Fisiologia Ëdüårdå Tx

Pressão a curto e a longo prazo

Pressão a curto prazo:
Introdução:
- O ajuste do fluxo sanguíneo ocorre mais de
acordo com as necessidades de cada tecido. Dessa
forma, o controle nervoso da circulação tem
funções mais globais.
–Os mecanismos que mantem a pressão arterial
constante são:
diminuir a velocidade do fluxo pelos tecidos. A
inervação das veias torna possível para a
estimulação simpática diminuir seu volume.
–A estimulação simpática aumenta a atividade
cardíaca, tanto pelo aumento da frequência
cardíaca quanto pelo aumento da força e do
volume de seu bombeamento.

Neurais: curto prazo

Hormonais: médio prazo
Renais: longo prazo
Sistema nervoso autônomo:
-O sistema nervoso simpático cuida da regulação
da circulação e, o sistema nervoso parassimpático
regula as funções cardíacas.
Sistema nervoso simpático:
- As fibras vasomotoras
simpáticas saem da
medula espinal pelos
nervos espinais torácicos e
pelo primeiro ou dois
primeiros nervos
lombares. Depois, seguem
para a circulação por meio
de duas vias: nervos
simpáticos específicos que
inervam a vasculatura das
vísceras intestinais e o
coração e, para os
seguimentos periféricos
dos nervos espinais,
distribuídos para as áreas
periféricas.
–Todos os vasos, exceto os
capilares, são inervados. A
inervação das pequenas artérias e arteríolas
permite a estimulação simpática, para aumentar a
resistência ao fluxo sanguíneo e, portanto,
O papel do sistema nervoso:
-Uma das funções mais importantes do controle
nervoso da circulação é sua capacidade de causar
aumentos rápidos da pressão arterial. Para isso,
todas as funções vasoconstritoras e
cardioaceleradoras do SNS são estimuladas
simultaneamente. Ao mesmo tempo, ocorre a
inibição de sinais inibitórios parassimpáticos
vagais para o coração.
A grande maioria das arteríolas da
circulação sistêmica se contrai, o que
aumenta muito a resistência periférica
total, elevando a pressão arterial.
As veias em especial se contraem
fortemente, essa constrição desloca o
sangue para fora dos grandes vasos
periféricos em direção ao coração, que
aumenta o volume das câmaras. Dessa
forma, o estiramento do coração
aumenta a força de batimentos,
bombeando maior quantidade de
sangue. Esse efeito também eleva a
pressão arterial.
O coração é estimulado pelo sistema
nervoso autônomo, aumentando ainda
mais o bombeamento. Grande parte
desse aumento do bombeamento é
provocada pelo aumento da frequência
cardíaca.
-O controle nervoso é certamente o mecanismo
mais rápido de regulação da pressão arterial. Ele

