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FACULDADE DE ENGENHARIA

DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA ELECTROTÉCNICA

LICENCIATURA EM ENGENHARIA ELECTRÓNICA-LABORAL

Máquinas Eléctricas

III nível

Grupo no4

Relatório do trabalho laboratorial No 3

MÁQUINA ASSÍNCRONA TRIFÁSICA DO ROTOR BOBINADO

Ensaios em vazio, com rotor bloqueado e com carga


Discentes: Docentes:

• Estevão, Chelton; Eng.º Zefanias José Mabote


• Massango, Emílio António; Monitor: Nhampossa Jr, Leovigildo
• Matsimbe,Mauro Ernesto;
• Mulhui, Sabino Albino;
• Nhaguilunguana, Adilson Jaime;
• Sacuro Jr, José Armando de Azevedo;
• Sambo, Anivaldo.

Maputo, 2023
FACULDADE DE ENGENHARIA

DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA ELECTROTÉCNICA

LICENCIATURA EM ENGENHARIA ELECTRÓNICA-LABORAL

Máquinas Eléctricas

III nível

Grupo no4

Relatório do trabalho laboratorial No 3

MÁQUINA ASSÍNCRONA TRIFÁSICA DO ROTOR BOBINADO

Ensaios em vazio, com rotor bloqueado e com carga


Discentes: Docentes:

• Estevão, Chelton; Eng.º Zefanias José Mabote


• Massango, Emílio António; Monitor: Nhampossa Jr, Leovigildo
• Matsimbe,Mauro Ernesto;
• Mulhui, Sabino Albino;
• Nhaguilunguana, Adilson Jaime; O relatório do trabalho laboratorial
visa aprimorar de forma prática os
• Sacuro Jr, José Armando de Azevedo; conhecimentos teóricos obtidos na
• Sambo, Anivaldo. cadeira de Máquinas Eléctricas.

Maputo, Maio 2023


Índice
1. Introdução ............................................................................................................................................. 1
1.1 Objectivos ........................................................................................................................................... 1
1.1.1 Objectivo geral ............................................................................................................................. 1
1.1.2 Objectivos específicos.................................................................................................................. 1
2. Resumo teórico ..................................................................................................................................... 2
2.1 Máquinas assíncronas ......................................................................................................................... 2
2.2 Motor assíncrono ................................................................................................................................ 2
2.2.1 Características construtivas .......................................................................................................... 2
2.3 Ligação dos enrolamentos................................................................................................................... 3
2.3.1 Ligação estrela ............................................................................................................................. 3
2.3.2 Ligação triângulo ......................................................................................................................... 3
2.4 Princípio de funcionamento de uma máquina assíncrona ................................................................... 3
2.5 O conceito de escorregamento do rotor .............................................................................................. 4
2.6 O circuito equivalente por fase de um motor de indução.................................................................... 4
2.7 Potência e binário de um motor de indução ........................................................................................ 5
2.8 Características mecânica- regiões de funcionamento ......................................................................... 6
2.9 Ensaios em vazio e em rotor bloqueado.............................................................................................. 6
Ensaio em vazio .................................................................................................................................... 6
2.10 Ensaio de rotor bloqueado............................................................................................................. 7
2.11 Ensaio para determinação da resistência do estator ...................................................................... 8
3. Materias................................................................................................................................................. 9
4. Procedimentos ..................................................................................................................................... 10
4.1 Medição “a frio” das resistências dos enrolamentos da máquina. .................................................... 10
4.2 Medida da relação de transformação ................................................................................................ 10
4.3 Ensaio em Vazio ................................................................................................................................ 10
4.4 Ensaio em Rotor Bloqueado ............................................................................................................. 11
4.5 Ensaio em carga ................................................................................................................................ 11
5. Tratamento de dados ........................................................................................................................... 12
6. Discussão de resultados ...................................................................................................................... 16
7. Conclusão ............................................................................................................................................ 17
8. Bibliografia .......................................................................................................................................... 18
Índice de figuras
Figura 1 Esquema de uma máquina assíncrono trifásica de anéis com reóstato.
(Maquina_Assincrona.pdf, 2022) ................................................................................................... 2
Figura 2 Ligação em estrela. (Mabote, 2021) ................................................................................. 3
Figura 3 Ligação em triângulo. (Mabote, 2021) ............................................................................. 3
Figura 4 O circuito equivalente por fase de um motor de indução. (Chapman , 2013) .................. 4
Figura 5 Características mecânica- regiões de funcionamento. (Chapman , 2013) ........................ 6
Figura 6 Esquema para a ensaio em vazio. (Chapman, 2013) ........................................................ 6
Figura 7 Circuito equivalente do ensaio em vazio. (Máquina_Assíncrona.pdf, 2022)................... 7
Figura 8 Esquema para o ensaio em rotor bloqueado. (Chapman, 2013) ....................................... 7
Figura 9 Circuito equivalente para o ensaio em rotor bloqueado. (Ensaios de máquinas
assíncronas. pdf, 2017) ................................................................................................................... 7
Figura 10 Esquema para determinação da resistência do estator. (Mabote, 2021) ......................... 8
Figura 11 Gráfico da característica I1=f(U1) ................................................................................ 14
Figura 12 Gráfico da característica P1=f(U1) ............................................................................... 14
Figura 13 Gráfico da característica cos(𝜑)=f(U1) ........................................................................ 15
Figura 14 Gráfico da característica T=f(n) .................................................................................. 15

