TÉCNICO DE NÍVEL MÉDIO EM AGROECOLOGIA

CURSO FIC - AGRICULTOR FAMILIAR

JADSON LIMA DA SILVA

JAMERSON DE MELO SILVA SANTOS

MARAGOGI
2023
 JADSON LIMA DA SILVA
JAMERSON DE MELO SILVA SANTOS

AÇÃO DE PRODUÇÃO AGROECOLÓGICA EM ASSENTAMENTOS DA

REFORMA AGRÁRIA

Projeto elaborado para a obtenção de nota da

atividade do Curso FIC - Agricultor Familiar
dos professores Jailson do Carmo Alves,
Monica Lima Alves Porto e Alexandre
Nascimento dos Santos do Curso Técnico de
Nível Médio em Agroecologia do IFAL
Maragogi.

MARAGOGI
2023
 SUMÁRIO

INTRODUÇÃO......................................................................................................................... 4
IDENTIFICAÇÃO E ASPECTOS BÁSICOS DO PROJETO:..................................................5
- Título................................................................................................................................ 5
- Localização...................................................................................................................... 5
- Tipo de projeto (quintais produtivos ou produção nas parcelas) e espécies escolhidas
(com descrição e justificativas sobre a proposta e espécies escolhidas).......................... 5
- Finalidade e objetivos do projeto..................................................................................... 8
IMPLANTAÇÃO E MANEJO:.................................................................................................. 9
- Aquisição ou produção de mudas e animais................................................................... 9
- Escolha da área............................................................................................................. 10
- Preparo da área............................................................................................................. 11
- Plantio............................................................................................................................ 12
- Tratos culturais...............................................................................................................14
- Colheita, beneficiamento e armazenamento..................................................................19
- Transporte e comercialização........................................................................................ 22
CROQUI DO PROJETO........................................................................................................ 23
CONSIDERAÇÕES FINAIS...................................................................................................24
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS..................................................................................... 25
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INTRODUÇÃO

A agricultura familiar é um ramo da agricultura que está ganhando cada vez

mais espaço no Brasil, tendo aproximadamente 3,9 milhões de propriedades e 77%
do total de estabelecimentos agrícolas no país. Estes estabelecimentos
correspondem a 67% das ocupações no campo, representando cerca de 23% do
valor bruto da produção agropecuária do Brasil, também empregam mais de 10,1
milhões de trabalhadores (AZEVEDO, 2023).

Os assentamentos no Brasil vem se sistematizando principalmente na

produção promovida pela agricultura familiar. A prática da agricultura familiar nos
assentamentos rurais teve como primeiro incentivo o Programa de Crédito
Especial para a Reforma Agrária - PROCERA criado em 1985 pelo Conselho
Monetário Nacional que buscou promover a melhoria e aumento da produção
agrícola. Na década de 1990 o PROCERA foi ampliado e substituído pelo
Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar - PRONAF, que
trouxe ampliação nas linhas de financiamentos e condições específicas para
cada modalidade e público diferenciado (SILVA; FONSECA, 2018).

A definição de assentamentos diz respeito à instalação de novas

propriedades agrícolas, como resultado de ação das políticas públicas (SILVA;
FONSECA, 2018). Muitos dos problemas enfrentados pelos assentados é a falta de
assistência técnica, o que dificulta o aumento da produção e consequentemente da
renda financeira.

Uma assistência técnica bem exercida, pessoas com vontade e disposição

para trabalhar, técnicas agroecológicas aplicadas de maneira correta são essenciais
para um bom desenvolvimento das parcelas as quais estão destinadas a aplicação
deste projeto.
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IDENTIFICAÇÃO E ASPECTOS BÁSICOS DO PROJETO:

- Título

Produção agroecológica de animais e vegetais no assentamento Amor

- Localização

Assentamento Amor, em São Luís do Quitunde - AL

- Tipo de projeto (quintais produtivos ou produção nas parcelas) e espécies

escolhidas (com descrição e justificativas sobre a proposta e espécies
escolhidas)

Produção nas parcelas do assentamento Amor. Espécies de vegetais escolhidas:

Coco, banana, macaxeira, batata-doce, quiabo, citros, eucalipto, maracujá e sabiá.
Espécies de animais escolhidas: Porco, galinha e gado.

Coco (Cocos nucifera)

A cultura que está mais presente nas parcelas, e possui grande potencial
para renda econômica. Variedades de coco gigante e anão sendo manejadas com
tratos culturais bem conduzidos podem aumentar a produtividade e através de
parcerias com a COOPAQ, podem ser comercializados, aumentando o lucro dos
agricultores.

Banana (Musa spp.)

A bananeira é uma planta que em locais com clima quente, se desenvolve

muito bem (“Plantio da banana: dicas, técnicas e adubação”, 2020).

Se cultivada com irrigação, tiver um monitoramento e controle de pragas e

doenças, juntamente com outros cuidados como adubação (orgânica) eficiente (com
base em análise química do solo,) e outros tratos culturais pode ser mais uma fonte
de renda. Pode ser comercializada para consumo in natura ou até mesmo
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processado (doces). Além disso, é uma cultura que já é bastante cultivada na

região, sendo as banana prata e banana nanica as mais cultivadas.