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duplica a frequência em 5 a 10 segundos e reduz
ela até a metade da normal em 10 a 40 segundos.
O sistema BARORRECEPTOR:
- O reflexo barorreceptor é mais conhecido dos
mecanismos nervosos de controle da pressão
arterial. Esse reflexo é desencadeado por
receptores de estiramento, barorreceptores,
localizados em pontos específicos das paredes de
grandes artérias sistêmicas. O aumento da pressão
arterial estira os barorreceptores, fazendo com
que eles transmitam sinais para o SNC. Sinais de
feedback são enviados de volta pelo sistema
nervoso autônomo para a circulação, reduzindo a
pressão arterial ao normal.
–Os barorreceptores são terminações nervosas do
tipo buquê localizadas nas paredes das artérias e
são estimuladas pelo estiramento. Nas paredes de
todas as grandes artérias nas regiões torácicas e
cervical existem poucos barorreceptores, contudo,
eles são extremamente abundantes na parede de
cada artéria carótida interna (no seio carotídeo) e
na parede do arco aórtico.
–Os barorreceptores respondem rapidamente às
alterações da pressão arterial, a frequência dos
impulsos aumenta em fração de segundo durante
cada sístole e diminui novamente ao longo da
diástole. Além disso, eles respondem com muito
mais rapidez às variações da pressão que à
pressão estável.
–Os sinais dos barorreceptores carotídeos são
transmitidos pelos nervo de Haring para os
nervos glossofaríngeo e depois para o núcleo do
trato solitário na região bulbar. Já os sinais dos
barorreceptores aórticos são transmitidos pelos
nervos vagos para o mesmo núcleo do trato
solitário do bulbo.
–Depois que os sinais dos barorreceptores
chegaram ao núcleo do trato solitário do bulbo,
sinais secundário inibem o centro vasoconstritor
bulbar e excitam o centro parassimpático vagal.
Gerando os efeitos:
Vasodilatação das veias e das
arteríolas em todo o sistema
periférico.
Diminuição da frequência e da força
da contração cardíaca, dessa forma a
excitação dos barorreceptores por altas
pressões nas artérias provoca a
diminuição reflexa da pressão arterial
devido à redução da resistência
periférica e do débito cardíaco. Ao
contrario, a baixa pressão tem efeito
oposto provocando a elevação reflexa
as pressão arterial de volta ao normal.
- A capacidade dos barorreceptores de manter a
pressão arterial relativamente constante na parte
superior do corpo, é importante quando a pessoa
fica em pé, após ter focado deitado.
Imediatamente após a mudança de posição, a
pressão da cabeça e da parte superior do corpo
tende a diminuir e, a acentuada redução dessa
pressão poderia provocar a perda da consciência.
Contudo, a queda da pressão nos barorreceptores
ocasiona reflexo imediato, resultando em forte
descarga simpática em todo o corpo, o que
minimiza a queda de pressão na cabeça e na parte
superior do corpo.
–Como o sistema dos barorreceptores se opõe aos
aumentos ou às diminuições da pressão arterial ele
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é chamado de sistema de tamponamento aproximadamente igual da eliminação de
pressórico. sódio, que é o fenômeno da natriurese de

Pressão a longo prazo:

Introdução:
- O sistema nervoso simpático desempenha um
papel muito importante na regulação à curto prazo
da pressão arterial. Entretanto, o corpo também
tem mecanismos ao longo prazo, que estão
relacionados à homeostasia do volume de líquido
corporal. Essa tarefa é realizada por múltiplos
controles nervosos e hormonais e por sistemas de
controle local nos rins
pressão.
Sistema rim-líquidos Feedback:
-Durante um período prolongado, o débito de
corporais: água deve ser igual à ingestão. O ponto de
- O controle da pressão arterial atua lenta, mas equilíbrio, onde duas linhas se encontram,
poderosamente. Se o volume sanguíneo aumenta e demonstra isso graficamente.
a capacitância vascular não é alterada, a pressão –Se a pressão arterial se eleva para
arterial se elevará também. Essa elevação fará 150mmHg, o débito renal de água e sal é
com que os rins excretem o volume excessivo, quase 3 vezes maior que a ingestão, dessa
normalizando, assim, a pressão. forma o corpo perde líquido, e o volume
–Quando a pressão aumenta em demasia, o rim sanguíneo e a pressão arterial diminuem.
simplesmente excreta o volume excessivo pela Alem disso, esse equilíbrio negativo de
urina, reduzindo a pressão. Sob baixas pressões, o líquidos não cessará até que a pressão caia até
rim excreta menos líquido do que é ingerido. De atingir o ponto de equilíbrio. Já se a pressão
fato, a elevação da pressão arterial no ser humano arterial cair abaixo do ponto de equilíbrio, a
por apenas alguns mmHg pode duplicar o débito ingestão de água e de sal passa a ser maior
renal de água, um fenômeno chamado diurese de que o débito. Portanto, o volume do líquido
pressão, bem como duplicar a eliminação de sal, o corporal aumenta junto com o volume
que é chamado de natriurese de pressão. sanguíneo, e a pressão arterial se eleva de
–No ser humano, o sistema rim-líquidos corporais novo até atingir o ponto de equilíbrio. Esse
é mecanismo fundamental para o controle a longo retorno da pressão arterial sempre ao ponto de
prazo da pressão arterial. equilíbrio é princípio da resposta por
feedback quase infinto, para regulação da
Quantificação da diurese de pressão arterial pelo mecanismo rim-líquidos
pressão como base para o controle corporais.
da pressão arterial:
-No ser humano, sob pressão arterial de
50mmHg, o débito urinário é praticamente
nulo. Sob 100mmHg, seu valor é normal e,
sob 200mmHg é cerca de 6 a 8vezes maior
que o normal. Além disso, o aumento da
pressão arterial não eleva apenas o débito
urinário, mas provoca também a elevação

