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Relatório Final

Dados do Relatório
Nome do Plano ESTUDO DO IMPACTO DA EROSÃO NO SOLO EM UMA ESTRADA NÃO
PAVIMENTADA NO MUNICÍPIO DE GOIÂNIA, COMO REFERÊNCIA A ANÁLISE DE
CONSERVAÇÃO EM PERÍODOS DISTINTOS

Nome do Estudante JANAINA MOREIRA MENDES

Orientador(a) MARCELO TSUYOSHI HARAGUCHI

Projeto de Pesquisa COMPORTAMENTO DO SOLO DE UMA ESTRADA NÃO PAVIMENTADA NO


MUNICÍPIO DE GOIÂNIA, COMO REFERÊNCIA A ANÁLISES DE CONSERVAÇÃO

Grupo de Pesquisa GESTÃO E MODELAGEM DE RECURSOS HÍDRICOS

Introdução
O objetivo principal ao se planejar uma estrada não pavimentada deve ser para o baixo custo, que sua
superfície seja segura para o deslocamento de veículos e que seu leito seja resistente ao desgaste pelo
tráfego e pela erosão sempre levando em consideração no planejamento como: localização, formas de
utilização, condições topográficas e recursos disponíveis para sua construção (GRIEBELER, 2009).

As estradas sem pavimentação, também são chamadas de estradas vicinais ou estradas rurais são as
principais ligações entre as propriedades rurais e povoados vizinhos, que facilita o acesso a vias
principais. Podendo encontrar estradas destinadas exclusivamente a movimentação interna das
propriedades rurais, que possuem como principal função o trânsito de moradores, máquinas,
equipamentos e produtos agrícolas até as estradas não pavimentadas. Permitindo o acesso da população
rural a serviços básicos, como saúde, educação, comércio e lazer reduzindo o êxito rural (GRIEBELER,
et al 2009)

Essas estradas são classificadas como estrada radial, são as estradas que interligam a sede do município
com o seu limite ou até município vizinho. Estrada transversal e as que interligam estradas do tipo radial.
Caminho ou carregador são vias de acesso de uso mais restrito, que interligam e permite o acesso entre
glebas isoladas até uma via municipal, estadual ou federal (ZOCCAL & SILVA, 2016).

Com os efeitos da erosão em estradas não pavimentadas podem ser reduzidos a partir da adoção de
medidas que minimizam os problemas que ocorrem com escoamento superficial da água, gerados
localmente ou nas áreas adjacentes. Os canais de escoamento possuem uma grande importância na
implantação do sistema de drenagem, podendo ser chamados de sarjetas. É uma estrutura construída a
margem das estradas, com a função de coletar e conduzir as águas provenientes do escoamento
superficial da própria estrada. Tem por finalidade os canais de serem estalados corretamente para drenar
a água das estradas, evitando que o escoamento atinja a velocidade erosiva que seja capaz de degradar o
canal de drenagem e causar danos as condições de tráfego da estrada (BAESSO & GONÇALVES, 2003).
As estradas devem ser pensadas levando em consideração a preservação ambiental, protegendo e
conduzindo as águas de modo que haja diminuição da degradação ambiental. São diversas as práticas
utilizadas para conter a ocorrência da erosão, sendo divididas, quanto as suas características de
implantação e atuação em práticas edáficas, vegetativas e mecânicas. Algumas dessas, sobretudo as
mecânicas, têm a vantagem do dimensionamento permitindo que sejam adaptadas as diferentes condições
de solo, relevo e clima o que já não acontece com as práticas vegetativas, as quais são utilizadas para
proteção do solo. Com isso as estradas não pavimentadas ao longo do tempo sofrem modificações,
devido ao crescimento da vegetação rasteira geralmente envolvendo erosão. Diante dessas mudanças a
estrada acaba sofrendo inclinação no solo, devido ao escoamento superficial e vegetações que danificam
o local, essas estradas devem sempre está sendo monitorada para que não cheguem em situações críticas
(JERSZURKI, I, & SCHULTZ, 2018).

A malha rodoviária brasileira não pavimentada, que atualmente se encontra de 1,3 milhões de
quilômetros de extensão tem um papel socioeconômico fundamental (DNIT, 2015) E tem como missão
implementar a política de infraestrutura de transporte contribuindo para o desenvolvimento sustentável
do país, com manutenções técnicas para identificar os problemas e apontar soluções é uma medida
importante para garantir suas boas condições para que os veículos possam se locomover em uma estrada
de qualidade.