Macaxeira (Manihot esculenta)

É bastante cultivada na região Nordeste. Sendo produzida com irrigação e

adubação de qualidade, pode se tornar uma excelente fonte de renda, inclusive se
for investido em uma casa e farinha. Pode ser também comercializado bolo, tapioca,
beiju, dentre outros produtos derivados.

Batata-doce (Ipomoea batatas)

É outra cultura que está bastante presente nas plantações de vários

agricultores que vivem em solo nordestino. É uma planta que tem uma boa
resistência a pragas e doenças, consegue se desenvolver bem em solos mais
pobres, e se plantada de maneira técnica (adubação e correção com base em
análise química do solo) pode ter uma alta produtividade e além de beneficiar a
própria alimentação dos/as agricultores/as, possibilita um aumento na renda
financeira, comercializando as raìzes tuberosas in natura como também chips, doce,
farinha, fécula, entres outros derivados da cultura.

Citros (Citrus)

Tem bastante dessas frutíferas nas parcelas do assentamento Amor, então,

utilizar tratos culturais de maneira adequada proporcionará uma maior produtividade
dessas plantas e poderão ser utilizadas para aumentar a renda financeira.

Eucalipto (Eucalyptus)

Uma planta florestal que tem um rápido crescimento, boa capacidade de

adaptação às diversas regiões ecológicas. Tem um grande potencial econômico,
proporcionado pela utilização diversificada de sua madeira (“Eucalipto - Portal
Embrapa”, [s.d.]). Também possui uma alta produtividade (média nacional de 41 m³
por hectare, em ciclos de corte de aproximadamente sete anos). O eucalipto é
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bastante versátil e pode ser usado com múltiplos fins: energia, celulose e papel,
laminação, serraria, e outras utilidades pouco conhecidas da sociedade em geral,
como medicamentos, cosméticos, tecidos, alimentos entre outros.(“Perguntas e
respostas - Portal Embrapa”, [s.d.]).

Maracujá (Passiflora edulis)

É uma frutífera trepadeira que é muito produzida para consumo in natura e

também produção de suco, principalmente. Também pode ser feito doces,
geladinhos, geleias, dentre outros produtos para comercialização. É uma planta que
se desenvolve muito bem na região Nordeste e pode contribuir na renda econômica
também.

Sabiá (Mimosa caesalpiniifolia Bentham)

É uma espécie bastante utilizada para produção de estacas no Nordeste. A
madeira também é utilizada para energia, apresentando peso específico em torno
de 0,87 g cm-3 e um teor de carbono de aproximadamente 73% (“Sabiá - Portal
Embrapa”, [s.d.]).

Galinha
A criação de galinhas em uma produção agroecológica de agricultura familiar
é uma forma de aproveitar os recursos naturais e gerar renda e alimento de
qualidade. As galinhas podem se alimentar dos restos de comida e dos resíduos
orgânicos do quintal, produzir esterco para adubar as plantas, controlar pragas e
insetos, fornecer ovos e carne sem hormônios nem antibióticos, e se adaptar a
pequenos espaços e a diferentes sistemas de produção, como a agrofloresta. Além
disso, a criação de galinhas valoriza o conhecimento tradicional, a diversidade
cultural e a soberania alimentar dos agricultores familiares, que podem vender seus
produtos para mercados locais ou consumi-los em sua própria mesa. Assim, a
criação de galinhas em uma produção agroecológica de agricultura familiar contribui
para a sustentabilidade ambiental, social e econômica do meio rural.
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Porco
A criação de porcos é uma atividade agroecológica que pode ser integrada
aos sistemas de produção familiar, aproveitando os resíduos orgânicos e os
subprodutos agrícolas. Os porcos também podem ser alimentados com frutas,
verduras, raízes, grãos e farelos, que podem ser produzidos na própria propriedade
ou obtidos de forma local e sustentável.

Gado
A criação de bovinos é uma atividade agroecológica que pode ser realizada
em sistemas silvipastoris, que combinam árvores, pastagens e animais. Esses
sistemas proporcionam conforto térmico, alimentação e proteção aos bovinos, que
podem se beneficiar da sombra, da diversidade de forrageiras e da redução do
estresse. Além disso, os sistemas silvipastoris melhoram a qualidade do solo, pois
aumentam a matéria orgânica, a infiltração de água, a ciclagem de nutrientes e a
fixação de carbono. A criação de bovinos também pode ser associada à produção
de leite, queijo, manteiga e outros derivados, que podem ser comercializados pelos
agricultores familiares, gerando renda e valorizando os produtos locais.

- Finalidade e objetivos do projeto

Este projeto tem como objetivo geral, com 6 hectares de terra, equivalente a
um lote. Neste lote, será trabalhado a produção animal e a de algumas culturas já
descritas neste projeto, onde foram separados 3,0 hectares para produção dos
animais e as florestais e os outros 3 hectares para as demais culturas. Isso será
feito de forma agroecológica, visando a sustentabilidade e desenvolvimento das
famílias.