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 Determinantes:
- Dois fatore básicos determinam o nível da
pressão arterial a longo prazo:
1. O grau de desvio da pressão na curva do
débido renal de água e sal
2. O nível de ingestão de água e de sal.
-Assim, é impossível alterar a pressão arterial
média a longo prazo sem alterar um ou os dois
determinantes básicos da pressão arterial a longo
prazo. Entretanto, se qualquer um desses
determinantes forem alterados, percebe-se que a
presão arterial é regulada em um novo nível, onde
as duas novas curvas se cruzam.
Curva de débito renal:
-Uma característica importante da natriurese
da pressão é que variações crônicas da
pressão arterial, com duração de dias ou
meses, exercem efeito muito maior no débito
renal de sal e água do que o observado
durante variações agudas de pressão. Assim
quando o rins estão funcionando
normalmente, a curva do débito renal crônico
é bem mais íngreme do que a curva aguda.
–Os efeitos potentes do aumento crônico da
pressão arterial no débito urinário ocorrem
porque a pressão aumentada tem efeitos
diretos e indiretos. A pressão aumentada
diminui a atividade do sistema nervoso
simpático e de vários hormônios, tais como a
angiotensina II e a aldosterona, que tendem a
reduzir a excreção de sódio e água. A ação
reduzida desses sistemas antinatriuréticos,
amplifica a eficácia da natriurese e da diurese
de pressão no aumento da excreção de sal e
água, durante aumentos crônicos.
Inversamente, quando a pressão é reuzida, o
sistema nervoso simpático é ativado, e a
formação de hormônios antinatriuréticos é
aumentada, somando-se ao efeito direto na
redução da pressão de diminuir o débito renal
de água e sal. Essa combinação de efeitos
diretos da pressão nos rins e efeitos indiretos
no sistema nervoso simpático, bem como em
vários sistemas hormonais, tornam a
natriurese e a diurese da pressão
extremamente potentes no controle de longa
duração da pressão arterial e do volume dos
líquidos corporais.
Incapacidade:
- A pressão arterial é igual ao débito cardíaco
multiplicado pela resistência periférica total.
Dessa forma, fica evidente que o aumento na
resistência periférica total deveria elevar a
pressão arterial. De fato, quando a resistência
periférica total se eleva de forma aguda, a
pressão arterial aumenta de imediato.
Entretanto, se os rins continuarem a funcionar
normalmente, a elevação aguda da pressão
arterial, em geral, não é mantida. Ao
contrário, retorna ao normal em cerca de um
dia.
–Para esse fenômeno acontecer é importante
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 que o aumento da resistência vascular nos fim, como a pressão arterial é igual ao débito
vasos sanguíneos, em qualquer parte do corpo cardíaco multiplicado pela resistência periférica
exceto nos rins, não altera o ponto de total, o aumento secundário desta, resultante da
equilíbrio do controle da pressão sanguínea, autorregulação, contribui para a elevação da
que é ditado pelos rins. Esses começam a pressão arterial.
responder imediatamente à alta pressão
arterial, provocando diurese e natriurese de
pressão. Após algumas horas, grande
quantidade de sal e de água é eliminada pelo
corpo, e esse processo se mantém até que a
pressão arterial retorne ao nível da pressão em
equilíbrio.
–Muitas vezes, quando a resistência periférica
total aumenta, ela também aumenta a
resistência vascular intrarrenal ao mesmo
tempo, o que altera a função dos rins,
podendo causar hipertensão por deslocar a
curva de função renal para nível mais alto de
pressão. Entretanto, o aumento da resistência
renal é o fator causal e não a resistência
periférica total elevada.
Aumento do volume:
-O aumento o volume do líquido extracelular
pode elevar a pressão arterial, se a capacidade
vascular não for aumentada ao mesmo tempo.
Os eventos sequencias são:
1. Elevação do volume do líquido
extracelular. A importância do sal (NaCl):
2. Elevação do volume sanguíneo -O aumento da ingestão de sal tem
3. Aumento da pressão média de probabilidade muito maior de elevar a pressão
enchimento da circulação arterial que a elevação da ingestão de água.
4. Elevação do retorno venoso para o –O acúmulo de sal no corpo também eleva o
coração volume de líquido extracelular por dois
5. Aumento do débito cardíaco motivos:
6. Aumento da pressão arterial, que 1. Com o aumento de sal no líquido
aumenta a excreção real de sal e extracelular, a osmolalidade do líquido
água e pode fazer voltar para quase aumenta, estimulando o centro de sede no
normal o volume extracelular, se a encéfalo, fazendo com que a pessoa tome
função renal estiver normal. maior quantidade de água. Elevando o
volume do líquido extracelular.
-O fenômeno da autorregulação significa 2. Aumento da osmolalidade, estimula o
simplesmente a regulação do fluxo sanguíneo pelo mecanismo secretor do hipotálamo-
próprio tecido. Quando o aumento do volume hipófise que passa a liberar maior
sanguíneo eleva o débito cardíaco, o fluxo quantidade de hormônio antidiurético
sanguíneo se eleva em todos os tecidos do corpo, (ADH). Esse hormônio faz com que os rins
assim, esse mecanismo de autorregulação contrai reabsorvam mais água pelos túbulos
os vasos sanguíneos em todo o corpo, o que por renais, reduxindo o volume excretado de
sua vez, eleva a resistência periférica total. Por