Objetivo Geral
É estudar o comportamento de uma estrada não pavimentada no município de Goiânia-Go, avaliando as
condições de uso da estrada em seu estado e a causa da possibilidade de erosão pelo escoamento superficial de
águas pluviais.

Objetivos Específicos
Como objetivos específicos pretende-se: Realizar uma revisão literária sobre o seguinte tema; Analisar os efeitos
causados pelo impacto e erosão no solo, de uma estrada não pavimentada em períodos distintos; Realizar os
seguintes ensaios de secagem prévia ao ar livre, massa específica, limites de plasticidade e liquidez,
granulometria compactação, expansão, CBR e ensaio de permeabilidade de acordo com a associação brasileira
de normas técnicas de mecânica dos solos ou Embrapa; Realizar estudos dos ensaios geotécnicos para obter
informações dos possíveis recursos para a qualidade da estrada não pavimentada;

Materiais e Métodos

Nessa primeira etapa da pesquisa, foi desenvolvido o estudo e as aplicações de estradas não
pavimentadas. Sendo realizado a caracterização da área em um determinado trecho da estrada, que está
localizado no município de Goiânia-GO tendo como referência as estradas da GO 462 saída para o
município de Nova Veneza para fazer a coleta das amostras.

Figura 1 – Coleta de Amostra do Ponto 3 Secagem Prévia


Preparação para Ensaios de Caracterização: Teor de Umidade

Materiais padrão para preparação de amostras para ensaios de Teor de Umidade, segue na norma padrão
ABNT NBR 6457/2016 as aparelhagens.

De acordo com a norma, tomou-se certa quantidade de material em função da dimensão dos grãos
maiores contidos na amostra. Tomada a amostra de solo, pesou-se e em seguida efetuou-se a
homogeneização por meio do destorroamento, utilizando um fundo coletor e duas peneiras de 2 mm e
4,75 mm respectivamente. Peneirou-se a amostra coletada duas vezes. Conforme a Figura 2.

Figura 2– Processo de Destorroamento até o último

material retido na peneira 4,75 mm.

Determinação de Massa Específica (ABNT NBR 6508/1984)

Materiais padrão para o ensaio de Massa Específica, segue conforme a ABNT NBR 6508/1984 as
aparelhagens. A norma preconiza tomar, 250 g de amostra que foi preparada de acordo com ABNT NBR
6457. Levou-se para a peneira de 4,75 mm. Após esse processo a norma prevê recolher-se uma
quantidade de 50 g para solos argilosos e siltosos e 60 g solos para solos arenosos. Tendo a (massa inicial
de solo M1), após esse período de 12 horas e o material homogeneizado, coloca-se o material no copo de
dispersão e deixa por 15 min em movimento.

Determinação do Limite de Liquidez (ABNT 6459/2016)

Materiais padrão para preparação das amostras para o ensaio do Limite de Liquidez segue conforme a
ABNT NBR 6459/2016. A norma prevê que o primeiro passo é a verificação do aparelho casagrande.
Conforme a norma preconiza separar metade da amostra, colocar em uma cápsula de porcelana e ir
umedecendo aos poucos com água destilada e amassando-a em vigor por 15 a 30 minutos.

Nas etapas seguintes prendeu-se o solo na concha, até 2/3 da altura da concha. Iniciou-se as voltas na
manivela, para efetuar as batidas até a ranhura se fechar, e todas as amostras devem ser retiradas no lugar
que a ranhura se fechar e coloca na cápsula e pesa-se.

Figura 3 - Momento em que a ranhura se fecha


Determinação do Limite de Plasticidade (ABNT NBR 7180/1984)

Materiais padrão para preparação de amostras para ensaios de Limite de Plasticidade, segue conforme a
ABNT NBR 7180/1984. Para o preparo da amostra seguiu-se a norma ABNT NBR 6457. Após a coleta
da amostra de 200g passou-se na peneira de 0,48mm. Após o último peneiramento, o material passante
foi colocado em um recipiente de porcelana e foi adicionado água aos poucos e amassando o solo até
formar uma pasta homogênea. Em seguida retirou-se 10 g de material, começou a rolar sobre uma placa
de vidro com a palma da mão até chegar em uma forma semelhante ao do cilindro gabarito. Em seguida
transfere-se amostra para a cápsula e pesa-se massa úmida e coloca na estufa. Após 24 horas retira-se da
estufa e pesa-se massa seca.