Este projeto tem como objetivos específicos:

● Trabalhar de maneira agroecológica em toda a parcela;

● Promover um aumento na renda dos assentados;
● Resolver o problema da irrigação, presente em vários locais do lote;
● Implantar um viveiro para produção de mudas;
● Ajudar a comercializar as culturas cultivadas e a produção animal.
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IMPLANTAÇÃO E MANEJO:

- Aquisição ou produção de mudas e animais

Produção de mudas
As culturas do coco, banana, citros e maracujá serão plantadas em mudas no
lote, sendo elas produzidas no próprio assentamento. Para isso, será feito um
viveiro de 30 m².

O viveiro terá 6 metros de comprimento e 5 metros de largura, sendo suas

colunas de madeira e a sua cobertura com sombrite 50%.

Coco
Tendo em vista a quantidade considerável de plantas desta cultura já
existentes no lote, as mudas de cocos serão retiradas das próprias plantas
presentes no local.

Banana
Será cultivada a banana nanica (Musa acuminata 'Dwarf Cavendish') e prata
(Musa sapientum). As mudas serão retiradas dos próprios rizomas presentes no
assentamento.

Citros
Os citros cultivados serão laranja e tangerina. Serão plantadas por sementes
e mantidas no viveiro, para futuramente serem enxertadas. A maioria desses citros
que já estão presentes no assentamento serão mantidas.

Maracujá
Para a produção de mudas de maracujazeiros, serão compradas sementes
da ISLA. As mudas serão mantidas no viveiro até a época de transplantio. As
sementes serão plantadas em copos plásticos descartáveis, sendo colocado de 3 a
5 sementes em cada copo, após a germinação, que ocorre de 45 a 70 dias, serão
feito o desbaste, deixando apenas uma planta em cada copo.
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Macaxeira e batata-doce serão plantadas diretamente no local definitivo.

Eucalipto
A produção de eucalipto será consorciada a criação do gado leiteiro com um
espaçamento de 10 x 10 M que vai da 300 plantas nos 3 hectares. de as entre
linhas será plantado capim para alimentação do gado, valor comercial o metro
cúbico da árvore em pé de eucalipto está sendo vendido entre 30 a 50 reais, Um
hectare de eucalipto rende de R$ 3 mil a R$ 5 mil, total da renda entre 5 anos é de
12 mil reais.

Sabiá
Cultura com finalidade cerca viva sendo plantada na divisa de toda a área
com finalidade ter retorno econômico, espaçamento da espécie 1 M no total da área
vai ser equivalente a 15000 plantas em toda área de cerca.

Criação de porco

Criação de galinha

Criação de bovino

- Escolha da área

Foi observado dois locais no lote que está sendo a base desse projeto, um
mais plano, perto de uma nascente e outro um local que possui uma declividade
maior.

Nesse local, que é mais plano, será destinado à produção animal, o cultivo do
eucalipto e sabiá.

No local mais declivoso, será realizado os consórcios entre coco e banana,

citros e maracujá e o consórcio entre macaxeira e batata-doce.
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- Preparo da área

Área declivosa
Na área declivosa, onde serão cultivadas as culturas do coco, banana, citros,
maracujá, macaxeira e batata-doce, será feito uma análise química do solo, para
com base nesse resultado, ser realizado eventuais correções do solo, como
calagem, gessagem e adubação de correção de algum nutriente que possa estar
escasso.

Será feito a limpeza do local, sendo removido pedras, lixos e outras coisas
que possam prejudicar o plantio.

Área mais plana (produção animal e plantação de eucalipto )

A produção de eucalipto será para suprir a demanda de madeira para queima
nas padaria e oléria e a criação de gado leiteiro para suprir a demanda de leite in
natura na região onde será produzido 30 litros de leite diário um litro de leite e
vendido a 6 reais a sua renda diária será 180 reais por dia, o gado leiteiro será
aproveitado o esterco para adubação orgânica, será implantado nessa área um
aviário na produção de ovos de galinha capoeira orgânicos para suprir a demanda
orgânica da região.

Será implantado uma por si ca para criação de suínos para corte onde será
alimentado com macaxeira e ração de qualidade com a criação de 15 porcos com
um retorno econômico depois de 6 meses.

- Plantio

Consórcio entre coco e banana

Neste consórcio, serão aproveitadas as plantas que já estão presentes no

local, na área que será plantada, no caso os coqueiros (coco anão).

Os coqueiros terão um espaçamento de 9 m x 9 m. Entre uma linha de

coqueiro e outra será plantado duas fileiras de bananeiras, a cada 3,5 m será
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plantada uma linha de bananeira, que depois de 2 metros terá outra linha da mesma
frutífera, com um espaçamento entre planta de 2 metros.