Índice de tabelas
Tabela 1 Reactâncias de dispersão de acordo com a classe de desenho (Mabote, 2021) .............................. 8
Tabela 2 Dados obtidos no ensaio de medição à "frio"................................................................. 10
Tabela 3 Dados obtidos na medição da relação de transformação ................................................ 10
Tabela 4 Dados obtidos no ensaio em vazio ................................................................................. 10
Tabela 5 Dados obtidos no ensaio em rotor bloqueado .................................................................11
Tabela 6 Dados obtidos no ensaio em carga ..................................................................................11
Tabela 7 Dados usados para a determinação de R1 e R2 .............................................................. 12
Tabela 8 Resultados dos cálculos feitos no ensaio em vazio. ....................................................... 12
Tabela 9 Resultados obtidos nos cálculos feitos no ensaio em rotor bloqueado .......................... 13

Índice de equações
Equação 1 Velocidade de escorregamento da máquina. (Chapman , 2013) ................................... 4
Equação 2 Escorregamento (Chapman , 2013) ............................................................................... 4
Equação 3 Perdas no cobre do estator. (Mabote, 2021) .................................................................. 5
Equação 4 Perdas no ferro. (Mabote, 2021) ................................................................................... 5
Equação 5 Potência no entreferro. (Mabote, 2021) ........................................................................ 5
Equação 6 Potência desenvolvida. (Mabote, 2021) ........................................................................ 5
Equação 7 Torque Induzido. (Mabote, 2021) ................................................................................. 5
1. Introdução
O presente relatório tem como tema máquina assíncrona trifásica do rotor bobinado e será abordado os
resultados do trabalho laboratorial realizado sobre as máquinas assíncronas. Serão abordados os diversos
testes e ensaios para determinação das características de um motor de indução.
Neste relatório encontra-se o resumo teórico de máquinas assíncronas, um motor de indução, o material
usado, funcionamento do motor de indução no ensaio em vazio, com rotor bloqueado e com carga e os
procedimentos da montagem e leitura dos dados para cada ensaio feito. Será também feita uma discussão
dos resultados obtidos experimentalmente e outros de forma prática e, finalmente, a apresentação de
conclusões.

1.1 Objectivos
1.1.1 Objectivo geral
• Analisar os resultados obtidos experimentalmente nos ensaios de motores de indução: em vazio,
com rotor bloqueado e plena carga.

1.1.2 Objectivos específicos


• Aprofundar os conhecimentos sobre o princípio de funcionamento duma máquina assíncrona no
regime de motor;
• Determinar os parâmetros do esquema equivalente duma máquina assíncrona;
• Obter as características de funcionamento da máquina assíncrona funcionando como motor.

