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CENTRO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA PAULA SOUZA

FACULDADE DE TECNOLOGIA VICTOR CIVITA – FATEC TATUAPÉ

CURSO SUPERIOR DE TECNOLOGIA EM CONSTRUÇÃO DE


EDIFÍCIOS

Felipe Pereira Cunha de La Vega


Guilherme dos Santos de Oliveira
Tayane Pereira Machado

VIABILIDADE ECONÔMICA DA APLICAÇÃO DE ENERGIA


SOLAR TÉRMICA E FOTOVOLTAICA EM EDIFICAÇÃO
UNIFAMILIARES

São Paulo
2023
CENTRO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA PAULA
SOUZA FACULDADE DE TECNOLOGIA VICTOR CIVITA – FATEC
TATUAPÉ

CURSO SUPERIOR DE TECNOLOGIA EM CONSTRUÇÃO DE


EDIFÍCIOS

Felipe Pereira Cunha de La Vega


Guilherme dos Santos de Oliveira
Tayane Pereira Machado

VIABILIDADE ECONÔMICA DA APLICAÇÃO DE ENERGIA


SOLAR TÉRMICA E FOTOVOLTAICA EM EDIFICAÇÃO
UNIFAMILIARES

Trabalho de Graduação apresentado por Felipe


Pereira Cunha de La Vega, Guilherme dos
Santos de Oliveira e Tayane Pereira Machado
como pré-requisito para a conclusão do Curso
Superior de Tecnologia em Construção de
Edifícios, da Faculdade de Tecnologia Victor
Civita - Tatuapé, elaborado sob a orientação do
Prof. Dr. Haroldo Luiz Nogueira da Silva.

São Paulo
2023
CENTRO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA PAULA SOUZA
FACULDADE DE TECNOLOGIA VICTOR CIVITA – FATEC TATUAPÉ

CURSO SUPERIOR DE TECNOLOGIA EM CONSTRUÇÃO DE


EDIFÍCIOS

Felipe Pereira Cunha de La Vega, Guilherme dos Santos de Oliveira e Tayane


Pereira Machado

VIABILIDADE ECONÔMICA DA APLICAÇÃO DE ENERGIA


SOLAR TÉRMICA E FOTOVOLTAICA EM EDIFICAÇÃO
UNIFAMILIARES
Aprovado em: ____ de _______ de _____.

BANCA EXAMINADORA

__________________________________________
Nome do professor (com titulação) - instituição

__________________________________________
Nome do professor (com titulação) - instituição

__________________________________________
Nome do professor orientador (com titulação) - instituição
Felipe Pereira Cunha de La Vega 1; Guilherme dos Santos de Oliveira 2; Tayane
Pereira Machado 3; Dr. Haroldo Luiz Nogueira da Silva 4

Faculdade de Tecnologia Victor Civita – FATEC Tatuapé


Tecnologia em Construção de Edifícios

Resumo
Nas últimas décadas, a preservação ambiental tornou-se primordial, impulsionando
o desenvolvimento de fontes alternativas de energia. O Sistema de Aquecimento
Solar e a Energia Fotovoltaica ganharam destaque, tornando-se populares ao
absorverem a luz solar para gerar energia elétrica e aquecer água em larga escala,
reduzindo o uso de chuveiros elétricos. Dessa forma utilizando um coletor (boiler) de
300 L, com área de coletores de 3,68m² com custo de $6500,00 para esse sistema e
com um retorno de aproximadamente 3,5 anos para o projeto definido, já para o
sistema fotovoltaico foram utilizadas 7 placas solares com potência total nominal
(PTN) de 1,86 kWp, com um custo de implantação de R$7216,80. No Brasil, essa
tecnologia é aplicável em diversas construções, de residências a indústrias,
promovendo o uso de energia limpa e sustentável. A energia fotovoltaica converte
diretamente a luz solar em eletricidade através de módulos compostos por células
fotovoltaicas, com diferentes gerações e uma vida útil média de cerca de 20 anos,
quando devidamente mantidos com manutenções preventivas. Vale ressaltar que os
resultados desse estudo são baseados em simulações e projeções encontradas
através de revisões bibliográficas, encontrando seus benefícios e identificando sua
viabilidade econômica. O sistema escolhido como mais vantajoso foi o sistema
fotovoltaico, que apesar de ter um custo elevado se comparado ao de energia
termosolar, a longo prazo tende a gerar mais economia.

