: (a) qualidade de
segurado; (b) carência de 12 contribuições, se for o caso; (c) para o auxílio-doença, incapacidade para o
trabalho ou para a atividade habitual por mais de 15 dias e, para a aposentadoria por invalidez,
incapacidade total e permanente para o trabalho (arts. 42 e 59 da Lei nº 8.213/1991).
6. É indevida, no entanto, a concessão de benefício por incapacidade ao segurado que se filiar ao Regime
Geral de Previdência Social já portador da doença ou lesão invocada como causa para o benefício, salvo
quando a incapacidade sobrevier por motivo de progressão ou agravamento dessa doença ou lesão (art.
42, § 2º; art. 59, parágrafo único, da Lei nº 8.213/1991; Súmula 53 da TNU). PODER JUDICIÁRIO
SEÇÃO JUDICIÁRIA DO DISTRITO FEDERAL
C35F923834EF9270B892584E829E377A TRF 1 REGIÃO/IMP.15-01-04-SJ
2
7. A perícia judicial atestou que a autora é portadora de doenças que a incapacitam de forma total e
temporária para o exercício de atividades laborativas. Registrou ainda que em outubro de 2014 a autora já
se encontrava incapaz.
8. No caso concreto, a autora já se filiou ao regime portando as lesões invocadas como causa para o
benefício e não se enquadra na exceção à regra, pois as circunstâncias indicam que seu ingresso sistema
foi preordenado, com único intuito de obter o benefício por incapacidade.
9. Inicialmente, registre-se que na carteira de trabalho da autora só consta um vínculo empregatício
registrado no período entre fevereiro de 1986 a março de 1990. Após essa data, a autora só voltou a
517
contribuir, de maneira individual, a partir de 2013. Na altura, apresentou comprovantes relativos aos
meses entre 01.11.2013 a 31.03.2014 e 01.06.2014 a 31.12.2014.
10. Ocorre que nenhuns dos comprovantes juntados se relacionam à autora. Todos foram feitos em favor
do CNPJ de Bar Mercearia Spirraws LTDA ME, sem qualquer prova de que a autora tenha relação com o
mesmo. Não constam dos documentos seu nome ou sequer CPF.
11. Por si só, o fato da autora ter contribuído somente até 1990 e após mais de vinte anos voltar a
contribuir, apresentando somente os 12 recolhimentos indispensáveis para concessão de benefício já
implica maior atenção na motivação do ingresso no sistema. Além disso, o próprio laudo médico judicial
atestou que a incapacidade teve início em outubro de 2014, quando a autora ainda sequer havia realizado
todas as contribuições necessárias.
ACÓRDÃO
Decide a 2ª Turma Recursal, por unanimidade, dar provimento ao recurso interposto pelo INSS. Brasília -
DF, 15.05.2019.
EDNA MÁRCIA SILVA MEDEIROS RAMOS
Juíza Federal em substituição - Relator 2
2ª Turma Recursal – JEF/SJDF
EMENTA
PREVIDENCIÁRIO. AUXÍLIO-DOENÇA. INCAPACIDADE TOTAL E TEMPORÁRIA. PRAZO PARA DCB
ATESTADO NO LAUDO. APLICAÇÃO DO ART. 1º-F DA LEI N. 9.494/1997, COM REDAÇÃO DADA
PELA LEI Nº 11.960/2009. RECURSO DO INSS PARCIALMENTE PROVIDO.
1. LAERT GUERRA DE AZEVEDO ajuizou ação em face do INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO
SOCIAL, objetivando o restabelecimento do benefício de auxílio-doença e sua posterior conversão em
aposentadoria por invalidez.
2. A sentença julgou parcialmente procedente o pedido e condenou o INSS a conceder o benefício de
auxílio-doença em favor do autor desde a data da cessação indevida do benefício anterior (12.08.2015),
por um período de dois anos a contar da data da sentença, acrescidos de correção monetária mais juros
moratórios, conforme critérios estabelecidos pelo Manual de Cálculos da Justiça Federal.
3. Em seu recurso, o INSS alegou que: a) não há justificativa para manter o benefício pelo prazo de dois
anos, uma vez que o perito judicial atestou um período de 12 meses para possível melhora do quadro
518
clínico do autor; c) subsidiariamente pede a determinação da aplicação da Lei n. 11.960/2009 quanto aos
juros e correção monetária em relação às dívidas não inscritas em precatório.
4. Intimado, o autor apresentou contrarrazões.
5. DECISÃO. São requisitos indispensáveis à concessão de benefício por incapacidade: (a) qualidade de
segurado; (b) carência de 12 contribuições, se for o caso; (c) para o auxílio-doença, incapacidade para o
trabalho ou para a atividade habitual por mais de 15 dias e, para a aposentadoria por invalidez,
incapacidade total e permanente para o trabalho (arts. 42 e 59 da Lei nº 8.213/1991).
6. A prova técnica produzida em juízo atestou que o autor possui transtornos mentais e comportamentais
devidos ao uso de substâncias químicas, estando incapacitado de forma total e temporária para o
exercício de qualquer atividade laborativa. Registrou, porém, um período de 12 meses para possível
7. No caso vertente, o perito atesta que a incapacidade é temporária e, considerando a situação pessoal
do periciando, fixou o prazo de 12 (doze) meses, a contar da perícia médica judicial ocorrida em
30.04.2015, como período razoável para concessão de benefício.
8. Assim, com razão o INSS quanto à fixação da DCB em 30.04.2016.
9. Registre-se, ainda, que nas demandas de benefícios por incapacidade, as avaliações são feitas
secundum eventum litis e rebus sic stantibus, ou seja, apenas nas condições e circunstâncias fáticas
dadas. Assim, se o laudo dá conta que a parte autora possui condições de exercer atividade laborativa
depois de certo período, não há óbice à concessão posterior do benefício, se nova avaliação médica
assim indicar, ainda que em virtude da mesma enfermidade. A situação variável desta configura mudança
dos fatos, da causa de pedir. Mas o que não se pode é, neste processo, manter o benefício além do
período fixado de modo claro e induvidoso pelo laudo pericial.
10. Quanto à aplicação do art. 1º-F da Lei nº 9.494/1997, o regime de atualização do débito nos termos do
MCJF está correto, pois, em matéria previdenciária, o índice de correção monetária aplicável é o INPC e
de juros moratórios é a remuneração oficial da caderneta de poupança (art. 41-A da Lei nº 8.213/1991;
art. 1º-F da Lei nº 9.494/1997; STJ, REsp nº 1.495.146/MG, Rel. Min. Mauro Campbell Marques, DJe de
2.3.2018).
11. Recurso do INSS parcialmente provido. Sentença reformada para conceder o benefício de auxílio-
doença em favor do autor por um período de 12 meses a contar da data do laudo.
12. Tutela revogada, sem a necessidade de devolução dos valores já recebidos. É inaplicável ao caso a
decisão do STJ no REsp nº 1.401.560/MT Rel. Min. Sérgio Kukina, Rel. para acórdão Min. Ari Pargendler,
DJe 13.10.2015), pois o STF adotou orientação diversa, estabelecendo que o benefício previdenciário
recebido de boa-fé pelo segurado, em decorrência de decisão judicial, não está sujeito à repetição de
indébito, em razão de seu caráter alimentar (STF, ARE 734242 agR, Rel. Ministro Roberto Barroso, DJe
8.9.2015; 2ª TRDF, Processo nº 0038704-53.2010.4.01.3400, Rel. Juiz Federal David Wilson de Abreu
Pardo, Julgamento 24.5.2017).
13. Justamente em razão da decisão do STF, a TNU decidiu manter a aplicação do enunciado da Súmula
51/TNU no sentido que os valores recebidos por força de antecipação dos efeitos de tutela,
posteriormente revogada em demanda previdenciária, são irrepetíveis em razão da natureza alimentar e
da boa-fé no seu recebimento (PEDILEF 50023993020134047107, Rel. Juiz Federal Daniel Machado da
Rocha, DOU 18.12.2015).
14. Sem honorários sucumbenciais (art. 55, caput, da Lei nº 9.099/1995). PODER JUDICIÁRIO SEÇÃO
JUDICIÁRIA DO DISTRITO FEDERAL
30E98A8719EB91869532868096D0022D TRF 1 REGIÃO/IMP.15-01-04-SJ
3
ACÓRDÃO
Decide a 2ª Turma Recursal, por unanimidade, dar parcial provimento ao recurso interposto pelo INSS.
Brasília - DF, 15.05.2019.
EDNA MÁRCIA SILVA MEDEIROS RAMOS
Juíza Federal em substituição - Relator 2
2ª Turma Recursal – JEF/SJDF
EMENTA
PREVIDENCIÁRIO. AUXÍLIO-DOENÇA. INCAPACIDADE TOTAL E TEMPORÁRIA. DETERMINAÇÃO
JUDICIAL NÃO CUMPRIDA. AUSÊNCIA DE REQUERIMENTO ADMINISTRATIVO. TRANSCURO IN
9. Recurso desprovido. Sentença mantida. A parte autora, recorrente vencida, pagará honorários de 10%
sobre o valor corrigido da causa (art. 55 da Lei nº 9.099/1995), mas a obrigação decorrente de sua
sucumbência ficará sob condição suspensiva de exigibilidade por cinco anos a contar do trânsito em
julgado (art. 98, § 3º, do CPC/2015), diante do deferimento da justiça gratuita.
ACÓRDÃO
Decide a 2ª Turma Recursal, por unanimidade, negar provimento ao recurso interposto pela parte autora.
Brasília -DF, 15.05.2019.
EDNA MÁRCIA SILVA MEDEIROS RAMOS
Juíza Federal em substituição - Relator 2
2ª Turma Recursal – JEF/SJDF
EMENTA
PREVIDENCIÁRIO. AUXÍLIO-DOENÇA. DOENÇA E INCAPACIDADE ANTERIORES AO INGRESSO NO
REGIME GERAL DE PREVIDÊNCIA SOCIAL. FILIAÇÃO NA CONDIÇÃO DE CONTRIBUINTE
520
benefício, salvo quando a incapacidade sobrevier por motivo de progressão ou agravamento dessa
doença ou lesão (art. 42, § 2º; art. 59, parágrafo único, da Lei nº 8.213/1991; Súmula 53 da TNU).
7. A perícia judicial atestou que a autora é portadora de doenças que a incapacitam de forma total,
temporária e omniprofissional. Registrou ainda que em outubro de 2012 a autora já se encontrava
incapaz.
8. No caso concreto, a autora já se filiou ao regime portando as lesões invocadas como causa para o
benefício e não se enquadra na exceção à regra, pois as circunstâncias indicam que seu ingresso sistema
foi pré-ordenado, com único intuito de obter o benefício por incapacidade.
9. Inicialmente, registre-se que, de acordo com extrato do CNIS, a primeira filiação da autora no RGPS
ocorreu em agosto de 2011, na condição de contribuinte individual, sem qualquer prova de efetivo
exercício de atividade laborativa. A partir daí, foram realizados exatamente 12 recolhimentos até julho de
2012.
10. Em 03.09.2012, cerca de um mês após a última contribuição necessária para o recebimento de
benefício previdenciário, a autora solicitou o auxílio-doença na esfera administrativa.
11. Por si só, o fato de a autora nunca ter contribuído e após os 12 recolhimentos indispensáveis ter
solicitado o benefício implica maior atenção na motivação da filiação ao sistema. Além disso, há sinais de
que a incapacidade também é bem anterior àquela registrada no laudo, embora a expert tenha fixado a
DII em outubro de 2012, conforme relatórios médicos juntados pela autora.
12. O fato é que a doença e a incapacidade são, nos termos do laudo médico, anteriores ao ingresso da
autora no RGPS.
13. Recurso do INSS provido. Sentença reformada para julgar improcedente o pedido.
14. Tutela revogada, sem a necessidade de devolução dos valores já recebidos. É inaplicável ao caso a
decisão do STJ no REsp nº 1.401.560/MT Rel. Min. Sérgio Kukina, Rel. para acórdão Min. Ari Pargendler,
DJe 13.10.2015), pois o STF adotou orientação diversa, estabelecendo que o benefício previdenciário
recebido de boa-fé pelo segurado, em decorrência de decisão judicial, não está sujeito à repetição de
indébito, em razão de seu caráter alimentar (STF, ARE 734242 agR, Rel. Ministro Roberto Barroso, DJe
8.9.2015; 2ª TRDF, Processo nº 0038704-53.2010.4.01.3400, Rel. Juiz Federal David Wilson de Abreu
Pardo, Julgamento 24.5.2017).
15. Justamente em razão da decisão do STF, a TNU decidiu manter a aplicação do enunciado da Súmula
51/TNU no sentido que os valores recebidos por força de antecipação dos efeitos de tutela,
posteriormente revogada em demanda previdenciária, são irrepetíveis em razão da natureza alimentar e
da boa-fé no seu recebimento (PEDILEF 50023993020134047107, Rel. Juiz Federal Daniel Machado da
Rocha, DOU 18.12.2015).
16. Sem honorários sucumbenciais (art. 55, caput, da Lei nº 9.099/1995).
ACÓRDÃO PODER JUDICIÁRIO SEÇÃO JUDICIÁRIA DO DISTRITO FEDERAL
674DE92BB84698C9687F0B6FC8757AA3 TRF 1 REGIÃO/IMP.15-01-04-SJ
3
Decide a 2ª Turma Recursal, por unanimidade, dar provimento ao recurso interposto pelo INSS. Brasília -
DF, 15.05.2019.
EDNA MÁRCIA SILVA MEDEIROS RAMOS
521
EMENTA
PREVIDENCIÁRIO. AUXÍLIO-DOENÇA. DOENÇA E INCAPACIDADE ANTERIORES AO INGRESSO NO
REGIME GERAL DE PREVIDÊNCIA SOCIAL. FILIAÇÃO NA CONDIÇÃO DE CONTRIBUINTE
INDIVIDUAL. AUSÊNCIA DE PROVA DO EFETIVO EXERCÍCIO DE ATIVIDADE LABORATIVA.
RECURSO PROVIDO. SENTENÇA REFORMADA. PEDIDO IMPROCEDENTE.
1. THAYNARA MARTINS CARDOSO ajuizou ação em face do INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO
SOCIAL objetivando a concessão do benefício de auxílio-doença ou aposentadoria por invalidez, sob a
alegação de que se encontra incapacitada para o trabalho.
2. A sentença julgou parcialmente procedente o pedido, condenando o INSS a pagar o benefício de
auxílio-doença em favor da autora, com início do benefício em 01.10.2012 e cessação em 09.12.2016.
3. Em seu recurso, o INSS alegou que: a) conforme relatório médico anexado aos autos, datado de
18.09.2012, a recorrida já sofria havia vários anos da doença constatada em Juízo e apenas iniciou seus
recolhimentos para a previdência em agosto de 2011, quando já estava acometida da doença
incapacitante, de modo que sua incapacidade é preexistente à filiação ao Regime Geral de Previdência
Social; b) a autora, sem nunca ter contribuído, deu início aos recolhimentos de forma individual a partir de
agosto de 2011, realizando exatamente 12 recolhimentos até julho de 2012, quando, no mês seguinte,
solicitou o benefício previdenciário, fatos que comprovam sua intenção de conseguir o benefício quando
deu início as contribuições.
4. Não houve contrarrazões ao recurso.
5. DECISÃO. São requisitos à concessão de benefício por incapacidade: (a) qualidade de segurado; (b)
carência de 12 contribuições, se for o caso; (c) para o auxílio-doença, incapacidade para o trabalho ou
para a atividade habitual por mais de 15 dias e, para a aposentadoria por invalidez, incapacidade total e
permanente para o trabalho (arts. 42 e 59 da Lei nº 8.213/1991).
6. É indevida, por outro lado, a concessão de benefício por incapacidade ao segurado que se filiar ao
Regime Geral de Previdência Social já portador da doença ou lesão invocada como causa para o PODER
JUDICIÁRIO SEÇÃO JUDICIÁRIA DO DISTRITO FEDERAL
674DE92BB84698C9687F0B6FC8757AA3 TRF 1 REGIÃO/IMP.15-01-04-SJ
2
benefício, salvo quando a incapacidade sobrevier por motivo de progressão ou agravamento dessa
doença ou lesão (art. 42, § 2º; art. 59, parágrafo único, da Lei nº 8.213/1991; Súmula 53 da TNU).
7. A perícia judicial atestou que a autora é portadora de doenças que a incapacitam de forma total,
temporária e omniprofissional. Registrou ainda que em outubro de 2012 a autora já se encontrava
incapaz.
8. No caso concreto, a autora já se filiou ao regime portando as lesões invocadas como causa para o
benefício e não se enquadra na exceção à regra, pois as circunstâncias indicam que seu ingresso sistema
foi pré-ordenado, com único intuito de obter o benefício por incapacidade.
9. Inicialmente, registre-se que, de acordo com extrato do CNIS, a primeira filiação da autora no RGPS
ocorreu em agosto de 2011, na condição de contribuinte individual, sem qualquer prova de efetivo
exercício de atividade laborativa. A partir daí, foram realizados exatamente 12 recolhimentos até julho de
2012.
10. Em 03.09.2012, cerca de um mês após a última contribuição necessária para o recebimento de
benefício previdenciário, a autora solicitou o auxílio-doença na esfera administrativa.
11. Por si só, o fato de a autora nunca ter contribuído e após os 12 recolhimentos indispensáveis ter
solicitado o benefício implica maior atenção na motivação da filiação ao sistema. Além disso, há sinais de
que a incapacidade também é bem anterior àquela registrada no laudo, embora a expert tenha fixado a
DII em outubro de 2012, conforme relatórios médicos juntados pela autora.
12. O fato é que a doença e a incapacidade são, nos termos do laudo médico, anteriores ao ingresso da
autora no RGPS.
13. Recurso do INSS provido. Sentença reformada para julgar improcedente o pedido.
14. Tutela revogada, sem a necessidade de devolução dos valores já recebidos. É inaplicável ao caso a
decisão do STJ no REsp nº 1.401.560/MT Rel. Min. Sérgio Kukina, Rel. para acórdão Min. Ari Pargendler,
DJe 13.10.2015), pois o STF adotou orientação diversa, estabelecendo que o benefício previdenciário
522
recebido de boa-fé pelo segurado, em decorrência de decisão judicial, não está sujeito à repetição de
indébito, em razão de seu caráter alimentar (STF, ARE 734242 agR, Rel. Ministro Roberto Barroso, DJe
8.9.2015; 2ª TRDF, Processo nº 0038704-53.2010.4.01.3400, Rel. Juiz Federal David Wilson de Abreu
Pardo, Julgamento 24.5.2017).
15. Justamente em razão da decisão do STF, a TNU decidiu manter a aplicação do enunciado da Súmula
51/TNU no sentido que os valores recebidos por força de antecipação dos efeitos de tutela,
posteriormente revogada em demanda previdenciária, são irrepetíveis em razão da natureza alimentar e
da boa-fé no seu recebimento (PEDILEF 50023993020134047107, Rel. Juiz Federal Daniel Machado da
Rocha, DOU 18.12.2015).
16. Sem honorários sucumbenciais (art. 55, caput, da Lei nº 9.099/1995).
Decide a 2ª Turma Recursal, por unanimidade, dar provimento ao recurso interposto pelo INSS. Brasília -
DF, 15.05.2019.
EDNA MÁRCIA SILVA MEDEIROS RAMOS
Juíza Federal em substituição - Relator 2
2ª Turma Recursal – JEF/SJDF
EMENTA
PREVIDENCIÁRIO. RESTABELECIMENTO DE AUXÍLIO-DOENÇA OU CONVERSÃO EM
APOSENTADORIA POR INVALIDEZ. AUSÊNCIA DE INCAPACIDADE. AQUILATAÇÃO DA PROVA
TÉCNICA PRODUZIDA EM JUÍZO. LAUDO JUDICIAL HÍGIDO E COMPLETO. RECURSO
DESPROVIDO. SENTENÇA MANTIDA.
1. DORACY COSTA DAMASCENO ajuizou ação em face do INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO
SOCIAL objetivando o restabelecimento do benefício de auxílio-doença e, subsidiariamente, a sua
conversão em aposentadoria por invalidez.
2. A sentença julgou improcedentes os pedidos, sob o fundamento de que o laudo médico lavrado pelo
perito judicial atestou que a autora não está incapacitada para o trabalho.
3. Em seu recurso, a autora alegou que houve cerceamento de defesa, pois afirmou que fez um pedido de
esclarecimentos acerca do laudo médico, porém o Juízo apenas se manifestou na sentença acerca do
seu pedido, para rejeitar a impugnação apresentada. Também argumentou que sua incapacidade para o
trabalho está comprovada pelos diversos relatórios médicos acostados aos autos.
4. Intimado, o INSS apresentou contrarrazões.
5. DECISÃO. São requisitos indispensáveis à concessão de benefício por incapacidade: (a) qualidade de
segurado; (b) carência de 12 contribuições, se for o caso; (c) para o auxílio-doença, incapacidade para o
trabalho ou para a atividade habitual por mais de 15 dias e, para a aposentadoria por invalidez,
incapacidade total e permanente para o trabalho (arts. 42 e 59 da Lei nº 8.213/1991).
6. O julgador não está adstrito ao laudo lavrado pelo perito judicial, podendo formar sua convicção com
base em todas as provas produzidas no processo (art. 371 do CPC). No entanto, somente quando a
prova pericial judicial é dúbia ou incompleta, os documentos juntados unilateralmente pelas partes podem
ser usados para suprir a falta ou a dubiedade da prova pericial (2ª TRDF, Processo nº 00008224-
24.2012.4.01.3400, Rel. Juiz Federal David Wilson Abreu Pardo, DJF1 de 9.9.2016).
PODER JUDICIÁRIO SEÇÃO JUDICIÁRIA DO DISTRITO FEDERAL
665E50788742FFFEDED5B23D0CBCD2A5 TRF 1 REGIÃO/IMP.15-01-04-SJ
2
7. No caso concreto, a autora teve o benefício de auxílio-doença cessado em 13.10.2013. Após essa
data, a recorrente fez novo requerimento em 5.2.2015, mas foi indeferido devido a parecer contrário da
perícia médica.
523
8. O laudo do perito do Juízo (doc. registrado em 10.2.2016) atestou artralgia referida à movimentação do
quadril esquerdo, porém não detectou limitação da amplitude de movimento, bem como demonstrou que
a força muscular estava preservada. Assim, concluiu que não havia incapacidade ortopédica.
9. A autora não indicou a existência de qualquer vício ou lacuna que pudesse macular a higidez da perícia
realizada pelo expert do Juízo e sua irresignação está fundada apenas na divergência entre as
conclusões do laudo judicial e dos relatórios médicos por ela apresentados.
10. Ao contrário do que alegou a recorrente, o perito judicial levou em consideração os laudos juntados,
mas atestou a ausência de incapacidade.
11. Considerando que a prova técnica produzida em Juízo foi conclusiva ao registrar a capacidade da
autora, escorreita sentença que julgou improcedente o pedido de concessão do benefício de auxílio-
ACÓRDÃO
Decide a 2ª Turma Recursal, por unanimidade, negar provimento ao recurso interposto pela autora.
Brasília - DF, 15.5.2019.
EDNA MÁRCIA SILVA MEDEIROS RAMOS
Juíza Federal em substituição - Relator 2
2ª Turma Recursal – JEF/SJDF
EMENTA
PREVIDENCIÁRIO. AUXÍLIO DOENÇA E APOSENTADORIA POR INVALIDEZ. LAUDO JUDICIAL PELA
INCAPACIDADE TOTAL E DEFINITIVA. VÁRIOS VÍNCULOS EMPREGATÍCIOS APÓS A DATA DE
INÍCIO DA INCAPACIDADE. CAPACIDADE LABORATIVA ATESTADA POR LONGO PERÍODO
LABORAL. RECURSO DESPROVIDO. SENTENÇA MANTIDA.
1. RENATO DA SILVA OLIVEIRA ajuizou ação em face do INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO
SOCIAL objetivando a conversão do benefício de auxílio-doença em aposentadoria por invalidez.
2. A sentença julgou parcialmente procedente o pedido para condenar o INSS a implantar o benefício de
auxílio-doença em favor do autor, com data de início de benefício com a sentença (15.02.2017) e data de
cessação após 12 meses, sob o fundamento de que, apesar do laudo médico produzido em Juízo ter
atestado a incapacidade total e definitiva para o trabalho, há provas nos autos de que o demandante teve
vínculos empregatícios até 2016.
3. Em seu recurso, o autor alegou que: a) o perito não respondeu corretamente as indagações
suplementares solicitadas, tampouco foi realizada outra perícia médica para esclarecer os fatos; b) estava
incapacitado mesmo nos curtos períodos em que continuou a exercer atividades remuneradas e que a
constatação laboral não pode descaracterizar a incapacidade atestada em Juízo; c) é cabível a
concessão do benefício de aposentadoria por invalidez desde a data da realização da perícia judicial.
4. Intimado, o INSS apresentou contrarrazões.
5. DECISÃO. São requisitos indispensáveis à concessão de benefício por incapacidade: (a) qualidade de
segurado; (b) carência de 12 contribuições, se for o caso; (c) para o auxílio-doença, incapacidade para o
trabalho ou para a atividade habitual por mais de 15 dias e, para a aposentadoria por invalidez,
incapacidade total e permanente para o trabalho (arts. 42 e 59 da Lei nº 8.213/1991).
6. No caso concreto, a perícia judicial realizada em 01.12.2015 atestou que o autor apresentava
traumatismo craniano, decorrente de um acidente automobilístico, que o incapacitava de forma PODER
JUDICIÁRIO SEÇÃO JUDICIÁRIA DO DISTRITO FEDERAL
0B09FEB092D725CC1F2278FEF6E8672E TRF 1 REGIÃO/IMP.15-01-04-SJ
2
524
total, permanente e omniprofissional, desde 2006. O perito registrou ainda que o periciando não
conseguia fornecer informações necessárias por alegada falta de memória e que informou não ter
retornado às suas atividades laborais desde o referido acidente.
7. O INSS, em sede de contestação, alegou que o relatório CNIS comprova que o autor exerceu
atividades laborativas por vários anos, mesmo após a data de início da incapacidade diagnosticada pelo
perito.
8. Em resposta aos questionamentos apresentados, o perito registrou que a própria patologia do
recorrente dificultou a realização da perícia, visto que a coleta de dados da história clínica foi relatada
apenas pelo autor, que, na ocasião, informou não ter retornado ao trabalho desde a data do acidente.
Registrou, por fim, que diante dos fatos revelados a nova DII pôde ser fixada na data da realização do
ACÓRDÃO
Decide a 2ª Turma Recursal, por unanimidade, negar provimento ao recurso interposto pela autora.
Brasília - DF, 15.05.2019.
EDNA MÁRCIA SILVA MEDEIROS RAMOS
Juíza Federal em substituição - Relator 2
2ª Turma Recursal – JEF/SJDF
EMENTA
525
9. O julgador não está adstrito ao laudo lavrado pelo perito judicial, podendo formar sua convicção com
base em todas as provas produzidas no processo (art. 371 do CPC). No entanto, somente quando a
prova pericial judicial é dúbia ou incompleta, os documentos juntados unilateralmente pelas partes podem
ser usados para suprir a falta ou a dubiedade da prova pericial (2ª TRDF, Processo nº 00008224-
24.2012.4.01.3400, Rel. Juiz Federal David Wilson Abreu Pardo, DJF1 de 9.9.2016).
10. Recurso desprovido. Sentença mantida. Sem honorários sucumbenciais, tendo em vista que a parte
ré não apresentou contrarrazões, nem realizou qualquer tipo de trabalho em grau recursal (art. 85, § 11,
CPC).
ACÓRDÃO
Decide a 2ª Turma Recursal, por unanimidade, negar provimento ao recurso interposto pela parte autora.
Brasília - DF, 15.5.2019.
EDNA MÁRCIA SILVA MEDEIROS RAMOS
Juíza Federal em substituição - Relator 2
2ª Turma Recursal – JEF/SJDF
EMENTA
ASSISTÊNCIA SOCIAL. BENEFÍCIO ASSISTENCIAL DE AMPARO À PESSOA IDOSA. FIXAÇÃO DA
DIB NA DATA DO LAUDO SOCIOECONÔMICO. HIPOSSUFICIÊNCIA ECONÔMICA NÃO
CONFIGURADA NA DATA DO REQUERIMENTO ADMINISTRATIVO. RECURSO DESPROVIDO.
SENTENÇA MANTIDA.
1. Trata-se de ação proposta por EDDA MARTHA WATZEL MARTINS em face do INSTITUTO
NACIONAL DO SEGURO SOCIAL – INSS, requerendo a concessão do benefício assistencial de amparo
social ao idoso (art. 203, V, da CF).
526
2. A sentença julgou procedente o pedido inicial, para condenar o INSS a implantar, em favor da autora, o
benefício e a pagar-lhe as parcelas vencidas, desde a data da perícia, em 17.3.2017, sob o fundamento
de que a situação de hipossuficiência econômica foi constatada naquela data.
3. Em seu recurso, a autora alega que tem direito ao pagamento do benefício assistencial desde a
entrada do requerimento administrativo em 3.12.2013, pois as condições de hipossuficiência eram
verificadas antes da referida perícia socioeconômica.
4. Intimado, o INSS não apresentou contrarrazões.
5. DECISÃO. Em sede recursal, a controvérsia restringe-se à fixação da data de início do benefício.
6. A retroatividade da data de inicio do benefício para antes da data do laudo socioeconômico só poderá
ser alterada caso haja provas anteriores indubitáveis (2ª TRDF, Processo nº 0009659-28.2015.4.01.3400,
EMENTA
ASSISTÊNCIA SOCIAL. BENEFÍCIO ASSISTENCIAL DE PRESTAÇÃO CONTINUADA. IMPEDIMENTO
TOTAL NÃO COMPROVADO. RECURSO DO AUTOR DESPROVIDO. SENTENÇA MANTIDA.
1. ELENILSON FERREIRA LIMA ajuizou ação em face do INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL
– INSS, requerendo a concessão do benefício assistencial de prestação continuada de amparo ao
deficiente (art. 203 da CF, art. 20 da Lei nº 8.742/1993).
2. A sentença julgou improcedente o pedido, sob o fundamento de que o laudo médico lavrado pela
perícia judicial atestou o não preenchimento do requisito do impedimento de longo prazo.
3. Em seu recurso, o autor alega que é portador de inúmeras enfermidades, não possui nenhuma
qualificação profissional e requereu a realização de um novo exame pericial.
4. O INSS não apresentou contrarrazões.
5. DECISÃO. Tem direito ao benefício de prestação continuada de amparo ao deficiente a pessoa
economicamente hipossuficiente que comprovar impedimento de natureza física, mental, intelectual ou
sensorial, que produza efeitos pelo prazo mínimo de dois anos (art. 20, §§ 2º, 3º e 10, da Lei nº
8.742/1993).
527
6. No caso concreto, o autor possui 38 anos e trabalhava como ajudante de pedreiro, mas está
desempregado há dois anos em razão da tuberculose e bronquiectasia.
7. O laudo médico judicial registrou que o autor possui impedimento parcial, temporário e multiprofissional
(documento registrado no dia 9.1.2017), e definiu prazo de 90 a 180 dias para recuperação. Fixou a data
de início da incapacidade em 17.11.2016.
8. Desse modo, mesmo levando em consideração o período anterior a realização da perícia, o requesito
de impedimento de longa duração não fui cumprido. Assim, o autor não possui direito ao benefício
pleiteado.
9. O laudo pericial demonstra clareza, objetividade, higidez e não há contradições. Assim, quando a
matéria estiver suficientemente esclarecida não se pode determinar a realização de nova perícia (art. 479
10. Recurso desprovido. Sentença mantida. Sem honorários sucumbenciais, tendo em vista que a parte
ré não apresentou contrarrazões, nem realizou qualquer tipo de trabalho em grau recursal (art. 85, § 11,
CPC).
ACÓRDÃO
Decide a 2ª Turma Recursal, por unanimidade, negar provimento ao recurso interposto pela parte autora.
Brasília - DF, 15.5.2019
EDNA MÁRCIA SILVA MEDEIROS RAMOS
Juíza Federal em substituição - Relator 2
2ª Turma Recursal – JEF/SJDF
EMENTA
ASSISTÊNCIA SOCIAL. BENEFÍCIO ASSISTENCIAL DE PRESTAÇÃO CONTINUADA. ELEMENTOS
PROBATÓRIOS QUE DESCARACTERIZAM A HIPOSSUFICIÊNCIA. RECURSO DO INSS PROVIDO.
SENTENÇA REFORMADA.
1. EVA FERREIRA DA SILVA ajuizou ação em face do INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCAL
objetivando a concessão de benefício assistencial ao idoso.
2. A sentença julgou procedente o pedido condenando o INSS a conceder o benefício desde a data do
requerimento administrativo em 18.11.2016, aduzindo que restaram preenchidos os requisitos legais.
3. O INSS recorreu da sentença alegando que não foi caracterizada a hipossuficiência econômica.
Subsidiariamente, pede que a DIB seja alterada para a data da juntada do laudo socioeconômico aos
autos.
4. Intimada, a parte autora não apresentou contrarrazões.
5. DECISÃO. Tem direito ao benefício de prestação continuada de amparo ao deficiente a pessoa
economicamente hipossuficiente que comprovar impedimento de natureza física, mental, intelectual ou
sensorial, que produza efeitos pelo prazo mínimo de dois anos, o qual, em interação com uma ou mais
barreiras, pode obstruir sua participação plena e efetiva na sociedade em igualdade de condições com as
demais pessoas (art. 20, §§ 2º, 3º e 10, da Lei nº 8.742/1993).
6. A hipossuficiência econômica e a vulnerabilidade social daquele que pleiteia o benefício de amparo
assistencial é aferível por perícia, sendo objetivamente presumido quando inferior a ¼ de salário mínimo
per capita do núcleo familiar (art. 20, §11 da Lei nº 8.742/1993 e STF RE 567985, Rel. Min. Marco Aurélio,
Rel. p/ Acórdão Min. Gilmar Mendes, DJe de 3.10.2013).
7. No caso concreto, o laudo socioeconômico (doc. registrado dia 6.11.2017) informou que o grupo
familiar é composto pela autora, seu cônjuge e dois filhos maiores de idade, solteiros e desempregados.
O cônjuge da autora recebe auxílio doença no valor de R$ 1.509,59 e um dos filhos, que é deficiente,
recebe o benefício de prestação continuada. A autora mora em uma casa cedida pela irmã. PODER
JUDICIÁRIO SEÇÃO JUDICIÁRIA DO DISTRITO FEDERAL
528
8. Desse modo, não está preenchido o requisito socioeconômico, pois se percebe pelas informações
veiculadas pelo laudo que as condições de habitabilidade não são compatíveis com o estado de
miserabilidade, assim como a renda auferida pelo cônjuge da autora é suficiente para manutenção da
família. O benefício assistencial não pode servir, portanto, como complemento de renda.
8. Com isso, a autora não cumpriu o requisito referente à hipossuficiência econômica e não possui direito
ao benefício pleiteado. Recurso do INSS provido. Sentença reformada. Sem honorários sucumbenciais.
ACÓRDÃO
EMENTA
SEGURIDADE SOCIAL. BENEFÍCIO ASSITENCIAL DE PRESTAÇÃO CONTINUADA DE AMPARO À
PESSOA COM DEFICIÊNCIA. AUSÊNCIA DE IMPEDIMENTO. RECURSO DA AUTORA DESPROVIDO.
SENTEÇA MANTIDA.
1. LETÍCIA OLIVEIRA E SILVA ajuizou ação em face do INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL –
INSS, requerendo a concessão do benefício assistencial de prestação continuada de amparo ao
deficiente (art. 203 da CF; art. 20 da Lei nº 8.742/1993).
2. A sentença julgou improcedente o pedido inicial, aduzindo que, de acordo com a perícia médica
judicial, não foi constatada a incapacidade laboral da parte autora. Ademais, alega que a parte autora é
jovem e que pode desempenhar atividades compatíveis com a sua situação física.
3. Em seu recurso, a parte autora alega que os laudos médicos emitidos pela Secretaria de Estado da
Saúde do Distrito Federal atestam a sua incapacidade laboral e a sua impossibilidade de exerce atividade
laboral desde o período de 2010.
4. O INSS não apresentou contrarrazões.
5. DECISÃO. Tem direito ao benefício de prestação continuada de amparo ao deficiente a pessoa
economicamente hipossuficiente que comprovar impedimento de natureza física, mental, intelectual ou
sensorial, que produzam efeitos pelo prazo mínimo de dois anos, o qual, em interação com uma ou mais
barreiras, pode obstruir sua participação plena e efetiva na sociedade em igualdade de condições com as
demais pessoas (art. 20, §§ 2º, 3º e 10, da Lei nº 8.742/1993).
6. No caso concreto, o laudo médico (doc. registrado em 2.3.2018) atesta que a parte autora apresenta
doença reumatológica, acarretando impedimento permanente, parcial e multiprofissional. O perito do
Juízo constatou que a parte autora apresenta uma patologia, que não caracteriza uma deficiência ou um
impedimento, tendo em vista que a autora está apta para realizar atividades burocráticas que não exija
esforço físico, além de que é relativamente nova, pois possui 20 anos, e tem o Ensino Médio completo.
7. Diante do não preenchimento do requisito legal de impedimento, a autora não possui direito ao
benefício pleiteado. PODER JUDICIÁRIO SEÇÃO JUDICIÁRIA DO DISTRITO FEDERAL
C72D2078FE5CC61897E01D6EFAF27A23 TRF 1 REGIÃO/IMP.15-01-04-SJ
2
8. Recurso da autora desprovido. Sentença Mantida. Sem honorários sucumbenciais, tendo em vista que
a parte ré não apresentou contrarrazões, nem realizou qualquer tipo de trabalho em grau recursal (art. 85,
§ 11, CPC).
ACÓRDÃO
Decide a 2ª Turma Recursal, por unanimidade, negar provimento ao recurso interposto pela parte autora.
Brasília - DF, 15.5.2019
EDNA MÁRCIA SILVA MEDEIROS RAMOS
Juíza Federal em substituição - Relator 2
529
EMENTA
SEGURIDADE SOCIAL. BENEFÍCIO ASSISTENCIAL DE PRESTAÇÃO CONTINUADA. LAUDO MÉDICO
PERICIAL PELA AUSÊNCIA DE IMPEDIMENTO. SENTENÇA FUNDAMENTADA. RECURSO DA
AUTORA DESPROVIDO. SENTENÇA MANTIDA.
1. ANTÔNIO LUIZ DOS REIS ajuizou ação em face do INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL
(INSS), requerendo a concessão do benefício assistencial de prestação continuada de amparo ao
deficiente (art. 203 da CF, art. 20 da Lei nº 8.742/1993).
2. A sentença julgou improcedente o pedido inicial, aduzindo que a parte autora não preencheu o requisito
referente ao impedimento, conforme atesta a perícia médica.
3. Em seu recurso, autor argumenta que a análise do impedimento de longo prazo foi realizada de
maneira genérica, limitando-se ao parecer do perito médico. Requer, portanto, que seja declarada a
nulidade da sentença devido à ausência de fundamentação. Alternativamente, requer a concessão do
benefício com base na aplicação da causa madura.
4. O INSS não apresentou contrarrazões.
5. DECISÃO. Tem direito ao benefício de prestação continuada de amparo ao deficiente a pessoa
economicamente hipossuficiente que comprovar impedimento de natureza física, mental, intelectual ou
sensorial, que produza efeitos pelo prazo mínimo de dois anos, o qual, em interação com uma ou mais
barreiras, pode obstruir sua participação plena e efetiva na sociedade em igualdade de condições com as
demais pessoas (art. 20, §§ 2º, 3º e 10, da Lei nº 8.742/1993).
6. No caso concreto, o laudo médico judicial foi categórico ao atestar que o autor não possui
impedimentos (documento registrado no dia 15.8.2018). A perita do Juízo ainda anexou em seu laudo os
relatórios médicos trazidos pelo autor e afirmou que estão todos harmônicos entre si e não demonstram
elementos médicos psiquiátricos que indiquem a presença de impedimento.
7. A sentença não carece de fundamentação, pois analisa devidamente o preenchimento dos requisitos
para concessão do benefício com base no que foi apresentado nos autos, tanto a documentação trazida
pela parte autora, quanto às relativas perícias. O Juízo aduz que, a partir da conclusão da perícia médica,
o autor não se enquadra no conceito legal de deficiência, uma vez que não apresenta impedimento de
longo prazo de natureza física, mental, intelectual ou sensorial. Apesar de a hipossuficiência econômica
ter sido constatada, é necessário o preenchimento de ambos os requisitos para a concessão do benefício.
PODER JUDICIÁRIO SEÇÃO JUDICIÁRIA DO DISTRITO FEDERAL
EEEAE58C081063A9A46DCC6D852BF005 TRF 1 REGIÃO/IMP.15-01-04-SJ
2
8. Diante do não preenchimento do requisito legal do impedimento de longa duração, o autor não possui
direito ao benefício pleiteado.
9. Recurso desprovido. Sentença mantida. Sem honorários sucumbenciais, tendo em vista que a parte ré
não apresentou contrarrazões, nem realizou qualquer tipo de trabalho em grau recursal (art. 85, § 11,
CPC).
ACÓRDÃO
Decide a 2ª Turma Recursal, por unanimidade, negar provimento ao recurso interposto pela parte autora.
Brasília - DF, 15.5.2019
EDNA MÁRCIA SILVA MEDEIROS RAMOS
Juíza Federal em substituição - Relator 2
2ª Turma Recursal – JEF/SJDF
530
PODER JUDICIÁRIO
JUIZADOS ESPECIAIS FEDERAIS
SEÇÃO JUDICIÁRIA DO DISTRITO FEDERAL
1ª TURMA RECURSAL
RECURSO Nº 0031449-05.2014.4.01.3400
/DF RELATORA : JUÍZA FEDERAL LÍLIA BOTELHO NEIVA BRITO
EMENTA
PROCESSUAL CIVIL. AGRAVO INTERNO. DECISÃO QUE INADMITIU INCIDENTE DE
UNIFORMIZAÇÃO/ NEGOU SEGUIMENTO. ART. 15, §2º DO RI DA TNU. DECISÃO AGRAVADA EM
CONSONANCIA COM PRECEDENTES DA TNU E DO STF. AGRAVO IMPROVIDO.
Autos recebidos da Coordenação das Turmas Recursais dos Juizados Especiais Federais nos termos do
art. 15, §2º, do Regimento Interno da Turma Nacional de Uniformização dos Juizados Especiais Federais.
A decisão agravada inadmitiu o incidente de uniformização e/ou negou seguimento a recurso interposto(s)
pela parte autora em face de acórdão proferido em ação ajuizada por servidor público federal objetivando
o reajuste de 13,23%.
A matéria está consolidada no Superior Tribunal de Justiça, Turma Nacional de Uniformização e Supremo
Tribunal Federal, no sentido de que a vantagem pecuniária individual não tem a natureza jurídica de
reajuste geral, portanto, não dá ensejo ao reajuste indiscriminado dos vencimentos dos servidores
públicos federais no percentual de 13,23%. Precedentes das 1ª e 2ª Turmas do Superior Tribunal de
Justiça, no AgRg no REsp 1256760/RS (Rel. Ministro Arnaldo Esteves Lima, Primeira Turma, DJe
12/12/2013) e no AgRg no AREsp 462.844/DF (Rel. Ministro Mauro Campbell Marques, Segunda Turma,
DJe 17/03/2014). A TNU considerou, ainda, "que a 2ª Turma do Supremo Tribunal Federal, em recente
decisão (31/05/2016), confirmou a decisão monocrática proferida pelo Ministro Gilmar Mendes na
Reclamação nº 14.872, que suspendeu a decisão prolatada pela 1ª Turma do Tribunal Regional Federal
da Primeira Região, nos autos do Processo n. 2007.34.00.041467-0, que havia reconhecido o direito ao
reajuste de vencimentos objeto do presente incidente, entendendo que a decisão do Regional afrontaria
as Súmulas Vinculantes nºs 10 e 37 daquela Corte. Além disso, registrou o relator que a 2ª Turma do
STF, por ocasião do julgamento do ARE 649212 AgR/PB (DJE 13/08/2012), já havia se manifestado
sobre o tema, afastando o reajuste pretendido. Dessa forma, concluiu o juiz federal relator que, diante do
entendimento contrário à pretensão do requerente manifestado pela Segunda Turma do Superior Tribunal
de Justiça, e, especialmente, ante a clara sinalização do STF no sentido do entendimento que está
assentado na TNU, não haveria, por ora, razão para modificá-lo." (Processo nº. 0512117-
46.2014.4.05.8100, julgado em 16/06/2016).
Assim, escorreita a decisão da Coordenação das Turmas Recursais desta Seção Judiciária no sentido de
inadmitir/negar seguimento ao incidente de interposto(s) pela parte autora. PODER JUDICIÁRIO SEÇÃO
JUDICIÁRIA DO DISTRITO FEDERAL
5E0026D012F6F9262EBE7FD2ED2A92AC TRF 1 REGIÃO/IMP.15-01-04-SJ
2
Agravo desprovido. Decisão agravada mantida. Acórdão lavrado nos termos do art. 46 da Lei nº 9.099/95.
ACÓRDÃO
Decide a Turma Recursal, à unanimidade, negar provimento ao agravo interno interposto pela parte
autora. Turma Recursal, Juizado Especial Federal/SJDF – 16/05/2019.
JUÍZA LÍLIA BOTELHO NEIVA BRITO
Relatora 2 – 1ª Turma Recursal/SJ
EMENTA
Agravo desprovido. Decisão agravada mantida. Acórdão lavrado nos termos do art. 46 da Lei nº 9.099/95.
ACÓRDÃO
Decide a Turma Recursal, à unanimidade, negar provimento ao agravo interno interposto pela parte
autora. Turma Recursal, Juizado Especial Federal/SJDF – 16/05/2019.
JUÍZA LÍLIA BOTELHO NEIVA BRITO
Relatora 2 – 1ª Turma Recursal/SJDF
EMENTA
532
ACÓRDÃO
Decide a Turma Recursal, à unanimidade, negar provimento ao agravo interno interposto pela parte
autora. Turma Recursal, Juizado Especial Federal/SJDF – 16/05/2019.
JUÍZA LÍLIA BOTELHO NEIVA BRITO
Relatora 2 – 1ª Turma Recursal/SJDF
978D69368C5722CB4079E28302F346EB
EMENTA
PROCESSUAL CIVIL. AGRAVO INTERNO. DECISÃO QUE INADMITIU INCIDENTE DE
UNIFORMIZAÇÃO. ART. 15, §2º DO RI DA TNU. DECISÃO AGRAVADA EM CONSONANCIA COM
PRECEDENTE DA TNU. AUSÊNCIA DE REPERCUSSÃO GERAL DA MATÉRIA. AGRAVO
IMPROVIDO.
Autos recebidos da Coordenação das Turmas Recursais dos Juizados Especiais Federais, nos termos do
art. 15, §2º, do Regimento Interno da Turma Nacional de Uniformização dos Juizados Especiais Federais.
533
A decisão agravada inadmitiu o incidente de uniformização e/ou negou seguimento ao recurso, interposto
pela parte autora em face de acórdão proferido em ação ajuizada por servidor público federal objetivando
o reajuste de 15,80%.
Compulsando-se os autos, constata-se que o acórdão desta Turma Recursal está em consonância com
precedente da Turma Nacional de Uniformização, PEDILEF nº 0505390-35.2014.4.05.8500, o qual
assentou que o reajuste de 15,8%, concedido a diversas categorias do serviço público federal, não
importou em revisão geral anual.
Por seu turno, o STF assentou a inexistência de repercussão geral da matéria (ARE 799718 RG,
Relator(a): Min. GILMAR MENDES, julgado em 10/04/2014, PROCESSO ELETRÔNICO DJe-124
DIVULG 25-06-2014 PUBLIC 27-06-2014 ).
E18C0E4CEE4DD566312E935F5D071485
EMENTA
PROCESSUAL CIVIL. AGRAVO INTERNO. DECISÃO QUE INADMITIU INCIDENTE DE
UNIFORMIZAÇÃO. ART. 15, §2º DO RI DA TNU. DECISÃO AGRAVADA EM CONSONANCIA COM
PRECEDENTE DA TNU. AUSÊNCIA DE REPERCUSSÃO GERAL DA MATÉRIA. AGRAVO
IMPROVIDO.
Autos recebidos da Coordenação das Turmas Recursais dos Juizados Especiais Federais, nos termos do
art. 15, §2º, do Regimento Interno da Turma Nacional de Uniformização dos Juizados Especiais Federais.
A decisão agravada inadmitiu o incidente de uniformização e/ou negou seguimento ao recurso, interposto
pela parte autora em face de acórdão proferido em ação ajuizada por servidor público federal objetivando
o reajuste de 15,80%.
Compulsando-se os autos, constata-se que o acórdão desta Turma Recursal está em consonância com
precedente da Turma Nacional de Uniformização, PEDILEF nº 0505390-35.2014.4.05.8500, o qual
assentou que o reajuste de 15,8%, concedido a diversas categorias do serviço público federal, não
importou em revisão geral anual.
Por seu turno, o STF assentou a inexistência de repercussão geral da matéria (ARE 799718 RG,
Relator(a): Min. GILMAR MENDES, julgado em 10/04/2014, PROCESSO ELETRÔNICO DJe-124
DIVULG 25-06-2014 PUBLIC 27-06-2014 ).
Assim, escorreita a decisão da Coordenação das Turmas Recursais desta Seção Judiciária no sentido de
inadmitir/negar seguimento ao incidente de uniformização, interposto pela parte autora.
Agravo improvido. Decisão agravada mantida. Acórdão lavrado nos termos do art. 46 da Lei nº 9.099/95.
ACÓRDÃO
Decide a Turma Recursal, à unanimidade, negar provimento ao agravo interno interposto pela parte
autora. Turma Recursal, Juizado Especial Federal/SJDF – 16/05/2019.
JUÍZA LÍLIA BOTELHO NEIVA BRITO
Relatora 2 – 1ª Turma Recursal/SJDF
ACÓRDÃO
Decide a Turma Recursal, à unanimidade, negar provimento ao agravo interno interposto pela parte
autora. Turma Recursal, Juizado Especial Federal/SJDF – 16/05/2019.
JUÍZA LÍLIA BOTELHO NEIVA BRITO
Relatora 2 – 1ª Turma Recursal/SJDF
33B6377CB4BAE019CE6E17FA4FFDC29B
EMENTA
PROCESSUAL CIVIL. AGRAVO INTERNO. DECISÃO QUE INADMITIU INCIDENTE DE
UNIFORMIZAÇÃO. ART. 15, §2º DO RI DA TNU. DECISÃO AGRAVADA EM CONSONANCIA COM
PRECEDENTE DA TNU. AUSÊNCIA DE REPERCUSSÃO GERAL DA MATÉRIA. AGRAVO
IMPROVIDO.
Autos recebidos da Coordenação das Turmas Recursais dos Juizados Especiais Federais, nos termos do
art. 15, §2º, do Regimento Interno da Turma Nacional de Uniformização dos Juizados Especiais Federais.
A decisão agravada inadmitiu o incidente de uniformização e/ou negou seguimento ao recurso, interposto
pela parte autora em face de acórdão proferido em ação ajuizada por servidor público federal objetivando
o reajuste de 15,80%.
EMENTA
PROCESSUAL CIVIL. EMBARGOS DE DECLARAÇÃO. HIPÓTESES DE CABIMENTO. ART. 535, I E II
DO ANTIGO CPC. ART. 1.022 DO NCPC. REDISCUSSÃO DA CAUSA. INEXISTÊNCIA DE ERRO
MATERIAL, OMISSÃO, CONTRADIÇÃO OU OBSCURIDADE. PREQUESTIONAMENTO. ART. 1.025 DO
NCPC. EMBARGOS REJEITADOS.
Embargos de declaração opostos pela parte autora em face de acórdão que manteve a sentença de
improcedência proferida em ação ajuizada objetivando a substituição da taxa referencial – TR por índices
inflacionários na correção do saldo de contas vinculadas do FGTS.
Os embargos de declaração têm por objetivo a integração de acórdão que contenha erro material,
omissão, contradição ou obscuridade (art. 535, I e II do antigo CPC - e art. 48 da Lei nº 9.099/95 - art.
1.022, incisos I e II do novo Código de Processo Civil), sendo rejeitados os recursos opostos para se
obter o reexame da matéria ou com o único objetivo de que o colegiado manifeste-se expressamente
acerca de dispositivos legais ou constitucionais invocados a título de prequestionamento.
Assim, não se prestam a reexaminar, em regra, atos decisórios alegadamente equivocados ou a incluir,
no debate, novos argumentos jurídicos, uma vez que o efeito infringente não é de sua natureza, salvo em
situações excepcionais. Jurisprudência da Segunda Turma Recursal de Minas Gerais:
2003.38.00.735500-9, Rel. Juiz Federal JOÃO CARLOS COSTA MAYER SOARES, julgado em
12/11/2004, DJ-MG de 27/11/2004.
Fica óbvio, no presente caso, que a intenção da parte embargante é rediscutir matéria já decidida, uma
vez que o acórdão indicou os fundamentos suficientes para a compreensão das razões de decidir,
amparadas em julgamento do Superior Tribunal de Justiça (REsp 1.614.874), submetido ao regime de
recursos repetitivos, de notório caráter vinculante.
Portanto, ausente no acórdão vergastado qualquer ponto obscuro, contraditório ou omisso, rejeitam-se os
presentes embargos declaratórios.
536
Remanescendo o interesse recursal, pode a parte interpor o pertinente recurso, posto que a oposição de
embargos de declaração satisfaz a exigência estabelecida pelo enunciado nº 356 da Súmula do STF
ainda que a omissão, a contradição e/ou a obscuridade não venha(m) a ser suprida(s) pelo Tribunal a
quo. Nesse sentido: (AI 553928 ED, Relator Min. DIAS TOFFOLI, Primeira Turma, julgado em 15/12/2009,
DJ-e-035 DIVULG 25-02-2010 PUBLIC 26-02-2010 EMENT VOL-02391-08 PP-01841).
De igual modo, o disposto no art. 1.025 do novo CPC (Art. 1.025. Consideram-se incluídos no acórdão os
elementos que o embargante suscitou, para fins de pré-questionamento, ainda que os PODER
JUDICIÁRIO SEÇÃO JUDICIÁRIA DO DISTRITO FEDERAL
B15B627EAB0C2BFE5715BD31721B5A2F TRF 1 REGIÃO/IMP.15-01-04-SJ
2
EMENTA
PROCESSUAL CIVIL. EMBARGOS DE DECLARAÇÃO. HIPÓTESES DE CABIMENTO. ART. 535, I E II
DO ANTIGO CPC. ART. 1.022 DO NCPC. REDISCUSSÃO DA CAUSA. INEXISTÊNCIA DE ERRO
MATERIAL, OMISSÃO, CONTRADIÇÃO OU OBSCURIDADE. PREQUESTIONAMENTO. ART. 1.025 DO
NCPC. EMBARGOS REJEITADOS.
Embargos de declaração opostos pela parte autora em face de acórdão que manteve a sentença de
improcedência proferida em ação ajuizada objetivando a substituição da taxa referencial – TR por índices
inflacionários na correção do saldo de contas vinculadas do FGTS.
Os embargos de declaração têm por objetivo a integração de acórdão que contenha erro material,
omissão, contradição ou obscuridade (art. 535, I e II do antigo CPC - e art. 48 da Lei nº 9.099/95 - art.
1.022, incisos I e II do novo Código de Processo Civil), sendo rejeitados os recursos opostos para se
obter o reexame da matéria ou com o único objetivo de que o colegiado manifeste-se expressamente
acerca de dispositivos legais ou constitucionais invocados a título de prequestionamento.
Assim, não se prestam a reexaminar, em regra, atos decisórios alegadamente equivocados ou a incluir,
no debate, novos argumentos jurídicos, uma vez que o efeito infringente não é de sua natureza, salvo em
situações excepcionais. Jurisprudência da Segunda Turma Recursal de Minas Gerais:
2003.38.00.735500-9, Rel. Juiz Federal JOÃO CARLOS COSTA MAYER SOARES, julgado em
12/11/2004, DJ-MG de 27/11/2004.
Fica óbvio, no presente caso, que a intenção da parte embargante é rediscutir matéria já decidida, uma
vez que o acórdão indicou os fundamentos suficientes para a compreensão das razões de decidir,
amparadas em julgamento do Superior Tribunal de Justiça (REsp 1.614.874), submetido ao regime de
recursos repetitivos, de notório caráter vinculante.
Portanto, ausente no acórdão vergastado qualquer ponto obscuro, contraditório ou omisso, rejeitam-se os
presentes embargos declaratórios.
Remanescendo o interesse recursal, pode a parte interpor o pertinente recurso, posto que a oposição de
embargos de declaração satisfaz a exigência estabelecida pelo enunciado nº 356 da Súmula do STF
ainda que a omissão, a contradição e/ou a obscuridade não venha(m) a ser suprida(s) pelo Tribunal a
537
quo. Nesse sentido: (AI 553928 ED, Relator Min. DIAS TOFFOLI, Primeira Turma, julgado em 15/12/2009,
DJ-e-035 DIVULG 25-02-2010 PUBLIC 26-02-2010 EMENT VOL-02391-08 PP-01841).
De igual modo, o disposto no art. 1.025 do novo CPC (Art. 1.025. Consideram-se incluídos no acórdão os
elementos que o embargante suscitou, para fins de pré-questionamento, ainda que os PODER
JUDICIÁRIO SEÇÃO JUDICIÁRIA DO DISTRITO FEDERAL
278284D45969E9014FD43F2518A4C2A0 TRF 1 REGIÃO/IMP.15-01-04-SJ
2
embargos de declaração sejam inadmitidos ou rejeitados, caso o tribunal superior considere existentes
erro, omissão, contradição ou obscuridade.).
EMENTA
PROCESSUAL CIVIL. EMBARGOS DE DECLARAÇÃO. HIPÓTESES DE CABIMENTO. ART. 535, I E II
DO ANTIGO CPC. ART. 1.022 DO NCPC. REDISCUSSÃO DA CAUSA. INEXISTÊNCIA DE ERRO
MATERIAL, OMISSÃO, CONTRADIÇÃO OU OBSCURIDADE. PREQUESTIONAMENTO. ART. 1.025 DO
NCPC. EMBARGOS REJEITADOS.
Embargos de declaração opostos pela parte autora em face de acórdão que manteve a sentença de
improcedência proferida em ação ajuizada objetivando a substituição da taxa referencial – TR por índices
inflacionários na correção do saldo de contas vinculadas do FGTS.
Os embargos de declaração têm por objetivo a integração de acórdão que contenha erro material,
omissão, contradição ou obscuridade (art. 535, I e II do antigo CPC - e art. 48 da Lei nº 9.099/95 - art.
1.022, incisos I e II do novo Código de Processo Civil), sendo rejeitados os recursos opostos para se
obter o reexame da matéria ou com o único objetivo de que o colegiado manifeste-se expressamente
acerca de dispositivos legais ou constitucionais invocados a título de prequestionamento.
Assim, não se prestam a reexaminar, em regra, atos decisórios alegadamente equivocados ou a incluir,
no debate, novos argumentos jurídicos, uma vez que o efeito infringente não é de sua natureza, salvo em
situações excepcionais. Jurisprudência da Segunda Turma Recursal de Minas Gerais:
2003.38.00.735500-9, Rel. Juiz Federal JOÃO CARLOS COSTA MAYER SOARES, julgado em
12/11/2004, DJ-MG de 27/11/2004.
Fica óbvio, no presente caso, que a intenção da parte embargante é rediscutir matéria já decidida, uma
vez que o acórdão indicou os fundamentos suficientes para a compreensão das razões de decidir,
amparadas em julgamento do Superior Tribunal de Justiça (REsp 1.614.874), submetido ao regime de
recursos repetitivos, de notório caráter vinculante.
Portanto, ausente no acórdão vergastado qualquer ponto obscuro, contraditório ou omisso, rejeitam-se os
presentes embargos declaratórios.
Remanescendo o interesse recursal, pode a parte interpor o pertinente recurso, posto que a oposição de
embargos de declaração satisfaz a exigência estabelecida pelo enunciado nº 356 da Súmula do STF
ainda que a omissão, a contradição e/ou a obscuridade não venha(m) a ser suprida(s) pelo Tribunal a
quo. Nesse sentido: (AI 553928 ED, Relator Min. DIAS TOFFOLI, Primeira Turma, julgado em 15/12/2009,
DJ-e-035 DIVULG 25-02-2010 PUBLIC 26-02-2010 EMENT VOL-02391-08 PP-01841).
De igual modo, o disposto no art. 1.025 do novo CPC (Art. 1.025. Consideram-se incluídos no acórdão os
elementos que o embargante suscitou, para fins de pré-questionamento, ainda que os PODER
JUDICIÁRIO SEÇÃO JUDICIÁRIA DO DISTRITO FEDERAL
E8F503941EF74E74654CDA8C15C45CE0 TRF 1 REGIÃO/IMP.15-01-04-SJ
2
538
embargos de declaração sejam inadmitidos ou rejeitados, caso o tribunal superior considere existentes
erro, omissão, contradição ou obscuridade.).
Embargos rejeitados. Acórdão lavrado nos moldes do art. 46 da Lei nº 9.099/95.
ACÓRDÃO
Decide a Turma Recursal, por unanimidade, rejeitar os embargos de declaração opostos pela parte
autora. Turma Recursal, Juizado Especial Federal – SJDF. Brasília – DF, 16/05/2019.
JUÍZA LÍLIA BOTELHO NEIVA BRITO
Relatora 2 – 1ª Turma Recursal/SJDF
EMENTA
PROCESSUAL CIVIL. EMBARGOS DE DECLARAÇÃO. HIPÓTESES DE CABIMENTO. ART. 535, I E II
DO ANTIGO CPC. ART. 1.022 DO NCPC. REDISCUSSÃO DA CAUSA. INEXISTÊNCIA DE ERRO
MATERIAL, OMISSÃO, CONTRADIÇÃO OU OBSCURIDADE. PREQUESTIONAMENTO. ART. 1.025 DO
NCPC. EMBARGOS REJEITADOS.
Embargos de declaração opostos pela parte autora em face de acórdão que manteve a sentença de
improcedência proferida em ação ajuizada objetivando a substituição da taxa referencial – TR por índices
inflacionários na correção do saldo de contas vinculadas do FGTS.
Os embargos de declaração têm por objetivo a integração de acórdão que contenha erro material,
omissão, contradição ou obscuridade (art. 535, I e II do antigo CPC - e art. 48 da Lei nº 9.099/95 - art.
1.022, incisos I e II do novo Código de Processo Civil), sendo rejeitados os recursos opostos para se
obter o reexame da matéria ou com o único objetivo de que o colegiado manifeste-se expressamente
acerca de dispositivos legais ou constitucionais invocados a título de prequestionamento.
Assim, não se prestam a reexaminar, em regra, atos decisórios alegadamente equivocados ou a incluir,
no debate, novos argumentos jurídicos, uma vez que o efeito infringente não é de sua natureza, salvo em
situações excepcionais. Jurisprudência da Segunda Turma Recursal de Minas Gerais:
2003.38.00.735500-9, Rel. Juiz Federal JOÃO CARLOS COSTA MAYER SOARES, julgado em
12/11/2004, DJ-MG de 27/11/2004.
Fica óbvio, no presente caso, que a intenção da parte embargante é rediscutir matéria já decidida, uma
vez que o acórdão indicou os fundamentos suficientes para a compreensão das razões de decidir,
amparadas em julgamento do Superior Tribunal de Justiça (REsp 1.614.874), submetido ao regime de
recursos repetitivos, de notório caráter vinculante.
Portanto, ausente no acórdão vergastado qualquer ponto obscuro, contraditório ou omisso, rejeitam-se os
presentes embargos declaratórios.
Remanescendo o interesse recursal, pode a parte interpor o pertinente recurso, posto que a oposição de
embargos de declaração satisfaz a exigência estabelecida pelo enunciado nº 356 da Súmula do STF
ainda que a omissão, a contradição e/ou a obscuridade não venha(m) a ser suprida(s) pelo Tribunal a
quo. Nesse sentido: (AI 553928 ED, Relator Min. DIAS TOFFOLI, Primeira Turma, julgado em 15/12/2009,
DJ-e-035 DIVULG 25-02-2010 PUBLIC 26-02-2010 EMENT VOL-02391-08 PP-01841).
De igual modo, o disposto no art. 1.025 do novo CPC (Art. 1.025. Consideram-se incluídos no acórdão os
elementos que o embargante suscitou, para fins de pré-questionamento, ainda que os PODER
JUDICIÁRIO SEÇÃO JUDICIÁRIA DO DISTRITO FEDERAL
0DD3C30977E7B3CFA545D56A45F5F27F TRF 1 REGIÃO/IMP.15-01-04-SJ
2
embargos de declaração sejam inadmitidos ou rejeitados, caso o tribunal superior considere existentes
erro, omissão, contradição ou obscuridade.).
Embargos rejeitados. Acórdão lavrado nos moldes do art. 46 da Lei nº 9.099/95.
ACÓRDÃO
Decide a Turma Recursal, por unanimidade, rejeitar os embargos de declaração opostos pela parte
autora. Turma Recursal, Juizado Especial Federal – SJDF. Brasília – DF, 16/05/2019.
JUÍZA LÍLIA BOTELHO NEIVA BRITO
539
EMENTA
PROCESSUAL CIVIL. EMBARGOS DE DECLARAÇÃO. HIPÓTESES DE CABIMENTO. ART. 535, I E II
DO ANTIGO CPC. ART. 1.022 DO NCPC. REDISCUSSÃO DA CAUSA. INEXISTÊNCIA DE ERRO
MATERIAL, OMISSÃO, CONTRADIÇÃO OU OBSCURIDADE. PREQUESTIONAMENTO. ART. 1.025 DO
NCPC. EMBARGOS REJEITADOS.
Embargos de declaração opostos pela parte autora em face de acórdão que manteve a sentença de
improcedência proferida em ação ajuizada objetivando a substituição da taxa referencial – TR por índices
inflacionários na correção do saldo de contas vinculadas do FGTS.
Os embargos de declaração têm por objetivo a integração de acórdão que contenha erro material,
omissão, contradição ou obscuridade (art. 535, I e II do antigo CPC - e art. 48 da Lei nº 9.099/95 - art.
1.022, incisos I e II do novo Código de Processo Civil), sendo rejeitados os recursos opostos para se
obter o reexame da matéria ou com o único objetivo de que o colegiado manifeste-se expressamente
acerca de dispositivos legais ou constitucionais invocados a título de prequestionamento.
Assim, não se prestam a reexaminar, em regra, atos decisórios alegadamente equivocados ou a incluir,
no debate, novos argumentos jurídicos, uma vez que o efeito infringente não é de sua natureza, salvo em
situações excepcionais. Jurisprudência da Segunda Turma Recursal de Minas Gerais:
2003.38.00.735500-9, Rel. Juiz Federal JOÃO CARLOS COSTA MAYER SOARES, julgado em
12/11/2004, DJ-MG de 27/11/2004.
Fica óbvio, no presente caso, que a intenção da parte embargante é rediscutir matéria já decidida, uma
vez que o acórdão indicou os fundamentos suficientes para a compreensão das razões de decidir,
amparadas em julgamento do Superior Tribunal de Justiça (REsp 1.614.874), submetido ao regime de
recursos repetitivos, de notório caráter vinculante.
Portanto, ausente no acórdão vergastado qualquer ponto obscuro, contraditório ou omisso, rejeitam-se os
presentes embargos declaratórios.
Remanescendo o interesse recursal, pode a parte interpor o pertinente recurso, posto que a oposição de
embargos de declaração satisfaz a exigência estabelecida pelo enunciado nº 356 da Súmula do STF
ainda que a omissão, a contradição e/ou a obscuridade não venha(m) a ser suprida(s) pelo Tribunal a
quo. Nesse sentido: (AI 553928 ED, Relator Min. DIAS TOFFOLI, Primeira Turma, julgado em 15/12/2009,
DJ-e-035 DIVULG 25-02-2010 PUBLIC 26-02-2010 EMENT VOL-02391-08 PP-01841).
De igual modo, o disposto no art. 1.025 do novo CPC (Art. 1.025. Consideram-se incluídos no acórdão os
elementos que o embargante suscitou, para fins de pré-questionamento, ainda que os PODER
JUDICIÁRIO SEÇÃO JUDICIÁRIA DO DISTRITO FEDERAL
83F9629F35535E63E4FF48BBA3D2CDC9 TRF 1 REGIÃO/IMP.15-01-04-SJ
2
embargos de declaração sejam inadmitidos ou rejeitados, caso o tribunal superior considere existentes
erro, omissão, contradição ou obscuridade.).
Embargos rejeitados. Acórdão lavrado nos moldes do art. 46 da Lei nº 9.099/95.
ACÓRDÃO
Decide a Turma Recursal, por unanimidade, rejeitar os embargos de declaração opostos pela parte
autora. Turma Recursal, Juizado Especial Federal – SJDF. Brasília – DF, 16/05/2019.
JUÍZA LÍLIA BOTELHO NEIVA BRITO
Relatora 2 – 1ª Turma Recursal/SJDF
EMENTA
embargos de declaração sejam inadmitidos ou rejeitados, caso o tribunal superior considere existentes
erro, omissão, contradição ou obscuridade.).
Embargos rejeitados. Acórdão lavrado nos moldes do art. 46 da Lei nº 9.099/95.
ACÓRDÃO
Decide a Turma Recursal, por unanimidade, rejeitar os embargos de declaração opostos pela parte
autora. Turma Recursal, Juizado Especial Federal – SJDF. Brasília – DF, 16/05/2019.
JUÍZA LÍLIA BOTELHO NEIVA BRITO
Relatora 2 – 1ª Turma Recursal/SJDF
EMENTA
PROCESSUAL CIVIL. EMBARGOS DE DECLARAÇÃO. HIPÓTESES DE CABIMENTO. ART. 535, I E II
DO ANTIGO CPC. ART. 1.022 DO NCPC. REDISCUSSÃO DA CAUSA. INEXISTÊNCIA DE ERRO
MATERIAL, OMISSÃO, CONTRADIÇÃO OU OBSCURIDADE. PREQUESTIONAMENTO. ART. 1.025 DO
NCPC. EMBARGOS REJEITADOS.
542
Embargos de declaração opostos pela parte autora em face de acórdão que manteve a sentença de
improcedência proferida em ação ajuizada objetivando a substituição da taxa referencial – TR por índices
inflacionários na correção do saldo de contas vinculadas do FGTS.
Os embargos de declaração têm por objetivo a integração de acórdão que contenha erro material,
omissão, contradição ou obscuridade (art. 535, I e II do antigo CPC - e art. 48 da Lei nº 9.099/95 - art.
1.022, incisos I e II do novo Código de Processo Civil), sendo rejeitados os recursos opostos para se
obter o reexame da matéria ou com o único objetivo de que o colegiado manifeste-se expressamente
acerca de dispositivos legais ou constitucionais invocados a título de prequestionamento.
Assim, não se prestam a reexaminar, em regra, atos decisórios alegadamente equivocados ou a incluir,
no debate, novos argumentos jurídicos, uma vez que o efeito infringente não é de sua natureza, salvo em
De igual modo, o disposto no art. 1.025 do novo CPC (Art. 1.025. Consideram-se incluídos no acórdão os
elementos que o embargante suscitou, para fins de pré-questionamento, ainda que os embargos de
declaração sejam inadmitidos ou rejeitados, caso o tribunal superior considere existentes erro, omissão,
contradição ou obscuridade.).
Embargos rejeitados. Acórdão lavrado nos moldes do art. 46 da Lei nº 9.099/95.
ACÓRDÃO
Decide a Turma Recursal, por unanimidade, rejeitar os embargos de declaração opostos pela parte
autora. Turma Recursal, Juizado Especial Federal – SJDF. Brasília – DF, 16/05/2019.
JUÍZA LÍLIA BOTELHO NEIVA BRITO
Relatora 2 – 1ª Turma Recursal/SJDF
EMENTA
PROCESSUAL CIVIL. EMBARGOS DE DECLARAÇÃO. HIPÓTESES DE CABIMENTO. ART. 535, I E II
DO ANTIGO CPC. ART. 1.022 DO NCPC. REDISCUSSÃO DA CAUSA. INEXISTÊNCIA DE ERRO
MATERIAL, OMISSÃO, CONTRADIÇÃO OU OBSCURIDADE. PREQUESTIONAMENTO. ART. 1.025 DO
NCPC. EMBARGOS REJEITADOS.
Embargos de declaração opostos pela União no qual se discute questões relativas à modulação dos
efeitos da decisão proferida no RE 870.947, a qual tratou dos índices de correção monetária e de juros de
mora incidentes sobre valores impostos em condenações da Fazenda Pública.
Os embargos de declaração têm por objetivo a integração de acórdão que contenha erro material,
omissão, contradição ou obscuridade (art. 535, I e II do antigo CPC - e art. 48 da Lei nº 9.099/95 - art.
1.022, incisos I e II do novo Código de Processo Civil), sendo rejeitados os recursos opostos para se
obter o reexame da matéria ou com o único objetivo de que o colegiado manifeste-se expressamente
acerca de dispositivos legais ou constitucionais invocados a título de prequestionamento.
543
Assim, não se prestam a reexaminar, em regra, atos decisórios alegadamente equivocados ou a incluir,
no debate, novos argumentos jurídicos, uma vez que o efeito infringente não é de sua natureza, salvo em
situações excepcionais. Jurisprudência da Segunda Turma Recursal de Minas Gerais:
2003.38.00.735500-9, Rel. Juiz Federal JOÃO CARLOS COSTA MAYER SOARES, julgado em
12/11/2004, DJ-MG de 27/11/2004.
De plano, assevere-se inexistir qualquer determinação de sobrestamento do feito emanada pelo Supremo
Tribunal Federal, conforme decisão exarada pelo Min. Luiz Fux, relator do RE 870947, em 23/11/2018.
Registre-se que a modulação de efeitos de julgados proferidos no âmbito do STF é exceção e não a
regra, conforme se depreende do art. 27 da Lei nº 9.868/99 e art. 927, §3º, do NCPC, não impedindo,
assim, a aplicação imediata das teses firmadas pela Suprema Corte.
Remanescendo o interesse recursal, pode a parte interpor o pertinente recurso, posto que a oposição de
embargos de declaração satisfaz a exigência estabelecida pelo enunciado nº 356 da Súmula do STF
ainda que a omissão, a contradição e/ou a obscuridade não venha(m) a ser suprida(s) pelo Tribunal a
quo. Nesse sentido: (AI 553928 ED, Relator Min. DIAS TOFFOLI, Primeira Turma, julgado em 15/12/2009,
DJ-e-035 DIVULG 25-02-2010 PUBLIC 26-02-2010 EMENT VOL-02391-08 PP-01841).
De igual modo, o disposto no art. 1.025 do novo CPC (Art. 1.025. Consideram-se incluídos no acórdão os
elementos que o embargante suscitou, para fins de pré-questionamento, ainda que os embargos de
declaração sejam inadmitidos ou rejeitados, caso o tribunal superior considere existentes erro, omissão,
contradição ou obscuridade.).
Embargos rejeitados. Acórdão lavrado nos moldes do art. 46 da Lei nº 9.099/95.
ACÓRDÃO
Decide a Turma Recursal, por unanimidade, rejeitar os embargos de declaração opostos pela UNIÃO.
Turma Recursal, Juizado Especial Federal – SJDF. Brasília – DF, 16/05/2019.
JUÍZA LÍLIA BOTELHO NEIVA BRITO
Relatora 2 – 1ª Turma Recursal/SJDF
EMENTA
PROCESSUAL CIVIL. EMBARGOS DE DECLARAÇÃO. HIPÓTESES DE CABIMENTO. ART. 535, I E II
DO ANTIGO CPC. ART. 1.022 DO NCPC. REDISCUSSÃO DA CAUSA. INEXISTÊNCIA DE ERRO
MATERIAL, OMISSÃO, CONTRADIÇÃO OU OBSCURIDADE. PREQUESTIONAMENTO. ART. 1.025 DO
NCPC. EMBARGOS REJEITADOS.
Embargos de declaração opostos pela parte autora em face de acórdão que manteve a sentença de
improcedência proferida em ação ajuizada objetivando a substituição da taxa referencial – TR por índices
inflacionários na correção do saldo de contas vinculadas do FGTS.
Os embargos de declaração têm por objetivo a integração de acórdão que contenha erro material,
omissão, contradição ou obscuridade (art. 535, I e II do antigo CPC - e art. 48 da Lei nº 9.099/95 - art.
1.022, incisos I e II do novo Código de Processo Civil), sendo rejeitados os recursos opostos para se
obter o reexame da matéria ou com o único objetivo de que o colegiado manifeste-se expressamente
acerca de dispositivos legais ou constitucionais invocados a título de prequestionamento.
544
Assim, não se prestam a reexaminar, em regra, atos decisórios alegadamente equivocados ou a incluir,
no debate, novos argumentos jurídicos, uma vez que o efeito infringente não é de sua natureza, salvo em
situações excepcionais. Jurisprudência da Segunda Turma Recursal de Minas Gerais:
2003.38.00.735500-9, Rel. Juiz Federal JOÃO CARLOS COSTA MAYER SOARES, julgado em
12/11/2004, DJ-MG de 27/11/2004.
Fica óbvio, no presente caso, que a intenção da parte embargante é rediscutir matéria já decidida, uma
vez que o acórdão indicou os fundamentos suficientes para a compreensão das razões de decidir,
amparadas em julgamento do Superior Tribunal de Justiça (REsp 1.614.874), submetido ao regime de
recursos repetitivos, de notório caráter vinculante.
Portanto, ausente no acórdão vergastado qualquer ponto obscuro, contraditório ou omisso, rejeitam-se os
De igual modo, o disposto no art. 1.025 do novo CPC (Art. 1.025. Consideram-se incluídos no acórdão os
elementos que o embargante suscitou, para fins de pré-questionamento, ainda que os embargos de
declaração sejam inadmitidos ou rejeitados, caso o tribunal superior considere existentes erro, omissão,
contradição ou obscuridade.).
Embargos rejeitados. Acórdão lavrado nos moldes do art. 46 da Lei nº 9.099/95.
ACÓRDÃO
Decide a Turma Recursal, por unanimidade, rejeitar os embargos de declaração opostos pela parte
autora. Turma Recursal, Juizado Especial Federal – SJDF. Brasília – DF, 16/05/2019.
JUÍZA LÍLIA BOTELHO NEIVA BRITO
Relatora 2 – 1ª Turma Recursal/SJDF
EMENTA
PROCESSUAL CIVIL. EMBARGOS DE DECLARAÇÃO. HIPÓTESES DE CABIMENTO. ART. 535, I E II
DO ANTIGO CPC. ART. 1.022 DO NCPC. REDISCUSSÃO DA CAUSA. INEXISTÊNCIA DE ERRO
MATERIAL, OMISSÃO, CONTRADIÇÃO OU OBSCURIDADE. PREQUESTIONAMENTO. ART. 1.025 DO
NCPC. EMBARGOS REJEITADOS.
Embargos de declaração opostos pela parte autora em face de acórdão que manteve a sentença de
improcedência proferida em ação ajuizada objetivando a substituição da taxa referencial – TR por índices
inflacionários na correção do saldo de contas vinculadas do FGTS.
Os embargos de declaração têm por objetivo a integração de acórdão que contenha erro material,
omissão, contradição ou obscuridade (art. 535, I e II do antigo CPC - e art. 48 da Lei nº 9.099/95 - art.
1.022, incisos I e II do novo Código de Processo Civil), sendo rejeitados os recursos opostos para se
obter o reexame da matéria ou com o único objetivo de que o colegiado manifeste-se expressamente
acerca de dispositivos legais ou constitucionais invocados a título de prequestionamento.
Assim, não se prestam a reexaminar, em regra, atos decisórios alegadamente equivocados ou a incluir,
no debate, novos argumentos jurídicos, uma vez que o efeito infringente não é de sua natureza, salvo em
situações excepcionais. Jurisprudência da Segunda Turma Recursal de Minas Gerais:
2003.38.00.735500-9, Rel. Juiz Federal JOÃO CARLOS COSTA MAYER SOARES, julgado em
12/11/2004, DJ-MG de 27/11/2004.
Fica óbvio, no presente caso, que a intenção da parte embargante é rediscutir matéria já decidida, uma
vez que o acórdão indicou os fundamentos suficientes para a compreensão das razões de decidir,
545
De igual modo, o disposto no art. 1.025 do novo CPC (Art. 1.025. Consideram-se incluídos no acórdão os
elementos que o embargante suscitou, para fins de pré-questionamento, ainda que os embargos de
declaração sejam inadmitidos ou rejeitados, caso o tribunal superior considere existentes erro, omissão,
contradição ou obscuridade.).
Embargos rejeitados. Acórdão lavrado nos moldes do art. 46 da Lei nº 9.099/95.
ACÓRDÃO
Decide a Turma Recursal, por unanimidade, rejeitar os embargos de declaração opostos pela parte
autora. Turma Recursal, Juizado Especial Federal – SJDF. Brasília – DF, 16/05/2019.
JUÍZA LÍLIA BOTELHO NEIVA BRITO
Relatora 2 – 1ª Turma Recursal/SJDF
EMENTA
PROCESSUAL CIVIL. EMBARGOS DE DECLARAÇÃO. HIPÓTESES DE CABIMENTO. ART. 535, I E II
DO ANTIGO CPC. ART. 1.022 DO NCPC. REDISCUSSÃO DA CAUSA. INEXISTÊNCIA DE ERRO
MATERIAL, OMISSÃO, CONTRADIÇÃO OU OBSCURIDADE. PREQUESTIONAMENTO. ART. 1.025 DO
NCPC. EMBARGOS REJEITADOS.
Embargos de declaração opostos pela parte autora em face de acórdão que manteve a sentença de
improcedência proferida em ação ajuizada objetivando a substituição da taxa referencial – TR por índices
inflacionários na correção do saldo de contas vinculadas do FGTS.
Os embargos de declaração têm por objetivo a integração de acórdão que contenha erro material,
omissão, contradição ou obscuridade (art. 535, I e II do antigo CPC - e art. 48 da Lei nº 9.099/95 - art.
1.022, incisos I e II do novo Código de Processo Civil), sendo rejeitados os recursos opostos para se
obter o reexame da matéria ou com o único objetivo de que o colegiado manifeste-se expressamente
acerca de dispositivos legais ou constitucionais invocados a título de prequestionamento.
Assim, não se prestam a reexaminar, em regra, atos decisórios alegadamente equivocados ou a incluir,
no debate, novos argumentos jurídicos, uma vez que o efeito infringente não é de sua natureza, salvo em
situações excepcionais. Jurisprudência da Segunda Turma Recursal de Minas Gerais:
2003.38.00.735500-9, Rel. Juiz Federal JOÃO CARLOS COSTA MAYER SOARES, julgado em
12/11/2004, DJ-MG de 27/11/2004.
Fica óbvio, no presente caso, que a intenção da parte embargante é rediscutir matéria já decidida, uma
vez que o acórdão indicou os fundamentos suficientes para a compreensão das razões de decidir,
amparadas em julgamento do Superior Tribunal de Justiça (REsp 1.614.874), submetido ao regime de
recursos repetitivos, de notório caráter vinculante.
Portanto, ausente no acórdão vergastado qualquer ponto obscuro, contraditório ou omisso, rejeitam-se os
presentes embargos declaratórios.
Remanescendo o interesse recursal, pode a parte interpor o pertinente recurso, posto que a oposição de
embargos de declaração satisfaz a exigência estabelecida pelo enunciado nº 356 da Súmula do STF
ainda que a omissão, a contradição e/ou a obscuridade não venha(m) a ser suprida(s) pelo Tribunal a
quo. Nesse sentido: (AI 553928 ED, Relator Min. DIAS TOFFOLI, Primeira Turma, julgado em 15/12/2009,
546
De igual modo, o disposto no art. 1.025 do novo CPC (Art. 1.025. Consideram-se incluídos no acórdão os
elementos que o embargante suscitou, para fins de pré-questionamento, ainda que os embargos de
declaração sejam inadmitidos ou rejeitados, caso o tribunal superior considere existentes erro, omissão,
contradição ou obscuridade.).
Embargos rejeitados. Acórdão lavrado nos moldes do art. 46 da Lei nº 9.099/95.
D087B1F4FF2139B696BE743A5CDC1600
EMENTA
PROCESSUAL CIVIL. AGRAVO INTERNO. DECISÃO QUE INADMITIU INCIDENTE DE
UNIFORMIZAÇÃO/ NEGOU SEGUIMENTO A RECURSO. ART. 15, §2º DO RI DA TNU. DECISÃO
AGRAVADA EM CONSONANCIA COM PRECEDENTE DA TNU. AGRAVO DESPROVIDO.
Autos recebidos da Coordenação das Turmas Recursais dos Juizados Especiais Federais, nos termos do
art. 15, §2º, do Regimento Interno da Turma Nacional de Uniformização dos Juizados Especiais Federais.
A decisão agravada inadmitiu o incidente de uniformização e/ou negou seguimento a recurso interposto
pela parte ré em face de acórdão proferido em ação ajuizada objetivando o pagamento da GACEN em
paridade com os servidores ativos.
Compulsando-se os autos, constata-se que o acórdão desta Turma Recursal está em consonância com
precedente da Turma Nacional de Uniformização, PEDILEF 05207399620144058300, JUIZ FEDERAL
FERNANDO MOREIRA GONÇALVES, DOU 18/11/2016, o qual assentou o direito de
inativos/pensionistas, detentores do direito à paridade, ao pagamento da GACEN em paridade com os
servidores ativos.
Assim, escorreita a decisão da Coordenação das Turmas Recursais desta Seção Judiciária no sentido de
inadmitir/negar seguimento ao incidente de uniformização interposto pela parte autora.
Agravo desprovido. Decisão agravada mantida. Acórdão lavrado nos termos do art. 46 da Lei nº 9.099/95.
ACÓRDÃO
Decide a Turma Recursal, à unanimidade, negar provimento ao agravo interno interposto pela parte ré.
Turma Recursal, Juizado Especial Federal/SJDF – 16/05/2019.
JUÍZA LÍLIA BOTELHO NEIVA BRITO
Relatora 2 – 1ª Turma Recursal/SJDF
8F18D4EBBD3023951DF243345F296223
EMENTA
9296A94E09DB7125A0D8C67B07C461EF
EMENTA
PROCESSUAL CIVIL. AGRAVO INTERNO. DECISÃO QUE INADMITIU INCIDENTE DE
UNIFORMIZAÇÃO. ART. 15, §2º DO RI DA TNU. DECISÃO AGRAVADA EM CONSONANCIA COM
PRECEDENTE DA TNU. AUSÊNCIA DE REPERCUSSÃO GERAL DA MATÉRIA. AGRAVO
IMPROVIDO.
Autos recebidos da Coordenação das Turmas Recursais dos Juizados Especiais Federais, nos termos do
art. 15, §2º, do Regimento Interno da Turma Nacional de Uniformização dos Juizados Especiais Federais.
A decisão agravada inadmitiu o incidente de uniformização e/ou negou seguimento ao recurso, interposto
pela parte autora em face de acórdão proferido em ação ajuizada por servidor público federal objetivando
o reajuste de 15,80%.
Compulsando-se os autos, constata-se que o acórdão desta Turma Recursal está em consonância com
precedente da Turma Nacional de Uniformização, PEDILEF nº 0505390-35.2014.4.05.8500, o qual
assentou que o reajuste de 15,8%, concedido a diversas categorias do serviço público federal, não
importou em revisão geral anual.
Por seu turno, o STF assentou a inexistência de repercussão geral da matéria (ARE 799718 RG,
Relator(a): Min. GILMAR MENDES, julgado em 10/04/2014, PROCESSO ELETRÔNICO DJe-124
DIVULG 25-06-2014 PUBLIC 27-06-2014 ).
548
Assim, escorreita a decisão da Coordenação das Turmas Recursais desta Seção Judiciária no sentido de
inadmitir/negar seguimento ao incidente de uniformização, interposto pela parte autora.
Agravo improvido. Decisão agravada mantida. Acórdão lavrado nos termos do art. 46 da Lei nº 9.099/95.
ACÓRDÃO
Decide a Turma Recursal, à unanimidade, negar provimento ao agravo interno interposto pela parte
autora. Turma Recursal, Juizado Especial Federal/SJDF – 16/05/2019.
JUÍZA LÍLIA BOTELHO NEIVA BRITO
Relatora 2 – 1ª Turma Recursal/SJDF
EMENTA
PROCESSUAL CIVIL. EMBARGOS DE DECLARAÇÃO. HIPÓTESES DE CABIMENTO. ART. 535, I E II
DO ANTIGO CPC. ART. 1.022 DO NCPC. REDISCUSSÃO DA CAUSA. INEXISTÊNCIA DE ERRO
MATERIAL, OMISSÃO, CONTRADIÇÃO OU OBSCURIDADE. PREQUESTIONAMENTO. ART. 1.025 DO
NCPC. EMBARGOS REJEITADOS.
Embargos de declaração opostos pela parte autora em face de acórdão que manteve a sentença de
improcedência proferida em ação ajuizada objetivando a substituição da taxa referencial – TR por índices
inflacionários na correção do saldo de contas vinculadas do FGTS.
Os embargos de declaração têm por objetivo a integração de acórdão que contenha erro material,
omissão, contradição ou obscuridade (art. 535, I e II do antigo CPC - e art. 48 da Lei nº 9.099/95 - art.
1.022, incisos I e II do novo Código de Processo Civil), sendo rejeitados os recursos opostos para se
obter o reexame da matéria ou com o único objetivo de que o colegiado manifeste-se expressamente
acerca de dispositivos legais ou constitucionais invocados a título de prequestionamento.
Assim, não se prestam a reexaminar, em regra, atos decisórios alegadamente equivocados ou a incluir,
no debate, novos argumentos jurídicos, uma vez que o efeito infringente não é de sua natureza, salvo em
situações excepcionais. Jurisprudência da Segunda Turma Recursal de Minas Gerais:
2003.38.00.735500-9, Rel. Juiz Federal JOÃO CARLOS COSTA MAYER SOARES, julgado em
12/11/2004, DJ-MG de 27/11/2004.
Fica óbvio, no presente caso, que a intenção da parte embargante é rediscutir matéria já decidida, uma
vez que o acórdão indicou os fundamentos suficientes para a compreensão das razões de decidir,
amparadas em julgamento do Superior Tribunal de Justiça (REsp 1.614.874), submetido ao regime de
recursos repetitivos, de notório caráter vinculante.
Portanto, ausente no acórdão vergastado qualquer ponto obscuro, contraditório ou omisso, rejeitam-se os
presentes embargos declaratórios.
Remanescendo o interesse recursal, pode a parte interpor o pertinente recurso, posto que a oposição de
embargos de declaração satisfaz a exigência estabelecida pelo enunciado nº 356 da Súmula do STF
ainda que a omissão, a contradição e/ou a obscuridade não venha(m) a ser suprida(s) pelo Tribunal a
quo. Nesse sentido: (AI 553928 ED, Relator Min. DIAS TOFFOLI, Primeira Turma, julgado em 15/12/2009,
DJ-e-035 DIVULG 25-02-2010 PUBLIC 26-02-2010 EMENT VOL-02391-08 PP-01841).
De igual modo, o disposto no art. 1.025 do novo CPC (Art. 1.025. Consideram-se incluídos no acórdão os
elementos que o embargante suscitou, para fins de pré-questionamento, ainda que os PODER
JUDICIÁRIO SEÇÃO JUDICIÁRIA DO DISTRITO FEDERAL
12D61031F32CE675DBACAE7787A3A39B TRF 1 REGIÃO/IMP.15-01-04-SJ
2
embargos de declaração sejam inadmitidos ou rejeitados, caso o tribunal superior considere existentes
erro, omissão, contradição ou obscuridade.).
Embargos rejeitados. Acórdão lavrado nos moldes do art. 46 da Lei nº 9.099/95.
ACÓRDÃO
Decide a Turma Recursal, por unanimidade, rejeitar os embargos de declaração opostos pela parte
autora. Turma Recursal, Juizado Especial Federal – SJDF. Brasília – DF, 16/05/2019.
JUÍZA LÍLIA BOTELHO NEIVA BRITO
549
EMENTA
PROCESSUAL CIVIL. EMBARGOS DE DECLARAÇÃO. HIPÓTESES DE CABIMENTO. ART. 535, I E II
DO ANTIGO CPC. ART. 1.022 DO NCPC. REDISCUSSÃO DA CAUSA. INEXISTÊNCIA DE ERRO
MATERIAL, OMISSÃO, CONTRADIÇÃO OU OBSCURIDADE. PREQUESTIONAMENTO. ART. 1.025 DO
NCPC. EMBARGOS REJEITADOS.
Embargos de declaração opostos pela parte autora em face de acórdão que manteve a sentença de
improcedência proferida em ação ajuizada objetivando a substituição da taxa referencial – TR por índices
inflacionários na correção do saldo de contas vinculadas do FGTS.
Os embargos de declaração têm por objetivo a integração de acórdão que contenha erro material,
omissão, contradição ou obscuridade (art. 535, I e II do antigo CPC - e art. 48 da Lei nº 9.099/95 - art.
1.022, incisos I e II do novo Código de Processo Civil), sendo rejeitados os recursos opostos para se
obter o reexame da matéria ou com o único objetivo de que o colegiado manifeste-se expressamente
acerca de dispositivos legais ou constitucionais invocados a título de prequestionamento.
Assim, não se prestam a reexaminar, em regra, atos decisórios alegadamente equivocados ou a incluir,
no debate, novos argumentos jurídicos, uma vez que o efeito infringente não é de sua natureza, salvo em
situações excepcionais. Jurisprudência da Segunda Turma Recursal de Minas Gerais:
2003.38.00.735500-9, Rel. Juiz Federal JOÃO CARLOS COSTA MAYER SOARES, julgado em
12/11/2004, DJ-MG de 27/11/2004.
Fica óbvio, no presente caso, que a intenção da parte embargante é rediscutir matéria já decidida, uma
vez que o acórdão indicou os fundamentos suficientes para a compreensão das razões de decidir,
amparadas em julgamento do Superior Tribunal de Justiça (REsp 1.614.874), submetido ao regime de
recursos repetitivos, de notório caráter vinculante.
Portanto, ausente no acórdão vergastado qualquer ponto obscuro, contraditório ou omisso, rejeitam-se os
presentes embargos declaratórios.
Remanescendo o interesse recursal, pode a parte interpor o pertinente recurso, posto que a oposição de
embargos de declaração satisfaz a exigência estabelecida pelo enunciado nº 356 da Súmula do STF
ainda que a omissão, a contradição e/ou a obscuridade não venha(m) a ser suprida(s) pelo Tribunal a
quo. Nesse sentido: (AI 553928 ED, Relator Min. DIAS TOFFOLI, Primeira Turma, julgado em 15/12/2009,
DJ-e-035 DIVULG 25-02-2010 PUBLIC 26-02-2010 EMENT VOL-02391-08 PP-01841).
De igual modo, o disposto no art. 1.025 do novo CPC (Art. 1.025. Consideram-se incluídos no acórdão os
elementos que o embargante suscitou, para fins de pré-questionamento, ainda que os PODER
JUDICIÁRIO SEÇÃO JUDICIÁRIA DO DISTRITO FEDERAL
38FD5608DAA0ECBDCF114390355CE6D9 TRF 1 REGIÃO/IMP.15-01-04-SJ
2
embargos de declaração sejam inadmitidos ou rejeitados, caso o tribunal superior considere existentes
erro, omissão, contradição ou obscuridade.).
Embargos rejeitados. Acórdão lavrado nos moldes do art. 46 da Lei nº 9.099/95.
ACÓRDÃO
Decide a Turma Recursal, por unanimidade, rejeitar os embargos de declaração opostos pela parte
autora. Turma Recursal, Juizado Especial Federal – SJDF. Brasília – DF, 16/05/2019.
JUÍZA LÍLIA BOTELHO NEIVA BRITO
Relatora 2 – 1ª Turma Recursal/SJDF
1EF242F23B6B8B4E84A20E3232E943D8
EMENTA
PROCESSUAL CIVIL. EMBARGOS DE DECLARAÇÃO. INEXISTÊNCIA DE ERRO MATERIAL,
OMISSÃO, CONTRADIÇÃO OU OBSCURIDADE. PREQUESTIONAMENTO. ART. 1.025 DO NCPC.
EMBARGOS REJEITADOS.
Embargos de declaração opostos pelo INSS, no qual argumenta que este colegiado foi omisso ao não se
manifestar acerca da concordância expressa da parte autora com a aplicação integral dos termos da Lei
11.960/2009 no que diz respeito à forma de cálculo dos juros de mora e a aplicação da TR para fins de
correção monetária.
A despeito da concordância da parte autora com o teor do recurso inominado no tocante à aplicação da
Lei nº 11.960/09, a autarquia previdenciária não apresentou desistência do recurso quanto ao ponto.
Registre-se, ademais, a existência de precedentes vinculantes acerca da matéria, cuja observância é
obrigatória nos termos do art. 927, III, do NCPC.
Não obstante, fica expressamente ressalvada a aplicação na fase de cumprimento de sentença do índice
de correção monetária a ser definido no julgamento dos ED no RE 870.947, ainda pendente de
julgamento.
Desse modo, ausente no acórdão vergastado qualquer ponto obscuro, contraditório ou omisso, rejeitam-
se os presentes embargos declaratórios.
Remanescendo o interesse recursal, pode a parte interpor o pertinente recurso, posto que a oposição de
embargos de declaração satisfaz a exigência estabelecida pelo enunciado nº 356 da Súmula do STF
ainda que a omissão, a contradição e/ou a obscuridade não venha(m) a ser suprida(s) pelo Tribunal a
quo. Nesse sentido: (AI 553928 ED, Relator Min. DIAS TOFFOLI, Primeira Turma, julgado em 15/12/2009,
DJ-e-035 DIVULG 25-02-2010 PUBLIC 26-02-2010 EMENT VOL-02391-08 PP-01841).
De igual modo, o disposto no art. 1.025 do novo CPC (Art. 1.025. Consideram-se incluídos no acórdão os
elementos que o embargante suscitou, para fins de pré-questionamento, ainda que os embargos de
declaração sejam inadmitidos ou rejeitados, caso o tribunal superior considere existentes erro, omissão,
contradição ou obscuridade.).
Embargos rejeitados. Acórdão lavrado nos moldes do art. 46 da Lei nº 9.099/95.
ACÓRDÃO
Decide a Turma Recursal, por unanimidade, rejeitar os embargos de declaração opostos pela parte ré.
Turma Recursal, Juizado Especial Federal – SJDF. Brasília – DF, 16/05/2019.
JUÍZA LÍLIA BOTELHO NEIVA BRITO
Relatora 2 – 1ª Turma Recursal/SJDF
EMENTA
PROCESSUAL CIVIL. EMBARGOS DE DECLARAÇÃO. HIPÓTESES DE CABIMENTO. ART. 535, I E II
DO ANTIGO CPC. ART. 1.022 DO NCPC. REDISCUSSÃO DA CAUSA. INEXISTÊNCIA DE ERRO
MATERIAL, OMISSÃO, CONTRADIÇÃO OU OBSCURIDADE. PREQUESTIONAMENTO. ART. 1.025 DO
NCPC. EMBARGOS REJEITADOS.
551
Embargos de declaração opostos por GLÓRIA MARTINS DA ROCHA em face de acórdão que manteve a
sentença de improcedência, em ação na qual se buscava a concessão de benefício por incapacidade.
A Embargante aduz, em suma, que foi considerada a data de início da incapacidade consignada pelo
Perito, sem a devida análise do completo acervo fáticoprobatório dos autos e ainda em desatendimento à
indicação da expert que, em sua conclusão, deixa claro que não foi possível estabelecer uma data exata
para o início da incapacidade por falta de “elementos médicos objetivos”, sendo necessário avaliação sob
o enfoque neurológico. Alega, também, que não se levou em consideração o fato notório e inequívoco nos
autos de que a incapacidade reconhecida pela Perita é decorrente da mesma doença que fundamentou a
concessão dos benefícios recebidos pela autora entre 15.4.2014 e 13.6.2014 e entre 29.10.2014 e
3.2.2015, restando incontestável a preexistência da doença (fibromialgia) e da incapacidade da Autora
Registre-se, por oportuno, que foram realizadas 03 (três) perícias médicas nos autos, por especialistas
diversos.
Especialidade ortopedia e traumatologia. O exame técnico, realizado em 15/07/2015, após os
procedimentos periciais pertinentes, aponta que a parte autora, idade na época de 49 (quarenta e nove)
anos, escolaridade ensino fundamental completo e última atividade exercida de doméstica, está capaz
para o trabalho do ponto de vista ortopédico. O perito indicou perícia na especialidade clínica geral ou
reumatologia.
Especialidade medicina do trabalho, medicina legal e perícias médicas. O exame técnico, realizado em
16.03.2016, após os procedimentos periciais pertinentes, aponta que a parte autora, idade na época de
50 (cinquenta) anos, escolaridade ensino fundamental completo e última atividade exercida de doméstica,
está capaz para o trabalho.
Especialidade reumatologia. O exame técnico, realizado em 19.04.2017, após os procedimentos periciais
pertinentes, aponta que a parte autora, idade na época de 51 (cinquenta e um) anos, escolaridade ensino
fundamental completo e última atividade exercida de doméstica, esteve incapacitada total, temporária e
multiprofissional por 03 (três) meses, contados da realização da perícia. A perita indicou nova perícia na
especialidade neurologia.
Ressalte-se que apenas a última perícia constatou incapacidade da autora pelo período de 03 (três)
meses, com DII fixada em 19.04.2017, registrando expressamente que não detinha elementos médicos
objetivos para fixar data anterior.
Em consulta ao CNIS, observa-se que o último vínculo da autora foi um auxílio doença recebido no
interstício de 29.10.2014 a 03.02.2015.
Desse modo, considerando o último vínculo comprovado e notadamente a conclusão das perícias
anteriores realizadas, em 2015 e 2016, pela ausência de incapacidade, a recorrente não detinha a
qualidade de segurado na data fixada pelo juízo como início da incapacidade, 19.04.2017, razão pela qual
não faz jus ao benefício pleiteado.
Quanto à indicação da perita do juízo para que fosse avaliada na especialidade neurologia, faz-se
necessário pontuar que já foram realizadas 03 (três) perícias médicas em especialidades diversas,
inclusive com ortopedista e traumatologista, e que a demandante apenas se prestou a trazer aos autos
novos documentos médicos em 10.04.2017, quando já haviam sido realizadas duas perícias, sendo que,
até então, havia anexado aos autos apenas um atestado médico, na inicial.
Remanescendo o interesse recursal, pode a parte interpor o pertinente recurso, posto que a oposição de
embargos de declaração satisfaz a exigência estabelecida pelo enunciado nº 356 da Súmula do STF
ainda que a omissão, a contradição e/ou a obscuridade não venha(m) a ser suprida(s) pelo Tribunal a
quo. Nesse sentido: (AI 553928 ED, Relator Min. DIAS TOFFOLI, Primeira Turma, julgado em 15/12/2009,
DJ-e-035 DIVULG 25-02-2010 PUBLIC 26-02-2010 EMENT VOL-02391-08 PP-01841).
De igual modo, o disposto no art. 1.025 do novo CPC (Art. 1.025. Consideram-se incluídos no acórdão os
elementos que o embargante suscitou, para fins de pré-questionamento, ainda que PODER JUDICIÁRIO
SEÇÃO JUDICIÁRIA DO DISTRITO FEDERAL
6D038D7570D94CF3EF08C703175EE8A6 TRF 1 REGIÃO/IMP.15-01-04-SJ
552
os embargos de declaração sejam inadmitidos ou rejeitados, caso o tribunal superior considere existentes
erro, omissão, contradição ou obscuridade.).
Embargos rejeitados. Acórdão lavrado nos moldes do art. 46 da Lei nº 9.099/95.
ACÓRDÃO
Decide a Turma Recursal, por unanimidade, rejeitar os embargos de declaração opostos pela parte ré.
Turma Recursal, Juizado Especial Federal – SJDF. Brasília – DF, 16/05/2019.
JUÍZA LÍLIA BOTELHO NEIVA BRITO
Relatora 2 – 1ª Turma Recursal/SJDF
EMENTA
PROCESSUAL CIVIL. EMBARGOS DE DECLARAÇÃO. HIPÓTESES DE CABIMENTO. ART. 535, I E II
DO ANTIGO CPC. ART. 1.022 DO NCPC. REDISCUSSÃO DA CAUSA. INEXISTÊNCIA DE ERRO
MATERIAL, OMISSÃO, CONTRADIÇÃO OU OBSCURIDADE. PREQUESTIONAMENTO. ART. 1.025 DO
NCPC. EMBARGOS REJEITADOS.
Embargos de declaração opostos pela parte autora em face de acórdão que negou provimento ao recurso
inominado da parte embargante, para manter a sentença que julgou improcedente o pedido inicial de
pagamento de honorários de sucumbência no período de agosto a dezembro de 2016, com base na
arrecadação apurada no primeiro semestre do ano de 2015, para fins de cálculo da cota parte devida à
parte autora, nos termos do art. 39 da Lei nº 13.327/2016.
Este colegiado declarou, também, de forma incidental a inconstitucionalidade do art. 85, §19, do
CPC2015 e art. 27 e seguintes da Lei nº 13.327/2016, que estabelecem o recebimento pelos advogados
públicos federais de honorários advocatícios devidos ao ente público.
A parte embargante aduz em suma que incorre em evidente contradição a decisão, na medida em que o
direito aos honorários a) advém do CPC de 1974, tanto que percebido pelos procuradores das Unidades
da Federação desde então, e TARDIAMENTE ALCANÇOU OS ADVOGADOS PÚBLICOS FEDERAIS; b)
foi consagrado no artigo 39, texto autônomo e auto aplicável, NÃO DISTINGUINDO ATIVOS DE
APOSENTADOS, na regra de transição que é, NÃO TENDO, TANTO NA FASE DE TRANSIÇÃO PAGA
COM RECURSOS PÚBLICOS QUANTO NA FASE DEFINITIVA PAGA PELO CONSELHO DE
HONORÁRIOS, NATUREZA PRO LABORE FACIENDA, mas de mera contraprestação retributiva e
remuneratória advinda do orçamento público da União, um marco zero do direito reconhecido; c) NÃO
ADMITE APLICAÇÃO RETROATIVA porque a Lei assim não previu, sendo que a REGRA DE
ESCALONAMENTO percentual, DE JURIDICIDADE DUVIDOSA, SOMENTE PODERIA SE DAR PARA O
FUTURO.
Os embargos de declaração têm por objetivo a integração de acórdão que contenha erro material,
omissão, contradição ou obscuridade (art. 535, I e II do antigo CPC - e art. 48 da Lei nº 9.099/95 - art.
1.022, incisos I e II do novo Código de Processo Civil), sendo rejeitados os recursos opostos para se
obter o reexame da matéria ou com o único objetivo de que o colegiado manifeste-se expressamente
acerca de dispositivos legais ou constitucionais invocados a título de prequestionamento.
Assim, não se prestam a reexaminar, em regra, atos decisórios alegadamente equivocados ou a incluir,
no debate, novos argumentos jurídicos, uma vez que o efeito infringente não é de sua natureza, salvo em
situações excepcionais. Jurisprudência da Segunda Turma Recursal de Minas PODER JUDICIÁRIO
SEÇÃO JUDICIÁRIA DO DISTRITO FEDERAL
9968E1BA7EC74CEA30E54AC80DA3476E TRF 1 REGIÃO/IMP.15-01-04-SJ
2
Gerais: 2003.38.00.735500-9, Rel. Juiz Federal JOÃO CARLOS COSTA MAYER SOARES, julgado em
12/11/2004, DJ-MG de 27/11/2004.
Fica óbvio, no presente caso, que a intenção da parte embargante é rediscutir matéria já decidida, uma
vez que o acórdão indicou os fundamentos suficientes para a compreensão das razões de decidir.
553
Desse modo, ausente no acórdão vergastado qualquer ponto obscuro, contraditório ou omisso, rejeitam-
se os presentes embargos declaratórios.
Remanescendo o interesse recursal, pode a parte interpor o pertinente recurso, posto que a oposição de
embargos de declaração satisfaz a exigência estabelecida pelo enunciado nº 356 da Súmula do STF
ainda que a omissão, a contradição e/ou a obscuridade não venha(m) a ser suprida(s) pelo Tribunal a
quo. Nesse sentido: (AI 553928 ED, Relator Min. DIAS TOFFOLI, Primeira Turma, julgado em 15/12/2009,
DJ-e-035 DIVULG 25-02-2010 PUBLIC 26-02-2010 EMENT VOL-02391-08 PP-01841).
De igual modo, o disposto no art. 1.025 do novo CPC (Art. 1.025. Consideram-se incluídos no acórdão os
elementos que o embargante suscitou, para fins de pré-questionamento, ainda que os embargos de
declaração sejam inadmitidos ou rejeitados, caso o tribunal superior considere existentes erro, omissão,
EMENTA
PROCESSUAL CIVIL. EMBARGOS DE DECLARAÇÃO. HIPÓTESES DE CABIMENTO. ART. 535, I E II
DO ANTIGO CPC. ART. 1.022 DO NCPC. REDISCUSSÃO DA CAUSA. INEXISTÊNCIA DE ERRO
MATERIAL, OMISSÃO, CONTRADIÇÃO OU OBSCURIDADE. PREQUESTIONAMENTO. ART. 1.025 DO
NCPC. EMBARGOS REJEITADOS.
Embargos de declaração opostos pela parte autora em face de acórdão que negou provimento ao recurso
inominado da parte embargante, para manter a sentença que julgou improcedente o pedido inicial de
pagamento de honorários de advocatícios no período de agosto a dezembro de 2016, com base na
arrecadação apurada no primeiro semestre do ano de 2015, para fins de cálculo da cota parte devida à
parte autora, nos termos do art. 39 da Lei nº 13.327/2016.
Este colegiado declarou, também, de forma incidental a inconstitucionalidade do art. 85, §19, do
CPC2015 e art. 27 e seguintes da Lei nº 13.327/2016, que estabelecem o recebimento pelos advogados
públicos federais de honorários advocatícios devidos ao ente público.
Aduz a parte embargante a existência de omissão relativa à ausência de intimação das partes para
manifestação acerca da inconstitucionalidade declarada. Aduz, também, ofensa à cláusula de reserva de
plenário.
Os embargos de declaração têm por objetivo a integração de acórdão que contenha erro material,
omissão, contradição ou obscuridade (art. 535, I e II do antigo CPC - e art. 48 da Lei nº 9.099/95 - art.
1.022, incisos I e II do novo Código de Processo Civil), sendo rejeitados os recursos opostos para se
obter o reexame da matéria ou com o único objetivo de que o colegiado manifeste-se expressamente
acerca de dispositivos legais ou constitucionais invocados a título de prequestionamento.
Assim, não se prestam a reexaminar, em regra, atos decisórios alegadamente equivocados ou a incluir,
no debate, novos argumentos jurídicos, uma vez que o efeito infringente não é de sua natureza, salvo em
situações excepcionais. Jurisprudência da Segunda Turma Recursal de Minas Gerais:
2003.38.00.735500-9, Rel. Juiz Federal JOÃO CARLOS COSTA MAYER SOARES, julgado em
12/11/2004, DJ-MG de 27/11/2004.
Inicialmente, há de se afirmar a inaplicabilidade do art. 10 do CPC/15 no sistema dos Juizados Especiais
Federais, que tem rito processual especial próprio. Registre-se o Enunciado nº 160 do FONAJEF: Não
causa nulidade a não-aplicação do art. 10 do NCPC e do art. 487, parágrafo único, do NCPC nos
554
juizados, tendo em vista os princípios da celeridade e informalidade (Aprovado no XII FONAJEF). PODER
JUDICIÁRIO SEÇÃO JUDICIÁRIA DO DISTRITO FEDERAL
40C622681F5A3C0E94D47843CD82C550 TRF 1 REGIÃO/IMP.15-01-04-SJ
2
Quanto à alegação de violação ao art. 97, da Constituição Federal, deve-se ressaltar que, conforme
jurisprudência do STF, não se aplica às Turmas Recursais de Juizados Especiais a Súmula Vinculante nº
10, uma vez que estas não possuem natureza de tribunal e, assim, não estão sujeitas à cláusula de
reserva de plenário. Nesse sentido: (AI 560036 ED-AgR, Relator(a): Min. CEZAR PELUSO, Segunda
Turma, julgado em 22/08/2006, DJ 15-09-2006 PP-00060 EMENT VOL-02247-04 PP-00807).
EMENTA
PROCESSUAL CIVIL. EMBARGOS DE DECLARAÇÃO. HIPÓTESES DE CABIMENTO. ART. 535, I E II
DO ANTIGO CPC. ART. 1.022 DO NCPC. REDISCUSSÃO DA CAUSA. INEXISTÊNCIA DE ERRO
MATERIAL, OMISSÃO, CONTRADIÇÃO OU OBSCURIDADE. PREQUESTIONAMENTO. ART. 1.025 DO
NCPC. EMBARGOS REJEITADOS.
Embargos de declaração opostos pela parte autora em face de acórdão que negou provimento ao recurso
inominado da parte embargante, para manter a sentença que julgou improcedente o pedido inicial de
pagamento de honorários de sucumbência no período de agosto a dezembro de 2016, com base na
arrecadação apurada no primeiro semestre do ano de 2015, para fins de cálculo da cota parte devida à
parte autora, nos termos do art. 39 da Lei nº 13.327/2016.
Este colegiado declarou, também, de forma incidental a inconstitucionalidade do art. 85, §19, do
CPC2015 e art. 27 e seguintes da Lei nº 13.327/2016, que estabelecem o recebimento pelos advogados
públicos federais de honorários advocatícios devidos ao ente público.
A parte embargante aduz em suma que incorre em evidente contradição a decisão, na medida em que o
direito aos honorários a) advém do CPC de 1974, tanto que percebido pelos procuradores das Unidades
da Federação desde então, e TARDIAMENTE ALCANÇOU OS ADVOGADOS PÚBLICOS FEDERAIS; b)
foi consagrado no artigo 39, texto autônomo e auto aplicável, NÃO DISTINGUINDO ATIVOS DE
APOSENTADOS, na regra de transição que é, NÃO TENDO, TANTO NA FASE DE TRANSIÇÃO PAGA
COM RECURSOS PÚBLICOS QUANTO NA FASE DEFINITIVA PAGA PELO CONSELHO DE
HONORÁRIOS, NATUREZA PRO LABORE FACIENDA, mas de mera contraprestação retributiva e
555
remuneratória advinda do orçamento público da União, um marco zero do direito reconhecido; c) NÃO
ADMITE APLICAÇÃO RETROATIVA porque a Lei assim não previu, sendo que a REGRA DE
ESCALONAMENTO percentual, DE JURIDICIDADE DUVIDOSA, SOMENTE PODERIA SE DAR PARA O
FUTURO.
Os embargos de declaração têm por objetivo a integração de acórdão que contenha erro material,
omissão, contradição ou obscuridade (art. 535, I e II do antigo CPC - e art. 48 da Lei nº 9.099/95 - art.
1.022, incisos I e II do novo Código de Processo Civil), sendo rejeitados os recursos opostos para se
obter o reexame da matéria ou com o único objetivo de que o colegiado manifeste-se expressamente
acerca de dispositivos legais ou constitucionais invocados a título de prequestionamento.
Assim, não se prestam a reexaminar, em regra, atos decisórios alegadamente equivocados ou a incluir,
Gerais: 2003.38.00.735500-9, Rel. Juiz Federal JOÃO CARLOS COSTA MAYER SOARES, julgado em
12/11/2004, DJ-MG de 27/11/2004.
Fica óbvio, no presente caso, que a intenção da parte embargante é rediscutir matéria já decidida, uma
vez que o acórdão indicou os fundamentos suficientes para a compreensão das razões de decidir.
Desse modo, ausente no acórdão vergastado qualquer ponto obscuro, contraditório ou omisso, rejeitam-
se os presentes embargos declaratórios.
Remanescendo o interesse recursal, pode a parte interpor o pertinente recurso, posto que a oposição de
embargos de declaração satisfaz a exigência estabelecida pelo enunciado nº 356 da Súmula do STF
ainda que a omissão, a contradição e/ou a obscuridade não venha(m) a ser suprida(s) pelo Tribunal a
quo. Nesse sentido: (AI 553928 ED, Relator Min. DIAS TOFFOLI, Primeira Turma, julgado em 15/12/2009,
DJ-e-035 DIVULG 25-02-2010 PUBLIC 26-02-2010 EMENT VOL-02391-08 PP-01841).
De igual modo, o disposto no art. 1.025 do novo CPC (Art. 1.025. Consideram-se incluídos no acórdão os
elementos que o embargante suscitou, para fins de pré-questionamento, ainda que os embargos de
declaração sejam inadmitidos ou rejeitados, caso o tribunal superior considere existentes erro, omissão,
contradição ou obscuridade.).
Indefere-se, por fim, o pedido de concessão de gratuidade de justiça, visto que a remuneração da parte
autora supera o valor de 10 (dez) salários mínimos.
Embargos rejeitados. Acórdão lavrado nos moldes do art. 46 da Lei nº 9.099/95.
ACÓRDÃO
Decide a Turma Recursal, por unanimidade, rejeitar os embargos de declaração opostos pela parte
autora. Turma Recursal, Juizado Especial Federal – SJDF. Brasília – DF, 16/05/2019.
JUÍZA LÍLIA BOTELHO NEIVA BRITO
Relatora 2 – 1ª Turma Recursal/SJDF
EMENTA
PROCESSUAL CIVIL. EMBARGOS DE DECLARAÇÃO. HIPÓTESES DE CABIMENTO. ART. 535, I E II
DO ANTIGO CPC. ART. 1.022 DO NCPC. REDISCUSSÃO DA CAUSA. INEXISTÊNCIA DE ERRO
MATERIAL, OMISSÃO, CONTRADIÇÃO OU OBSCURIDADE. PREQUESTIONAMENTO. ART. 1.025 DO
NCPC. EMBARGOS REJEITADOS.
Embargos de declaração opostos pela parte autora em face de acórdão que negou provimento ao recurso
inominado da parte embargante, para manter a sentença que julgou improcedente o pedido inicial de
pagamento de honorários de sucumbência no período de agosto a dezembro de 2016, com base na
arrecadação apurada no primeiro semestre do ano de 2015, para fins de cálculo da cota parte devida à
parte autora, nos termos do art. 39 da Lei nº 13.327/2016.
556
Este colegiado declarou, também, de forma incidental a inconstitucionalidade do art. 85, §19, do
CPC2015 e art. 27 e seguintes da Lei nº 13.327/2016, que estabelecem o recebimento pelos advogados
públicos federais de honorários advocatícios devidos ao ente público.
A parte embargante aduz em suma que incorre em evidente contradição a decisão, na medida em que o
direito aos honorários a) advém do CPC de 1974, tanto que percebido pelos procuradores das Unidades
da Federação desde então, e TARDIAMENTE ALCANÇOU OS ADVOGADOS PÚBLICOS FEDERAIS; b)
foi consagrado no artigo 39, texto autônomo e auto aplicável, NÃO DISTINGUINDO ATIVOS DE
APOSENTADOS, na regra de transição que é, NÃO TENDO, TANTO NA FASE DE TRANSIÇÃO PAGA
COM RECURSOS PÚBLICOS QUANTO NA FASE DEFINITIVA PAGA PELO CONSELHO DE
HONORÁRIOS, NATUREZA PRO LABORE FACIENDA, mas de mera contraprestação retributiva e
Gerais: 2003.38.00.735500-9, Rel. Juiz Federal JOÃO CARLOS COSTA MAYER SOARES, julgado em
12/11/2004, DJ-MG de 27/11/2004.
Fica óbvio, no presente caso, que a intenção da parte embargante é rediscutir matéria já decidida, uma
vez que o acórdão indicou os fundamentos suficientes para a compreensão das razões de decidir.
Desse modo, ausente no acórdão vergastado qualquer ponto obscuro, contraditório ou omisso, rejeitam-
se os presentes embargos declaratórios.
Remanescendo o interesse recursal, pode a parte interpor o pertinente recurso, posto que a oposição de
embargos de declaração satisfaz a exigência estabelecida pelo enunciado nº 356 da Súmula do STF
ainda que a omissão, a contradição e/ou a obscuridade não venha(m) a ser suprida(s) pelo Tribunal a
quo. Nesse sentido: (AI 553928 ED, Relator Min. DIAS TOFFOLI, Primeira Turma, julgado em 15/12/2009,
DJ-e-035 DIVULG 25-02-2010 PUBLIC 26-02-2010 EMENT VOL-02391-08 PP-01841).
De igual modo, o disposto no art. 1.025 do novo CPC (Art. 1.025. Consideram-se incluídos no acórdão os
elementos que o embargante suscitou, para fins de pré-questionamento, ainda que os embargos de
declaração sejam inadmitidos ou rejeitados, caso o tribunal superior considere existentes erro, omissão,
contradição ou obscuridade.).
Indefere-se, por fim, o pedido de concessão de gratuidade de justiça, visto que a remuneração da parte
autora supera o valor de 10 (dez) salários mínimos.
Embargos rejeitados. Acórdão lavrado nos moldes do art. 46 da Lei nº 9.099/95.
ACÓRDÃO
Decide a Turma Recursal, por unanimidade, rejeitar os embargos de declaração opostos pela parte
autora. Turma Recursal, Juizado Especial Federal – SJDF. Brasília – DF, 16/05/2019.
JUÍZA LÍLIA BOTELHO NEIVA BRITO
Relatora 2 – 1ª Turma Recursal/SJDF
EMENTA
PROCESSUAL CIVIL. ATUALIZAÇÃO MONETÁRIA. PRECEDENTES VINCULANTES DO STF/STJ.
RECURSO PROVIDO. RESSALVA DA APLICAÇÃO DO ÍNDICE DE CORREÇÃO MONETÁRIA A SER
DEFINIDO PELO STF NO ED - RE 870947.
Recurso interposto pelos autores que pedem a reforma da sentença tão somente no tocante à correção
monetária, a fim de que seja aplicado o IPCA.
A sentença determinou a observância dos seguintes critérios:
2) O art. 1º-F da Lei nº 9.494/97, com a redação dada pela Lei nº 11.960/09, na parte em que disciplina a
atualização monetária das condenações impostas à Fazenda Pública segundo a remuneração oficial da
caderneta de poupança, revela-se inconstitucional ao impor restrição desproporcional ao direito de
propriedade (CRFB, art. 5º, XXII), uma vez que não se qualifica como medida adequada a capturar a
variação de preços da economia, sendo inidônea a promover os fins a que se destina.
Por sua vez, o Superior Tribunal de Justiça, em julgamento de recurso repetitivo já transitado em julgado
(REsp 1495146/MG, Rel. Ministro MAURO CAMPBELL MARQUES, PRIMEIRA SEÇÃO, julgado em
22/02/2018, DJe 02/03/2018), após o julgamento do RE 870.947, estabeleceu os seguintes critérios no
tocante às causas que envolvem servidor público:
3.1.1 Condenações judiciais referentes a servidores e empregados públicos.
As condenações judiciais referentes a servidores e empregados públicos, sujeitam-se aos seguintes
encargos: (a) até julho/2001: juros de mora: 1% ao mês (capitalização simples); correção monetária:
índices previstos no Manual de Cálculos da Justiça Federal, com destaque para a incidência do IPCA-E a
partir de janeiro/2001; (b) agosto/2001 a junho/2009: juros de mora: 0,5% ao mês; correção monetária:
IPCA-E; (c) a partir de julho/2009: juros de mora: remuneração oficial da caderneta de poupança;
correção monetária: IPCA-E.
Assim, o recurso dos autores há de ser provido para o fim de determinar a observância do IPCA-E no
tocante à correção monetária..
Não obstante, fica expressamente ressalvada a aplicação na fase de cumprimento de sentença do índice
de correção monetária a ser definido no ED no RE 870947, ainda pendente de julgamento.
Recurso provido. Sentença parcialmente reformada, com a ressalva supra. Acórdão lavrado nos termos
do art. 46 da Lei nº 9.099/95.
Incabíveis honorários advocatícios (art. 55 da Lei nº 9.099/95).
ACÓRDÃO
Decide a Turma Recursal, por unanimidade, dar provimento ao recurso dos autores. Turma Recursal,
Juizado Especial Federal – SJDF. Brasília – DF, 16/05/2019.
JUÍZA LÍLIA BOTELHO NEIVA BRITO
Relatora 2 – 1ª Turma Recursal/SJDF
558
EMENTA
PROCESSUAL CIVIL. EMBARGOS DE DECLARAÇÃO. HIPÓTESES DE CABIMENTO. ART. 535, I E II
DO ANTIGO CPC. ART. 1.022 DO NCPC. REDISCUSSÃO DA CAUSA. INEXISTÊNCIA DE ERRO
MATERIAL, OMISSÃO, CONTRADIÇÃO OU OBSCURIDADE. PREQUESTIONAMENTO. ART. 1.025 DO
NCPC. EMBARGOS REJEITADOS.
Embargos de declaração opostos pela parte autora em face de acórdão que manteve a sentença de
improcedência proferida em ação ajuizada objetivando a substituição da taxa referencial – TR por índices
inflacionários na correção do saldo de contas vinculadas do FGTS.
Os embargos de declaração têm por objetivo a integração de acórdão que contenha erro material,
omissão, contradição ou obscuridade (art. 535, I e II do antigo CPC - e art. 48 da Lei nº 9.099/95 - art.
1.022, incisos I e II do novo Código de Processo Civil), sendo rejeitados os recursos opostos para se
obter o reexame da matéria ou com o único objetivo de que o colegiado manifeste-se expressamente
acerca de dispositivos legais ou constitucionais invocados a título de prequestionamento.
Assim, não se prestam a reexaminar, em regra, atos decisórios alegadamente equivocados ou a incluir,
no debate, novos argumentos jurídicos, uma vez que o efeito infringente não é de sua natureza, salvo em
situações excepcionais. Jurisprudência da Segunda Turma Recursal de Minas Gerais:
2003.38.00.735500-9, Rel. Juiz Federal JOÃO CARLOS COSTA MAYER SOARES, julgado em
12/11/2004, DJ-MG de 27/11/2004.
Fica óbvio, no presente caso, que a intenção da parte embargante é rediscutir matéria já decidida, uma
vez que o acórdão indicou os fundamentos suficientes para a compreensão das razões de decidir,
amparadas em julgamento do Superior Tribunal de Justiça (REsp 1.614.874), submetido ao regime de
recursos repetitivos, de notório caráter vinculante.
Portanto, ausente no acórdão vergastado qualquer ponto obscuro, contraditório ou omisso, rejeitam-se os
presentes embargos declaratórios.
Remanescendo o interesse recursal, pode a parte interpor o pertinente recurso, posto que a oposição de
embargos de declaração satisfaz a exigência estabelecida pelo enunciado nº 356 da Súmula do STF
ainda que a omissão, a contradição e/ou a obscuridade não venha(m) a ser suprida(s) pelo Tribunal a
quo. Nesse sentido: (AI 553928 ED, Relator Min. DIAS TOFFOLI, Primeira Turma, julgado em 15/12/2009,
DJ-e-035 DIVULG 25-02-2010 PUBLIC 26-02-2010 EMENT VOL-02391-08 PP-01841).
De igual modo, o disposto no art. 1.025 do novo CPC (Art. 1.025. Consideram-se incluídos no acórdão os
elementos que o embargante suscitou, para fins de pré-questionamento, ainda que os PODER
JUDICIÁRIO SEÇÃO JUDICIÁRIA DO DISTRITO FEDERAL
93CF642C107C7E7AD235BE17BAA9EFA5 TRF 1 REGIÃO/IMP.15-01-04-SJ
2
embargos de declaração sejam inadmitidos ou rejeitados, caso o tribunal superior considere existentes
erro, omissão, contradição ou obscuridade.).
Embargos rejeitados. Acórdão lavrado nos moldes do art. 46 da Lei nº 9.099/95.
ACÓRDÃO
Decide a Turma Recursal, por unanimidade, rejeitar os embargos de declaração opostos pela parte
autora. Turma Recursal, Juizado Especial Federal – SJDF. Brasília – DF, 16/05/2019.
JUÍZA LÍLIA BOTELHO NEIVA BRITO
Relatora 2 – 1ª Turma Recursal/SJDF
EMENTA
RELATORA
RECORRENTE(S) : JOSINA SOARES DE OLIVEIRA
ADVG/PROC. : DF00020379 - THATYANNA
MYCHELLE GOMES DE
CARVALHO E OUTRO(S)
RECORRIDO(S) : UNIAO FEDERAL
ADVG/PROC. : - SAMUEL LAGES NEVES
LOPES
EMENTA
Quanto à alegação de violação ao art. 97, da Constituição Federal, deve-se ressaltar que, conforme
jurisprudência do STF, não se aplica às Turmas Recursais de Juizados Especiais a Súmula Vinculante nº
10, uma vez que estas não possuem natureza de tribunal e, assim, não estão sujeitas à cláusula de
reserva de plenário. Nesse sentido: (AI 560036 ED-AgR, Relator(a): Min. CEZAR PELUSO, Segunda
Turma, julgado em 22/08/2006, DJ 15-09-2006 PP-00060 EMENT VOL-02247-04 PP-00807).
Desse modo, ausente no acórdão vergastado qualquer ponto obscuro, contraditório ou omisso, rejeitam-
se os presentes embargos declaratórios.
Remanescendo o interesse recursal, pode a parte interpor o pertinente recurso, posto que a oposição de
embargos de declaração satisfaz a exigência estabelecida pelo enunciado nº 356 da Súmula do STF
ainda que a omissão, a contradição e/ou a obscuridade não venha(m) a ser suprida(s) pelo Tribunal a
quo. Nesse sentido: (AI 553928 ED, Relator Min. DIAS TOFFOLI, Primeira Turma, julgado em 15/12/2009,
DJ-e-035 DIVULG 25-02-2010 PUBLIC 26-02-2010 EMENT VOL-02391-08 PP-01841).
De igual modo, o disposto no art. 1.025 do novo CPC (Art. 1.025. Consideram-se incluídos no acórdão os
elementos que o embargante suscitou, para fins de pré-questionamento, ainda que os embargos de
declaração sejam inadmitidos ou rejeitados, caso o tribunal superior considere existentes erro, omissão,
contradição ou obscuridade.).
Indefere-se, por fim, o pedido de concessão de gratuidade de justiça, visto que a remuneração da parte
autora supera o valor de 10 (dez) salários mínimos.
Embargos rejeitados. Acórdão lavrado nos moldes do art. 46 da Lei nº 9.099/95.
ACÓRDÃO
Decide a Turma Recursal, por unanimidade, rejeitar os embargos de declaração opostos pela parte
autora. Turma Recursal, Juizado Especial Federal – SJDF. Brasília – DF, 16/05/2019.
JUÍZA LÍLIA BOTELHO NEIVA BRITO
Relatora 2 – 1ª Turma Recursal/SJDF
561
EMENTA
TRIBUTÁRIO. CONTRIBUIÇÃO PREVIDENCIÁRIA. VALORES RECEBIDOS JUDICIALMENTE. REGIME
DE COMPETÊNCIA. SENTENÇA CITRA PETITA. ART. 1.013, § 3º, III, DO NCPC. JUROS
MORATÓRIOS. NÃO INCIDÊNCIA DE CONTRIBUIÇÃO PREVIDENCIÁRIA. RECURSO PROVIDO.
PEDIDO INICIAL JULGADO PROCEDENTE
Recurso interposto pela parte autora em face de sentença que julgou improcedente o pedido inicial, nos
termos do art. 487, I, do CPC.
A sentença consignou em sua fundamentação:
(...)
Assim, como se trata de verba principal tributada, é correto que a retenção na fonte do IRPF tenha
ocorrido sobre o principal, a correção monetária e os juros de mora.
Sem razão, assim, a pretensão de repetição do IR.
A legalidade da incidência da contribuição social dos servidores para o regime próprio de previdência
(PSS) por ocasião do pagamento de precatório/RPV está pautada no art. 16-A da Lei 10.887/03, desde a
edição da MP 449/08 convertida na Lei 11.941/09, cuja redação foi modificada pela MP 497/2010
convertida na Lei 12.350/10, in verbis:
Art. 16-A. A contribuição do Plano de Seguridade do Servidor Público (PSS), decorrente de valores pagos
em cumprimento de decisão judicial, ainda que derivada de homologação de acordo, será retida na fonte,
no momento do pagamento ao beneficiário ou seu representante legal, pela instituição financeira
responsável pelo pagamento, por intermédio da quitação da guia de recolhimento remetida pelo setor de
precatórios do Tribunal respectivo, no caso de pagamento de precatório ou requisição de pequeno valor,
ou pela fonte pagadora, no caso de implantação de rubrica específica em folha, mediante a aplicação da
alíquota de 11% (onze por cento) sobre o valor pago. (Redação dada pela Lei nº 12.350, de 2010).
Parágrafo único. O recolhimento da contribuição deverá ser efetuado nos mesmos prazos previstos no §
1o do art. 8o-A, de acordo com a data do pagamento. (Redação dada pela Lei nº 12.688, de 2012).
O fato de o título executivo ser anterior à supracitada legislação ou mesmo omisso quanto à incidência da
contribuição previdenciária não constitui óbice à legalidade da retenção na fonte como reconhece o STJ:
ADMINISTRATIVO. EXECUÇÃO DE SENTENÇA. RETENÇÃO NA FONTE DE CONTRIBUIÇÃO DO
PLANO DE SEGURIDADE DO SERVIDOR PÚBLICO - PSS. LEI 10.887/04, ART. 16-A. 1. A retenção na
fonte da contribuição do Plano de Seguridade do Servidor Público - PSS, incidente sobre valores pagos
em PODER JUDICIÁRIO SEÇÃO JUDICIÁRIA DO DISTRITO FEDERAL
45080F9D0EA7250BA6956C121C7A715C TRF 1 REGIÃO/IMP.15-01-04-SJ
2
cumprimento de decisão judicial, prevista no art. 16-A da Lei 10.887/04, constitui obrigação ex lege e
como tal deve ser promovida independentemente de condenação ou de prévia autorização no título
executivo. 2. Recurso Especial provido. Acórdão sujeito ao regime do art. 543-C do CPC e da Resolução
STJ 08/08. (REsp 1196777/RS, Rel. Ministro TEORI ALBINO ZAVASCKI, PRIMEIRA SEÇÃO, julgado em
27/10/2010, DJe 04/11/2010)
Quanto à alegação de que os juros moratórios não integrariam a base de cálculo da contribuição
previdência do regime próprio de previdência (PSS), a plausibilidade da tese já foi reconhecida pelo STJ:
(...)
Contudo, fato é que o autor não se desincumbiu do ônus de demonstrar os fatos constitutivos de seu
alegado direito (art. 373, I, CPC), ou seja, de que efetivamente houve a incidência da contribuição
previdenciária sobre os juros moratórios, já que não foram juntados os cálculos homologados pelo juízo
nem o ofício requisitório do precatório/RPV, com a discriminação das verbas que realmente serviram de
base de cálculo para a contribuição previdenciária, fato que seria essencial para assegurar o direito à
pretensa restituição.
562
Presente tal contexto e diante da presunção de legitimidade de que gozam os atos administrativos, porta
maior verossimilhança que o ato de retenção na fonte dos tributos por ocasião da feitura do
precatório/RPV fora calculado corretamente.
Sem razão, assim, a pretensão de repetição do PSS.
Em sede de embargos de declaração, decidiu o juízo a quo:
Ao teor do art. 48 da Lei 9.099/95, os embargos de declaração são recurso de fundamentação vinculada,
cabíveis exclusivamente quando houver na sentença ou no acórdão, obscuridade, contradição, omissão
ou dúvida.
No mesmo sentido, o TRF da 1º Região possui jurisprudência sólida que “os embargos de declaração só
devem ser acolhidos quando a decisão for omissa em algum ponto sobre o qual o Tribunal deveria se
Ante o exposto, conheço dos embargos, porque tempestivos, mas lhes NEGO PROVIMENTO.
A parte recorrente pede, em suma, a aplicação da alíquota de 6% (seis por cento), vigente à época em
que as verbas recebidas judicialmente eram devidas e a inexigibilidade da contribuição previdenciária
sobre os juros moratórios.
Compulsando-se os autos, constata-se que a sentença deixou de analisar pedido subsidiário da parte
autora, no qual pugna pela aplicação da alíquota vigente no período que originou a incidência do PSS, ou
seja, o percentual de 6%, nos termos do Decreto n. 8308/79, devolvendo-se também, nesta situação, o
montante da contribuição previdenciária calculado sobre os juros de mora, perfazendo o montante de
R$16.602,14 (dezesseis mil e seiscentos e dois reais e quatorze centavos), conforme memória de cálculo
anexa.
Registre-se, por oportuno, que apesar de constar dos embargos de declaração, opostos pela parte autora
(registro de 23.04.2018), informação de que a sentença não analisou pedido suscitado na exordial, o juízo
a quo decidiu os embargos no sentido de que se tratava de reexame da sentença, rejeitando os
embargos.
Ademais, tratou de matéria não ventilada na exordial, qual seja, a incidência de imposto de renda sobre
juros moratórios, devendo ser decotada no ponto.
Por seu turno, configura-se citra petita a decisão que não examina em toda a sua amplitude o pedido
formulado na inicial.
Julgamento em conformidade com o art. 1.013, §3º, III, do CPC/15.
A jurisprudência dos Tribunais Regionais Federais é pacífica no sentido de que a retenção da contribuição
previdenciária (PSS) do servidor público federal deve respeitar o regime de competência, conforme
julgado do Tribunal Regional Federal da 2ª Região assim ementado:
Ementa: AGRAVO DE INSTRUMENTO. EXECUÇÃO DE SENTENÇA. RETENÇÃO DE CONTRIBUIÇÃO
AO PSS. REGIME DE COMPETÊNCIA. APLICAÇÃO DA ALÍQUOTA VIGENTE NO MOMENTO EM QUE
O PAGAMENTO DEVERIA TER SIDO EFETUADO. 1- Trata-se de agravo de instrumento interposto em
face de decisão que determinou que o desconto da contribuição ao Plano de Seguridade do Servidor -
PSS fosse efetuado no percentual vigente quando o pagamento das diferenças pleiteadas deveriam ter
ocorrido, e não na alíquota atual de 11%. 2- Não obstante o Superior Tribunal de Justiça tenha decidido
no REsp 1196777/RS, julgado em regime de recurso repetitivo, que a retenção da contribuição
previdenciária, prevista no art. 16-A da Lei 10.887/2004 incidiria sobre os pagamentos judiciais ainda que
estes se referissem a créditos anteriores à referida lei, foi expressamente ressalvado que esta não
incidiria se tratasse de servidores aposentados e pensionistas, no período anterior a 2004. 3- Com efeito,
a contribuição dos inativos e pensionistas ao regime de previdência próprio do servidor público foi
instituída pela Emenda Constitucional n° 41, de 19 de dezembro de 2003, que, por sua vez, foi
regulamentada pela Lei 10.887/04, cujo art. 16 expressamente dispôs que tal contribuição só passaria a
ser exigível a partir de 20 de maio de 2004. Desse modo, antes desse período não poderia incidir a
563
contribuição previdenciária por falta de previsão legal. Precedentes desta E. Corte nesse sentido. 4-
Extrai-se, a partir dessa ressalva, a conclusão de que a contribuição previdenciária deve observar o
regime de competência, sendo calculada de acordo com a legislação vigente à época em que as
diferenças deveriam ter sido pagas aos servidores. Precedentes: TRF4, AG 0000155-34.2012.404.0000,
Quarta Turma, Rel. Des. Fed. JOÃO PEDRO GEBRAN NETO, E-DJF1 14/03/2012; TRF5, AC
200105000323725, Terceira Turma, Rel. Des. Fed. VLADIMIR CARVALHO, DJe 08/06/2010; TRF2, AG
201102010082882, Oitava Turma Especializada, Rel. Juíza Fed. Conv. FÁTIMA MARIA NOVELINO
SEQUEIRA, E-DJF2R 31/05/2012. 5- No caso em tela, a servidora pública está executando diferenças de
correção monetária de valores atrasados pagos PODER JUDICIÁRIO SEÇÃO JUDICIÁRIA DO
DISTRITO FEDERAL
administrativamente em 1991, sem atualização, devendo ser aplicado aqui o mesmo raciocínio utilizado
nos casos dos servidores inativos e pensionistas. 6- Entender pela aplicação da alíquota ora vigente seria
onerar a Autora duplamente, na medida em que além de não ter recebido o que lhe era devido no
momento oportuno, ainda terá que arcar com um tributo maior, em razão da inércia da Agravante. 7-
Ressalte-se que o Superior Tribunal de Justiça tem ratificado o entendimento de que a incidência de
tributos sobre as verbas devidas a servidores públicos em virtude de decisões judiciais deve observar a
legislação tributária vigente à época em que os pagamentos deveriam ter sido efetuados. Precedentes:
STJ, AgRg no Ag 766.896/SC, 1.ªTurma, Rel. Ministro JOSÉ DELGADO, DJ de 19/03/2007; STJ, AgRg
no REsp 1224230, Rel. Min. BENEDITO GONÇALVES, DJe 01/03/2012; STJ, AgRg no REsp
1168539/RS, Rel. Min. LAURITA VAZ, DJe 08/11/2011. 8- Agravo de instrumento desprovido.
