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Auditoria - Escolhas Múltiplas

1. A auditoria externa tem por objectivo principal:


a) Auxiliar a organização a melhorar o seu desempenho.
b) Dar credibilidade às demonstrações financeiras.
c) Dar uma opinião sobre a qualidade do sistema de controlo interno.
d) Avaliar o desempenho do orgão de gestão.

2. Em Portugal estão sujeitas a Certificação Legal das Contas


a) As sociedades anónimas acima de certa dimensão.
b) As sociedades anónimas cotadas na Bolsa de Valores.
c) Todas as cooperativas.
d) Todas as sociedades anónimas e certas sociedades por quotas.

3. A relação entre Auditor Interno e organização:


a) é baseada num contrato de trabalho.
b) assenta num contrato de prestação de serviços.
c) dá origem a um contrato de trabalho ou a um contrato de prestação de serviços conforme acordado
préviamente entre as partes.
d) não pode ter suporte documental para assegurar a independência do auditor.

4. O conceito de independência quando aplicado à auditoria externa significa que:


a) O auditor externo apenas responde perante a assembleia-geral.
b) A opinião do auditor externo sobre as DF não foi influenciada pela entidade auditada.
c) Não existe uma relação económica com a entidade auditada.
d) O auditor externo não está subordinado hierarquicamente a nenhuma das àreas analisadas.

5. A responsabildade pela preparação e divulgação de Demonstrações Financeiras auditadas é:


a) do Orgão de Gestão.
b) do Contabilista Certificado.
c) do Auditor Financeiro.
d) da Assembleia Geral.

6. As Normas de Auditoria que constituem hoje a referência a nível internacional para o exercício
da actividade são as normas:
a) do American Institute of Certified Public Accountants.
b) do American Institute of Internal Auditors.
c) da Internacional Federation of Accountants.
d) da Ordem dos Revisores Oficiais de Contas.

7. A 1ª norma do AICPA relativa ao trabalho de campo refere a necessidade de:


a) obter provas de auditoria através de técnicas adequadas.
b) planear e supervisionar adequadamente o trabalho.
c) avaliar o sistema de controlo interno

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d) emitir uma opinião sobre as Demonstrações Financeiras tomadas como um todo.

8. A actividade dos Revisores Oficiais de Contas está sujeita a Supervisão:


a) pela Ordem dos Revisores Oficiais de Contas.
b) pela Comissão Nacional de Supervisão de Auditoria.
c) pela Comissão do Mercado de Valores Mobiliários.
d) pela Autoridade Tributária.

9. Em que fase da Auditoria deverá ter sido tida em consideração a integridade do cliente?
a) Compromisso
b) Planeamento.
c) Execução.
d) Conclusão.

10. O risco de os procedimentos de auditoria poderem conduzir à conclusão de que nenhum erro
materialmente relevante existe em certo saldo ou classe de transacções quando de facto existe é
designado por:
a) Risco de auditoria.
b) Risco de detecção.
c) Risco de controlo.
d) Risco inerente.

11. Se o risco de controlo for alto o risco de detecção tem de ser?


a) Alto.
b) Baixo.
c) Médio.
d) Não há relação entre risco de controlo e risco de detecção.

12. Um programa de trabalho é um documento:


a)Que serve de guia à execução dos testes e procedimentos de auditoria.
b)Onde fica evidência do trabalho efectuado pelo auditor.
c) Que serve para minimizar os riscos de má compreensão da entidade relativamente às expectativas
do auditor.
d)Com sugestões para a melhoria do Sistema de Controlo Interno.

13. São componentes do sistema de controlo interno:


a) A confiança e integridade da informação e a salvaguarda dos activos.
b) O ambiente de controlo e a monitorização dos controlos.
c) A relação custo-benefício e as transacções invulgares.
d) A monitorização dos controlos e a relação custo-benefício.

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14. Entre os objectivos do Controlo Interno encontra-se:
a) a pré-numeração sequencial dos documentos.
b) a prevenção da fraude.
c) a definição da autoridade na empresa
d) a confiança e integridade da informação.

15. Entre os factores limitativos do controlo interno encontram-se:


a) a dimensão da empresa.
b) a necessidade de salvaguarda dos activos.
c) a obrigatoriedade existente quanto à numeração dos documentos
d) a crescente transmissão electrónica de dados.

16. A inventariação de existências é um procedimento específico de auditoria. A nível de


Procedimentos Gerais de Auditoria inclui-se no procedimento da:
a) Confirmação
b) Inspecção
c) Indagação
d) Circularização

17. todas as informações que o auditor considera importantes e que tenham de ser consultadas em
auditorias presentes e futuras são guardadas:
a) Na pasta corrente
b) No programa geral de auditoria
c) Na pasta permanente
d) No programa de trabalho

18. Para os auditores a prova mais credível é a prova:


a) gerada internamente e sem circulação externa.
b) gerada internamente e com circulação externa.
c) gerada externamente e obtida externamente.
d) gerada externamente e obtida internamente.

19. A avaliação da adequação do Sistema de Controlo Interno é feita:


a) Em simultâneo com o seu levantamento.
b) Através de testes de controlo.
c) Utilizando procedimentos substantivos.
d) Pela utilização de questionários padronizados.

20. Para obter prova de auditoria sobre distorções materialmente relevantes realizam-se:
a) testes substantivos.
b) testes de controlo.
c) procedimentos analíticos.
d) análises dos manuais de procedimentos contabilísticos e de medidas de controlo interno.

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Capítulo 1
1. O objetivo de auditoria financeira consiste em:

- Dar credibilidade às DF
2. A responsabilidade pelas asserções contidas nas DF respeita:

- Ao órgão de gestão da empresa


3. Os princípios de contabilidade geralmente aceites (pcga), que interessam a contabilistas
e auditores, constituem:

- Um conjunto de normas e convenções que guiam e orientam os contabilistas na preparação


das DF.

4. A certificação legal das contas é importante para os destinatários da informação


financeira, na medida em que:

- Lhes proporciona maior segurança na utilização da informação financeira


5. Não constitui uma competência exclusiva dos ROC:

- A fiscalização da gestão
6. A revisão/auditoria consiste num exame às DF de uma empresa ou entidade com o
objetivo de:

- Poder expressar uma opinião sobre as mesmas, tendo em conta uma determinada estrutura
conceptual de relato financeiro.

7. A auditoria interna tem como principal objetivo:

- Auxiliar os membros da organização no desempenho eficaz das suas responsabilidades


8. O que significa o conceito de independência quando aplicado à Auditoria Interna?

- Significa exercer a atividade de forma independente em relação às áreas objeto de análise.


9. O facto de uma sociedade por quotas se aditada pela primeira vez, decorre, na maioria
dos casos:

- Da dimensão da empresa
10. O ROC que integra o órgão de fiscalização de uma sociedade anónima:

- Está obrigado ao dever de vigilância previsto no CSC.


11. A OROC regulamenta a atividade de revisão/auditoria através de Normas Técnicas,
Diretrizes e Interpretações Técnicas. Para o ROC:

- Só as normas técnicas e as diretrizes são verdadeiramente obrigatórias.

12. Devemos entender por risco de deteção:

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- O risco dos procedimentos substantivos não permitirem detetar uma distorção materialmente
relevante existente num saldo de conta ou numa classe de transações.

13. Tendo presente os conceitos de risco e de materialidade pode dizer-se que:

- Quanto maiores forem os riscos inerentes e de controlo, menor deverá ser o risco de deteção

14. A materialidade e o risco são conceitos importantes na auditoria. Assim:

- Entre a materialidade e o risco de auditoria existe uma relação inversa.


15. O risco de controlo está associado:

- À qualidade do sistema de controlo interno


16. Os conceitos de materialidade, risco e evidência (prova) estão intrinsecamente
associados à atividade de auditoria. Nestas circunstâncias é verdade que:

- Quanto maior for o nível de materialidade menores serão os riscos de deteção e de auditoria.
17. Baixar o risco de deteção implica, a nível das amostras:

- Um aumento da sua dimensão


18. O risco de os procedimentos de auditoria poderem conduzir à conclusão de que
nenhum erro materialmente relevante existe em certo saldo quando de facto existe é
designado por:

- Risco de deteção
19. No que se refere ao conceito de materialidade qual das seguintes afirmações considera
correta?

- A materialidade é uma questão de julgamento profissional.


20. Os programas de trabalho são documentos de auditoria que se destinam:

- A servir de guia à execução dos testes de controlo e dos procedimentos substantivos.


21. Os programas de trabalho devem ser compostos pelas seguintes partes:

- Resumo dos procedimentos contabilísticos e das medidas de controlo interno; objetivos de


auditoria; procedimentos de auditoria.

22. Qual dos seguintes procedimentos é geralmente considerado um teste de controlo?

- Análise da autorização das notas de crédito para clientes.


23. Programas de trabalho são:

- Documentos destinados a servirem de guia à execução dos testes de auditoria.