Para plantar as mudas de coqueiro, será preparado com 30 dias antes do

plantio, covas de 80 x 80 x 80 centímetros, e será adicionado adubo orgânico para
preparar o local para plantio. Após isso, as mudas serão fixadas no solo, sem
enterrar o caule e depois de 30 dias será feito outra adubação orgânica.

Para plantar as bananeiras, serão feitas covas de 30 x 30 x 30 centímetros,

após a implantação das mudas.

Consórcio entre citros e maracujá

Os citros plantados serão laranja e tangerina, sendo aproveitado as plantas
que já estão presentes no local. O maracujá cultivado será o maracujá amarelo.

O espaçamento dos citros será de 7 metros entre fileiras e 4 metros entre

plantas. Entre uma linha de citros e outra será plantado duas fileiras de maracujá, a
cada 2,5 m será plantada uma linha de pés de maracujá, que depois de 2 metros
terá outra linha da mesma frutífera, com um espaçamento entre planta de 2 metros.

As mudas dos citros serão plantadas em covas que terão uma dimensão de
40 x 40 x 40 centímetros. As mudas deverão ser plantadas em dias nublados, para
favorecer seu pegamento. Mudas com 1 ano de idade, elas serão colocadas nas
covas com o colo acomodado na cova, com o colo acima do nível do solo, com
cerca de 5 centímetros.

As mudas de maracujá serão plantadas no sistema de espaldeira, estacas de

2,5 metros de altura (50 centímetros delas enterradas no solo) são fincadas a cada
2 metros para proporcionar apoio a arames no topo dos mourões, que vão segurar
as plantas. As estacas podem ser de madeira, retiradas da própria parcela, da
florestal sabiá.
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As mudas serão plantadas quando estiverem entre 15 a 30 centímetros de

altura. Serão plantadas em covas de 50 centímetros de profundidade e 60
centímetros de diâmetro.

Consórcio entre macaxeira e batata-doce

A macaxeira será plantada com um espaçamento de 1,5 metro entre linhas e
1 metro entre plantas. Entre uma fileira e outra de macaxeira, na metade desse
espaçamento de 1,5 metro, será plantada uma linha de batata-doce, com
espaçamento de 50 centímetros entre plantas.

Para macaxeira, serão utilizadas as manivas obtidas da colheita e poda do

cultivo já presente no assentamento, manivas de 25 a 30 centímetros de
comprimento e 1,5 a 2,5 cm de diâmetro. Serão plantadas como a maniva deitada,
com sulcos de 40 centímetros de altura.

Para plantar a batata doce será utilizado ramas presentes já no lote e

também em outras parcelas caso a quantidade não supra a necessidade.
Destaca-se aqui a importância de se manter uma boa relação com os vizinhos. Será
plantado em leiras, com 40 centímetros de altura.

Plantio de eucalipto
O plantio será ecológico será feito no solo o análise químico e uma calagem
para corrigir o solo logo após adquirir mudas de qualidade, o espaçamento 10X10
M para fazer a correlação com o capim para o gado.

Plantio de sabiá
É recomendado plantar uma muda a cada 40 a 50 cm, tendo em vista o
diâmetro do torrão, com aproximadamente 30 cm na cova, com o espaçamento de
1M em na divisa de toda a área.

- Tratos culturais

Irrigação
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Um dos principais, senão o principal problema da parcela para uma boa

produção é o acesso a água. Então implantar um sistema de irrigação e que seja de
baixo custo é fundamental para o sucesso dos cultivos.

Foi observado no local, que existe uma nascente na parte mais baixa e plana
da parcela, então o objetivo será levar essa água até a parte mais alta e declivosa,
onde se encontrará os consórcios.

Para implantar um sistema de irrigação de baixo custo para os agricultores

será necessário os seguintes dados: tamanho da área (medir largura e
comprimento); distância da entrada da área até o rio ou represa; medida da
diferença de nível entre a nascente e a área que será irrigada.

Os componentes para uma irrigação de baixo custo para os agricultores da

parcela será: conjunto motor e bomba, que pode ser a óleo, a gasolina ou a
eletricidade, no nosso ponto de vista, será mais viável ser a óleo ou gasolina;
Sucção e linha de recalque, formada por tubos de metal ou PVC, para levar a água
da nascente até a área a ser irrigada; Linhas laterais formadas por tubos de PVC ou
polietileno de baixa densidade (PEBD), para conduzirem água até os emissores;
Conexões de PVC e PEBD, tais como registros, curvas e tês, para distribuírem a
água; Emissores que vão ser colocados ao longo das linhas laterais, para que a
água finalmente molhe a terra e as plantas (FERREIRA; ALISSON; PEREIRA DA
SILVA, [s.d.]).

A água será puxada da nascente pelo conjunto motobomba através da linha

de sucção. Após ser puxada do rio, a água ganha pressão e é conduzida pela linha
de recalque até a entrada da área de plantio, encontrando a linha principal que pode
ser divida em dois lados da área (esquerdo e direito) e distribuir a água para as
linhas laterais. Nas linhas laterais estão instalados os emissores responsáveis pela
aplicação da água no solo e na planta. Os emissores utilizados serão os
microaspersores (FERREIRA; ALISSON; PEREIRA DA SILVA, [s.d.]).