1
2. Resumo teórico
2.1 Máquinas assíncronas
A máquina assíncrona é das máquinas eléctricas a de uso mais vulgarizado, o que se justifica
pela sua robustez, baixo custo em relação a outras máquinas eléctricas e facilidade de manobra
mesmo em sistemas de acionamento com velocidade variável. Neste capítulo faz-se o estudo da
máquina assíncrona em regime permanente o que é suficiente em muitas aplicações, quer como
motor, quer como gerador , embora a máquina assíncrona como gerador apresenta grandes
desvantagens por isso é raramente usada nestas condições. (Maquina_Assincrona.pdf, 2022)
2.2 Motor assíncrono
Um motor assíncrono é um motor elétrico alimentado por corrente alternada em que
a velocidade de rotação do rotor é diferente daquela do campo magnético do estator.
Este tipo de motor também é conhecido como motor de indução. (Oriol planas,
‘motor assíncrono’, 2017)
2.2.1 Características construtivas
Existem basicamente dois tipos de motores de indução:
•O de rotor em curto-circuito
Esse rotor consiste em uma série de barras condutoras que estão encaixadas dentro de ranhuras
na superfície do rotor e postas em curto-circuito em ambas as extremidades por grandes anéis de
curto-circuito. Essa forma construtiva é conhecida como rotor de gaiola de esquilo porque, se os
condutores fossem examinados isoladamente, seriam semelhantes àquelas rodas nas quais os
esquilos ou os hamsters correm fazendo exercício. (Chapman, 2013)
•O de rotor bobinado
Um rotor bobinado tem um conjunto completo de enrolamentos trifásicos que são similares aos
enrolamentos do estator. As três fases dos enrolamentos do rotor são usualmente ligadas em Y e
suas três terminações são conectas aos anéis deslizantes no eixo do rotor. (Chapman, 2013)

Figura 1 Esquema de uma máquina assíncrono trifásica de anéis com reóstato. (Maquina_Assincrona.pdf, 2022)

2
2.3 Ligação dos enrolamentos
Os enrolamentos do estator de um motor de indução trifásico seja, de rotor em curto-circuito ou
bobinado podem estar ligados em estrela ou em triangulo. (Mabote, 2021)
2.3.1 Ligação estrela

Figura 2 Ligação em estrela. (Mabote, 2021)

2.3.2 Ligação triângulo


Na ligação em triângulo, cada bobina é conectada entre duas fases adjacentes, formando um
triângulo fechado.

Figura 3 Ligação em triângulo. (Mabote, 2021)

2.4 Princípio de funcionamento de uma máquina assíncrona


O princípio de funcionamento de uma máquina assíncrona baseia-se no princípio de interacção
electromagnética do campo girante criado pela corrente trifásica fornecida ao enrolamento
estatórico pela rede, e das correntes induzidas no enrolamento rotórico quando os condutores
deste último são cortados pelo campo girante. Deste modo, o funcionamento de uma máquina
assíncrona é análogo ao de um transformador: o estator corresponde ao enrolamento primário e o
rotor ao secundário, que, no caso geral, se considera a girar à velocidade n. (Chapman, 2013)

3
2.5 O conceito de escorregamento do rotor
A tensão induzida nas barras do rotor de um motor de indução depende da velocidade do rotor
em relação aos campos magnéticos. Como o comportamento de um motor de indução depende
da tensão e da corrente do rotor, muitas vezes é mais lógico falar em velocidade relativa. Dois
termos são comumente utilizados para definir o movimento relativo do rotor e dos campos
magnéticos. Um deles é a velocidade de escorregamento, definida como a diferença entre a
velocidade síncrona e a velocidade do rotor:

Equação 1 Velocidade de escorregamento da máquina. (Chapman , 2013)

nesc : velocidade de escorregamento da máquina;


nsinc : velocidade dos campos magnéticos ;
nm : velocidade mecânica do eixo do motor.
O outro termo usado para descrever o movimento relativo é o escorregamento, que é a
velocidade relativa expressa em uma base por unidade ou percentagem. Isto é, o escorregamento
é definido como:

Equação 2 Escorregamento (Chapman , 2013)

(Chapman, 2013)
2.6 O circuito equivalente por fase de um motor de indução
Para funcionar, um motor de indução baseia-se na indução efetuada pelo circuito do estator de
tensões e correntes no circuito do rotor (ação de transformador). Como as tensões e correntes no
circuito do rotor de um motor de indução são basicamente o resultado de uma ação de
transformador, o circuito equivalente de um motor de indução. (Chapman, 2013)