24. Flutuações significativas e inesperadas identificadas através de procedimentos


analíticos devem conduzir:

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- A testes mais extensos por parte do ROC.
25. No contexto de uma auditoria de DF, “procedimentos substantivos” são procedimentos
que:

- Podem tomar a forma de testes a saldos, testes a transações e procedimentos analíticos.


26. A auditoria é desenvolvida a partir de amostras representativas, efetuando-se diversos
tipos de testes. Nestas circunstâncias, os procedimentos substantivos são testes que se
realizam para:

- Para detetar distorções materialmente relevantes nas DF.


27. O objetivo da realização de procedimentos analíticos na fase do planeamento de uma
auditoria é o de identificar a existência de:

- Transações e eventos não usuais.

28. Os procedimentos analíticos:

- Podem ser utilizados em todas as fases da auditoria, ainda que os objetivos possam ser
diferentes.

29. Entre os objetivos do controlo interno salientam-se os seguintes:

- O cumprimento das políticas, procedimentos, leis e regulamentos aplicáveis à empresa e a


confiança da informação financeira.

30. Entre os fatores limitativos do controlo interno encontram-se:

- A dimensão da empresa e a relação custo/benefício.


31. O controlo interno é importante em qualquer organização. Contudo, há fatores que o
limitam, a saber:

- A dimensão da empresa, as transações pouco usuais, a utilização da informática.


32. Não constitui limitação à existência de um bom sistema de controlo interno:

- A utilização económica e eficiente dos recursos.


33. No decurso do trabalho de auditoria, qual a sequência utilizada?

- Levantamento do do SCI; Testes de controlo; Testes substantivos.


34. A afirmação correta relativamente ao registo (documentação) do sistema de controlo
interno efetuado pelo auditor é:

- Nenhuma forma específica de documentação é exigida. Por outro lado, a sua extensão pode
variar consoante as circunstâncias.

35. Em auditoria, a prova é de relevante importância. Os papéis de trabalho destinam-se,


entre outros aspetos:

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- Permitir que o organismo profissional verifique que as normas de auditoria foram cumpridas.

36. O dossier permanente deve incluir, entre outros elementos:

- Os relatórios de avaliação de imóveis, seja ou não adotado o modelo do justo valor.


- Os estatutos da sociedade e todos os contratos relevantes, incluindo os de locação financeira.
37. Os papéis de trabalhoso documentos importantes na auditoria e têm por objetivo:

- Auxiliar o auditor na realização do seu trabalho e proporcionar prova do trabalho realizado.


38. A principal razão da indexação cruzada dos papéis de trabalho é a de:

- Servir de guia ao assistente, ao supervisor, e a qualquer outro profissional que, autorizado,


necessite de os consultar.

39. Fazem geralmente parte do dossier corrente:

- Os programas de trabalho e os mapas de ajustamentos e de reclassificações.


40. A declaração do órgão de gestão (management representation letter) solicitada pelos
ROC tem como objetivo:

- Obter prova de auditoria


41. A Declaração do órgão de gestão:

- Deve ser emitida a pedido do ROC e ter a mesma à data da CLC.

42. A principal razão para que um auditor obtenha evidência (prova) apropriada e suficiente
de auditoria é a de:

- Formar uma opinião sobre as DF.

43. No que se refere à credibilidade da prova pode afirmar-se que:

- Em princípio, a prova gerada fora da empresa e diretamente recebida pelo auditor é a mais
credível.

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Capítulo 3

1. A certificação legal das contas não modificada significa que:

- A mesma não inclui qualquer tipo de reservas nem ênfases.


2. Uma certificação legal das contas modificada:

- Pode incluir reservas por desacordo e/ou por limitações do âmbito.


3. Para concluir sobre a viabilidade futura de uma entidade:

- Deve tomar-se em consideração que nenhuma CLC constitui uma garantia de tal viabilidade.
4. Uma declaração de impossibilidade de certificação legal das contas pode ficar a dever-se
a:

- Situações de inexistência ou significativa insuficiência de matéria de apreciação.


5. A expressão “apresentam de forma verdadeira e apropriada” é utilizada pelos auditores:

- Na opinião que emitem, tendo em conta o processo de execução de uma auditoria.


6. A expressão “apresentam de forma verdadeira e apropriada em todos os aspetos
materialmente relevantes” utilizada pelos ROC na certificação legal das contas significa
que:

- Não transmitem uma certeza absoluta quanto à exatidão das DF, uma vez que trabalham com
base em amostras e tomam em consideração o conceito de erro tolerável.

7. Existindo uma divergência entre ROC e o órgão de gestão relativamente ao saldo das
perdas por impunidade acumuladas em contas a receber, mas cujo montante é inferior ao
nível de materialidade definido, o efeito na CLC será:

- Nenhum
8. Como sabe, em auditoria existem várias modalidades de opinião as quais são definidas
em função das conclusões do trabalho. Mas também pode existir escusa de opinião.
Quando tal se verifica o auditor deve considerar a seguinte expressão:

- Dada a relevância e significado dos efeitos das situações descritas nos parágrafos nº… acima,
não estamos em condições de expressar…

9. Num trabalho de auditoria a empresa aditada não autorizou que se procedesse à


circulação de alguns dos principais clientes. Na análise das operações subsequentes o
auditor constatou que 40% do saldo de clientes tinha sido recebido em Janeiro e Fevereiro.
Na certificação legal das contas a emitir, o auditor deverá apresentar:

- Uma opinião com reserva por limitação do âmbito.

10. De acordo com o balancete por idade de saldos e as informações obtidas do


responsável pelas cobranças, existem diversas contas a receber em situações de mora e
de cobrança muito problemática. O contabilista determina as imparidades de acordo com

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as regras fiscais, as quais totalizam 160000 e correspondem a 60% do total das dívidas.
Nestas circunstâncias o revisor/ auditor deve:

- Considerar na CLC uma reserva por desacordo, caso as imparidades não sejam reforçadas para
os níveis considerados adequados, independentemente de ser aceite ou não para efeitos fiscais.

11. A empresa X, Lda, tem vindo a depreciar todo o seu equipamento industrial com base
no método da linha reta (quotas constantes) e segundo o regime dos duodécimos. Por
razões de ordem fiscal, idênticos equipamentos adquiridos no último exercício foram
depreciados pelo método das quotas decrescentes e com base na taxa. Anual. A referida
alteração:

- Não é aceite pelo ROC dando lugar a uma reserva na CLC.

12. A expressão “Sem afetar a opinião no parágrafo anterior…” pode sugerir na CLC:

- Na parte destinada à descrição das ênfases

13. A expressão “excepto quanto à limitação descrita no parágrafo nº—-abaixo….” Pode


surgir na CLC:

- Na parte destinada à descrição do âmbito

14. Numa empresa em que mais de 90% das vendas respeitam a um único cliente, o ROC
deve:

- Divulgar a dependência existente através de uma ênfase, face ao risco envolvido.

15. Se um advogado se recusar a responder, não proporcionando informação sobre os


processos que lhe estão confiados, o ROC deve:

- Considerar tal recusa como uma limitação do âmbito do trabalho.

16. Na presença de uma certificação legal das contas sem reservas nemênfases pode
concluir-se que:

- As DF encontram-se preparadas de acordo com a estrutura conceptual de relato financeiro


aplicável à entidade em causa.

17. Uma certificação legal das contas pode ser modificada:

- Quando existam incertezas fundamentais ou aspetos que afetem a opinião.

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1. Na circularização de clientes o auditor tem como principal objetivo:


a) Confirmar que as entidades devedoras existem de facto.
b) Confirmar que as dívidas são pagas pelo cliente na data de vencimento das faturas.
c) Confirmar que as imparidades contabilizadas são suficientes.
d) Confirmar que as dívidas a receber existem.

2. Tendo em conta o objetivo subjacente à confirmação externa de contas a receber, o auditor


a) Deve selecionar os clientes a circularizar de forma aleatória.
b) Pode dispensar a circularização se for expetável que à data da emissão da certificação os
clientes já tenham pago.
c) Não deve indicar o saldo em dívida de modo a não influenciar a resposta.
d) Deve manter todo o controlo da circularização devendo os clientes responder diretamente ao
auditor, não obstante o pedido de confirmação ser formalmente feito e assinado por alguém
responsável da empresa auditada.

3. Na circularização de fornecedores o auditor tem como principal objetivo:


a) Confirmar que as entidades fornecedoras existem de facto;
b) Confirmar que as dívidas constantes do balancete existem de facto;
c) Confirmar os procedimentos adotados pela entidade auditada relativamente à contratação de
bens e serviços.
d) Confirmar que não existem passivos por reconhecer.

4. Entre os benefícios da auditoria inclui-se:


a) A garantia proporcionada quanto à qualidade da gestão.
b) A garantia proporcionada quanto à viabilidade da empresa.
c) A garantia proporcionada quanto à inexistência de erros e fraudes.
d) A credibilidade proporcionada relativamente à informação financeira.