Palavras-chave: sustentabilidade, energia, viabilidade econômica, aquecimento

1
felipe.vega@fatec.sp.gov.br
2
guilherme.oliveira171@fatec.sp.gov.br
3
tayane.machado@fatec.sp.gov.br
4
haroldo.silva@fatec.sp.gov.br
1. Introdução

A busca por fontes alternativas na geração de energia elétrica, no


aproveitamento de recursos e a preocupação com a preservação do meio ambiente
têm impulsionado a adoção de tecnologias sustentáveis em diversos setores,
incluindo o de habitações unifamiliares. O Sistema de Aquecimento Solar (SAS), e a
Geração de Energia Elétrica Fotovoltaica, são tecnologias sustentáveis
desenvolvidas para enfrentar o desafio de reduzir os custos associados ao consumo
de energia elétrica nas edificações.
O foco deste estudo é fornecer uma análise técnica da viabilidade econômica
do SAS e do Sistema de Geração de Energia Elétrica Fotovoltaica e avaliar os
custos relacionados a sua implementação em edificações unifamiliares, com ênfase
em um aquecedor solar (Boiler) de 300 litros e coletores solares com uma área total
de 3,68m² e nos sistemas fotovoltaicos isolados conectados à rede de baixa tensão
residencial e monofásica.
A análise de viabilidade em residências equipadas com essas tecnologias
visa identificar os benefícios, desafios e oportunidades que essas soluções
sustentáveis podem oferecer, contribuindo para a melhoria da qualidade de vida e
da sustentabilidade em habitações populares e no aproveitamento dos recursos
naturais abundantes no território brasileiro.
Os resultados deste estudo são baseados em simulações e projeções
encontradas através de revisões bibliográficas, com o objetivo de identificar os
benefícios da implementação dessas tecnologias e determinar a sua viabilidade
econômica.

2. Referencial Teórico

2.1. Aquecimento termossolar

O sistema de aquecimento de água através do aquecimento solar é composto


por coletores solares (placas) e pelo reservatório térmico (boiler). Esse sistema
também é conhecido como energia solar térmica, termosolar ou fototérmica.
Conforme dados da ANEEL (2010), um dos processos mais utilizados são o
aquecimento de água, sendo mais encontrado nas regiões Sul e Sudeste. Além
disso o Brasil é um país de altas temperaturas médias diárias, mesmo no inverno,
facilitando o uso de coletores simplificados. O Sistema de Aquecimento Solar (SAS),
como é conhecido, produzido por coletores capazes de absorver os raios de sol para
aquecer grandes volumes de água mantida em um reservatório térmico, a
temperatura é transferida para a água com perdas mínimas de calor. Segundo
Abrasol (2020), a quantidade de reservatórios no ano de 2020 já superava 170 mil
unidades, com um volume de produção de coletores solares térmicos 1,42 milhões
de m².
O aquecedor solar, fabricado em grande parte no Brasil, se destaca como
uma tecnologia que supera em eficiência alternativas solares disponíveis. Sua
aplicabilidade abrange uma ampla gama de construções, desde residências de alto
padrão até habitações do antigo Programa Minha Casa, Minha Vida, bem como em
empreendimentos de órgãos habitacionais, como a CDHU do Estado de São Paulo,
e em diversos outros setores, incluindo clínicas, hospitais, restaurantes, academias,
petshops, clubes, piscinas, hotéis e indústrias dos segmentos alimentício, químico,
têxtil, automobilístico, entre outros. Além disso, o aquecedor solar está previsto para
ser incorporado no Programa Habitacional Casa Verde e Amarela do Governo
Federal.
Nesse contexto, a substituição do aquecimento via chuveiro elétrico pelo
aproveitamento da energia solar se mostra uma solução pragmática e sustentável.
Conforme relatado pelo G1, o chuveiro elétrico é notório por ser o principal vilão do
consumo de energia elétrica, sobretudo durante o horário de pico, que ocorre das
18h às 21h. Esse elevado consumo representa cerca de 10% da capacidade
instalada no Brasil, o que, por vezes, leva indústrias a desativarem suas máquinas
devido aos altos custos da energia elétrica nesse período. A adoção do aquecimento
solar permite mitigar o uso do chuveiro elétrico, ao mesmo tempo em que promove a
ampliação da utilização de energia limpa em residências populares, trazendo
benefícios tanto econômicos quanto ambientais a longo prazo.

2.2. Energia Fotovoltaica

A era moderna da história da energia solar iniciou-se em 1954 na empresa


Bell Labs, quando o físico-químico Calvin Fuller desenvolveu o processo de
dopagem do silício - procedimento de adição de impurezas químicas a um elemento
semicondutor para transformá-lo em um elemento mais condutor. (MACHADO;
MIRANDA, 2014) O experimento foi melhorado pelo físico Gerald Pearson que
desenvolvendo a primeira célula fotovoltaica a base se silício do mundo. (AYRÃO,
2018) Desde então, essa tecnologia sofre por constantes processos de
melhoramento, aumentando a sua eficiência na transformação da energia solar em
energia elétrica. (AYRÃO, 2018)
A energia solar fotovoltaica é obtida através da conversão direta da luz solar
em energia elétrica (Efeito Fotovoltaico), através da célula fotovoltaica, dispositivo
fundamental para o processo de conversão de energia que é fabricado em material
semicondutor (PINHO et al., 2014). As principais tecnologias em células e módulos
fotovoltaicos podem ser classificadas em três diferentes gerações que são
compostas por diferentes cadeias produtivas (PINHO et al., 2014). Os sistemas
fotovoltaicos são formados a partir da instalação das células fotovoltaicas em
conjunto com outros equipamentos que auxiliam na conversão da energia luminosa
do sol em energia elétrica, de acordo com a complexidade do tipo de sistema
fotovoltaico escolhido, das restrições específicas de cada projeto e da
disponibilidade dos recursos energéticos. (AYRÃO, 2018)
“Módulo fotovoltaico é uma unidade básica, formada por um conjunto de
células fotovoltaicas, interligadas eletricamente e encapsuladas, com o objetivo de
gerar energia elétrica, e se constitui na unidade comercial do gerador fotovoltaico.”
(PINHO et al., 2014, p. 50)