Figura 4 - Utilização do Gabarito Cilíndrico confeccionar a amostra

Granulometria e Classificação dos solos (ABNT NBR 7181/1984)

Materiais padrão para preparação de amostras para ensaio de granulometria está prescrito na ABNT NBR
7181/1984. Primeiramente se inicia-se pelo peneiramento grosso. Pega-se uma quantidade de (10.000g)
de amostra de solo, sendo esse valor que se refere a massa total do solo seco (Mt). Logo após a
estufa peneira-se a amostra de solo pelas peneiras de número 1,2mm; 0,6mm; 0,25mm; 0,15mm; 0,075
mm, tendo como para cada amostra retida nas peneiras, pesa-se a fração retida.

Figura 5 – Processo de peneiramento fino


Ensaios de Compactação, Expansão e CBR

Materiais padrão para preparação de amostras para ensaios de Compactação, Expansão e CBR está
prescrito na ABNT NBR 7182. Os cilindros usados no ensaio foram da empresa Betusolos Geotecnia e
Consultoria. Por conseguinte, foi dividida a amostra de solo em cinco porções, que prevê as cinco
camadas de compactação para o cilindro grande, com número de 12 golpes e uma altura de do disco
espaçador de 63,5mm. Logo após imergir-se o corpo de prova no tanque e efetua-se as leituras a cada
24h, dentro de 4 dias. Obtendo-se leitura e expansão do solo confinado lateralmente. Conforme a norma
deve-se retirar o CP da imersão após o período de embebição e deixar escoar por 15minutos.

Figura 6 – CP em Imersão

Ensaio da Determinação do Coeficiente de Permeabilidade de Solos Argilosos a Carga Variável


(NBR 14545/2000) ou Embrapa para carga constante.

De acordo com a NBR 14545/2000 foram utilizados os seguintes materiais para a realização do ensaio da
Determinação do Coeficiente de Permeabilidade de Solos Argilosos a Carga Variável que se consta na
norma ou EMBRAPA para carga constante. Foi realizado pelo método do corpo de prova indeformado
que vai talhar com as dimensões desejadas, determinando suas dimensões e massa (M), com resolução de
0,1g ou anéis volumétricos.

Figura 7 – Permeâmetro
Os pontos estudados foram distribuídos da seguinte forma

1ºponto - Bordo esquerdo da pista (BE) – Trecho 1(0 a 100m);


2ºponto - Bordo Direito da pista (DD) – Trecho 2 (100 a 200m);
3ºponto - Eixo da Pista (EP) – Trecho 3 (200 a 300m);
4ºponto - Bordo Esquerdo da pista (BE) – Trecho 4 (300 a 400m);
5ºponto - Eixo da Pista (EP) – Trecho 5 (400 a 500m);
6ºponto - Bordo direito da pista (BD) – Trecho 6 (500 a 600m).

Resultados
Teor de Umidade

Por motivo de perda do material ocasionado de forma desconhecida no laboratório de hidráulica da


Pontifícia Universidade Católica de Goiás. Após realiza-se o preparo da Amostra descrita na
metodologia, é possível produzir os cálculos conforme a norma para o Teor de umidade.

(Eq
- 1)

Onde:

h (%) = percentual de teor de umidade;

mi = massa do solo úmido mais a massa do recipiente, em gramas (g);

tara = massa do recipiente/cápsula;


mf = massa do solo seco, mais a massa do recipiente em (g).

Massa Específica

Os resultados apresentados logo a seguir, é a média de cada ponto de acordo com os resultados obtidos
ao longo da análise do mesmo trecho analisado.

Limite de Liquidez

Em função da perca do material, foi realizado os cálculos somente de alguns pontos. Após todo processo
de preparação da amostra conforme a ABNT NBR 6457 foi possível obter os valores dos seguintes
pontos 01, 03 e 06 conforme as tabelas 3, 4 e 5.

Tabela 3 – Determinação do Limite de Liquidez do Ponto 01.


Tabela 4 – Determinação do Limite de Liquidez do Ponto 03.

Tabela 5 – Determinação do Limite de Liquidez do Ponto 06.

Gráfico 1 - Ponto 01
Gráfico 2 - Ponto 03
Gráfico 3 - Ponto 06

Limite de Plasticidade

Conforme a ABNT NBR 7180/1984 Determinação do Limite de Plasticidade foi realizado ensaios da
amostra do solo em estudo, utilizando dados apresentados nas tabelas a seguir.