5. Qualifica como entidade de interesse público: Pág 115


a) Qualquer entidade que preste serviços diretamente ao público.
b) Qualquer entidade considerada como grande empresa.
c) Qualquer estabelecimento que integre o setor da saúde ou do ensino;
d) Qualquer instituição de crédito.

6. Relativamente à rotação dos auditores pode afirmar-se que a mesma:


a) É obrigatória relativamente a todos os trabalhos de auditoria;
b) Apenas é obrigatória relativamente ao responsável pelo trabalho.
c) Apenas é obrigatória na auditoria a entidades de interesse público
d) É desejável que seja assegurada pela firma de auditoria mas em nenhuma circunstância é
obrigatória.

7. Das afirmações a seguir indicadas apenas uma se afigura correta. Identifique-a. Pág 245-248
Risco de Materialidade
a) Quanto maior for o risco de distorção material avaliado pelo auditor maior deve ser o risco de
deteção.
b) Quanto mais baixo for o risco de deteção considerado pelo auditor maior é a exigência ao nível
dos procedimentos de auditoria e respetiva supervisão.
c) O risco de controlo depende da compreensão que o auditor tenha do sistema de controlo
interno.
d) O risco inerente não tem impacto no risco de auditoria.

8. Das afirmações a seguir indicadas apenas uma se afigura verdadeira. Assinale-a.


a) As atividades de controlo e o cumprimento das leis e regulamentos são considerados
componentes do sistema de controlo interno.
b) O ambiente de controlo e os testes aos controlos são considerados componentes do sistema
de controlo interno.
c) A salvaguarda dos ativos e a relação custo-benefício constituem objetivos do sistema de
controlo interno.
d) As atividade de controlo e a monitorização dos controlos constituem componentes do sistema
de controlo interno.
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9. Fazem parte do dossier permanente, entre outros elementos:


a) As respostas obtidas dos clientes.
b) O balancete de antiguidade de saldos face à importância que tem na avaliação das perdas por
imparidade.
c) Os contratos de natureza plurianual celebrados com clientes.
d) Os ajustamentos e reclassificações apresentados à empresa.

10. Quanto à compreensão e registo do sistema de controlo interno pode afirmar-se que:
a) Só é necessário em empresas de grande dimensão face à impossibilidade de o auditor analisar
todas as transações.
b) O registo pode ser feito, entre outras formas, através de narrativas ou questionários
padronizados.
c) Perante um bom sistema de controlo interno, devidamente registado, o auditor pode dispensar
a execução de procedimentos substantivos.
d) A compreensão, registo e avaliação do sistema de controlo interno facilitam o trabalho de
auditoria mas não influenciam a forma como o mesmo é desenvolvido.

11. Das afirmações a seguir indicadas apenas uma não se afigura verdadeira. Indique-a:

a) Enquanto nas sociedades cotadas o revisor oficial de contas não pode integrar o conselho
fiscal ou órgão de fiscalização equivalente, nas sociedades que não são de interesse público o
próprio revisor é geralmente o fiscal único.
b) O revisor, ainda que contratado e pago pela entidade auditada, é independente relativamente
à empresa.
c) Nos casos em que o revisor oficial de contas é o fiscal único da sociedade, este emite a
certificação legal das contas e o relatório e parecer do fiscal único.
d) Uma sociedade que detenha auditores internos competentes e independentes, pode ser
dispensada da contratação de auditores externos.

12. No que se refere à credibilidade da prova pode afirmar-se que:


a) Regra geral, a prova gerada fora da empresa e diretamente recebida pelo auditor é a mais
credível.
b) A prova gerada dentro da empresa sem circulação externa é a mais credível, dado que não
está sujeita a quaisquer tipos de influências.
c) A prova obtida verbalmente é mais credível que a prova documental, dado que o auditor
contacta diretamente com quem presta a informação.
d) A prova gerada fora da empresa e recebida diretamente pelo auditor é menos credível que a
prova gerada dentro da empresa e com circulação externa.
Capítulo 1 – Introdução

1) Quem são os utentes das Demonstrações financeiras?

Externos: Bancos, Investidores, Fornecedores, Clientes, Concorrência e Estado

Internos: Empregados, Administração e Direcção e Tomadores de decisão

2) Quem é responsável pela preparação e divulgação das Demonstrações


Financeiras?

A responsabilidade pela preparação e apresentação das DFs é dos orgãos de gestão.

Uma entidade que relata pode distinguir entre quem é responsável pela elaboração
das demonstrações financeiras, quem é responsável pela sua apresentação e
divulgação, e ainda quem é responsável pela sua aprovação.

São exemplos de pessoas ou de cargos que podem ser responsáveis pela preparação
de demonstrações financeiras, o diretor dos serviços financeiros, o controller ou o
responsável pela contabilidade. São exemplos de quem é responsável pela sua
apresentação e divulgação, quem preside à entidade (o presidente ou o diretor-geral)
ou o órgão executivo.

São exemplos de quem é responsável pela sua aprovação, órgãos deliberativos,


nomeadamente Assembleia da República, Assembleia Municipal e Conselho Geral.

[Decreto-Lei nº 192/2015 de 11-09-2015

ANEXO II - (a que se refere o artigo 2.º) - (Normas de contabilidade pública)


NCP 1 - Estrutura e Conteúdo das Demonstrações Financeiras
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5 - Responsabilidade pelas demonstrações financeiras]

3) Quais são as características qualitativas da informação financeira?

Compreensibilidade, Relevância, Fiabilidade e Comparabilidade (4 + importantes)


Materialidade, Representação fidedigna, substância sobre a forma, neutralidade,
prudência e plenitude.

4) O que significa o conceito de materialidade?

Materialidade está ligada diretamente com a relevância, pois pressupõe que exista
materialidade quando há relevância nos fatos e imaterialidade quando os fatos são
irrelevantes. Não distante destas expressões encontram-se os termos qualitativos e
quantitativos, que permitem ao auditor guiar-se no sentido de emitir uma opinião
fundamentada sobre materialidade das distorções, seja em termos qualitativos ou
quantitativos.

5) Qual o objecto de estudo da Auditoria Financeira?

A Auditoria Financeira tem como objeto as DF, bem como de seus quadros isolados,
elementos, contas ou itens específicos das entidades que gerenciem.

6) Qual o objectivo da Auditoria Financeira?

“O objectivo de uma auditoria de demonstrações financeiras é o de permitir que o


auditor expresse uma opinião sobre se as demonstrações financeiras estão
preparadas, em todos os aspectos materiais, de acordo com uma estrutura conceptual
de relato financeiro aplicável” – ISA200, IFAC, 2006
O objectivo primordial da auditoria tende então a ser definido como a revisão da
posição financeira e dos resultados da operação, como se apresentam nas
demonstrações financeiras do cliente, de forma a se poder emitir uma opinião sobre a
adequação destas apresentações às partes interessadas.
Assegurar a condição financeira atual e os ganhos da empresa.
Identificar eventuais irregularidades, fraudes ou desvios numa entidade.

7) O que justifica a existência da Auditoria Financeira?

A Auditoria Financeira serve para exprimir uma opinião sobre se as demonstrações


financeiras apresentam, de forma verdadeira e apropriada, a posição financeira de
uma entidade.

8) Quem é responsável pela preparação e divulgação de Demonstrações


Financeiras auditadas?

O responsável é o Orgão de Gestão.

O ROC ou a SROC.

9) Porque se utiliza a expressão Auditoria Externa como equivalente a Auditoria


Financeira?

A auditoria financeira é frequentemente denominada por auditoria contabilística,


externa, ou independente, na medida em que este tipo de auditoria conduz a uma
opinião independente sobre as demonstrações financeiras de uma organização,
emitida por um profissional qualificado e obrigatoriamente externo à mesma (Costa,
1998).

Porque os auditores são profissionais qualificados e externos à entidade de modo a


garantir a independência e fiabilidade dos resultados das atividades das entidades e
da sua posição financeira, bem como garantir que as suas demonstrações financeiras
sejam apresentadas de acordo com as normas jurídicas em vigor.

10) Como se pode definir Auditoria Financeira?


A Auditoria Financeira é definida como um serviço que se caracteriza pela expressão
de uma opinião objectiva sobre as demonstrações financeiras de uma entidade,
fazendo referência a um conjunto de normas que têm natureza de interesse público e
que contribuem para o aumento da credibilidade da informação financeira. Para tal, o
conhecimento aprofundado acerca das empresas auditadas, nomeadamente, quanto
às suas actividades e às suas estruturas, proporcionam ao auditor uma tomada de
decisão consciente no domínio da gestão.

11) O que significa o conceito de independência quando aplicado à Auditoria


Financeira?

Entende-se como independência o estado no qual as obrigações ou os interesses da


entidade de auditoria são, suficientemente, isentos dos interesses das entidades
auditadas para permitir que os serviços sejam prestados com objetividade. É a
capacidade que a entidade de auditoria tem de julgar e atuar com integridade e
objetividade, permitindo a emissão de relatórios ou pareceres imparciais em relação
à entidade auditada, aos acionistas, aos sócios, aos quotistas, aos cooperados e a
todas as demais partes que possam estar relacionadas com o seu trabalho.