(TRF2 - AG: 201202010157746, Relator Desembargador Federal Marcus Abraham, Quinta Turma
Especializada. julgado em 18/02/2014, publicado em 06/03/2014).
Os juros moratórios não se incorporam à remuneração do servidor para fins de aposentadoria e, portanto,
não podem integrar a base de cálculo da contribuição previdenciária.
O Superior Tribunal de Justiça já se manifestou sobre o tema, em sede de julgamento de recursos
repetitivos, nos seguintes termos:
PROCESSUAL CIVIL. RECURSO ESPECIAL. TRIBUTÁRIO. CONTRIBUIÇÃO DO PLANO DE
SEGURIDADE DO SERVIDOR PÚBLICO (PSS). RETENÇÃO. VALORES PAGOS EM CUMPRIMENTO
DE DECISÃO JUDICIAL (DIFERENÇAS SALARIAIS).INEXIGIBILIDADE DA CONTRIBUIÇÃO SOBRE A
PARCELA REFERENTE AOS JUROS DE MORA.
1. O ordenamento jurídico atribui aos juros de mora a natureza indenizatória. Destinam-se, portanto, a
reparar o prejuízo suportado pelo credor em razão da mora do devedor, o qual não efetuou o pagamento
nas condições estabelecidas pela lei ou pelo contrato. Os juros de mora, portanto, não constituem verba
destinada a remunerar o trabalho prestado ou capital investido.
2. A não incidência de contribuição para o PSS sobre juros de mora encontra amparo na jurisprudência do
Supremo Tribunal Federal, que autoriza a incidência de tal contribuição apenas em relação às parcelas
incorporáveis ao vencimento do servidor público. Nesse sentido: REsp 1.241.569/RS, 2ª Turma, Rel. Min.
Herman Benjamin, DJe de 13.9.2011.
3. A incidência de contribuição para o PSS sobre os valores pagos em cumprimento de decisão judicial,
por si só, não justifica a incidência da contribuição sobre os juros de mora. Ainda que se admita a
integração da legislação tributária pelo princípio do direito privado segundo o qual, salvo disposição em
contrário, o bem acessório segue o principal (expresso no art. 59 do CC/1916 e implícito no CC/2002), tal
integração não pode implicar na exigência de tributo não previsto em lei (como ocorre com a analogia),
nem na dispensa do pagamento de tributo devido (como ocorre com a equidade).
4. Ainda que seja possível a incidência de contribuição social sobre quaisquer vantagens pagas ao
servidor público federal (art. 4º, § 1º, da Lei 10.887/2004), não é possível a sua incidência sobre as
parcelas pagas a título de indenização (como é o caso dos juros de mora), pois, conforme expressa
previsão legal (art. 49, I e § 1º, da Lei 8.112/90), não se incorporam ao vencimento ou provento. Por tal
razão, não merece acolhida a alegação no sentido de que apenas as verbas expressamente
mencionadas pelos incisos do § 1º do art. 4º da Lei 10.887/2004 não sofrem a incidência de contribuição
social. PODER JUDICIÁRIO SEÇÃO JUDICIÁRIA DO DISTRITO FEDERAL
45080F9D0EA7250BA6956C121C7A715C TRF 1 REGIÃO/IMP.15-01-04-SJ
5
5. Recurso especial não provido. Acórdão sujeito ao regime previsto no art. 543-C do CPC, c/c a
Resolução 8/2008 - Presidência/STJ.
(REsp 1239203/PR, Rel. Ministro MAURO CAMPBELL MARQUES, PRIMEIRA SEÇÃO, julgado em
12/12/2012, DJe 01/02/2013)
Destarte, o recurso há de ser provido, para reconhecer a inexigibilidade da Contribuição Social ao Plano
de Seguridade do Servidor Público – PSS, além da alíquota de 6 % (seis por cento), quanto às parcelas
relativas ao período em que vigorou ta alíquota, respeitado o regime de competência, das parcelas
percebidas por meio de RPV/precatório, relativas ao período de novembro/89 a dezembro/90, bem como
a inexigibilidade de contribuição previdenciária sobre os juros moratórios, devendo ser restituídos os
564
valores retidos indevidamente, corrigindo-os conforme a taxa SELIC, incidente a partir do recolhimento
indevido.
Recurso provido. Sentença parcialmente reformada. Acórdão lavrado nos termos do art. 46 da Lei nº
9.099/95.
Incabíveis honorários advocatícios.
ACÓRDÃO
Decide a Turma Recursal, por unanimidade, dar provimento ao recurso da parte autora. Turma Recursal,
Juizado Especial Federal – SJDF. Brasília – DF, 16/05/2019.
JUÍZA LÍLIA BOTELHO NEIVA BRITO
Relatora 2 – 1ª Turma Recursal/SJDF
EMENTA
PROCESSUAL CIVIL. EMBARGOS DE DECLARAÇÃO. HIPÓTESES DE CABIMENTO. ART. 535, I E II
DO ANTIGO CPC. ART. 1.022 DO NCPC. REDISCUSSÃO DA CAUSA. INEXISTÊNCIA DE ERRO
MATERIAL, OMISSÃO, CONTRADIÇÃO OU OBSCURIDADE. PREQUESTIONAMENTO. ART. 1.025 DO
NCPC. EMBARGOS REJEITADOS.
Embargos de declaração opostos pela parte autora em face de acórdão que deu parcial provimento ao
recurso da União, para julgar improcedente o pedido inicial de pagamento de honorários de sucumbência
no período de agosto a dezembro de 2016, com base na arrecadação apurada no primeiro semestre do
ano de 2015, para fins de cálculo da cota parte devida à parte autora, nos termos do art. 39 da Lei nº
13.327/2016.
Este colegiado declarou, também, de forma incidental a inconstitucionalidade do art. 85, §19, do
CPC2015 e art. 27 e seguintes da Lei nº 13.327/2016, que estabelecem o recebimento pelos advogados
públicos federais de honorários advocatícios devidos ao ente público.
Aduz a parte embargante a existência de omissão relativa à ausência de intimação das partes para
manifestação acerca da inconstitucionalidade declarada. Aduz, também, ofensa à cláusula de reserva de
plenário.
Os embargos de declaração têm por objetivo a integração de acórdão que contenha erro material,
omissão, contradição ou obscuridade (art. 535, I e II do antigo CPC - e art. 48 da Lei nº 9.099/95 - art.
1.022, incisos I e II do novo Código de Processo Civil), sendo rejeitados os recursos opostos para se
obter o reexame da matéria ou com o único objetivo de que o colegiado manifeste-se expressamente
acerca de dispositivos legais ou constitucionais invocados a título de prequestionamento.
Assim, não se prestam a reexaminar, em regra, atos decisórios alegadamente equivocados ou a incluir,
no debate, novos argumentos jurídicos, uma vez que o efeito infringente não é de sua natureza, salvo em
situações excepcionais. Jurisprudência da Segunda Turma Recursal de Minas Gerais:
2003.38.00.735500-9, Rel. Juiz Federal JOÃO CARLOS COSTA MAYER SOARES, julgado em
12/11/2004, DJ-MG de 27/11/2004.
Inicialmente, há de se afirmar a inaplicabilidade do art. 10 do CPC/15 no sistema dos Juizados Especiais
Federais, que tem rito processual especial próprio. Registre-se o Enunciado nº 160 do FONAJEF: Não
causa nulidade a não-aplicação do art. 10 do NCPC e do art. 487, parágrafo único, do NCPC nos
juizados, tendo em vista os princípios da celeridade e informalidade (Aprovado no XII FONAJEF). PODER
JUDICIÁRIO SEÇÃO JUDICIÁRIA DO DISTRITO FEDERAL
8ADB79AD6AF6D1610244809F8EDA45E8 TRF 1 REGIÃO/IMP.15-01-04-SJ
2
Quanto à alegação de violação ao art. 97, da Constituição Federal, deve-se ressaltar que, conforme
jurisprudência do STF, não se aplica às Turmas Recursais de Juizados Especiais a Súmula Vinculante nº
10, uma vez que estas não possuem natureza de tribunal e, assim, não estão sujeitas à cláusula de
reserva de plenário. Nesse sentido: (AI 560036 ED-AgR, Relator(a): Min. CEZAR PELUSO, Segunda
Turma, julgado em 22/08/2006, DJ 15-09-2006 PP-00060 EMENT VOL-02247-04 PP-00807).
565
Desse modo, ausente no acórdão vergastado qualquer ponto obscuro, contraditório ou omisso, rejeitam-
se os presentes embargos declaratórios.
Remanescendo o interesse recursal, pode a parte interpor o pertinente recurso, posto que a oposição de
embargos de declaração satisfaz a exigência estabelecida pelo enunciado nº 356 da Súmula do STF
ainda que a omissão, a contradição e/ou a obscuridade não venha(m) a ser suprida(s) pelo Tribunal a
quo. Nesse sentido: (AI 553928 ED, Relator Min. DIAS TOFFOLI, Primeira Turma, julgado em 15/12/2009,
DJ-e-035 DIVULG 25-02-2010 PUBLIC 26-02-2010 EMENT VOL-02391-08 PP-01841).
De igual modo, o disposto no art. 1.025 do novo CPC (Art. 1.025. Consideram-se incluídos no acórdão os
elementos que o embargante suscitou, para fins de pré-questionamento, ainda que os embargos de
declaração sejam inadmitidos ou rejeitados, caso o tribunal superior considere existentes erro, omissão,
4751DB4DB4DDDFB7F38FF5F048F5B8A3
EMENTA
PREVIDENCIÁRIO. CONTRIBUIÇÃO PREVIDENCIÁRIA SOBRE O 13º SALÁRIO. CONTAGEM PARA
EFEITO DE TEMPO DE CONTRIBUIÇÃO. IMPOSSIBILIDADE. RECURSO DESPROVIDO.
Recurso da parte autora contra sentença de improcedência proferida em ação ajuizada objetivando a
contagem das contribuições sociais incidentes sobre o 13º salário como tempo de contribuição
previdenciária.
A gratificação de natal, instituída pela Lei nº 4.090/62, é devida ao trabalhador na razão de 01/12 (um
doze avos) da remuneração por mês trabalhado, importando, em geral, em uma renumeração extra por
ano. Possui, portanto, nítido caráter salarial.
A incidência de contribuição previdenciária sobre o 13º salário mostra-se legítima, notadamente em razão
do pagamento da aludida verba aos inativos/pensionistas e ante a sua natureza salarial acima delineada.
Todavia, a exação em questão não autoriza que seja a gratificação natalina contabilizada como tempo de
contribuição para fins previdenciários, visto que o titular do direito ao seu recebimento não labora 13
(treze) meses no ano.
Assim, tal como posto pela sentença, não há como confundir tempo de contribuição com a quantidade de
exações para efeitos previdenciários, sendo vedada pela Constituição Federal a contagem de tempo ficto,
de sorte que há de ser mantida a improcedência do pedido inicial.
Recurso desprovido. Sentença mantida. Acórdão lavrado nos termos do art. 46 da Lei nº 9.099/95.
Honorários advocatícios, pela parte recorrente, de 10% sobre o valor corrigido da causa, ficando a
condenação suspensa enquanto perdurar o estado de carência que justificou a concessão da justiça
gratuita, prescrevendo a dívida cinco anos após a sentença final, nos termos do art. 98, §3º, do CPC/15.
ACÓRDÃO
Decide a Turma Recursal, à unanimidade, negar provimento ao recurso da parte autora. Turma Recursal,
Juizado Especial Federal – SJDF. Brasília – DF, 16/05/2019.
JUÍZA LÍLIA BOTELHO NEIVA BRITO
Relatora 2 – 1ª Turma Recursal/SJDF PODER JUDICIÁRIO SEÇÃO JUDICIÁRIA DO DISTRITO
FEDERAL
TRF 1 REGIÃO/IMP.15-01-04-SJ
566
EMENTA
PROCESSUAL CIVIL. EMBARGOS DE DECLARAÇÃO. HIPÓTESES DE CABIMENTO. ART. 535, I E II
DO ANTIGO CPC. ART. 1.022 DO NCPC. REDISCUSSÃO DA CAUSA. INEXISTÊNCIA DE ERRO
MATERIAL, OMISSÃO, CONTRADIÇÃO OU OBSCURIDADE. PREQUESTIONAMENTO. ART. 1.025 DO
NCPC. EMBARGOS REJEITADOS.
Embargos de declaração opostos pela parte autora em face de acórdão que negou provimento ao recurso
inominado da parte embargante, para manter a sentença que julgou improcedente o pedido inicial de
pagamento de honorários de advocatícios no período de agosto a dezembro de 2016, com base na
arrecadação apurada no primeiro semestre do ano de 2015, para fins de cálculo da cota parte devida à
parte autora, nos termos do art. 39 da Lei nº 13.327/2016.
Este colegiado declarou, também, de forma incidental a inconstitucionalidade do art. 85, §19, do
CPC2015 e art. 27 e seguintes da Lei nº 13.327/2016, que estabelecem o recebimento pelos advogados
públicos federais de honorários advocatícios devidos ao ente público.
Aduz a parte embargante a existência de omissão relativa à ausência de intimação das partes para
manifestação acerca da inconstitucionalidade declarada. Aduz, também, ofensa à cláusula de reserva de
plenário.
Os embargos de declaração têm por objetivo a integração de acórdão que contenha erro material,
omissão, contradição ou obscuridade (art. 535, I e II do antigo CPC - e art. 48 da Lei nº 9.099/95 - art.
1.022, incisos I e II do novo Código de Processo Civil), sendo rejeitados os recursos opostos para se
obter o reexame da matéria ou com o único objetivo de que o colegiado manifeste-se expressamente
acerca de dispositivos legais ou constitucionais invocados a título de prequestionamento.
Assim, não se prestam a reexaminar, em regra, atos decisórios alegadamente equivocados ou a incluir,
no debate, novos argumentos jurídicos, uma vez que o efeito infringente não é de sua natureza, salvo em
situações excepcionais. Jurisprudência da Segunda Turma Recursal de Minas Gerais:
2003.38.00.735500-9, Rel. Juiz Federal JOÃO CARLOS COSTA MAYER SOARES, julgado em
12/11/2004, DJ-MG de 27/11/2004.
Inicialmente, há de se afirmar a inaplicabilidade do art. 10 do CPC/15 no sistema dos Juizados Especiais
Federais, que tem rito processual especial próprio. Registre-se o Enunciado nº 160 do FONAJEF: Não
causa nulidade a não-aplicação do art. 10 do NCPC e do art. 487, parágrafo único, do NCPC nos
juizados, tendo em vista os princípios da celeridade e informalidade (Aprovado no XII FONAJEF). PODER
JUDICIÁRIO SEÇÃO JUDICIÁRIA DO DISTRITO FEDERAL
3A173EDFB51AB140EB963788566A38E5 TRF 1 REGIÃO/IMP.15-01-04-SJ
2
Quanto à alegação de violação ao art. 97, da Constituição Federal, deve-se ressaltar que, conforme
jurisprudência do STF, não se aplica às Turmas Recursais de Juizados Especiais a Súmula Vinculante nº
10, uma vez que estas não possuem natureza de tribunal e, assim, não estão sujeitas à cláusula de
reserva de plenário. Nesse sentido: (AI 560036 ED-AgR, Relator(a): Min. CEZAR PELUSO, Segunda
Turma, julgado em 22/08/2006, DJ 15-09-2006 PP-00060 EMENT VOL-02247-04 PP-00807).
Desse modo, ausente no acórdão vergastado qualquer ponto obscuro, contraditório ou omisso, rejeitam-
se os presentes embargos declaratórios.
Remanescendo o interesse recursal, pode a parte interpor o pertinente recurso, posto que a oposição de
embargos de declaração satisfaz a exigência estabelecida pelo enunciado nº 356 da Súmula do STF
ainda que a omissão, a contradição e/ou a obscuridade não venha(m) a ser suprida(s) pelo Tribunal a
quo. Nesse sentido: (AI 553928 ED, Relator Min. DIAS TOFFOLI, Primeira Turma, julgado em 15/12/2009,
DJ-e-035 DIVULG 25-02-2010 PUBLIC 26-02-2010 EMENT VOL-02391-08 PP-01841).
De igual modo, o disposto no art. 1.025 do novo CPC (Art. 1.025. Consideram-se incluídos no acórdão os
elementos que o embargante suscitou, para fins de pré-questionamento, ainda que os embargos de
567
declaração sejam inadmitidos ou rejeitados, caso o tribunal superior considere existentes erro, omissão,
contradição ou obscuridade.).
Indefere-se, por fim, o pedido de concessão de gratuidade de justiça, visto que a remuneração da parte
autora supera o valor de 10 (dez) salários mínimos.
Embargos rejeitados. Acórdão lavrado nos moldes do art. 46 da Lei nº 9.099/95.
ACÓRDÃO
Decide a Turma Recursal, por unanimidade, rejeitar os embargos de declaração opostos pela parte
autora. Turma Recursal, Juizado Especial Federal – SJDF. Brasília – DF, 16/05/2019.
JUÍZA LÍLIA BOTELHO NEIVA BRITO
Relatora 2 – 1ª Turma Recursal/SJDF
EMENTA
PROCESSUAL CIVIL. EMBARGOS DE DECLARAÇÃO. HIPÓTESES DE CABIMENTO. ART. 535, I E II
DO ANTIGO CPC. ART. 1.022 DO NCPC. REDISCUSSÃO DA CAUSA. INEXISTÊNCIA DE ERRO
MATERIAL, OMISSÃO, CONTRADIÇÃO OU OBSCURIDADE. PREQUESTIONAMENTO. ART. 1.025 DO
NCPC. EMBARGOS REJEITADOS.
Embargos de declaração opostos pela parte autora em face de acórdão que proveu em parte o recurso da
parte ré, para julgar improcedente o pedido de reconhecimento do direito de opção à estrutura
remuneratória da Carreira de Ciência e Tecnologia, instituída pela Lei nº 12.702/2012.
Os embargos de declaração têm por objetivo a integração de acórdão que contenha erro material,
omissão, contradição ou obscuridade (art. 535, I e II do antigo CPC - e art. 48 da Lei nº 9.099/95 - art.
1.022, incisos I e II do novo Código de Processo Civil ), sendo rejeitados os recursos opostos para se
obter o reexame da matéria ou com o único objetivo de que o colegiado manifeste-se expressamente
acerca de dispositivos legais ou constitucionais invocados a título de prequestionamento.
Assim, não se prestam a reexaminar, em regra, atos decisórios alegadamente equivocados ou a incluir,
no debate, novos argumentos jurídicos, uma vez que o efeito infringente não é de sua natureza, salvo em
situações excepcionais. Jurisprudência da Segunda Turma Recursal de Minas Gerais:
2003.38.00.735500-9, Rel. Juiz Federal JOÃO CARLOS COSTA MAYER SOARES, julgado em
12/11/2004, DJ-MG de 27/11/2004.
Na hipótese dos autos, fica óbvio que a intenção da parte embargante é rediscutir matéria já decidida,
uma vez que o acórdão indicou os fundamentos suficientes para a compreensão das razões de decidir.
Desse modo, ausente no acórdão vergastado qualquer ponto obscuro, contraditório ou omisso, rejeitam-
se os presentes embargos declaratórios.
Remanescendo o interesse recursal, pode a parte interpor o pertinente recurso, posto que a oposição de
embargos de declaração satisfaz a exigência estabelecida pelo enunciado nº 356 da Súmula do STF
ainda que a omissão, a contradição e/ou a obscuridade não venha(m) a ser suprida(s) pelo Tribunal a
quo. Nesse sentido: (AI 553928 ED, Relator Min. DIAS TOFFOLI, Primeira Turma, julgado em 15/12/2009,
DJ-e-035 DIVULG 25-02-2010 PUBLIC 26-02-2010 EMENT VOL-02391-08 PP-01841).
De igual modo, o disposto no art. 1.025 do novo CPC (Art. 1.025. Consideram-se incluídos no acórdão os
elementos que o embargante suscitou, para fins de pré-questionamento, ainda que PODER JUDICIÁRIO
SEÇÃO JUDICIÁRIA DO DISTRITO FEDERAL
E5900589DE43BBCD968BBC0EE09AA039 TRF 1 REGIÃO/IMP.15-01-04-SJ
2
os embargos de declaração sejam inadmitidos ou rejeitados, caso o tribunal superior considere existentes
erro, omissão, contradição ou obscuridade.).
Embargos rejeitados. Acórdão lavrado nos moldes do art. 46 da Lei nº 9.099/95.
ACÓRDÃO
568
Decide a Turma Recursal, por unanimidade, rejeitar os embargos de declaração opostos pela parte
autora. Turma Recursal, Juizado Especial Federal – SJDF. Brasília – DF, 16/05/2019.
JUÍZA LÍLIA BOTELHO NEIVA BRITO
Relatora 2 – 1ª Turma Recursal/SJDF
EMENTA
PROCESSUAL CIVIL. EMBARGOS DE DECLARAÇÃO. HIPÓTESES DE CABIMENTO. ART. 535, I E II
DO ANTIGO CPC. ART. 1.022 DO NCPC. REDISCUSSÃO DA CAUSA. INEXISTÊNCIA DE ERRO
MATERIAL, OMISSÃO, CONTRADIÇÃO OU OBSCURIDADE. PREQUESTIONAMENTO. ART. 1.025 DO
NCPC. EMBARGOS REJEITADOS.
Embargos de declaração opostos pela parte autora em face de acórdão que proveu em parte o recurso da
parte ré, para julgar improcedente o pedido de reconhecimento do direito de opção à estrutura
remuneratória da Carreira de Ciência e Tecnologia, instituída pela Lei nº 12.702/2012.
Os embargos de declaração têm por objetivo a integração de acórdão que contenha erro material,
omissão, contradição ou obscuridade (art. 535, I e II do antigo CPC - e art. 48 da Lei nº 9.099/95 - art.
1.022, incisos I e II do novo Código de Processo Civil ), sendo rejeitados os recursos opostos para se
obter o reexame da matéria ou com o único objetivo de que o colegiado manifeste-se expressamente
acerca de dispositivos legais ou constitucionais invocados a título de prequestionamento.
Assim, não se prestam a reexaminar, em regra, atos decisórios alegadamente equivocados ou a incluir,
no debate, novos argumentos jurídicos, uma vez que o efeito infringente não é de sua natureza, salvo em
situações excepcionais. Jurisprudência da Segunda Turma Recursal de Minas Gerais:
2003.38.00.735500-9, Rel. Juiz Federal JOÃO CARLOS COSTA MAYER SOARES, julgado em
12/11/2004, DJ-MG de 27/11/2004.
Na hipótese dos autos, fica óbvio que a intenção da parte embargante é rediscutir matéria já decidida,
uma vez que o acórdão indicou os fundamentos suficientes para a compreensão das razões de decidir.
Desse modo, ausente no acórdão vergastado qualquer ponto obscuro, contraditório ou omisso, rejeitam-
se os presentes embargos declaratórios.
Remanescendo o interesse recursal, pode a parte interpor o pertinente recurso, posto que a oposição de
embargos de declaração satisfaz a exigência estabelecida pelo enunciado nº 356 da Súmula do STF
ainda que a omissão, a contradição e/ou a obscuridade não venha(m) a ser suprida(s) pelo Tribunal a
quo. Nesse sentido: (AI 553928 ED, Relator Min. DIAS TOFFOLI, Primeira Turma, julgado em 15/12/2009,
DJ-e-035 DIVULG 25-02-2010 PUBLIC 26-02-2010 EMENT VOL-02391-08 PP-01841).
De igual modo, o disposto no art. 1.025 do novo CPC (Art. 1.025. Consideram-se incluídos no acórdão os
elementos que o embargante suscitou, para fins de pré-questionamento, ainda que PODER JUDICIÁRIO
SEÇÃO JUDICIÁRIA DO DISTRITO FEDERAL
F6A8E4B4A9EF280A0238D357234CDBC4 TRF 1 REGIÃO/IMP.15-01-04-SJ
2
os embargos de declaração sejam inadmitidos ou rejeitados, caso o tribunal superior considere existentes
erro, omissão, contradição ou obscuridade.).
Embargos rejeitados. Acórdão lavrado nos moldes do art. 46 da Lei nº 9.099/95.
ACÓRDÃO
Decide a Turma Recursal, por unanimidade, rejeitar os embargos de declaração opostos pela parte
autora. Turma Recursal, Juizado Especial Federal – SJDF. Brasília – DF, 16/05/2019.
JUÍZA LÍLIA BOTELHO NEIVA BRITO
Relatora 2 – 1ª Turma Recursal/SJDF
569
EMENTA
TRIBUTÁRIO. CONTRIBUIÇÃO PREVIDENCIÁRIA. GOE. INCIDÊNCIA SOBRE PAGAMENTOS DE
VALORES EM ATRASO. APLICABILIDADE DA ALÍQUOTA VIGENTE À ÉPOCA. REGIME DE
COMPETÊNCIA. JUROS MORATÓRIOS. NÃO INCIDÊNCIA. RECURSO PARCIALMENTE PROVIDO.
Recurso interposto pela parte autora em face de sentença de improcedência proferida em ação ajuizada
objetivando a não incidência de contribuição previdenciária sobre valores recebidos judicialmente e sobre
os respectivos juros de mora. Sucessivamente, pede aplicação da alíquota de 6% (seis por cento),
vigente à época em as verbas recebidas judicialmente eram devidas.
A sentença consignou em sua fundamentação:
(...)
Decorre do exposto, que a retenção de valores devidos a título de contribuição ao Plano de Seguridade
Social - PSS resulta de imposição legal, de forma que seu cálculo e sua dedução devem se dar no
momento da expedição do precatório/RPV, nos termos do art. 16-A da Lei 10.887/2004, na redação dada
pela Lei 11.941/2009.
Nessa ordem de ideias, a Primeira Seção, no julgamento do REsp n. 1.196.777/RS, relatado pelo e. Min.
Teori Albino Zavascki, submetido ao regime dos recursos repetitivos (art. 543-C do CPC), firmou
entendimento de que "a retenção na fonte da contribuição do Plano de Seguridade do Servidor Público -
PSS, incidente sobre valores pagos em cumprimento de decisão judicial, prevista no art. 16-A da Lei
10.887/04, constitui obrigação ex lege e como tal deve ser promovida independentemente de condenação
ou de prévia autorização no título executivo."
O fato de as rubricas perseguidas e/ou o título executivo ser anterior à supracitada legislação ou mesmo
omisso quanto à incidência da contribuição previdenciária não constitui óbice à legalidade da retenção na
fonte como reconhece o STJ, inclusive sob o signo dos recursos repetitivos de especial efeito orientador.
Assim sendo, não há que se falar em impossibilidade da incidência do tributo, até porque a legislação de
regência da aplicação da exação é aquela em que ocorre o fato gerador, ou seja, quando recebido o valor
do precatório, sendo desinfluente, no caso, a época em que a rubrica discutida nos autos era perseguida,
ou mesmo a situação subjetiva da parte PODER JUDICIÁRIO SEÇÃO JUDICIÁRIA DO DISTRITO
FEDERAL
A71550213D6685FAE71B26B22899269F TRF 1 REGIÃO/IMP.15-01-04-SJ
2
acionante (se, à época, não recolhia PSS como aposentado, e/ou passou a recolhê-lo sobre o valor
excedente ao limite do RGPS).
Percebe-se, pois, que o que se busca nesta lide, de fato, é criar, por intermédio de interpretação
analógica extensiva, a isenção total de pagamento de PSS (seja porque a parte autora aposentara-se
sem a obrigatoriedade de recolhimento de PSS sobre seus proventos, ou porque a rubrica buscada na
lide original foi anterior à Lei que impôs o recolhimento de PSS sobre o valor do precatório), o que é
vedado por imperativo expresso do art. 111 do CTN, segundo o qual se interpreta literalmente a
legislação tributária que disponha sobre isenção, suspensão ou exclusão do crédito tributário. Em suma:
não cabe afastar parcialmente a incidência do tributo por analogia, ou deslocar o momento do fato
gerador como pretende a parte autora.
Sem razão, assim, a pretensão de repetição do PSS.
Em sede de embargos de declaração, decidiu o juízo a quo:
De fato, a sentença embargada padece de omissão, no ponto em que deixou de apreciar as pretensões
de que “seja aplicada a alíquota vigente no período que originou a incidência do PSS, ou seja, o
percentual de 6%, nos termos do Decreto nº. 83.081/79, e que seja determinado a restituição dos valores
incidentes sobre os Juros moratórios”, pretensões que, entretanto, não merecem prosperar.
(...)
Contudo, fato é que a parte autora não se desincumbiu do ônus de comprovar os fatos constitutivos de
seu alegado direito (art. 373, I, CPC), ou seja, de que efetivamente houve a incidência da contribuição
previdenciária sobre os juros moratórios, já que não foram juntados os cálculos homologados pelo juízo
(apenas cálculo unilateralmente elaborado pela parte autora, que não coincide com o valor da execução e
570
do PSS retidos), nem o ofício requisitório do precatório/RPV, com a discriminação das verbas referentes
aos juros que realmente serviram de base de cálculo para a contribuição previdenciária, fato que seria
essencial para assegurar o direito à pretensa restituição.
Presente tal contexto e diante da presunção de legitimidade de que gozam os atos administrativos, porta
maior verossimilhança que o ato de retenção na fonte dos tributos por ocasião da feitura do
precatório/RPV fora calculado corretamente. Sem razão, assim, a pretensão de repetição do PSS.
Isto posto, acolho em parte os embargos de declaração opostos para, sanar o apontado vício, mas, no
mérito, negar provimento aos embargos, mantidos todo os demais termos da sentença embargada.
A jurisprudência dos Tribunais Regionais Federais é pacífica no sentido de que a retenção da contribuição
previdenciária (PSS) do servidor público federal deve respeitar o regime de competência, conforme
instrumento interposto em face de decisão que determinou que o desconto da contribuição ao Plano de
Seguridade do Servidor - PSS fosse efetuado no percentual vigente quando o pagamento das diferenças
pleiteadas deveriam ter ocorrido, e não na alíquota atual de 11%. 2- Não obstante o Superior Tribunal de
Justiça tenha decidido no REsp 1196777/RS, julgado em regime de recurso repetitivo, que a retenção da
contribuição previdenciária, prevista no art. 16-A da Lei 10.887/2004 incidiria sobre os pagamentos
judiciais ainda que estes se referissem a créditos anteriores à referida lei, foi expressamente ressalvado
que esta não incidiria se tratasse de servidores aposentados e pensionistas, no período anterior a 2004.
3- Com efeito, a contribuição dos inativos e pensionistas ao regime de previdência próprio do servidor
público foi instituída pela Emenda Constitucional n° 41, de 19 de dezembro de 2003, que, por sua vez, foi
regulamentada pela Lei 10.887/04, cujo art. 16 expressamente dispôs que tal contribuição só passaria a
ser exigível a partir de 20 de maio de 2004. Desse modo, antes desse período não poderia incidir a
contribuição previdenciária por falta de previsão legal. Precedentes desta E. Corte nesse sentido. 4-
Extrai-se, a partir dessa ressalva, a conclusão de que a contribuição previdenciária deve observar o
regime de competência, sendo calculada de acordo com a legislação vigente à época em que as
diferenças deveriam ter sido pagas aos servidores. Precedentes: TRF4, AG 0000155-34.2012.404.0000,
Quarta Turma, Rel. Des. Fed. JOÃO PEDRO GEBRAN NETO, E-DJF1 14/03/2012; TRF5, AC
200105000323725, Terceira Turma, Rel. Des. Fed. VLADIMIR CARVALHO, DJe 08/06/2010; TRF2, AG
201102010082882, Oitava Turma Especializada, Rel. Juíza Fed. Conv. FÁTIMA MARIA NOVELINO
SEQUEIRA, E-DJF2R 31/05/2012. 5- No caso em tela, a servidora pública está executando diferenças de
correção monetária de valores atrasados pagos administrativamente em 1991, sem atualização, devendo
ser aplicado aqui o mesmo raciocínio utilizado nos casos dos servidores inativos e pensionistas. 6-
Entender pela aplicação da alíquota ora vigente seria onerar a Autora duplamente, na medida em que
além de não ter recebido o que lhe era devido no momento oportuno, ainda terá que arcar com um tributo
maior, em razão da inércia da Agravante. 7- Ressalte-se que o Superior Tribunal de Justiça tem ratificado
o entendimento de que a incidência de tributos sobre as verbas devidas a servidores públicos em virtude
de decisões judiciais deve observar a legislação tributária vigente à época em que os pagamentos
deveriam ter sido efetuados. Precedentes: STJ, AgRg no Ag 766.896/SC, 1.ªTurma, Rel. Ministro JOSÉ
DELGADO, DJ de 19/03/2007; STJ, AgRg no REsp 1224230, Rel. Min. BENEDITO GONÇALVES, DJe
01/03/2012; STJ, AgRg no REsp 1168539/RS, Rel. Min. LAURITA VAZ, DJe 08/11/2011. 8- Agravo de
instrumento desprovido.
(TRF2 - AG: 201202010157746, Relator Desembargador Federal Marcus Abraham, Quinta Turma
Especializada. julgado em 18/02/2014, publicado em 06/03/2014).
Considerando-se que a verba recebida judicialmente é relativa ao período de 89/90 e a parte autora
aposentou-se somente 1996, é legítima a incidência da contribuição previdenciária.
Todavia, deve ser respeitado o regime de competência, de sorte que a alíquota da referida exação deve
respeitar a legislação vigente à época em que as verbas deveriam ter sido pagas. PODER JUDICIÁRIO
SEÇÃO JUDICIÁRIA DO DISTRITO FEDERAL
A71550213D6685FAE71B26B22899269F TRF 1 REGIÃO/IMP.15-01-04-SJ
4
Os juros moratórios não se incorporam à remuneração do servidor para fins de aposentadoria e, portanto,
não podem integrar a base de cálculo da contribuição previdenciária.
O Superior Tribunal de Justiça já se manifestou sobre o tema, em sede de julgamento de recursos
repetitivos, nos seguintes termos:
PROCESSUAL CIVIL. RECURSO ESPECIAL. TRIBUTÁRIO. CONTRIBUIÇÃO DO PLANO DE
SEGURIDADE DO SERVIDOR PÚBLICO (PSS). RETENÇÃO. VALORES PAGOS EM CUMPRIMENTO
DE DECISÃO JUDICIAL (DIFERENÇAS SALARIAIS).INEXIGIBILIDADE DA CONTRIBUIÇÃO SOBRE A
PARCELA REFERENTE AOS JUROS DE MORA.
571
1. O ordenamento jurídico atribui aos juros de mora a natureza indenizatória. Destinam-se, portanto, a
reparar o prejuízo suportado pelo credor em razão da mora do devedor, o qual não efetuou o pagamento
nas condições estabelecidas pela lei ou pelo contrato. Os juros de mora, portanto, não constituem verba
destinada a remunerar o trabalho prestado ou capital investido.
2. A não incidência de contribuição para o PSS sobre juros de mora encontra amparo na jurisprudência do
Supremo Tribunal Federal, que autoriza a incidência de tal contribuição apenas em relação às parcelas
incorporáveis ao vencimento do servidor público. Nesse sentido: REsp 1.241.569/RS, 2ª Turma, Rel. Min.
Herman Benjamin, DJe de 13.9.2011.
3. A incidência de contribuição para o PSS sobre os valores pagos em cumprimento de decisão judicial,
por si só, não justifica a incidência da contribuição sobre os juros de mora. Ainda que se admita a
6 % (seis por cento), respeitado o regime de competência, quanto às parcelas percebidas por meio de
RPV/precatório, relativas ao período de novembro/89 a dezembro/90, bem como a inexigibilidade de
contribuição previdenciária sobre os juros moratórios, devendo ser restituídos os valores retidos
indevidamente, corrigindo-os conforme a taxa SELIC, incidente a partir do recolhimento indevido.
Sentença reformada. Recurso parcialmente provido. Acórdão lavrado nos termos do art. 46 da Lei nº
9.099/95.
Incabíveis honorários advocatícios.
ACÓRDÃO
Decide a Turma Recursal, por unanimidade, dar parcial provimento ao recurso da parte autora. Turma
Recursal, Juizado Especial Federal – SJDF. Brasília – DF, 16/05/2019.
JUÍZA LÍLIA BOTELHO NEIVA BRITO
Relatora 2 – 1ª Turma Recursal/SJDF
EMENTA
ADMINISTRATIVO. SERVIDOR PÚBLICO. PAGAMENTO DE VERBAS REMUNERATÓRIAS. DIREITO
RECONHECIDO. SENTENÇA ULTRA PETITA. JUROS DE MORA E CORREÇÃO MONETÁRIA.
PRECEDENTES VINCULANTES DO STF/STJ. RESSALVA DA APLICAÇÃO DO ÍNDICE DE
572
verifica das fichas financeiras com clareza o pagamento retroativo do reajuste do vencimento básico mais
GAJ.
Pelas fichas financeiras juntadas pelos autores, verificam-se situações diversas, com pagamentos de
resíduos e diferenças em meses diferentes e/ou sem especificações a que se referem.
Assim, não há como se estabelecer com segurança pelos documentos dos autos que já foram pagas as
diferenças de vencimento básico mais GAJ, devidas em face da retroação determinada na Lei nº
11.416/2006, que efetuou o reajuste de tais verbas.
Todavia, verifica-se da inicial, que o pedido limita-se ao pagamento das parcelas devidas no período de
junho a novembro de 2006, devendo a sentença, que determinou o pagamento das diferenças devidas no
período de 01/06/2006 a 14/12/2006, ser decotada no ponto, para limitar a condenação a novembro de
2006. Ressalvado, contudo, na fase de cumprimento do julgado a compensação de eventuais parcelas
pagas administrativamente sob o mesmo título.
A sentença no tocante à correção monetária determinou a observância do Manual de Cálculos da Justiça
Federal.
O Supremo Tribunal Federal, no julgamento do RE 870947, submetido ao regime de repercussão geral,
assentou as seguintes teses:
1) O art. 1º-F da Lei nº 9.494/97, com a redação dada pela Lei nº 11.960/09, na parte em que disciplina os
juros moratórios aplicáveis a condenações da Fazenda Pública, é inconstitucional ao incidir sobre débitos
oriundos de relação jurídico-tributária, aos quais devem ser aplicados os mesmos juros de mora pelos
quais a Fazenda Pública remunera seu crédito tributário, em respeito ao princípio constitucional da
isonomia (CRFB, art. 5º, caput); quanto às condenações oriundas de relação jurídica não-tributária, a
fixação dos juros moratórios segundo o índice de remuneração da caderneta de poupança é
constitucional, permanecendo hígido, nesta extensão, o disposto no art. 1º-F da Lei nº 9.494/97 com a
redação dada pela Lei nº 11.960/09; e
2) O art. 1º-F da Lei nº 9.494/97, com a redação dada pela Lei nº 11.960/09, na parte em que disciplina a
atualização monetária das condenações impostas à Fazenda Pública segundo a remuneração oficial da
caderneta de poupança, revela-se inconstitucional ao impor restrição desproporcional ao direito de
propriedade (CRFB, art. 5º, XXII), uma vez que não se qualifica como medida adequada a capturar a
variação de preços da economia, sendo inidônea a promover os fins a que se destina.
Por sua vez, o Superior Tribunal de Justiça, em julgamento de recurso repetitivo já transitado em julgado
(REsp 1495146/MG, Rel. Ministro MAURO CAMPBELL MARQUES, PRIMEIRA SEÇÃO, julgado em
22/02/2018, DJe 02/03/2018), após o julgamento do RE 870.947, estabeleceu os seguintes critérios no
tocante às causas que envolvem servidor público:
3.1.1 Condenações judiciais referentes a servidores e empregados públicos.
As condenações judiciais referentes a servidores e empregados públicos, sujeitam-se aos seguintes
encargos: (a) até julho/2001: juros de mora: 1% ao mês (capitalização simples); correção monetária:
índices previstos no Manual de Cálculos da Justiça Federal, com destaque para a incidência do IPCA-E a
partir de janeiro/2001; (b) agosto/2001 a junho/2009: juros de mora: 0,5% ao mês; correção monetária:
IPCA-E; (c) a partir de julho/2009: PODER JUDICIÁRIO SEÇÃO JUDICIÁRIA DO DISTRITO FEDERAL
25C647097D3F05E6584901C137155D81 TRF 1 REGIÃO/IMP.15-01-04-SJ
573
EMENTA
PROCESSUAL CIVIL. EMBARGOS DE DECLARAÇÃO. HIPÓTESES DE CABIMENTO. ART. 535, I E II
DO ANTIGO CPC. ART. 1.022 DO NCPC. REDISCUSSÃO DA CAUSA. INEXISTÊNCIA DE ERRO
MATERIAL, OMISSÃO, CONTRADIÇÃO OU OBSCURIDADE. PREQUESTIONAMENTO. ART. 1.025 DO
NCPC. EMBARGOS REJEITADOS.
Embargos de declaração opostos pela parte autora em face de acórdão que proveu em parte o recurso da
parte ré, para julgar improcedente o pedido de reconhecimento do direito de opção à estrutura
remuneratória da Carreira de Ciência e Tecnologia, instituída pela Lei nº 12.702/2012.
Os embargos de declaração têm por objetivo a integração de acórdão que contenha erro material,
omissão, contradição ou obscuridade (art. 535, I e II do antigo CPC - e art. 48 da Lei nº 9.099/95 - art.
1.022, incisos I e II do novo Código de Processo Civil ), sendo rejeitados os recursos opostos para se
obter o reexame da matéria ou com o único objetivo de que o colegiado manifeste-se expressamente
acerca de dispositivos legais ou constitucionais invocados a título de prequestionamento.
Assim, não se prestam a reexaminar, em regra, atos decisórios alegadamente equivocados ou a incluir,
no debate, novos argumentos jurídicos, uma vez que o efeito infringente não é de sua natureza, salvo em
situações excepcionais. Jurisprudência da Segunda Turma Recursal de Minas Gerais:
2003.38.00.735500-9, Rel. Juiz Federal JOÃO CARLOS COSTA MAYER SOARES, julgado em
12/11/2004, DJ-MG de 27/11/2004.
Na hipótese dos autos, fica óbvio que a intenção da parte embargante é rediscutir matéria já decidida,
uma vez que o acórdão indicou os fundamentos suficientes para a compreensão das razões de decidir.
Desse modo, ausente no acórdão vergastado qualquer ponto obscuro, contraditório ou omisso, rejeitam-
se os presentes embargos declaratórios.
Remanescendo o interesse recursal, pode a parte interpor o pertinente recurso, posto que a oposição de
embargos de declaração satisfaz a exigência estabelecida pelo enunciado nº 356 da Súmula do STF
ainda que a omissão, a contradição e/ou a obscuridade não venha(m) a ser suprida(s) pelo Tribunal a
quo. Nesse sentido: (AI 553928 ED, Relator Min. DIAS TOFFOLI, Primeira Turma, julgado em 15/12/2009,
DJ-e-035 DIVULG 25-02-2010 PUBLIC 26-02-2010 EMENT VOL-02391-08 PP-01841).
De igual modo, o disposto no art. 1.025 do novo CPC (Art. 1.025. Consideram-se incluídos no acórdão os
elementos que o embargante suscitou, para fins de pré-questionamento, ainda que PODER JUDICIÁRIO
SEÇÃO JUDICIÁRIA DO DISTRITO FEDERAL
C486E9CD2E6EB043E2DCA9DAF48C1D28 TRF 1 REGIÃO/IMP.15-01-04-SJ
2
os embargos de declaração sejam inadmitidos ou rejeitados, caso o tribunal superior considere existentes
erro, omissão, contradição ou obscuridade.).
574
EMENTA
PROCESSUAL CIVIL. EMBARGOS DE DECLARAÇÃO. HIPÓTESES DE CABIMENTO. ART. 535, I E II
DO ANTIGO CPC. ART. 1.022 DO NCPC. REDISCUSSÃO DA CAUSA. INEXISTÊNCIA DE ERRO
MATERIAL, OMISSÃO, CONTRADIÇÃO OU OBSCURIDADE. PREQUESTIONAMENTO. ART. 1.025 DO
NCPC. EMBARGOS REJEITADOS.
Embargos de declaração opostos pela parte autora em face de acórdão que desproveu recurso
inominado da parte embargante, para manter a sentença que julgou improcedente o pedido de
reconhecimento do direito de opção à estrutura remuneratória da Carreira de Ciência e Tecnologia,
instituída pela Lei nº 12.702/2012.
Os embargos de declaração têm por objetivo a integração de acórdão que contenha erro material,
omissão, contradição ou obscuridade (art. 535, I e II do antigo CPC - e art. 48 da Lei nº 9.099/95 - art.
1.022, incisos I e II do novo Código de Processo Civil ), sendo rejeitados os recursos opostos para se
obter o reexame da matéria ou com o único objetivo de que o colegiado manifeste-se expressamente
acerca de dispositivos legais ou constitucionais invocados a título de prequestionamento.
Assim, não se prestam a reexaminar, em regra, atos decisórios alegadamente equivocados ou a incluir,
no debate, novos argumentos jurídicos, uma vez que o efeito infringente não é de sua natureza, salvo em
situações excepcionais. Jurisprudência da Segunda Turma Recursal de Minas Gerais:
2003.38.00.735500-9, Rel. Juiz Federal JOÃO CARLOS COSTA MAYER SOARES, julgado em
12/11/2004, DJ-MG de 27/11/2004.
Na hipótese dos autos, fica óbvio que a intenção da parte embargante é rediscutir matéria já decidida,
uma vez que o acórdão indicou os fundamentos suficientes para a compreensão das razões de decidir.
Desse modo, ausente no acórdão vergastado qualquer ponto obscuro, contraditório ou omisso, rejeitam-
se os presentes embargos declaratórios.
Remanescendo o interesse recursal, pode a parte interpor o pertinente recurso, posto que a oposição de
embargos de declaração satisfaz a exigência estabelecida pelo enunciado nº 356 da Súmula do STF
ainda que a omissão, a contradição e/ou a obscuridade não venha(m) a ser suprida(s) pelo Tribunal a
quo. Nesse sentido: (AI 553928 ED, Relator Min. DIAS TOFFOLI, Primeira Turma, julgado em 15/12/2009,
DJ-e-035 DIVULG 25-02-2010 PUBLIC 26-02-2010 EMENT VOL-02391-08 PP-01841). PODER
JUDICIÁRIO SEÇÃO JUDICIÁRIA DO DISTRITO FEDERAL
EBDC4B20AD51F833FED7940FCA69EB43 TRF 1 REGIÃO/IMP.15-01-04-SJ
2
De igual modo, o disposto no art. 1.025 do novo CPC (Art. 1.025. Consideram-se incluídos no acórdão os
elementos que o embargante suscitou, para fins de pré-questionamento, ainda que os embargos de
declaração sejam inadmitidos ou rejeitados, caso o tribunal superior considere existentes erro, omissão,
contradição ou obscuridade.).
Embargos rejeitados. Acórdão lavrado nos moldes do art. 46 da Lei nº 9.099/95.
ACÓRDÃO
Decide a Turma Recursal, por unanimidade, rejeitar os embargos de declaração opostos pela parte
autora. Turma Recursal, Juizado Especial Federal – SJDF. Brasília – DF, 16/05/2019.
JUÍZA LÍLIA BOTELHO NEIVA BRITO
Relatora 2 – 1ª Turma Recursal/SJDF
575
EMENTA
ADMINISTRATIVO. ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA. CONTRATAÇÃO IRREGULAR. DEPÓSITOS NO
FGTS. ART. 19-A DA LEI Nº 8.036/90. CONSTITUCIONALIDADE. PRECEDENTE DO STF. RECURSO
PARCIALMENTE PROVIDO.
Cuida-se de recurso inominado interposto pela parte autora em face de sentença que julgou improcedente
o pedido inicial de condenação da ré na realização de depósitos de FGTS, acrescidos de multa de 40%
(quarenta por cento) pela dispensa imotivada do período em que prestou serviços para a Fundação
Universalidade de Brasília - FUB.
Em contrarrazões, a ré alega prejudicial de prescrição.
A prescrição, no que tange ao recolhimento dos depósitos para o FGTS, deve respeitar o quanto decidido
pelo Supremo Tribunal Federal no julgamento do ARE 709.212 (ARE 709212, Relator(a): Min. GILMAR
MENDES, Tribunal Pleno, julgado em 13/11/2014, ACÓRDÃO ELETRÔNICO REPERCUSSÃO GERAL -
MÉRITO DJe-032 DIVULG 18-02-2015 PUBLIC 19-02-2015), cuja modulação de efeitos restou assim
delineada nos termos do voto do Ministro Gilmar Mendes:
(...)
A modulação que se propõe consiste em atribuir à presente decisão efeitos ex nunc (prospectivos). Dessa
forma, para aqueles cujo termo inicial da prescrição ocorra após a data do presente julgamento, aplica-se,
desde logo, o prazo de cinco anos. Por outro lado, para os casos em que o prazo prescricional já esteja
em curso, aplica-se o que ocorrer primeiro: 30 anos, contados do termo inicial, ou 5 anos, a partir desta
decisão.
Assim se, na presente data, já tenham transcorrido 27 anos do prazo prescricional, bastarão mais 3 anos
para que se opere a prescrição, com base na jurisprudência desta Corte até então vigente. Por outro lado,
se na data desta decisão tiverem decorrido 23 anos do prazo prescricional, ao caso se aplicará o novo
prazo de 5 anos, a contar da data do presente julgamento.
(...)
Assim, tratando-se de prazo prescricional já em curso, não tendo transcorrido trinta anos do crédito mais
antigo e considerando-se que a ação foi proposta dentro do quinquênio posterior ao julgamento do STF,
não há que se falar em prescrição da pretensão aos depósitos do FGTS de todo o período. PODER
JUDICIÁRIO SEÇÃO JUDICIÁRIA DO DISTRITO FEDERAL
DF4C618625CCC1CB62160A384B64D1C2 TRF 1 REGIÃO/IMP.15-01-04-SJ
2
Da análise do feito, verifica-se que a parte autora foi contratada pelo regime de contratação temporária
(fls. 23 da documentação inicial - EPROC DOCUMENTOS OUTROS), previsto na Lei nº 8.745/93, que
regulamentou o disposto no art. 37, IX, da CF/88.
Todavia, a declaração citada já registra sucessivas renovações de sua contratação ao arrepio legal, eis
que considerando o documento acima referido o prazo da prestação de serviços foi de 04/2000 a
06/2015. Afastada, assim, a presunção de regularidade e veracidade da declaração. De outro lado, não
comprova a Ré o preenchimento dos requisitos para contratação temporária, como a obediência a
procedimento simplificado de seleção com ampla divulgação, previsto no art. 3º da citada lei, assim como
não junta o documento comprobatório da alegada contratação temporária - o contrato supostamente
celebrado.
Nesse prisma, verifica-se a ilegalidade da contratação em face da violação ao disposto no art. 3º; art. 4º, II
e parágrafo único, I, da Lei nº 8.745/93, que limita, na hipótese da autora (art. 2º, IV, da Lei nº 8.745/93), o
prazo de contratação a 01 (um) ano, podendo ser prorrogado desde que respeitado o prazo máximo de
02 (dois) anos.
Trata-se, portanto, de contratação irregular, a ensejar a aplicação do art. 19-A da Lei nº 8.036/90, sendo
devido à parte autora tão somente o salário pactuado e o recolhimento do FGTS de todo o período.
Nesse sentido, o Enunciado nº 363 da Súmula do Tribunal Superior do Trabalho: A contratação de
servidor público, após a CF/1988, sem prévia aprovação em concurso público, encontra óbice no
576
respectivo art. 37, II e § 2º, somente lhe conferindo direito ao pagamento da contraprestação pactuada,
em relação ao número de horas trabalhadas, respeitado o valor da hora do salário mínimo, e dos valores
referentes aos depósitos do FGTS.
De igual modo, precedente do Supremo Tribunal Federal, submetido à sistemática da repercussão geral,
verbis: EMENTA Recurso extraordinário. Direito Administrativo. Contrato nulo. Efeitos. Recolhimento do
FGTS. Artigo 19-A da Lei nº 8.036/90. Constitucionalidade. 1. É constitucional o art. 19-A da Lei nº
8.036/90, o qual dispõe ser devido o depósito do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço na conta de
trabalhador cujo contrato com a Administração Pública seja declarado nulo por ausência de prévia
aprovação em concurso público, desde que mantido o seu direito ao salário. 2. Mesmo quando
reconhecida a nulidade da contratação do empregado público, nos termos do art. 37, § 2º, da Constituição
EMENTA
PROCESSUAL CIVIL. EMBARGOS DE DECLARAÇÃO. HIPÓTESES DE CABIMENTO. ART. 535, I E II
DO ANTIGO CPC. ART. 1.022 DO NCPC. REDISCUSSÃO DA CAUSA. INEXISTÊNCIA DE ERRO
MATERIAL, OMISSÃO, CONTRADIÇÃO OU OBSCURIDADE. PREQUESTIONAMENTO. ART. 1.025 DO
NCPC. EMBARGOS REJEITADOS.
Embargos de declaração opostos pela parte autora em face de acórdão que manteve a sentença de
improcedência proferida em ação ajuizada objetivando a substituição da taxa referencial – TR por índices
inflacionários na correção do saldo de contas vinculadas do FGTS.
Os embargos de declaração têm por objetivo a integração de acórdão que contenha erro material,
omissão, contradição ou obscuridade (art. 535, I e II do antigo CPC - e art. 48 da Lei nº 9.099/95 - art.
1.022, incisos I e II do novo Código de Processo Civil), sendo rejeitados os recursos opostos para se
obter o reexame da matéria ou com o único objetivo de que o colegiado manifeste-se expressamente
acerca de dispositivos legais ou constitucionais invocados a título de prequestionamento.
577
Assim, não se prestam a reexaminar, em regra, atos decisórios alegadamente equivocados ou a incluir,
no debate, novos argumentos jurídicos, uma vez que o efeito infringente não é de sua natureza, salvo em
situações excepcionais. Jurisprudência da Segunda Turma Recursal de Minas Gerais:
2003.38.00.735500-9, Rel. Juiz Federal JOÃO CARLOS COSTA MAYER SOARES, julgado em
12/11/2004, DJ-MG de 27/11/2004.
Fica óbvio, no presente caso, que a intenção da parte embargante é rediscutir matéria já decidida, uma
vez que o acórdão indicou os fundamentos suficientes para a compreensão das razões de decidir,
amparadas em julgamento do Superior Tribunal de Justiça (REsp 1.614.874), submetido ao regime de
recursos repetitivos, de notório caráter vinculante.
Portanto, ausente no acórdão vergastado qualquer ponto obscuro, contraditório ou omisso, rejeitam-se os
embargos de declaração sejam inadmitidos ou rejeitados, caso o tribunal superior considere existentes
erro, omissão, contradição ou obscuridade.).
Embargos rejeitados. Acórdão lavrado nos moldes do art. 46 da Lei nº 9.099/95.
ACÓRDÃO
Decide a Turma Recursal, por unanimidade, rejeitar os embargos de declaração opostos pela parte
autora. Turma Recursal, Juizado Especial Federal – SJDF. Brasília – DF, 16/05/2019.
JUÍZA LÍLIA BOTELHO NEIVA BRITO
Relatora 2 – 1ª Turma Recursal/SJDF
EMENTA
PROCESSUAL CIVIL. EMBARGOS DE DECLARAÇÃO. HIPÓTESES DE CABIMENTO. ART. 535, I E II
DO ANTIGO CPC. ART. 1.022 DO NCPC. REDISCUSSÃO DA CAUSA. INEXISTÊNCIA DE ERRO
MATERIAL, OMISSÃO, CONTRADIÇÃO OU OBSCURIDADE. PREQUESTIONAMENTO. ART. 1.025 DO
NCPC. EMBARGOS REJEITADOS.
Embargos de declaração opostos por LIVIO VASCONCELOS FONSECA em face de acórdão que
manteve a sentença de improcedência proferida em ação ajuizada objetivando o pagamento das
diferenças decorrentes de progressões funcionais quando completados os interstícios de 12 ou 18 meses.
Afirma, em suma, a embargante que v. acórdão embargado, data venia, apresenta claro erro material e
contradição, uma vez que alegada mudança de entendimento da TNU sobre o tema, em virtude de um
alinhamento com a jurisprudência do STJ, impende destacar que a questão debatida na mencionada
uniformização diz respeito à Carreira da Polícia Federal, que tem lei e regulamentações próprias,
totalmente diferentes daquelas discutidas no presente processo.
Aduz que no caso dos Policiais Federais apenas os efeitos financeiros das progressões tinham data
única. No caso sub judice, a Administração estipulou uma data única para o início do interstício para
progressão funcional, o que por si só já desconfigura a similaridade entre a presente demanda e o
paradigma trazido pelo julgado.
Os embargos de declaração têm por objetivo a integração de acórdão que contenha erro material,
omissão, contradição ou obscuridade (art. 535, I e II do antigo CPC - e art. 48 da Lei nº 9.099/95 - art.
578
1.022, incisos I e II do novo Código de Processo Civil), sendo rejeitados os recursos opostos para se
obter o reexame da matéria ou com o único objetivo de que o colegiado manifeste-se expressamente
acerca de dispositivos legais ou constitucionais invocados a título de prequestionamento.
Assim, não se prestam a reexaminar, em regra, atos decisórios alegadamente equivocados ou a incluir,
no debate, novos argumentos jurídicos, uma vez que o efeito infringente não é de sua natureza, salvo em
situações excepcionais. Jurisprudência da Segunda Turma Recursal de Minas Gerais:
2003.38.00.735500-9, Rel. Juiz Federal JOÃO CARLOS COSTA MAYER SOARES, julgado em
12/11/2004, DJ-MG de 27/11/2004.
Fica óbvio, no presente caso, que a intenção da parte embargante é rediscutir matéria já decidida, uma
vez que o acórdão indicou os fundamentos suficientes para a compreensão das razões de decidir.
Ressalte-se que o caso concreto objeto do acórdão da TNU tratou tanto do direito à progressão quanto
dos seus efeitos financeiros, estabelecendo a necessidade de observância das normas regulamentares,
que na hipótese da parte embargante, está inserta nos art. 10 e 19 do Decreto nº 84.669/80.
Portanto, ausente no acórdão vergastado qualquer ponto obscuro, contraditório ou omisso, rejeitam-se os
presentes embargos declaratórios.
Remanescendo o interesse recursal, pode a parte interpor o pertinente recurso, posto que a oposição de
embargos de declaração satisfaz a exigência estabelecida pelo enunciado nº 356 da Súmula do STF
ainda que a omissão, a contradição e/ou a obscuridade não venha(m) a ser suprida(s) pelo Tribunal a
quo. Nesse sentido: (AI 553928 ED, Relator Min. DIAS TOFFOLI, Primeira Turma, julgado em 15/12/2009,
DJ-e-035 DIVULG 25-02-2010 PUBLIC 26-02-2010 EMENT VOL-02391-08 PP-01841).
De igual modo, o disposto no art. 1.025 do novo CPC (Art. 1.025. Consideram-se incluídos no acórdão os
elementos que o embargante suscitou, para fins de pré-questionamento, ainda que os embargos de
declaração sejam inadmitidos ou rejeitados, caso o tribunal superior considere existentes erro, omissão,
contradição ou obscuridade.).
Embargos rejeitados. Acórdão lavrado nos moldes do art. 46 da Lei nº 9.099/95.
ACÓRDÃO
Decide a Turma Recursal, por unanimidade, rejeitar os embargos de declaração opostos pela parte
autora. Turma Recursal, Juizado Especial Federal – SJDF. Brasília – DF, 16/05/2019.
JUÍZA LÍLIA BOTELHO NEIVA BRITO
Relatora 2 – 1ª Turma Recursal/SJDF
EMENTA
ADMINISTRATIVO. CONTRATO IRREGULAR. DEPÓSITOS DO FGTS. PRESCRIÇÃO.
INOCORRÊNCIA. RECURSO DESPROVIDO. SENTENÇA MANTIDA.
Cuida-se de recurso inominado interposto pela Fundação Universidade de Brasília - FUB em face de
sentença de procedência que condenou a parte recorrente no pagamento de valores relativos aos
depósitos do FGTS correspondentes ao período de 08/2006 a 06/2015.
Pugna pela reforma da sentença quanto à prescrição trintenária, para que seja aplicada a prescrição
quinquenal.
A prescrição, no que tange ao recolhimento dos depósitos para o FGTS, deve respeitar o quanto decidido
pelo Supremo Tribunal Federal no julgamento do ARE 709.212 (ARE 709212, Relator(a): Min. GILMAR
MENDES, Tribunal Pleno, julgado em 13/11/2014, ACÓRDÃO ELETRÔNICO REPERCUSSÃO GERAL -
MÉRITO DJe-032 DIVULG 18-02-2015 PUBLIC 19-02-2015), cuja modulação de efeitos restou assim
delineada nos termos do voto do Ministro Gilmar Mendes:
(...)
579
A modulação que se propõe consiste em atribuir à presente decisão efeitos ex nunc (prospectivos). Dessa
forma, para aqueles cujo termo inicial da prescrição ocorra após a data do presente julgamento, aplica-se,
desde logo, o prazo de cinco anos. Por outro lado, para os casos em que o prazo prescricional já esteja
em curso, aplica-se o que ocorrer primeiro: 30 anos, contados do termo inicial, ou 5 anos, a partir desta
decisão.
Assim se, na presente data, já tenham transcorrido 27 anos do prazo prescricional, bastarão mais 3 anos
para que se opere a prescrição, com base na jurisprudência desta Corte até então vigente. Por outro lado,
se na data desta decisão tiverem decorrido 23 anos do prazo prescricional, ao caso se aplicará o novo
prazo de 5 anos, a contar da data do presente julgamento.
(...)
Recurso desprovido. Sentença mantida. Acórdão lavrado nos termos do art. 46 da Lei nº 9.099/95.
Incabíveis honorários advocatícios, conforme preceitua o art. 55 da Lei nº 9.099/95.
ACÓRDÃO
Decide a Turma Recursal, à unanimidade, negar provimento ao recurso da parte ré. Turma Recursal,
Juizado Especial Federal – SJDF. Brasília – DF, 16/05/2019.
JUÍZA LÍLIA BOTELHO NEIVA BRITO
Relatora 2 – 1ª Turma Recursal/SJDF
EMENTA
PROCESSUAL CIVIL. JUROS DE MORA E ATUALIZAÇÃO MONETÁRIA. PRECEDENTES
VINCULANTES DO STF/STJ. RECURSO CONHECIDO EM PARTE E DESPROVIDO. RESSALVA DA
APLICAÇÃO DO ÍNDICE DE CORREÇÃO MONETÁRIA A SER DEFINIDO PELO STF NO ED - RE
870947.
Recurso interposto pela UNIÃO, que requer a reforma da sentença tão somente no tocante à correção
monetária e aos juros de mora, a fim de que seja aplicado o art. 1º-F, da Lei nº 9.494/97, com a alteração
promovida pela Lei n° 11.960/2009.
A sentença no tocante aos juros à correção monetária determinou a observância do Manual de Cálculos
da Justiça Federal.
A sentença, no tocante aos juros de mora e à correção monetária, determinou a observância do Manual
de Cálculos da Justiça Federal.
O Supremo Tribunal Federal, no julgamento do RE 870947, submetido ao regime de repercussão geral,
assentou as seguintes teses:
1) O art. 1º-F da Lei nº 9.494/97, com a redação dada pela Lei nº 11.960/09, na parte em que disciplina os
juros moratórios aplicáveis a condenações da Fazenda Pública, é inconstitucional ao incidir sobre débitos
oriundos de relação jurídico-tributária, aos quais devem ser aplicados os mesmos juros de mora pelos
quais a Fazenda Pública remunera seu crédito tributário, em respeito ao princípio constitucional da
isonomia (CRFB, art. 5º, caput); quanto às condenações oriundas de relação jurídica não-tributária, a
fixação dos juros moratórios segundo o índice de remuneração da caderneta de poupança é
constitucional, permanecendo hígido, nesta extensão, o disposto no art. 1º-F da Lei nº 9.494/97 com a
redação dada pela Lei nº 11.960/09; e
2) O art. 1º-F da Lei nº 9.494/97, com a redação dada pela Lei nº 11.960/09, na parte em que disciplina a
atualização monetária das condenações impostas à Fazenda Pública segundo a remuneração oficial da
caderneta de poupança, revela-se inconstitucional ao impor restrição desproporcional ao direito de
580
propriedade (CRFB, art. 5º, XXII), uma vez que não se qualifica como medida adequada a capturar a
variação de preços da economia, sendo inidônea a promover os fins a que se destina.
Por sua vez, o Superior Tribunal de Justiça, em julgamento de recurso repetitivo já transitado em julgado
(REsp 1495146/MG, Rel. Ministro MAURO CAMPBELL MARQUES, PRIMEIRA PODER JUDICIÁRIO
SEÇÃO JUDICIÁRIA DO DISTRITO FEDERAL
FAE4661D9AE1785479AAE3590CBF3205 TRF 1 REGIÃO/IMP.15-01-04-SJ
2
EMENTA
ADMINISTRATIVO. SERVIDOR PÚBLICO FEDERAL. ANISTIA. LEI Nº 8.878/94. RECOMPOSIÇÃO
REMUNERATÓRIA DE 16,40%. READMISSÃO. FUNDAMENTO LEGAL. NÃO DEMONSTRAÇÃO.
RECURSO IMPROVIDO.
Recurso inominado interposto pela parte autora em face de sentença de improcedência proferida em ação
ajuizada por anistiado, nos termos da Lei nº 8.878/94, objetivando o pagamento de verba remuneratória,
atinente ao índice de 16,40%.
A sentença consignou em sua fundamentação:
Presentes os pressupostos processuais e condições da ação, passo ao exame do mérito da presente
demanda.
Pleiteia a parte autora o pagamento de parcelas de exercícios anteriores em virtude de atualização
remuneratória reconhecida administrativamente pela ré.
581
Quanto ao mérito, não merece prosperar a pretensão autoral. In casu, a parte autora não comprovou o
reconhecimento administrativo por parte da Administração Pública ao pagamento do reajuste salarial no
índice de 16,40% referente ao mês de abril de 1992.
Consta nos autos para comprovar suas alegações planilha de cálculo dos valores que entende devido
feita pelo Conselho Regional de Contabilidade do DF, sem qualquer vínculo com o órgão empregador,
tampouco consta certidão/declaração do reconhecimento administrativo da recomposição remuneratória
no percentual de 16,40%.
Assim, a parte autora não se desincumbiu do ônus probatório que lhe impõe o art. 373, I do CPC, razão
pela qual improspera a pretensão.
A Lei nº 11.907/09 dispõe em seu art. 310:
(...)
§ 5o A partir da data do retorno, as parcelas remuneratórias de que trata o caput e o § 1o deste artigo
serão reajustadas nas mesmas datas e índices da revisão geral dos vencimentos dos servidores públicos
federais.
Nesse contexto, constata-se que o empregado anistiado, no retorno ao serviço público, teve sua
remuneração fixada ou pela comprovação das parcelas às quais fazia jus antes do desligamento (art. 310,
caput); ou de acordo com a área de atuação e o nível do emprego ocupado (art. 310, §1º).
No caso dos autos, a parte autora invoca a aplicação do índice de 16,40%, atinente ao reajuste dos
benefícios previdenciários no mês de abril de 1992, o qual, em tese, é aplicável somente ao empregado
reintegrado com proventos calculados na forma do art. 310, caput, da Lei nº 11.907/09.
Todavia, não se desincumbiu a parte autora do ônus da prova de demonstrar ter sido a sua remuneração
calculada com fundamento em tal dispositivo legal, uma vez que os contracheques anexados à
documentação inicial comprovam que o autor, quando de seu retorno ao serviço público, foi enquadrado
nas regras do § 1º do art. 310, da Lei 11.907/09, nos termos constantes do Anexo CLXX da mencionada
lei:
No tocante aos valores percebidos pela recorrente, faz-se oportuno destacar os salários constantes das
fichas financeiras anexadas à documentação inicial, pelo demandante:
- Fl. 35 (salários de 2012)................................................................................ R$2.350,00
- Fls. 36/37 (salários de 2013).......................................................................... R$2.746,31
- Fls. 38/39 (salários de 2014) ......................................................................... R$3.017,00
- Fls. 40/41 (salários de 2015)......................................................................... R$3.350,00
- Fl. 42 (salários jan a jul de 2016).................................................................. R$3.350,00
- Fl. 43 (salários ago a dez de 2016)................................................................ R$3.550,05 PODER
JUDICIÁRIO SEÇÃO JUDICIÁRIA DO DISTRITO FEDERAL
DD5101F214F929CEC2535BFDAC1FE9C3 TRF 1 REGIÃO/IMP.15-01-04-SJ
3
EMENTA
CONSTITUCIONAL. ADMINISTRATIVO. SERVIDOR PÚBLICO. EXTENSÃO DE REAJUSTE
CONCEDIDO A ALGUMAS CARREIRAS E CARGOS DO SERVIÇO PÚBLICO FEDERAL. 21,3%. LEIS
Nº 13.302/2016, 13.323/2016 E 13.327/2016. REVISÃO GERAL DE REMUNERAÇÃO NÃO
CARACTERIZADA. RECURSO DESPROVIDO.
Recurso interposto pela parte autora em face de sentença que julgou improcedente o pedido de
condenação da União para reconhecer o direito do Autor à revisão geral de sua remuneração no
percentual de 21,3% (vinte e um inteiros e três décimos por cento), com reflexos na sua Vantagem
Pessoal Nominalmente Identificada – “VPNI”, todos com efeitos financeiros desde a publicação das Leis
nº 13.302/16, Lei nº 13.323/16 e Lei nº 13.327/16.
Rejeita-se a prejudicial de prescrição quinquenal apresentada em contrarrazões, visto que na data de
ajuizamento da presente ação não havia transcorrido o prazo de 05 (cinco) anos da vigência das Leis nº
13.302/2016, 13.323/2016 e 13.327/2016.
A revisão geral remuneratória dos servidores públicos assegurada constitucionalmente foi regulamentada
pela Lei nº 10.331/2001, que estabeleceu em seu art. 1º, que esta dar-se-ia no mês de janeiro a todos os
servidores públicos dos poderes Executivo, Legislativo e Judiciário, sem distinção de índices:
Art. 1º As remunerações e os subsídios dos servidores públicos dos Poderes Executivo, Legislativo e
Judiciário da União, das autarquias e fundações públicas federais, serão revistos, na forma do inciso X do
art. 37 da Constituição, no mês de janeiro, sem distinção de índices, extensivos aos proventos da
inatividade e às pensões.
De outro lado, o inciso X da Constituição, na sua primeira parte, estabelece que a remuneração dos
servidores públicos e o subsídio de que trata o § 4° do art. 39 somente poderão ser fixados ou alterados
por lei específica, observada a iniciativa privativa em cada caso. Não há, portanto, qualquer óbice para
estabelecimento, por lei específica, de tabelas e reajustes diferenciados para os diversos cargos e
carreiras de servidores públicos. Na verdade, esse tipo de equiparação é vedada pelo inciso XIII, do art.
37 da Constituição da República ("é vedada a vinculação ou equiparação de quaisquer espécies
remuneratórias para o efeito de remuneração de pessoal do serviço público"). Nesse prisma, conclui-se
que apenas no caso de revisão geral anual, estabelecida no art. 37, X, última parte, é preciso haver
identidade de índice para todos os servidores públicos. PODER JUDICIÁRIO SEÇÃO JUDICIÁRIA DO
DISTRITO FEDERAL
E5CE411269175D76186442D11C241CF3 TRF 1 REGIÃO/IMP.15-01-04-SJ
2
A revisão geral anual, assim, caracteriza-se pela sua natureza universal e indistinção de índice,
obedecida, ainda, a sua regulamentação pela Lei nº 10.331/2001, quanto à data base em janeiro e outros
requisitos orçamentários.
Dessa forma, é possível constatar que os reajustes instituídos pelas Leis nº 13.302/2016, 13.323/2016 e
13.327/2016 não possuem natureza de revisão geral de remuneração.
Da análise das referidas leis, é possível constatar que tratam de reestruturação e/ou reajuste da
remuneração de carreiras e cargos específicos, dentro de certas carreiras no serviço público e não à
totalidade do funcionalismo, conforme explicitado do preâmbulo de cada uma delas.
Não caracterizada a natureza de revisão geral das Leis nº 13.302/2016, 13.323/2016 e 13.327/2016, não
há falar-se em sua extensão a outros cargos não abrangidos na citada legislação, gratificações ou
incidência sobre vantagem pessoal nominalmente identificada (VPNI), essa última em virtude de expressa
vedação legal (art. 62-A, parágrafo único, da Lei nº 8.112/90). Aplica-se no caso o entendimento
583
estabelecido na Súmula nº 339 do STF: “Não cabe ao Poder Judiciário, que não tem função legislativa,
aumentar vencimentos de servidores públicos, sob fundamento de isonomia.”
Recurso desprovido. Sentença mantida. Acórdão lavrado com fundamento no art. 46 da Lei nº 9.099/95.
A parte autora, recorrente vencida, pagará honorários advocatícios de 10% sobre o valor corrigido da
causa, ficando a condenação suspensa enquanto perdurar o estado de carência que justificou a
concessão da justiça gratuita, prescrevendo a dívida cinco anos após a sentença final, nos termos do art.
98, §3º, do NCPC.
ACÓRDÃO
Decide a Turma Recursal, à unanimidade, negar provimento ao recurso interposto pela parte autora.
Turma Recursal, Juizado Especial Federal – SJDF. Brasília – DF, 16/05/2019.
EMENTA
ADMINISTRATIVO E PROCESSUAL CIVIL. ANISTIADO. LEI Nº 8.878/94. TRANSPOSIÇÃO PARA O
REGIME JURÍDICO ÚNICO. IMPOSSIBILIDADE. PRECEDENTE DA PRIMEIRA SEÇÃO DO STJ.
RECURSO DESPROVIDO.
Trata-se de recurso interposto pela parte autora contra sentença que julgou improcedente o pedido inicial
de transposição de anistiados, conforme disposições da Lei nº 8.878/94, do regime celetista para o regime
jurídico único, instituído pela Lei nº 8.112/90.
Quanto à preliminar de incompetência dos juizados especiais trazida pela ré, em sede de contrarrazões,
registre-se que as causas que envolvem as pretensões dos anistiados com fundamento na Lei nº
8.874/94 são da competência da Justiça Federal. Nesse sentido, registre-se o seguinte julgado do TRF da
1ª Região, verbis:
ADMINISTRATIVO E PROCESSUAL. ANISTIA. LEI Nº 8.878/94. EX-BANCO NACIONAL DE
COOPERATIVA DE CRÉDITO S/A - BNCC. COMPETÊNCIA DA JUSTIÇA FEDERAL. LEGITIMIDADE
DA UNIÃO. READMISSÃO/RETORNO AO SERVIÇO PÚBLICO. RECOMPOSIÇÃO DA REMUNERAÇÃO
ORIGINAL. ÍNDICES DE REAJUSTES. ÔNUS DA PROVA. FATO CONSTITUTIVO DO ALEGADO
DIREITO. PRESUNÇÃO LEGITIMIDADE DO ATO ADMINISTRATIVO. AGRAVO RETIDO E APELAÇÃO
DOS AUTORES IMPROVIDOS. SENTENÇA MANTIDA. (...) 2. Competência. Legitimidade. Consoante
orientação jurisprudencial firmada no âmbito desta Corte, compete à Justiça Federal o julgamento de
pretensões deduzidas tendo por objeto a anistia e o retorno ao serviço público fundada na Lei nº 8.878/94
e no art. 310 da Medida Provisória nº 441/2008 (e seus regulamentos Decretos nº 1.153/93; 1.498 e
1.499/95; 3.363/2000; 5.115/2004; 6.077/2007; 6.657/2008), bem como controvérsias decorrentes da
relação jurídica dos seus beneficiários, em face da União, a quem confere legitimidade para as ações.
(TRF1, AC 00217115920114013800 -- SEGUNDA TURMA - Rel. Des. Federal CANDIDO MORAES,
Julgamento 26/08/2015, pub. 16/10/2015). Preliminar arguida pela União rejeitada. (...) (AC
00610887320114013400 0061088-73.2011.4.01.3400 , JUIZ FEDERAL ANTÔNIO FRANCISCO DO
NASCIMENTO, TRF1 - PRIMEIRA TURMA, e-DJF1 DATA:27/07/2016 PAGIN).
No que tange à arguição de prescrição quinquenal, também em contrarrazões, assevere-se que não há
interesse recursal, eis que a sentença já reconheceu a prescrição da pretensão de cobrança das parcelas
vencidas anteriormente ao quinquênio que antecede a propositura da presente ação.
Os servidores públicos anistiados devem ser enquadrados no mesmo regime jurídico a que estavam
submetidos, sendo, por conseguinte, ilícita a transposição do Regime Celetista para o Regime Jurídico
Único. Matéria pacificada pela 1ª Seção do STJ, no MS 16430 DF 2011/00772834, relatora Ministra
Eliana Calmon, S1-Primeira Seção, julgamento de 11/12/2013, DJe 17/12/2013:
ADMINISTRATIVO E PROCESSUAL CIVIL. MANDADO DE SEGURANÇA. PODER JUDICIÁRIO SEÇÃO
JUDICIÁRIA DO DISTRITO FEDERAL
DD6D66B9478741924408404F6F305F56 TRF 1 REGIÃO/IMP.15-01-04-SJ
2
584
EMENTA
TRIBUTÁRIO. CONTRIBUIÇÃO PREVIDENCIÁRIA. INCIDÊNCIA SOBRE PAGAMENTOS DE VALORES
EM ATRASO. REGIME DE COMPETÊNCIA. RECURSO DESPROVIDO.
Recurso interposto pela UNIÃO em face de sentença que julgou PROCEDENTE a pretensão, resolvendo
o mérito da demanda (artigo 487, inciso I, do CPC), para declarar que o cálculo do PSS relativo ao valor
recebido pela parte autora nos autos nº 0005024.26.1999.4.05.8000, 2ª Vara, SJAL, por meio de
requisição de pagamento judicial deve observar as tabelas e alíquotas vigentes à época em que os
valores deveriam ter sido adimplidos (regime de competência mensal), devendo incidir a alíquota de 6%
(seis por cento), com a consequente restituição dos valores recolhidos indevidamente, bem como
condenar a UNIÃO na obrigação de pagar à parte autora o valor descontado a título de PSS sobre a
parcela correspondente a juros de mora pagos em decorrência de decisão judicial proferida nos autos
supracitados, tudo corrigido pela Taxa Selic.
A recorrente aduz a preliminar de ausência de comprovação do direito alegado. Argui a prejudicial de
prescrição quinquenal. Em relação ao mérito, afirma a inaplicabilidade do regime de competência.
Quanto à alegação de ausência de comprovação do direito alegado, constata-se de documentos
anexados à inicial (EPROC DOCS EXEC, fl. 05) que o PSS em discussão decorre de precatório expedido
para pagamento de valores devidos a título de GOE.
Rejeitada a prejudicial de prescrição, visto que entre a tributação questionada e o ajuizamento da
presente ação não transcorreu o interregno de 5 (cinco) anos.
585
No tocante ao mérito propriamente dito, a jurisprudência dos Tribunais Regionais Federais é pacífica no
sentido de que a retenção da contribuição previdenciária (PSS) do servidor público federal deve respeitar
o regime de competência, conforme julgado do Tribunal Regional Federal da 2ª Região assim ementado:
Ementa: AGRAVO DE INSTRUMENTO. EXECUÇÃO DE SENTENÇA. RETENÇÃO DE CONTRIBUIÇÃO
AO PSS. REGIME DE COMPETÊNCIA. APLICAÇÃO DA ALÍQUOTA VIGENTE NO MOMENTO EM QUE
O PAGAMENTO DEVERIA TER SIDO EFETUADO. 1- Trata-se de agravo de instrumento interposto em
face de decisão que determinou que o desconto da contribuição ao Plano de Seguridade do Servidor -
PSS fosse efetuado no percentual vigente quando o pagamento das diferenças pleiteadas deveriam ter
ocorrido, e não na alíquota atual de 11%. 2- Não obstante o Superior Tribunal de Justiça tenha decidido
no REsp 1196777/RS, julgado em regime de recurso repetitivo, que a retenção da contribuição
expressamente dispôs que tal contribuição só passaria a ser exigível a partir de 20 de maio de 2004.
Desse modo, antes desse período não poderia incidir a contribuição previdenciária por falta de previsão
legal. Precedentes desta E. Corte nesse sentido. 4- Extrai-se, a partir dessa ressalva, a conclusão de que
a contribuição previdenciária deve observar o regime de competência, sendo calculada de acordo com a
legislação vigente à época em que as diferenças deveriam ter sido pagas aos servidores. Precedentes:
TRF4, AG 0000155-34.2012.404.0000, Quarta Turma, Rel. Des. Fed. JOÃO PEDRO GEBRAN NETO, E-
DJF1 14/03/2012; TRF5, AC 200105000323725, Terceira Turma, Rel. Des. Fed. VLADIMIR CARVALHO,
DJe 08/06/2010; TRF2, AG 201102010082882, Oitava Turma Especializada, Rel. Juíza Fed. Conv.
FÁTIMA MARIA NOVELINO SEQUEIRA, E-DJF2R 31/05/2012. 5- No caso em tela, a servidora pública
está executando diferenças de correção monetária de valores atrasados pagos administrativamente em
1991, sem atualização, devendo ser aplicado aqui o mesmo raciocínio utilizado nos casos dos servidores
inativos e pensionistas. 6- Entender pela aplicação da alíquota ora vigente seria onerar a Autora
duplamente, na medida em que além de não ter recebido o que lhe era devido no momento oportuno,
ainda terá que arcar com um tributo maior, em razão da inércia da Agravante. 7- Ressalte-se que o
Superior Tribunal de Justiça tem ratificado o entendimento de que a incidência de tributos sobre as verbas
devidas a servidores públicos em virtude de decisões judiciais deve observar a legislação tributária
vigente à época em que os pagamentos deveriam ter sido efetuados. Precedentes: STJ, AgRg no Ag
766.896/SC, 1.ªTurma, Rel. Ministro JOSÉ DELGADO, DJ de 19/03/2007; STJ, AgRg no REsp 1224230,
Rel. Min. BENEDITO GONÇALVES, DJe 01/03/2012; STJ, AgRg no REsp 1168539/RS, Rel. Min.
LAURITA VAZ, DJe 08/11/2011. 8- Agravo de instrumento desprovido.
(TRF2 - AG: 201202010157746, Relator Desembargador Federal Marcus Abraham, Quinta Turma
Especializada. julgado em 18/02/2014, publicado em 06/03/2014).
Nesses termos, não merece reparo a sentença recorrida.
Recurso desprovido. Sentença mantida. Acórdão lavrado com fundamento no art. 46 da Lei nº 9.099/95.
A União, recorrente vencida, pagará honorários advocatícios fixados em 10% (dez por cento) sobre o
valor da condenação (art. 55 da Lei nº 9.099/95).
ACÓRDÃO
Decide a Turma Recursal, por unanimidade, negar provimento ao recurso da parte ré. Turma Recursal,
Juizado Especial Federal – SJDF. Brasília – DF, 16/05/2019.
JUÍZA LÍLIA BOTELHO NEIVA BRITO
Relatora 2 – 1ª Turma Recursal/SJDF
EMENTA
TRIBUTÁRIO. CONTRIBUIÇÃO PREVIDENCIÁRIA. INCIDÊNCIA SOBRE PAGAMENTOS DE VALORES
EM ATRASO. SERVIDOR ATIVO. REGIME DE COMPETÊNCIA. RECURSO DESPROVIDO.
Recurso interposto pela parte ré em face de sentença que julgou PARCIALMENTE PROCEDENTE O
PEDIDO, com fulcro no art. 487, I, do CPC, para declarar que a incidência da contribuição previdenciária,
no processo destacado na inicial, deve observar o regime de competência, apurando-se o respectivo
valor, mês a mês, conforme a legislação vigente à época em que as diferenças deveriam ter sido pagas
ao servidor. Declaro, ainda, a inexigibilidade de contribuição previdenciária sobre os valores recebidos a
no caso em apreço, são relativas a períodos anteriores à instituição da Contribuição para o Plano da
Seguridade Social do Servidor Público (PSS) sobre os proventos de aposentadorias e pensões dos
servidores públicos inativos, não tendo, assim, qualquer relevo se o pagamento deu-se após a EC
41/2003. - Demais disso, a União (Fazenda Nacional) não comprovou que os servidores exequentes
ainda mantinham a qualidade de ativos nos períodos objeto desta ação. - Posicionamento do STJ
exarado no REsp 1.196.777/RS, que se amolda, com perfeição, ao caso dos autos. - Agravo Regimental
conhecido e não-provido.
(TRF-5 - AGA: 0013680562012405000002 AL, Relator: Desembargador Federal Edílson Nobre, Data de
Julgamento: 24/09/2014, Pleno, Data de Publicação: 30/09/2014)
De igual modo, precedente do Tribunal Regional Federal da 2ª Região:
AGRAVO DE INSTRUMENTO. PENSIONISTA. ATRASADOS. RETENÇÃO DA CONTRIBUIÇÃO AO
PSS. DESCONTO LIMITADO ÀS PARCELAS POSTERIORES À EC Nº 41/2003. 1 - Cinge-se a
controvérsia dos autos em saber se a contribuição previdenciária para o Plano de Seguridade do Servidor
Público (PSS) incide sobre valores decorrentes de decisão judicial, ainda que estes refiram-se a valores
devidos a pensionista em período anterior à vigência da EC nº 41/2003. 2- O Superior Tribunal de Justiça,
em sede de julgamento de recurso repetitivo, decidiu que a retenção da contribuição ao PSS, incidente
sobre valores pagos em cumprimento de decisão judicial, prevista no art. 16-A da Lei 10.887/04, constitui
obrigação ex lege e como tal deve ser promovida independentemente de condenação ou de prévia
autorização no título executivo. STJ, REsp 1196777/RS, Primeira Seção, Rel. Min. TEORI ALBINO
ZAVASCKI, DJe 04/11/2010. 3- No entanto, restou consignado nas razões expostas no voto daquele
precedente que "caso se tratasse de servidores aposentados e pensionistas, a retenção não seria devida,
pois no período anterior a 2004 não era constitucional a contribuição para o Plano de Seguridade Social
de servidores inativos." 4- De fato, os inativos e pensionistas só se tornaram sujeitos ao pagamento de
contribuição ao Plano de Seguridade dos Servidores Públicos a partir da EC nº 41/2003, regulamentada
pela Lei 10.887/04, cujo art. 16 expressamente dispôs que tal contribuição só seria exigível a partir de 20
de maio de 2004. Precedentes: STJ, AgRg no REsp 1240596/RS, Segunda Turma, Rel. Min. HUMBERTO
MARTINS, DJe 26/04/2011; TRF2, AG 201302010118642, Sétima Turma Especializada, Rel. Des. Fed.
JOSÉ ANTONIO LISBÔA NEIVA, E-DJF2R 28/10/2013; TRF5, AG 00061587520124050000, Primeira
Turma, Rel. Des. Fed. FRANCISCO CAVALCANTI, DJe 17/09/2012; TRF1, EDAG 200901000094530,
Primeira Turma, Rel. Des. Fed. ÂNGELA CATÃO, E-DJF1 31/08/2012. 5- No caso em tela, os valores
executados referem-se a atrasados de pensão estatutária, devidos no período de 02/2001 a 08/2007,
587
abarcando, portanto, período em que a referida contribuição não era devida. 6- Agravo de instrumento
parcialmente provido, para determinar a liberação apenas dos valores retidos referentes às parcelas
devidas antes de 20/05/2004, momento a partir do qual passou a ser exigível a contribuição dos inativos
ao Plano de Seguridade do Servidor Público.
(TRF-2 - AG: 201302010143107, Relator: Desembargador Federal PODER JUDICIÁRIO SEÇÃO
JUDICIÁRIA DO DISTRITO FEDERAL
2AEF8AB6011AFF404C93126602742582 TRF 1 REGIÃO/IMP.15-01-04-SJ
3
EMENTA
SISTEMA FINANCEIRO NACIONAL. TAXA REFERENCIAL. METODOLOGIA. LEI Nº 8.177/91.
DELEGAÇÃO LEGISLATIVA AO CONSELHO MONETÁRIO NACIONAL. RAZÕES DO RECURSO
DISSOCIADAS. SENTENÇA MANTIDA. RECURSO NÃO CONHECIDO.
Recurso interposto pela parte autora, em ação ajuizada contra a Caixa Econômica Federal, contra
sentença que julgou LIMINARMENTE IMPROCEDENTE O PEDIDO, extinguindo o feito com resolução de
seu mérito, nos termos dos art. 332, inciso II, do Novo Código de Processo Civil.
A parte autora narrou em suma na inicial que a metodologia no cálculo da TR (Taxa Referencial) fixada
pelo CMN é ilegal, visto que extrapola os limites estabelecidos pela Lei nº 8.177/91.
Aduziu que a TR determinada pela Lei que a instituiu é a TBF menos 20%, que foi desobedecido pelo(a)
réu(ré) ao fixar ZERO por cento por meses a fio e uma mixaria nos demais meses.
Afirma ainda que O BACEN não divulgou a TR legal (e sim a fraudada), porque baseado em resoluções
ilegais elaboradas por ele em conluio com o CMN, contendo dois tipos de ilegalidade:
- invenção de impostos artificiais para figurar como redutor da TBF para encontrar a TR fraudada;
- contrariedade à lei universal da matemática, ao transformar número decimal em percentual multiplicando
por apenas 0,100 e não por 100, o que significa que dividiu por 1.000 a grandeza lógica.
Apontou, por fim, ilegalidades em diversas Resoluções do CMN que tratam da matéria.
Em suas razões recursais, todavia, tratou de matéria diversa, visto que pede a substituição da TR pelo
INPC/IPCA, pedido esse não compreendido no objeto litigioso do feito.
É dever do recorrente a adequada e necessária impugnação da sentença que pretende ver reformada,
com a exposição dos fundamentos de fato e de direito que justificariam a reforma do decisum,
demonstrando de forma precisa as razões de seu inconformismo com o ato jurisdicional impugnado, a
teor do disposto nos art. 514, II e 515, caput, ambos do antigo CPC.
Dessa forma, verifica-se que o recorrente não atacou os fundamentos da sentença que pretende ver
reformada, razão pela qual não se conhece do recurso interposto. PODER JUDICIÁRIO SEÇÃO
JUDICIÁRIA DO DISTRITO FEDERAL
588
Sentença mantida. Recurso não conhecido. Acórdão lavrado nos moldes do art. 46 da Lei 9.099/95.
A parte autora, recorrente vencida, pagará honorários advocatícios de 10% sobre o valor corrigido da
causa, ficando a condenação suspensa enquanto perdurar o estado de carência que justificou a
concessão da justiça gratuita, prescrevendo a dívida cinco anos após a sentença final, nos termos do art.
98, §3º, do novo CPC.
ACÓRDÃO
Decide a Turma Recursal, por unanimidade, não conhecer do recurso interposto pela parte autora. Turma
EMENTA
ADMINISTRATIVO. SERVIDOR PÚBLICO. AUXÍLIO-TRANSPORTE. PAGAMENTO CONFORME
DECLARAÇÃO DE DESPESA DIÁRIA REALIZADA. AUSÊNCIA DE ATUALIZAÇÃO DAS
INFORMAÇÕES PRESTADAS. ÔNUS DO SERVIDOR. RECURSO DESPROVIDO.
Recurso inominado interposto por ANA MARIA ASSUNÇÃO DOS SANTOS em face de sentença de
improcedência proferida em ação ajuizada objetivando o pagamento de auxílio-transporte,
independentemente do meio de transporte utilizado e sem qualquer desconto.
A Turma Nacional de Uniformização, em julgamento de recurso representativo de controvérsia (PEDILEF
0513572-79.2015.4.05.8013, Rel. Juíza Federal MARIA LÚCIA GOMES DE SOUZA, julgado em
20/10/2016, publicação 10/11/2016), firmou a tese que para concessão do auxílio-transporte, é suficiente
a declaração do servidor que ateste a realização das despesas com transporte, nos termos dos arts. 1º e
6º da Medida Provisória n. 2.165/2001, independentemente de o transporte utilizado para o deslocamento
entre a residência e o trabalho e vice-versa ser próprio ou coletivo, não havendo necessidade de prévia
comprovação das despesas efetivamente realizadas com o deslocamento.
Em igual sentido, julgado do Superior Tribunal de Justiça:
(...)
3. O acórdão recorrido não merece reparo, uma vez que está em sintonia com a jurisprudência do STJ,
segundo a qual o auxílio-transporte tem por fim o custeio de despesas realizadas pelos servidores
públicos com transporte, mediante veículo próprio ou coletivo municipal, intermunicipal ou interestadual,
relativas aos deslocamentos entre a residência e o local de trabalho e vice-versa.
4. Não encontra respaldo na legislação vigente a necessidade de comprovação prévia das despesas
relacionadas ao transporte do servidor, razão pela qual a Administração não pode proceder a tal
exigência.
(...)
(REsp 1617987/SC, Rel. Ministro HERMAN BENJAMIN, SEGUNDA TURMA, julgado em 06/12/2016, DJe
19/12/2016)
Todavia, não se observa dos autos que a demandante tenha apresentado declaração que ateste a
realização de despesas com transportes, nos termos do art. 6º da MP nº 2.165-36/2011.
Desse modo, impõe-se a manutenção da sentença de improcedência por fundamento diverso. PODER
JUDICIÁRIO SEÇÃO JUDICIÁRIA DO DISTRITO FEDERAL
0F7F1AC36B91C026C214DC6730CBF0E5 TRF 1 REGIÃO/IMP.15-01-04-SJ
2
Recurso desprovido. Sentença mantida. Acórdão lavrado nos termos do art. 46 da Lei nº 9.099/95.
A parte autora, recorrente vencida, pagará honorários advocatícios de 10% sobre o valor corrigido da
causa, ficando a condenação suspensa enquanto perdurar o estado de carência que justificou a
589
concessão da justiça gratuita, prescrevendo a dívida cinco anos após a sentença final, nos termos do art.
98, §3º, do CPC/15.
ACÓRDÃO
Decide a Turma Recursal, por unanimidade, negar provimento ao recurso da parte autora. Turma
Recursal, Juizado Especial Federal – SJDF. Brasília – DF, 16/05/2019.
JUÍZA LÍLIA BOTELHO NEIVA BRITO
Relatora 2 – 1ª Turma Recursal/SJDF
EMENTA
CONSTITUCIONAL. ADMINISTRATIVO. SERVIDOR PÚBLICO. EXTENSÃO DE REAJUSTE
CONCEDIDO A ALGUMAS CARREIRAS E CARGOS DO SERVIÇO PÚBLICO FEDERAL. 15,8%. LEIS
Nº 12.772/2012, 12.773/2012, 12.775/2012, 12.776/2012, 12.777/2012 E 12.778/2012. REVISÃO GERAL
DE REMUNERAÇÃO NÃO CARACTERIZADA. SENTENÇA MANTIDA. RECURSO IMPROVIDO.
Recurso interposto pela parte autora em face de sentença que julgou improcedente o pedido inicial de
reajuste 15,8% sobre o vencimento básico e demais verbas remuneratórias, em razão das Leis nº
12.772/2012, 12.773/2012, 12.775/2012, 12.776/2012, 12.777/2012 e 12.778/2012.
A revisão geral remuneratória dos servidores públicos assegurada constitucionalmente foi regulamentada
pela Lei nº 10.331/2001, que estabeleceu em seu art. 1º, que esta dar-se-ia no mês de janeiro a todos os
servidores públicos dos poderes Executivo, Legislativo e Judiciário, sem distinção de índices:
Art. 1º As remunerações e os subsídios dos servidores públicos dos Poderes Executivo, Legislativo e
Judiciário da União, das autarquias e fundações públicas federais, serão revistos, na forma do inciso X do
art. 37 da Constituição, no mês de janeiro, sem distinção de índices, extensivos aos proventos da
inatividade e às pensões.
De outro lado, o inciso X da Constituição, na sua primeira parte, estabelece que a remuneração dos
servidores públicos e o subsídio de que trata o § 4° do art. 39 somente poderão ser fixados ou alterados
por lei específica, observada a iniciativa privativa em cada caso. Nesse prisma, não há qualquer óbice
para estabelecimento, por lei específica, de tabelas e reajustes diferenciados para os diversos cargos e
carreiras de servidores públicos. Na verdade, esse tipo de equiparação é vedada pelo inciso XIII, do art.
37 da Constituição da República ("é vedada a vinculação ou equiparação de quaisquer espécies
remuneratórias para o efeito de remuneração de pessoal do serviço público"). Nesse prisma, conclui-se
que apenas no caso de revisão geral anual, estabelecida no art. 37, X, última parte, é preciso haver
identidade de índice para todos os servidores públicos.
A revisão geral anual, assim, caracteriza-se pela sua natureza universal e indistinção de índice,
obedecida, ainda, a sua regulamentação pela Lei nº 10.331/2001, quanto à data base em janeiro e outros
requisitos orçamentários.
Dessa forma, é possível constatar que os reajustes instituídos pelas Leis nº 12.772/2012, 12.773/2012,
12.775/201212.776/2012, 12.777/2012 e 12.778/2012, não possuem natureza de revisão geral de
remuneração. PODER JUDICIÁRIO SEÇÃO JUDICIÁRIA DO DISTRITO FEDERAL
727C62777AB76D069A676F0C8ECB5FEE TRF 1 REGIÃO/IMP.15-01-04-SJ
2
Da análise das referidas leis, que não foram editadas em janeiro, é possível constatar que tratam de
reestruturação e/ou reajuste da remuneração de carreiras e cargos específicos, dentro de certas carreiras
no serviço público e não à totalidade do funcionalismo, conforme explicitado do preâmbulo de cada uma
delas.
Não caracterizada a natureza de revisão geral das Leis nº 12.772/2012, 12.773/2012, 12.775/2012,
12.776/2012, 12.777/2012 e 12.778/2012, não há falar-se em sua extensão a outros cargos não
abrangidos nas citada legislação, gratificações ou incidência sobre vantagem pessoal nominalmente
identificada (VPNI), essa última em virtude de expressa vedação legal (art. 62-A, parágrafo único, da Lei
nº 8.112/90). Aplica-se no caso o entendimento estabelecido na Súmula nº 339 do STF: Não cabe ao
590
Poder Judiciário, que não tem função legislativa, aumentar vencimentos de servidores públicos, sob
fundamento de isonomia.
Recurso improvido. Sentença mantida. Acórdão lavrado com fundamento no artigo 46 da Lei nº 9.099/95.
A parte autora, recorrente vencida, pagará honorários advocatícios de 10% sobre o valor corrigido da
causa, ficando a condenação suspensa enquanto perdurar o estado de carência que justificou a
concessão da justiça gratuita, prescrevendo a dívida cinco anos após a sentença final, nos termos do art.
98, §3º, do NCPC.
ACÓRDÃO
Decide a Turma Recursal, à unanimidade, negar provimento ao recurso interposto pela parte autora.
Turma Recursal, Juizado Especial Federal – SJDF. Brasília – DF, 16/05/2019.
EMENTA
TRIBUTÁRIO. INATIVOS. VERBAS REMUNERATÓRIAS. PAGAMENTO JUDICIAL. INCIDÊNCIA DE
CONTRIBUIÇÃO PREVIDENCIÁRIA. VALORES RELATIVOS A PERÍODO ANTERIOR E POSTERIOR À
EC 41/03 E À LEI Nº 10.887/04. RECURSO IMPROVIDO. SENTENÇA MANTIDA.
Recurso interposto pela parte ré em face de sentença que julgou PARCIALMENTE PROCEDENTE a
pretensão deduzida na peça inicial, extinguindo o feito com resolução de seu mérito, nos termos do art.
487, inciso I, do NCPC, para o fim de condenar a parte ré na restituição, em favor da parte autora, dos
seguintes valores descontados indevidamente a título de contribuição para o PSS incidente sobre as
parcelas do reajuste de 3,17% recebidas judicialmente:
a) a totalidade da contribuição incidente sobre o principal corrigido da dívida no período de outubro de
1995 e o mês de junho de 2004, inclusive;
b) a diferença entre a incidência de 11% sobre o valor do principal corrigido e a incidência de 11% mês a
mês sobre os valores excedentes do teto do RGPS no período de julho de 2004 a setembro de 2005; e
c) a totalidade da contribuição incidente sobre os juros de mora em relação a todas as competências.
A parte autora pede na inicial que lhe sejam restituídos integralmente os valores retidos a título de PSS
em razão da expedição de precatório em processo (000081409.2011.4.05.8000), no qual se discutia as
diferenças relativas ao percentual de 3,17%.
A jurisprudência pátria é assente ao afirmar a não incidência de contribuição previdenciária sobre os
valores recebidos por inativos mediante RPV ou precatório, quando relativo a período anterior à EC
41/2003 e à Lei nº 10.887/04.
Nesse sentido, precedente do Tribunal Regional Federal da 5ª Região:
AGRAVO REGIMENTAL. RECURSO ESPECIAL. SERVIDOR PÚBLICO INATIVO. PRECATÓRIO
JUDICIAL. NEGATIVA DE SEGUIMENTO. RETENÇÃO DA CONTRIBUIÇÃO DO PSS. VALORES
REFERENTES A PERÍODO ANTERIOR À EC 41/2003. DESCABIMENTO DA RETENÇÃO.
CONFORMIDADE DO ACÓRDÃO RECORRIDO COM O RESP 1.196.777/RS. IMPROVIMENTO. - Não é
devida a retenção de contribuição destinada ao Plano de Seguridade Social do Servidor Público - PSS em
pagamento desencadeado em precatório judicial ou requisição de pequeno PODER JUDICIÁRIO SEÇÃO
JUDICIÁRIA DO DISTRITO FEDERAL
CE45F38D35C973AB45F9141CF0989E3B TRF 1 REGIÃO/IMP.15-01-04-SJ
2
valor - RPV, em favor de servidor público inativo, se os valores forem atinentes a períodos anteriores à
EC 41/2003, ainda que pagos posteriormente. - Consoante bem assinalado no acórdão turmário deste
Tribunal, os valores devidos, através de precatório, em favor dos exequentes, no caso em apreço, são
relativas a períodos anteriores à instituição da Contribuição para o Plano da Seguridade Social do
Servidor Público (PSS) sobre os proventos de aposentadorias e pensões dos servidores públicos inativos,
não tendo, assim, qualquer relevo se o pagamento deu-se após a EC 41/2003. - Demais disso, a União
591
(Fazenda Nacional) não comprovou que os servidores exequentes ainda mantinham a qualidade de ativos
nos períodos objeto desta ação. - Posicionamento do STJ exarado no REsp 1.196.777/RS, que se
amolda, com perfeição, ao caso dos autos. - Agravo Regimental conhecido e não-provido.
(TRF-5 - AGA: 0013680562012405000002 AL, Relator: Desembargador Federal Edílson Nobre, Data de
Julgamento: 24/09/2014, Pleno, Data de Publicação: 30/09/2014)
De igual modo, precedente do Tribunal Regional Federal da 2ª Região:
AGRAVO DE INSTRUMENTO. PENSIONISTA. ATRASADOS. RETENÇÃO DA CONTRIBUIÇÃO AO
PSS. DESCONTO LIMITADO ÀS PARCELAS POSTERIORES À EC Nº 41/2003. 1 - Cinge-se a
controvérsia dos autos em saber se a contribuição previdenciária para o Plano de Seguridade do Servidor
Público (PSS) incide sobre valores decorrentes de decisão judicial, ainda que estes refiram-se a valores
a liberação apenas dos valores retidos referentes às parcelas devidas antes de 20/05/2004, momento a
partir do qual passou a ser exigível a contribuição dos inativos ao Plano de Seguridade do Servidor
Público.
(TRF-2 - AG: 201302010143107, Relator: Desembargador Federal MARCUS ABRAHAM, Data de
Julgamento: 21/01/2014, QUINTA TURMA ESPECIALIZADA, Data de Publicação: 29/01/2014)
No caso, verifica-se que a parte autora aposentou-se em 19.06.1995 e que os valores recebidos
judicialmente, a título de reajuste de 3,17 %, referem-se ao período de 10/1995 a 09/2005.
Nesses termos, não merece reparo a sentença recorrida.
Recurso improvido. Sentença mantida. Acórdão lavrado com fundamento no art. 46 da Lei nº 9.099/95.
Honorários advocatícios pela recorrente vencida, fixados em 10% (dez por cento) sobre o valor da
condenação, conforme preceitua o art. 55 da Lei nº 9.099/95.
ACÓRDÃO
Decide a Turma Recursal, por unanimidade, negar provimento ao recurso interposto pela parte ré. Brasília
– DF, 16/05/2019.
JUÍZA LÍLIA BOTELHO NEIVA BRITO
Relatora 2 – 1ª Turma Recursal/SJDF
EMENTA
TRIBUTÁRIO. CONTRIBUIÇÃO PREVIDENCIÁRIA. INCIDÊNCIA SOBRE PAGAMENTOS DE VALORES
EM ATRASO. REGIME DE COMPETÊNCIA. RECURSO DESPROVIDO.
Recurso interposto pela UNIÃO em face de sentença que julgou PARCIALMENTE PROCEDENTE a
pretensão deduzida na peça inicial, para o fim de condenar a parte ré na restituição, em favor da parte
autora, dos valores descontados indevidamente a título de contribuição previdenciária incidente sobre os
valores do principal corrigido da GOE (diferença entre a alíquota de 11% e a alíquota de 6%), exceto no
tocante às competências de maio a dezembro de 1990, em relação à qual faz jus à restituição da
totalidade do que foi cobrado a título de PSS, e sobre a parcela dos juros de mora (totalidade dos valores
recolhidos), ressalvados os valores já recebidos na via administrativa, restando extinto o feito com
Tribunal de Justiça tenha decidido no REsp 1196777/RS, julgado em regime de recurso repetitivo, que a
retenção da contribuição previdenciária, prevista no art. 16-A da Lei 10.887/2004 incidiria sobre os
pagamentos judiciais ainda que estes se referissem a créditos anteriores à referida lei, foi expressamente
ressalvado que esta não incidiria se tratasse de servidores aposentados e pensionistas, no período
anterior a 2004. 3- Com efeito, a contribuição dos inativos e pensionistas ao regime de previdência próprio
do servidor público foi instituída pela Emenda Constitucional n° 41, de 19 de dezembro de 2003, que, por
sua vez, foi regulamentada pela Lei 10.887/04, cujo art. 16 expressamente dispôs que tal contribuição só
passaria a ser exigível a partir de 20 de maio de 2004. Desse modo, antes desse período não poderia
incidir a contribuição previdenciária por falta de previsão legal. Precedentes desta E. Corte nesse sentido.
4- Extrai-se, a partir dessa ressalva, a conclusão de que a contribuição previdenciária deve observar o
regime de competência, sendo calculada de acordo com a legislação vigente à época em que as
diferenças deveriam ter sido pagas aos servidores. Precedentes: TRF4, AG 0000155-34.2012.404.0000,
Quarta Turma, Rel. Des. Fed. JOÃO PEDRO GEBRAN NETO, E-DJF1 14/03/2012; TRF5, AC
200105000323725, Terceira Turma, Rel. Des. Fed. VLADIMIR CARVALHO, DJe 08/06/2010; TRF2, AG
201102010082882, Oitava Turma Especializada, Rel. Juíza Fed. Conv. FÁTIMA MARIA NOVELINO
SEQUEIRA, E-DJF2R 31/05/2012. 5- No caso em tela, a servidora pública está executando diferenças de
correção monetária de valores atrasados pagos administrativamente em 1991, sem atualização, devendo
ser aplicado aqui o mesmo raciocínio utilizado nos casos dos servidores inativos e pensionistas. 6-
Entender pela aplicação da alíquota ora vigente seria onerar a Autora duplamente, na medida em que
além de não ter recebido o que lhe era devido no momento oportuno, ainda terá que arcar com um tributo
maior, em razão da inércia da Agravante. 7- Ressalte-se que o Superior Tribunal de Justiça tem ratificado
o entendimento de que a incidência de tributos sobre as verbas devidas a servidores públicos em virtude
de decisões judiciais deve observar a legislação tributária vigente à época em que os pagamentos
deveriam ter sido efetuados. Precedentes: STJ, AgRg no Ag 766.896/SC, 1.ªTurma, Rel. Ministro JOSÉ
DELGADO, DJ de 19/03/2007; STJ, AgRg no REsp 1224230, Rel. Min. BENEDITO GONÇALVES, DJe
01/03/2012; STJ, AgRg no REsp 1168539/RS, Rel. Min. LAURITA VAZ, DJe 08/11/2011. 8- Agravo de
instrumento desprovido.
(TRF2 - AG: 201202010157746, Relator Desembargador Federal Marcus Abraham, Quinta Turma
Especializada. julgado em 18/02/2014, publicado em 06/03/2014).
Nesses termos, não merece reparo a sentença recorrida.
Recurso desprovido. Sentença mantida. Acórdão lavrado com fundamento no art. 46 da Lei nº 9.099/95.
A União, recorrente vencida, pagará honorários advocatícios fixados em 10% (dez por cento) sobre o
valor da condenação (art. 55 da Lei nº 9.099/95). PODER JUDICIÁRIO SEÇÃO JUDICIÁRIA DO
DISTRITO FEDERAL
C35A67343A7E659862037C5DC827C219 TRF 1 REGIÃO/IMP.15-01-04-SJ
593
ACÓRDÃO
Decide a Turma Recursal, por unanimidade, negar provimento ao recurso da parte ré. Turma Recursal,
Juizado Especial Federal – SJDF. Brasília – DF, 16/05/2019.
JUÍZA LÍLIA BOTELHO NEIVA BRITO
Relatora 2 – 1ª Turma Recursal/SJDF
EMENTA
TRIBUTÁRIO. INATIVOS. VERBAS REMUNERATÓRIAS. PAGAMENTO JUDICIAL. INCIDÊNCIA DE
CONTRIBUIÇÃO PREVIDENCIÁRIA. VALORES RELATIVOS A PERÍODO ANTERIOR E POSTERIOR À
EC 41/03 E À LEI Nº 10.887/04. RECURSO IMPROVIDO. SENTENÇA MANTIDA.
Recurso interposto pela parte ré em face de sentença que julgou PARCIALMENTE PROCEDENTE a
pretensão deduzida na peça inicial, extinguindo o feito com resolução de seu mérito, nos termos do art.
487, inciso I, do NCPC, para o fim de condenar a parte ré na restituição, em favor da parte autora, dos
seguintes valores descontados indevidamente a título de contribuição para o PSS incidente sobre as
parcelas do reajuste de 3,17% recebidas judicialmente:
a) a totalidade da contribuição incidente sobre o principal corrigido da dívida no período entre a data em
que a parte autora se aposentou (outubro de 2001) e o mês de junho de 2004, inclusive;
b) a diferença entre a incidência de 11% sobre o valor do principal corrigido e a incidência de 11% mês a
mês sobre os valores excedentes do teto do RGPS no período de julho de 2004 a setembro de 2005; e
c) a totalidade da contribuição incidente sobre os juros de mora em relação a todas as competências.
A parte autora pede na inicial que lhe sejam restituídos integralmente os valores retidos a título de PSS
em razão da expedição de precatório em processo (00002189320094058000), no qual se discutia as
diferenças relativas ao percentual de 3,17%.
A jurisprudência pátria é assente ao afirmar a não incidência de contribuição previdenciária sobre os
valores recebidos por inativos mediante RPV ou precatório, quando relativo a período anterior à EC
41/2003 e à Lei nº 10.887/04.
Nesse sentido, precedente do Tribunal Regional Federal da 5ª Região:
AGRAVO REGIMENTAL. RECURSO ESPECIAL. SERVIDOR PÚBLICO INATIVO. PRECATÓRIO
JUDICIAL. NEGATIVA DE SEGUIMENTO. RETENÇÃO DA CONTRIBUIÇÃO DO PSS. VALORES
REFERENTES A PERÍODO ANTERIOR À EC 41/2003. DESCABIMENTO DA RETENÇÃO.
CONFORMIDADE DO ACÓRDÃO RECORRIDO COM O RESP 1.196.777/RS. IMPROVIMENTO. - Não é
devida a retenção de contribuição destinada ao Plano de Seguridade Social do Servidor Público - PSS em
pagamento desencadeado em precatório judicial ou requisição de pequeno PODER JUDICIÁRIO SEÇÃO
JUDICIÁRIA DO DISTRITO FEDERAL
9A75205DCDC50BDEB3FB581A4B1CBABC TRF 1 REGIÃO/IMP.15-01-04-SJ
2
valor - RPV, em favor de servidor público inativo, se os valores forem atinentes a períodos anteriores à
EC 41/2003, ainda que pagos posteriormente. - Consoante bem assinalado no acórdão turmário deste
Tribunal, os valores devidos, através de precatório, em favor dos exequentes, no caso em apreço, são
relativas a períodos anteriores à instituição da Contribuição para o Plano da Seguridade Social do
Servidor Público (PSS) sobre os proventos de aposentadorias e pensões dos servidores públicos inativos,
não tendo, assim, qualquer relevo se o pagamento deu-se após a EC 41/2003. - Demais disso, a União
(Fazenda Nacional) não comprovou que os servidores exequentes ainda mantinham a qualidade de ativos
nos períodos objeto desta ação. - Posicionamento do STJ exarado no REsp 1.196.777/RS, que se
amolda, com perfeição, ao caso dos autos. - Agravo Regimental conhecido e não-provido.
(TRF-5 - AGA: 0013680562012405000002 AL, Relator: Desembargador Federal Edílson Nobre, Data de
Julgamento: 24/09/2014, Pleno, Data de Publicação: 30/09/2014)
594
a liberação apenas dos valores retidos referentes às parcelas devidas antes de 20/05/2004, momento a
partir do qual passou a ser exigível a contribuição dos inativos ao Plano de Seguridade do Servidor
Público.
(TRF-2 - AG: 201302010143107, Relator: Desembargador Federal MARCUS ABRAHAM, Data de
Julgamento: 21/01/2014, QUINTA TURMA ESPECIALIZADA, Data de Publicação: 29/01/2014)
No caso, verifica-se que a parte autora aposentou-se em 23.10.2001 e que os valores recebidos
judicialmente, a título de reajuste de 3,17 %, referem-se ao período de 10/1995 a 09/2005.
Nesses termos, não merece reparo a sentença recorrida.
Recurso improvido. Sentença mantida. Acórdão lavrado com fundamento no art. 46 da Lei nº 9.099/95.
Honorários advocatícios pela recorrente vencida, fixados em 10% (dez por cento) sobre o valor da
condenação, conforme preceitua o art. 55 da Lei nº 9.099/95.
ACÓRDÃO
Decide a Terceira Turma Recursal, por unanimidade, negar provimento ao recurso interposto pela parte
ré. Brasília – DF, 16/05/2019.
JUÍZA LÍLIA BOTELHO NEIVA BRITO
Relatora 2 – 1ª Turma Recursal/SJDF
EMENTA
595
pequeno valor - RPV, em favor de servidor público inativo, se os valores forem atinentes a períodos
anteriores à EC 41/2003, ainda que pagos posteriormente. - Consoante bem assinalado no acórdão
turmário deste Tribunal, os valores devidos, através de precatório, em favor dos exequentes, no caso em
apreço, são relativas a períodos anteriores à instituição da Contribuição para o Plano da Seguridade
Social do Servidor Público (PSS) sobre os proventos de aposentadorias e pensões dos servidores
públicos inativos, não tendo, assim, qualquer relevo se o pagamento deu-se após a EC 41/2003. - Demais
disso, a União (Fazenda Nacional) não comprovou que os servidores exequentes ainda mantinham a
qualidade de ativos nos períodos objeto desta ação. - Posicionamento do STJ exarado no REsp
1.196.777/RS, que se amolda, com perfeição, ao caso dos autos. - Agravo Regimental conhecido e não-
provido.
(TRF-5 - AGA: 0013680562012405000002 AL, Relator: Desembargador Federal Edílson Nobre, Data de
Julgamento: 24/09/2014, Pleno, Data de Publicação: 30/09/2014)
De igual modo, precedente do Tribunal Regional Federal da 2ª Região:
AGRAVO DE INSTRUMENTO. PENSIONISTA. ATRASADOS. RETENÇÃO DA CONTRIBUIÇÃO AO
PSS. DESCONTO LIMITADO ÀS PARCELAS POSTERIORES À EC Nº 41/2003. 1 - Cinge-se a
controvérsia dos autos em saber se a contribuição previdenciária para o Plano de Seguridade do Servidor
Público (PSS) incide sobre valores decorrentes de decisão judicial, ainda que estes refiram-se a valores
devidos a pensionista em período anterior à vigência da EC nº 41/2003. 2- O Superior Tribunal de Justiça,
em sede de julgamento de recurso repetitivo, decidiu que a retenção da contribuição ao PSS, incidente
sobre valores pagos em cumprimento de decisão judicial, prevista no art. 16-A da Lei 10.887/04, constitui
obrigação ex lege e como tal deve ser promovida independentemente de condenação ou de prévia
autorização no título executivo. STJ, REsp 1196777/RS, Primeira Seção, Rel. Min. TEORI ALBINO
ZAVASCKI, DJe 04/11/2010. 3- No entanto, restou consignado nas razões expostas no voto daquele
precedente que "caso se tratasse de servidores aposentados e pensionistas, a retenção não seria devida,
pois no período anterior a 2004 não era constitucional a contribuição para o Plano de Seguridade Social
de servidores inativos." 4- De fato, os inativos e pensionistas só se tornaram sujeitos ao pagamento de
contribuição ao Plano de Seguridade dos Servidores Públicos a partir da EC nº 41/2003, regulamentada
pela Lei 10.887/04, cujo art. 16 expressamente dispôs que tal contribuição só seria exigível a partir de 20
de maio de 2004. Precedentes: STJ, AgRg no REsp 1240596/RS, Segunda Turma, Rel. Min. HUMBERTO
MARTINS, DJe 26/04/2011; TRF2, AG 201302010118642, Sétima Turma Especializada, Rel. Des. Fed.
JOSÉ ANTONIO LISBÔA NEIVA, E-DJF2R 28/10/2013; TRF5, AG 00061587520124050000, Primeira
Turma, Rel. Des. Fed. FRANCISCO CAVALCANTI, DJe 17/09/2012; TRF1, EDAG 200901000094530,
Primeira Turma, Rel. Des. Fed. ÂNGELA CATÃO, E-DJF1 31/08/2012. 5- No caso em tela, os valores
executados referem-se a atrasados de pensão estatutária, devidos no período de 02/2001 a 08/2007,
abarcando, portanto, período em que a referida contribuição não era PODER JUDICIÁRIO SEÇÃO
JUDICIÁRIA DO DISTRITO FEDERAL
0BB7C7473DC06E35B9884F91426F55A7 TRF 1 REGIÃO/IMP.15-01-04-SJ
596
devida. 6- Agravo de instrumento parcialmente provido, para determinar a liberação apenas dos valores
retidos referentes às parcelas devidas antes de 20/05/2004, momento a partir do qual passou a ser
exigível a contribuição dos inativos ao Plano de Seguridade do Servidor Público.
(TRF-2 - AG: 201302010143107, Relator: Desembargador Federal MARCUS ABRAHAM, Data de
Julgamento: 21/01/2014, QUINTA TURMA ESPECIALIZADA, Data de Publicação: 29/01/2014)
No caso, verifica-se que a parte autora aposentou-se em 10.03.2003 e que os valores recebidos
judicialmente, a título de reajuste de 3,17 %, referem-se ao período de 10/1995 a 09/2005.
Nesses termos, não merece reparo a sentença recorrida.
EMENTA
ADMINISTRATIVO. SERVIDOR PÚBLICO. CEPLAC. DIREITO AO ENQUADRAMENTO NO PLANO DE
CARREIRA ESPECÍFICO DA ÁREA DE CIÊNCIA E TECNOLOGIA. IMPOSSIBILIDADE. RECURSO
PARCIALMENTE PROVIDO. SENTENÇA REFORMADA.
Recurso inominado interposto pela União em face de sentença de procedência proferida em ação
ajuizada objetivando o reconhecimento do direito de opção à estrutura remuneratória da Carreira de
Ciência e Tecnologia, instituída pela Lei nº 12.702/2012.
A parte recorrente pede, preliminarmente, a suspensão do feito em razão da existência de ação coletiva.
Argui a prescrição quinquenal. Quanto ao mérito, pugna pela improcedência do pedido inicial. Por fim,
pede a reforma da sentença no tocante aos critérios de fixação de juros de mora e correção monetária.
Quanto à alegação da existência de ação coletiva, registre-se que esta não prejudica nem suspende as
ações individuais ajuizadas se não houver requerimento expresso da parte autora, até prolação da
sentença. Nesse caso, o autor da ação individual não se beneficiará da futura coisa julgada coletiva.
Apenas no caso de coisa julgada coletiva anteriormente ao ajuizamento da ação individual, poderia
ensejar o reconhecimento de ausência de interesse de agir do autor, eis que já dispõe de título executivo,
não sendo necessária nova ação, situação essa não demonstrada pela recorrente.
Rejeita-se a prejudicial de prescrição quinquenal, visto que na data de ajuizamento da presente ação não
havia transcorrido o prazo de 05 (cinco) anos da vigência da Lei nº 12.702/2012.
Compulsando-se os autos, verifica-se que a parte autora, integrante do quadro de servidores da
Comissão Executiva do Plano da Lavoura Cacaueira (CEPLAC), vinculada ao Ministério da Agricultura,
Pecuária e Abastecimento, atualmente enquadrado no plano geral de cargos do poder executivo - PGPE,
busca o enquadramento no plano de carreira da Ciência e Tecnologia, em razão da Lei nº 12.702/2012,
que incluiu a CEPLAC entre os órgãos e entidades integrantes da área de Ciência e Tecnologia (art. 1º,
§1º, XXXI, da Lei nº 8.691/93).
Observa-se, ainda, a existência de expressa vedação legal de transposição dos servidores em exercício
na CEPLAC, na data de vigência da Lei nº 12.702/2012, para o plano de carreira da Ciência e Tecnologia
(art. 1º, § 3°, da Lei nº 8.691/93, na atual redação dada pela Lei nº 12.823/2013).
Estabelecidas tais premissas, denota-se que a pretensão da parte autora encontra óbice no teor da
Súmula Vinculante nº 43 do STF: É inconstitucional toda modalidade de provimento que PODER
JUDICIÁRIO SEÇÃO JUDICIÁRIA DO DISTRITO FEDERAL
618FEDCB993387F014B595CAFF92AB43 TRF 1 REGIÃO/IMP.15-01-04-SJ
597
propicie ao servidor investir-se, sem prévia aprovação em concurso público destinado ao seu provimento,
em cargo que não integra a carreira na qual anteriormente investido.
Registre-se que o autor não se desincumbiu do ônus de demonstrar que o cargo por ele ocupado
corresponde a qualquer cargo previsto no plano de carreira da Ciência e Tecnologia. Não provou também
qualquer isonomia no tocante às atribuições de seu cargo em relação às previstas no referido plano de
carreira.
Ademais, a Súmula Vinculante nº 37 prevê expressamente que Não cabe ao Poder Judiciário, que não
tem função legislativa, aumentar vencimentos de servidores públicos sob o fundamento de isonomia.
EMENTA
ADMINISTRATIVO. SERVIDOR PÚBLICO. CEPLAC. DIREITO AO ENQUADRAMENTO NO PLANO DE
CARREIRA ESPECÍFICO DA ÁREA DE CIÊNCIA E TECNOLOGIA. IMPOSSIBILIDADE. RECURSO
PARCIALMENTE PROVIDO. SENTENÇA REFORMADA.
Recurso inominado interposto pela União em face de sentença de procedência proferida em ação
ajuizada objetivando o reconhecimento do direito de opção à estrutura remuneratória da Carreira de
Ciência e Tecnologia, instituída pela Lei nº 12.702/2012.
Compulsando-se os autos, verifica-se que a parte autora, integrante do quadro de servidores da
Comissão Executiva do Plano da Lavoura Cacaueira (CEPLAC), vinculada ao Ministério da Agricultura,
Pecuária e Abastecimento, atualmente enquadrado no plano geral de cargos do poder executivo - PGPE,
busca o enquadramento no plano de carreira da Ciência e Tecnologia, em razão da Lei nº 12.702/2012,
que incluiu a CEPLAC entre os órgãos e entidades integrantes da área de Ciência e Tecnologia (art. 1º,
§1º, XXXI, da Lei nº 8.691/93).
Observa-se, ainda, a existência de expressa vedação legal de transposição dos servidores em exercício
na CEPLAC, na data de vigência da Lei nº 12.702/2012, para o plano de carreira da Ciência e Tecnologia
(art. 1º, § 3°, da Lei nº 8.691/93, na atual redação dada pela Lei nº 12.823/2013).
Estabelecidas tais premissas, denota-se que a pretensão da parte autora encontra óbice no teor da
Súmula Vinculante nº 43 do STF: É inconstitucional toda modalidade de provimento que propicie ao
servidor investir-se, sem prévia aprovação em concurso público destinado ao seu provimento, em cargo
que não integra a carreira na qual anteriormente investido.
Registre-se que o autor não se desincumbiu do ônus de demonstrar que o cargo por ele ocupado
corresponde a qualquer cargo previsto no plano de carreira da Ciência e Tecnologia. Não provou também
qualquer isonomia no tocante às atribuições de seu cargo em relação às previstas no referido plano de
carreira.
Ademais, a Súmula Vinculante nº 37 prevê expressamente que Não cabe ao Poder Judiciário, que não
tem função legislativa, aumentar vencimentos de servidores públicos sob o fundamento de isonomia.
598
Por fim, destaque-se que é assente na jurisprudência do Supremo Tribunal Federal o entendimento de
que não há direito adquirido a regime jurídico. PODER JUDICIÁRIO SEÇÃO JUDICIÁRIA DO DISTRITO
FEDERAL
1BFA7FE2C62B8444E66A6F7F4E123409 TRF 1 REGIÃO/IMP.15-01-04-SJ
2
Ante o exposto, não se verifica a inconstitucionalidade do art. 1º, §3º, da Lei nº 8.691/93, na atual redação
dada pela Lei nº 12.823/2013, razão pela qual há de ser julgado improcedente o pedido inicial.
Recurso parcialmente provido. Sentença reformada. Acórdão lavrado nos termos do art. 46 da Lei nº
9.099/95.
MENTA
ADMINISTRATIVO. SERVIDOR PÚBLICO FEDERAL. ANISTIA. LEI Nº 8.878/94. RECOMPOSIÇÃO
REMUNERATÓRIA DE 16,40%. READMISSÃO. FUNDAMENTO LEGAL. NÃO DEMONSTRAÇÃO.
RECURSO IMPROVIDO.
Recurso inominado interposto pela parte autora em face de sentença de improcedência proferida em ação
ajuizada por anistiado, nos termos da Lei nº 8.878/94, objetivando o pagamento de verba remuneratória,
atinente ao índice de 16,40%.
A sentença consignou em sua fundamentação:
Quanto ao mérito, não merece prosperar a pretensão autoral. In casu, a parte autora não comprovou o
reconhecimento administrativo do direito ao pagamento do reajuste salarial pretendido, no índice de
16,40% referente ao mês de abril de 1992, ônus que, entretanto, lhe incumbia, nos termos do art. 373, I
do CPC.
Por outro lado, verifico que não houve requerimento administrativo específico. O processo administrativo
nº. 21000009444/2012-22 e a Nota Técnica nº. 482/2013 exarada pelo Ministério da Agricultura, Pecuária
e Abastecimento – MAPA no âmbito do processo administrativo nº. 21000.002999/2013-24 são utilizados
apenas como paradigmas para a pretendida comprovação do reconhecimento da Administração Pública
quanto ao direito postulado.
Entretanto, a parte autora integra os quadros de órgão distinto e a ela não se estendem os efeitos de
eventual reconhecimento administrativo de direito efetuado em favor de terceiros, por órgão diverso do
que integra e em relação a quadro de pessoal distinto.
Assim, a parte autora não se desincumbiu do ônus probatório que lhe impõe o art. 373, I do CPC, razão
pela qual improspera a pretensão.
Por outro lado, a lei nº. 11.907/09, em seu art. 310, ao dispor sobre a remuneração dos anistiados,
determinou que as parcelas remuneratórias devidas seriam atualizadas pelos índices de correção
adotados para a atualização dos benefícios do Regime Geral de Previdência Social - RGPS, da data do
desligamento até o mês anterior ao retorno.
No caso em exame, conforme a documentação acostada com a inicial, verifico que a parte autora, por
ocasião de seu reingresso no serviço público, teve sua remuneração calculada com base na referida
norma, mediante PODER JUDICIÁRIO SEÇÃO JUDICIÁRIA DO DISTRITO FEDERAL
CAB5206B58791C2A7CB12AB567075C00 TRF 1 REGIÃO/IMP.15-01-04-SJ
2
atualização de sua remuneração inicial em conformidade com os índices de correção adotados para a
correção dos benefícios do RGPS.
599
Aduz a parte autora que faz jus ao percentual de 16,40% que corresponde à diferença entre o percentual
de 79,96%, referente ao INPC de março a agosto de 1991, e o percentual de 54,60%, concedido pela
Portaria 3.485 de 16/9/1991.
Entretanto, conforme os documentos juntados com a contestação, verifico que a remuneração da parte
autora, no mês de setembro de 1991, foi corrigida com base no índice de 147,06%, muito superior à
variação do INPC no período de março a agosto de 1991, que foi de apenas 79,96%, conforme
anteriormente mencionado.
Assim, improspera a pretensão, uma vez que a remuneração da parte autora foi calculada com base em
índice muito superior ao que deveria ter sido aplicado no mês de setembro de 1991.
A Lei nº 11.907/09 dispõe em seu art. 310:
público, foi enquadrado nas regras do § 1º do art. 310, da Lei 11.907/09, nos termos constantes do Anexo
CLXX da mencionada lei:
Concernente aos valores percebidos pelo autor, faz-se oportuno destacar os salários constantes dos
holerites anexados à documentação inicial, pelo demandante:
- Fls. 17/18 (salários de 2011).......................................................................... R$2.903,00
- Fls. 19/20 (salários de 2012).......................................................................... R$2.903,00
- Fls. 21/22 (salários de 2013) ......................................................................... R$3.213,00
- Fls. 23/24 (salários de 2014).......................................................................... R$3.523,00
- Fls. 25/26 (salários de 2015).......................................................................... R$3.833,00
- Fl. 27 (salários jan a jul de 2016).................................................................. R$3.833,00
- Fl. 28 (salários ago a dez de 2016)................................................................ R$4.061,90
- Fl. 29 (salários a partir de fev de 2017)......................................................... R$4.275,71
Desse modo, comprova-se que os salários do autor foram reajustados conforme as tabelas do Anexo
CLXX, da Lei 11.907/09, não fazendo jus, portanto, ao pagamento da diferença remuneratória pleiteada.
Apenas para fins de registro, o demandante foi enquadrado no nível intermediário D, em razão de contar
com mais de 15 (quinze) anos de contrato de trabalho com a Empresa Estatal Cia. Vale do Rio Doce
(1975 a 1991), cumprindo, assim, os critérios constantes do art. 3º, § 2º, IV, do Decreto n. 6.657/08, o
qual dispõe: PODER JUDICIÁRIO SEÇÃO JUDICIÁRIA DO DISTRITO FEDERAL
CAB5206B58791C2A7CB12AB567075C00 TRF 1 REGIÃO/IMP.15-01-04-SJ
4
EMENTA
ADMINISTRATIVO E CONSTITUCIONAL. GRATIFICAÇÃO DE ATIVIDADE DE COMBATE E
CONTROLE DE ENDEMIAS – GACEN. NATUREZA GENÉRICA. SERVIDORES
INATIVOS/PENSIONISTAS. DIREITO À PARIDADE. LIMITAÇÃO ÀS AVALIAÇÕES INDIVIDUAIS E
INSTITUCIONAL. IMPOSSIBILIDADE. RECURSO DESPROVIDO. SENTENÇA MANTIDA
Recurso interposto pela FUNASA em face de sentença de procedência proferida em ação ajuizada por
servidor inativo/pensionista objetivando a percepção da Gratificação de Atividade de Combate e Controle
de Endemias – GACEN em paridade com os servidores ativos.
A FUNASA, em suas razões recursais, alega que a sentença baseou-se na premissa equivocada de que
a GACEN teria natureza genérica e condenou a ré a pagá-la à parte autora nos mesmos moldes dos
servidores ativos em atenção à regra constitucional que determina a paridade entre ativos e inativos.
Aduz, ainda, que é inegável que a GACEN é uma gratificação de atividade (propter laborem) não
extensível aos aposentados e pensionistas porque ela não é paga a todos os servidores da ativa, mas
somente àqueles que desempenham atividades em caráter permanente. Por fim, pede a reforma da
sentença com a improcedência do pedido.
A GACEN é uma gratificação paga a todos os servidores que exercem as funções de fiscalização de
campo dispostas na Lei nº 11.784/2008. É devida, a partir de 01º de março de 2008, aos ocupantes dos
cargos de Agente Auxiliar de Saúde de Saúde Pública, Agente de Saúde Pública e Guarda de Endemias,
do Quadro de Pessoal do Ministério da Saúde e do Quadro de Pessoal da Fundação Nacional de Saúde –
FUNASA, regidos pela Lei nº 8.112, de 11 de dezembro de 1990 (art. 54 da citada Lei).
A referida gratificação foi fixada em valor certo e determinado, independentemente de qualquer aferição
de critério individual ou institucional ou localidade de lotação do servidor.
Nesse prisma, a gratificação não é pro labore faciendo, eis que não guarda relação com qualquer fator de
desempenho individual do servidor ou institucional do órgão a que está vinculado, assim como não é
decorrente do local de trabalho. Tem natureza genérica, sendo uma gratificação concedida a todos os
servidores em atividade que exercem as atribuições estabelecidas na Lei nº 11.784/2008. Assim, a sua
extensão aos inativos é imperativa, eis que indispensável para preservar a integralidade assegurada
constitucionalmente.
Em igual sentido, precedente da TNU: PEDILEF 05033027020134058302, Juiz Federal Ronaldo José da
Silva, julgamento em 19/11/2015, DOU 05/02/2016.
Recurso desprovido. Sentença mantida. Acórdão lavrado nos termos do art. 46 da Lei nº 9.099/95.
PODER JUDICIÁRIO SEÇÃO JUDICIÁRIA DO DISTRITO FEDERAL
883D54A4C254EE641C6476D6E541716A TRF 1 REGIÃO/IMP.15-01-04-SJ
2
Honorários advocatícios pela recorrente vencida, fixados em 10% (dez por cento) sobre o valor da
condenação, conforme preceitua o art. 55 da Lei nº 9.099/95.
ACÓRDÃO
Decide a Turma Recursal, por unanimidade, negar provimento ao recurso da parte ré. Turma Recursal,
Juizado Especial Federal – SJDF. Brasília – DF, 16/05/2019.
JUÍZA LÍLIA BOTELHO NEIVA BRITO
Relatora 2 – 1ª Turma Recursal/SJDF
EMENTA
ADMINISTRATIVO. SERVIDOR PÚBLICO. CEPLAC. DIREITO AO ENQUADRAMENTO NO PLANO DE
CARREIRA ESPECÍFICO DA ÁREA DE CIÊNCIA E TECNOLOGIA. IMPOSSIBILIDADE. RECURSO
PARCIALMENTE PROVIDO. SENTENÇA REFORMADA.
Recurso inominado interposto pela União em face de sentença de procedência proferida em ação
ajuizada objetivando o reconhecimento do direito de opção à estrutura remuneratória da Carreira de
Ciência e Tecnologia, instituída pela Lei nº 12.702/2012.
A parte recorrente pede, preliminarmente, a suspensão do feito em razão da existência de ação coletiva.
Argui a prescrição quinquenal. Quanto ao mérito, pugna pela improcedência do pedido inicial. Por fim,
pede a reforma da sentença no tocante aos critérios de fixação de juros de mora e correção monetária.
Quanto à alegação da existência de ação coletiva, registre-se que esta não prejudica nem suspende as
ações individuais ajuizadas se não houver requerimento expresso da parte autora, até prolação da
sentença. Nesse caso, o autor da ação individual não se beneficiará da futura coisa julgada coletiva.
Apenas no caso de coisa julgada coletiva anteriormente ao ajuizamento da ação individual, poderia
ensejar o reconhecimento de ausência de interesse de agir do autor, eis que já dispõe de título executivo,
não sendo necessária nova ação, situação essa não demonstrada pela recorrente.
Rejeita-se a prejudicial de prescrição quinquenal, visto que na data de ajuizamento da presente ação não
havia transcorrido o prazo de 05 (cinco) anos da vigência da Lei nº 12.702/2012.
Compulsando-se os autos, verifica-se que a parte autora, integrante do quadro de servidores da
Comissão Executiva do Plano da Lavoura Cacaueira (CEPLAC), vinculada ao Ministério da Agricultura,
Pecuária e Abastecimento, atualmente enquadrado no plano geral de cargos do poder executivo - PGPE,
busca o enquadramento no plano de carreira da Ciência e Tecnologia, em razão da Lei nº 12.702/2012,
que incluiu a CEPLAC entre os órgãos e entidades integrantes da área de Ciência e Tecnologia (art. 1º,
§1º, XXXI, da Lei nº 8.691/93).
Observa-se, ainda, a existência de expressa vedação legal de transposição dos servidores em exercício
na CEPLAC, na data de vigência da Lei nº 12.702/2012, para o plano de carreira da Ciência e Tecnologia
(art. 1º, § 3°, da Lei nº 8.691/93, na atual redação dada pela Lei nº 12.823/2013).
Estabelecidas tais premissas, denota-se que a pretensão da parte autora encontra óbice no teor da
Súmula Vinculante nº 43 do STF: É inconstitucional toda modalidade de provimento que PODER
JUDICIÁRIO SEÇÃO JUDICIÁRIA DO DISTRITO FEDERAL
E3A9C2CFD02591B18452CC5A6F39D6CA TRF 1 REGIÃO/IMP.15-01-04-SJ
2
propicie ao servidor investir-se, sem prévia aprovação em concurso público destinado ao seu provimento,
em cargo que não integra a carreira na qual anteriormente investido.
Registre-se que a parte autora não se desincumbiu do ônus de demonstrar que o cargo por ela ocupado
corresponde a qualquer cargo previsto no plano de carreira da Ciência e Tecnologia. Não provou também
qualquer isonomia no tocante às atribuições de seu cargo em relação às previstas no referido plano de
carreira.
Ademais, a Súmula Vinculante nº 37 prevê expressamente que Não cabe ao Poder Judiciário, que não
tem função legislativa, aumentar vencimentos de servidores públicos sob o fundamento de isonomia.
Por fim, destaque-se que é assente na jurisprudência do Supremo Tribunal Federal o entendimento de
que não há direito adquirido a regime jurídico.
Ante o exposto, não se verifica a inconstitucionalidade do art. 1º, §3º, da Lei nº 8.691/93, na atual redação
dada pela Lei nº 12.823/2013, razão pela qual há de ser julgado improcedente o pedido inicial.
Recurso parcialmente provido. Sentença reformada. Acórdão lavrado nos termos do art. 46 da Lei nº
9.099/95.
Incabíveis honorários advocatícios.