Tabela 6 – Determinação do Limite de Plasticidade do Ponto 01


Tabela 7 – Determinação do Limite de Plasticidade do Ponto 03.
Tabela 8– Determinação do Limite de Plasticidade do Ponto 06.
Granulometria e Classificação dos Solos

No peneiramento grosso iniciou-se pelo índice de umidade das cápsulas amostradas. Organizou-se os
valores de massa total da amostra Mt em gramas, o teor de umidade adotado em porcentagem, e a massa
total seca em gramas. Para as fórmulas apresentadas na tabela, conforme as tabelas 9, 10 e 11 a seguir:

Tabela 9 – Dados Sistematizados – Peneiramento Grosso e Fino – Ponto 01

Tabela 10– Dados Sistematizados – Peneiramento Grosso e Fino – Ponto 03

Tabela 11 – Dados Sistematizados – Peneiramento Grosso e Fino – Ponto 06


Fonte: Planilhas de Compactação Betusolos Geotecnia (2020).

A seguir tem-se valores das tabelas 12, 13 e 14

Tabela 12 –Dados Sistematizados pertinentes ao Peneiramento Grosso e Fino – Ponto 01.

Tabela 13–Dados Sistematizados pertinentes ao Peneiramento Grosso e Fino – Ponto 03.

Tabela 14 –Dados Sistematizados pertinentes ao Peneiramento Grosso e Fino – Ponto 06.


Fonte: Planilhas de Compactação Betusolos Geotecnia (2020).

Compactação, Expansão e CBR

Para produzir o gráfico da Curva de Compactação, é necessário determinar os cinco pontos da curva,
referente aos cinco cilindros analisados. onde, possivelmente dois deles estarão na zona seca (ramo da
esquerda da curva), um próximo à umidade ótima e os outros dois na zona úmida (ramo da direita da
curva). Os valores que foram calculados estão nas tabelas 15, 16 e 17 abaixo marcado de amarelo.

Tabela 15 – Dados do Ensaio de Compactação coletados durante o ensaio do Ponto 1


Tabela 16 – Dados do Ensaio de Compactação coletados durante o ensaio do Ponto 3

Tabela 17 – Dados do Ensaio de Compactação coletados durante o ensaio do Ponto 06


Fonte: Planilhas de Compactação Betusolos Geotecnia (2020).

Para as leituras de expansão, conforme a norma preconiza, foi observado a cada 24 horas os cilindros.
Somente 3 cilindros de cada ponto foi verificado, correspondente a água que foi adicionada de 10,7%,
12,7% e 14,7%, que irá compor as Tabelas para determinação do percentual de expansão do solo.

Tabela 18 – Valores do ensaio de Expansão Ponto 01


Tabela 19 – Valores do Ensaio de Expansão do Ponto 03.

Tabela 20 – Valores do Ensaio de Expansão do Ponto 06.


Para a determinação do CBR ou como é conhecido no Brasil, ISC (Índice de Suporte Califórnia), foi
efetuada as leituras previstas na prensa da penetração em mm e da leitura do extensômetro também em
mm, como indicadas no Quadro 2 da norma, e demostradas na Tabela 21, 22 e 23 deste relatório para o
cilindro de 12,7 por cento de umidade.

Tabela 21 – Leitura na Prensa para Determinação do ISC do Ponto 01.


Tabela 22 – Leitura na Prensa para Determinação do ISC do Ponto 03.

Tabela 23– Leitura na Prensa para Determinação do ISC do Ponto 06.


Fonte: Planilhas Betusolos Geotecnia (2020).

Ensaio da Determinação do Coeficiente de Permeabilidade de Solos Argilosos a Carga Variável


(NBR 14545/2000) ou Embrapa para carga constante.
Tabela 24 – Resultados dos Pontos Utilizados

Discussão
Teor de Umidade

A média obtida do Teor de Umidade dos pontos apresentados na Tabela 1 são de 4,87%, 4,42% e 4,93%
respectivamente. Em comparação com os limites para teor de umidade preconizados na ABNT NBR
6457 e por CAPUTO (1994), estes valores estão dentro dos limites de umidade ótima presumível.