12) Que tipo de relação contratual se estabelece entre um Auditor Financeiro e


a entidade auditada?

O revisor oficial de contas exerce as suas funções de revisão/auditoria às contas por


força de disposições legais, estatutárias ou contratuais, mediante contrato de
prestação de serviços, reduzido a escrito, a celebrar no prazo de 45 dias a contar da
data da designação.

13) Qual o grau de dependência económica que deve existir entre um Auditor
Financeiro e a entidade auditada?

Apenas o estrito necessário e acordado contratualmente, nunca ligado aos resultados


da empresa ou ao resultado da auditoria.

14) Históricamente qual a origem da Auditoria Financeira?

A auditoria moderna tem origem na lei britânica das sociedades anónimas de 1862.

15) Quais sãos as asserções subjacentes às DF?

• Reconhecimento (recognition)
• Mensuração (measurement)
• Apresentação (presentation)
• Divulgação (disclosure)

16) Defina as asserções subjacentes às DF.

Reconhecimento - Incorporação, nas DF, de um elemento que satisfaça os critérios


seguintes:
Seja provável que um benefício económico associado flua de ou para a entidade
Tenha um valor que possa mensurado com fiabilidade

Mensuração - Determinação da expressão monetária pela qual os elementos das DF


nelas devem ser reconhecidos.
Apresentação - Forma como os elementos devem ser classificados nas respectivas
DF.
Divulgação - Forma sistemática e cruzada como deve ser proporcionada a informação
nas DF (para

17) O que é a fiscalização de empresas nos termos dos Código das Sociedades
Comerciais?

Em Portugal, o Código das Sociedades Comerciais (CSC), comete aos ROC a


elaboração de diversos relatórios no âmbito dos trabalhos de asseguração
contemplados no Farmework da IFAC.
Em Portugal não é possível dissociar a atividade de auditoria da problemática da
fiscalização das sociedades. Principais entidades sujeitas à certificação legal, ou seja,
à respetiva revisão são:
- Sociedades anónimas – art.. 414º e 446º do C.S.C.
- Sociedades cotadas em Bolsa – 2ª auditoria – art.. 341ºCMVM
- Sociedades por quotas com conselho fiscal - C.S.C
- Sociedades por quotas sem conselho fiscal desde que, durante 2 anos consecutivos
sejam ultrapassados 2 dos 3 limites seguintes:
• Total do Balanço:1.500.000
• Total do proveitos: 3.000.000
• N.º de trabalhadores: 50
- E só deixa de ser obrigatória se durante 2 anos consecutivos 2 desses 3 limites não
forem atingidos - art.. 262º do C.S.C.

18) Que Sociedades anónimas estão sujeitas a Revisão Legal das Contas?

Todas as SA (independentemente da estrutura)

19) Que Sociedades por quotas estão sujeitas a Revisão Legal das Contas?

As sociedades por quotas, sem conselho fiscal, têm a obrigatoriedade de designar um


ROC, nos termos do nº 2 do art. 262º, se, durante dois anos consecutivos,
ultrapassarem dois dos três seguintes limites:

– Total do Balanço: 1,5 milhões de euros


– Total das vendas líquidas e outros proveitos: 3 milhões de euros

– Número médio de trabalhadores: 50

20) Qual a designação do relatório normalizados que contém o parecer Revisor


Oficial de Contas?

O relatório de auditoria elaborado por um revisor oficial de contas tem a designação


de certificação legal das contas.

21) Qual a estrutura da CLC?

Relatório sobre a auditoria das DF’s

Relatório sobre outros requisitos legais e regulamentares

22) Qual o objectivo da Auditoria Interna?

Ajuda a organização a atingir os seus objetivos facultando-lhe uma abordagem


sistemática e disciplinada para avaliar e melhorar a eficácia dos processos de gestão
dos riscos, controlo e governação.

23) Como se pode definir Auditoria Interna?

Atividade independente, de segurança objetiva e de consultoria, destinada a


acrescentar valor e a melhorar as operações das organizações.

24) Quais os objectivos do Sistema de Controlo Interno?

Os objetivos iniciais:
• Salvaguarda dos activos.
• Verificação do cumprimento dos procedimentos estabelecidos pelo orgão de
gestão.
• Fiabilidade da informação financeira.
• Prevenção e detecção das fraudes.

Os objectivos:
• A confiança e integridade da informação financeira.
• O cumprimento das políticas, planos, procedimentos, leis e regulamentos.
• A salvaguarda dos activos.
• A utilização económica e eficiente dos recursos.
• A realização dos objectivos e metas fixados para as operações ou programas.

25) Qual deve ser o contributo dos Auditores Internos relativamente a cada um
dos objectivos do Sistema de Controlo Interno?
1. Confiança e integridade da informação.
• Examinar os sistemas de informação para se assegurarem que.
• Os registos e relatórios financeiros e operacionais contém
informação adequada, segura, oportuna, completa e útil.
• Os controlos sobre os registos e relatórios são adequados e
eficazes.

2. O cumprimento das políticas, planos, procedimentos, leis e regulamentos.


• Avaliarem a adequação e eficiência dos sistemas implementados para
assegurar este objectivo.

3. A salvaguarda dos activos.


• Rever os meios utilizados na salvaguarda dos activos
• Realizar inspecções físicas

4. A utilização económica e eficiente dos recursos.
• Verificar se:
• Foram estabelecidos padrões operacionais (PO) que permitam
medir a economicidade, eficácia e eficiência.
• Os PO são compreensíveis e estão a ser cumpridos.
• Os desvios estão identificados, analisados e comunicados.
• Foram tomadas medidas correctivas

5. A realização dos objectivos e metas fixados para as operações ou programas.

• Assegurar-se se os objectivos e metas operacionais e programáticos


estão de acordo com os da empresa.
• Verificar se:
• Os pressupostos são apropriados.
• Está a ser utilizada informação relevante, tempestiva e precisa.
• Foram incorporados nas operações e programas controlos
adequados.

26) O que significa o conceito de independência quando aplicado à Auditoria


Interna?

Significa exercer a atividade de forma independente em relação às áreas objeto de


análise.

Os auditores internos apenas respondem ao orgão executivo, sendo-lhe dados


indepência necessária para apreciarem o sistema de controlo interno com avaliações
e recomendações, sem que sejam influenciados pelas áreas auditadas.

27) Qual a natureza contratual da Auditoria Interna?

Contrato de trabalho.

28) Qual o grau de dependência económica dos Auditores Internos?


Tem uma dependência económica total, uma vez que tem contrato exclusivo com a
entidade.

29) Como se pode definir Auditoria Previsional?

Este tipo de auditoria consiste em auditar demonstrações financeiras previsionais ou


teóricas, que assenta ou não em demonstrações financeiras históricas, ajustadas com
base em pressupostos.

Consiste não em garantir a viabilidade futura da organização, mas em garantir que as


previsões são feitas com cuidado e são realistas tendo em conta os pressupostos
obtidos.

30) Qual a diferença entre Auditoria Previsional e Auditoria Prospectiva?

Auditoria Previsional avalia os pressupostos e aplicação que originaram as estimativas


e a Auditoria Prospetiva avalia a razoabilidade dos pressupostos que justificam a
análise de projectos de investimento.

31) A Auditoria Previsional deve ser realizada porque auditores?

A responsabilidade pela preparação da informação financeira prospetiva (onde se incluem as


contas previsionais) é do órgão de gestão da empresa, o qual delegará a sua execução a
pessoal técnico qualificado. Por sua vez, os principais objetivos do auditor consistem em
verificar se: os pressupostos do órgão de gestão em que se baseia a informação financeira
prospetiva não são irrazoáveis e, no caso dos pressupostos hipotéticos, os mesmos são
consistentes com a finalidade da informação; a informação financeira prospetiva esta
devidamente preparada na base dos pressupostos; a informação financeira prospetiva está
devidamente apresentada e todos os pressupostos materiais estão adequadamente
divulgados, incluindo a indicação clara quanto a se são pressupostos mais prováveis ou
pressupostos hipotéticos; a informação financeira prospetiva foi preparada numa base
consistente com as demonstrações financeiras históricas, usando políticas contabilísticas
apropriadas.
32) Sobre que aspectos incide uma auditoria previsional?

Verificar:

– A razoabilidade dos pressupostos.

– Se a informação financeira previsional está preparada com base nos

pressupostos.

– A adequação da apresentação da informação financeira prospectiva e da

divulgação dos pressupostos.


– A consistência na preparação das DF previsionais.

Capítulo 2 – Normas de auditoria e exercício da profissão

1) O que são normas de auditoria?

São Normas relativas ao auditor, à execução do trabalho e ao parecer

2) Qual o objectivo das normas de auditoria?

Constituem os princípios básicos e os procedimentos essenciais a cumprir pelos


revisores/auditores no desenvolvimento dos trabalhos por elas abrangidos.