A água succionada é conduzida até a entrada da área através da linha de

recalque. Na entrada da área, a água encontra a linha principal. A linha principal
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distribui a água para as linhas laterais, onde se encontram os emissores que

aplicam água no solo e na planta.

Para as culturas de porte mais alto (coco, citros) será colocado um

microaspersor em cada planta. Para as outras culturas será dividido um
microaspersor para duas ou mais plantas, a depender da proximidade delas. Para
um microaspersor funcionar bem, será necessário uma pressão equivalente a 13
metros ou mais de diferença de nível entre o reservatório e a área a ser irrigada
(FERREIRA; ALISSON; PEREIRA DA SILVA, [s.d.]).

Para reduzir os custos, tendo em vista que serão muitas plantas para esse
sistema, será recomendado a utilização de mangueiras de 4 mm de diâmetro ou
aquela que é usada para conectar e conduzir água da mangueira de polietileno de
16 ou 18 mm para o microaspersor.

Para fazer esses microaspersores artesanais será necessário: Cortar 10 cm

de mangueira de 4 mm de diâmetro interno; Soldar uma das pontas de forma a
fechar essa ponta; Fazer dois ou três cortes imediatamente abaixo da ponta
soldada. Os cortes são feitos com uma faca na horizontal. Os três cortes são feitos
contornando a mangueira. Em vez de fazer cortes, pode-se fazer furos contornando
a mangueira próximos da ponta soldada; e o microaspersor artesanal já estará
pronto e o próximo passo é inserir uma conexão na ponta não soldada e inseri-lo na
mangueira de 16 mm. Depois de pronto, é só inserir o microaspersor artesanal na
mangueira (linha lateral).

As irrigações serão feitas de acordo com a necessidade das culturas, e

sempre pela manhã. Se o solo estiver sempre muito úmido, será feita a irrigação dia
sim, dia não. Vale ressaltar que será importante manter a matéria orgânica e
cobertura morta na superfície do solo, ajudando assim, na retenção da água e
aumentando a umidade do solo.

Adubação
Para adubação, somente fontes orgânicas. Será utilizado principalmente os
estercos produzidos pelos próprios animais criados nas parcelas. Também existe a
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possibilidade de fazer uma possível parceria com a Usina Santo Antônio, para
fornecimento de torta de filtro e vinhaça. A vinhaça seria uma ótima opção para
fornecimento de Potássio (K). A torta de filtro não se faz tão necessária, porque o
esterco já consegue fornecer uma quantidade maior de Nitrogênio (N). A crotalária
plantada também ajudará nesse processo de adubação.

Cobertura morta
Também será importante a manutenção da cobertura morta, para deixar o
solo protegido, ajudando no controle da erosão (hídrica e eólica), manter o solo
úmido por mais tempo, ajudando na retenção de água. Será utilizado as plantas
espontâneas que forem retiradas das capinas, depois de secas para não
rebrotarem, e aquelas que não têm sementes. E também as plantas que forem
plantadas para adubação verde, e restos de podas das plantas que estiverem
sadias (restos culturais de plantas doentes podem introduzir patógenos no solo e
infectar as plantas sadias).

Manejo de plantas espontâneas

Deve ser feito capinas quando as plantas espontâneas estiverem
atrapalhando o desenvolvimento das plantas. Somente retirar as que estiverem
competindo nutrientes com as plantas, mantendo as demais, promovendo um
manejo agroecológico de plantas espontâneas.

Manejo ecológico de pragas e doenças

A área deverá ser monitorada continuamente para observar se existe a
presença de pragas ou doenças. Se existir, deverá ser feito um manejo
agroecológico das pragas e doenças, dessa maneira, em nenhum momento será
utilizado defensivos agrícolas (agrotóxicos), e sim preparados alternativos e outras
estratégias do MEP (Manejo Ecológico de Pragas e Doenças) ou MAP (Manejo
Agroecológico de Pragas e Doenças) como por exemplo preparados alternativos e
poda fitossanitária.

Esses tratos culturais, se aplicam a todas as culturas.

Coco
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Os principais tratos culturais a serem feitos nos coqueiros serão: adubações

de cobertura; toalete, desbaste de frutos e manejo de plantas daninhas; irrigação; e
controle de pragas e doenças.

Adubações de cobertura: essa adubação é importante para suprir possíveis

carências nutricionais da cultura que podem surgir com o passar do tempo. A
primeira será feita 3 meses após o plantio das mudas, e após mensalmente, de
acordo com com análise química do solo. As plantas que já estão na parcela
também devem receber esse trato cultural.

Toalete: este trato cultural consiste na remoção das folhas mais velhas das
plantas, isso deverá ser feito mensalmente e deverá ser feito em todas as fases da
cultura.