Figura 4 O circuito equivalente por fase de um motor de indução. (Chapman , 2013)

4
2.7 Potência e binário de um motor de indução
• As perdas no cobre do estator no nas três fases são dadas por:

Equação 3 Perdas no cobre do estator. (Mabote, 2021)

• As perdas no ferro

Equação 4 Perdas no ferro. (Mabote, 2021)

• Assim, as potências no entreferro podem ser encontradas da tal forma:

Equação 5 Potência no entreferro. (Mabote, 2021)

• Pode-se obter outra relação entre a potência induzida no entreferro e a potência


desenvolvida.

Equação 6 Potência desenvolvida. (Mabote, 2021)

O binário induzido numa máquina é definido como o binário gerado pela conversão interna
electromecânica. Este binário difere do binário disponível no veio do motor em uma pequena
porção correspondente as perdas por atrito e ventilação. (Mabote, 2021)

Equação 7 Torque Induzido. (Mabote, 2021)

5
2.8 Características mecânica- regiões de funcionamento

Figura 5 Características mecânica- regiões de funcionamento. (Chapman , 2013)

2.9 Ensaios em vazio e em rotor bloqueado


Os parâmetros do circuito equivalente de um motor de indução podem ser determinados a
partir de resultados dos ensaios em vazio, rotor bloqueado e medição da resistência em corrente
continua do estator. (Mabote, 2018)
Ensaio em vazio
O ensaio em vazio é semelhante ao de um transformador, fornece informações sobre a
corrente de excitação e as perdas rotacionais. Neste ensaio é aplicado um sistema de tensões
equilibradas nos enrolamentos do estator a frequência da rede. O rotor é mantido sem carga
mecânica. A potência absorvida pelo motor em vazio é devida as perdas no ferro e por atrito e
ventilação. As perdas rotacionais a tensão e frequência nominais são consideradas constantes
desde o funcionamento em vazio até a plena carga. (Mabote, 2021)

Figura 6 Esquema para a ensaio em vazio. (Chapman, 2013)

6
Figura 7 Circuito equivalente do ensaio em vazio. (Máquina_Assíncrona.pdf, 2022)

2.10 Ensaio de rotor bloqueado


O ensaio de rotor bloqueado é semelhante ao de curto-circuito no transformador. Fornece
informações sobre a resistência e a reactância de fluxo de fugas. Neste ensaio, o rotor é
bloqueado e um sistema trifásico e balanceado de tensões é aplicado no estator. O ensaio de rotor
bloqueado deve ser realizado sob certas condições da corrente do rotor e frequência, o ensaio
deve ser realizado a tensão reduzida. A frequência também deve ser reduzida por causa da
resistência efectiva do rotor e reactância de fugas a frequência reduzida, que podem diferir de
forma apreciável dos seus valores a frequência nominal. (Mabote, 2021)

Figura 8 Esquema para o ensaio em rotor bloqueado. (Chapman, 2013)

Figura 9 Circuito equivalente para o ensaio em rotor bloqueado. (Ensaios de máquinas assíncronas. pdf, 2017)

7
2.11 Ensaio para determinação da resistência do estator

Figura 10 Esquema para determinação da resistência do estator. (Mabote, 2021)

Tabela 1 Reactâncias de dispersão de acordo com a classe de desenho (Mabote, 2021)

8
3. Materias
• Motor de indução trifásico;
• Autotransformador trifásico;
• Fontes de alimentação
• 1 Wattímetro;
• 1 Carga resistiva;
• 1 Reóstato;
• 2 Amperímetros;
• 2 Multímetros;
• Cabos de ligação.
Dados da chapa característica para o motor de indução:
U= 220/380 V; n= 1425 rpm;
I= 28/16.3 A
Inom= 30 A

9
4. Procedimentos
4.1 Medição “a frio” das resistências dos enrolamentos da máquina.
Ligou-se o enrolamento do estator em estrela. Mediu-se as resistências entre os terminais
utilizando um multímetro. Procedeu-se de modo idêntico em relação aos enrolamentos do
rotor.
Terminais Resistência (Ω)
U-W 0.9
Estator U-V 0.8
V-W 0.8
U-W 1.1
Rotor U-V 1.2
V-W 1.1
Tabela 2 Dados obtidos no ensaio de medição à "frio"

4.2 Medida da relação de transformação


Fez-se as ligações do motor assíncrono e da máquina de corrente contínua de acordo com
os esquemas de ensaio, deixando o rotor em aberto. Com a tensão do estator regulada
através de um autotransformador entre 300 V e 400 V, sendo um dos valores o nominal
da máquina (380 V), leia o valor da tensão do rotor.