2.2.1. Tipos de células fotovoltaicas

Segundo Pinho et al. (2014), as principais tecnologias aplicadas na produção


de células e módulos fotovoltaicos são classificadas em três gerações:
A primeira geração é formada por duas cadeias produtivas, a de silício
monocristalino (m-Si) e silício policristalino (p-Si) que representam mais 85% do
mercado e a sua tecnologia é considerada confiável e consolidada por oferecer a
melhor eficácia disponível comercialmente.
Ainda segundo Pinho et al. (2014), a segunda geração, denominada de filmes
finos é dividida em três cadeias produtivas: silício amorfo (a-Si), disseleneto de
cobre e índio (CIS) ou disseleneto de cobre, índio e gálio (CIGS) e telureto de
cádmio (CdTe), representando uma parcela ínfima do mercado por existirem
dificuldades relacionadas a sua vida útil, a disponibilidade dos materiais, rendimento
das células e a toxidade do elemento cádmio.
A terceira geração é dividida em três cadeias produtivas: célula fotovoltaica
multijunção e célula fotovoltaica para concentração (CPV – Concentrated
Photovoltaics), células sensibilizadas por corante (DSSC – Dye-Sensitized Solar
Cell) e células orgânicas ou poliméricas (OPV – Organic Photovoltaics), apesar de
demostrarem alta eficiência o seu custo não é competitivo com as tecnologias
dominantes do mercado (PINHO et al., 2014) e por serem tecnologias consideradas
emergentes, ainda não são encontras no mercado. (MACHADO; MIRANDA, 2014)

2.2.2. Tipificação dos sistemas fotovoltaicos

“Os Sistemas Fotovoltaicos (SFV) podem ser classificados em duas principais


categorias: isolados e conectados à rede.” (PINHO et al., 2014, p. 255) E podem ser
divididos em algumas modalidades: Sistema fotovoltaico isolado não conectado à
rede (off grid), podendo ser individuais ou em minirredes; Sistema fotovoltaico
conectado à rede (SFCR) (on grid ou grid-tie) conforme figura 1 abaixo; Sistema
fotovoltaico com bateria conectado à rede (AYRÃO, 2018). Também há a
possibilidade da utilização de sistemas formados por uma fonte fotovoltaica
combinada com uma ou mais fontes de energia, conhecidos popularmente no
mercado como “Sistemas Híbridos”. (AYRÃO, 2018) (PINHO et al., 2014)

Figura 1 – Sistema conectado à rede – on grid/grid-tie


Fonte: MARCELO (2021).

Os sistemas isolados individuais quando não tem ligação com a rede de


distribuição de energia elétrica, em sua grande maioria, é responsável por gerar e
atender apenas uma única unidade consumidora (AYRÃO, 2018). Já nos sistemas
em minirredes, a geração é partilhada e atende um pequeno grupo de unidades
consumidores localizadas próximas umas das outras. (PINHO et al., 2014)
Os sistemas fotovoltaicos conectados à rede (grid-tie ou on-grid) podem ser
considerados como um acumulador infinito de energia elétrica, aproveitando ao
máximo da capacidade de geração do sistema e injetando a energia fotogerada
excedente na rede. Portanto, dispensam o uso de armazenadores (baterias),
podendo contribuir para a diminuição do custo de implementação dos sistemas
fotovoltaicos. Ao contrário dos sistemas fotovoltaicos que possuem armazenadores
de energia que dependendo do dimensionamento realizado podem desperdiçar a
sua capacidade de geração quando os acumuladores de energia estivem cheios.
(ZILLES et al., 2012)
Os sistemas isolados grid-tie ou on-grid, são compostos essencialmente por
módulos fotovoltaicos e inversores fotovoltaicos on-grid. “Os inversores fotovoltaicos
são equipamentos que convertem a energia elétrica, originada em corrente contínua
nos módulos fotovoltaicos, para corrente alternada, em tensão e frequência
compatíveis com a rede da concessionária de distribuição de energia.” (AYRÃO,
2018, p. 20)

2.2.3. Irradiação solar no Brasil

O Brasil possui um bom índice de irradiação solar anual e diária quando


comparado com os países pioneiros na geração de energia elétrica através da fonte
solar, como por exemplo, a Alemanha e a Espanha. O índice médio diário de
irradiação solar que atinge qualquer parte do território brasileiro varia entre 4,1 e 6,5
kWh/m², contra os 2,5 a 3,5 kWh/m² (Alemanha) e 3,28 a 5,3 kWh/m² (Espanha).
(ROSA; GASPARIN, 2016).
De acordo com o SOLAR GIS, o Estado de Santa Catarina possui o menor
índice de irradiação global anual na superfície horizontal no território brasileiro com
1.500 kWh/m² ao ano, e o Estado da Bahia possui o maior índice anual de irradiação
solar com 2.350 kWh/m², conforme a figura 2 que apresenta a distribuição da
irradiação solar global anual na horizontal no território brasileiro.