Massa Específica

De acordo com os valores da Tabela 2 a Massa Específica do solo está dentro do parâmetro como
especifica a norma de 0,02g/cm³ e dos valores previstos para solo argiloso (0,90 a 1,25 g/cm³). Pode
afirmar que, quanto mais elevada for a densidade do solo, maior será sua compactação e menor sua
porosidade total, fator positivo quando parametrizado em relação à compactação na engenharia civil.

Limite de Liquidez

Conforme os gráficos 1, 2 e 3 analisados anteriormente, foi possível obter a umidade do limite de


liquidez, a partir da qual o solo tem comportamento líquido, é referente a WL = 29% para o solo argiloso
de estudo do Ponto 01, WL = 32% para o solo do Ponto 03 e WL = 30% para o solo do Ponto 06. Estes
valores representam a presença de característica dos finos da argila, porém não de uma forma tão
expressiva quando comparado com os resultados para solos argilosos.

Limite de Plasticidade

Para o cálculo da média dos Índices de Plasticidade do ensaio laboratorial realizado:

O solo de estudo pode ser classificado, através do índice de plasticidade, como medianamente plástico
por apresentar índice de plasticidade entre sete e quinze ( 7 # Ip # 15), de acordo com a classificação
exprimida por CAPUTO (1988).

O limite de Plasticidade da amostra de solo argiloso será a média dos valores encontrados para os três
grupos:
Este valor é importante para a compreensão do conceito de que este tipo de solo, argiloso, se comporta
como plástico até um certo limite, caracterizado pelo Limite de Plasticidade.

Granulometria e Classificação dos Solos

De acordo com as Tabelas 9, 10, 11, 12, 13 e 14 mostra que o percentual passante, passante resentou
partículas menores, que representa um cascalho com presença de finos de diâmetro maiores que 9,52mm.
Os resultados alcançados mostram que o percentual passante na peneira de 0,075mm foi bem
considerável.

Com todo os dados em mãos, traçou-se automaticamente a curva granulométrica do solo estudado
conforme os Gráficos 1, 2 e 3 adiante:

Gráfico 4 – Distribuição Granulométrica – Ponto 01

Gráfico 5 – Distribuição Granulométrica – Ponto 03

Gráfico 6 – Distribuição Granulométrica – Ponto 06


Através dos Gráficos de Distribuição Granulométrica, podemos observar no Ponto 01 uma Composição
de 56% de Pedregulho, 32% de Areia e 12% de Silte + Argila. No Ponto 03, uma Composição de 58% de
Pedregulho, 32% de Areia e 10% de Silte + Argila e no Ponto 06, uma Composição de 75% de
Pedregulho, 15% de Areia e 10% de Silte + Argila.

Compactação

Conforme os dados apresentados nas tabelas 15, 16 e 17. Pode-se afirmar que, quanto mais elevada for a
densidade do solo, maior será sua compactação e menor sua porosidade total. Diante desses dados foi
possível gerar os gráficos do ponto 07, 08 e 09 que expressa a curva de compactação dos solos estudado.

Gráfico 7 – Ponto 01.

Gráfico 8 – Ponto 03.

Gráfico 9 – Ponto 06.

Fonte: Planilhas de Compactação Betusolos Geotecnia (2020).

Esses gráficos representam que a densidade máxima do solo estudado é de valor equivalente à 1,53 kg
/cm³, para uma umidade ótima de 18,20% referente ao cilindro de número 5 do Ponto 01, densidade
máxima do solo estudado de valor equivalente à 1,43 kg/cm³, para uma umidade ótima de 17,60%
referente ao cilindro de número 40 do Ponto 03 e densidade máxima do solo estudado de valor
equivalente à 1,54 kg/cm³, para uma umidade ótima de 18,20% referente ao cilindro de número 63 do
Ponto 06. Estes valores são considerados ótimos pela definição do processo de compactação, que consiste
na redução dos vazios do solo, aumentando a resistência do mesmo.

Conforme as tabelas 18, 19 e 20 foi gerado os gráficos do ponto 01, 03 e 06. Com isso o percentual de
expansão é encontrado através da equação presente na norma ABNT NBR 9895 conforme a expansão
através da Eq. 3

Para #h como sendo a variação da altura do material após a expansão, e h a média das alturas do cilindro
medidas pelo paquímetro.

Apresenta-se o também os gráficos para as curvas de expansão:

Gráfico 10 – Curva Expansão x Intervalo de Tempo, Ponto 01

Gráfico 11 – Curva Expansão x Intervalo de Tempo, Ponto 03.

Gráfico 12 – Curva Expansão x Intervalo de Tempo, Ponto 06.