U1 (V)- Estátor U2(V)- Rotor U1/U2


400 173.7 2.30
380 165.4 2.29
350 152.8 2.29
300 130.6 2.29
Valor médio 2.30
Tabela 3 Dados obtidos na medição da relação de transformação

4.3 Ensaio em Vazio


Arrancou-se com o motor variando a tensão do autotransformador até a tensão nominal do motor.
Por intermédio do autotransformador variou-se a tensão desde 400 V até 200 V e registou-se os
valores indicados na tabela que se segue:
U(v) I(A) n(rpm) P(w)
400 5.5 1500 100
380 5.3 1495 100
350 5 1500 100
300 3 1499 50
250 2 1496 50
200 0.5 1494 50
Tabela 4 Dados obtidos no ensaio em vazio

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4.4 Ensaio em Rotor Bloqueado
O conjunto motor gerador deve estar bloqueado. Aplicou-se, através do autotransformador, uma
tensão no estator que permite obter no rotor a corrente nominal. Registou-se os valores de tensão
aplicada no estator, a corrente do estator, a corrente do rotor e a potência activa.
U(v) 𝑈𝑒𝑠𝑡𝑎𝑡𝑜𝑟 (𝑉) 𝐼𝑟𝑜𝑡𝑜𝑟 (𝐴) 𝐼𝑛𝑜𝑚𝑖𝑛𝑎𝑙 (𝐴) 𝐼𝑒𝑠𝑡𝑎𝑡𝑜𝑟 (𝐴) P(W)
84.6 84.4 30 30 13.5 200
Tabela 5 Dados obtidos no ensaio em rotor bloqueado

4.5 Ensaio em carga


Com o motor assíncrono em carga variou-se a corrente de carga do valor nominal até
menos de metade da corrente nominal:
𝑈 (V) 𝐼1 (𝐴) 𝐼2 (𝐴) 𝑃 𝑛
380 9 15.5 1.5 1458
380 8.5 12 1.1 1472
380 8.2 5 0,7 1484
380 7.5 2 0.55 1482
380 7.2 2 0.5 1485
380 6.5 1.5 0.45 1483
380 6.5 1 0.3 1479
Tabela 6 Dados obtidos no ensaio em carga

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5. Tratamento de dados
a) Com base nos resultados experimentais determinar os parâmetros do esquema
equivalente da máquina assíncrona;

Medição a frio das resistências:


𝑅𝑒𝑞
R1= 2
Estator Rotor
Terminais Req(Ω) R1(Ω) Req(Ω) R2(Ω)
U-V 0.8 0.4 1.2 0.6
V-W 0.8 0.4 1.1 0.5
U-W 0.9 0.45 1.1 0.5
Tabela 7 Dados usados para a determinação de R1 e R2

R1=0.4 Ω
R2= 0.55Ω

Ensaio em vazio:
𝑈𝑛 380
𝑍𝑒𝑞 = = = 41.39 Ω
√3∗𝐼 √3∗5.3
Dados:
U=380V 41.39= X1+Xm
I=5,3A
∆PCu= 3* I2* R1= 3 * 5.322* 0.4= 33.962 W
P1= 100W
P0= P1*2= 200w ∆Prot= P0- ∆ PCU= 200- 33.962= 166.03W
n= 1495rpm
R1= 0.4 Ω
Repete-se o procedimento de cálculo para os outros valores
U1(V) n(rpm) I(A) P1(W) P0(W) PCu(W) Prot(W)
400 1500 5.5 100 200 36.3 163.7
380 1500 5.3 100 200 33.96 166.03
350 1500 5 100 200 30 170
300 1499 3 50 100 10.8 89.2
250 1496 2 50 100 4.8 95.2
200 1494 0.5 50 100 0.3 99.7
Tabela 8 Resultados dos cálculos feitos no ensaio em vazio.