3) As primeiras normas de auditoria forma emitidas por que organismo?

AICPA - American Institute of Certified Public Accountants

4) Quem emite as normas internacionais de auditoria?

International Auditing and Assurance Standard Board

Internacional Federation of Accountants (IFAC).

5) Qual a designação original das normas internacionais de auditoria?

Statments on auditting procedure

6) O quadro normativo dos Revisores Oficiais de Contas foi emitido por que
organismo profissional?

OROC

7) As generally accepted auditing standards de 1948 são constituidas por


quantos grupos de quantas normas cada?

– Normas gerais (3)


– Normas relativas ao trabalho de campo (3)
– Normas para a elaboração de relatórios (4)
8) Quais os aspectos considerados nas normas gerais?

Normas gerais :
1. O exame deve ser realizado por uma pessoa ou pessoas que tenha(m) adequado
treino e competência como auditor(es);
2. Deve ser mantida pelo auditor ou auditores uma independência mental em todos os
assuntos relativos ao exame;
3. Deve existir consciência profissional na realização do exame e na preparação do
relatório.

9) Quais os aspectos considerados nas normas relativas ao trabalho de


campo?

Normas relativas ao trabalho de campo :


1. O trabalho deve ser adequadamente planeado e, no caso de haver assistentes,
estes devem ser apropriadamente supervisados;
2. Tem de haver um estudo e avaliação apropriados do controlo interno existente não
só como base da confiança que o mesmo merece como também para a determinação
da extensão dos procedimentos de auditoria;
3. Devem ser obtidas provas suficientes através de inspecções, observações,
indagações e confirmações, a fim de se obter uma base razoável para a formação de
uma opinião relativa às demonstrações financeiras sob exame.

10) 10)Quais os aspectos considerados nas normas para elaboração de


relatórios?

Normas para elaboração de relatórios


1. O relatório deve mencionar se as demonstrações financeiras estão apresentadas
de acordo com princípios de contabilidade geralmente aceites;
2. O relatório deve mencionar se tais princípios têm sido consistentemente observados
no período sob exame em relação ao período anterior;
3. Devem ser aceites como razoavelmente adequadas notas informativas às
demonstrações financeiras, a não ser que outra coisa seja mencionada no relatório;
4. O relatório deve conter a expressão de uma opinião relativa às demonstrações
financeiras tomadas como um todo ou a afirmação de que tal opinião não pode ser
expressa. Quando uma opinião global não puder ser expressa, devem ser
mencionadas as razões de tal facto. Em todos os casos onde o nome de um auditor
seja associado com as demonstrações financeiras, o relatório deve conter uma
indicação clara da característica do exame do auditor, se existir, e o grau de
reponsabilidade por ele assumido.

11) Quando foi constituída a IFAC?

A IFAC foi criada em 7 de Outubro de 1977, em Munique, Alemnha, por 63


associações profissionais de contabilistas e auditores representando 49 países.
12) 12)Como está Portugal representado na IFAC?

Portugal está representado pela OROC e pela OTOC.


13) 13)Qual a designação do orgão da IFAC responsável pela emissão de
normas?

A IFAC criou a International Auditing Practices Committee (IAPC) com o objectivo de


desenvolver e emitir normas (guidelines) sobre práticas de auditoria geralmente
aceites e sobre a forma e conteúdo dos relatórios de auditoria.
14) 14)Como se agrupam as normas emitidas pela IFAC?

– Normas internacionais de controlo de qualidade (ISQC)


– Normas internacionais de auditoria (ISA)
– Declarações práticas internacionais de auditoria (IAPS)
– Normas internacionais de trabalho de revisão (ISRE)
– Normas internacionais de trabalho de asseguração (ISAE)
– Normas internacionais de serviços relacionados (ISRS)
15) 15)Quais os elementos que constituem o quadro normativo dos ROC?

CEDP - Código de ética e deontologia

NTR/A – Normas Técnicas de Revisão/auditoria

DR/A – Directrizes de Revisão/auditoria

RT – Recomendações técnicas

IT – Interpretações Técnicas

16) 16) O que são as Normas técnicas de Revisão/ Auditoria?


As NTR/A são um conjunto de princípios e conceitos que regulam a profissão de ROC.
São de aplicação obrigatória e constituem os princípios básicos e os procedimentos
essenciais a cumprir pelos ROC no desenvolvimento dos trabalhos
17) 17)O que são as Directivas de Revisão/Auditoria?

As Directrizes de Revisão/Auditoria complementam e desenvolvem assuntos


constantes nas NTR/A.
18) 18)O que são as Interpretações Técnicas?

As IT destinam-se a orientar os ROC na aplicação dos outros normativos. Têm,


frequentemente, origem em questões levantadas pelos ROC.
São apreciações emitidas pela Comissão Técnica das Normas de dúvidas que surjam
ou esclarecimentos que se tornem convenientes relativamente à aplicação das
Directrizes de Revisão/Auditoria. Tais Interpretações Técnicas serão objecto de
divulgação, para orientar os revisores/auditores na aplicação das Normas e Directrizes
de Revisão/Auditoria e para promover a boa prática profissional.
19) 19)Qual é actualmente o papel da OROC?

-Emite os normativos a que está sujeito o exercício da actividade.


- Controla a inscrição como ROC (acesso à profissão).
- Supervisionava o exercício da actividade.
20) 20)O que é necessário para obter a qualificação de Auditor na UE?

A Directiva 2006/43/CE estabelece que para obter a qualificação profissional de


auditor é necessário:
» Obter nível académico de acesso à universidade.
» Completar um curso de formação teórica.
» Ter formação prática.
» Ser aprovado em exame de nível correspondente ao fim de estudos universitários.

21) 21)O que é necessário para obter a qualificação de ROC em Portugal?

Em Portugal.
» Possuir uma licenciatura pré-Bolonha ou o grau de mestre pós-Bolonha.
» Realizar com aproveitamento o exame de admissão.
» Realizar com aproveitamento o estágio profissional (3 anos).
22) 22)Quais são os actos próprios e exclusivos dos ROC?

Art. 40º
“1 — Constituem atos próprios e exclusivos dos revisores oficiais de contas e das
sociedades de revisores oficiais de contas os praticados no exercício das seguintes
funções de interesse público: a) A auditoria às contas, nos termos definidos no artigo
seguinte; b) O exercício de quaisquer outras funções que por lei exijam a intervenção
própria e autónoma de revisores oficiais de contas sobre determinados factos
patrimoniais de empresas ou de outras entidades. 2 — Constituem também atos
próprios dos revisores oficiais de contas e das sociedades de revisores oficiais de
contas os inerentes a quaisquer outras funções de interesse público que a lei lhes
atribua com carácter de exclusividade. 3 — Os únicos responsáveis pela orientação e
execução direta das funções de interesse público contempladas no presente Estatuto
devem ser revisores oficiais de contas, sócios ou contratados nos termos da alínea c)
do n.º 1 do artigo 49.º”

23) 23)Como se pode exercer a actividade de ROC?

- A nível individual.
-Em firmas de auditores.

24) 24)Porque é que o código da IFAC não menciona a independência como


um dos princípios fundamentais?

Artº 71º do DL 140/2017 de 7 de Setembro


25) 25)Qual a designação da lei que alterou a situação nos EUA, a nível de
supervisão, das sociedades de auditoria?

Lei Sarbanes-Oxley
26) 26)Qual era o príncipio segundo o qual operavam as sociedades de
auditoria antes da alteração legislativa de 2002?

27) 27) O que estabelece, em termos de supervisão da Auditoria, a Directiva


2006/43/UE?

A Directiva 2006/43/CE estabelece que:


Todos os auditores devem estar sujeitos a supervisão pública;
O sistema de supervisão pública deve ser gerido por pessoas que não exerçam a
profissão de auditor(…)
O sistema de supervisão pública deve assumir a responsabilidade final pela
supervisão:
Da supervisão e do registo dos auditores;
Da adopção de normas em matéria de deontologia profissional, de controlo de
qualidade interna dos auditores e de auditoria;
Da formação contínua, da asseguração da qualidade e dos sistemas de investigação
e disciplinares

A Directiva 2006/43/CE estabelece que os auditores devem estar sujeitos a princípios


de:
Deontologia profissional.
Independência.
Objectividade.
Confidencialidade.
Sigilo profissional.

28) 28)Quem assegura hoje, em Portugal, a supervisão da actividade dos


ROC e SROC?

Em Portugal a supervisão da actividade dos ROC e SROC tem sido assegurada:


-OROC até 2009.
-CNSA, criada pelo DL 225/2008(Comissão Nacional de Supervisão de Auditoria),
desde 2009 até finais de 2015.
- CMVM, apartir de 2016 (DL148/2015).
Capítulo 3 – Planeamento e organização do trabalho de
auditoria.

1) Indique quais as fases de uma auditoria?

• Compromisso
• Planeamento
• Execução
• Relato

2) O que se inclui na fase de compromisso?