Desbaste de frutos: este processo de seleção dos frutos deverá ser iniciado
bem cedo, quando estes se encontram em desenvolvimento, ou seja, quando os
frutos estiverem com tamanho aproximadamente igual ao de uma laranja. Essa
seleção será obtida fazendo-se o desbaste, ou seja, a retirada do excesso de frutos,
de tal maneira que cada planta permaneça com, no máximo, 20 frutos por cacho.

Banana
Os principais tratos culturais da bananeira são: desbaste, desfolha,
escoramento da planta, eliminação do coração e da última penca, ensacamento do
cacho e corte do pseudocaule após a colheita.

Desbaste: o desbaste é uma prática que envolve a remoção de cachos

excessivos para que os frutos remanescentes recebam nutrientes suficientes para
um desenvolvimento adequado. Isso contribui para o crescimento de frutos mais
uniformes e de melhor qualidade.

Desfolha: a desfolha é a remoção de folhas velhas ou doentes da planta.

Isso ajuda na aeração da planta, reduz a incidência de doenças fúngicas e facilita a
inspeção visual para detectar problemas de saúde nas plantas.
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Escoramento da Planta: O escoramento é a prática de apoiar as plantas de

banana, especialmente durante a fase de frutificação, para evitar que se dobrem
sob o peso dos cachos. Isso é importante para prevenir danos às plantas e garantir
uma produção mais eficiente.

Eliminação do Coração e da Última Penca: a eliminação do coração da

planta é uma prática realizada para controlar a propagação de doenças,
especialmente aquelas causadas por fungos, como o Mal-do-Panamá. A retirada da
última penca também pode ser feita para concentrar os nutrientes nas pencas mais
jovens, melhorando sua qualidade.

Ensacamento do Cacho: o ensacamento do cacho é uma técnica usada

para proteger os frutos da ação de pássaros, insetos e adversidades climáticas.
Sacos plásticos são colocados em torno dos cachos em desenvolvimento para
garantir frutos mais limpos e de melhor qualidade.

Corte do Pseudocaule após a Colheita: após a colheita, o pseudocaule

(talo da planta) é frequentemente cortado para permitir que novos brotos se
desenvolvam. Esses novos brotos irão formar o pseudocaule para a próxima safra
de bananas.

Citros

Um dos principais tratos culturais dos citros é a poda para moldar a copa das
árvores e melhorar a penetração de luz. Também é importante a remoção de galhos
doentes, danificados ou mortos para promover a saúde das plantas.

Maracujá
Os principais tratos culturais do maracujá são: tutoramento, poda de
formação.

Tutoramento: para o tutoramento, será feito desbaste nos brotos, deixando

apenas o mais vigoroso, que será a haste principal. Esta haste deve ser conduzida
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até o arame com um tutor, que pode ser de madeira, cordão ou barbante, o que for
mais viável para os produtores.

Poda de formação: Quando a haste principal ultrapassar o arame superior

cerca de 20 cm, a ponta deve ser cortada para quebrar a dominância apical e forçar
a brotação das gemas laterais. Assim que as gemas tiverem brotado, devem ser
escolhidos dois brotos, logo abaixo do fio de arame, que vão formar os cordões ao
longo do arame. Quando esses ramos laterais crescerem, estes devem ser
conduzidos ao longo do fio de arame, um para a direita, outro para a esquerda. Isso
garante uma melhor circulação do ar e maior penetração de luz, o que favorece a
sanidade da planta (“Maracujá: tratos culturais”, [s.d.]).

Macaxeira e batata-doce
Para essas culturas, os tratos culturais serão aqueles que são aplicáveis a
todas essas plantas que estão sendo cultivadas (irrigação, adubação, manutenção
da cobertura morta, manejo de plantas espontâneas e controle de pragas e
doenças, tudo isso de maneira agroecológica, promovendo a sustentabilidade.

Tratos culturais do eucalipto e sabiá

Eucalipto: adubação (fertilização orgânica em doses apropriadas),

desramas, desbastes, controle de plantas espontâneas , pragas e patógenos.

Sabiá: adubação orgânica com esterco bovino, 1 kg por cova; Limpeza

manual e “coroamento” das mudas e roço entre linhas.

- Colheita, beneficiamento e armazenamento

Para a colheita, beneficiamento e armazenamento dessas culturas agrícolas,

o coco anão, banana nanica, citros (laranja e tangerina), maracujá, macaxeira e
batata-doce, serão realizadas práticas específicas para cada cultura. Serão
armazenados na Agrovila, sendo levados para este local em caminhãozinho de
carroceria.
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Coco
Os frutos serão colhidos quando estiverem maduros, quando estiverem entre
11 a 12 meses após o florescimento. Os cocos serão cortados dos cachos com a
ajuda de facões ou serras, a depender do que o produtor tiver disponível. É
interessante usar uma corda contendo um gancho, utilizada para amarrar e descer o
cacho, e uma escada, para quando os cachos se encontram na parte alta da planta.
A colheita deve ser feita com o auxílio de duas pessoas, uma para cortar e outra
para segurar e descer o cacho