Figura 2 – Radiação solar global anual típica


Fonte: Solar Gis (2015).

Apesar de receber uma insolação superior a 3.000 horas por ano, o Brasil
pouco aproveita o seu potencial da fonte solar. (RELLA, 2017) O potencial solar no
Brasil pode variar de região para região. O Nordeste é uma das regiões mais
irradiadas pelo sol ficando acima da média nacional. (RELLA, 2017)
Os altos encargos e tributos federais e estaduais aplicadas nos materiais e
equipamentos fotovoltaicos e no consumo e geração de energia elétrica, prejudica a
expansão da tecnologia no cenário nacional. A falta de incentivos fiscais,
principalmente no âmbito federal e a falta de conscientização da sociedade brasileira
sobre a importância e os benefícios da geração de energia solar fotovoltaica com
ênfase nas questões ambientais, contribui para a impopularidade dos sistemas
fotovoltaicos. (ROSA; GASPARIN, 2016) (RELLA, 2017)

3. Resultados e Discussões

3.1. Dimensionamento
3.1.1. Aquecimento termossolar

Dimensionando dois sistemas para efeito de comparação, um sistema


convencional com chuveiro elétrico e um sistema de aquecimento solar.
Comparativo de custos, baseado no chuveiro elétrico de acordo com os dados
abaixo, conforme tabela 1.

Tabela 1 – Dados chuveiro elétrico


Dados do Chuveiro Elétrico
Média pessoas na casa 4
Média banho por pessoa 2
Tempo no banho 8 minutos
Vazão 5 L/min
Chuveiro elétrico 5500w

Fonte: Autoria Própria (2023).

Considerando os dados acima, obteve-se os cálculos da tabela 2 abaixo que


determinam o consumo diário e mensal e anual de um chuveiro elétrico.

Tabela 2 – Cálculo de consumo de chuveiro elétrico.

Cálculo de Consumo - Chuveiro elétrico


Consumo diário = 4 (número de pessoas) x 2 (banhos diários) x 8
(tempo de banho) = 64 min diários.

Consumo = (potência em watt/1000) x (tempo) número de horas =


total em KWh.

C = 5500/1000x 1,07 = 5,89kwh

5,89kwh x 30 (número de dias mês) = 176,7 kwh

176,7 kwh (consumo mês) x R$0,89 (segundo Ng solar – custo


energia SP (2023) = R$157,26

R$157,26 x 12 (meses do ano) = R$1887,15 (Gasto anual com o


chuveiro elétrico)

Fonte: Autoria Própria (2023).

Para o correto dimensionamento e melhor entendimento para o sistema de


aquecimento solar foram divididos em 2 etapas:
1. Cálculo do volume de água quente a ser gasto diariamente
2. Cálculo da área dos coletores.
Considerando a hipótese de o imóvel estar localizado em São Paulo – SP,
foram considerados os seguintes dados para o devido dimensionamento do boiler:

 Consumo diário de água quente: (2 banhos por dia x 8 minutos de banho x 5


L/ minuto X 4(número de pessoas) = Consumo de água quente diário de 320
litros.

 Consumo estimado por pessoa: 320/4 = 80 litros por pessoa de consumo por
água quente. Acima da média conforme Tabela 3.

Tabela 3 – Ponto de consumo de água quente

Fonte: Soletrol (2014).

Considerando o cálculo acima, outro ponto que deve ser levado em


consideração é o dimensionamento da vazão dos chuveiros empregados no
sistema. Utilizando uma vazão de 5 litros/ minutos, que segundo a classificação de
vazões da Soletrol é considerado conforto bom para banho.

Considerando o tempo médio de banho de uma única pessoa de


aproximadamente 8 minutos, adotou-se esse tempo para o cálculo do consumo de
água durante o banho. Conforme mencionado, baseando-se 2 banhos diários por
integrante. Sendo o consumo dado pela equação (Eq.) 1.

Cb = Q × T Eq. (1)

Onde,

Cb = é o Consumo de água quente por banho (litros)


Q = é a Vazão ou Volume de água (Litros/minuto)
T = é o tempo de banho (minutos).
Baseado em uma vazão de 5 litros/ minuto, e que deverão ser acrescentados
o volume do reservatório térmico.
Para obter o volume diário de água quente, são levantados os dados de
consumo individual pela equação (Eq.) 2.

V consumo = ∑ ( M ρ u ×Tu ×f) x N Eq. (2)

Onde,

Vconsumo = é o volume total de água quente consumido diariamente na edificação


(l/dia)
 = Somatório
Mpu = vazão da peça de utilização (l/min)
Tu = tempo médio de uso diário da peça de utilização (min)
f = número total de utilização da peça por dia
N = quantidade de pessoas residentes na edificação.