ACÓRDÃO
Decide a Turma Recursal, por unanimidade, dar parcial provimento ao recurso da parte ré. Turma
Recursal, Juizado Especial Federal/SJDF, 16/05/2019.
JUÍZA LÍLIA BOTELHO NEIVA BRITO
Relatora 2 – 1ª Turma Recursal/SJDF
602
PODER JUDICIÁRIO
JUIZADOS ESPECIAIS FEDERAIS
SEÇÃO JUDICIÁRIA DO DISTRITO FEDERAL
3ª. TURMA RECURSAL
PROCESSO Nº 0009205-82.2014.4.01.3400
RELATORA :JUÍZA FEDERAL ROSIMAYRE GONÇALVES DE CARVALHO
RECORRENTE(S) : MARCOS PEREIRA DE ALMEIDA MENDES
PROCESSO Nº 0050892-68.2016.4.01.3400
RELATORA :JUÍZA FEDERAL ROSIMAYRE GONÇALVES DE CARVALHO
RECORRENTE(S) : JOSE BERNARDO FEITOZA
ADVOGADO : DF00039232 - LEONARDO DA COSTA
RECORRIDO(S) : UNIAO FEDERAL (FAZENDA NACIONAL)
ADVOGADO : - RHAINA ELLERY HULAND
EMENTA
TRIBUTÁRIO E ADMINISTRATIVO. GRATIFICAÇÃO DE ATIVIDADE DE COMBATE E CONTROLE DE
ENDEMIAS – GACEN. CONTRIBUIÇÃO PARA O PLANO DE SEGURIDADE SOCIAL DO SERVIDOR –
PSS – LEGALIDADE. CONSTITUCIONALIDADE. LEI 13.324/2016.
I – Trata-se de ação objetivando a declaração de não incidência das contribuições previdenciárias sobre a
GACEN, bem como a restituição dos valores descontados.
II - Recurso interposto pela parte autora contra sentença que julgou improcedente o pedido reconhecendo
a legalidade da incidência da contribuição social dos servidores para o regime próprio de previdência
social pautada no art. 4º e § 1º da Lei 10.887/03, seja na redação originária, seja na conferida pela Lei
12.618/12.
III - Para as ações ajuizadas após a vigência da LC 118/2005, como é o caso dos autos, a pretensão de
restituição de tributo recolhido indevidamente prescreve em cinco anos, conforme orientação emanada do
Supremo Tribunal Federal no RE 566621. Prejudicial de prescrição rejeitada.
IV - A GACEN tem valor certo, sendo paga a todos os servidores que exercem ou exerceram as funções
de fiscalização de campo dispostas na Lei 11.784/2008. É devida, a partir de 1º de março de 2008, aos
ocupantes dos cargos de Agente Auxiliar de Saúde de Saúde Pública, Agente de Saúde Pública e Guarda
de Endemias, do Quadro de Pessoal do Ministério da Saúde e do Quadro de Pessoal da Fundação
Nacional de Saúde – FUNASA, (art. 54 da lei referida).
V - A Lei 13.324/2016, que dispõe sobre gratificações de qualificação e de desempenho, bem como
estabelece regras para incorporação de gratificações às aposentadorias, acrescentou novas regras à
incorporação da GACEN, devida aos servidores ocupantes dos cargos acima referidos, estabelecendo
que o servidor ativo, aposentado e o pensionista, poderá chegar a incorporar 100% (cem por cento) dos
pontos desta gratificação aos proventos de aposentadoria ou de pensão. “Art. 88. Os servidores de que
trata o art. 87 podem optar, em caráter irretratável, pela incorporação de gratificações de desempenho
aos proventos de aposentadoria ou de pensão, nos seguintes termos: I) a partir de 1º de janeiro de 2017:
603
67% (sessenta e sete por cento) do valor referente à média dos pontos da gratificação de desempenho
recebidos nos últimos sessenta meses de atividade; II) a partir de 1º de janeiro de 2018: 84% (oitenta e
quatro por cento) do valor referente à média dos pontos da gratificação de desempenho recebidos nos
últimos sessenta meses de atividade; e III) a partir de 1º de janeiro de 2019: o valor integral da média dos
pontos da gratificação de desempenho recebidos nos últimos sessenta meses de atividade.”
VI - Registre-se que o STF tem reiterado o entendimento no sentido de que “o regime contributivo é, por
essência, um regime de caráter eminentemente retributivo", pelo que "... deve haver, necessariamente,
correlação entre custo e benefício”. (ADIN MC nº. 2.010/DF). A limitação do valor da aposentadoria à
remuneração do cargo efetivo e aos valores definitivamente incorporados a essa retribuição, está
constitucionalmente prevista no art. 40, § 3º. Dessa forma, apenas as parcelas não incorporáveis aos
VII - Houve mudança legislativa a refletir no entendimento que prevalecia nesta Turma, de sorte que a
situação jurídica indica a incorporação integral da parcela. Nesse sentido, já decidiu esta Turma nos RIs
nº 0013361-45.2016.4.01.3400, 0043898-24.2016.4.01.3400 e 0046413- 32.2016.4.01.3400, julgados em
27/06/2017, com relatoria do Exmo. Sr. Juiz Federal Antonio Claudio Macedo da Silva.
VIII - Mencione-se que não se desconhece os precedentes da TNU, todavia, considerando esse novo
enfoque há que entender que a situação não se adequa às balizas fáticas daqueles julgamentos. Isso
porque, ao considerar incorporável a parcela, estar-se-ia a criar um terceiro gênero de servidores, aqueles
que não contribuem sobre parcela que receberão na aposentadoria. “A superposição de vantagens
caracteriza sistema híbrido, incompatível com a sistemática de cálculo dos benefícios previdenciários.”
(RE 575089, Relator(a): Min. RICARDO LEWANDOWSKI, Tribunal Pleno, julgado em 10/09/2008,
REPERCUSSÃO GERAL - MÉRITO DJe-202 DIVULG 23-10-2008 PUBLIC 24- 10-2008 EMENT VOL-
02338-09 PP-01773 RB v. 20, n. 541, 2008, p. 23-26 RT v. 98, n. 880, 2009, p. 122-129).
IX - Recurso desprovido.
X – Honorários advocatícios pela parte recorrente de 10% sobre o valor da causa. Condenação suspensa
(art. 98, §3º do CPC).
ACÓRDÃO
Decide a Terceira Turma Recursal, por maioria, vencido o Juiz Rui Costa Gonçalves, NEGAR
PROVIMENTO ao recurso.
Brasília – DF, 7 de maio de 2019.
JUÍZA FEDERAL ROSIMAYRE GONÇALVES DE CARVALHO
2ª Relatora – 3ª. Turma Recursal
PROCESSO Nº 0035959-27.2015.4.01.3400
RELATORA :JUÍZA FEDERAL ROSIMAYRE GONÇALVES DE CARVALHO
RECORRENTE(S) : CRISTINA CUNHA DE ALMEIDA DE SOUZA
ADVOGADO : DF00123456 - DEFENSORIA PUBLICA DA UNIAO
RECORRIDO(S) : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
ADVOGADO : - RAFAEL VASCONCELOS FONTES
EMENTA
PREVIDENCIÁRIO. CONCESSÃO DE AUXÍLIO-DOENÇA. DOENÇA ANTERIOR À FILIAÇÃO AO
REGIME GERAL DA PREVIDÊNCIA SOCIAL. RECURSO CONHECIDO E DESPROVIDO.
I - Trata-se de recurso inominado interposto pela parte autora em face da sentença que julgou
improcedente o pedido para concessão de benefício por incapacidade, sob o fundamento de ausência de
incapacidade laborativa.
II - A Recorrente alega que faz jus a benefício por incapacidade, haja vista que é portadora de cegueira.
Demais disso, [...] durante toda a sua vida profissional somente realizou atividade de operadora de
telemarketing, com poucas chances de ser readaptada em outra função laboral pelo baixo grau de
escolaridade [...].” Requer, subsidiariamente, realização de nova perícia.
III - Para a concessão dos benefícios de auxílio-doença e aposentadoria por invalidez exige-se a
qualidade de segurado ao RGPS, com preenchimento do período de carência de 12 (doze) contribuições
mensais, salvo nas hipóteses previstas no art. 26, II, da Lei nº 8.213/91, prorrogados para até 24 (vinte e
quatro) meses para os que já contribuíram por mais de 120 meses (art. 15, inciso II, parágrafos 2º e 4º, da
Lei nº 8.213/91), bem como a comprovação de incapacidade para o exercício de atividade que lhe garanta
a subsistência, devendo essa incapacidade ser definitiva, para a aposentadoria por invalidez, e
temporária, no caso de auxílio-doença.
604
IV – O primeiro laudo médico, produzido em juízo em outubro de 2015, indicou que a Autora,
presentemente com 36 (trinta e seis) anos (nascida em 14.03.1983), é portadora de neurite ótica,
epilepsia e doença cérebro vascular, com DID em 2014, sem incapacidade. Realizada nova perícia em
novembro de 2018, foi diagnosticada como portadora de epilepsia sintomática e déficit visual (CID 10:
G40 e G47), com DII em 2014. Conclui que se trata de incapacidade permanente, parcial e
multiprofissional.
V - O CNIS registra vínculo empregatício, junto à CTIS TECNOLOGIA S.A no período de 18.03.2014 a
11/2014, bem como que verteu contribuições, como contribuinte individual, de 01/12/2014 a 31.01.2015.
Constam também indeferimentos de PODER JUDICIÁRIO SEÇÃO JUDICIÁRIA DO DISTRITO FEDERAL
BA1BE7638313AE4B005B4B080970AF3E TRF 1 REGIÃO/IMP.15-01-04-SJ
benefícios assistenciais e auxílios doença, estes com DER em 16.07.2014; 12.2014; 21.06.2016 e
22.12.2016.
VI – Observa-se que a parte autora ingressou no RGPS quando já estava com quadro de incapacidade
para o trabalho, como se observa dos primeiros exames apresentados. Seu primeiro e único vínculo
ocorreu no ano de 2014, exatamente quando já, pelo que afirma, estava incapaz para a atividade habitual.
O primeiro requerimento administrativo ocorreu 4 meses após o ingresso no sistema, e, segundo afirmou
no laudo pericial, o quadro de deficiência/incapacidade resultou de um TCE sofrido no ano de 1999,
quando desenvolveu quadro de cefaleia, epilepsia e déficit visual. Logo, conforme documentação que
acompanha a inicial e DII fixada no laudo pericial, já era portadora das mesmas doenças e com o mesmo
quadro clínico antes de ingressar no sistema. Em sua defesa invoca o relatório médico datado de
13/02/2015, expedido pelo Dr. André Pinheiro, dando conta que “Paciente sofreu acidente automobilístico
em 1999. Sofreu lesão do nervo óptico à esquerda com perda de campo visual de ambos os olhos. O
exame de campimetria mosta perda de toda a metade do campo visual direito (hemianospsia heterônima
direita).O quadro é de natureza irreversível, incapacitante e prognóstico visual permanente.” E ainda:”
Outro laudo mais recente, emitido pelo Dr. Jupiracy Gomes Damasceno, neurologista, datado de
18.03.2016, aponta que a parte autora sofre crises convulsivas além de ser portadora “de cefaleia pós
traumática e HEMIANOPSIA HOMONIMA ESQUERDA, as custas de traumatismo crânio encefálico
servero” (CID: G40.9, G44.3)”. O relatório emitido pelo DR. Jupiracy Damasceno confirme a precedência
da incapacidade ao ingresso no sistema:
VII – Assim, o indeferimento administrativo relativo ao pedido feito em 16/7/2014 deu-se
fundamentadamente, bem assim os seguintes, visto que a parte autora ingressou no RGPS já portadora
da doença incapacitante. Por outro lado, não há que se falar no agravamento da doença durante o
período em que esteve contribuindo, visto que no curto período de contribuições não houve qualquer
mudança no quadro clínico.
VIII – Portanto, tratando-se de incapacidade anterior ao ingresso do autor no RGPS, é indevido o
benefício por ausência de qualidade de segurado. Nos termos da legislação que rege a matéria, a doença
de que o segurado já era portador ao se filiar ao Regime Geral de Previdência Social não lhe garante o
direito ao auxílio-doença, tampouco à aposentadoria por invalidez (art. 42, §2º e art. 59, parágrafo único,
da Lei nº. 8.213/91), salvo se restar caracterizado o agravamento da doença ou lesão, o que não é o
caso, uma vez que quando adquiriu a qualidade de segurado, a doença/incapacidade que acomete a
parte autora já estava instalada. PODER JUDICIÁRIO SEÇÃO JUDICIÁRIA DO DISTRITO FEDERAL
BA1BE7638313AE4B005B4B080970AF3E TRF 1 REGIÃO/IMP.15-01-04-SJ
3
PROCESSO Nº 0038009-26.2015.4.01.3400
RELATORA :JUÍZA FEDERAL ROSIMAYRE GONÇALVES DE CARVALHO
RECORRENTE(S) : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
ADVOGADO :
605
ACÓRDÃO
Decide a Terceira Turma Recursal, por unanimidade, NEGAR PROVIMENTO os embargos de
declaração.
Brasília – DF, 7 de maio de 2019.
JUÍZA FEDERAL ROSIMAYRE GONÇALVES DE CARVALHO
2ª Relatora – 3ª. Turma Recursal
PROCESSO Nº 0067656-66.2015.4.01.3400
RELATORA :JUÍZA FEDERAL ROSIMAYRE GONÇALVES DE CARVALHO
RECORRENTE(S) : UNIAO FEDERAL
ADVOGADO : - SAMUEL LAGES NEVES LOPES
RECORRIDO(S) : EMILCY DA SILVA NERY
ADVOGADO : GO00024236 - EDILENE TEIXEIRA MARTINS
EMENTA
EMBARGOS DE DECLARAÇÃO. AUSÊNCIA DE OMISSÃO, OBSCURIDADE, CONTRADIÇÃO OU
ERRO MATERIAL. INCONFORMISMO COM O JULGADO. EMBARGOS DESPROVIDOS.
I - Embargos de declaração opostos pela União alegando omissão no critério adotado como forma de
cálculo da correção monetária e insistindo na aplicação da TR.
II - A embargante sustenta que a produção regular dos efeitos do acórdão em questão depende de
publicação da decisão do STF.
III - Cuida-se de peça absolutamente genérica e sem pertinência com o ato impugnado que está
devidamente fundamentado, claro e hígido, pois em consonância com o entendimento do STF e do STJ
no RESP n. 1.495.146/MG (TEMA 905-repetitivos).
IV - A possibilidade de modulação dos efeitos da decisão pelo STF não é motivação suficiente para
oposição do recurso integrativo diante da opção da Turma Julgadora pelo afastamento do índice
declarado inconstitucional de forma ex tunc. A ausência de modulação dos efeitos pela Suprema Corte
não inibe o julgamento por esta Turma que, a despeito da preocupação da União, buscou dar efetividade
ao decidido em última instância por meio do mecanismo da repercussão geral, conferindo-lhe, como sói
de regra, efeitos ex tunc.
V - Nesse sentido: DIREITO TRIBUTÁRIO. AGRAVO INTERNO EM RECURSO EXTRAORDINÁRIO.
REPERCUSSÃO GERAL. SISTEMÁTICA. APLICAÇÃO. PENDÊNCIA DE EMBARGOS DE
DECLARAÇÃO NO PARADIGMA. IRRELEVÂNCIA. JULGAMENTO IMEDIATO DA CAUSA.
PRECEDENTES. 1. A existência de decisão de mérito julgada sob a sistemática da repercussão geral
autoriza o julgamento imediato de causas que versarem sobre o mesmo tema, independente do trânsito
em julgado do paradigma. Precedentes. (...) (RE 1112500 AgR, Relator(a): Min. ROBERTO BARROSO,
606
monetária dos débitos da Fazenda Pública com base no índice oficial de remuneração da caderneta de
poupança, no âmbito do Supremo Tribunal Federal, objetivou reconhecer a validade dos precatórios
PROCESSO Nº 0072551-70.2015.4.01.3400
RELATORA :JUÍZA FEDERAL ROSIMAYRE GONÇALVES DE CARVALHO
RECORRENTE(S) : MANOEL PEREIRA DE ANDRADE
ADVOGADO : DF00041954 - MARCELA CARVALHO BOCAYUVA
RECORRIDO(S) : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
ADVOGADO :
EMENTA
PREVIDENCIÁRIO. APOSENTADORIA POR INVALIDEZ. BENEFÍCIO DEVIDO. LIVRE
CONVENCIMENTO. CONDIÇÕES SOCIOECONÔMICAS. JUROS E CORREÇÃO MONETÁRIA.
I - Trata-se de recurso inominado interposto pelo INSS em face de sentença que julgou parcialmente
procedente o pedido para concessão de aposentadoria por invalidez, com DIB em 26.01.2016,
descontados os valores percebidos a partir de então a título de auxílio-doença.
II – Consignou a sentença vergastada: “Embora no laudo médico o perito tenha afirmado a incapacidade
temporária, é de se considerar que a parte autora possui 56 (cinquenta e seis) anos de idade, não possui
qualquer escolaridade ("lê e escreve 'muito pouco'"), sofre com enfermidade de natureza progressiva e
"ainda sem controle" e encontra-se afastada de qualquer atividade laboral há mais de dez anos, razão
pela qual é cabível a concessão da aposentadoria por invalidez, sem prejuízo de eventual reversão na
hipótese da improvável recuperação da capacidade laboral.”
III - O Recorrente apontou erro de julgamento ao desconsiderar a conclusão do laudo pericial, que indicou
a inexistência de incapacidade passível de recuperação. Sustenta necessidade de fixação de data de
cessação do benefício, bem como que são devidos consectários legais nos termos do art. 1º-F da Lei
9.494/97, com redação dada pela Lei 11.960/09.
IV - Para a concessão dos benefícios de auxílio-doença e aposentadoria por invalidez exige-se a
qualidade de segurado ao RGPS, com preenchimento do período de carência de 12 (doze) contribuições
mensais, salvo nas hipóteses previstas no art. 26, II, da Lei nº 8.213/91, prorrogados para até 24 (vinte e
quatro) meses para os que já contribuíram por mais de 120 meses (art. 15, inciso II, parágrafos 2º e 4º, da
Lei nº 8.213/91), bem como a comprovação de incapacidade para o exercício de atividade que lhe garanta
a subsistência, devendo essa incapacidade ser definitiva, para a aposentadoria por invalidez, e
temporária, no caso de auxílio-doença.
V - O laudo médico pericial, produzido em juízo em 26.01.2016, dá conta que a parte autora,
presentemente com 58 (cinquenta e oito) anos (nascida em 9.12.1960), é portadora de doença pulmonar
obstrutiva crônica e asma brônquica (CID 10: J44.9 e J45.9). Conclui que se trata de incapacidade
temporária, total e omniprofissional e aponta prazo para concessão do benefício por seis meses.
Ademais, consigna: “Doença com histórico progressivo e ainda sem controle, apesar do longo período de
afastamento do trabalho.”
607
VI - Cabe ao juízo valorar livremente as provas que lhe são apresentadas, motivando seu convencimento
(art. 371, do CPC). As convicções jurídicas passam por filtros distintos daqueles da ciência médica
PODER JUDICIÁRIO SEÇÃO JUDICIÁRIA DO DISTRITO FEDERAL
8235F1B9726D1010F0336883DB2B5EF5 TRF 1 REGIÃO/IMP.15-01-04-SJ
2
VII - Embora o perito tenha atestado a incapacidade temporária, agiu com acerto o juízo de primeira
instância, ao conceder o benefício de aposentadoria por invalidez. Para tal conclusão, são consideradas
as restrições físicas impostas pela doença, a sua profissão habitual (cobrador), bem como seu nível de
escolaridade (sem escolaridade – lê e escreve “muito pouco”.) e o fato de possuir idade avançada,
PROCESSO Nº 0063124-49.2015.4.01.3400
RELATORA :JUÍZA FEDERAL ROSIMAYRE GONÇALVES DE CARVALHO
RECORRENTE(S) : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
ADVOGADO :
RECORRIDO(S) : RUBENS LELIS FERREIRA
ADVOGADO : DF00022388 - TERESA CRISTINA SOUSA FERNANDES
EMENTA
PREVIDENCIÁRIO. BENEFÍCIO POR INCAPACIDADE. AUXÍLIO-DOENÇA DEVIDO. CESSAÇÃO DA
APOSENTADORIA POR INVALIDEZ. POSSIBILIDADE DE REABILITAÇÃO E/OU RECUPERAÇÃO.
INCAPACIDADE PARCIAL E MULTIPROFISSIONAL.
I - Trata-se de recurso inominado interposto pelo INSS em face da sentença que julgou parcialmente
procedente o pedido para concessão do benefício de aposentadoria por invalidez, com DIB em
09.12.2015, descontados os valores recebidos a partir de então a título de auxílio-doença.
II - O Recorrente sustenta que é descabida a concessão do benefício de aposentadoria por invalidez, haja
vista que se trata de incapacidade parcial, com possibilidade de reabilitação.
III - Para a concessão dos benefícios de auxílio-doença e aposentadoria por invalidez exige-se a
qualidade de segurado ao RGPS, com preenchimento do período de carência de 12 (doze) contribuições
mensais, salvo nas hipóteses previstas no art. 26, II, da Lei nº 8.213/91, prorrogados para até 24 (vinte e
quatro) meses para os que já contribuíram por mais de 120 meses (art. 15, inciso II, parágrafos 2º e 4º, da
Lei nº 8.213/91), bem como a comprovação de incapacidade para o exercício de atividade que lhe garanta
a subsistência, devendo essa incapacidade ser definitiva, para a aposentadoria por invalidez, e
temporária, no caso de auxílio-doença.
IV - O laudo médico pericial, produzido em juízo por médico com especialidade em ortopedia e
traumatologia, perícia médica, medicina física (fisiatra) e reabilitação, dá conta que o Autor,
presentemente com 45 (quarenta e cinco) anos de idade – data de nascimento em 27.07.1973, é portador
de artrose de joelho (CID 10: T 93.8), com DII em 16.08.2014. Conclui que se trata de incapacidade
permanente, parcial e multiprofissional. Ademais, apontou o expert: “[...] Trata-se de periciando com
quadro de artrose no joelho e submetido há 3 meses a colocação de prótese total do joelho E estando
ainda em fase de reabilitação física pós operatória e sem condições laborais. Deverá aguardar, em
tratamento, por mais 6 meses para o seu retorno às condições laborativas, mas não poderá mais ser
como vigilante em que necessita permanecer em ortostatismo, subir escadas e ocasionalmente até correr.
Recomendo sua readaptação profissional.”
V - O art. 62 da Lei 8.213/91 dispõe que: “O segurado em gozo de auxílio-doença, insusceptível de
recuperação para sua atividade habitual, deverá submeter-se a processo de reabilitação profissional para
o exercício de outra atividade. Não cessará o benefício até que seja dado como habilitado para o
608
desempenho de nova atividade que lhe garanta a subsistência ou, quando considerado não recuperável,
seja aposentado por invalidez”.
VI - A patologia que acomete o Autor não o impede de exercer outras atividades, o que aliado à pouca
idade e escolaridade (ensino médio), torna possível a reabilitação profissional, pois se trata de
incapacidade parcial e multiprofissional. Por outro lado, ainda que não seja mais possível exercer a
função de vigilante, não ficou afastada a possibilidade de que readquira sua capacidade laboral em outra
atividade, fato a ser apurado por meio do processo de reabilitação, a ser implementado pela Autarquia
Ré. Ressalte-se que a reabilitação profissional é a assistência educativa ou reeducativa que inclui
avaliação do potencial laborativo, a fim de definir a real PODER JUDICIÁRIO SEÇÃO JUDICIÁRIA DO
DISTRITO FEDERAL
capacidade de retorno de segurados ao trabalho, com condução do reabilitando para a escolha de uma
nova atividade laborativa e que inclui pesquisa de fixação no mercado de trabalho.
VII – Em conclusão, a hipótese enseja o benefício de auxílio-doença e não há elementos sócio-
econômicos a indicarem a inviabilidade da readaptação. Recurso que deve ser provido.
VIII - O Autor fica desobrigado de devolver eventuais diferenças entre os valores dos benefícios, haja
vista que recebida a aposentadoria por força de decisão judicial antecipatória dos efeitos da tutela, nos
termos do entendimento firmado pelo Supremo Tribunal Federal no ARE 734242 AgR/DF, Relator Min.
Roberto Barroso, 1ª Turma, julg. 04/08/2015, publ. DJe-175, divulg. 04/9/2015, publ. 08/9/2015, ARE
734199 AgR, Relatora Min. Rosa Weber, 1ª Turma, julg. 09/9/2014, publ. DJe-184, divulg. 22/9/2014,
publ. 23/9/2014. E, conforme atual entendimento do Superior Tribunal de Justiça no REsp 1338912/SE,
Rel. Min. Benedito Gonçalves, 1ª Turma, julg. 23/05/2017, publ.:DJe 29/05/2017.
IX - Recurso provido.
X – Incabíveis honorários advocatícios.
ACÓRDÃO
Decide a Terceira Turma Recursal, à unanimidade, DAR PROVIMENTO ao recurso.
Brasília – DF, 7 de maio de 2019.
JUÍZA FEDERAL ROSIMAYRE GONÇALVES DE CARVALHO
2ª Relatora – 3ª. Turma Recursal
B2A46D4141457732FB37A66ECC37C220
PROCESSO Nº 0035418-23.2017.4.01.3400
RELATORA :JUÍZA FEDERAL ROSIMAYRE GONÇALVES DE CARVALHO
RECORRENTE(S) : UNIAO FEDERAL
ADVOGADO : - DIEGO EDUARDO FARIAS CAMBRAIA
RECORRIDO(S) : BRUNA BENITES FELIPPE DA SILVA
ADVOGADO : DF00030398 - TATHIANA CONDE VILLETH COBUCCI
EMENTA
PROCESSUAL CIVIL. EMBARGOS DE DECLARAÇÃO. HIPÓTESES DE CABIMENTO. ART. 1022 DO
NCPC. REDISCUSSÃO DA CAUSA. INEXISTÊNCIA OMISSÃO, CONTRADIÇÃO OU OBSCURIDADE.
I - Embargos de declaração interpostos pela União em face do acórdão que negou provimento a seu
recurso inominado.
II – A União sustenta que o Pedido de Uniformização (PUIL 825) foi julgado procedente para reafirmar o
entendimento do STJ no sentido de não ser devido, pela União, pagamento de ajuda de custo a Defensor
Público da União removido a pedido, nos termos estabelecidos pelo art. 36, Parágrafo único, III, “c” da Lei
8.213/90.
III - Os embargos de declaração têm por objetivo a integração de acórdão que contenha erro material,
omissão, contradição ou obscuridade (art. 1.022, incisos I e II do novo Código de Processo Civil - art. 535,
I e II do antigo CPC - e art. 48 da Lei nº 9.099/95).
IV - Assim, não se prestam a reexaminar, em regra, atos decisórios alegadamente equivocados ou a
incluir, no debate, novos argumentos jurídicos, uma vez que o efeito infringente não é de sua natureza,
salvo em situações excepcionais.
V - Na hipótese dos autos, fica óbvio que a intenção da parte embargante é rediscutir matéria já decidida,
uma vez que o acórdão indicou os fundamentos suficientes para a compreensão das razões de decidir e
se encontra de acordo com a decisão da TNU, no PEDILEF 05008421020134058303, data de decisão
12/05/2016, DOU 27/09/2016)”.
VI - Embargos desprovidos.
ACÓRDÃO
609
ativos e inativos é o da data da homologação do resultado das avaliações após a conclusão do primeiro
ciclo de avaliações, não podendo a administração retroagir os efeitos financeiros à data anterior" (RE
662406, Relator Min. TEORI ZAVASCKI, Tribunal Pleno, julgado em 11/12/2014, DJe-031 Divulgado no
dia 13/02/2015 e Publicado no dia 18/02/2015).
VII - Em igual sentido, precedente do STF, em sede de Repercussão Geral: RE 631880 RG, Relator(a):
Min. MINISTRO PRESIDENTE, julgado em 09/06/2011, DJe-167 DIVULG 30-08-2011 PUBLIC 31-08-
2011 EMENT VOL-02577-01 PP-00114.
VIII - Com o advento da Lei nº 13.324/2016, passou a ser possível a opção pela incorporação da
pertinente gratificação de desempenho aos proventos de aposentadoria ou de pensão, desde que o
servidor tenha recebido a referida gratificação por, no mínimo, 60 (sessenta) meses antes da
aposentadoria ou da instituição da pensão e firme termo de opção irretratável.(...) Importa ressaltar que,
muito embora o STF tenha decidido que após a homologação do resultado da avaliação de desempenho
dos servidores é possível a redução do percentual da gratificação de desempenho paga aos inativos e
que tal redução não implica em ofensa ao princípio da irredutibilidade remuneratória, não vedou a
hipótese inversa, qual seja, a de a legislação de regência de determinada gratificação de desempenho
permitir a continuidade de pagamento mesmo após a homologação da primeira avaliação de desempenho
dos servidores ativos, atribuindo no âmbito infraconstitucional tratamento mais benéfico que aquele
assegurado no nível constitucional pelo art. 7º da EC 41/03. Assim, lei ordinária poderia, eventualmente,
estabelecer a incorporação de determinadas vantagens aos servidores inativos, sem que o legislador
ordinário assim estivesse obrigado a tanto pelo constituinte originário ou derivado. Por outro lado, a
610
possibilidade de incorporação da gratificação aos proventos dos inativos não modifica o caráter pro labore
faciendo da gratificação, já que, em relação aos servidores da ativa, a referida verba continua sendo paga
com base nas avaliações de desempenho. Ademais, para os inativos que optem pela incorporação da
gratificação, o percentual não será o mesmo para todos, uma vez que levará em consideração a média
dos pontos da gratificação recebidos nos últimos 60 (sessenta) meses anteriores à passagem para a
inatividade (artigo 88, incisos I a III, da Lei nº 13.324/2016). Não pode o Poder Judiciário interpretar de
forma diversa a outorga da referida vantagem, ainda que por razões de isonomia, sob pena de atuar
como legislador positivo e afrontar ao princípio da separação de poderes previsto no art. 2º da CF. De
resto, a pretensão deduzida na exordial encontra ainda óbice na Súmula Vinculante 37 do STF, segundo
a qual “Não cabe ao Poder Judiciário, que não tem função legislativa, aumentar vencimentos de
laborem faciendo. E, tendo sido praticado o ato administrativo respectivo, com base em decreto
regulamentar, a alegação de que o poder público está a maquiar os fatos não se compatibiliza com a
presunção de legitimidade dos atos administrativos, bem assim com o cumprimento de todo o
procedimento para as avaliações, conforme previsto na norma regulamentar.
X - Recentemente, no julgamento do ARE nº 1.052.570, em regime de repercussão geral, o STF
reafirmou a jurisprudência dominante, e firmou as seguintes teses: “I) O termo inicial do pagamento
diferenciado das gratificações de desempenho entre servidores ativos e inativos é o da data da
homologação do resultado das avaliações, após a conclusão do primeiro ciclo”; e “II) A redução, após a
homologação do resultado das avaliações, do valor da gratificação de desempenho paga aos inativos e
pensionistas não configura ofensa ao princípio da irredutibilidade de vencimentos”.( ARE 1052570 RG,
Relator(a): Min. ALEXANDRE DE MORAES, julgado em 15/02/2018, PROCESSO ELETRÔNICO DJe-
042 DIVULG 05-03-2018 PUBLIC 06-03-2018)
XI – Julgamento originário anulado, de ofício, por ser extra petita. Rejulgamento da causa para negar
provimento ao recurso da parte autora. Embargos prejudicados.
ACÓRDÃO
Decide a Terceira Turma Recursal, à unanimidade, de ofício, anular o julgamento anterior por ser extra
petita. Em novo julgamento, negar provimento ao recurso da parte autora e julgar prejudicados os
embargos.
Brasília – DF, 7 de maio de 2019.
JUÍZA FEDERAL ROSIMAYRE GONÇALVES DE CARVALHO
2ª Relatora – 3ª. Turma Recursal
D935C042C494C9207669FC550D401689
PROCESSO Nº 0004264-21.2016.4.01.3400
RELATORA :JUÍZA FEDERAL ROSIMAYRE GONÇALVES DE CARVALHO
RECORRENTE(S) : UNIAO FEDERAL
ADVOGADO : - JACIRA DE ALENCAR ROCHA
RECORRIDO(S) : VALDIR FERREIRA BISPO
ADVOGADO : DF00030598 - MAX ROBERT MELO E OUTRO(S)
EMENTA
PROCESSUAL CIVIL. EMBARGOS DE DECLARAÇÃO. HIPÓTESES DE CABIMENTO. ART. 1022 DO
NCPC. REDISCUSSÃO DA CAUSA. INEXISTÊNCIA DE ERRO MATERIAL, OMISSÃO, CONTRADIÇÃO
OU OBSCURIDADE. EMBARGOS REJEITADOS.
I - Embargos de declaração opostos pela parte autora em face de Acórdão que deu parcial provimento ao
recurso inominado da parte ré.
II - Os embargos de declaração têm por objetivo a integração de acórdão que contenha erro material,
omissão, contradição ou obscuridade (art. 1.022, incisos I e II do novo Código de Processo Civil - art. 535,
I e II do antigo CPC - e art. 48 da Lei 9.099/95).
III - Assim, não se prestam a reexaminar, em regra, atos decisórios alegadamente equivocados ou a
incluir, no debate, novos argumentos jurídicos, uma vez que o efeito infringente não é de sua natureza,
salvo em situações excepcionais.
611
IV - Na hipótese dos autos, fica óbvio que a intenção da parte embargante é rediscutir matéria já decidida,
uma vez que o acórdão indicou os fundamentos suficientes para a compreensão das razões de decidir.
Consta dos autos que a parte autora mantinha vínculo empregatício com o Banco Nacional de Crédito
Cooperativo S/A, cujos empregados sujeitavam-se ao regime jurídico celetista, nos termos do art. 173, §
1º, II da Constituição Federal e, posteriormente com o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento
também sob o regime celetista.
V - Embargos de declaração desprovidos.
ACÓRDÃO
Decide a Terceira Turma Recursal, por unanimidade, NEGAR PROVIMENTO aos embargos de
declaração opostos pela parte autora.
PROCESSO Nº 0054549-81.2017.4.01.3400
RELATORA :JUÍZA FEDERAL ROSIMAYRE GONÇALVES DE CARVALHO
RECORRENTE(S) : JOAO BATISTA SILVA
ADVOGADO : DF00025089 - GILBERTO SIEBRA MONTEIRO
RECORRIDO(S) : UNIAO FEDERAL
ADVOGADO : - EDUARDO JORGE PEREIRA ALVES
EMENTA
EMBARGOS DE DECLARAÇÃO. AUSÊNCIA DE OMISSÃO, OBSCURIDADE, CONTRADIÇÃO OU
ERRO MATERIAL. INCONFORMISMO COM O JULGADO. EMBARGOS DESPROVIDOS.
I - Embargos de declaração opostos pela União alegando omissão no critério adotado como forma de
cálculo da correção monetária e insistindo na aplicação da TR.
II - A embargante sustenta que a produção regular dos efeitos do acórdão em questão depende de
publicação da decisão do STF.
III - Cuida-se de peça absolutamente genérica e sem pertinência com o ato impugnado que está
devidamente fundamentado, claro e hígido, pois em consonância com o entendimento do STF e do STJ
no RESP n. 1.495.146/MG (TEMA 905-repetitivos).
IV - A possibilidade de modulação dos efeitos da decisão pelo STF não é motivação suficiente para
oposição do recurso integrativo diante da opção da Turma Julgadora pelo afastamento do índice
declarado inconstitucional de forma ex tunc. A ausência de modulação dos efeitos pela Suprema Corte
não inibe o julgamento por esta Turma que, a despeito da preocupação da União, buscou dar efetividade
ao decidido em última instância por meio do mecanismo da repercussão geral, conferindo-lhe, como sói
de regra, efeitos ex tunc.
V - Nesse sentido: DIREITO TRIBUTÁRIO. AGRAVO INTERNO EM RECURSO EXTRAORDINÁRIO.
REPERCUSSÃO GERAL. SISTEMÁTICA. APLICAÇÃO. PENDÊNCIA DE EMBARGOS DE
DECLARAÇÃO NO PARADIGMA. IRRELEVÂNCIA. JULGAMENTO IMEDIATO DA CAUSA.
PRECEDENTES. 1. A existência de decisão de mérito julgada sob a sistemática da repercussão geral
autoriza o julgamento imediato de causas que versarem sobre o mesmo tema, independente do trânsito
em julgado do paradigma. Precedentes. (...) (RE 1112500 AgR, Relator(a): Min. ROBERTO BARROSO,
Primeira Turma, julgado em 29/06/2018, PROCESSO ELETRÔNICO DJe-163 DIVULG 10-08-2018
PUBLIC 13-08-2018).
VI - O aresto embargado contém fundamentação suficiente para demonstrar que "a modulação dos
efeitos da decisão que declarou inconstitucional a atualização PODER JUDICIÁRIO SEÇÃO JUDICIÁRIA
DO DISTRITO FEDERAL
A908CCE9183403D72CE938DB9BA78886 TRF 1 REGIÃO/IMP.15-01-04-SJ
2
monetária dos débitos da Fazenda Pública com base no índice oficial de remuneração da caderneta de
poupança, no âmbito do Supremo Tribunal Federal, objetivou reconhecer a validade dos precatórios
expedidos ou pagos até 25 de março de 2015, impedindo, desse modo, a rediscussão do débito baseada
na aplicação de índices diversos. Assim, mostra-se descabida a modulação em relação aos casos em que
não ocorreu expedição ou pagamento de precatório". Ressalte-se que a pendência de julgamento de
embargos de declaração, apresentados nos autos do RE 870.947/SE, não implica a existência de vício no
acórdão embargado.2. Não havendo omissão, obscuridade, contradição ou erro material, merecem ser
rejeitados os embargos de declaração opostos, sobretudo quando contêm elementos meramente
impugnativos.3. Embargos de declaração rejeitados.”(EDcl no REsp 1495146/MG, Rel. Ministro MAURO
CAMPBELL MARQUES, PRIMEIRA SEÇÃO, julgado em 13/06/2018, DJe 19/06/2018)Embargos
desprovidos.
612
PROCESSO Nº 0044876-64.2017.4.01.3400
RELATORA :JUÍZA FEDERAL ROSIMAYRE GONÇALVES DE CARVALHO
RECORRENTE(S) : UNIAO FEDERAL
ADVOGADO : - DIEGO EDUARDO FARIAS CAMBRAIA
RECORRIDO(S) : ANA MARIA FERREIRA MENDONCA FREIRE
ADVOGADO : DF0001599A - GERALDO MAGELA HERMOGENES DA SILVA
EMENTA
EMBARGOS DE DECLARAÇÃO. AUSÊNCIA DE OMISSÃO, OBSCURIDADE, CONTRADIÇÃO OU
ERRO MATERIAL. INCONFORMISMO COM O JULGADO. EMBARGOS DESPROVIDOS.
I - Embargos de declaração opostos pela União alegando omissão no critério adotado como forma de
cálculo da correção monetária e insistindo na aplicação da TR.
II - A embargante sustenta que a produção regular dos efeitos do acórdão em questão depende de
publicação da decisão do STF.
III - Cuida-se de peça absolutamente genérica e sem pertinência com o ato impugnado que está
devidamente fundamentado, claro e hígido, pois em consonância com o entendimento do STF e do STJ
no RESP n. 1.495.146/MG (TEMA 905-repetitivos).
IV - A possibilidade de modulação dos efeitos da decisão pelo STF não é motivação suficiente para
oposição do recurso integrativo diante da opção da Turma Julgadora pelo afastamento do índice
declarado inconstitucional de forma ex tunc. A ausência de modulação dos efeitos pela Suprema Corte
não inibe o julgamento por esta Turma que, a despeito da preocupação da União, buscou dar efetividade
ao decidido em última instância por meio do mecanismo da repercussão geral, conferindo-lhe, como sói
de regra, efeitos ex tunc.
V - Nesse sentido: DIREITO TRIBUTÁRIO. AGRAVO INTERNO EM RECURSO EXTRAORDINÁRIO.
REPERCUSSÃO GERAL. SISTEMÁTICA. APLICAÇÃO. PENDÊNCIA DE EMBARGOS DE
DECLARAÇÃO NO PARADIGMA. IRRELEVÂNCIA. JULGAMENTO IMEDIATO DA CAUSA.
PRECEDENTES. 1. A existência de decisão de mérito julgada sob a sistemática da repercussão geral
autoriza o julgamento imediato de causas que versarem sobre o mesmo tema, independente do trânsito
em julgado do paradigma. Precedentes. (...) (RE 1112500 AgR, Relator(a): Min. ROBERTO BARROSO,
Primeira Turma, julgado em 29/06/2018, PROCESSO ELETRÔNICO DJe-163 DIVULG 10-08-2018
PUBLIC 13-08-2018).
VI - O aresto embargado contém fundamentação suficiente para demonstrar que "a modulação dos
efeitos da decisão que declarou inconstitucional a atualização PODER JUDICIÁRIO SEÇÃO JUDICIÁRIA
DO DISTRITO FEDERAL
ABABF9785762002F7B2A725CC2AAD2E2 TRF 1 REGIÃO/IMP.15-01-04-SJ
2
monetária dos débitos da Fazenda Pública com base no índice oficial de remuneração da caderneta de
poupança, no âmbito do Supremo Tribunal Federal, objetivou reconhecer a validade dos precatórios
expedidos ou pagos até 25 de março de 2015, impedindo, desse modo, a rediscussão do débito baseada
na aplicação de índices diversos. Assim, mostra-se descabida a modulação em relação aos casos em que
não ocorreu expedição ou pagamento de precatório". Ressalte-se que a pendência de julgamento de
embargos de declaração, apresentados nos autos do RE 870.947/SE, não implica a existência de vício no
acórdão embargado.2. Não havendo omissão, obscuridade, contradição ou erro material, merecem ser
rejeitados os embargos de declaração opostos, sobretudo quando contêm elementos meramente
impugnativos.3. Embargos de declaração rejeitados.”(EDcl no REsp 1495146/MG, Rel. Ministro MAURO
CAMPBELL MARQUES, PRIMEIRA SEÇÃO, julgado em 13/06/2018, DJe 19/06/2018)Embargos
desprovidos.
VII- Embargos desprovidos.
ACÓRDÃO
Decide a Terceira Turma Recursal, por unanimidade, NEGAR PROVIMENTO aos embargos da União.
Brasília/DF, 7 de maio de 2019.
JUÍZA FEDERAL ROSIMAYRE GONÇALVES DE CARVALHO
2ª Relatora – 3ª. Turma Recursal
613
PROCESSO Nº 0050957-29.2017.4.01.3400
RELATORA :JUÍZA FEDERAL ROSIMAYRE GONÇALVES DE CARVALHO
RECORRENTE(S) : UNIAO FEDERAL
ADVOGADO : - ANNA AMELIA LISBOA
RECORRIDO(S) : ALFREDO LESSA NETO
ADVOGADO : DF0001599A - GERALDO MAGELA HERMOGENES DA SILVA
monetária dos débitos da Fazenda Pública com base no índice oficial de remuneração da caderneta de
poupança, no âmbito do Supremo Tribunal Federal, objetivou reconhecer a validade dos precatórios
expedidos ou pagos até 25 de março de 2015, impedindo, desse modo, a rediscussão do débito baseada
na aplicação de índices diversos. Assim, mostra-se descabida a modulação em relação aos casos em que
não ocorreu expedição ou pagamento de precatório". Ressalte-se que a pendência de julgamento de
embargos de declaração, apresentados nos autos do RE 870.947/SE, não implica a existência de vício no
acórdão embargado.2. Não havendo omissão, obscuridade, contradição ou erro material, merecem ser
rejeitados os embargos de declaração opostos, sobretudo quando contêm elementos meramente
impugnativos.3. Embargos de declaração rejeitados.”(EDcl no REsp 1495146/MG, Rel. Ministro MAURO
CAMPBELL MARQUES, PRIMEIRA SEÇÃO, julgado em 13/06/2018, DJe 19/06/2018)Embargos
desprovidos.
VII- Embargos desprovidos.
ACÓRDÃO
Decide a Terceira Turma Recursal, por unanimidade, NEGAR PROVIMENTO aos embargos da União.
Brasília/DF, 7 de maio de 2019.
JUÍZA FEDERAL ROSIMAYRE GONÇALVES DE CARVALHO
2ª Relatora – 3ª. Turma Recursal
PROCESSO Nº 0026064-71.2017.4.01.3400
RELATORA :JUÍZA FEDERAL ROSIMAYRE GONÇALVES DE CARVALHO
614
PROCESSO Nº 0048281-11.2017.4.01.3400
RELATORA :JUÍZA FEDERAL ROSIMAYRE GONÇALVES DE CARVALHO
RECORRENTE(S) : UNIAO FEDERAL
ADVOGADO : - SONIA RABINOVICH TARANTO
RECORRIDO(S) : PEDRO SANTA FE BORGES
ADVOGADO : DF0001599A - GERALDO MAGELA HERMOGENES DA SILVA
EMENTA
EMBARGOS DE DECLARAÇÃO. PROCESSO CIVIL. AUSÊNCIA DE OMISSÃO, OBSCURIDADE,
CONTRADIÇÃO OU ERRO MATERIAL. RECURSO GENÉRICO.
I - Trata-se de embargos de declaração opostos pela União sustentando a possível modulação dos efeitos
da decisão do STF no RE 870.947 e insiste na aplicação da TR. Alega ainda que não houve apreciação
da prescrição do fundo de direito pelo juiz.
II - Cuida-se de peça absolutamente genérica e sem pertinência com o ato impugnado que está
devidamente fundamentado, claro e hígido, pois em consonância com o entendimento do STF e do STJ
no RESP n. 1.495.146/MG (TEMA 905-repetitivos).
III - DIREITO TRIBUTÁRIO. AGRAVO INTERNO EM RECURSO EXTRAORDINÁRIO. REPERCUSSÃO
GERAL. SISTEMÁTICA. APLICAÇÃO. PENDÊNCIA DE EMBARGOS DE DECLARAÇÃO NO
PARADIGMA. IRRELEVÂNCIA. JULGAMENTO IMEDIATO DA CAUSA. PRECEDENTES. 1. A existência
615
de decisão de mérito julgada sob a sistemática da repercussão geral autoriza o julgamento imediato de
causas que versarem sobre o mesmo tema, independente do trânsito em julgado do paradigma.
Precedentes. (...)(RE 1112500 AgR, Relator(a): Min. ROBERTO BARROSO, Primeira Turma, julgado em
29/06/2018, PROCESSO ELETRÔNICO DJe-163 DIVULG 10-08-2018 PUBLIC 13-08-2018).
IV - “O aresto embargado contém fundamentação suficiente para demonstrar que ‘a modulação dos
efeitos da decisão que declarou inconstitucional a atualização monetária dos débitos da Fazenda Pública
com base no índice oficial de remuneração da caderneta de poupança, no âmbito do Supremo Tribunal
Federal, objetivou reconhecer a validade dos precatórios expedidos ou pagos até 25 de março de 2015,
impedindo, desse modo, a rediscussão do débito baseada na aplicação de índices diversos. Assim,
mostra-se descabida a modulação em relação aos casos em que não ocorreu expedição ou pagamento
PROCESSO Nº 0044378-65.2017.4.01.3400
RELATORA :JUÍZA FEDERAL ROSIMAYRE GONÇALVES DE CARVALHO
RECORRENTE(S) : UNIAO FEDERAL
ADVOGADO : - LUIZ FELIPE CARDOSO DE MORAES FILHO
RECORRIDO(S) : JOSE LUIZ PEREIRA
ADVOGADO : DF0001599A - GERALDO MAGELA HERMOGENES DA SILVA
EMENTA
EMBARGOS DE DECLARAÇÃO. PROCESSO CIVIL. AUSÊNCIA DE OMISSÃO, OBSCURIDADE,
CONTRADIÇÃO OU ERRO MATERIAL. RECURSO GENÉRICO.
I - Trata-se de embargos de declaração opostos pela União sustentando a possível modulação dos efeitos
da decisão do STF no RE 870.947 e insiste na aplicação da TR. Alega ainda que não houve apreciação
da prescrição do fundo de direito pelo juiz.
II - Cuida-se de peça absolutamente genérica e sem pertinência com o ato impugnado que está
devidamente fundamentado, claro e hígido, pois em consonância com o entendimento do STF e do STJ
no RESP n. 1.495.146/MG (TEMA 905-repetitivos).
III - DIREITO TRIBUTÁRIO. AGRAVO INTERNO EM RECURSO EXTRAORDINÁRIO. REPERCUSSÃO
GERAL. SISTEMÁTICA. APLICAÇÃO. PENDÊNCIA DE EMBARGOS DE DECLARAÇÃO NO
PARADIGMA. IRRELEVÂNCIA. JULGAMENTO IMEDIATO DA CAUSA. PRECEDENTES. 1. A existência
de decisão de mérito julgada sob a sistemática da repercussão geral autoriza o julgamento imediato de
causas que versarem sobre o mesmo tema, independente do trânsito em julgado do paradigma.
Precedentes. (...)(RE 1112500 AgR, Relator(a): Min. ROBERTO BARROSO, Primeira Turma, julgado em
29/06/2018, PROCESSO ELETRÔNICO DJe-163 DIVULG 10-08-2018 PUBLIC 13-08-2018).
IV - “O aresto embargado contém fundamentação suficiente para demonstrar que ‘a modulação dos
efeitos da decisão que declarou inconstitucional a atualização monetária dos débitos da Fazenda Pública
com base no índice oficial de remuneração da caderneta de poupança, no âmbito do Supremo Tribunal
Federal, objetivou reconhecer a validade dos precatórios expedidos ou pagos até 25 de março de 2015,
impedindo, desse modo, a rediscussão do débito baseada na aplicação de índices diversos. Assim,
mostra-se descabida a modulação em relação aos casos em que não ocorreu expedição ou pagamento
de precatório’. Ressalte-se que a pendência de julgamento de embargos de declaração, apresentados
nos autos do RE 870.947/SE, não implica a existência de vício no acórdão embargado. 2. Não havendo
omissão, obscuridade, contradição ou erro material, merecem ser rejeitados os embargos de declaração
opostos, sobretudo quando contêm elementos meramente PODER JUDICIÁRIO SEÇÃO JUDICIÁRIA DO
DISTRITO FEDERAL
616
PROCESSO Nº 0016183-70.2017.4.01.3400
RELATORA :JUÍZA FEDERAL ROSIMAYRE GONÇALVES DE CARVALHO
RECORRENTE(S) : UNIAO FEDERAL
ADVOGADO : - LETICIA MACHADO SALGADO
RECORRIDO(S) : NORA MARTA LEITE BRUM
ADVOGADO : DF0001599A - GERALDO MAGELA HERMOGENES DA SILVA
EMENTA
EMBARGOS DE DECLARAÇÃO. PROCESSO CIVIL. AUSÊNCIA DE OMISSÃO, OBSCURIDADE,
CONTRADIÇÃO OU ERRO MATERIAL. RECURSO GENÉRICO.
I - Trata-se de embargos de declaração opostos pela União sustentando a possível modulação dos efeitos
da decisão do STF no RE 870.947 e insiste na aplicação da TR.
II - Cuida-se de peça absolutamente genérica e sem pertinência com o ato impugnado que está
devidamente fundamentado, claro e hígido, pois em consonância com o entendimento do STF e do STJ
no RESP n. 1.495.146/MG (TEMA 905-repetitivos).
III - DIREITO TRIBUTÁRIO. AGRAVO INTERNO EM RECURSO EXTRAORDINÁRIO. REPERCUSSÃO
GERAL. SISTEMÁTICA. APLICAÇÃO. PENDÊNCIA DE EMBARGOS DE DECLARAÇÃO NO
PARADIGMA. IRRELEVÂNCIA. JULGAMENTO IMEDIATO DA CAUSA. PRECEDENTES. 1. A existência
de decisão de mérito julgada sob a sistemática da repercussão geral autoriza o julgamento imediato de
causas que versarem sobre o mesmo tema, independente do trânsito em julgado do paradigma.
Precedentes. (...)(RE 1112500 AgR, Relator(a): Min. ROBERTO BARROSO, Primeira Turma, julgado em
29/06/2018, PROCESSO ELETRÔNICO DJe-163 DIVULG 10-08-2018 PUBLIC 13-08-2018).
IV - “O aresto embargado contém fundamentação suficiente para demonstrar que ‘a modulação dos
efeitos da decisão que declarou inconstitucional a atualização monetária dos débitos da Fazenda Pública
com base no índice oficial de remuneração da caderneta de poupança, no âmbito do Supremo Tribunal
Federal, objetivou reconhecer a validade dos precatórios expedidos ou pagos até 25 de março de 2015,
impedindo, desse modo, a rediscussão do débito baseada na aplicação de índices diversos. Assim,
mostra-se descabida a modulação em relação aos casos em que não ocorreu expedição ou pagamento
de precatório’. Ressalte-se que a pendência de julgamento de embargos de declaração, apresentados
nos autos do RE 870.947/SE, não implica a existência de vício no acórdão embargado. 2. Não havendo
omissão, obscuridade, contradição ou erro material, merecem ser rejeitados os embargos de declaração
opostos, sobretudo quando contêm elementos meramente impugnativos.3. Embargos de declaração
rejeitados.”(EDcl no REsp 1495146/MG, PODER JUDICIÁRIO SEÇÃO JUDICIÁRIA DO DISTRITO
FEDERAL
4F1F838B15791E70000B73DBE8233B36 TRF 1 REGIÃO/IMP.15-01-04-SJ
2
Rel. Ministro MAURO CAMPBELL MARQUES, PRIMEIRA SEÇÃO, julgado em 13/06/2018, DJe
19/06/2018)”.
V - Embargos desprovidos.
ACÓRDÃO
Decide a Terceira Turma Recursal, por unanimidade, NEGAR PROVIMENTO aos embargos da União.
Brasília/DF, 7 de maio de 2019.
JUÍZA FEDERAL ROSIMAYRE GONÇALVES DE CARVALHO
2ª Relatora – 3ª. Turma Recursal
PROCESSO Nº 0016951-93.2017.4.01.3400
RELATORA :JUÍZA FEDERAL ROSIMAYRE GONÇALVES DE CARVALHO
RECORRENTE(S) : UNIVERSIDADE DE BRASILIA UNB
ADVOGADO : - MATEUS FERREIRA ROSA
RECORRIDO(S) : EDUARDO ROCHA FERREIRA DA FONSECA
ADVOGADO : DF00023491 - AILTON VIEIRA DA FONSECA
EMENTA
ADMINISTRATIVO. FUNDAÇÃO UNIVERSIDADE DE BRASÍLIA. ENSINO SUPERIOR. ESTÁGIO
PROFISSIONAL. LEI 11.788/2008. EXIGÊNCIA DE CONCLUSÃO DO 4° SEMESTRE DO CURSO
que serão desenvolvidas, o que não se verificou na espécie dos autos. II - A orientação jurisprudencial de
nossos tribunais firmou-se no sentido de que, a despeito da legitimidade da adoção de critérios pela
instituição de ensino, em homenagem à autonomia didático-científica conferida às universidades, tais
regras não são absolutas, devendo ser observados os princípios constitucionais e legais que norteiam os
atos administrativos em geral, dentre os quais, o da razoabilidade e da proporcionalidade. III - Apelação
desprovida. (AC 0007885-31.2013.4.01.3400, DESEMBARGADOR FEDERAL SOUZA PRUDENTE,
TRF1 - QUINTA TURMA, e-DJF1 19/03/2015 PAG 908.)”.
V - Recurso desprovido.
VI - Honorários advocatícios pela parte recorrente de 10% (dez por cento) sobre o valor da causa.
ACÓRDÃO
Decide a Terceira Turma Recursal, por unanimidade, NEGAR PROVIMENTO ao recurso.
Brasília - DF, 7 de maio de 2019.
JUÍZA FEDERAL ROSIMAYRE GONÇALVES DE CARVALHO
2ª Relatora – 3ª. Turma Recursal
PROCESSO Nº 0058195-70.2015.4.01.3400
RELATORA :JUÍZA FEDERAL ROSIMAYRE GONÇALVES DE CARVALHO
RECORRENTE(S) : ROSANE MACHADO BARBOSA MOSTACATTO E OUTRO(S)
ADVOGADO : DF00010957 - DENNIS TORRES MOSTACATTO
RECORRIDO(S) : UNIAO FEDERAL
ADVOGADO : - JACIRA DE ALENCAR ROCHA
EMENTA
618
PROCESSO Nº 0006187-14.2018.4.01.3400
RELATORA :JUÍZA FEDERAL ROSIMAYRE GONÇALVES DE CARVALHO
RECORRENTE(S) : ANDRE MURILO DE ALMEIDA PINTO
ADVOGADO : DF00022829 - RODRIGO DA SILVA CASTRO E OUTRO(S)
RECORRIDO(S) : FUNDACAO UNIVERSIDADE DE BRASILIA FUB
ADVOGADO : - VANESSA VIANA RIBEIRO
EMENTA
PROCESSUAL CIVIL. COMPETÊNCIA EM RAZÃO DO VALOR DA CAUSA. COMPETÊNCIA
ABSOLUTA. EXIGÊNCIA DE RENÚNCIA AO VALOR EXCEDENTE AO TETO. LEGALIDADE.
INCERTEZA QUANTO AO CRÉDITO POSTULADO. SENTENÇA MANTIDA.
I - Trata-se de recurso inominado interposto pela parte autora contra sentença que extinguiu o processo,
sem julgamento do mérito, nos termos do art. 485, I do CPC, uma vez que a autora não renunciou aos
valores excedentes a 60 (sessenta) salários mínimos.
II - A Recorrente sustenta que “Ora, o que se deve ter em mente é que o Autor, desde o pleito inicial,
especificou o valor da causa como sendo o de R$ 4.722,35 (quatro mil, setecentos e vinte e dois reais e
trinta e cinco centavos), sendo certo, ainda, que o pleito fora originalmente ajuizado perante as Varas
Federais, em razão do disposto no art. 3º, § 1º, III, da Lei nº. 10.259/01. Note-se, assim, que estes autos
apenas vieram a tramitar junto aos Juizados Especiais justamente porque o Juízo da 15ª Vara Federal foi
expresso ao afirmar não ser de sua competência demanda com valor abaixo dos 60 (sessenta) salários
mínimos. Nesse sentido, o que se nota é que o define a competência dos Juizados Especiais é ao valor
dado à causa no momento do ajuizamento da ação, notadamente quando for possível a previsão do seu
efetivo valor – como é o caso dos autos. O que se nota – e que jamais foi analisado pelo Juízo a quo – é
que o pleito autoral é bastante específico ao exigir, do ponto de vista financeiro, unicamente o pagamento
de valores que seriam devidos ao autor no período em que deixou de progredir na carreira de forma
irregular, informação que é facilmente aferível na própria inicial.”
III – A sentença recorrida consiga que: (...) No caso em exame, verifico que a parte autora não renunciou
aos valores excedentes a 60 salários mínimos. Destaco que essa renúncia é condição essencial para
verificação da competência do Juizado Especial Federal e não pode ser tácita, como determina a Súmula
17 da TNU. O valor da causa estabelecido pela parte autora não a exime do preenchimento das
619
condições da ação como previstas nas normas vigentes. Ainda que intimada para apresentar a renúncia,
a parte autora não cumpriu com a diligência, o que restou extinta a ação sem o exame do mérito”.
IV - De acordo com o Enunciado do n. 17 do FONAJEF “Não cabe renúncia sobre parcelas vincendas
para fins de fixação de competência nos Juizados Especiais PODER JUDICIÁRIO SEÇÃO JUDICIÁRIA
DO DISTRITO FEDERAL
EF9AD5169BCECDD2DD1FDFE77DAE19D8 TRF 1 REGIÃO/IMP.15-01-04-SJ
2
Federais”. E, ainda, o Enunciado nº 49: “O controle do valor da causa, para fins de competência do
Juizado Especial Federal, pode ser feito pelo juiz a qualquer tempo.”
ACÓRDÃO
Decide a Terceira Turma Recursal, à unanimidade, NEGAR PROVIMENTO ao recurso.
Brasília - DF, 7 de maio de 2019.
JUÍZA FEDERAL ROSIMAYRE GONÇALVES DE CARVALHO
2ª Relatora – 3ª. Turma Recursal
PROCESSO Nº 0030190-67.2017.4.01.3400
RELATORA :JUÍZA FEDERAL ROSIMAYRE GONÇALVES DE CARVALHO
RECORRENTE(S) : ELIOLINDA GONCALVES DE SOUSA
ADVOGADO : - DEFENSORIA PUBLICA DA UNIAO
RECORRIDO(S) : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
ADVOGADO :
EMENTA
PREVIDENCIÁRIO. BENEFÍCIO POR INCAPACIDADE. AUXÍLIO-DOENÇA/APOSENTADORIA POR
INVALIDEZ. AUSÊNCIA DE INCAPACIDADE LABORATIVA. LAUDO MÉDICO/COMPLEMENTAÇÃO.
PRESUNÇÃO DE VERACIDADE.
I - Trata-se de recurso inominado interposto pela parte autora em face da sentença que julgou
improcedente o pedido, sob o fundamento de ausência de incapacidade laborativa.
620
II - A Recorrente, sustenta, em suma, que faz jus a benefício por incapacidade, haja vista que é portadora
de episódio depressivo grave com sintomas psicóticos, transtorno depressivo recorrente e fobias sociais.
Aduz que não houve análise dos fatores biossociais e atestados que demonstram a doença incapacitante,
bem como enfatiza que possui labilidade emocional, fobia social, adnamia (redução da força muscular,
debilitação muscular e astenia – fraqueza), distúrbio do sono, irritabilidade, agressividade, alteração de
percepção e concentração, ideação suicida, choro fácil, nervosismo, dores articulares, impaciência, falta
de motivação, cefaleia, humor hipotímico, entre outros.
III - Para a concessão dos benefícios de auxílio-doença e aposentadoria por invalidez exige-se a
qualidade de segurado ao RGPS, com preenchimento do período de carência de 12 (doze) contribuições
mensais, salvo nas hipóteses previstas no art. 26, II, da Lei nº 8.213/91, prorrogados para até 24 (vinte e
VI- Diante do inconformismo da parte com o resultado da perícia, esta Relatoria determinou a realização
de diligências complementares com a intimação do INSS dos documentos médicos carreados pela parte
autora após a realização da perícia em juízo, às partes para apresentação de quesitos complementares,
bem como reavaliação pelo perito judicial subscritor do laudo oficial.
VII - Em complementação, consignou o perito nomeado pelo juízo: “[...] a parte autora é portadora de
Depressão Recorrente (CID10 F.33). Esse transtorno é caracterizado por humor deprimido, com redução
da volição, da energia, da disposição, alterações de apetite e de sono, que, podem em determinados
momentos, implicar em redução da capacidade laboral. Tal transtorno não implica em incapacidade
definitiva, ocorrendo reabilitação com o correto tratamento e acompanhamento de sua saúde. Tal
transtorno não altera a capacidade de discernimento da autora, pois ao exame pericial se mostrou claro
que por opção própria ela não se submetia a tratamentos necessários, como a psicoterapia, a qual ela
classificou como “chato” tendo frequentado apenas uma vez em dois profissionais diferentes, segundo o
que relatou a este perito durante o exame e foi transcrito junto ao laudo. A autora disse não ter dinheiro
para se deslocar ao Centro de Atenção Psicossocial (CAPS) que é também um local em que ela poderia
ter tratamento regular e gratuito pela rede pública de saúde. Cabe ao Estado e ao Poder Judiciário definir
se essa responsabilidade é da autora do processo ou do Distrito Federal, tendo-se em vista que a política
de concessão de transporte gratuito (passe-livre) possui critérios específicos e não abarca todos os
doentes nem todas as doenças. A periciando demonstrou ter dificuldades em aceitar determinadas
situações do seu cotidiano e mesmo de seu ambiente de trabalho e isso não se mostrou relacionado à
sua doença mental, e sim, a situações específicas de sua personalidade. Não se deve patologizar
qualquer dificuldade pessoal ou comportamento de difícil adaptação. Logo, a conclusão pericial é de que
não há incapacidade laboral. Naturalmente, cabe ao juízo acatar ou não as conclusões periciais ou ainda
optar por seguir a conclusões do médico assistente, muito embora este normalmente não possua a
isenção necessária ou mesmo a prática clínica suficiente para avaliações periciais, conforme literatura
científica sobre o tema.”
VIII - A autarquia ré, quando da manifestação à complementação do expert, argui que não é possível a
reabilitação profissional, pois “o laudo complementar não consegue explicar por qual motivo anteriormente
a parte autora não estava incapacitada para o trabalho, mas agora sugere a reabilitação profissional” e,
por fim, alega ausência de interesse processual, haja vista que a incapacidade superveniente ao laudo
não foi objeto de perícia administrativa. Lado outro, a parte autora requer realização de nova perícia, para
verificação de seu quadro de saúde atual.
IX - A documentação médica acostada aos autos, após a elaboração da perícia médica, não caracteriza
ausência de interesse processual, notadamente por tratar da mesma patologia apontada pelo expert
nomeado pelo juízo quando da elaboração do laudo. Demais disso, na complementação do laudo pericial
confirmou-se a capacidade laboral, e apontou-se reabilitação com o correto tratamento e
acompanhamento de sua saúde, situação distinta daquela prevista no art. 62 da Lei 8.231/91. O perito
informa que se trata de doença absolutamente controlável por meio de tratamento médico e que não gera
incapacidade.
X - No que tange à realização de nova perícia, os processos que tramitam sob o rito do Juizado Especial
são regidos, essencialmente, pelos princípios da simplicidade, celeridade e economia. Esses princípios
621
permitem ao juiz da causa, diante de situação que depende de PODER JUDICIÁRIO SEÇÃO JUDICIÁRIA
DO DISTRITO FEDERAL
70D61832D180071A998748AF41ED67F8 TRF 1 REGIÃO/IMP.15-01-04-SJ
3
prova técnica de forma exclusiva, dispensar a realização dos demais atos processuais, e proferir, de
imediato, sua decisão. Na hipótese, houve resposta a todos os quesitos feitos, bem assim deferiu-se a
complementação da perícia, estando as partes a debater contra a conclusão por dela discordarem e não
por deficiência técnica do laudo. Enfim, devolvida a matéria a esta Turma e não se pode buscar a tutela
jurisdicional nos Juizados Especiais com o mesmo espírito que engessa as ações de procedimento
XIV –Ressalte-se que a coisa julgada em matéria de benefício previdenciário por incapacidade submete-
se a cláusula rebus sic stantibus, nada impedindo, portanto, que a parte autora tenha, em caso de
alteração do estado de saúde, o seu quadro clínico reavaliado pela autarquia previdenciária e, se for o
caso, pelo próprio Poder Judiciário.
XV - Recurso desprovido.
XVI - Honorários advocatícios pela Recorrente vencida, fixados em 10% sobre o valor da causa.
Condenação suspensa (art. 98, §3º, do CPC/15).
ACÓRDÃO
Decide a Terceira Turma Recursal, à unanimidade, NEGAR PROVIMENTO ao recurso.
Brasília – DF, 7 de maio de 2019.
JUÍZA FEDERAL ROSIMAYRE GONÇALVES DE CARVALHO
2ª Relatora – 3ª. Turma Recursal
PROCESSO Nº 0063050-58.2016.4.01.3400
RELATORA :JUÍZA FEDERAL ROSIMAYRE GONÇALVES DE CARVALHO
RECORRENTE(S) : HAMILTON JOSE DE ARRUDA
ADVOGADO : DF00047961 - GABRIEL FILIPE LOPES MATOS E OUTRO(S)
RECORRIDO(S) : CAIXA ECONOMICA FEDERAL
ADVOGADO : DF00017348 - ELIZABETH PEREIRA DE OLIVEIRA E OUTRO(S)
EMENTA
CIVIL. CEF. DANOS MATERIAIS E MORAIS. ENCERRAMENTO DE CONTA. INDENIZAÇÃO INDEVIDA.
I - Recurso interposto pela parte autora contra sentença que julgou parcialmente procedente o pedido
depositados junto à Ag. 1041, Conta Poupança nº. 00683862-4, e Ag. 1028, Conta Poupança nº. 130.935-
9”.
IV – Durante o processo foram juntados todos os extratos das contas do recorrente, bem assim a
requerida foi condenada a devolver o saldo remanescente em ambas, tendo o juiz sentenciante afastado
apenas os danos morais. De fato, como exposto na sentença, houve a notificação acerca do
encerramento da conta, sendo o mero dissabor decorrente da ausência de expedito fornecimento de
extratos e de indenização pelos danos materiais não autoriza o pleito de dano moral, que depende da
demonstração de alguma agressão extraordinária à naturalidade dos fatos da vida, causara de aflições ou
angústias no espírito de quem ele se dirige, o que não se confirmou na hipótese.
V - Recurso desprovido.
VI - Honorários advocatícios pelo recorrente vencido de 10% sobre o valor da causa. Condenação
suspensa (art. 98, §3º, do CPC).
ACÓRDÃO
Decide a Terceira Turma Recursal, por unanimidade, NEGAR PROVIMENTO ao recurso.
Brasília - DF, 7 de maio de 2019.
JUÍZA FEDERAL ROSIMAYRE GONÇALVES DE CARVALHO
2ª Relatora – 3ª. Turma Recursal
PROCESSO Nº 0030510-54.2016.4.01.3400
RELATORA :JUÍZA FEDERAL ROSIMAYRE GONÇALVES DE CARVALHO
RECORRENTE(S) : UNIAO BRASILIENSE DE EDUCACAO E CULTURA - UBEC E OUTRO(S)
ADVOGADO : DF00020706 - AGNALDO JOSE DE OLIVEIRA JUNIOR
RECORRIDO(S) : NATYELLE BRUNA BEZERRA PECANHA
ADVOGADO : DF00016794 - PEDRO BRAZ DOS SANTOS E OUTRO(S)
EMENTA
623
afigure irrisória nem excessiva a ponto de acarretar enriquecimento sem causa da vítima. Para tanto,
deve-se buscar a consecução simultânea dos seguintes desideratos: a) desestímulo do agente em
praticar nova conduta de igual natureza; b) conscientização da sociedade quanto à reprovação desse tipo
de comportamento lesivo; c) justa reparação da pessoa lesada. À luz desse roteiro, é de se ter como
moderado e razoável na espécie arbitrar quantum indenizatório em R$ 5.000,00 (cinco mil reais)”.
V - O valor atribuído à condenação pelo magistrado sentenciante cumpre a finalidade de
responsabilização civil por dano moral causado ao consumidor em razão da inscrição indevida de seu
nome em cadastro de restrição ao crédito, da mesma forma que cumpre a, de compensar o sofrimento
injustificadamente causado, funcionando como forma de desestímulo à prática de novas condutas
similares.
VI - Recurso desprovido.
VII - Honorários advocatícios pela parte recorrente vencida de 10% sobre o valor da condenação.
ACÓRDÃO
Decide a Terceira Turma Recursal, por unanimidade, NEGAR PROVIMENTO ao recurso.
Brasília - DF, 7 de maio de 2019.
JUÍZA FEDERAL ROSIMAYRE GONÇALVES DE CARVALHO
2ª Relatora – 3ª. Turma Recursal
PROCESSO Nº 0013500-94.2016.4.01.3400
RELATORA :JUÍZA FEDERAL ROSIMAYRE GONÇALVES DE CARVALHO
624
V - A jurisprudência firmou-se no sentido de que quando a situação experimentada não tem o condão de
expor a parte a dor, vexame, sofrimento ou constrangimento perante terceiros, não há falar em dano
moral, uma vez que se trata de mero aborrecimento ou dissabor, mormente quando a falha na prestação
de serviços, embora tenha acarretado aborrecimentos, não gerou maiores danos ao recorrente, como
ocorreu na presente hipótese.Assim sendo, a sentença deve ser mantida, portanto, por seus próprios
fundamentos.
VI- “É pacífica a jurisprudência desta Corte no sentido de que os aborrecimentos comuns do dia a dia, os
meros dissabores normais e próprios do convívio social não são suficientes para originar danos morais
indenizáveis. Incidência da Súmula 83/STJ.”(AgInt no REsp 1655212/SP, Rel. Ministro RAUL ARAÚJO,
QUARTA TURMA, julgado em 19/02/2019, DJe 01/03/2019.
ACÓRDÃO
Decide a Terceira Turma Recursal, por unanimidade, NEGAR PROVIMENTO ao recurso.
Brasília, 7 de maio de 2019.
JUÍZA FEDERAL ROSIMAYRE GONÇALVES DE CARVALHO
2ª Relatora – 3ª. Turma Recursal
PROCESSO Nº 0010852-10.2017.4.01.3400
RELATORA :JUÍZA FEDERAL ROSIMAYRE GONÇALVES DE CARVALHO
RECORRENTE(S) : EMPRESA BRASILEIRA DE CORREIOS E TELEGRAFOS ECT
ADVOGADO : DF00031378 - NATALIA GUERREIRO LASNEAUX
RECORRIDO(S) : IRONE ALVES DE ASSUNCAO
ADVOGADO : DF00052701 - HALYSTON GONÇALVES BRAZ
EMENTA
CONSTITUCIONAL. CIVIL. ECT. RESPONSABILIDADE OBJETIVA DA ADMINISTRAÇÃO. ART. 37, §
6º, DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL. ROUBO DE OBJETO POSTADO. DANOS MATERIAIS E MORAIS
DEVIDOS.
I - Trata-se de ação proposta contra a ECT – Empresa de Correios e Telégrafos, na qual a parte autora
pede sua condenação ao pagamento do valor de R$ 1.570,27(mil quinhentos e setenta reais e vinte e
sete centavos) referente a danos materiais e do valor de R$ 15.000,00, a título de danos morais.
625
II - Consta que em 6/10/2016 foi postada encomenda contendo documentos e objetos pessoais em
Vazante/MG com destino à parte autora em Santa Maria/DF, entretanto tal encomenda não chegou ao
destino e, após diligência, a autora foi informada de que receberia como indenização o valor de
R$1.000,00 (mil reais). Informa que os documentos eram destinados a subsidiar consultas e
procedimentos hospitalares de seu pai.
III - O pedido foi parcialmente procedente para condenar a ECT a pagar o valor de R$1.115,67 (mil cento
e quinze reais e sessenta e sete centavos) por indenização de danos materiais e R$ 1.000,00 (mil reais)
por indenização a título de danos morais.
IV - A ECT recorre alegando que: “(...) É bem verdade que a encomenda postada pela autora restou por
não chegar ao seu destino conforme já em âmbito administrativo fora reconhecido pela Empresa-Ré.
fato incontroverso que ocorreu o roubo da mercadoria, e está estabelecido o nexo de causalidade porque
em razão desse fato o serviço contratado de remessa postal não foi realizado, acarretando dano ao
consumidor. Deve-se considerar que o fato, mesmo causado por terceiros, é situação que se insere entre
os riscos da atividade exercida pela ré, de modo que não pode ser alegada a ocorrência de caso fortuito
ou força maior para excluir a responsabilidade da ECT. Ademais, o Tribunal Regional Federal da 1º
Região consolidou entendimento de que “A ECT responde objetivamente pelo extravio de
correspondência, por falta de serviço, mesmo que o remetente não tenha declarado o conteúdo da
encomenda” (AC 2003.33.01.000504-4/BA, Relator Desembargador Federal Daniel Paes Ribeiro, Sexta
Turma, DJe de 30/08/2010). Logo, o autor deve ser indenizado pelo dano material efetivamente sofrido e
que logrou quantificar”
VI - O dano moral evidencia-se na expectativa frustrada do recebimento da correspondência, e a falha do
serviço em si. É notório que a autora passou por desgaste emocional com as tentativas de resolução da
questão na esfera administrativa e judicial. O dano moral cumpre a função de compensar a dor e
sofrimento injustificadamente causado a outrem, não havendo que se falar, na hipótese, diante da
gravidade do fato, em pequenos aborrecimentos, contratempos, irritações que são experimentados por
todos os seres humanos, decorrências da vida cotidiana em sociedade.
VII - Recurso desprovido.
VIII - Honorários advocatícios pela parte recorrente vencida de 10% sobre o valor da condenação.
ACÓRDÃO
Decide a Terceira Turma Recursal, por unanimidade, NEGAR PROVIMENTO ao recurso.
Brasília - DF, 7 de maio de 2019.
JUÍZA FEDERAL ROSIMAYRE GONÇALVES DE CARVALHO
2ª Relatora – 3ª. Turma Recursal
PROCESSO Nº 0005847-07.2017.4.01.3400
626
que utilizado o cartão e as eventuais provas do uso somente estão disponíveis à CEF que, como de
praxe, não se desincumbiu desse ônus, devendo prevalecer a presunção a favor do consumidor.
VIII - Na hipótese, a sentença acolheu a tese de que é de inteira responsabilidade do cliente a utilização e
guarda do cartão magnético e senha, não se desincumbindo o autor de demonstrar a violação do sistema
eletrônico de saque por meio de cartão bancário. No entanto, quando a instituição não comprova a culpa
exclusiva ou concorrente do cliente no saque fraudulento, realizado por terceiro, desponta a
responsabilidade da ré em reparar o dano material decorrente. Não o contrário.
IX - Por conseguinte, deve ser reformada a sentença recorrida para determinar confirmar a tutela
antecipada e, ainda, determinar o pagamento dos danos morais em razão da inscrição indevida do seu
nome no SERASA, apesar da contestação tempestiva do débito.
X – Conforme pacífico entendimento jurisprudencial: “O banco é responsável pelos danos morais
causados por deficiência na prestação do serviço, consistente na inclusão indevida do nome de
correntista nos órgãos de proteção ao crédito, causando-lhe situação de desconforto e abalo psíquico. XI
- Em casos que tais, o dano é considerado in re ipsa, isto é, não se faz necessária a prova do prejuízo,
que é presumido e decorre do próprio fato e da experiência comum. III - Inexistindo critérios determinados
e fixos para a quantificação do dano moral, recomendável que o arbitramento seja feito com moderação,
atendendo às peculiaridades do caso concreto, [...]” (REsp 786.239/SP, Rel. Ministro SIDNEI BENETI,
TERCEIRA TURMA, julgado em 28/04/2009, DJe 13/05/2009).
XII - Para a hipótese de inscrição indevida em cadastro de inadimplentes - os danos morais devem ser
fixados, como regra, no valor de R$ 10.000,00, em atenção à jurisprudência do Superior Tribunal de
Justiça, citada no seguinte precedente oriundo daquela corte: "AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO EM
RECURSO ESPECIAL. RESPONSABILIDADE CIVIL. CADASTRO DE INADIMPLENTES. INSCRIÇÃO
627
ACÓRDÃO
Decide a Terceira Turma Recursal, por unanimidade, DAR PARCIAL PROVIMENTO ao recurso.
Brasília - DF, 7 de maio de 2019.
JUÍZA FEDERAL ROSIMAYRE GONÇALVES DE CARVALHO
2ª Relatora – 3ª. Turma Recursal
3DA735957DC4686121811FEC6C2F408A
PROCESSO Nº 0029405-42.2016.4.01.3400
RELATORA :JUÍZA FEDERAL ROSIMAYRE GONÇALVES DE CARVALHO
RECORRENTE(S) : UNIAO FEDERAL (FAZENDA NACIONAL)
ADVOGADO : - KELLY OTSUKA MIIKE
RECORRIDO(S) : ABADIA DA GLORIA ARAUJO SPEZIA
ADVOGADO : DF00030598 - MAX ROBERT MELO E OUTRO(S)
EMENTA
TRIBUTÁRIO. CONTRIBUIÇÃO PREVIDENCIÁRIA. TERÇO CONSTITUCIONAL DE FÉRIAS.
IMPOSSIBILIDADE DE INCORPORAÇÃO À REMUNERAÇÃO PARA EFEITO DE APOSENTADORIA.
ENTENDIMENTO DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL.
I - Recurso interposto pela União contra a sentença que julgou parcialmente procedente o pedido para
condená-la a “(...) restituir os valores cobrados a título de contribuição para o RGPS incidente sobre os
adicionais (terços) de férias gozadas pagos à parte autora, acrescidos os valores a serem repetidos
exclusivamente da taxa SELIC a partir de cada um dos recolhimentos questionados e respeitada, em todo
caso, a prescrição quinquenal”.
II - A Recorrente alega a prescrição quinquenal. No mérito, sustenta que o terço de férias, por possuir
natureza eminentemente salarial, integra a remuneração do servidor, e como tal deve sofrer a incidência
de contribuição para a seguridade social.
III - No tocante à prescrição, ausente o interesse recursal no ponto, tendo em conta que a sentença
recorrida já estabeleceu o prazo prescricional quinquenal.
IV - No mérito, a sentença recorrida não merece reforma, pois se encontra em consonância com a
jurisprudência do Supremo Tribunal Federal que, em Agravo Regimental em Recurso Extraordinário
(processo 587.941/SC), reafirmou seu entendimento no sentido da não incidência de contribuição social
sobre o adicional de um terço (1/3) a que se refere o artigo 7º, inciso XVII, da Constituição Federal. (RE
587941 AgR, Relator: Min. Celso de Mello, Segunda Turma, julgado em 30/09/2008, DJ-e. 222 Divulgado
em 20.11.2008; Publicado em 21.11.2008; EMENT VOL-02342-20 PP-04027), tendo em vista que o terço
constitucional de férias não será incorporado à remuneração do servidor para fins de aposentadoria.
628
V - Recurso desprovido.
VI - Honorários advocatícios pela recorrente vencida de 10% do valor da condenação.
ACÓRDÃO
Decide a Terceira Turma Recursal, por unanimidade, NEGAR PROVIMENTO ao recurso.
Brasília - DF, 7 de maio de 2019.
JUÍZA FEDERAL ROSIMAYRE GONÇALVES DE CARVALHO PODER JUDICIÁRIO SEÇÃO
JUDICIÁRIA DO DISTRITO FEDERAL
TRF 1 REGIÃO/IMP.15-01-04-SJ
2
PROCESSO Nº 0023140-24.2016.4.01.3400
RELATORA :JUÍZA FEDERAL ROSIMAYRE GONÇALVES DE CARVALHO
RECORRENTE(S) : SANDRA SHEYLA BORGES GURGEL
ADVOGADO : DF00048037 - DANYELLA FERREIRA COUTO
RECORRIDO(S) : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
ADVOGADO :
EMENTA
PREVIDENCIÁRIO. APOSENTADORIA POR IDADE. REVISÃO DE RMI. PARCELAS RETROATIVAS.
VALORES DEVIDOS DESDE A DATA DO PEDIDO REVISIONAL. ARTIGO 37 DA LEI 8.213/91.
I - Trata-se de recurso inominado interposto pela parte autora em face da sentença que julgou
improcedente o pedido para recebimento das parcelas retroativas referentes ao lapso de tempo entre data
de concessão do benefício até o pedido de revisão administrativa.
II - A Recorrente sustenta, em suma, que faz jus aos valores devidos a título de reajuste de seu benefício,
“[...] não houve a mencionada divergência das informações prestadas e dos documentos apresentados no
ato de aposentadoria, que gerasse dúvida em relação aos períodos laborados constantes do CNIS da
segurada, posto que já encontravam-se AVERBADOS, especialmente o da Secretaria de Educação,
conforme documentação apresentada, trata-se, sem duvida alguma, de direito adquirido. Não obstante
isso, é pacífico na jurisprudência a desnecessidade de documentação suplementar quando a
documentação apresentada já estiver consistente, condizente, transparente e sem mácula, bem como
quando constar do CNIS – sistema que tem a ratificação da Autarquia nas informações prestadas, por
meio da averbação. Como é o caso em questão.”
III - In casu, não se vislumbra ilegalidade na conduta da Autarquia Ré, tendo em conta que procedeu em
conformidade com o art. 37 da Lei 8.213/91, segundo o qual os efeitos financeiros do recálculo da renda
mensal inicial são contados a partir da data do requerimento de revisão do valor do benefício.
IV - Nessa senda, agiu com acerto o nobre juiz sentenciante ao consignar: “Por sua vez, observo que a
ausência de averbação do período laboral ocorreu em decorrência da segurada não ter apresentado os
documentos necessários à comprovação do vínculo, omissão imputável ao segurado, e não à autarquia
previdenciária, nos termos do art. 37 da Lei nº. 8.213/91. Além disso, o INSS utiliza as informações
constantes no sistema CNIS para o fim de calcular o tempo de contribuição dos segurados, razão pela
qual, havendo divergências de informações sobre qualquer vínculo laboral, a autarquia poderá exigir a
apresentação de documentos comprobatórios. Finalmente, saliento que o INSS procedeu à revisão
administrativa pleiteada pela parte autora a partir de 01/07/2015, conforme PODER JUDICIÁRIO SEÇÃO
JUDICIÁRIA DO DISTRITO FEDERAL
2DFDCE9251135E5E7E3DBE489A50735F TRF 1 REGIÃO/IMP.15-01-04-SJ
2
dados do sistema Plenus registrado aos 14/08/2017, data em que foi apresentado pela segurada as
provas necessárias para a averbação do vínculo laboral junto à Secretaria de Educação do Distrito
Federal junto aos dados do sistema CNIS.”
V - Recurso desprovido.
VI - Honorários advocatícios de 10% sobre o valor da causa, a cargo da Recorrente vencida. Condenação
suspensa (art. 98, §3º, do CPC).
ACÓRDÃO
Decide a Terceira Turma Recursal, à unanimidade, NEGAR PROVIMENTO ao recurso.
Brasília - DF, 7 de maio de 2019.
JUÍZA FEDERAL ROSIMAYRE GONÇALVES DE CARVALHO
2ª Relatora – 3ª. Turma Recursal
629
PROCESSO Nº 0026149-57.2017.4.01.3400
RELATORA :JUÍZA FEDERAL ROSIMAYRE GONÇALVES DE CARVALHO
RECORRENTE(S) : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
ADVOGADO : - ELAINE VIRGINIA CASTRO CORDEIRO RIOS
RECORRIDO(S) : CLAUDIO LIMA LIBERAL
ADVOGADO : DF00059850 - GENAÍRA MONTEIRO NERES LIBERAL
EMENTA
VII - Como reiteradamente tem decidido esta Turma, à luz do artigo 62 da Lei 8.213/1991 e do
entendimento eg. TRF 1ª. Região, em ACP : O auxílio-doença é benefício de caráter temporário, que deve
ser pago enquanto durar a incapacidade laborativa. Assim, verificada de modo estimado a cessação da
incapacidade por perícia médica realizada pela autarquia previdenciária (por meio do Sistema de
Cobertura Previdenciária Estimada - COPES), deve ser suspenso o pagamento do benefício. Todavia,
uma vez tempestivamente apresentado pelo segurado pedido de prorrogação, o benefício deve ser
mantido até o julgamento do pedido após a realização de novo exame pericial. 2. Apelação do INSS a que
se dá parcial provimento e apelação do Ministério Público Federal a que se nega provimento, vencido o
Relator. (AC 0011564-87.2009.4.01.3300 / BA, Rel. JUIZ FEDERAL SAULO JOSÉ CASALI BAHIA, 1ª
CÂMARA REGIONAL PREVIDENCIÁRIA DA BAHIA, e-DJF1 p.648 de 24/02/2016). No mesmo sentido:
IUJEF5002385-80.2012.404.7107, TRU da 4ª Região, Relator a Joane Unfer Calderaro, D.E. 07/12/2012.
(grifo nosso)
VIII - Na hipótese dos autos, em que pese ter havido indicativo de recuperação em doze meses a contar
da data da elaboração do laudo médico produzido em juízo, a sentença determinou a concessão de
benefício de aposentadoria por invalidez em razão da sua idade (44 anos) e tempo de gozo do benefício.
Todavia, esses dois fatores não são suficientes para afastar a conclusão do perito judicial. Em verdade, a
parte autora ainda se encontra potencialmente apta à vida laboral, considerando exatamente sua pouca
idade e a expectativa de vida atual, bem assim não se pode descartar eventual readaptação caso
consolidada a lesão após o prazo fixado pelo perito e, ainda, há que se considerar que apenas o tempo
em gozo do auxílio-doença não é indício suficiente para concluir pela incapacidade definitiva.
630
PROCESSO Nº 0028311-25.2017.4.01.3400
RELATORA :JUÍZA FEDERAL ROSIMAYRE GONÇALVES DE CARVALHO
RECORRENTE(S) : JOSE OTTO BIENER HENRIQUES PEDRO
ADVOGADO : RS00073409 - EDUARDO KOETZ E OUTRO(S)
RECORRIDO(S) : UNIAO FEDERAL (FAZENDA NACIONAL)
ADVOGADO :
EMENTA
TRIBUTÁRIO. IMPOSTO DE RENDA PESSOA FÍSICA. RESIDENTES NO EXTERIOR. PROVENTOS DE
APOSENTADORIA POR INVALIDEZ. ALIQUOTA DE 25%. TRIBUTAÇÃO INDEVIDA. ILEGALIDADE E
INCONSTITUCIONALIDADE. PESSOA MAIOR DE 65 ANOS. HIPÓTESE DE ISENÇÃO NÃO
OBSERVADAS. LIMITAÇÕES CONSTITUCIONAIS AO PODER DE TRIBUTAR. OFENSA DIRETA.
I – Cuida-se de pedido de declaração de inconstitucionalidade do art. 3º da Lei 13.315/2006, que dispõe
sobre a aplicação da tabela do imposto de renda sobre aposentadorias e pensões, com a suspensão da
retenção do IRPF na fonte e restituição dos valores indevidamente retidos. Pede a aplicação de alíquotas
progressivas e faixa extra aos maiores de 65 anos, nos termos da Lei 7.713/88 e aplicação de Acordo
Internacional para sujeição à legislação tributária da República de Portugal.
II – Os pedidos foram julgados improcedentes e, em suas razões recursais, o autor alega a
inconstitucionalidade da aplicação da nova redação do artigo 7º da Lei 9.779/99, imposta pelo artigo 3º da
Lei 13.315/2015 a partir de 20/07/2015 sobre as aposentadorias e pensões sem a aplicação da tabela do
imposto de renda.
III – A parte autora é aposentada por invalidez, sendo titular do NB 32/1150142704, no valor de R$
3.948,19, com incidência do desconto de 25% de IR, coeficiente adotado para os benefícios recebidos por
brasileiros residentes no exterior, sem aplicação da tabela progressiva e da regra de isenção aplicada aos
maiores de 65 anos residentes no Brasil. Criou-se, pois, regra distinta para os brasileiros com domicílio no
exterior.
631
IV- A Lei 9.779/1999 estabelecia: Art. 7º- Os rendimentos do trabalho, com ou sem vínculo empregatício,
e os da prestação de serviços, pagos, creditados, entregues, empregados ou remetidos a residentes ou
domiciliados no exterior, sujeitam-se à incidência do imposto de renda na fonte à alíquota de vinte e cinco
por cento.
V - Nos termos do art. 682 do Decreto 3000/1999, Regulamento do Imposto de Renda, “Estão sujeitos ao
imposto na fonte, de acordo com o disposto neste Capítulo, a renda e os proventos de qualquer natureza
provenientes de fontes situadas no País, quando percebidos: I - pelas pessoas físicas ou jurídicas
residentes ou domiciliadas no exterior (Decreto-Lei n º 5.844, de 1943, art. 97, alínea 'a');”. A Instrução
Normativa SRF nº 208/2002 estabelece que a tributação dos rendimentos de PODER JUDICIÁRIO
SEÇÃO JUDICIÁRIA DO DISTRITO FEDERAL
residentes no exterior incidirá na fonte, nesses termos: “Art. 35. Os rendimentos pagos, creditados,
empregados, entregues ou remetidos a não-residente por fontes situadas no Brasil estão sujeitos à
incidência do imposto exclusivamente na fonte, observadas as normas legais cabíveis. Art. 36. Os
rendimentos do trabalho, com ou sem vínculo empregatício, e os da prestação de serviços, pagos,
creditados, entregues, empregados ou remetidos a não-residente sujeitam-se à incidência do imposto na
fonte à alíquota de 25%, ressalvado o disposto no art. 37".
VI - A Lei n. 13.315, de 20 de julho de 2015, por seu turno, alterou o artigo 7º da Lei n. 9.779/99, que
passou a vigorar com a seguinte redação: Art. 3o - O art. 7o da Lei no 9.779, de 19 de janeiro de 1999,
passa a vigorar com a seguinte redação: 'Art. 7º Os rendimentos do trabalho, com ou sem vínculo
empregatício, de aposentadoria, de pensão e os da prestação de serviços, pagos, creditados, entregues,
empregados ou remetidos a residentes ou domiciliados no exterior, sujeitam-se à incidência do imposto
de renda na fonte à alíquota de 25% (vinte e cinco por cento).
VII - Por seu turno, o Decreto 4.012, de 13 de novembro de 2001, que promulga Convenção sobre o
Imposto de Renda, estabelece que: “1. Os impostos atuais aos quais se aplica esta Convenção são: a) no
caso do Brasil: – o Imposto Federal sobre a Renda, (doravante denominado “imposto brasileiro”); [...]” .
VIII- A questão posta à análise consiste em definir se, antes e depois da edição da Lei 13.315/2015, a
parte autora, que recebe exclusivamente proventos de aposentadoria por invalidez, dentro da faixa de
isenção prevista no art. 6º da Lei 7.713/88, deveria sujeitar-se à alíquota exclusiva na fonte de 25% (vinte
e cinco por cento) sem direito a isenção.
IX- Inicialmente, o aludido artigo 6º, consigna in verbis, "Ficam isentos do imposto de renda os seguintes
rendimentos percebidos por pessoas físicas: (...)XV - os rendimentos provenientes de aposentadoria e
pensão, de transferência para a reserva remunerada ou de reforma pagos pela Previdência Social da
União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, por qualquer pessoa jurídica de direito público
interno ou por entidade de previdência privada, a partir do mês em que o contribuinte completar 65
(sessenta e cinco) anos de idade, sem prejuízo da parcela isenta prevista na tabela de incidência mensal
do imposto, até o valor de: (...)”.
X – Conforme evolução legislativa citada acima, antes do início da vigência do artigo 3º da Lei n.
13.315/2015, ocorrida em 01-01-2017 (no artigo 5º, I, da referida lei), a previsão para desconto do
Imposto de Renda à alíquota de 25% (vinte e cinco por cento) sobre os proventos de aposentadoria e
pensão foi estabelecido por meio de ato normativo inferior (Decreto), sem qualquer regra excludente do
direito à isenção pelo só fato de o aposentado residir no exterior. Por conseguinte, está evidenciado que
inexistia previsão legal expressa para essa regra de incidência tributária distinta tendo, por sua própria
conta, a SRF ampliado a hipótese de incidência por meio do Decreto 3000/1999, infringindo, desta forma,
o princípio da legalidade tributária insculpido no artigo 150, I, da Constituição Federal. Assim PODER
JUDICIÁRIO SEÇÃO JUDICIÁRIA DO DISTRITO FEDERAL
98A3C9354EA4FE4B72AD448C9AB6E12C TRF 1 REGIÃO/IMP.15-01-04-SJ
3
sendo, quanto a esse período, não há a mínima força legal para albergar a cobrança e excluir a isenção
legal, nem mesmo o alegado efeito parafiscal, visto que descabe cogitar da atenuação à garantia da
legalidade tributária estrita, sobretudo por que o Imposto de Renda não está inserido dentre as hipóteses
taxativas dos tributos marcadamente extrafiscais previstos no artigo 153, § 1º, da Constituição Federal
(Imposto de Importação, Imposto de Exportação, IPI e IOF).
XI- Quanto ao período subsequente, de igual forma, a exclusão da isenção legal não encontra amparo na
legislação tributária. Essa conclusão decorre da simples análise do regramento pertinente, como feito no
Recurso Cível n. 500002863.2017.4.04.7201/SC, rel. Juiz Federal ADAMASTOR NICOLAU TURNES, 3ª
Turma Recursal/SC: “(...)Contudo, no meu entender, mesmo após a edição da Lei n. 13.315/2015, a
incidência do Imposto de Renda retido na fonte à alíquota de 25% (vinte e cinco por cento) sobre os
proventos de aposentadoria e pensão dos residentes no exterior mostra-se indevida, porque contraria os
princípios da isonomia, da progressividade do Imposto de Renda, da garantia da não confiscatoriedade e
da proporcionalidade. Diante da extrema importância que o princípio da igualdade possui no sistema
tributário, mesmo que previsto de forma geral no caput do artigo 5º, o legislador constituinte originário
resolveu por bem reiterá-lo no artigo 150, II, que inaugura a Seção das Limitações ao Poder de Tributar,
verbis: Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos
632
Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios: [...]II - instituir tratamento desigual entre contribuintes que
se encontrem em situação equivalente, proibida qualquer distinção em razão de ocupação profissional ou
função por eles exercida, independentemente da denominação jurídica dos rendimentos, títulos ou
direitos; (...) Pelo princípio constitucional da isonomia ou da igualdade temos o dever jurídico de tratarmos
todos de forma isonômica, de forma igualitária. Isso não quer dizer tratamento absolutamente idêntico,
mas sim tratamento diferenciado com base nas diferentes situações fáticas encontradas. A legislação não
pode fazer discriminações sem fundamento. O princípio da isonomia já é uma exigência da Constituição
desde o seu preâmbulo. (...)Não vislumbro no caso concreto, uma excepcional situação justificadora para
se dispensar tratamento fiscal diferenciado entre segurados vinculados ao Regime Geral da Previdência
Social – RGPS residentes e não residentes no País, especialmente em razão da identidade da
inconstitucionalidade. A progressividade é critério que exige variação positiva da alíquota à medida que
há aumento da base de cálculo. De fato, tem-se progressividade quando há diversas alíquotas graduadas
progressivamente em função do aumento da base de cálculo: maior a base, maior a alíquota. Como
imposto de natureza pessoal, o Imposto de Renda deve, necessariamente, ser graduado segundo a
capacidade contributiva do contribuinte também por força da determinação expressa constante no artigo
145, § 1º da Constituição Federal. A instituição de um desconto de Imposto de Renda na fonte à alíquota
única elevada de 25% (vinte e cindo por cento) sobre proventos de aposentadoria e pensão dos
residentes e domiciliados no exterior viola o critério da progressividade, previsto no artigo 153, III, e § 2º, I,
da Constituição Federal, porque submete a maior tributação aqueles que percebem iguais valores, isto
sem levar em conta que os benefícios previdenciários percebidos pelos segurados do Regime Geral da
Previdência Social – RGPS, em regra, não são elevados, encontrando-se, muitas vezes, dentro da faixa
de isenção, constituindo-se a atividade estatal, nessa hipótese, num verdadeiro confisco, porque, em
função da insuportabilidade da carga tributária, priva a pessoa do exercício a uma existência digna e a
regular satisfação de suas necessidades vitais (educação, saúde, e habitação, p. ex.) (...)
XII- Assim, ainda que se entenda aplicável a alíquota de 25% para a hipótese de residentes no exterior, a
parte autora está albergada pela isenção prevista na Lei 7.713/88. Com efeito, para fins de incidência do
imposto sobre rendimentos configura-se irrelevante o fato de o contribuinte residir no exterior, de forma
que afastar a regra de isenção e submetê-lo a diferenciada forma de tributação implica tratamento
diferenciado entre contribuintes de um mesmo imposto, em razão unicamente do local em que
deliberaram fixar residência, interpretação contrária a natureza jurídica do tributo e ao princípio
constitucional da isonomia.
XIII – Reitere-se que a regra de isenção prevista na Lei 7.713/88 não estabelece qualquer limitação
territorial aos seus destinatários, bem assim o Decreto 4.012 de 13/11/2001, que homologa a convenção
celebrada entre Brasil e Portugal a fim de evitar a dupla tributação e prevenir a evasão fiscal em matéria
de imposto sobre rendimentos, incluindo o Imposto Federal sobre a Renda, não regulamenta/afasta
hipóteses de isenção.
XIV – Nesse mesmo sentido colaciona-se ainda precedente do TRF da 4ª Região: “TRIBUTÁRIO. IRRF.
INCIDÊNCIA. VALORES DE BENEFÍCIO PREVIDENCIÁRIO PAGO A PESSOA DOMICILIADA NO
EXTERIOR. DECRETO Nº 3.000/1999. FAIXA DE ISENÇÃO. ARTIGO 6º DA LEI Nº 7.713/88. ARTIGO
108 DO CTN. 1. O regramento do imposto de renda estabelece a incidência da alíquota de 25% sobre os
rendimentos provenientes de fontes situadas no país, auferidos por pessoa física residente ou domiciliada
no exterior. 2. Da análise do referido regramento, percebe-se que a matéria não está amplamente
regulamentada, existindo lacuna a justificar a sua integração pelo artigo 108 do CTN. 3. Encontrando-se
os proventos recebidos pela autora dentro da faixa de isenção de Imposto de Renda prevista no artigo 6º
da Lei nº 7.713/88, não devem ser tributados. Pelo princípio da isonomia, deve-se reconhecer que aquele
que é isento de determinado PODER JUDICIÁRIO SEÇÃO JUDICIÁRIA DO DISTRITO FEDERAL
98A3C9354EA4FE4B72AD448C9AB6E12C TRF 1 REGIÃO/IMP.15-01-04-SJ
5
3.000/99 e art. 36 da IN/SRF n. 208/99, sem observar a tabela progressiva do IR e a isenção para os
maiores de 65 anos; b) dar a interpretação conforme do art. 7º da Lei n. 9.779/1999, com a redação dada
pela Lei n. 13.315/2015, que estabelece a alíquota de 25% sobre os proventos de aposentadoria da parte
autora, para que se observe as faixas de isenção e a regra aplicável aos maiores de 65 anos, por ofensa
direta aos artigos 150, II e IV, 153, III e § 2º, I da CF, c) determinar, respeitada a prescrição quinquenal, a
restituição dos valores retidos indevidamente, corrigidos pela taxa SELIC, com compensação de
eventuais valores restituídos por ocasião do ajuste anual.
XVI - Honorários advocatícios incabíveis.
ACÓRDÃO
Decide a Terceira Turma Recursal, por unanimidade, DAR PROVIMENTO ao recurso da parte autora.
PROCESSO Nº 0032376-97.2016.4.01.3400
RELATORA :JUÍZA FEDERAL ROSIMAYRE GONÇALVES DE CARVALHO
RECORRENTE(S) : GILMAR VITURINO DOS SANTOS
ADVOGADO : DF00030598 - MAX ROBERT MELO E OUTRO(S)
RECORRIDO(S) : UNIAO FEDERAL
ADVOGADO : - ANNA AMELIA LISBOA MARTINS RAPOSO DA CAMARA
EMENTA
ADMINISTRATIVO. SERVIDOR ANISTIADO. LEI 8.878/94. RETORNO AO SERVIÇO NA CONDIÇÃO DE
CELETISTA. REMUNERAÇÃO. REAJUSTE LEIS 11.907/2009 E 12.778/2012. SENTENÇA MANTIDA.
I - Trata-se de recurso interposto pelo autor, contra sentença que julgou improcedente o pedido de
"incorporação no vencimento do reajuste de 5,86% escalonado, observada a prescrição quinquenal,
decorrente da aplicação do art. 309, da Lei 11.907/2009, Tabela CLXX".
II - A parte recorrente assevera que é ocupante do cargo de nível intermediário, letra "D", e a n. Lei
11.907/2009, aplicada ao caso antes do advento da Lei n. 12.778/2012, não fez qualquer diferenciação
entre níveis (referência), o que significa dizer que o valor ali estabelecido é o valor mínimo devido ao
beneficiado pela Lei n. 8.878/94. Afirma, portanto, que houve reajuste concedido à sua categoria, mas
que não lhe foi repassado.
III - A Lei 12.778, de 28 de dezembro de 2012, que tratou da remuneração e do reajuste de Planos de
Cargos, Carreiras e Planos Especiais de Cargos do Poder Executivo Federal, bem assim do Capítulo
XXVII, especificamente denominado "Da Remuneração dos Empregados Beneficiados pela Lei 8.878, de
11 de maio de 1994", art. 32, que se reporta ao Anexo XXXVIII para estabelecer os valores máximos da
remuneração dos empregados beneficiados pela Lei 8.878/94, tem a mens legislatoris clara no sentido de
abranger os anistiados, sem distinção entre celetistas e estatutários.
IV - Por seu turno, a Lei 11.907/09, entretanto, distingue as situações do servidor que comprova as
parcelas a que fazia jus antes do desligamento e a do servidor que não as apresenta, conforme consta
dos seguintes dispositivos: "Art. 310. Caberá ao empregado que retornar ao serviço na administração
pública federal direta, autárquica e fundacional apresentar comprovação de todas as parcelas
remuneratórias a que fazia jus no prazo decadencial de 15 (quinze) dias do retorno, as quais serão
atualizadas pelos índices de correção adotados para a atualização dos benefícios do regime geral da
previdência social, desde aquela data até a do mês anterior ao do retorno. § 1º Não sendo válida ou não
havendo a comprovação referida PODER JUDICIÁRIO SEÇÃO JUDICIÁRIA DO DISTRITO FEDERAL
9989A3A20197006583A71A1E4C6A487A TRF 1 REGIÃO/IMP.15-01-04-SJ
2
no caput deste artigo, o Poder Executivo fixará o valor da remuneração dos empregados de que trata o
caput deste artigo, de acordo com a área de atuação e o nível do emprego ocupado, nos termos dos
valores constantes do Anexo CLXX desta Lei." § 2º. É vedada a combinação da remuneração fixada nos
termos do § 1º deste artigo com as parcelas remuneratórias de que trata o caput deste artigo. (...) § 5º. A
partir da data do retorno, as parcelas remuneratórias de que trata o caput e o § 1º deste artigo serão
reajustadas nas mesmas datas e índices da revisão geral dos vencimentos dos servidores públicos
federais.
V - No caso posto, o autor anistiado passou a auferir vencimentos no valor correspondente à
remuneração do cargo de nível intermediário, Letra "D", do Anexo CLXX, da Lei 11.907/09 e teve reajuste
salarial anual, uma vez reenquadrada na forma §1º, do art. 310, os reajustes remuneratórios observarão o
§ 5º, do art. 310, supra transcrito.
VI - A Lei n° 11.907/2009 apenas fixa a remuneração dos empregados públicos anistiados a partir do seu
efetivo retorno e, portanto, não trata de revisão geral de vencimentos, somente cabível na forma prevista
634
no art. 310, § 5°, da mesma lei, ou seja, nas mesmas datas e índices da revisão geral dos vencimentos
dos servidores públicos federais.
VII - Nesse sentido já decidiu esta Turma, no AGREXT 0070260-97.2015.4.01.3400, LANA LÍGIA
GALATI, TRF1 - PRIMEIRA TURMA RECURSAL - DF, Diário Eletrônico Publicação 06/04/2018.)
VIII - Recurso desprovido.
IX - Honorários advocatícios pela parte recorrente de 10% do valor atribuído a causa. Condenação
suspensa (art. 98, §3º, do CPC).
ACÓRDÃO
Decide a Terceira Turma Recursal, à unanimidade NEGAR PROVIMENTO ao recurso.
Brasília - DF, 7 de maio de 2019.
BF298AC09B479E4018EEF4E8CD7EC585
PROCESSO Nº 0036408-14.2017.4.01.3400
RELATORA :JUÍZA FEDERAL ROSIMAYRE GONÇALVES DE CARVALHO
RECORRENTE(S) : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
ADVOGADO : - PAULO JOSAFA DE ARAUJO FILHO
RECORRIDO(S) : REGINALDO ANDRADE
ADVOGADO : DF0001554A - NIVALDO DANTAS DE CARVALHO E OUTRO(S)
EMENTA
PREVIDENCIÁRIO. BENEFÍCIO DE APOSENTADORIA POR IDADE. JUROS DE MORA E CORREÇÃO
MONETÁRIA. APLICAÇÃO DOS ÍNDICES DE CORREÇÃO DA POUPANÇA. MCJF. ADEQUAÇÃO AO
ENTENDIMENTO RECENTE DO STJ E DO STF.
I - Trata-se de recurso interposto pelo INSS em face da sentença que julgou parcialmente procedente o
pedido para concessão do benefício de aposentadoria por invalidez, com DIB EM 14.03.2017.
II - O Recorrente requer unicamente a revisão da fixação dos consectários legais, nos termos do art. 1º-F
da Lei 9.494/97, com redação dada pela Lei 11.960/09.
III - Precedente vinculante do STJ: REsp 1.495.146/MG. As condenações judiciais da Fazenda Pública de
natureza previdenciária, EXCETO OS BENEFÍCIOS ASSISTENCIAIS, sujeitam-se (1) à incidência do
INPC, para fins de correção monetária, no que se refere ao período posterior à vigência da Lei
11.430/2006, que incluiu o art. 41-A na Lei 8.213/91; e (2) quanto aos juros de mora, incidem segundo a
remuneração oficial da caderneta de poupança (art. 1º-F da Lei 9.494/97, com redação dada pela Lei n.
11.960/2009). O MCJF encontra-se nos termos dessa orientação jurisprudencial.
IV - Recurso do INSS desprovido.
V - Honorários advocatícios pelo INSS, no percentual de 10% do valor das parcelas vencidas até a
sentença.
ACÓRDÃO
Decide a Terceira Turma Recursal, à unanimidade, NEGAR PROVIMENTO ao recurso.
Brasília - DF, 7 de maio de 2019.
JUÍZA FEDERAL ROSIMAYRE GONÇALVES DE CARVALHO
2ª Relatora – 3ª. Turma Recursal
PROCESSO Nº 0018876-27.2017.4.01.3400
RELATORA :JUÍZA FEDERAL ROSIMAYRE GONÇALVES DE CARVALHO
RECORRENTE(S) : CAIXA ECONOMICA FEDERAL
ADVOGADO : DF00017348 - ELIZABETH PEREIRA DE OLIVEIRA E OUTRO(S)
RECORRIDO(S) : LAURINDO RODRIGUES MOREIRA NETO
ADVOGADO :
EMENTA
CIVIL. RESPONSABILIDADE CIVIL. INCLUSÃO INDEVIDA EM CADASTRO DE INADIMPLENTES.
INDENIZAÇÃO POR DANO MORAL. EMPRESTIMO CONSIGNADO. FALHA NA PRESTAÇÃO DO
SERVIÇO BANCÁRIO.
I - Trata-se de ação proposta contra a CAIXA ECONÔMICA FEDERAL para anular a renovação
compulsória do empréstimo, por falta de forma prescrita em lei e a condenação da parte ré ao pagamento
de indenização por danos morais, no valor de R$ 10.000,00.
635
II - O pedido foi acolhido em parte para condenar a CEF a excluir os encargos moratórios do contrato
firmado em março/2014, que não foi averbado ao contrato primitivo e a pagar a quantia de R$ 3.000,00
(três mil reais) a título de indenização por danos morais.
III - A CEF recorre alegando que: “(...) de plano, constata-se que a conduta do banco não fora
considerada ensejadora dos prejuízos supostamente alegados pelo autor, porquanto NÃO HÁ NEXO DE
CAUSALIDADE entre qualquer ato do banco e os supostos danos, tampouco prova”.
IV - A sentença deve ser confirmada por seus próprios fundamentos: “(...) À vista dos documentos
juntados ao processo, constata-se que a parte autora firmou dois contratos de empréstimos com a CEF,
sendo o primeiro em 11/11/2011, no valor de R$ 52.700,00, com início de pagamento em 26/11/2011(fls.
10/16, doc. Inicial), e o segundo, na modalidade de concessão de crédito com desconto das prestações
juiz (REsp 959.780/ES, Rel. Ministro PAULO DE TARSO SANSEVERINO, TERCEIRA TURMA, julgado
em 26/04/2011, DJe 06/05/2011). Assim, na primeira etapa, considerando os precedentes jurisprudenciais
que apreciaram casos semelhantes, é razoável a fixação do valor em R$ 3.000,00 (três mil reais). Na
segunda etapa, não se verifica a presença de circunstâncias peculiares aptas a reduzir ou agravar esse
montante, que deve ser fixado como o valor definitivo.
VI - Destarte, o valor atribuído pelo magistrado sentenciante cumpre a finalidade de responsabilização
civil da instituição bancária por danos morais causados ao consumidor em razão da inscrição indevida de
seu nome em cadastro de restrição ao crédito, da mesma forma que cumpre a dupla função de
compensar o sofrimento injustificadamente causado a outrem e sancionar o causador, como forma de
desestímulo à prática de condutas similares.
VII - Recurso desprovido.
VIII - Honorários advocatícios pela parte recorrente vencida de 10% sobre o valor da condenação.
ACÓRDÃO
Decide a Terceira Turma Recursal, por unanimidade, NEGAR PROVIMENTO ao recurso.
Brasília - DF, 7 de maio de 2019.
JUÍZA FEDERAL ROSIMAYRE GONÇALVES DE CARVALHO
2ª Relatora – 3ª. Turma Recursal
PROCESSO Nº 0029864-10.2017.4.01.3400
RELATORA :JUÍZA FEDERAL ROSIMAYRE GONÇALVES DE CARVALHO
RECORRENTE(S) : ROGERIO SATORNO DA SILVA
ADVOGADO : DF00038059 - YURI BATISTA DE OLIVEIRA E OUTRO(S)
RECORRIDO(S) : BANCO SANTANDER E OUTRO(S)
ADVOGADO : DF0044215A - DENNER DE BARROS MASCARENHAS BARBOSA
EMENTA
636
conferiu se a pessoa que recebeu a correspondência era, de fato, o Autor. Evidencia-se, pois, que na
eventualidade de existir um litisconsórcio passivo entre o Banco Santander e a ECT, estar-se-á diante de
um litisconsórcio facultativo e não unitário, já que existirão 02 (duas) relações jurídicas de direito material
e em cada qual figurará apenas um único réu como respectivo sujeito de direito frente à parte
autora.Embora seja admissível formação de litisconsórcio passivo facultativo e o cúmulo objetivo de
pedidos num mesmo processo, o art. 327, § 1º, II, do CPC exige como requisito indispensável que o
mesmo juiz seja competente para deles conhecer. É saber, a conexão que se pode, em tese, vislumbrar
no presente caso, uma vez que uma situação decorre da outra, não se revela suficiente a ensejar o
conhecimento da lide em desfavor do Bando Santander, pois caracterizada a incompetência absoluta, em
razão da pessoa, da Justiça Federal para conhecer, processar e julgar ação contra o referido banco
particular. Assim, observa-se a incompetência absoluta da Justiça Federal para processar e julgar
pedidos formulados contra o Banco Santander. Por outro lado, a legitimidade passiva quanto ao pedido
relativo à indenização por danos morais no que concerne à falta de conferência de quem recebeu a
correspondência toca unicamente à ECT, sendo a Justiça Federal competente unicamente para esta lide.
Dos documentos apresentados, constata-se, nos termos do contrato firmado com Banco Santander
relativo aos dados pessoais, o endereço da parte autora: QNM 07, conjunto I, casa 08, Ceilândia Sul.
Noutro giro, o documento apresentado pelo Autor que serviria de prova de que a correspondência foi
entregue em endereço diverso ao seu, com recebimento do Sr. Rogério da S. Silva, não demonstra o
nome do remetente e não se presta a comprovar absolutamente coisa alguma, em face de sua péssima
qualidade de impressão; não há muito a se extrair desse documento, muito menos a relação do endereço
nele constante e o remetente. Revela-se indubitável que a parte autora não se desincumbiu de
demonstrar que os documentos recebidos por Rogério S. da Silva, no endereço diverso ao seu, foram os
cheques enviados pelo BANCO SANTANDER. No caso, o Banco Santander comprovou que a
correspondência foi, de fato, enviada ao endereço constante no cadastro do Autor, qual seja, QNM 07,
conjunto I, casa 08, Ceilândia Sul, tendo sido recebido por Eloídes Santos, que se declarou esposa do
637
Autor, registrando-se que o Autor, quando instado a se manifestar sobre essas afirmações, não disse
nada. Ressalto, ademais, que a caracterização do direito à indenização aos danos morais decorrente da
ausência de conferência da correspondência, somente seria, em tese, possível no caso de comprovação
de que a correspondência foi enviada com a utilização do serviço “Mão Própria”, que existe em todo o
território nacional, e que pode ser utilizada por Pessoas físicas e jurídicas sem contrato, Pessoas jurídicas
com contrato, e somente poderá ser utilizado junto a objetos registrados. Nesse serviço, será,
obrigatoriamente, solicitado ao destinatário documento de identificação pessoal para o recebimento da
mercadoria. Como se vê, o banco não solicitou e não efetuou a contratação desse serviço, o que, de per
se, afasta a responsabilidade da ECT, notadamente considerando que quem recebeu a correspondência
foi a esposa do Autor, fato não refutado na apresentação da petição de 18.04.2018 (posterior à
ACÓRDÃO
Decide a Terceira Turma Recursal, por unanimidade, NEGAR PROVIMENTO ao recurso.
Brasília, 7 de maio de 2019.
JUÍZA FEDERAL ROSIMAYRE GONÇALVES DE CARVALHO
2ª Relatora – 3ª. Turma Recursal
PROCESSO Nº 0021629-20.2018.4.01.3400
RELATORA :JUÍZA FEDERAL ROSIMAYRE GONÇALVES DE CARVALHO
RECORRENTE(S) : ROSILENE CHAGAS DA SILVA
ADVOGADO : DF00022393 - WANESSA ALDRIGUES CANDIDO E OUTRO(S)
RECORRIDO(S) : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
ADVOGADO :
EMENTA
PREVIDENCIÁRIO. BENEFÍCIO POR INCAPACIDADE. LAUDO MÉDICO PRODUZIDO EM
JUÍZO.PRESUNÇÃO DE VERACIDADE. HIGIDEZ METOLÓGICA E COERÊNCIA COM OS DEMAIS
DOCUMENTOS APRESENTADOS. SENTENÇA MANTIDA.
I - Trata-se de recurso inominado interposto pela parte autora em face da sentença que julgou
improcedente o pedido para concessão de benefício, sob o fundamento de ausência de incapacidade
para o exercício de atividades laborativas.
II - A Recorrente aduz, em suma, que “As alegações da autora em sede de impugnação não foram
consideradas pelo juiz a quo, o qual indeferiu em sede de sentença o pedido de realização de novo
exame pericial.” Sustenta que há divergência no laudo médico produzido em juízo, haja vista que faz jus a
benefício por incapacidade (aposentadoria por invalidez ou, no mínimo, submissão a processo de
reabilitação). Requer, alternativamente, remessa dos autos à Vara de origem para realização de nova
pericia.
III - Para a concessão dos benefícios de auxílio-doença e aposentadoria por invalidez exige-se a
qualidade de segurado ao RGPS, com preenchimento do período de carência de 12 (doze) contribuições
mensais, salvo nas hipóteses previstas no art. 26, II, da Lei nº 8.213/91, prorrogados para até 24 (vinte e
quatro) meses para os que já contribuíram por mais de 120 meses (art. 15, inciso II, parágrafos 2º e 4º, da
Lei nº 8.213/91), bem como a comprovação de incapacidade para o exercício de atividade que lhe garanta
a subsistência, devendo essa incapacidade ser definitiva, para a aposentadoria por invalidez, e
temporária, no caso de auxílio-doença.
638
IV - O laudo médico pericial produzido em juízo consignou: “Trata-se de perícia médica para avaliar se o
Periciando tem direito ao Benefício Previdenciário ora requerido. No caso periciado, conforme acima
exposto, segundo a história da doença, sua evolução, relatórios médicos, exames de imagem e exame
físico, não foram evidenciados elementos médicos que indicam a presença de incapacidade laboral por
quadro de Pós Operatório tardio de Tumor ósseo benigno ao nível do quinto dedo do pé direito. (CID 10:
Z54.0 de D 16.3). O Tumor ósseo benigno ao nível do quinto dedo do pé direito foi tratado cirurgicamente
com resultado funcional satisfatório, encontrando-se clínica e radiologicamente curado e sem sinais de
recidiva tumoral. Resultado pós operatório satisfatório, não havendo justificativa para manter a Parte
Autora afastada das suas PODER JUDICIÁRIO SEÇÃO JUDICIÁRIA DO DISTRITO FEDERAL
8545151EB8482AA04E4742F00668785B TRF 1 REGIÃO/IMP.15-01-04-SJ
funções laborativas. Quanto à capacidade para o trabalho, a periciada não apresenta incapacidade
laborativa, pois, após exame físico realizado por este Perito e a análise dos laudos médicos e dos exames
complementares, concluo que não há alterações significativas que sejam incapacitantes para o trabalho,
mesmo porque, as alterações encontradas nas radiografias também não justificam as suas queixas. Há
na verdade uma redução do grau de capacidade para o trabalho informado de Auxiliar de serviços gerais,
necessitando de esforços acrescidos em grau leve a moderado para realiza-la.”
V – A prova pericial, subscrita por médico especialista com renomada atuação, não aponta qualquer
contradição ou deficiência a indicar a necessidade de submissão da parte autora a reexame. Os
argumentos materializam mero inconformismo com seu resultado. Os atestados que apresenta e invoca
na peça recursal não contradizem o laudo, pois não indicam a incapacidade laboral, apenas relatam o
quadro clínico também identificado pelo perito judicial. O atestado confeccionado após a perícia, por
hematologista, relata o controle da doença hematológica e apenas refere a limitação da qualidade de vida
e “prejuízo a capacidade laboral” em razão da doença ortopédica. Todavia, o especialista nomeado em
juízo nada encontrou que indicasse incapacidade laboral, situação que difere de “prejuízo a capacidade
laboral” dita genericamente.
VI - Recurso desprovido.
VII - Honorários advocatícios de 10% sobre o valor das parcelas vencidas até a sentença, a cargo da
Recorrente vencida. Condenação suspensa (art. 98, §3º, do CPC).
ACÓRDÃO
Decide a Terceira Turma Recursal, à unanimidade, NEGAR PROVIMENTO ao recurso.
Brasília - DF, 7 de maio de 2019.
JUÍZA FEDERAL ROSIMAYRE GONÇALVES DE CARVALHO
2ª Relatora – 3ª. Turma Recursal
PROCESSO Nº 0047447-08.2017.4.01.3400
RELATORA :JUÍZA FEDERAL ROSIMAYRE GONÇALVES DE CARVALHO
RECORRENTE(S) : GERALDINO RODRIGUES PEREIRA
ADVOGADO : DF00022393 - WANESSA ALDRIGUES CANDIDO E OUTRO(S)
RECORRIDO(S) : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
ADVOGADO :
EMENTA
PREVIDENCIÁRIO. RECONHECIMENTO DE PERÍODOS LABORADOS EM CONDIÇÕES ESPECIAIS.
USO EFICAZ DE EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL. PROVA DOCUMENTAL NÃO
COMPROVA EXPOSIÇÃO AO AGENTE NOCIVO.
I - Trata-se de recurso inominado interposto pela parte autora em face da sentença que julgou
improcedente o pedido para aposentadoria especial.
II – A Recorrente sustenta que faz jus ao reconhecimento do tempo especial, haja vista que laborou na
empresa CEB DISTRIBUIÇÃO S.A, exercendo atividades com carga, descarga e armazenamento de GLP
e outros inflamáveis e derivados de petróleo de forma habitual e permanente, conforme demonstrado no
formulário DSS-8030 e PPP constantes dos autos. Afirma que o uso de EPI/EPC não é capaz de mitigar o
risco aos agentes químicos, físicos e biológicos insalubres. Aduz que esteve exposto a diversos agentes
químicos, como tintas, solventes, inflamáveis e explosivos: lâmpadas, reatores e gás liquefeito.
III - A emissão do perfil profissiográfico previdenciário - PPP pelo empregador passou a ser obrigatória
apenas a partir de 01/01/2004, nos termos da Instrução Normativa/INSS/DC nº 99, de 05/12/2003. No
período anterior, os formulários emitidos pelas empresas (SB 40, DISES BE 5235, DSS 8030 e DIRBEN
8030), acompanhados de laudos técnicos, são suficientes para comprovar a exposição do trabalhador aos
agentes nocivos à saúde.
IV - Relativamente à utilização de equipamentos de proteção coletiva ou individual, nos termos do § 2º do
art. 58 da Lei nº 8.213/91, o Supremo Tribunal Federal concluiu, nos autos do ARE nº 664.335/SC, com
repercussão geral, que o direito à aposentadoria especial pressupõe a efetiva exposição do trabalhador a
639
agente nocivo à sua saúde, de modo que, se o EPI for realmente capaz de neutralizar a nocividade não
haverá respaldo constitucional à aposentadoria especial.
V - In casu, a parte autora carreou aos autos formulário “INFORMAÇÕES SOBRE ATIVIDADES
EXERCIDAS EM CONDIÇÕES ESPECIAIS” dando conta que exerceu a função de auxiliar de
serviços/auxiliar de serviços gerais/auxiliar almoxarife/auxiliar suprimentos, no período de 21.08.1979 até
05.01.1999 (data de assinatura do PODER JUDICIÁRIO SEÇÃO JUDICIÁRIA DO DISTRITO FEDERAL
90BA00EDF900701D4DA47FA66F1B1425 TRF 1 REGIÃO/IMP.15-01-04-SJ
2
XII - Honorários advocatícios pela Recorrente vencida de 10% sobre o valor corrigido da causa.
Condenação suspensa (art. 98, §3º, do CPC/15).
ACÓRDÃO
Decide a 3ª Turma Recursal, por unanimidade, NEGAR PROVIMENTO ao recurso.
Brasília – DF, 7 de maio de 2019.
JUÍZA FEDERAL ROSIMAYRE GONÇALVES DE CARVALHO
2ª Relatora – 3ª. Turma Recursal
PROCESSO Nº 0013484-72.2018.4.01.3400
RELATORA :JUÍZA FEDERAL ROSIMAYRE GONÇALVES DE CARVALHO
RECORRENTE(S) : MARIA JOSE DE MELO MENEZES
ADVOGADO : - DEFENSORIA PUBLICA DA UNIAO
RECORRIDO(S) : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
ADVOGADO :
EMENTA
640
física regular, manter peso adequado e outras medidas comportamentais e acompanhamento, o que não
inviabiliza o exercício de atividades laborativas, tendo em conta que se trata de quadro pós operatório.
VI - Portanto, a alegação de que não mais possui condições de exercer o labor não se confirmou. O
diagnóstico do médico perito, aliado à sua pouca idade (58 anos de idade) conduz à conclusão que não
se trata de situação a ser contemplada com o benefício por incapacidade.
VII - Registre-se que a coisa julgada em matéria de benefício previdenciário por incapacidade submete-se
a cláusula rebus sic stantibus, nada impedindo, portanto, que a parte autora tenha, em caso de alteração
do estado de saúde, o seu quadro clínico reavaliado pela autarquia previdenciária e, se for o caso, pelo
próprio Poder Judiciário.
VIII - Recurso desprovido.
IX - Honorários advocatícios de 10% sobre o valor da causa, a cargo da Recorrente vencida. Condenação
suspensa (art. 98, §3º, do CPC).
ACÓRDÃO
Decide a Terceira Turma Recursal, à unanimidade, NEGAR PROVIMENTO ao recurso.
Brasília - DF, 7 de maio de 2019.
JUÍZA FEDERAL ROSIMAYRE GONÇALVES DE CARVALHO
2ª Relatora – 3ª. Turma Recursal
PROCESSO Nº 0041726-75.2017.4.01.3400
RELATORA :JUÍZA FEDERAL ROSIMAYRE GONÇALVES DE CARVALHO
RECORRENTE(S) : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
ADVOGADO : - PATRICIA WILMA CORREIA PACHECO
641
PROCESSO Nº 0034295-53.2018.4.01.3400
RELATORA :JUÍZA FEDERAL ROSIMAYRE GONÇALVES DE CARVALHO
RECORRENTE(S) : ELIADI NOBRE DA SILVA
ADVOGADO : - DEFENSORIA PUBLICA DA UNIAO
RECORRIDO(S) : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
ADVOGADO :
EMENTA
PREVIDENCIÁRIO. APOSENTADORIA POR INVALIDEZ. AUSÊNCIA DE FUNDAMENTAÇÃO (ARTS.
458, II, DO CPC/73; 489, II, DO CPC/15 E 93, IX, DA CF). CONFIGURAÇÃO DO VÍCIO PROCESSUAL.
NULIDADE DA SENTENÇA. REMESSA PARA O JUIZ SINGULAR PARA NOVO JULGAMENTO.
I - Trata-se de recurso inominado interposto pela parte autora em face da sentença que julgou
improcedente o pedido para manutenção do benefício de aposentadoria por invalidez.
642
II – Consignou a sentença vergastada: “ A perícia médica realizada concluiu que a parte autora não
apresenta qualquer incapacidade laboral, corroborando o entendimento dos peritos da autarquia
previdenciária, de modo que não restaram preenchidos os pressupostos estabelecidos pelas normas
referidas.”
III - A Recorrente sustenta, em suma, que não houve análise dos atestados que demonstram com clareza
que é incapaz para o exercício de atividades laborativas, bem como não houve análise dos fatores
biossociais sabidamente relevantes para a concessão do benefício ora pleiteado. Requer realização de
nova perícia na especialidade psiquiatria.
IV – Com razão a recorrente quanto à alegação de cerceamento do direito de defesa pela mácula
verificada na sentença que ressente de fundamentação.
direito material” (STJ, REsp 184.946, Ministro Vicente Leal, Sexta Turma, DJ de 17/02/1999 e AC
0066505-94.2016.4.01.9199, DESEMBARGADOR FEDERAL JOÃO LUIZ DE SOUSA, TRF1 - SEGUNDA
TURMA, e-DJF1 14/03/2018 PAG.)
X- Esta Turma, deve-se registrar, tem, à luz dos princípios da celeridade, economia processual e
eficiência, tem superado a nulidade de sentenças sem fundamentação com apoio nos princípios da
devolutividade plena e da causa madura. Todavia, o caso está a exigir a mudança desse paradigma para
que não se verifique a supressão de instância dada a amplitude da nulidade verificada e o prejuízo
concretamente apontado pela defesa em seu recurso, sem que se possa considerar a causa pronta para
julgamento imediato pois representaria prejuízo a uma das partes. A saber, ao não analisar o pedido de
nova perícia na especialidade adequada o juízo de origem deixou de apreciar eventual desdobramento
fático desse ato e de julgar segundo conclusão pericial eventualmente diversa da adotada em seu édito.
XI- Recurso provido. Sentença anulada. Retorno dos autos para apreciação do pedido de nova perícia e
prosseguimento da ação.
XII – Sem honorários advocatícios .
ACÓRDÃO
Decide a Terceira Turma Recursal, à unanimidade, DAR PROVIMENTO ao recurso.
Brasília - DF, 7 de maio de 2019.
JUÍZA FEDERAL ROSIMAYRE GONÇALVES DE CARVALHO
2ª Relatora – 3ª. Turma Recursal
PROCESSO Nº 0044932-97.2017.4.01.3400
RELATORA :JUÍZA FEDERAL ROSIMAYRE GONÇALVES DE CARVALHO
RECORRENTE(S) : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
ADVOGADO : - HENRIQUE BEUX NASSIF AZEM
RECORRIDO(S) : LAURO NASCIMENTO SILVA
ADVOGADO : GO00030172 - WENDER TEIXEIRA DE ANDRADE
EMENTA
643
V - O laudo médico judicial, produzido em juízo, goza de presunção de veracidade e legitimidade. Nesse
sentido, julgado do TRF da 1ª Região: AC 0003074-18.2018.4.01.9199, Relatora Desembargadora
Federal Gilda Sigmaringa Seixas, Primeira Turma, julg. 30.05.2018, publ. E-DJF1, 20.06.2018.
VI – In casu, as patologias que acometem o Autor o impedem, de fato, de forma total e definitiva, para o
exercício de atividades laborativas, o que conduz à conclusão que se trata de situação a ser contemplada
com o benefício de aposentadoria por invalidez. No mais, o laudo referido nas razões recursais não se
refere ao presente processo, o que, em última análise, equivale ao descumprimento do dever de
impugnar especificadamente a sentença.
VII - Recurso desprovido.
VIII - Honorários advocatícios pelo Recorrente vencido, fixados em 10% sobre o valor das parcelas até a
sentença.
ACÓRDÃO
Decide a Terceira Turma Recursal, à unanimidade, NEGAR PROVIMENTO ao recurso.
Brasília – DF, 07 de maio de 2019.
JUÍZA FEDERAL ROSIMAYRE GONÇALVES DE CARVALHO
2ª Relatora – 3ª. Turma Recursal
PROCESSO Nº 0033744-10.2017.4.01.3400
RELATORA :JUÍZA FEDERAL ROSIMAYRE GONÇALVES DE CARVALHO
RECORRENTE(S) : ANTONIA RODRIGUES DE SOUSA
ADVOGADO : - DEFENSORIA PUBLICA DA UNIAO
RECORRIDO(S) : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
ADVOGADO :
EMENTA
PREVIDENCIÁRIO. BENEFÍCIO POR INCAPACIDADE. AUXÍLIO-DOENÇA/APOSENTADORIA POR
INVALIDEZ INDEVIDOS. AUSÊNCIA DE INCAPACIDADE LABORATIVA. LAUDO MÉDICO.
PRESUNÇÃO DE VERACIDADE.
I - Trata-se de recurso inominado interposto pela parte autora em face da sentença que julgou
improcedente o pedido para concessão de benefício por incapacidade, sob o fundamento de ausência de
incapacidade laborativa.
II - A Recorrente sustenta, em suma, que faz jus a benefício por incapacidade, haja vista que os laudos
médicos juntados aos autos comprovam que não possui capacidade para o exercício de atividades
laborativas, desde a cessação indevida do auxílio-doença em 16.02.2017. Ademais, alega que o perito
expressamente apontou que “persiste na atualidade com alegada incapacidade laborativa para sua
644
função declarada.”, a denotar contradição no laudo médico produzido pelo juízo. Requer realização de
nova perícia.
III - No que tange a alegação de que há contradição no laudo elaborado em juízo, agiu com acerto o
nobre juiz sentenciante ao consignar: “[...]ressalto que em nenhum momento o douto médico perito do
Juízo atestou que a parte autora encontrava-se incapacitada para sua atividade habitual. Apenas relatou,
no campo "História da Moléstia Atual", a informação contida na inicial de que ela persistiria, na atualidade,
com alegada incapacidade laborativa para sua função declarada.” Está claro, de fato, que não se tratou
de conclusão do expert, haja vista que tão somente relatou a “História da Moléstia Atual” tão como
alegado pela parte autora.
IV – Quanto à realização de nova perícia, os processos que tramitam sob o rito do Juizado Especial são
inexistência de nulidade. Não se pode buscar a tutela jurisdicional nos Juizados Especiais com o mesmo
espírito que engessa as ações de procedimento ordinário. Aqui, prevalece a simplicidade e a celeridade.
V - Para a concessão dos benefícios de auxílio-doença e aposentadoria por invalidez exige-se a
qualidade de segurado ao RGPS, com preenchimento do período de carência de 12 (doze) contribuições
mensais, salvo nas hipóteses previstas no art. 26, II, da Lei nº 8.213/91, prorrogados para até 24 (vinte e
quatro) meses para os que já contribuíram por mais de 120 meses (art. 15, inciso II, parágrafos 2º e 4º, da
Lei nº 8.213/91), bem como a comprovação de incapacidade para o exercício de atividade que lhe garanta
a subsistência, devendo essa incapacidade ser definitiva, para a aposentadoria por invalidez, e
temporária, no caso de auxílio-doença.
VI - O laudo médico pericial, produzido em juízo, dá conta que a parte autora, presentemente com 40
(quarenta) anos de idade – data de nascimento em 09.06.1978-, é portadora de cervicalgia crônica
referida em pós-operatório tardio de artroplastia tardia de segmento cervical, sem menção documental de
falência de síntese ou de material, sem sinais clínicos atuais de déficit neurológico (CID 10: M50 e Z54.0).
Consignou o expert: “CONSIDERANDO que se trata de cervicalgia crônica referida em pós-operatório
tardio de artroplastia tardia de segmento cervical, sem menção documental de falência de síntese ou de
material e, sem sinais clínicos atuais de déficit neurológico e/ou limitação funcional significativa,
CONSIDERANDO que se trata de ausência de sinais clínicos atuais de síndrome do túnel do carpo
bilateral em atividade, CONSIDERANDO que se trata de ausência de sinais clínicos atuais de síndrome
do canal de Guyon bilateral em atividade, CONSIDERANDO que se constatou apenas sinais clínicos
subjetivos, em detrimento de sinais objetivos de prova, que caracterizassem limitação funcional
significante, CONSIDERANDO que a sua última função declarada não apresenta fatores de sobrecarga
biomecânica de agravamento para a sua doença base, CONCLUI-SE que a Autora se apresenta CAPAZ
para a sua última função declarada.”
VII - O laudo médico pericial goza de presunção de veracidade e legitimidade. Nesse sentido, julgado do
TRF da 1ª Região: AC 0003074-18.2018.4.01.9199, Relatora Desembargadora Federal Gilda Sigmaringa
Seixas, Primeira Turma, julg. 30.05.2018, publ. E-DJF1, 20.06.2018.
VIII - Portanto, o conjunto probatório, notadamente os fundamentos apresentados pelo expert,
especialista em medicina do trabalho, ortopedia e traumatologia, faz concluir que não se trata de hipótese
de incapacidade para o exercício da atividade laborativa na função declarada pela Autora (manicure).
IX - Ressalte-se que a coisa julgada em matéria de benefício previdenciário por incapacidade submete-se
a cláusula rebus sic stantibus, nada impedindo, portanto, que a parte autora tenha, em caso de alteração
do estado de saúde, o seu quadro clínico reavaliado pela autarquia previdenciária e, se for o caso, pelo
próprio Poder Judiciário. PODER JUDICIÁRIO SEÇÃO JUDICIÁRIA DO DISTRITO FEDERAL
F2BEBF931215B1D31288FC76D95C0E43 TRF 1 REGIÃO/IMP.15-01-04-SJ
3
X - Recurso desprovido.
XI - Honorários advocatícios pela Recorrente vencida, fixados em 10% sobre o valor da causa.
Condenação suspensa (art. 98, §3º, do CPC/15).
ACÓRDÃO
Decide a Terceira Turma Recursal, à unanimidade, NEGAR PROVIMENTO ao recurso.
Brasília – DF, 7 de maio de 2019.
JUÍZA FEDERAL ROSIMAYRE GONÇALVES DE CARVALHO
2ª Relatora – 3ª. Turma Recursal
645
PROCESSO Nº 0007242-34.2017.4.01.3400
RELATORA :JUÍZA FEDERAL ROSIMAYRE GONÇALVES DE CARVALHO
RECORRENTE(S) : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
ADVOGADO : - ANA LUISA VIEIRA DA COSTA CAVALCANTI DA ROCHA
RECORRIDO(S) : SILVANA MARIA DOS SANTOS
ADVOGADO : DF0001554A - NIVALDO DANTAS DE CARVALHO E OUTRO(S)
EMENTA
estimado a cessação da incapacidade por perícia médica realizada pela autarquia previdenciária (por
meio do Sistema de Cobertura Previdenciária Estimada - COPES), deve ser suspenso o pagamento do
benefício. Todavia, uma vez tempestivamente apresentado pelo segurado pedido de prorrogação, o
benefício deve ser mantido até o julgamento do pedido após a realização de novo exame pericial. 2.
Apelação do INSS a que se dá parcial provimento e apelação do Ministério Público Federal a que se nega
provimento, vencido o Relator. (AC 0011564-87.2009.4.01.3300 / BA, Rel. JUIZ FEDERAL SAULO JOSÉ
CASALI BAHIA, 1ª CÂMARA REGIONAL PREVIDENCIÁRIA DA BAHIA, e-DJF1 p.648 de 24/02/2016).
No mesmo sentido: IUJEF5002385-80.2012.404.7107, TRU da 4ª Região, Relator a Joane Unfer
Calderaro, D.E. 07/12/2012. (grifo nosso)
VIII- Apesar do indicativo de recuperação em doze meses a contar da data da elaboração do laudo
médico produzido em juízo, o juiz sentenciante ampliou injustificadamente o prazo de cessação acima
referido. Adotou o laudo para conceder o benefício, mas o afastou, sem indicar o fundamento, para efeito
do DCB, ao arrepio da norma de regência. A demora no julgamento da causa não pode beneficiar ou
prejudicar qualquer das partes, ou servir de fundamento para modificar o procedimento legal para alguns
segurados em situação de benefício sub judice. A regra da prorrogação a pedido deve reger todos os
benefícios indistintamente, concedidos administrativamente ou em juízo, por força dos princípios da
legalidade e da isonomia.