Vinculo contratual

3) De acordo com a ISQC1 da IFAC, o que devem assegurar, relativamente à


aceitação de trabalhos, as políticas de uma firma de auditores ?

Devem assegurar que apenas terá trabalhos onde:

- Tenha considerado a integridade do cliente

- Seja competente para realizar o trabalho

- Possa cumprir os requisitos de ética e deontologia profissional

4) Qual o objectivo da carta de compromisso?

O objectivo é que cada firma de auditores estabelece políticas nas quais os trabalhos
aceites têm subjacentes os seguintes princípios:
Tenha sido considerado credível o cliente, o auditor é competente para realizar o
trabalho, e possa cumprir os requisitos de ética e deontologia.
5) A fase de compromisso conclui-se com a assinatura de que documento?

Contrato de prestação de serviços

6) Qual a natureza do contrato estabelecido entre as parte?

Prestação de serviços

7) Em que artigos do DL nº 140/2015 é tratada a questão do contrato dos ROC?

art.53 a 59

8) Quais os aspectos que devem ser contemplados na fase de planeamento, de


acordo com a ISA300?
Natureza, extensão e tempestividade das atividades e dos procedimentos da
auditoria a realizar.
9) Quais as vantagens de um planeamento adequado?

- Seja dada a atenção apropriada as áreas mais importantes;

- Os problemas potências sejam identificados e resolvidos oportunamente

- Os assistentes sejam apropriadamente supervisados

10) O que deve ser feito após a assinatura do contrato?

- Escolher a equipa de auditoria

- Considerar o trabalho a ser efetuado por terceiros

- Elaborar um orçamento de horas por técnico e área de trabalho

- Determinar os locais, períodos e datas para a realização do trabalho

- Determinar os técnicos envolvidos em cada visita

- Determinar as datas para entrega de relatórios

11) Em que consiste a fase de execução?

Consiste na fase preliminar ( todos os trabalhos realizados antes da preparação


das DF provisorias) e na fase final ( todos os trabalhos realizados da preparação
das DF´S provisorias)

12) Como podemos subdividir a fase de execução?

Em duas fases mencionadas em cima

13) O que marca a separação entre sub-fases?


Aceitação ou continuação do clientes:
• É imporante analisar o cliente e a respetiva integridade.
• Análise do próprio auditor em termos de ética e em relação aos recursos
disponíveis (um pequeno auditor não vai para a SONAE).
• Contacto com o auditor anterior.
• Equipa (preliminar)

Planeamento da Auditoria
Decidir a estratégia.
• Conhecimento da empresa e a dua envolvente (dos sócios, do setor da
atividade)
• Conhecimento do SCI
• Procedimentos analíticos iniciais.
• Planeamento/Programa de auditoria.

Obtenção da Prova/Evidência e realização de testes de auditoria


• Testes ao controlo.
• Testes substantivos (testes de detalhe e procedimetnos analítcos).
• Obter informações externas.
• Declaração do órgão de gestão ◊ objetivo: que os respondáveis se
atravessem por escrito perante essas responsabilidades.

Conclusão e Avaliação da Auditoria


• Acontecimentos subsequentes.
• Avaliar ajustamentos (DR) / Reclassificações (Balanço). Ajustamentos:
compilação de omissões/ errros que possam ter impacto nos resultados.
Reclassificações: tudo o que possa ter impacto no balanço.
• Divulgações.
• Controlo da qualidade.
Relato de Auditoria
14) Indique os trabalhos a desenvolver na fase preliminar.

Procedimentos analíticos a serem aplicados como procedimentos de risco ,


Obtenção da compreensão geral das leis e regulamentos aplicáveis a entidade
e verificação da sua observância, Determinação da materialidade , A realização
de outros procedimentos de avaliação do risco antes de identificar e avaliar os
riscos de distorção material , Realização de procedimentos de auditoria a novel
de asserções para classes de transações, saldos de contas e divulgações.

15) Qual a importância para o auditor de conseguir um bom conhecimento da


entidade e do meio?

Permite identificar e compreender os acontecimentos, transações e as práticas


que podem ter efeito significativo nas DF´s, determinando o risco inerente e a
extensão dos procedimentos de auditoria.

16) Em que consistem os sistemas de informação?

E relevante para os objetivos do relato financeiro, que inclui o sistema


contabilístico, consiste nos procedimentos e registos estabelecidos para
iniciarem, registarem, processarem e relatarem as transações da identidade e
para manterem responsabilidade pelos ativos, passivos e capital próprio
relacionados.
17) O que é o Controlo interno?

é o processo concebido e posto em vigor pelos responsáveis pela governação,


gestão e outro pessoal para proporcionar a segurança razoável que permita
atingir os objetivos da entidade relativamente a credibilidade do relato
financeiro, eficiência e eficácia das operações e cumprimento das leis e
regulamentos aplicáveis.

18) O que significa o conceito de Materialidade no contexto da Auditoria


Financeira?

A informação é material se a sua omissão ou distorção influenciarem as


decisões económicas dos utentes tomadas na base das DF´s. A materialidade
proporciona um limiar ou ponto de corte em vez de ser uma característica
qualitativa principal que a informação deve ter para ser útil.

19) Quais os 3 aspectos fundamentais a ter presente na aplicação da


materialidade à Auditoria Financeira?
- Conceito relativo

- Inexistência de regras globais

- O julgamento profissional

20) O que significa Risco de Auditoria?

é o risco de o auditor expressar uma opinião inapropriada quando as DF


apresentam distorções materiais.

21) Quais as componentes do Risco de Auditoria?

Risco Inerente, Risco de Controlo e Risco de Deteção

22) Qual o significado de cada componente do Risco de Auditoria?

- Risco Inerente é a suscetibilidade de que uma asserção possa estar


materialmente distorcida, individualmente ou quando agregada com outras
distorções, antes de se tomar em consideração quaisquer controlos
relacionados.

- Risco de Controlo é o risco de que uma distorção, que possa ocorrer numa
asserção e que possa ser material, individualmente ou quando agregada com
outras distorções, não seja evitada ou detetada e corrigida tempestivamente
pelo controlo interno da entidade.

- Risco de Deteção pode definir se como sendo o risco de os procedimentos


substantivos do auditor não detetarem distorções materialmente relevantes.
23) Qual o pressuposto geralmente assumido pelos Auditores Financeiros
relativemente ao Risco Inerente e porquê?

Competência dos colaboradores da entidade, Volume de atividade, Frequência


de transações invulgares ou pouco frequentes, Efeitos sazonais, O trabalho de
terceiras partes.

24) Como se avalia o Risco de Controlo?

É avaliado a nível de adequação e operacionalidade.

25) Qual a relação estabelecida entre Risco de Controlo e Risco de Detecção?

Relação inversa
26) O que significa em termos de dimensão de amostra um Risco de Detecção
baixo?
27) O que é o Plano Global de Auditoria?
É o documento que contem os aspetos essenciais de cada auditoria especifica.

28) Que elementos constituem um Plano Global de Auditoria?

- Âmbito da auditoria

- Períodos para realização de trabalho de campo~

- Datas para entrega de relatórios

- Composição da equipa de auditoria

- Orçamento de horas por área e elementos da equipa

29) O que é um Programa de Trabalho?

Programas de trabalho são os documentos que se destinam a servir de guia à


execução dos testes de controlo e procedimentos substantivos.

30) Qual o conteúdo de um Programa de Trabalho?

Conteúdo:

Resumo dos procedimentos contabilísticos e medidas de controlo interno;


Objectivos de auditoria;
Descrição dos procedimentos/testes de auditoria a realizar.
Capítulo 4 – Controlo Interno

1) Defina controlo interno.

plano de organização e todos os métodos e medidas adotados numa entidade.

2) Apresente os objectivos do Controlo Interno.

- A confiança e integridade da informação

- O cumprimento das politicas, planos, procedimentos, leis e regulamentos


aplicáveis

- A salvaguarda dos ativos

*«- A utilização económica e eficiente dos recursos

3) Qual a importância do Controlo Interno para os Auditores Financeiros?


- Salvaguardar os seus ativos
- Verificar a exatidão e fidedignidade dos seus dados contabilísticos

- Promover a eficácia operacional

- Encorajar o cumprimento das politicas prescritas pelos gestores

4) Quais as componentes de um sistema de Controlo Interno?

- O ambiente de controlo

- O processo de determinação do risco da entidade

- O sistema de informação, incluindo os processos de negócios relacionados,


relevante para o relato financeiro e a comunicação.

5) Em que consiste o Ambiente de Controlo?

Inclui as atitudes, a consciência e as ações da gestão e dos que estão


encarregados da governação em ralação ao controlo interno da entidade e a
sua importância para a mesma.

6) O que significa o processo de determinação de risco da entidade?

Inclui a forma como a gestão identifica os riscos relevantes para a preparação


de demonstrações financeiras que apresentam de forma verdadeira e
apropriada de acordo com a estrutura conceptual de relato financeiro aplicável
a entidade, estimar o seu significa, avaliar a probabilidade da sua concorrência
e decidir sobre as ações a tomar.