Os cocos podem ser retirados dos cachos para facilitar o transporte. Os

cocos serão armazenados em um local fresco e arejado. É interessante
comercializar o mais rápido possível, para evitar perdas por apodrecimento dos
frutos

Banana

A banana não pode ser colhida madura, pois é muito sensível ao transporte
e, além disso, depois de madura, tem um tempo muito pequeno de conservação.
Para dividir o trabalho, a colheita deve ser efetuada por duas pessoas. Enquanto um
corta parcialmente o pseudocaule à meia altura entre o solo e o cacho, o outro evita
que o cacho atinja o solo, segurando-o pela ráquis ou aparando-o sobre o ombro.
Uma pessoa corta então o engaço e o cacho é transportado até o carreador sobre
travesseiro de espuma, colocado no ombro do segundo operário.

Os cachos serão separados em unidades menores e limpos superficialmente

para remover resíduos. Deve ser armazenado em ambientes frescos e arejados,
evitando exposição ao sol e temperaturas extremas. Pode ser armazenado na
AgroVila para esperar o transporte e comercialização.

Citros

A colheita dos citros é um processo delicado que requer atenção aos

detalhes. Os frutos devem ser colhidos no estádio de maturação ideal para
consumo. Em geral, os frutos podem ser colhidos por torção do pedúnculo e
arranquio ou por meio de tesouras ou alicates de colheita. O arranquio é um método
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mais rápido, mas que promove maior grau de danos aos frutos, principalmente na
região peduncular, favorecendo a entrada de patógenos e a perda de água. É
recomendado evitar a colheita de frutos nas primeiras horas da manhã, quando
ainda estão túrgidos ou com orvalho ou ainda molhados de chuva.

Os frutos serão colocados em caixas, sendo colocados apenas os melhores

para comercialização. O armazenamento adequado de citros é crucial para manter a
qualidade dos frutos após a colheita. Os frutos devem ser mantidos em refrigeração
para aumentar sua durabilidade pós-colheita, evitar microrganismos, preservar o
brilho da casca e manter o frescor do produto. A temperatura, o tempo e a umidade
variam entre cada tipo de citros. A laranja pode ser mantida de 3 a 8 semanas em
temperatura de 3 a 9°C e umidade relativa do ar de 85 a 90%. Já a tangerina
costuma ser armazenada de 2 a 4 semanas, de 4 a 7°C e umidade de 90 a 95%. No
começo, pode ser inviável para o produtor proporcionar essas condições de
temperatura para os frutos, então é interessante vendê-los o mais rápido possível, e
futuramente investir em um local próximo a propriedade que possa fazer esse
controle de temperatura e umidade. Deve ser armazenado em caixas específicas
para isso, e mantidas perto da propriedade, até a comercialização.

Maracujá

A colheita deve ser feita quando os frutos estiverem maduros, com a casca
amarela e ligeiramente enrugada. Os frutos devem ser recolhidos frequentemente, a
intervalos de não mais que três ou quatro dias, para evitar perdas por desidratação
ou doenças.

O beneficiamento consiste em lavar, classificar, embalar e rotular os frutos,

de acordo com os padrões de qualidade exigidos pelo mercado. Os frutos devem
ser manuseados com cuidado, para evitar danos mecânicos que possam
comprometer sua conservação. O armazenamento deve ser feito em locais frescos,
ventilados e protegidos da luz direta do sol.

Macaxeira e batata-doce

A colheita das raízes de macaxeira para consumo da própria família será feita
a partir de 6 meses após o plantio, a depender da necessidade. Para
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comercialização in natura, será colhida a partir de 8 meses após o plantio. Para

produção de farinha, a partir de meses após o plantio. A batata-doce será colhida
entre 90 a 120 dias após o plantio. Ambas serão colhidas manualmente e com ajuda
de facões para cortar as raízes.

Para o beneficiamento, operações de limpeza, seleção, classificação e

embalagem das raízes da batata-doce e as macaxeiras que serão comercializadas
para consumo in natura.

O armazenamento das raízes é um desafio para os agricultores familiares,

pois elas são perecíveis e podem sofrer danos por pragas, doenças, ressecamento.
Uma alternativa é armazenar as raízes em galpões bem ventilados, em caixas que
permitam a circulação de ar, e com recipientes com água para manter a umidade
relativa mais alta.

Armazenamento da produção animal

Temperatura de armazenamento: A temperatura do leite deve atingir

temperatura igual ou inferior a 4°C, pois essa temperatura garante a redução da
taxa de multiplicação de microrganismos e das alterações químicas do leite.

Os ovos devem estar armazenados em locais frescos, arejados e distantes

de produtos que exalam odores fortes.

- Transporte e comercialização

Para transporte e comercialização do coco e banana, será procurado fazer

uma parceria com a COOPAQ.