646
IX - Assim sendo, a sentença merece ser parcialmente reformada para que o prazo fixado no laudo
pericial (doze meses) seja contado a partir da data da sua elaboração, cabendo ao segurado requerer a
prorrogação, caso persistente o motivo que o ensejou.
X - Esta Turma, à luz de precedente do STF, tem decidido que “o benefício previdenciário recebido de
boa-fé pelo segurado, em decorrência de decisão judicial, não está sujeito à repetição de indébito, em
razão de seu caráter alimentar. Precedentes. 2. Decisão judicial que reconhece a impossibilidade de
descontos dos valores indevidamente recebidos pelo segurado não implica declaração de
inconstitucionalidade do art. 115 da Lei nº 8.213/1991. Precedentes. 3. Agravo regimental a que se nega
provimento".- grifei -. (STF, ARE 734242 AgR/DF, Relator: Min. Roberto Barroso, 1ª Turma, julg.
04/08/2015, publ. DJe-175, divulg. 04/9/2015, publ. 08/9/2015).”EMENTA DIREITO PREVIDENCIÁRIO.
ACÓRDÃO
Decide a Terceira Turma Recursal, à unanimidade, NEGAR PROVIMENTO ao recurso da parte autora e
DAR PARCIAL PROVIMENTO ao recurso do INSS.
Brasília - DF, 7 de maio de 2019.
JUÍZA FEDERAL ROSIMAYRE GONÇALVES DE CARVALHO
2ª Relatora – 3ª. Turma Recursal
PROCESSO Nº 0025652-43.2017.4.01.3400
RELATORA :JUÍZA FEDERAL ROSIMAYRE GONÇALVES DE CARVALHO
RECORRENTE(S) : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
ADVOGADO : - ANDREA SANTIAGO DRUMOND
RECORRIDO(S) : MARILENE VIEIRA DA ROCHA
ADVOGADO : DF00043090 - PRISCILA GUIMARAES MATOS MACEIO
EMENTA
PREVIDENCIÁRIO. BENEFÍCIO POR INCAPACIDADE. AUXÍLIO-DOENÇA DEVIDO. INCAPACIDADE
LABORATIVA. LAUDO MÉDICO PERICIAL PRODUZIDO EM JUÍZO. PRESUNÇÃO DE VERACIDADE.
SISTEMA DE COBERTURA PREVIDENCIÁRIA ESTIMADA - COPES. ALTA PROGRAMADA. LEI
8.213/91, ART. 62. POSSIBILIDADE. AÇÃO CIVIL PÚBLICA.
I - Trata-se de recurso inominado interposto pelo INSS em face da sentença que julgou procedente o
pedido para concessão do benefício de aposentadoria por invalidez, a partir do dia seguinte à DCB
(30.10.2017) e pagamento das parcelas em atraso corrigidas de acordo com o disposto no MCJF.
II – Consignou a sentença vergastada: “Tal situação, no entanto, a meu ver merece atenção especial,
uma vez que a autora embora com 44 (quarenta e quatro) anos, conforme documento de identificação,
apresenta moléstia degenerativa, de difícil controle, e que pode se agravar nos períodos de agudização
das doença. Considerando as suas condições socioeconômicas, bem como a patologia que a afeta, a sua
realidade é de extrema e evidente dificuldade, para não dizer, impossibilidade de reinserção no mercado
de trabalho para o exercício de atividade que lhe proporcione autossubsistência.”
647
III - O Recorrente alega que o processo deve ser extinto ante a ausência de prévio requerimento
administrativo a demonstrar o interesse de agir; que não é possível a concessão de aposentadoria por
invalidez haja vista que se trata de hipótese de incapacidade temporária; necessidade de fixação da DCB
e, por fim, que os consectários legais devem ser fixados de acordo com o art. 1º-F da Lei 9.494/97, com
redação dada pela Lei 11.960/09.
IV - O Supremo Tribunal Federal, no julgamento do mencionado Recurso Extraordinário nº 631.240,
assentou: “RECURSO EXTRAORDINÁRIO. REPERCUSSÃO GERAL. PRÉVIO REQUERIMENTO
ADMINISTRATIVO E INTERESSE EM AGIR. 1. A instituição de condições para o regular exercício do
direito de ação é compatível com o art. 5º, XXXV, da Constituição. Para se caracterizar a presença de
interesse em agir, é preciso haver necessidade de ir a juízo. 2. A concessão de benefícios previdenciários
possível, o pedido poderá ser formulado diretamente em juízo – salvo se depender da análise de matéria
de fato ainda não levada ao conhecimento da Administração –, uma vez que, nesses casos, a conduta do
INSS já configura o não acolhimento ao menos tácito da pretensão. 5. Tendo em vista a prolongada
oscilação jurisprudencial na matéria, inclusive no Supremo Tribunal Federal, deve-se estabelecer uma
fórmula de transição para lidar com as ações em curso, nos termos a seguir expostos. 6. Quanto às ações
ajuizadas até a conclusão do presente julgamento (03.09.2014), sem que tenha havido prévio
requerimento administrativo nas hipóteses em que exigível, será observado o seguinte: (i) caso a ação
tenha sido ajuizada no âmbito de Juizado Itinerante, a ausência de anterior pedido administrativo não
deverá implicar a extinção do feito; (ii) caso o INSS já tenha apresentado contestação de mérito, está
caracterizado o interesse em agir pela resistência à pretensão; (iii) as demais ações que não se
enquadrem nos itens (i) e (ii) ficarão sobrestadas, observando-se a sistemática a seguir. 7. Nas ações
sobrestadas, o autor será intimado a dar entrada no pedido administrativo em 30 dias, sob pena de
extinção do processo. Comprovada a postulação administrativa, o INSS será intimado a se manifestar
acerca do pedido em até 90 dias, prazo dentro do qual a Autarquia deverá colher todas as provas
eventualmente necessárias e proferir decisão. Se o pedido for acolhido administrativamente ou não puder
ter o seu mérito analisado devido a razões imputáveis ao próprio requerente, extingue-se a ação. Do
contrário, estará caracterizado o interesse em agir e o feito deverá prosseguir. 8. Em todos os casos
acima – itens (i), (ii) e (iii) –, tanto a análise administrativa quanto a judicial deverão levar em conta a data
do início da ação como data de entrada do requerimento, para todos os efeitos legais. 9. Recurso
extraordinário a que se dá parcial provimento, reformando-se o acórdão recorrido para determinar a baixa
dos autos ao juiz de primeiro grau, o qual deverá intimar a autora – que alega ser trabalhadora rural
informal – a dar entrada no pedido administrativo em 30 dias, sob pena de extinção. Comprovada a
postulação administrativa, o INSS será intimado para que, em 90 dias, colha as provas necessárias e
profira decisão administrativa, considerando como data de entrada do requerimento a data do início da
ação, para todos os efeitos legais. O resultado será comunicado ao juiz, que apreciará a subsistência ou
não do interesse em agir. (RE 631240, Relator(a): Min. ROBERTO BARROSO, Tribunal Pleno, julgado
em 03/09/2014, ACÓRDÃO ELETRÔNICO REPERCUSSÃO GERAL - MÉRITO DJe-220 DIVULG 07-11-
2014 PUBLIC 10-11-2014).” (grifo nosso)
V - In casu, a pretensão resistida ficou caracterizada pela contestação ao mérito do pedido feita pelo INSS
(AgInt no AREsp 1210360/MT, Rel. Ministro HERMAN BENJAMIN, SEGUNDA TURMA, julgado em
12/06/2018, DJe 16/11/2018)
VI - Para a concessão dos benefícios de auxílio-doença e aposentadoria por invalidez exige-se a
qualidade de segurado ao RGPS, com preenchimento do período de carência de 12 (doze) contribuições
mensais, salvo nas hipóteses previstas no art. 26, II, da Lei nº 8.213/91, prorrogados para até 24 (vinte e
quatro) meses para os que já contribuíram por mais de 120 meses (art. 15, inciso II, parágrafos 2º e 4º, da
Lei nº 8.213/91), bem como a comprovação de incapacidade para o exercício de atividade que lhe garanta
a subsistência, devendo essa incapacidade ser definitiva, para a aposentadoria por invalidez, e
temporária, no caso de auxílio-doença.
VII - O laudo médico dá conta que a Autora, presentemente com 44 (quarenta e quatro) anos de idade –
data de nascimento em 29.08.1974, é portadora de Espondilite Anquiosante (CID 10: M 45), com DII
março de 2016. Concluiu que se trata de incapacidade temporária, total e omniprofissional, e apontou
concessão de benefício por incapacidade pelo prazo de doze PODER JUDICIÁRIO SEÇÃO JUDICIÁRIA
DO DISTRITO FEDERAL
D831F8963FF6AED7BF9E110E91B75CF8 TRF 1 REGIÃO/IMP.15-01-04-SJ
3
648
meses. Ademais, apontou que “A pericianda é portadora de espondilite anquilosante, encontra-se em fase
ativa da doença, porém ainda não caracterizada a anquilose de segmentos da coluna vertebral.”, bem
como que “Considerando-se a possibilidade de remissão da sintomatologia atual com o tratamento
imunobiológico, a recuperação da capacidade laborativa, sugiro reavaliação em 12 meses.”
VIII - O laudo médico judicial, produzido em juízo, goza de presunção de veracidade e legitimidade. Nesse
sentido, julgado do TRF da 1ª Região: AC 0003074-18.2018.4.01.9199, Relatora Desembargadora
Federal Gilda Sigmaringa Seixas, Primeira Turma, julg. 30.05.2018, publ. E-DJF1, 20.06.2018.
IX - Como reiteradamente tem decidido esta Turma, à luz do artigo 62 da Lei 8.213/1991 e do
entendimento eg. TRF 1ª. Região, em ACP : O auxílio-doença é benefício de caráter temporário, que deve
ser pago enquanto durar a incapacidade laborativa. Assim, verificada de modo estimado a cessação da
XII - Correção monetária e juros de mora. Precedente vinculante do STJ: REsp 1.495.146/MG. As
condenações judiciais da Fazenda Pública de natureza previdenciária, EXCETO OS BENEFÍCIOS
ASSISTENCIAIS, sujeitam-se (1) à incidência do INPC, para fins de correção monetária, no que se refere
ao período posterior à vigência da Lei 11.430/2006, que incluiu o art. 41-A na Lei 8.213/91; e (2) quanto
aos juros de mora, incidem segundo a remuneração oficial da caderneta de poupança (art. 1º-F da Lei
9.494/97, com redação dada pela Lei n. 11.960/2009). O MCJF encontra-se nos termos dessa orientação
jurisprudencial.
XIII - Recurso parcialmente provido. Sentença reformada para julgar parcialmente procedente o pedido
para restabelecimento do benefício de auxílio-doença, a partir do dia seguinte à DCB, pelo prazo de doze
meses a contar da data de elaboração do laudo médico pericial produzido pelo juízo, podendo a parte
requerer a prorrogação, ficando desobrigada a devolução de valores que porventura tenha recebido a
maior.
XIV – Honorários advocatícios incabíveis.
ACÓRDÃO
Decide a Terceira Turma Recursal, à unanimidade, DAR PARCIAL PROVIMENTO ao recurso.
Brasília - DF, 7 de maio de 2019.
JUÍZA FEDERAL ROSIMAYRE GONÇALVES DE CARVALHO
2ª Relatora – 3ª. Turma Recursal
PROCESSO Nº 0043021-50.2017.4.01.3400
RELATORA :JUÍZA FEDERAL ROSIMAYRE GONÇALVES DE CARVALHO
RECORRENTE(S) : ZELY SOARES GOMES
ADVOGADO : DF00035029 - FABIO CORREA RIBEIRO
RECORRIDO(S) : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
ADVOGADO : - RAFAELA DUTRA DE OLIVEIRA
EMENTA
PREVIDENCIÁRIO. BENEFÍCIO POR INCAPACIDADE. AUXÍLIO-DOENÇA INDEVIDO. QUALIDADE DE
SEGURADA NÃO COMPROVADA. ÚLTIMO VÍNCULO EM 2012. LAUDO MÉDICO PERICIAL.
que houvesse melhora em seu quadro clínico), depreende-se do CNIS, bem como do PLENUS, que
referido benefício foi indeferido, tendo em conta a falta de qualidade de segurada.
IX - O CNIS registra que a parte autora recebeu auxílio doença previdenciário unicamente durante o
período de 13.12.2011 a 15.06.2012. De forma que, ainda que se considere essa data, a qualidade de
segurada foi mantida tão somente até 2013, nos termos da Instrução Normativa nº 45 INSS/PRES, de 6
de agosto de 2010 ( período de graça por 14 meses).
X - A parte autora colacionou aos autos, entre outros documentos, cópia da Listagem de Atendimentos
Anteriores, com informações da Secretaria de Saúde do Distrito Federal, que relata data, hora, queixa,
história da moléstia atual, exame físico, hipótese diagnosticada, conduta, CID 10 e procedimento do SUS
referente aos anos de 2017, 2016, 2015, 2014 e 2013. O documento lista os vários atendimentos a que se
submeteu a Autora, mas, no entanto, não são suficientes a infirmar a conclusão do expert, especialista
em reumatologia, que apontou incapacidade em 21.09.2017, quando já não detinha a qualidade de
segurada.
XI - Recurso desprovido.
XII - Honorários advocatícios pela Recorrente vencida, no percentual de 10% do valor da causa.
Condenação suspensa (art. 98, § 3º, do CPC/15).
ACÓRDÃO
Decide a Terceira Turma Recursal, à unanimidade, NEGAR PROVIMENTO ao recurso.
Brasília – DF, 7 de maio de 2019.
JUÍZA FEDERAL ROSIMAYRE GONÇALVES DE CARVALHO
2ª Relatora – 3ª. Turma Recursal
650
PROCESSO Nº 0025228-98.2017.4.01.3400
RELATORA :JUÍZA FEDERAL ROSIMAYRE GONÇALVES DE CARVALHO
RECORRENTE(S) : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS - INSTITUTO NACIONAL DE
SEGURO SOCIAL-INSS
ADVOGADO : - ANDREA SANTIAGO DRUMONDDF00025650 - HERBERT HERIK DOS SANTOS
carência de 12 (doze) contribuições mensais, salvo nas hipóteses previstas no art. 26, II, da Lei nº
8.213/91, prorrogados para até 24 (vinte e quatro) meses para os que já contribuíram por mais de 120
meses (art. 15, inciso II, parágrafos 2º e 4º, da Lei nº 8.213/91), bem como a comprovação de
incapacidade para o exercício de atividade que lhe garanta a subsistência, devendo essa incapacidade
ser definitiva, para a aposentadoria por invalidez, e temporária, no caso de auxílio-doença.
VI - O laudo médico pericial produzido em juízo em 26.06.2017, por médica com especialidade em
psiquiatria, dá conta que a Autora, com 39 (trinta e nove) anos de idade – data de nascimento em
21.05.1979-, é portadora de Transtorno de personalidade impulsiva (CID 10: F60.3), com DID há mais de
dez anos e DII quando da cessação administrativa do benefício em 19.05.2017. Conclui que se trata de
incapacidade temporária, total e omniprofissional e indicou o prazo de doze meses para concessão do
benefício por incapacidade.
VII – Ademais, a expert, quando do exame psiquiátrico, consignou: “Comparece ao exame acompanhada.
Estado geral e higiênico satisfatórios. Atitude geral de colaboração frente ao exame. Estado vigil lúcido.
Não comprometidas funções psiquiátricas importantes como a concentração, o raciocínio e as memórias.
Inteligência: mediana. Sensopercepção e juízo crítico: sem alterações no momento do exame, nem forma
referidos na história clínica. Pensamento: as ideias são concatenadas e seguem uma sequência lógica,
coerente, isto é, de forma clara e fácil de entender. O conteúdo do pensamento expressa as
preocupações com seu estado. Afetividade rígida. Alteração da vontade: déficit de controle dos impulsos.”
VIII - O laudo médico pericial goza de presunção de veracidade e legitimidade. Nesse sentido, julgado do
TRF da 1ª Região: AC 0003074-18.2018.4.01.9199, Relatora Desembargadora Federal Gilda Sigmaringa
Seixas, Primeira Turma, julg. 30.05.2018, publ. E-DJF1, 20.06.2018.
IX - Ressalte-se que a coisa julgada em matéria de benefício previdenciário por incapacidade submete-se
a cláusula rebus sic stantibus, nada impedindo, portanto, que a parte autora tenha, em caso de alteração
do estado de saúde, o seu quadro clínico reavaliado pela autarquia previdenciária e, se for o caso, pelo
próprio Poder Judiciário.
X – Os valores eventualmente pagos em razão da tutela antecipada, por óbvio, devem ser deduzidos dos
valores retroativos. O recurso, no ponto, mostra-se evidentemente protelatório.
651
PROCESSO Nº 0004148-15.2016.4.01.3400
RELATORA :JUÍZA FEDERAL ROSIMAYRE GONÇALVES DE CARVALHO
RECORRENTE(S) : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS - INSTITUTO NACIONAL DE
SEGURO SOCIAL-INSS
ADVOGADO : - HELIO MARCIO LOPES CARNEIRO - DEFENSORIA PUBLICA DA UNIAO
RECORRIDO(S) : ANTONIO JOSE DO NASCIMENTO - INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-
INSS
ADVOGADO : - DEFENSORIA PUBLICA DA UNIAO - HELIO MARCIO LOPES CARNEIRO
EMENTA
PREVIDENCIÁRIO. APOSENTADORIA POR TEMPO DE CONTRIBUIÇÃO. POSSIBILIDADE DE
AVERBAÇÃO DE TEMPO LABORADO EM ATIVIDADE RURAL. REQUISITO PREENCHIDO QUANDO
DA DER EM 2014.
I – Trata-se de ação proposta em face do INSS, na qual a parte autora requer implantação do benefício
de aposentadoria por tempo de contribuição e pagamento dos valores desde a DER em 02.08.2014.
II - Recurso inominado interposto pelas partes em face da sentença que julgou parcialmente procedente o
pedido, mediante reconhecimento e averbação do tempo na condição de trabalhador rural, sob regime de
economia familiar, de 01.01.1973 a 12.12.1974 e 13.12.1974 a 30.12.1982 e agregação desse tempo de
labor rural ao urbano, com DIB fixada em 21.03.2017 e pagamento dos valores em atraso.
III – O INSS sustenta, em suma, ausência de início de prova material para comprovação da atividade
rurícola alegada, haja vista que a parte autora apenas colacionou aos autos uma declaração do sindicato
e documentos indicativos da profissão de lavrador; impossibilidade de utilização do tempo de rurícola para
aposentadoria por tempo de contribuição, bem como que um dos vínculos reconhecidos
administrativamente pelo INSS – 20.12.1977 a 01.12.1978, junto à empregadora JAU Construtora e
Incorporadora Ltda, foi computado de forma concomitante ao reconhecimento do tempo por meio da
sentença proferida pelo juízo a quo, a concluir que, descontado tal período, o Autor não alcança trinta e
cinco anos de contribuição. Em caso de condenação, requer fixação da correção monetária nos termos do
fixado no art. 5º da Lei 11.960/09 e utilização da TR em todo o período de cálculo, com juros moratórios
de 6% ao ano. Por fim, argui prescrição das parcelas vencidas antes do quinquênio que antecedeu a
propositura da ação.
IV – A parte autora alega que faz jus ao benefício de aposentadoria por tempo de contribuição desde a
DER em 02.08.2014, tendo em conta que indicou e produziu prova, demonstrando expressamente o
período de labor rural de 01.10.1983 a 31.10.1988, nos termos do que foi decidido quando da prolação da
primeira sentença, posteriormente anulada no Juízo de primeira instância.
V - Hipótese em que não há que se falar em prescrição, vez que a data de registro da presente ação deu-
se em 22.01.2016 e se trata de requerimento administrativo de 2014. PODER JUDICIÁRIO SEÇÃO
JUDICIÁRIA DO DISTRITO FEDERAL
FA21D2AC8D0443CD824B7257C08F8B86 TRF 1 REGIÃO/IMP.15-01-04-SJ
2
VI- A concessão da aposentadoria por tempo de contribuição vem disciplinada pelo artigo 201, § 7º, inciso
I, da Constituição Federal; artigo 52 a 56 da Lei 8.213/91, bem como artigos 56 a 63 do Decreto 3.048/99.
652
VII - Observe-se que à aposentadoria por tempo de contribuição com proventos integrais não se aplica a
regra de transição contida no art. 9º, I e II, da EC 20/98, haja vista que se trata de regra menos favorável
do que a constante na Constituição Federal: Art. 201. A previdência social será organizada sob a forma
de regime geral, de caráter contributivo e de filiação obrigatória, observados critérios que preservem o
equilíbrio financeiro e atuarial, e atenderá, nos termos da lei, a:§ 7º É assegurada aposentadoria no
regime geral de previdência social, nos termos da lei, obedecidas as seguintes condições: I - trinta e cinco
anos de contribuição, se homem, e trinta anos de contribuição, se mulher.
VIII - A fim de comprovar o exercício de atividade rurícola, a parte autora colacionou aos autos certidão de
casamento celebrado em 13.12.1974, com apontamento da profissão de agricultor; ITR referente ao ano
de 1991; certificado de cadastro de imóvel rural (Riacho Seco) de propriedade do empregador José
devidas, até mesmo para os benefícios concedidos no valor de um salário mínimo.3. O Tribunal a quo
salientou que não é exigível o recolhimento das contribuições previdenciárias relativas ao tempo de
serviço prestado pelo segurado como trabalhador rural, anteriormente à vigência da Lei
8.213/1991.Entretanto, o tempo de serviço rural posterior à vigência da Lei 8.213/1991 somente poderá
ser computado, para fins de aposentadoria por tempo de serviço ou outro valor superior à renda mínima,
mediante o recolhimento das contribuições previdenciárias respectivas. Acrescentou que deve ser
reconhecido o direito à averbação de tempo de serviço rural posterior à Lei 8.213/1991, sem
recolhimento, exceto para efeito de carência, para fins de aproveitamento para concessão de benefício no
valor de um salário mínimo. [...] 14. Averbar tempo rural é legal; aproveitar o tempo rural sem
recolhimento encontra ressalvas conforme fundamentação supra; a obtenção de aposentadoria por tempo
está condicionada a recolhimento do tributo. No presente caso, somente foi autorizada a averbação de
tempo rural pelo Tribunal a quo, a qual deverá ser utilizada aos devidos fins já assinalados. 15. Recurso
especial conhecido e não provido.(REsp 1496250/SP, Rel. Ministro MAURO CAMPBELL MARQUES,
SEGUNDA TURMA, julgado em 03/12/2015, DJe 14/12/2015).
X - In casu, considerando que houve reconhecimento administrativo de tempo de contribuição de 22 anos,
4 meses e 13 dias de contribuição em atividade exclusivamente urbana, há que se reconhecer que houve
cumprimento do requisito da carência exigida para implemento do benefício objeto dos presentes autos.
XI - Lado outro, é certo que assiste razão à Autarquia Ré quanto ao período concomitante laborado na
empresa Jau Construtora e Incorporadora (20.12.1977 a 01.12.1978), haja vista que constam dos autos
comprovante de que já havia sido reconhecido administrativamente e integrou a contagem incontroversa
de 22 anos, quatro meses e 13 dias de contribuição.
XII - O Autor faz jus ao benefício de aposentadoria por tempo de contribuição, notadamente tendo em
conta que, somados aos 22 anos, quatro meses e 13 dias de contribuição, os períodos de 01.01.1973 a
12.12.1974; 13.12.1974 a 30.12.1982 (decotado o tempo de serviço de 20.12.1977 a 01.12.1978) e
653
01.10.1983 a 31.10.1988, alcançou, na data da DER em 02.08.2014, mais de 35 (trinta e cinco) anos de
contribuição – 22 anos, 4 meses e 13 dias mais 14 anos, 1 mês e 22 dias, nos termos da planilha a seguir
que demonstra a totalidade do tempo reconhecido por este Juízo.
XIII - Precedente vinculante do STJ: REsp 1.495.146/MG. As condenações judiciais da Fazenda Pública
de natureza previdenciária, EXCETO OS BENEFÍCIOS ASSISTENCIAIS, sujeitam-se (1) à incidência do
INPC, para fins de correção monetária, no que se refere ao período posterior à vigência da Lei
11.430/2006, que incluiu o art. 41-A na Lei 8.213/91; e (2) quanto aos juros de mora, incidem segundo a
remuneração oficial da caderneta de poupança (art. 1º-F da Lei 9.494/97, com redação dada pela Lei n.
11.960/2009). O MCJF encontra-se nos termos dessa orientação jurisprudencial.
XIV - Recurso da parte autora provido. Recurso do INSS parcialmente provido. Sentença reformada para
aposentadoria por tempo de contribuição, a partir DER em 02.08.2014, com pagamento dos valores em
atraso nos moldes acima referidos, descontados os valores já recebidos.
XV - Honorários advocatícios incabíveis.
ACÓRDÃO
Decide a Terceira Turma Recursal, por unanimidade, DAR PROVIMENTO ao recurso da parte autora e
DAR PARCIAL PROVIMENTO do recurso do INSS.
Brasília – DF, 7 de maio de 2019.
JUÍZA FEDERAL ROSIMAYRE GONÇALVES DE CARVALHO
2ª Relatora – 3ª. Turma Recursal
PROCESSO Nº 0028981-29.2018.4.01.3400
RELATORA :JUÍZA FEDERAL ROSIMAYRE GONÇALVES DE CARVALHO
RECORRENTE(S) : EDSON ARAUJO DE OLIVEIRA
ADVOGADO : DF00045758 - MARIA DO SOCORRO NUNES DOS SANTOS
RECORRIDO(S) : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
ADVOGADO : - RODRIGO ALLAN COUTINHO GONÇALVES
EMENTA
PREVIDENCIÁRIO. CONCESSÃO DE AUXÍLIO DOENÇA COM CONVERSÃO EM APOSENTADORIA
POR INVALIDEZ. EXTINÇÃO SEM RESOLUÇÃO DE MÉRITO. INDEFERIMENTO ADMINISTRATIVO
RECENTE. ART. 5º, XXXV, DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL. SENTENÇA ANULADA. RETORNO À VARA
DE ORIGEM.
I - Trata-se de ação proposta em face do INSS, na qual a parte autora pede concessão do benefício de
auxílio-doença/aposentadoria por invalidez, a partir da DER em 16.01.2015.
II – Recurso interposto pela parte autora em face da sentença que extinguiu o processo, sem julgamento
do mérito, nos termos do art. 485, I do CPC, sob o fundamento de que “A parte autora deixou de cumprir
o despacho que ordenou a emenda à inicial, deixando de comprovar o requerimento recente na via
administrativa do benefício de auxílio doença. Dessa forma, tal petição merece pronta rejeição por parte
deste Juízo.”
III - In casu, intimada para emendar a inicial e juntar aos autos documento que comprove requerimento
administrativo recente, a parte autora alegou que deixou de apresentar referido documento, haja vista que
colacionou aos autos indeferimento administrativo, referente à DER em 16.01.2015, em consonância com
o disposto no art. 103, parágrafo único, da Lei 8.213/91.
IV - O Supremo Tribunal Federal, no julgamento do Recurso Extraordinário nº 631.240, assentou que [...]
2. A concessão de benefícios previdenciários depende de requerimento do interessado, não se
caracterizando ameaça ou lesão a direito antes de sua apreciação e indeferimento pelo INSS, ou se
excedido o prazo legal para sua análise. É bem de ver, no entanto, que a exigência de prévio
requerimento não se confunde com o exaurimento das vias administrativas.(RE 631240, Relator(a): Min.
ROBERTO BARROSO, Tribunal Pleno, julgado em 03/09/2014, ACÓRDÃO ELETRÔNICO
REPERCUSSÃO GERAL - MÉRITO DJe-220 DIVULG 07-11-2014 PUBLIC 10-11-2014) (grifado)
V - O artigo 5º, XXXV, da CF/88 assegura que a lei não excluirá da apreciação do Poder Judiciário lesão
ou ameaça a direito. Assim, inviabilizar materialmente a discussão da questão litigiosa é negar ao cidadão
o direito à prestação jurisdicional. É certo que a PODER JUDICIÁRIO SEÇÃO JUDICIÁRIA DO DISTRITO
FEDERAL
160C322D7268E9057981A723B28F42B5 TRF 1 REGIÃO/IMP.15-01-04-SJ
2
654
lei estabelece prazos decadenciais e prescricionais, o que não se confunde com ausência de interesse
processual, não se podendo, pois, considerar carecedor do direito de ação, pela falta desse interesse, o
beneficiário que ingressou em juízo dentro desse prazo. Portanto, não há que se falar em indeferimento
da petição inicial, haja vista que a parte autora colacionou aos autos cópia do indeferimento administrativo
de 16.01.2015.
VI - Recurso provido. Sentença anulada, com retorno dos autos à Vara de origem para prosseguimento
da ação.
VII - Incabíveis honorários advocatícios.
ACÓRDÃO
Decide a Terceira Turma Recursal, à unanimidade, DAR PROVIMENTO ao recurso.
PROCESSO Nº 0019479-03.2017.4.01.3400
RELATORA :JUÍZA FEDERAL ROSIMAYRE GONÇALVES DE CARVALHO
RECORRENTE(S) : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
ADVOGADO : - RAISSA VASCONCELOS CHAVES
RECORRIDO(S) : JACSON LOPES RIBEIRO
ADVOGADO : DF00015156 - ALESSANDRA CAMARGO ROCHA E OUTRO(S)
EMENTA
PREVIDENCIÁRIO. REVISÃO DE RENDA MENSAL INICIAL. ART. 29, II, DA LEI Nº 8.213/91. VALOR
DEVIDO APURADO PELA CONTADORIA JUDICIAL. PRESUNÇÃO DE VERACIDADE.
I - Trata-se de recurso interposto pelo INSS em face da sentença que julgou procedente o pedido para
pagamento do valor resultante da revisão administrativa de benefício previdenciário, com fundamento no
art. 29, II, da Lei 8.213/91.
II - O Recorrente sustenta vinculação à coisa julgada coletiva e que deve haver submissão ao cronograma
de pagamento elaborado na Ação Civil Pública nº 0002320-59.2012.4.03.6183/SP. Requer, em caso de
condenação, fixação dos consectários legais nos termos do art. 1º-F da Lei 9.494/97, com redação dada
pela Lei 11.960/09.
III - O acordo entre o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), o Ministério Público Federal (MPF) e o
Sindicato Nacional dos Aposentados, Pensionistas e Idosos (SINDNAPI), homologado no âmbito da Ação
Civil Pública ACP nº 0002320-59.2012.4.03.6183/SP pelo Juiz Federal da 6ª Vara da Seção Judiciária de
São Paulo-SP, abrange apenas os substituídos, que tenham interesse em executá-la. A decisão proferida
em sede de ação civil pública não impede a propositura de ação individual por beneficiário que não tenha
participado da ação coletiva. Precedentes: AC 00131660220134039999, DESEMBARGADORA
FEDERAL CECILIA MELLO, TRF3 - OITAVA TURMA, e- DJF3 Judicial 1 DATA:14/11/2013; e, Processo
00016092520124036322, JUIZ(A) FEDERAL LEONARDO ESTEVAM DE ASSIS ZANINI, TR3 - 3ª Turma
Recursal - SP, e-DJF3 Judicial DATA: 09/05/2013.
IV - Desnecessária, portanto, a observância em ações ajuizadas individualmente, do cronograma de
pagamento estabelecido na citada Ação Civil Pública.
V – In casu, a Contadoria Judicial apurou o total de R$ 422,93 (quatrocentos e vinte e dois reais e
noventa centavos), que é devido à parte autora em face da revisão administrativa objeto dos presentes
autos.
VI - De ver-se que, em se tratando de órgão auxiliar sem interesse no feito e equidistante aos interesses
das partes, a Contadoria Judicial elabora os cálculos em obediência às diretrizes previamente
estabelecidas pelo CJF, em harmonia com a orientação jurisprudencial sobre a matéria.
VII - Precedente vinculante do STJ: REsp 1.495.146/MG. As condenações judiciais da Fazenda Pública
de natureza previdenciária, EXCETO OS BENEFÍCIOS ASSISTENCIAIS, sujeitam-se (1) à incidência do
INPC, para fins de correção monetária, no que se refere ao período posterior à vigência da Lei
11.430/2006, que incluiu o art. 41-A na Lei 8.213/91; e (2) quanto aos juros de mora, incidem segundo a
remuneração oficial da caderneta de poupança PODER JUDICIÁRIO SEÇÃO JUDICIÁRIA DO DISTRITO
FEDERAL
C010224329CF2BDD4D60A0CCE4FD9156 TRF 1 REGIÃO/IMP.15-01-04-SJ
2
(art. 1º-F da Lei 9.494/97, com redação dada pela Lei n. 11.960/2009). O MCJF encontra-se nos termos
dessa orientação jurisprudencial.
VIII - Recurso desprovido.
IX - Honorários advocatícios pelo Recorrente vencido, fixados em 10% do valor da condenação.
ACÓRDÃO
655
PROCESSO Nº 0060310-30.2016.4.01.3400
RELATORA :JUÍZA FEDERAL ROSIMAYRE GONÇALVES DE CARVALHO
RECORRENTE(S) : POLLIANNA ROSARIO MARINHO
ADVOGADO : DF00046262 - ANA CRISTINA DE OLIVEIRA JANUARIO
RECORRIDO(S) : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
ADVOGADO :
EMENTA
PREVIDENCIÁRIO. BENEFÍCIO POR INCAPACIDADE. AUXÍLIO-DOENÇA INDEVIDO. AUSÊNCIA DE
INCAPACIDADE LABORATIVA. LAUDO MÉDICO. PRESUNÇÃO DE VERACIDADE.
I - Trata-se de recurso inominado interposto pela parte autora em face da sentença que julgou
improcedente o pedido, sob o fundamento de ausência de incapacidade para o exercício de atividades
laborativas.
II - A sentença consignou: “A perícia médica concluiu que a parte autora não se encontra incapacitada
para o exercício de suas atividades laborativas, tendo atestado que não há incapacidade atual do ponto
de vista reumatológico e considerando o grau de escolaridade da parte autora, há possibilidade de retorno
ao trabalho que não exija esforço físico. Logo, não faz jus ao(s) benefício(s) pretendido(s).”
III - A Recorrente aduz, em suma, que é portadora de tendinite de punho direito (sinovite e tenossinovite),
epicondilite lateral, síndrome do impacto no ombro direito e não possui condições de exercer atividades
laborativas. Alega que faz jus ao benefício de auxílio-doença, conforme comprova a documentação
médica que acostou aos autos. Requer, se for o caso, realização de nova perícia médica produzida a ser
produzida pelo juízo.
IV - No que tange à realização de nova perícia, os processos que tramitam sob o rito do Juizado Especial
são regidos, essencialmente, pelos princípios da simplicidade, celeridade e economia. Esses princípios
permitem ao juiz da causa, diante de situação que depende de prova técnica de forma exclusiva,
dispensar a realização dos demais atos processuais, e proferir, de imediato, sua decisão. Na hipótese,
houve resposta a todos os quesitos feitos, tendo o julgador monocrático considerado suficiente para
formação da sua convicção. Devolvida a matéria a esta Turma, se entender necessários os
esclarecimentos, há a previsão legal de conversão em diligência para tanto, o que, por si só, indica a
ausência de prejuízo à defesa e a inexistência de nulidade. Não se pode buscar a tutela jurisdicional nos
Juizados Especiais com o mesmo espírito que engessa as ações de procedimento ordinário. Aqui,
prevalece a simplicidade e a celeridade.
V - Para a concessão dos benefícios de auxílio-doença e aposentadoria por invalidez exige-se a
qualidade de segurado ao RGPS, com preenchimento do período de carência de 12 (doze) contribuições
mensais, salvo nas hipóteses previstas no art. 26, II, da Lei nº 8.213/91, prorrogados para até 24 (vinte e
quatro) meses para os que já contribuíram por mais de 120 meses (art. 15, inciso II, parágrafos 2º e 4º, da
Lei nº 8.213/91), bem como a comprovação de incapacidade para o exercício de atividade que lhe garanta
a subsistência, devendo essa incapacidade ser definitiva, para a aposentadoria por invalidez, e
temporária, no caso de auxílio-doença.
VI - O laudo médico pericial produzido em juízo por médico especialista em reumatologia, dá conta que a
Autora, com 36 (trinta e seis) anos de idade – data de nascimento em 23.10.1982-, é portadora de
sinovites e tenossinovites (CID 10: M65.8), com DID em 2013, mas não se trata de hipótese de
incapacidade para o exercício de atividades laborativas. PODER JUDICIÁRIO SEÇÃO JUDICIÁRIA DO
DISTRITO FEDERAL
E196474C396784CD7A43B5B65D45B619 TRF 1 REGIÃO/IMP.15-01-04-SJ
2
VII - Demais disso, apontou durante o exame físico quanto aos membros inferiores: “Sem atrofias,
hipotrofias ou contraturas; mobilidade ativa e passiva normal; força muscular preservada, sem sinais
neurológicos”; quanto aos membros superiores mobilidade de ombros preservada, tanto passiva quanto
ativamente, dor a apalpação de face dorsal do punho direito, ausência de atrofias, força muscular grau V
bilateral, teste de Jobe e Patte negativos, sem alterações à palpação de coluna vertebral.
VIII - O laudo médico pericial goza de presunção de veracidade e legitimidade. Nesse sentido, julgado do
TRF da 1ª Região: AC 0003074-18.2018.4.01.9199, Relatora Desembargadora Federal Gilda Sigmaringa
Seixas, Primeira Turma, julg. 30.05.2018, publ. E-DJF1, 20.06.2018.
656
IX - Portanto, nada obstante o defensor da parte autora sustentar a incapacidade em razão de doença
apontada, há que se considerar as anotações da expert, bem como que não consta dos autos prova
robusta a ponto de firmar convencimento contrário ao sustentado no laudo médico.
X - Ressalte-se que a coisa julgada em matéria de benefício previdenciário por incapacidade submete-se
a cláusula rebus sic stantibus, nada impedindo, portanto, que a parte autora tenha, em caso de alteração
do estado de saúde, o seu quadro clínico reavaliado pela autarquia previdenciária e, se for o caso, pelo
próprio Poder Judiciário.
XI - Recurso desprovido.
XII - Honorários advocatícios de 10% sobre o valor da causa, a cargo do recorrente. Condenação
suspensa (art. 98, §3º, do CPC).
PODER JUDICIÁRIO
JUIZADOS ESPECIAIS FEDERAIS
SEÇÃO JUDICIÁRIA DO DISTRITO FEDERAL
3ª. TURMA RECURSAL
PROCESSO N. 0007977-38.2015.4.01.3400
RECORRENTE: UNIAO FEDERAL
ADVOGADO : - LUIZ EDUARDO CERQUEIRA COSTA
RECORRIDO: SILAS BARROS MAGALHAES
segundo o art. 188, § 1º da Lei 8.112/90. Na tentativa de retornar à atividade a parte autora buscou
administrativamente reversão da aposentadoria, no entanto, não obteve êxito. Somente conseguiu a
reversão quando foi submetido à nova perícia médica, judicialmente, que anulou o ato administrativo, com
efeitos a partir de 01/04/2011.
8. Conclui-se, portanto, que as razões do recurso estão dissociadas dos fundamentos da decisão
recorrida.
9. Ante o exposto, conheço dos embargos declaratórios e no mérito não conheço do recurso inominado
da UNIÃO.
10. Honorários advocatícios devidos pelo(a) recorrente vencido(a), fixados em 10% (dez por cento) do
valor corrigido da causa, nos termos do artigo 55 da Lei nº 9.099/95.
ACÓRDÃO
Decide a 3ª Turma Recursal, por unanimidade, conhecer dos embargos de declaração da União e, no
mérito, não conhecer do recurso inominado da União.
3ª Turma Recursal, Juizado Especial Federal/SJDF. Brasília, 07 de maio de 2019 (data do julgamento).
JUIZ RUI COSTA GONÇALVES
em substituição na 3ª TR - 3ª Relatoria
PROCESSO N. 0026467-11.2015.4.01.3400
RECORRENTE: UNIAO FEDERAL
ADVOGADO : - EDUARDO JORGE PEREIRA ALVES
RECORRIDO: MARIA DA PENHA ALMEIDA
ADVOGADO: DF00023794 - ALINE CRISTINA DE MELO FRANCO E OLIVEIRA
RELATOR: RUI COSTA GONÇALVES
EMENTA
658
ACÓRDÃO
Decide a 3ª Turma Recursal-JEF/DF, por unanimidade, ACOLHER OS EMBARGOS DE DECLARAÇÃO,
para modificar, em parte, o acórdão embargado, nos termos do voto do Relator.
3ª Turma Recursal, Juizado Especial Federal/SJDF. Brasília, 07 de maio de 2019 (data do julgamento).
JUIZ RUI COSTA GONÇALVES
em substituição na 3ª TR - 3ª Relatoria
B28EF30CB22F37FB660590536B5F0E53
PROCESSO N. 0048600-47.2015.4.01.3400
RECORRENTE: UNIAO FEDERAL
ADVOGADO : - LETICIA MACHADO SALGADO
RECORRIDO: LUCIANO FREITAS PESSA
ADVOGADO: DF00040698 - JOAQUIM FAVRETTO
RELATOR: RUI COSTA GONÇALVES
EMENTA
EMBARGOS DE EMBARGOS DE DECLARAÇÃO. PROCESSO CIVIL. AUSÊNCIA DE OMISSÃO,
CONTRADIÇÃO, OBSCURIDADE OU ERRO DE FATO. REDISCUSSÃO. EMBARGOS REJEITADOS.
1. Embargos de declaração opostos pelo Autor contra decisão proferida em embargos ao fundamento de
omissão quanto à documentação juntada na fase recursal.
2. Os embargos de declaração têm por objetivo eliminar do julgamento obscuridade, contradição ou
omissão ou, ainda, corrigir erro material, promovendo o aperfeiçoamento do julgado (NCPC, art.1.022).
3. Da análise do acórdão em confronto com as razões da parte embargante, verifica-se que não existe
qualquer ponto obscuro, contraditório, omisso, como também não há erro de fato a retificar. O objetivo da
parte embargante é a rediscussão da tese jurídica adotada na decisão em sua amplitude, o que não se
coaduna com a via dos embargos de declaração.
4. O reexame dos atos decisórios deve ser instrumentalizado por recurso próprio, não sendo da natureza
dos embargos a concessão de efeitos infringentes ao julgado embargado, salvo situações excepcionais.
5. Embargos de declaração rejeitados.
6. Acórdão lavrado nos termos do art. 46 da Lei nº 9.099/95.
ACÓRDÃO
Decide a 3ª Turma Recursal, por unanimidade, nos termos do voto do Relator, rejeitar os embargos de
declaração.
3ª Turma Recursal, Juizado Especial Federal/SJDF. Brasília, 07 de maio de 2019 (data do julgamento).
JUIZ RUI COSTA GONÇALVES
em substituição na 3ª TR - 3ª Relatoria
659
PROCESSO N. 0021799-60.2016.4.01.3400
RECORRENTE: CARMINO FERREIRA DE OLIVEIRA
ADVOGADO : DF00025089 - GILBERTO SIEBRA MONTEIRO
RECORRIDO: UNIAO FEDERAL (FAZENDA NACIONAL)
ADVOGADO:
ACÓRDÃO
Decide a 3ª Turma Recursal, por unanimidade, acolher os embargos de declaração.
3ª Turma Recursal, Juizado Especial Federal/SJDF. Brasília, 07 de maio de 2019 (data do julgamento).
JUIZ RUI COSTA GONÇALVES
em substituição na 3ª TR - 3ª Relatoria
PROCESSO N. 0044888-15.2016.4.01.3400
RECORRENTE: WEBWE PAULO DE BRITO DUTRA
ADVOGADO : DF00040601 - ARTHUR GONTIJO DE MIRANDA E OUTRO(S)
RECORRIDO: CAIXA ECONOMICA FEDERAL
ADVOGADO:
RELATOR: RUI COSTA GONÇALVES
EMENTA
EMBARGOS DE DECLARAÇÃO. PROCESSUAL CIVIL. OMISSÃO. EMBARGOS PARCIALMENTE
ACOLHIDOS.
1. Embargos de declaração opostos pela parte autora contra acórdão proferido por esta Turma Recursal,
sustentando: a) omissão quanto ao pedido de correção do nome no requerente/embargante nos sistemas
informatizados; b) omissão/obscuridade quanto à declaração de inexistência de débito, e, quanto aos
pedidos de obrigação de fazer e não fazer (retirada no nome do embargante dos serviços de proteção ao
crédito) sob pena de multa diária; e, c) omissão quanto à condenação ao pagamento de honorários de
sucumbência.
2. É cediço que os embargos de declaração constituem instrumento processual que tem o escopo de
eliminar do julgamento obscuridade, contradição ou omissão sobre tema cujo pronunciamento se impunha
pelo acórdão, ou, ainda, de corrigir evidente erro material, servindo, dessa forma, como instrumento de
aperfeiçoamento do julgado (CPC, art. 1.022).
3. De fato, a ementa contém os seguintes vícios apontados, sanáveis via embargos declaratórios.
660
PROCESSO N. 0015505-89.2016.4.01.3400
RECORRENTE: FUNASA
ADVOGADO :
RECORRIDO: JOSE AUGUSTO LUZ
ADVOGADO: DF0001672A - SOLANGE MARIA DE CARVALHO CAVALCANTE
RELATOR: RUI COSTA GONÇALVES
EMENTA
EMBARGOS DE DECLARAÇÃO. ADMINISTRATIVO. GACEN. CONTRADIÇÃO. REDISCUSSÃO.
PREQUESTIONAMENTO. EMBARGOS REJEITADOS.
1. Embargos de declaração opostos pelo réu contra acórdão proferido por esta Turma Recursal em ação
que se busca o percebimento da Gratificação de Atividade de Combate e Controle de Endemias –
GACEN na mesma forma que é paga aos servidores em atividade.
2. Os embargos de declaração têm por objetivo eliminar do julgamento obscuridade, contradição ou
omissão ou, ainda, corrigir erro material, promovendo o aperfeiçoamento do julgado (NCPC, art.1.022).
3. Da análise do acórdão em confronto com as razões da parte embargante, verifica-se que não existe
qualquer ponto obscuro, contraditório, omisso, como também não há erro de fato a retificar. O objetivo da
parte embargante é a rediscussão da tese jurídica adotada na decisão em sua amplitude, o que não se
coaduna com a via dos embargos de declaração.
4. O reexame dos atos decisórios deve ser instrumentalizado por recurso próprio, não sendo da natureza
dos embargos a concessão de efeitos infringentes ao julgado embargado, salvo situações excepcionais.
5. Ainda que opostos com a finalidade de prequestionar a matéria, os embargos de declaração devem,
necessariamente, se enquadrar em uma das hipóteses previstas no art. art.1.022 do NCPC, de modo que,
para que sejam acolhidos, é imprescindível que haja omissão, contradição ou obscuridade no decisum
impugnado.
6. Quanto ao prequestionamento, remanescendo o interesse recursal, a oposição dos presentes
embargos de declaração satisfaz a exigência estabelecida pelo enunciado nº 356 da Súmula do STF
ainda que a omissão, a contradição e/ou a obscuridade não venha(m) a ser suprida(s) pelo Tribunal a
quo. Nesse sentido: AI 553928 ED, Relator Min. Dias Toffoli, Primeira Turma, julgado em 15/12/2009, DJ-
e-035 Divulgado em 25/02/2010 Publicado 26/02/2010. PODER JUDICIÁRIO SEÇÃO JUDICIÁRIA DO
DISTRITO FEDERAL
95C4BBDBFB10ABE3EC735C55DC17CBBE TRF 1 REGIÃO/IMP.15-01-04-SJ
2
Decide a 3ª Turma Recursal, por unanimidade, nos termos do voto do Relator, rejeitar os embargos de
declaração.
3ª Turma Recursal, Juizado Especial Federal/SJDF. Brasília, 07 de maio de 2019 (data do julgamento).
JUIZ RUI COSTA GONÇALVES
em substituição na 3ª TR - 3ª Relatoria
ACÓRDÃO
Decide a 3ª Turma Recursal, por unanimidade, rejeitar os embargos de declaração.
3ª Turma Recursal, Juizado Especial Federal/SJDF. Brasília-DF, 4/12/2018.
Lana Lígia Galati
Juíza Federal – 3ª. Turma Recursal
Relatora
PROCESSO N. 0061233-95.2012.4.01.3400
RECORRENTE: UNIAO FEDERAL
ADVOGADO : - EDUARDO JORGE PEREIRA ALVES
RECORRIDO: THIAGO MOCO SINIS
ADVOGADO: RJ00173580 - RAQUEL MACHADO DE ANDRADE
RELATOR: RUI COSTA GONÇALVES
EMENTA
ADMINISTRATIVO. MILITAR. AJUDA DE CUSTO E INDENIZAÇÃO DE BAGAGEM. INCIDÊNCIA
SOBRE A GRADUAÇÃO DE MARINHEIRO. DIREITO ÀS DIFERENÇAS REMUNERATÓRIAS ENTRE
OS POSTOS DE MARINHEIRO E GRUMETE. SENTENÇA MANTIDA. RECURSO DESPROVIDO.
1. Trata-se de recurso interposto pela União contra sentença que julgou procedente o pedido para
condenar a ré ao pagamento diferença entre aquilo que recebeu (ajuda de custo e indenização de
bagagem e transporte com base no soldo de grumete) e aquilo que lhe deveria ter sido pago (ajuda de
662
custo e indenização de bagagem e transporte com base no soldo de marinheiro), em virtude da sua
transferência de Florianópolis/SC para o Rio de Janeiro/RJ, em dezembro de 2007.
2. A recorrente/União em sua peça recursal sustenta preliminarmente a ocorrência de prescrição
quinquenal. No mérito sustenta que o militar somente se tornou marinheiro dias após a sua transferência,
portanto, não haveria que falar em pagamento de quaisquer quantias a título de diferença de ajuda de
custo, transporte, bagagens e passagens, por absoluta falta de amparo legal. Por fim, requer a
adequação da correção monetária e dos juros de mora, de acordo com o art. 1-F da Lei 9.494/97.
3. Prescrição quinquenal. Ausência de interesse recursal, neste ponto, visto que a sentença já determinou
a incidência do prazo quinquenal.
4. Mérito. É do Comandante da Marinha a Administração Naval, ressalvada a competência do Ministro de
território nacional, onde cumprirá um Estágio Inicial (EI), destinado à avaliação do desempenho ao longo
do primeiro ano na graduação de marinheiro.
6. A nomeação do autor para a função na cidade do Rio de Janeiro ocorreu em vaga de Marinheiro, o que
desde logo afasta o argumento de que teria sido designado como aluno-Grumete, até porque o ato de
nomeação deixou de observar o edital, quanto à data de sua publicação. A designação para ocupar a
vaga de Marinheiro, logicamente, precede a promoção, pois caso contrário, não poderia assumir as
funções do cargo vago e por ele preenchido.
7. Merece destaque o fato de que, a União admite que a Portaria de promoção apenas formalizou o ato
anterior de promoção, uma vez que, embora publicado em 31/01/2008 foi conferido efeitos retroativos ao
ato, com determinação da contagem da antiguidade a partir de 28/12/2007, pouco depois do início do
período de trânsito.
9. Ademais, a regra geral do PCPM - Plano de Carreira de Praças da Marinha, vigente à época, não
afasta as especificidades contidas no edital, norma do concurso, que determina a promoção logo após o
juramento à bandeira nacional.
10. Assim sendo, temos que a sentença analisou o caso de maneira escorreita não merecendo reparos.
11. No tocante aos juros e à correção monetária, o STJ esclareceu que “As condenações judiciais de
natureza administrativa em geral, sujeitam-se aos seguintes encargos: (a) até dezembro/2002: juros de
mora de 0,5% ao mês; correção monetária de acordo com os índices previstos no Manual de Cálculos da
Justiça Federal, com destaque para a incidência do IPCA-E a partir de janeiro/2001; (b) no período
posterior à vigência do CC/2002 e anterior à vigência da Lei 11.960/2009: juros de mora correspondentes
à taxa Selic, vedada a cumulação com qualquer outro índice; (c) período posterior à vigência da Lei
11.960/2009: juros de mora segundo o índice de remuneração da caderneta de poupança; correção
monetária com base no IPCA-E.” (REsp 1.495.146/MG, Relator Ministro Mauro Campbell Marques,
publicado em 02/03/2018)
12. Recurso desprovido.
13. Honorários advocatícios devidos pelo (a) recorrente vencido, fixados em 10% (dez por cento) do valor
da condenação, nos termos do artigo 55 da Lei nº 9.099/95.
ACÓRDÃO
Decide a 3ª Turma Recursal, por unanimidade, negar provimento ao recurso.
3ª Turma Recursal, Juizado Especial Federal/SJDF. Brasília, 07 de maio de 2019 (data do julgamento).
JUIZ RUI COSTA GONÇALVES
em substituição na 3ª TR - 3ª Relatoria
PROCESSO N. 0074109-43.2016.4.01.3400
RECORRENTE: INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS - INSTITUTO NACIONAL DE
SEGURO SOCIAL-INSS
663
10. No tocante aos juros e à correção monetária, esta Terceira Turma Recursal, à unanimidade,
acompanhou o voto exarado em caso análogo pelo então Relator, o MM. Antonio Claudio Macedo da
Silva (Processo nº 0007719-28.2015.4.01.3400, julgado em 3/4/2018):
Correção monetária. Aplicável o IPCA-E, conforme determinado pelo STF quando do julgamento do RE
870.947/SE, onde foi reconhecida a repercussão geral para tratar especificamente sobre a correção
monetária. Registre-se que, por tratar-se de benefício assistencial, a correção monetária não se dá pelo
INPC, mas sim pelo IPCA-E. [Precedentes: STF: RE 870.947/SE; STJ: RESP 1.495.146/MG.]
Juros moratórios. Por força do artigo 240 do CPC/2015, os juros de mora são devidos desde a data da
citação válida, nos seguintes parâmetros: Incidirão os juros aplicados às cadernetas de poupança (artigo
1º-F da Lei 9.494/1997, com a redação dada pela Lei nº 11.960/2009) até a data da requisição de
PROCESSO N. 0003435-69.2018.4.01.3400
RECORRENTE: UNIAO FEDERAL
ADVOGADO : - DIEGO EDUARDO FARIAS CAMBRAIA
RECORRIDO: DUARTE RAAB PIRES
ADVOGADO: BA00019557 - JOSE CARLOS RIBEIRO DOS SANTOS
RELATOR: RUI COSTA GONÇALVES
EMENTA
EMBARGOS DE DECLARAÇÃO. CONTRADIÇÃO. PLEITO AUTORAL IMPROCEDENTE.
ESTIPULAÇÃO DE ÍNDICE DE CORREÇÃO MONETÁRIA EM FACE DA UNIÃO. EMBARGOS
ACOLHIDOS.
1. Embargos de declaração opostos pela União apontando contradição no julgado que reformou
totalmente a sentença para julgar improcedente o pleito autoral e por outro lado estipulou índice de
correção monetária a ser aplicado em face da União.
2. Alega a União a necessidade de que seja sanada tal contradição “de modo que conste no acórdão que
o pedido autoral foi julgado improcedente e que seja retirada a parte referente à correção monetária, já
que não recaiu nenhuma condenação em face da União.”
3. É cediço que os embargos de declaração constituem instrumento processual que tem o escopo de
eliminar do julgamento obscuridade, contradição ou omissão sobre tema cujo pronunciamento se impunha
pelo acórdão, ou, ainda, de corrigir evidente erro material, servindo, dessa forma, como instrumento de
aperfeiçoamento do julgado (CPC, art. 535).
4. De fato, o julgado incorreu no vício apontado, assim sendo, como forma de integração do julgado,
exclua-se do acórdão o ítem 8 a seguir transcrito:
“8. No que tange à correção monetária e aos juros de mora, esta Terceira Turma Recursal, à
unanimidade, acompanhou o voto exarado em caso análogo pelo então Relator, o MM. Antonio Claudio
Macedo da Silva (Processo nº 001690507.2017.4.01.3400, julgado em 3/4/2018): Condenação judicial da
Fazenda Pública referente a servidor público. Precedente do STJ: REsp 1.495.146/MG. As condenações
judiciais referentes a servidores e empregados públicos, sujeitam-se aos seguintes encargos: (1) até
julho/2001: juros de mora: 1% ao mês (capitalização simples); correção monetária: índices previstos no
Manual de Cálculos da Justiça Federal, com destaque para a incidência do IPCA-E a partir de
janeiro/2001; (2) agosto/2001 a junho/2009: juros de mora: 0,5% PODER JUDICIÁRIO SEÇÃO
JUDICIÁRIA DO DISTRITO FEDERAL
74BFFD2D213016824231699179E441A6 TRF 1 REGIÃO/IMP.15-01-04-SJ
2
665
ao mês; correção monetária: IPCA-E; (3) a partir de julho/2009: juros de mora: remuneração oficial da
caderneta de poupança; correção monetária: IPCA-E. “
5. Embargos acolhidos.
6. Acórdão lavrado nos termos do artigo 46 da Lei 9.099/95.
ACÓRDÃO
Decide a 3ª Turma Recursal, por unanimidade, acolher os embargos de declaração.
3ª Turma Recursal, Juizado Especial Federal/SJDF. Brasília, 07 de maio de 2019 (data do julgamento).
JUIZ RUI COSTA GONÇALVES
em substituição na 3ª TR - 3ª Relatoria
PROCESSO N. 0028826-60.2017.4.01.3400
RECORRENTE: INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
ADVOGADO : - NEFERTITI SACRAMENTO FERREIRA MARMUND
RECORRIDO: FRANCISCO DAS CHAGAS DA SILVA E SILVA
ADVOGADO: DF00040484 - SHIRLEY ALVES DANTAS
RELATOR: RUI COSTA GONÇALVES
EMENTA
PREVIDENCIÁRIO. APOSENTADORIA POR INVALIDEZ. INCAPACIDADE TOTAL E DEFINITIVA. DATA
DE INÍCIO DA INCAPACIDADE. DII. LAUDO MÉDICO SATISFATÓRIO. JUROS E CORREÇÃO
MONETÁRIA. SENTENÇA MANTIDA. RECURSO DESPROVIDO.
1. Trata-se de recurso interposto pelo INSS contra sentença que julgou parcialmente procedente o pedido
condenando a autarquia previdenciária a conceder, em favor do autor, o benefício de aposentadoria por
invalidez desde 09/02/2017, “descontando-se eventuais parcelas de auxílio-doença ou de outras
modalidades de benefícios previdenciários ou assistenciais inacumuláveis com a aposentadoria por
invalidez; corrigidos de acordo com os parâmetros fixados pelo Pleno do Supremo Tribunal Federal no
julgamento do RE nº 870.947, Rel. Min. Luiz Fux, em regime de repercussão geral.”.
2. O recorrente pugna pela reforma da sentença, alegando necessidade de fixação da DIB na data da
juntada do laudo médico judicial. Requer ainda que os juros de mora e a correção monetária observem o
disposto no art. 1º-F da Lei 9.494/97.
3. Com relação à DIB, temos que a jurisprudência do Tribunal Regional Federal da 1ª Região tem se
orientado no sentido de que deve prevalecer, em princípio, a conclusão do perito do juízo (TRF/1ª Região,
AC 0005863-72.2006.4.01.3811 / MG, Rel. DESEMBARGADOR FEDERAL CARLOS MOREIRA ALVES,
Rel.Conv. JUIZ FEDERAL MÁRCIO BARBOSA MAIA (CONV.), SEXTA TURMA, e-DJF1 p.641 de
22/11/2013).
4. Nesse passo, temos que o Laudo Médico Pericial constante dos autos foi elaborado por médico
oftamologista que atestou a incapacidade total, permanente e omniprofissional do autor por ser portador
de glaucoma primário de ângulo aberto (CID10: H401) e cegueira em ambos os olhos (CID10:
H540),tendo fixado a data de início da incapacidade em 09/02/2017.
5. Assim sendo, temos que a sentença do juízo “a quo” deve se manter irretocável, sobretudo, quando
relata: PODER JUDICIÁRIO SEÇÃO JUDICIÁRIA DO DISTRITO FEDERAL
A2E4CF115F8E2F087084C10D8C3D2404 TRF 1 REGIÃO/IMP.15-01-04-SJ
2
“No tocante à incapacidade, o laudo pericial, juntado em 18/09/2017, foi categórico ao afirmar que a
incapacidade da parte autora é total, permanente e de índole multiprofissional, fixando a DII em
09/02/2017, não cabendo no caso concreto tecer maiores considerações a esse respeito.”
6. Quanto aos juros e correção monetária demonstra-se ausência de interesse recursal, tendo em vista
que o juízo de primeira instância já fixou a sentença de acordo com RE nº 870.947, Rel. Min. Luiz Fux, em
regime de repercussão geral.
7. Sentença mantida. Recurso desprovido
8. Honorários advocatícios devidos pelo INSS, recorrente vencido, fixados em 10% (dez por cento) do
valor da condenação, excluídas as parcelas vencidas após a prolação da sentença (Súmula nº 111/STJ).
9. Acórdão proferido nos moldes do art. 46 da Lei 9.099/95.
ACÓRDÃO
Decide a 3ª Turma Recursal, por unanimidade, negar provimento ao recurso.
3ª Turma Recursal, Juizado Especial Federal/SJDF. Brasília, 07 de maio de 2019 (data do julgamento).
JUIZ RUI COSTA GONÇALVES
em substituição na 3ª TR - 3ª Relatoria
666
PROCESSO N. 0018017-11.2017.4.01.3400
RECORRENTE: SERGIO AUGUSTO FERREIRA CELESTE
ADVOGADO : SP00286907 - VICTOR RODRIGUES SETTANNI
RECORRIDO: INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
ADVOGADO:
RELATOR: RUI COSTA GONÇALVES
EMENTA
5. A posição firmada pelo e. STF dá solução definitiva ao debate da questão e, por seu efeito vinculante,
deve operar-se em todas as ações em curso sobre o mesmo tema, por força do disposto no art. 1039,
caput, parte final, do CPC/15, e alcançando, desde logo, o caso dos presentes autos, em vista dos
princípios da simplicidade, informalidade e celeridade que ditam os processos nos Juizados Especiais,
consoante art. 2º, da Lei 9.099/95.
6. Assim, impõe-se reconhecer a improcedência do pedido inicial, tendo em vista que o próprio direito
postulado encontra-se reconhecido como inexistente, consoante tese jurídica firmada pelo STF. Efeito
vinculante. CPC/2015, art. 1039, caput, parte final.
7. Recurso da parte Autora desprovido. Sentença mantida.
8. Honorários advocatícios pela Recorrente, fixados em 10% do valor atribuído à causa devidamente
corrigido, ficando a execução suspensa pelo prazo de 5 anos contados do trânsito em julgado deste
acórdão, em virtude da concessão da gratuidade de Justiça, apesar de o Recorrido não ter apresentado
contrarrazões, pois, no âmbito do Juizado Especial Federal, a condenação em honorários advocatícios
constitui medida a desestimular a interposição de recurso inominado (art. 98, §3º, do CPC/15).
9. Acórdão proferido de acordo com o art. 46 da Lei nº 9.099/95.
ACÓRDÃO
Decide a 3ª Turma Recursal, por unanimidade, NEGAR PROVIMENTO ao recurso da parte Autora, nos
termos do voto do Relator.
Brasília, 07 de maio de 2019.
JUIZ RUI COSTA GONÇALVES
em substituição na 3ª TR - 3ª Relatoria
PROCESSO N. 0054561-95.2017.4.01.3400
667
5. É assente na jurisprudência do STJ que o rol das atividades consideradas insalubres, perigosas ou
penosas é exemplificativo e não exaustivo. Assim, ainda que a atividade de Agente de Endemias não
conste explicitamente dos decretos mencionados, o trabalhador exposto a substâncias nocivas à saúde,
inclusive com recebimento do adicional de insalubridade, tem direito à contagem especial do tempo de
serviço.
6. No caso, verifica-se que a parte Autora não provou que esteve exposta aos agentes nocivos, químicos,
físicos ou biológicos por tempo superior a 25 anos, pois não apresentou PPP ou laudo pericial de
condições ambientais, conforme regras disciplinadas nos art. 57, §§ 3º e 4º e art. 58, §1º, da Lei nº
8.213/91.
7. Os laudos técnicos e PPP´s anexados aos autos em nome de terceiros não são aptos a afirmar a
especialidade da atividade desempenhada pela parte Autora, não retratando, especificamente, as
condições de trabalho por ela desenvolvidas.
8. No que tange ao recebimento de adicional de insalubridade verificado em suas fichas financeiras,
entende-se que tal obtenção não é pressuposto necessário para caracterizar uma atividade como
especial. É o entendimento do Superior Tribunal de Justiça:
“PREVIDENCIÁRIO. RECURSO ESPECIAL. APOSENTADORIA POR TEMPO DE CONTRIBUIÇÃO.
CÔMPUTO DE TEMPO ESPECIAL EM RAZÃO DE RECEBIMENTO DO ADICIONAL DE
INSALUBRIDADE. INSUFICIÊNCIA. NECESSIDADE DE COMPROVAÇÃO DA EXPOSIÇÃO HABITUAL
E PERMANENTE POR INTERMÉDIO DE FORMULÁRIOS E LAUDOS. RECURSO ESPECIAL
CONHECIDO E PROVIDO.
1. Após o advento da Lei 9.032/1995 vedou-se o reconhecimento da especialidade do trabalho por mero
enquadramento profissional ou enquadramento do agente nocivo, passando a exigir a efetiva exposição
do trabalhador ao agente nocivo.
2. A percepção de adicional de insalubridade pelo segurado, por si só, não lhe confere o direito de ter o
respectivo período reconhecido como especial, porquanto os requisitos para a percepção do direito
trabalhista são distintos dos requisitos para o reconhecimento da especialidade do trabalho no âmbito da
Previdência Social. (grifo meu)
3. In casu, o acórdão proferido Tribunal a quo reconheceu o período trabalhado como especial, tão
somente em razão da percepção pelo trabalhador segurado do adicional de insalubridade, razão pela qual
deve ser reformado.
668
PROCESSO N. 0031004-79.2017.4.01.3400
RECORRENTE: JOSE DO NASCIMENTO
ADVOGADO : DF00025089 - GILBERTO SIEBRA MONTEIRO
RECORRIDO: UNIAO FEDERAL E OUTRO(S)
ADVOGADO: - SONIA RABINOVICH TARANTO E OUTRO(S)
RELATOR: RUI COSTA GONÇALVES
EMENTA
PROCESSUAL CIVIL. INDEFERIMENTO DA INICIAL. APRESENTAÇÃO DOS DOCUMENTOS
INDISPENSÁVEIS AO AJUIZAMENTO DA AÇÃO. INÉRCIA DA PARTE AUTORA PARA DILIGÊNCIA
QUE LHE COMPETIA. RECURSO DESPROVIDO.
1. Recurso da parte autora contra a sentença que indeferiu a inicial e julgou extinto o processo sem
resolução do mérito, com fundamento nos art. 321, parágrafo único, e art. 485, I, do Código de Processo
Civil/2015, visto que devidamente intimada do despacho que determinou a juntada de documentos
indispensáveis ao ajuizamento da ação, a parte autora permaneceu inerte quanto à apresentação de
documentos.
2. Na hipótese vertente, a pretensão do autor é de obtenção do pagamento do abono de permanência por
laborar em condições insalubres/especiais há mais de 25 anos.
3. O juízo de primeiro grau em despacho registrado em 25/08/2017: a) indeferiu o pedido de inversão do
ônus da prova, umas vez que cabe à parte autora comprovar o fato constitutivo do seu direito, requerendo
os laudos junto aos órgãos competentes; b) intimou a parte autora para que tome conhecimento desta
decisão e que emende a inicial para: b.1) retificar o valor da causa; b.2) juntar aos autos documentos
(Perfil Profissiográfico Previdenciário – PPP ou Formulários SB-40 e DSS- 8030) que demonstrem que,
nos períodos mencionados na inicial, foi efetivamente exposta a agentes nocivos à sua saúde, de modo
habitual e permanente; b.3) juntar aos autos todos os laudos técnicos em que o seu órgão empregador se
baseou para preencher o seu Perfil Profissiográfico Previdenciário – PPP, no que se refere às atividades
exercidas em condições especiais, a partir de 29/04/1995, conforme exigência da Lei nº 9.035/95. Para o
caso de ser indicado que a parte autora esteve submetida a ruído excessivo, o laudo técnico deverá ser
apresentado, mesmo em se tratando de atividade desenvolvida antes de 29/04/95.
4. Em petição registrada em 03/10/2017, a parte autora emendou a inicial quanto ao valor da causa,
porém não apresentou a documentação exigida, manifestando pela dilação de prazo para cumprimento
de despacho, em relação ao PPP ou para intimar a União e Funasa para formecer PPP e Laudo Técnico.
5. Em resposta, o Juiz a quo indeferiu o pedido de reconsideração, pois não cabe ao Juízo compelir a
entidade ao cumprimento de uma obrigação. Dilatando o prazo para cumprimento do despacho para mais
15 dias. Mesmo após a dilatação do prazo a parte autora não apresentou os documentos solicitados.
PODER JUDICIÁRIO SEÇÃO JUDICIÁRIA DO DISTRITO FEDERAL
6AC4C8605B7D334175C7C39A874FBDCA TRF 1 REGIÃO/IMP.15-01-04-SJ
2
PROCESSO N. 0052427-95.2017.4.01.3400
RECORRENTE: ANTONIO CARLOS DE SOUSA
ADVOGADO : DF00025089 - GILBERTO SIEBRA MONTEIRO
RECORRIDO: UNIAO FEDERAL E OUTRO(S)
ADVOGADO:
RELATOR: RUI COSTA GONÇALVES
EMENTA
(4)
PREVIDENCIÁRIO. SERVIDOR PÚBLICO FEDERAL. EX-CELETISTA. ABONO DE PERMANÊNCIA.
AUSÊNCIA DE PROVA DO EXERCÍCIO DE ATIVIDADE INSALUBRE. FICHAS FINANCEIRAS COM
REGISTRO DE ATIVIDADE ADMINISTRATIVA. IMPOSSIBILIDADE DO RECONHECIMENTO DO
DIREITO AO ABONO, EM DECORRÊNCIA DA AUSÊNCIA DE PROVA DO LABOR ESPECIAL E DO
IMPLEMENTO DO TEMPO DE 25 ANOS EM ATIVIDADE PREJUDICIAL À SAÚDE. RECURSO
DESPROVIDO. SENTENÇA MANTIDA.
1. Recurso interposto pela parte autora contra sentença que julgou improcedente o pedido inicial.
2. Alega o servidor que trabalhou como agente de saúde pública/guarda de endemias da FUNASA (Ex-
Sucam), sob condições insalubres até 11/12/1990, sendo que, antes da Lei 8.112/90 que instituiu o
regime jurídico único, há presunção legal para a contagem especial do tempo de serviço pelo
enquadramento em categoria profissional ou atividade previstas nos Decretos n. 53.831/64 e n. 83.080/79
e seus anexos e sustenta o direito de enquadramento da atividade de Agente de Combate a Endemias
(Guarda de Endemias) no Anexo I do Quadro II, código 1.3.2 do Decreto nº 53.831/64 ou a exposição aos
agentes nocivos relacionados no Código 1.0.0 do Quadro Anexo ao Decreto 53.831/64 e no Anexo I do
Decreto 83.080/79.
3. O Plenário do Supremo Tribunal Federal (STF) editou a Súmula Vinculante nº 33, nos seguintes
termos: "Súmula 33: Aplicam-se ao servidor público, no que couber, as regras do Regime Geral de
Previdência Social sobre aposentadoria especial de que trata o artigo 40, parágrafo 4º, inciso III, da
Constituição Federal, até edição de lei complementar específica." No julgamento do MI 758/DF, DJ
25.09.2008, o Plenário do Supremo Tribunal Federal decidiu: "II - (...)O Plenário do STF já decidiu que,
enquanto não disciplinada a aposentadoria especial do servidor, deverão ser adotados os mesmos
critérios aplicados aos trabalhadores em geral. Precedente: MI 758/DF, Min. Relator Marco Aurélio, DJ
25.09.2008."
4. A comprovação do tempo especial mediante o enquadramento da atividade exercida pode ser feita até
a entrada em vigor da Lei nº 9.032/95. O servidor público ex-celetista tem direito adquirido à contagem
especial de tempo de serviço, se sob o regime da CLT laborou em atividades perigosas, penosas e
insalubres. PODER JUDICIÁRIO SEÇÃO JUDICIÁRIA DO DISTRITO FEDERAL
53E070ADBCC36CF322657DAC969FF0EA TRF 1 REGIÃO/IMP.15-01-04-SJ
2
5. É assente na jurisprudência do STJ que o rol das atividades consideradas insalubres, perigosas ou
penosas é exemplificativo e não exaustivo. Assim, ainda que a atividade de Agente de Endemias não
conste explicitamente dos decretos mencionados, o trabalhador exposto a substâncias nocivas à saúde,
670
inclusive com recebimento do adicional de insalubridade, tem direito à contagem especial do tempo de
serviço.
6. No caso, verifica-se que a parte Autora não provou que esteve exposta aos agentes nocivos, químicos,
físicos ou biológicos por tempo superior a 25 anos, pois não apresentou PPP ou laudo pericial de
condições ambientais, conforme regras disciplinadas nos art. 57, §§ 3º e 4º e art. 58, §1º, da Lei nº
8.213/91.
7. Os laudos técnicos e PPP´s anexados aos autos em nome de terceiros não são aptos a afirmar a
especialidade da atividade desempenhada pela parte Autora, não retratando, especificamente, as
condições de trabalho por ela desenvolvidas.
8. No que tange ao recebimento de adicional de insalubridade verificado em suas fichas financeiras,
11. Honorários advocatícios devidos pelo (a) recorrente vencido (a), fixados em 10% (dez por cento) do
valor da causa, nos termos do artigo 55 da Lei nº 9.099/95, suspendendo-se a exigibilidade, por ser o (a)
autor (a) beneficiário (a) da justiça gratuita. A possibilidade de execução exaure-se em 5 (cinco) anos
após o trânsito em julgado (Artigo 98, § 3º, do NCPC).
12. Acórdão lavrado nos termos do artigo 46 da Lei 9.099/95.
ACÓRDÃO
Decide a 3ª Turma Recursal, à unanimidade, NEGAR PROVIMENTO ao recurso do autor.
3ª Turma Recursal, Juizado Especial Federal/SJDF. Brasília-DF, 07 de maio de 2019.
JUIZ RUI COSTA GONÇALVES
em substituição na 3ª TR - 3ª Relatoria
PROCESSO N. 0017874-22.2017.4.01.3400
RECORRENTE: GECIVAN PEREIRA DE LIMA
ADVOGADO : DF00025089 - GILBERTO SIEBRA MONTEIRO
RECORRIDO: UNIAO FEDERAL E OUTRO(S)
ADVOGADO:
RELATOR: RUI COSTA GONÇALVES
EMENTA
(4)
PREVIDENCIÁRIO. SERVIDOR PÚBLICO FEDERAL. EX-CELETISTA. ABONO DE PERMANÊNCIA.
AUSÊNCIA DE PROVA DO EXERCÍCIO DE ATIVIDADE INSALUBRE. FICHAS FINANCEIRAS COM
REGISTRO DE ATIVIDADE ADMINISTRATIVA. IMPOSSIBILIDADE DO RECONHECIMENTO DO
DIREITO AO ABONO, EM DECORRÊNCIA DA AUSÊNCIA DE PROVA DO LABOR ESPECIAL E DO
IMPLEMENTO DO TEMPO DE 25 ANOS EM ATIVIDADE PREJUDICIAL À SAÚDE. RECURSO
DESPROVIDO. SENTENÇA MANTIDA.
671
1. Recurso interposto pela parte autora contra sentença que julgou improcedente o pedido inicial.
2. Alega o servidor que trabalhou como agente de saúde pública/guarda de endemias da FUNASA (Ex-
Sucam), sob condições insalubres até 11/12/1990, sendo que, antes da Lei 8.112/90 que instituiu o
regime jurídico único, há presunção legal para a contagem especial do tempo de serviço pelo
enquadramento em categoria profissional ou atividade previstas nos Decretos n. 53.831/64 e n. 83.080/79
e seus anexos e sustenta o direito de enquadramento da atividade de Agente de Combate a Endemias
(Guarda de Endemias) no Anexo I do Quadro II, código 1.3.2 do Decreto nº 53.831/64 ou a exposição aos
agentes nocivos relacionados no Código 1.0.0 do Quadro Anexo ao Decreto 53.831/64 e no Anexo I do
Decreto 83.080/79.
3. O Plenário do Supremo Tribunal Federal (STF) editou a Súmula Vinculante nº 33, nos seguintes
5. É assente na jurisprudência do STJ que o rol das atividades consideradas insalubres, perigosas ou
penosas é exemplificativo e não exaustivo. Assim, ainda que a atividade de Agente de Endemias não
conste explicitamente dos decretos mencionados, o trabalhador exposto a substâncias nocivas à saúde,
inclusive com recebimento do adicional de insalubridade, tem direito à contagem especial do tempo de
serviço.
6. No caso, verifica-se que a parte Autora não provou que esteve exposta aos agentes nocivos, químicos,
físicos ou biológicos por tempo superior a 25 anos, pois não apresentou PPP ou laudo pericial de
condições ambientais, conforme regras disciplinadas nos art. 57, §§ 3º e 4º e art. 58, §1º, da Lei nº
8.213/91.
7. Os laudos técnicos e PPP´s anexados aos autos em nome de terceiros não são aptos a afirmar a
especialidade da atividade desempenhada pela parte Autora, não retratando, especificamente, as
condições de trabalho por ela desenvolvidas.
8. No que tange ao recebimento de adicional de insalubridade verificado em suas fichas financeiras,
entende-se que tal obtenção não é pressuposto necessário para caracterizar uma atividade como
especial. É o entendimento do Superior Tribunal de Justiça:
“PREVIDENCIÁRIO. RECURSO ESPECIAL. APOSENTADORIA POR TEMPO DE CONTRIBUIÇÃO.
CÔMPUTO DE TEMPO ESPECIAL EM RAZÃO DE RECEBIMENTO DO ADICIONAL DE
INSALUBRIDADE. INSUFICIÊNCIA. NECESSIDADE DE COMPROVAÇÃO DA EXPOSIÇÃO HABITUAL
E PERMANENTE POR INTERMÉDIO DE FORMULÁRIOS E LAUDOS. RECURSO ESPECIAL
CONHECIDO E PROVIDO.
1. Após o advento da Lei 9.032/1995 vedou-se o reconhecimento da especialidade do trabalho por mero
enquadramento profissional ou enquadramento do agente nocivo, passando a exigir a efetiva exposição
do trabalhador ao agente nocivo.
2. A percepção de adicional de insalubridade pelo segurado, por si só, não lhe confere o direito de ter o
respectivo período reconhecido como especial, porquanto os requisitos para a percepção do direito
trabalhista são distintos dos requisitos para o reconhecimento da especialidade do trabalho no âmbito da
Previdência Social. (grifo meu)
3. In casu, o acórdão proferido Tribunal a quo reconheceu o período trabalhado como especial, tão
somente em razão da percepção pelo trabalhador segurado do adicional de insalubridade, razão pela qual
deve ser reformado.
4. Recurso especial conhecido e provido”.
(STJ, RESP 201401541279, Rel. Min. Mauro Campbell Marques, 2ª Turma, DJE de 16/03/2015)
9. Assim sendo, não há como acolher a pretensão diante da ausência de prova do exercício da atividade
de campo, o que de seu turno impede o reconhecimento por ora do direito à aposentadoria especial e do
implemento das condições para o recebimento do abono de permanência.
10. Recurso desprovido. Sentença mantida. PODER JUDICIÁRIO SEÇÃO JUDICIÁRIA DO DISTRITO
FEDERAL
D26656055E611E50B5596E1BA8176452 TRF 1 REGIÃO/IMP.15-01-04-SJ
3
11. Honorários advocatícios devidos pelo (a) recorrente vencido (a), fixados em 10% (dez por cento) do
valor da causa, nos termos do artigo 55 da Lei nº 9.099/95, suspendendo-se a exigibilidade, por ser o (a)
672
autor (a) beneficiário (a) da justiça gratuita. A possibilidade de execução exaure-se em 5 (cinco) anos
após o trânsito em julgado (Artigo 98, § 3º, do NCPC).
12. Acórdão lavrado nos termos do artigo 46 da Lei 9.099/95.
ACÓRDÃO
Decide a 3ª Turma Recursal, à unanimidade, NEGAR PROVIMENTO ao recurso do autor.
3ª Turma Recursal, Juizado Especial Federal/SJDF. Brasília-DF, 07 de maio de 2019.
JUIZ RUI COSTA GONÇALVES
em substituição na 3ª TR - 3ª Relatoria
PROCESSO N. 0009678-29.2018.4.01.3400
RECORRENTE: UNIAO FEDERAL (FAZENDA NACIONAL) - UNIAO FEDERAL (FAZENDA NACIONAL)
ADVOGADO : - CELIA FERREIRA TAVARES DE LYRAPE00029426 - FRANCISCO AUGUSTO MELO
DE FREITAS E OUTRO(S)
RECORRIDO: GERALDO FERNANDES - UNIAO FEDERAL (FAZENDA NACIONAL)
ADVOGADO: PE00029426 - FRANCISCO AUGUSTO MELO DE FREITAS E OUTRO(S) - CELIA
FERREIRA TAVARES DE LYRA
RELATOR: RUI COSTA GONÇALVES
EMENTA
TRIBUTÁRIO. CONTRIBUIÇÃO PREVIDENCIÁRIA. INCIDÊNCIA SOBRE GRATIFICAÇÃO DE
ATIVIDADE DE COMBATE E CONTROLE DE ENDEMIAS - GACEN. LEI Nº 13.324/2016.
INCORPORAÇÃO INTEGRAL DA GRATIFICAÇÃO. EXIGIBILIDADE DA CONTRIBUIÇÃO. SENTENÇA
REFORMADA. RECURSO DA UNIÃO PROVIDO. RECURSO DA PARTE AUTORA PREJUDICADO.
1. Trata-se de recursos interpostos por ambas as partes contra sentença que julgou procedente em parte
os pedidos para declarar a inexigibilidade da contribuição previdenciária (PSS), incidente sobre a parcela
da Gratificação de Atividade de Combate e Controle de Endemias (GACEN) que ultrapassa a pontuação
ou percentual que não integrará os proventos de aposentadoria, e condenou a UNIÃO a restituir à parte
autora os valores recolhidos sob mesmo título nos cinco anos anteriores ao ajuizamento da ação.
2. A União sustenta a legalidade da incidência do PSS sobre a GACEN.
3. A parte autora pugna pelo reconhecimento de 100% dos valores cobrados indevidamente a título de
PSS incidentes sobre a GACEN.
4. Quanto ao tema, a jurisprudência do Supremo Tribunal Federal posiciona-se no sentido de que
somente as parcelas incorporáveis ao salário do servidor sofrem a incidência da contribuição
previdenciária. Precedentes: RE 589441 AgR / MG - MINAS GERAIS , Relator: Min. EROS GRAU,
Julgamento: 09/12/2008; AI 744610 AgR, JULG-26-05-2009, UF-MG TURMA-02, MIN-EROS GRAU, DJe-
113 DIVULG 18-06-2009 PUBLIC 19-06-2009; RE 595433 AgR, JULG-03-03-2009, UF-MG TURMA-02,
MIN-EROS GRAU, DJe-059 DIVULG 26-03-2009 PUBLIC 27-03-2009.
5. Com o advento da Lei nº 13.324, de 29 de julho de 2016, que acrescentou novas regras para a
incorporação da GACEN, devida aos servidores do Quadro de Pessoal do Ministério da Saúde e do
Quadro de Pessoal da Fundação Nacional de Saúde (Funasa) de que tratam o art. 54 da Lei nº
11.784/2008 e os arts. 284 e 284-A da Lei nº 11.907/2009, o servidor ativo, aposentado e o pensionista
poderão incorporar 100% (cem por cento) dos pontos da referida gratificação aos proventos de
aposentadoria ou pensão, verbis: PODER JUDICIÁRIO SEÇÃO JUDICIÁRIA DO DISTRITO FEDERAL
F795CA083E5DC7914805E66C70BF879F TRF 1 REGIÃO/IMP.15-01-04-SJ
2
“Art. 93. Os servidores de que trata o art. 92 podem optar, em caráter irretratável, pela incorporação da
Gacen aos proventos de aposentadoria ou às pensões nos seguintes termos:
I - a partir de 1o de janeiro de 2017: 67% (sessenta e sete por cento) da gratificação;
II - a partir de 1o de janeiro de 2018: 84% (oitenta e quatro por cento) da gratificação; e
III - a partir de 1o de janeiro de 2019: o valor integral da gratificação.” [grifo nosso]
6. Considerando o caráter essencialmente contributivo-retributivo do sistema e a necessária correlação
entre custo e benefício, bem assim o disposto no § 3º, do art. 40 da CF e a situação jurídica atual de
incorporação integral da parcela da gratificação, a pretensão da parte não merece acolhida. Assim,
concluo que apenas as parcelas não incorporáveis aos proventos de aposentadoria são excluídas da
incidência da contribuição para o PSS.
7. Sentença reformada para julgar improcedente o pedido de declaração de inexigibilidade da contribuição
para o PSS sobre os valores da GACEN, bem como de repetição de indébito dos valores indevidamente
recolhidos. Recurso da UNIÃO provido.
8. Recurso da parte autora prejudicado.
9. Incabível a condenação em honorários advocatícios.
10. Acórdão proferido nos termos do art. 46 da Lei nº 9.099/95.
ACÓRDÃO
673
Decide a 3ª Turma Recursal, por unanimidade, dar provimento ao recurso da UNIÃO, dando por
prejudicado o recurso da parte autora, nos termos do voto do Relator.
3ª Turma Recursal, Juizado Especial Federal/SJDF. Brasília, 07 de maio de 2019 (data do julgamento).
JUIZ RUI COSTA GONÇALVES
em substituição na 3ª TR - 3ª Relatoria
PROCESSO N. 0009663-60.2018.4.01.3400
RECORRENTE: LUCIO BATISTA DA SILVA
ADVOGADO : DF00037905 - DIEGO MONTEIRO CHERULLI
RECORRIDO: INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
ADVOGADO:
RELATOR: RUI COSTA GONÇALVES
EMENTA
PREVIDENCIÁRIO. DESAPOSENTAÇÃO. IMPOSSIBILIDADE. TESE JURÍDICA FIRMADA PELO STF
NOS REs 381.367, 661.256 e 827833. EFEITO VINCULANTE. SOLUÇÃO DEFINITIVA DO TEMA.
RECURSO DA PARTE AUTORA IMPROVIDO. SENTENÇA MANTIDA.
1. Trata-se de recurso inominado interposto pela parte Autora contra sentença que julgou improcedente o
pedido inicial de "desaposentação".
2. O Supremo Tribunal Federal, por seu Plenário, nas recentes sessões de 26 e 27/10/2016, julgou os
Recursos Extraordinários 381.367, 661.256 e 827.833, e que têm por objeto o direito à "desaposentação",
fixando tese jurídica no sentido de que "somente por meio de lei é possível fixar critérios para que os
benefícios sejam recalculados com base em novas contribuições decorrentes da permanência ou volta do
trabalhador ao mercado de trabalho após concessão de aposentadoria", consoante vê-se do próprio site
do Supremo Tribunal Federal, em "Notícias STF - Quinta-feira, 27 de outubro de 2016".
3. Em suma, o Supremo Tribunal Federal refutou integralmente o direito de "desaposentação" tal qual
postulado nestes autos.
4. Referidos REs foram julgados sob o regime da Repercussão Geral - Tema 503 -, com ementa do
seguinte teor:
"CONSTITUCIONAL. PREVIDENCIÁRIO. § 2º do ART. 18 DA LEI 8.213/91. DESAPOSENTAÇÃO.
RENÚNCIA A BENEFÍCIO DE APOSENTADORIA. UTILIZAÇÃO DO TEMPO DE
SERVIÇO/CONTRIBUIÇÃO QUE FUNDAMENTOU A PRESTAÇÃO PREVIDENCIÁRIA ORIGINÁRIA.
OBTENÇÃO DE BENEFÍCIO MAIS VANTAJOSO. MATÉRIA EM DISCUSSÃO NO RE 381.367, DA
RELATORIA DO MINISTRO MARCO AURÉLIO. PRESENÇA DA REPERCUSSÃO GERAL DA
QUESTÃO CONSTITUCIONAL DISCUTIDA. Possui repercussão geral a questão constitucional alusiva à
possibilidade de renúncia a benefício de aposentadoria, com a utilização do tempo se serviço/contribuição
que fundamentou a prestação previdenciária originária para a obtenção de benefício mais vantajoso". (RE
661.256, julg. em 17/11/2011, DJe-081, DIVULG 25/4/2012, PUBLIC 26/4/2012). PODER JUDICIÁRIO
SEÇÃO JUDICIÁRIA DO DISTRITO FEDERAL
3D7D31EB9387C29073B303DE603CA5BC TRF 1 REGIÃO/IMP.15-01-04-SJ
2
5. A posição firmada pelo e. STF dá solução definitiva ao debate da questão e, por seu efeito vinculante,
deve operar-se em todas as ações em curso sobre o mesmo tema, por força do disposto no art. 1039,
caput, parte final, do CPC/15, e alcançando, desde logo, o caso dos presentes autos, em vista dos
princípios da simplicidade, informalidade e celeridade que ditam os processos nos Juizados Especiais,
consoante art. 2º, da Lei 9.099/95.
6. Assim, impõe-se reconhecer a improcedência do pedido inicial, tendo em vista que o próprio direito
postulado encontra-se reconhecido como inexistente, consoante tese jurídica firmada pelo STF. Efeito
vinculante. CPC/2015, art. 1039, caput, parte final.
7. Recurso da parte Autora desprovido. Sentença mantida.
8. Honorários advocatícios pela Recorrente, fixados em 10% do valor atribuído à causa devidamente
corrigido, ficando a execução suspensa pelo prazo de 5 anos contados do trânsito em julgado deste
acórdão, em virtude da concessão da gratuidade de Justiça, apesar de o Recorrido não ter apresentado
contrarrazões, pois, no âmbito do Juizado Especial Federal, a condenação em honorários advocatícios
constitui medida a desestimular a interposição de recurso inominado (art. 98, §3º, do CPC/15).
9. Acórdão proferido de acordo com o art. 46 da Lei nº 9.099/95.
ACÓRDÃO
Decide a 3ª Turma Recursal, por unanimidade, NEGAR PROVIMENTO ao recurso da parte Autora, nos
termos do voto do Relator.
Brasília, 07 de maio de 2019.
JUIZ RUI COSTA GONÇALVES
674
Relator
PROCESSO N. 0005742-30.2017.4.01.3400
RECORRENTE: DORNELES MAGALHAES
b) a partir de 1 de janeiro de 2009, correspondente a 50% (cinquenta por cento) do seu valor;
(...)
§ 5o A Gecen e a Gacen serão reajustadas na mesma época e na mesma proporção da revisão geral da
remuneração dos servidores públicos federais.
(…)
§ 7o A Gecen e a Gacen substituem para todos os efeitos a vantagem de que trata o art. 16 da Lei no
8.216, de 13 de agosto de 1991. § 8o Os servidores ou empregados que receberem a Gecen ou Gacen
não receberão diárias que tenham como fundamento deslocamento nos termos do caput deste artigo,
desde que não exija pernoite.
7. A Gratificação de Atividade de Combate e Controle de Endemias (GACEN), instituída pela Lei nº
11.784/2008, tem natureza de gratificação de atividade e não tem natureza indenizatória. A gratificação é
percebida independentemente da produtividade dos servidores que atuam nas atividades especificadas
no art. 54 da Lei 11.784/2008, sendo devida também aos aposentados oriundos dos mesmos cargos que,
entretanto, recebem a gratificação em valor inferior ao devido aos servidores ativos, conforme anexo XXV
da lei n. 11.784/08 na redação dada pela lei n. 12.778/12. No caso, documentação juntada aos autos
comprova o recebimento da GACEN pela parte autora.
8. Ressalte-se que a gratificação em comento é paga de forma indistinta, sem qualquer tipo de avaliação
individual de desempenho, isto é, o servidor a percebe, em caráter permanente, quando realizar as
atividades definidas pela lei por mais de 12 (doze) meses. Na esteira do entendimento adotado pelo eg.
STF em casos semelhantes em que há previsão de pagamento reduzido da gratificação aos servidores
inativos e pensionistas, em situações de vantagem pecuniária paga a todos os servidores da ativa na
mesma função, sem a realização de avaliação de desempenho individual, tem-se que o artigo 55, § 3º, II,
"a", da Lei 11.784/2008 afronta o princípio da isonomia e, portanto, trata-se de dispositivo inconstitucional.
675
9. Dessa forma, por possuir caráter genérico, o pagamento da GACEN deve ser estendido, no mesmo
valor pago aos servidores ativos, aos servidores aposentados que possuem direito à paridade
remuneratória, ou seja, aos que tiveram o benefício concedido antes da vigência da Emenda
Constitucional nº 41/2003, bem como àqueles que à época da publicação da emenda já possuíam direito
à aposentadoria. Nesse sentido: PEDILEF 05033027020134058302, JUIZ FEDERAL RONALDO JOSÉ
DA SILVA, TNU, Data da Decisão 19/11/2015, DOU 05/02/2016 PÁGINAS 221/329.
10. Relativamente à paridade remuneratória entre servidores ativos e inativos, o entendimento do
Supremo Tribunal Federal, consubstanciado no RE 631.389, pressupõe sua ocorrência somente nas
hipóteses expressamente previstas nas EC 41/03, art. 7°, e EC 47/05, arts. 2° e 3°. No caso concreto, a
documentação inicial demonstra que a parte autora aposentou após EC 41/2003, conclui-se que a parte
forma integral, é dizer, há direito à paridade e à integralidade. Todavia, (3) os aposentados após a EC
41/03 e os pensionistas cujo instituidor da pensão somente preencheu os requisitos para a inatividade
após a edição da referida emenda, bem como aqueles pensionistas nos quais o óbito lhe é posterior, não
possuem direito à paridade retromencionada. Atente-se, por evidente, que, ainda que o instituidor da
pensão tenha preenchido os requisitos para a aposentação antes da edição da EC 41/03, e, portanto, seu
pensionista tenha direito à paridade remuneratória, quando o óbito for posterior à EC 41/03, não terá o
pensionista direito à integralidade, apesar do eventual direito à paridade, i.e., o pensionista terá direito à
paridade, mas não à integralidade. (Processo nº 0047491-03.2012.4.01.3400/DF, Juiz Federal Antônio
Cláudio Macedo da Silva, julgado em 07/07/2015)
12. Assim, para os benefícios instituídos de forma proporcional, as gratificações devidas aos aposentados
e pensionistas serão pagas na mesma proporção.
13. Sentença mantida. Recurso desprovido.
14. Honorários advocatícios devidos pelo (a) recorrente vencido (a), fixados em 10% (dez por cento) do
valor da causa, nos termos do artigo 55 da Lei nº 9.099/95, suspendendo-se a exigibilidade, por ser o (a)
autor (a) beneficiário (a) da justiça gratuita. A possibilidade de execução exaure-se em 5 (cinco) anos
após o trânsito em julgado (Artigo 98, § 3º, do NCPC).
15. Acórdão lavrado com fundamento no artigo 46 da Lei nº 9.099/95.
ACÓRDÃO
Decide a 3ª Turma Recursal, por unanimidade, negar provimento ao recurso.
3ª Turma Recursal, Juizado Especial Federal/SJDF. Brasília, 07 de maio de 2019 (data do julgamento).
JUIZ RUI COSTA GONÇALVES
em substituição na 3ª TR - 3ª Relatoria
PROCESSO N. 0055278-44.2016.4.01.3400
RECORRENTE: FUNDACAO NACIONAL DE SAUDE FUNASA
ADVOGADO : - IRACELIA DE OLIVEIRA VAZ
RECORRIDO: JACO CASSIANO DA COSTA
ADVOGADO: DF00039232 - LEONARDO DA COSTA
RELATOR: RUI COSTA GONÇALVES
EMENTA
ADMINISTRATIVO. SERVIDOR PÚBLICO APOSENTADO/PENSIONISTA. GRATIFICAÇÃO DE
ATIVIDADE DE COMBATE E CONTROLE DE ENDEMIAS – GACEN. PARIDADE REMUNERATÓRIA
COM SERVIDORES ATIVOS. GRATIFICAÇÃO DE NATUREZA GENÉRICA. PAGAMENTO
EXTENSÍVEL AOS SERVIDORES INATIVOS NA FORMA INTEGRAL. DECISÃO TNU. SENTENÇA
MANTIDA. RECURSO DESPROVIDO.
1. Recurso interposto pela FUNASA contra a sentença que julgou procedente o pedido para “(...) o fim de
condenar a parte ré no pagamento da GACEN, em favor da parte autora, nos mesmos valores daqueles
pagos ao pessoal da ativa, tudo conforme a data da respectiva aposentadoria ou início de percepção de
pensão, devendo ser descontados os valores pagos sob as mesmas rubricas, cessada a incidência na
hipótese de percepção de gratificação incompatível e respeitadas, em todo caso, a proporcionalidade no
pagamento do benefício e a prescrição quinquenal das parcelas vencidas antes da propositura da ação.”.
2. A recorrente sustenta que a parte autora, inativa, não desenvolve permanentemente ações voltadas ao
combate e controle de endemias, motivos pelos quais não há amparo legal para a extensão da GACEN.
676
3. A GACEN foi instituída pela Lei nº 11.784/08, sendo devida, a partir de 1º de março de 2008, aos
ocupantes dos cargos de Agente Auxiliar de Saúde Pública, Agente de Saúde Pública e Guarda de
Endemias, do Quadro de Pessoal do Ministério da Saúde e do Quadro de Pessoal da Fundação Nacional
de Saúde – FUNASA, regidos pela Lei no 8.112, de 11 de dezembro de 1990 (art. 54 da citada Lei).
4. Posteriormente, a Lei nº 11.907/09 estendeu a GACEN a outros cargos pertencentes ao Quadro de
Pessoal do Ministério da Saúde e do Quadro de Pessoal da Fundação Nacional de Saúde – FUNASA,
também regidos pela Lei nº 8.112/90.
5. De acordo com o art. 55 da Lei nº 11.784/08, a gratificação em questão é devida aos servidores que,
em caráter permanente, realizem atividades de combate e controle de endemias, em área urbana ou
rural, inclusive em terras indígenas e de remanescentes quilombolas, áreas extrativistas e ribeirinhas.
a) a partir de 1 de março de 2008, correspondente a 40% (quarenta por cento) do seu valor; e
b) a partir de 1 de janeiro de 2009, correspondente a 50% (cinquenta por cento) do seu valor;
(...)
§ 5o A Gecen e a Gacen serão reajustadas na mesma época e na mesma proporção da revisão geral da
remuneração dos servidores públicos federais.
(…)
§ 7o A Gecen e a Gacen substituem para todos os efeitos a vantagem de que trata o art. 16 da Lei no
8.216, de 13 de agosto de 1991. § 8o Os servidores ou empregados que receberem a Gecen ou Gacen
não receberão diárias que tenham como fundamento deslocamento nos termos do caput deste artigo,
desde que não exija pernoite.
7. A Gratificação de Atividade de Combate e Controle de Endemias (GACEN), instituída pela Lei nº
11.784/2008, tem natureza de gratificação de atividade e não tem natureza indenizatória. A gratificação é
percebida independentemente da produtividade dos servidores que atuam nas atividades especificadas
no art. 54 da Lei 11.784/2008, sendo devida também aos aposentados oriundos dos mesmos cargos que,
entretanto, recebem a gratificação em valor inferior ao devido aos servidores ativos, conforme anexo XXV
da lei n. 11.784/08 na redação dada pela lei n. 12.778/12.
8. Ressalte-se que a gratificação em comento é paga de forma indistinta, sem qualquer tipo de avaliação
individual de desempenho, isto é, o servidor a percebe, em caráter permanente, quando realizar as
atividades definidas pela lei por mais de 12 (doze) meses. Na esteira do entendimento adotado pelo eg.
STF em casos semelhantes em que há previsão de pagamento reduzido da gratificação aos servidores
inativos e pensionistas, em situações de vantagem pecuniária paga a todos os servidores da ativa na
mesma função, sem a realização de avaliação de desempenho individual, tem-se que o artigo 55, § 3º, II,
"a", da Lei 11.784/2008 afronta o princípio da isonomia e, portanto, trata-se de dispositivo inconstitucional.
9. Dessa forma, por possuir caráter genérico, o pagamento da GACEN deve ser estendido, no mesmo
valor pago aos servidores ativos, aos servidores aposentados que possuem direito à paridade
remuneratória, ou seja, aos que tiveram o benefício concedido antes da vigência da Emenda
Constitucional nº 41/2003, bem como àqueles que à época da publicação da emenda já possuíam direito
à aposentadoria. Nesse sentido: PEDILEF 05033027020134058302, JUIZ FEDERAL RONALDO JOSÉ
DA SILVA, TNU, Data da Decisão 19/11/2015, DOU 05/02/2016 PÁGINAS 221/329.
10. Relativamente à paridade remuneratória entre servidores ativos e inativos, o entendimento do
Supremo Tribunal Federal, consubstanciado no RE 631.389, pressupõe sua ocorrência somente nas
hipóteses expressamente previstas nas EC 41/03, arts. 6º e 7º, e EC 47/05, arts. 2° e 3°. No caso
concreto, a documentação inicial comprova encontrar-se a parte autora em uma das situações descritas,
fato que lhe concede o direito à paridade.
11. Registre-se, por oportuno, que, (1) tanto nas aposentadorias quanto nas pensões concedidas antes
da EC 41/03, (2) como nas aposentadorias concedidas após a EC 41/03, nas quais o servidor já havia
implementado os requisitos para a inatividade antes do seu advento, há direito à PODER JUDICIÁRIO
SEÇÃO JUDICIÁRIA DO DISTRITO FEDERAL
31635260CFEAB3C5B0FA43D108ABFBD8 TRF 1 REGIÃO/IMP.15-01-04-SJ
3
PROCESSO N. 0037112-27.2017.4.01.3400
RECORRENTE: ADNELIA MARIA CAMPOS LOPES
ADVOGADO : DF00021946 - CEZAR ROCHA PEREIRA DOS SANTOS E OUTRO(S)
RECORRIDO: UNIAO FEDERAL
ADVOGADO: - DIEGO EDUARDO FARIAS CAMBRAIA
RELATOR: RUI COSTA GONÇALVES
EMENTA
CONSTITUCIONAL E ADMINISTRATIVO. ANISTIADO. LEI 8.878/94. CÔMPUTO DO PERÍODO DE
AFASTAMENTO COMPREENDIDO ENTRE A DEMISSÃO E A READMISSÃO COMO TEMPO DE
CONTRIBUIÇÃO. RECURSO DA PARTE AUTORA IMPROVIDO. SENTENÇA MANTIDA.
1. Trata-se de recurso interposto pela parte Autora contra sentença que julgou improcedente o pedido de
reconhecimento do direito à contagem do período de afastamento compreendido entre a demissão e a
readmissão, na condição de anistiado, como tempo de contribuição.
2. Sustenta a Recorrente que a Anistia concedida pela Lei 8.878/94 assegurou a reintegração de
servidores demitidos sem o devido processo legal, que não podem ser compelidos a recolherem as
contribuições previdenciárias decorrentes de um fato que não deram causa.
3. A anistia prevista na Lei 8.878/98 não gera efeitos financeiros retroativos, de forma que o art. 6º da Lei
em comento veda a remuneração de qualquer espécie em caráter retroativo, bem assim a contagem do
período anterior à readmissão como tempo de serviço, para qualquer efeito.
4. Dessa forma, reconhecido pela União o direito à readmissão no cargo anteriormente ocupado, o
Recorrente faz jus ao pagamento das diferenças remuneratórias e vantagens devidas desde o ato de
readmissão, sem direito à percepção de remuneração e reconhecimento do período não trabalhado.
5. Isso porque a readmissão não se confunde com a reintegração. Esta decorre da ilegalidade do ato,
enquanto aquela constitui favor legal, que, no caso da anistia prevista na Lei 8.878/94, possibilita ao
destinatário da norma reassumir o cargo de que fora dispensado, com direitos e vantagens reconhecidos
a partir do efetivo retorno à atividade. PODER JUDICIÁRIO SEÇÃO JUDICIÁRIA DO DISTRITO
FEDERAL
71022FA8577DADF73A3602C972BA16FF TRF 1 REGIÃO/IMP.15-01-04-SJ
2
6. Assim, a readmissão realizada com base na Lei 8.878/94, condicionada à efetiva disponibilidade
financeira e orçamentária, além da necessidade de cada órgão (art. 3º, Lei 8.878/94), somente gerou
efeitos financeiros a partir do efetivo retorno à atividade.
7. Logo, no período entre a demissão e a readmissão, não há direito ao cômputo de tempo de serviço
para quaisquer efeitos ou vantagens, inclusive reconhecimento da contribuição previdenciária, que não
pode ser dissociada da efetiva prestação do serviço e da necessária contrapartida remuneratória.
8. Recurso improvido. Sentença mantida.
9. Honorários advocatícios pela parte recorrente, fixados em 10% do valor atribuído à causa (Lei
9.099/95, art. 55), devidamente corrigido, ficando a execução suspensa pelo prazo de 5 anos contados do
trânsito em julgado deste acórdão, em virtude da concessão da gratuidade de Justiça (art. 98, §3º, do
CPC/15).
10. Acórdão lavrado nos termos do artigo 46 da Lei 9.099/95.
ACÓRDÃO
Decide a 3ª Turma Recursal-JEF/DF, por unanimidade, NEGAR PROVIMENTO ao recurso da parte
Autora, nos termos voto do Relator.
3ª Turma Recursal, Juizado Especial Federal/SJDF. Brasília, 07 de maio de 2019 (data do julgamento).
JUIZ RUI COSTA GONÇALVES
678
em substituição na 3ª TR - 3ª Relatoria
PROCESSO N. 0033675-75.2017.4.01.3400
RECORRENTE: INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
ADVOGADO : - CLAUDIA GRAYCE LIMA DOS SANTOS
sim, serem submetidos ao crivo do sobrestamento, na forma do disposto no 54, XVII, do Regimento
Interno das Turmas Recursais da 1ª Região (Resolução PRESI 17, de 19/9/14).
5. E como o STF já afirmou, peremptoriamente, “As decisões proferidas pelo Plenário do Supremo
Tribunal Federal quando do julgamento de recursos extraordinários com repercussão geral vinculam os
demais órgãos do Poder Judiciário na solução, por estes, de outros feitos sobre idêntica controvérsia. 2.
Cabe aos juízes e desembargadores respeitar a autoridade da decisão do Supremo Tribunal Federal
tomada em sede de repercussão geral, assegurando racionalidade e eficiência ao Sistema Judiciário e
concretizando a certeza jurídica sobre o tema. 3.O legislador não atribuiu ao Supremo Tribunal Federal o
ônus de fazer aplicar diretamente a cada caso concreto seu entendimento. 4. A Lei 11.418/2006 evita que
o Supremo Tribunal Federal seja sobrecarregado por recursos extraordinários fundados em idêntica
controvérsia, pois atribuiu aos demais Tribunais a obrigação de os sobrestarem e a possibilidade de
realizarem juízo de retratação para adequarem seus acórdãos à orientação de mérito firmada por esta
Corte....6. A competência é dos Tribunais de origem para a solução dos casos concretos, cabendo-lhes,
no exercício deste mister, observar a orientação fixada em sede de repercussão geral....” – grifei. (STF,
Recl 10793, Rel. Min. Ellen Gracie, Tribunal Pleno, julg. em 13/4/2011, decisão unânime, DJe de
03/6/2011, publ. 13/4/2011). Portanto, indefiro o pedido de suspensão da tramitação do processo.
6. Recurso do INSS desprovido. Sentença mantida.
7. Honorários advocatícios pelo Recorrente vencido, fixados em 10% (dez por cento) do valor da
condenação, excluídas as parcelas vencidas após a prolação da sentença (Súmula nº 111/STJ).
679
PROCESSO N. 0068759-74.2016.4.01.3400
RECORRENTE: INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
ADVOGADO :
RECORRIDO: EDMILSON DA CRUZ RIBEIRO FIUSA
ADVOGADO: DF00045192 - EDNA CONCEICAO DOS SANTOS E SOUZA
RELATOR: RUI COSTA GONÇALVES
EMENTA
PROCESSUAL CIVIL E PREVIDENCIÁRIO. EMBARGOS DE DECLARAÇÃO. EMBARGOS DE
DECLARAÇÃO DO INSS ACOLHIDOS EM PARTE. ERRO MATERIAL SUPERADO.
1. Trata-se de Embargos de Declaração opostos pelo INSS, contra acórdão desta Turma Recursal que
negou provimento ao recurso, mantendo a sentença que julgou parcialmente procedente os pedidos,
condenando-o a conceder auxílio doença ao autor, desde a data do requerimento administrativo, em
11/06/2016 até a prolação da sentença.
2. Argui a Embargante haver erro material no Acórdão, em virtude da determinação do pagamento das
parcelas incontroversas, no prazo de 05 (cinco) dias, sem ter sido deferido a antecipação de tutela.
Sustenta o INSS que a correção monetária deve ser arbitrada na forma do art. 1º-F, da Lei nº 9.494/97,
com redação dada pela Lei nº 11.960/09 até a publicação do acórdão do RE 870.947/SE ou da
modulação dos efeitos do referido julgamento. Postula, por fim, o prequestionamento dos dispositivos
infraconstitucionais e constitucionais.
3. Os embargos de declaração têm por objetivo eliminar do julgamento obscuridade, contradição ou
omissão ou, ainda, corrigir erro material, promovendo o aperfeiçoamento do julgado (NCPC, art.1.022).
4. Da análise acórdão impugnado, constata-se que houve equívoco na redação do item 6, de fato não
houve antecipação de tutela, dessa forma, o pagamento das parcelas atrasadas deverá ser pago por
RPV/Precatório.
5. Assim, impõe-se a superação do erro material apontado e, isso considerado, para EXCLUIR o item 6
do referido Acórdão.
6. E, quanto à ausência de modulação dos efeitos, acaso definida em sentido contrário ao entendimento
que fora adotado como razões de decidir no recurso com acórdão ora embargado, poderá ser aproveitada
a qualquer tempo enquanto não operado o trânsito em julgado, com a natural e consequente projeção de
seus efeitos à fase de cumprimento/execução do julgado, posto ter observado-se solução vinculante para
esta ação antes mesmo daquele momento preclusivo, a teor do disposto no artigo 535, §§ 6º e 7º e 505, I,
ambos do CPC/15, e nisso considerando-se a possibilidade de interposição de recursos pelas partes
podendo estes, aí sim, serem submetidos ao crivo do sobrestamento, na forma do disposto no 54, XVII,
do Regimento Interno das Turmas Recursais da 1ª Região (Resolução PRESI 17, de 19/9/14).
7. E como o STF já afirmou, peremptoriamente, “As decisões proferidas pelo Plenário do Supremo
Tribunal Federal quando do julgamento de recursos extraordinários com PODER JUDICIÁRIO SEÇÃO
JUDICIÁRIA DO DISTRITO FEDERAL
231F1A304357BDBAB6E7BD3D5C49715C TRF 1 REGIÃO/IMP.15-01-04-SJ
2
repercussão geral vinculam os demais órgãos do Poder Judiciário na solução, por estes, de outros feitos
sobre idêntica controvérsia. 2. Cabe aos juízes e desembargadores respeitar a autoridade da decisão do
Supremo Tribunal Federal tomada em sede de repercussão geral, assegurando racionalidade e eficiência
ao Sistema Judiciário e concretizando a certeza jurídica sobre o tema. 3.O legislador não atribuiu ao
Supremo Tribunal Federal o ônus de fazer aplicar diretamente a cada caso concreto seu entendimento. 4.
A Lei 11.418/2006 evita que o Supremo Tribunal Federal seja sobrecarregado por recursos
extraordinários fundados em idêntica controvérsia, pois atribuiu aos demais Tribunais a obrigação de os
sobrestarem e a possibilidade de realizarem juízo de retratação para adequarem seus acórdãos à
orientação de mérito firmada por esta Corte....6. A competência é dos Tribunais de origem para a solução
dos casos concretos, cabendo-lhes, no exercício deste mister, observar a orientação fixada em sede de
repercussão geral....” – grifei. (STF, Recl 10793, Rel. Min. Ellen Gracie, Tribunal Pleno, julg. em
13/4/2011, decisão unânime, DJe de 03/6/2011, publ. 13/4/2011). Portanto, indefiro o pedido de
suspensão da tramitação do processo.
680
8. Registre-se, por oportuno que a solução dada resulta da aplicação da exigência contida no art. 1039,
caput, parte final, do CPC/15, e que, por imposição vinculante, deu à causa solução em conformidade
com a posição definida pelo STF sobre o tema no RE 870.947/SE e pelo STJ, no Resp 1.495.146/MG.
9. No que tange ao prequestionamento, remanescendo o interesse recursal, a oposição dos presentes
embargos de declaração atende aos requisitos estabelecidos na Súmula nº 356 do STF ainda que a
omissão, a contradição e/ou a obscuridade não venha(m) a ser suprida(s) pelo Tribunal a quo, conforme
entendimento exposado no julgamento do AI 553928 ED, Relator Min. Dias Toffoli, 1ª Turma, julgado em
15/12/2009, DJ-e-035 divulgado em 25/02/2010, publicado 26/02/2010.
10. Embargos de declaração da União parcialmente acolhidos, apenas para corrigir erro material.
11. Acórdão lavrado em consonância com o art. 46 da Lei nº 9.099/95.
PROCESSO N. 0009407-88.2016.4.01.3400
RECORRENTE: UNIAO FEDERAL
ADVOGADO : - ANNA AMELIA LISBOA
RECORRIDO: JOSE BATISTA SOBRINHO
ADVOGADO: PB00018788 - ANDRE CASTELO BRANCO PEREIRA DA SILVA E OUTRO(S)
RELATOR: RUI COSTA GONÇALVES
EMENTA
ADMINISTRATIVO. SERVIDOR PÚBLICO INATIVO/PENSIONISTA DO EXTINTO DNER REALOCADO
NO MINISTÉRIO DOS TRANSPORTES. DIREITO AO RECEBIMENTO DE PROVENTOS/PENSÃO DE
ACORDO COM A TABELA DE VENCIMENTO BÁSICO DOS CARGOS DO PLANO ESPECIAL DE
CARGOS DO DNIT, ÓRGÃO SUCESSOR DO DNER. REPETITIVO. SENTENÇA MANTIDA. RECURSO
DESPROVIDO.
1. Recurso interposto pela União contra sentença que julgou procedente o pedido para “(...) garantir à
parte autora, a partir de 13/02/2011 (tendo em vista a prescrição das parcelas anteriores), o direito à
paridade remuneratória com o pessoal em atividade no DNIT, sendo a ela estendidos todos os benefícios
previstos na Lei 11.171/2005, inclusive aqueles decorrentes de transformação ou reclassificação do seu
cargo ou função.”.
2. A recorrente alega, em síntese, que: a) não há qualquer respaldo legal ou jurídico para que os
proventos/pensões dos autores sejam pagos observando o Plano de Cargos instituído em favor dos
servidores ativos de quaisquer daquelas autarquias; b) os juros e a correção monetária devem ser fixados
nos termos do art. 1º-F da Lei 9.494/97.
3. Mérito. A tese da União não encontra agasalho no entendimento do eg. Superior Tribunal de Justiça
sobre o tema:
“O servidor aposentado do extinto DNER, ainda que passe a integrar o quadro de inativos de órgão
diverso do DNIT (neste caso, o Ministério dos Transportes), deve ter como parâmetro de seus proventos a
retribuição dos seus colegas ativos do DNIT, pois esta autarquia é que é a sucessora do DNER, não
havendo razão jurídica para justificar essa disparidade, máxime se tendo em conta que o tempo de
serviço foi prestado ao antigo DNER, sucedido pelo DNIT. Seria álea injustificável reduzir-se o valor dos
proventos para o padrão do Ministério dos Transportes, quando a lotação do servidor nesse órgão se deu
por ato da própria Administração, que o poderia ter lotado no DNIT, sucessor do extinto DNER, onde o
mesmo servidor laborara. A Administração pode lotar o servidor onde melhor lhe PODER JUDICIÁRIO
SEÇÃO JUDICIÁRIA DO DISTRITO FEDERAL
836C2A0A01B3D4FDD308D409BB09DC12 TRF 1 REGIÃO/IMP.15-01-04-SJ
2
aprouver, mas isso não há de ser prejudicante do servidor” (STJ, AGRESP - AGRAVO REGIMENTAL NO
RECURSO ESPECIAL – 1067200, Napoleão Nunes Maia Filho, Quinta Turma, DJE DATA:01/06/2009).
4. Assim também já decidiu o Tribunal Regional Federal da 4ª Região:
“ADMINISTRATIVO. SERVIDORES APOSENTADOS DO EXTINTO DNER. DIFERENÇA DE
PROVENTOS. O servidor aposentado do extinto DNER, ainda que passe a integrar o quadro de inativos
de órgão diverso do DNIT, deve ter como parâmetro de seus proventos a retribuição dos seus colegas
ativos do DNIT, pois esta autarquia é que é a sucessora do DNER, não havendo razão jurídica para
justificar essa disparidade, máxime se tendo em conta que o tempo de serviço foi prestado ao antigo
681
DNER, sucedido pelo DNIT” (TRF 4ª Região, AC 200772000083630, SÉRGIO RENATO TEJADA
GARCIA, Quarta Turma, D.E. 23/11/2009).
5. Por fim, temos que a matéria foi enfrentada recentemente pela egrégia Primeira Seção do STJ, em feito
representativo de controvérsia (REsp 1.244.632-CE, Rel. Min. Castro Meira, j. 10/8/2011), que firmou
posicionamento no sentido de que o servidor aposentado do extinto DNER, ainda que passe a integrar o
quadro de inativos do Ministério dos Transportes, deve ter como parâmetro de seus proventos a
retribuição dos servidores ativos do DNER absorvidos pelo DNIT, pois essa autarquia é a sucessora do
DNER não havendo razão jurídica para qualquer disparidade (Informativo nº 0480/STJ, período de 1º a 12
de agosto de 2011).
6. A Corte Superior pacificou o entendimento de que o fato de ter a lei transferido ao Ministério dos
1. Desnecessidade do trânsito em julgado das decisões do Plenário desta Corte para a sua aplicação em
feitos pendentes de julgamento que versem sobre a mesma matéria.
2. Agravo regimental não provido.
(Relator Min. Dias Toffoli, Data de publicação DJE 20/10/2011 - Ata Nº 159/2011, DJE nº 202, divulgado
em 19/10/2011).”
9. Assim, no que tange à correção monetária e aos juros de mora, esta Terceira Turma Recursal, à
unanimidade, acompanhou o voto exarado em caso análogo pelo então Relator, o MM. Antonio Claudio
Macedo da Silva (Processo nº 0016905-07.2017.4.01.3400, julgado em 3/4/2018): Condenação judicial da
Fazenda Pública referente a servidor público. Precedente do STJ: REsp 1.495.146/MG. As condenações
judiciais referentes a servidores e empregados públicos, sujeitam-se aos seguintes encargos: (1) até
julho/2001: juros de mora: 1% ao mês (capitalização simples); correção monetária: índices previstos no
Manual de Cálculos da Justiça Federal, com destaque para a incidência do IPCA-E a partir de
janeiro/2001; (2) agosto/2001 a junho/2009: juros de mora: 0,5% ao mês; correção monetária: IPCA-E; (3)
a partir de julho/2009: juros de mora: remuneração oficial da caderneta de poupança; correção monetária:
IPCA-E.
10. Sentença mantida. Recurso desprovido.
11. A União, recorrente vencida, pagará honorários de 10% sobre o valor da condenação, conforme
preceitua o artigo 55 da Lei nº 9.099/95.
12. Acórdão proferido nos termos do art. 46 da Lei nº 9.099/95.
ACÓRDÃO
Decide a 3ª Turma Recursal, por unanimidade, negar provimento ao recurso, nos termos do voto da
relatora.
3ª Turma Recursal, Juizado Especial Federal/SJDF. Brasília, 07 de maio de 2019 (data do julgamento).
JUIZ RUI COSTA GONÇALVES
em substituição na 3ª TR - 3ª Relatoria
PROCESSO N. 0028000-34.2017.4.01.3400
RECORRENTE: INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
ADVOGADO : - HELIO MARCIO LOPES CARNEIRO
RECORRIDO: CHRISLLEANY SILVA ALECRIM
ADVOGADO: DF00041954 - MARCELA CARVALHO BOCAYUVA E OUTRO(S)
RELATOR: RUI COSTA GONÇALVES
EMENTA
682
8. No tocante aos juros e à correção monetária, esta Terceira Turma Recursal, à unanimidade,
acompanhou o voto exarado em caso análogo pelo então Relator, o MM. Antonio Claudio Macedo da
Silva (Processo nº 0007719-28.2015.4.01.3400, julgado em 3/4/2018):
9. Correção monetária. Aplicável o IPCA-E, conforme determinado pelo STF quando do julgamento do RE
870.947/SE, onde foi reconhecida a repercussão geral para tratar especificamente sobre a correção
monetária. Registre-se que, por tratar-se de benefício assistencial, a correção monetária não se dá pelo
INPC, mas sim pelo IPCA-E. [Precedentes: STF: RE 870.947/SE; STJ: RESP 1.495.146/MG.]
10. Juros moratórios. Por força do artigo 240 do CPC/2015, os juros de mora são devidos desde a data da
citação válida, nos seguintes parâmetros: Incidirão os juros aplicados às cadernetas de poupança (artigo
1º-F da Lei 9.494/1997, com a redação dada pela Lei nº 11.960/2009) até a data da requisição de
pagamento (RE 579.431/RS), devendo-se observar de 04/05/2012 em diante as disposições contidas na
Lei nº 12.703/12 referentes à remuneração das cadernetas de poupança.
11. Assim, impõe-se reconhecer que a parte Autora tem direito ao benefício de prestação continuada a
pessoa portadora de deficiência, com DIB fixada em 10/8/2017.
12. Recurso do INSS parcialmente provido. Sentença reformada em parte.
13. Incabível condenação em honorários advocatícios (art. 55, da Lei 9.099/95).
14. Acórdão lavrado nos termos do art. 46 da Lei 9.099/95.
ACÓRDÃO
Decide a 3ª Turma Recursal, por unanimidade, DAR PARCIAL PROVIMENTO ao recurso do INSS, para
reformar a sentença, em parte, nos termos do voto do Relator.
3ª Turma Recursal, Juizado Especial Federal/SJDF. Brasília, 07 de maio de 2019 (data do julgamento).
JUIZ RUI COSTA GONÇALVES
em substituição na 3ª TR - 3ª Relatoria
PROCESSO N. 0022255-73.2017.4.01.3400
RECORRENTE: INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
ADVOGADO : - MARCELO NOVELINO CAMARGO
RECORRIDO: MARIA DO SOCORRO DA CONCEICAO SEVERIANO
ADVOGADO: DF00044561 - RODRIGO MARIA GUIMARAES
RELATOR: RUI COSTA GONÇALVES
EMENTA
PREVIDENCIÁRIO E PROCESSUAL CIVIL. AUXÍLIO-DOENÇA. CESSAÇÃO DO BENEFÍCIO. RAZÕES
RECURSAIS DISSOCIADAS DOS FUNDAMENTOS DA SENTENÇA. CORREÇÃO MONETÁRIA E
JUROS MORATÓRIOS. RECURSO DO INSS PARCIALMENTE CONHECIDO. DESPROVIDO.
a cessação do benefício à realização da perícia, mas apenas concedeu à parte Autora, no prazo de 15
(quinze) dias da cessação do benefício, a possibilidade de requerer a prorrogação do benefício, conforme
autoriza a regra disciplinada no art. 62, da Lei 8.213/91. Dessa forma, observa-se das razões recursais
explanadas a ausência de fundamento apto a desconstituir as razões de decidir proferidas pelo Juízo a
quo, restando, por conseguinte, configurada a inobservância ao pressuposto de admissibilidade previsto
no art. 1.010, CPC/2015.
6. E, quanto à correção monetária e aos juros moratórios, Correção monetária e juros de mora. Esta
Terceira Turma Recursal, à unanimidade, acompanhou o voto exarado em caso análogo pelo então
Relator, o MM. Antonio Claudio Macedo da Silva (Processo nº 0003747-16.2016.4.01.3400, julgado em
3/4/2018). Condenação judicial da Fazenda Pública referente A DÉBITOS PREVIDENCIÁRIOS, EXCETO
BENEFÍCIOS ASSISTENCIAIS. Precedente do STJ: REsp 1.495.146/MG. As condenações judiciais da
Fazenda Pública de natureza previdenciária, EXCETO OS BENEFÍCIOS ASSISTENCIAIS, sujeitam-se (1)
à incidência do INPC, para fins de correção monetária, no que se refere ao período posterior à vigência
da Lei 11.430/2006, que incluiu o art. 41-A na Lei 8.213/91; e (2) quanto aos juros de mora, incidem
segundo a remuneração oficial da caderneta de poupança (art. 1º-F da Lei 9.494/97, com redação dada
pela Lei n. 11.960/2009).
7. Recurso do INSS parcialmente conhecido, e na parte conhecida, desprovido. Sentença mantida.
8. Honorários advocatícios pelo Recorrente vencido, fixados em 10% (dez por cento) do valor da
condenação, excluídas as parcelas vencidas após a prolação da sentença (Súmula nº 111/STJ).
9. Acórdão lavrado nos termos do art. 46 da Lei 9.099/95
ACÓRDÃO
Decide a 3ª Turma Recursal, por unanimidade, CONHECER PARCIALMENTE, e na parte conhecida,
NEGAR PROVIMENTO ao recurso do INSS, nos termos do voto do Relator.
3ª Turma Recursal, Juizado Especial Federal/SJDF. Brasília, 07 de maio de 2019 (data do julgamento).
JUIZ RUI COSTA GONÇALVES
em substituição na 3ª TR - 3ª Relatoria
684
PROCESSO N. 0029776-69.2017.4.01.3400
RECORRENTE: UNIAO FEDERAL (FAZENDA NACIONAL)
ADVOGADO : - CELIA FERREIRA TAVARES DE LYRA
RECORRIDO: NELIO DE SOUZA MORGADO
ADVOGADO: AL00006805 - JOAO FRANCISCO DE CAMARGO E OUTRO(S)
RELATOR: RUI COSTA GONÇALVES
EMENTA
4. A Lei 10.887/2004 regulamentou a aplicação da EC 41/2003, sobre o tema, nos seguintes termos:
Art. 4o A contribuição social do servidor público ativo de qualquer dos Poderes da União, incluídas suas
autarquias e fundações, para a manutenção do respectivo regime próprio de previdência social, será de
11% (onze por cento), incidentes sobre:
I - a totalidade da base de contribuição, em se tratando de servidor que tiver ingressado no serviço
público até a data da publicação do ato de instituição do regime de previdência complementar para os
servidores públicos federais titulares de cargo efetivo e não tiver optado por aderir a ele;
II - a parcela da base de contribuição que não exceder ao limite máximo estabelecido para os benefícios
do regime geral de previdência social, em se tratando de servidor:
a) que tiver ingressado no serviço público até a data a que se refere o inciso I e tenha optado por aderir
ao regime de previdência complementar ali referido; ou
b) que tiver ingressado no serviço público a partir da data a que se refere o inciso I, independentemente
de adesão ao regime de previdência complementar ali referido.
(...)
Art. 5o Os aposentados e os pensionistas de qualquer dos Poderes da União, incluídas suas autarquias e
fundações, contribuirão com 11% (onze por cento), incidentes sobre o valor da parcela dos proventos de
aposentadorias e pensões concedidas de acordo com os critérios estabelecidos no art. 40 da Constituição
Federal e nos arts. 2o e 6o da Emenda Constitucional no 41, de 19 de dezembro de 2003, que supere o
limite máximo estabelecido para os benefícios do regime geral de previdência social.
5. Cumpre esclarecer que a contribuição ao PSS pelos servidores aposentados e pensionistas somente
passou a ser exigida a partir de 20 de maio de 2004, nos termos do art. 16 da retrocitada lei.
6. Registre-se que a obrigação de pagamento da contribuição previdenciária ocorre pelo recebimento de
remuneração, proventos ou pensão, seja na forma direta no recebimento mês a mês, retida pela fonte
pagadora, seja na sua forma indireta por decisão judicial, retida pela instituição financeira, sendo esta
forma regulamentada no art. 16-A da Lei 10.887/04, in verbis:
“Art. 16-A. A contribuição do Plano de Seguridade do Servidor Público (PSS), decorrente de valores
pagos em cumprimento de decisão judicial, ainda que derivada de homologação de acordo, será PODER
JUDICIÁRIO SEÇÃO JUDICIÁRIA DO DISTRITO FEDERAL
71E5752AE48F6A139ADB432BA3275BCB TRF 1 REGIÃO/IMP.15-01-04-SJ
685
retida na fonte, no momento do pagamento ao beneficiário ou seu representante legal, pela instituição
financeira responsável pelo pagamento, por intermédio da quitação da guia de recolhimento remetida pelo
setor de precatórios do Tribunal respectivo, no caso de pagamento de precatório ou requisição de
pequeno valor, ou pela fonte pagadora, no caso de implantação de rubrica específica em folha, mediante
a aplicação da alíquota de 11% (onze por cento) sobre o valor pago.”.
7. Quanto ao momento do fato gerador, entendo que a exigibilidade da contribuição previdenciária dá-se
pelo regime de competência, devendo ser calculada de acordo com a legislação vigente à época em que
as diferenças deveriam ter sido pagas aos servidores, razão pela qual os efeitos financeiros das
PROCESSO N. 0031202-19.2017.4.01.3400
RECORRENTE: UNIAO FEDERAL (FAZENDA NACIONAL)
ADVOGADO : - CELIA FERREIRA TAVARES DE LYRA
RECORRIDO: BENICIO KLEIN
ADVOGADO: DF00055573 - MYLENE QUITÉRIA CALDAS E OUTRO(S)
RELATOR: RUI COSTA GONÇALVES
EMENTA
TRIBUTÁRIO. CONTRIBUIÇÃO PREVIDENCIÁRIA. PAGAMENTO DE VERBAS REMUNERATÓRIAS
EM ATRASO. DECISÃO JUDICIAL. REGIME DE COMPETÊNCIA. APLICAÇÃO DA ALÍQUOTA
VIGENTE NO MOMENTO EM QUE OS PAGAMENTOS DEVERIAM TER SIDO EFETUADOS.
RECURSO PARCIALMENTE PROVIDO.
1. Trata-se de recurso interposto pela União (Fazenda Nacional) contra sentença que julgou parcialmente
procedente o pedido para “(...) o fim de condenar a parte ré na restituição, em favor da parte autora, dos
seguintes valores descontados indevidamente a título de contribuição para o PSS incidente sobre as
parcelas do reajuste de 3,17% recebidas judicialmente: a) a totalidade da contribuição incidente sobre o
principal corrigido da dívida no período de outubro de 1995 e o mês de junho de 2004, inclusive; b) a
diferença entre a incidência de 11% sobre o valor do principal corrigido e a incidência de 11% mês a mês
686
sobre os valores excedentes do teto do RGPS no período de julho de 2004 a setembro de 2005; e c) a
totalidade da contribuição incidente sobre os juros de mora em relação a todas as competências.”.
2. A recorrente sustenta: a) a incidência do PSS sobre parcelas remuneratórias recebidas pela parte
autora por meio de precatório/RPV; b) a inexistência de isenção do PSS sobre a remuneração do servidor
público, e; c) a inaplicabilidade do regime de competência.
3. A matéria foi objeto de exame desta Terceira Turma Recursal que, à unanimidade, acompanhou o voto
exarado em caso análogo pelo então Relator, o MM. Antônio Cláudio Macedo da Silva (Processo nº
0002973-49.2017.4.01.3400), no sentido de que (i) a legislação aplicável à contribuição ao PSS deve
observar o momento da ocorrência do fato gerador, ou da ocorrência no mundo fático da hipótese de
incidência; (ii) há que se distinguir a situação do servidor, se ativo ou inativo; (iii) com a edição da Emenda
4. A Lei 10.887/2004 regulamentou a aplicação da EC 41/2003, sobre o tema, nos seguintes termos:
Art. 4o A contribuição social do servidor público ativo de qualquer dos Poderes da União, incluídas suas
autarquias e fundações, para a manutenção do respectivo regime próprio de previdência social, será de
11% (onze por cento), incidentes sobre:
I - a totalidade da base de contribuição, em se tratando de servidor que tiver ingressado no serviço
público até a data da publicação do ato de instituição do regime de previdência complementar para os
servidores públicos federais titulares de cargo efetivo e não tiver optado por aderir a ele;
II - a parcela da base de contribuição que não exceder ao limite máximo estabelecido para os benefícios
do regime geral de previdência social, em se tratando de servidor:
a) que tiver ingressado no serviço público até a data a que se refere o inciso I e tenha optado por aderir
ao regime de previdência complementar ali referido; ou
b) que tiver ingressado no serviço público a partir da data a que se refere o inciso I, independentemente
de adesão ao regime de previdência complementar ali referido.
(...)
Art. 5o Os aposentados e os pensionistas de qualquer dos Poderes da União, incluídas suas autarquias e
fundações, contribuirão com 11% (onze por cento), incidentes sobre o valor da parcela dos proventos de
aposentadorias e pensões concedidas de acordo com os critérios estabelecidos no art. 40 da Constituição
Federal e nos arts. 2o e 6o da Emenda Constitucional no 41, de 19 de dezembro de 2003, que supere o
limite máximo estabelecido para os benefícios do regime geral de previdência social.
5. Cumpre esclarecer que a contribuição ao PSS pelos servidores aposentados e pensionistas somente
passou a ser exigida a partir de 20 de maio de 2004, nos termos do art. 16 da retrocitada lei.
6. Registre-se que a obrigação de pagamento da contribuição previdenciária ocorre pelo recebimento de
remuneração, proventos ou pensão, seja na forma direta no recebimento mês a mês, retida pela fonte
pagadora, seja na sua forma indireta por decisão judicial, retida pela instituição financeira, sendo esta
forma regulamentada no art. 16-A da Lei 10.887/04, in verbis:
“Art. 16-A. A contribuição do Plano de Seguridade do Servidor Público (PSS), decorrente de valores
pagos em cumprimento de decisão judicial, ainda que derivada de homologação de acordo, será PODER
JUDICIÁRIO SEÇÃO JUDICIÁRIA DO DISTRITO FEDERAL
666EF8360FF58306219C3E8CAD292260 TRF 1 REGIÃO/IMP.15-01-04-SJ
3
retida na fonte, no momento do pagamento ao beneficiário ou seu representante legal, pela instituição
financeira responsável pelo pagamento, por intermédio da quitação da guia de recolhimento remetida pelo
setor de precatórios do Tribunal respectivo, no caso de pagamento de precatório ou requisição de
pequeno valor, ou pela fonte pagadora, no caso de implantação de rubrica específica em folha, mediante
a aplicação da alíquota de 11% (onze por cento) sobre o valor pago.”.
7. Quanto ao momento do fato gerador, entendo que a exigibilidade da contribuição previdenciária dá-se
pelo regime de competência, devendo ser calculada de acordo com a legislação vigente à época em que
as diferenças deveriam ter sido pagas aos servidores, razão pela qual os efeitos financeiros das
transações são reconhecidos na data do fato gerador não importando o momento do pagamento. Neste
sentido:
“TRIBUTÁRIO. CONTRIBUIÇÃO PARA O PLANO DE SEGURIDADE DO SERVIDOR PÚBLICO - PSS.
INEXIGIBILIDADE DO TRIBUTO SOBRE O VALOR PAGO EM CUMPRIMENTO DE DECISÃO JUDICIAL
REFERENTE AOS JUROS MORATÓRIOS. REPRESENTATIVO DA CONTROVÉRSIA. 1. Não incide a
contribuição para o Plano de Seguridade do Servidor Público sobre os juros moratórios pagos em
cumprimento de decisão judicial, ainda que abranja diferenças de verbas de natureza exclusivamente
salarial (REsp 1.239.203 - PR, "representativo da controvérsia", Ministro Mauro Campbell Marques, 1ª
Seção do STJ). 2. A retenção do PSS sobre o principal deve observar as tabelas e alíquotas vigentes à
época em que deveriam ter sido pagos (regime de competência). Precedentes deste TRF1. 3. Apelação
687
PROCESSO N. 0073290-09.2016.4.01.3400
RECORRENTE: UNIAO FEDERAL (FAZENDA NACIONAL)
ADVOGADO : - CELIA FERREIRA TAVARES DE LYRA
RECORRIDO: LAUMAR JOSE BRAGA
ADVOGADO: DF00315416 - MAURO LEMOS ADVOCACIA-SOCIEDADE INDIVIDUAL DA ADVOCACIA
RELATOR: RUI COSTA GONÇALVES
EMENTA
TRIBUTÁRIO. CONTRIBUIÇÃO PREVIDENCIÁRIA. PAGAMENTO DE VERBAS REMUNERATÓRIAS
EM ATRASO. DECISÃO JUDICIAL. REGIME DE COMPETÊNCIA. APLICAÇÃO DA ALÍQUOTA
VIGENTE NO MOMENTO EM QUE OS PAGAMENTOS DEVERIAM TER SIDO EFETUADOS.
RECURSO DESPROVIDO. SENTENÇA MANTIDA.
1. Trata-se de recurso interposto pela União (Fazenda Nacional) contra sentença que julgou parcialmente
procedente o pedido para “o fim de condenar a parte ré na restituição, em favor da parte autora, dos
seguintes valores descontados indevidamente a título de contribuição para o PSS cobrado sobre as
parcelas recebidas judicialmente: a) a diferença entre a alíquota de 11% e a alíquota de 6% dos valores
incidentes sobre o principal corrigido das quantias recebidas a título de GOE; b) a totalidade dos valores
incidentes sobre o principal corrigido das quantias recebidas a título de reajuste de 3,17% no período
entre a data em que a parte autora se aposentou (outubro de 2001) e o mês de junho de 2004, inclusive;
c) a diferença entre a incidência de 11% sobre o valor do principal corrigido e a incidência de 11% mês a
mês sobre os valores excedentes do teto do RGPS no tocante às quantias recebidas a título de reajuste
de 3,17% no período de julho de 2004 a setembro de 2005; e d) a totalidade dos valores incidentes sobre
os juros de mora em relação a todas as competências de ambas as vantagens percebidas.”.
2. A recorrente alega, preliminarmente, a prescrição quinquenal. No mérito, sustenta a incidência do PSS
sobre parcelas remuneratórias recebidas pela parte autora por meio de precatório/RPV e a
inaplicabilidade do regime de competência.
3. Prescrição. Ausência de interesse recursal, neste ponto, visto que a sentença está conforme a
pretensão da recorrente, neste ponto.
4. A matéria foi objeto de exame desta Terceira Turma Recursal que, à unanimidade, acompanhou o voto
exarado em caso análogo pelo então Relator, o MM. Antônio Cláudio Macedo da Silva (Processo nº
0002973-49.2017.4.01.3400), no sentido de que (i) a legislação aplicável à contribuição ao PSS deve
observar o momento da ocorrência do fato gerador, ou da ocorrência no mundo fático da hipótese de
incidência; PODER JUDICIÁRIO SEÇÃO JUDICIÁRIA DO DISTRITO FEDERAL
2B26E4A8CF5AA0D0B042F320C234377F TRF 1 REGIÃO/IMP.15-01-04-SJ
2
688
(ii) há que se distinguir a situação do servidor, se ativo ou inativo; (iii) com a edição da Emenda
Constitucional nº 03/93, a contribuição para o plano de seguridade social passou a ser obrigatória para os
servidores públicos; (iv) após a Emenda Constitucional nº 41/2003, instituiu-se a possibilidade de
exigência da contribuição previdenciária sobre os proventos e pensões.