O Vconsumo é o volume máximo utilizado, porém para determinar o tamanho


do reservatório é necessário calcular o VA volume de armazenamento, ou seja, a
fração de mistura de água quente e água fria que vai circular no reservatório e no
coletor. Apresentado pela equação (Eq.) 3, onde a Temperatura de consumo é 40°C.

Vconsumo ×(Tc-T1) Eq. (3)


VA =
(T2-T1)

Onde,

VA = o volume de armazenamento (l/dia)


Tc = temperatura de consumo (°C)
T1 = temperatura ambiente (°C)
T2 = temperatura final (°C).

O tamanho do aquecedor, dado pela área da placa coletora e pelo volume do


reservatório térmico é, basicamente, uma função da insolação média local, do
número de usuários, da temperatura requerida para a água, da quantidade de água
consumida por banho e do número de banhos de cada usuário.
A Norma Técnica Brasileira, NB 128/ABNT, que rege a instalação de água
quente no Brasil, fornece as seguintes especificações para o aquecimento de água
residencial: temperaturas usuais para uso pessoal em banhos ou higiene: 35° a
50°C. Utilizando a média bastante comum de 40°C. Considerando um fator de
segurança de ≅ 15%, utilizado como margem para dimensionamento final do
reservatório térmico.
Para a análise de cálculos de área dos coletores solares foi adotada uma
temperatura final de 50°C para a água aquecida (T2), sendo a temperatura média
ambiente para o município de 20ºC (T1), e a temperatura de consumo de 40°C (Tc).
Portanto, a variação de temperatura será estabelecida pela equação (Eq.) 4.

∆T = T2-T1 Eq. (4)

Onde,

ΔT = variação de temperatura (°C)


T1 = temperatura inicial (ambiente)
T2 = temperatura final.

E para cálculo da área de coletores será considerado a equação (Eq.) 5.

Varmazenamento ×cp Joule×(T 2−T 1)


E út il= Eq. (5)
3600

Onde,

Eútil = energia útil do sistema


Varmazenamento = capacidade de armazenamento do sistema
cp Joule = calor específico em Joule
T1 = temperatura inicial (ambiente)
T2 = temperatura final.

Dessa forma encontra-se a área coletora, conforme a equação (Eq.) 6 abaixo.

E ú til + Eperda x Fc x Ig
Ac= Eq. (6)
Pmdee

Onde,

Ac = área coletora
Eútil = energia útil do sistema
Eperda = perda do sistema ≅ 15%
Fc = fator de correção da instalação que é equivalente a 10%
Ig = radiação média anual local
Pmdee = produção média diária de energia específica.

Encontrando-se um consumo de banho (cb) igual a 320 litros por dia.


Considerando que a tabela de consumo, será utilizada no ponto de consumo abaixo
na tabela 4. O volume de consumo máximo será de 320 litros e o volume de
armazenamento de 214 litros. Foi adotada uma vazão de 5 litros/ minuto.

Tabela 4 – Ponto de consumo


Ponto de utilização Integrantes/ Volume de água Total (Litros)
Banheiro 4 40L (quantidade por Banho) x 2 320
(Ducha,Lavatório) (N° de banho)

Fonte: Autoria Própria (2023).


Desse modo será utilizado um boiler (Reservatório térmico) de 300 litros de
capacidade.
Os cálculos da área de coletores, considerando Eútil de 7,45kwh/dia, Eperda
1,05kwh/dia, Fc de 1,10, Ig de 5,61 kwh/m² dia, Pmdee (kwh/m²) de 2,54, chegando
a uma área de 3,68m².

3.1.2. Energia Fotovoltaica

Para dimensionar os principais componentes (quantidade de placas


fotovoltaicas necessárias e a potência do inversor) de um sistema fotovoltaico
conectados à rede (on-grid) de baixa tensão, é necessário conhecer o consumo
médio mensal de energia elétrica da edificação. (FOTAIC, 2017) Para efeitos
comparativos, utilizou-se os dados fornecido pela PROCEL/ ELETROBRAS, 2019
que determina o consumo médio mensal dos domicílios do Estado de São Paulo foi
de 180,25 kWh.
Baseado na média mensal calculou-se a média diária (30 dias) do consumo
de energia elétrica. Obteve-se, respectivamente, o seguinte resultado: 6,01 kWh. O
consumo médio mensal de energia elétrica pode variar bastante de acordo com as
necessidades de cada edificação, sendo necessário analisar o padrão mensal de
consumo antes de iniciar o dimensionamento do sistema. (MARCELO, 2021)

Os dados solarimétricos e de georreferenciamento são essenciais para


determinar a irradiação solar diária no plano horizontal médio, hora de sol pico
(HSP), latitude e longitude da edificação. A fim de determinar a viabilidade e o
potencial de instalação de sistemas de energia solar em uma determinada
localidade. (MARCELO, 2021) De acordo com o CRESESB, a irradiação solar diária
média anual no Estado de São Paulo é de 4,38 KWh/m² x dia conforme gráfico 1
abaixo, portanto o HSP do Município de São Paulo é de 4,38 horas/dia.
Os dados de latitude e longitude adotados no Município de São Paulo é de
aproximadamente, -23,68 ° S e -46,59 ° O, pois estão dentro do retângulo
envolvente da cidade. (DataGeo, 2001)

Gráfico 1 – Irradiação Solar no Estado de São Paulo

Fonte: CRESESB (2023).

