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Manutenção Industrial

Peças de reserva
Como já referido anteriormente, para que a realização de tarefas de manutenção seja feita com
êxito, é muitas vezes necessária a utilização de peças de reserva. Posto isto, é necessário fazer
uma boa gestão das peças de reserva.
Por um lado é necessário minimizar os custos de armazenamento, baixando os stocks ao mínimo
necessário, mantendo-os no entanto a um nível que permita que não haja rutura de stock
aquando das intervenções de manutenção.
Tipos de peças de reserva
Tipos de materiais, quanto ao seu armazenamento:
Materiais armazenáveis: Materiais cujo stock deve ser permanente, sendo definido um stock
mínimo e máximo, sendo o aprovisionamento feito com base nestes dois critérios;
Materiais não armazenáveis: Materiais que não são críticos para o funcionamento da nossa
empresa, pelo que o seu aprovisionamento não é feito automaticamente. Estes materiais são
adquiridos mediante a sua cativação em ordem de trabalho, sendo depois utilizados de
imediato;
Materiais de stock permanente: Materiais cujo stock é mantido a um determinado valor, de
modo a permitir o fornecimento ininterrupto de qualquer atividade que deste dependa;
Materiais de armazenamento temporário: Materiais que não são considerados de
armazenamento, sendo apenas guardados temporariamente até serem utilizados;
Política “Just in Time”
A politica “Just in Time” é aplicada habitualmente em materiais não armazenáveis.
Esta politica consiste em ter uma rede de fornecedores geograficamente próxima, que garantam
o fornecimento de determinados materiais num curto espaço de tempo após estes terem sido
requisitados.
Esta politica é utilizada maioritariamente em materiais normalizados, que existam em grande
abundância no mercado, o que permite evitar custos de armazenamento desnecessários.
Tipos de peças de reserva
Fatores que influenciam o tipo de armazenamento:
Quantidade de unidades utilizadas por ano: O stock mínimo de uma peça pouco utilizada pode
ser mais baixo do que o stock mínimo de uma peça muito utilizada, para um tempo de
fornecimento similar;
Abundância do material no mercado: O stock mínimo de um material abundante pode ser mais
baixo que o stock mínimo de um material raro;
Proximidade dos fornecedores: Materiais abundantes no mercado, com fornecedores próximos
geograficamente podem ser adquiridos através da politica “Just in Time”, deixando de haver a
necessidade de ser um material armazenável;
Classificação de peças de reserva
Tipos de materiais, quanto à sua demanda (ABC):
Materiais de classe A têm maior valor de demanda, ao passo que os materiais de classe C têm
menor valor de demanda;
Diz-nos quão solicitado foi um determinado material num determinado espaço de tempo;
Diz-nos se um determinado material deve estar em stock, e em que quantidades;
Permite traçar um equilíbrio entre disponibilidade de stocks e as políticas de manutenção da
empresa;
Classificação de peças de reserva
Tipos de artigos, quanto à sua criticidade (VED):
Divide-se em materiais vitais (V), materiais essenciais (E) e materiais desejáveis (D);
Análise muito subjetiva, visto que pode diferir consoante o contexto da empresa ou do setor
em que esta opera;
É importante uma reflexão conjunta entre serviço de manutenção e compras, de modo a definir
os critérios para esta análise;
O serviço de manutenção tem uma posição mais importante na definição do grau de criticidade
de um determinado material, sendo muitas vezes os técnicos no campo as pessoas a ter em
conta na definição do grau de criticidade;
A criticidade de um material pode ainda ser avaliada em 4 fatores: criticidade para a produção
da fábrica, criticidade de abastecimento, criticidade de segurança e criticidade tendo em conta o
inventário;
Classificação de peças de reserva
Tipos de materiais, quanto à variabilidade da procura (WLH):
Materiais de classe H têm maior variabilidade, ao passo que materiais de classe W têm menor
variabilidade;
Esta análise serve apenas para complementar ambas as anteriores e nunca como método
único;
Identifica procuras erráticas (média de consumo anual pode não revelar picos de consumo);
Pode haver o risco de haver materiais que não tenham sido consumidos no período de análise
e que sejam por isso considerados “monos” erradamente;
Classificação de peças de reserva
Conjugação dos 3 critérios anteriores:
Elimina as limitações que cada um dos critérios acarreta quando utilizado sozinho;
Diminui a hipótese de erros de avaliação de artigos (Um artigo de elevada criticidade pode ter
pouca procura, por exemplo);
Classificação de
peças de reserva
Esquema de combinação de critérios

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