5. A Lei 10.887/2004 regulamentou a aplicação da EC 41/2003, sobre o tema, nos seguintes termos:
Art. 4o A contribuição social do servidor público ativo de qualquer dos Poderes da União, incluídas suas
autarquias e fundações, para a manutenção do respectivo regime próprio de previdência social, será de
11% (onze por cento), incidentes sobre:
I - a totalidade da base de contribuição, em se tratando de servidor que tiver ingressado no serviço
público até a data da publicação do ato de instituição do regime de previdência complementar para os
recebimento mês a mês, retida pela fonte pagadora, seja na sua forma indireta por decisão judicial, retida
pela instituição financeira, sendo esta forma regulamentada no art. 16-A da Lei 10.887/04, in verbis:
“Art. 16-A. A contribuição do Plano de Seguridade do Servidor Público (PSS), decorrente de valores
pagos em cumprimento de decisão judicial, ainda que derivada de homologação de acordo, será retida na
fonte, no momento do pagamento ao beneficiário ou seu representante legal, pela instituição financeira
responsável pelo pagamento, por intermédio da quitação da guia de recolhimento remetida pelo setor de
precatórios do Tribunal respectivo, no caso de pagamento de precatório ou requisição de pequeno valor,
ou pela fonte pagadora, no caso de implantação de rubrica específica em folha, mediante a aplicação da
alíquota de 11% (onze por cento) sobre o valor pago.”.
8. Quanto ao momento do fato gerador, entendo que a exigibilidade da contribuição previdenciária dá-se
pelo regime de competência, devendo ser calculada de acordo com a legislação vigente à época em que
as diferenças deveriam ter sido pagas aos servidores, razão pela qual os efeitos financeiros das
transações são reconhecidos na data do fato gerador não importando o momento do pagamento. Neste
sentido:
“TRIBUTÁRIO. CONTRIBUIÇÃO PARA O PLANO DE SEGURIDADE DO SERVIDOR PÚBLICO - PSS.
INEXIGIBILIDADE DO TRIBUTO SOBRE O VALOR PAGO EM CUMPRIMENTO DE DECISÃO JUDICIAL
REFERENTE AOS JUROS MORATÓRIOS. REPRESENTATIVO DA CONTROVÉRSIA. 1. Não incide a
contribuição para o Plano de Seguridade do Servidor Público sobre os juros moratórios pagos em
cumprimento de decisão judicial, ainda que abranja diferenças de verbas de natureza exclusivamente
salarial (REsp 1.239.203 - PR, "representativo da controvérsia", Ministro Mauro Campbell Marques, 1ª
Seção do STJ). 2. A retenção do PSS sobre o principal deve observar as tabelas e alíquotas vigentes à
época em que deveriam ter sido pagos (regime de competência). Precedentes deste TRF1. 3. Apelação
da União/ré e remessa de ofício desprovidas.(AC 0011973-54.2010.4.01.4100 / RO, Rel.
DESEMBARGADOR FEDERAL NOVÉLY VILANOVA, OITAVA TURMA, e-DJF1 p.807 de 05/09/2014).”
9. Da análise da petição inicial, verifica-se que a parte Autora pretende a aplicação do regime de
competência.
10. Não obstante, tenho que a alíquota da contribuição previdenciária dos servidores públicos civis da
União era de 6% ao tempo das competências nas quais seria devida a GOE (novembro de 1989 a
dezembro de 1990).
11. Pontuo ainda que, há comprovação de que a parte autora aposentou-se em outubro/2001, e que o
precatório referente ao reajuste de 3,17% refere-se ao interstício de outubro/1995 à setembro/2005.
Assim, ratifico o entendimento do juízo a quo, PODER JUDICIÁRIO SEÇÃO JUDICIÁRIA DO DISTRITO
FEDERAL
2B26E4A8CF5AA0D0B042F320C234377F TRF 1 REGIÃO/IMP.15-01-04-SJ
4
689
consignando que sobre as verbas pagas entre outubro/2001 e o mês de junho/2004, não deve incidir
PSS. No mesmo sentido, em relação às parcelas referentes às competências posteriores à instituição da
Contribuição Previdenciária dos inativos, 21/05/2004, a incidência de PSS será sobre o que exceder o
teto do RGPS, nos termos da EC 41 § 18.
12. No caso dos autos, correta a r. sentença que julgou parcialmente procedente o pedido.
13. Recurso desprovido.
14. Honorários advocatícios devidos pelo (a) recorrente vencido, fixados em 10% (dez por cento) do valor
da condenação, nos termos do artigo 55 da Lei nº 9.099/95.
15. Acórdão lavrado nos termos do art. 46 da Lei nº 9.099/95.
ACÓRDÃO
PROCESSO N. 0038619-57.2016.4.01.3400
RECORRENTE: UNIAO FEDERAL (FAZENDA NACIONAL)
ADVOGADO : - CELIA FERREIRA TAVARES DE LYRA
RECORRIDO: GILBERTO DO NASCIMENTO
ADVOGADO: DF00027446 - MAURO LEMOS DA SILVA
RELATOR: RUI COSTA GONÇALVES
EMENTA
TRIBUTÁRIO. CONTRIBUIÇÃO PREVIDENCIÁRIA. PAGAMENTO DE VERBAS REMUNERATÓRIAS
EM ATRASO. DECISÃO JUDICIAL. REGIME DE COMPETÊNCIA. APLICAÇÃO DA ALÍQUOTA
VIGENTE NO MOMENTO EM QUE OS PAGAMENTOS DEVERIAM TER SIDO EFETUADOS.
RECURSO DESPROVIDO. SENTENÇA MANTIDA.
1. Trata-se de recurso interposto pela União (Fazenda Nacional) contra sentença que julgou parcialmente
procedente o pedido para “(...) o fim de condenar a parte ré na restituição, em favor da parte autora, dos
seguintes valores descontados indevidamente a título de contribuição para o PSS incidente sobre as
parcelas do reajuste de 3,17% recebidas judicialmente: a) a totalidade da contribuição incidente sobre o
principal corrigido da dívida no período entre a data em que a parte autora se aposentou (maio de 1996) e
o mês de junho de 2004, inclusive; b) a diferença entre a incidência de 11% sobre o valor do principal
corrigido e a incidência de 11% mês a mês sobre os valores excedentes do teto do RGPS no período de
julho de 2004 a setembro de 2005; e c) a totalidade da contribuição incidente sobre os juros de mora em
relação a todas as competências.”.
2. A recorrente sustenta: a) a incidência do PSS sobre parcelas remuneratórias recebidas pela parte
autora por meio de precatório/RPV; b) a inexistência de isenção do PSS sobre a remuneração do servidor
público, e; c) a inaplicabilidade do regime de competência.
3. A matéria foi objeto de exame desta Terceira Turma Recursal que, à unanimidade, acompanhou o voto
exarado em caso análogo pelo então Relator, o MM. Antônio Cláudio Macedo da Silva (Processo nº
0002973-49.2017.4.01.3400), no sentido de que (i) a legislação aplicável à contribuição ao PSS deve
observar o momento da ocorrência do fato gerador, ou da ocorrência no mundo fático da hipótese de
incidência; (ii) há que se distinguir a situação do servidor, se ativo ou inativo; (iii) com a edição da Emenda
Constitucional nº 03/93, a contribuição para o plano de seguridade social passou a ser obrigatória para os
servidores públicos; (iv) após a Emenda Constitucional nº 41/2003, instituiu-se a possibilidade de
exigência da contribuição previdenciária sobre os proventos e pensões. PODER JUDICIÁRIO SEÇÃO
JUDICIÁRIA DO DISTRITO FEDERAL
FF8D8859C35318B4F89EE54C313355BB TRF 1 REGIÃO/IMP.15-01-04-SJ
2
4. A Lei 10.887/2004 regulamentou a aplicação da EC 41/2003, sobre o tema, nos seguintes termos:
Art. 4o A contribuição social do servidor público ativo de qualquer dos Poderes da União, incluídas suas
autarquias e fundações, para a manutenção do respectivo regime próprio de previdência social, será de
11% (onze por cento), incidentes sobre:
I - a totalidade da base de contribuição, em se tratando de servidor que tiver ingressado no serviço
público até a data da publicação do ato de instituição do regime de previdência complementar para os
servidores públicos federais titulares de cargo efetivo e não tiver optado por aderir a ele;
II - a parcela da base de contribuição que não exceder ao limite máximo estabelecido para os benefícios
do regime geral de previdência social, em se tratando de servidor:
a) que tiver ingressado no serviço público até a data a que se refere o inciso I e tenha optado por aderir
ao regime de previdência complementar ali referido; ou
690
b) que tiver ingressado no serviço público a partir da data a que se refere o inciso I, independentemente
de adesão ao regime de previdência complementar ali referido.
(...)
Art. 5o Os aposentados e os pensionistas de qualquer dos Poderes da União, incluídas suas autarquias e
fundações, contribuirão com 11% (onze por cento), incidentes sobre o valor da parcela dos proventos de
aposentadorias e pensões concedidas de acordo com os critérios estabelecidos no art. 40 da Constituição
Federal e nos arts. 2o e 6o da Emenda Constitucional no 41, de 19 de dezembro de 2003, que supere o
limite máximo estabelecido para os benefícios do regime geral de previdência social.
5. Cumpre esclarecer que a contribuição ao PSS pelos servidores aposentados e pensionistas somente
passou a ser exigida a partir de 20 de maio de 2004, nos termos do art. 16 da retrocitada lei.
retida na fonte, no momento do pagamento ao beneficiário ou seu representante legal, pela instituição
financeira responsável pelo pagamento, por intermédio da quitação da guia de recolhimento remetida pelo
setor de precatórios do Tribunal respectivo, no caso de pagamento de precatório ou requisição de
pequeno valor, ou pela fonte pagadora, no caso de implantação de rubrica específica em folha, mediante
a aplicação da alíquota de 11% (onze por cento) sobre o valor pago.”.
7. Quanto ao momento do fato gerador, entendo que a exigibilidade da contribuição previdenciária dá-se
pelo regime de competência, devendo ser calculada de acordo com a legislação vigente à época em que
as diferenças deveriam ter sido pagas aos servidores, razão pela qual os efeitos financeiros das
transações são reconhecidos na data do fato gerador não importando o momento do pagamento. Neste
sentido:
“TRIBUTÁRIO. CONTRIBUIÇÃO PARA O PLANO DE SEGURIDADE DO SERVIDOR PÚBLICO - PSS.
INEXIGIBILIDADE DO TRIBUTO SOBRE O VALOR PAGO EM CUMPRIMENTO DE DECISÃO JUDICIAL
REFERENTE AOS JUROS MORATÓRIOS. REPRESENTATIVO DA CONTROVÉRSIA. 1. Não incide a
contribuição para o Plano de Seguridade do Servidor Público sobre os juros moratórios pagos em
cumprimento de decisão judicial, ainda que abranja diferenças de verbas de natureza exclusivamente
salarial (REsp 1.239.203 - PR, "representativo da controvérsia", Ministro Mauro Campbell Marques, 1ª
Seção do STJ). 2. A retenção do PSS sobre o principal deve observar as tabelas e alíquotas vigentes à
época em que deveriam ter sido pagos (regime de competência). Precedentes deste TRF1. 3. Apelação
da União/ré e remessa de ofício desprovidas.(AC 0011973-54.2010.4.01.4100 / RO, Rel.
DESEMBARGADOR FEDERAL NOVÉLY VILANOVA, OITAVA TURMA, e-DJF1 p.807 de 05/09/2014).”
8. Compulsando nos autos, observo que há a comprovação de que a parte autora aposentou-se em
maio/1996. Assim, ratifico o entendimento do juízo a quo, consignando que sobre as verbas pagas entre
maio/1996 e o mês de junho/2004, não deve incidir PSS. No mesmo sentido, em relação às parcelas
referentes às competências posteriores à instituição da Contribuição Previdenciária dos inativos,
21/05/2004, a incidência de PSS será sobre o que exceder o teto do RGPS, nos termos da EC 41 § 18.
9. No caso dos autos, correta a r. sentença.
10. Recurso desprovido.
11. Honorários advocatícios devidos pelo (a) recorrente vencido, fixados em 10% (dez por cento) do valor
da condenação, nos termos do artigo 55 da Lei nº 9.099/95.
12. Acórdão lavrado nos termos do art. 46 da Lei nº 9.099/95. PODER JUDICIÁRIO SEÇÃO JUDICIÁRIA
DO DISTRITO FEDERAL
FF8D8859C35318B4F89EE54C313355BB TRF 1 REGIÃO/IMP.15-01-04-SJ
4
ACÓRDÃO
Decide a 3ª Turma Recursal, por unanimidade, negar provimento ao recurso.
3ª Turma Recursal, Juizado Especial Federal/SJDF. Brasília, 07 de maio de 2019 (data do julgamento).
JUIZ RUI COSTA GONÇALVES
em substituição na 3ª TR - 3ª Relatoria
PROCESSO N. 0029771-47.2017.4.01.3400
691
“Art. 16-A. A contribuição do Plano de Seguridade do Servidor Público (PSS), decorrente de valores
pagos em cumprimento de decisão judicial, ainda que derivada de homologação de acordo, será retida na
fonte, no momento do pagamento ao beneficiário ou seu representante legal, pela instituição financeira
responsável pelo pagamento, por intermédio da quitação da guia de recolhimento remetida pelo setor de
692
11. Honorários advocatícios devidos pelo (a) recorrente vencido, fixados em 10% (dez por cento) do valor
da condenação, nos termos do artigo 55 da Lei nº 9.099/95.
12. Acórdão lavrado nos termos do art. 46 da Lei nº 9.099/95.
ACÓRDÃO
Decide a 3ª Turma Recursal, por unanimidade, negar provimento ao recurso.
3ª Turma Recursal, Juizado Especial Federal/SJDF. Brasília, 07 de maio de 2019 (data do julgamento).
JUIZ RUI COSTA GONÇALVES
em substituição na 3ª TR - 3ª Relatoria
PROCESSO N. 0028404-51.2018.4.01.3400
RECORRENTE: UNIAO FEDERAL (FAZENDA NACIONAL)
ADVOGADO : - CELIA FERREIRA TAVARES DE LYRA
RECORRIDO: DULCINEA HENRIQUE MIRANDA
ADVOGADO: DF00055573 - MYLENE QUITÉRIA CALDAS E OUTRO(S)
RELATOR: RUI COSTA GONÇALVES
EMENTA
TRIBUTÁRIO. CONTRIBUIÇÃO PREVIDENCIÁRIA. PAGAMENTO DE VERBAS REMUNERATÓRIAS
EM ATRASO. DECISÃO JUDICIAL. REGIME DE COMPETÊNCIA. APLICAÇÃO DA ALÍQUOTA
VIGENTE NO MOMENTO EM QUE OS PAGAMENTOS DEVERIAM TER SIDO EFETUADOS.
RECURSO PARCIALMENTE PROVIDO. SENTENÇA REFORMADA.
1. Trata-se de recurso interposto pela União (Fazenda Nacional) contra sentença que julgou parcialmente
procedente o pedido para:
“a) declarar a inexistência de relação jurídico/tributária que obrigue a parte autora ao pagamento de
contribuição previdenciária para o regime próprio de previdência social (PSS) retido por ocasião do
pagamento do precatório/RPV sobre o valor principal e a correção monetária de vantagem remuneratória
e/ou diferenças salariais de servidor público exclusivamente da seguinte forma: 1) é ilegítima a incidência
de PSS sobre as competências mensais até 30/04/1999; 2) a partir de 1º/05/1999 é válida a incidência de
PSS sobre as competências mensais somente para os servidores ativos, continuando ilegítima a
incidência de PSS para os aposentados e pensionistas até 19/05/2004; 3) a partir de 20/05/2004 é válida
a incidência de PSS sobre as competências mensais tanto para os servidores ativos como para
aposentados e pensionistas; b) declarar a inexistência de relação jurídico/tributária que obrigue a parte
autora ao pagamento de contribuição previdenciária para o regime próprio de previdência social (PSS)
693
retido por ocasião do pagamento do precatório/RPV sobre os juros de mora de vantagem remuneratória
e/ou diferenças salariais de servidor público; c) anular o crédito tributário já constituído por eventuais
lançamentos tributários realizados até a data de prolação desta sentença, abarcando o fato gerador do
tributo, multa, juros e correção monetária, com base no art. 493 do CPC. d) condenar a parte ré a restituir
os valores já recolhidos indevidamente até a data de prolação desta sentença, com base no art. 493 do
CPC e na Súmula 461 do STJ, devidamente corrigidos nos termos do Manual de Cálculos da Justiça
Federal e respeitado o valor de alçada dos Juizados à época da propositura da ação, ressalvado o direito
da parte ré de abater eventuais PODER JUDICIÁRIO SEÇÃO JUDICIÁRIA DO DISTRITO FEDERAL
CCAC2E8161CE40344AA5889C594E62B5 TRF 1 REGIÃO/IMP.15-01-04-SJ
2
contribuirão com 11% (onze por cento), incidentes sobre o valor da parcela dos proventos de
aposentadorias e pensões concedidas de acordo com os critérios estabelecidos no art. 40 da Constituição
Federal e nos arts. 2o e 6o da Emenda Constitucional no 41, de 19 de dezembro de 2003, que supere o
limite máximo estabelecido para os benefícios do regime geral de previdência social.
5. Cumpre esclarecer que a contribuição ao PSS pelos servidores aposentados e pensionistas somente
passou a ser exigida a partir de 20 de maio de 2004, nos termos do art. 16 da retrocitada lei.
6. Registre-se que a obrigação de pagamento da contribuição previdenciária ocorre pelo recebimento de
remuneração, proventos ou pensão, seja na forma direta no recebimento mês a mês, retida pela fonte
pagadora, seja na sua forma indireta por decisão judicial, retida pela instituição financeira, sendo esta
forma regulamentada no art. 16-A da Lei 10.887/04, in verbis:
“Art. 16-A. A contribuição do Plano de Seguridade do Servidor Público (PSS), decorrente de valores
pagos em cumprimento de decisão judicial, ainda que derivada de homologação de acordo, será retida na
fonte, no momento do pagamento ao beneficiário ou seu representante legal, pela instituição financeira
responsável pelo pagamento, por intermédio da quitação da guia de recolhimento remetida pelo setor de
precatórios do Tribunal respectivo, no caso de pagamento de precatório ou requisição de pequeno valor,
ou pela fonte pagadora, no caso de implantação de rubrica específica em folha, mediante a aplicação da
alíquota de 11% (onze por cento) sobre o valor pago.”.
7. Quanto ao momento do fato gerador, entendo que a exigibilidade da contribuição previdenciária dá-se
pelo regime de competência, devendo ser calculada de acordo com a legislação vigente à época em que
as diferenças deveriam ter sido pagas aos servidores, razão pela qual os efeitos financeiros das
transações são reconhecidos na data do fato gerador não importando o momento do pagamento. Neste
sentido:
“TRIBUTÁRIO. CONTRIBUIÇÃO PARA O PLANO DE SEGURIDADE DO SERVIDOR PÚBLICO - PSS.
INEXIGIBILIDADE DO TRIBUTO SOBRE O VALOR PAGO EM CUMPRIMENTO DE DECISÃO JUDICIAL
694
PROCESSO N. 0030029-91.2016.4.01.3400
RECORRENTE: MARIA MAURILENE RIBEIRO SILVA
ADVOGADO : DF00039232 - LEONARDO DA COSTA
RECORRIDO: UNIAO FEDERAL E OUTRO(S)
ADVOGADO: - LUIZ FELIPE CARDOSO DE MORAES FILHO
RELATOR: RUI COSTA GONÇALVES
EMENTA
ADMINISTRATIVO. SERVIDOR. EXTENSÃO DE REAJUSTE. CARREIRAS E CARGOS. SERVIÇO
PÚBLICO FEDERAL. 15,8%. LEIS Nº 12.772/2012, 12.773/2012, 12.775/2012, 12.776/2012, 12.777/2012
E 12.778/2012. REVISÃO GERAL DE REMUNERAÇÃO NÃO CARACTERIZADA. SENTENÇA MANTIDA.
RECURSO DESPROVIDO.
1. Trata-se de recurso interposto pela parte autora contra a sentença que julgou improcedente o pedido
de reajuste sobre a parcela de vantagem nominalmente incorporada (VPNI), sob a alegação de ter havido
revisão geral constitucionalmente prevista no art. 37, X.
2. A recorrente requer a condenação da ré a implantar na folha de pagamento o percentual de 15,8% e ao
pagamento das diferenças decorrentes.
3. A revisão geral remuneratória dos servidores públicos assegurada constitucionalmente foi
regulamentada pela Lei n. 10.331/2001, que estabeleceu em seu art. 1º, que esta dar-se-ia no mês de
janeiro a todos os servidores públicos dos poderes Executivo, Legislativo e Judiciário, sem distinção de
índices.
4. A primeira parte do inciso X, do art. 37 da Constituição dispõe que a remuneração dos servidores
públicos e o subsídio de que trata o § 4° do art. 39 somente poderão ser fixados ou alterados por lei
específica, observada a iniciativa privativa em cada caso. No caso de revisão geral anual, prevista no art.
37, X, última parte, é preciso haver identidade de índice para todos os servidores públicos.
5. A revisão geral anual, assim, caracteriza-se por sua natureza universal e indistinção de índice,
obedecida, ainda, a sua regulamentação pela Lei n. 10.331/2001, quanto à data base em janeiro e outros
requisitos orçamentários.
6. Dessa forma, é possível constatar que os reajustes instituídos pelas Leis nº 12.772/2012, 12.773/2012,
12.775/2012, 12.776/2012, 12.777/2012 e 12.778/2012, não possuem natureza de revisão geral de
remuneração.
695
7. De fato, as referidas leis tratam de reestruturação e/ou reajuste da remuneração de carreiras e cargos
específicos, dentro de certas carreiras no serviço público e não da PODER JUDICIÁRIO SEÇÃO
JUDICIÁRIA DO DISTRITO FEDERAL
1928E8D0874EE4858FC3F05EDCB4BFB4 TRF 1 REGIÃO/IMP.15-01-04-SJ
2
totalidade do funcionalismo, conforme explicitado do preâmbulo de cada uma delas. Excluída a natureza
de leis de revisão geral, os reajustes não se estendem à VPNI.
8. Nessa linha de entendimento vem decidindo a primeira Turma Recursal do DF:
“Não caracterizada a natureza de revisão geral das Leis nº 12.772/2012, 12.773/2012, 12.775/2012,
PROCESSO N. 0024289-84.2018.4.01.3400
RECORRENTE: JOAO BATISTA SILVA
ADVOGADO : DF00026547 - ROBERTO ARRUDA DA TRINDADE
RECORRIDO: CAIXA ECONOMICA FEDERAL
ADVOGADO: DF00020885 - WELISANGELA CARDOSO MENEZES
RELATOR: RUI COSTA GONÇALVES
EMENTA
CIVIL. FGTS. SALDO. CORREÇÃO MONETÁRIA PELA TR. LEI 8.177/91, ARTIGO 17 C/C A LEI
8.660/93, ARTS. 2º E 7º E A LEI 12.703/12, ARTS.1º E 2º. RECURSO ESPECIAL REPRESENTATIVO
DE CONTROVÉRSIA 1.614.874. TESE JURÍDICA DEFINIDA. INEXISTÊNCIA DE CAUSA
PROCESSUAL A OBSTAR O REGULAR PROSSEGUIMENTO DA AÇÃO. APLICAÇÃO IMEDIATA DO
ENTENDIMENTO FIRMADO PELO STJ. CPC/15, ARTS. 1036 E 1040, III. IMPROVIMENTO DO
RECURSO. SENTENÇA CONFIRMADA.
1. A parte Autora recorre da sentença que reconheceu a aplicação da Taxa Referencial-TR como
parâmetro para a correção do saldo do FGTS, a partir de 1999, adotando, assim, a sistemática definida
pelo artigo 13, da Lei 8.036/90 c/c o artigo 17, da Lei 8.177/91.
2. As razões recursais insistem no afastamento da TR por não traduzir a inflação da moeda a partir de
1999, e, em consequência, encontrando-se o saldo de sua conta do FGTS em considerável defasagem se
considerada a perda do valor da moeda a partir daquele ano.
3. Em contrarrazões, a parte Ré pugnou pela manutenção da sentença.
4. O Superior Tribunal de Justiça, em recente julgamento unânime de sua 1ª Seção, em 16/4/2018, no
REsp 1.614.874-SC, definiu, para fins do artigo 1.036, do CPC/15, a seguinte tese jurídica:
"A remuneração das contas vinculadas ao FGTS tem disciplina própria, ditada por lei, que estabelece a
TR como forma de atualização monetária, sendo vedado, portanto, ao Poder Judiciário substituir o
mencionado índice". (Relator Ministro Benedito Gonçalves, acórdão publicado no Dje 15/5/2018.
5. Do referido acórdão foram opostos Embargos de Declaração, ainda não julgados. Não obstante, do
voto do e. Relator constou determinação para, após publicação do acórdão, fosse dado cumprimento ao
disposto no artigo 1.040, do CPC/15. Este artigo, em seu inciso III determina às instâncias de primeiro e
segundo graus a retomada do julgamento dos processos suspensos para aplicação da tese firmada pelo
tribunal superior.
6. Não se desconhece que o tema é objeto da ADI 5.090, ainda pendente de solução, e sem que haja,
pelo STF, qualquer provimento de suspensão das causas em andamento. No julgamento do REsp
696
1.614.874-SC foi registrada a tramitação da referida ADI 5.090, e, mesmo assim, decidiu o STJ pela
conclusão do julgamento daquele Recurso Especial, o que reforça a necessidade de se dar solução à
presente causa, não havendo mais razão para a suspensão de sua tramitação. PODER JUDICIÁRIO
SEÇÃO JUDICIÁRIA DO DISTRITO FEDERAL
F0DA4B596A92749FB73AAD31F0374787 TRF 1 REGIÃO/IMP.15-01-04-SJ
2
7. Aliás, na própria ADI 5.090 fora requerida tutela provisória incidental para suspensão dos processos em
curso nas mais diversas instâncias, não tendo sido adotada, entretanto, providência, ainda que de ofício,
a se alcançar tal intento, conforme vê-se da decisão datada de 12/4/2018, naqueles autos.
PROCESSO N. 0004024-95.2017.4.01.3400
RECORRENTE: UNIAO FEDERAL (FAZENDA NACIONAL)
ADVOGADO : - CELIA FERREIRA TAVARES DE LYRA
RECORRIDO: HUMBERTO LUIZ MACHADO
ADVOGADO: DF00012284 - FERNANDO FREIRE DIAS E OUTRO(S)
RELATOR: RUI COSTA GONÇALVES
EMENTA
TRIBUTÁRIO. CONTRIBUIÇÃO PREVIDENCIÁRIA. PAGAMENTO DE VERBAS REMUNERATÓRIAS
EM ATRASO. DECISÃO JUDICIAL. REGIME DE COMPETÊNCIA. APLICAÇÃO DA ALÍQUOTA
VIGENTE NO MOMENTO EM QUE OS PAGAMENTOS DEVERIAM TER SIDO EFETUADOS.
RECURSO PARCIALMENTE PROVIDO.
1. Trata-se de recurso interposto pela União (Fazenda Nacional) contra sentença que julgou parcialmente
procedente o pedido para “(...) o fim de condenar a parte ré na restituição, em favor da parte autora, dos
seguintes valores descontados indevidamente a título de contribuição para o PSS incidente sobre as
parcelas do reajuste de 3,17% recebidas judicialmente: a) a totalidade da contribuição incidente sobre o
principal corrigido da dívida no período entre a data em que a parte autora se aposentou (junho de 1998)
e o mês de junho de 2004, inclusive; b) a diferença entre a incidência de 11% sobre o valor do principal
corrigido e a incidência de 11% mês a mês sobre os valores excedentes do teto do RGPS no período de
julho de 2004 a setembro de 2005; e c) a totalidade da contribuição incidente sobre os juros de mora em
relação a todas as competências.”.
2. A recorrente sustenta: a) a incidência do PSS sobre parcelas remuneratórias recebidas pela parte
autora por meio de precatório/RPV; b) a inexistência de isenção do PSS sobre a remuneração do servidor
público, e; c) a inaplicabilidade do regime de competência.
3. A matéria foi objeto de exame desta Terceira Turma Recursal que, à unanimidade, acompanhou o voto
exarado em caso análogo pelo então Relator, o MM. Antônio Cláudio Macedo da Silva (Processo nº
0002973-49.2017.4.01.3400), no sentido de que (i) a legislação aplicável à contribuição ao PSS deve
observar o momento da ocorrência do fato gerador, ou da ocorrência no mundo fático da hipótese de
incidência; (ii) há que se distinguir a situação do servidor, se ativo ou inativo; (iii) com a edição da Emenda
697
Constitucional nº 03/93, a contribuição para o plano de seguridade social passou a ser obrigatória para os
servidores públicos; (iv) após a Emenda Constitucional nº 41/2003, instituiu-se a possibilidade de
exigência da contribuição previdenciária sobre os proventos e pensões.
4. A Lei 10.887/2004 regulamentou a aplicação da EC 41/2003, sobre o tema, nos seguintes termos:
Art. 4o A contribuição social do servidor público ativo de qualquer dos Poderes da União, incluídas suas
autarquias e fundações, para a manutenção do respectivo regime próprio de previdência social, será de
11% (onze por cento), incidentes sobre: PODER JUDICIÁRIO SEÇÃO JUDICIÁRIA DO DISTRITO
FEDERAL
0C2903A9988BD7ACDEF0574A6FC9F6C8 TRF 1 REGIÃO/IMP.15-01-04-SJ
2
ACÓRDÃO
DECIDE a Turma Recursal, em sede de adequação do julgado, conhecer e dar provimento ao recurso
interposto pela parte ré, reformando a sentença de primeiro grau, nos termos do voto do Juiz Federal
Relator.
Sala de Sessões das Turmas Recursais - SJDF
Brasília/DF, 16 de maio de 2019.
JUIZ RUI COSTA GONÇALVES
Relator
PROCESSO N. 0047595-34.2008.4.01.3400
699
ACÓRDÃO
DECIDE a Turma Recursal, em sede de adequação do julgado, conhecer e dar provimento ao recurso
interposto pela parte ré, reformando a sentença de primeiro grau, nos termos do voto do Juiz Federal
Relator.
Sala de Sessões das Turmas Recursais - SJDF
Brasília/DF, 16 de maio de 2019.
JUIZ RUI COSTA GONÇALVES
Relator
PROCESSO N. 0056485-59.2008.4.01.3400
RECORRENTE: UNIAO FEDERAL
ADVOGADO : - CARMEN TOMASI DE ABREU
RECORRIDO: MONICA MARCIA SILVA SANTOS CASSIANO
ADVOGADO:
RELATOR: RUI COSTA GONÇALVES
EMENTA
ADMINISTRATIVO E PROCESSUAL. JUÍZO DE ADEQUAÇÃO. SERVIDOR PÚBLICO.
INCORPORAÇÃO DE QUINTOS ATÉ A EDIÇÃO DA MEDIDA PROVISÓRIA N. 2.225-45/2001.
EXTINÇÃO DO DIREITO. IMPOSSIBILIDADE DE INCORPORAÇÃO NOS TERMOS PRETENDIDOS
PELA PARTE AUTORA. MATÉRIA PACIFICADA PELO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL EM SEDE DE
REPERCUSSÃO GERAL (RE 638.115). RECURSO DO RÉU PROVIDO. SENTENÇA REFORMADA.
PEDIDO AUTORAL IMPROCEDENTE.
700
1. Trata-se de Recurso Inominado interposto pela parte Ré, insurgindo-se contra sentença de procedência
do pedido da parte autora visando a lhe assegurar o direito à incorporação de parcelas de Quintos no
decorrer do período entre a Lei 9.624/1998 e a edição da Medida Provisória n. 2.225-45/2001.
2. Esta Turma Recursal, em sessão de julgamento, negou provimento ao recurso, mantendo a sentença
recorrida.
3. A parte ré interpôs Recurso Extraordinário.
4. Autos com retorno à Relatoria para ADEQUAÇÃO DO JULGADO ao decidido pelo Supremo Tribunal
no RE n. 638.115/CE.
5. O Supremo Tribunal Federal, ao examinar o RE n. RE 638.115/CE, rel. Min. Gilmar Mendes, Pleno,
m.v., j. 18.03.2015, cujo tema fora afetado como de Repercussão Geral, portanto com efeito vinculante,
ACÓRDÃO
DECIDE a Turma Recursal, em sede de adequação do julgado, conhecer e dar provimento ao recurso
interposto pela parte ré, reformando a sentença de primeiro grau, nos termos do voto do Juiz Federal
Relator.
Sala de Sessões das Turmas Recursais - SJDF
Brasília/DF, 16 de maio de 2019.
JUIZ RUI COSTA GONÇALVES
Relator
PROCESSO N. 0057255-52.2008.4.01.3400
RECORRENTE: UNIAO FEDERAL
ADVOGADO : - JACIRA DE ALENCAR ROCHA
RECORRIDO: MARCIA SUAIDEN
ADVOGADO:
RELATOR: RUI COSTA GONÇALVES
EMENTA
ADMINISTRATIVO E PROCESSUAL. JUÍZO DE ADEQUAÇÃO. SERVIDOR PÚBLICO.
INCORPORAÇÃO DE QUINTOS ATÉ A EDIÇÃO DA MEDIDA PROVISÓRIA N. 2.225-45/2001.
EXTINÇÃO DO DIREITO. IMPOSSIBILIDADE DE INCORPORAÇÃO NOS TERMOS PRETENDIDOS
PELA PARTE AUTORA. MATÉRIA PACIFICADA PELO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL EM SEDE DE
REPERCUSSÃO GERAL (RE 638.115). RECURSO DO RÉU PROVIDO. SENTENÇA REFORMADA.
PEDIDO AUTORAL IMPROCEDENTE.
1. Trata-se de Recurso Inominado interposto pela parte Ré, insurgindo-se contra sentença de procedência
do pedido da parte autora visando a lhe assegurar o direito à incorporação de parcelas de Quintos no
decorrer do período entre a Lei 9.624/1998 e a edição da Medida Provisória n. 2.225-45/2001.
2. Esta Turma Recursal, em sessão de julgamento, negou provimento ao recurso, mantendo a sentença
recorrida.
3. A parte ré interpôs Recurso Extraordinário.
4. Autos com retorno à Relatoria para ADEQUAÇÃO DO JULGADO ao decidido pelo Supremo Tribunal
no RE n. 638.115/CE.
5. O Supremo Tribunal Federal, ao examinar o RE n. RE 638.115/CE, rel. Min. Gilmar Mendes, Pleno,
m.v., j. 18.03.2015, cujo tema fora afetado como de Repercussão Geral, portanto com efeito vinculante,
assim se pronunciou, verbis:
701
ACÓRDÃO
DECIDE a Turma Recursal, em sede de adequação do julgado, conhecer e dar provimento ao recurso
interposto pela parte ré, reformando a sentença de primeiro grau, nos termos do voto do Juiz Federal
Relator.
Sala de Sessões das Turmas Recursais - SJDF
Brasília/DF, 16 de maio de 2019.
JUIZ RUI COSTA GONÇALVES
Relator
PROCESSO N. 0043151-21.2009.4.01.3400
RECORRENTE: UNIAO FEDERAL
ADVOGADO : DF00007779 - DANUSIA LUCINDA FARAGE DE GOUVEIA
RECORRIDO: JOVINO BENEVENUTO COELHO
ADVOGADO: DF00028460 - BRUNO DOS SANTOS PADOVAN
RELATOR: RUI COSTA GONÇALVES
EMENTA
ADMINISTRATIVO E PROCESSUAL. JUÍZO DE ADEQUAÇÃO. SERVIDOR PÚBLICO.
INCORPORAÇÃO DE QUINTOS ATÉ A EDIÇÃO DA MEDIDA PROVISÓRIA N. 2.225-45/2001.
EXTINÇÃO DO DIREITO. IMPOSSIBILIDADE DE INCORPORAÇÃO NOS TERMOS PRETENDIDOS
PELA PARTE AUTORA. MATÉRIA PACIFICADA PELO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL EM SEDE DE
REPERCUSSÃO GERAL (RE 638.115). RECURSO DO RÉU PROVIDO. SENTENÇA REFORMADA.
PEDIDO AUTORAL IMPROCEDENTE.
1. Trata-se de Recurso Inominado interposto pela parte Ré, insurgindo-se contra sentença de procedência
do pedido da parte autora visando a lhe assegurar o direito à incorporação de parcelas de Quintos no
decorrer do período entre a Lei 9.624/1998 e a edição da Medida Provisória n. 2.225-45/2001.
2. Esta Turma Recursal, em sessão de julgamento, negou provimento ao recurso, mantendo a sentença
recorrida.
3. A parte ré interpôs Recurso Extraordinário.
4. Autos com retorno à Relatoria para ADEQUAÇÃO DO JULGADO ao decidido pelo Supremo Tribunal
no RE n. 638.115/CE.
5. O Supremo Tribunal Federal, ao examinar o RE n. RE 638.115/CE, rel. Min. Gilmar Mendes, Pleno,
m.v., j. 18.03.2015, cujo tema fora afetado como de Repercussão Geral, portanto com efeito vinculante,
assim se pronunciou, verbis:
"Recurso Extraordinário. 2. Administrativo. 3. Servidor Público. 4. Incorporação de quintos decorrente do
exercício de funções comissionadas no período compreendido entre a edição da Lei 9.624/1998 e a MP
2.225-48/2015. 5. Impossibilidade. 6. Recurso extraordinário provido.".
A Excelsa Corte, por sua distinta maioria, "modulou os efeitos da decisão para desobrigar a devolução
dos valores recebidos de boa-fé pelos servidores até esta data, nos termos do voto do relator, cessada a
ultra-atividade das incorporações concedidas indevidamente".
6. Assim, em sede de adequação, o Recurso Inominado interposto deve ser CONHECIDO e PROVIDO.
Sentença reformada, desobrigando-se a parte autora, ora recorrida, de devolver os valores recebidos de
boa-fé por conta da incorporação tratada nos autos, considerando-se o efeito vinculante gerado pela
decisão proferida no RE n. 661256.
7. Recurso interposto contra o acórdão anterior tido como prejudicado.
702
ACÓRDÃO
DECIDE a Turma Recursal, em sede de adequação do julgado, conhecer e dar provimento ao recurso
interposto pela parte ré, reformando a sentença de primeiro grau, nos termos do voto do Juiz Federal
Relator.
Sala de Sessões das Turmas Recursais - SJDF
PROCESSO N. 0053524-48.2008.4.01.3400
RECORRENTE: UNIAO FEDERAL
ADVOGADO : BA00011443 - JOAO VARGAS LEAL JUNIOR
RECORRIDO: MARIA DO ROSARIO XAVIER AFONSO
ADVOGADO: DF00022386 - SEVERINO DE AZEVEDO DANTAS
RELATOR: RUI COSTA GONÇALVES
EMENTA
ADMINISTRATIVO E PROCESSUAL. JUÍZO DE ADEQUAÇÃO. SERVIDOR PÚBLICO.
INCORPORAÇÃO DE QUINTOS ATÉ A EDIÇÃO DA MEDIDA PROVISÓRIA N. 2.225-45/2001.
EXTINÇÃO DO DIREITO. IMPOSSIBILIDADE DE INCORPORAÇÃO NOS TERMOS PRETENDIDOS
PELA PARTE AUTORA. MATÉRIA PACIFICADA PELO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL EM SEDE DE
REPERCUSSÃO GERAL (RE 638.115). RECURSO DO RÉU PROVIDO. SENTENÇA REFORMADA.
PEDIDO AUTORAL IMPROCEDENTE.
1. Trata-se de Recurso Inominado interposto pela parte Ré, insurgindo-se contra sentença de procedência
do pedido da parte autora visando a lhe assegurar o direito à incorporação de parcelas de Quintos no
decorrer do período entre a Lei 9.624/1998 e a edição da Medida Provisória n. 2.225-45/2001.
2. Esta Turma Recursal, em sessão de julgamento, negou provimento ao recurso, mantendo a sentença
recorrida.
3. A parte ré interpôs Recurso Extraordinário.
4. Autos com retorno à Relatoria para ADEQUAÇÃO DO JULGADO ao decidido pelo Supremo Tribunal
no RE n. 638.115/CE.
5. O Supremo Tribunal Federal, ao examinar o RE n. RE 638.115/CE, rel. Min. Gilmar Mendes, Pleno,
m.v., j. 18.03.2015, cujo tema fora afetado como de Repercussão Geral, portanto com efeito vinculante,
assim se pronunciou, verbis:
"Recurso Extraordinário. 2. Administrativo. 3. Servidor Público. 4. Incorporação de quintos decorrente do
exercício de funções comissionadas no período compreendido entre a edição da Lei 9.624/1998 e a MP
2.225-48/2015. 5. Impossibilidade. 6. Recurso extraordinário provido.".
A Excelsa Corte, por sua distinta maioria, "modulou os efeitos da decisão para desobrigar a devolução
dos valores recebidos de boa-fé pelos servidores até esta data, nos termos do voto do relator, cessada a
ultra-atividade das incorporações concedidas indevidamente".
6. Assim, em sede de adequação, o Recurso Inominado interposto deve ser CONHECIDO e PROVIDO.
Sentença reformada, desobrigando-se a parte autora, ora recorrida, de devolver os valores recebidos de
boa-fé por conta da incorporação tratada nos autos, considerando-se o efeito vinculante gerado pela
decisão proferida no RE n. 661256.
7. Recurso interposto contra o acórdão anterior tido como prejudicado.
8. Sem honorários advocatícios e custas processuais. PODER JUDICIÁRIO SEÇÃO JUDICIÁRIA DO
DISTRITO FEDERAL
0570473F181DDD1BDE7920788821823D TRF 1 REGIÃO/IMP.15-01-04-SJ
2
ACÓRDÃO
DECIDE a Turma Recursal, em sede de adequação do julgado, conhecer e dar provimento ao recurso
interposto pela parte ré, reformando a sentença de primeiro grau, nos termos do voto do Juiz Federal
Relator.
Sala de Sessões das Turmas Recursais - SJDF
Brasília/DF, 16 de maio de 2019.
JUIZ RUI COSTA GONÇALVES
703
Relator
PROCESSO N. 0053416-19.2008.4.01.3400
RECORRENTE: INSS
ACÓRDÃO
DECIDE a Turma Recursal, em sede de adequação do julgado, conhecer e dar provimento ao recurso
interposto pela parte ré, reformando a sentença de primeiro grau, nos termos do voto do Juiz Federal
Relator.
Sala de Sessões das Turmas Recursais - SJDF
Brasília/DF, 16 de maio de 2019.
JUIZ RUI COSTA GONÇALVES
Relator
PROCESSO N. 0035621-29.2010.4.01.3400
RECORRENTE: EDUARDA DA SILVA SOUZA E OUTRO(S)
ADVOGADO :
RECORRIDO: INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
704
ADVOGADO:
RELATOR: RUI COSTA GONÇALVES
EMENTA
PROCESSUAL E PREVIDENCIÁRIO. AGRAVO REGIMENTAL. DECISÃO MONOCRÁTICA MANTENDO
A SENTENÇA DE PRIMEIRO GRAU DE IMPROCEDÊNCIA. AUXÍLIO RECLUSÃO. REQUISITO
ECONÔMICO NÃO ATENDIDO. SUPERAÇÃO DA ÚLTIMA REMUNERAÇÃO DO SEGURADO
RECLUSO EM CERCA DE 1/3 (UM TERÇO) DO VALOR MÁXIMO ESTIPULADO COMO BAIXA RENDA.
IMPOSSIBILIDADE DE FLEXIBILIZAÇÃO NO CASO CONCRETO. BENEFÍCIO INDEVIDO. AGRAVO
REGIMENTAL IMPROVIDO.
1. Trata-se de AGRAVO REGIMENTAL interposto pela parte autora contra decisão monocrática proferida
309956ABACBF5B17539743A49376538B
PROCESSO N. 0040628-31.2012.4.01.3400
RECORRENTE: UNIAO FEDERAL (FAZENDA NACIONAL)
ADVOGADO :
RECORRIDO: LUCILA FORJAZ CORREA DE TOLEDO
ADVOGADO: MG00092772 - ERICO MARTINS DA SILVA E OUTRO(S)
RELATOR: RUI COSTA GONÇALVES
EMENTA
PROCESSUAL CIVIL. EMBARGOS DE DECLARAÇÃO. OMISSÃO INEXISTENTE. EMBARGOS NÃO
CONHECIDOS.
1. Trata-se de Embargos de Declaração pela parte autora contra acórdão da Primeira Turma Recursal
com o objetivo de sanar omissão apontada pela parte Autora “para que seja apreciado referido pedido
para excluir o ICMS da base de cálculo do PIS/COFINS, uma vez que o e. Supremo Tribunal Federal no
RE nº 559937, sob o signo do art. 543-B do CPC de 1973, atual art. 1.036, afastou o ICMS, o PIS e a
COFINS da base de cálculo do PIS/COFINS-importação.”
2. Inicialmente, reconheço, de ofício, o erro material contido na primeira parte (Relatório) do acórdão
embargado, retificando-o da seguinte forma:
Onde se lê: “Trata-se de recurso inominado interposto pela parte Autora, insurgindo-se contra sentença
de Primeiro Grau, em que foi julgado improcedente pedido visando ao ressarcimento dos valores pagos a
título de Imposto de Renda incidente sobre juros de mora por valores recebidos, decorrentes de êxito em
ação judicial, fora do contexto rescisório.”, leia-se: “ Trata-se de recurso interposto pela União contra a
sentença que julgou procedente o pedido para: a) declarar a inexigibilidade do montante recolhido a título
de IPI na operação de importação registrada pela DI n. 1115947534; b) condená-la na restituição dos
valores indevidamente recolhidos a este título, que correspondem ao montante de R$ 5.430,06 (cinco mil,
quatrocentos e trinta reais e seis centavos), devidamente corrigidos pela taxa SELIC.”.
3. Compulsando os autos, verifico que a matéria trazida nos Embargos de Declaração opostos pela parte
Autora mostra-se inovadora e estranha à lide apresentada, tendo em vista que toda a peça inicial trata de
suposta não incidência do IPI na importação do veículo da Embargante, motivo pelo qual não conheço
dos presentes aclaratórios, mantendo integralmente o julgamento proferido no acórdão registrado no dia
12/08/2017, com a correção, de oficio, do supracitado relatório.
4. Embargos de declaração não conhecidos.
ACÓRDÃO
Decide a Primeira Turma Recursal, por unanimidade, não conhecer dos embargos.
1ª Turma Recursal, Juizado Especial Federal/SJDF. Brasília-DF, 16/05/2019.
JUIZ RUI COSTA GONÇALVES
Relator
706
PROCESSO N. 0050193-24.2009.4.01.3400
RECORRENTE: INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
ADVOGADO :
RECORRIDO: LUIZ FELLYPE DA SILVA PEREIRA
ADVOGADO: DF00024667 - ADALBERTO BARBOSA MARQUES VERAS
jurídica.
5. Quanto à postulação formulada pela parte recorrente, o entendimento pacificado no âmbito desta 1ª
Turma Recursal é no sentido de que, quanto à correção monetária dos valores devidos e não pagos à
parte ré, aplica-se o psicionamento adotado pelo Superior Tribunal de Justiça, ao julgar, em sede de
Recurso Repetitivo, o REsp n. 1.495.146 - MG, Primeira Seção, rel. Min. Mauro Campbell Marques, j.
22.02.2018, DJe 02.03.2018, no seguinte sentido:
"PROCESSUAL CIVIL. RECURSO ESPECIAL. SUBMISSÃO À REGRA PREVISTA NO ENUNCIADO
ADMINISTRATIVO 02/STJ. DISCUSSÃO SOBRE A APLICAÇÃO DO ART. 1º-F DA LEI 9.494/97 (COM
REDAÇÃO DADA PELA LEI 11.960/2009) ÀS CONDENAÇÕES IMPOSTAS À FAZENDA PÚBLICA.
CASO CONCRETO QUE É RELATIVO A INDÉBITO TRIBUTÁRIO.
* TESES JURÍDICAS FIXADAS.
1. Correção monetária: o art. 1º-F da Lei 9.494/97 (com redação dada pela Lei 11.960/2009), para fins de
correção monetária, não é aplicável nas condenações judiciais impostas à Fazenda Pública,
independentemente de sua natureza.
1.1 Impossibilidade de fixação apriorística da taxa de correção monetária.
No presente julgamento, o estabelecimento de índices que devem ser aplicados a título de correção
monetária não implica pré-fixação (ou fixação apriorística) de taxa de atualização monetária. Do contrário,
a decisão baseia-se em índices que, atualmente, refletem a correção monetária ocorrida no período
correspondente. Nesse contexto, em relação às situações futuras, a aplicação dos índices em comento,
sobretudo o INPC e o IPCA-E, é legítima enquanto tais índices sejam capazes de captar o fenômeno
inflacionário.
1.2 Não cabimento de modulação dos efeitos da decisão.
707
A modulação dos efeitos da decisão que declarou inconstitucional a atualização monetária dos débitos da
Fazenda Pública com base no índice oficial de remuneração da caderneta de poupança, no âmbito do
Supremo Tribunal Federal, objetivou reconhecer a validade dos precatórios expedidos ou pagos até 25 de
março de 2015, impedindo, desse modo, a rediscussão do débito baseada na aplicação de índices
diversos. Assim, mostra-se descabida a modulação em relação aos casos em que não ocorreu expedição
ou pagamento de precatório.
2. Juros de mora: o art. 1º-F da Lei 9.494/97 (com redação dada pela Lei 11.960/2009), na parte em que
estabelece a incidência de juros de mora nos débitos da Fazenda Pública com base no índice oficial de
remuneração da caderneta de poupança, aplica-se às condenações impostas à Fazenda Pública,
excepcionadas as condenações oriundas de relação jurídico-tributária.
(...)
4. Preservação da coisa julgada.
Não obstante os índices estabelecidos para atualização monetária e compensação da mora, de acordo
com a natureza da condenação imposta à Fazenda Pública, cumpre ressalvar eventual coisa julgada que
tenha determinado a aplicação de índices diversos, cuja constitucionalidade/legalidade há de ser aferida
no caso concreto.
* SOLUÇÃO DO CASO CONCRETO.
5. Em se tratando de dívida de natureza tributária, não é possível a incidência do art. 1º-F da Lei 9.494/97
(com redação dada pela Lei 11.960/2009) - nem para atualização monetária nem para compensação da
mora -, razão pela qual não se justifica a reforma do acórdão recorrido.
6. Recurso especial não provido. Acórdão sujeito ao regime previsto no art. 1.036 e seguintes do
CPC/2015, c/c o art. 256-N e seguintes do RISTJ" (sem destaques no original).
6. Desse modo, a sentença de primeiro grau não merece reparos, ressalvando-se, porém, a possibilidade
de exclusão da condenação à verba honorária, na fase de execução do julgado, caso o Supremo Tribunal
Federal, ao se manifestar em definitivo no RE 870.947/SE, venha a prestigiar a tese ora rejeitada por este
Colegiado.
7. Ante o exposto, conheço do recurso inominado interposto, mas para lhe negar provimento, mantendo a
sentença de Primeiro Grau em todos os seus termos.
8. Honorários advocatícios, fixados em 10% (dez por cento) sobre o valor da condenação, devidos pela
parte recorrente. Sem custas processuais.
ACÓRDÃO
Decide a 1ª Turma Recursal, à unanimidade, conhecer e negar provimento ao recurso do INSS, nos
termos do voto do Juiz Relator.
1ª Turma Recursal, Juizado Especial Federal/SJDF, 16.05.2019.
JUIZ RUI COSTA GONÇALVES
Relator
C62526A8BE677BAA920CAED8FBF874D3
PROCESSO N. 0044393-10.2012.4.01.3400
RECORRENTE: UNIAO FEDERAL
ADVOGADO : - KASSANDRA MARA MAFRA DOS SANTOS
RECORRIDO: DENISE CUNHA SARDENBERG BASTOS
ADVOGADO: DF00026778 - VALMIR FLORIANO VIEIRA DE ANDRADE
RELATOR: RUI COSTA GONÇALVES
EMENTA
PREVIDENCIÁRIO E PROCESSUAL CIVIL. EMBARGOS DE DECLARAÇÃO. INEXISTÊNCIA DE
OFENSA AO ARTIGO 535 DO CPC. EMBARGOS DE DECLARAÇÃO REJEITADOS.
1. Trata-se de embargos de declaração apresentados pela parte autora, alegando a existência de vício no
acórdão proferido por esta Turma Recursal que manteve a sentença de 1º grau.
708
2. Não se acolhem embargos por meios dos quais se busca “o reexame de atos decisórios alegadamente
equivocados ou a inclusão, no debate, de novos argumentos jurídicos, uma vez que o efeito infringente
não é de sua natureza, salvo em situações excepcionais”. Observar precedente da Segunda Turma
Recursal/MG (2003.38.00.735500-9, Rel. Juiz Federal JOÃO CARLOS COSTA MAYER SOARES, julgado
em 12/11/2004, DJ-MG de 27/11/2004).
3. O acórdão embargado não contém qualquer omissão, contradição ou obscuridade a justificar o
acolhimento dos presentes embargos declaratórios, sendo obrigação do julgador dirimir a lide
apresentada, esclarecendo as razões de seu convencimento, ainda que não coincidentes com as
levantadas pelas partes.
4. Embargos de declaração rejeitados.
FD50AF393E816BBA7F27CA7AD1160469
PROCESSO N. 0054045-17.2013.4.01.3400
RECORRENTE: FUNDACAO UNIVERSIDADE DE BRASILIA FUB
ADVOGADO : - MARIA JOSE MARINHO ROCHA
RECORRIDO: MAURACILENE SERAFIM MOREIRA
ADVOGADO: DF00033680 - LUIZ ANTONIO MULLER MARQUES
RELATOR: RUI COSTA GONÇALVES
EMENTA
PREVIDENCIÁRIO E PROCESSUAL CIVIL. EMBARGOS DE DECLARAÇÃO. INEXISTÊNCIA DE
OFENSA AO ARTIGO 535 DO CPC. EMBARGOS DE DECLARAÇÃO REJEITADOS.
1. Trata-se de embargos de declaração apresentados pela parte autora, alegando a existência de
omissão/contradição ou obscuridade no acórdão proferido por esta Turma Recursal.
2. Não se acolhem embargos por meios dos quais se busca “o reexame de atos decisórios alegadamente
equivocados ou a inclusão, no debate, de novos argumentos jurídicos, uma vez que o efeito infringente
não é de sua natureza, salvo em situações excepcionais”. Observar precedente da Segunda Turma
Recursal/MG (2003.38.00.735500-9, Rel. Juiz Federal JOÃO CARLOS COSTA MAYER SOARES, julgado
em 12/11/2004, DJ-MG de 27/11/2004).
3. . Na hipótese dos autos, a não devolução do que já foi descontado é consequência direta da pretensão
da Administração Pública de ter de volta o que pagou indevidamente. Assim, ainda que não tenha se
manifestado expressamente acerca desse ponto em seu recurso, é fato que a parte ré deseja que todo o
valor, inclusive o já descontado obviamente, seja repetido pela parte autora.
4. O acórdão embargado não contém qualquer omissão, contradição ou obscuridade a justificar o
acolhimento dos presentes embargos declaratórios, sendo obrigação do julgador dirimir a lide
apresentada, esclarecendo as razões de seu convencimento, ainda que não coincidentes com as
levantadas pelas partes.
5. Embargos de declaração rejeitados.
ACÓRDÃO
Decide a Primeira Turma Recursal, à unanimidade, rejeitar os Embargos de Declaração apresentados
pela parte Autora.
1ª Turma Recursal, Juizado Especial Federal/SJDF – 16/05/2019. PODER JUDICIÁRIO SEÇÃO
JUDICIÁRIA DO DISTRITO FEDERAL
TRF 1 REGIÃO/IMP.15-01-04-SJ
2
PROCESSO N. 0017353-19.2013.4.01.3400
RECORRENTE: UNIAO FEDERAL (FAZENDA NACIONAL)
ADVOGADO : - SERGIO DINIZ LINS
RECORRIDO: MARCIA REJANE COLOMBO
ADVOGADO: DF00034880 - MARCELO ANDRADE CHAVES
RELATOR: RUI COSTA GONÇALVES
EMENTA
PROCESSUAL. AGRAVO INTERNO CONTRA DECISÃO QUE NEGOU SEGUIMENTO A INCIDENTE
DE UNIFORMIZAÇÃO NACIONAL. IMPOSTO DE RENDA SOBRE RENDIMENTOS AUFERIDOS DE
ORGANISMO INTERNACIONAL. NÃO INCIDÊNCIA. JULGADO NO MESMO SENTIDO DE
Especiais Federais do Distrito Federal. Não se trata, portanto, de novo julgamento acerca da matéria já
dirimida no Acórdão recorrido.
5. O Incidente de Uniformização Jurisprudencial dirigido à Turma Nacional de Uniformização se
demonstra inviável por se insurgir contra Acórdão fundamentado em posicionamento jurisprudencial já
consolidado no âmbito daquele Colegiado, servindo como ilustração apenas os seguintes precedentes:
PEDILEF n. 059669-81.2012.4.01.3400, rel. Juiz Boaventura João Andrade, j. 12.05.2016; PEDILEF n.
0019320-2.2013.4.01.3400, rel. Juíza Gisele Chaves Sampaio Alcântara, j. 17.08.2016.
6. Antes, o Superior Tribunal de Justiça, ao examinar o REsp n. 1.306.393/DF, rel. Min. Mauro Campbell
Marques, 1ª Seção, j. 24.10.2012, DJe 07.11.2012, julgado como Recurso Repetitivo, já havia cristalizado
sua jurisprudência no mesmo sentido do acórdão recorrido.
7. Assim, a negativa de trânsito ao Incidente de Uniformização encontra respaldo nos arts. 9º, inciso IX, e
16, inciso I, do RITNU.
8. Diante do exposto, conheço do Agravo Interno, mas ao mesmo nego provimento, mantendo íntegra a
decisão recorrida.
9. Honorários advocatícios e custas processuais já estabelecidas no Acórdão proferido por este
Colegiado.
ACÓRDÃO
ACORDAM os Juízes Federais da 1ª Turma Recursal dos Juizados Especiais Federais da Seção
Judiciária do Distrito Federal, à unanimidade, conhecer e negar provimento ao Agravo Interno interposto,
nos termos do voto do Juiz Relator.
Sala de Sessões de Julgamento, em Brasília/DF, 16 de maio de 2019.
JUIZ RUI COSTA GONÇALVES
Relator
710
PROCESSO N. 0038943-52.2013.4.01.3400
RECORRENTE: MARCOS CELIO DE CARVALHO DEFINA
ADVOGADO : DF00020001 - THAIS MARIA RIEDEL DE RESENDE ZUBA E OUTRO(S)
RECORRIDO: INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
ADVOGADO:
RELATOR: RUI COSTA GONÇALVES
excepcionais após a edição da Lei n. 9.032/1995, como pretende o Embargante, porque se trata de
matéria estranha à lide submetida ao exame do Juízo Federal.
5. Embargos de Declaração conhecidos, mas improvidos.
6. Sem honorários e custas processuais.
ACÓRDÃO
Decide a Primeira Turma Recursal, à unanimidade, conhecer e negar provimento ao recurso de
Embargos de Declaração opostos pelo autor, nos termos do voto do Juiz Relator.
1ª Turma Recursal, Juizado Especial Federal/SJDF – 16.05.2019.
JUIZ RUI COSTA GONÇALVES
Relator
PROCESSO N. 0066998-76.2014.4.01.3400
RECORRENTE: UNIAO FEDERAL (FAZENDA NACIONAL)
ADVOGADO : - DANIELLE SALGADO DANTAS
RECORRIDO: ELAINE DA CUNHA RAMOS
ADVOGADO: MG00082770 - FERNANDO ANDRADE CHAVES E OUTRO(S)
RELATOR: RUI COSTA GONÇALVES
EMENTA
711
Especiais Federais do Distrito Federal. Não se trata, portanto, de novo julgamento acerca da matéria já
dirimida no Acórdão recorrido.
5. O Incidente de Uniformização Jurisprudencial dirigido à Turma Nacional de Uniformização se
demonstra inviável por se insurgir contra Acórdão fundamentado em posicionamento jurisprudencial já
consolidado no âmbito daquele Colegiado, servindo como ilustração apenas os seguintes precedentes:
PEDILEF n. 059669-81.2012.4.01.3400, rel. Juiz Boaventura João Andrade, j. 12.05.2016; PEDILEF n.
0019320-2.2013.4.01.3400, rel. Juíza Gisele Chaves Sampaio Alcântara, j. 17.08.2016.
6. Antes, o Superior Tribunal de Justiça, ao examinar o REsp n. 1.306.393/DF, rel. Min. Mauro Campbell
Marques, 1ª Seção, j. 24.10.2012, DJe 07.11.2012, julgado como Recurso Repetitivo, já havia cristalizado
sua jurisprudência no mesmo sentido do acórdão recorrido.
7. Assim, a negativa de trânsito ao Incidente de Uniformização encontra respaldo nos arts. 9º, inciso IX, e
16, inciso I, do RITNU.
8. Diante do exposto, conheço do Agravo Interno, mas ao mesmo nego provimento, mantendo íntegra a
decisão recorrida.
9. Honorários advocatícios e custas processuais já estabelecidas no Acórdão proferido por este
Colegiado.
ACÓRDÃO
ACORDAM os Juízes Federais da 1ª Turma Recursal dos Juizados Especiais Federais da Seção
Judiciária do Distrito Federal, à unanimidade, conhecer e negar provimento ao Agravo Interno interposto,
nos termos do voto do Juiz Relator.
Sala de Sessões de Julgamento, em Brasília/DF, 16 de maio de 2019.
JUIZ RUI COSTA GONÇALVES
Relator
PROCESSO N. 0090189-53.2014.4.01.3400
RECORRENTE: UNIAO FEDERAL (FAZENDA NACIONAL)
712
Especiais Federais do Distrito Federal. Não se trata, portanto, de novo julgamento acerca da matéria já
dirimida no Acórdão recorrido.
5. O Incidente de Uniformização Jurisprudencial dirigido à Turma Nacional de Uniformização se
demonstra inviável por se insurgir contra Acórdão fundamentado em posicionamento jurisprudencial já
consolidado no âmbito daquele Colegiado, servindo como ilustração apenas os seguintes precedentes:
PEDILEF n. 059669-81.2012.4.01.3400, rel. Juiz Boaventura João Andrade, j. 12.05.2016; PEDILEF n.
0019320-2.2013.4.01.3400, rel. Juíza Gisele Chaves Sampaio Alcântara, j. 17.08.2016.
6. Antes, o Superior Tribunal de Justiça, ao examinar o REsp n. 1.306.393/DF, rel. Min. Mauro Campbell
Marques, 1ª Seção, j. 24.10.2012, DJe 07.11.2012, julgado como Recurso Repetitivo, já havia cristalizado
sua jurisprudência no mesmo sentido do acórdão recorrido.
7. Assim, a negativa de trânsito ao Incidente de Uniformização encontra respaldo nos arts. 9º, inciso IX, e
16, inciso I, do RITNU.
8. Diante do exposto, conheço do Agravo Interno, mas ao mesmo nego provimento, mantendo íntegra a
decisão recorrida.
9. Honorários advocatícios e custas processuais já estabelecidas no Acórdão proferido por este
Colegiado.
ACÓRDÃO
ACORDAM os Juízes Federais da 1ª Turma Recursal dos Juizados Especiais Federais da Seção
Judiciária do Distrito Federal, à unanimidade, conhecer e negar provimento ao Agravo Interno interposto,
nos termos do voto do Juiz Relator.
Sala de Sessões de Julgamento, em Brasília/DF, 16 de maio de 2019.
JUIZ RUI COSTA GONÇALVES
Relator
713
PROCESSO N. 0072963-35.2014.4.01.3400
RECORRENTE: ORAL BRASIL PLANOS ODONTOLOGICOS LTDA EPP
ADVOGADO : DF00013558 - JACQUES MAURICIO FERREIRA VELOSO DE MELO E OUTRO(S)
RECORRIDO: UNIAO FEDERAL (FAZENDA NACIONAL)
ADVOGADO: - RHAINA ELLERY HULAND
RELATOR: RUI COSTA GONÇALVES
EMENTA
ACÓRDÃO
Decide a Primeira Turma Recursal, à unanimidade, conhecer parcialmente dos Embargos de Declaração
opostos pela parte autora, mas rejeitá-los in totum.
1ª Turma Recursal, Juizado Especial Federal/SJDF – 16/05/2019.
JUIZ RUI COSTA GONÇALVES
Relator
PROCESSO N. 0041018-30.2014.4.01.3400
RECORRENTE: EMMANUEL DE JESUS BISPO FERREIRA
ADVOGADO : - DEFENSOR PUBLICO DA UNIAO
RECORRIDO: UNIAO FEDERAL E OUTRO(S)
ADVOGADO: - RAFAEL JOSE DE QUEIROZ SOUZA
RELATOR: RUI COSTA GONÇALVES
EMENTA
PROCESSUAL E ADMINISTRATIVO. FORNECIMENTO DE MEDICAMENTO DE ALTO CUSTO NÃO
INCORPORADOS EM ATOS NORMATIVOS DO SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE - SUS. PRELIMINAR DE
ILEGITIMIDADE SUSCITADA PELA UNIÃO FEDERAL. FUNCIONAMENTO DO SUS COMO
RESPONSABILIDADE SOLIDÁRIA DE TODOS OS ENTES FEDERADOS, PODENDO QUALQUER
FIGURAR NO POLO PASSIVO DE DEMANDA TENDO COMO OBJETO O FORNECIMENTO DE
MEDICAMENTOS. PRELIMINAR REJEITADA. AGRAVO REGIMENTAL. RECURSO EXAMINADO
CONJUNTAMENTE COM O RECURSO INOMINADO, OCUPANDO A POSIÇÃO DE PRELIMINAR.
FUNDAMENTOS SIMILARES ADOTADOS EM AMBOS OS RECURSOS. DECISÃO DO RELATOR
INDEFERINDO PEDIDO DE ANTECIPAÇÃO DE TUTELA EM FASE RECURSAL. SENTENÇA DE
714
passivo, dado ser gestora do SUS, mas não a executora de suas atividades, tarefa que cabe ao Distrito
Federal, aos Estados e aos Municípios. No mérito, pondera que não há regra legal que imponha o
fornecimento de medicamentos específicos, acrescentando que o SUS não teria capacidade de prover a
todos os beneficiários que demandasse a concessão de medicamentos e tratamentos "fora dos critérios
estabelecidos pelo administrador" do Sistema.
6. Inicialmente, cabe o registro de que o presente se encontrava com andamento processual sobrestado a
partir da decisão impugnada através do Agravo Interno referido, proferida em 02.06.2017, dando
cumprimento ao determinado no Recurso Especial n. 1.657.156/RJ, afetado como Representativo da
Controvérsia. Sua inclusão na presente pauta, por sua vez, decorre do fato de o mencionado Recurso
Especial haver sido julgado pelo Superior Tribunal de Justiça no dia 25.04.2018, com novo
pronunciamento, em decorrência de Embargos de Declaração opostos, no decorrer da sessão de
12.09.2018. Recurso Extraordinário contra o acórdão com seguimento negado (decisão de 26.03.2019).
Portanto, não mais subsiste a decisão que determinou o sobrestamento do feito.
7. O Superior Tribunal de Justiça já sedimentou o entendimento no sentido de que "o funcionamento do
Sistema Único de Saúde (SUS) é de responsabilidade solidária dos entes federados, de forma que
qualquer deles tem legitimidade para figurar no polo passivo de demanda que objetive o acesso a meios e
medicamentos para tratamento de saúde" (REsp n. 1.771.111, Segunda Turma, rel. Min. Herman
Benjamin, j. 05.02.2019, DJe 12.03.2019). Preliminar de ilegitimidade sustenta pela parte recorrida
rejeitada.
8. Analiso, ainda em sede de preliminar, o Agravo Interno interposto contra decisão deste Relator em que
foi indeferido pedido de concessão, em fase recursal, de medida antecipatória da tutela pretendida, nos
termos seguintes, verbis:
No caso em tela, em uma análise preliminar entendo que não restou provada a probabilidade do direito.
Os documentos juntados aos autos não provaram, a meu ver, que somente o medicamento LEXAPRO
20mg poderia ser utilizado pela parte autora, com o fim de lhe preservar a saúde"
9. Conforme destacado na sentença de improcedência, a médica responsável pelo tratamento da parte
autora esclareceu que o Sistema Único de Saúde fornece o medicamento FLUOXETINA, pertencente à
mesma classe medicamentosa (ISRS) do LEXAPRO, ou seja, ambos apresentam semelhante perfil
terapêutico, distinguindo-se somente no tocante ao perfil de tolerabilidade, segundo a profissional, em
decorrência do que logrou o demandante a demonstrar sequer a plausibilidade do direito sustentado, ou
seja, de que efetivamente necessita do segundo medicamento, com desembolso a ser feito pela parte ré,
por conta da ineficácia daquele primeiro. Somando-se, por se encontrar sob tratamento especializado,
também não se encontra caracterizada a urgência, por perda irreparável ou de difícil reparação, na
concessão da medida requerida, qual seja, a substituição de medicamento fornecido pelo SUS por outro
similar, de aquisição onerosa para o Poder Público. Assim, mantenho a decisão agravada.
10. No pertinente ao Recurso Inominado, a pretensão formulada pela parte autora, ora recorrente, é no
sentido de ser condenada a parte ré ao fornecimento do medicamento LEXAPRO 20mg, de alto custo,
alegadamente para ter "sucesso no tratamento" a que vem se submetendo "ha muitos anos", tendo
715
"logrado êxito na gradual diminuição de seus problemas sofridos" (petição inicial), cuja aquisição por
conta própria não lhe era possível por ter como renda somente a correspondente a Benefício Assistencial
devido a Deficiente.
11. Consultando ao Portal CNIS a partir do número do CPF do autor, restou constado que o mesmo foi
beneficiário de LOAS no período de 03.11.2008 a 03.11.2017, sendo suspenso após haver sido
constatada sua condição de empregado da CEB DISTRIBUIÇÃO S/A desde 12.06.2017, ou seja, cerca
de 5 (cinco) meses antes da suspensão do Benefício. De se notar, então, que o tratamento a que vinha se
submetendo, ao contrário do alegado pelo recorrente, foi exitoso independentemente do fornecimento do
medicamento demandado através dos presentes autos, circunstâncias que por si já se apresentam como
suficientes para a manutenção da sentença de primeiro grau. PODER JUDICIÁRIO SEÇÃO JUDICIÁRIA
PROCESSO N. 0063073-38.2015.4.01.3400
RECORRENTE: MARIA ROCHA DE OLIVEIRA
ADVOGADO : DF00026621 - ALINE DE CARVALHO CAVALCANTE
RECORRIDO: UNIAO FEDERAL
ADVOGADO: - GABRIELA BAHRI DE ALMEIDA SAMIA
RELATOR: RUI COSTA GONÇALVES
EMENTA
PROCESSUAL. AGRAVO INTERNO CONTRA DECISÃO QUE NEGOU SEGUIMENTO A RECURSO
EXTRAORDINÁRIO E INCIDENTE DE UNIFORMIZAÇÃO NACIONAL. REAJUSTE DE 13,23% SOBRE
REMUNERAÇÃO DE SERVIDORES PÚBLICOS FEDERAIS. MATÉRIA INFRACONSTITUCIONAL.
HIPÓTESE DE NÃO CABIMENTO DE RECURSO EXTRAORDINÁRIO. JULGADO NO MESMO
SENTIDO DE JURISPRUDÊNCIA CONSOLIDADA NO ÂMBITO DA TURMA NACIONAL DE
UNIFORMIZAÇÃO. INCIDENTE DE UNIFORMIZAÇÃO JURISPRUDENCIAL INVIÁVEL. AGRAVO
INTERNO IMPROVIDO. DECISÃO AGRAVADA MANTIDA.
1. Trata-se de Agravo oposto pela parte autora contra decisão monocrática proferida no âmbito da
Coordenação das Turmas Recursais dos Juizados Especiais Federais desta Seccional, negando trânsito
a Recurso Extraordinário e Incidente de Uniformização Jurisprudencial interposto contra Acórdão
proferido por este Colegiado reconhecendo como improcedente pedido visando à concessão de reajuste
de 13,23% sobre os respectivos vencimentos, com o pagamento de parcelas pretéritas.
716
foi negado pela Coordenação das Turmas Recursais dos Juizados Especiais Federais do Distrito Federal.
Não se trata, portanto, de novo julgamento acerca da matéria já dirimida no Acórdão recorrido.
6. O Recurso Extraordinário não merece trânsito por desconsiderar o teor da Súmula n. 339/STF (Súmula
Vinculante n. 37), verbis: Não cabe ao Poder Judiciário, que não tem função legislativa, aumentar
vencimentos de servidores públicos, sob o fundamento de isonomia. Somando-se, o Supremo Tribunal
Federal, ao examinar recursos abordando especificamente essa matéria, tem reiteradamente decidido no
mesmo sentido do acórdão proferido por este Colegiado Recursal (Rcl-AgR segundo 24271, Min. Roberto
Barroso, Primeira Turma, j. 07.08.2018; Rcl-AgR 23443, Min. Luiz Fux, Primeira Turma, j. 28.04 e
04.05.2017 (sessão virtual); Rcl-AgR 24272, Min. Celso de Mello, Segunda Turma, j. 10 a 16.03.2017
(sessão virtual), entre diversos outros contendo igual solução).
7. De igual forma, o Incidente de Uniformização Jurisprudencial dirigido à Turma Nacional de
Uniformização se demonstra inviável por se insurgir contra Acórdão fundamentado em posicionamento
jurisprudencial já consolidado no âmbito daquele Colegiado, a partir do julgamento do PEDILEF n.
0512117-46.2014.4.05.8100, rel. Juiz Gerson Luiz Rocha, como REPRESENTATIVO DA
CONTROVÉRSIA acerca do tema tratado nestes autos, oportunidade em que firmou, em votação
unânime, o entendimento o seguinte sentido, verbis:
“INCIDENTE DE UNIFORMIZAÇÃO DE JURISPRUDÊNCIA. REPRESENTATIVO DA CONTROVÉRSIA
(RI/TNU, ART. 17, VII). ADMINISTRATIVO. SERVIDORES PÚBLICOS FEDERAIS. VANTAGEM
PECUNIÁRIA INDIVIDUAL (R$ 59,87). LEI Nº 10.698/2003. ENTENDIMENTO CONSOLIDADO NA TNU.
NATUREZA JURÍDICA DE REAJUSTE GERAL AFASTADA. INEXISTENTE O DIREITO DE REAJUSTE
DE VENCIMENTOS NO PERCENTUAL DE 13,23%. DECISÃO DA 2ª TURMA DO STF NA
RECLAMAÇÃO Nº 14.872 NO MESMO SENTIDO.
INCIDENTE CONHECIDO E DESPROVIDO."
8. Assim, a negativa de trânsito ao Incidente de Uniformização encontra respaldo nos arts. 9º, inciso IX, e
16, inciso I, do RITNU.
9. Diante do exposto, conheço do Agravo Interno, mas ao mesmo nego provimento, mantendo íntegra a
decisão recorrida.
10. Honorários advocatícios e custas processuais já estabelecidas no Acórdão proferido por este
Colegiado.
ACÓRDÃO
ACÓRDAM os Juízes Federais da 1ª Turma Recursal dos Juizados Especiais Federais da Seção
Judiciária do Distrito Federal, à unanimidade, conhecer e negar provimento ao Agravo Interno interposto,
nos termos do voto do Juiz Relator.
Sala de Sessões de Julgamento, em Brasília/DF, 16 de maio de 2019.
JUIZ RUI COSTA GONÇALVES
Relator
717
PROCESSO N. 0057216-11.2015.4.01.3400
RECORRENTE: JOSE ARAUJO VICENTE
ADVOGADO : DF00015308 - RENATA ANDREA CARVALHO DE MELO ESPINDOLA E OUTRO(S)
RECORRIDO: INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
ADVOGADO:
RELATOR: RUI COSTA GONÇALVES
ACÓRDÃO
DECIDE a Primeira Turma Recursal, em sede de adequação do julgado, conhecer e negar provimento ao
recurso interposto pela parte autora, mantendo integralmente a sentença de primeiro grau, nos termos do
voto do Juiz Federal Relator.
Sala de Sessões das Turmas Recursais - SJDF
Brasília/DF, 16 de maio de 2019.
JUIZ RUI COSTA GONÇALVES
Relator
PROCESSO N. 0031075-52.2015.4.01.3400
RECORRENTE: MIGUEL JOSE DIAS
ADVOGADO : DF0001599A - GERALDO MAGELA HERMOGENES DA SILVA
RECORRIDO: UNIAO FEDERAL
ADVOGADO: PE00030884 - EDUARDO JORGE PEREIRA ALVES
RELATOR: RUI COSTA GONÇALVES
EMENTA
PROCESSUAL. AGRAVO INTERNO CONTRA DECISÃO QUE NEGOU SEGUIMENTO A RECURSO
EXTRAORDINÁRIO E INCIDENTE DE UNIFORMIZAÇÃO NACIONAL. REAJUSTE DE 15,80% SOBRE
REMUNERAÇÃO DE SERVIDORES DA POLÍCIA FEDERAL. NEGADA A EXISTÊNCIA DE
REPERCUSSÃO GERAL ACERCA DA MATÉRIA PELO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. HIPÓTESE
DE NÃO CABIMENTO DE RECURSO EXTRAORDINÁRIO. JULGADO NO MESMO SENTIDO DE
JURISPRUDÊNCIA CONSOLIDADA NO ÂMBITO DA TURMA NACIONAL DE UNIFORMIZAÇÃO.
INCIDENTE DE UNIFORMIZAÇÃO JURISPRUDENCIAL INVIÁVEL. AGRAVO INTERNO IMPROVIDO.
DECISÃO AGRAVADA MANTIDA.
718
1. Trata-se de Agravo oposto pela parte autora contra decisão monocrática proferida no âmbito da
Coordenação das Turmas Recursais dos Juizados Especiais Federais desta Seccional, negando trânsito
a Recurso Extraordinário e Incidente de Uniformização Jurisprudencial interposto contra Acórdão
proferido por este Colegiado reconhecendo como improcedente pedido visando à concessão de reajuste
de 15,80% sobre os respectivos vencimentos, com o pagamento de parcelas pretéritas.
2. O excepcional reexame de admissibilidade recursal no tocante a recursos interpostos contra Julgado
proferido por Turmas Recursais dos Juizados Especiais Federais, encontra respaldo nos arts. 1.021 c/c
1.030, § 2º, do Código de Processo Civil em vigor, bem como no art. 15, § 2º, do Regimento Interno da
Turma Nacional de Uniformização Jurisprudencial (Resolução n. CJF n. 345/2015), secundado pelo art.
55, inciso XXX, do Regimento Interno dos Juizados Especiais Federais, das Turmas Recursais e da
de Uniformização".
5. Assim, cabe a este Colegiado exercer exclusivamente novo Juízo de Admissibilidade acerca dos
recursos interpostos pela parte agravante, cujo trânsito foi negado pela Coordenação das Turmas
Recursais dos Juizados Especiais Federais do Distrito Federal. Não se trata, portanto, de novo
julgamento acerca da matéria já dirimida no Acórdão recorrido.
6. O Recurso Extraordinário não merece trânsito por desconsiderar o teor da Súmula n. 339/STF (Súmula
Vinculante n. 37), verbis: Não cabe ao Poder Judiciário, que não tem função legislativa, aumentar
vencimentos de servidores públicos, sob o fundamento de isonomia. Somando-se, o Supremo Tribunal
Federal, ao examinar o ARE n. 799718 (rel. Min. Gilmar Mendes, j. 10.04.2014), não reconheceu a
existência de repercussão geral à matéria em relevo (reajuste de 15,80%), motivo pelo qual não cabe
Recurso Extraordinário, conforme o art. 1.030, inciso I, letra "a", primeira hipótese, do Código de Processo
Civil.
7. De igual forma, o Incidente de Uniformização Jurisprudencial dirigido à Turma Nacional de
Uniformização se demonstra inviável por se insurgir contra Acórdão fundamentado em posicionamento
jurisprudencial já consolidado no âmbito daquele Colegiado, servindo como ilustração apenas os
seguintes precedentes: PEDILEF n. 0501492-30.2014.4.05.8500, rel. Juiz Federal Rui Costa Gonçalves,
DOU 27.01.2017; n. 0503710-15.2014.4.05.8500, rel. Juíza Federal Maria Lúcia Gomes de Souza, DOU
12.01.2017; n. 0514360-08.2015.4.05.8500, rel. Juiz Federal Francisco Andreotti Spizzirri, DOU
27.02.2018; n. 0506047-74.2014.4.05.8500, rel. Daniel Machado da Rocha, DOU 13.09.2016; entre
incontáveis outros julgados no mesmo sentido. Assim, a negativa de trânsito ao Incidente de
Uniformização encontra respaldo nos arts. 9º, inciso IX, e 16, inciso I, do RITNU.
8. Diante do exposto, conheço do Agravo Interno, mas ao mesmo nego provimento, mantendo íntegra a
decisão recorrida.
9. Honorários advocatícios e custas processuais já estabelecidas no Acórdão proferido por este
Colegiado.
ACÓRDÃO
ACORDAM os Juízes Federais da 1ª Turma Recursal dos Juizados Especiais Federais da Seção
Judiciária do Distrito Federal, à unanimidade, conhecer e negar provimento ao Agravo Interno interposto,
nos termos do voto do Juiz Relator.
Sala de Sessões de Julgamento, em Brasília/DF, 16 de maio de 2019.
JUIZ RUI COSTA GONÇALVES
Relator
PROCESSO N. 0068714-07.2015.4.01.3400
RECORRENTE: MANOEL CAMILO ALVES
ADVOGADO : DF00026621 - ALINE DE CARVALHO CAVALCANTE
RECORRIDO: UNIAO FEDERAL
ADVOGADO: - EDUARDO JORGE PEREIRA ALVES
RELATOR: RUI COSTA GONÇALVES
EMENTA
PROCESSUAL. AGRAVO INTERNO CONTRA DECISÃO QUE NEGOU SEGUIMENTO A RECURSO
EXTRAORDINÁRIO E INCIDENTE DE UNIFORMIZAÇÃO NACIONAL. REAJUSTE DE 13,23% SOBRE
foi negado pela Coordenação das Turmas Recursais dos Juizados Especiais Federais do Distrito Federal.
Não se trata, portanto, de novo julgamento acerca da matéria já dirimida no Acórdão recorrido.
6. O Recurso Extraordinário não merece trânsito por desconsiderar o teor da Súmula n. 339/STF (Súmula
Vinculante n. 37), verbis: Não cabe ao Poder Judiciário, que não tem função legislativa, aumentar
vencimentos de servidores públicos, sob o fundamento de isonomia. Somando-se, o Supremo Tribunal
Federal, ao examinar recursos abordando especificamente essa matéria, tem reiteradamente decidido no
mesmo sentido do acórdão proferido por este Colegiado Recursal (Rcl-AgR segundo 24271, Min. Roberto
Barroso, Primeira Turma, j. 07.08.2018; Rcl-AgR 23443, Min. Luiz Fux, Primeira Turma, j. 28.04 e
04.05.2017 (sessão virtual); Rcl-AgR 24272, Min. Celso de Mello, Segunda Turma, j. 10 a 16.03.2017
(sessão virtual), entre diversos outros contendo igual solução).
7. De igual forma, o Incidente de Uniformização Jurisprudencial dirigido à Turma Nacional de
Uniformização se demonstra inviável por se insurgir contra Acórdão fundamentado em posicionamento
jurisprudencial já consolidado no âmbito daquele Colegiado, a partir do julgamento do PEDILEF n.
0512117-46.2014.4.05.8100, rel. Juiz Gerson Luiz Rocha, como REPRESENTATIVO DA
CONTROVÉRSIA acerca do tema tratado nestes autos, oportunidade em que firmou, em votação
unânime, o entendimento o seguinte sentido, verbis:
“INCIDENTE DE UNIFORMIZAÇÃO DE JURISPRUDÊNCIA. REPRESENTATIVO DA CONTROVÉRSIA
(RI/TNU, ART. 17, VII). ADMINISTRATIVO. SERVIDORES PÚBLICOS FEDERAIS. VANTAGEM
PECUNIÁRIA INDIVIDUAL (R$ 59,87). LEI Nº 10.698/2003. ENTENDIMENTO CONSOLIDADO NA TNU.
720
PROCESSO N. 0051405-70.2015.4.01.3400
RECORRENTE: ANDRE AGUIAR RODRIGUES DE SOUSA
ADVOGADO : DF00026621 - ALINE DE CARVALHO CAVALCANTE
RECORRIDO: UNIAO FEDERAL
ADVOGADO: - RODRIGO PIMENTEL DE CARVALHO
RELATOR: RUI COSTA GONÇALVES
EMENTA
PROCESSUAL. AGRAVO INTERNO CONTRA DECISÃO QUE NEGOU SEGUIMENTO A RECURSO
EXTRAORDINÁRIO E INCIDENTE DE UNIFORMIZAÇÃO NACIONAL. REAJUSTE DE 13,23% SOBRE
REMUNERAÇÃO DE SERVIDORES PÚBLICOS FEDERAIS. MATÉRIA INFRACONSTITUCIONAL.
HIPÓTESE DE NÃO CABIMENTO DE RECURSO EXTRAORDINÁRIO. JULGADO NO MESMO
SENTIDO DE JURISPRUDÊNCIA CONSOLIDADA NO ÂMBITO DA TURMA NACIONAL DE
UNIFORMIZAÇÃO. INCIDENTE DE UNIFORMIZAÇÃO JURISPRUDENCIAL INVIÁVEL. AGRAVO
INTERNO IMPROVIDO. DECISÃO AGRAVADA MANTIDA.
1. Trata-se de Agravo oposto pela parte autora contra decisão monocrática proferida no âmbito da
Coordenação das Turmas Recursais dos Juizados Especiais Federais desta Seccional, negando trânsito
a Recurso Extraordinário e Incidente de Uniformização Jurisprudencial interposto contra Acórdão
proferido por este Colegiado reconhecendo como improcedente pedido visando à concessão de reajuste
de 13,23% sobre os respectivos vencimentos, com o pagamento de parcelas pretéritas.
2. O excepcional reexame de admissibilidade recursal no tocante a recursos interpostos contra Julgado
proferido por Turmas Recursais dos Juizados Especiais Federais, encontra respaldo nos arts. 1.021 c/c
1.030, § 2º, do Código de Processo Civil em vigor, bem como no art. 15, § 2º, do Regimento Interno da
Turma Nacional de Uniformização Jurisprudencial (Resolução n. CJF n. 345/2015), secundado pelo art.
55, inciso XXX, do Regimento Interno dos Juizados Especiais Federais, das Turmas Recursais e da
Turma Regional de Uniformização Jurisprudencial da 1ª Região (Resolução PRESI n. 17/2014, alterada
pela Resolução PRESI n. 6538395/2018).
3. No pertinente ao Recurso Extraordinário, estabelece o Código de Processo Civil em vigor que, na
hipótese de lhe ser negado seguimento quando o julgado esteja em conformidade com entendimento
firmado pelo Supremo Tribunal Federal em sede de repercussão geral ou em julgamento de recursos
repetitivos, caberá Agravo Interno (arts. 1.021 c/c 1.030, inciso I e § 2º).
4. Quanto ao Incidente de Uniformização Jurisprudencial, tem-se que o art. 15, § 2º, do RITNU estabelece
que "contra decisão de inadmissão de pedido de uniformização fundada em representativo de
controvérsia ou súmula da Turma nacional de Uniformização, caberá agravo interno, no prazo de quinze
dias a contar da respectiva publicação, o qual, após o decurso de igual prazo para contrarrazões, será
julgado pela Turma Recursal ou Regional, conforme o caso, mediante decisão irrecorrível" ( sem
destaques no original). Nos termos do art. 55, inciso XXX, do RIJEFTRTRU-1ª Região, por sua vez,
"compete ao relator (...) proferir juízo de admissibilidade de incidentes de uniformização recursal, em sede
de agravo interno, interposto da decisão do presidente/coordenador da turma que não admite pedido de
uniformização regional ou nacional, fundado em julgamento do Supremo Tribunal Federal, proferido na
sistemática de repercussão geral, ou em súmula ou representativo da controvérsia da Turma Nacional de
Uniformização".
5. Assim, cabe a este Colegiado exercer exclusivamente novo Juízo de Admissibilidade acerca dos
recursos interpostos pela parte agravante, cujo trânsito PODER JUDICIÁRIO SEÇÃO JUDICIÁRIA DO
DISTRITO FEDERAL
721
foi negado pela Coordenação das Turmas Recursais dos Juizados Especiais Federais do Distrito Federal.
Não se trata, portanto, de novo julgamento acerca da matéria já dirimida no Acórdão recorrido.
6. O Recurso Extraordinário não merece trânsito por desconsiderar o teor da Súmula n. 339/STF (Súmula
Vinculante n. 37), verbis: Não cabe ao Poder Judiciário, que não tem função legislativa, aumentar
vencimentos de servidores públicos, sob o fundamento de isonomia. Somando-se, o Supremo Tribunal
Federal, ao examinar recursos abordando especificamente essa matéria, tem reiteradamente decidido no
mesmo sentido do acórdão proferido por este Colegiado Recursal (Rcl-AgR segundo 24271, Min. Roberto
PROCESSO N. 0031080-74.2015.4.01.3400
RECORRENTE: DERNIVAL NASCIMENTO DE ARAUJO
ADVOGADO : DF0001599A - GERALDO MAGELA HERMOGENES DA SILVA
RECORRIDO: UNIAO FEDERAL
ADVOGADO: - LETICIA MACHADO SALGADO
RELATOR: RUI COSTA GONÇALVES
EMENTA
PROCESSUAL. AGRAVO INTERNO CONTRA DECISÃO QUE NEGOU SEGUIMENTO A RECURSO
EXTRAORDINÁRIO E INCIDENTE DE UNIFORMIZAÇÃO NACIONAL. REAJUSTE DE 15,80% SOBRE
REMUNERAÇÃO DE SERVIDORES DA POLÍCIA FEDERAL. NEGADA A EXISTÊNCIA DE
REPERCUSSÃO GERAL ACERCA DA MATÉRIA PELO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. HIPÓTESE
DE NÃO CABIMENTO DE RECURSO EXTRAORDINÁRIO. JULGADO NO MESMO SENTIDO DE
JURISPRUDÊNCIA CONSOLIDADA NO ÂMBITO DA TURMA NACIONAL DE UNIFORMIZAÇÃO.
INCIDENTE DE UNIFORMIZAÇÃO JURISPRUDENCIAL INVIÁVEL. AGRAVO INTERNO IMPROVIDO.
DECISÃO AGRAVADA MANTIDA.
1. Trata-se de Agravo oposto pela parte autora contra decisão monocrática proferida no âmbito da
Coordenação das Turmas Recursais dos Juizados Especiais Federais desta Seccional, negando trânsito
a Recurso Extraordinário e Incidente de Uniformização Jurisprudencial interposto contra Acórdão
proferido por este Colegiado reconhecendo como improcedente pedido visando à concessão de reajuste
de 15,80% sobre os respectivos vencimentos, com o pagamento de parcelas pretéritas.
2. O excepcional reexame de admissibilidade recursal no tocante a recursos interpostos contra Julgado
proferido por Turmas Recursais dos Juizados Especiais Federais, encontra respaldo nos arts. 1.021 c/c
722
1.030, § 2º, do Código de Processo Civil em vigor, bem como no art. 15, § 2º, do Regimento Interno da
Turma Nacional de Uniformização Jurisprudencial (Resolução n. CJF n. 345/2015), secundado pelo art.
55, inciso XXX, do Regimento Interno dos Juizados Especiais Federais, das Turmas Recursais e da
Turma Regional de Uniformização Jurisprudencial da 1ª Região (Resolução PRESI n. 17/2014, alterada
pela Resolução PRESI n. 6538395/2018).
3. No pertinente ao Recurso Extraordinário, estabelece o Código de Processo Civil em vigor que, na
hipótese de lhe ser negado seguimento quando o julgado esteja em conformidade com entendimento
firmado pelo Supremo Tribunal Federal em sede de repercussão geral ou em julgamento de recursos
repetitivos, caberá Agravo Interno (arts. 1.021 c/c 1.030, inciso I e § 2º).
4. Quanto ao Incidente de Uniformização Jurisprudencial, tem-se que o art. 15, § 2º, do RITNU estabelece
de Uniformização".
5. Assim, cabe a este Colegiado exercer exclusivamente novo Juízo de Admissibilidade acerca dos
recursos interpostos pela parte agravante, cujo trânsito foi negado pela Coordenação das Turmas
Recursais dos Juizados Especiais Federais do Distrito Federal. Não se trata, portanto, de novo
julgamento acerca da matéria já dirimida no Acórdão recorrido.
6. O Recurso Extraordinário não merece trânsito por desconsiderar o teor da Súmula n. 339/STF (Súmula
Vinculante n. 37), verbis: Não cabe ao Poder Judiciário, que não tem função legislativa, aumentar
vencimentos de servidores públicos, sob o fundamento de isonomia. Somando-se, o Supremo Tribunal
Federal, ao examinar o ARE n. 799718 (rel. Min. Gilmar Mendes, j. 10.04.2014), não reconheceu a
existência de repercussão geral à matéria em relevo (reajuste de 15,80%), motivo pelo qual não cabe
Recurso Extraordinário, conforme o art. 1.030, inciso I, letra "a", primeira hipótese, do Código de Processo
Civil.
7. De igual forma, o Incidente de Uniformização Jurisprudencial dirigido à Turma Nacional de
Uniformização se demonstra inviável por se insurgir contra Acórdão fundamentado em posicionamento
jurisprudencial já consolidado no âmbito daquele Colegiado, servindo como ilustração apenas os
seguintes precedentes: PEDILEF n. 0501492-30.2014.4.05.8500, rel. Juiz Federal Rui Costa Gonçalves,
DOU 27.01.2017; n. 0503710-15.2014.4.05.8500, rel. Juíza Federal Maria Lúcia Gomes de Souza, DOU
12.01.2017; n. 0514360-08.2015.4.05.8500, rel. Juiz Federal Francisco Andreotti Spizzirri, DOU
27.02.2018; n. 0506047-74.2014.4.05.8500, rel. Daniel Machado da Rocha, DOU 13.09.2016; entre
incontáveis outros julgados no mesmo sentido. Assim, a negativa de trânsito ao Incidente de
Uniformização encontra respaldo nos arts. 9º, inciso IX, e 16, inciso I, do RITNU.
8. Diante do exposto, conheço do Agravo Interno, mas ao mesmo nego provimento, mantendo íntegra a
decisão recorrida.
9. Honorários advocatícios e custas processuais já estabelecidas no Acórdão proferido por este
Colegiado.
ACÓRDÃO
ACÓRDÃO os Juízes Federais da 1ª Turma Recursal dos Juizados Especiais Federais da Seção
Judiciária do Distrito Federal, à unanimidade, conhecer e negar provimento ao Agravo Interno interposto,
nos termos do voto do Juiz Relator.
Sala de Sessões de Julgamento, em Brasília/DF, 16 de maio de 2019.
JUIZ RUI COSTA GONÇALVES
Relator
PROCESSO N. 0048970-26.2015.4.01.3400
RECORRENTE: JOSE FERNANDES DA SILVA
ADVOGADO : DF0001599A - GERALDO MAGELA HERMOGENES DA SILVA
RECORRIDO: UNIAO FEDERAL
ADVOGADO: - LETICIA MACHADO SALGADO
723
ACÓRDÃO os Juízes Federais da 1ª Turma Recursal dos Juizados Especiais Federais da Seção
Judiciária do Distrito Federal, à unanimidade, conhecer e negar provimento ao Agravo Interno interposto,
nos termos do voto do Juiz Relator.
Sala de Sessões de Julgamento, em Brasília/DF, 16 de maio de 2019.
JUIZ RUI COSTA GONÇALVES
Relator
5FDB8C3E3B9DD851E3B1CBBBC76D73C9
PROCESSO N. 0023965-02.2015.4.01.3400
RECORRENTE: ERALDO NUNES DA SILVA E OUTRO(S)
ADVOGADO : DF00018841 - LINO DE CARVALHO CAVALCANTE
RECORRIDO: UNIAO FEDERAL (FAZENDA NACIONAL)
ADVOGADO: - RENATA COCHRANE FEITOSA
RELATOR: RUI COSTA GONÇALVES
EMENTA
TRIBUTÁRIO. CONTRIBUIÇÃO PREVIDENCIÁRIA. TERÇO CONSTITUCIONAL DE FÉRIAS.
INCIDÊNCIA INDEVIDA. ENTENDIMENTO DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. TRIBUTO SUJEITO A
LANÇAMENTO POR HOMOLOGAÇÃO. AÇÃO AJUIZADA EM DATA POSTERIOR À EDIÇÃO DA LEI
COMPLEMENTAR Nº 118/2005. PRESCRIÇÃO QUINQUENAL. DECADÊNCIA. SELIC. RECURSO
IMPROVIDO. SENTENÇA MANTIDA.
1. Recurso interposto em face da sentença no bojo da qual foi julgado procedente o pedido “para,
observando-se a prescrição quinquenal, declarar a inexigibilidade da contribuição social (PSS) sobre o
terço de férias, até a data da entrada em vigor da MP nº 559/2012, convertida na Lei nº 12.688/2012, e
para condenar a UNIÃO a restituir aos Autores os valores até então cobrados a esse título, corrigidos pela
taxa SELIC a contar de cada um dos recolhimentos, conforme cálculos da Contadoria Judicial, que ora
homologo.”
2. Ausência de interesse recursal no tocante à preliminar arguida, tendo em vista que a sentença
recorrida já reconheceu a prescrição quinquenal.
3. Quanto ao mérito, a sentença recorrida encontra-se em perfeita consonância com a jurisprudência do
Supremo Tribunal Federal que, em sede de Agravo Regimental em Recurso Extraordinário (processo nº
587.941/SC), reafirmou seu entendimento no sentido da não incidência de contribuição social sobre o
adicional de um terço (1/3) a que se refere o artigo 7º, inciso XVII, da Constituição Federal. (RE 587941
AgR, Relator: Min. Celso de Mello, Segunda Turma, julgado em 30/09/2008, DJ-e. 222 Divulgado em
20.11.2008; Publicado em 21.11.2008; EMENT VOL-02342-20 PP-04027), tendo em vista que o terço
constitucional de férias não pode ser incorporado à remuneração do servidor para fins de aposentadoria.
4. Recurso improvido. Sentença mantida.
5. Honorários advocatícios pela recorrente, fixados em 10% sobre o valor da condenação, de acordo com
o art. 55, caput, da Lei nº 9.099/95.
6. Acórdão proferido de acordo com o art. 46 da Lei nº 9.099/95.
ACÓRDÃO
Decide a Primeira Turma Recursal, por unanimidade, negar provimento ao recurso.
1ª Turma Recursal, Juizado Especial Federal – SJDF. Brasília – DF, 16/05/2019.
JUIZ RUI COSTA GONÇALVES
Relator
PROCESSO N. 0041914-39.2015.4.01.3400
RECORRENTE: WALDIR LEONCIO NETTO
ADVOGADO : DF00018681 - PEDRO PAULO ARAUJO MOREIRA
RECORRIDO: UNIAO FEDERAL
ADVOGADO: - GABRIELA BAHRI DE ALMEIDA SAMIA
RELATOR: RUI COSTA GONÇALVES
EMENTA
ADMINISTRATIVO. SERVIDOR PÚBLICO. PROGRESSÃO FUNCIONAL. INTERSTÍCIO. TERMO
INICIAL. APLICAÇÃO DO DECRETO N. 84.669/1980. LEGALIDADE. ENTENDIMENTO STJ.
725
49/58.)
5. E como decidido por esta Turma, no RI 0020384-71.2018.4.01.3400, da relatoria do Juiz Antonio
Cláudio Macedo: Os precedentes jurisprudenciais retro listados vêm à calha na hipótese sub examine,
pois, em sua essência, afirmam a legalidade de norma regulamentar editada pelo Executivo, quando
ausente norma legal expressa, para fins de traçar as regras de progressão nas carreiras do serviço
público federal.
6. Recurso improvido. Sentença integralmente mantida, por seus próprios fundamentos.
7. O autor, recorrente vencido, pagará honorários advocatícios de 10% sobre o valor corrigido da causa,
ficando a condenação suspensa enquanto perdurar o estado de carência que justificou a concessão da
justiça gratuita, prescrevendo a dívida cinco anos após a sentença final, nos termos do art. 98, §3º, do
novo CPC.
ACÓRDÃO
Decide a Primeira Turma Recursal, por unanimidade, negar provimento ao recurso interposto pela parte
Autora.
1ª Turma Recursal, Juizado Especial Federal/SJDF. Brasília-DF, 16/05/2019.
JUIZ RUI COSTA GONÇALVES
Relator
PROCESSO N. 0015777-20.2015.4.01.3400
RECORRENTE: INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS - INSTITUTO NACIONAL DE
SEGURO SOCIAL-INSS
ADVOGADO : DF00022810 - DENISE MAGALHAES DA SILVA QUIRINO
RECORRIDO: EXPEDITA CRISPIM DIOGENES NOGUEIRA - INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO
SOCIAL-INSS
ADVOGADO: DF00022810 - DENISE MAGALHAES DA SILVA QUIRINO
RELATOR: RUI COSTA GONÇALVES
EMENTA
EMBARGOS DE DECLARAÇÃO OPOSTOS PELA PARTE AUTORA. HIPÓTESES LEGAIS DOS
EMBARGOS DE DECLARAÇÃO NÃO CONFIGURADAS. TENTATIVA DE USO DOS EMBARGOS DE
DECLARAÇÃO COMO RECURSO INOMINADO: IMPOSSIBILIDADE. EMBARGOS DE DECLARAÇÃO
DA PARTE AUTORA REJEITADOS.
726
1. Tratam-se de Embargos de Declaração opostos pela parte autora, em face do acórdão retro proferido.
2. Os embargos de declaração, previstos no art. 48 da Lei nº 9.099/95, têm por fito esclarecer ou integrar
decisão judicial, notadamente sentenças e acórdãos, que contenham alguma obscuridade, contradição,
omissão ou dúvida. Não se prestam, porém, para a rediscussão da causa, ou para que o embargante
reitere argumentos já apreciados, ou mesmo para que, em caráter inovador, traga novas teses à
discussão.
3. Analisando-se os autos, constata-se não estar configurada qualquer das hipóteses que autorizam a
oposição dos Embargos de Declaração, conforme alega a Embargante.
4. Verifica-se que a embargante, na verdade, não se conformou com a decisão proferida, pretendendo
rediscutir o julgado, o que não é permitido em sede de embargos de declaração.
ACÓRDÃO
Decide a Primeira Turma Recursal, à unanimidade, conhecer dos embargos de declaração opostos pela
parte autora, mas para REJEITÁ-LOS.
1ª Turma Recursal, Juizado Especial Federal/SJDF - 16/05/2019.
JUIZ RUI COSTA GONÇALVES
Relator
210E3C2DFA24085F07C2E128C1E66F35
PROCESSO N. 0045625-52.2015.4.01.3400
RECORRENTE: INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
ADVOGADO :
RECORRIDO: JOSE NAZARENO DE PAULA LEITAO
ADVOGADO:
RELATOR: RUI COSTA GONÇALVES
EMENTA
ADMINISTRATIVO. SERVIDOR PÚBLICO. CARREIRA DO INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO
SOCIAL. PROGRESSÃO FUNCIONAL. LEIS N. 10.855/2004 E 11.501/2007. INTERSTÍCIO DE 18
MESES. COMPETÊNCIA DOS JUIZADOS ESPECIAIS FEDERAIS PARA EXAMINAR A MATÉRIA,
DADO QUE NÃO VISA AO RECONHECIMENTO DE NULIDADE DE ATO ADMINISTRATIVO
DECORRENTE DE VÍCIO INSANÁVEL. NO MÉRITO, AUSÊNCIA DE AUTO-APLICABILIDADE.
LEGITIMIDADE DA AUTARQUIA PREVIDENCIÁRIA PARA FIGURAR SOLITARIAMENTE NO POLO
PASSIVO. NECESSIDADE DE REGULAMENTAÇÃO. OBSERVÂNCIA DO INTERSTÍCIO DE 12 MESES,
AINDA VIGENTE, ATÉ QUE SOBREVENHA A REGULAMENTAÇÃO EXIGIDA. SENTENÇA EM
CONFORMIDADE COM A JURISPRUDÊNCIA CONSOLIDADA NOS ÂMBITOS DO STJ E TNU.
RECURSO CONHECIDO E IMPROVIDO. SENTENÇA MANTIDA.
1. Cuida-se de Recurso interposto pela parte Ré em face de sentença no bojo da qual foi julgado
procedente em parte o pedido “para determinar que seja adotado pela parte ré o interstício de 12 (doze)
meses para progressão funcional, a partir de partir de 1º de janeiro de 2017, vedado o pagamento de
parcelas retroativas, eis que se trata de direito novo, estabelecido por determinação expressa da Lei nº
13.324/16 e para condenar o INSS a pagar as diferenças decorrentes das revisões de progressão
promovidas nos termos desta sentença desde quando devidas devidamente corrigidas, e juros de mora a
partir da citação.”
727
1. Cinge-se a controvérsia dos autos sobre progressão funcional de servidor público federal integrante da
carreira de Magistério do Ensino Básico, Técnico e Tecnológico, atualmente regida pela Lei 11.784/08.
2. A progressão funcional tem previsão no art. 120 da Lei 11.784/08, cujo § 5º dispõe que, "Até que seja
publicado o regulamento previsto no caput deste artigo, para fins de progressão funcional e
desenvolvimento na Carreira de Magistério do Ensino Básico, Técnico e Tecnológico, aplicam-se as
regras estabelecidas nos arts. 13 e 14 da Lei nº 11.344, de 8 de setembro de 2006".
3. Trata-se de nítida condição suspensiva de eficácia no que toca às novas regras para o
desenvolvimento na carreira em questão. Assim, enquanto pendente de regulamentação, não podem ser
aplicados os demais parágrafos do dispositivo citado, de modo que a lei anterior, por remissão legal
expressa, continua a reger a relação entre os docentes e as Instituições Federais de Ensino no que tange
necessária, mas que esteja, no mínimo, há dois anos no nível 4 da respectiva Classe ou com interstício
de quatro anos de atividade em órgão público, exceto para a Classe Especial").
Precedentes: AgRg no REsp 1.336.761/ES, 2ª T., Min. Herman Benjamin, DJe 10/10/2012; REsp
1.325.378/RS, 2ª T., Min. Humberto Martins, DJe 19/10/2012 REsp 1.325.067/SC, 2ª T., Min. Eliana
Calmon, DJe 29/10/2012; AgRg no REsp 1.323.912/RS, 2ª T., Min. Humberto Martins, DJe 02/04/2013. 6.
Recurso especial não provido. Acórdão submetido ao regime do art. 543-C do CPC e da Resolução STJ
n. 8/08. (REsp 1343128 / SC, Primeira Seção, Rel. Min. MAURO CAMPBELL MARQUES, DJe
21/06/2013) (grifei).
A questão também foi uniformizada pela TNU nos termos do voto condutor do julgamento do Pedilef
5051162-83.2013.4.04.7100 (Relator Bruno Carrá, j 15/04/2015).
Dessa forma, tenho que a jurisprudência desta TNU deve ser reafirmada no sentido de que a majoração
do interstício para a progressão funcional instituída pela Lei n.° 11.501/2007 carece de autoaplicabilidade,
e, até o advento de tal regulamentação, tem de ser aplicado o requisito temporal ainda vigente, qual seja,
de 12 (doze) meses”.
6. Assim, conheço e dou provimento ao incidente de uniformização apresentado pela parte autora,
reafirmando o entendimento desta TNU de que a majoração do interstício de 18 meses para a progressão
funcional fixada na Lei 11.501/07 necessita de regulamentação, devendo ser aplicado o prazo de 12
meses ainda vigente, até que sobrevenha a respectiva norma regulamentadora" (PEDILEF n. 5058499-
26.2013.4.04.7100, rel. Juíza Federal Angela Cristina Monteiro, DOU 05.02.2016).
3. No mesmo sentido: PEDILEF n. 500525-97.2014.4.04.7104, rel. Juiz Federal Fernando Moreira
Gonçalves, DOU 17.02.2017; PEDILEF n. 05011431-14.2014.4.05.8305, rel. Juíza Federal Itália Maria
Zimardi Arêas Poppe Bertozzi, DOU 27,09.2016; PEDILEF n. 5058381-50.2013.4.04.7100, rel. Juiz
Federal Douglas Camarinha Gonzales, DOU 05.02.2016.
4. Assim, é de se concluir que sentença de primeiro grau não se encontra em descompasso com a
jurisprudência pacificada no âmbito do Superior Tribunal de Justiça e da Turma Nacional de
Uniformização, devendo ser mantida.
5. Ante o exposto, conheço do agravo interno interposto pela parte Ré, mas para lhe negar provimento,
mantendo na íntegra a sentença de primeiro grau de jurisdição,
6. Os juros de mora são devidos, desde a citação válida, nos termos do Manual de Cálculos da Justiça
Federal, atualizado de acordo com a Lei nº 11.960/09, não reputada inconstitucional pelo Supremo
Tribunal Federal nesse ponto (RE 870.947).
7. No tocante à correção monetária, deve ser observado, a partir do vencimento de cada parcela, o índice
estabelecido pelo STF no julgamento do mencionado RE 870.947, ante o afastamento da TR, como
critério de atualização monetária das condenações impostas à Fazenda Pública.
8. Não obstante, ressalva-se a aplicação, na fase de execução do presente julgado, do índice de correção
monetária a ser definido pelo Supremo Tribunal Federal ao PODER JUDICIÁRIO SEÇÃO JUDICIÁRIA
DO DISTRITO FEDERAL
TRF 1 REGIÃO/IMP.15-01-04-SJ
5
729
concluir o exame do ED no RE 870947, com reflexo na condenação à verba honorária, que deixará de
subsistir, caso seja total ou parcialmente vitoriosa a tese sustentada pela parte ora recorrente.
9. O pagamento deverá ser feito mediante expedição de Requisição de Pequeno Valor - RPV, após o
trânsito em julgado.
10. Sentença mantida. Recurso improvido.
11. Honorários advocatícios devidos pelo (a) recorrente vencido, fixados em 10% (dez por cento) do valor
da condenação, nos termos do artigo 55 da Lei nº 9.099/95. Sem custas processuais.
12. Acórdão lavrado nos termos do art. 46 da Lei nº 9.099/95.
ACÓRDÃO
Decide a Primeira Turma Recursal, por unanimidade, conhecer e, por maioria de votos, negar provimento
PROCESSO N. 0052567-66.2016.4.01.3400
RECORRENTE: ANTONIA ALVES PIMENTEL
ADVOGADO : DF0001666A - JEOVAM LEMOS CAVALCANTE
RECORRIDO: UNIAO FEDERAL
ADVOGADO: - EDUARDO JORGE PEREIRA ALVES
RELATOR: RUI COSTA GONÇALVES
EMENTA
PROCESSUAL. AGRAVO INTERNO CONTRA DECISÃO QUE NEGOU SEGUIMENTO A RECURSO
EXTRAORDINÁRIO E INCIDENTE DE UNIFORMIZAÇÃO NACIONAL. REAJUSTE DE 13,23% SOBRE
REMUNERAÇÃO DE SERVIDORES PÚBLICOS FEDERAIS. MATÉRIA INFRACONSTITUCIONAL.
HIPÓTESE DE NÃO CABIMENTO DE RECURSO EXTRAORDINÁRIO. JULGADO NO MESMO
SENTIDO DE JURISPRUDÊNCIA CONSOLIDADA NO ÂMBITO DA TURMA NACIONAL DE
UNIFORMIZAÇÃO. INCIDENTE DE UNIFORMIZAÇÃO JURISPRUDENCIAL INVIÁVEL. AGRAVO
INTERNO IMPROVIDO. DECISÃO AGRAVADA MANTIDA.
1. Trata-se de Agravo oposto pela parte autora contra decisão monocrática proferida no âmbito da
Coordenação das Turmas Recursais dos Juizados Especiais Federais desta Seccional, negando trânsito
a Recurso Extraordinário e Incidente de Uniformização Jurisprudencial interposto contra Acórdão
proferido por este Colegiado reconhecendo como improcedente pedido visando à concessão de reajuste
de 13,23% sobre os respectivos vencimentos, com o pagamento de parcelas pretéritas.
2. O excepcional reexame de admissibilidade recursal no tocante a recursos interpostos contra Julgado
proferido por Turmas Recursais dos Juizados Especiais Federais, encontra respaldo nos arts. 1.021 c/c
1.030, § 2º, do Código de Processo Civil em vigor, bem como no art. 15, § 2º, do Regimento Interno da
Turma Nacional de Uniformização Jurisprudencial (Resolução n. CJF n. 345/2015), secundado pelo art.
55, inciso XXX, do Regimento Interno dos Juizados Especiais Federais, das Turmas Recursais e da
Turma Regional de Uniformização Jurisprudencial da 1ª Região (Resolução PRESI n. 17/2014, alterada
pela Resolução PRESI n. 6538395/2018).
3. No pertinente ao Recurso Extraordinário, estabelece o Código de Processo Civil em vigor que, na
hipótese de lhe ser negado seguimento quando o julgado esteja em conformidade com entendimento
firmado pelo Supremo Tribunal Federal em sede de repercussão geral ou em julgamento de recursos
repetitivos, caberá Agravo Interno (arts. 1.021 c/c 1.030, inciso I e § 2º).
4. Quanto ao Incidente de Uniformização Jurisprudencial, tem-se que o art. 15, § 2º, do RITNU estabelece
que "contra decisão de inadmissão de pedido de uniformização fundada em representativo de
controvérsia ou súmula da Turma nacional de Uniformização, caberá agravo interno, no prazo de quinze
dias a contar da respectiva publicação, o qual, após o decurso de igual prazo para contrarrazões, será
julgado pela Turma Recursal ou Regional, conforme o caso, mediante decisão irrecorrível" ( sem
destaques no original). Nos termos do art. 55, inciso XXX, do RIJEFTRTRU-1ª Região, por sua vez,
"compete ao relator (...) proferir juízo de admissibilidade de incidentes de uniformização recursal, em sede
de agravo interno, interposto da decisão do presidente/coordenador da turma que não admite pedido de
uniformização regional ou nacional, fundado em julgamento do Supremo Tribunal Federal, proferido na
sistemática de repercussão geral, ou em súmula ou representativo da controvérsia da Turma Nacional de
Uniformização".
5. Assim, cabe a este Colegiado exercer exclusivamente novo Juízo de Admissibilidade acerca dos
recursos interpostos pela parte agravante, cujo trânsito PODER JUDICIÁRIO SEÇÃO JUDICIÁRIA DO
DISTRITO FEDERAL
2124CB297CBC8A3A66EA835945C9D9EA TRF 1 REGIÃO/IMP.15-01-04-SJ
2
730
foi negado pela Coordenação das Turmas Recursais dos Juizados Especiais Federais do Distrito Federal.
Não se trata, portanto, de novo julgamento acerca da matéria já dirimida no Acórdão recorrido.
6. O Recurso Extraordinário não merece trânsito por desconsiderar o teor da Súmula n. 339/STF (Súmula
Vinculante n. 37), verbis: Não cabe ao Poder Judiciário, que não tem função legislativa, aumentar
vencimentos de servidores públicos, sob o fundamento de isonomia. Somando-se, o Supremo Tribunal
Federal, ao examinar recursos abordando especificamente essa matéria, tem reiteradamente decidido no
mesmo sentido do acórdão proferido por este Colegiado Recursal (Rcl-AgR segundo 24271, Min. Roberto
Barroso, Primeira Turma, j. 07.08.2018; Rcl-AgR 23443, Min. Luiz Fux, Primeira Turma, j. 28.04 e
04.05.2017 (sessão virtual); Rcl-AgR 24272, Min. Celso de Mello, Segunda Turma, j. 10 a 16.03.2017
PROCESSO N. 0054573-46.2016.4.01.3400
RECORRENTE: MARIA DINA DA SILVA BARROS
ADVOGADO : DF0001666A - JEOVAM LEMOS CAVALCANTE
RECORRIDO: UNIAO FEDERAL
ADVOGADO: - PEDRO SERAFIM DE OLIVEIRA FILHO
RELATOR: RUI COSTA GONÇALVES
EMENTA
PROCESSUAL. AGRAVO INTERNO CONTRA DECISÃO QUE NEGOU SEGUIMENTO A RECURSO
EXTRAORDINÁRIO E INCIDENTE DE UNIFORMIZAÇÃO NACIONAL. REAJUSTE DE 13,23% SOBRE
REMUNERAÇÃO DE SERVIDORES PÚBLICOS FEDERAIS. MATÉRIA INFRACONSTITUCIONAL.
HIPÓTESE DE NÃO CABIMENTO DE RECURSO EXTRAORDINÁRIO. JULGADO NO MESMO
SENTIDO DE JURISPRUDÊNCIA CONSOLIDADA NO ÂMBITO DA TURMA NACIONAL DE
UNIFORMIZAÇÃO. INCIDENTE DE UNIFORMIZAÇÃO JURISPRUDENCIAL INVIÁVEL. AGRAVO
INTERNO IMPROVIDO. DECISÃO AGRAVADA MANTIDA.
1. Trata-se de Agravo oposto pela parte autora contra decisão monocrática proferida no âmbito da
Coordenação das Turmas Recursais dos Juizados Especiais Federais desta Seccional, negando trânsito
a Recurso Extraordinário e Incidente de Uniformização Jurisprudencial interposto contra Acórdão
proferido por este Colegiado reconhecendo como improcedente pedido visando à concessão de reajuste
de 13,23% sobre os respectivos vencimentos, com o pagamento de parcelas pretéritas.
2. O excepcional reexame de admissibilidade recursal no tocante a recursos interpostos contra Julgado
proferido por Turmas Recursais dos Juizados Especiais Federais, encontra respaldo nos arts. 1.021 c/c
1.030, § 2º, do Código de Processo Civil em vigor, bem como no art. 15, § 2º, do Regimento Interno da
Turma Nacional de Uniformização Jurisprudencial (Resolução n. CJF n. 345/2015), secundado pelo art.
55, inciso XXX, do Regimento Interno dos Juizados Especiais Federais, das Turmas Recursais e da
731
caso, mediante decisão irrecorrível" ( sem destaques no original). Nos termos do art. 55, inciso XXX, do
RIJEFTRTRU-1ª Região, por sua vez, "compete ao relator (...) proferir juízo de admissibilidade de
incidentes de uniformização recursal, em sede de agravo interno, interposto da decisão do
presidente/coordenador da turma que não admite pedido de uniformização regional ou nacional, fundado
em julgamento do Supremo Tribunal Federal, proferido na sistemática de repercussão geral, ou em
súmula ou representativo da controvérsia da Turma Nacional de Uniformização".
5. Assim, cabe a este Colegiado exercer exclusivamente novo Juízo de Admissibilidade acerca dos
recursos interpostos pela parte agravante, cujo trânsito foi negado pela Coordenação das Turmas
Recursais dos Juizados Especiais Federais do Distrito Federal. Não se trata, portanto, de novo
julgamento acerca da matéria já dirimida no Acórdão recorrido.
6. O Recurso Extraordinário não merece trânsito por desconsiderar o teor da Súmula n. 339/STF (Súmula
Vinculante n. 37), verbis: Não cabe ao Poder Judiciário, que não tem função legislativa, aumentar
vencimentos de servidores públicos, sob o fundamento de isonomia. Somando-se, o Supremo Tribunal
Federal, ao examinar recursos abordando especificamente essa matéria, tem reiteradamente decidido no
mesmo sentido do acórdão proferido por este Colegiado Recursal (Rcl-AgR segundo 24271, Min. Roberto
Barroso, Primeira Turma, j. 07.08.2018; Rcl-AgR 23443, Min. Luiz Fux, Primeira Turma, j. 28.04 e
04.05.2017 (sessão virtual); Rcl-AgR 24272, Min. Celso de Mello, Segunda Turma, j. 10 a 16.03.2017
(sessão virtual), entre diversos outros contendo igual solução).
7. De igual forma, o Incidente de Uniformização Jurisprudencial dirigido à Turma Nacional de
Uniformização se demonstra inviável por se insurgir contra Acórdão fundamentado em posicionamento
jurisprudencial já consolidado no âmbito daquele Colegiado, a partir do julgamento do PEDILEF n.
0512117-46.2014.4.05.8100, rel. Juiz Gerson Luiz Rocha, como REPRESENTATIVO DA
CONTROVÉRSIA acerca do tema tratado nestes autos, oportunidade em que firmou, em votação
unânime, o entendimento o seguinte sentido, verbis:
“INCIDENTE DE UNIFORMIZAÇÃO DE JURISPRUDÊNCIA. REPRESENTATIVO DA CONTROVÉRSIA
(RI/TNU, ART. 17, VII). ADMINISTRATIVO. SERVIDORES PÚBLICOS FEDERAIS. VANTAGEM
PECUNIÁRIA INDIVIDUAL (R$ 59,87). LEI Nº 10.698/2003. ENTENDIMENTO CONSOLIDADO NA TNU.
NATUREZA JURÍDICA DE REAJUSTE GERAL AFASTADA. INEXISTENTE O DIREITO DE REAJUSTE
DE VENCIMENTOS NO PERCENTUAL DE 13,23%. DECISÃO DA 2ª TURMA DO STF NA
RECLAMAÇÃO Nº 14.872 NO MESMO SENTIDO.
INCIDENTE CONHECIDO E DESPROVIDO."
8. Assim, a negativa de trânsito ao Incidente de Uniformização encontra respaldo nos arts. 9º, inciso IX, e
16, inciso I, do RITNU.
9. Diante do exposto, conheço do Agravo Interno, mas ao mesmo nego provimento, mantendo íntegra a
decisão recorrida.
10. Honorários advocatícios e custas processuais já estabelecidas no Acórdão proferido por este
Colegiado.
11. Sem custas processuais. PODER JUDICIÁRIO SEÇÃO JUDICIÁRIA DO DISTRITO FEDERAL
2232C054920FD8FFCB03EE7C3C7663A3 TRF 1 REGIÃO/IMP.15-01-04-SJ
3
ACÓRDÃO
ACORDAM os Juízes Federais da 1ª Turma Recursal dos Juizados Especiais Federais da Seção
Judiciária do Distrito Federal, à unanimidade, conhecer e negar provimento ao Agravo Interno interposto,
nos termos do voto do Juiz Relator.
Sala de Sessões de Julgamento, em Brasília/DF, 16 de maio de 2019.
JUIZ RUI COSTA GONÇALVES
Relator
732
PROCESSO N. 0071212-47.2013.4.01.3400
RECORRENTE: INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
ADVOGADO :
RECORRIDO: ANA CRISTINA ALVES LESSA
ADVOGADO: MG00118436 - CARLOS BERKENBROCK
RELATOR: RUI COSTA GONÇALVES
EMENTA
PROCESSO N. 0025230-68.2017.4.01.3400
(...)”.
- Acerca do tema, esta TNU assim se posicionou por ocasião do julgamento do PEFILEF 0046294-
22.2012.4.01.3300 (Juiz Federal Relator JOSÉ HENRIQUE GUARACY REBÊLO, sessão de 11/12/2015):
“(...) Verifico que a jurisprudência desta TNU vem afirmando que a existência da Ação Civil Pública (ACP)
00023205920124036183 não retira dos particulares o interesse de ajuizar ações individuais objetivando o
pagamento de passivo decorrente da revisão de benefício com base no art. 29, II, da Lei nº 8.213/91, sob
pena de afronta ao princípio do acesso amplo à Justiça.
Por conseguinte, é desnecessário o prévio requerimento administrativo à propositura de ação com esse
objetivo, apesar do reconhecimento desse direito na via administrativa (Memorando Circular Conjunto n.
21/DIRBEN/PFE/INSS, datado de 15/04/2010) e intenção da Administração de pagamento do passivo
91.2013.4.04.7101, rel. Juiz JOSÉ HENRIQUE GUARACY REBÊLO, j. 20.05.2016, DJe 20.05.2016,
destacado como REPRESENTATIVO DA CONTROVÉRSIA)
8. No mesmo sentido: PEDILEF n. 50129855020134047100, rel. Juiz Daniel Machado da Rocha, DJe
13.11.2015, entre outros.
9. Verifica-se que a parte autora ingressou com a presente ação em 01.06.2017, motivo pelo qual sua
pretensão quanto ao recebimento pela via judicial se encontra efetivamente atingida pela prescrição
quinquenal, cujo lapso deve ser contado a partir da publicação do Memorando 21/DIRBEN/PFEINSS, de
15.04.2010, em conformidade com entendimento jurisprudencial já sedimentado, cabendo-lhe, portanto,
PROCESSO N. 0023694-22.2017.4.01.3400
RECORRENTE: JOSE ARIMATEIA MENDONCA
ADVOGADO : CE00023954 - MARCIO BERNARDINO CAVALCANTE
RECORRIDO: INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
ADVOGADO:
RELATOR: RUI COSTA GONÇALVES
EMENTA
PREVIDENCIÁRIO. AVERBAÇÃO DE TEMPO DE SERVIÇO ESPECIAL. MOTORISTA DE CARRO DE
SOM DE ENTIDADE SINDICAL. NECESSIDADE DE COMPROVAÇÃO, SEGUNDO AS NORMAS DE
REGÊNCIA, DE PRESTAÇÃO EM CONDIÇÕES ESPECIAIS. DETALHAMENTO DA RELAÇÃO
PREVIDENCIÁRIA DO CNIS CONTENDO REGISTRO DO EXERCÍCIO DE ATIVIDADES DIVERSAS
DAS ALEGADAMENTE DESENVOLVIDAS PELO SEGURADO (AUXILIAR ADMINISTRATIVO,
AUXILIAR DE ESCRITÓRIO GERAL E MOTORISTA DE CARRO DE PASSEIO). INSUBSISTÊNCIA DA
ALEGAÇÃO DEFENDIDA NO RECURSO INTERPOSTO. RECURSO IMPROVIDO. SENTENÇA
MANTIDA.
1. Trata-se de recurso interposto pela parte autora em face de sentença que julgou improcedente o
pedido do autor visando à contagem como especial do período laborado entre 19.07.1993 e 02.09.2016,
alegadamente como operador de carro de som mantido por entidade sindical e, portanto, "ficando sob
grande risco a sua integridade física e a exposição de agentes agressivos" (peça recursal).
2. Sustenta que, segundo provas nos autos, permaneceu ao longo do lapso mencionado "em contato com
vasta variedade de agentes nocivos, fixando exposto durante sua jornada de trabalho, a agentes físicos e
ruído acima dos limites de tolerância de forma habitual e cotidiana", motivo pelo qual faz jus à contagem
diferenciada requerida e, por via de consequência, à Aposentadoria especial demandada.
3. Na verificação de tempo de serviço especial, em decorrência de exposição a agentes prejudiciais a
saúde, há de se observar a legislação vigente à época da aquisição do direito, conforme pacífica
orientação jurisprudencial. Quanto aos meios de prova, tem-se que, até o advento da Lei n.º 9.032, de
28/04/1995, para o reconhecimento do tempo de serviço especial, bastava que a atividade profissional
fosse elencada nos decretos previdenciários regulamentares (Decreto 53.831, de 25/3/1964, e Decreto
83.080, de 24/1/1979) ou a exposição aos agentes nocivos relacionados no Código 1.0.0 do Quadro
Anexo ao Decreto 53.831/1964 e no Anexo I do Decreto 83.080/1979, mediante informações prestadas
pela empresa em formulário específico (SB-40 ou DSS-8030), não se exigindo a produção de peça
técnica para esse fim, isto é, comprovação de que efetivamente havia exposição direta a agentes
agressores, conforme a regras legais e regulamentares vigentes à época, as quais, repise-se, regem a
situação ora sob exame, conforme jurisprudência pacífica no âmbito do Superior Tribunal de Justiça
(Sexta Turma, AGRESP 200702972508, rel. Min. Maria Thereza de Assis Moura, DJE 01.02.2011,
unânime; entre outros diversos). Sob a vigência da nova redação do art. 57 da Lei n. 8.213/1991 (Lei n.
9.032/1995), foi abandonada a classificação de atividades profissionais, mormente em decretos
regulamentadores, por categoria profissional para fim de caracterização como penosas, perigosas ou
736
insalubres, sendo suficiente a aferição dessas circunstâncias por meio de qualquer meio de prova lícito,
inclusive a apresentação, pela empresa empregadora, de informações através de formulário específico,
porém sem a necessidade de produção de laudo técnico, que passou a ser PODER JUDICIÁRIO SEÇÃO
JUDICIÁRIA DO DISTRITO FEDERAL
48360E5026DFA718039682EFC2845AF8 TRF 1 REGIÃO/IMP.15-01-04-SJ
2
obrigatório somente a partir de 06.03.1997, quando entrou em vigor o Decreto n. 2.172, de 05.03.1997.
4. A parte autora apresentou cópias de folhas de sua CTPS em que, de fato, consta o registro de que era
empregado de entidade sindical na condição de motorista, sem qualquer especificação acerca dos tipos
PROCESSO N. 0053402-54.2016.4.01.3400
RECORRENTE: INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS - INSTITUTO NACIONAL DE
SEGURO SOCIAL-INSS
ADVOGADO : - CLAUDIA GRAYCE LIMA DOS SANTOSDF00027024 - SERGIO RODRIGUES
MARINHO FILHO
RECORRIDO: JUVENTINO RIBEIRO - INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
ADVOGADO: DF00027024 - SERGIO RODRIGUES MARINHO FILHO - CLAUDIA GRAYCE LIMA DOS
SANTOS
RELATOR: RUI COSTA GONÇALVES
EMENTA
PREVIDENCIÁRIO. APOSENTADORIA ESPECIAL. VIGILANTE ARMADO. CONTAGEM COMO
ESPECIAL DE LABOR APÓS O DECRETO N. 2.172/1997. POSSIBILIDADE, DESDE QUE
COMPROVADO O PORTE DE ARMA DE FOGO. APOSENTADORIA INTEGRAL DEVIDA.
ATUALIZAÇÃO DO PASSIVO DEVIDO AO SEGURADO. MANUAL DE CÁLCULOS DA JUSTIÇA
FEDERAL. JUROS E CORREÇÃO MONETÁRIA. APLICAÇÃO DO RESP N. 1.495.146, JULGADO EM
SEDE DE RECURSO REPETITIVO. RECURSO IMPROVIDO. SENTENÇA MANTIDA.
1.Trata-se de recursos inominados interpostos pelas partes autora e ré contra sentença de Primeiro Grau
em que foi julgado parcialmente procedente pedido visando à contagem como tempo especial de período
laborado como Vigilante Armado, somente até 05.03.1997, data da edição do Decreto n. 2.172/1997,
entendendo o Juízo de Primeiro Grau que, após a edição do aludido ato normativo, não é mais
classificada como perigosa a atividade exercida pelo demandante, ainda que portando arma de fogo.
2. A parte autora demanda a reforma parcial da sentença, que lhe assegurou a concessão de
Aposentadoria por tempo de contribuição de forma proporcional, para que seja integralmente acolhido o
seu pedido, sustentando que a contagem pretendida encontra respaldo em entendimento jurisprudencial,
inclusive do Superior Tribunal de Justiça e Turma Nacional de Uniformização. A parte ré, por sua vez,
questiona a atualização do passivo a que foi condenada a pagar à parte autora no ponto em que
determina a aplicação do Manual de Cálculos da Justiça Federal, defendendo que, "até que o STF julgue
o RE 870.947/SE, aplica-se, aos cálculos previdenciários, a Lei n. 11960/2009 - ou seja, permanece
plenamente válida a utilização da TR + 0,5% ao mês".
737
3. Concessa venia, a solução dada ao presente feito em primeiro grau não se harmoniza com a atual
jurisprudência da Turma Nacional de Uniformização, cujos pronunciamentos são reiteradamente no
sentido de que é possível o reconhecimento, como prestado em condições especiais, período em que o
trabalhador laborou como Vigilante portando arma de fogo após 05.03.1997, desde que comprovada
inequivocamente essa circunstância nos autos, conforme acórdão a seguir reproduzido reproduzido:
"PREVIDENCIÁRIO. APOSENTADORIA. RECONHECIMENTO DE TEMPO ESPECIAL. VIGILANTE.
PERÍODO POSTERIOR A 05/03/1997 (DECRETO 2.172/1997). PROVA DO AGENTE NOCIVO
PERICULOSIDADE. PODER JUDICIÁRIO SEÇÃO JUDICIÁRIA DO DISTRITO FEDERAL
735BC31631F578488EDB2C03C26067B6 TRF 1 REGIÃO/IMP.15-01-04-SJ
2
e determinar o retorno dos autos à Turma Recursal de origem, para fins de examinar a causa com a
adequação do julgado ao entendimento da TNU, conforme a premissa jurídica ora fixada, de ter-se como
possível o reconhecimento da especialidade da atividade de vigilante, em virtude da presença do agente
nocivo periculosidade, mesmo em período posterior à edição do Decreto n. 2.172/1997, de 05/03/1997.
Incidente parcialmente provido" (PEDILEF n. 05207198120094058300, rel. José Henrique Guaracy
Rebêlo, j. 11.12.2015, DJe 19.02.2016).
4. No mesmo sentido: PEDILEF n. 05308334520104058300, rel. Juíza Susana Sbrogio Galia, DJe
06.05.2016; PEDILEF n. 50025230220124047122, rel. Juiz Douglas Camarinha Gonzalez, DJe
22.01.2016; PEDILEF n. 05249362020114058100, rel. Juiz Sérgio Murilo Wanderley Queiroga, DJe
13.11.2015; PEDILEF n. 50138641620114047201, rel. Juiz Daniel Machado da Rocha, DJe 06.11.2015.
5. No presente caso, a parte demandante apresentou cópias de sua CTPS e do PPP, comprovando, no
tocante ao primeiro elemento de convicção, que manteve vínculo empregatício no decorrer do período
excluído, na sentença recorrida, da contagem diferenciada para empresa CONFEDERAL VIGILÂNCIA E
TRANSPORTE DE VALORES LTDA. (01.11.1990 a 09.12.1997 e 10.12.1997 a 30.04.2017), como
Vigilante, e, no que diz respeito ao segundo (PPP), que durante esses vínculos "PRESTOU SERVIÇO DE
738
VIGILÂNCIA ARMADA, PORTANDO ARMA CALIBRE 38, TENDO COMO FUNÇÃO MANTER A
SEGURANÇA E VIGIAR O LOCAL DE TRABALHO DE MODO HABITUAL E PERMANENTE, NÃO
OCASIONAL E NEM INTERMITENTE" (literal), motivo pelo qual faz jus à contagem diferenciada do
tempo de serviço prestado, nessa qualidade, inclusive após 05.03.1997, de sorte que o pedido formulado
deve ser dado como totalmente procedente. Portanto, o recurso autoral deve ser provido.
6. No pertinente ao questionamento formulado pela parte ré em seu recurso, o entendimento pacificado
no âmbito desta 1ª Turma Recursal é de que, quanto à correção monetária dos valores devidos e não
pagos à parte ré, aplica-se o psicionamento adotado pelo Superior Tribunal de Justiça, ao julgar, em sede
de Recurso Repetitivo, o REsp n. 1.495.146 - MG, Primeira Seção, rel. Min. Mauro Campbell Marques, j.
22.02.2018, DJe 02.03.2018, no seguinte sentido:
requerimento administrativo, bem assim ao pagamento das parcelas pretéritas, e negando provimento ao
interposto pela parte ré. PODER JUDICIÁRIO SEÇÃO JUDICIÁRIA DO DISTRITO FEDERAL
735BC31631F578488EDB2C03C26067B6 TRF 1 REGIÃO/IMP.15-01-04-SJ
5
9. Honorários advocatícios, fixados em 10% (dez por cento) sobre o valor da condenação, devidos pela
parte ré, em virtude de sua sucumbência, com a ressalva feita acima. Sem custas processuais.
ACÓRDÃO
ACORDAM os Juízes Federais integrantes da 1ª Turma Recursal dos Juizados Especiais Federais -
SJDF, à unanimidade, conhecer dos recursos inominados interpostos pelas partes e, por maioria de
PROCESSO N. 0074933-02.2016.4.01.3400
RECORRENTE: MARIO GONCALVES DA SILVA
ADVOGADO : DF00010434 - JOAO AMERICO PINHEIRO MARTINS
RECORRIDO: INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
ADVOGADO:
RELATOR: RUI COSTA GONÇALVES
EMENTA
PREVIDENCIÁRIO. READEQUAÇÃO DO SALÁRIO-DE-BENEFÍCIO PELO TETO DAS EMENDAS
CONSTITUCIONAIS (EC) Nº 20/08 E 41/03. REVISÃO PELO ART. 21, §3º DA LEI Nº 8.880/94.
RECURSO DA PARTE AUTORA IMPROVIDO. SENTENÇA MANTIDA.
1. Trata-se de Recurso Inominado interposto pela parte autora em face de sentença que julgou
improcedente o pedido, nos termos do art. 487, I, do CPC.
2. A parte autora requer, em síntese, a reforma da sentença, de forma que seja "revisado, recalculado e
implantado a nova RMI do benefício previdenciário, mediante a aplicação dos novos tetos estabelecidos
pelo art. 14 da Emenda Constitucional nº 20/1998 e pelo art. 5º da Emenda Constitucional nº 41/2003" e,
ainda, haja a "condenação ao pagamento das diferenças e parcelas devidas decorrentes da nova RMI,
vencidas e vincendas, com reflexos no 13º salário, incorporação do primeiro reajuste, nos termos do art.
21, § 3º, da Lei nº 8.880/94, recompondo-a de acordo com o novo teto fixado pelas Emendas
Constitucionais nº 20/98 e 41/03".
3. No que tange ao pedido de readequação do valor do benefício previdenciário aos novos tetos
estabelecidos pelas Emendas Constitucionais n. 20/1998 e 41/2003 não há que se falar em incidência da
decadência, pois, nesse caso, não se trata de alterar o salário de benefício, mas sim de aplicar sobre este
mesmo salário de benefício novo limitador, após a edição das referidas Emendas, razão pela qual se
aplica somente a prescrição das parcelas vencidas há mais de cinco anos da propositura da ação, em
vista da natureza do pedido (Súmula 85/STJ).
O Supremo Tribunal Federal, em julgamento sob o rito da repercussão geral (RE 564354/SE, rel. Min.
Carmen Lúcia, 8.9.2010 - Informativo 599), proclamou o entendimento de que é "possível a aplicação
imediata do novo teto previdenciário trazido pela EC 20/98 e pela EC 41/2003 aos benefícios pagos com
base em limitador anterior, considerados os salários de contribuição utilizados para os cálculos iniciais".
No entanto, o entendimento do Supremo Tribunal Federal não se aplica aos benefícios: (1) com data
posterior a 31/12/2003, pois já foram concedidos com base no teto fixado pela EC 41/2003; (2) com valor
de salário de benefício não limitado ao teto previdenciário na data da concessão, por uma questão de
lógica, pois se não há limitação ao teto, não há limite a ser alterado; e (3) com valor fixado em um salário
mínimo, pois, repise, nesta hipótese o valor do benefício não alcança os tetos.
No caso em tela, constato pela Carta de Concessão/Memória de Cálculo que o benefício de
aposentadoria por tempo de contribuição da parte autora PODER JUDICIÁRIO SEÇÃO JUDICIÁRIA DO
DISTRITO FEDERAL
9CEB407BAA02B8E4E0AD26E80C7201D7 TRF 1 REGIÃO/IMP.15-01-04-SJ
2
possui data de início (DIB) em 23/02/2007, ou seja, quando o novo teto de limitação do salário-de-
benefício já estava incorporado ao limite máximo do salário-de-contribuição então vigente. Logo, o pedido
do autor é improcedente, conforme bem decidiu o juízo de primeiro grau de jurisdição.
740
4. Com relação ao pedido de reajuste nos termos do art. 21, § 3º da Lei nº 8.880/94, verifica-se que a
parte autora não logrou demonstrar qualquer erro do INSS na aplicação do dispositivo, razão pela qual
não prospera a alegação do recorrente.
5. Ante o exposto, conhece-se do recurso inominado interposto pela parte autora, mas para lhe negar
provimento, mantendo-se a sentença de Primeiro Grau.