12
Ensaio em rotor bloqueado:
Dados: 𝑈 84.6
URb= 84.6 V; 𝑍𝑟𝑏 = 𝐼 𝑟𝑏 = = 3.618
𝑟𝑏 √3∗13.5
.
Uest =84.4V
Inom=30A 𝑃𝑟𝑏 400
𝜑 = 𝑐𝑜𝑠 −1 ( ) = 𝑐𝑜𝑠 −1 ( )
I= 13.5A √3 ∗ 𝑈𝑟𝑏 ∗ 𝐼𝑟𝑏 √3 ∗ 84.6 ∗ 13.5
PRb= P*2 = 78.3°
P= 200W
Ẑ𝑟𝑏 = 𝑍𝑟𝑏 ⦟ 𝜑 = 3.618⦟ 78.3° = 0.733 + 𝑗3.546, Ω
R1+R’2= 0.733; R’2= 0.733- 0.4= 0.333 Ω.
Xrb= 3.546 Ω; X1=X2= 0.5* Xrb= 1.773
Xm=41.39- 1.773= 39.61 Ω

b) Determinar o torque de saída e o rendimento;


Ensaio em carga
𝑛𝑠 = 1495𝑟𝑝𝑚 𝐼 = 5.3𝐴 𝑈 = 380𝑉 𝑅 = 0.4ꭥ 𝑃𝑟𝑜𝑡 =166.292W f= 50hz
𝑃𝑟𝑜𝑡 = 𝑃0 − ∆𝑃𝑐𝑢1
𝑃2 ×100%
𝑃0 = 2 × 𝑃1 𝑃𝑐𝑢1 = 3 × 𝑅 × 𝐼 2 𝜂= 𝑃1

𝑛𝑠 −𝑛𝑚 9.55×𝑃2
𝑠= 𝑃𝑖𝑛 = 𝑃1 − ∆𝑃𝑐𝑢1 𝑃𝑑𝑒𝑠 = (1 − 𝑠)𝑃𝑖𝑛 𝑇2 =
𝑛𝑠 𝑛𝑚

𝑃𝑐𝑢1 = 3 × 𝑅 × 𝐼 2
𝑃𝑐𝑢1 = 3 × 0.4 × 92
𝑃𝑐𝑢1 = 97.2𝑊
𝑈(V 𝐼1 (𝐴) 𝐼2 (𝐴) 𝑃1 (𝑊) 𝑛(𝑟𝑝𝑚) 𝑠 𝑃𝑐𝑢1 (𝑤) 𝑃𝑖𝑛𝑑 (𝑊) 𝑃𝑑𝑒𝑠 (𝑊) 𝑃2 (𝑊) 𝑇2 (𝑁𝑚) 𝜂(%)
)
380 9 15.5 1500 1478 0.0114 97.2 1402.8 1386.81 1220.52 7.89 81.36

380 8.5 12 1100 1472 0.0153 86.7 1013.3 997.797 831.51 5.39 75.59
380 8.2 5 700 1484 0.0073 80.688 619.312 614.79 448.498 2.89 64.07
380 7.5 2 550 1482 0.0087 67.5 482.5 478.3 312.01 2.011 56.73

380 7.2 2 550 1485 0.0067 62.208 487.792 484.523 318.231 2.047 57.86
380 6.5 1.5 450 1483 0.0081 50.7 399.3 396.1 229.81 1.48 51.07
Tabela 9 Resultados obtidos nos cálculos feitos no ensaio em rotor bloqueado

13
c) Do ensaio em vazio traçar as curvas, I1 = f(U1), P1 = f(U1), cos = f(U1) e
T=f(n);

U1(V) I(A)
400 5.5
380 5.3
350 5
300 3
250 2
200 0.5

Figura 11 Gráfico da característica I1=f(U1)

• Dados para o gráfico P =f(U1)

U1(V) P1(W)
400 100
380 100
350 100
300 50
250 50
200 50

Figura 12 Gráfico da característica P1=f(U1

14
• Dados para o gráfico 𝑪𝒐𝒔𝟎 =f(U1)