7) O que se entende por sistema de informação e qual a sua relevância para a


implementação de um sistema de Controlo Interno?

Quaisquer sistema de informação que seja relevante para os objetivos do relato


financeiro, consiste em procedimentos e registos estabelecidos não só para
iniciar, processar e relatar as transações, acontecimentos e condições da
entidade como também para manter a responsabilidade sobre os ativos,
passivos e capital próprio relacionados.

8) O que são as actividades de controlo?

São as politicas e os procedimentos que ajudam a assegurar que as diretivas


da gestão são cumpridas.

9) O que é a monitorização dos controlos?

Inclui verificar se os controlos estão a operar como se previa e se os mesmos


são modificados apropriadamente face as alterações das condições.

10) O que são as limitações do Controlo Interno?


- Falta de interesse do órgão de gestão
- Dimensão da empresa

- Relação custo/beneficio

- Erros, conluios e fraudes

- Transações invulgares

11) De que duas formas genéricas as limitações podem afectar o sistema de


Controlo Interno?

um dos problemas das atividades de controlo é a falta de automatização dos sistemas,


ou seja, a não substituição das tarefas e funções realizadas por colaboradores por
sistemas informáticos, máquinas ou outras soluções equiparadas, reduzindo ou
eliminando assim o risco associado ao comportamento humano. Tendo em conta que
estamos a analisar o SPA, que se caracteriza sobretudo por organismos prestadores
de serviços, esta solução apresenta limitações.
Outra das limitações das atividades do CI pode advir da diversidade de atividades
exercidas por uma entidade. A entidade deve centrar o seu foco de ação nas
atividades que ela domina e que esteja confiante na sua realização e controlo. Esta
referência entronca na limitação que refere que o CI não está preparado para as
transações pouco usuais.
12) Quais são as limitações do Controlo Interno?

- Falta de interesse do órgão de gestão

- Dimensão da empresa

- Relação custo/beneficio

- Erros, conluios e fraudes

- Transações invulgares

13) Como se procede ao levantamento de um sistema de Controlo Interno?

Organigramas, Manual de descrição de funções, Manual de politicas e


procedimentos contabilísticos, Manual das medidas de Controlo Interno, Outras
informações relacionadas com o controlo administrativo ou contabilístico,
Entrevistas, Observações

14) Porque é inadequado proceder ao levantamento de um sistema de controlo


interno exclusivamente através da utilização do Manual de Controlo
Interno?
15) Que técnicas utilizam os Auditores Financeiros para registarem o Sistema de
Controlo Interno?

Questionários padronizados, Narrativas, Fluxogramas e Forma mista

16) O que é um questionário padronizado?


Um conjunto de procedimentos contabilísticos e de medidas de controlo interno
que se deseja que estejam implementados numa empresa organizada.

17) Quais as limitações da utilização de questionários padronizados no


levantamento e registo de um Sistema de Controlo Interno?

Apesar de ser importante pela noção que transmite da organização da


empresa, esta forma de registo é a menos adequada quando se trata de captar
uma visão global da própria empresa.

18) Em que consiste a técnica de “narrativa” para o levantamento e registo de


um Sistema de Controlo Interno?

Consta de uma descrição relativamente detalhada dos procedimentos


contabilísticos e das medidas de controlo interno existentes em cada uma das
diversas áreas operacionais da empresa.

19) Qual a principal limitação da “narrativa” enquanto forma de registo de um


Sistema de Controlo Interno num processo de Auditoria Financeira?

Apesar de ter vantagens relativamente aos questionários padronizados,


apresenta alguns inconvenientes como seja a tendência para demasiada
pormenorização e consequente perda de visão global da are descrita.

20) O que é um fluxograma?

É uma forma de representação gráfica que se socorre de vários símbolos para


apresentar os diversos procedimentos contabilísticos e medidas de controlo
interno existentes em cada uma das diferentes áreas operacionais da empresa.

21) Qual a principal vantagem de utilizar fluxogramas como técnica de registo de


Sistemas de Controlo Interno, nos processo de Auditoria Financeira?

Esta técnica de registo representa de forma clara, simples e concisa qualquer


sistema, mesmo que complexo. No entanto, tem como desvantagem o facto de
não ser fácil preparação visto que exige o conhecimento de técnicas
especificas.

22) De que formas se avalia um Sistema de Controlo Interno?

Através de testes aos controlos

23) Em que momentos e como se realiza cada forma de avaliação de um Sistema


de Controlo Interno?

1. Ambiente de controlo
2. O processo de avaliação do risco da entidade
3. O sistema de informação relevante para o relato financeiro, incluindo os processos
de negócio relacionados e comunicação
4. As atividades de controlo
5. A monitorização dos controlos
O Ambiente de controlo inclui as finções de governação e de gestão e as atitudes, a
consciência e as ações dos responsáveis pelas referidas funções em relação ao
controlo interno da entidade e á sua importância para a mesma. O ambiente de
controlo estabelece o tom de uma organização, influenciando a consciência de
controlo dos seus membros. É o fundamento de um controlo interno eficaz,
proporcionando disciplina e estrutura.

24) No final do levantamento e avaliação do SCI, que relatório deve o Auditor


Financeiro preparar e entregar ao Orgão de Gestão?

Management letter ( o auditor externo costuma fornecer ao órgão de gestão da


empresa um relatório com sugestões para a melhoria dos sistemas
contabilísticos e de controlo interno) Esse relatório antes de apresentado ao
órgão de gestão deve ser discutido com os responsáveis dos departamentos a
fim de verificar que as conclusões retiradas do teste aos controlos são
verdadeiros.

25) Quais os objectivos desse relatório?

Comentários sobre deficiências de controlo interno e eventuais efeitos nas


DF´s, Resultados dos testes ao sistema de controlo interno, Comentários sobre
assuntos relativos e alterações de politicas contabilísticas, desacordos sobre
politicas contabilísticas utilizadas e erros materiais identificados.
Capítulo 5 – A prova de auditoria

1) O que é a prova de auditoria?

“todas as informações utilizadas pelo auditor que lhe possibilitam chegar às


conclusões sobre as quais se baseia a opinião de auditoria. A prova de auditoria
inclui as informações contidas nos registos contabilísticos subjacentes às
demonstrações financeiras e outras informações.”

2) Qual o principal objectivo da prova de auditoria?

-Evidenciar, em caso de litígio, que as conclusões se basearam em elementos


obtidos de acordo com as normas de auditoria.

Gerir o trabalho desenvolvido e poder ser revisto por um auditor mais


experiente (quando estamos em contexto de empresa de auditoria);

O trabalho poder ser revisto no âmbito do controlo de qualidade desenvolvido


pela OROC e/ou organismo de supervisão publica da profissão com o objetivo
de constatar se as normas vigentes estão a ser cumpridas;

Demonstrar em tribunal que o relatório emitido se baseou em informação


recolhida e devidamente tratada.

3) Para além do seu objectivo principal a prova de auditoria é importante


porquê?

Permite a revisão por um profissional mais experiente, o controlo por organismos


profissionais ou de supervisão, Evidenciar em caso litigio, que as conclusões se
basearam em elementos obtidos de acordo com as normas de auditoria.

4) Quanto à forma de ser obtida qual a distinção que podemos fazer


relativamente à prova de auditoria?

Procedimentos de avaliação de risco + Procedimentos de auditoria adicionais, os


quais compreendem: testes aos controlos, procedimentos substantivos, testes de
detalhe e procedimentos analíticos.

A prova pode ser:


-Obtida interna ou externamente.

- Gerada interna ou externamente.

-Oral, visual ou documental.

5) Quanto à forma como é gerada qual a distinção que podemos fazer


relativamente à prova de auditoria?

-Internamente

-Externamente (fora da empresa)

6) Quanto à sua natureza, como pode ser classificada a prova de auditoria?

Oral, Visual ou documental

7) Estabeleça uma hieraquia com base no grau decrescente de credibilidade da


prova de auditoria.

- Gerada fora da empresa e obtida directamente pelo auditor.

- Gerada fora da empresa e em seu poder.

- Gerada internamente e com circulação externa.

- Gerada internamente e sem circulação externa.

8) O que são procedimentos gerais de auditoria?

Os meios pelos quais o auditor obtém e analisa a prova de auditoria

9) Quais são os procedimentos gerais de auditoria?

a) Inspecção :

1. de registos ou de documentos

2. Inspecção de activos tangíveis

b) Observação

c) Indagação

d) Confirmação

e) Recálculo

f) Re-execução

g) Procedimentos analíticos

10) Defina cada um dos procedimentos gerais de auditoria.


a) Inspecção - Exame de registos ou documentos que suportam as diversas
transacções ou operações. Inspecção de activos tangíveis – Exame físico
de determinados bens do activo.

b) Observação - Observar como são desenvolvidas na prática as funções


cometidas aos colaboradores da organização.

c) Indagação - Perguntas necessárias à realização do exame. Podem assumir


a forma de:

➢ Entrevistas

➢ Esclarecimentos ocasionais

d) Confirmação - A confirmação externa é o processo de obter e avaliar prova


de auditoria através de uma comunicação directa de uma terceira parte em
resposta a um pedido de informação.

e) Recálculo - Verificação da exatidão dos cálculos aritméticos de documentos


ou registos efetuados pela empresa assim como da adequação das bases em
que os mesmos foram feitos.

f) Re-execução - Execução pelo auditor de procedimentos ou controlos


originalmente realizados como parte do CI da entidade.

g) Procedimentos analíticos - Análise de rácios e de tendências significativas e


a investigação de flutuações inconsistentes com outras informações
relevantes.