6. Honorários advocatícios pela Recorrente vencida, fixados em 10% (dez por cento) do valor da causa
devidamente corrigido, ficando a condenação suspensa enquanto perdurar o estado de carência que
justificou a concessão da justiça gratuita, prescrevendo a dívida cinco anos após o trânsito em julgado da
decisão que a certificou, nos termos do § 3º do art. 98 do NCPC.
7. Sem custas processuais.
PROCESSO N. 0074531-52.2015.4.01.3400
RECORRENTE: INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
ADVOGADO : - PATRICIA MARA FARIAS PEREIRA PAVAO NUNES
RECORRIDO: GENIVALDA RODRIGUES DA COSTA
ADVOGADO: GO00028741 - LEONARDO FRANCO BASTOS SOARES
RELATOR: RUI COSTA GONÇALVES
EMENTA
PREVIDENCIÁRIO. AUXILIO DOENÇA. SEGURADO FACULTATIVO DE BAIXA RENDA. TESE
INOVADORA, SUSCITADA SOMENTE NO RECURSO INTERPOSTO. IMPOSSIBILIDADE DE
REABERTURA DA INSTRUÇÃO PROCESSUAL PARA FIM DE COLHEITA DE PROVAS RECLAMADAS
POR QUALQUER DAS PARTES SOMENTE NA ESFERA RECURSAL. RECURSO INSUSCETÍVEL DE
CONHECIMENTO NO PONTO. CORREÇÃO MONETÁRIA DO PASSIVO A SER APURADO.
INCAPACIDADE CARACTERIZADA NOS AUTOS. CARÊNCIA OBSERVADA. BENEFÍCIO POR
INCAPACIDADE DEVIDO ATÉ A VÉSPERA DA DATA EM QUE A SEGURADA PASSOU A LABORAR
EM NOVO EMPREGO, COM REGISTRO NO CNIS. DATA DE CESSAÇÃO FIXADA EM GRAU DE
RECURSO. NECESSÁRIA A COMPENSAÇÃO DOS VALORES RECEBIDOS APÓS CESSADA A
INCAPACIDADE LABORAL COM O PASSIVO DEVIDO À DEMANDANTE, CORRESPONDE ÀS
PARCELAS VENCIDAS E NÃO PAGAS DO BENEFÍCIO PREVIDENCIÁRIO, NA FASE DE EXECUÇÃO
DO JULGADO. RECURSO CONHECIDO PARCIALMENTE E, NA PARTE CONHECIDA, PROVIDO EM
PARTE. SENTENÇA REFORMADA PARCIALMENTE.
1. Trata-se de recurso interposto pela parte ré contra sentença em que foi julgado procedente o pedido
autoral visando a condenar a autarquia à concessão de Aposentadoria por Invalidez.
2. Alega a parte recorrente que a parte autora recolheu contribuições previdenciárias na qualidade de
Contribuinte Individual - segurado de baixa renda, com alíquota de 5% (cinco por cento) sobre o salário de
contribuições, sem que lograsse comprovar, entretanto, que se enquadrava na situação prevista no art.
21, § 2º, letra "b", da Lei n. 8.212/1991, motivo pelo qual os valores recolhidos não foram validados pela
Administração Previdenciária. Assim, não faz jus ao Benefício Previdenciário por incapacidade, fixado a
partir da DER, "uma vez que a parte autora não mais mantinha a qualidade de segurada na data do início
da incapacidade fixada na data do laudo pericial (01/2015), uma vez que efetuou contribuições, por vezes
extemporâneas, como segurada de baixa renda, sem o atendimento do requisito para tanto". Acrescenta
que, segundo o registro no CNIS, a parte autora, ora recorrida, encontra-se empregada desde
01.07.2015, com o registro de recebimento de salário, não se encontrando, portanto, mais incapacitada.
3. A concessão do Auxílio Doença pressupõe: a) condição de segurado; b) cumprimento da carência
exigida no art. 25, I, da Lei 8.213/1991 (Lei de Benefícios da Previdência Social – LBPS), dispensada nas
hipóteses do art. 26, inciso II, da citada Lei; e c) incapacidade temporária para o trabalho (art. 59 da
LBPS). A aposentadoria por invalidez demanda, além da condição de segurado e do cumprimento da
carência, nos moldes do Auxílio Doença, a demonstração de incapacidade total e permanente para o
trabalho.
4. Nos termos do art. 21, § 2º, letra "b", da Lei n. 8.212/1991, que trata da hipótese de "opção pela
exclusão do direito ao benefício de aposentadoria por tempo de contribuição", situação em que
alegadamente se encontra a parte autora, "a alíquota de contribuição PODER JUDICIÁRIO SEÇÃO
JUDICIÁRIA DO DISTRITO FEDERAL
EADD42EE5DF6CEB924BD00425EA8A0F6 TRF 1 REGIÃO/IMP.15-01-04-SJ
741
incidente sobre o limite mensal do salário de contribuição será de (...) 5% (cinco por cento)".
5. Na sentença recorrida, ao tratar do requisito impugnado na peça recursal, inclusive, o Juízo de origem
registrou que, segundo o extrato do CNIS juntado aos autos, "a parte autora contribuiu como contribuinte
individual de 01/11/2012 a 30/04/2016, o que evidencia tanto a sua condição de segurado quanto o
cumprimento da carência legal exigida para a fruição de benefício por incapacidade".
6. Nota-se que não há abordagem quanto à questão suscitada na peça recursal, qual seja a de que a
parte autora não se adequa à condição de segurada de baixa renda, matéria essa completamente nova,
dado que não suscitada pela parte ré no decorrer da tramitação do feito em primeiro grau. Examinando-se
10. Registre-se, entretanto, que a parte recorrente logrou demonstrar que a autora manteve, de
02.05.2016 a até pelo menos 07.2017 (o recurso inominado é de 21.09.2017), vínculo empregatício com
SONIA MARIA ARRUDA LINHARES & CIA LTDA - ME, conforme extrato do CNIS, significando, assim,
que o Auxílio Doença é devido, a despeito da estimativa feita pelo Perito Judicial, de 12.01.2015 a
01.05.2016, dado que, encontrando-se laborando, não se encontrava mais atendido o requisito da
incapacidade a partir de 02.05.2016, motivo pelo qual a sentença de primeiro grau, datada de 24.08.2017,
deve ser parcialmente reformada, dado que deixou de fixar a data de cessação do Benefício em comento,
determinando, ao contrário, que seja pago mensalmente a partir de 01.08.2017, em decorrência do que
os valores recebidos pela recorrida desde então deverão ser abatidos do passivo que lhe é devido, na
fase de execução do julgado.
11. Ante o exposto, conheço parcialmente do recurso interposto pelo INSS e, no que está sendo
conhecido, ao mesmo dou provimento, para reformar em parte a sentença recorrida, assegurando à parte
autora o recebimento de Auxílio Doença somente no período de 12.01.2016 a 01.05.2016, com a
compensação, na apuração do respectivo passivo, dos valore recebidos pela mesma a partir de
01.08.2017, na fase de execução.
12. Sem honorários advocatícios e custas processuais.
ACÓRDÃO
742
Decide a Primeira Turma Recursal, à unanimidade, conhecer parcialmente do recurso interposto pelo
INSS e, no que está sendo conhecido, por maioria, ao mesmo dar parcial provimento, reformando
parcialmente a sentença de primeiro grau, fixando a data de cessação do Benefício por Incapacidade
temporária, nos termos do voto do Juiz Relator vencido a Juíza Lília Botelho Neiva.
1ª Turma Recursal, Juizado Especial Federal/SJDF - 16.05.2019.
JUIZ RUI COSTA GONÇALVES
Relator
PROCESSO N. 0029910-33.2016.4.01.3400
RECORRENTE: INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS - INSTITUTO NACIONAL DE
SEGURO SOCIAL-INSS
ADVOGADO : - CLAUDIA GRAYCE LIMA DOS SANTOS - DEFENSORIA PUBLICA DA UNIAO
RECORRIDO: MARLENE ALVES DA SILVA - INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
ADVOGADO: - DEFENSORIA PUBLICA DA UNIAO - CLAUDIA GRAYCE LIMA DOS SANTOS
RELATOR: RUI COSTA GONÇALVES
EMENTA
PREVIDENCIÁRIO. BENEFÍCIO DE AMPARO ASSISTENCIAL AO PORTADOR DE DEFICIÊNCIA.
RECONHECIDA A INTEMPESTIVIDADE DO RECURSO DA PARTE AUTORA. RENDA PER CAPITA
FAMILIAR SUPERIOR A MEIO SALÁRIO MÍNIMO NA ÉPOCA DA DER. HIPOSSUFICIÊNCIA
ECONÔMICA NÃO CARACTERIZADA. PEDIDO INICIAL IMPROCEDENTE. RECURSO DA PARTE
AUTORA NÃO CONHECIDO. RECURSO DO INSS PROVIDO. SENTENÇA REFORMADA.
1. Trata-se de recursos inominados interpostos pela parte autora e pelo INSS contra sentença que julgou
procedente o pedido inicial, reconhecendo o direito da parte autora à percepção do benefício de amparo
assistencial ao portador de deficiência – LOAS com DIB firmada em 02/07/2016. A sentença antecipou os
efeitos da tutela.
2. RECURSO DA PARTE AUTORA: Não se conhece do recurso inominado interposto pela parte autora,
haja vista a sua intempestividade. Observe-se que a parte autora foi intimada em 13/09/2017 (conforme
certidão registrada em 30/08/2017). Dessa forma, o último dia para a interposição do recurso foi o dia
27/09/2017. No entanto, a parte autora somente protocolizou seu recurso inominado em 15/12/2017.
Logo, evidente a intempestividade do recurso, razão pela qual não se conhece do mesmo.
3. RECURSO DO INSS: O benefício assistencial em tela foi garantido na Constituição de 1988, no art.
203, V, mediante o atendimento de dois requisitos: a) deficiência; e, b) inexistência de meios de prover a
própria manutenção ou tê-la provida por sua família.
3.1. A Lei n.º 8.742/93 regulamentou tais requisitos.
3.2. Em relação ao requisito econômico, a Lei 8.742/93, dispõe o seguinte:
Art. 20.
§ 3º Considera-se incapaz de prover a manutenção da pessoa portadora de deficiência ou idosa a família
cuja renda mensal per capita seja inferior a 1/4 (um quarto) do salário mínimo.
3.3. No caso em tela, o laudo médico produzido em juízo, em 30/06/2016, atesta que a autora apresenta
"CID 10 F 71/ Deficiência intelectual moderada congênita". A perita concluiu estar a parte autora
acometida de incapacidade total, permanente e omniprofissional.
3.4. A perícia sócioeconômica, por sua vez, foi realizada em 02/07/2016. Do laudo sócioeconômico
constou que: a) a parte autora reside com os pais, sendo que a mãe trabalha como auxiliar de serviços
gerais, recebendo um salário de R$ 873,33 e é aposentada com uma remuneração de R$ 935,5, sendo
esta a PODER JUDICIÁRIO SEÇÃO JUDICIÁRIA DO DISTRITO FEDERAL
AA9D34864AA3B928B62E9A67C9EE3180 TRF 1 REGIÃO/IMP.15-01-04-SJ
2
renda da família, uma vez que seu pai encontra-se desempregado; b) a renda per capita familiar é de R$
602,95; c) a autora é analfabeta; d) o imóvel em que vive é próprio, sendo que a autora nele reside há 24
anos; e) a casa é de alvenaria, possui aproximadamente 160 m2 e valor de mercado estimado em R$
250.000,00; f) o valor das despesas mensais perfaz a quantia de R$ 1.712,35; g) a casa possui os
seguintes eletrodomésticos: microondas, geladeira, freezer, 5 TV's, som, ferro de passar, telefone,
computador; h) a mãe da autora paga R$ 500,00 mensais a uma das filhas para cuidar da parte autora,
que necessita de constantes cuidados. O perito sócioeconômico concluiu que a parte autora se encontra
em situação de hipossuficiência econômica.
3.5. No caso em tela, entende-se que a parte autora não faz jus ao benefício de Amparo Assistencial ao
Deficiente. É que, analisando-se o laudo socioeconômico constata-se que a renda per capita familiar da
autora na data da realização da perícia sócioeconômica, na verdade, constituía-se no valor de R$ 662,57
(salário da mãe da autora de R$ 1052,20, conforme consulta ao CNIS, e valor da aposentadoria por idade
da mãe no valor de R$ 935,53, os quais somados e divididos por 3 resulta no valor de R$ 662,57),
743
superior, portanto, ao critério econômico estabelecido pela Lei nº 8.742/93, que, à época, era de R$
220,00 (1/4 do salário mínimo no ano de 2016). Ademais, examinando-se os dados constantes do laudo
socioeconômico, pode-se verificar, com segurança, que a requerente não se encontra em situação de
vulnerabilidade econômica. É que a parte autora possui imóvel próprio e observando-se as fotos de sua
residência, verifica-se que, apesar de simples, oferece algum conforto, chamando a atenção a existência
de vários eletrodomésticos, dentre eles, 5 TV's, 1 computador, microondas, geladeira e freezer, os quais
demonstram a existência de razoável poder aquisitivo, ainda que a parte autora alegue que a geladeira, o
freezer, o computador e a TV de 29 polegadas tenham sido doados por parentes, dado que não provou
tais doações. Chama atenção ainda a descrição contida no laudo de que na cozinha existe balcão grande
com pia de pedra preta e que o banheiro tem lavatório em pedra preta, detalhes que demonstram que,
Programa Nacional de Acesso à Alimentação e na Lei nº 9.533/97, que autorizou o Poder Executivo a
apoiar financeiramente o Programa de Renda Mínima dos municípios brasileiros e que ambas leis
garantem a concessão dos benefícios nelas previstos às famílias com renda mensal per capita inferior a
meio salário mínimo, entende-se que este se constitui em critério econômico razoável e coerente com a
legislação em vigor para se aferir a hipossuficiência econômica da parte autora no caso de pedido de
LOAS. Observe-se que, no caso sub judice, conforme restou demonstrado acima, a renda per capita
familiar da parte autora supera o valor de meio Salário Mínimo à época da DER. Logo, não é possível a
concessão do benefício de Amparo Assistencial ao Deficiente no caso.
3.8. Diante do presente quadro probatório, entende-se, pois, que a parte autora não faz jus ao Benefício
de Prestação Continuada (LOAS), fazendo-se, pois, necessária a REVOGAÇÃO da tutela antecipada
deferida pelo juízo a quo.
3.9. Os valores recebidos pela parte autora a título de antecipação dos efeitos da tutela não precisam ser
devolvidos por esta em razão de seu caráter alimentar, bem como de sua boa-fé. Ademais, a 1ª Turma
Recursal, por sua maioria, já firmou entendimento de que não se aplica a decisão do STJ no julgamento
do REsp nº 1.401.560/MT, Rel. Min. Sérgio Kukina, Rel. para acórdão Min. Ari Pargendler, DJe
13.10.2015, porquanto o STF adotou orientação diversa, estabelecendo que o benefício previdenciário
recebido de boa-fé pelo segurado, em decorrência de decisão judicial, não está sujeito à repetição de
indébito, em razão de seu caráter alimentar (STF, ARE 734242 agR, Rel. Ministro Roberto Barroso, DJe
8.9.2015).
3.10. Por fim, a TNU, justamente em razão da decisão do STF, decidiu manter a aplicação do enunciado
da Súmula 51/TNU no sentido que 'os valores recebidos por força de antecipação dos efeitos de tutela,
posteriormente revogada em demanda previdenciária, são irrepetíveis em razão da natureza alimentar e
da boa-fé no seu recebimento' (...)" (PEDILEF 50023993020134047107, Rel. Juiz Federal Daniel
Machado da Rocha, DOU 18.12.2015).
3.11. Quanto ao pedido da recorrente de que o juízo se manifeste sobre todos os dispositivos legais
arrolados por esta, para fins de prequestionamento da matéria, consigna-se que não há necessidade de
manifestação expressa quanto aos fundamentos da peça recursal para efeito de prequestionamento, eis
que “para se atender ao requisito do prequestionamento, irrelevante a referência explícita ou expressa ao
dispositivo de lei tido por violado, por isso que suficiente a discussão e apreciação da matéria” (TRF1 6ª
Turma, EDAG 2006.01.00.006614-3/PI, Rel. Desembargador Federal Daniel Paes Ribeiro, e-DJF1 de
15.12.2008).
4. Ante o exposto, não se conhece do recurso inominado interposto pela parte autora, em face de sua
intempestividade, nos termos do art. 42 da Lei nº 9.099/95, c/c art. 1º da Lei nº 10.259/01. Quanto ao
recurso do INSS, conhece-se do mesmo, para lhe dar provimento para julgar improcedente o pedido
inicial, nos termos do art. 487, I, do NCPC. REVOGA-SE a tutela antecipada deferida na primeira
instância. Os valores recebidos pela parte autora a título de antecipação dos efeitos da tutela não
744
precisam ser devolvidos por esta em razão de seu caráter alimentar, bem como de sua boa-fé, nos
termos da fundamentação supra.
5. Incabível a condenação em honorários advocatícios e custas processuais (interpretação do art. 55 da
Lei n. 9.099/95).
6. Acórdão lavrado nos moldes do artigo 46 da Lei nº 9.099/95. PODER JUDICIÁRIO SEÇÃO
JUDICIÁRIA DO DISTRITO FEDERAL
AA9D34864AA3B928B62E9A67C9EE3180 TRF 1 REGIÃO/IMP.15-01-04-SJ
4
ACÓRDÃO
PROCESSO N. 0007874-60.2017.4.01.3400
RECORRENTE: LUIZ DE OLIVEIRA AMORIM
ADVOGADO : DF00028025 - VANESSA CRISTINA DOS SANTOS PEREIRA E OUTRO(S)
RECORRIDO: FUNDACAO UNIVERSIDADE DE BRASILIA FUB
ADVOGADO: - PAULO FERNANDO AIRES DE ALBUQUERQUE FILHO
RELATOR: RUI COSTA GONÇALVES
EMENTA
TRIBUTÁRIO. TAXA DE OCUPAÇÃO. RECURSO CONHECIDO E IMPROVIDO. SENTENÇA MANTIDA.
1. Trata-se de recurso interposto pela parte Autora em face de sentença no bojo da qual foi julgado
improcedente o pedido para restituir diferenças relativas a taxas de ocupação do imóvel funcional
ocupado que lhe foram indevidamente descontadas de seus contracheques, entre outubro de 2015 a
janeiro de 2016, no que ultrapassaram o montante de R$ 1.307,21 - acordado até 31/08/2015.
2. A sentença pontua, em sua fundamentação, que:
“(...)No caso em exame, a parte autora já tinha sido avisada de que deveria desocupar o imóvel público,
desde 31/08/2015, por autorização de prorrogação de prazo da Secretaria de Gestão Patrimonial da
Universidade de Brasília, que lhe concedeu o período aditivo de um ano a mais após o término do seu
contrato habitacional, “tendo em vista o vindouro período de sua aposentadoria”. Ressaltou o órgão de
gestão patrimonial da FUB, na oportunidade, que “cumprindo o acordado e a legislação vigente, VSa.
deverá restituir até esta data o imóvel da FUB a esta Secretaria nas mesmas condições em que foi
recebido”.
Portanto, a partir de 31/08/2015, sua permanência era indevida, mas, mesmo assim, a parte autora
manteve-se no bem, e, conforme, noticiou o Juízo, protocolou, neste mesmo dia em que deveria ter
entregado o imóvel, um pedido de assinatura de novo termo aditivo de dilação de prazo de entrega que só
foi analisado, dado um primeiro momento em que houve greve, “após incansáveis idas à requerida, em
04/11/2015, data em que lhe foi conferido prazo final para desocupação do imóvel o dia 31/01/2016”.
Ora, se o acionante permaneceu no imóvel após a data de entrega, e, em 04/11/2015, foi analisado seu
requerimento de permanência – ocasião em que recebeu permissão para habitar o bem público até
31/01/2016, como falar em surpresa de aumento realizado em outubro/2015, no valor de R$1.909,60, se
quando foi negociar a saída postergada já teria havido o primeiro aumento determinado por Resolução de
junho/2015 (art. 2º da Resolução do Conselho Diretor da FUB nº 0010/2015, de 29 de junho de 2015),
anterior, portanto, à data de desocupação que buscava postergar de 31/08/2015? e como sustentar a
impossibilidade de reajuste da taxa de ocupação, “já que não há nada assinado”, ainda que confirme a
“incursão” de 04/11/2015, cuja tratativa resultou no consentimento para desocupação do imóvel somente
em 31/01/2016, nos exatos termos do Acordo apócrifo acostado aos autos (doc. fl. 03, “TENTATIVA DE
PODER JUDICIÁRIO SEÇÃO JUDICIÁRIA DO DISTRITO FEDERAL
83798108D8A53D6D4835560227171084 TRF 1 REGIÃO/IMP.15-01-04-SJ
2
745
ENTREGA 2 OUTROS DOCUMENTOS” – reg. em 14/02/2017), datado no mesmo dia 04/11/2015, e que
faz menção literal que “De acordo com a Resolução do Conselho Diretor n. 0010/2015, o valor da Taxa de
Ocupação será reajustada para o valor de R$2.777,60, a partir desta data (Brasília, 04 de novembro de
2015)?
Logo, a conclusão que se impõe é a de que, para o que interessa ao autor, vale dizer, para fins de
permanecer habitando o imóvel fundacional, o Acordo entabulado em 04/11/2015 é válido; só não o
sendo, por falta de assinatura, no que concerne ao aumento, de novembro/2015 a janeiro/2016, constante
do Acordo, que estipula tal reajuste, a partir de 04/11/2015 (R$2.777,60), por força da Resolução do
Conselho Diretor n. 0010/2015 (doc. fl. 03, “TENTATIVA DE ENTREGA 2 OUTROS DOCUMENTOS” –
reg. em 14/02/2017).
5. Com efeito, no plano do dano moral não basta o fato em si do acontecimento, mas sim, a prova de sua
repercussão, prejudicialmente moral. A mera afirmação de danos morais não é suficiente para obter a
reparação desejada. Deveria a autora provar a existência de prejuízo a um direito da personalidade que
extrapole à normalidade, o que não ocorreu no caso em questão.
6. Sentença integralmente mantida. Recurso improvido.
7. Honorários advocatícios pagos pelo Recorrente vencido, fixados em 10% (dez por cento) sobre o valor
da condenação (art. 55 da Lei nº 9.099/95).
ACÓRDÃO
Decide a Primeira Turma Recursal, por unanimidade, negar provimento ao recurso da parte ré.
1ª Turma Recursal, Juizado Especial Federal – SJDF. Brasília – DF, 16/05/2019.
JUIZ RUI COSTA GONÇALVES
Relator
PROCESSO N. 0000730-06.2015.4.01.3400
RECORRENTE: SYLMAR DA COSTA QUINTEROS
ADVOGADO : MG0095876A - ERALDO LACERDA JUNIOR
RECORRIDO: INCRA
746
ACÓRDÃO
Decide a Primeira Turma Recursal, por unanimidade, dar provimento ao recurso da parte autora.
1ª Turma Recursal, Juizado Especial Federal – SJDF. Brasília – DF, 16/05/2019.
JUIZ RUI COSTA GONÇALVES
Relator
PROCESSO N. 0056475-34.2016.4.01.3400
RECORRENTE: INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS - INSTITUTO NACIONAL DE
SEGURO SOCIAL-INSS
ADVOGADO : - RAFAELA DUTRA DE OLIVEIRADF00014524 - ROGERIO DE CASTRO PINHEIRO
ROCHA E OUTRO(S)
RECORRIDO: LUCIMEIRE OLIVEIRA DO NASCIMENTO - INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO
SOCIAL-INSS
ADVOGADO: DF00014524 - ROGERIO DE CASTRO PINHEIRO ROCHA E OUTRO(S) - RAFAELA
DUTRA DE OLIVEIRA
RELATOR: RUI COSTA GONÇALVES
EMENTA
PREVIDENCIÁRIO. BENEFÍCIO POR INCAPACIDADE. SENTENÇA DE PARCIAL PROCEDÊNCIA,
ASSEGURANDO A CONCESSÃO DE AUXÍLIO DOENÇA POR LAPSO NÃO DEFINITIVO. PEDIDO
AUTORAL VISANDO À CONVERSÃO EM APOSENTADORIA POR INVALIDEZ. RECURSO DO RÉU
QUESTIONANDO A AUSÊNCIA DE PRAZO PARA CESSAÇÃO DO BENEFÍCIO TEMPORÁRIO. LAUDO
PERICIAL CONCLUINDO PELA INCAPACIDADE LABORAL TOTAL E TEMPORÁRIA DA SEGURADA.
CONTEÚDO PROBATÓRIO E CIRCUNSTÂNCIAS PESSOAIS INDICANDO QUE A SEGURADA
APRESENTA QUADRO DE INCAPACIDADE SEVERO, IRREVERSÍVEL, TOTAL E PERMANENTE.
CABÍVEL A CONVERSÃO DO AUXÍLIO DOENÇA EM APOSENTADORIA POR INVALIDEZ. AUSÊNCIA
DE COMPROVAÇÃO DA NECESSIDADE DE AUXÍLIO CONSTANTE DE TERCEIROS. ADICIONAL DE
748
25% (VINTE E CINCO) INDEVIDO. RECURSO AUTORAL PROVIDO EM PARTE, DO RÉU IMPROVIDO.
SENTENÇA PARCIALMENTE REFORMADA.
1. Trata-se de recursos interpostos pelas partes contra sentença que julgou parcialmente procedente o
pedido inicial, sendo garantida à parte autora a concessão o restabelecimento do Auxílio Doença a partir
da data de cessação do benefício anterior (19.07.2016), mantendo-o ativo até que ocorra "eventual
revogação judicial da tutela de urgência ou até o trânsito em julgado, não podendo o INSS enquanto
perdurar a fase de conhecimento cessar o benefício", nem mesmo "convocar o beneficiário para avaliação
das condições que ensejaram a concessão e manutenção do benefício, ante a questão ainda estar
judicializada no sistema de unicidade de jurisdição que impõe a primazia da coisa julgada sobre o
contencioso administrativo".
Benefícios da Previdência Social – LBPS), dispensada nas hipóteses do art. 26, inciso II, da citada Lei; e
c) incapacidade temporária para o trabalho (art. 59 da LBPS). A Aposentadoria por Invalidez demanda,
além da condição de segurado e do cumprimento da carência, nos moldes do Auxílio Doença, a
demonstração de incapacidade total e permanente para o trabalho. Se o segurado "necessitar da
assistência permanente de outra pessoa", o valor da Aposentadoria por Invalidez "será acrescido de 25%
(vinte e cinco por cento)" (art. 45, caput, da Lei n. 8.213/1991).
4. Na sentença de primeiro grau restou consignado que no Laudo Pericial consta que "a parte autora
apresenta a(s) seguinte(s) doença(s) ou entidade(s) mórbida(s): Transtorno depressivo recorrente (CID
10:F33), tendo apontado como início da incapacidade laboral (DII) o mês de julho de 2016", em
decorrência do que determinou o restabelecimento do Auxílio Doença dede a data de sua cessação, a ser
mantido por tempo indeterminado.
5. No laudo Médico-Pericial em comento, datado de 02.02.2017, quando a parte autora contava com 50
anos de idade, escolaridade nível médio, profissão declarada artesã, foi registrado que se trata de "severo
quadro psiquiátrico, com forte TRANSTORNO DEPRESSIVO inclusive com ideação suicida", além de
fazer "acompanhamento médico reumatologista em razão de quadro de MIALGIA, com intensa dor que
piora com esforço", sem, porém, "melhora significativa". Acrescentou a Perita do Juízo que o quadro em
relevo (DID) teve início há 30 anos, sendo explicitado como "estado de sofrimento e perturbação
emocional causada pela síndrome do pânico, acrescida de agorafobia (medo de sair de casa e
impossibilitado de evadir-se e/ou defender-se diante de situação fóbica)", que "usualmente compromete
muito o funcionamento social e ocupacional, havendo severo prejuízo no desempenho no trabalho e nos
relacionamentos sociais e familiares", em decorrência do que "encontra-se incapaz para qualquer
atividade laborativa temporariamente" por "12 meses".
6. Entre os documentos acostados à petição inicial, há diversos documentos médicos informando que a
parte autora tem apresentado o mesmo quadro incapacitante ao longo de décadas, submetendo-se a
tratamento conservador ao longo desse lapso, porém sem lograr reverter sua condição patológica,
havendo, ao contrário, informação de que alimenta constante desejo suicida, tendo, inclusive,
concretizado esse intento, um dos quais mediante ingestão em dosagem intolerável de sua própria
medicação psicotrópica (doc. Clínica Santa Rita, 14.07.2016).
7. Assim diante desse complexo quadro psiquiátrico, a despeito de a parte autora possuir pouco mais de
50 (cinquenta) anos de idade, a concessão de Auxílio Doença é medida paliativa, vez que
comprovadamente a incapacidade apresentada pela parte autora é progressiva, irreversível, severa e
perdura por cerca de 3 (três) décadas, cujas manifestações não permitem, de forma inquestionável, que
continue exercendo sua atividade laboral declarada, qual seja a de Artesã. A despeito disso, não se
encontra comprovada nos autos a situação prevista no art. 45, caput, da Lei n. 8.213/1991, de sorte que
lhe são devidos o restabelecimento do Auxílio Doença a partir da data da cessação, como decidido em
primeiro grau, e sua imediata conversão em Aposentadoria por Invalidez, porém sem o acréscimo de 25%
(vinte e cinco por cento) pretendido.
8. No pertinente ao recurso interposto pela parte ré, não lhe assiste razão. O quadro incapacitante
apresentado pela parte autora, a despeito de ser, segundo o Perito Judicial, severo porém temporário,
recomenda seu afastamento definitivo das atuais atividades desenvolvidas, cabendo, em decorrência, a
concessão de Aposentadoria por Invalidez, conforme acima elucidado. PODER JUDICIÁRIO SEÇÃO
JUDICIÁRIA DO DISTRITO FEDERAL
8C165895B5069A31150B86DFF840577E TRF 1 REGIÃO/IMP.15-01-04-SJ
3
749
9. Desse modo, a sentença de primeiro merece parcial reparo, com o acolhimento em parte do pedido
autoral, em maior extensão que a dada no julgado em relevo, para fim de, além do restabelecimento
determinado, condenar a parte recorrida a promover sua imediata conversão em Aposentadoria por
Invalidez, com o pagamento das parcelas pretéritas devidamente atualizadas, como já determinado em
primeiro grau.
10. Ante o exposto, conheço dos recursos interpostos pelas partes e, quanto ao da parte autora, dar-lhe
parcial provimento, para julgar parcialmente procedente o pedido articulado na petição inicial, mantendo a
condenação do Réu a promover o restabelecimento do Auxílio Doença indevidamente cessado e sua
imediata conversão em Aposentadoria por Invalidez, porém sem o acréscimo de 25% (vinte e cinco por
PROCESSO N. 0025411-06.2016.4.01.3400
RECORRENTE: DINA MARIA FRAGOSO
ADVOGADO : BA00019557 - JOSE CARLOS RIBEIRO DOS SANTOS
RECORRIDO: UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARA-UFC.
ADVOGADO: - DJAIR DE ARAUJO BARBOSA JUNIOR
RELATOR: RUI COSTA GONÇALVES
EMENTA
ADMINISTRATIVO. SERVIDOR PÚBLICO INATIVO. CONVERSÃO EM PECÚNIA. LICENÇA PRÊMIO
NÃO GOZADA. PRESCRIÇÃO. TERMO INICIAL. DATA DA HOMOLOGAÇÃO DA APOSENTADORIA.
PRECEDENTE DO STJ. NECESSIDADE DE REABERTURA DA INSTRUÇÃO PROCESSUAL.
RECURSO PROVIDO. SENTENÇA REFORMADA.
1. Trata-se de Recurso interposto pela parte autora em face de sentença de improcedência proferida em
ação ajuizada objetivando a conversão de licença-prêmio em pecúnia.
2. A sentença consignou em sua fundamentação:
No caso dos autos, segundo documentos com registro em 25/04/2016, a parte autora aposentou-se pela
Portaria n. 464 da Universidade Federal do Ceará, publicada no DOU n. 29 de 10/02/2011. No tocante a
prescrição, como a aposentação ocorreu em 09/02/2011 e data de ajuizamento da ação ocorreu em
25/04/2016, esgotou-se o prazo prescricional de 05 anos.
Portanto, acolho a preliminar de prescrição alegada pelo réu.
Ante o exposto, julgo improcedente o pedido com base no art. 487, II, do CPC.
3. A sentença destoa da jurisprudência da Corte Especial do STJ, firmada nos seguintes termos:
MANDADO DE SEGURANÇA. ADMINISTRATIVO. CONVERSÃO EM PECÚNIA. LICENÇA PRÊMIO.
APOSENTADORIA. ATO COMPLEXO. PRESCRIÇÃO A INICIAR-SE APÓS A INTEGRAÇÃO DO ATO.
ATUAÇÃO DA VONTADE DO TCU. DELIBERAÇÃO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO DESTA
CORTE. INÍCIO DO DIREITO E DO PRAZO PRESCRICIONAL.
Sendo o ato de aposentadoria um ato complexo, do qual se origina o direito à conversão em pecúnia da
licença-prêmio, a prescrição somente se inicia a partir da integração de vontades da Administração.
Assim, o início do cômputo prescricional do direito à conversão em pecúnia da licença-prêmio coincide
com o dia posterior ao qual o ato de aposentadoria ganhou eficácia com o registro de vontade da Corte de
Contas.
Ademais, há de considerar, no caso concreto, que o direito à conversão em pecúnia pretendido foi objeto
de deliberação específica do Conselho de Administração desta Corte, por meio do PODER JUDICIÁRIO
SEÇÃO JUDICIÁRIA DO DISTRITO FEDERAL
50BA28F833081389A726EB4EBCB32D6B TRF 1 REGIÃO/IMP.15-01-04-SJ
2
(MS 17.406/DF, Rel. Ministra MARIA THEREZA DE ASSIS MOURA, CORTE ESPECIAL, julgado em
15/08/2012, DJe 26/09/2012)
4. Em igual sentido, julgado da TNU: PEDILEF 50696594820134047100, JUIZ FEDERAL GERSON LUIZ
ROCHA, TNU, DOU 27/09/2016.
5. Desse modo, considerando-se que o termo inicial da prescrição deve ser contado da homologação da
aposentadoria pelo Tribunal de Contas da União, afasto a prescrição da pretensão tal como pronunciada
na sentença recorrida, e, baseado na Teoria da Causa Madura (art. 1.013, § 3º, do NCPC), passa-se ao
julgamento da lide.
6. A Jurisprudência, sobretudo do Superior Tribunal de Justiça e da Turma Nacional de Uniformização, é
pacífica no sentido de que a Licença-Prêmio não usufruída ou utilizada em dobro para sua aposentadoria
PROCESSO N. 0033674-61.2015.4.01.3400
RECORRENTE: ROSA MARIA PEREIRA DA SILVA
ADVOGADO : DF00021054 - PAULA MATERA BARBOSA
RECORRIDO: INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
ADVOGADO:
RELATOR: RUI COSTA GONÇALVES
EMENTA
PREVIDENCIÁRIO. APOSENTADORIA POR TEMPO DE CONTRIBUIÇÃO. INCLUSÃO DE PERÍODO
RECONHECIDO, EM SENTENÇA TRABALHISTA, COMO DE EFETIVA OCORRÊNCIA DE VÍNCULO
EMPREGATÍCIO. APLICAÇÃO DA PENA DE REVELIA. EMPREGADORA PESSOA JURÍDICA DE
DIREITO PÚBLICO INTERNO. CONTRATAÇÃO COM AFRONTA AO ART. 37, INCISO II, DA
CONSTITUIÇÃO FEDERAL DE 1988. NULIDADE DO SUPOSTO VÍNCULO LABORAL, RESSALVADO O
751
DEPÓSITO DOS VALORES DEVIDOS AO FUNDO DE GARANTIA POR TEMPO DE SERVIÇO - FGTS.
JURISPRUDÊNCIA PACÍFICA NO ÂMBITO DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. SENTENÇA
TRABALHISTA INEXEQUÍVEL NA ESFERA PREVIDENCIÁRIA. RECURSO IMPROVIDO. SENTENÇA
MANTIDA.
1. Trata-se de recurso interposto pela parte autora em face de sentença que julgou improcedente o
pedido do autor visando à contagem como efetivamente laborado o lapso compreendido entre 01.03.1989
e 31.12.1996, no decorrer do qual teve reconhecido vínculo empregatício, pela Justiça do Trabalho, com a
Prefeitura Municipal de Palmeirais/PI, tendo sido promovida a assinatura em sua CTPS desse período por
decisão judicial transitada em julgado, gozando de presunção de veracidade, em conformidade com a
Súmula n. 121/TST e Súmula n. 225/STF, acrescentando fato novo, qual seja a ocorrência de depósito
livre nomeação e exoneração", exceção que não se estende è demandante, dado que Zeladora da
Cantina, sendo certo, outrossim, que em sua CTPS consta outros vínculos com o mesmo Ente Público,
sempre como Professora contratada ou leiga (sic).
5. A sentença trabalhista, portanto, é inexequível para o fim previdenciário pretendido pela parte autora,
conforme entendimento pacífico no âmbito do Supremo Tribunal Federal, conforme se pode verificar a
partir dos seguintes arestos, verbis:
"EMENTA Recurso extraordinário. Direito Administrativo. Contrato nulo. Efeitos. Recolhimento do FGTS.
Artigo 19-A da Lei nº 8.036/90. Constitucionalidade.
1. É constitucional o art. 19-A da Lei nº 8.036/90, o qual dispõe ser devido o depósito do Fundo de
Garantia do Tempo de Serviço na conta de trabalhador cujo contrato com a Administração Pública seja
declarado nulo por ausência de prévia aprovação em concurso público, desde que mantido o seu direito
ao salário.
2. Mesmo quando reconhecida a nulidade da contratação do empregado público, nos termos do art. 37, §
2º, da Constituição Federal, subsiste o direito do trabalhador ao depósito do FGTS quando reconhecido
ser devido o salário pelos serviços prestados.
3. Recurso extraordinário ao qual se nega provimento" (RE 596.478, Relator(a): Min. ELLEN GRACIE,
Relator(a) p/ Acórdão: Min. DIAS TOFFOLI, Tribunal Pleno, julgado em 13/06/2012, REPERCUSSÃO
GERAL - MÉRITO DJe-040 DIVULG 28-02-2013 PUBLIC 01-03-2013 EMENT VOL-02679-01 PP-00068).
"EMENTA: TRABALHISTA E CONSTITUCIONAL. MP 2.164-41/2001. INCLUSÃO DO ART. 19-A NA LEI
8.036/1990. EMPREGADOS ADMITIDOS SEM CONCURSO PÚBLICO. CONTRATAÇÃO NULA.
EFEITOS. RECOLHIMENTO E LEVANTAMENTO DO FGTS. LEGITIMIDADE CONSTITUCIONAL DA
NORMA. 1. O art. 19-A da Lei 8.036/90, incluído pela MP 2.164/01, não afronta o princípio do concurso
público, pois ele não infirma a nulidade da contratação feita à margem dessa exigência, mas apenas
permite o levantamento dos valores recolhidos a título de FGTS pelo trabalhador que efetivamente
cumpriu suas obrigações contratuais, prestando o serviço devido. O caráter compensatório dessa norma
foi considerado legítimo pelo Supremo Tribunal Federal no RE 596.478, Red. p/ acórdão Min. Dias Toffoli,
DJe de 1º/3/2013, com repercussão geral reconhecida.
2. A expansão da abrangência do FGTS para cobrir outros riscos que não aqueles estritamente
relacionados com a modalidade imotivada de dispensa – tais como a própria situação de desemprego e
outros eventos socialmente indesejáveis, como o acometimento por doença grave e a idade avançada –
não compromete a essência constitucional do fundo.
3. A MP 2.164/01 não interferiu na autonomia administrativa dos Estados, Distrito Federal e Municípios
para organizar o regime funcional de seus respectivos servidores, uma vez que, além de não ter criado
qualquer obrigação financeira sem previsão orçamentária, a medida em questão dispôs sobre relações
752
jurídicas de natureza trabalhista, dando nova destinação a um valor que, a rigor, já vinha sendo
ordinariamente recolhido na conta do FGTS vinculada aos empregados. PODER JUDICIÁRIO SEÇÃO
JUDICIÁRIA DO DISTRITO FEDERAL
B5B506ACFA7871D818609E90066C1CA0 TRF 1 REGIÃO/IMP.15-01-04-SJ
3
4. Ao autorizar o levantamento do saldo eventualmente presente nas contas de FGTS dos empregados
desligados até 28/7/2001, impedindo a reversão desses valores ao erário sob a justificativa de anulação
contratual, a norma do art. 19-A da Lei 8.036/90 não acarretou novos dispêndios, não desconstituiu
qualquer ato jurídico perfeito, nem investiu contra nenhum direito adquirido da Administração Pública, pelo
PROCESSO N. 0012046-45.2017.4.01.3400
RECORRENTE: FRANCISCO FIRMINO DOS SANTOS
ADVOGADO : DF00010434 - JOAO AMERICO PINHEIRO MARTINS
RECORRIDO: INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
ADVOGADO:
RELATOR: RUI COSTA GONÇALVES
EMENTA
PREVIDENCIÁRIO. REVISÃO DE BENEFÍCIO. RAZÕES DO RECURSO DISSOCIADAS DA
SENTENÇA. RECURSO DO AUTOR NÃO CONHECIDO.
1. Trata-se de Recurso Inominado interposto por FRANCISCO FIRMINO DOS SANTOS em face de
sentença que indeferiu a petição inicial e, por conseguinte, julgou extinto o processo sem resolução de
mérito, com fulcro no artigo 330, inc. IV, do CPC.
2. Em suas razões recursais, a autora desenvolveu toda sua argumentação sob os fundamentos de que:
a) haveria cerceamento de defesa e violação dos arts. 5º, II, XXXV, LIV e LV e, 93, IX, da Constituição
Federal/88, uma vez que somente após a apresentação da carta de concessão original, do CNIS de
remuneração e de todos os salários de contribuição utilizados para o cálculo da RMI da recorrente e,
ainda, após realização de perícia técnica contábil é que se poderia concluir pela correção ou não na
implantação da RMI, de forma a se verificar se houve a incidência ou não do disposto no artigo 29, II, da
Lei nº 8.213/91; b) em razão do suposto cerceamento de defesa e da violação dos artigos constitucionais
a sentença seria nula e haveria a necessidade de reabertura da instrução processual; c) o INSS não teria
realizado a revisão do art. 29, II, da Lei nº 8.213/91; d) não haveria a incidência da prescrição quinquenal,
de forma que requer a condenação do INSS a pagar as diferenças desde a DIB ou desde 15/04/2005
(data do Memorando Circular nº21/DIRBEN/PFEINSS); e) não teria se configurado a decadência; f)
quanto à correção monetária, haveria de se aplicar o índice do INPC.
3. Todavia, verifico que a sentença indeferiu a petição inicial, uma vez que a parte autora, intimada para
emendar a inicial, deixou de cumprir a determinação judicial, abstendo-se, pois, de se manifestar quanto
aos seguintes pontos elencados pelo juízo de primeiro grau de jurisdição: a) esclarecer onde o INSS
errou, fática e/ou juridicamente, ensejando uma RMI incorreta; b) indicar a RMI que entende ser a devida;
e c) apresentar os valores que deixaram de ser pagos, inclusive com a correção monetária, retificando, se
753
fosse o caso, o valor da causa, a fim de corresponder ao valor das parcelas vencidas até o ajuizamento
do feito.
4. Assim, configurada está a ausência de conexão entre as razões apresentadas pelo recorrente e os
fundamentos da sentença impugnada, razão pela qual o recurso não deve ser conhecido, uma vez que tal
circunstância equivale à ausência de razões, não cumprindo assim o recurso o requisito de
admissibilidade do artigo 1.010 do Novo Código de Processo Civil.
5. Ante o exposto, não conheço do recurso inominado interposto pela parte PODER JUDICIÁRIO SEÇÃO
JUDICIÁRIA DO DISTRITO FEDERAL
2CF2D728EC4286BC0FEE2226365C2BA1 TRF 1 REGIÃO/IMP.15-01-04-SJ
2
PROCESSO N. 0030612-76.2016.4.01.3400
RECORRENTE: AILTON DA SILVA LIMA
ADVOGADO : DF00027024 - SERGIO RODRIGUES MARINHO FILHO
RECORRIDO: INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
ADVOGADO:
RELATOR: RUI COSTA GONÇALVES
EMENTA
PREVIDENCIÁRIO. APOSENTADORIA ESPECIAL. VIGILANTE ARMADO. CONTAGEM COMO
ESPECIAL DE LABOR APÓS O DECRETO N. 2.172/1997. POSSIBILIDADE, DESDE QUE
COMPROVADO O PORTE DE ARMA DE FOGO. APOSENTADORIA INTEGRAL DEVIDA.
ATUALIZAÇÃO DO PASSIVO DEVIDO AO SEGURADO. MANUAL DE CÁLCULOS DA JUSTIÇA
FEDERAL. JUROS E CORREÇÃO MONETÁRIA. APLICAÇÃO DO RESP N. 1.495.146, JULGADO EM
SEDE DE RECURSO REPETITIVO. RECURSO PROVIDO. SENTENÇA REFORMADA. PEDIDO
AUTORAL INTEGRALMENTE PROCEDENTE.
1. Trata-se de recurso inominado interposto pela parte autora contra sentença de Primeiro Grau em que
foi julgado parcialmente procedente pedido visando à contagem como tempo especial de período
laborado como Vigilante Armado, somente até 05.03.1997, data da edição do Decreto n. 2.172/1997.
2. Entendeu o Juízo de Primeiro Grau que, após a edição do Decreto n. 2.172/1997 não é mais
classificada como perigosa a atividade de Vigilante, ainda que portando arma de fogo, contra o que se
insurge a parte recorrente, sustentando-se na jurisprudência dominante do Superior Tribunal de Justiça e
da Turma Nacional de Uniformização.
3. Sem contrarrazões.
4. Concessa venia, a solução dada ao presente feito não se harmoniza com a atual jurisprudência da
Turma Nacional de Uniformização, cujos pronunciamentos são reiteradamente no sentido de que é
possível o reconhecimento, como prestado em condições especiais, período em que o trabalhador
laborou como Vigilante portando arma de fogo após 05.03.1997, desde que comprovada inequivocamente
essa circunstância nos autos, conforme acórdão a seguir reproduzido:
"PREVIDENCIÁRIO. APOSENTADORIA. RECONHECIMENTO DE TEMPO ESPECIAL. VIGILANTE.
PERÍODO POSTERIOR A 05/03/1997 (DECRETO 2.172/1997). PROVA DO AGENTE NOCIVO
PERICULOSIDADE. POSSIBILIDADE DE RECONHECIMENTO. ACÓRDÃO ANULADO. QUESTÃO DE
ORDEM 20 DA TNU.
A Presidência da TNU deu provimento a agravo interposto contra decisão que inadmitiu o incidente de
uniformização nacional suscitado pela parte ora requerente, pretendendo a reforma de acórdão da Turma
Recursal dos Juizados Especiais Federais da Seção Judiciária de Pernambuco que, mantendo
parcialmente a sentença, rejeitou o pedido de reconhecimento de atividade especial durante determinado
754
lapso temporal, sob o fundamento de que o tempo de serviço laborado na condição de vigilante somente
é considerado especial no período anterior ao início da vigência do Decreto 2.172/1997.
Sustenta que o acórdão impugnado divergiu da jurisprudência desta TNU (PEDILEF 2007.72.51.00.8665-
3 – SC), do STJ (REsp nº 413.614/SC; REsp 441.469/RS) e da Turma Recursal da Seção Judiciária de
Minas Gerais (Processo 100694822005401; TRMG; 3ª Turma Recursal – MG; DJMG 18/01/2010),
aduzindo que é possível o reconhecimento da atividade especial de vigilante após o Decreto PODER
JUDICIÁRIO SEÇÃO JUDICIÁRIA DO DISTRITO FEDERAL
753DB7DBE3A2E876CD1A8CC890BA88FF TRF 1 REGIÃO/IMP.15-01-04-SJ
2
provimento, para reformar parcialmente a sentença de Primeiro Grau na forma requerida, dando como de
total procedência o pedido autoral, condenando a parte ré a promover o registro com contagem
diferenciada (fator de conversão 1.4) de todo o lapso reconhecido acima, bem como a conceder a
Aposentadoria Especial demandada, a partir da data do requerimento administrativo, bem assim ao
pagamento das parcelas pretéritas, devidamente atualizadas em conformidade com o Manual de Cálculos
da Justiça Federal (RESP N. 1.495.146), ressalvando, desde já, a possibilidade de correção do passivo
755
resultante, na fase de execução de julgado, vir a se concretizar mediante utilização de outro índice que o
Supremo Federal venha a declarar como incidente, quando do julgamento do RE 870.947/SE .
8. Sem honorários advocatícios e custas processuais.
ACÓRDÃO
ACORDAM os Juízes Federais integrantes da 1ª Turma Recursal dos Juizados Especiais Federais -
SJDF, à unanimidade, conhecer do recurso inominado interposto pela parte autora e, dar-lhe provimento,
reformando a sentença de primeiro grau, nos termos do voto do Juiz Federal Relator.
Sala de Sessões das Turmas Recursais, Brasília/DF, 16.05.2019.
JUIZ RUI COSTA GONÇALVES
Relator
PROCESSO N. 0017827-48.2017.4.01.3400
RECORRENTE: INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
ADVOGADO : - RAFAELA DUTRA DE OLIVEIRA
RECORRIDO: GENES AUVRAY GUEDES
ADVOGADO: DF00017237 - LUCIANE CARVALHO MOURA
RELATOR: RUI COSTA GONÇALVES
EMENTA
PREVIDENCIÁRIO. REPETIÇÃO DE VALORES RECEBIDOS PELA PARTE AUTORA POR CONTA DO
RECEBIMENTO DE BENEFÍCIO ASSISTENCIAL POR DEFICIÊNCIA. BENEFÍCIO CESSADO
POSTERIOMENTE POR SUPOSTA PERDA DA SITUAÇÃO DE HIPOSSUFICIÊNCIA MATERIAL.
AUSÊNCIA DE ANÁLISE, PELA PARTE RECORRENTE, DA COMPOSIÇÃO DO NÚCLEO FAMILIAR
RESULTANTE DO CASAMENTO NOTICIADO, LIMITANDO-SE A SUSTAR O PAGAMENTO DO
BENEFÍCIO COM BASE PRECIPUAMENTE NA RENDA DO CÔNJUGE VIRAGO ASSALARIADO.
CONTEÚDO PROBATÓRIO INDICANDO MANUTENÇÃO DE SITUAÇÃO DE MISERABILIDADE,
MESMO APÓS O BENEFICIÁRIO HAVER CONTRAÍDO NÚPCIAS. SEGUNDO MEMBRO DO NÚCLEO
FAMILIAR, FILHA DO CASAL, IGUALMENTE PORTADORA DE DEFICIÊNCIA AGRESSIVA, INDO A
ÓBITO POUCOS MESES APÓS A CESSAÇÃO QUESTIONADA. BOA-FÉ CARACTERIZADA.
NATUREZA ALIMENTAR DO BENEFÍCIO PREVIDENCIÁRIO. EXIGÊNCIA DE DEVOLUÇÃO DOS
VALORES RECEBIDOS INDEVIDA. RECURSO IMPROVIDO. SENTENÇA MANTIDA.
1. Trata-se de recurso interposto pela ré contra sentença de primeiro grau no bojo da qual foi dado como
parcialmente procedente o pleito autoral visando à condená-la a se abster de cobrar os valores recebidos
pela parte autora em decorrência da concessão de Benefício Assistencial a Portador de Deficiência
posteriormente cessado por suposta irregularidade na manutenção.
2. Sustenta a parte recorrente que restou comprovado o recebimento do Benefício Assistencial pela parte
recorrida, dado que, ao se casar e passar ter renda per capita suficiente para afastar sua condição de
hipossuficiência material, deveria ter comunicado à Administração Previdenciária, conforme regras do art.
48, inciso I e parágrafo único do Decreto n. 6.214/2007, motivo pelo qual se impõe a devolução
pretendida, sob pena de se legitimar o enriquecimento sem causa.
3. Na sentença recorrida foi consignado que o recebimento questionado se deu de boa fé, circunstância
que, associada à natureza alimentar do Benefício Previdenciário, não autoriza a devolução pretendida
pela Autarquia demandada.
4. No caso sob análise, restou demonstrado que houve requerimento administrativo em 15.09.2003,
seguindo-se seu deferimento pela Autarquia Previdenciária, sendo efetuado o pagamento mensal à parte
autora até 10.2014, em virtude de haver sido submetida a revisão bienal, quando se constatou que "o
autor recolheu contribuição na competência de 10/2010 na qualidade de contribuinte individual e,
portanto, exerceu atividade laborativa", além de, "após casamento contraído em 09/2014, a renda de seu
núcleo familiar superou 1/4 do salário mínimo, de forma que foi determinada a suspensão do benefício".
5. O autor apresentou, em companhia da petição inicial, diversos documentos, entre os quais cópia da
certidão de casamento demonstrando que, como alegado pelo réu, contraiu núpcias sob o rito civil com
ROSILENE AEDA BONSUCESSO no dia 08.09.2014, quando a mesma mantinha vínculo empregatício
com RESTAURANTE MARAFON LTDA. - ME, com salário registro no CNIS no patamar de R$ 1.085,00
(hum PODER JUDICIÁRIO SEÇÃO JUDICIÁRIA DO DISTRITO FEDERAL
BAA012701E3151F12CE8C8FD35BD4C04 TRF 1 REGIÃO/IMP.15-01-04-SJ
2
mil e oitenta e cinco reais), situação efetivamente não informada à Administração Previdenciária, de
importância vital para fim de manutenção do Benefício em relevo, na medida em que um dos requisitos a
serem atendidos, para fim de obtenção, diz respeito à situação de miserabilidade em que se encontra o
beneficiário, que, no caso, restou dissipada.
756
6. A despeito desse fato, cuja prova foi apresentada pela própria parte autora, e do recolhimento de uma
contribuição previdenciária isolada, na condição de contribuinte individual em 10.2014, desprovida de
qualquer prova do efetivo exercício de atividade laborativa nesse único mês, não se encontra
caracterizado o recebimento ilícito do Benefício Assistencial, seja porque de fato o beneficiário é inválido
para o trabalho (portador de Glaucoma congênito bilateral - sem percepção luminosa em ambos os
olhos), seja porque não há demonstração de que a renda per capita da família, no caso concreto,
considerando-se que o salário mínimo vigente à época era de R$ 724,00 (setecentos e vinte e quatro
reais), sendo a única renda familiar, auferida pelo cônjuge virago, a ser considerada se situar pouco
acima desse valor. Observe-se, em acréscimo, que a parte recorrente não fez qualquer alusão aos
integrantes desse novo núcleo familiar, limitando-se a tratá-lo, inclusive desde a fase de revisão
PROCESSO N. 0019250-43.2017.4.01.3400
RECORRENTE: INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
ADVOGADO : - LUDMILLA MARQUES CARABETTI GONTIJO
RECORRIDO: PRISCILA FERREIRA D AVILLA D ALBUQUERQUE
ADVOGADO: DF00041787 - ANA CAROLINA REGIS DA CRUZ E OUTRO(S)
RELATOR: RUI COSTA GONÇALVES
EMENTA
PREVIDENCIÁRIO. SALÁRIO MATERNIDADE. SEGURADA EMPREGADA. VALOR MENSAL DO
BENEFÍCIO CALCULADO EM DESCOMPASSO COM A REGRA DO ART. 72 DA LEI N. 8.213/1991.
REVISÃO DE VALORES DEVIDO, COM O PAGAMENTO DAS DIFERENÇAS APURADAS
DEVIDAMENTE ATUALIZADAS (RESP. 1.495.146 - MG). RECURSO IMPROVIDO. SENTENÇA
MANTIDA.
1.Trata-se de recurso interposto pela ré contra sentença de primeiro grau no bojo da qual foi dado como
parcialmente procedente o pleito autoral visando à condená-la a revisar os valores pagos à parte autora
como Salário-Maternidade, com o pagamento das diferenças atualizadas, considerando a regra do art. 72,
caput, da Lei n. 8.213/1991.
2. Sustenta a parte recorrente que, segundo o "CNIS acostado aos autos e a própria CTPS da autora, em
seu último vínculo, encerrado em 31/03/2013, a autora laborou como segurada empregada (art. 11, I, Lei
n. 8.213/91), o que é diverso de empregada doméstica (art. 11, II da Lei n. 8.213/91)", motivo pelo qual "o
valor do salário-maternidade deveria ser calculado conforme art. 73, III, da Lei n. 8.213/91, consistindo em
um doze avos da soma dos doze últimos salários-de-contribuição, apurados em um período não superior
a quinze meses, para as demais segurada". Impugnou, igualmente, a utilização do IPCA-E, determinada
na sentença para a atualização do passivo da autora, postulando a aplicação da TR.
3. Em contrarrazões, a parte autora ponderou que na sentença recorrida não há qualquer menção a se
tratar de vínculo doméstico ou não, diferente do alegado pela parte ré, tendo o Juízo determinado que,
tratando-se de segurada empregada, lhe é devido o pagamento das diferenças entre os valores pagos e
os que deveria ter recebido por conta do Benefício Previdenciário em evidência.
757
4. Na sentença recorrida, de fato não há qualquer alusão à empregada doméstica, alegado pela parte
recorrente. Na verdade, no julgado há expressa referência à circunstância de a recorrida ser segurada
empregada, atraindo a aplicação da regra contida no art. 72, caput, da Lei n. 8.213/1991, segundo o qual
"o salário-maternidade para a segurada empregada ou trabalhadora avulsa consistirá numa renda mensal
igual a sua remuneração atual" (sem destaques no original), situação previdenciária da autora à época em
que houve a concessão do Benefício Previdenciário tratado nos autos (08.05.2015), conforme se pode
conferir a partir dos registros em sua CTPS e no extrato CNIS, cujas cópias acompanham a petição inicial.
5. Assim, o recurso interposto pela parte ré apresenta duplo equívoco, o primeiro consistente em indicar
fundamento não adotado na sentença como elemento de convicção e, enfim, o segundo por defender que
a regra do art. 73, inciso III, da Lei n. 8.213/1991, aplica-se à segurada empregada, quando, conforme
5. Em se tratando de dívida de natureza tributária, não é possível a incidência do art. 1º-F da Lei 9.494/97
(com redação dada pela Lei 11.960/2009) - nem para atualização monetária nem para compensação da
mora -, razão pela qual não se justifica a reforma do acórdão recorrido.
6. Recurso especial não provido. Acórdão sujeito ao regime previsto no art. 1.036 e seguintes do
CPC/2015, c/c o art. 256-N e seguintes do RISTJ" (sem destaques no original).
7. Assim, o recurso do réu deve ser totalmente improvido, ressalvando-se, porém, no tocante à segunda
impugnação (atualização do passivo) a possibilidade de exclusão da condenação à verba honorária, na
fase de execução do julgado, caso o Supremo Tribunal Federal, ao se manifestar em definitivo no RE
870.947/SE, venha a prestigiar a tese ora rejeitada por este Colegiado.
PROCESSO N. 0008777-95.2017.4.01.3400
RECORRENTE: CELUTA SOARES LOURECO
ADVOGADO : DF00023681 - CAROLINA SIMAO ODISIO HISSA
RECORRIDO: INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
ADVOGADO:
RELATOR: RUI COSTA GONÇALVES
EMENTA
PREVIDENCIÁRIO. PROPOSITURA DE AÇÃO IDÊNTICA A PROMOVIDA ANTERIORMENTE, CUJA
SENTENÇA DE IMPROCEDÊNCIA TRANSITOU EM JULGADO CERCA DE UMA DÉCADA ANTES, EM
PRIMEIRO GRAU. SUPOSTA APRESENTAÇÃO INCOMPLETA DE PROVAS PELA PARTE
DEMANDANTE NO CURSO DA AÇÃO DEFINITIVAMENTE CONCLUÍDA. RESCISÃO VEDADA NOS
FEITOS DE COMPETÊNCIA DO JUIZADO ESPECIAL FEDERAL. VIOLAÇÃO DA COISA JULGADA.
SENTENÇA DECLARADA DE OFÍCIO NULA. FEITO EXTINTO SEM EXAME DO MÉRITO.
1. Trata-se de recurso inominado interposto pela parte autora contra sentença de Primeiro Grau em que
foi julgado improcedente pedido de concessão de Pensão por Morte, tendo como instituidor seu esposo,
segurado falecido em 27.05.1996.
2. Alega que, ao contrário do fundamento adotado na sentença de primeiro grau, de que o segurado não
atendia à carência exigida pela Legislação Previdenciária na data do óbito em relevo, tendo sido
reconhecido o recolhimento de 62 contribuições previdenciárias válidas, "diversas outras contribuições
deixaram de ser computadas, mesmo recolhidas sem atraso", na forma do Decreto n. 77.077/1976, então
em vigor, em um total de pelo menos 8 (oito) contribuições, em decorrência do que atendeu à exigência
de o mínimo de 66 (sessenta e seis) contribuições necessárias à obtenção de Aposentadoria por Idade, a
despeito de o pedido haver sido indeferido pela parte Ré à época, que optou pela concessão de Benefício
de Renda Mensal Vitalícia.
3. Sem contrarrazões.
4. Examino de ofício a ocorrência de coisa julgada, refutada pelo Juízo de origem.
5. Na sentença recorrida, ao ser examinada a preliminar em comento, suscitada pela parte ré na peça
contestatória, assim se pronunciou o Juízo:
"Analisando os autos, observo que, de fato, a presente ação possui as mesmas partes, objeto e causa de
pedir do processo n. 2006.35.00.706153-4, cujo pedido foi julgado improcedente pelo Juízo da 13ª Vara
Federal de Goiânia, com trânsito em julgado em 24/04/2007.
Porém, verifico que, naqueles autos, o INSS não juntou toda a documentação disponível para a análise
da demanda ajuizada em 2006, muito embora haja sido para tanto regularmente intimado, nos termos do
11 da Lei n. 10.259/2001.
Dessa forma, como a autora teve acesso a novas provas (microfilmes que comprovam contribuições não
computadas na primeira ocasião) apenas PODER JUDICIÁRIO SEÇÃO JUDICIÁRIA DO DISTRITO
FEDERAL
72F7D7735EFF4EF341E16971EE3DCEAF TRF 1 REGIÃO/IMP.15-01-04-SJ
2
759
após a sentença de mérito da referida ação, e tendo em vista os princípios que regem o Juizado Especial
Federal, passou a analisar o mérito da presente demanda."
6. Concessa venia, o Juízo de primeiro grau, ao examinar a presente ação, nitidamente proposta como
substitutiva de ação rescisória, vedada no âmbito dos Juizados Especiais (art. 59 da Lei n. 9.099/1995),
ainda que sob o pretexto de revisar/censurar comportamento supostamente precário de qualquer das
partes litigantes (o INSS não teria juntado "toda a documentação para a análise da demanda ajuizada em
2006..."), em ação cuja tramitação se deu em outro Juízo e, no caso concreto, cujo trânsito em julgado da
sentença de mérito se deu há cerca de 1 (uma) década, particularmente emitindo juízo de valor acerca de
instrução processual cuja dinâmica sequer é possível se verificar a partir do que foi juntado nos presentes
autos, ou seja, cópia da sentença de mérito proferida pelo Juízo Federal e do respectivo extrato de
PROCESSO N. 0035817-86.2016.4.01.3400
RECORRENTE: INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
ADVOGADO : - RAFAELA DUTRA DE OLIVEIRA
RECORRIDO: MARLY GOMES MARTINS
ADVOGADO: DF00029527 - EUZIMAR MACEDO LISBOA E OUTRO(S)
RELATOR: RUI COSTA GONÇALVES
EMENTA
PREVIDENCIÁRIO. AUXÍLIO DOENÇA. AFASTADA A AUSÊNCIA DO INTERESSE EM AGIR. DATA DO
INÍCIO DO BENEFÍCIO (DIB) MANTIDA. RECONHECIDO O DIREITO À ALTERAÇÃO DA DATA DA
CESSAÇÃO DO BENEFÍCIO (DCB). CORREÇÃO MONETÁRIA: APLICAÇÃO DO RESP N. 1.495.146,
JULGADO EM SEDE DE RECURSO REPETITIVO. DETERMINADO DE OFÍCIO A INCIDÊNCIA DO
INPC, PARA FINS DE CORREÇÃO MONETÁRIA. RECURSO DO INSS PROVIDO EM PARTE.
SENTENÇA PARCIALMENTE REFORMADA.
1. Trata-se de recurso inominado interposto pela parte ré contra sentença que julgou procedente em parte
o pedido inicial, condenando o INSS a pagar as parcelas pretéritas do benefício de auxílio doença entre o
período da DII fixada no laudo pericial, em 31/05/2016, até a data da prolação da sentença (DCB), com
juros nos termos do art. 1º-F da Lei nº 9.494/97, na redação da Lei nº 11.960/09 e atualização monetária
pelo IPCA-E (RE 870.947).
2. A parte ré em seu recurso arguiu, em síntese, que: a) houve ausência de interesse de agir em razão de
incapacidade superveniente ao requerimento administrativo; b) a DIB deve ser fixada na data da citação,
pois a DII é posterior a DER; c) a DCB deve ser fixada em 3 meses a contar da perícia médica, ou seja,
em 29/11/2016 e não na data da prolação da sentença judicial; d) requer seja calculada a correção
monetária de acordo com o art. 1º-F da Lei nº 9.494/97. Assim, requereu, ao final, o provimento integral
do recurso para reformar a sentença, julgando a demanda improcedente. Requer, ainda, sejam
devolvidos os valores pagos a título de tutela antecipada, tendo em vista o entendimento firmado pelo STJ
no REsp 1401560/MT.
3. No caso em tela, sem razão o INSS ao alegar a ausência de interesse em agir em razão de
incapacidade superveniente ao requerimento administrativo. O fato de a parte autora ter logrado
comprovar nos autos a incapacidade laboral somente em data posterior ao prévio requerimento
administrativo não afasta o seu interesse em agir para a propositura da ação, haja vista que desde o início
da demanda tinha o interesse em provar que estava incapacitada na data da DER. Logo, o parcial
provimento do pedido inicial não implica em ausência do interesse em agir da parte autora, conforme
sustenta equivocadamente o INSS.
760
Outras Artrites reumatoides soro-positivas (CID10: M05.8). Segundo a perita, esta patologia ocasiona
1. Correção monetária: o art. 1º-F da Lei 9.494/97 (com redação dada pela Lei 11.960/2009), para fins de
correção monetária, não é aplicável nas condenações judiciais impostas à Fazenda Pública,
independentemente de sua natureza.
1.1 Impossibilidade de fixação apriorística da taxa de correção monetária.
No presente julgamento, o estabelecimento de índices que devem ser aplicados a título de correção
monetária não implica pré-fixação (ou fixação apriorística) de taxa de atualização monetária. Do contrário,
a decisão baseia-se em índices que, atualmente, refletem a correção monetária ocorrida no período
correspondente. Nesse contexto, em relação às situações futuras, a aplicação dos índices em comento,
sobretudo o INPC e o IPCA-E, é legítima enquanto tais índices sejam capazes de captar o fenômeno
inflacionário.
1.2 Não cabimento de modulação dos efeitos da decisão.
A modulação dos efeitos da decisão que declarou inconstitucional a atualização monetária dos débitos da
Fazenda Pública com base no índice oficial de remuneração da caderneta de poupança, no âmbito do
Supremo Tribunal Federal, objetivou reconhecer a validade dos precatórios expedidos ou pagos até 25 de
março de 2015, impedindo, desse modo, a rediscussão do débito baseada na aplicação de índices
761
diversos. Assim, mostra-se descabida a modulação em relação aos casos em que não ocorreu expedição
ou pagamento de precatório.
2. Juros de mora: o art. 1º-F da Lei 9.494/97 (com redação dada pela Lei 11.960/2009), na parte em que
estabelece a incidência de juros de mora nos débitos da Fazenda Pública com base no índice oficial de
remuneração da caderneta de poupança, aplica-se às condenações impostas à Fazenda Pública,
excepcionadas as condenações oriundas de relação jurídico-tributária.
3. Índices aplicáveis a depender da natureza da condenação.
3.1 Condenações judiciais de natureza administrativa em geral.
As condenações judiciais de natureza administrativa em geral, sujeitam-se aos seguintes encargos: (a)
até dezembro/2002: juros de mora de 0,5% ao mês; correção monetária de acordo com os índices
efeito suspensivo, pois aqui ainda se está na fase de conhecimento da causa, longe do início da eventual
fase de cumprimento do julgado, quanto aos valores pretéritos a serem pagos, se for o caso.
8.5. Vale consignar, ainda, que o STJ decidiu recentemente que “(...) mostra-se descabida a modulação
em relação aos casos em que não ocorreu expedição ou pagamento de precatório” (REsp 1495146/MG,
Rel. Ministro Mauro Campbell Marques, Primeira Seção, julgado em 22/02/2018, DJe 02/03/2018).
8.6. Em relação ao pedido do recorrente de que seja aplicado o índice do IPCA-E para atualização da
RPV/Precatório, constata-se que não merece acolhimento. É que a hipótese dos autos é de atualização
ACÓRDÃO
Decide a Primeira Turma Recursal, à unanimidade, conhecer do recurso inominado interposto pelo INSS,
para lhe dar parcial provimento, para o fim de fixar a data da cessação do benefício (DCB) em
29/11/2016. Em face do julgamento do REsp n. 1.495.146 - MG, em sede de Recurso Repetitivo, pelo
Superior Tribunal de Justiça, de ofício, determina-se, para fins de correção monetária, a aplicação do
índice do INPC, no que se refere ao período posterior à vigência da Lei nº 11.430/2006 (DOU em
27/12/2006), que incluiu o art. 41-A na Lei 8.213/91. Não obstante, ressalva a aplicação, na fase de
execução do presente julgado, do índice de correção monetária a ser definido pelo Supremo Tribunal
Federal ao concluir o exame do ED no RE 870947. Os valores recebidos pela parte autora a título de
tutela antecipada deverão ser compensados no momento do cumprimento do julgado, de forma a se
evitar o pagamento em dobro e, consequentemente, o enriquecimento ilícito. Por sua vez, os valores
recebidos a mais em razão da antecipação dos efeitos da tutela não precisam ser devolvidos pela parte
autora em razão de seu caráter alimentar, bem como do recebimento de boa-fé, nos termos da
fundamentação supra.
1ª Turma Recursal, Juizado Especial Federal/SJDF – 16/05/2019.
JUIZ RUI COSTA GONÇALVES
Relator
PROCESSO N. 0015427-95.2016.4.01.3400
763
que é possível o reconhecimento da atividade especial de vigilante após o Decreto 2.172/1997 havendo
prova da periculosidade.
Ante o teor do art. 14, § 2º, da Lei nº 10.259/01, entendo comprovado o dissídio jurisprudencial acerca da
matéria tendo-se em vista o acórdão da Turma Recursal de origem posto em confronto com os julgados
paradigmas mencionados pelo requerente, pelo que conheço o recurso.
Na espécie, o acórdão recorrido deixou de reconhecer a especialidade dos vínculos trabalhados pelo
autor, nos períodos de 01/08/1997 a 30/06/2002 e 05/03/2003 a 13/02/2008, sob o fundamento que
“(...)os períodos são posteriores a edição do Decreto n. 2.172/97, a partir do qual a periculosidade deixou
de ser considerada para fins de reconhecimento de tempo de serviço especial, mantendo-se apenas os
agentes nocivos físicos, químicos e biológicos”.
Todavia, a jurisprudência desta TNU encontra-se alinhada com a do STJ, no sentido de que, por ser
meramente exemplificativo o rol das atividades nocivas à saúde, é possível o reconhecimento de tempo
especial prestado pelo vigilante com exposição ao agente nocivo periculosidade em data posterior a
05/03/1997, desde que haja laudo técnico comprobatório do evento, independentemente de previsão
específica na legislação.
Nesse sentido, conferir: TNU, PEDILEF 50138641620114047201, relator juiz federal Daniel Machado da
Rocha, DOU 06/11/2015; STJ, REsp 1306113/SC, Rel. Ministro Herman Benjamin, 1ª Seção, julgado em
14/11/2012, DJe 07/03/2013; EDcl no REsp n.º 1109813 / PR, 6ª Turma, Rel. Min. Maria Thereza de Assis
Moura, DJe 27/06/2012.
Por conseguinte, havendo comprovação por meio de laudo técnico (ou elemento material equivalente), de
formulário SB-40 ou PPP, acerca da exposição, de forma habitual e permanente, à atividade nociva, é
possível o reconhecimento da atividade especial desenvolvida pelo segurado.
764
No caso sob exame, verifico que o recorrente acostou documentos que podem, abstratamente, comprovar
o efetivo exercício da atividade perigosa de vigilante, com o emprego de arma de fogo, cabendo à turma
recursal, portanto, exercitar seu juízo de valor sobre tais provas, afastada a tese genérica por ela adotada.
Ante o exposto, conheço o Incidente de Uniformização suscitado pela parte autora e dou-lhe parcial
provimento, para anular o acórdão impugnado e determinar o retorno dos autos à Turma Recursal de
origem, para fins de examinar a causa com a adequação do julgado ao entendimento da TNU, conforme a
premissa jurídica ora fixada, de ter-se como possível o reconhecimento da especialidade da atividade de
vigilante, em virtude da presença do agente nocivo periculosidade, mesmo em período posterior à edição
do Decreto n. 2.172/1997, de 05/03/1997.
Incidente parcialmente provido" (PEDILEF n. 05207198120094058300, rel. José Henrique Guaracy
remuneração oficial da caderneta de poupança (art. 1º-F da Lei 9.494/97, com redação dada pela Lei n.
11.960/2009).
(...)
4. Preservação da coisa julgada.
Não obstante os índices estabelecidos para atualização monetária e compensação da mora, de acordo
com a natureza da condenação imposta à Fazenda Pública, cumpre ressalvar eventual coisa julgada que
tenha determinado a aplicação de índices diversos, cuja constitucionalidade/legalidade há de ser aferida
no caso concreto.
* SOLUÇÃO DO CASO CONCRETO. PODER JUDICIÁRIO SEÇÃO JUDICIÁRIA DO DISTRITO
FEDERAL
5. Em se tratando de dívida de natureza tributária, não é possível a incidência do art. 1º-F da Lei 9.494/97
(com redação dada pela Lei 11.960/2009) - nem para atualização monetária nem para compensação da
mora -, razão pela qual não se justifica a reforma do acórdão recorrido.
6. Recurso especial não provido. Acórdão sujeito ao regime previsto no art. 1.036 e seguintes do
CPC/2015, c/c o art. 256-N e seguintes do RISTJ" (sem destaques no original).
7. Assim, o recurso do réu deve ser totalmente improvido, ressalvando-se, porém, no tocante à segunda
impugnação (atualização do passivo) a possibilidade de exclusão da condenação à verba honorária, na
fase de execução do julgado, caso o Supremo Tribunal Federal, ao se manifestar em definitivo no RE
870.947/SE, venha a prestigiar a tese ora rejeitada por este Colegiado.
8. Ante o exposto, conheço do recurso interposto, mas para negar provimento, mantendo na íntegra a
sentença recorrida.
9. Honorários advocatícios, fixados em 10% (dez por cento) sobre o valor da condenação, devidos pela
parte ré, em virtude de sua sucumbência, com a ressalva feita acima. Sem custas processuais.
ACÓRDÃO
ACORDAM os Juízes Federais integrantes da 1ª Turma Recursal dos Juizados Especiais Federais -
SJDF, à unanimidade, conhecer do recurso inominado interposto pela parte ré e, por maioria de votos,
vencida em parte (quanto ao mérito) a Juíza Lilia Botelho Neiva, ao mesmo negar provimento, nos termos
do voto do Juiz Federal Relator.
Sala de Sessões das Turmas Recursais, Brasília/DF, 16.05.2019.
JUIZ RUI COSTA GONÇALVES
Relator
PROCESSO N. 0031199-06.2013.4.01.3400
RECORRENTE: JAIR CANDIDO DA SILVA
ADVOGADO : DF00022393 - WANESSA ALDRIGUES CANDIDO E OUTRO(S)
RECORRIDO: INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
ADVOGADO:
RELATOR: RUI COSTA GONÇALVES
EMENTA
PREVIDENCIÁRIO. APOSENTADORIA POR INVALIDEZ. RECONHECIDA A INEXISTÊNCIA DA
QUALIDADE DE SEGURADO NA DATA DO INÍCIO DA INCAPACIDADE ATESTADA PELO PERITO.
LAUDO PERICIAL ACOLHIDO. RECURSO DO AUTOR IMPROVIDO. SENTENÇA MANTIDA.
1. Trata-se de recurso inominado interposto pela parte autora contra sentença que, quanto ao pedido de
averbação de tempo de serviço extinguiu o processo sem resolução do mérito, com fundamento no art.
487, inciso VI, do NCPC e, no que se refere à concessão de benefício por incapacidade julgou
improcedente o pedido, extinguindo o processo com julgamento de mérito, nos termos do art. 487, inciso
I, do mesmo Código.
2. A parte autora, em suas razões recursais, alega que: a) o juiz não observou que fora realizado o
aditamento dos pedidos da exordial (registro 11/06/2013), tendo em vista que após a distribuição fora
verificado que, de fato, o período da Secretaria de Educação do Distrito Federal (de 11/07/1989 a
31/12/2002) já constava no CNIS, sendo, inclusive, tal período utilizado para concessão do benefício de
aposentadoria no Regime Próprio. Dessa forma, verifica-se erro no julgado, uma vez que o período que
se pretendia averbação no RGPS é da Secretaria de Estado de Fazenda - SEFAZ - do Distrito Federal no
seguinte lapso temporal: 13/08/1989 a 22/02/2001, o qual já foi inclusive averbado pelo INSS no RGPS
em momento posterior ao ajuizamento da presente demanda, tratando-se de fato superveniente; b) faz jus
à extensão do período de graça em virtude de ter comprovado situação de desemprego involuntário e,
ainda, pelo fato de ter recolhido mais de 120 contribuições, de forma que possuía a qualidade de
segurado até 03/2013; c) preenche os requisitos para a concessão da aposentadoria por invalidez. Assim,
requereu, ao final, seja deferida a tutela antecipada e julgado procedente a demanda, de forma que lhe
766
seja concedido o benefício de aposentadoria por invalidez desde a data do requerimento administrativo,
devendo ser descontado os valores recebidos a título de aposentadoria por idade que se encontra ativo.
3. A concessão do auxílio-doença pressupõe: a) condição de segurado; b) cumprimento da carência
exigida no art. 25, I, da Lei 8.213/91 (Lei de Benefícios da Previdência Social – LB), dispensada nas
hipóteses do art. 26, II, da citada Lei; e c) incapacidade temporária para o trabalho (art. 59 da LB). Já a
aposentadoria por invalidez demanda, além da condição de segurado e do cumprimento da carência, nos
moldes do auxílio-doença, a demonstração de incapacidade total e permanente para o trabalho.
4. No caso vertente, a perícia médica, realizada em 19/09/2013, concluiu que a parte autora é portadora
de CID 10: C61, o que lhe incapacita para o trabalho de PODER JUDICIÁRIO SEÇÃO JUDICIÁRIA DO
DISTRITO FEDERAL
forma total, definitiva e multiprofissional. A perita judicial atestou o início da incapacidade em 08/10/2012.
5. Consigne-se que, segundo o CNIS, a parte autora usufrui do benefício de Aposentadoria por Idade
desde 18/01/2017.
6. Quanto ao pedido de averbação de tempo de serviço laborado pela parte autora junto à Secretaria de
Estado de Fazenda - SEFAZ - do Distrito Federal no lapso temporal de 13/08/1989 a 22/02/2001, nada a
prover, uma vez que o próprio recorrente informa que o mesmo já fora averbado em seu CNIS. Logo,
configurou-se, no caso, a ausência de interesse em agir superveniente em relação a tal pedido.
7. Quanto ao pedido de aposentadoria por invalidez, requerido pela parte autora, entende-se que não
merece acolhimento. É que, conforme bem decidiu o juízo de primeiro grau de jurisdição, na data do início
da incapacidade (DII) a parte autora não detinha a qualidade de segurada, haja vista que seu último
vínculo empregatício antes da DII, fixada pelo perito judicial, deu-se no período de 05/07/2004 a
22/03/2011. Logo, a parte autora perdeu a qualidade de segurada em 20/05/2012, consequentemente, na
data da DII não detinha a qualidade de segurada. Registre-se, ainda, que analisando o CNIS da parte
autora, verifica-se que esta não possui 120 contribuições sem que tenha perdido a qualidade de
segurada. Logo, não faz jus à prorrogação da extensão da qualidade de segurada nos termos do art. 15,
§ 1º, da Lei nº 8.213/91. Por outro lado, também não logrou a parte autora comprovar que estivesse
desempregada à época, de forma a fazer jus à prorrogação da qualidade de segurada nos termos do art.
15, § 2º da Lei nº 8.213/91.
8. Em face do exposto, conhece-se do recurso inominado interposto pela parte autora, mas para lhe
negar provimento.
9. Honorários advocatícios pela Recorrente vencida, fixados em 10% (dez por cento) do valor da causa
devidamente corrigido, ficando a condenação suspensa enquanto perdurar o estado de carência que
justificou a concessão da justiça gratuita, prescrevendo a dívida cinco anos após o trânsito em julgado da
decisão que a certificou, nos termos do § 3º do art. 98 do NCPC.
10. Sem custas processuais.
11. Acórdão lavrado nos moldes do artigo 46 da Lei nº 9.099/95.
ACÓRDÃO
Decide a Primeira Turma Recursal, à unanimidade, conhecer do recurso inominado interposto pela parte
autora, mas para lhe negar provimento.
1ª Turma Recursal, Juizado Especial Federal/SJDF - 16/05/2019.
JUIZ RUI COSTA GONÇALVES
Relator
PROCESSO N. 0021682-35.2017.4.01.3400
RECORRENTE: DAISE BARBOSA VINHAL
ADVOGADO : - DEFENSORIA PUBLICA DA UNIAO
RECORRIDO: CAIXA ECONOMICA FEDERAL
ADVOGADO:
RELATOR: RUI COSTA GONÇALVES
EMENTA
CIVIL. RESPONSABILIDADE OBJETIVA. CAIXA ECONÔMICA FEDERAL. DANO MORAL NÃO
CONFIGURADO. PENDÊNCIAS FINANCEIRAS. NOME DO AUTOR. INSCRIÇÃO NO CADASTRO DE
INADIMPLENTE. FALTA DE PROVA DE QUITAÇÃO DOS DÉBITOS. SENTENÇA MANTIDA. RECURSO
IMPROVIDO.
1. Trata-se de recurso interposto pela parte Autora em face da sentença no bojo da qual foi julgado
improcedente o pedido para que seja a ré condenada ao pagamento de indenização por danos materiais
e morais em decorrência da indevida inclusão de seu nome nos cadastros restritivos mantidos por órgãos
de proteção ao crédito.
767
2. O contrato entabulado pela Recorrente com a Recorrida constitui-se em contrato de adesão e, como
tal, está protegido pelo Código de Defesa do Consumidor, nos termos do seu art. 54, o qual prescreve in
verbis:
Art. 54. Contrato de adesão é aquele cujas cláusulas tenham sido aprovadas pela autoridade competente
ou estabelecidas unilateralmente pelo fornecedor de produtos ou serviços, sem que o consumidor possa
discutir ou modificar substancialmente seu conteúdo.
§ 1° A inserção de cláusula no formulário não desfigura a natureza de adesão do contrato.
§ 2° Nos contratos de adesão admite-se cláusula resolutória, desde que a alternativa, cabendo a escolha
ao consumidor, ressalvando-se o disposto no § 2° do artigo anterior.
§ 3o Os contratos de adesão escritos serão redigidos em termos claros e com caracteres ostensivos e
existência de culpa, pela reparação dos danos causados aos consumidores por defeitos relativos à
prestação dos serviços, bem como por informações insuficientes ou inadequadas sobre sua fruição e
riscos. Veja-se a redação do art. 14 da Lei nº 8.078/90:
Art. 14. O fornecedor de serviços responde, independentemente da existência de culpa, pela reparação
dos danos causados aos consumidores por defeitos relativos à prestação dos serviços, bem como por
informações insuficientes ou inadequadas sobre sua fruição e riscos.
§ 1° O serviço é defeituoso quando não fornece a segurança que o consumidor dele pode esperar,
levando-se em consideração as circunstâncias relevantes, entre as quais:
I - o modo de seu fornecimento;
II - o resultado e os riscos que razoavelmente dele se esperam;
III - a época em que foi fornecido.
§ 2º O serviço não é considerado defeituoso pela adoção de novas técnicas.
§ 3° O fornecedor de serviços só não será responsabilizado quando provar:
I - que, tendo prestado o serviço, o defeito inexiste;
II - a culpa exclusiva do consumidor ou de terceiro.
§ 4° A responsabilidade pessoal dos profissionais liberais será apurada mediante a verificação de culpa.
5. Como se vê, o dispositivo legal em referência trata da incidência da teoria da responsabilidade objetiva,
a qual requer, para eventual condenação em indenização, estejam presentes os seguintes requisitos: a
conduta ilegal do fornecedor, o dano e o nexo causal, dispensando-se a comprovação de culpa.
6. Nesse contexto, analisando-se o caso vertente, constata-se não merecer reforma a sentença de
primeiro grau de jurisdição.
7. É que, no caso sub judice, não restou demonstrada a prática de qualquer ato ilícito por parte da CEF,
ex vi dos arts. 186 e 187 do Código Civil, sequer a existência de qualquer defeito na prestação do serviço
ou mesmo informações insuficientes ou inadequadas sobre sua fruição e riscos, motivo pelo qual
mantenho a improcedência do pedido inicial.
8. Portanto, escorreita a sentença recorrida, em sua fundamentação, ao pontuar que:
“ (..)
Nos termos da súmula nº. 297 do STJ, a prestação e a utilização de serviços bancários caracterizam-se
como relações de consumo, estando sujeitas, portanto, à incidência das regras do Código de Defesa do
Consumidor. Mostrar-se-ia possível, dessa forma, nos termos do art. 6º, VIII c/c art. 3º, § 2º, ambos do
CDC, a inversão do ônus da prova em favor do autor, ante a sua hipossuficiência técnica e econômica.
Entretanto, mostram-se inverossímeis suas alegações e, ainda que possível, neste caso, a inversão do
ônus da prova em seu favor, tal benefício não tem o condão de obrigar a parte ré a suportar o ônus de
produzir a prova requerida pelo consumidor, circunstância que não o exime de comprovar, ainda que
minimamente, os fatos constitutivos de seu direito, ônus indeclinável, nos termos do art. 373, I do CPC, do
qual não se desincumbiu no caso em exame.
Assim, improsperam, por tais fundamentos, a pretensão de que PODER JUDICIÁRIO SEÇÃO
JUDICIÁRIA DO DISTRITO FEDERAL
95F8A03239B69CF09449F43094F4B0E8 TRF 1 REGIÃO/IMP.15-01-04-SJ
3
768
dívida cinco anos após a sentença final, nos termos do art. 98, §3º, do novo CPC.
ACÓRDÃO
Decide a Primeira Turma Recursal, por unanimidade, negar provimento ao recurso interposto pela parte
Autora.
1ª Turma Recursal, Juizado Especial Federal. Brasília – DF, 16/05/2019.
JUIZ RUI COSTA GONÇALVES
Relator
PROCESSO N. 0087281-23.2014.4.01.3400
RECORRENTE: INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
ADVOGADO :
RECORRIDO: ANTONIA MARIA DO CARMO
ADVOGADO: DF00006479 - DIVINO JOSE SANTOS
RELATOR: RUI COSTA GONÇALVES
EMENTA
PREVIDENCIÁRIO. APOSENTADORIA POR INVALIDEZ. RECONHECIDA A EXISTÊNCIA DE
INCAPACIDADE LABORAL TOTAL, PERMANENTE E OMNIPROFISSIONAL. CORREÇÃO MONETÁRIA
E JUROS DE MORA: APLICAÇÃO DO RESP N. 1.495.146-MG, JULGADO EM SEDE DE RECURSO
REPETITIVO. RECURSO DO INSS PARCIALMENTE PROVIDO. SENTENÇA PARCIALMENTE
REFORMADA.
1. Trata-se de recurso inominado interposto pela parte ré contra sentença que julgou procedente o pedido
inicial, condenando o INSS no cumprimento da obrigação de fazer consistente na concessão do benefício
de aposentadoria por invalidez, com antecipação da tutela, a partir do dia subsequente à cessação do
benefício (21/01/2008).
2. A parte ré em seu recurso arguiu, em síntese, que: a) não é possível a concessão do benefício de
aposentadoria por invalidez, visto que o laudo pericial judicial comprovou a existência de incapacidade
769
laborativa parcial e permanente, a qual enseja a concessão apenas do benefício de auxílio doença; b) no
caso em tela é cabível o auxílio doença; c) o perito afirma que é possível a reabilitação profissional, razão
pela qual a incapacidade é temporária, não justificando a concessão de aposentadoria por invalidez; d)
em caso de concessão do benefício de auxílio doença, requer seja a data da cessação do benefício
fixada ou caso não seja fixada ensejará a cessação do benefício após o prazo de 120 (cento e vinte) dias;
e) é necessário que a correção monetária e os juros de mora sejam fixados na forma do art. 1º-F, da Lei
nº 9.494/97, com redação dada pela Lei nº 11.960/09; f) deve ser fixada a aplicação do IPCA-E para
atualização do RPV/Precatório, eis que já há, inclusive, declaração do próprio STF, quanto à
constitucionalidade da TR para atualização da condenação "antes da formalização do RPV/Precatório"; g)
é necessária a revogação da tutela antecipada.
vertiginosa (referido na anamnese) (ausência de sinais de distúrbio de equilíbrio ao exame físico atual)
(H82); obesidade (E66)”. O perito judicial fixou a DII em jun/2004, conforme o Relatório Médico de
02/06/2004, SES, juntado (documento mais antigo, segundo o perito, que corrobora com os achados da
atualidade). O laudo atestou que a parte autora possui 54 anos e ensino fundamental incompleto. Assim,
concluiu pela incapacidade parcial, definitiva e multiprofissional para o trabalho. O perito atestou a
possibilidade de reabilitação profissional em outra função que não exija fatores de sobrecarga
psicobiomecânica, tais como: a) postura de pé (ortostatismo) ou marcha prolongadas; b) levantamento,
carregamento ou tração manual de peso; c) vibração (trepidação) segmentar e/ou de corpo inteiro; d)
movimentos repetitivos em flexão, rotação ou lateralização da coluna vertebral; e) movimentos repetitivos
de subir e descer escadas ou rampas; f) postura viciosa em agachamento; g) aplicação de força manual.
O perito consignou que a parte autora apresenta potencial de reabilitação profissional para as funções
"leves", sob o ponto de vista biomecânico, do tipo técnico-administrativo, com trabalho em postura
sentada ou semi-sentada e pausas periódicas. Citou como exemplos as seguintes funções como sendo
compatíveis com a sua escolaridade: agente de portaria, recepcionista, ascensorista, fiscal de área,
monitora, auxiliar administrativo, assistente administrativo e qualquer outra função assemelhada que
respeite as restrições elencadas. A segunda perícia, realizada em 29/02/2016, por médica especializada
em Cardiologia e Medicina do Trabalho, atestou que a parte autora possui hipertensão arterial (CID: I10),
obesidade (CID: E66), Diabetes Mellitus (CID: E14) e Hiperlipidemia (E78.5). Por fim, concluiu que, sob o
ponto de vista cardiológico, não há incapacidade laborativa.
5. No mérito, sem razão o INSS ao alegar que a parte autora está apta para o trabalho em virtude de
constatação de incapacidade parcial e multiprofissional. Isto porque para a concessão do benefício da
aposentadoria por invalidez, é necessário sopesar o contexto fático-probatório em conjunto, e não
isoladamente. Ainda que a incapacidade seja parcial e multiprofissional, em análise das circunstâncias
pessoais da parte autora, que, a propósito, é fator de extrema relevância para a formação da convicção
do juízo, verifica-se que sempre laborou como auxiliar de serviços gerais, possui idade avançada (57
anos) e baixa escolaridade (primeiro grau incompleto). Assim, constata-se a impossibilidade de reinserção
da parte autora no mercado de trabalho nessas condições, razão pela qual se firma o entendimento pela
existência de incapacidade laborativa total, definitiva e omniprofissional.
6. Assim, confirma-se a sentença de Primeiro Grau, mantendo-se a concessão da aposentadoria por
invalidez desde o dia subsequente à data da cessação indevida do benefício (21/01/2008). O pedido de
fixação de data da cessação do benefício (DCB) de auxílio doença restou prejudicado, face ao
reconhecimento do direito à aposentadoria por invalidez, nos termos da fundamentação supra.
7. No tocante aos juros de mora e correção monetária, o Supremo Tribunal Federal, no julgamento do RE
870947, submetido ao regime de repercussão geral, assentou as seguintes teses:
1) O art. 1º-F da Lei nº 9.494/97, com a redação dada pela Lei nº 11.960/09, na parte em que disciplina os
juros moratórios aplicáveis a condenações da Fazenda Pública, é inconstitucional ao incidir sobre débitos
oriundos de relação jurídico-tributária, aos quais devem ser aplicados os mesmos juros de mora pelos
quais a Fazenda Pública remunera seu crédito tributário, em respeito ao princípio constitucional da
isonomia (CRFB, art. 5º, caput); quanto às condenações oriundas de relação jurídica não-tributária, a
fixação dos juros moratórios segundo o índice de remuneração da caderneta de poupança é
constitucional, permanecendo hígido, nesta extensão, o disposto no art. 1º-F da Lei nº 9.494/97 com a
redação dada pela Lei nº 11.960/09; e
770
2) O art. 1º-F da Lei nº 9.494/97, com a redação dada pela Lei nº 11.960/09, na parte em que disciplina a
atualização monetária das condenações impostas à Fazenda Pública segundo a remuneração oficial da
caderneta de poupança, PODER JUDICIÁRIO SEÇÃO JUDICIÁRIA DO DISTRITO FEDERAL
E1B4587410243C2D972A03BDDE38256D TRF 1 REGIÃO/IMP.15-01-04-SJ
3
revela-se inconstitucional ao impor restrição desproporcional ao direito de propriedade (CRFB, art. 5º,
XXII), uma vez que não se qualifica como medida adequada a capturar a variação de preços da
economia, sendo inidônea a promover os fins a que se destina.
7.1. No caso sob exame, aplica-se o julgado oriundo do Superior Tribunal de Justiça, ao examinar, em
remuneração oficial da caderneta de poupança (art. 1º-F da Lei 9.494/97, com redação dada pela Lei n.
11.960/2009).
3.3 Condenações judiciais de natureza tributária.
A correção monetária e a taxa de juros de mora incidentes na repetição de indébitos tributários devem
corresponder às utilizadas na cobrança de tributo pago em atraso. Não havendo disposição legal
específica, os juros de mora são calculados à taxa de 1% ao mês (art. 161, § 1º, do CTN). Observada a
regra isonômica e havendo previsão na legislação da entidade tributante, é legítima a utilização da taxa
Selic, sendo vedada sua cumulação com quaisquer outros índices.
4. Preservação da coisa julgada.
Não obstante os índices estabelecidos para atualização monetária e compensação da mora, de acordo
7.4. Consigne-se que o entendimento ora adotado não altera, todavia, aquele firmado pelo STF, em
repercussão geral, na qual ficou sedimentado que a TR não é adequada para recompor a perda do poder
de compra.
7.5. Registre-se, por oportuno, que o acórdão referente ao RE 870.947 já foi efetivamente publicado no
DJe de 17/11/2017, tornado público em 20/11/2017. Demais disso, a decisão proferida pelo STF possui
efeito vinculante desde a data de publicação da ata de julgamento e não da publicação do acórdão (STF,
Rcl 3.632 AgR/AM, Rel. p/ acórdão Min. Eros Grau DJU de 18.8.2006).
7.6. Há que se registrar que não prejudica a conclusão deste julgamento, quanto aos consectários legais,
a pendência de embargos declaratórios, no RE 870.947, nem mesmo se a tais embargos,
excepcionalmente, foi deferido algum efeito suspensivo, pois aqui ainda se está na fase de conhecimento
da causa, longe do início da eventual fase de cumprimento do julgado, quanto aos valores pretéritos a
serem pagos, se for o caso.
7.7. Vale consignar, ainda, que o STJ decidiu recentemente que “(...) mostra-se descabida a modulação
em relação aos casos em que não ocorreu expedição ou pagamento de precatório” (REsp 1495146/MG,
Rel. Ministro Mauro Campbell Marques, Primeira Seção, julgado em 22/02/2018, DJe 02/03/2018).
7.8. Em relação aos juros de mora, devem incidir, desde a citação válida, nos termos do Manual de
Cálculos da Justiça Federal, atualizado de acordo com a Lei nº 11.960/09, declarada constitucional pelo
Supremo Tribunal Federal nesse ponto. Todavia, observa-se que a sentença determinou simplesmente a
incidência de juros de mora de 0,5% ao mês, sem fazer qualquer referência à aplicação da Lei nº
11.960/09. Ocorre que a aplicação da Lei em comento implica na incidência do percentual de 0,5% ao
mês no período de julho/2009 a abril/2012. A partir de maio/2012, no entanto, aplica-se o mesmo
percentual de juros incidentes sobre a caderneta de poupança, capitalizados de forma simples,
correspondentes a: a) 0,5% ao mês, caso a taxa SELIC ao ano seja superior a 8,5%; b) 70% da taxa
SELIC ao ano, mensalizada, nos demais casos. Logo, no que tange aos juros de mora, em face das
variações de índices ao longo do tempo estabelecidas pela Lei nº 9.494/97, com a redação dada pela Lei
nº 11.960/2009, faz-se imprescindível a expressa determinação de aplicação do Manual de Cálculos da
Justiça Federal e, consequentemente, da Lei nº 11.960/2009.
7.9. Em relação ao pedido do Recorrente de que seja aplicado o índice do IPCA-E para atualização da
RPV/Precatório, constata-se que não merece acolhimento. É que a hipótese dos autos é de atualização
do valor da condenação da Fazenda Pública e não de atualização da RPV/Precatório após a sua
expedição. Logo, não é possível estender os efeitos que emergem da decisão do Supremo Tribunal
Federal nas ADIs 4.357/DF e 4.425/DF ao caso em tela, conforme pretende o Embargante.
8. Em face da prova inequívoca dos fatos e do convencimento quanto à verossimilhança da alegação e,
ainda, diante do caráter alimentar da prestação em comento (fundado receio de dano irreparável),
consideram-se preenchidos os requisitos do art. 273 do Código de Processo Civil, razão pela qual se
772
mantém a antecipação dos efeitos da tutela, concedida na primeira instância. Eventual possibilidade de
irreversibilidade do provimento é afastada em razão da necessidade de proteção ao direito subjacente à
pretensão deduzida, qual seja, direito à saúde e à própria subsistência, corolários do direito à vida e da
dignidade humana, os quais, em um juízo de proporcionalidade dos valores envolvidos, sobressaem em
relação aos princípios que resguardam a Administração Pública.
9. Ante o exposto, conhece-se do recurso inominado interposto pelo INSS, para lhe dar parcial
provimento, determinando-se, no que tange aos juros de mora, a aplicação do Manual de Cálculos da
Justiça Federal, atualizado de acordo com a Lei nº 11.960/09, declarada constitucional pelo Supremo
Tribunal Federal nesse ponto. Quanto à correção monetária, de ofício, em face do julgamento do REsp n.
1.495.146 - MG, em sede de recurso repetitivo, determina-se a incidência do INPC, PODER JUDICIÁRIO
no que se refere ao período posterior à vigência da Lei nº 11.430/2006, que incluiu o art. 41-A na Lei
8.213/91. Não obstante, ressalva-se a aplicação, na fase de execução do presente julgado, do índice de
correção monetária a ser definido pelo Supremo Tribunal Federal ao concluir o exame do ED no RE
870947.
10. Incabível a condenação do INSS em honorários advocatícios (interpretação do art. 55 da Lei n.
9.099/95).
11. Sem custas processuais.
12. Acórdão lavrado nos moldes do artigo 46 da Lei nº 9.099/95.
ACÓRDÃO
Decide a Primeira Turma Recursal, à unanimidade, conhecer do recurso inominado interposto pelo INSS,
para lhe dar parcial provimento, determinando no que tange aos juros de mora, a aplicação do Manual de
Cálculos da Justiça Federal, atualizado de acordo com a Lei nº 11.960/09. Quanto à correção monetária,
de ofício, em face do julgamento do REsp n. 1.495.146 - MG, em sede de recurso repetitivo, determina a
incidência do INPC, no que se refere ao período posterior à vigência da Lei nº 11.430/2006, que incluiu o
art. 41-A na Lei 8.213/91. Não obstante, ressalva a aplicação, na fase de execução do presente julgado,
do índice de correção monetária a ser definido pelo Supremo Tribunal Federal ao concluir o exame do ED
no RE 870947.
1ª Turma Recursal, Juizado Especial Federal/SJDF - 16/05/2019.
JUIZ RUI COSTA GONÇALVES
Relator
PROCESSO N. 0068158-68.2016.4.01.3400
RECORRENTE: MAURICIO VIEIRA DE ALMEIDA
ADVOGADO : DF00039169 - GLERYSSON MOURA DAS CHAGAS
RECORRIDO: INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
ADVOGADO: - RODRIGO ALLAN COUTINHO GONÇALVES
RELATOR: RUI COSTA GONÇALVES
EMENTA
PREVIDENCIÁRIO. PEDIDO VISANDO CONVERSÃO DE AUXÍLIO DOENÇA EM APOSENTADORIA
POR INVALIDEZ. AGRAVAMENTO DO QUADRO INCAPACITANTE, TIDO COMO PARCIAL E
TEMPORÁRIO, RESULTANTE DE PATOLOGIA CONGÊNITA. POSSIBILIDADE DE REABILITAÇÃO
PROFISSIONAL. AUXÍLIO DOENÇA DEVIDO. DIREITO À CONVERSÃO EM APOSENTADORIA POR
INVALIDEZ NÃO CARACTERIZADO. RECURSO DO AUTOR IMPROVIDO. SENTENÇA MANTIDA.
1. Trata-se de recurso inominado interposto pela parte autora contra sentença que, em sede de embargos
declaratórios opostos contra decisão extintiva por ausência de interesse de agir, o Juízo de Primeiro Grau
deu como improcedente o pedido de conversão do Auxílio Doença, já implantado, em Aposentadoria por
Invalidez.
2. A parte autora em seu recurso arguiu, em síntese, que: a) o benefício de Auxílio Doença continua
sendo cessado indevidamente desde a data do requerimento administrativo (16/11/2016); b) não está
apta a realização de qualquer profissão em razão da gravidade de seu estado clínico; c) está incapacitado
para o trabalho desde o ano de 2013; d) o juízo de Primeiro Grau firmou o entendimento exclusivamente
no laudo médico pericial; e) seja concedido o direito à aposentadoria por invalidez.
3. A concessão do Auxílio Doença pressupõe: a) condição de segurado; b) cumprimento da carência
exigida no art. 25, I, da Lei 8.213/1991 (Lei de Benefícios da Previdência Social – LB), dispensada nas
hipóteses do art. 26, II, da citada Lei; e c) incapacidade temporária para o trabalho (art. 59 da LB). Já a
Aposentadoria por Invalidez demanda, além da condição de segurado e do cumprimento da carência, nos
moldes do Auxílio Doença, a demonstração de incapacidade total e permanente para o trabalho.
773
4. Na sentença recorrida, o pedido de conversão foi dado como improcedente considerando que "o perito
concluiu pela existência de incapacidade laborativa parcial e permanente por 12 meses, em razão da pare
autora ser portador de 'outras deformidades congênitas do quadril (CID 10 : Q 65.8)'", razão pela qual
"não faz jus ao benefício de aposentadoria por invalides, em razão da incapacidade ser parcial, portanto,
passível de reabilitação" profissional.
5. De fato, a perícia médica, realizada por Médico especializado em Ortopedia e Traumatologia, na data
de 15/03/2017, constatou que a parte autora possui luxação congênita do quadril bilateral (CID 10:Q65.1).
Segundo o laudo, para a profissão da parte autora (motorista de transporte coletivo), esta patologia
ocasiona incapacidade de forma parcial, permanente e multiprofissional, acrescentando o Perito que o
tratamento cirúrgico com acompanhamento PODER JUDICIÁRIO SEÇÃO JUDICIÁRIA DO DISTRITO
ortopédico especializado, fisioterapia e uso de medicações, durante 6 meses, é preconizado para o caso,
sugerindo, por fim, por fim, o afastamento da parte autora pelo período de 12 meses.
7. Assim, a tese reiterada na peça recursal, no sentido de que a deformidade parcial identificada, também,
pelo Perito Judicial, não favorece à pretensão autoral, na medida em que, tratando-se de quadro
decorrente de patologia identificada como congênita, há de se concluir inevitavelmente que o seu
ingresso no Regime Geral de Previdência já se deu com essa limitação profissional, sendo-lhe,
entretanto, devido o Auxílio Doença em decorrência do agravamento com o passar dos anos de labor da
limitação decorrente, porém passível de ser contornada mediante submissão a processo de reabilitação
profissional, como destacado na sentença recorrida.
8. Em face do exposto, conheço do recurso inominado interposto pela parte autora, mas para negar
provimento.
9. Honorários advocatícios, fixados em 10% (dez por cento) do valor da causa devidamente corrigido,
bem como custas processuais pela parte recorrente, ficando a condenação suspensa enquanto perdurar
o estado de carência que justificou a concessão da justiça gratuita, prescrevendo a dívida cinco anos
após a sentença final, nos termos do art. 12 da Lei 1.060/50.
10. Acórdão lavrado nos moldes do artigo 46 da Lei nº 9.099/95.
ACÓRDÃO
DECIDE a Primeira Turma Recursal, à unanimidade, conhecer do recurso inominado interposto pela parte
autora, mas para lhe negar provimento, nos termos do voto do Juiz Federal Relator.
1ª Turma Recursal, Juizado Especial Federal/SJDF - 16/05/2019.
JUIZ RUI COSTA GONÇALVES
Relator
PROCESSO N. 0060263-56.2016.4.01.3400
RECORRENTE: EVA DE JESUS DOS SANTOS
ADVOGADO : - DEFENSORIA PUBLICA DA UNIAO
RECORRIDO: INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
ADVOGADO: - RODRIGO ALLAN COUTINHO GONÇALVES
RELATOR: RUI COSTA GONÇALVES
EMENTA
PREVIDENCIÁRIO. AUXÍLIO DOENÇA. APOSENTADORIA POR INVALIDEZ. AFASTADA A ALEGAÇÃO
DE NULIDADE DA SENTENÇA. ANÁLISE DA DOCUMENTAÇÃO MÉDICA ACOSTADA AOS AUTOS.
ACOLHIMENTO DO LAUDO MÉDICO PERICIAL JUDICIAL. RECONHECIDA A INEXISTÊNCIA DE
INCAPACIDADE LABORATIVA. RECURSO DO AUTOR IMPROVIDO. SENTENÇA MANTIDA.
1. Trata-se de recurso inominado interposto pela parte autora contra sentença que julgou improcedente o
pedido inicial, negando o direito ao benefício de aposentadoria por invalidez ou subsidiariamente de
auxílio doença, em razão da existência de capacidade laborativa.
2. A parte autora em seu recurso arguiu, em síntese, que: a) a sentença é nula por ausência da análise
dos fatores biossociais e de fundamentação adequada; b) a sentença se limitou às conclusões do laudo
médico pericial; c) os relatórios acostados aos autos comprovam a incapacidade laborativa; d) a perícia
médica se opõe às provas juntadas aos autos; e) a profissão de empregada doméstica exige esforço
físico, o que é incompatível com a condição física da recorrente; f) seria necessária a observância de
laudo recente, o qual declara a incapacidade laboral da parte autora; g) a perícia não teria analisado as
condições biossociais da recorrente. Requereu, ao final, seja deferido o benefício de auxílio-doença ou
aposentadoria por invalidez desde 29/06/2016 e, subsidiariamente, seja reconhecida a nulidade da
sentença e designada nova perícia médica com profissional diverso daquele que realizou a perícia nos
autos.
774
judicial, quando inexistem, nos autos, como no presente caso, outros elementos de prova que possam
permitir ao magistrado a formação de um juízo de valor crítico, para, convictamente, reconhecer ou não o
direito pleiteado.
12. Vale ressaltar que a parte autora não demonstrou que estivesse realizando qualquer PODER
JUDICIÁRIO SEÇÃO JUDICIÁRIA DO DISTRITO FEDERAL
0EE76AAD8FB39C0BA731D14E94A4DD10 TRF 1 REGIÃO/IMP.15-01-04-SJ
3
tratamento fisioterápico por ocasião da cessação do benefício (DCB: 29/06/2016), o que ratifica a
conclusão do perito judicial de que há ausência de incapacidade laborativa.
PROCESSO N. 0012647-85.2016.4.01.3400
RECORRENTE: ADONIZETE DE OLIVEIRA MATOS
ADVOGADO : DF00018904 - SAMUEL BARBOSA DOS SANTOS E OUTRO(S)
RECORRIDO: INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
ADVOGADO: - RODRIGO ALLAN COUTINHO GONÇALVES
RELATOR: RUI COSTA GONÇALVES
EMENTA
PREVIDENCIÁRIO. AUXÍLIO DOENÇA. APOSENTADORIA POR INVALIDEZ. AFASTADA A
NECESSIDADE DE NOVOS ESCLARECIMENTOS DO PERITO. RECONHECIDA A EXISTÊNCIA DE
CAPACIDADE LABORATIVA. RECURSO DA PARTE AUTORA IMPROVIDO. SENTENÇA MANTIDA.
1. Trata-se de recurso inominado interposto pela parte autora contra sentença que julgou improcedente o
pedido inicial, negando o direito ao benefício de auxílio doença e sua conversão em aposentadoria por
invalidez, em razão da existência de capacidade laborativa.
2. A parte autora arguiu em seu recurso, em síntese, que: a) a sentença é nula por cerceamento de
defesa e ofensa ao princípio do devido processo legal; b) os relatórios médicos demonstram sua
incapacidade total e permanente para exercer as atividades laborativas; c) sua doença é degenerativa, de
modo que não será possível sua reabilitação; d) seja determinada a remessa dos autos ao juízo de
Primeiro Grau para que intime o perito a prestar esclarecimentos complementares do médico judicial; e)
seja reformada a sentença para conceder o benefício de auxílio doença e sua conversão em
aposentadoria por invalidez desde a data do requerimento administrativo (28/07/2015).
3. A concessão do auxílio doença pressupõe: a) condição de segurado; b) cumprimento da carência
exigida no art. 25, I, da Lei 8.213/91 (Lei de Benefícios da Previdência Social – LB), dispensada nas
hipóteses do art. 26, II, da citada Lei; e c) incapacidade temporária para o trabalho (art. 59 da LB). Já a
aposentadoria por invalidez demanda, além da condição de segurado e do cumprimento da carência, nos
moldes do auxílio-doença, a demonstração de incapacidade total e permanente para o trabalho.
4. No presente caso, o laudo médico, datado de 18/05/2016, elaborado por médico especializado em
Ortopedia e Traumatologia, atestou que a parte autora possui transtorno degenativo lombar e condropatia
patelar no joelho esquerdo (CID10: M51.3/M25.5). A parte autora tem 53 anos, é trabalhador autônomo e
possui o ensino fundamental completo. O perito não fixou data do início da doença. Assim, concluiu pela
existência de capacidade laborativa. O perito esclareceu ainda que "o transtorno degenerativo lombar é
comum a maioria das pessoas na sexta década da vida, sendo a maioria assintomática ou com sintomas
brandos, não relacionados a conflito neural e com boa resposta ao tratamento clínico."
776
5. A parte autora acostou à petição inicial relatório médico, datado de 27/01/2015, emitido pela Rede
Pública de Saúde, indicando incapacidade laborativa; relatório médico, datado de 11/06/2015, emitido
também pela Rede Pública de Saúde, constando impossibilidade, por tempo indeterminado, de exercer
atividades laborais que exijam carga ou esforço físico; e, relatório médico, datado de 12/02/2016, emitido
pelo Centro Ortopédico de Taguatinga, informando que a parte autora realizou tratamento fisioterapêutico,
que não obteve melhora e que necessita permanecer afastada para tratamento.
6. De início, não merece prosperar a pretensão da parte autora quanto à alegação de PODER
JUDICIÁRIO SEÇÃO JUDICIÁRIA DO DISTRITO FEDERAL
8E73CA081A3605B07B71078515DC41D1 TRF 1 REGIÃO/IMP.15-01-04-SJ
2
PROCESSO N. 0014491-70.2016.4.01.3400
RECORRENTE: REGINA HELENA FERREIRA DE FIGUEIREDO
ADVOGADO : DF00016858 - NILTON LAFUENTE E OUTRO(S)
RECORRIDO: INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
ADVOGADO: - RODRIGO ALLAN COUTINHO GONÇALVES
RELATOR: RUI COSTA GONÇALVES
EMENTA
PREVIDENCIÁRIO. AUXÍLIO DOENÇA. APOSENTADORIA POR INVALIDEZ. AUSÊNCIA DE
INCAPACIDADE LABORAL. RECURSO DA PARTE AUTORA IMPROVIDO. SENTENÇA MANTIDA.
777
1. Trata-se de recurso inominado interposto pela parte autora contra sentença que julgou improcedente os
pedidos iniciais, negando o direito ao auxílio doença e sua conversão em aposentadoria por invalidez, em
razão da existência de capacidade laborativa.
2. A parte autora em seu recurso arguiu, em síntese, que: a) é portadora de episódio depressivo grave
com sintomas psicóticos e cardiopatia hipertensiva com insuficiência cardíaca, o qual a impossibilita, em
caráter definitivo, de exercer quaisquer atividades laborativas. b) faz jus ao benefício do auxílio doença e
a sua conversão em aposentadoria por invalidez, uma vez que preenche os requisitos legais; c) a
documentação acostada aos autos prova a sua incapacidade laboral; d) o laudo judicial não possui
caráter vinculante; e) a incapacidade deve ser avaliada sob o ponto de vista médico e social.
3. A concessão do auxílio-doença pressupõe: a) condição de segurado; b) cumprimento da carência
6. No caso em tela, da análise do contexto probatório, constato não ser possível a concessão seja do
benefício de auxílio doença, seja de aposentadoria por invalidez, haja vista a ausência de incapacidade
laboral. Isso porque o laudo pericial é satisfatório e conclusivo no sentido de a parte autora estar
capacitada para o trabalho. E, não me limito a analisar tão somente o laudo médico judicial, mas também
o conjunto probatório acostado pela parte autora, o qual não foi convincente em atestar sua inaptidão. Da
documentação trazida pela recorrente, é possível considerar apenas um relatório, de 27/10/2016, pois os
demais apresentados não são contemporâneos. No entanto, em que pese constar no relatório menção à
incapacidade por tempo indeterminado, concluo tratar-se de prova isolada nos autos com pouca
credibilidade, ante a ausência de outros laudos e atestados médicos nesse sentido. Dessa forma, em que
pese a doença atestada pelo perito judicial, o fato é que ela não é suficiente para causar a incapacidade
da parte autora para o exercício das atividades laborais habituais.
7. Ressalte-se que nos termos da jurisprudência dominante, costuma-se analisar as condições
biossociais, quando constatada a existência de incapacidade laboral parcial e definitiva, a fim de se
averiguar a possibilidade de conversão do benefício de Auxílio Doença em Aposentadoria por Invalidez, o
que não é o caso dos presentes autos, uma vez que não foi constatada qualquer incapacidade laboral.
8. Em face do exposto, conheço do recurso inominado interposto pela parte autora, mas para negar
provimento, mantendo a sentença de Primeiro Grau, nos termos do artigo 487, I, do NCPC.
9. Honorários advocatícios pela Recorrente vencida, fixados em 10% (dez por cento) do valor da causa
devidamente corrigido, ficando a condenação suspensa enquanto perdurar o estado de carência que
justificou a concessão da justiça gratuita, prescrevendo a dívida cinco anos após a sentença final, nos
termos do art. 12 da Lei 1.060/50.
10. Sem custas processuais.
11. Acórdão lavrado nos moldes do artigo 46 da Lei nº 9.099/95.
ACÓRDÃO
Decide a Primeira Turma Recursal, à unanimidade, conhecer do recurso inominado interposto pela parte
autora, mas para lhe negar provimento, nos termos do artigo 487, I, do NCPC.
1ª Turma Recursal, Juizado Especial Federal/SJDF - 16/05/2019.
JUIZ RUI COSTA GONÇALVES
Relator
PROCESSO N. 0020563-73.2016.4.01.3400
RECORRENTE: INSTITUTO FEDERAL DE EDUCACAO, CIENCIA E TECNOLOGIA DE BRASILIA
778
Art. 7º A remuneração do pessoal contratado nos termos desta Lei será fixada:
I - nos casos dos incisos IV, X e XI do caput do art. 2o, em importância não superior ao valor da
remuneração fixada para os servidores de final de Carreira das mesmas categorias, nos planos de
retribuição ou nos quadros de cargos e salários do órgão ou entidade contratante; (Redação dada pela
medida Provisória nº 632, de 2013)
(...)
4. De seu turno, a Lei 12.772/2012 dispõe:
Art. 16. A estrutura remuneratória do Plano de Carreiras e Cargos de Magistério Federal possui a
seguinte composição:
I - Vencimento Básico, conforme valores e vigências estabelecidos no Anexo III, para cada Carreira,
cargo, classe e nível; e
II - Retribuição por Titulação - RT, conforme disposto no art. 17.
Parágrafo único. Fica divulgada, na forma do Anexo III-A, a variação dos padrões de remuneração,
estabelecidos em lei, dos cargos do Plano de Carreiras e Cargos de Magistério Federal. (Incluído pela Lei
nº 13.325, de 2016).
5. O cotejo entre as normas citadas e o edital do concurso público denota o direito da autora ao
recebimento da RT, pois nela está disposto que a a retribuição do contratado seria equivalente à
remuneração de professor Classe D, Nível 101, em regime de 40 horas semanais. (Edital,Cláusula Quarta
– Da Retribuição ao (a) Contratado (a)).
6. Correta, portanto, a exegese contida na sentença, nos seguintes termos, que ora adoto:
"Assim, ainda que o edital do concurso tenha exigido do profissional apenas a graduação, faz jus a autora
à retribuição de titulação, uma vez que o edital do certame estabeleceu que a retribuição do contratado
corresponderia à remuneração de professor Classe D, Nível 01, em regime de trabalho de 40 horas.
Ademais, a Lei nº 12.772/2012 estabelece que a remuneração da carreira do magistério federal engloba o
vencimento básico e a retribuição de titulação.
Ademais, a autora demonstrou que possui título de doutor (fl. 28 da documentação inicial).”
7. Sentença mantida. Recurso improvido.
779
8. Honorários advocatícios devidos pela parte recorrente, fixados em 10% (dez por cento) do valor da
condenação, nos termos do artigo 55 da Lei nº 9.099/95.
9. Acórdão lavrado nos termos do artigo 46 da Lei 9.099/95.
ACÓRDÃO
Decide a Primeira Turma Recursal, à unanimidade, negar provimento ao recurso.
1ª Turma Recursal, Juizado Especial Federal/SJDF. Brasília-DF, 16/05/2019.
JUIZ RUI COSTA GONÇALVES
Relator
PROCESSO N. 0024980-69.2016.4.01.3400
RECORRENTE: INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
ADVOGADO : - ANA LUISA VIEIRA DA COSTA CAVALCANTI DA ROCHA
RECORRIDO: ADAO BARBOSA SILVA
ADVOGADO: SC00023056 - ANDERSON MACOHIN
RELATOR: RUI COSTA GONÇALVES
EMENTA
PREVIDENCIÁRIO. AUXÍLIO DOENÇA. APOSENTADORIA POR INVALIDEZ. RECONHECIDO O
DIREITO À CONCESSÃO DE APOSENTADORIA POR INVALIDEZ. RECURSO DO INSS IMPROVIDO.
SENTENÇA MANTIDA.
1. Trata-se de recurso inominado interposto pela parte ré contra sentença que julgou procedente o pedido
inicial, condenando o INSS no cumprimento da obrigação de fazer consistente na concessão do benefício
de aposentadoria por invalidez, com DIP a partir da prolação da sentença (24/11/2017) e no pagamento
dos valores retroativos desde a data da cessação do benefício anterior (DCB/DIB 19/05/2015).
2. A parte ré em seu recurso arguiu, em síntese, que: a) a parte autora não tem direito a concessão do
benefício da aposentadoria por invalidez em razão da natureza temporária de sua incapacidade,
ressaltando, inclusive, que o laudo teria estimado um prazo de 9 meses para a sua recuperação; b) seria
indevida a concessão do benefício sem ao menos tentar submeter a parte autora ao processo de
reabilitação profissional; c) as condições pessoais, sociais e econômicas não são pressupostos para a
concessão de benefício por incapacidade; d) somente haverá uma nova perícia administrativa caso haja
requerimento do segurado antes da cessação do benefício. Não havendo requerimento, haverá a
cessação automática do benefício, independentemente de nova perícia. Ao final, requer seja concedido o
benefício de auxílio doença, fixando-se a DCB em 09 meses a contar da perícia médica.
3. A concessão do auxílio doença pressupõe: a) condição de segurado; b) cumprimento da carência
exigida no art. 25, I, da Lei 8.213/91 (Lei de Benefícios da Previdência Social – LB), dispensada nas
hipóteses do art. 26, II, da citada Lei; e c) incapacidade temporária para o trabalho (art. 59 da LB). Já a
aposentadoria por invalidez demanda, além da condição de segurado e do cumprimento da carência, nos
moldes do auxílio doença, a demonstração de incapacidade total e permanente para o trabalho.
4. No caso vertente, a perícia médica, realizada por médico especializado em Ortopedia e Traumatologia,
Perícia Médica, Medicina Física (Fisiatra) e Reabilitação, na data de 22/06/2016, constatou que a parte
autora possui Dor lombar baixa, cervicalgia, hipertensão essencial (primária) (CID: M54.5, M54.2, I10),
HAS, labirintose e omnicomicose. Segundo o perito, estas patologias ocasionam incapacidade
temporária, parcial e multiprofissional. A parte autora possui 64 anos, primeiro grau completo e sua última
função foi de pedreiro. Por fim, o perito fixou o prazo de 09 meses para a concessão do benefício.
5. Da análise do contexto probatório, não assiste razão ao INSS. Isso porque, embora o laudo pericial
tenha reconhecido a incapacidade como sendo PODER JUDICIÁRIO SEÇÃO JUDICIÁRIA DO DISTRITO
FEDERAL
17792FAC02E6E9B3724BEAB0D89FAC9A TRF 1 REGIÃO/IMP.15-01-04-SJ
2
temporária, o que num primeiro momento ensejaria na concessão do benefício de Auxílio Doença, reputa-
se que, no caso em tela, há incapacidade total, definitiva e omniprofissional. Observe-se que a parte
autora esteve no gozo de Auxílio Doença nos períodos de 27/11/2011 a 18/01/2012 e, ainda, de
25/03/2013 a 03/06/2013 e, por fim, de 04/07/2013 a 19/05/2015. No entanto, conforme laudo pericial
judicial, a incapacidade laboral permanece. Dessa forma, considerando-se o longo período de gozo de
Auxílio Doença e, ainda, a permanência da incapacidade laboral, conclui-se que a incapacidade que era
temporária convolou-se em total, definitiva e omniprofissional. Ademais, consigne-se que a parte autora
possui apenas o Ensino Fundamental completo, idade já avançada (66 anos) e que exerceu por mais de
30 anos a função de pedreiro, sendo esta, inclusive, sua última função. Tais fatores sociais, associados à
natureza das enfermidades de que a parte autora é portadora, levam à conclusão de que é inviável a sua
reinserção no mercado de trabalho nessas condições. Logo, perfeitamente cabível a concessão do
benefício de Aposentadoria por Invalidez.
780
6. Ressalte-se que a parte autora juntou farta documentação médica comprovando a incapacidade laboral
ora reconhecida.
7. Quanto à análise do pedido de fixação da DCB em 09 meses após a data da perícia médica, resta
prejudicado em razão da concessão do benefício da Aposentadoria por Invalidez.
8. Em face do exposto, conhece-se do recurso inominado interposto pelo parte INSS, mas para lhe negar
provimento, mantendo-se a sentença de Primeiro Grau em sua íntegra.
9. Honorários advocatícios pelo recorrente vencido, fixados em 10% (dez por cento) do valor da
condenação, excluídas as parcelas vencidas após a prolação da sentença (Súmula nº 111/STJ).
10. Sem custas processuais.
11. Acórdão lavrado nos moldes do artigo 46 da Lei nº 9.099/95.
PROCESSO N. 0016257-27.2017.4.01.3400
RECORRENTE: ANA BEATRIZ DOS SANTOS E OUTRO(S)
ADVOGADO : DF00022256 - RUDI MEIRA CASSEL
RECORRIDO: UNIAO FEDERAL
ADVOGADO: - SAMUEL LAGES NEVES LOPES
RELATOR: RUI COSTA GONÇALVES
EMENTA
ADMINISTRATIVO. SERVIDOR PÚBLICO. INTEGRALIDADE E PARIDADE./INTEGRALIDADE.
EC41/2003. AUSÊNCIA DE DIREITO À PARIDADE. RECURSO IMPROVIDO. SENTENÇA MANTIDA.
1. Trata-se de recurso interposto pela parte Autora em face de sentença no bojo da qual foi julgado
improcedente o pedido para “declarar o direito dos autores ao enquadramento previdenciário conforme as
regras de aposentadoria vigentes no período anterior à publicação da Emenda Constitucional 41, de
2003, em vista da legítima expectativa gerada pela Administração Pública, no momento da publicação do
edital do concurso público, reconhecendo-lhe do direito à paridade e integralidade de proventos, com
fundamento no artigo 6º da referida Emenda”.
2. Quanto ao mérito, escorreita a sentença, em toda a sua fundamentação, ao pontuar que:
O conceito de “paridade” se refere à vinculação do salário-de-benefício da aposentadoria ou pensão por
morte com a remuneração dos respectivos servidores ativos, como previsto na redação revogada do art.
40, § 8º, da CF, e atualmente constante na regra de transição dos arts. 3º, 6º, 6º-A e 7º da EC 41/03 e
arts. 2º e 3º da EC 47/05, exclusivamente para os servidores que já estavam aposentados e aos
beneficiários que percebiam pensão por morte em 31/12/2003, bem como aos servidores que
ingressaram no serviço público até determinada data e, adicionalmente, ainda satisfaçam alguns
requisitos. Aqui sempre que se modificar a remuneração dos servidores em atividade, as aposentadorias
e pensões serão revistas na mesma proporção e na mesma data.
Por outro lado o conceito de “integralidade” se refere à existência de algum limitador para o salário-de-
benefício, o qual em regra será calculado de acordo com o art. 1º e §§ da Lei 10.887/04, através da média
aritmética simples das maiores remunerações, utilizadas como base para as contribuições do servidor aos
regimes de previdência a que esteve vinculado, correspondentes a 80% de todo o período contributivo.
Como exemplo de limitadores que retiram a integralidade citamos os §§ 13 e 14 do art. 40 da CF para
aposentadorias e pensões que serão limitados ao valor máximo do teto do regime próprio de previdência
social - RGPS sempre que exista regime de previdência complementar público para os respectivos
servidores titulares de cargo efetivo, bem como o art. 40, § 7º, II, da CF que estabelece um limitador de
70% para os valores da pensão por morte que excederem ao teto do RGPS.
Observando-se a regra de transição do art. 6º da EC 41/03 percebe-se PODER JUDICIÁRIO SEÇÃO
JUDICIÁRIA DO DISTRITO FEDERAL
AFBCAC4D91012E22BAE675B50DE7D320 TRF 1 REGIÃO/IMP.15-01-04-SJ
2
que a data limite para fins de paridade apenas abarca aqueles que tenham ingressado no serviço público
até 31/12/2003, data de publicação da referida emenda constitucional.
Então o marco temporal de aplicação compulsória da Lei 10.887/04 aos novos ingressantes no serviço
público se dá a partir de 01/01/2004.
A vexata quaestio da lide é definir o que é ingresso no serviço público, se o instituto da posse ou da
aprovação em concurso público.
781
Tenho para mim que a posse – e não a aprovação em concurso público – é o que determina o ingresso
no serviço público, já que a teor do art. 7º da Lei 8.112/90 acarreta a investidura no cargo publico. E pelo
art. 13, caput, da mesma lei, a posse se perfaz com a só assinatura do respectivo termo.
A aprovação em concurso público gera apenas expectativa de direito. Eventual direito subjetivo apenas
surgirá ao fim do prazo de validade, a depender da classificação do candidato. De todo modo, enquanto o
concurso estiver no prazo de validade a administração tem a discricionariedade de chamar o candidato
quando bem entender, conforme repercussão geral julgada pelo STF.
Numa interpretação sistemática, fica notório que o ingresso no serviço público se dá com a posse.
No caso dos autos, os autores, conforme declarações entraram em exercício na instituição em 2005.
Portanto, não tem o autor direito à paridade com vinculação do salário-de-benefício da aposentadoria ou
PROCESSO N. 0049447-78.2017.4.01.3400
RECORRENTE: INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS - INSTITUTO NACIONAL DE
SEGURO SOCIAL-INSS
ADVOGADO : - RENATA MARIA DE BRITO AZEVEDODF00044469 - MAYRA COSMO DA SILVA E
OUTRO(S)
RECORRIDO: VALDIR DE OLIVEIRA SANTOS - INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
ADVOGADO: DF00044469 - MAYRA COSMO DA SILVA E OUTRO(S) - RENATA MARIA DE BRITO
AZEVEDO
RELATOR: RUI COSTA GONÇALVES
EMENTA
PREVIDENCIÁRIO. AUXÍLIO DOENÇA. POSSIBILIDADE DE REABILITAÇÃO PROFISSIONAL.
INDEVIDA A CONVERSÃO IMEDIATA DE AUXÍLIO DOENÇA EM APOSENTADORIA POR INVALIDEZ.
MANUTENÇÃO DO BENEFÍCIO PREVIDENCIÁRIO TEMPORÁRIO AO TRÂNSITO EM JULGADO DA
DECISÃO JUDICIAL. MATÉRIA ESTRANHA AO DECIDIDO. RECURSO DO RÉU, NO PONTO,
INSUSCETÍVEL DE VIR A SER CONHECIDO. ALTERAÇÃO DIB. AUSÊNCIA DE COMPROVAÇÃO DE
INCAPACIDADE LABORATIVA EM DATA ANTERIOR À ESTABELECIDA NO LAUDO PERICIAL. DIB
ALTERADA NOS TERMOS INDICADOS NO LAUDO PERICIAL. VALORES RECEBIDOS A MAIS A
TÍTULO DE TUTELA ANTECIPADA, CONTEMPLANDO PERÍODO ANTERIOR À DIB FIXADA EM
SEGUNDO GRAU. IRREPETIBILIDADE EM RAZÃO DO CARÁTER ALIMENTAR E DA BOA-FÉ DA
PARTE AUTORA. RECURSO DA PARTE AUTORA CONHECIDO E IMPROVIDO. RECUSO DO RÉU
CONHECIDO EM PARTE E, NO PONTO CONHECIDO, PROVIDO. SENTENÇA PARCIALMENTE
REFORMADA.
1. Trata-se de recursos inominados interpostos por ambas as partes contra sentença que julgou
parcialmente procedente o pedido inicial, condenando o INSS no cumprimento da obrigação de fazer
consistente na implantação em favor da parte autora de Auxílio Doença (DIB 30.09.2016), bem como a
promover o pagamento das parcelas vencidas, mantendo o Benefício Previdenciário até que a parte
demandante esteja reabilitada para atividade compatível com sua limitação física de natureza
permanente, ou até que lhe seja concedida a Aposentadoria por Invalidez, em caso de impossibilidade da
reabilitação profissional.
2. A parte autora em seu recurso arguiu, em síntese, que: a) a decisão que determinou seu
encaminhamento ao processo de reabilitação é desproporcional, em razão do caráter permanente de sua
enfermidade, documentalmente comprovado; b) os relatórios médicos comprovam que está
impossibilitado e permanentemente incapaz, motivo pelo qual faz jus à Aposentadoria por Invalidez desde
à data do requerimento administrativo do primeiro benefício; c) apresenta quadro clínico grave de
lombalgia mecânica com tratamento intensivo, sem quaisquer indícios de melhora; d) o Juízo “a quo”
782
tributária, aos quais devem ser aplicados os mesmos juros de mora pelos quais a Fazenda Pública
remunera seu crédito tributário, em respeito ao princípio constitucional da isonomia (CRFB, art. 5º, caput);
quanto às condenações oriundas de relação jurídica não-tributária, a fixação dos juros moratórios
783
monetária de acordo com os índices previstos no Manual de Cálculos da Justiça Federal, com destaque
para a incidência do IPCA-E a partir de janeiro/2001; (b) no período posterior à vigência do CC/2002 e
anterior à vigência da Lei 11.960/2009: juros de mora correspondentes à taxa Selic, vedada a cumulação
com qualquer outro índice; (c) período posterior à vigência da Lei 11.960/2009: juros de mora segundo o
índice de remuneração da caderneta de poupança; correção monetária com base no IPCA-E.
3.1.1 Condenações judiciais referentes a servidores e empregados públicos.
As condenações judiciais referentes a servidores e empregados públicos, sujeitam-se aos seguintes
encargos: (a) até julho/2001: juros de mora: 1% ao mês (capitalização simples); correção monetária:
índices previstos no Manual de Cálculos da Justiça Federal, com destaque para a incidência do IPCA-E a
partir de janeiro/2001; (b) agosto/2001 a junho/2009: juros de mora: 0,5% ao mês; correção monetária:
IPCA-E; (c) a partir de julho/2009: juros de mora: remuneração oficial da caderneta de poupança;
correção monetária: IPCA-E.
3.1.2 Condenações judiciais referentes a desapropriações diretas e indiretas.
No âmbito das condenações judiciais referentes a desapropriações diretas e indiretas existem regras
específicas, no que concerne aos juros moratórios e compensatórios, razão pela qual não se justifica a
incidência do art. 1º-F da Lei 9.494/97 (com redação dada pela Lei 11.960/2009), nem para compensação
da mora nem para remuneração do capital.
3.2 Condenações judiciais de natureza previdenciária.
As condenações impostas à Fazenda Pública de natureza previdenciária sujeitam-se à incidência do
INPC, para fins de correção monetária, no que se refere ao período posterior à vigência da Lei
11.430/2006, que incluiu o art. 41-A na Lei 8.213/91. Quanto aos juros de mora, incidem segundo a
remuneração oficial da caderneta de poupança (art. 1º-F da Lei 9.494/97, com redação dada pela Lei n.
11.960/2009).
784
enquanto perdurar o estado de carência que justificou a concessão da justiça gratuita, prescrevendo a
dívida cinco anos após o trânsito em julgado da decisão que a certificou, nos termos do § 3º do art. 98 do
NCPC.
13. Acórdão lavrado nos moldes do artigo 46 da Lei nº 9.099/95.
ACÓRDÃO
Decide a Primeira Turma Recursal, à unanimidade, conhecer do recurso inominado interposto pela parte
autora, mas para lhe negar provimento, e conhecer, em parte, do recurso inominado interposto pela parte
ré para, na parte conhecida, ao mesmo dar provimento, reformando parcialmente a sentença recorrida,
nos termos do voto do Juiz Federal Relator.
1ª Turma Recursal, Juizado Especial Federal/SJDF, 16/05/2019.
JUIZ RUI COSTA GONÇALVES
Relator
PROCESSO N. 0035844-69.2016.4.01.3400
RECORRENTE: INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
ADVOGADO : - PAULO JOSAFA DE ARAUJO FILHO
RECORRIDO: ROSA DA SILVA VALE
ADVOGADO: - DEFENSORIA PUBLICA DA UNIAO
RELATOR: RUI COSTA GONÇALVES
EMENTA
PREVIDENCIÁRIO. APOSENTADORIA POR INVALIDEZ COM ADICIONAL DE 25%. RECONHECIDA A
EXISTÊNCIA DE INCAPACIDADE TOTAL, PERMANENTE E OMNIPROFISSIONAL. QUADRO
INCAPACITANTE QUE INVIABILIZA A SUBMISSÃO DA SEGURADA A PROCESSO DE REABILITAÇÃO
PROFISSIONAL. APOSENTADORIA POR INVALIDEZ DEVIDA. JUROS E CORREÇÃO MONETÁRIA.
APLICAÇÃO DOS CRITÉRIOS ESTIPULADOS NO REsp N. 1.495.146 - MG. RECURSO DO INSS
PROVIDO EM PARTE. SENTENÇA PARCIALMENTE REFORMADA.
1. Trata-se de recurso inominado interposto pela parte ré contra sentença que julgou procedentes os
pedidos iniciais, condenando-o no cumprimento da obrigação de fazer consistente na concessão da
Aposentadoria por Invalidez, mais o adicional de 25%, com antecipação da tutela de urgência, fixando a
data do início do benefício (DIB) em 25/11/2015.
2. A parte ré em seu recurso arguiu, em síntese, que: a) a parte autora não possui incapacidade para o
trabalho, conforme laudos periciais administrativos; b) não restou demonstrada necessidade da realização
da nova perícia médica; c) a patologia ortopédica é nova e diferente da qual tinha motivado a concessão
785
do benefício, razão pela qual não houve interesse de agir pela parte autora; d) requer a extinção do feito,
por ausência de interesse de agir e, subsidiariamente, a anulação da sentença com pedido de novos
esclarecimentos do médico perito; e) requer ainda, em último caso, a alteração da DIB para 17/05/2017 –
data da segunda perícia judicial; f) requer, por fim, seja aplicado o artigo 1º-F da Lei nº 9.494/97, com
redação dada pela Lei nº 11.960/09 quanto aos juros e a correção monetária.
3. A concessão do Auxílio Doença pressupõe: a) condição de segurado; b) cumprimento da carência
exigida no art. 25, I, da Lei 8.213/91 (Lei de Benefícios da Previdência Social – LB), dispensada nas
hipóteses do art. 26, II, da citada Lei; e c) incapacidade temporária para o trabalho (art. 59 da LB). Já a
Aposentadoria por Invalidez demanda, além da condição de segurado e do cumprimento da carência, nos
moldes do Auxílio Doença, a demonstração de incapacidade total e permanente para o trabalho.
seu laudo que "... Pericianda com 54 anos, referindo ter como função cozinheira, apesar de ter carteira
assinada como auxiliar de cozinha. Uma pessoa com retardo mental (CID 10: F 79) não tem condições de
realizar tarefas complexas como cozinhar, e conseguiu desempenhar essa função durante 3 anos. Ainda
assim, esse diagnóstico não foi confirmado pelo médico, estando as CIDs interrogadas no relatório
médico datado de 18/03/16, traduzindo que os mesmos ainda estavam em fase de construção
diagnóstica. A respeito das alterações ortopédicas, pericianda apresenta relatório médico, datado de
24/01/16, sem comprovação de exames de imagem ou outro tipo de exames e além disso, ao exame
físico realizado por esta Perita, não foi encontrado nenhuma incapacidade física que justificasse o
afastamento do trabalho. A pericianda encontra-se estável no momento do transtorno de humor bipolar e
não apresentou relatórios atualizados de acompanhamento médico”. A segunda perícia, ocorrida em
11/05/2017, conduzida por Médico especializado em Ortopedia e Traumatologia, concluiu que a parte
autora é portadora de Dor articular e Retardo mental leve (CID10: M25.5 e F70). Estas patologias,
segundo o laudo, ocasionam incapacidade laboral total, permanente e omniprofissional. O Perito apontou
que “trata-se de incapacidade laboral por distúrbio psiquiátrico e ortopédico. Tem alterações
comportamentais frequentes e fazendo uso de medicação prescrita pela psiquiatria, aumentas das dores
e fraquezas musculares, o que a impede de desenvolver uma atividade laboral constante”. Por fim, restou
fixada a DID em mais de 20 anos antecedentes e a DII em 7 anos passados.