Portanto o solo analisado é considerado expansível, porém com um percentual bem pequeno de
expansão. Para Silva (2012), uma amostra para ser considerada expressiva sua expansão deve ser
referente a um valor de 27,5%.

ISC

Nos ensaios produzidos, os solos apresentaram um índice de CBR inferior ao indicado pelo DNIT.
Diante disso significa que os solos não são satisfatórios para fins de pavimentação. Sendo que o solo
empregado deve apresentar um índice percentual maior a fim de prover uma resistência necessária.

Coeficiente de Permeabilidade de Solos Argilosos a Carga Variável

Foi realizado pelo método do corpo de prova indeformado que vai talhar com as dimensões desejadas,
determinando suas dimensões e massa (M), com resolução de 0,1g ou anéis volumétricos.

Com a análise dos resultados é possível constatar que ao longo de 600 m de estradas não pavimentadas
ocorre variação significativa na condutividade hidráulica. A declividade descendente ocorre do 1° ao 6°
ponto e não houve relação direta com o aumento ou estabilidade dos valores de condutividade hidráulica.
Isso demostra que mais dados seriam necessários para determinar uma média significativa.

Conclusão
Diante dos ensaios geotécnicos realizados, foi possível obter resultados favoráveis de acordo com os
cálculos realizados. Diante das pesquisas feitas sobre o assunto, foi obtido técnicas e soluções para
solucionar os problemas de erosão nas estradas não pavimentadas. Portanto é necessário que as estradas
não pavimentadas tenham um bom monitoramento, manutenção e também possuir canais de escoamento
para auxiliar no sistema de drenagem, para que o escoamento superficial possa escoar de forma correta
para evitar erosão nas estradas não pavimentadas, essas técnicas ajudam a evitar erosão em períodos
distintos.

Referências
ABNT - Associação Brasileira de Normas Técnicas (1984). Solo – Determinação do limite de liquidez,
NBR 6459. Rio de Janeiro, 6p.

ABNT - Associação Brasileira de Normas Técnicas (1984). Solo – Determinação do limite de


plasticidade, NBR 7180. Rio de Janeiro, 3p.

ABNT - Associação Brasileira de Normas Técnicas (1984). Solo – Análise granulométrica, NBR7181.
Rio de Janeiro, 13p.

ABNT- Associação brasileira de normas técnicas (2016). Solo- Ensaio de compactação, NBR 7182. Rio
de Janeiro, 13p.

ABNT- Associação brasileira de normas técnicas. Solo – Índice de Califórnia (ISC) – Método de ensaio,
NBR 9895. Rio de Janeiro,14p, 2017.

ABNT- Associação brasileira de norma técnicas (2016). Solo – Preparação para ensaios de compactação
e ensaios de caracterização, NBR 6457. Rio de Janeiro, março.

ABNT- Associação brasileira de normas técnicas (1984). Solo – Determinação da massa específica,
grãos que passam na peneira de 4,8mm, Outubro.

ABNT – Associação brasileira de normas técnicas (2000). Solo – Determinação do coeficiente de


permeabilidade de solos argilosos a carga variável, NBR 14545. Rio de Janeiro,12p, julho.
BAESSO, D. P; GONÇALVES, F. L. R. Estradas Rurais: Técnica adequadas de manutenção.
Florianópolis, DER, 2003. 236p.

DNIT. (2015) Departamento nacional de transporte.

GRIEBELER, N.P. Estradas não Pavimentadas. Práticas mecânicas de conservação de água e solo.
volume 4, 2009, 2-3p.

GRIEBELER, N.P, et al. Erodibilidade e Tensão Crítica de Cisalhamento em Solos de Estradas não
Pavimentadas. Revista brasileira de engenharia agrícola e ambiental, Campina Grande, vol 13,12/2009, 2-
2p.

JERSZUKI, L; DOS SANTOS; SCHULTZ, G.B. Simulação de Escoamento e Produção de Sedimentos


de um Trecho de Estrada não Pavimentada. XII Sinageo, 2018, 2-2p.

ZOCCAL, J. C & SILVA, P. A. Adequação de Erosão em Estradas Rurais. Soluções, 2016, 31-32p.

Práticas mecânica dos solos; estradas não pavimentadas; disponível em:

<https://<capacitacao.ead.unesp.br/dspace/bitstream/ana/62/8/Unidade_4.pdf>; acesso em: 15 de abril de


2020.

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