𝑃0
𝐶𝑜𝑠0 =
√3 ∗ 𝑈 ∗ 𝐼
200 200 200
𝐶𝑜𝑠0 = = 0.0524 ; 𝐶𝑜𝑠0 = = 0.0573; 𝐶𝑜𝑠0 = = 0.0659
√3∗400∗5.5 √3∗380∗5.3 √3∗350∗5

100 100 100


𝐶𝑜𝑠0 = = 0.0641; 𝐶𝑜𝑠0 = = 0.1154; 𝐶𝑜𝑠0 = = 0.5773
√3∗300∗3 √3∗250∗2 √3∗200∗0.5

U1(V) 𝐶𝑜𝑠0

400 0.0524

380 0.0573

350 0.0659

300 0.0641

250 0.1154

200 0.5773
Figura 13 Gráfico da característica cos(𝜑)=f(U1)

• Dados para o gráfico T=f(n)


𝑃0 − ∆𝑃𝐶𝑢1
𝑇= ∗ 9.55
𝑛
200−36.3 200−33.96 200−30
𝑇= ∗ 9.55 = 1.043 ; 𝑇 = ∗ 9.55 = 1.057 ; 𝑇 = ∗ 9.55 = 1.082
1500 1500 1500
100−10.8 100−4.8 100−0.3
𝑇= ∗ 9.55 = 0.568 ; 𝑇 = ∗ 9.55 = 0.607; 𝑇 = ∗ 9.55 = 0.637
1499 1496 1494

n(rpm) 𝑇
1500 1.043
1500 1.057
1500 1.082
1499 0.568
1496 0.607
1494 0.637

Figura 14 Gráfico da característica T=f(n)

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6. Discussão de resultados

• Na medição a frio das resitências dos enrolamentos da máquina, temos que as resitências
no terminal do estátor eram baixas comparadas ao rotor e aproximadamente iguais
independentemente dos terminais.
• No cálculo da relação de transformação, verificamos em prática o porquê de ser constante
pois temos valores próximos independentemente dos valores de tensão a serem usados,
desde que esses valores sejam correspondentes.
• Verificamos no ensaio em vazio uma relação directamente proporcional entre a corrente,
velocidade e as perdas no cobre. No entanto, no ensaio em carga, a relação vista no
ensaio em vazio inverteu-se, a corrente e a velocidade do rotor são inversamente
proporcionais.
• Os gráficos I1=f(U1) e P1=f(U1) mostram uma relação de proporcionalidade directa
quanto que o gráfico do factor de potência em função a tensão do estator mostra a
proporcionalidade inversa entre eles.
• Além disso, o ensaio em carga permitiu avaliar o desempenho do motor sob condições de
carga mecânica, fornecendo informações sobre a potência ativa, reativa, aparente, o fator
de potência e a eficiência em diferentes pontos de operação. Esses dados são cruciais para
a seleção adequada do motor e para garantir um funcionamento eficiente em aplicações
práticas.

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7. Conclusão
Concluindo o relatório, este que tinha como objectivo estudar as funcionalidades e características
do motor de indução, obtivemos resultados satisfatórios pois verificou-se em prática a teoria
vista durante as aulas de maquinas assíncronas mais especificamente o motor de indução,
também serviu para aprimorar o conhecimento sobre os ensaios e como proceder com eles na
prática, pois estes ensaios permitem analisar o funcionamento dos motores, permitindo
identificar condições em que o motor trabalhará de forma mais eficiente e também condições em
que pode ser danificado. Estes ensaios permitem também determinar os parâmetros do circuito
para os cálculos e analises técnicas das dos motores.

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8. Bibliografia
1. CHAPMAN, Stephen J. 2013 - Fundamentos de Máquinas Elétricas - 5ª Edição, AMGH
Editora Ltda. - Porto Alegre;
2. Maquina_Assincrona.pdf, 2022
3. ORIOL, planas, motor assíncrono, 2017
4. MORA, Jesús Fraile. 2003 - Máquinas Elétricas, Quinta Edición em Español por
McGrawHill, Espana;
5. MABOTE, Guião do laboratório, 2023 – Máquinas Assíncronas. FEUEM – Maputo.

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