5. A parte autora acostou à inicial relatórios médicos, emitidos pela Rede Pública de Saúde, que atestam
suas patologias e a realização de acompanhamento médico no ano de 2016. Por fim, juntou ainda à
manifestação do laudo pericial, relatórios datados de 2017.
6. Da análise do contexto probatório, sem razão o INSS quanto à alegação de que a parte autora está
capaz. Segundo laudo médico confeccionado por especialista em Ortopedia e Traumatologia, no curso da
instrução, o quadro incapacitante em que se encontra a parte autora é total e permanente para o trabalho
que exerce (cozinheira/auxiliar de cozinha). Ademais, sopesando-se os documentos juntados aos autos e,
por outro lado, as circunstâncias pessoais da parte autora, como idade avançada (55 anos) e baixa
escolaridade (não frequentou escola), firma-se o entendimento pela existência de incapacidade laborativa
total, definitiva e omniprofissional, visto a impossibilidade de reinserção da parte autora no mercado de
trabalho nessas condições, mormente quando se considera o diagnóstico apontando ser portadora de
debilidade mental, circunstância que, por si, recomenda seu afastamento particularmente da atividade
laboral atual, volta para a elaboração de refeições a serem servidas a terceiros indistintamente.
7. Registre-se, por oportuno, que a parte autora foi submetida à perícia administrativa em 22/03/2016, em
que a médica perita atestou que “referindo queixa de dor em região lombar. RX com redução dos discos
lombares (CRMDF 106559) RX de coluna lombosacra de 15/02/2016 com espaço discal reduzido L5S1
com leve esclerose subcondral associada, de coluna dorsal com compressão das porções anteriores dos
corpos vertebrais de T5 e T8”. Assim, caberia à Administração avaliar a presença ou não de incapacidade
laboral, ainda que decorrente de patologia não indicada pela parte autora, que não possui a educação
formal básica, no requerimento formulado na esfera antecessora à Judicial, sendo, portanto, imprópria a
tese no sentido de ausência de interesse de agir em Juízo por não reclamar dos efeitos de patologia
diversa das PODER JUDICIÁRIO SEÇÃO JUDICIÁRIA DO DISTRITO FEDERAL
489DAFEDFCC2C586CEFB94E7071599FC TRF 1 REGIÃO/IMP.15-01-04-SJ
3
9. No tocante à correção monetária e aos juros de mora, questionados pelo INSS, destaca-se que o
Supremo Tribunal Federal, no julgamento do RE 870947, submetido ao regime de repercussão geral,
assentou as seguintes teses:
1) O art. 1º-F da Lei nº 9.494/97, com a redação dada pela Lei nº 11.960/09, na parte em que disciplina os
juros moratórios aplicáveis a condenações da Fazenda Pública, é inconstitucional ao incidir sobre débitos
oriundos de relação jurídico-tributária, aos quais devem ser aplicados os mesmos juros de mora pelos
quais a Fazenda Pública remunera seu crédito tributário, em respeito ao princípio constitucional da
isonomia (CRFB, art. 5º, caput); quanto às condenações oriundas de relação jurídica não-tributária, a
fixação dos juros moratórios segundo o índice de remuneração da caderneta de poupança é
constitucional, permanecendo hígido, nesta extensão, o disposto no art. 1º-F da Lei nº 9.494/97 com a
No âmbito das condenações judiciais referentes a desapropriações diretas e indiretas existem regras
específicas, no que concerne aos juros moratórios e compensatórios, razão pela qual não se justifica a
incidência do art. 1º-F da Lei 9.494/97 (com redação dada pela Lei 11.960/2009), nem para compensação
da mora nem para remuneração do capital.
3.2 Condenações judiciais de natureza previdenciária.
As condenações impostas à Fazenda Pública de natureza previdenciária sujeitam-se à incidência do
INPC, para fins de correção monetária, no que se refere ao período posterior à vigência da Lei
11.430/2006, que incluiu o art. 41-A na Lei 8.213/91. Quanto aos juros de mora, incidem segundo a
remuneração oficial da PODER JUDICIÁRIO SEÇÃO JUDICIÁRIA DO DISTRITO FEDERAL
489DAFEDFCC2C586CEFB94E7071599FC TRF 1 REGIÃO/IMP.15-01-04-SJ
caderneta de poupança (art. 1º-F da Lei 9.494/97, com redação dada pela Lei n. 11.960/2009).
3.3 Condenações judiciais de natureza tributária.
A correção monetária e a taxa de juros de mora incidentes na repetição de indébitos tributários devem
corresponder às utilizadas na cobrança de tributo pago em atraso. Não havendo disposição legal
específica, os juros de mora são calculados à taxa de 1% ao mês (art. 161, § 1º, do CTN). Observada a
regra isonômica e havendo previsão na legislação da entidade tributante, é legítima a utilização da taxa
Selic, sendo vedada sua cumulação com quaisquer outros índices.
4. Preservação da coisa julgada.
Não obstante os índices estabelecidos para atualização monetária e compensação da mora, de acordo
com a natureza da condenação imposta à Fazenda Pública, cumpre ressalvar eventual coisa julgada que
tenha determinado a aplicação de índices diversos, cuja constitucionalidade/legalidade há de ser aferida
no caso concreto.
* SOLUÇÃO DO CASO CONCRETO.
5. Em se tratando de dívida de natureza tributária, não é possível a incidência do art. 1º-F da Lei 9.494/97
(com redação dada pela Lei 11.960/2009) - nem para atualização monetária nem para compensação da
mora -, razão pela qual não se justifica a reforma do acórdão recorrido.
6. Recurso especial não provido. Acórdão sujeito ao regime previsto no art. 1.036 e seguintes do
CPC/2015, c/c o art. 256-N e seguintes do RISTJ" (sem destaques no original).
9.2. Dessa forma, no que tange à correção monetária, deve-se aplicar o índice do INPC, no que se refere
ao período posterior à vigência da Lei nº 11.430/2006, que incluiu o art. 41-A na Lei 8.213/91. Já quanto
aos juros de mora, incidem segundo a remuneração oficial da caderneta de poupança (art.1º-F da Lei
9.494/97, com redação dada pela Lei n. 11.960/2009).
9.3. No que diz respeito à correção monetária, há que se reformar em parte a sentença, uma vez que
determina, a partir de julho/2009, a aplicação do IPCA-E, enquanto que o STJ firmou o entendimento no
julgamento do REsp n. 1.495.146 - MG pela aplicação do INPC no período posterior à vigência da Lei nº
11.430/2006.
9.4. Em relação aos juros de mora, devem incidir, desde a citação válida, nos termos do Manual de
Cálculos da Justiça Federal, atualizado de acordo com a Lei nº 11.960/09, declarada constitucional pelo
Supremo Tribunal Federal nesse ponto. Todavia, observa-se que a sentença determinou simplesmente a
incidência de juros de mora de 0,5% ao mês, sem fazer qualquer referência à aplicação da Lei nº
11.960/09. Ocorre que a aplicação da Lei em comento implica na incidência do percentual de 0,5% ao
mês no período de julho/2009 a abril/2012. A partir de maio/2012, no entanto, aplica-se o mesmo
percentual de juros incidentes sobre a caderneta de poupança, capitalizados de forma simples,
correspondentes a: a) 0,5% ao mês, caso a taxa SELIC ao ano seja superior a 8,5%; b) 70% da taxa
SELIC ao ano, mensalizada, nos demais casos. Logo, no que tange aos juros de mora, em face das
variações de índices ao longo do tempo estabelecidas pela Lei nº 9.494/97, com a redação dada pela Lei
nº 11.960/2009, faz-se imprescindível a expressa determinação de aplicação do Manual de Cálculos da
Justiça Federal e, consequentemente, da Lei nº 11.960/2009.
10. Em face do exposto, conhece-se do recurso inominado interposto pelo INSS, para lhe dar parcial
provimento, reformando-se parcialmente a sentença de PODER JUDICIÁRIO SEÇÃO JUDICIÁRIA DO
DISTRITO FEDERAL
489DAFEDFCC2C586CEFB94E7071599FC TRF 1 REGIÃO/IMP.15-01-04-SJ
6
Primeiro Grau, somente no tocante ao critério adotado para fim de correção monetária do passivo devido
à parte recorrida.
11. Incabível a condenação em honorários advocatícios e custas processuais (interpretação do art. 55 da
Lei n. 9.099/95).
12. Sem custas processuais.
13. Acórdão lavrado nos moldes do artigo 46 da Lei nº 9.099/95.
ACÓRDÃO
DECIDE a Primeira Turma Recursal, por maioria, dar parcial provimento ao recurso e reformar
parcialmente a sentença de Primeiro Grau, vencida a juíza Lilia Botelho Neiva.
1ª Turma Recursal, Juizado Especial Federal/SJDF – 16/05/2019.
JUIZ RUI COSTA GONÇALVES
788
Relator
PROCESSO N. 0026274-25.2017.4.01.3400
RECORRENTE: ZENAIDE MOREIRA ALVES
9. Nas demandas judiciais em que se busca a concessão de aposentadoria por invalidez, auxílio doença
ou auxílio-acidente, o julgador, via de regra, ampara a sua decisão nas conclusões da perícia médica
judicial, quando inexistem, nos autos, como no presente caso, outros elementos de prova que possam
permitir ao magistrado a formação de um juízo de valor crítico, para, convictamente, reconhecer ou não o
direito pleiteado.
10. Em face do exposto, conhece-se do recurso inominado interposto pela parte autora, mas para lhe
negar provimento, mantendo-se a sentença de Primeiro Grau.
11. Honorários advocatícios pela Recorrente vencida, fixados em 10% (dez por cento) do valor da causa
devidamente corrigido, ficando a condenação suspensa enquanto perdurar o estado de carência que
justificou a concessão da justiça gratuita, prescrevendo a dívida cinco anos após o trânsito em julgado da
PROCESSO N. 0017168-39.2017.4.01.3400
RECORRENTE: CLEMILTON SENA DA SILVA
ADVOGADO : DF00035530 - FABIANA SILVA DE OLIVEIRA E OUTRO(S)
RECORRIDO: INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
ADVOGADO: - RAFAEL VASCONCELOS FONTES
RELATOR: RUI COSTA GONÇALVES
EMENTA
PREVIDENCIÁRIO. AUXÍLIO DOENÇA. LAUDO MÉDICO PERICIAL INCOMPLETO. PERITO NÃO
APRECIOU TODAS AS PATOLOGIAS DA PARTE AUTORA. CERCEAMENTO DE DEFESA.
NECESSIDADE DESIGNAÇÃO DE NOVA PERÍCIA MÉDICA COM PROFISSIONAL HABILITADO.
RECURSO PARTE AUTORA PARCIALMENTE PROVIDO. SENTENÇA ANULADA DE OFÍCIO.
1. Trata-se de recurso inominado interposto pela parte autora contra sentença que julgou improcedente os
pedidos iniciais, negando o direito ao auxílio doença e sua conversão em aposentadoria por invalidez com
adicional de 25%, em razão da ausência de incapacidade laborativa.
2. A parte autora, em seu recurso, arguiu, em síntese, que: a) a perícia médica foi incapaz de avaliar seu
quadro clínico completo, restando omissa quanto às infecções hospitalares decorrentes da
apendicectomia supurada; b) a perícia foi realizada por médica especialista em oftalmologia; c) os laudos
médicos demonstram que está permanentemente incapaz, em razão das infecções abdominais, somado
à cegueira monocular total e irreversível; d) o juízo de Primeiro Grau julgou improcedente o pedido, tendo
por fundamento exclusivo as conclusões do laudo médico pericial, inobservando suas moléstias
incapacitantes decorrentes das complicações abdominais; e) requer seja concedido o benefício de auxílio
doença ou a aposentadoria por invalidez.
3. A concessão do auxílio doença pressupõe: a) condição de segurado; b) cumprimento da carência
exigida no art. 25, I, da Lei 8.213/91 (Lei de Benefícios da Previdência Social – LB), dispensada nas
hipóteses do art. 26, II, da citada Lei; e c) incapacidade temporária para o trabalho (art. 59 da LB). Já a
aposentadoria por invalidez demanda, além da condição de segurado e do cumprimento da carência, nos
moldes do auxílio doença, a demonstração de incapacidade total e permanente para o trabalho.
4. No caso vertente, a perícia médica realizada em 09/06/2017, por médica especialista em Oftalmologia,
constatou que a parte autora possui visão monocular (CID10: H54.4). No campo do histórico da moléstia
atual, informa que “a parte autora teve perda da acuidade visual de olho direito em 2015, bem como um
processo inflamatório que evolui para catarata”. A perita menciona histórico de Apendicectomia e
afastamento do trabalho desde 24 de maio de 2015. A parte autora possui 40 anos, Primeiro Grau
incompleto, última profissão declarada a de higienizador de veículos. Assim, concluiu que a parte autora
não se enquadra nos critérios de deficiência e, consequentemente, não há incapacidade para a atividade
laborativa.
5. No caso em tela, razão assiste a parte autora ao alegar que a perícia médica não buscou avaliar seu
quadro clínico completo. A parte autora não apresenta tão-somente a enfermidade da perda da visão
monocular constatada pela perita, mas também complicações graves decorrentes da Apendicectomia
supurada, conforme relatórios médicos acostados à petição inicial. Ademais, constata-se, também, que a
perita médica é Oftalmologista e, dessa forma, não está apta a examinar, de forma completa, a situação
clínica da parte autora, cujo quadro abrange, conforme registro no Laudo, moléstia cuja PODER
JUDICIÁRIO SEÇÃO JUDICIÁRIA DO DISTRITO FEDERAL
790
existência e efeitos depende do exame a ser feito por Médico especialista na respectiva área.
6. Nas demandas judiciais em que se busca a concessão de aposentadoria por invalidez, auxílio doença
ou auxílio-acidente, o Julgador, via de regra, ampara a sua decisão nas conclusões da perícia médica
judicial, quando inexistem, nos autos, como no presente caso, outros elementos de prova que possam
permitir ao magistrado a formação de um juízo de valor crítico, para, convictamente, reconhecer ou não o
direito pleiteado. No entanto, quando a perícia médica não logra esclarecer, da forma mais abrangente
possível, a situação clínica da parte autora, seja por conta de informações contraditórias, seja por
PROCESSO N. 0028841-29.2017.4.01.3400
RECORRENTE: JOSEFA CAVALCANTI DE SA
ADVOGADO : DF00123456 - DEFENSORIA PUBLICA DA UNIAO
RECORRIDO: INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
ADVOGADO:
RELATOR: RUI COSTA GONÇALVES
EMENTA
PREVIDENCIÁRIO. AUXÍLIO DOENÇA. APOSENTADORIA POR INVALIDEZ. NULIDADE DA
SENTENÇA E DO LAUDO AFASTADA. LAUDO MÉDICO PERICIAL ACOLHIDO. RECONHECIDA A
INEXISTÊNCIA DE INCAPACIDADE LABORATIVA. RECURSO DO AUTOR IMPROVIDO. SENTENÇA
MANTIDA.
1. Trata-se de recurso inominado interposto pela parte autora contra sentença que julgou improcedente o
pedido inicial, negando o direito ao restabelecimento do auxílio doença e posterior conversão em
Aposentadoria por Invalidez, em razão da inexistência de incapacidade laborativa.
2. A parte autora em seu recurso arguiu, em síntese, que: a) a sentença de primeiro grau é nula por
ausência de análise dos fatores biossociais (como ausência de alfabetização e idade relativamente
avançada) e, ainda, de fundamentação; b) a sentença se limitou às conclusões do laudo médico pericial;
c) a profissão de empregada doméstica exige esforço físico, o que é incompatível com a condição física
da recorrente; d) a perícia não teria analisado as condições biossociais da recorrente; e) há divergência
entre as conclusões do perito e a dos médicos que a acompanham; f) o laudo médico pericial é
superficial; g) o conjunto probatório demonstra que está incapacitada para o trabalho. Requereu, ao final,
seja concedido o benefício de auxílio doença/aposentadoria por invalidez ou, subsidiariamente, sejam
791
baixados os autos para designação de nova perícia médica com profissional diverso do que àquele que
realizou a perícia judicial.
3. A concessão do auxílio doença pressupõe: a) condição de segurado; b) cumprimento da carência
exigida no art. 25, I, da Lei 8.213/91 (Lei de Benefícios da Previdência Social – LB), dispensada nas
hipóteses do art. 26, II, da citada Lei; e c) incapacidade temporária para o trabalho (art. 59 da LB). Já a
aposentadoria por invalidez demanda, além da condição de segurado e do cumprimento da carência, nos
moldes do auxílio doença, a demonstração de incapacidade total e permanente para o trabalho.
4. No vertente caso, a perícia médica, realizada por médico especializado em Medicina do Trabalho, na
data de 06/02/2018, atestou que a parte autora possui Hipertensão essencial (primária) (CID10: I10). Esta
patologia, segundo o perito, não incapacita a recorrente para o trabalho. A parte autora tem 52 anos, não
patologias. Após, na impugnação do laudo médico judicial, apresentou relatório médico, datado de
29/01/2018, da rede pública de saúde do GDF, com informação de estar com dificuldades para realizar
atividades laborais que exijam esforço físico e relatório médico, datado de 13/06/2017, da rede pública de
saúde de Águas Lindas de Goiás-GO, com menção à impossibilidade de exercer atividades laborais.
6. De início, não merece prosperar a pretensão da parte autora quanto à alegação de nulidade da
sentença por ausência da análise dos fatores biossociais e de fundamentação adequada. O juízo de
Primeiro Grau, baseando-se no princípio do livre convencimento motivado do magistrado, acolheu as
considerações do perito judicial que concluiu pela capacidade laborativa da parte autora. Todavia, o fato
de a recorrente discordar desse posicionamento não é o bastante para arguição de nulidade da sentença,
sobretudo, por estar esta via recursal disponível para a apresentação de eventuais irresignações.
Ademais, nos termos da jurisprudência dominante, costuma-se analisar as condições biossociais, quando
constatada a existência de incapacidade laboral parcial e definitiva, a fim de se averiguar a possibilidade
de conversão do benefício de Auxílio Doença em Aposentadoria por Invalidez, o que não é o caso dos
presentes autos, uma vez que não foi constatada qualquer incapacidade laboral.
7. Afasta-se, igualmente, a alegação de nulidade do laudo pericial, uma vez que o perito não se limitou a
examinar a parte autora, mas se debruçou sobre a documentação médica constante dos autos, conforme,
inclusive, consignou em seu laudo médico. Observa-se, ademais, que todos os quesitos apresentados ao
perito foram respondidos adequadamente, não havendo qualquer razão para se concluir por eventual
nulidade do laudo médico ou da perícia realizada.
8. Nas demandas judiciais em que se busca a concessão de aposentadoria por invalidez, auxílio doença
ou auxílio-acidente, o julgador, via de regra, ampara a sua decisão nas conclusões da perícia médica
judicial, quando inexistem, nos autos, como no presente caso, outros elementos de prova que possam
permitir ao magistrado a formação de um juízo de valor crítico, para, convictamente, reconhecer ou não o
direito pleiteado.
9. No caso em tela, constata-se não ser possível a concessão seja do benefício de Auxílio Doença, seja
de Aposentadoria por Invalidez em favor da recorrente. Isto porque, em que pese os documentos médicos
apresentados pela parte autora, verifica-se que todos foram analisados pelo perito judicial, o qual ainda
assim concluiu pela existência de capacidade laborativa.
10. Analisando-se o laudo médico pericial em juízo, bem como a documentação constante dos autos,
reputa-se que a parte autora, apesar da doença de que está acometida, conforme atestado pelo perito,
não se encontra incapacitada para o labor. Assim acolhe-se o laudo médico pericial do juízo.
11. Ressalte-se, ainda, que a parte autora, ao contrário do alegado, é vendedora autônoma, tendo
exercido tal profissão por 8 anos, e não empregada doméstica. A parte autora já exerceu a atividade de
empregada doméstica, porém não é essa a sua última função e, sim, a de vendedora autônoma.
12. Observe-se que a parte autora sustenta sua incapacidade laboral, principalmente em problemas
ortopédicos (problemas na coluna vertebral), no entanto, não comprovou qualquer tratamento médico
contínuo de sua coluna ou, ainda, de cunho fisioterápico, o que ratifica a conclusão do perito médico
judicial de que há ausência de incapacidade laborativa.
13. Em face do exposto, conhece-se do recurso inominado interposto pela parte autora, mas para lhe
negar provimento, mantendo-se a sentença de Primeiro PODER JUDICIÁRIO SEÇÃO JUDICIÁRIA DO
DISTRITO FEDERAL
ECE8F615172706B031BA7E36DD31AA11 TRF 1 REGIÃO/IMP.15-01-04-SJ
3
PROCESSO N. 0075744-59.2016.4.01.3400
RECORRENTE: INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
ADVOGADO : - ANA LUISA VIEIRA DA COSTA CAVALCANTI DA ROCHA
RECORRIDO: EUNICE SURIANA DE OLIVEIRA
ADVOGADO: DF0001554A - NIVALDO DANTAS DE CARVALHO E OUTRO(S)
RELATOR: RUI COSTA GONÇALVES
EMENTA
PREVIDENCIÁRIO. APOSENTADORIA POR INVALIDEZ. ANÁLISE DAS CONDIÇÕES BIOSSOCIAIS.
CONSTATADA INCAPACIDADE LABORAL DE LONGO PRAZO. RECONHECIDO O DIREITO À
CONCESSÃO DE APOSENTADORIA POR INVALIDEZ. CORREÇÃO MONETÁRIA: APLICAÇÃO DO
RESP N. 1.495.146, JULGADO EM SEDE DE RECURSO REPETITIVO. INCIDÊNCIA DO INPC.
RECURSO DO INSS PROVIDO EM PARTE. SENTENÇA PARCIALMENTE REFORMADA.
1. Trata-se de recurso inominado interposto pela parte ré contra sentença que julgou procedente o pedido
inicial, condenando o INSS no cumprimento da obrigação de fazer consistente na concessão do benefício
de aposentadoria por invalidez, com DIB fixada em 27/04/2017.
2. A parte ré em seu recurso arguiu, em síntese, que: a) a parte autora não tem direito a concessão do
benefício da aposentadoria por invalidez em razão da natureza temporária de sua incapacidade,
ressaltando, inclusive, que o laudo teria estimado um prazo para a sua recuperação; b) a parte autora tem
direito apenas ao benefício de auxílio doença, com DCB fixada em 120 dias contados a partir da data da
perícia; c) requer seja aplicado, integralmente, o artigo 1º-F, da Lei nº 9.494/97, com a redação dada pela
Lei nº 11.960/2009, para fins de correção monetária.
3. A concessão do auxílio doença pressupõe: a) condição de segurado; b) cumprimento da carência
exigida no art. 25, I, da Lei 8.213/91 (Lei de Benefícios da Previdência Social – LB), dispensada nas
hipóteses do art. 26, II, da citada Lei; e c) incapacidade temporária para o trabalho (art. 59 da LB). Já a
aposentadoria por invalidez demanda, além da condição de segurado e do cumprimento da carência, nos
moldes do auxílio doença, a demonstração de incapacidade total e permanente para o trabalho.
4. No caso vertente, a perícia médica, realizada por médico especializado em Medicina do Trabalho, na
data de 27/04/2017, constatou que a parte autora possui Mioma uterino, Gonartrose (artrose de joelho),
Fibromatose da fáscia plantar (CID10: D25, M17 e M72.2). Segundo o perito, estas patologias ocasionam
incapacidade temporária, parcial e multiprofissional. A parte autora possui 53 anos, primeiro grau
incompleto e sua última função foi de merendeira. Por fim, o perito concluiu que a parte autora
“apresentou alterações no exame físico, que justificava a incapacidade laborativa, estando inapta, para
quaisquer atividades laborativas, até a realização do procedimento cirúrgico do mioma e recuperação
funcional, podendo ao retorno atuar em atividades, que não permaneça na posição ortostática e
deambule longas distâncias”.
5. No mérito, não assiste razão ao INSS. Isso porque, embora o laudo pericial PODER JUDICIÁRIO
SEÇÃO JUDICIÁRIA DO DISTRITO FEDERAL
5D15ABB6D56A120BEB5C77A0A1171A9A TRF 1 REGIÃO/IMP.15-01-04-SJ
2
tenha reconhecido a incapacidade como sendo temporária e que a parte autora está inapta para
quaisquer atividades laborativas até a realização do procedimento cirúrgico do mioma, reconheceu que
quando do retorno deste, poderá atuar apenas em atividades que não exija posições ortostáticas e
necessidade de caminhar por longas distâncias, o que não se coaduna com sua última função, qual seja,
merendeira. Sendo assim, considerando as peculiaridades de suas enfermidades, somadas às condições
pessoais, como baixo grau de instrução (possui o Primeiro grau incompleto) e idade pouco avançada (53
anos), conclui-se pela inviabilidade de sua reinserção no mercado de trabalho nessas condições.
6. Ressalte-se, ainda, que, embora a parte autora não tenha recorrido quanto à data do início do benefício
(DIB), verifica-se pela documentação acostada aos autos que a parte autora encontrava-se incapaz desde
a data da cessação do benefício, ou seja, desde 13/11/2015 e, por outro lado, realizada a perícia médica
793
judicial em 27/04/2017, atestou o perito judicial que a parte autora encontrava-se ainda incapacitada.
Diante desse quadro, reputa-se que a incapacidade que era parcial, temporária e multiprofissional, em
face das condições pessoais e sociais da parte autora, associadas à natureza de suas enfermidades,
convolou-se em incapacidade total, definitiva e omniprofissional. Logo, perfeitamente cabível a concessão
do benefício de Aposentadoria por Invalidez.
7. No tocante à correção monetária, questionada pelo INSS, destaca-se que o Supremo Tribunal Federal,
no julgamento do RE 870947, submetido ao regime de repercussão geral, assentou a seguinte tese:
"2) O art. 1º-F da Lei nº 9.494/97, com a redação dada pela Lei nº 11.960/09, na parte em que disciplina a
atualização monetária das condenações impostas à Fazenda Pública segundo a remuneração oficial da
caderneta de poupança, revela-se inconstitucional ao impor restrição desproporcional ao direito de
correção monetária ocorrida no período correspondente. Nesse contexto, em relação às situações futuras,
a aplicação dos índices em comento, sobretudo o INPC e o IPCA-E, é legítima enquanto tais índices
sejam capazes de captar o fenômeno inflacionário.
1.2 Não cabimento de modulação dos efeitos da decisão.
A modulação dos efeitos da decisão que declarou inconstitucional a atualização monetária dos débitos da
Fazenda Pública com base no índice oficial de remuneração da caderneta de poupança, no âmbito do
Supremo Tribunal Federal, objetivou reconhecer a validade dos precatórios expedidos ou pagos até 25 de
março de 2015, impedindo, desse modo, a rediscussão do débito baseada na aplicação de índices
diversos. Assim, mostra-se descabida a modulação em relação aos casos em que não ocorreu expedição
ou pagamento de precatório.
2. Juros de mora: o art. 1º-F da Lei 9.494/97 (com redação dada pela Lei 11.960/2009), na parte em que
estabelece a incidência de juros de mora nos débitos da Fazenda Pública com base no índice oficial de
remuneração da caderneta de poupança, aplica-se às condenações impostas à Fazenda Pública,
excepcionadas as condenações oriundas de relação jurídico-tributária.
3. Índices aplicáveis a depender da natureza da condenação.
3.1 Condenações judiciais de natureza administrativa em geral.
As condenações judiciais de natureza administrativa em geral, sujeitam-se aos seguintes encargos: (a)
até dezembro/2002: juros de mora de 0,5% ao mês; correção monetária de acordo com os índices
previstos no Manual de Cálculos da Justiça Federal, com destaque para a incidência do IPCA-E a partir
de janeiro/2001; (b) no período posterior à vigência do CC/2002 e anterior à vigência da Lei 11.960/2009:
juros de mora correspondentes à taxa Selic, vedada a cumulação com qualquer outro índice; (c) período
posterior à vigência da Lei 11.960/2009: juros de mora segundo o índice de remuneração da caderneta de
poupança; correção monetária com base no IPCA-E.
3.1.1 Condenações judiciais referentes a servidores e empregados públicos.
As condenações judiciais referentes a servidores e empregados públicos, sujeitam-se aos seguintes
encargos: (a) até julho/2001: juros de mora: 1% ao mês (capitalização simples); correção monetária:
índices previstos no Manual de Cálculos da Justiça Federal, com destaque para a incidência do IPCA-E a
partir de janeiro/2001; (b) agosto/2001 a junho/2009: juros de mora: 0,5% ao mês; correção monetária:
IPCA-E; (c) a partir de julho/2009: juros de mora: remuneração oficial da caderneta de poupança;
correção monetária: IPCA-E.
3.1.2 Condenações judiciais referentes a desapropriações diretas e indiretas.
No âmbito das condenações judiciais referentes a desapropriações diretas e indiretas existem regras
específicas, no que concerne aos juros moratórios e compensatórios, razão pela qual não se justifica a
incidência do art. 1º-F da Lei 9.494/97 (com redação dada pela Lei 11.960/2009), nem para compensação
da mora nem para remuneração do capital.
3.2 Condenações judiciais de natureza previdenciária.
794
correção monetária, no que se refere ao período posterior à vigência da Lei 11.430/2006, que incluiu o art.
41-A na Lei 8.213/91. Quanto aos juros de mora, incidem segundo a remuneração oficial da caderneta de
poupança (art. 1º-F da Lei 9.494/97, com redação dada pela Lei n. 11.960/2009).
3.3 Condenações judiciais de natureza tributária.
A correção monetária e a taxa de juros de mora incidentes na repetição de indébitos tributários devem
correção monetária, em face do julgamento do REsp n. 1.495.146 - MG, em sede de recurso repetitivo, a
incidência do INPC, no que se refere ao período posterior à vigência da Lei nº 11.430/2006, que incluiu o
art. 41-A na Lei 8.213/91. Não obstante, ressalva-se a aplicação, na fase de execução do presente
julgado, do índice de correção monetária a ser definido pelo Supremo Tribunal Federal ao concluir o
exame do ED no RE 870947.
9. Incabível a condenação do INSS em honorários advocatícios (interpretação do art. 55 da Lei n.
9.099/95).
10. Sem custas processuais.
11. Acórdão lavrado nos moldes do artigo 46 da Lei nº 9.099/95.
ACÓRDÃO
Decide a Primeira Turma Recursal, à unanimidade, conhecer do recurso inominado interposto pela parte
ré, para lhe dar parcial provimento determinando, de ofício, no que tange à correção monetária, em face
do julgamento do REsp n. 1.495.146 - MG, em sede de recurso repetitivo, a incidência do INPC, no que
se refere ao período posterior à vigência da Lei nº 11.430/2006, que incluiu o art. 41-A na Lei 8.213/91.
Não obstante, fica ressalvada a aplicação, na fase de execução do presente julgado, do índice de
correção monetária a ser definido pelo Supremo Tribunal Federal ao concluir o exame do ED no RE
870947.
795
7. Por igual fundamento, razão assiste a parte autora quanto à alegação de cerceamento de defesa, vez
que o Juízo de Primeiro Grau não concedeu à parte autora oportunidade de provar sua situação de
desemprego involuntário, como alegado, razão pela qual é nula a sentença recorrida, para o fim de ser
reaberta a instrução probatória, a fim de que promova a parte autora a produção de prova acerca dessa
circunstância, tida como essencial para o julgamento da lide.
8. Ante o exposto, conheço do recurso interposto pela parte autora, para lhe dar parcial provimento,
declarando NULA a sentença de primeiro grau de jurisdição e, consequentemente, determinando a
remessa dos autos à primeira instância, de modo que seja reaberta a instrução probatória para
oportunizar à parte autora, por meio de audiência de instrução e julgamento, provar a alegação de que
encontrava-se desempregada após ter efetuado a sua última contribuição ao Regime Geral da
PROCESSO N. 0029194-69.2017.4.01.3400
RECORRENTE: INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
ADVOGADO : - ANA LUISA VIEIRA DA COSTA CAVALCANTI DA ROCHA
RECORRIDO: IDALCI MARIA PEREIRA FROTA DE ALMEIDA
ADVOGADO: BA00024074 - MARCOS PAULO DE ARAUJO SANTOS E OUTRO(S)
RELATOR: RUI COSTA GONÇALVES
EMENTA
PREVIDENCIÁRIO. AUXÍLIO DOENÇA. APOSENTADORIA POR INVALIDEZ. PERDA DA QUALIDADE
DE SEGURADO. DOENÇA E INCAPACIDADE PREEXISTENTES AO REINGRESSO AO REGIME
GERAL DA PREVIDÊNCIA SOCIAL: BENEFÍCIOS INDEVIDOS. REVOGAÇÃO DA TUTELA
ANTECIPADA. VALORES RECEBIDOS A TÍTULO DE TUTELA ANTECIPADA NÃO PRECISAM SER
DEVOLVIDOS EM RAZÃO DO CARÁTER ALIMENTAR E DA BOA-FÉ DA PARTE AUTORA. RECURSO
DO INSS PROVIDO. PEDIDO INICIAL IMPROCEDENTE. SENTENÇA REFORMADA.
1. Trata-se de recurso inominado interposto pela parte ré contra sentença que julgou procedente o pedido
inicial, condenando o INSS no cumprimento da obrigação de fazer consistente na concessão do benefício
de aposentadoria por invalidez, com antecipação da tutela, desde a data do requerimento administrativo
(29/08/2015).
2. A parte ré em seu recurso arguiu, em síntese, que: a) a parte autora não faz jus ao benefício de
aposentadoria por invalidez, em razão de ter reingressado ao RGPS já portadora da doença; b) requer
sejam os encargos moratórios sejam na forma do artigo 1º F, da Lei nº 9.494/1997, com redação dada
pela Lei nº 11.960/2009.
3. A concessão do auxílio doença pressupõe: a) condição de segurado; b) cumprimento da carência
exigida no art. 25, I, da Lei 8.213/91 (Lei de Benefícios da Previdência Social – LB), dispensada nas
hipóteses do art. 26, II, da citada Lei; e c) incapacidade temporária para o trabalho (art. 59 da LB). Já a
aposentadoria por invalidez demanda, além da condição de segurado e do cumprimento da carência, nos
moldes do auxílio doença, a demonstração de incapacidade total e permanente para o trabalho.
4. No presente caso, o laudo médico pericial, realizado por médica especialista em cirurgia Oncológica e
Mastologia, na data de 02/02/2018, concluiu que a parte autora possui a enfermidade CID: 10: C71.0.
Esta patologia, segundo o laudo, incapacita a parte autora de forma total, permanente e omniprofissional.
O perito fixou a data do início da doença em 2008 (DID) e a data do início da incapacidade (DII) em
março/2015.
5. A parte autora acostou à inicial atestado médico, datado de 14/08/2015, emitido pelo Hospital Sírio-
Libanês, constando que o início da doença se deu em 2008 e, em março/2015, houve a progressão do
quadro clínico, com início de tratamento quimioterápico.
6. De início, constato não haver controvérsia quanto à incapacidade da parte autora. Além disso, no caso
concreto, por possuir a parte autora doença grave “neoplasia maligna”, prevista no rol do artigo 26, da Lei
797
nº 8213/91, há isenção quanto ao cumprimento de período carência, o que num primeiro momento
ensejaria na concessão do benefício de aposentadoria por invalidez. No entanto, da análise do último
requisito da qualidade de segurado, verifico que a parte autora filiou-se no RGPS no ano de 1985, na
qualidade de empregadora e assim permaneceu até 1992. Após isso, perdeu a qualidade de segurada,
reingressando como contribuinte facultativa em 2014. De fato, entre a data do reingresso (01/06/2014) e a
data do início da incapacidade PODER JUDICIÁRIO SEÇÃO JUDICIÁRIA DO DISTRITO FEDERAL
E12B167AA8A3E74BAA2B9903E1EEB541 TRF 1 REGIÃO/IMP.15-01-04-SJ
2
(01/03/2015) a parte autora manteve a qualidade de segurada, todavia, quando do diagnóstico da doença
PROCESSO N. 0037804-94.2015.4.01.3400
RECORRENTE: REVALINO GONCALVES DE OLIVEIRA
ADVOGADO : DF00010577 - SEVERINO ELÓI DINIZ E OUTRO(S)
RECORRIDO: INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
ADVOGADO:
RELATOR: RUI COSTA GONÇALVES
EMENTA
PREVIDENCIÁRIO. AUXÍLIO DOENÇA. LAUDO MÉDICO PERICIAL LACUNOSO E CONTRADITÓRIO.
PROVA TÉCNICA INSERVÍVEL PARA FIM DE FORMAÇÃO DE JUÍZO DE CONVICÇÃO.
NECESSIDADE DESIGNAÇÃO DE NOVA PERÍCIA MÉDICA. SENTENÇA EMBASADA
EXCLUSIVAMENTE NO LAUDO PERICIAL. RECURSO PARTE AUTORA PARCIALMENTE PROVIDO.
SENTENÇA ANULADA.
1. Trata-se de recurso inominado interposto pela parte autora contra sentença que julgou improcedente o
pedido constante na petição inicial visando à concessão de Auxílio Doença em razão da ausência de
incapacidade laborativa.
2. A parte autora, em seu recurso, arguiu, em síntese, que: a) é portadora de várias doenças
incapacitantes, entre elas “síndrome paraneoplástica, possível polineuropatia axonal de caráter grave,
artrite em punhos, mãos, ombros e joelhos (com derrame articular) em tornozelo direito, poliartrite aditiva
simétrica, doença ganulomatosa nódulos nos pulmões”; b) a Perita Judicial não buscou comprovar a
existência ou não da sua incapacidade laborativa, de modo que sequer respondeu aos quesitos
apresentados pelo Juízo de Primeiro Grau. c) requer seja concedido o benefício de Auxílio Doença desde
798
PROCESSO N. 0030013-06.2017.4.01.3400
RECORRENTE: INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
ADVOGADO : - RENATA MARIA DE BRITO AZEVEDO
RECORRIDO: LUISA ELINALDA GONCALVES DA SILVA
ADVOGADO: DF00023338 - ALINE SILVA
RELATOR: RUI COSTA GONÇALVES
EMENTA
PREVIDENCIÁRIO. AUXÍLIO DOENÇA. RECEBIMENTO DEVIDO DO AUXÍLIO DOENÇA ATÉ A
REABILITAÇÃO PROFISSIONAL. CORREÇÃO MONETÁRIA: APLICAÇÃO DO RESP N. 1.495.146,
JULGADO EM SEDE DE RECURSO REPETITIVO. INCIDÊNCIA DO INPC. RECURSO DO INSS
IMPROVIDO. SENTENÇA MANTIDA.
1. Trata-se de recurso inominado interposto pela parte ré contra sentença que julgou procedente em parte
o pedido inicial, condenando o INSS no cumprimento da obrigação de fazer consistente na concessão do
benefício de auxílio doença com processo de reabilitação, com DIB fixada em 19/07/2017, data do
ajuizamento da ação.
2. A parte ré em seu recurso arguiu, em síntese, que: a) a cessação do benefício de auxílio doença deve
ocorrer independentemente de processo de reabilitação profissional, uma vez constatada a capacidade
799
laborativa; b) requer seja aplicado o artigo 1º-F da Lei nº 9.494/97, com a redação dada pela Lei nº
11.960/09, quanto à correção monetária.
3. A concessão do auxílio doença pressupõe: a) condição de segurado; b) cumprimento da carência
exigida no art. 25, I, da Lei 8.213/91 (Lei de Benefícios da Previdência Social – LB), dispensada nas
hipóteses do art. 26, II, da citada Lei; e c) incapacidade temporária para o trabalho (art. 59 da LB).
4. No mérito, sem razão o INSS. Isso porque na perícia médica, realizada por médico especializado em
Neurologia, na data de 06/09/2017, constatou-se que a parte autora possui Epilepsia, que a incapacita de
forma parcial, permanente e multiprofissional. Sendo assim, uma vez tratar-se de incapacidade definitiva
e não temporária, constitui dever legal do INSS submeter a parte autora a processo de reabilitação
profissional para o desempenho de outra atividade que lhe garanta a subsistência antes de cessar o
(CRFB, art. 5º, XXII), uma vez que não se qualifica como medida adequada a capturar a variação de
preços da economia, sendo inidônea a promover os fins a que se destina.
5.1. No caso sob exame, aplica-se o julgado oriundo do Superior Tribunal de Justiça, ao examinar, em
sede de Recurso Repetitivo, o REsp n. 1.495.146 - MG, Primeira Seção, rel. Min. Mauro Campbell
Marques, j. 22.02.2018, DJe 02.03.2018, no seguinte sentido:
"PROCESSUAL CIVIL. RECURSO ESPECIAL. SUBMISSÃO À REGRA PREVISTA NO ENUNCIADO
ADMINISTRATIVO 02/STJ. DISCUSSÃO SOBRE A APLICAÇÃO DO ART. 1º-F DA LEI 9.494/97 (COM
REDAÇÃO DADA PELA LEI 11.960/2009) ÀS CONDENAÇÕES IMPOSTAS À FAZENDA PÚBLICA.
CASO CONCRETO QUE É RELATIVO A INDÉBITO TRIBUTÁRIO.
* TESES JURÍDICAS FIXADAS.
1. Correção monetária: o art. 1º-F da Lei 9.494/97 (com redação dada pela Lei 11.960/2009), para fins de
correção monetária, não é aplicável nas condenações judiciais impostas à Fazenda Pública,
independentemente de sua natureza.
1.1 Impossibilidade de fixação apriorística da taxa de correção monetária.
No presente julgamento, o estabelecimento de índices que devem ser aplicados a título de correção
monetária não implica pré-fixação (ou fixação apriorística) de taxa de atualização monetária. Do contrário,
a decisão baseia-se em índices que, atualmente, refletem a correção monetária ocorrida no período
correspondente. Nesse contexto, em relação às situações futuras, a aplicação dos índices em comento,
sobretudo o INPC e o IPCA-E, é legítima enquanto tais índices sejam capazes de captar o fenômeno
inflacionário.
1.2 Não cabimento de modulação dos efeitos da decisão.
A modulação dos efeitos da decisão que declarou inconstitucional a atualização monetária dos débitos da
Fazenda Pública com base no índice oficial de remuneração da caderneta de poupança, no âmbito do
Supremo Tribunal Federal, objetivou reconhecer a validade dos precatórios expedidos ou pagos até 25 de
março de 2015, impedindo, desse modo, a rediscussão do débito baseada na aplicação de índices
diversos. Assim, mostra-se descabida a modulação em relação aos casos em que não ocorreu expedição
ou pagamento de precatório.
2. Juros de mora: o art. 1º-F da Lei 9.494/97 (com redação dada pela Lei 11.960/2009), na parte em que
estabelece a incidência de juros de mora nos débitos da Fazenda Pública com base no índice oficial de
remuneração da caderneta de poupança, aplica-se às condenações impostas à Fazenda Pública,
excepcionadas as condenações oriundas de relação jurídico-tributária.
3. Índices aplicáveis a depender da natureza da condenação.
3.1 Condenações judiciais de natureza administrativa em geral.
As condenações judiciais de natureza administrativa em geral, sujeitam-se aos seguintes encargos: (a)
até dezembro/2002: juros de mora de 0,5% ao mês; correção monetária de acordo com os índices
previstos no Manual de Cálculos da Justiça Federal, com destaque para a incidência do IPCA-E a partir
de janeiro/2001; (b) no período posterior à vigência do CC/2002 e anterior à vigência da Lei 11.960/2009:
juros de mora correspondentes à taxa Selic, vedada a cumulação com qualquer outro índice; (c) período
800
posterior à vigência da Lei 11.960/2009: juros de mora segundo o índice de remuneração da caderneta de
poupança; correção monetária com base no IPCA-E.
3.1.1 Condenações judiciais referentes a servidores e empregados públicos.
As condenações judiciais referentes a servidores e empregados públicos, sujeitam-se aos seguintes
encargos: (a) até julho/2001: juros de mora: 1% ao mês (capitalização simples); correção monetária:
índices previstos no Manual de Cálculos PODER JUDICIÁRIO SEÇÃO JUDICIÁRIA DO DISTRITO
FEDERAL
963329E6E520052B03A588CEE77E9E83 TRF 1 REGIÃO/IMP.15-01-04-SJ
3
de cumprimento do julgado, quanto aos valores pretéritos a serem pagos, se for o caso.
5.5. Vale consignar, ainda, que o STJ decidiu recentemente que “(...) mostra-se descabida a modulação
em relação aos casos em que não ocorreu expedição ou pagamento de precatório” (REsp 1495146/MG,
Rel. Ministro Mauro Campbell Marques, Primeira Seção, julgado em 22/02/2018, DJe 02/03/2018).
6. Em face do exposto, conhece-se do recurso inominado interposto pela parte ré, mas para lhe negar
provimento, mantendo-se a sentença de Primeiro Grau.
801
7. Honorários advocatícios pelo recorrente vencido, fixados em 10% (dez por cento) do valor da
condenação, excluídas as parcelas vencidas após a prolação da sentença (Súmula nº 111/STJ).
8. Acórdão lavrado nos moldes do artigo 46 da Lei nº 9.099/95.
ACÓRDÃO
Decide a Primeira Turma Recursal, à unanimidade, conhecer do recurso inominado interposto pela parte
ré, mas para lhe negar provimento.
1ª Turma Recursal, Juizado Especial Federal/SJDF – 16/05/2019.
JUIZ RUI COSTA GONÇALVES
Relator
PROCESSO N. 0026126-14.2017.4.01.3400
RECORRENTE: MARIA FRANCISCA DA SILVA
ADVOGADO : - DEFENSORIA PUBLICA DA UNIAO
RECORRIDO: INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
ADVOGADO:
RELATOR: RUI COSTA GONÇALVES
EMENTA
PREVIDENCIÁRIO. AUXÍLIO DOENÇA. APOSENTADORIA POR INVALIDEZ. LAUDO MÉDICO
PERICIAL DECLARA AUSÊNCIA DE INCAPACIDADE LABORAL APENAS DO PONTO DE VISTA
REUMATOLÓGICO. NECESSIDADE DE DESIGNAÇÃO DE NOVA PERÍCIA MÉDICA, SEM
DECLARAÇÃO DE NULIDADE DA SENTENÇA, COM PROFISSIONAL HABILITADO NA ÁREA DE
ORTOPEDIA. RECURSO DA PARTE AUTORA PARCIALMENTE PROVIDO. CONVERSÃO EM
DILIGÊNCIA.
1. Trata-se de recurso inominado interposto pela parte autora contra sentença que julgou improcedente os
pedidos iniciais, negando o direito à aposentadoria por invalidez e/ou auxílio doença em razão da
ausência de incapacidade laborativa.
2. A parte autora, em seu recurso, arguiu, em síntese, que: a) o juízo de Primeiro Grau proferiu sentença
sintética e lacônica, pois ausente análise sobre laudos médicos e fatores biossociais; b) a sentença se
revela nula por ausência de fundamentação e inobservância do devido processo legal; c) os laudos
médicos comprovam a incapacidade para o trabalho; d) há divergências entre as conclusões dos laudos
médicos particulares e laudo médico judicial; e) o laudo médico judicial é nulo por falta de fundamentação
adequada; f) requer seja concedido o benefício de auxílio doença e sua conversão em aposentadoria por
invalidez e, subsidiariamente, seja declarada a nulidade do laudo médico pericial e atos subsequentes,
retornando os autos a Vara de origem para designação de nova perícia médica com profissional diverso
do habilitado.
3. A concessão do auxílio doença pressupõe: a) condição de segurado; b) cumprimento da carência
exigida no art. 25, I, da Lei 8.213/91 (Lei de Benefícios da Previdência Social – LB), dispensada nas
hipóteses do art. 26, II, da citada Lei; e c) incapacidade temporária para o trabalho (art. 59 da LB). Já a
aposentadoria por invalidez demanda, além da condição de segurado e do cumprimento da carência, nos
moldes do auxílio doença, a demonstração de incapacidade total e permanente para o trabalho.
4. No caso vertente, a perícia médica realizada em 07/02/2018, por médica especialista em
Reumatologia, constatou que a parte autora possui enfermidade codificada pelo CID: M170. Segundo a
perita, não há incapacidade atual do ponto de vista reumatológico. A parte autora possui 58 anos e
Ensino Superior completo. Por fim, fixou a DID em 13/09/2016.
5. No caso em tela, observe-se que a perícia médica limitou-se a declarar a ausência de incapacidade
laboral do ponto de vista reumatológico. Diante disso, depreende-se que a perícia em questão não foi
suficiente para averiguar a capacidade laboral da parte autora como um todo. No caso, verifica-se que a
PODER JUDICIÁRIO SEÇÃO JUDICIÁRIA DO DISTRITO FEDERAL
5B58FBC4B47F3F67CC76A0B179BB3FAF TRF 1 REGIÃO/IMP.15-01-04-SJ
2
parte autora faz acompanhamento médico regular com ortopedista, conforme restou comprovado pela
documentação médica acostada à petição inicial. Dessa forma, entende-se, no caso sub judice pela
necessidade de realização de nova perícia médica na modalidade de ortopedia, sem anulação da
sentença, de forma a se averiguar a existência ou não de incapacidade laboral do ponto de vista
ortopédico.
6. Em face do exposto, conhece-se do recurso inominado interposto pela parte autora, para lhe dar parcial
provimento para determinar a remessa dos autos ao juízo de origem para que proceda a designação de
perícia médica na especialidade de ortopedia, sem nulidade da sentença. Realizada a nova perícia
médica, dever-se-á dar vista às partes processuais e transcorridos os prazos legais, os autos deverão
retornar à Turma Recursal para o prosseguimento do julgamento do recurso inominado interposto pela
parte autora.
802
PROCESSO N. 0046131-57.2017.4.01.3400
RECORRENTE: VALDIVINA GONCALVES DOS SANTOS
ADVOGADO : - DEFENSORIA PUBLICA DA UNIAO
RECORRIDO: INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
ADVOGADO:
RELATOR: RUI COSTA GONÇALVES
EMENTA
PREVIDENCIÁRIO. AUXÍLIO DOENÇA. APOSENTADORIA POR INVALIDEZ. CERCEAMENTO DE
DEFESA NÃO CONFIGURADO. LAUDO MÉDICO PERICIAL ACOLHIDO. RECONHECIDA A
INEXISTÊNCIA DE INCAPACIDADE LABORATIVA. RECURSO DO AUTOR IMPROVIDO. SENTENÇA
MANTIDA.
1. Trata-se de recurso inominado interposto pela parte autora contra sentença que julgou improcedente o
pedido inicial, negando o direito à Aposentadoria por Invalidez e o restabelecimento do Auxílio Doença,
em razão da inexistência de incapacidade laborativa.
2. A parte autora em seu recurso arguiu, em síntese, que: a) houve cerceamento de defesa pelo juízo de
Primeiro de Grau quando do indeferimento do pedido de designação de nova perícia médica; b) a perícia
médica realizada é superficial; c) o conjunto probatório demonstra que está incapacitada para o trabalho;
d) o juiz desconsiderou por completo os documentos médicos trazidos ao processo; e) o juiz não está
adstrito ao laudo pericial; f) se não houver enfrentamento devidamente fundamentado com base nos
laudos médicos trazidos aos autos, não há de se falar em decisão fundamentada; g) o perito Marcelo
Zeitoune atesta capacidade em absolutamente todas as perícias judiciais que faz; h) o perito não levou
em consideração os aspectos sociais da parte autora; i) a sentença é nula por se apoiar em laudo
lacônico; j) há necessidade de realização de nova perícia com outro especialista; k) a autora usufruiu do
auxílio doença por 3 anos e teve seu benefício cessado indevidamente em 13/04/2017; l) faz jus ao
restabelecimento do auxílio doença e posterior conversão em aposentadoria por invalidez. Ao final,
requereu seja concedido o benefício de auxílio doença desde a DCB (13/04/2017) com posterior
conversão em aposentadoria por invalidez. Caso não seja esse o entendimento da Turma, requereu
sejam os autos baixados em diligência para designação de novo exame pericial sem anulação da
sentença.
3. A concessão do auxílio doença pressupõe: a) condição de segurado; b) cumprimento da carência
exigida no art. 25, I, da Lei 8.213/91 (Lei de Benefícios da Previdência Social – LB), dispensada nas
hipóteses do art. 26, II, da citada Lei; e c) incapacidade temporária para o trabalho (art. 59 da LB). Já a
aposentadoria por invalidez demanda, além da condição de segurado e do cumprimento da carência, nos
moldes do auxílio-doença, a demonstração de incapacidade total e permanente para o trabalho.
4. No vertente caso, a perícia médica, realizada por médico especializado em Ortopedia e Traumatologia,
na data de 16/02/2018, atestou que a parte autora possui Tendinite bilateral nos ombros e Gonartrose
bilateral incipiente (CID10: M75.1 e M17.0). Estas patologias, segundo o perito, não incapacitam a
PODER JUDICIÁRIO SEÇÃO JUDICIÁRIA DO DISTRITO FEDERAL
966B870C8FB273977F492B2EB6E86B5E TRF 1 REGIÃO/IMP.15-01-04-SJ
2
recorrente para o trabalho. A parte autora tem 57 anos, Segundo Grau completo e sua última função foi a
de auxiliar de serviços gerais. Concluiu o perito que o tratamento conservador com uso de medicamentos
anti-inflamatórios e a realização de fisioterapia motora são as medidas preconizadas para o caso, as
quais não foram adotadas, até o momento da pericia pela parte autora. Por fim, afirmou que a parte
autora pode desempenhar suas atividades laborativas enquanto aguarda tratamento.
5. A parte autora acostou à petição inicial relatório médico, datado de 12/05/2017, emitido pela Clínica
Brasília, com menção às suas patologias e indicação para tratamento cirúrgico. Após o laudo médico
pericial, juntou novos documentos, consistentes em relatórios médicos, datados de 25/01/2018,
18/05/2018 e 15/05/2018, emitidos pela Clínica Vazante e Brasília, nos quais há solicitação de
afastamento para tratamento.
803
6. No caso em tela, sem razão a parte autora ao alegar cerceamento de defesa, sob a alegação de que o
juízo teria indeferido a realização de nova perícia médica após a impugnação do laudo. Analisando-se o
laudo médico pericial, verifica-se que não restou demonstrada qualquer contrariedade, obscuridade ou
superficialidade do mesmo, que foi satisfatoriamente elaborado por profissional especialista na área
ortopédica. Observe-se que o laudo pericial no item "Considerações Finais e Conclusão", consignou que
"...No caso periciado, conforme acima exposto, segundo a história da doença, sua evolução, relatórios
médicos, exames de imagem e exame físico, não foram evidenciados elementos médicos que indicam a
presença de incapacidade laboral por quadro de Tendinite bilateral nos Ombros (CID 10: M75.1) e
Gonartrose bilateral incipiente (CID 10: M 17.0). A Gonartrose bilateral incipiente e a Tendinite bilateral
nos Ombros têm caráter degenerativo, sendo o tratamento conservador realizado na maioria dos casos,
medicamentos, tampouco acompanhamento médico. Assim, conclui-se que apesar das patologias, não se
trata de situação emergencial ao ponto de afastar a parte autora do trabalho, pois se assim fosse, ao
menos medidas alternativas como o uso de medicamentos anti-inflamatórios teriam sido adotadas pela
parte autora, o que não foi feito. Dessa forma, conclui-se que, em que pesem as patologias da parte
autora, o fato é que ela não é suficiente para causar a sua incapacidade laboral.
10. Em face do exposto, conhece-se do recurso inominado interposto pela parte autora, mas para lhe
negar provimento, mantendo-se a sentença de Primeiro Grau, nos termos do artigo 487, I, do NCPC.
11. Honorários advocatícios pela Recorrente vencida, fixados em 10% (dez por cento) do valor da causa
devidamente corrigido, ficando a condenação suspensa enquanto perdurar o estado de carência que
justificou a concessão da justiça gratuita, prescrevendo a dívida cinco anos após o trânsito em julgado da
decisão que a certificou, nos termos do § 3º do art. 98 do NCPC.
12. Sem custas processuais.
13. Acórdão lavrado nos moldes do artigo 46 da Lei nº 9.099/95.
ACÓRDÃO
Decide a Primeira Turma Recursal, à unanimidade, conhecer do recurso inominado interposto pela parte
autora, mas para lhe negar provimento, mantendo a sentença de Primeiro Grau, nos termos do artigo 487,
I, do NCPC.
1ª Turma Recursal, Juizado Especial Federal/SJDF - 16/05/2019.
JUIZ RUI COSTA GONÇALVES
Relator
PROCESSO N. 0030994-35.2017.4.01.3400
RECORRENTE: ANTONIO REIS GOMES BATISTA
ADVOGADO : DF00040484 - SHIRLEY ALVES DANTAS E OUTRO(S)
RECORRIDO: INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
ADVOGADO: - ANA LUISA VIEIRA DA COSTA CAVALCANTI DA ROCHA
804
alegadamente com fundamentação exclusiva no laudo médico pericial produzido no curso da instrução
processual, seguindo-se o retorno dos autos à origem para designação de nova perícia. O Juízo de
Primeiro Grau, escudando-se no princípio do livre convencimento motivado do Julgador, acolheu as
considerações do Perito Judicial. Essa peça técnica, devidamente fundamentada e elucidativa, foi
produzida levando em consideração, inclusive, os documentos apresentados pela parte autora ao Perito,
conforme descrito no laudo, de sorte que sua utilização, como elemento de convicção, demonstra-se
eficaz. Preliminar rejeitada.
7. No mérito, tem-se, em primeiro plano, que o Laudo Pericial produzido no curso do feito em primeiro
grau registra que a parte autora, atualmente com 44 anos de idade, apresenta, de fato, "transtorno
degenerativo da coluna cervical e lombar", porém "sem sinais de conflito neural ou importante deficit
funcional", não sendo identificada a alegada incapacidade para o exercício de suas atividades laborais,
como Auxiliar de Laticínios, confirmando, dessa forma, o laudo médico produzido na seara administrativa.
Assim, a parte demandante não faz jus a qualquer dos Benefícios Previdenciários postulados, como
decidido pelo Juízo de primeiro grau.
8. Em face do exposto, conheço do recurso inominado interposto pela parte autora, mas para lhe negar
provimento, mantendo a sentença de Primeiro Grau.
9. Honorários advocatícios pela Recorrente vencida, fixados em 10% (dez por cento) do valor da causa
devidamente corrigido, ficando a condenação suspensa enquanto perdurar o estado de carência que
justificou a concessão da justiça gratuita, prescrevendo a dívida cinco anos após o trânsito em julgado da
decisão que a certificou, nos termos do § 3º do art. 98 do NCPC.
10. Sem custas processuais.
11. Acórdão lavrado nos moldes do artigo 46 da Lei nº 9.099/95.
ACÓRDÃO
Decide a Primeira Turma Recursal, à unanimidade, conhecer do recurso inominado interposto pela parte
autora, mas para lhe negar provimento.
1ª Turma Recursal, Juizado Especial Federal/SJDF - 16/05/2019.
JUIZ RUI COSTA GONÇALVES
Relator
PROCESSO N. 0009928-96.2017.4.01.3400
805
não gozadas constitui o marco inicial da contagem do prazo prescricional para os demais servidores,
inclusive os já aposentados há mais de cinco anos.
9. De todo modo, no caso sob julgamento da Turma Recursal, não há notícia de o órgão a que vinculado
a parte Autora/Recorrente ter reconhecido administrativamente o direito à conversão em pecúnia de
licenças não gozadas. A parte sequer indica que a Administração Pública Militar ter decidido nesse
sentido, em algum procedimento interno. E o caso citado na petição de recurso quanto ao STM envolveu
antigo integrante daquele órgão judicial, pelo que não se afastou do pressuposto de que o marco diferente
para a contagem do prazo prescricional pressupõe que o órgão administrativo competente a que
vinculado o servidor em algum momento reconheceu o direito à conversão em pecúnia de licenças não
gozadas.
repetitivo, ou seja,de que "a contagem da prescrição quinquenal relativa à conversão em pecúnia de
licença-prêmio não gozada e nem utilizada como lapso temporal para a aposentadoria, tem como termo a
quo a data em que ocorreu a aposentadoria do servidor público". Essa a regra geral de contagem do
prazo prescricional, ausentes outras circunstâncias distintivas do caso.
11. Outrossim, ainda que se considere a discussão acerca de a aposentadoria do servidor civil (ou
passagem para a reserva remunerada do servidor militar) ser um ato complexo, ou composto, por
depender do registro perante o Tribunal de Contas, o certo é que, a partir da expedição, segue-se sua
execução. A partir da publicação do ato, pois, começa a correr a prescrição quinquenal da ação contra
algum direito que teria sido ferido desde então, presente o princípio da actio nata, e não da decisão do
Tribunal de Contas, que aprecia sua legalidade e que não pode, nessa atividade fiscalizadora, modificar o
seu fundamento.
12. Portanto, considerando que a parte Recorrente passou para a reserva remunerada em outubro de
2009 (D.O.U. - pág. 6 doc inicial) e tendo esta ação sido proposta somente no ano de 2017, forçoso
reconhecer a consumação da prescrição quinquenal, conforme bem concluiu a sentença que, por isso
mesmo, merece ser mantida.
13. Ou seja, proposta a ação fora do prazo previsto no artigo 1º do Decreto 20.910/1932, impõe-se
reconhecer a prescrição do próprio fundo de direito, sendo inaplicável ao caso a Súmula 85/STJ, pois não
se tratam de parcelas de trato sucessivo. Assim já decidiu a TR2/JEF/DF, ao julgar o Recurso 0001644-
36.2016.4.01.3400, na Sessão de 11.10.2017.
14. Não provimento do recurso interposto pela parte Autora.
15. Honorários advocatícios pela parte Recorrente em 10% sobre valor corrigido da causa (art. 55 da Lei
n. 9.099/1995), com suspensão do pagamento enquanto a parte credora não demonstrar que deixou de
existir a situação de insuficiência de recursos que justificou a concessão da gratuidade de Justiça,
extinguindo-se a dívida cinco anos após o trânsito em julgado deste Acórdão (art. 98, § 3º, NCPC).
ACÓRDÃO
Decide a Primeira Turma Recursal dos Juizados Especiais Federais do Distrito Federal, por unanimidade,
negar provimento ao recurso.
1ª Turma Recursal, Juizado Especial Federal/SJDF. Brasília-DF, 16/05/2019.
JUIZ RUI COSTA GONÇALVES
Relator
PROCESSO N. 0064307-55.2015.4.01.3400
RECORRENTE: GIARDENIO PEREIRA DA SILVA
ADVOGADO : DF00036113 - FABIANO SILVA LEITE
RECORRIDO: INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
ADVOGADO: - RAFAEL VASCONCELOS FONTES
RELATOR: RUI COSTA GONÇALVES
EMENTA
PREVIDENCIÁRIO. AUXÍLIO DOENÇA. RESTABELECIMENTO E CONVERSÃO EM APOSENTADORIA
POR INVALIDEZ. QUADRO INCAPACITANTE IDENTIFICADO NA PERICIA JUDICIAL SIMILAR À
ATESTADA POR DOCUMENTOS MÉDICOS CONTEMPORÂNEOS À DATA DA CESSAÇÃO
QUESTIONADA. QUALIDADE DE SEGURADO PRESERVADA. DIREITO AO RESTABELECIMENTO
DO BENEFÍCIO POR INCAPACIDADE TEMPORÁRIA. CONVERSÃO INDEVIDA, DADA A AUSÊNCIA
807
22/09/2016, "por falta de elementos médicos objetivos para fixar data anterior" (registro no Laudo). De
fato, da análise da documentação acostada à inicial pela parte autora, não há prova contemporânea
capaz de atestar a presença da incapacidade em período pretérito àquele fixado pela Perita. Verifica-se a
apresentação de relatórios médicos indicando inaptidão nos anos de 2012 e 2013, quando a parte autora
voltou a manter vínculo com o RGPS, após ter vertidas contribuições previdenciárias como empregada
até a competência 01/2011, conforme explicitado no extrato do CNIS. Ocorre, porém, que as
contribuições recolhidas relacionadas às competências de 05/2011 a 04/2012 foram todas vertidas em
28/05/2012; enquanto as das competências 05/2012 até 07/2012 foram quitadas em 06/09/2012, todas
como contribuinte individual, sugerindo, assim, que esses pagamentos agregados, ocorridos em somente
duas oportunidades, visaram especificamente caracterizar o vínculo com o Regime Geral e, em
consequência, assegurar o recebimento de Benefício Previdenciário por Invalidez, dado que abrange
período em que os documentos médicos que instruem a petição inicial registram a presença de
incapacidade laborativa pela parte autora.
7. Por outro lado, o extrato CNIS também registra recolhimentos mensais de contribuições previdenciárias
em favor da parte autora, como empregada, no período de 05/2011 a 01/05/2012, com relação às quais
não há qualquer sinal de ilicitude, sendo, portanto, válidas, de sorte que o período de graça, no tocante a
esse lapso, tanto que o demandante esteve em gozo de Auxílio Doença de 09/09/2012 a 22/01/2013,
sendo certo que os diversos documentos médicos apresentados, com datas ao longo desse mesmo ano
(2013) indicam que efetivamente a parte autora se encontrava sob acompanhamento profissional,
inclusive se submetendo a tratamento medicamentoso por conta de processo doloroso desenvolvido ao
longo da coluna vertebral, tratando-se de quadro idêntico ao apontado pela Perita Judicial em seu laudo.
Assim, assiste razão à parte autora ao alegar que a cessação do aludido Benefício Previdenciário se deu
de forma indevida, ou seja, quando ainda não havia recuperado sua capacidade laboral plena, motivo
pelo qual faz jus ao restabelecimento nos termos em que requerido na petição inicial.
8. Em face do exposto, conheço do recurso inominado interposto pela parte autora, ao mesmo dando
parcial provimento para, em consequência, julgar procedente em parte o pedido formulado na peça
inaugural, condenando a parte a promover o restabelecimento do Auxílio Doença em relevo desde a data
de sua cessação, mantendo-o ativo até a submissão da parte demandante a nova perícia médica
administrativa, a ser realizada no prazo de até 6 (seis) meses contados do presente julgado, bem como
ao pagamento das parcelas pretéritas não quitadas no tempo devido, devidamente atualizadas; dando-se
como indevida a conversão em Aposentadoria por Invalidez.
9. No pertinente à atualização do passivo devido à parte autora, o entendimento pacificado no âmbito
desta 1ª Turma Recursal é de que, quanto à correção monetária dos valores devidos e não pagos à parte
ré, aplica-se o posicionamento adotado pelo Superior Tribunal de Justiça, ao julgar, em sede de Recurso
Repetitivo, o REsp n. 1.495.146 - MG, Primeira Seção, rel. Min. Mauro Campbell Marques, j. 22.02.2018,
DJe 02.03.2018, no seguinte sentido:
"PROCESSUAL CIVIL. RECURSO ESPECIAL. SUBMISSÃO À REGRA PREVISTA NO ENUNCIADO
ADMINISTRATIVO 02/STJ. DISCUSSÃO SOBRE A APLICAÇÃO DO ART. 1º-F DA LEI 9.494/97 (COM
REDAÇÃO DADA PELA LEI 11.960/2009) ÀS CONDENAÇÕES IMPOSTAS À FAZENDA PÚBLICA.
808
6. Recurso especial não provido. Acórdão sujeito ao regime previsto no art. 1.036 e seguintes do
CPC/2015, c/c o art. 256-N e seguintes do RISTJ" (sem destaques no original).
Fica, desde já, ressalvada eventual fixação de índice de correção diverso, pelo Supremo Tribunal Federal,
após conclusão do julgamento do RE n. 870.947/SE.
10. Incabível a condenação em honorários advocatícios e custas processuais (interpretação do art. 55 da
Lei n. 9.099/95).
11. Sem custas processuais.
12. Acórdão lavrado nos moldes do artigo 46 da Lei nº 9.099/95.
ACÓRDÃO
DECIDE a Primeira Turma Recursal, à unanimidade, conhecer do recurso inominado interposto pela parte
autora, e, por maioria, dar-lhe parcial provimento, reformando a sentença recorrida, vencida a juíza Lília
Botelho Neiva
1ª Turma Recursal, Juizado Especial Federal/SJDF - 16/05/2019.
JUIZ RUI COSTA GONÇALVES
Relator
809
PROCESSO N. 0041283-61.2016.4.01.3400
RECORRENTE: INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
ADVOGADO : - ANDREA SANTIAGO DRUMOND
RECORRIDO: ANA PAULA LUSO SOUSA
ADVOGADO: DF00029527 - EUZIMAR MACEDO LISBOA E OUTRO(S)
RELATOR: RUI COSTA GONÇALVES
EMENTA
previsão de alta médica." Interessante notar que a perita judicial concluiu que a parte autora encontra-se
incapacitada para o trabalho, em face de ser portadora de fibromialgia, sugerindo a concessão do
benefício pelo prazo de 6 meses para melhor acompanhamento clínico e prognóstico da doença. Diante
desse quadro probatório e, considerando, inclusive, que tanto a perita judicial quanto o médico assistente
(Relatório Médico de 13/05/2016) reconhecem a necessidade de acompanhamento contínuo da parte
autora e de longo prazo reputa-se que esta logrou comprovar que se encontrava incapaz desde
31/03/2016, data do relatório médico mais antigo acostado aos autos. Anteriormente a tal data e mais
especificamente na data da entrada do requerimento (DER) não há Relatórios Médicos que possam
sustentar a existência de incapacidade. Logo, no caso, impõe-se a fixação da DIB em 31/03/2016.
7. Quanto à data da cessação do benefício (DCB), entende-se igualmente que deve ser alterada. Isso
porque a perita estabeleceu 06 meses para a recuperação da parte autora, os quais deveriam ser
contados a partir da data daquela perícia médica – 19/09/2016, e não da data da sentença – 03/07/2018.
Não há qualquer razão jurídica ou médica para o deferimento do benefício a partir da sentença, uma vez
que a perita foi clara ao estimar a concessão do benefício e, consequentemente, a recuperação da parte
autora, no prazo de 6 meses contados a partir da data da perícia. Logo, há que se alterar a DCB para o
dia 19/03/2017, conforme requerido pelo INSS.
8. Ressalte-se que, apesar da alteração no entendimento quanto à fixação da DIB e da DCB, não há
qualquer prejuízo à parte autora, pois os valores recebidos a mais a título de antecipação dos efeitos da
tutela não precisam ser devolvidos em razão de seu caráter alimentar, bem como do recebimento de boa-
fé. Ademais, a 1ª Turma Recursal, por sua maioria, já firmou entendimento de que não se aplica a decisão
do STJ no julgamento do REsp nº 1.401.560/MT, Rel. Min. Sérgio Kukina, Rel. para acórdão Min. Ari
810
Pargendler, DJe 13.10.2015, porquanto o STF adotou orientação diversa, estabelecendo que o benefício
previdenciário recebido de boa-fé pelo segurado, em decorrência de decisão judicial, não está sujeito à
repetição de indébito, em razão de seu caráter alimentar (STF, ARE 734242 agR, Rel. Ministro Roberto
Barroso, DJe 8.9.2015).
9. No tocante à correção monetária, o Supremo Tribunal Federal, no julgamento do RE 870947,
submetido ao regime de repercussão geral, assentou a seguinte tese:
"2) O art. 1º-F da Lei nº 9.494/97, com a redação dada pela Lei nº 11.960/09, na parte em que disciplina a
atualização monetária das condenações impostas à Fazenda Pública segundo a remuneração oficial da
caderneta de poupança, revela-se inconstitucional ao impor restrição desproporcional ao direito de
propriedade (CRFB, art. 5º, XXII), uma vez que não se qualifica como medida adequada a capturar a
previdenciária sujeitam-se à incidência do INPC, para fins de correção monetária, no que se refere ao
período posterior à vigência da Lei 11.430/2006, que incluiu o art. 41-A na Lei 8.213/91. Quanto aos juros
de mora, incidem segundo a remuneração oficial da caderneta de poupança (art. 1º-F da Lei 9.494/97,
com redação dada pela Lei n. 11.960/2009).
3.3 Condenações judiciais de natureza tributária.
julgamento do REsp n. 1.495.146 - MG, em sede de recurso repetitivo, determinar, para fins de correção
monetária, a incidência do INPC, no que se refere ao período posterior à vigência da Lei nº 11.430/2006,
que incluiu o art. 41-A na Lei 8.213/91. Não obstante, ressalva-se a aplicação, na fase de execução do
presente julgado, do índice de correção monetária a ser definido pelo Supremo Tribunal Federal ao
concluir o exame do ED no RE 870947.
11. Incabível a condenação em honorários advocatícios e custas processuais (interpretação do art. 55 da
Lei n. 9.099/95).
12. Acórdão lavrado nos moldes do artigo 46 da Lei nº 9.099/95.
ACÓRDÃO
Decide a Primeira Turma Recursal, à unanimidade, conhecer do recurso inominado interposto pela parte
ré, para lhe dar parcial provimento, para: a) fixar a data do início do benefício (DIB) em 31/03/2016 (data
do relatório médico mais antigo acostado aos autos); b) fixar a data da cessação do benefício (DCB) em
19/03/2017 (final do prazo de 6 meses contados a partir da data da perícia médica realizada); c) de ofício,
em face do julgamento do REsp n. 1.495.146 - MG, em sede de recurso repetitivo, determinar, para fins
de correção monetária, a incidência do INPC, no que se refere ao período posterior à vigência da Lei nº
812
11.430/2006, que incluiu o art. 41-A na Lei 8.213/91. Não obstante, fica ressalvada a aplicação, na fase
de execução do presente julgado, do índice de correção monetária a ser definido pelo Supremo Tribunal
Federal ao concluir o exame do ED no RE 870947.
1ª Turma Recursal, Juizado Especial Federal/SJDF – 16/05/2019.
JUIZ RUI COSTA GONÇALVES
Relator
PROCESSO N. 0024699-16.2016.4.01.3400
RECORRENTE: INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
ADVOGADO : - ANDREA SANTIAGO DRUMOND
RECORRIDO: THIAGO DE SOUSA ROCHA
ADVOGADO: DF00044594 - CARLOS ANTONIO LACERDA JUNIOR
RELATOR: RUI COSTA GONÇALVES
EMENTA
PREVIDENCIÁRIO. APOSENTADORIA POR INVALIDEZ. RECONHECIDO O PREENCHIMENTO DOS
REQUISITOS PARA A CONCESSÃO DO BENEFÍCIO DE APOSENTADORIA POR INVALIDEZ.
ALTERADA A DIB PARA O 16º DIA APÓS O AFASTAMENTO DA PARTE AUTORA DO TRABALHO.
CORREÇÃO MONETÁRIA: APLICAÇÃO DO RESP N. 1.495.146, JULGADO EM SEDE DE RECURSO
REPETITIVO. INCIDÊNCIA DO INPC. RECURSO DO INSS PROVIDO EM PARTE. SENTENÇA
PARCIALMENTE REFORMADA.
1. Trata-se de recurso inominado interposto pela parte ré contra sentença que julgou procedente o pedido
inicial, condenando o INSS no cumprimento da obrigação de fazer consistente na concessão do benefício
de aposentadoria por invalidez com acréscimo de 25% em favor da parte autora, fixando a DIB em
01/12/2015, com aplicação da correção monetária na forma do Manual de Cálculos da Justiça Federal.
2. A parte ré em seu recurso arguiu, em síntese, que: a) o juízo de Primeiro Grau fixou a DIB na DII
(01/12/2015) supostamente indicada na perícia médica, porém não há essa indicação no laudo pericial; b)
a DII foi fixada na data do laudo pericial, em 29/06/2016; c) a parte autora não preenche os requisitos
para concessão do benefício de aposentadoria por invalidez, em razão da possibilidade de reabilitação e,
ainda, pelo fato de o auxílio doença estar ativo; d) a improcedência dos pedidos iniciais; e) a aplicação do
artigo 1º-F da Lei nº 9.494/97, com a redação dada pela Lei nº 11.960/09, quanto à correção monetária
das parcelas retroativas; f) há necessidade de descontar, nas parcelas retroativas, os valores recebidos
com o auxílio doença após a DIB.
3. A concessão do auxílio doença pressupõe: a) condição de segurado; b) cumprimento da carência
exigida no art. 25, I, da Lei 8.213/91 (Lei de Benefícios da Previdência Social – LB), dispensada nas
hipóteses do art. 26, II, da citada Lei; e c) incapacidade temporária para o trabalho (art. 59 da LB). Já a
aposentadoria por invalidez demanda, além da condição de segurado e do cumprimento da carência, nos
moldes do auxílio doença, a demonstração de incapacidade total e permanente para o trabalho.
4. No caso vertente, a perícia médica, realizada na data de 29/07/2016, constatou que a parte autora
possui cegueira em ambos os olhos (CID10: H54.0). Segundo a perita, esta patologia ocasiona
incapacidade total, definitiva e multiprofissional. A parte autora possui 24 anos e Segundo Grau completo.
Consta no laudo que, segundo o recorrente, está afastado do trabalho desde dezembro de 2015. Por fim,
a perita concluiu que “não há possibilidade da acuidade visual com os recursos terapêuticos atuais”, bem
como deixou de fixar a data do início da incapacidade.
5. Quanto ao não preenchimento dos requisitos para a concessão do benefício de Aposentadoria por
Invalidez, alegado pelo INSS, sem razão a autarquia previdenciária.
6. No que tange ao aspecto da incapacidade laboral, verifica-se por meio do laudo médico judicial e da
documentação médica acostada aos autos que a parte autora encontra-se total, definitiva e
omniprofissionalmente incapaz para o trabalho, uma vez que é portadora de "cegueira", enfermidade esta
que impossibilita o exercício de PODER JUDICIÁRIO SEÇÃO JUDICIÁRIA DO DISTRITO FEDERAL
5D8FB6AA19F5FF7281EB2C9BA3108491 TRF 1 REGIÃO/IMP.15-01-04-SJ
2
qualquer profissão a menos que a parte autora esteja devidamente treinada para lidar com a sua
deficiência. No caso em tela, a parte autora relatou durante a perícia médica que se encontra afastada do
trabalho desde dezembro de 2015 em virtude da baixa acuidade visual. Embora não se tenha certeza
quanto ao treino ou capacidade adquirida pela parte autora para lidar com a situação de deficiência visual,
o fato é que se encontra desempregada e uma vez submetida à perícia judicial foi atestada a sua
condição de "cega", de forma que faz jus ao benefício de Aposentadoria por Invalidez até que consiga se
adaptar a esta nova situação. Assim, eventual reabilitação profissional da parte autora poderá ser
promovida pelo INSS, nos termos da lei, e uma vez obtido êxito nesta, poder-se-á suspender o benefício
de Aposentadoria por Invalidez concedido. A contrario sensu, permanecendo-se a situação ora
constatada, o benefício de Aposentadoria por Invalidez não poderá ser interrompido ou cessado.
813
7. Importante mencionar que, no atual cenário de crise do país, a falta de recursos afeta diretamente a
disponibilização de treinamentos adequados, fator este que não pode nem deve prejudicar a pessoa com
deficiência, visto ser ela o objeto de proteção no ordenamento pátrio brasileiro. Por oportuno, cumpre
registrar que a Convenção Internacional sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência – Convenção de
Nova Iorque, promulgada pelo Decreto nº 6949, de 25/08/2009, a qual possui status de Emenda
Constitucional, atentou-se, substancialmente, com a inclusão social, profissional, previdenciária,
trabalhista e cultural de todas as pessoas com deficiência, em condições de igualdade com as demais
pessoas. Além disso, o Estatuto da Pessoa com Deficiência, Lei nº 13.146, de 06/07/2015, assegura, em
seu artigo 34, que “a pessoa com deficiência tem direito ao trabalho de sua livre escolha e aceitação, em
ambiente acessível e inclusivo, em igualdade de oportunidade com as demais pessoas”. No entanto, é
(CRFB, art. 5º, XXII), uma vez que não se qualifica como medida adequada a capturar a variação de
preços da economia, sendo inidônea a promover os fins a que se destina.”
10.1. No caso sob exame, aplica-se o entendimento firmado pelo Superior Tribunal de Justiça, ao julgar,
em sede de Recurso Repetitivo, o REsp n. 1.495.146 - MG, Primeira Seção, rel. Min. Mauro Campbell
Marques, j. 22.02.2018, DJe 02.03.2018, no seguinte sentido:
"PROCESSUAL CIVIL. RECURSO ESPECIAL. SUBMISSÃO À REGRA PREVISTA NO ENUNCIADO
ADMINISTRATIVO 02/STJ. DISCUSSÃO SOBRE A APLICAÇÃO DO ART. 1º-F DA LEI 9.494/97 (COM
REDAÇÃO DADA PELA LEI 11.960/2009) ÀS CONDENAÇÕES IMPOSTAS À FAZENDA PÚBLICA.
CASO CONCRETO QUE É RELATIVO A INDÉBITO TRIBUTÁRIO.
* TESES JURÍDICAS FIXADAS.
1. Correção monetária: o art. 1º-F da Lei 9.494/97 (com redação dada pela Lei 11.960/2009), para fins de
correção monetária, não é aplicável nas condenações judiciais impostas à Fazenda Pública,
independentemente de sua natureza.
1.1 Impossibilidade de fixação apriorística da taxa de correção monetária.
No presente julgamento, o estabelecimento de índices que devem ser aplicados a título de correção
monetária não implica pré-fixação (ou fixação apriorística) de taxa de atualização monetária. Do contrário,
a decisão baseia-se em índices que, atualmente, refletem a correção monetária ocorrida no período
correspondente. Nesse contexto, em relação às situações futuras, a aplicação dos índices em comento,
sobretudo o INPC e o IPCA-E, é legítima enquanto tais índices sejam capazes de captar o fenômeno
inflacionário.
1.2 Não cabimento de modulação dos efeitos da decisão.
A modulação dos efeitos da decisão que declarou inconstitucional a atualização monetária dos débitos da
Fazenda Pública com base no índice oficial de remuneração da caderneta de poupança, no âmbito do
Supremo Tribunal Federal, objetivou reconhecer a validade dos precatórios expedidos ou pagos até 25 de
março de 2015, impedindo, desse modo, a rediscussão do débito baseada na aplicação de índices
814
diversos. Assim, mostra-se descabida a modulação em relação aos casos em que não ocorreu expedição
ou pagamento de precatório.
2. Juros de mora: o art. 1º-F da Lei 9.494/97 (com redação dada pela Lei 11.960/2009), na parte em que
estabelece a incidência de juros de mora nos débitos da Fazenda Pública com base no índice oficial de
remuneração da caderneta de poupança, aplica-se às condenações impostas à Fazenda Pública,
excepcionadas as condenações oriundas de relação jurídico-tributária.
3. Índices aplicáveis a depender da natureza da condenação.
3.1 Condenações judiciais de natureza administrativa em geral.
As condenações judiciais de natureza administrativa em geral, sujeitam-se aos seguintes encargos: (a)
até dezembro/2002: juros de mora de 0,5% ao mês; correção monetária de acordo com os índices
da Justiça Federal, com destaque para a incidência do IPCA-E a partir de janeiro/2001; (b) agosto/2001 a
junho/2009: juros de mora: 0,5% ao mês; correção monetária: IPCA-E; (c) a partir de julho/2009: juros de
mora: remuneração oficial da caderneta de poupança; correção monetária: IPCA-E.
3.1.2 Condenações judiciais referentes a desapropriações diretas e indiretas.
No âmbito das condenações judiciais referentes a desapropriações diretas e indiretas existem regras
específicas, no que concerne aos juros moratórios e compensatórios, razão pela qual não se justifica a
incidência do art. 1º-F da Lei 9.494/97 (com redação dada pela Lei 11.960/2009), nem para compensação
da mora nem para remuneração do capital.
3.2 Condenações judiciais de natureza previdenciária.
As condenações impostas à Fazenda Pública de natureza previdenciária sujeitam-se à incidência do
INPC, para fins de correção monetária, no que se refere ao período posterior à vigência da Lei
11.430/2006, que incluiu o art. 41-A na Lei 8.213/91. Quanto aos juros de mora, incidem segundo a
remuneração oficial da caderneta de poupança (art. 1º-F da Lei 9.494/97, com redação dada pela Lei n.
11.960/2009).
3.3 Condenações judiciais de natureza tributária.
A correção monetária e a taxa de juros de mora incidentes na repetição de indébitos tributários devem
corresponder às utilizadas na cobrança de tributo pago em atraso. Não havendo disposição legal
específica, os juros de mora são calculados à taxa de 1% ao mês (art. 161, § 1º, do CTN). Observada a
regra isonômica e havendo previsão na legislação da entidade tributante, é legítima a utilização da taxa
Selic, sendo vedada sua cumulação com quaisquer outros índices.
4. Preservação da coisa julgada.
Não obstante os índices estabelecidos para atualização monetária e compensação da mora, de acordo
com a natureza da condenação imposta à Fazenda Pública, cumpre ressalvar eventual coisa julgada que
tenha determinado a aplicação de índices diversos, cuja constitucionalidade/legalidade há de ser aferida
no caso concreto.
* SOLUÇÃO DO CASO CONCRETO.
5. Em se tratando de dívida de natureza tributária, não é possível a incidência do art. 1º-F da Lei 9.494/97
(com redação dada pela Lei 11.960/2009) - nem para atualização monetária nem para compensação da
mora -, razão pela qual não se justifica a reforma do acórdão recorrido.
6. Recurso especial não provido. Acórdão sujeito ao regime previsto no art. 1.036 e seguintes do
CPC/2015, c/c o art. 256-N e seguintes do RISTJ" (sem destaques no original).
10.2. Dessa forma, no que tange à correção monetária, deve-se aplicar o índice do INPC, no que se
refere ao período posterior à vigência da Lei nº 11.430/2006, que incluiu o art. 41-A na Lei 8.213/91.
Dessa forma, não há que se reformar a sentença, uma vez que está em consonância com o que foi
decidido no REsp 1.495.146 - MG. Não obstante, ressalva-se a aplicação, na fase de execução do
presente julgado, do índice de correção monetária a ser definido pelo Supremo Tribunal Federal ao
concluir o exame do ED no RE 870947.
10.3. Consigne-se que o entendimento ora adotado não altera, todavia, aquele firmado pelo STF, em
repercussão geral, na qual ficou sedimentado que a TR não é adequada para recompor a perda do poder
de compra.
10.4. Registre-se, por oportuno, que o acórdão referente ao RE 870.947 já foi efetivamente publicado no
DJe de 17/11/2017, tornado público em 20/11/2017. Demais disso, a decisão proferida pelo STF possui
efeito vinculante desde a data de publicação da ata de julgamento e não da publicação do acórdão (STF,
Rcl 3.632 AgR/AM, Rel. p/ acórdão Min. Eros Grau DJU de 18.8.2006).
815
10.5. Há que se registrar que não prejudica a conclusão deste julgamento, quanto aos consectários
legais, a pendência de embargos declaratórios, no RE 870.947, nem mesmo se a tais embargos,
excepcionalmente, foi deferido algum efeito suspensivo, pois aqui ainda se está na fase de conhecimento
da causa, longe do início da eventual fase PODER JUDICIÁRIO SEÇÃO JUDICIÁRIA DO DISTRITO
FEDERAL
5D8FB6AA19F5FF7281EB2C9BA3108491 TRF 1 REGIÃO/IMP.15-01-04-SJ
5
de cumprimento do julgado, quanto aos valores pretéritos a serem pagos, se for o caso.
10.6. Vale consignar, ainda, que o STJ decidiu recentemente que “(...) mostra-se descabida a modulação
PROCESSO N. 0002114-96.2018.4.01.3400
RECORRENTE: DORISON BEZERRA AGUIAR DA SILVA
ADVOGADO : BA00013776 - MAURICIO TRINDADE
RECORRIDO: INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
ADVOGADO: - RAFAEL VASCONCELOS FONTES
RELATOR: RUI COSTA GONÇALVES
EMENTA
PREVIDENCIÁRIO. AUXÍLIO DOENÇA. APOSENTADORIA POR INVALIDEZ. RECONHECIDO O
DIREITO À APOSENTADORIA POR INVALIDEZ. RECURSO DA PARTE AUTORA PROVIDO.
SENTENÇA REFORMADA.
1. Trata-se de recurso inominado interposto pela parte autora contra sentença que julgou improcedente o
pedido inicial, negando o direito ao benefício de auxílio doença e sua conversão em aposentadoria por
invalidez, em razão da ausência de incapacidade laborativa.
2. A parte autora em seu recurso arguiu, em síntese, que: a) é portador de moléstia incapacitante e não
reúne condições mínimas para o trabalho; b) é pessoa idosa, com mais de 67 anos e que dificilmente
encontraria recolocação no mercado de trabalho; c) possui baixo grau de instrução; d) o curto lapso
temporal em que trabalhou como gerente administrativo, há mais de 14 anos, não resulta em sua
capacidade para o trabalho; e) o juízo sentenciante deixou de analisar os aspectos sociais, econômicos,
culturais, cronológicos e educacionais; f) requer seja restabelecido o benefício previdenciário de auxílio
doença desde 03/11/2017 e a sua conversão em aposentadoria por invalidez ou, subsidiariamente, seja
declarado nulo o laudo médico pericial, com designação de nova avaliação médica.
3. A concessão do auxílio doença pressupõe: a) condição de segurado; b) cumprimento da carência
exigida no art. 25, I, da Lei 8.213/91 (Lei de Benefícios da Previdência Social – LB), dispensada nas
hipóteses do art. 26, II, da citada Lei; e c) incapacidade temporária para o trabalho (art. 59 da LB). Já a
aposentadoria por invalidez demanda, além da condição de segurado e do cumprimento da carência, nos
moldes do auxílio doença, a demonstração de incapacidade total e permanente para o trabalho.
4. No caso vertente, a perícia médica, realizada por médico especializado em Neurologia, na data de
24/04/2018, concluiu que a parte Autora possui epilepsia (CID 10: G40). Esta patologia, segundo o perito,
não incapacita a parte autora para o trabalho de gerente administrativo (última função exercida pela parte
autora). O perito judicial consignou no laudo que pacientes com epilepsia devem evitar atividades de
risco, tais como trabalho em altura, motorista, piloto, operador de máquinas industriais, trabalho junto ao
fogo, guarda-vidas e mergulhador. A parte autora tem 67 anos e possui Primeiro Grau incompleto. O
perito estipulou a data do início da doença em 1986 (DID).
5. A parte autora acostou à petição inicial relatórios médicos, emitidos pelo Instituto de Neurologia
Neurocirurgia Eletroencefalofrafia de Brasília, datados de 27/10/2017, 18/08/2017, 05/06/2017, nos quais
816
constam que “o paciente não está totalmente controlado é incapaz para qualquer atividade laborativa da
PODER JUDICIÁRIO SEÇÃO JUDICIÁRIA DO DISTRITO FEDERAL
EB925316565329A935137BFEF0E2D809 TRF 1 REGIÃO/IMP.15-01-04-SJ
2
maneira definitiva”. Além disso, juntou ainda atestado médico de 120 dias, emitido pelo Instituto Nacional
de Assistência Médica da Previdência Social, datado de 06/11/1986.
6. De início, da análise do laudo médico pericial, constato, a princípio, que este é conclusivo no sentido de
a parte autora estar capaz para o exercício da atividade laborativa de gerente administrativo. Observo, no
entanto, que o perito reputa que a parte autora encontra-se incapacitada para atividades de risco, como
PROCESSO N. 0067873-75.2016.4.01.3400
para fixar a data do início do benefício em 29/11/2017 (DIB), data da citação do réu nos autos,
reformando parcialmente a sentença de Primeiro Grau no ponto.
7. Honorários advocatícios pela Recorrente vencida (parte autora), fixados em 10% (dez por cento) do
valor da causa devidamente corrigido, ficando a condenação suspensa enquanto perdurar o estado de
carência que justificou a concessão da justiça gratuita, prescrevendo a dívida cinco anos após o trânsito
em julgado da decisão que a certificou, nos termos do § 3º do art. 98 do NCPC.
8. Incabível a condenação do INSS em honorários sucumbenciais (interpretação do art. 55 da Lei nº
9.099/95).
9. Sem custas processuais.
10. Acórdão lavrado nos moldes do artigo 46 da Lei nº 9.099/95.
PROCESSO N. 0006855-53.2016.4.01.3400
RECORRENTE: APARECIDO DE CARVALHO CORDEIRO
ADVOGADO : DF00023338 - ALINE SILVA
RECORRIDO: INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
ADVOGADO:
RELATOR: RUI COSTA GONÇALVES
EMENTA
PREVIDENCIÁRIO. AUXÍLIO DOENÇA. FIXAÇÃO DA DATA DO INÍCIO DA INCAPACIDADE. QUADRO
INCAPACITANTE COM AGRAVAMENTO AO LONGO DO TEMPO. QUALIDADE DE SEGURADO
PRESERVADA. CONDIÇÕES PESSOAIS DO SEGURADO E NATUREZA DO QUADRO
INCAPACITANTE. QUADRO DE INCAPACIDADE DEFINITIVA CARACTERIZADO. RECONHECIDO O
DIREITO À CONVERSÃO DO AUXÍLIO DOENÇA EM APOSENTADORIA POR INVALIDEZ. RECURSO
DA PARTE AUTORA PROVIDO. SENTENÇA REFORMADA.
1. Trata-se de recurso inominado interposto pela parte autora contra sentença que julgou improcedente o
pedido inicial, negando o direito ao benefício de auxílio doença e sua conversão em aposentadoria por
invalidez, em razão da ausência da qualidade de segurado.
2. A parte autora em seu recurso arguiu, em síntese, que: a) é portador de doença incapacitante e
degenerativa; b) a ação foi originariamente distribuída na Vara de Ações Previdenciárias, em 23/03/2015;
c) primeira perícia judicial realizada, na data de 11/06/2015, constatou sua incapacidade parcial,
permanente; d) em que pese a sentença ter determinado o declínio de competência para a Justiça
Federal, onde foi submetido a nova perícia médica, na data do primeiro exame judicial detinha a
qualidade de segurado, visto estar em gozo do período de graça; e) ainda que não tenha sido fixada a
data do início da incapacidade na segunda perícia, esta deve ser fixada na data da primeira perícia
judicial; f) há nos autos vasta documentação médica que comprova o caráter definitivo de sua
incapacidade e que possui idêntica relação com o parecer do perito judicial; g) requer seja concedido o
benefício de auxílio doença e sua conversão em aposentadoria por invalidez.
3. A concessão do auxílio doença pressupõe: a) condição de segurado; b) cumprimento da carência
exigida no art. 25, I, da Lei 8.213/91 (Lei de Benefícios da Previdência Social – LB), dispensada nas
hipóteses do art. 26, II, da citada Lei; e c) incapacidade temporária para o trabalho (art. 59 da LB). Já a
aposentadoria por invalidez demanda, além da condição de segurado e do cumprimento da carência, nos
moldes do auxílio doença, a demonstração de incapacidade total e permanente para o trabalho.
4. No caso vertente, o laudo pericial, elaborado por médica especializada em Medicina do Trabalho, na
data de 17/05/2016, concluiu que a parte autora possui perda auditiva bilateral irreversível (CID10: H90).
Esta patologia, segundo a perita, incapacita a parte autora de forma permanente, parcial e
multiprofissional. A parte autora tem 52 anos, é semianalfabeto (capacidade de escrever somente o
próprio nome) e laborou durante 11 anos como motorista e PODER JUDICIÁRIO SEÇÃO JUDICIÁRIA
DO DISTRITO FEDERAL
3D619C653FB6C5D767467D02903DEDD8 TRF 1 REGIÃO/IMP.15-01-04-SJ
2
operador de guindaste. A perita não informou a data do início da doença (DII). Por fim, concluiu que “o
periciando apresenta comprometimento da capacidade laboral (incapacidade laboral permanente e
819
parcial). Aponta-se a presença de potencial laborativo para ser avaliado, uma vez que poderá exercer
outra atividade, desde que em ambiente onde não fique exposto a ruídos”.
5. A parte autora acostou à petição inicial, relatório médico, emitido pela Clínica de Otorrinolaringologia
“OTO”, datado de 15/01/2015, o qual faz menção à sua patologia, bem como relatórios emitidos pela
Rede Pública de Saúde, datados de 21/05/2015 e de 11/06/2015, que demonstram a situação de
permanência da incapacidade laborativa, com proposta médica de afastamento do trabalho.
6. No caso em tela, não há controvérsia quanto à incapacidade da parte autora. No entanto, o cerne da
questão cinge-se quanto à data do início da incapacidade (DII) e se a parte autora possuía qualidade de
segurada e carência nesta época. De acordo com o CNIS acostado aos autos, verifica-se que a parte
autora usufruiu benefício de Auxílio Doença no período de 12/10/2013 a 07/04/2014, não tendo o INSS o
ACÓRDÃO
Decide a Primeira Turma Recursal, à unanimidade, conhecer do recurso inominado interposto pela parte
autora, para ao mesmo dar provimento, nos termos do voto do Juiz Federal Relator.
1ª Turma Recursal, Juizado Especial Federal/SJDF - 16/05/2019.
JUIZ RUI COSTA GONÇALVES
Relator
821
PROCESSO N. 0010863-73.2016.4.01.3400
RECORRENTE: MARIA DE LOURDES DE SOUZA ARAUJO
ADVOGADO : DF00047870 - JÔNATAS JEAN DA CRUZ SILVA E OUTRO(S)
RECORRIDO: INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
ADVOGADO: - RAFAEL VASCONCELOS FONTES
acostado aos autos, a parte autora usufruiu benefício de Auxílio Doença no período de 14/03/2011 a
30/01/2012. Após isso, houve novo requerimento administrativo de igual teor do antecedente, em
01/02/2012, que foi indeferido sob fundamento de ausência de incapacidade, verificada na perícia médica
do INSS, em 13/03/2012.
7. Diante do contexto fático probatório, porém, conclui-se que o quadro clínico da parte autora é de
natureza grave, consistente em transtorno de depressão, desencadeado por conta de trauma profundo
sofrido em outubro/2010, com a perda de seus dois únicos filhos em acidente automobilístico. A despeito
de a perícia administrativa, em 13/03/2012, haver concluído pela ocorrência de capacidade laborativa
(vide conclusões: “mantenho o indeferimento por considerar o quadro psiquiátrico controlado, pois não
houve troca de medicação, não houve internação no período e o labor poder auxiliar a sua melhor
recuperação ...”). No entanto, constata-se que em 07/03/2012, isto é, 05 (cinco) dias antes da perícia do
INSS, a parte autora fora submetida a exame médico por Psiquiatra, que atestou sua incapacidade,
esclarecendo os sintomas apresentados na oportunidade, como “choro fácil, lentificação psicomotorial,
sentimento de perda de sentido pela vida (...)", recomendando "6 meses de amparo social”, conclusão
que, afinal, harmoniza-se com a apontada na Perícia Judicial.
8. Assim, após sopesar a documentação acostada, não há evidências de que a parte autora se recuperou
totalmente do trauma sofrido em decorrência do episódio ocorrido em outubro/2010, de sorte que, à
822
época da cessação do benefício, isto é, 1 ano após o início de sua enfermidade, a parte autora estava
inapta para o trabalho. A Perita Judicial reconheceu que, em novembro/2015, a demandante já estava
incapaz para o labor, conclusão a que chegou a partir de interpretação feita com base nos documentos
apresentados no momento do exame, sendo certo, porém, que no próprio corpo do Laudo foram
elencados os relatórios médicos particulares que informam a situação de incapacidade em época anterior,
em decorrência do que não houve perda da qualidade de segurada, vez que se quadra do mesmo quadro
incapacitante, em evolução, que deu ensejo à concessão do Benefício por Incapacidade temporária
cessado em 30.01.2012, cuja persistência foi atestada pela Perita Judicial, no curso da instrução
processual.
9. A despeito dos graves sintomas documentalmente comprovados, tem-se, porém, como precoce o
ART. 1º-F DA LEI 9.494/97 (COM REDAÇÃO DADA PELA LEI 11.960/2009) ÀS CONDENAÇÕES
IMPOSTAS À FAZENDA PÚBLICA. CASO CONCRETO QUE É RELATIVO A INDÉBITO TRIBUTÁRIO.
* TESES JURÍDICAS FIXADAS.
1. Correção monetária: o art. 1º-F da Lei 9.494/97 (com redação dada pela Lei 11.960/2009), para fins de
correção monetária, não é aplicável nas condenações judiciais impostas à Fazenda Pública,
independentemente de sua natureza.
1.1 Impossibilidade de fixação apriorística da taxa de correção monetária.
No presente julgamento, o estabelecimento de índices que devem ser aplicados a título de correção
monetária não implica pré-fixação (ou fixação apriorística) de taxa de atualização monetária. Do contrário,
a decisão baseia-se em índices que, atualmente, refletem a correção monetária ocorrida no período
correspondente. Nesse contexto, em relação às situações futuras, a aplicação dos índices em comento,
sobretudo o INPC e o IPCA-E, é legítima enquanto tais índices sejam capazes de captar o fenômeno
inflacionário.
1.2 Não cabimento de modulação dos efeitos da decisão.
A modulação dos efeitos da decisão que declarou inconstitucional a atualização monetária dos débitos da
Fazenda Pública com base no índice oficial de remuneração da caderneta de poupança, no âmbito do
Supremo Tribunal Federal, objetivou reconhecer a validade dos precatórios expedidos ou pagos até 25 de
março de 2015, impedindo, desse modo, a rediscussão do débito baseada na aplicação de índices
diversos. Assim, mostra-se descabida a modulação em relação aos casos em que não ocorreu expedição
ou pagamento de precatório.
2. Juros de mora: o art. 1º-F da Lei 9.494/97 (com redação dada pela Lei 11.960/2009), na parte em que
estabelece a incidência de juros de mora nos débitos da Fazenda Pública com base no índice oficial de
remuneração da caderneta de poupança, aplica-se às condenações impostas à Fazenda Pública,
excepcionadas as condenações oriundas de relação jurídico-tributária.
3. Índices aplicáveis a depender da natureza da condenação.
(...)
3.2 Condenações judiciais de natureza previdenciária.
As condenações impostas à Fazenda Pública de natureza previdenciária sujeitam-se à incidência do
INPC, para fins de correção monetária, no que se refere ao período posterior à vigência da Lei
11.430/2006, que incluiu o art. 41-A na Lei 8.213/91. Quanto aos juros de mora, incidem segundo a
823
remuneração oficial da caderneta de poupança (art. 1º-F da Lei 9.494/97, com redação dada pela Lei n.
11.960/2009).
(...)
4. Preservação da coisa julgada.
Não obstante os índices estabelecidos para atualização monetária e compensação da mora, de acordo
com a natureza da condenação imposta à Fazenda Pública, cumpre ressalvar eventual coisa julgada que
tenha determinado a aplicação de índices diversos, cuja constitucionalidade/legalidade há de ser aferida
no caso concreto.
* SOLUÇÃO DO CASO CONCRETO.
5. Em se tratando de dívida de natureza tributária, não é possível a incidência do art. 1º-F da Lei 9.494/97
PROCESSO N. 0032467-56.2017.4.01.3400
RECORRENTE: MIRIAM PEREIRA BARBOSA
ADVOGADO : DF00035029 - FABIO CORREA RIBEIRO E OUTRO(S)
RECORRIDO: INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
ADVOGADO: - RAFAEL VASCONCELOS FONTES
RELATOR: RUI COSTA GONÇALVES
EMENTA
PREVIDENCIÁRIO. AUXÍLIO DOENÇA. INCAPACIDADE ATESTADA NO LAUDO PERICIAL.
QUALIDADE DE SEGURADA. QUADRO INCAPACITANTE PERSISTENTE, MANTENDO-SE A
DESPEITO DA CESSAÇÃO DO BENEFÍCIO DE AUXÍLIO DOENÇA. VÍNCULO COM O RGPS
MANTIDO. FIXAÇÃO DA DATA DO INÍCIO DA INCAPACIDADE. RECONHECIDA A MANUTENÇÃO DA
INCAPACIDADE QUANDO DA CESSAÇÃO INDEVIDA DO BENEFÍCIO. LAUDO MÉDICO PERICIAL
ACOLHIDO EM PARTE, ASSEGURANDO O RESTABELECIMENTO DO BENEFÍCIO POR
INCAPACIDADE TEMPORÁRIA E SUA MANUTENÇÃO ATÉ A REABILITAÇÃO PROFISSIONAL DA
PARTE AUTORA. RECURSO DA PARTE AUTORA PROVIDO EM PARTE. SENTENÇA REFORMADA.
1. Trata-se de recurso inominado interposto pela parte autora contra sentença que julgou improcedente o
pedido inicial, negando o direito ao benefício de auxílio doença e sua conversão em aposentadoria por
invalidez, em razão da ausência da qualidade de segurado.
2. A parte autora em seu recurso arguiu, em síntese, que: a) os documentos apresentados atestam de
forma robusta que está incapacitada desde a data da cessação administrativa; b) continua realizando
tratamento junto ao CAPS desde o ano de 2013; c) ainda que a data do início da incapacidade seja fixada
em junho/2016, somente perderia a qualidade de segurada em 15/09/2017, em razão da prorrogação do
período de graça; d) requer seja concedido o benefício de auxílio doença desde a data do indevido
indeferimento administrativo.
3. A concessão do auxílio doença pressupõe: a) condição de segurado; b) cumprimento da carência
exigida no art. 25, I, da Lei 8.213/91 (Lei de Benefícios da Previdência Social – LB), dispensada nas
hipóteses do art. 26, II, da citada Lei; e c) incapacidade temporária para o trabalho (art. 59 da LB).
4. No caso vertente, o laudo pericial, elaborado por médica especializada em Psiquiatria, na data de
21/09/2017, concluiu que a parte Autora possui transtorno depressivo grave, refratária aos tratamentos
médicos, com quebra crônica da curva de vida (CID 10: F33). Esta patologia, segundo a perita, incapacita
a parte autora de forma permanente, total e omniprofissional. A parte autora tem 46 anos, possui
824
Segundo Grau completo e sua última função foi como auxiliar administrativa. A perita estipulou a data do
início da incapacidade em junho/2017.
5. A parte autora acostou à petição inicial, relatórios médicos, emitidos pela Rede Pública de Saúde,
datados de 30/09/2015, 24/11/2015, 17/12/2015, 07/07/2016 e 21/06/2017, os quais demonstram a
manutenção da enfermidade. PODER JUDICIÁRIO SEÇÃO JUDICIÁRIA DO DISTRITO FEDERAL
820E08D264883FBA89046D6A637D72E4 TRF 1 REGIÃO/IMP.15-01-04-SJ
2
6. No caso em tela, não há controvérsia quanto à incapacidade da parte autora. No entanto, o cerne da
questão cinge-se quanto à data do início da incapacidade e se a parte autora possuía qualidade de
entendimento pacificado no âmbito desta 1ª Turma Recursal é de que, quanto à correção monetária dos
valores devidos e não pagos à parte ré, aplica-se o posicionamento adotado pelo Superior Tribunal de
Justiça, ao julgar, em sede de Recurso Repetitivo, o REsp n. 1.495.146 - MG, Primeira Seção, rel. Min.
Mauro Campbell Marques, j. 22.02.2018, DJe 02.03.2018, no seguinte sentido:
"PROCESSUAL CIVIL. RECURSO ESPECIAL. SUBMISSÃO À REGRA PREVISTA NO ENUNCIADO
ADMINISTRATIVO 02/STJ. DISCUSSÃO SOBRE A APLICAÇÃO DO ART. 1º-F DA LEI 9.494/97 (COM
REDAÇÃO DADA PELA LEI 11.960/2009) ÀS CONDENAÇÕES IMPOSTAS À FAZENDA PÚBLICA.
CASO CONCRETO QUE É RELATIVO A INDÉBITO TRIBUTÁRIO.
* TESES JURÍDICAS FIXADAS.
1. Correção monetária: o art. 1º-F da Lei 9.494/97 (com redação dada pela Lei 11.960/2009), para fins de
correção monetária, não é aplicável nas condenações judiciais impostas à Fazenda Pública,
independentemente de sua natureza.
1.1 Impossibilidade de fixação apriorística da taxa de correção monetária.
No presente julgamento, o estabelecimento de índices que devem ser aplicados a título de correção
monetária não implica pré-fixação (ou fixação apriorística) de taxa de atualização monetária. Do contrário,
825
a decisão baseia-se em índices que, atualmente, refletem a correção monetária ocorrida no período
correspondente. Nesse contexto, em relação às situações futuras, a aplicação dos índices em comento,
sobretudo o INPC e o IPCA-E, é legítima enquanto tais índices sejam capazes de captar o fenômeno
inflacionário.
1.2 Não cabimento de modulação dos efeitos da decisão.
A modulação dos efeitos da decisão que declarou inconstitucional a atualização monetária dos débitos da
Fazenda Pública com base no índice oficial de remuneração da caderneta de poupança, no âmbito do
Supremo Tribunal Federal, objetivou reconhecer a validade dos precatórios expedidos ou pagos até 25 de
março de 2015, impedindo, desse modo, a rediscussão do débito baseada na aplicação de índices
diversos. Assim, mostra-se descabida a modulação em relação aos casos em que não ocorreu expedição
Não obstante os índices estabelecidos para atualização monetária e compensação da mora, de acordo
com a natureza da condenação imposta à Fazenda Pública, cumpre ressalvar eventual coisa julgada que
tenha determinado a aplicação de índices diversos, cuja constitucionalidade/legalidade há de ser aferida
no caso concreto.
* SOLUÇÃO DO CASO CONCRETO.
5. Em se tratando de dívida de natureza tributária, não é possível a incidência do art. 1º-F da Lei 9.494/97
(com redação dada pela Lei 11.960/2009) - nem para atualização monetária nem para compensação da
mora -, razão pela qual não se justifica a reforma do acórdão recorrido.
6. Recurso especial não provido. Acórdão sujeito ao regime previsto no art. 1.036 e seguintes do
CPC/2015, c/c o art. 256-N e seguintes do RISTJ" (sem destaques no original).
Fica, desde já, ressalvada eventual fixação de índice de correção diverso, pelo Supremo Tribunal Federal,
após conclusão do julgamento do RE n. 870.947/SE.
12. Incabível a condenação em honorários advocatícios e custas processuais (interpretação do art. 55 da
Lei n. 9.099/95).
13. Sem custas processuais.
14. Acórdão lavrado nos moldes do artigo 46 da Lei nº 9.099/95.
ACÓRDÃO
Decide a Primeira Turma Recursal, à unanimidade, conhecer do recurso inominado interposto pela parte
autora para lhe dar parcial provimento, reformando a sentença recorrida, nos termos do voto do Juiz
Federal Relator.
1ª Turma Recursal, Juizado Especial Federal/SJDF - 16/05/2019.
JUIZ RUI COSTA GONÇALVES
Relator
PROCESSO N. 0039802-29.2017.4.01.3400
RECORRENTE: JOAQUIM ROQUE ALVES DA SILVA
ADVOGADO : DF00030598 - MAX ROBERT MELO E OUTRO(S)
RECORRIDO: UNIAO FEDERAL
ADVOGADO: - EDUARDO JORGE PEREIRA ALVES
RELATOR: RUI COSTA GONÇALVES
EMENTA
ADMINISTRATIVO. SERVIDOR PÚBLICO. ANISTIA. LEI 8.878/94. RETORNO. RECOMPOSIÇÃO
REMUNERATÓRIA DE 16,40% EM 1992. SERVIDOR DA AGÊNCIA BRASILEIRA DE INTELIGÊNCIA –
826
6. Todavia, não se desincumbiu a parte autora do ônus da prova de demonstrar ter sido a sua
remuneração calculada com fundamento em tal dispositivo legal, nem tampouco provou estar abrangida
pelo reconhecimento do direito postulado, operado no âmbito do Ministério da Agricultura, Pecuária e
Abastecimento, porquanto tal reconhecimento não se deu no processo administrativo nº
04599.000423/2010-88 (cf. cópia que acompanha a documentação inicial), sendo que a documentação
juntada aos autos posteriormente não se refere ao órgão de vínculo do Autor (documento registrado em
27/06/2017).
7. O fato de ter havido uma decisão administrativa, no âmbito do Ministério da Agricultura, reconhecendo
um direito em abstrato a um grupo de anistiados, não significa dizer que houve um reconhecimento de
dívida em favor da parte autora pelo seu órgão empregador, não se sustentando a tese defendida na
petição inicial no sentido de que haveria valores devidos e não pagos pela Administração, por falta de
disponibilidade orçamentária.
8. Recurso improvido. Sentença mantida.
9. Honorários advocatícios pela parte recorrente, fixados em 10% do valor atribuído à causa (Lei
9.099/95, art. 55), devidamente corrigido, ficando a execução suspensa pelo prazo de 5 (cinco) anos
contados do trânsito em julgado deste acórdão, em virtude da concessão da gratuidade de Justiça (art.
98, §3º, do CPC/15).
10. Acórdão lavrado nos termos do art. 46 da Lei nº 9.099/95.
ACÓRDÃO
Decide a Primeira Turma Recursal-JEF/DF, à unanimidade, negar provimento ao recurso da parte Autora.
1ª Turma Recursal, Juizado Especial Federal/SJDF. Brasília-DF, 16/05/2019.
JUIZ RUI COSTA GONÇALVES
Relator
E36392DF47ED619CA4C93F62D35217B7
827
PROCESSO N. 0019102-95.2018.4.01.3400
RECORRENTE: ROSELIA DE SOUZA CERQUEIRA NUNES
ADVOGADO : DF00045718 - EMERSON ALVES DOS SANTOS
RECORRIDO: INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
ADVOGADO: - RAFAEL VASCONCELOS FONTES
RELATOR: RUI COSTA GONÇALVES
EMENTA
PREVIDENCIÁRIO. AUXÍLIO DOENÇA. LAUDO MÉDICO PERICIAL OMISSO, DÚBIO E
INSATISFATÓRIO COMO ELEMENTO DE CONVENCIMENTO. CERCEAMENTO DE DEFESA
pela Médica Assistente no sentido de que a demandante "está curada", desfecho esse que, concessa
venia, apresenta-se imprestável para o fim de ser dirimido o litígio exposto nos presentes autos.
6. Por outro lado, a parte autora apresentou novo documento, ainda na fase de instrução processual,
elaborado em 14/07/2018, pela mesma médica assistente citada pela perita judicial, em que consta
expressamente a presença de restrições consistentes que apontam para a impossibilidade de retorno ao
trabalho, motivo pelo qual é de se reconhecer, no mínimo, a existência de dúvida incontornável, em grau
de recurso, quanto ao real estado clínico da recorrente.
7. Assim, buscando dirimir efetivamente a controvérsia persistente, em respeito ao princípio do devido
processo legal, impõe-se o reconhecimento de que a sentença recorrida é nula, dado que embasada em
prova técnica imprestável, favorecendo, dessa forma, a reabertura da instrução probatória e designação
de nova perícia médica com profissional habilitado, para que seja esclarecido se a demandante se
encontra ou não incapacitada para o retorno ao trabalho e, sendo o caso, se a incapacidade é transitória
ou definitiva.
8. Em face do exposto, conheço do recurso inominado interposto pela parte autora, para dar provimento,
declarando nula a sentença de primeiro grau de jurisdição e, consequentemente, determinando o retorno
dos autos ao Juízo de origem, para fim de reabertura da instrução processual, nos termos acima
elucidados.
9. Incabível a condenação em honorários advocatícios e custas processuais (interpretação do art. 55 da
Lei n. 9.099/95).
10. Sem custas processuais.
11. Acórdão lavrado nos moldes do artigo 46 da Lei nº 9.099/95.
ACÓRDÃO
Decide a Primeira Turma Recursal, à unanimidade, conhecer do recurso inominado interposto pela parte
autora para ao mesmo dar provimento e declarar nula a sentença de primeiro grau de jurisdição, nos
termos do voto do Juiz Federal Relator.
1ª Turma Recursal, Juizado Especial Federal/SJDF - 16/05/2019.
828
PROCESSO N. 0051696-70.2015.4.01.3400
RECORRENTE: UNIAO FEDERAL
6. Nos termos do art. 477, caput, da CLT, vigente à época do fato em relevo, "é assegurado a todo
empregado, não existindo prazo estipulado para a terminação do respectivo contrato, e quando não haja
ele dado motivo para cessação das relações de trabalho, o direito de haver do empregador uma
indenização, paga na base da maior remuneração que tenha percebido da mesma empresa", tratando-se
de regra aplicável na situação ora sob exame, dado que a parte autora não possuía estabilidade no
serviço público.
7. Considerando-se que a extinção do contrato de trabalho noticiado nos autos se deu na década de
1990, tem-se que qualquer reclamação acerca da aludida indenização, devida pelo Estado Empregador,
encontra-se definitivamente fulminada pela decadência, segundo o disposto no art. 7º, inciso XXIX, da
Constituição Federal.
8. A readmissão da parte autora, por força da Lei n. 8.878/1994, configura tão-somente mera liberalidade
do Estado Empregador, a exemplo do que ocorre na iniciativa privada em sentido estrito, não implicando
830
PROCESSO N. 0049273-69.2017.4.01.3400
RECORRENTE: MARCIO LUIZ VARGAS BARBOSA
ADVOGADO : DF00030598 - MAX ROBERT MELO E OUTRO(S)
RECORRIDO: UNIAO FEDERAL
ADVOGADO: - JACIRA DE ALENCAR ROCHA
RELATOR: RUI COSTA GONÇALVES
EMENTA
ADMINISTRATIVO. SERVIDOR PÚBLICO. DISPENSA POR CONTENÇÃO DE DESPESA À ÉPOCA DO
GOVERNO COLLOR. VÍNCULO REGIDO PELA CLT. AUSÊNCIA DE ESTABILIDADE NO SERVIÇO
PÚBLICO. APLICAÇÃO DO ART. 477 DA CLT. LEI N. 8.878/1994 (LEI DE ANISTIA). READMISSÃO.
FORMAÇÃO DE NOVO VÍNCULO COM A ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA, PORÉM SIMILAR AO
ANTERIOR. MIGRAÇÃO PARA O REGIME ESTATUTÁRIO. IMPOSSIBILIDADE. AUSÊNCIA DE
PRÉVIA APROVAÇÃO EM CONCURSO PÚBLICO PARA A INVESTIDURA NO CARGO. ART. 37,
INCISO II, DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL. EXTINÇÃO DO CONTRATO INDIVIDUAL DE TRABALHO
OCORRIDA NA VIGÊNCIA DA CARTA MAGNA DE 1988. PEDIDO AUTORAL EM CONFRONTO COM A
ORDEM CONSTITUCIONAL. RECURSO IMPROVIDO.
1. Cuida-se de Recurso inominado interposto pela parte Autora, insurgindo-se contra sentença de
primeiro grau no bojo da qual foi julgado improcedente pedido autoral visando à condenação da parte Ré
ao enquadramento no Plano de Cargos e Salários sob o Regime Jurídico Único instituído pela Lei n.
8.112/1990, por conta de seu reingresso ao Serviço Público após haver sofrido dispensa imotivada à
época do Governo Collor, com o pagamento de todas as diferenças remuneratórias, inclusive resultantes
de gratificações.
2. Alega, em síntese, a parte recorrente que a Administração Federal,ao editar a Lei n. 8.878/1994 (Lei da
Anistia), não fez qualquer distinção quanto ao Regime Jurídico em que deveria se dar o reingresso do
servidor dispensado, sendo inconstitucional a manutenção do regime CLTista, na medida em que está
recebendo tratamento não isonômico com relação aos demais servidores estatutários; acrescentando
que, tendo sido injustamente desligado, faz jus à remuneração de todo o período em que assim
permaneceu, incluídas todas as vantagens concedidas aos demais servidores.
3. O Juizado Especial Federal é competente para examinar a presente demanda, dado que,
essencialmente, o pedido visa ao reconhecimento de alegado vínculo estatutário mantido entre a parte
demandante e a Administração Pública Federal, bem assim ao recebimento dos valores decorrentes do
eventual êxito do pleito, não se direcionando à invalidação de qualquer ato administrativo.
4. No tocante à prescrição, tem-se como ausente a falta de interesse recursal, ainda que em sede de
contrarrazões, da parte recorrida, porque acolhida na sentença de primeiro grau.
5. No pertinente ao mérito propriamente dito, a autora mantinha vínculo empregatício com a
Administração Pública, ou seja, sua relação funcional era regida pela Consolidação das Leis do Trabalho,
à época em que houve a dispensa questionada, quando já se encontrava em plena vigência a
Constituição Federal de 1988, cujo art. 37, inciso II, estabelecia (texto original) que "a investidura em
cargo ou emprego público depende de aprovação prévia em concurso público de provas ou de provas e
títulos, ressalvadas as nomeações para cargo em comissão declarado em lei de livre nomeação e
831
exoneração", regra básica que subsiste, na essência, mesmo após a EC 19/1998. PODER JUDICIÁRIO
SEÇÃO JUDICIÁRIA DO DISTRITO FEDERAL
3DBE102762978820114039F159375E06 TRF 1 REGIÃO/IMP.15-01-04-SJ
2
6. Nos termos do art. 477, caput, da CLT, vigente à época do fato em relevo, "é assegurado a todo
empregado, não existindo prazo estipulado para a terminação do respectivo contrato, e quando não haja
ele dado motivo para cessação das relações de trabalho, o direito de haver do empregador uma
indenização, paga na base da maior remuneração que tenha percebido da mesma empresa", tratando-se
de regra aplicável na situação ora sob exame, dado que a parte autora não possuía estabilidade no
PROCESSO N. 0042551-19.2017.4.01.3400
RECORRENTE: REYNALDO FERNANDES GUIMARAES
ADVOGADO : DF00017998 - FRANCISCO DAMASCENO FERREIRA NETO
RECORRIDO: FUNDACAO NACIONAL DE SAUDE FUNASA
ADVOGADO:
RELATOR: RUI COSTA GONÇALVES
EMENTA
ADMINISTRATIVO. GRATIFICAÇÃO DE ATIVIDADE DE COMBATE E CONTROLE DE ENDEMIAS -
GACEN. NATUREZA REMUNERATÓRIA. PAGAMENTO NÃO DEPENDE DE AVALIAÇÃO DE
DESEMPENHO. EXTENSÃO AOS INATIVOS. PRECEDENTE DA TNU. SENTENÇA REFORMADA.
RECURSO DA PARTE AUTORA PROVIDO.
1. Trata-se de recurso interposto pela parte autora contra sentença que julgou improcedente o pedido
para reconhecimento do direito da parte autora à percepção da GACEN nos mesmos valores dos pagos
aos ativos.
2. Argumenta a parte Autora que a GACEN tem natureza remuneratória, importando em acréscimo
patrimonial em favor do servidor, conforme vem sido reiteradamente reconhecido pela jurisprudência,
motivo pelo qual faz jus ao recebimento, em simetria com os servidores que se encontram ainda no
serviço ativo.
3. As ações propostas pelos servidores para obtenção de revisão remuneratória subordinam-se ao
Decreto n. 20.910/1932 para fins de aferição da prescrição. Assim, é aplicável ao caso o Enunciado 85 da
Súmula do STJ, pelo que estariam prescritas as parcelas vencidas antes do quinquênio que antecedeu à
propositura da ação.
832
4. A GACEN foi criada pelo art. 54, da Lei 11.784/2008, nesses termos: “Fica instituída, a partir de 1º de
março de 2008, a Gratificação de Atividade de Combate e Controle de Endemias - GACEN, devida aos
ocupantes dos cargos de Agente Auxiliar de Saúde Pública, Agente de Saúde Pública e Guarda de
Endemias, do Quadro de Pessoal do Ministério da Saúde e do Quadro de Pessoal da Fundação Nacional
de Saúde - FUNASA, regidos pela Lei no 8.112, de 11 de dezembro de 1990”.
5. Por sua vez, o art. 55, diz que: “A Gecen e a Gacen serão devidas aos titulares dos empregos e cargos
públicos de que tratam os arts. 53 e 54 desta Lei, que, em caráter permanente, realizarem atividades de
combate e controle de endemias, em área urbana ou rural, inclusive em terras indígenas e de
remanescentes quilombolas, áreas extrativistas e ribeirinhas”. PODER JUDICIÁRIO SEÇÃO JUDICIÁRIA
DO DISTRITO FEDERAL
6. Já o art. 284, da Lei 11.907/2009, dispõe que: “Aplica-se a Gratificação de Atividade de Combate e
Controle de Endemias - GACEN, de que trata o art. 54 da Lei nº 11.784, de 22 de setembro de 2008, aos
servidores do Quadro de Pessoal do Ministério da Saúde e do Quadro de Pessoal da Fundação Nacional
de Saúde - FUNASA, regidos pela Lei nº 8.112, de 11 de dezembro de 1990, ocupantes dos seguintes
cargos:
I - Agente de Saúde;
II - Auxiliar de Laboratório;
III - Auxiliar de Laboratório 8 (oito) horas;
IV - Auxiliar de Saneamento;
V - Divulgador Sanitário;
VI - Educador em Saúde;
VII - Laboratorista;
VIII - Laboratorista Jornada 8 (oito) horas;
IX - Microscopista;
X - Orientador em Saúde;
XI - Técnico de Laboratório;
XII - Visitador Sanitário; e
XIII - Inspetor de Saneamento.
Parágrafo único. O titular do cargo de Motorista ou de Motorista Oficial que, em caráter permanente,
realizar atividades de apoio e de transporte das equipes e dos insumos necessários para o combate e
controle das endemias fará jus à gratificação a que se refere o caput deste artigo.
7. De acordo com a Lei 11.784/2008 (art. 54) e a Lei 11.907/2009 (art. 284), para o recebimento da
GACEN o servidor deve pertencer ao quadro de pessoal do Ministério da Saúde ou ao quadro de pessoal
da Fundação Nacional de Saúde – FUNASA e seja ocupante de um dos cargos especificados pelas leis
em referência, observando-se que, para os ocupantes dos cargos de Agente Auxiliar de Saúde Pública,
Agente de Saúde Pública e Guarda de Endemias, do Quadro de Pessoal do Ministério da Saúde e do
Quadro de Pessoal da Fundação Nacional de Saúde – FUNASA, a atividade deve ser exercida em caráter
permanente (art. 55, Lei 11.784/2008), o que deixa claro que nem todos os servidores do Ministério da
Saúde ou da FUNASA estão aptos ao recebimento da GACEN.
8. De todo modo, evidencia-se o caráter geral em relação aos ocupantes dos cargos que as leis
discriminam, uma vez que seu recebimento não está condicionado a qualquer avaliação de desempenho
individual. Contudo, para o servidor inativo ter direito ao recebimento da GACEN no mesmo valor em que
é paga aos servidores ativos, há necessidade de se comprovar aposentadoria com direito à paridade e
que seja ocupante de um dos cargos que as leis discriminam.
9. No caso, a parte Autora se inativou (como aposentado e/ou pensionista) com vinculação direta a cargo
público do Ministério da Saúde que dá direito à percepção da Gratificação de Atividade de Combate e
Controle de Endemias – GACEN. E, note-se bem, sua inativação se deu até 19 de fevereiro de 2004,
sendo, pois, detentora do direito à paridade de remuneração com os servidores da ativa.
10. Acerca do tema, a TNU decidiu “reafirmando a tese da natureza remuneratória da GACEN,
acrescendo-se, agora, o seu caráter geral, bem como o direito à PODER JUDICIÁRIO SEÇÃO
JUDICIÁRIA DO DISTRITO FEDERAL
1FA7B02B6A4BF35621E6E62917504527 TRF 1 REGIÃO/IMP.15-01-04-SJ
3
paridade da parte autora, pois aposentada anteriormente à EC 41/2003, que extinguiu tal direito”.
PEDILEF 05033027020134058302, Juiz Federal Ronaldo José da Silva, TNU, DOU 05/02/2016 PÁGINAS
221/329.
11. Recurso interposto pela parte Autora provido para reformar a sentença e acolher os pedidos iniciais,
determinando-se que a parte Ré pague as diferenças decorrentes do percentual pago a menor (50%),
bem como incorpore o valor integral da GACEN, na forma que é paga aos servidores ativos, ou seja,
100%.
12. Incabíveis honorários advocatícios, pois não há, no âmbito do JEF, previsão legal para arbitramento
de verba honorária quando há provimento do recurso, ainda que em parte mínima (art. 55, caput, da Lei n.
9.099/1995).
833
ACÓRDÃO
Decide a Primeira Turma Recursal dos Juizados Especiais Federais do Distrito Federal, por unanimidade,
dar provimento ao recurso da parte Autora.
1ª Turma Recursal, Juizado Especial Federal – SJDF. Brasília – DF, 16/05/2019.
JUIZ RUI COSTA GONÇALVES
Relator
PROCESSO N. 0029381-43.2018.4.01.3400
RECORRENTE: DIVINA MARQUES
ADVOGADO : DF00011746 - GENESCO RESENDE SANTIAGO E OUTRO(S)
RECORRIDO: CAIXA ECONOMICA FEDERAL
ADVOGADO: DF00020885 - WELISANGELA CARDOSO MENEZES
RELATOR: RUI COSTA GONÇALVES
EMENTA
FGTS. CRITÉRIO DE ATUALIZAÇÃO MONETÁRIA. TAXA REFERENCIAL. APLICABILIDADE.
RECURSO IMPROVIDO. SENTENÇA MANTIDA.
1. Trata-se de recurso inominado interposto pela parte autora em face de sentença de improcedência
proferida em ação ajuizada objetivando a substituição da taxa referencial – TR por índices inflacionários
na correção do saldo de contas vinculadas do FGTS.
2. A sentença está em consonância com as normas legais que tratam do tema, notadamente o art. 13,
caput, da Lei nº 8.036/90, que dispõe que Os depósitos efetuados nas contas vinculadas serão corrigidos
monetariamente com base nos parâmetros fixados para atualização dos saldos dos depósitos de
poupança e capitalização juros de (três) por cento ao ano.
3. De igual modo, o art. 17 da Lei nº 8.177/91: A partir de fevereiro de 1991, os saldos das contas do
Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) passam a ser remunerados pela taxa aplicável à
remuneração básica dos depósitos de poupança com data de aniversário no dia 1°, observada a
periodicidade mensal para remuneração.
4. Registre-se, nesse contexto, a existência de norma expressa de utilização da TR, como índice de
atualização dos saldos da caderneta de poupança - art. 7º da Lei nº 8.660/93.
5. Ressalte-se, nesse aspecto, a tese firmada pelo Superior Tribunal de Justiça no julgamento REsp
1.614.874, submetido ao regime de recursos repetitivos, verbis: a remuneração das contas vinculadas ao
FGTS tem disciplina própria, ditada por lei, que estabelece a TR como forma de atualização monetária,
sendo vedado, portanto, ao Poder Judiciário substituir o mencionado índice.
6. Mostra-se inaplicável na hipótese o teor da decisão proferida pelo Supremo Tribunal Federal (ADI 4425
e 4357 e no RE 870.947), que tratou especificamente da atualização monetária de débitos da Fazenda
Pública inscritos em precatórios e da correção monetária nas condenações judiciais impostas, situações
não análogas à discutida na presente demanda.
7. Assevere-se, por fim, a natureza infraconstitucional da matéria em questão, conforme julgado do
Supremo Tribunal Federal:
2. Assim sendo, o exame da inaplicabilidade da TR em situações específicas pertence ao domínio da
legislação ordinária pertinente a cada caso, a significar que eventual ofensa à Carta Magna seria apenas
reflexa. 3. Portanto, é de natureza infraconstitucional a controvérsia relativa à aplicação da TR como
índice de correção monetária dos depósitos efetuados em conta vinculada do FGTS, PODER
JUDICIÁRIO SEÇÃO JUDICIÁRIA DO DISTRITO FEDERAL
D3E060E99670AF11F677E67E9980BE50 TRF 1 REGIÃO/IMP.15-01-04-SJ
2
PROCESSO N. 0037342-35.2018.4.01.3400
RECORRENTE: CLOVIS APARECIDO TRALDI
ADVOGADO : DF00036821 - COQUELIN AIRES LEAL NETO
RECORRIDO: UNIAO FEDERAL
ADVOGADO: - JACIRA DE ALENCAR ROCHA
RELATOR: RUI COSTA GONÇALVES
vencimentos. 3. Essas diretrizes aplicam-se a todas as gratificações federais de desempenho que exibem
perfil normativo semelhante ao da Gratificação de Desempenho da Carreira da Previdência, da Saúde e
do Trabalho (GDPST), discutida nestes autos. A título meramente exemplificativo, citam-se: Gratificação
de Desempenho de Atividade do Seguro Social - GDASS; Gratificação de Desempenho de Atividade de
Apoio Técnico-Administrativo à Polícia Rodoviária Federal – GDATPRF; Gratificação de Desempenho de
Atividade Médico-Pericial - GDAMP; Gratificação de Desempenho de Atividade de Perícia Médica
Previdenciária - GDAPMP; Gratificação de Desempenho de Atividade Técnica de Fiscalização
Agropecuária – GDATFA; Gratificação de Efetivo Desempenho em Regulação - GEDR; Gratificação de
Desempenho do Plano Geral de Cargos do Poder Executivo – GDPGPE; Gratificação de Desempenho de
Atividade Previdenciária - GDAP ; Gratificação de Desempenho de Atividade Técnico-Administrativa -
GDATA; Gratificação de Desempenho de Atividade Fazendária - GDAFAZ. 4. Repercussão geral da
matéria reconhecida, nos termos do art. 1.035 do CPC. Jurisprudência do SUPREMO TRIBUNAL
FEDERAL reafirmada, nos termos do art. 323-A do Regimento Interno.
(ARE 1052570 RG, Relator(a): Min. ALEXANDRE DE MORAES, julgado em 15/02/2018, PROCESSO
ELETRÔNICO REPERCUSSÃO GERAL - MÉRITO DJe-042 DIVULG 05-03-2018 PUBLIC 06-03-2018 )
3. Dessa forma, efetivado o primeiro ciclo avaliativo, não há que se falar em continuidade do pagamento
paritário em relação aos servidores ativos, nem tampouco em ofensa ao princípio da irredutibilidade dos
vencimentos.
4. Ressalte-se que a previsão em Lei, concernente aos servidores ativos, de retroação dos efeitos
financeiros do 1º ciclo de avaliação à data da regulamentação das avaliações ou à data de
implementação da gratificação não autoriza o pagamento complementar aos inativos, para além da
parcela genérica, visto que não submetidos a qualquer avaliação, não se demonstrando, dessa forma,
qualquer violação ao direito constitucional da paridade.
5. Registre-se, também, que as Leis que autorizam a incorporação das gratificações de desempenho
pelos servidores ativos condicionam-na a requisitos específicos, a exemplo da data da inatividade e à
média das pontuações recebidas nos últimos sessenta meses de inatividade, conforme o art. 87 e o art.
88 da Lei nº 13.324/16, verbis:
835
Art. 87. É facultado aos servidores, aos aposentados e aos pensionistas que estejam sujeitos ao disposto
nos arts. 3º, 6º ou 6º-A da Emenda Constitucional nº 41, de 19 de dezembro de 2003, ou no art. 3º da
Emenda Constitucional nº 47, de 5 de julho de 2005,optar pela incorporação de gratificações de
desempenho aos proventos de aposentadoria ou de pensão, nos termos dos arts. 88 e 89, relativamente
aos seguintes cargos, planos e carreiras:
I - Plano de Carreiras para a área de Ciência e Tecnologia, de que trata a Lei nº 8.691, de 28 de julho de
1993;
II - Plano de Carreira dos Cargos de Tecnologia Militar, de que trata a Lei nº 9.657, de 3 de junho de
1998;
III - Carreira Previdenciária, de que trata a Lei no 10.355, de 26 de PODER JUDICIÁRIO SEÇÃO
dezembro de 2001;
IV - Plano de Classificação de Cargos, de que trata a Lei no 5.645, de 10 de dezembro de 1970;
V - Carreira da Seguridade Social e do Trabalho, de que trata a Lei no 10.483, de 3 de julho de 2002;
VI - cargos de atividades técnicas da fiscalização federal agropecuária, de que tratam as Leis nºs 10.484,
de 3 de julho de 2002, 11.090, de 7 de janeiro de 2005, e 11.344, de 8 de setembro de 2006;
VII - Grupo DACTA, de que trata a Lei nº 10.551, de 13 de novembro de 2002;
VIII - Carreira do Seguro Social, de que trata a Lei nº 10.855, de 1º de abril de 2004;
IX - Carreiras e Plano Especial de Cargos do DNPM, de que trata a Lei no 11.046, de 27 de dezembro de
2004;
X - Plano Especial de Cargos do Departamento de Polícia Rodoviária Federal, de que trata a Lei no
11.095, de 13 de janeiro de 2005;
XI - cargos dos Quadros de Pessoal do Ministério do Meio Ambiente, do Ibama e do Instituto Chico
Mendes, de que trata a Lei no 11.156, de 29 de julho de 2005;
XII - Carreira de Especialista em Meio Ambiente, de que trata a Lei no 11.156, de 29 de julho de 2005;
XIII - Carreira da Previdência, da Saúde e do Trabalho, de que trata a Lei no 11.355, de 19 de outubro de
2006;
XIV - Plano Especial de Cargos da Embratur, de que trata a Lei no 11.356, de 19 de outubro de 2006;
XV - Plano Geral de Cargos do Poder Executivo, de que trata a Lei nº 11.357, de 19 de outubro de 2006;
XVI - Plano Especial de Cargos do Ministério do Meio Ambiente e do Ibama, de que trata a Lei nº 11.357,
de 19 de outubro de 2006;
XVII - Agente Auxiliar de Saúde Pública, Agente de Saúde Pública e Guarda de Endemias, do Quadro de
Pessoal do Ministério da Saúde e do Quadro de Pessoal da Funasa, de que trata a Lei no 11.784, de 22
de setembro de 2008;
XVIII - Plano de Carreiras e Cargos do Hospital das Forças Armadas - PCCHFA, de que trata a Lei no
11.784, de 22 de setembro de 2008;
XIX - Quadro de Pessoal da Funai, de que trata o art. 110 da Lei no 11.907, de 2 de fevereiro de 2009;
XX - Plano de Carreiras e Cargos de Pesquisa e Investigação Biomédica em Saúde Pública, de que trata
a Lei nº 11.907, de 2 de fevereiro de 2009;
XXI - Plano Especial de Cargos do Ministério da Fazenda - PECFAZ, de que trata a Lei nº 11.907, de 2 de
fevereiro de 2009;
XXII - cargos de que trata o art. 22 da Lei no 12.277, de 30 de junho de 2010;
XXIII - cargos do Departamento Nacional de Auditoria do Sistema Único de Saúde - DENASUS de que
trata o art. 30 da Lei no 11.344, de 8 de setembro de 2006; e
XXIV - PCTAF, de que trata esta Lei.
Parágrafo único. A opção de que trata o caput somente poderá ser PODER JUDICIÁRIO SEÇÃO
JUDICIÁRIA DO DISTRITO FEDERAL
0C83D98EF922ABDF896866CDA254368E TRF 1 REGIÃO/IMP.15-01-04-SJ
4
exercida se o servidor tiver percebido gratificações de desempenho por, no mínimo, sessenta meses,
antes da data da aposentadoria ou da instituição da pensão.
Art. 88. Os servidores de que trata o art. 87 podem optar, em caráter irretratável, pela incorporação de
gratificações de desempenho aos proventos de aposentadoria ou de pensão, nos seguintes termos:
I - a partir de 1o de janeiro de 2017: 67% (sessenta e sete por cento) do valor referente à média dos
pontos da gratificação de desempenho recebidos nos últimos sessenta meses de atividade;
II - a partir de 1o de janeiro de 2018: 84% (oitenta e quatro por cento) do valor referente à média dos
pontos da gratificação de desempenho recebidos nos últimos sessenta meses de atividade; e
III - a partir de 1o de janeiro de 2019: o valor integral da média dos pontos da gratificação de desempenho
recebidos nos últimos sessenta meses de atividade.
6. Verifica-se, assim, que a incorporação facultada em Lei não altera a natureza da gratificação, que não
ostenta caráter genérico, a ser extensível a todos os servidores ativos. Não se evidencia, desse modo, a
inconstitucionalidade apontada pela parte autora, porquanto não resta configurada ofensa à paridade.
836
7. Sentença mantida. Recurso desprovido. Acórdão lavrado com fundamento no art. 46 da Lei nº
9.099/95.
8. A parte autora, recorrente vencida, pagará honorários advocatícios de 10% sobre o valor corrigido da
causa, ficando a condenação suspensa enquanto perdurar o estado de carência que justificou a
concessão da justiça gratuita, prescrevendo a dívida cinco anos após a sentença final, nos termos do art.