3.1.2.1. Potência total e eficiência dos painéis fotovoltaicos

O rendimento das placas fotovoltaicas pode ser afetado de acordo com os


itens presentes na tabela 5 abaixo que devem ser considerados no
dimensionamento do sistema, a fim de garantir um funcionamento adequadamente
eficiente. (FOTAIC, 2017) A potência média dos painéis pode ser afetada pelo
histórico de irradiação solar na região, pelo comportamento sazonal da luz solar e a
eficiência total do sistema. (FOTAIC, 2017)

Tabela 5 – Perdas de energia

Perdas de Energia
% Valor adotado em %
Perda por temperatura 7.0 – 18.0 ➝ 11.5%
Incompatibilidade Elétrica 1.0 – 2.0 ➝ 1.5%
Acúmulo de Sujeira 1.0 – 8.0 ➝ 2.0%
Cabeamento CC 0.5 – 1.0 ➝ 1.0%
Cabeamento CA 0.5 – 1.0 ➝ 1.0%
Inversor 2.5 – 5.0 ➝ 4.0%

Fonte: Fotaic Energia Solar (2017).


Considerando os valores de perdas de energia adotados na tabela 5 acima, o
rendimento global do sistema é de aproximadamente 80%.
Portanto, utiliza-se a equação (Eq.) 7 para determinar a potência total das
placas fotovoltaicas que irão compor o sistema fotovoltaico:

E = PT × T Eq. (7)

Considerando o fator de perda de rendimento obtém-se a equação (Eq.) 8


abaixo:

E Eq. (8)
PT =
(T x R)

Onde,

E = geração de energia diária necessária para a edificação (KWh/dia) = 6,01


kWh/dia
PT = potência total dos painéis fotovoltaicos (kWp) ¹
T = tempo de exposição diário (horas/dia) = 4,38 horas/dia
R = rendimento das placas fotovoltaicas (%) = 80%

Portanto, a potência total dos painéis fotovoltaicos para suprir a necessidade


de uma edificação com consumo médio mensal de 180,25 kWh é igual a:

6 , 01
PT = =1 ,72 kWp
( 4 , 38 ×0 , 80)

3.1.2.2. Quantidade de painéis

A quantidade de painéis para compor um sistema de geração de energia solar


pode variar de acordo com as suas dimensões e com a potência nominal individual
de cada painel. (PINHO et al., 2014) De acordo com a Fotaic Energia Solar, os
painéis solares mais utilizados em residências possuem potências de 260W, 265W
ou 275W com dimensões médias de 1,6 x 1,0m.
Para fins de cálculo selecionou-se o Painel Solar Fotovoltaico Silício
Policristalino da marca Canadian, modelo CSI CS6P-265P – BR, com dimensões de
1,63 x 0,98 x 0,40m, 265 W de potência por ser indicado para sistemas isolados
conectados à rede (grid-tie / on-grid) e pelo seu valor competitivo de mercado. O
produto também possui um ótimo padrão de qualidade e oferece garantia de sua
eficiência mesmo em condições não favoráveis, além de contar com a certificação
do INMETRO, garantia de 10 anos pelo fabricante contra defeitos de fabricação e 25
anos para perda de eficiência maior que 20%.
Com base no dimensionamento obtido anteriormente, para se obter o número
total de painéis fotovoltaicos para compor um sistema com PT = 1,72 kWp utiliza-se
a seguinte equação (9):

PT
N° Painéis = Eq. (9)
Ppainel

Onde,

Nº Painéis = a quantidade de painéis para compor o sistema


PT = potência total dos painéis fotovoltaicos = 1,72 kWp = 1720 Wp ²
PPainel = potência nominal de cada painel fotovoltaico = 265 Wp

Portanto, a quantidade de painéis fotovoltaicos necessários para compor um


sistema fotovoltaico de uma edificação com consumo médio mensal de 180,25 kWh
é igual a:
Nº Painéis = 1720 Wp / 265 Wp  Nº Painéis = 6,5 painéis fotovoltaicos ≃ 7 painéis
fotovoltaicos

A fim de maximizar a geração de energia elétrica da instalação, optou-se por


considerar 7 painéis solares na composição do sistema e consequentemente, houve
a necessidade de aumentar a potência total dos painéis solares. Para recalcular a
potência nominal total dos painéis, utiliza-se a equação 10.