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 urina e elevando o volume do líquido
extracelular.
-Assim, por essas razões a quantidade de sal
acumulada no corpo é o principal determinante
do volume do líquido extracelular.
Hipertensões:
- A hipertensão primária é aquela que a causa é
desconhecida. Já a hipertensão secundária a sua
causa é identificada e, geralmente resulta de
apneia do sono, doença renal crônica ou
aldosteronismo primário.
Hipertensão crônica:
-A pressão arterial média é maior que o limite
superior da medida aceita como normal. A
pressão arterial média acima de 110mmHg (o
normal é 90mmHg) é considerada
hipertensiva. Na hipertensão grave, a pressão
arterial média pode se elevar para 150
a170mmHg, com pressão diastólica de até
130 mmHg e sistólica até 250mmHg. Mesmo
a elevação moderada causa redução da
expectativa de vida.
Hipertensão por sobrecarga de
volume:
- Geralmente é ocasionada pela redução da
massa renal com aumento simultâneo na
ingestão de sal.
Hipertensão causada por excesso
de aldosterona:
-A aldosterona aumenta a intensidade da
reabsorção de sal e água pelos túbulos renais,
reduzindo a eliminação dessas substância na
urina e aumenta o volume de sangue e do
líquido extracelular. Consequentemente a
hipertensão se desenvolve.
justaglomerulares dos rins, situada
principalmente nas paredes das arteríolas
aferentes imediatamente próximas aos
glomérulos.
–Quando a pressão arterial cai, muitas moléculas
de pró-renina são clivadas, liberando, a maior
parte de, renina na corrente sanguínea que
perfunde os rins para circular no corpo inteiro,
entretanto, a outra pare permanece nos rins onde
exercem diversas funções intrarrenais.
–Ela age enzimaticamente sobre outra proteína
plasmática, o angiotensinogênio, que vira
angiotensina I. essa tem ligeira propriedade
vasoconstritora, mas não suficiente. Então é
clivada em angiotensina II nos pulmões. Essa é
um vasoconstritor muito potente e atua em muitas
áreas do corpo. Ela exerce dois efeitos capazes de
aumentar a pressão arterial, o 1º é a
vasoconstrição nas diversas áreas do corpo, a
vasoconstrição se da de um modo muito intenso
nas arteríolas e com menor intensidade nas veias.
E, a 2ª é a diminuição da excreção de sal e de
água pelos rins, o que eleva o volume do líquido
extracelular, o que amenta a pressão arterial.

Sistema renina angiotensina:

-A renina é enzima proteica liberada pelos rins
quando a pressão arterial cai para níveis muito
baixos. Sua resposta consiste em elevar a pressão
arterial de diversos modos, contribuindo para a Ëdüårdå Tx
correção da queda inicial.
–A renina é sintetizada e armazenada em forma
inativa chamada pró-renina nas células
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