98, §3º, do CPC/15.
ACÓRDÃO
Decide a Primeira Turma Recursal, por unanimidade, negar provimento ao recurso da parte autora.
1ª Turma Recursal, Juizado Especial Federal – SJDF. Brasília – DF, 16/05/2019.
JUIZ RUI COSTA GONÇALVES
PROCESSO N. 0022821-85.2018.4.01.3400
RECORRENTE: UNIAO FEDERAL (FAZENDA NACIONAL)
ADVOGADO : - CELIA FERREIRA TAVARES DE LYRA
RECORRIDO: EDUARDO LONGO AURELIANO
ADVOGADO: AL00006805 - JOAO FRANCISCO DE CAMARGO E OUTRO(S)
RELATOR: RUI COSTA GONÇALVES
EMENTA
TRIBUTÁRIO. CONTRIBUIÇÃO PREVIDENCIÁRIA. CPSS. PRECATÓRIO/RPV. SERVIDOR PÚBLICO.
CRÉDITO RELATIVO AO PERÍODO ANTERIOR À EC 41/2003 E À LEI N. 10.887/04. REGIME DE
COMPETÊNCIA. EXAÇÃO CALCULADA SOBRE O ÍNDICE EM VIGOR NO MOMENTO DO
INADIMPLEMENTO. RECURSO IMPROVIDO. SENTENÇA MANTIDA.
1. Trata-se de recurso interposto pela União em face de sentença no bojo da qual foi julgado parcialmente
procedente o pedido “para o fim de condenar a parte ré na restituição, em favor da parte autora, dos
seguintes valores descontados indevidamente a título de contribuição para o PSS incidente sobre as
parcelas do reajuste de 3,17% recebidas judicialmente: a) a totalidade da contribuição incidente sobre o
principal corrigido da dívida no período de outubro de 1995 e o mês de junho de 2004, inclusive; b) a
diferença entre a incidência de 11% sobre o valor do principal corrigido e a incidência de 11% mês a mês
sobre os valores excedentes do teto do RGPS no período de julho de 2004 a setembro de 2005; e c) a
totalidade da contribuição incidente sobre os juros de mora em relação a todas as competências.”
2. Constitucionalmente, a obrigatoriedade da contribuição para o regime previdenciário dos servidores
públicos ativos passou a ser exigido a partir da Emenda Constitucional nº 3/93 e para os proventos de
aposentadoria e pensão, somente a partir da Emenda Constitucional nº 41/2003.
3. A exigibilidade da contribuição ao PSS pelos servidores aposentados e pensionistas teve início a partir
de 20 de maio de 2004, nos termos do art. 16 da Lei 10.887/2004 que regulamentou a EC 41/2003,
verbis: “Art. 16. As contribuições a que se referem os arts. 4o, 5o e 6o desta Lei serão exigíveis a partir de
20 de maio de 2004.”
4. Reportando-se ao art. 6º da Lei em questão: “Art. 6º Os aposentados e os pensionistas de qualquer dos
Poderes da União, incluídas suas autarquias e fundações, contribuirão com 11% (onze por cento),
incidentes sobre o valor da parcela dos proventos de aposentadorias e pensões concedidas de acordo
com os critérios estabelecidos no art. 40 da Constituição Federal e nos arts. 2º e 6º da Emenda
Constitucional nº 41, de 19 de dezembro de 2003, que supere o limite máximo estabelecido para os
benefícios do regime geral de previdência social.” (revogado pela MP 805, 2017)
5. Quanto ao tema, a jurisprudência do TRF1 é no sentido de que não há retenção de contribuição ao
PSS sobre diferenças de remuneração relativas a período anterior a 2004, quando a referida contribuição
não era devida. (AGRAVO DE INSTRUMENTO 00502121120104010000, Relatora DESEMBARGADORA
FEDERAL GILDA SIGMARINGA SEIXAS, Data da Decisão 11/05/2017, Data da Publicação 19/05/2017)
6. No tocante ao período posterior a 20 de maio de 2004, a contribuição deve seguir o enunciado do art.
6º da Lei 10.887/04. (revogado a partir de 30/10/2017) PODER JUDICIÁRIO SEÇÃO JUDICIÁRIA DO
DISTRITO FEDERAL
5EE86A3A210C00BBA833EC55EA381CC1 TRF 1 REGIÃO/IMP.15-01-04-SJ
2
7. Relativamente ao momento do fato gerador, deve-se aplicar o regime de competência, de acordo com
a legislação vigente à época em que as diferenças deveriam ter sido pagas, não importando o momento
do pagamento. Nesse sentido:
TRIBUTÁRIO. CONTRIBUIÇÃO PARA O PLANO DE SEGURIDADE DO SERVIDOR PÚBLICO - PSS.
INEXIGIBILIDADE DO TRIBUTO SOBRE O VALOR PAGO EM CUMPRIMENTO DE DECISÃO JUDICIAL
REFERENTE AOS JUROS MORATÓRIOS. REPRESENTATIVO DA CONTROVÉRSIA.
1. Não incide a contribuição para o Plano de Seguridade do Servidor Público sobre os juros moratórios
pagos em cumprimento de decisão judicial, ainda que abranja diferenças de verbas de natureza
837
exclusivamente salarial (REsp 1.239.203 - PR, "representativo da controvérsia", Ministro Mauro Campbell
Marques, 1ª Seção do STJ).
2. A retenção do PSS sobre o principal deve observar as tabelas e alíquotas vigentes à época em que
deveriam ter sido pagos (regime de competência). Precedentes deste TRF1.
3. Apelação da União/ré e remessa de ofício desprovidas.
(AC 0011973-54.2010.4.01.4100 / RO, Rel. DESEMBARGADOR FEDERAL NOVÉLY VILANOVA,
OITAVA TURMA, e-DJF1 p.807 de 05/09/2014).
8. No caso, o desconto do PSS está demonstrado na Requisição de Pagamento. Evidencia-se, ainda, que
as diferenças de reajuste de 3,17% deferidas à autora compreendem períodos de outubro/1995 a
setembro/2005 em relação a proventos de aposentadoria. Contudo, os valores obtidos por meio de título
implícito no CC/2002), tal integração não pode implicar na exigência de tributo não previsto em lei (como
ocorre com a analogia), nem na dispensa do pagamento de tributo devido (como ocorre com a equidade).
4. Ainda que seja possível a incidência de contribuição social sobre quaisquer vantagens pagas ao
servidor público federal (art. 4º, § 1º, da Lei 10.887/2004), não é possível a sua incidência sobre as
parcelas pagas a título de indenização (como é o caso dos juros de mora), pois, conforme expressa
previsão legal (art. 49, I e § 1º, da Lei 8.112/90), não se incorporam ao vencimento ou provento. Por tal
razão, não merece acolhida a alegação no sentido de que apenas as verbas expressamente
mencionadas pelos incisos do § 1º do art. 4º da Lei 10.887/2004 não sofrem a incidência de contribuição
social.
5. Recurso especial não provido. Acórdão sujeito ao regime previsto no art. 543-C do CPC, c/c a
Resolução 8/2008 - Presidência/STJ. (REsp 1239203/PR, Rel. Ministro MAURO CAMPBELL MARQUES,
PRIMEIRA SEÇÃO, DJe 01/02/2013).
10. Dessa forma, por ter natureza indenizatória, a contribuição previdenciária não deve incidir sobre os
juros moratórios provenientes de diferenças salariais pagas por cumprimento de decisão judicial.
11. Sentença mantida. Recurso improvido.
12. Honorários advocatícios devidos pelo (a) recorrente vencido, fixados em 10% (dez por cento) do valor
da condenação, nos termos do artigo 55 da Lei nº 9.099/95.
13. Acórdão lavrado nos termos do art. 46 da Lei nº 9.099/95.
ACÓRDÃO
Decide a Primeira Turma Recursal, por unanimidade, negar provimento ao recurso.
1ª Turma Recursal, Juizado Especial Federal/SJDF. Brasília-DF, 16/05/2019.
JUIZ RUI COSTA GONÇALVES
Relator
PROCESSO N. 0007591-03.2018.4.01.3400
838
GOE, referente ao período de novembro de 1989 a dezembro de 1990, recebidas por meio de precatório
judicial em 26/04/2013.
8. Nesse período, a parte autora ainda estava na ativa, devendo ser aplicada a lei vigente à época.
9. A contribuição previdenciária dos servidores públicos era regida pela legislação anterior à atual
Constituição Federal, regulamentada pelo Decreto n.º 83.081/79 (Art. 95), com a redação dada pelo
Decreto n.º 90.817/85, em que a exigência é fixada em alíquota única de 6% (seis por cento).
Posteriormente, a matéria passou a ser regulamentada pela Lei n.º 8.688, de 21.07.1993, com incidência
até 30 de junho de 1994, que estabeleceu alíquotas progressivas que alcançavam até 12% (doze por
cento). Esgotado aquele prazo, e não tendo o Poder Executivo observado a determinação imposta pela
aludida Lei, para que apresentasse projeto de lei dispondo sobre o Plano de Seguridade Social do
servidor, foi editada a Medida Provisória n.º 560, de 26 de julho de 1994, que fixou alíquotas que
deveriam ser observadas a partir de 1º de julho de 1994.
10. Dessa forma, devem ser restituídos os valores cobrados além da alíquota de 6% no curso da vigência
da Lei nº. 8.161/91 e até 26.10.1994, com o advento dos noventa dias a partir da publicação da MP
560/94.
11. No presente caso, a parte autora, servidora pública ajuizou ação judicial pleiteando pagamento de
diferenças salariais e, em decorrência, recebeu o montante devido relativo ao período de novembro/1989
a dezembro/1990.
12. Verifico, assim, que os valores sobre os quais incidiram o percentual de 11% remontam ao período
anterior a 1994. Portanto, é devida a repetição da diferença a titulo de contribuição previdenciária.
13. Sobre o assunto, confira-se o seguinte precedente da TNU:
PEDIDO NACIONAL DE UNIFORMIZAÇÃO DE JURISPRUDÊNCIA. CONTRIBUIÇÃO
PREVIDENCIÁRIA. PSS. INCIDÊNCIA SOBRE APOSENTADORIAS E PENSÕES. LIMITE DE
INCIDÊNCIA: O TETO DO RGPS. AGRAVAMENTO DA SITUAÇÃO DO RECORRENTE, EM CASO DE
PROVIMENTO. INCIDENTE CONHECIDO E IMPROVIDO.
839
(…)5. Assim, nos casos em que se refere ao período anterior à edição da Emenda Constitucional nº
41/2003, não são devidos os descontos em referência, porquanto o fato gerador da obrigação
previdenciária guarda correspondência com a época em que a verba era devida, razão pela qual não se
pode admitir a exação sobre valores que deveriam ter sido pagos em período anterior à taxação dos
inativos e pensionistas.
6. Quanto ao período posterior à edição da EC nº 41/03, mesmo tendo o fato gerador do tributo ocorrido
em momento no qual era possível a sua incidência, o desconto deve obedecer ao requisito expresso no
art. 5º da Lei 10.887/2004, ou seja, somente poderá incidir o PSS sobre os valores que ultrapassarem o
teto estabelecido pelo RGPS.(...) (TNU, PEDILEF 05028736620144058400, DJ. 13/10/2015).
14. Assim, está correto o entendimento da sentença ao reconhecer que a base de cálculo do tributo deve
servidores substituídos estariam sofrendo dupla penalização: não receber as parcelas devidas na época
própria e auferi-las posteriormente com incidência de exação que inexistia até então" (ACORDAO
00000454320094014100, DESEMBARGADOR FEDERAL LUCIANO TOLENTINO AMARAL, TRF1 -
SÉTIMA TURMA, e-DJF1 DATA:23/09/2011 PAGINA:327).
15. Desse modo, agiu corretamente a magistrada ao considerar a procedência da pretensão nesse ponto,
especialmente considerando que a alíquota do PSS quando do surgimento dos fatos geradores do tributo
(novembro de 1989 a dezembro de 1990) era de 6% (seis por cento), percentual consideravelmente
inferior àquele incidido para o cálculo da exação.
16. Sentença mantida. Recurso da União improvido.
17. Honorários advocatícios pelo recorrente fixados em 10% (dez por cento) do valor da condenação (art.
55, caput, da Lei n. 9.099/95).
ACÓRDÃO
Decide a Primeira Turma Recursal, por unanimidade, negar provimento ao recurso da Ré.
1ª Turma Recursal, Juizado Especial Federal/SJDF. Brasília-DF, 16/05/2019.
JUIZ RUI COSTA GONÇALVES
Relator
PROCESSO N. 0025583-74.2018.4.01.3400
RECORRENTE: UNIAO FEDERAL (FAZENDA NACIONAL)
ADVOGADO : - CELIA FERREIRA TAVARES DE LYRA
RECORRIDO: VANDER ALVES DA SILVA
ADVOGADO: DF00055573 - MYLENE QUITÉRIA CALDAS E OUTRO(S)
RELATOR: RUI COSTA GONÇALVES
EMENTA
TRIBUTÁRIO. CONTRIBUIÇÃO PREVIDENCIÁRIA. CPSS. PRECATÓRIO/RPV. SERVIDOR PÚBLICO.
CRÉDITO RELATIVO AO PERÍODO ANTERIOR À EC 41/2003 E À LEI N. 10.887/04. REGIME DE
COMPETÊNCIA. EXAÇÃO CALCULADA SOBRE O ÍNDICE EM VIGOR NO MOMENTO DO
INADIMPLEMENTO. SENTENÇA MANTIDA. RECURSO IMPROVIDO.
1. Trata-se de recurso interposto em face de sentença no bojo da qual foi julgado procedente o pedido
“condenando a União a restituir à parte autora os valores descontados indevidamente de sua
RPV/precatório, a título de contribuição previdenciária, devolvendo-lhe a diferença entre a alíquota de
11% e a alíquota de 5% e, também, o total recolhido sobre a parcela dos juros de mora. O valor em
questão deve ser corrigido pela taxa SELIC, desde o pagamento indevido. Extingo o processo, com
resolução do mérito, com fulcro no art. 487, I, do NCPC.”
2. Inicialmente, rejeito a preliminar de inépcia da inicial, uma vez que, ao contrário do que alega a União,
a ação foi ajuizada com os documentos necessários para o julgamento do feito, não sendo verificado
nenhum tipo de vício capaz de obstar a prestação jurisdicional ou dificultar a defesa da ré.
840
3. O fato gerador da contribuição para o PSS se deu dentro dos cinco anos anteriores ao ajuizamento da
presente ação, motivo pelo qual rejeito a preliminar de prescrição.
4. Nas razões recursais, a União alega, e suma, a falta documentação apta a comprovar o direito alegado,
bem como a inaplicabilidade do regime de competência em relação à incidência da contribuição do Plano
de Seguridade do Servidor Público Inativo, devendo o lançamento ser feito na data da ocorrência do fato
gerador, que neste caso é a data da percepção da remuneração mediante o precatório/RPV.
5. Mérito. A retenção de valores devidos a título de Contribuição ao Plano de Seguridade Social - CPSS
decorre de imposição legal, sendo devida a dedução em tela no momento do recebimento dos valores por
meio de precatório/RPV. É o que se extrai do texto do artigo 16-A da Lei n.º 10.887/04, com a redação
dada pela Lei n.º 11.941, de 27 de maio de 2009.
constitui obrigação ex lege e como tal deve ser promovida independentemente de condenação ou de
prévia autorização no título executivo (Resp 1.196.777).
7. O artigo 144 do CTN prevê que “o lançamento reporta-se à data da ocorrência do fato gerador da
obrigação e rege-se pela lei então vigente, ainda que posteriormente modificada ou revogada”. Neste
caso, a parte autora recebeu verba judicial em decorrência da ação ordinária 0003253-13.1999.4.05.8000
(Seção Judiciária de Alagoas), em relação a verbas atrasadas a título de Gratificação operação Especial –
GOE, referente ao período de novembro de 1989 a dezembro de 1990, recebidas por meio de precatório
judicial em nov/2004.
8. Nesse período, a parte autora ainda estava na ativa, devendo ser aplicada a lei vigente à época.
9. A contribuição previdenciária dos servidores públicos era regida pela legislação anterior à atual
Constituição Federal, regulamentada pelo Decreto n.º 83.081/79 (Art. 95), com a redação dada pelo
Decreto n.º 90.817/85, em que a exigência é fixada em alíquota única de 6% (seis por cento).
Posteriormente, a matéria passou a ser regulamentada pela Lei n.º 8.688, de 21.07.1993, com incidência
até 30 de junho de 1994, que estabeleceu alíquotas progressivas que alcançavam até 12% (doze por
cento). Esgotado aquele prazo, e não tendo o Poder Executivo observado a determinação imposta pela
aludida Lei, para que apresentasse projeto de lei dispondo sobre o Plano de Seguridade Social do
servidor, foi editada a Medida Provisória n.º 560, de 26 de julho de 1994, que fixou alíquotas que
deveriam ser observadas a partir de 1º de julho de 1994.
10. Dessa forma, devem ser restituídos os valores cobrados além da alíquota de 6% no curso da vigência
da Lei nº. 8.161/91 e até 26.10.1994, com o advento dos noventa dias a partir da publicação da MP
560/94.
11. No presente caso, a parte autora, servidora pública ajuizou ação judicial pleiteando pagamento de
diferenças salariais e, em decorrência, recebeu o montante devido relativo ao período de novembro/1989
a dezembro/1990.
12. Verifico, assim, que os valores sobre os quais incidiram o percentual de 11% remontam ao período
anterior a 1994. Portanto, é devida a repetição da diferença a titulo de contribuição previdenciária.
13. Sobre o assunto, confira-se o seguinte precedente da TNU:
PEDIDO NACIONAL DE UNIFORMIZAÇÃO DE JURISPRUDÊNCIA. CONTRIBUIÇÃO
PREVIDENCIÁRIA. PSS. INCIDÊNCIA SOBRE APOSENTADORIAS E PENSÕES. LIMITE DE
INCIDÊNCIA: O TETO DO RGPS. AGRAVAMENTO DA SITUAÇÃO DO RECORRENTE, EM CASO DE
PROVIMENTO. INCIDENTE CONHECIDO E IMPROVIDO.
(…)5. Assim, nos casos em que se refere ao período anterior à edição da Emenda Constitucional nº
41/2003, não são devidos os descontos em referência, porquanto o fato gerador da obrigação
previdenciária guarda correspondência com a época em que a verba era devida, razão pela qual não se
pode admitir a exação sobre valores que deveriam ter sido pagos em período anterior à taxação dos
inativos e pensionistas.
6. Quanto ao período posterior à edição da EC nº 41/03, mesmo tendo o fato gerador do tributo ocorrido
em momento no qual era possível a sua incidência, o desconto deve obedecer ao requisito expresso no
art. 5º da Lei 10.887/2004, ou seja, somente poderá incidir o PSS sobre os valores que ultrapassarem o
teto estabelecido pelo RGPS.(...) (TNU, PEDILEF 05028736620144058400, DJ. 13/10/2015). PODER
JUDICIÁRIO SEÇÃO JUDICIÁRIA DO DISTRITO FEDERAL
63B9125DB3F0F2F6DB2C1A6B44A6A324 TRF 1 REGIÃO/IMP.15-01-04-SJ
3
14. Assim, está correto o entendimento da sentença ao reconhecer que a base de cálculo do tributo deve
ser considerada no momento em que era devida, mas não fora adimplida. Nesse sentido, vejamos: “é
desinfluente, para fins de incidência da contribuição previdenciária sobre verbas recebidas em Execução
de Sentença por servidores públicos inativos (instituída pela EC n. 41, de 19 DEZ 2003, e regulamentada
pela Lei n. 10.887, de 18 JUN 2004), a data do alvará de levantamento da quantia depositada em razão
de precatório. A regra jurídica aplicável é a vigente quando de cada pagamento mensal sem o índice do
841
reajuste judicialmente reconhecido devido (no caso, resíduo de 3,17%). Neste sentido: REsp 491.605/PR,
Rel. Min. ELIANA CALMON, T2, julg. 19/12/2003, DJ 15/03/2004; AG 00098444620104050000, Des. Fed.
EMILIANO ZAPATA LEITÃO, T4/TRF5, DJE 16/09/2010; AGA 200901000709761, Juiz MARCOS
AUGUSTO DE SOUSA (CONV.), T1/TRF1, 13/10/2010. 5. Se acolhida a tese a FN de que o fato gerador
do tributo é o efetivo pagamento do valor da condenação, os servidores substituídos estariam sofrendo
dupla penalização: não receber as parcelas devidas na época própria e auferi-las posteriormente com
incidência de exação que inexistia até então" (ACORDAO 00000454320094014100, DESEMBARGADOR
FEDERAL LUCIANO TOLENTINO AMARAL, TRF1 - SÉTIMA TURMA, e-DJF1 DATA:23/09/2011
PAGINA:327).
15. Desse modo, agiu corretamente a magistrada ao considerar a procedência da pretensão nesse ponto,
PROCESSO N. 0019203-69.2017.4.01.3400
RECORRENTE: JOSE EDI NAPOLEAO ARAUJO
ADVOGADO : DF00025089 - GILBERTO SIEBRA MONTEIRO
RECORRIDO: UNIAO FEDERAL E OUTRO(S)
ADVOGADO: - SAMUEL LAGES NEVES LOPES E OUTRO(S)
RELATOR: RUI COSTA GONÇALVES
EMENTA
ADMINISTRATIVO. SERVIDOR PÚBLICO. AGENTE DE SAÚDE PÚBLICA. ATIVIDADE INSALUBRE.
APOSENTADORIA ESPECIAL. APLICAÇÃO DA LEGISLAÇÃO PREVIDENCIÁRIA DO RGPS (LEI
8.213/91). ABONO DE PERMANÊNCIA. REQUISITOS NÃO COMPROVADOS. RECURSO IMPROVIDO.
SENTENÇA MANTIDA.
1. Trata-se de recurso da parte autora contra sentença que julgou improcedente o pedido de pagamento
de abono de permanência em razão do cumprimento dos requisitos necessários à aposentadoria
especial.
2. Alega a parte autora, em suma, que faz jus à aposentadoria especial, em razão do exercício da
atividade de agente de saúde pública por tempo superior a 25 (vinte e cinco) anos. Não tendo optado pela
aposentadoria, pede o pagamento do abono de permanência.
3. A aposentadoria especial do servidor público, prevista no art. 40, §4º, III, da CF/88, enquanto não
editada a legislação específica, deve respeitar as regras estabelecidas no art. 57 e seguintes da Lei nº
8.213/91 (Súmula Vinculante nº 33: Aplicam-se ao servidor público, no que couber, as regras do Regime
Geral de Previdência Social sobre aposentadoria especial de que trata o artigo 40, parágrafo 4º, inciso III,
da Constituição Federal, até edição de lei complementar específica.).
4. No âmbito do Regime Geral da Previdência Social - RGPS, o segurado que presta serviços sob
condições especiais faz jus ao cômputo do tempo nos moldes da legislação previdenciária vigente à
época em que realizada a atividade e efetivamente prestado o serviço. É a consagração do princípio lex
tempus regit actum, segundo o qual o deslinde da questão deve levar em conta a lei vigente à época dos
fatos. Assim, na verificação de tempo de serviço especial, em decorrência de exposição a agentes
prejudiciais à saúde, há de se observar a legislação vigente à época da aquisição do direito, conforme
pacífica orientação jurisprudencial.
5. Quanto aos meios de prova, tem-se que: (1) até 28.04.1995, bastava, para fins de reconhecimento do
tempo de serviço especial, que a atividade profissional fosse elencada nos decretos previdenciários
regulamentares (Decreto 53.831, de 25/3/64, e Decreto 83.080, de 24/1/79) ou a exposição aos agentes
nocivos relacionados no Código 1.0.0 do Quadro Anexo ao Decreto 53.831/64 e no Anexo I do Decreto
83.080/79; (2) de 29.04.1995 a 05.03.1997, a lei torna necessária a comprovação da efetiva submissão
aos agentes perniciosos, por intermédio dos formulários SB-40 e DSS-8030 ou PPP (Perfil
Profissiográfico Previdenciário) referente à categoria profissional; e, (3) a partir de 06.03.1997, o PODER
JUDICIÁRIO SEÇÃO JUDICIÁRIA DO DISTRITO FEDERAL
32A3498FA1379BBF7110578B766DB181 TRF 1 REGIÃO/IMP.15-01-04-SJ
2
842
sistema legal exige a exposição aos agentes nocivos relacionados nos Decretos 2.172/97 e 3.048/99,
com alterações pelo Decreto 8.123/13, que devem ser comprovados mediante laudo técnico específico.
6. No caso, não há provas de que a parte autora exerceu a função de agente de saúde pública por tempo
superior a 25 anos, nem tampouco que esteve submetido a agentes nocivos por igual período, de forma a
cumprir os requisitos à aposentadoria especial. Portanto, a manutenção da sentença de improcedência é
medida que se impõe.
7. Recurso improvido.
8. Honorários advocatícios fixados em 10% (dez por cento) do valor atribuído à causa devidamente
corrigido. Condenação suspensa (Artigo 98, § 3º do NCPC/2015).
ACÓRDÃO
PROCESSO N. 0001081-71.2018.4.01.3400
RECORRENTE: UNIAO FEDERAL (FAZENDA NACIONAL)
ADVOGADO : - CELIA FERREIRA TAVARES DE LYRA
RECORRIDO: JOSE FRANCISCO MALLMANN
ADVOGADO: DF00055573 - MYLENE QUITÉRIA CALDAS E OUTRO(S)
RELATOR: RUI COSTA GONÇALVES
EMENTA
TRIBUTÁRIO. CONTRIBUIÇÃO PREVIDENCIÁRIA. CPSS. PRECATÓRIO/RPV. SERVIDOR PÚBLICO.
CRÉDITO RELATIVO AO PERÍODO ANTERIOR À EC 41/2003 E À LEI N. 10.887/04. REGIME DE
COMPETÊNCIA. EXAÇÃO CALCULADA SOBRE O ÍNDICE EM VIGOR NO MOMENTO DO
INADIMPLEMENTO. SENTENÇA MANTIDA. RECURSO IMPROVIDO.
1. Trata-se de recurso interposto em face de sentença no bojo da qual foi julgado procedente o pedido
“condenando a União a restituir à parte autora os valores descontados indevidamente de sua
RPV/precatório, a título de contribuição previdenciária, devolvendo-lhe a diferença entre a alíquota de
11% e a alíquota de 5% e, também, o total recolhido sobre a parcela dos juros de mora. O valor em
questão deve ser corrigido pela taxa SELIC, desde o pagamento indevido. Extingo o processo, com
resolução do mérito, com fulcro no art. 487, I, do NCPC.”
2. Inicialmente, rejeito a preliminar de inépcia da inicial, uma vez que, ao contrário do que alega a União,
a ação foi ajuizada com os documentos necessários para o julgamento do feito, não sendo verificado
nenhum tipo de vício capaz de obstar a prestação jurisdicional ou dificultar a defesa da ré.
3. O fato gerador da contribuição para o PSS se deu dentro dos cinco anos anteriores ao ajuizamento da
presente ação, motivo pelo qual rejeito a preliminar de prescrição.
4. Nas razões recursais, a União alega, e suma, a falta documentação apta a comprovar o direito alegado,
bem como a inaplicabilidade do regime de competência em relação à incidência da contribuição do Plano
de Seguridade do Servidor Público Inativo, devendo o lançamento ser feito na data da ocorrência do fato
gerador, que neste caso é a data da percepção da remuneração mediante o precatório/RPV.
5. Mérito. A retenção de valores devidos a título de Contribuição ao Plano de Seguridade Social - CPSS
decorre de imposição legal, sendo devida a dedução em tela no momento do recebimento dos valores por
meio de precatório/RPV. É o que se extrai do texto do artigo 16-A da Lei n.º 10.887/04, com a redação
dada pela Lei n.º 11.941, de 27 de maio de 2009.
6. Sobre o tema, o STJ, em análise de recurso submetido à sistemática do artigo 543-C do CPC, pacificou
que a retenção na fonte da Contribuição do Plano de Seguridade do Servidor Público - CPSS, incidente
sobre valores pagos em cumprimento de decisão judicial, prevista no artigo 16-A da Lei n.º 10.887/04,
constitui obrigação ex lege e como tal deve ser promovida independentemente de condenação ou de
prévia autorização no título executivo (Resp 1.196.777).
7. O artigo 144 do CTN prevê que “o lançamento reporta-se à data da ocorrência do fato gerador da
obrigação e rege-se pela lei então vigente, ainda que posteriormente modificada ou revogada”. Neste
caso, a parte autora recebeu verba judicial em decorrência da ação ordinária 0002775-05.1999.4.05.8000
(Seção Judiciária de Alagoas), em relação a verbas atrasadas a título de Gratificação operação Especial –
PODER JUDICIÁRIO SEÇÃO JUDICIÁRIA DO DISTRITO FEDERAL
78C48E158BAAF086559FEF3D6CDEF010 TRF 1 REGIÃO/IMP.15-01-04-SJ
2
GOE, referente ao período de novembro de 1989 a dezembro de 1990, recebidas por meio de precatório
judicial em abril de 2013.
8. Nesse período, a parte autora ainda estava na ativa, devendo ser aplicada a lei vigente à época.
843
9. A contribuição previdenciária dos servidores públicos era regida pela legislação anterior à atual
Constituição Federal, regulamentada pelo Decreto n.º 83.081/79 (Art. 95), com a redação dada pelo
Decreto n.º 90.817/85, em que a exigência é fixada em alíquota única de 6% (seis por cento).
Posteriormente, a matéria passou a ser regulamentada pela Lei n.º 8.688, de 21.07.1993, com incidência
até 30 de junho de 1994, que estabeleceu alíquotas progressivas que alcançavam até 12% (doze por
cento). Esgotado aquele prazo, e não tendo o Poder Executivo observado a determinação imposta pela
aludida Lei, para que apresentasse projeto de lei dispondo sobre o Plano de Seguridade Social do
servidor, foi editada a Medida Provisória n.º 560, de 26 de julho de 1994, que fixou alíquotas que
deveriam ser observadas a partir de 1º de julho de 1994.
10. Dessa forma, devem ser restituídos os valores cobrados além da alíquota de 6% no curso da vigência
própria e auferi-las posteriormente com incidência de exação que inexistia até então" (ACORDAO
00000454320094014100, DESEMBARGADOR FEDERAL LUCIANO TOLENTINO AMARAL, TRF1 -
SÉTIMA TURMA, e-DJF1 DATA:23/09/2011 PAGINA:327).
15. Desse modo, agiu corretamente a magistrada ao considerar a procedência da pretensão nesse ponto,
especialmente considerando que a alíquota do PSS quando do surgimento dos fatos geradores do tributo
(novembro de 1989 a dezembro de 1990) era de 6% (seis por cento), percentual consideravelmente
inferior àquele incidido para o cálculo da exação.
16. Sentença mantida. Recurso da União improvido.
17. Honorários advocatícios pelo recorrente fixados em 10% (dez por cento) do valor da condenação (art.
55, caput, da Lei n. 9.099/95).
ACÓRDÃO
Decide a Primeira Turma Recursal, por unanimidade, negar provimento ao recurso da Ré.
1ª Turma Recursal, Juizado Especial Federal/SJDF. Brasília-DF, 16/05/2019.
JUIZ RUI COSTA GONÇALVES
Relator
PROCESSO N. 0003498-94.2018.4.01.3400
RECORRENTE: UNIAO FEDERAL (FAZENDA NACIONAL)
ADVOGADO : - CELIA FERREIRA TAVARES DE LYRA
RECORRIDO: ERIVALDO ELIAS
ADVOGADO: DF00055573 - MYLENE QUITÉRIA CALDAS E OUTRO(S)
RELATOR: RUI COSTA GONÇALVES
EMENTA
TRIBUTÁRIO. CONTRIBUIÇÃO PREVIDENCIÁRIA. CPSS. PRECATÓRIO/RPV. SERVIDOR PÚBLICO.
CRÉDITO RELATIVO AO PERÍODO ANTERIOR À EC 41/2003 E À LEI N. 10.887/04. REGIME DE
GOE, referente ao período de novembro de 1989 a dezembro de 1990, recebidas por meio de precatório
judicial em março de 2001.
8. Nesse período, a parte autora ainda estava na ativa, devendo ser aplicada a lei vigente à época.
9. A contribuição previdenciária dos servidores públicos era regida pela legislação anterior à atual
Constituição Federal, regulamentada pelo Decreto n.º 83.081/79 (Art. 95), com a redação dada pelo
Decreto n.º 90.817/85, em que a exigência é fixada em alíquota única de 6% (seis por cento).
Posteriormente, a matéria passou a ser regulamentada pela Lei n.º 8.688, de 21.07.1993, com incidência
até 30 de junho de 1994, que estabeleceu alíquotas progressivas que alcançavam até 12% (doze por
cento). Esgotado aquele prazo, e não tendo o Poder Executivo observado a determinação imposta pela
aludida Lei, para que apresentasse projeto de lei dispondo sobre o Plano de Seguridade Social do
servidor, foi editada a Medida Provisória n.º 560, de 26 de julho de 1994, que fixou alíquotas que
deveriam ser observadas a partir de 1º de julho de 1994.
10. Dessa forma, devem ser restituídos os valores cobrados além da alíquota de 6% no curso da vigência
da Lei nº. 8.161/91 e até 26.10.1994, com o advento dos noventa dias a partir da publicação da MP
560/94.
11. No presente caso, a parte autora, servidora pública ajuizou ação judicial pleiteando pagamento de
diferenças salariais e, em decorrência, recebeu o montante devido relativo ao período de novembro/1989
a dezembro/1990.
12. Verifico, assim, que os valores sobre os quais incidiram o percentual de 11% remontam ao período
anterior a 1994. Portanto, é devida a repetição da diferença a titulo de contribuição previdenciária.
13. Sobre o assunto, confira-se o seguinte precedente da TNU:
PEDIDO NACIONAL DE UNIFORMIZAÇÃO DE JURISPRUDÊNCIA. CONTRIBUIÇÃO
PREVIDENCIÁRIA. PSS. INCIDÊNCIA SOBRE APOSENTADORIAS E PENSÕES. LIMITE DE
845
servidores substituídos estariam sofrendo dupla penalização: não receber as parcelas devidas na época
própria e auferi-las posteriormente com incidência de exação que inexistia até então" (ACORDAO
00000454320094014100, DESEMBARGADOR FEDERAL LUCIANO TOLENTINO AMARAL, TRF1 -
SÉTIMA TURMA, e-DJF1 DATA:23/09/2011 PAGINA:327).
15. Desse modo, agiu corretamente a magistrada ao considerar a procedência da pretensão nesse ponto,
especialmente considerando que a alíquota do PSS quando do surgimento dos fatos geradores do tributo
(novembro de 1989 a dezembro de 1990) era de 6% (seis por cento), percentual consideravelmente
inferior àquele incidido para o cálculo da exação.
16. Sentença mantida. Recurso da União improvido.
17. Honorários advocatícios pelo recorrente fixados em 10% (dez por cento) do valor da condenação (art.
55, caput, da Lei n. 9.099/95).
ACÓRDÃO
Decide a Primeira Turma Recursal, por unanimidade, negar provimento ao recurso da Ré.
1ª Turma Recursal, Juizado Especial Federal/SJDF. Brasília-DF, 16/05/2019.
JUIZ RUI COSTA GONÇALVES
Relator
PROCESSO N. 0037162-19.2018.4.01.3400
RECORRENTE: JANETE FERREIRA DA SILVA
ADVOGADO : DF00036821 - COQUELIN AIRES LEAL NETO
RECORRIDO: UNIAO FEDERAL
ADVOGADO: - ANNA AMELIA LISBOA MARTINS RAPOSO DA CAMARA
RELATOR: RUI COSTA GONÇALVES
EMENTA
ADMINISTRATIVO. SERVIDOR PÚBLICO INATIVO. GRATIFICAÇÃO DE DESEMPENHO. LEIS Nº
13.324/16, 13.325/16, 13.326/16, 13.327/16 e 13.328/16. DIREITO À PARIDADE. INEXISTÊNCIA.
RECURSO IMPROVIDO. SENTENÇA IMPROVIDO.
1. Trata-se de recurso interposto pela parte autora contra sentença que julgou improcedente o pedido
inicial de reconhecimento do direito de servidor inativo à paridade remuneratória em face da edição das
Leis nº 13.324/16, 13.325/16, 13.326/16, 13.327/16 e 13.328/16.
2. Na hipótese, mostra-se escorreita a sentença recorrida, visto que as Leis que servem de fundamento
ao pedido inicial condicionam a incorporação das gratificações de desempenho pelos servidores ativos a
requisitos específicos, a exemplo da data da inatividade e à média das pontuações recebidas nos últimos
sessenta meses de inatividade, conforme o art. 87 e o art. 88 da Lei nº 13.324/16, verbis:
846
Art. 87. É facultado aos servidores, aos aposentados e aos pensionistas que estejam sujeitos ao disposto
nos arts. 3º, 6º ou 6º-A da Emenda Constitucional nº 41, de 19 de dezembro de 2003, ou no art. 3º da
Emenda Constitucional nº 47, de 5 de julho de 2005,optar pela incorporação de gratificações de
desempenho aos proventos de aposentadoria ou de pensão, nos termos dos arts. 88 e 89, relativamente
aos seguintes cargos, planos e carreiras:
I - Plano de Carreiras para a área de Ciência e Tecnologia, de que trata a Lei nº 8.691, de 28 de julho de
1993;
II - Plano de Carreira dos Cargos de Tecnologia Militar, de que trata a Lei nº 9.657, de 3 de junho de
1998;
III - Carreira Previdenciária, de que trata a Lei no 10.355, de 26 de dezembro de 2001;
novembro de 2002;
VIII - Carreira do Seguro Social, de que trata a Lei nº 10.855, de 1º de abril de 2004;
IX - Carreiras e Plano Especial de Cargos do DNPM, de que trata a Lei no 11.046, de 27 de dezembro de
2004;
X - Plano Especial de Cargos do Departamento de Polícia Rodoviária Federal, de que trata a Lei no
11.095, de 13 de janeiro de 2005;
XI - cargos dos Quadros de Pessoal do Ministério do Meio Ambiente, do Ibama e do Instituto Chico
Mendes, de que trata a Lei no 11.156, de 29 de julho de 2005;
XII - Carreira de Especialista em Meio Ambiente, de que trata a Lei no 11.156, de 29 de julho de 2005;
XIII - Carreira da Previdência, da Saúde e do Trabalho, de que trata a Lei no 11.355, de 19 de outubro de
2006;
XIV - Plano Especial de Cargos da Embratur, de que trata a Lei no 11.356, de 19 de outubro de 2006;
XV - Plano Geral de Cargos do Poder Executivo, de que trata a Lei nº 11.357, de 19 de outubro de 2006;
XVI - Plano Especial de Cargos do Ministério do Meio Ambiente e do Ibama, de que trata a Lei nº 11.357,
de 19 de outubro de 2006;
XVII - Agente Auxiliar de Saúde Pública, Agente de Saúde Pública e Guarda de Endemias, do Quadro de
Pessoal do Ministério da Saúde e do Quadro de Pessoal da Funasa, de que trata a Lei no 11.784, de 22
de setembro de 2008;
XVIII - Plano de Carreiras e Cargos do Hospital das Forças Armadas - PCCHFA, de que trata a Lei no
11.784, de 22 de setembro de 2008;
XIX - Quadro de Pessoal da Funai, de que trata o art. 110 da Lei no 11.907, de 2 de fevereiro de 2009;
XX - Plano de Carreiras e Cargos de Pesquisa e Investigação Biomédica em Saúde Pública, de que trata
a Lei nº 11.907, de 2 de fevereiro de 2009;
XXI - Plano Especial de Cargos do Ministério da Fazenda - PECFAZ, de que trata a Lei nº 11.907, de 2 de
fevereiro de 2009;
XXII - cargos de que trata o art. 22 da Lei no 12.277, de 30 de junho de 2010;
XXIII - cargos do Departamento Nacional de Auditoria do Sistema Único de Saúde - DENASUS de que
trata o art. 30 da Lei no 11.344, de 8 de setembro de 2006; e
XXIV - PCTAF, de que trata esta Lei.
Parágrafo único. A opção de que trata o caput somente poderá ser exercida se o servidor tiver percebido
gratificações de desempenho por, no mínimo, sessenta meses, antes da data da aposentadoria ou da
instituição da pensão.
Art. 88. Os servidores de que trata o art. 87 podem optar, em caráter irretratável, pela incorporação de
gratificações de desempenho aos proventos de aposentadoria ou de pensão, nos seguintes termos:
I - a partir de 1o de janeiro de 2017: 67% (sessenta e sete por cento) do valor referente à média dos
pontos da gratificação de PODER JUDICIÁRIO SEÇÃO JUDICIÁRIA DO DISTRITO FEDERAL
FDA47F6D3B56B9616D90B59EE62ABD5B TRF 1 REGIÃO/IMP.15-01-04-SJ
3
5. Sentença mantida. Recurso improvido. Acórdão lavrado com fundamento no art. 46 da Lei nº 9.099/95.
6. A parte autora, recorrente vencida, pagará honorários advocatícios de 10% sobre o valor corrigido da
causa, ficando a condenação suspensa enquanto perdurar o estado de carência que justificou a
concessão da justiça gratuita, prescrevendo a dívida cinco anos após a sentença final, nos termos do art.
98, §3º, do CPC/15.
ACÓRDÃO
Decide a Primeira Turma Recursal, por unanimidade, negar provimento ao recurso da parte autora.
1ª Turma Recursal, Juizado Especial Federal – SJDF. Brasília – DF, 16/05/2019.
JUIZ RUI COSTA GONÇALVES
Relator
PROCESSO N. 0097371-08.2005.4.01.3400
RECORRENTE: FUNDACAO NACIONAL DE SAUDE FNS
ADVOGADO : - NADJA ADRIANO DE SANTANA AZEITUNO
RECORRIDO: GUARACI ARAGAO OLIVEIRA
ADVOGADO: DF00019218 - GLAYDSON PEREIRA DOS SANTOS
RELATOR: RUI COSTA GONÇALVES
EMENTA
ADMINISTRATIVO E PROCESSUAL. JUÍZO DE ADEQUAÇÃO. SERVIDOR PÚBLICO.
INCORPORAÇÃO DE QUINTOS ATÉ A EDIÇÃO DA MEDIDA PROVISÓRIA N. 2.225-45/2001.
EXTINÇÃO DO DIREITO. IMPOSSIBILIDADE DE INCORPORAÇÃO NOS TERMOS PRETENDIDOS
PELA PARTE AUTORA. MATÉRIA PACIFICADA PELO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL EM SEDE DE
REPERCUSSÃO GERAL (RE 638.115). RECURSO DO RÉU PROVIDO. SENTENÇA REFORMADA.
PEDIDO AUTORAL IMPROCEDENTE.
1.Trata-se de Recurso Inominado interposto pela parte Ré, insurgindo-se contra sentença de procedência
do pedido da parte autora visando a lhe assegurar o direito à incorporação de parcelas de Quintos no
decorrer do período entre a Lei 9.624/1998 e a edição da Medida Provisória n. 2.225-45/2001.
2. Esta Turma Recursal, em sessão de julgamento, negou provimento ao recurso, mantendo a sentença
recorrida.
3. A parte ré interpôs Recurso Extraordinário.
4. Autos com retorno à Relatoria para ADEQUAÇÃO DO JULGADO ao decidido pelo Supremo Tribunal
no RE n. 638.115/CE.
5. O Supremo Tribunal Federal, ao examinar o RE n. RE 638.115/CE, rel. Min. Gilmar Mendes, Pleno,
m.v., j. 18.03.2015, cujo tema fora afetado como de Repercussão Geral, portanto com efeito vinculante,
assim se pronunciou, verbis:
"Recurso Extraordinário. 2. Administrativo. 3. Servidor Público. 4. Incorporação de quintos decorrente do
exercício de funções comissionadas no período compreendido entre a edição da Lei 9.624/1998 e a MP
2.225-48/2015. 5. Impossibilidade. 6. Recurso extraordinário provido.".
A Excelsa Corte, por sua distinta maioria, "modulou os efeitos da decisão para desobrigar a devolução
dos valores recebidos de boa-fé pelos servidores até esta data, nos termos do voto do relator, cessada a
ultra-atividade das incorporações concedidas indevidamente".
6. Assim, em sede de adequação, o Recurso Inominado interposto deve ser CONHECIDO e PROVIDO.
Sentença reformada, desobrigando-se a parte autora, ora recorrida, de devolver os valores recebidos de
boa-fé por conta da incorporação tratada nos autos, considerando-se o efeito vinculante gerado pela
decisão proferida no RE n. 661256.
7. Recurso interposto contra o acórdão anterior tido como prejudicado.
8. Sem honorários advocatícios e custas processuais. PODER JUDICIÁRIO SEÇÃO JUDICIÁRIA DO
DISTRITO FEDERAL
D8ED334631D9B0D2B24718131E618329 TRF 1 REGIÃO/IMP.15-01-04-SJ
2
ACÓRDÃO
DECIDE a Turma Recursal, em sede de adequação do julgado, conhecer e dar provimento ao recurso
interposto pela parte ré, reformando a sentença de primeiro grau, nos termos do voto do Juiz Federal
Relator.
Sala de Sessões das Turmas Recursais - SJDF
Brasília/DF, 16 de maio de 2019.
JUIZ RUI COSTA GONÇALVES
Relator
848
PODER JUDICIARIO
JUIZADOS ESPECIAIS FEDERAIS
SEÇÃO JUDICIÁRIA DO DISTRITO FEDERAL
1ª TR - RELATOR 1 - BRASÍLIA
0037291-97.2013.4.01.3400
201334000073733
Recurso Inominado
Recte : MARIA DAS GRACAS DE DEUS SILVA
Advg. : DF00026621 - ALINE DE CARVALHO CAVALCANTE
Recdo : UNIAO FEDERAL
0047135-71.2013.4.01.3400
201334000118410
Recurso Inominado
Recte : BENEDICTO DOS SANTOS SOBRINHO
Recte : ALBERTO DA SILVA MOREIRA
Recte : ADILSON MOREIRA DA COSTA
Advg. : DF0001672A - SOLANGE MARIA DE CARVALHO
CAVALCANTE
Recte : IVONE XAVIER
Recdo : UNIAO FEDERAL
0069615-43.2013.4.01.3400
201334000205218
Recurso Inominado
Recte : ANA SUELI MELO COLARES DA PENHA
Advg. : CE00015142 - ALINE DE CARVALHO CAVALCANTE
Recdo : UNIAO FEDERAL
Recdo : MINISTERIO PUBLICO FEDERAL
0070783-80.2013.4.01.3400
201334000209383
Recurso Inominado
Recte : MARIA NILDA DE SOUZA FREITAS
Recte : JOAO ALVES BARBOSA
Advg. : CE00015142 - ALINE DE CARVALHO CAVALCANTE
Recte : MARIA JANUARIA MARTINS
Recdo : UNIAO FEDERAL
0073871-29.2013.4.01.3400
201334000222111
Recurso Inominado
Recte : LEOPOLDINA TERRES VIANA
Recte : SONIA MARIA DUARTE DOS SANTOS
Recte : PAULO PRADO CALDEIRA
Recte : MARCELO ANGELO GECLER LOIS
Recte : RAIMUNDO ALVES LIMA
Advg. : DF00018841 - LINO DE CARVALHO CAVALCANTE
Recte : PEDRO TOLEDO
Recte : ADEMAR LOURENCO DE FREITAS
Recte : GETULIO VIANA PANTALEAO
Recte : GERALDO RIBEIRO CUNHA
Recte : ALMEIDA CORREIA DANTAS
Recdo : UNIAO FEDERAL
0074392-71.2013.4.01.3400
201334000224324
Recurso Inominado
Recte : FRANCISCO ROSIMAR RODRIGUES LUZ
Advg. : PI00198489 - JOSE DO EGITO FIGUEIREDO BARBOSA
Recdo : UNIAO FEDERAL
Recdo : FUNDACAO NACIONAL DE SAUDE FUNASA
0007177-78.2013.4.01.3400
849
201334009524997
Recurso Inominado
Recte : MARTA MARIA DIOGENES DE MENEZES
Advg. : DF00025089 - GILBERTO SIEBRA MONTEIRO
Recdo : UNIAO FEDERAL
0019100-67.2014.4.01.3400
201434000062004
Recurso Inominado
Recte : NICOLAU CORREA MAIA
Advg. : DF00018841 - LINO DE CARVALHO CAVALCANTE
Recdo : UNIAO FEDERAL
0022548-48.2014.4.01.3400
0027697-25.2014.4.01.3400
201434000091632
Recurso Inominado
Recte : DAVID TEIXEIRA CAVALCANTE
Advg. : DF00004893 - OTAVIO BRITO LOPES
Advg. : DF00018168 - EMANUEL CARDOSO PEREIRA
Advg. : DF00015720 - ANTONIO GLAUCIUS DE MORAIS
Advg. : DF00025416 - ALTIVO AQUINO MENEZES
Advg. : DF00032590 - BRUNA BORGES DA COSTA AGUIAR
Advg. : DF00012892 - INDIRA ERNESTO SILVA QUARESMA
Recdo : CAIXA ECONOMICA FEDERAL
0010270-78.2015.4.01.3400
201534000042633
Recurso Inominado
Recte : GLAUCIUS FERREIRA DA SILVA
Advg. : DF00010434 - JOAO AMERICO PINHEIRO MARTINS
Recte : NELSON SILVA DE MENEZES
Recte : ADRIANA REGINA DA CONCEICAO CHAGAS
Recdo : UNIAO FEDERAL
0046493-30.2015.4.01.3400
201534000213209
Recurso Inominado
Recdo : GUSTAVO BEIRAO ARAUJO
Advg. : DF00043188 - CARLOS FAUAZE
Recte : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
0065377-10.2015.4.01.3400
201534000279788
Recurso Inominado
Recte : CARLOS COUTINHO DE SOUSA
Advg. : DF00039930 - EVANDRO JOSE LAGO
Recdo : CAIXA ECONOMICA FEDERAL
0013573-66.2016.4.01.3400
201634000368517
Recurso Inominado
Recdo : ALICE MACEDO DE MELO
Advg. : DF00030598 - MAX ROBERT MELO
Advg. : DF00036420 - THAYNARA CLAUDIA BENEDITO
Recte : FUNDACAO NACIONAL DO INDIO - FUNAI
0021427-14.2016.4.01.3400
201634000398568
Recurso Inominado
Recte : JULIANO DE SOUZA BATISTA
Advg. : DF00045940 - FLAVIO DIAS DA SILVA
Advg. : DF00036551 - IDALVA FERNANDES
Recdo : CAIXA ECONOMICA FEDERAL
Advg. : DF00020885 - WELISANGELA CARDOSO MENEZES
Recdo : BROOKFIELD CENTRO-OESTE EMPREENDIMENTOS
IMOBILIARIOS S.A
Advg. : SP00214918 - DANIEL BATTIPAGLIA SGAI
0029161-16.2016.4.01.3400
201634000435014
850
Recurso Inominado
Recte : NAPOLEAO KAORU ROVISAPIERE HATANAKA
Advg. : RJ00190323 - EDUARDO MAURO PRATES
Recdo : CAIXA ECONOMICA FEDERAL
0029162-98.2016.4.01.3400
201634000435028
Recurso Inominado
Recte : NILCE BUENO DE CAMARGO
Advg. : RJ00190323 - EDUARDO MAURO PRATES
Recdo : CAIXA ECONOMICA FEDERAL
0030407-47.2016.4.01.3400
201634000444699
0040955-34.2016.4.01.3400
201634000505514
Recurso Inominado
Recte : MOACIR JOSE DA ROSA
Advg. : DF00022799 - RAFAEL TEIXEIRA MORETI
Advg. : DF00021675 - ANDRESSA MIRELLA CASTRO DIAS
Advg. : DF00000968 - ULISSES RIEDEL DE RESENDE
Recdo : CAIXA ECONOMICA FEDERAL
0052562-44.2016.4.01.3400
201634000567366
Recurso Inominado
Recte : ELIANE DIAS DANTAS
Advg. : DF0001666A - JEOVAM LEMOS CAVALCANTE
Recdo : UNIAO FEDERAL
0053117-61.2016.4.01.3400
201634000570422
Recurso Inominado
Recte : MARIA ALTAIR AMARO CAMPELO
Advg. : DF0001666A - JEOVAM LEMOS CAVALCANTE
Recdo : UNIAO FEDERAL
0053266-57.2016.4.01.3400
201634000571928
Recurso Inominado
Recte : ANTONIA AUGUSTA ALBINO
Advg. : DF0001666A - JEOVAM LEMOS CAVALCANTE
Recdo : UNIAO FEDERAL
0058846-68.2016.4.01.3400
201634000600007
Recurso Inominado
Recte : EDISON VAZ LOBO FREITAS
Advg. : DF00010434 - JOAO AMERICO PINHEIRO MARTINS
Recdo : UNIAO FEDERAL
0059931-89.2016.4.01.3400
201634000600857
Recurso Inominado
Recte : AFONSO AIRES CARVALHO FILHO
Advg. : GO00026506 - EVERTON BERNARDO CLEMENTE
Recdo : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
0060520-81.2016.4.01.3400
201634000605263
Recurso Inominado
Recte : LAERTE DE FREITAS SILVA
Advg. : DF00010434 - JOAO AMERICO PINHEIRO MARTINS
Recdo : UNIAO FEDERAL
0006143-29.2017.4.01.3400
201734000691570
Recurso Inominado
Recte : KETULY BERNARDI LEITE
Advg. : DF00024775 - LUIZ FELIPE BUAIZ ANDRADE
851
Recdo : CAIXA ECONOMICA FEDERAL
0030305-88.2017.4.01.3400
201734000806480
Recurso Inominado
Recte : WILSON COSTA MOUZINHO
Advg. : DF00036420 - THAYNARA CLAUDIA BENEDITO
Advg. : DF00030598 - MAX ROBERT MELO
Recdo : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
Recdo : UNIAO FEDERAL
0031872-57.2017.4.01.3400
201734000815742
Recurso Inominado
0044094-57.2017.4.01.3400
201734000885509
Recurso Inominado
Recte : VALDSON ALVES RODRIGUES
Recdo : UNIAO FEDERAL
0046764-68.2017.4.01.3400
201734000902759
Recurso Inominado
Recte : MARTA MARIA DE JESUS CARIBE
Advg. : BA00019557 - JOSE CARLOS RIBEIRO DOS SANTOS
Recdo : UNIAO FEDERAL
0046957-83.2017.4.01.3400
201734000904694
Recurso Inominado
Recte : MARIA APARECIDA OLIVEIRA BARBOSA
Advg. : DF08888888 - FACIPLAC
Recdo : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
0048268-12.2017.4.01.3400
201734000909320
Recurso Inominado
Recte : LUIZ CARLOS BARBOSA DOS SANTOS
Advg. : DF00052380 - LARYSSA DIAS REGO
Advg. : DF00022393 - WANESSA ALDRIGUES CANDIDO
Recdo : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
0048495-02.2017.4.01.3400
201734000911607
Recurso Inominado
Recte : ELECIR RODRIGUES DE CASTRO
Advg. : DF00030598 - MAX ROBERT MELO
Advg. : DF00036420 - THAYNARA CLAUDIA BENEDITO
Recdo : AGENCIA NACIONAL DE MINERACAO
0054068-21.2017.4.01.3400
201734000942259
Recurso Inominado
Recte : TELMA ROCHA SALES
Advg. : DF00039686 - FABRICIO VIEIRA DA COSTA
Recdo : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
0003226-03.2018.4.01.3400
201834000975994
Recurso Inominado
Recte : ANDREIA CLAUDIA PEREIRA DE AQUINO FERREIRA
Advg. : MG00099065 - ALEX LUCIANO VALADARES DE
ALMEIDA
Advg. : DF00048768 - KAROLINA MOREIRA DE SOUZA
Recdo : UNIAO FEDERAL (FAZENDA NACIONAL)
0003434-84.2018.4.01.3400
201834000978095
Recurso Inominado
852
Recdo : MARIA LUCIMAR DE SOUZA SILVA
Advg. : DF00025089 - GILBERTO SIEBRA MONTEIRO
Recte : UNIAO FEDERAL (FAZENDA NACIONAL)
0011732-65.2018.4.01.3400
201834001031242
Recurso Inominado
Recte : ANTONIO DO SANTO RUFINO
Advg. : DF00025089 - GILBERTO SIEBRA MONTEIRO
Recdo : UNIAO FEDERAL
0014978-69.2018.4.01.3400
201834001045151
Recurso Inominado
0021407-52.2018.4.01.3400
201834001073150
Recurso Inominado
Recte : ANATALIEL VIEIRA TEIXEIRA
Advg. : DF00025089 - GILBERTO SIEBRA MONTEIRO
Recdo : UNIAO FEDERAL
0024326-14.2018.4.01.3400
201834001098583
Recurso Inominado
Recte : SYLVINO BARBOSA DE LIMA
Advg. : DF00036821 - COQUELIN AIRES LEAL NETO
Recdo : UNIAO FEDERAL
0031282-46.2018.4.01.3400
201834001142035
Recurso Inominado
Recte : DAMIANA BRANDAO CARDOSO
Advg. : DF00025089 - GILBERTO SIEBRA MONTEIRO
Recdo : UNIAO FEDERAL
0037163-04.2018.4.01.3400
201834001184389
Recurso Inominado
Recte : ANITA VARGAS DA SILVA
Advg. : DF00036821 - COQUELIN AIRES LEAL NETO
Recdo : UNIAO FEDERAL
0037347-57.2018.4.01.3400
201834001186601
Recurso Inominado
Recte : SONIA ALVES COSTA
Advg. : DF00036821 - COQUELIN AIRES LEAL NETO
Recdo : UNIAO FEDERAL
0037495-68.2018.4.01.3400
201834001188101
Recurso Inominado
Recte : JOSE GILBERTO SCANDIUCCI
Advg. : DF00036821 - COQUELIN AIRES LEAL NETO
Recdo : UNIAO FEDERAL
0037541-57.2018.4.01.3400
201834001188564
Recurso Inominado
Recte : MARIA VIANA DE OLIVEIRA
Advg. : DF00036821 - COQUELIN AIRES LEAL NETO
Recdo : UNIAO FEDERAL
0000436-74.2018.4.01.9340
201834001174744
Mandado De Seguranca Civel/tr
Recte : SILVIA HELENA BEZERRA FERREIRA
Advg. : DF00025089 - GILBERTO SIEBRA MONTEIRO
Recdo : UNIAO FEDERAL
0000468-79.2018.4.01.9340
201834001180974
Mandado De Seguranca Civel/tr
853
Recte : MARIA AUGUSTA BARROS DE MOURA
Advg. : DF00025089 - GILBERTO SIEBRA MONTEIRO
Recdo : UNIAO FEDERAL
0000487-85.2018.4.01.9340
201834001190663
Mandado De Seguranca Civel/tr
Recte : ZILSON MENDONCA FACANHA
Advg. : DF00025089 - GILBERTO SIEBRA MONTEIRO
Recdo : UNIAO FEDERAL
0000491-25.2018.4.01.9340
201834001191353
Mandado De Seguranca Civel/tr
0000507-76.2018.4.01.9340
201834001192814
Mandado De Seguranca Civel/tr
Recte : ELIZABETH CLARA BARROSO
Advg. : DF00025089 - GILBERTO SIEBRA MONTEIRO
Recdo : UNIAO FEDERAL
PROCESSOS FÍSICOS
PROCESSOS VIRTUAIS
0054887-41.2006.4.01.3400
200634009122769
Recurso Inominado
Recdo : BERNADETE MARIA BORDIGNON
Advg. : DF00022961 - RAFAEL ANDRE KNOP
Recte : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
0001781-91.2011.4.01.3400
201134009167334
Recurso Inominado
Recdo : EDITH RODRIGUES AFONSECA
Advg. : DF00040855 - ANTONIO CARLOS TOZZO MENDES PEREIRA
Recte : UNIAO FEDERAL (FAZENDA NACIONAL)
0051358-04.2012.4.01.3400
201234009471023
Recurso Inominado
Recdo : MARIA DO CARMO FELIX OLIVEIRA
Recdo : MARIA ARLETE DE FREITAS
Recdo : MARIA EUNICE CAVALCANTE
Recdo : MARIA DE FATIMA MARTINS APOLINARIO
Recdo : ADRIANA DE SOUZA
Advg. : DF0001672A - SOLANGE MARIA DE CARVALHO CAVALCANTE
Recte : UNIAO FEDERAL
0019479-42.2013.4.01.3400
201334000015166
Recurso Inominado
Recte : RICARDO ALEXANDRE WISNIEVSKI
Advg. : PR00027649 - VIVIANE KARINA TEIXEIRA
Recdo : UNIAO FEDERAL
0040757-02.2013.4.01.3400
201334000088065
Recurso Inominado
Recdo : RAIMUNDO AYRES MATOS
Advg. : PI00001984 - JOSE DO EGITO FIGUEIREDO BARBOSA
855
Recte : FUNASA
Recte : UNIAO FEDERAL
0073599-35.2013.4.01.3400
201334000219528
Recurso Inominado
Recte : ANTONIO ROMAO DA SILVA BARBOSA
Recte : CLARICE DIAS DE OLIVEIRA FELIX
Recte : JOAO EUFRAUZINO DE SOUZA
Recte : AMADEU MEIRELES FIGUEIREDO
Advg. : DF00022386 - SEVERINO DE AZEVEDO DANTAS
Recte : FRANCISCA DE SOUSA PIRES
Recte : JOAQUIM RIBEIRO DE LIMA
Recte : NEIVA OLIVEIRA CUNHA DOS SANTOS
0005317-08.2014.4.01.3400
201434000017859
Recurso Inominado
Recdo : DARCI PEREIRA CEZAR
Advg. : DF00041886 - SILVANIA MARIA DOS SANTOS DIAS
Recte : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
0008913-97.2014.4.01.3400
201434000028207
Recurso Inominado
Recte : ELEUZA MARIA DE JESUS CASTRO
Advg. : DF00013461 - LUIS ANTONIO WINCKLER ANNES
Recdo : UNIAO FEDERAL
0017265-44.2014.4.01.3400
201434000055177
Recurso Inominado
Recte : ANTONIO VILSON PEREIRA DE SOUZA
Advg. : DF00010434 - JOAO AMERICO PINHEIRO MARTINS
Recdo : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
0037365-20.2014.4.01.3400
201434000125961
Recurso Inominado
Recte : LUCIA KOBAYASHI
Advg. : DF00033680 - LUIZ ANTONIO MULLER MARQUES
Advg. : DF00026778 - VALMIR FLORIANO VIEIRA DE ANDRADE
Recdo : FUB FUNDACAO UNIVERSIDADE DE BRASILIA
0042627-48.2014.4.01.3400
201434000146951
Recurso Inominado
Recdo/recte : FAROUQ MOSTAFA MANSOUR
Recdo/recte : JAMAL MOSTAFA AL NABHANI
Recte/recdo : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
0049387-13.2014.4.01.3400
201434000174501
Recurso Inominado
Recte : MARCELO LIMA COSTA
Advg. : MG00118436 - CARLOS BERKENBROCK
Recdo : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
0052123-04.2014.4.01.3400
201434000186883
Recurso Inominado
Recdo : MARIA AVELINO DA SILVA
Advg. : DF00030525 - GILBERTO CONCEICAO DO AMARAL
Recte : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
0062570-51.2014.4.01.3400
201434000219206
Recurso Inominado
Recdo : CARLOS ALBERTO
Advg. : DF00035029 - FABIO CORREA RIBEIRO
Recte : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
0076955-04.2014.4.01.3400
856
201434000274090
Recurso Inominado
Recte : DALVA BARRETO
Advg. : DF00211613 - PEDRO MOREIRA ADVOGADOS
Recdo : UNIAO FEDERAL
0076956-86.2014.4.01.3400
201434000274100
Recurso Inominado
Recte : ARTUR CARLOS DE OLIVEIRA PAJOLI
Advg. : DF00211613 - PEDRO MOREIRA ADVOGADOS
Recdo : UNIAO FEDERAL
0010788-68.2015.4.01.3400
0010805-07.2015.4.01.3400
201534000048024
Recurso Inominado
Recte : RUY CARLOS MACHADO BRAGA
Advg. : DF00211613 - PEDRO MOREIRA ADVOGADOS
Recdo : UNIAO FEDERAL
0015860-36.2015.4.01.3400
201534000070379
Recurso Inominado
Recdo : DAVSON ALVES DE OLIVEIRA
Advg. : DF0039709S - MILENA MARCONE FERREIRA LEITE
Recte : INSTITUTO BRASILEIRO DO MEIO AMBIENTE E DOS RECURSOS NATURAIS RENOVAVEIS -
IBAMA
0015928-83.2015.4.01.3400
201534000071055
Recurso Inominado
Recte : DOMINGOS DA GRACA EDUARDO SANTOS
Advg. : DF00031444 - GABRIELA DE MORAES
Recdo : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
0026953-93.2015.4.01.3400
201534000112331
Recurso Inominado
Recte : CLEBER LOURENCO SILVA
Advg. : DF00041954 - MARCELA CARVALHO BOCAYUVA
Recdo : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
0039642-72.2015.4.01.3400
201534000180040
Recurso Inominado
Recdo : MARIA DO SOCORRO ROCHA DOS SANTOS
Recte : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
0040423-94.2015.4.01.3400
201534000185395
Recurso Inominado
Recdo : MANANCIAL INDUSTRIA E COMERCIO DE ALIMENTOS LTDA-ME
Advg. : DF00027693 - AMOS GOUVEIA DE ALBUQUERQUE
Recte : CAIXA ECONOMICA FEDERAL
Advg. : DF00017041 - CARLA BEATRIZ HAMU SILVA CHERULLI
Recte : BANCO BRADESCO S/A
Advg. : DF00032132 - LAYLA RODRIGUES CHAMAT
Advg. : DF00029971 - SANTINA MARIA BRANDÃO NASCIMENTO GONÇALVES
0050631-40.2015.4.01.3400
201534000224201
Recurso Inominado
Recte : FLAVIO PEREIRA RISSATO
Advg. : DF00015682 - VICTOR MENDONCA NEIVA
Advg. : DF00038453 - VINICIUS NOBREGA COSTA
Recdo : CAIXA ECONOMICA FEDERAL
0051807-54.2015.4.01.3400
857
201534000228973
Recurso Inominado
Recdo : JAIRTON MESQUITA DE CARVALHO
Recte : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
0052989-75.2015.4.01.3400
201534000235338
Recurso Inominado
Recte : ROSANA PEREIRA ASSENCO
Advg. : DF00032537 - JORDAO PORTUGUES DE SOUZA
Recdo : MRV PRIME TOP TAGUATINGA II INCORPORACOES IMOBILIARIAS LTDA
Advg. : MG00008055 - ANDRE JACQUES LUCIANO UCHOA COSTA
Recdo : CAIXA ECONOMICA FEDERAL
Recdo : MRV PRIME TOP TAGUATINGA II INCORPORACOES IMOBILIARIAS LTDA
0061479-86.2015.4.01.3400
201534000259248
Recurso Inominado
Recdo/recte : ANTONIO JOSE DE FIGUEIREDO NETO
Recte/recdo : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
0061903-31.2015.4.01.3400
201534000262931
Recurso Inominado
Recdo : KATIANA VIEIRA MUGNOL
Advg. : PR00061410 - MARISE JUSSARA FRANZ LUVISON
Recte : UNIAO-DEPARTAMENTO PENITENCIARIO NACIONAL
0062396-08.2015.4.01.3400
201534000265001
Recurso Inominado
Recdo/recte : SALVADOR PEREIRA DOS SANTOS
Advg. : DF00027024 - SERGIO RODRIGUES MARINHO FILHO
Recte/recdo : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
0065451-64.2015.4.01.3400
201534000280525
Recurso Inominado
Recte : EDVAN DO VALE
Advg. : DF00066666 - NPJ/UNICEUB
Recdo : CAIXA ECONOMICA FEDERAL
0068636-13.2015.4.01.3400
201534000291617
Recurso Inominado
Recdo : SALVADOR COSTA DOS SANTOS
Advg. : DF00049458 - EVERTON BERNARDO CLEMENTE
Recte : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
0069113-36.2015.4.01.3400
201534000293415
Recurso Inominado
Recte : LAURA BATISTA MAXIMO MOREIRA
Advg. : DF00051239 - GIULIANNA ALVES SOARES
Advg. : DF00028518 - MARIA FERREIRA MAIA TEIXEIRA
Recdo : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
0069506-58.2015.4.01.3400
201534000294331
Recurso Inominado
Recte : HELENICE ALMEIDA COELHO
Advg. : SC00028534 - CLEITON MACHADO
Advg. : DF00043133 - SAYLES RODRIGO SCHUTZ
Advg. : DF00043122 - CARLOS BERKENBROCK
Recdo : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
0071375-56.2015.4.01.3400
201534000303015
Recurso Inominado
Recdo : MARIA JOSE DE OLIVEIRA CRUZ
Advg. : DF00040311 - EMANUEL MEDEIROS ALCANTARA FILHO
Recte : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
0010023-63.2016.4.01.3400
858
201634000351304
Recurso Inominado
Recdo : LEONICE RABELO FERNANDES
Advg. : DF00030525 - GILBERTO CONCEICAO DO AMARAL
Recte : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
0024720-89.2016.4.01.3400
201634000413214
Recurso Inominado
Recdo : GUSTAVO HENRIQUE CAVALCANTI SALES
Recte : UNIAO FEDERAL
0028255-26.2016.4.01.3400
201634000429901
0032559-68.2016.4.01.3400
201634000459520
Recurso Inominado
Recte : FERNANDA MARIA SOUSA MAGALHAES
Advg. : DF00025089 - GILBERTO SIEBRA MONTEIRO
Recdo : FUNDACAO NACIONAL DE SAUDE - FUNASA
0034561-11.2016.4.01.3400
201634000473080
Recurso Inominado
Recte : GILVANETE OLIVEIRA DO NASCIMENTO
Advg. : DF00040244 - WANDER GUALBERTO FONTENELE
Recdo : UNIAO FEDERAL (FAZENDA NACIONAL)
0035282-60.2016.4.01.3400
201634000478298
Recurso Inominado
Recdo/recte : FRANCISCO AURIBERTO VILAROUCA
Advg. : DF00040700 - LEONARDO FRANCO BASTOS SOARES
Recte/recdo : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
0037892-98.2016.4.01.3400
201634000491708
Recurso Inominado
Recte : LAUDICEIA FRANCISCA BATISTA SOARES
Advg. : DF00018841 - LINO DE CARVALHO CAVALCANTE
Recdo : UNIAO FEDERAL
0037957-93.2016.4.01.3400
201634000492357
Recurso Inominado
Recte : HOSANA CAMPOS DE SANTANA
Advg. : DF00018841 - LINO DE CARVALHO CAVALCANTE
Recdo : INSTITUTO FEDERAL DE PERNAMBUCO- IFPE
0038637-78.2016.4.01.3400
201634000495678
Recurso Inominado
Recdo : TEREZA NUNES DE ALENCAR
Recte : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
0039447-53.2016.4.01.3400
201634000498851
Recurso Inominado
Recte : CLAUDIO SERGIO VALADARES RODRIGUES
Advg. : DF00024111 - MARCOS VIEIRA DOS SANTOS
Advg. : DF00050341 - DAYSIANNE DE PAULA CLIMACO
Recdo : UNIAO FEDERAL (FAZENDA NACIONAL)
0042600-94.2016.4.01.3400
201634000514705
Recurso Inominado
Recdo : JOSE LEONIDAS FERREIRA MOURA
Advg. : DF00049458 - EVERTON BERNARDO CLEMENTE
Recte : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
859
0047436-13.2016.4.01.3400
201634000541421
Recurso Inominado
Recte : VALDIMIRA DA MATA SILVA
Advg. : DF00123456 - DEFENSORIA PUBLICA DA UNIAO
Recdo : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
0052231-62.2016.4.01.3400
201634000564045
Recurso Inominado
Recdo : LILIAN MARLY CAMPOS CALDAS
Advg. : DF00052648 - NATANAEL CLEBERSON MONTEIRO RAMOS
Advg. : DF00020379 - THATYANNA MYCHELLE GOMES DE CARVALHO
Advg. : DF00036650 - MARIA MANUELLA JEHA TERROSO
0052285-28.2016.4.01.3400
201634000564583
Recurso Inominado
Recdo : JOSE NIVALDO DA SILVA
Advg. : DF00028518 - MARIA FERREIRA MAIA TEIXEIRA
Advg. : DF00051239 - GIULIANNA ALVES SOARES
Recte : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
0057682-68.2016.4.01.3400
201634000593313
Recurso Inominado
Recdo : MARIA CONCEICAO DA CRUZ
Advg. : DF00002256 - RUDI MEIRA CASSEL
Recte : UNIAO FEDERAL
Recte : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
0062662-58.2016.4.01.3400
201634000611610
Recurso Inominado
Recte : EUNICE MARIA VELOSO
Advg. : DF00042149 - RAISSA GOMES LISBOA
Advg. : DF00036111 - CESAR FELIPE AMADOR CHAGAS
Advg. : DF00010794 - PAULO CESAR CHAGAS
Recdo : CAIXA ECONOMICA FEDERAL
0063115-53.2016.4.01.3400
201634000615980
Recurso Inominado
Recte : ILO HELENO SOARES DOURADO
Advg. : DF00016459 - MANOEL VERAS NASCIMENTO
Recdo : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
0063537-28.2016.4.01.3400
201634000617206
Recurso Inominado
Recdo : ALEXSANDRO ZANETTE WELYKY
Advg. : BA00019557 - JOSE CARLOS RIBEIRO DOS SANTOS
Recte : UNIAO FEDERAL
0064562-76.2016.4.01.3400
201634000622465
Recurso Inominado
Recdo : SIMONE ULER LAVORATO
Advg. : DF00054211 - VINICIUS ULER LAVORATO
Recte : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
0064827-78.2016.4.01.3400
201634000624112
Recurso Inominado
Recte : FABRICIO ANJOS DE SOUZA
Advg. : BA00019557 - JOSE CARLOS RIBEIRO DOS SANTOS
Recdo : UNIAO FEDERAL
0067053-56.2016.4.01.3400
201634000630606
Recurso Inominado
Recte : JOAO CARLOS MAGALHAES MENDES FILHO
Recdo : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
860
0067859-91.2016.4.01.3400
201634000633663
Recurso Inominado
Recdo : MARIA DOS REIS MARTINS DE ALMEIDA
Advg. : DF00034809 - JOAO PAULO FERREIRA GUEDES
Advg. : DF00039316 - CARLA PATRICIA FERREIRA GUEDES
Advg. : DF00044329 - FILIPE FERREIRA GUEDES
Advg. : DF00037902 - CAMILA VASCONCELOS DA SILVA GUEDES
Recte : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
0071414-19.2016.4.01.3400
201634000643959
Recurso Inominado
Recdo : JOSE DELCIDE EVANGELISTA MARTISN
0072921-15.2016.4.01.3400
201634000658130
Recurso Inominado
Recdo : JULIANO ORLANDI
Advg. : BA00019557 - JOSE CARLOS RIBEIRO DOS SANTOS
Recte : UNIAO FEDERAL
0072948-95.2016.4.01.3400
201634000658407
Recurso Inominado
Recdo : DIOGO COUTINHO LOULI
Advg. : MG00133725 - DIEGO DOS REIS SOARES
Recte : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
0073355-04.2016.4.01.3400
201634000659491
Recurso Inominado
Recte : JOAO BARBOSA DE MOURA
Advg. : DF00022256 - RUDI MEIRA CASSEL
Recdo : UNIAO FEDERAL
0075695-18.2016.4.01.3400
201634000666870
Recurso Inominado
Recdo : MARIA DAS GRACAS BARBOSA CHAGAS
Advg. : DF00035029 - FABIO CORREA RIBEIRO
Recte : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
0004003-22.2017.4.01.3400
201734000683171
Recurso Inominado
Recdo : MARCIA DOS SANTOS ZAMBRANO
Advg. : DF00026778 - VALMIR FLORIANO VIEIRA DE ANDRADE
Advg. : DF00033680 - LUIZ ANTONIO MULLER MARQUES
Recte : FUNDACAO UNIVERSIDADE DE BRASILIA - FUB
0008396-87.2017.4.01.3400
201734000700181
Recurso Inominado
Recdo : ISABEL DA SILVA BRITTO
Advg. : DF00018841 - LINO DE CARVALHO CAVALCANTE
Recte : UNIAO FEDERAL
0008689-57.2017.4.01.3400
201734000703156
Recurso Inominado
Recte : CARLOS AUGUSTO NUNES
Advg. : DF00030101 - DANIELA LOURENCO OLIVEIRA E SILVA
Recdo : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
0008711-18.2017.4.01.3400
201734000703382
Recurso Inominado
Recdo : FERNANDA PAULA CARVALHO AGUIAR MORAIS
Advg. : DF00004261 - DEUSDEDITA SOUTO CAMARGO
Recte : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
0009955-79.2017.4.01.3400
201734000708926
861
Recurso Inominado
Recdo : HALINE CHRISTIANE SOUZA COSTA RIBEIRO
Advg. : DF00017506 - ANGELA SORAIA AMORAS COLLARES
Recte : FUNDACAO UNIVERSIDADE DE BRASILIA - FUB
0010251-04.2017.4.01.3400
201734000711938
Recurso Inominado
Recdo : CLENILSON BEZERRA FONSECA
Advg. : BA00019557 - JOSE CARLOS RIBEIRO DOS SANTOS
Recte : UNIAO FEDERAL
0010561-10.2017.4.01.3400
201734000712035
0012053-37.2017.4.01.3400
201734000718019
Recurso Inominado
Recte : NICOLE SILVA SANTOS
Advg. : DF00042239 - CLAUDIO DAMASCENO LOPES
Recdo : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
0012661-35.2017.4.01.3400
201734000720700
Recurso Inominado
Recte : PAULO JOSE BARBOSA
Advg. : DF00021243 - GUSTAVO MICHELOTTI FLECK
Recdo : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
0013609-74.2017.4.01.3400
201734000724194
Recurso Inominado
Recdo/recte : MARLI DE FATIMA DA SILVA
Recte/recdo : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
0016963-10.2017.4.01.3400
201734000730674
Recurso Inominado
Recte : WILTON OLIVEIRA DOS SANTOS
Advg. : DF00036354 - LAURO THADDEU GOMES
Advg. : DF00030377 - CAROLINA MARIN MAIA
Recdo : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
0017007-29.2017.4.01.3400
201734000731110
Recurso Inominado
Recte : SILMA FERREIRA QUINTAL
Advg. : DF00032699 - CARLOS MAGNO DOS SANTOS COELHO
Advg. : DF00047287 - ANA PAULA JARDIM LUZ
Recdo : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
0017837-92.2017.4.01.3400
201734000734120
Recurso Inominado
Recte : ESPOLIO DE ISA MARIA DE MELLO
Advg. : DF00049458 - EVERTON BERNARDO CLEMENTE
Recdo : UNIAO FEDERAL
0018624-24.2017.4.01.3400
201734000738785
Recurso Inominado
Recdo/recte : ILSON VIEIRA DA SILVA
Advg. : DF00022256 - RUDI MEIRA CASSEL
Recte/recdo : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
0018673-65.2017.4.01.3400
201734000739270
Recurso Inominado
Recdo : IVAN NEVES COSTA
Advg. : DF00016414 - CESAR ODAIR WELZEL
Advg. : DF00038316 - HEVERTON DE SOUZA MORAES
862
Recte : VISA DO BRASIL EMPREENDIMENTOS LTDA.
Advg. : DF00035366 - RAFAEL MARTINS RODRIGUES DE QUEIROZ
Recte : CAIXA ECONOMICA FEDERAL
0021664-14.2017.4.01.3400
201734000752008
Recurso Inominado
Recte : SERGIO BRUXEL
Advg. : DF00028679 - TEREZINHA BORGES KARLSON
Advg. : DF00028261 - LUCIANE BORGES MARTINS BUENO
Advg. : DF00016858 - NILTON LAFUENTE
Recdo : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
0021803-63.2017.4.01.3400
0022358-80.2017.4.01.3400
201734000755987
Recurso Inominado
Recdo : MARIA EUNICE TORRES FERREIRA
Advg. : DF00024523 - SOLANGE ARAUJO DE FARIA
Recte : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
0023573-91.2017.4.01.3400
201734000762859
Recurso Inominado
Recdo : CARLOS LEONARDO PIRES
Recte : UNIAO FEDERAL
0025968-56.2017.4.01.3400
201734000776487
Recurso Inominado
Recdo : MARIA DE FATIMA BARBOSA
Advg. : DF00051917 - ADRIANO GOMES PINTO DA SILVA
Recte : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
0026610-29.2017.4.01.3400
201734000782535
Recurso Inominado
Recte : KELLEN SOUZA DE LYRA COSTA
Advg. : DF00666666 - CENTRO DE ENSINO UNIFICADO DE BRASILIA CEUB - NPJ
Advg. : DF00043143 - BRUNO CRISTIAN SANTOS DE ABREU
Recdo : CAIXA ECONOMICA FEDERAL
0027699-87.2017.4.01.3400
201734000791150
Recurso Inominado
Recdo/recte : EPITACIO AMARO RIBEIRO
Advg. : DF00039930 - EVANDRO JOSE LAGO
Recte/recdo : UNIAO FEDERAL (FAZENDA NACIONAL)
Recte/recdo : FUNDACAO NACIONAL DE SAUDE FUNASA
Advg. : MG00074464 - LUCIANA CURY DE MELO
0030331-86.2017.4.01.3400
201734000806743
Recurso Inominado
Recte : LUCIANO MARCOS AFONSO DE OLIVEIRA
Advg. : DF00036420 - THAYNARA CLAUDIA BENEDITO
Advg. : DF00030598 - MAX ROBERT MELO
Recdo : UNIAO FEDERAL
0030548-32.2017.4.01.3400
201734000808925
Recurso Inominado
Recte : JOSE RODRIGUES
Advg. : DF00044246 - RAFAEL TOMAZ DE MAGALHAES SAUD
Advg. : DF00042120 - JOAO RENATO BORGES ABREU
Recdo : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
0031847-44.2017.4.01.3400
201734000815492
863
Recurso Inominado
Recdo : BENAIA GOMES DA SILVA
Advg. : DF00024860 - RUY BELISARIO DOS SANTOS JUNIOR
Recte : CAIXA ECONOMICA FEDERAL
Advg. : DF00050433 - BRUNO FRADIQUE DO NASCIMENTO
Advg. : DF00017348 - ELIZABETH PEREIRA DE OLIVEIRA
0031862-13.2017.4.01.3400
201734000815640
Recurso Inominado
Recdo : WALDENICE EVANGELISTA DE FARIA
Advg. : GO00042815 - MARCELO DOS SANTOS PEREIRA
Recte : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
0035149-81.2017.4.01.3400
201734000831692
Recurso Inominado
Recdo : MAGDIEL BATISTA RIBEIRO
Advg. : DF00028543 - TATIANE RAMOS PATRICIO
Advg. : DF00047295 - ARIADNE BRAGA DE SOUZA
Recte : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
0035417-38.2017.4.01.3400
201734000834386
Recurso Inominado
Recte : BRUNA BENITES FELIPPE DA SILVA
Advg. : DF00030398 - TATHIANA CONDE VILLETH COBUCCI
Recdo : UNIAO FEDERAL
0036307-74.2017.4.01.3400
201734000842873
Recurso Inominado
Recdo : HELIO MOREIRA LIMA
Advg. : DF00025089 - GILBERTO SIEBRA MONTEIRO
Recte : UNIAO FEDERAL (FAZENDA NACIONAL)
0039772-91.2017.4.01.3400
201734000858981
Recurso Inominado
Recdo/recte : VICENTE GONCALVES DE MAGALHAES
Advg. : DF00025089 - GILBERTO SIEBRA MONTEIRO
Recte/recdo : UNIAO FEDERAL
Recte/recdo : FUNDACAO NACIONAL DE SAUDE FUNASA
0040558-38.2017.4.01.3400
201734000866382
Recurso Inominado
Recdo : MARIANA FERREIRA MEDEIROS
Recte : MERCADO LIVRE
Advg. : DF00049965 - EDUARDO CHALFIN
Recte : EMPRESA BRASILEIRA DE CORREIOS E TELEGRAFOS ECT
Advg. : DF00021315 - IARA CELIA BATISTA DE CASTRO
0041448-74.2017.4.01.3400
201734000870303
Recurso Inominado
Recdo/recte : JOSE MARIA GOMES DA SILVA
Advg. : DF00025089 - GILBERTO SIEBRA MONTEIRO
Recte/recdo : UNIAO FEDERAL
Recte/recdo : FUNDACAO NACIONAL DE SAUDE FUNASA
0041968-34.2017.4.01.3400
201734000875066
Recurso Inominado
Recte : ARTHUR HENRIQUE DE AZEVEDO SANTANA
Advg. : DF00017717 - ALESSANDRA DAMIAN CAVALCANTI
Advg. : DF00018026 - DAVID ODISIO HISSA
864
Advg. : DF00022523 - VANESSA ACHTSCHIN SOARES DA SILVA
Advg. : DF00022802 - ALINE RODRIGUES DE ALARCAO LISBOA RAMOS
Advg. : DF00026055 - PAULO CUNHA DE CARVALHO
Advg. : DF00027177 - ANDRE VIEIRA DE GODOI PITALUGA
Advg. : DF00041874 - POLLYANNA DO NASCIMENTO SILVA
Advg. : DF00051656 - CHRISCIANE VIEIRA SOUSA
Recdo : UNIAO FEDERAL
0042598-90.2017.4.01.3400
201734000876370
Recurso Inominado
Recte : GEOVANI FRANCISCO DE LIMA
Advg. : DF00001224 - ANA MARIA RIBAS MAGNO
Recdo : UNIAO FEDERAL
0043199-96.2017.4.01.3400
201734000881532
Recurso Inominado
Recte : JOSE ADENY DE SOUSA
Advg. : DF00025089 - GILBERTO SIEBRA MONTEIRO
Recdo : FUNDACAO NACIONAL DE SAUDE FUNASA
Recdo : UNIAO FEDERAL
0044118-85.2017.4.01.3400
201734000885766
Recurso Inominado
Recdo : ELIETE SEBASTIANA CAIXETA
Advg. : DF00047034 - MARCELO AMANDIO J. BRAGA
Recte : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
0046326-42.2017.4.01.3400
201734000898865
Recurso Inominado
Recte : CREUZA DO ROSARIO SIQUEIRA DOS SANTOS
Advg. : DF00036821 - COQUELIN AIRES LEAL NETO
Recdo : UNIAO FEDERAL
0046408-73.2017.4.01.3400
201734000899689
Recurso Inominado
Recdo : VERA MARIA LOPES
Advg. : DF00055589 - JOAO FRANCISCO DE CAMARGO
Advg. : DF00038160 - ALESSANDRA CALDAS BEZERRA
Recte : UNIAO FEDERAL (FAZENDA NACIONAL)
0046457-17.2017.4.01.3400
201734000900176
Recurso Inominado
Recte : MARIA LEMES RIBEIRO UESSUGUE
Recdo : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
0046504-88.2017.4.01.3400
201734000900649
Recurso Inominado
Recte : JOSE MARIA DOS SANTOS
Advg. : DF00036821 - COQUELIN AIRES LEAL NETO
Recdo : UNIAO FEDERAL
0048405-91.2017.4.01.3400
201734000910708
Recurso Inominado
Recte : GERALDO JOSE DA SILVA
Advg. : DF00017029 - JOELMA ALMEIDA LOUSADA DOS SANTOS
Recdo : CAIXA ECONOMICA FEDERAL
0052499-82.2017.4.01.3400
201734000931870
865
Recurso Inominado
Recte : FRANCISCO DE ASSIS DA SILVA II
Advg. : DF00025089 - GILBERTO SIEBRA MONTEIRO
Recdo : UNIAO FEDERAL
0052549-11.2017.4.01.3400
201734000932381
Recurso Inominado
Recdo : ANDERSON LUIZ SILVA
Advg. : GO00026506 - EVERTON BERNARDO CLEMENTE
Recte : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
0052618-43.2017.4.01.3400
201734000933071
0053771-14.2017.4.01.3400
201734000939278
Recurso Inominado
Recdo : CESAR DE MORAES REGO
Advg. : DF0001599A - GERALDO MAGELA HERMOGENES DA SILVA
Recte : UNIAO FEDERAL (FAZENDA NACIONAL)
0054168-73.2017.4.01.3400
201734000943278
Recurso Inominado
Recdo : ANTONIO CARLOS DE AGUIAR
Advg. : DF00038160 - ALESSANDRA CALDAS BEZERRA
Advg. : DF00055589 - JOAO FRANCISCO DE CAMARGO
Recte : UNIAO FEDERAL (FAZENDA NACIONAL)
0054555-88.2017.4.01.3400
201734000947035
Recurso Inominado
Recdo : GIULIANA CAMBAUVA ORLANDI CASSIANO
Advg. : DF00036069 - PABLO ROBERTO CABRAL
Recte : UNIAO FEDERAL
0004483-63.2018.4.01.3400
201834000988230
Recurso Inominado
Recte : NILDA DOS SANTOS MARINHO
Recdo : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
0006857-52.2018.4.01.3400
201834001001356
Recurso Inominado
Recte : UBIRAJARA BLEY
Advg. : DF00036821 - COQUELIN AIRES LEAL NETO
Recdo : UNIAO FEDERAL
0009809-04.2018.4.01.3400
201834001017923
Recurso Inominado
Recte : JOSUE FERREIRA DE ARAUJO
Advg. : DF00025089 - GILBERTO SIEBRA MONTEIRO
Recdo : UNIAO FEDERAL
0013612-92.2018.4.01.3400
201834001041291
Recurso Inominado
Recte : MARINALDO DANTAS DA SILVA
Advg. : DF0001996A - CARLA SOARES VICENTE
Recdo : UNIAO FEDERAL
0019260-53.2018.4.01.3400
201834001059413
Recurso Inominado
Recdo : JOSE MARCIO GOMES SANTANA
Advg. : DF00027446 - MAURO LEMOS DA SILVA
Advg. : DF00044106 - ELIANE FERNANDES DE FARIA RIBEIRO
866
Advg. : DF00036557 - JOAO JOSE DA CUNHA
Advg. : DF00035828 - MARTA FERNANDES DE FARIA
Recte : UNIAO FEDERAL (FAZENDA NACIONAL)
0022786-28.2018.4.01.3400
201834001085395
Recurso Inominado
Recdo : ARY GUSMAO CARNEIRO DA SILVA JUNIOR
Advg. : DF00055573 - MYLENE QUITÉRIA CALDAS
Advg. : DF00055589 - JOAO FRANCISCO DE CAMARGO
Recte : UNIAO FEDERAL (FAZENDA NACIONAL)
0023192-49.2018.4.01.3400
201834001088284
0023476-57.2018.4.01.3400
201834001091128
Recurso Inominado
Recte : ALINE GOZZI
Advg. : RS00096797 - EDUARDO HELDT MACHADO
Advg. : RS00029219 - FRANCIS CAMPOS BORDAS
Advg. : DF00010081 - CLAUDIO SANTOS DA SILVA
Advg. : RS00081306 - RAQUEL BORGES LOCH
Advg. : RS0066815A - MAURO BORGES LOCH
Recdo : UNIAO FEDERAL
0026722-61.2018.4.01.3400
201834001112567
Recurso Inominado
Recdo : WILLIAMS CARNEIRO RODRIGUES DA SILVA
Advg. : PB00008432 - CARMEN RACHEL DANTAS MAYER
Recte : UNIAO FEDERAL (FAZENDA NACIONAL)
0027175-56.2018.4.01.3400
201834001114142
Recurso Inominado
Recte : MARIO SUGANUMA
Advg. : DF00016367 - SHAYLA BICALHO FERREIRA
Advg. : DF00050224 - PRISCILLA BICALHO FERREIRA DELFINO
Recdo : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
0028397-59.2018.4.01.3400
201834001120951
Recurso Inominado
Recdo : ANTONIA MORENO
Advg. : DF00055589 - JOAO FRANCISCO DE CAMARGO
Advg. : DF00055573 - MYLENE QUITÉRIA CALDAS
Recte : UNIAO FEDERAL (FAZENDA NACIONAL)
0029709-70.2018.4.01.3400
201834001134192
Recurso Inominado
Recdo : MELINA PAPPAS ARRUDA GIL
Advg. : DF00022283 - BRUNO ARRUDA SANTOS DE OLIVEIRA GIL
Recte : UNIAO FEDERAL (FAZENDA NACIONAL)
0031231-35.2018.4.01.3400
201834001141523
Recurso Inominado
Recdo : MARCIA TEIXEIRA SOARES
Advg. : DF00033435 - OSCAR APOLONIO DO NASCIMENTO FILHO
Recte : UNIAO FEDERAL
0032444-76.2018.4.01.3400
201834001147720
Recurso Inominado
Recdo : ANNELISE CAVALCANTE DE ARAUJO GOUVEIA
Advg. : DF00019275 - RENATO BORGES BARROS
Recte : UNIAO FEDERAL (FAZENDA NACIONAL)
0037264-41.2018.4.01.3400
867
201834001185452
Recurso Inominado
Recte : ELY CARDOSO BERNARDO
Advg. : DF00036821 - COQUELIN AIRES LEAL NETO
Recdo : UNIAO FEDERAL
0037462-78.2018.4.01.3400
201834001187771
Recurso Inominado
Recte : NEIVA REGINA ROSA MILANI
Advg. : DF00036821 - COQUELIN AIRES LEAL NETO
Recdo : UNIAO FEDERAL
Advg. : CE00024102 - DIEGO EDUARDO FARIAS CAMBRAIA
0038884-88.2018.4.01.3400
201834001199344
Recurso Inominado
Recdo : EVALDO DE SOUZA
Advg. : RJ00116636 - LEONARDO DE CARVALHO BARBOZA
Recte : UNIAO FEDERAL (FAZENDA NACIONAL)
0000886-52.2019.4.01.3400
201934001230331
Recurso Inominado
Recte : RITA NERIS RIBEIRO
Advg. : MS0003415A - ISMAEL GONCALVES MENDES
Recdo : FUNDACAO NACIONAL DE SAUDE FUNASA
0000089-12.2016.4.01.9340
201634000382415
Recurso De Medida Cautelar Civel
Recte : MARIA BEATRIZ DUTRA
Advg. : DF00038675 - GUSTAVO FONSECA DUTRA
Advg. : RS00071121 - FERNANDA FONSECA DUTRA
Recdo : UNIAO FEDERAL
0000044-37.2018.4.01.9340
201834000996864
Recurso De Medida Cautelar Civel
Recdo : OSORIO GARCIA RODRIGUES
Recdo : JOSE BATISTA CORTES
Recdo : ADEBRAIL FERREIRA DE SOUZA
Advg. : DF00018841 - LINO DE CARVALHO CAVALCANTE
Recdo : ISRAEL LIBERATO PINTO
Recdo : JOSE FIDELIS SEVERINO
Recte : UNIAO FEDERAL
0000126-68.2018.4.01.9340
201834001017522
Recurso De Medida Cautelar Civel
Recte : JOAO GONCALVES DA COSTA
Recte : CELSO ANTUNES MACHADO
Advg. : DF00018841 - LINO DE CARVALHO CAVALCANTE
Recte : ESPOLIO DE JOSE MACHADO DE ARAUJO REPRESENTADO POR OLGA
APARECIDA CHIOCHETTI
Recdo : UNIAO FEDERAL
0000180-34.2018.4.01.9340
201834001048784
Recurso De Medida Cautelar Civel
Recte : MAURICIO COELHO DE CARVALHO
Advg. : DF00036821 - COQUELIN AIRES LEAL NETO
Recte : MILTON DOMENCHE ALBARELLI
Recte : REGINA ETSUKO TACIRO
Recte : JOAO TONANI FILHO
Recte : WANDERLEY LESLIE BARTALOTTI
Recdo : UNIAO FEDERAL
868
0000231-45.2018.4.01.9340
201834001063475
Mandado De Seguranca Civel/tr
Recte : FABRICIO ARAUJO DE MOURA BELMIRO DAS NEVES
Recte : FABIANO ARAUJO DE MOURA BELMIRO NEVES
Advg. : DF00020899 - PAULO SERGIO SANTOS PANTOJA JUNIOR
Advg. : DF00025733 - ERICO DA SILVA VIEIRA
Advg. : DF00039312 - ANDRE FELIPE DA SILVA PANTOJA
Recdo : UNIAO FEDERAL
Recdo : CAIXA ECONOMICA FEDERAL
0000293-85.2018.4.01.9340
201834001096024
0000048-40.2019.4.01.9340
201934001253551
Recurso De Medida Cautelar Civel
Recdo : ROSITA DOS SANTOS OLIVEIRA
Recdo : MARIA ROCILDA BRAGA LIMA
Advg. : DF0001672A - SOLANGE MARIA DE CARVALHO CAVALCANTE
Recdo : VENANCIO ALENCAR CASTELO BRANCO
Recdo : ZULENE HERBSTER LEAL
Recte : UNIAO FEDERAL
0000051-92.2019.4.01.9340
201934001253832
Recurso De Medida Cautelar Civel
Recdo : LAURA MARCELINO DE OLIVEIRA
Advg. : DF0001672A - SOLANGE MARIA DE CARVALHO CAVALCANTE
Recdo : FRANCISCO JURANDIR GOMES
Recdo : FRANCISCA QUEIROZ DA SILVA
Recdo : FRANCISCA MOURA DE LIMA
Recdo : ESPOLIO DE FRANCISCA MENDES E SA, REPRESENTADO POR PAULO REGES
MENDES PAIVA
Recdo : ELIETE ALVES BANDEIRA
Recdo : ELIZEU SALDANHA DA SILVA
Recdo : JOSE PEREIRA DE OLIVEIRA
Recdo : FRANCISCA NAZARIO DE SOUZA
Recdo : LUIZA BERNARDO DE SOUZA
Recte : UNIAO FEDERAL
0000052-77.2019.4.01.9340
201934001253877
Recurso De Medida Cautelar Civel
Recdo : MARIA NEUSA PEREIRA
Recdo : JACINTO JOAQUIM DE SOUSA
Advg. : DF0001672A - SOLANGE MARIA DE CARVALHO CAVALCANTE
Recdo : FRANCISCO BEZERRA DA SILVA
Recdo : FRANCISCA MARIA SOARES
Recdo : MARIA CLEONICE DE OLIVEIRA SAMPAIO
Recdo : ALVINA MOTA CARNEIRO
Recdo : FRANCISCO CANDIDO DA SILVA
Recdo : GABRIELA ARAUJO RODRIGUES
Recdo : MARIA DE FATIMA PEREIRA
Recdo : FRANCISCA DAS CHAGAS DA SILVA
Recte : UNIAO FEDERAL
0000062-24.2019.4.01.9340
201934001258218
Recurso De Medida Cautelar Civel
Recte : BENEDITA BENI NASCIMENTO DA SILVA
Advg. : DF0001672A - SOLANGE MARIA DE CARVALHO CAVALCANTE
Recte : TEREZINHA NOGUEIRA MODESTO
Recte : ANITA PEREIRA LIMA
Recte : FRANCISCA ADELINA DA SILVA
Advg. : DF00026621 - ALINE DE CARVALHO CAVALCANTE
Recte : JOANA CRISOSTOMO BRAGA
Recdo : UNIAO FEDERAL
0000063-09.2019.4.01.9340
869
201934001258252
Recurso De Medida Cautelar Civel
Recte : ALDEIDES NEGREIROS SILVA THE
Recte : ALOISIO SANTIAGO REIS
Advg. : DF00026621 - ALINE DE CARVALHO CAVALCANTE
Recte : ANTONIA PINHO MOREIRA
Advg. : DF0001672A - SOLANGE MARIA DE CARVALHO CAVALCANTE
Recte : ANTONIO FERNANDES
Recte : ANITA CARLOS NUNES CONSTANCIO
Recdo : UNIAO FEDERAL
0000065-76.2019.4.01.9340
201934001258400
Recurso De Medida Cautelar Civel
0000083-97.2019.4.01.9340
201934001259597
Recurso De Medida Cautelar Civel
Recdo : RICARDO RUI SILVA
Advg. : DF00016678 - EDINO CEZAR FRANZIO DE SOUZA
Recte : UNIAO FEDERAL
Recte : UNIAO FEDERAL
Advg. : DF00007779 - DANUSIA LUCINDA FARAGE DE GOUVEIA
Determino a inclusão do(s) processo(s) abaixo/acima relacionado(s) na PAUTA DE JULGAMENTO DO DIA 13 DE JUNHO DE
2019, QUINTA-FEIRA, às 15:00 horas, podendo, entretanto, nessa mesma sessão ou em sessões subseqüentes, serem
julgados os processos adiados ou constantes de pautas já publicadas.
Os pedidos de sustentação oral deverão ser solicitados, PREFERENCIALMENTE, até 2 (duas) horas antes da sessão de
julgamento, pelos seguintes meios:
A) E-mail: trdf@trf1.jus.br <mailto:trdf@trf1.jus.br>;
B) Telefone: 3521-3226 / 3227 / 3228;
C) No balcão de atendimento da secretaria do Núcleo de Apoio às Turmas Recursais.
870
PODER JUDICIARIO
JUIZADOS ESPECIAIS FEDERAIS
SEÇÃO JUDICIÁRIA DO DISTRITO FEDERAL
1ª TR - RELATOR 3 - BRASÍLIA
0055467-71.2006.4.01.3400
200634009128564
Recurso Inominado
Recdo : RODOLFO SILVERIO ROSA
Advg. : DF00002601 - FREDERICO SOARES ARAUJO
Recte : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
0047324-59.2007.4.01.3400
200734009014160
Recurso Inominado
Recte : JOSE VIEIRA LIMA
Advg. : DF00024667 - ADALBERTO BARBOSA MARQUES
VERAS
Recdo : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
0057868-09.2007.4.01.3400
200734009120875
Recurso Inominado
Recdo : CARLOS ALBERTO DO NASCIMENTO
Advg. : DF0001640A - SAMIR NACIM FRANCISCO
Recte : UNIAO FEDERAL (FAZENDA NACIONAL)
0054390-22.2009.4.01.3400
200934009151757
Recurso Inominado
Recdo : MARIA IRISMAR DOS SANTOS LIMA
Advg. : DF0001672A - SOLANGE MARIA DE CARVALHO
CAVALCANTE
Recdo : FRANCISCA MIRANDA FILHA
Recdo : MARIA AUGUSTA CARVALHO DE FREITAS
Recdo : MARIA LOPES DA SILVA
Recte : UNIAO FEDERAL
Advg. : SP00276712 - MELINA BORDONE DE SIQUEIRA
0054715-94.2009.4.01.3400
200934009155336
Recurso Inominado
Recte : ANTONIO RIBEIRO
Advg. : DF00028924 - JOAO PEDRO AVELAR PIRES
Advg. : DF00017819 - LEONARDO SOLANO LOPES
Advg. : DF00010667 - FABIO SOARES JANOT
Recdo : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
0051325-82.2010.4.01.3400
201034009133420
Recurso Inominado
Recte : JOSE DE ANDRADE DOS SANTOS
Advg. : DF00035029 - FABIO CORREA RIBEIRO
Recdo : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
0018080-12.2012.4.01.3400
201234009381529
Recurso Inominado
Recte : ONOFRE VARGAS
Advg. : GO00020445 - HELMA FARIA CORREA
Advg. : GO00017792 - DOGIMAR GOMES DOS SANTOS
Recdo : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
0038417-85.2013.4.01.3400
201334000078510
Recurso Inominado
871
Recte : IVONE MACHADO
Advg. : DF00039910 - LUIZ PHILIPE GEREMIAS BENINCA
Recdo : UNIAO FEDERAL
0043009-75.2013.4.01.3400
201334000097883
Recurso Inominado
Recte : OLIVIO MORO
Advg. : DF00039910 - LUIZ PHILIPE GEREMIAS BENINCA
Recdo : UNIAO FEDERAL
0051979-64.2013.4.01.3400
201334000136350
Recurso Inominado
0055231-75.2013.4.01.3400
201334000152180
Recurso Inominado
Recte : JOAO DA CUNHA RAMOS
Advg. : DF00039910 - LUIZ PHILIPE GEREMIAS BENINCA
Recdo : UNIAO FEDERAL
0057328-48.2013.4.01.3400
201334000161025
Recurso Inominado
Recdo : SORIANO DOS REIS ROCHA
Recdo : ZILPA MARIA SILVA ROCHA
Advg. : DF00123456 - DEFENSORIA PUBLICA DA UNIAO
Recte : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
0072827-72.2013.4.01.3400
201334000216104
Recurso Inominado
Recte : JESUS ARTEMON DA SILVA
Advg. : DF00039910 - LUIZ PHILIPE GEREMIAS BENINCA
Recdo : UNIAO FEDERAL
0074954-80.2013.4.01.3400
201334000227066
Recurso Inominado
Recte : CYBELE MARA CHAVES AGUIAR
Advg. : DF00034265 - MARCELO ALMEIDA ALVES
Recdo : CAIXA ECONOMICA FEDERAL
0024928-44.2014.4.01.3400
201434000079296
Recurso Inominado
Recte : ZENILTON MOREIRA DOS SANTOS
Advg. : DF00010434 - JOAO AMERICO PINHEIRO MARTINS
Recdo : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
0039254-09.2014.4.01.3400
201434000131341
Recurso Inominado
Recte : LUIZ GOMES DE OLIVEIRA
Advg. : DF00018841 - LINO DE CARVALHO CAVALCANTE
Recdo : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
0040479-64.2014.4.01.3400
201434000136649
Recurso Inominado
Recdo : FRANCISCO DE ASSIS ARAUJO SOUZA
Advg. : DF00010951 - MARCIA HELENA DE SA
Recte : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
0045774-82.2014.4.01.3400
201434000158716
Recurso Inominado
Recte : TEREZINHA DOS SANTOS SILVA
Recte : NATIVIDADE MARIA DA SILVA
Recte : JOAO FRANCISCO LOPES
Advg. : DF00018841 - LINO DE CARVALHO CAVALCANTE
Recdo : UNIAO FEDERAL
872
0081577-29.2014.4.01.3400
201434000283054
Recurso Inominado
Recte : ENRIQUE THIAGO MOREIRA DE OLIVEIRA
Recdo : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
0009329-31.2015.4.01.3400
201534000035494
Recurso Inominado
Recdo : CARLA CHRISTINA SANCHES MOTA
Advg. : GO00026998 - ALDO FRANCISCO GUEDES LEITE
Recte : UNIAO FEDERAL
Advg. : PEOOO30884 - EDUARDO JORGE PEREIRA ALVES
0010735-87.2015.4.01.3400
201534000047320
Recurso Inominado
Recdo : KAREN GAMA MULLER
Advg. : DF00018841 - LINO DE CARVALHO CAVALCANTE
Recte : UNIAO FEDERAL (FAZENDA NACIONAL)
0012873-27.2015.4.01.3400
201534000056806
Recurso Inominado
Recdo : MARGARETH RAMOS CHAVES
Recte : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
0032831-96.2015.4.01.3400
201534000141404
Recurso Inominado
Recdo : ECY CLEIDE FERREIRA DIAS
Advg. : DF00031362 - RODRIGO MENDES DE FREITAS
CORREIA
Recte : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
0034564-97.2015.4.01.3400
201534000151364
Recurso Inominado
Recte : MIRLENE SILVA DE ARAUJO SOARES
Advg. : DF0001599A - GERALDO MAGELA HERMOGENES DA
SILVA
Recdo : UNIAO FEDERAL
0035568-72.2015.4.01.3400
201534000156020
Recurso Inominado
Recdo : CARLOS RIBEIRO CAETANO
Advg. : DF00044224 - DAYANE SILVA ELMANO DE OLIVEIRA
Recte : CAIXA ECONOMICA FEDERAL
Recte : BANCO DO BRASIL SA
Advg. : DF00035879 - MARCOS CALDAS MARTINS CHAGAS
Recte : UNIAO FEDERAL
0036781-16.2015.4.01.3400
201534000164744
Recurso Inominado
Recdo : LEONARDO MACHADO DE ALBUQUERQUE
Recte : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
0037011-58.2015.4.01.3400
201534000167054
Recurso Inominado
Recte : ERONALDO DIAS SILVA
Advg. : DF0001599A - GERALDO MAGELA HERMOGENES DA
SILVA
Recdo : UNIAO FEDERAL
0041433-76.2015.4.01.3400
201534000191769
Recurso Inominado
873
Recdo : GERLUCIA LINS DE ALBUQUERQUE LIGIERO
Advg. : MG0095876A - ERALDO LACERDA JUNIOR
Recte : UNIAO FEDERAL
Advg. : PEOOO30884 - EDUARDO JORGE PEREIRA ALVES
0049447-49.2015.4.01.3400
201534000220828
Recurso Inominado
Recdo : DEUSIRA DE BRITO SILVA
Advg. : DF00030525 - GILBERTO CONCEICAO DO AMARAL
Recte : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
0057302-79.2015.4.01.3400
201534000245270
0061369-87.2015.4.01.3400
201534000258143
Recurso Inominado
Recte : JOSE GOMES RODRIGUES
Advg. : DF00047154 - LUCAS BRANDAO DOS SANTOS
Advg. : DF00046644 - GUILHERME GOMES DO PRADO
Advg. : DF00047102 - DANIEL SOUZA CRUZ
Advg. : DF00047128 - ISAIAS ALVES DE MENEZES SILVA
Recdo : CAIXA ECONOMICA FEDERAL
0061792-47.2015.4.01.3400
201534000261926
Recurso Inominado
Recte : LEONICE DE JESUS PEREIRA DUTRA
Recdo : CAIXA ECONOMICA FEDERAL
0062547-71.2015.4.01.3400
201534000266510
Recurso Inominado
Recdo : EVANDRO DE SOUZA
Advg. : DF00023451 - SERGIO HENRIQUE PEIXOTO BAPTISTA
Recte : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
0064724-08.2015.4.01.3400
201534000276751
Recurso Inominado
Recte : JAMES RADDE
Advg. : DF00019025 - MARCUS AURELIO DIAS DE PAIVA
Recdo : CONSELHO REGIONAL DE EDUCACAO FISICA DO
DISTRITO FEDERAL
0067757-06.2015.4.01.3400
201534000287771
Recurso Inominado
Recte : SERGIO LUIS DE OLIVEIRA
Advg. : DF00047128 - ISAIAS ALVES DE MENEZES SILVA
Advg. : DF00047154 - LUCAS BRANDAO DOS SANTOS
Advg. : DF00046644 - GUILHERME GOMES DO PRADO
Advg. : DF00047102 - DANIEL SOUZA CRUZ
Recdo : CAIXA ECONOMICA FEDERAL
0069929-18.2015.4.01.3400
201534000295556
Recurso Inominado
Recdo : PAULO ROBERTO ALVES DE OLIVEIRA
Advg. : DF0001599A - GERALDO MAGELA HERMOGENES DA
SILVA
Recte : UNIAO FEDERAL
0070737-23.2015.4.01.3400
201534000300188
Recurso Inominado
Recte : MARINA RODRIGUES DE SOUZA
Recdo : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
0006606-05.2016.4.01.3400
201634000339893
Recurso Inominado
874
Recdo : WILTANIA FEITOSA
Advg. : DF00030525 - GILBERTO CONCEICAO DO AMARAL
Advg. : DF00030579 - JOSE ABEL DO NASCIMENTO DIAS
Recte : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
0017177-35.2016.4.01.3400
201634000384909
Recurso Inominado
Recdo : AUREA LUCIA SOUSA SILVA
Advg. : DF00029527 - EUZIMAR MACEDO LISBOA
Recte : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
0018149-05.2016.4.01.3400
201634000387668
0018319-74.2016.4.01.3400
201634000388361
Recurso Inominado
Recte : DOLORES PEREIRA DA SILVA LOPES
Advg. : DF00038991 - MAISA LOPES CORNELIUS NUNES
Recdo : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
0019909-86.2016.4.01.3400
201634000392183
Recurso Inominado
Recte : MARIA INEZ RIBEIRO DA CUNHA
Advg. : DF00049458 - EVERTON BERNARDO CLEMENTE
Recdo : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
0024792-76.2016.4.01.3400
201634000413989
Recurso Inominado
Recte : ANGELA MARIA AMARAL BARBOZA DE OLIVEIRA
Advg. : DF00025089 - GILBERTO SIEBRA MONTEIRO
Recdo : UNIAO FEDERAL
0024806-60.2016.4.01.3400
201634000414127
Recurso Inominado
Recte : LAURISBELO DE SOUZA VAZ
Advg. : DF0001599A - GERALDO MAGELA HERMOGENES DA
SILVA
Recdo : UNIAO FEDERAL
0026000-95.2016.4.01.3400
201634000418155
Recurso Inominado
Recte : MARIA GLAUCIA BEZERRA SALES
Advg. : DF00025089 - GILBERTO SIEBRA MONTEIRO
Recdo : UNIAO FEDERAL
0026648-75.2016.4.01.3400
201634000421660
Recurso Inominado
Recte : ERONILDES RODRIGUES DA SILVA
Advg. : DF00025089 - GILBERTO SIEBRA MONTEIRO
Recdo : UNIAO FEDERAL
0030050-67.2016.4.01.3400
201634000440990
Recurso Inominado
Recdo : FRANCISCO WILLAMS DA SILVA OLIVEIRA
Advg. : CE00006004 - GILBERTO SIEBRA MONTEIRO
Recte : UNIAO FEDERAL
0034084-85.2016.4.01.3400
201634000468814
Recurso Inominado
Recdo : CARMELITA CAVALCANTE DE PAULA
Advg. : DF00027024 - SERGIO RODRIGUES MARINHO FILHO
Recte : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
0035288-67.2016.4.01.3400
875
201634000478356
Recurso Inominado
Recdo : LUIZ MARTINS DE SOUSA
Advg. : DF00040700 - LEONARDO FRANCO BASTOS SOARES
Recte : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
0037085-78.2016.4.01.3400
201634000487492
Recurso Inominado
Recte : VALDIRENE FELIPE DE SOUZA
Advg. : DF00050070 - NATHALIA TORRES DE SA GUIMARAES
Recdo : VISA ADMINISTRADORA DE CARTOES DE CREDITO
Recdo : CAIXA ECONOMICA FEDERAL
Recdo : MASTERCARD BRASIL S/C LTDA
0039328-92.2016.4.01.3400
201634000497640
Recurso Inominado
Recdo/recte : ANA CLAUDIA ALVES LIMA DE SA
Advg. : DF00038991 - MAISA LOPES CORNELIUS NUNES
Recte/recdo : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
0040090-11.2016.4.01.3400
201634000500306
Recurso Inominado
Recte : EDILEUSA RODRIGUES MONTEIRO
Advg. : DF00044382 - ROBSON FERRAZ GONÇALVES
Advg. : DF00022393 - WANESSA ALDRIGUES CANDIDO
Advg. : DF00052380 - LARYSSA DIAS REGO
Recdo : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
0040194-03.2016.4.01.3400
201634000501387
Recurso Inominado
Recte : ELBE YASUHARA
Advg. : RJ00190323 - EDUARDO MAURO PRATES
Recdo : CAIXA ECONOMICA FEDERAL
0043620-23.2016.4.01.3400
201634000519975
Recurso Inominado
Recdo : EDIMAR ROCHA DA SILVA
Advg. : DF00022388 - TERESA CRISTINA SOUSA FERNANDES
Recte : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
0044105-23.2016.4.01.3400
201634000524932
Recurso Inominado
Recdo : ROBERTO CARLOS RODRIGUES DA SILVA
Advg. : DF00027024 - SERGIO RODRIGUES MARINHO FILHO
Recte : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
0045908-41.2016.4.01.3400
201634000534008
Recurso Inominado
Recte : EDNA MARIA PEREIRA BALTAZAR
Advg. : DF00030288 - ALBERTO ELTHON DE GOIS
Recdo : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
0048511-87.2016.4.01.3400
201634000546050
Recurso Inominado
Recdo : ELISANGELA ALEXANDRE DA SILVA
Advg. : DF00046209 - ERICK SANTOS BARROS
Recte : UNIAO FEDERAL
0050949-86.2016.4.01.3400
201634000557632
Recurso Inominado
Recdo : LAURIDES PEREIRA DE CARVALHO
876
Advg. : GO00028741 - LEONARDO FRANCO BASTOS SOARES
Recte : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
0051749-17.2016.4.01.3400
201634000560689
Recurso Inominado
Recdo : ANTONIO DE ASSIS CALDAS NETO
Recte : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
0054691-22.2016.4.01.3400
201634000580276
Recurso Inominado
Recdo : MARIA DO CARMO DO NASCIMENTO DE AZEVEDO
Advg. : DF00777777 - NPJ/CATOLICA
0058279-37.2016.4.01.3400
201634000594291
Recurso Inominado
Recte : GONCALO VARELA DA SILVA FILHO
Advg. : DF00039232 - LEONARDO DA COSTA
Recdo : UNIAO FEDERAL (FAZENDA NACIONAL)
0064476-08.2016.4.01.3400
201634000621607
Recurso Inominado
Recdo : LAERCIA CARLOS DA SILVA RODRIGUES
Advg. : DF00024667 - ADALBERTO BARBOSA MARQUES
VERAS
Recte : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
0066982-54.2016.4.01.3400
201634000629890
Recurso Inominado
Recte : NICOLLY RODRIGUES GUERRA
Recdo : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
0067771-53.2016.4.01.3400
201634000632778
Recurso Inominado
Recdo : EZEQUIEL CANDIDO DE AVELAR
Advg. : DF00050829 - LUIS FELIPE CARVALHO BOCAYUVA
Advg. : DF0015365E - LUCAS SANTANA SOUSA
Advg. : DF00041954 - MARCELA CARVALHO BOCAYUVA
Recte : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
0070192-16.2016.4.01.3400
201634000642107
Recurso Inominado
Recdo : JOAO BATISTA PINHEIRO DA CRUZ
Advg. : DF00034647 - ROBSON DA PENHA ALVES
Recte : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
0071582-21.2016.4.01.3400
201634000645178
Recurso Inominado
Recte : ALICE PINHEIRO LIMA
Advg. : DF0001599A - GERALDO MAGELA HERMOGENES DA
SILVA
Recdo : UNIAO FEDERAL
Advg. : PE00030884 - EDUARDO JORGE PEREIRA ALVES
0071701-79.2016.4.01.3400
201634000646375
Recurso Inominado
Recte : JORGE FRANCISCO DA SILVA
Advg. : DF00052380 - LARYSSA DIAS REGO
Advg. : DF00022393 - WANESSA ALDRIGUES CANDIDO
Recdo : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
0073350-79.2016.4.01.3400
201634000659443
Recurso Inominado
Recdo : CLAUDIA BEZERRA DE GOUVEIA
Advg. : DF00030205 - MARA ROCHA ALBUQUERQUE DE PAIVA
Recte : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
877
0074186-52.2016.4.01.3400
201634000662349
Recurso Inominado
Recdo/recte : ERIRLEI AMBROSIO MATIAS
Recte/recdo : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
0074206-43.2016.4.01.3400
201634000662544
Recurso Inominado
Recdo : BERNARDINA CORREA SANTIAGO DE CARVALHO
Advg. : DF00044561 - RODRIGO MARIA GUIMARAES
Recte : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
0075708-17.2016.4.01.3400
0001795-65.2017.4.01.3400
201734000673910
Recurso Inominado
Recdo : CARLA SUSLEY DA CONCEICAO NEVES6
Advg. : DF00030525 - GILBERTO CONCEICAO DO AMARAL
Recte : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
0002735-30.2017.4.01.3400
201734000677730
Recurso Inominado
Recte : JOSE ITAMAR ALVES
Advg. : DF00027024 - SERGIO RODRIGUES MARINHO FILHO
Recdo : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
0003228-07.2017.4.01.3400
201734000680916
Recurso Inominado
Recte : CLEBSON OLIVEIRA DE SOUZA
Advg. : DF00037905 - DIEGO MONTEIRO CHERULLI
Recdo : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
0003908-89.2017.4.01.3400
201734000682728
Recurso Inominado
Recdo : MARIA CECILIA MARTINS OLIVEIRA COSTA
Advg. : DF00012284 - FERNANDO FREIRE DIAS
Recte : UNIAO FEDERAL (FAZENDA NACIONAL)
0004838-10.2017.4.01.3400
201734000684530
Recurso Inominado
Recdo : APARECIDA MARLY BARRIOS MENDES
Advg. : DF00040701 - LUCIANA RODRIGUES DA SILVA
Recte : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
0006174-49.2017.4.01.3400
201734000691878
Recurso Inominado
Recdo : RISALVA PEREIRA DA SILVA
Advg. : DF00035029 - FABIO CORREA RIBEIRO
Recte : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
0006203-02.2017.4.01.3400
201734000692170
Recurso Inominado
Recdo : MARIA GENY BELO DE MAGALHAES
Advg. : DF00037902 - CAMILA VASCONCELOS DA SILVA
GUEDES
Advg. : DF00034809 - JOAO PAULO FERREIRA GUEDES
Advg. : DF00039316 - CARLA PATRICIA FERREIRA GUEDES
Advg. : DF00044329 - FILIPE FERREIRA GUEDES
Recte : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
0006884-69.2017.4.01.3400
201734000694023
Recurso Inominado
Recte : LIENI ALVES DE LIMA PERES
878
Advg. : DF00047935 - CLAUDIONOR MACIEL RODRIGUES DE
ALMEIDA
Recdo : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
0007178-24.2017.4.01.3400
201734000695978
Recurso Inominado
Recdo : AQUILES DIAS DE OLIVEIRA
Advg. : DF0001554A - NIVALDO DANTAS DE CARVALHO
Advg. : DF00047155 - LUCAS DANTAS AMORIM
Advg. : DF00053580 - HENRIQUE MARTINS ELIAS
Advg. : DF00032625 - LEONARDO LOURES DANTAS
Advg. : DF0014858E - NORBERT DE OLIVEIRA GARCIA
Advg. : DF00048427 - NATHALIA LOURES DANTAS
0007266-62.2017.4.01.3400
201734000696880
Recurso Inominado
Recte : ANTONIO GADELHA DA SILVA
Advg. : DF00024743 - EDUARDO ANTONIO CORTES DOS
SANTOS
Recdo : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
0008002-80.2017.4.01.3400
201734000699245
Recurso Inominado
Recte : MURILO GONCALVES
Advg. : SP00286907 - VICTOR RODRIGUES SETTANNI
Recdo : UNIAO FEDERAL (FAZENDA NACIONAL)
0009647-43.2017.4.01.3400
201734000706761
Recurso Inominado
Recdo : MANOEL DE JESUS MARTINS DE OLIVEIRA
Advg. : GO00028741 - LEONARDO FRANCO BASTOS SOARES
Recte : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
0010610-51.2017.4.01.3400
201734000712525
Recurso Inominado
Recte : SILVIO ROMERO NUNES DANTAS
Advg. : DF0001599A - GERALDO MAGELA HERMOGENES DA
SILVA
Recdo : UNIAO FEDERAL
0011363-08.2017.4.01.3400
201734000716104
Recurso Inominado
Recte : HUGO MARIVALDO CRUZ
Advg. : DF0001599A - GERALDO MAGELA HERMOGENES DA
SILVA
Recdo : UNIAO FEDERAL
0011375-22.2017.4.01.3400
201734000716224
Recurso Inominado
Recte : SILVERIA SANTOS CONCEICAO
Advg. : DF0001599A - GERALDO MAGELA HERMOGENES DA
SILVA
Recdo : UNIAO FEDERAL
0011958-07.2017.4.01.3400
201734000717051
Recurso Inominado
Recdo : VALDEMIR GOMES DA COSTA
Advg. : DF00040046 - MARCIO RODRIGUES DE ALMEIDA
Recte : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
0012593-85.2017.4.01.3400
201734000720420
Recurso Inominado
Recdo : VALTER RUI ALVES DE CARVALHO
Advg. : DF0001599A - GERALDO MAGELA HERMOGENES DA
SILVA
Recte : UNIAO FEDERAL
879
0016213-08.2017.4.01.3400
201734000728157
Recurso Inominado
Recte : MARIA DAS DORES DO NASCIMENTO LIMA
Advg. : DF00012490 - JOSE ALBERTO ARAUJO DE JESUS
Recdo : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
0016870-47.2017.4.01.3400
201734000729724
Recurso Inominado
Recdo : MARIA LIDUINA LIMA CORREIA
Advg. : DF00040701 - LUCIANA RODRIGUES DA SILVA
Advg. : GO00047193 - VICTOR HUGO ANDRADE E LOPES
Recte : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
0017728-78.2017.4.01.3400
201734000733025
Recurso Inominado
Recdo : FRANCISCO JOSIMAR DE LIMA
Advg. : DF00025089 - GILBERTO SIEBRA MONTEIRO
Recte : FUNDACAO NACIONAL DE SAUDE FUNASA
Recte : UNIAO FEDERAL
0017822-26.2017.4.01.3400
201734000733978
Recurso Inominado
Recte : IZIDORIO CAETANO DA SILVA
Advg. : DF00041017 - AILSON SAMPAIO DA SILVA
Advg. : DF00038059 - YURI BATISTA DE OLIVEIRA
Recdo : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
0017831-85.2017.4.01.3400
201734000734061
Recurso Inominado
Recte : ADERSON ALVES DA COSTA
Advg. : DF00022388 - TERESA CRISTINA SOUSA FERNANDES
Recdo : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
0018562-81.2017.4.01.3400
201734000738161
Recurso Inominado
Recdo : JOSE AMADOR NETO
Advg. : DF00006479 - DIVINO JOSE SANTOS
Recte : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
0018725-61.2017.4.01.3400
201734000739814
Recurso Inominado
Recte : ARTHUR COELHO RIBEIRO FILHO
Advg. : DF00036420 - THAYNARA CLAUDIA BENEDITO
Advg. : DF00030598 - MAX ROBERT MELO
Recdo : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
Recdo : UNIAO FEDERAL
0019519-82.2017.4.01.3400
201734000743979
Recurso Inominado
Recdo : JEANE CRISTINA LIMA DE FARIA
Advg. : DF00022393 - WANESSA ALDRIGUES CANDIDO
Advg. : DF00057551 - CARLOS HENRIQUE LIMA
Recte : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
0021815-77.2017.4.01.3400
201734000753534
Recurso Inominado
Recte : WALDIR PEREIRA DA SILVA
Recdo : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
0022289-48.2017.4.01.3400
880
201734000755291
Recurso Inominado
Recte : MONICA GARCIA DOS SANTOS ALVES
Advg. : DF00030205 - MARA ROCHA ALBUQUERQUE DE PAIVA
Recdo : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
0022367-42.2017.4.01.3400
201734000756108
Recurso Inominado
Recte : ERNANI KASPER DIAS
Advg. : BA00019557 - JOSE CARLOS RIBEIRO DOS SANTOS
Recdo : UNIAO FEDERAL
0022388-18.2017.4.01.3400
0023245-64.2017.4.01.3400
201734000759669
Recurso Inominado
Recdo : HELIO MAGALHAES BATISTA
Advg. : DF00014904 - ANTONIO GERALDO DE MORAIS
Advg. : DF00046308 - PABLO CAMILO BAPTISTA DE MORAIS
Recte : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
Recte : HELOISA HELENA BAPTISTA DE MORAIS
0024883-35.2017.4.01.3400
201734000768116
Recurso Inominado
Recdo : EUGENIO DE OLIVEIRA FRAGA
Advg. : DF00033301 - MARIANA LELES BARBOSA
Recte : UNIAO FEDERAL
0024963-96.2017.4.01.3400
201734000768791
Recurso Inominado
Recte : EDILEUZA MARIA DE OLIVEIRA MONTEIRO
Recdo : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
0025468-87.2017.4.01.3400
201734000773447
Recurso Inominado
Recdo : ROSANGELA DE QUEIROZ IRENO
Advg. : DF00123456 - DEFENSORIA PUBLICA DA UNIAO
Recte : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
0025745-06.2017.4.01.3400
201734000774733
Recurso Inominado
Recte : GERALDO RIBEIRO
Advg. : DF00030598 - MAX ROBERT MELO
Advg. : DF00036420 - THAYNARA CLAUDIA BENEDITO
Recdo : UNIAO FEDERAL
0026358-26.2017.4.01.3400
201734000780456
Recurso Inominado
Recte : VANDIRLEY SOUZA DO BONFIM
Advg. : DF00020001 - THAIS MARIA RIEDEL DE RESENDE
ZUBA
Advg. : DF00000968 - ULISSES RIEDEL DE RESENDE
Advg. : DF00021249 - JULIANA ALMEIDA BARROSO MORETI
Recdo : CAIXA ECONOMICA FEDERAL
0026553-11.2017.4.01.3400
201734000782463
Recurso Inominado
Recte : CARLOS ALBERTO DE SOUZA
Advg. : DF00045986 - DINAVANI DIAS VIEIRA
Recdo : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
0027267-68.2017.4.01.3400
201734000787219
Recurso Inominado
Recte : ALDEMI DA SILVA FARIAS
881
Advg. : DF00040996 - ALEX LUCIANO VALADARES DE
ALMEIDA
Advg. : DF00031354 - PATRIQUENIA BUENO SANTOS
Recdo : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
0029373-03.2017.4.01.3400
201734000800088
Recurso Inominado
Recte : GERALDO PINTO DE MENEZES
Advg. : DF00038163 - AMANDA PEREIRA CAETANO
Recdo : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
0029713-44.2017.4.01.3400
201734000801014
0029779-24.2017.4.01.3400
201734000801672
Recurso Inominado
Recte : EDNALDO DOS SANTOS
Advg. : DF00027024 - SERGIO RODRIGUES MARINHO FILHO
Recdo : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
0030494-66.2017.4.01.3400
201734000808377
Recurso Inominado
Recdo : JOSE DE SOUZA BRITO
Advg. : DF00035029 - FABIO CORREA RIBEIRO
Recte : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
0032390-47.2017.4.01.3400
201734000817941
Recurso Inominado
Recdo : ADEMARIO ANACLETO DE VASCONCELOS
Advg. : DF00017966 - VERA MIRNA SCHMORANTZ
Advg. : DF00016800 - CARLOS ALBERTO MACEDO CIDADE
Recte : BANCO CENTRAL DO BRASIL - BACEN
Recte : BANCO CENTRAL DO BRASIL - BACEN
0033939-92.2017.4.01.3400
201734000825075
Recurso Inominado
Recdo : JOSE ANTONIO RODRIGUES FILHO
Advg. : DF00666666 - CENTRO DE ENSINO UNIFICADO DE
BRASILIA CEUB - NPJ
Recte : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
0037624-10.2017.4.01.3400
201734000852411
Recurso Inominado
Recte : RAIMUNDO RODRIGUES JUNIOR
Advg. : DF00015665 - MONICA ARANTES SILVA
Advg. : DF00019461 - RITA DE CASSIA DA COSTA KANEKO
Recdo : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
0044849-81.2017.4.01.3400
201734000889540
Recurso Inominado
Recdo/recte : MANOEL ARAUJO DA SILVA
Advg. : DF00027024 - SERGIO RODRIGUES MARINHO FILHO
Recte/recdo : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
0044873-12.2017.4.01.3400
201734000889780
Recurso Inominado
Recdo : ABRAHAO FIDELMAN
Advg. : DF0001599A - GERALDO MAGELA HERMOGENES DA
SILVA
Recte : UNIAO FEDERAL
0046171-39.2017.4.01.3400
201734000897311
Recurso Inominado
Recte : EDITE SANTOS MACHADO
882
Advg. : DF00036821 - COQUELIN AIRES LEAL NETO
Recdo : UNIAO FEDERAL
0046411-28.2017.4.01.3400
201734000899716
Recurso Inominado
Recte : RICARDO JOSE VIANA FILHO
Advg. : DF0001554A - NIVALDO DANTAS DE CARVALHO
Recdo : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
0046606-13.2017.4.01.3400
201734000901668
Recurso Inominado
Recte : MARCOS LUCIO STEMLER DA VEIGA
0046777-67.2017.4.01.3400
201734000902882
Recurso Inominado
Recte : JOAO RIBEIRO DA SILVA
Advg. : DF00036821 - COQUELIN AIRES LEAL NETO
Recdo : UNIAO FEDERAL
0046781-07.2017.4.01.3400
201734000902923
Recurso Inominado
Recte : NANCI GOULART ROCHA
Advg. : DF00036821 - COQUELIN AIRES LEAL NETO
Recdo : UNIAO FEDERAL
0046901-50.2017.4.01.3400
201734000904125
Recurso Inominado
Recte : ADELSON ALVES DO NASCIMENTO
Advg. : DF00036821 - COQUELIN AIRES LEAL NETO
Recdo : UNIAO FEDERAL
0046988-06.2017.4.01.3400
201734000905007
Recurso Inominado
Recte : NORMA MARIA ARRAIS BANDEIRA TAVARES LEITE
Advg. : DF00036650 - MARIA MANUELLA JEHA TERROSO
Advg. : DF00052648 - NATANAEL CLEBERSON MONTEIRO
RAMOS
Advg. : DF00020379 - THATYANNA MYCHELLE GOMES DE
CARVALHO
Recdo : UNIAO FEDERAL
0047547-60.2017.4.01.3400
201734000907610
Recurso Inominado
Recdo : SUELY SAKIS
Advg. : DF00026817 - TERESA CRISTINA AMORIM PERES DA
SILVA
Recte : UNIAO FEDERAL
0048464-79.2017.4.01.3400
201734000911299
Recurso Inominado
Recte : MILTON PERES
Advg. : DF00036821 - COQUELIN AIRES LEAL NETO
Recdo : UNIAO FEDERAL
0049252-93.2017.4.01.3400
201734000916030
Recurso Inominado
Recdo : EDISON DUARTE MENDES
Advg. : GO00028741 - LEONARDO FRANCO BASTOS SOARES
Recte : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
0049448-63.2017.4.01.3400
201734000917495
Recurso Inominado
Recdo/recte : FABIO MACHADO CAMARGO
Advg. : DF00000968 - ULISSES RIEDEL DE RESENDE
Recte/recdo : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
883
0050580-58.2017.4.01.3400
201734000923841
Recurso Inominado
Recte : WILLIANS GEORGE DE MIRANDA PEREIRA
Advg. : DF00011056 - REGIS CAJATY BARBOSA BRAGA
Recdo : CAIXA ECONOMICA FEDERAL
0054159-14.2017.4.01.3400
201734000943189
Recurso Inominado
Recdo : HELENA MARIA OLIVEIRA GERHARDT
Advg. : DF00018026 - DAVID ODISIO HISSA
Advg. : DF00017717 - ALESSANDRA DAMIAN CAVALCANTI
0001950-34.2018.4.01.3400
201834000963140
Recurso Inominado
Recte : MARLON QUEIROZ DA SILVA
Advg. : DF00050436 - CHRISTIANKELLY PINHEIRO
FERNANDES
Recdo : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
0001952-04.2018.4.01.3400
201834000963167
Recurso Inominado
Recdo : PEDRO NILTON DE CASTRO MARQUES
Advg. : DF00025089 - GILBERTO SIEBRA MONTEIRO
Recte : FUNDACAO NACIONAL DE SAUDE FUNASA
Recte : UNIAO FEDERAL
0003273-74.2018.4.01.3400
201834000976461
Recurso Inominado
Recte : LUCIANA OLIVEIRA CAMILO
Advg. : DF00016414 - CESAR ODAIR WELZEL
Recdo : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
0003313-56.2018.4.01.3400
201834000976876
Recurso Inominado
Recte : JOAO LOPES CONDE
Advg. : DF00027024 - SERGIO RODRIGUES MARINHO FILHO
Recdo : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
0003787-27.2018.4.01.3400
201834000981669
Recurso Inominado
Recte : SEVERINO JOSE DA SILVA
Advg. : DF00036821 - COQUELIN AIRES LEAL NETO
Recdo : UNIAO FEDERAL
0004625-67.2018.4.01.3400
201834000989721
Recurso Inominado
Recte : NEURIZA APARECIDA BARBOSA DE LIMA
Advg. : DF00036821 - COQUELIN AIRES LEAL NETO
Recdo : UNIAO FEDERAL
0006568-22.2018.4.01.3400
201834000998419
Recurso Inominado
Recte : ELCI PEREIRA DIAS
Advg. : DF00036821 - COQUELIN AIRES LEAL NETO
Recdo : UNIAO FEDERAL
0006682-58.2018.4.01.3400
884
201834000999602
Recurso Inominado
Recte : LUIZ CARLOS DA SILVA CUNHA
Advg. : DF00036821 - COQUELIN AIRES LEAL NETO
Recdo : UNIAO FEDERAL
0006699-94.2018.4.01.3400
201834000999770
Recurso Inominado
Recte : MARIA APARECIDA FERRO DO LAGO
Advg. : DF00036821 - COQUELIN AIRES LEAL NETO
Recdo : UNIAO FEDERAL
0006934-61.2018.4.01.3400
0023212-40.2018.4.01.3400
201834001088480
Recurso Inominado
Recdo/recte : JOSE MARTINS MESQUITA
Advg. : DF00025089 - GILBERTO SIEBRA MONTEIRO
Recte/recdo : UNIAO FEDERAL
0023236-68.2018.4.01.3400
201834001088726
Recurso Inominado
Recte : FLAVIO PEREIRA DE ARAUJO
Advg. : CE00037086 - JOSE ULISSES DE LIMA JUNIOR
Advg. : PE00029426 - FRANCISCO AUGUSTO MELO DE
FREITAS
Advg. : DF00055567 - FRANCISCO ESTEVAO ALMEIDA
CAVALCANTI DE SOUZA
Recdo : UNIAO FEDERAL
0023646-29.2018.4.01.3400
201834001092846
Recurso Inominado
Recte : SADDIKA SAID ASSAF
Advg. : DF00036821 - COQUELIN AIRES LEAL NETO
Recdo : UNIAO FEDERAL
0025159-32.2018.4.01.3400
201834001101026
Recurso Inominado
Recdo : DALVA MARIA TAVARES RIBEIRO
Advg. : PI00198489 - JOSE DO EGITO FIGUEIREDO BARBOSA
Recte : FUNDACAO NACIONAL DE SAUDE FUNASA
0027259-57.2018.4.01.3400
201834001115024
Recurso Inominado
Recte : JOSE DOS SANTOS FREITAS MATOS
Advg. : DF00025089 - GILBERTO SIEBRA MONTEIRO
Recdo : UNIAO FEDERAL
0028521-42.2018.4.01.3400
201834001122184
Recurso Inominado
Recte : JOSE CARLOS RICARDO
Advg. : DF00020462 - CARLOS LEONARDO SOUZA DOS
SANTOS
Recdo : UNIAO FEDERAL (FAZENDA NACIONAL)
0035339-10.2018.4.01.3400
201834001169088
Recurso Inominado
Recdo : RICARDO BEZERRA DE MELO
Advg. : DF00055589 - JOAO FRANCISCO DE CAMARGO
Advg. : DF00038160 - ALESSANDRA CALDAS BEZERRA
Recte : UNIAO FEDERAL (FAZENDA NACIONAL)
0035345-17.2018.4.01.3400
885
201834001169146
Recurso Inominado
Recdo : JOAO GOMES DA NOBREGA JUNIOR
Advg. : DF00055589 - JOAO FRANCISCO DE CAMARGO
Advg. : DF00038160 - ALESSANDRA CALDAS BEZERRA
Recte : UNIAO FEDERAL (FAZENDA NACIONAL)
0013062-63.2019.4.01.3400
201934001311402
Cível / Previdenciário / Concessão De Benefício / Jef
Autor : MARIA DAS CHAGAS SERRA PACHECO
Advg. : DF00039531 - GERALDO DIVINO DURAES
Reu : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
“INTIME-SE O AUTOR DA CERTIDÃO DE DESIGNAÇÃO DE PERICIA, PARA QUERENDO, EM (10) DEZ DIAS, FORMULAR
QUESITOS E INDICAR ASSISTENTE TÉCNICO. A DATA DA PERICIA, BEM COMO LOCAL E HORÁRIO CONSTAM NA
CERTIDÃO DE DESIGNAÇÃO DA PERÍCIA ANEXADA AOS AUTOS. ASSIM, AS PARTES DEVERÃO ACESSAR NOS
AUTOS A REFERIDA CERTIDÃO DE DESIGNAÇÃO DE PERÍCIA PARA CONHECER A DATA, HORÁRIO, LOCAL E PERITO
DESIGNADO PARA A REALIZAÇÃO DA PERÍCIA”