PTN = N ° Painéis × Ppainél Eq. (10)

Onde,

Nº Painéis = quantidade de painéis para compor o sistema = 7 painéis fotovoltaicos


PTN = potência nominal total dos painéis fotovoltaicos
PPainel = potência nominal de cada painel fotovoltaico = 265 Wp

Sendo assim, a potência nominal total dos painéis fotovoltaicos é igual a:

PTN = 7 Painéis x 265 Wp  PTN = 1,86 kWp

3.1.2.3. Potência do Inversor

De acordo com o Fotaic Energia Solar (2017), a capacidade do inversor pode


variar até 20% para mais ou para menos de acordo com a potência total das placas
fotovoltaicas. Essa recomendação é útil para que não ocorra o
sobredimensionamento ou o subdimensionamento do sistema.
Para determinar a capacidade adequada do inversor, utiliza-se a potência
total recalculada dos painéis fotovoltaicos para as margens de variação adequadas,
sendo:

Considerando uma variação de 20% a menos, obtém-se:


I = 1,86 kWp x 0,80  I = 1,49 kWp

Considerando uma variação de 20% a mais, obtém-se:

I = 1,86 kWp x 1,20  I = 2,23 kWp

Onde,

I = capacidade do inversor.

De acordo com MARCELO (2021), quando há um sobredimensionamento dos


painéis, o inversor reduz o seu tempo de operação quando a irradiação solar está
reduzida, como por exemplo, em dias nublados e, quando a saída de energia dos
painéis excede a capacidade nominal do inversor, a eficiência média mais alta ajuda
a compensar a perda de energia elétrica que ocorre.

3.2. Análise de viabilidade econômica

3.2.1. Aquecimento termossolar

Fazendo um comparativo de custo entre o sistema convencional de chuveiro


elétrico, e o aquecimento solar, levando em consideração os seguintes pontos.

1. Estimativa do consumo diário de água quente


2. Dimensionamento da área coletora e volume do reservatório térmico
3. Desempen
4. ho do sistema de aquecimento solar
5. Análise de investimento

Chegando nos seguintes resultados:


Para o sistema de aquecimento solar, o investimento inicial calculado para um
boiler de 300 litros e 3 placas de 1,5m² foi de aproximadamente R$ 6500,00.
Calculando o custo mensal do chuveiro elétrico o retorno desse investimento
(Payback) fica em aproximadamente 3,5 anos. Sendo um sistema extremamente
sustentável, e com vida útil em torno de 20 anos (com apenas manutenções
preventivas dentro desse período, como limpeza das placas e as condições do
material), gerando um possível lucro e valorização do imóvel.
Para efeito comparativo, utilizou-se o gráfico 2 abaixo com o custo anual
durante o período de 5 anos.
Gráfico 2 – Comparativo de custos em 5 anos

Comparativo de Custos em 5 anos


R$ 10,427.53

R$ 6,500.00

R$ 2,293.81
R$ 1,887.12 R$ 1,981.48 R$ 2,080.55 R$ 2,184.58

R$ 1,300.00 R$ 1,300.00 R$ 1,300.00 R$ 1,300.00 R$ 1,300.00


2023 2024 2025 2026 2027 Total 5 anos

Chuveiro elétrico Placa solar

Fonte: Autoria Própria (2023).

Conforme o gráfico 2 acima, e considerando uma inflação de 5% a.a. no


prazo de 5 anos, foi calculada uma economia total de R$ 3.927,53. Apesar do custo
inicial ser alto, nota-se que a longo prazo o retorno financeiro é viável, visto que a
vida útil desse sistema é de aproximadamente 20 anos.

3.2.2. Energia Fotovoltaica

“Os custos reais dos sistemas fotovoltaicos implantados no Brasil raramente


são publicados, algumas vezes por serem considerados segredos comerciais, e, em
outros casos, provavelmente, porque existe uma percepção de que, por serem
elevados, isso prejudicaria a imagem da tecnologia.” (GALDINO, 2012, p. 1)
Atualmente o mercado brasileiro é amplamente dominado pelos módulos
fotovoltaicos de Silício Cristalino (c-Si), tornando esses equipamentos mais
acessíveis e impulsionando a competição no livre mercado, devido a grande
quantidade de modelos disponíveis desses módulos. (GALDINO, 2012)
Os Sistemas fotovoltaicos que não necessitam de baterias para
armazenamento (on-grid) possibilitam a redução do investimento inicial. Já que não
há a necessidade de adquirir e instalar armazenadores de energia (baterias), o custo
total de um sistema fotovoltaico on-grid pode ser reduzido, justamente pela ausência
de baterias que agregam um grande custo nas instalações off-grid. Portanto, a
adesão desses sistemas é facilitada por ser mais acessível para muitos
consumidores. (ZILLES et al., 2012)
Diversos outros fatores podem influenciar no custo total de implementação de
um sistema fotovoltaico isolado, como: a sua dimensão e capacidade de geração de
energia, o tipo de módulo fotovoltaico selecionado, o tipo de instalação mais
adequada para a edificação (on-grid, off-grid, com bateria ou sem bateria), os
componentes e equipamentos de segurança que podem compor o sistema e as
possíveis alterações e adaptações nas características da edificação. (GALDINO,
2012) (ZILLES et al., 2012)
3.2.2.1. Cálculo do Investimento

De acordo com Greener (2020), o valor de investimento tem o custo de


R$3,88/Wp, já considerando os valores dos módulos, inversores, instalação e todos
os custos envolvidos. Para definir a viabilidade econômica, adotou-se um sistema
com vida útil de 25 anos de acordo com a garantia média oferecida pelos fabricantes
dos módulos fotovoltaicos. (MARCELO, 2021) Utilizando os dados obtidos
anteriormente, a potência nominal do sistema é igual a 1,86 kWp.