Para os citros, os frutos podem ser comprados pelo Programa de Aquisição

de Alimentos (PAA), que compra a produção de citros dos agricultores familiares e
destina aos programas sociais, garantindo renda aos produtores e segurança
alimentar à população carente. Também podem ser vendidos para feirantes da
região ou até mesmo o próprio produtor criar uma barraca para vender na feira mais
próxima. Podendo alugar um caminhão para o transporte dos citros e também da
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macaxeira para consumo de mesa, batata-doce e maracujá. Também será feito

farinha a partir da macaxeira para comercialização.

O transporte do eucalipto será feito pelo proprietário onde será vendido

lenha para padarias e cerâmicas, sabia será vendida para amigos de lotes com
finalidades de cercas.

Transporte e comercialização da produção animal

Transporte será feito pelo proprietário do lote com um carro aberto de
carroceria para entrega em supermercados, padarias e feira livre.
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CROQUI DO PROJETO

Legenda:
Essa é uma representação dos 6 hectares (empírica), à esquerda, no
quadrado verde claro, a produção de eucalipto, pasto, sabiá e também a criação de
animais. Esse retângulo perto dessa linha azul claro (que representa a água da
nascente) é a criação de porco. O retângulo que está mais acima é o aviário, onde
está a criação de galinhas. No outro retângulo, que está mais afastado dos demais,
é o curral, onde vai ser tirado o leite

Pontos marrons: representam o plantio da sabiá.

Pontos pretos do quadrado da esquerda (verde claro): representam o

plantio de eucalipto e o verde claro, o pasto.

Duas fileiras de pontos pretos e uma fileira de pontos de cor azul claro
no meio das duas fileiras de pontos pretos: os pontos pretos representam os
coqueiros e os pontos azuis, as duas linhas adensadas de bananeira. Será um total
de 440 coqueiros e 2.200 bananeiras, ocupando uma área de 8.910 m².
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Duas fileiras de pontos amarelos e duas de pontos vermelhos: os pontos

vermelhos são os pés de macaxeira e os amarelos são os pés de batata-doce. Será
um total de 24.000 pés de macaxeira e 12.000 pés de batata-doce, ocupando uma
área de 9.000 m².

Duas fileiras de pontos de cor azul escuro e uma fileira de pontos roxos
no meio das duas fileiras de pontos de cor azul escuro: as duas fileiras de
pontos de cor azul escuro representam os citros, e os pontos de cor roxa representa
as duas fileiras de maracujá que serão plantadas entre duas fileiras de citros, de
maneira adensada. Será um total de 1.284 pés de citros (metade laranja e a outra
metade tangerina) e 2.568 pés de maracujá, ocupando uma área de 8.988 m².

Os demais pontos presentes perto das fileiras de citros e maracujá, foram

erro na elaboração do croqui.

O retângulo presente nesse quadrado (quadrado verde escuro) representa o

viveiro de 30 metros quadrados, para produção de mudas.

Os pontos presentes acima do retângulo do viveiro, representam a parte dos

3 hectares que sobrou. Nessa área será feito a produção de composto orgânico,
com tudo o que for descartado da produção em todo o lote, para promover ainda
mais a sustentabilidade, sendo esse composto utilizado para a adubação das
plantas depois de bem curtido.
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CONSIDERAÇÕES FINAIS

Vale ressaltar que tudo será aplicado com o passar do tempo, de acordo com
as condições da família. Aos poucos, o projeto será aplicado.

Com o passar do tempo, será perceptível a mudança na vida das pessoas da

família, com a produção agroecológica das culturas e a criação dos animais, o
acesso a água para irrigação em toda a área cultivada, a comercialização do que for
produzido. Se espera que a renda da família aumente consideravelmente e
futuramente eles possam cultivar outras culturas para rotacionar com as já
presentes.

Ao longo do projeto, temos a meta de não apenas o florescimento de

colheitas saudáveis e livres de agrotóxicos, mas também a construção de uma
comunidade agrícola mais coesa e consciente. A troca de conhecimentos entre os
agricultores, aliada às práticas agroecológicas, resultará em sistemas de produção
mais resilientes e adaptáveis às condições locais. A diversificação de cultivos e a
integração de técnicas sustentáveis não apenas aumentam a segurança alimentar,
mas também promovem a conservação do solo e da biodiversidade.

Além dos aspectos agronômicos, é importante ressaltar o impacto social

positivo que pode ser alcançado por meio deste projeto. O fortalecimento da
identidade cultural dos agricultores familiares, aliado à valorização dos produtos
locais, contribui para a construção de uma narrativa mais ampla sobre a importância
da agricultura familiar na promoção da segurança alimentar e no desenvolvimento
sustentável.

Por fim, as considerações finais deste projeto não podem deixar de destacar
a importância da continuidade e ampliação dessas iniciativas. A base agroecológica
estabelecida na parcela de beneficiamento representa não apenas um modelo
viável e eficaz de produção, mas também uma promissora abordagem para lidar
com desafios globais, como as mudanças climáticas e a preservação dos recursos
naturais. Ao investir no apoio contínuo a projetos similares, estaremos não apenas
investindo no futuro da agricultura, mas também promovendo um modelo de
desenvolvimento mais sustentável e inclusivo para as comunidades rurais.
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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