I = 1,86 kWp x R$3,88/Wp  I = R$7.216,80

3.2.2.2. Cálculo do Balanço Econômico

De acordo com a Enel São Paulo (2023), o custo da tarifa de energia elétrica
em novembro de 2023 para uma instalação residencial (classificação B1) e
monofásica é de R$ 0,649. “O balanço econômico estimado é calculado no valor do
produto da quantidade de energia gerada pelas tarifas de energia elétrica estimada
ano a ano.” (MARCELO, 2021, p.47)

B = 180,25 kWh x R$0,649/kWh x 12 meses  B = R$1.403,79

3.2.2.3. Cálculo do TRI

Para determinar a taxa de retorno do investimento (TRI), adotou-se como


base de cálculo a taxa básica de juros SELIC de novembro de 2023, de acordo com
o Banco Central do Brasil (2023), o seu valor mensal é de 1,02%. Foi necessário
obter previamente o cálculo do Investimento e do Balanço Econômico para
determinar o TRI.

Desse modo, o payback (retorno do investimento) obtido foi de 5 anos e 3


meses. O investimento inicial é elevado quando comparado com o sistema
convencional, mas a médio prazo foi possível comprovar que o prazo do retorno
financeiro viabiliza a adesão à essa tecnologia. O sistema conta com uma vida útil
média de 25 anos (com garantia do fornecedor dos painéis fotovoltaicos
selecionados), considerando as manutenções preventivas e a limpeza periódica dos
painéis fotovoltaicos.
Não foram considerados no cálculo os valores de oscilação da tarifa de
energia elétrica, degradação da potência dos módulos fotovoltaicos durante sua vida
útil, reposição dos equipamentos ao final da garantia e a possível necessidade de
substituição de algum componente do sistema.
4. Conclusão

O presente trabalho destaca que os sistemas de aquecimento solar e


fotovoltaico conectada à rede de baixa tensão, apresentaram resultados positivos
referente a sua viabilidade econômica em ambos os casos, justamente por
aproveitarem um abundante recurso natural gratuito. As opções de painéis
fotovoltaicos e os tipos de instalações possíveis destacam a importância do
acompanhamento de todo o processo de implementação por profissionais
capacitados.
Ambos os sistemas se comprovaram sustentáveis quando utilizados no
território nacional, pois, o Brasil possui um ótimo índice de irradiação solar anual que
varia entre 1.500 kWh/m² e 2.350 kWh/m² de acordo com a região e diária entre 4,1
e 6,5 kWh/m². Quando comparado com os países pioneiros na utilização dessas
tecnologias, como a Alemanha e a Espanha, notou-se que o Brasil não utiliza a sua
plena capacidade solar.
É importante mencionar que a grande gama de opções de marcas e modelos
de equipamentos fotovoltaicos e de aquecimento solar, destaca a importância de
que profissionais e empresa capacitados auxiliem no dimensionamento e
acompanhamento da instalação dos sistemas de aquecimento solar e fotovoltaico,
garantindo assim, o pleno funcionamento dos sistemas e o correto dimensionamento
das instalações.
O investimento inicial do sistema de aquecimento solar calculado, conta com
um boiler de 300 litros + 3 placas de 1,5m², ficou aproximadamente R$6.500,00. O
Payback do investimento obtido gira em torno de 3,5 anos em comparação com o
uso do chuveiro elétrico gerando uma economia de aproximadamente R$3.927,53
dentro do prazo de 5 anos.
O dimensionamento do sistema fotovoltaico foi realizado através da média do
consumo mensal de energia elétrica do Estado de São Paulo. A média de consumo
obtida foi de 180,25 kWh/mês. Portanto, o dimensionamento realizado foi de um
sistema com 7 placas fotovoltaicas de 265 Wp, totalizando um sistema com potência
nominal total de 1,86 kWp. O investimento inicial calculado foi de R$7.216,80, com
um retorno do investimento em 5 anos e 3 meses.
Por fim, analisando os valores dos investimentos iniciais de ambas as
tecnologias, os retornos financeiros em médio prazo garantem a viabilidade
econômica na adesão à essas tecnologias, pois apresentaram bons retornos
financeiros. Porém optando por utilizar o sistema fotovoltaico, visto que embora
tenha um custo mais elevado se comparado com a energia termosolar, é um sistema
que utiliza de todos os pontos da casa (chuveiro elétrico, energia, pontos de
consumo), possui uma economia de recursos superior a longo prazo.

5. Referências Bibliográficas

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