11) Qual é o PGA que permite a obtenção de prova externa?

12) Quais são as duas formas genéricas que pode assumir o PGA da
Confirmação?

Certidões e circularizações

13) Apresente exemplos de procedimentos específicos para cada PGA.

14) Qual a diferença entre uma circularização positiva e uma circularização


negativa?

Circularização positiva, obriga o 3º a confirmar a informação solicitada

Circularização negativa, 3º só responde se a informação solicitada estiver errada

15) O que tem de ser evidente numa carta de circularização?

16) Que grupos são habitualmente circularizados?


Clientes, fornecedores, bancos, advogados, etc..

17) Qual a diferença fundamental entre uma circularização para Clientes (ou
Outros Devedores) e uma circularização para Fornecedores (ou Outros
Credores)?

Relativamente ao Clientes, confirma-se que as vendas registadas correspondem às


encomendas solicitadas e quanto aso fornecedores, as compras registadas
correspondem às encomendas expedidas pelos fornecedores.

18) Quais os tipos de Testes (ou procedimentos) em Auditoria?

-Testes de controlo

-Testes Substantivos

19) Qual o objectivo dos testes de controlo?

Concebidos para avaliar a eficácia operacional dos controlos em prevenirem,


detectarem e corrigirem as distorções materiais a nível das asserções.

Testes de controlo são os procedimentos de auditoria realizados com o fim de


obter prova de auditoria sobre a eficácia operacional dos controlos em prevenir,
ou detectar e corrigir, distorções a nível das asserções (ISA 500).

20) Quais os tipos habituais de testes de controlo?

-Testes às vendas e às dívidas dos clientes (ver págs 600 e 602);

-Teste às compras e às dívidas aos fornecedores (ver pág 412);

- Teste aos custos com o pessoal (ver pág 414).

21) Em que consiste um teste de controlo?

Destina-se a confirmar se os procedimentos e medidas de controlo interno são


adequados e se o seu funcionamento, durante o período observado, é regular; caso
se detete alguma insuficiência, efetuam-se verificações suplementares para avaliar de
forma mais precisa a dimensão e o alcance das deficiências detetadas

22) Qual o objectivo dos Procedimentos Substantivos?


Testes ou procedimentos substantivos são os procedimentos de auditoria
realizados com o objectivo de se detectarem distorções materiais (…) – ISA
500

Destinam-se a confirmar a validade, razoabilidade e exatidão de operações que


têm uma expressão financeira. Podem ser realizados como complemento aos
testes de conformidade

23) Porque é necessário utilizar amostras na realização de Auditorias


Financeiras?

A complexidade e o volume das operações levam, em regra, o auditor a fazer incidir


os seus procedimentos de auditoria sobre amostras, as quais devem ser
criteriosamente selecionadas

24) Quais as limitações dos censos no contesto das Auditorias Financeiras?

A determinação do tamanho e critérios para selecionar uma amostra representativa.

25) Quais são os dois grupos genérico em que se classificam as técnicas de


amostragem, em Auditoria Financeira?

-Não estatísticas ou de apreciação.

-Estatísticas

26) Qual a diferença fundamental subjacente a essa classificação?

A estatística baseia-se em critérios matemático e probabilísticos (científicos) enquanto


que a não-estatistica tem baseia-se na apreciação, juízo e critério próprios do auditor
assim como a sua capacidade e experiência profissional.

27) Quais as técnicas de amostragem de apreciação?

Técnicas de amostragem não estatísticas ou de apreciação:

• Amostragem por intervalos, sistemática ou sequencial;

• Amostragem por blocos;

• Amostragem por números aleatórios.

• Amostragem sobre valores estratificados.

28) Quais as técnicas de amostragem estatística?

Técnicas de amostragem estatísticas:

• Amostragem estatística sobre valores acumulados;


• Amostragem estatística numérica.

29) Quais as limitações da amostragem não estatística por intervalos?

Podem ser suficientemente pequenas

30) Atendendo a que a amostragem não estatística sobre valores estratificados


dá sempre a melhor relação entre número de elementos da amostra e
valor total da amostra, qual a principa limitação desta técnica?

A subjetividade do auditor

31) Quais as características das populações/universos que melhoram a


qualidade das amostras obtidas pela técnica de amostragem estatística
numérica?

32) Como se determina o intervalo para a utilização da técnica de amostragem


estatística numérica?

i = n (LPM/m) CI

i – intervalo

n – população em quantidade

m – população em valor

LPM – Limite de precisão monetária

CI - classificação do controlo interno.

33) Na técnica de amostragem estatística numérica qual o efeito no intervalo, e


consequentemente, na dimensão da amostra de se passar a classificar o
Controlo Interno como Médio em vez de Bom?

O Intervalo das amostras vai aumentar

34) Que garantias nos dá, quanto á composição da amostra, a amostragem


estatística sobre valores acumulados?

35) Numa primeira auditoria, e de acordo com a ISA 510, que tipo de prova
“apropriada e suficiente” é necessário que o Auditor Financeiro obtenha?

- Os saldos de abertura não contêm distorções que afetem de forma material as DF’s

do período corrente;

- As Politicas contabilísticas refletidas nos saldos de abertura foram:

i. Aplicadas consistentemente nas DF’s do período corrente; ou


ii. As alterações às mesmas foram devidamente contabilizadas e adequadamente
apresentadas e divulgadas de acordo com a estrutura conceptual de relato financeiro
aplicável.

36) O facto de a entidade que o Auditor Financeiro está a auditar pela primeira
vez ter sido auditada no período anterior deve afectar a execução da
auditoria relativamente a uma situação em que tal não se tenha
verificado?

O auditor anterior deve pôr à disposição do auditor atual os seus papéis de trabalho.

O auditor atual deve ainda ter em consideração a opinião dada pelo antecessor e
verificar as implicações no caso de ter sido apresentada uma opinião modificada.

37) O que é a Documentação de Trabalho (ou Papéis de Trabalho)

Documentação de trabalho ou papéis de trabalho são todos os documentos


preparados ou obtidos pelo auditor durante a realização do exame.

38) O que se espera que a documentação de trabalho proporcione (ISA 230)?

a) Um registo suficiente e apropriado que sirva de base ao relatório do auditor;

b) Prova de que a auditoria foi realizada de acordo com as ISA e os requisitos


legais e regulamentares aplicáveis

39) Para além da função principal, qual a utilidade da Documentação de


Trabalho?

Auxilia no planeamento e execução da auditoria;

Permite a supervisão e revisão do trabalho;

Proporciona prova do trabalho de auditoria.

40) Em que pastas se organiza a Documentação de Trabalho?

• Pasta permanente

• Pasta corrente

• Indexação dos papéis de trabalho

41) Qual o conteúdo genérico da Pasta Permanente?

Engloba todas as informações que o auditor considera importantes e que


tenham de ser consultadas em auditorias presentes e futuras.
42) Em que secções se pode pode organizar uma Pasta Permanente?

1. Informações sobre a empresa;

2. Legislação aplicável;

3. Contratos e documentos importantes;

4. Relatórios e orçamentos;

5. Declarações obrigatórias;

6. Controlo Interno,

7. Políticas e procedimentos contabilísticos.

43) Qual o conteúdo genérico da Pasta Corrente?

Engloba toda a documentação relativa a uma auditoria específica.

Conteúdo:
Programas de trabalho
Mapas de trabalho.
Programas de trabalho são os documentos que se destinam a servir de guia à
execução dos testes de controlo e procedimentos substantivos.

Resumo dos procedimentos contabilísticos e medidas de controlo interno;


Objectivos de auditoria;
Descrição dos procedimentos/testes de auditoria a realizar.

44) Como está organizada a Pasta Corrente?

Conteúdo:
Programas de trabalho
Mapas de trabalho.
Programas de trabalho são os documentos que se destinam a servir de guia à
execução dos testes de controlo e procedimentos substantivos.

Resumo dos procedimentos contabilísticos e medidas de controlo interno;


Objectivos de auditoria;
Descrição dos procedimentos/testes de auditoria a realizar.

45) Quantas Pastas Correntes tem um Auditor Financeiro relativamente a cada


entidade auditada?

Tantas quanto auditor a empresa


46) O que é um Programa de Trabalho?

São os documentos que se destinam a servir de guia à execução dos testes de


controlo e procedimentos substantivos.

47) Qual o conteúdo de um Programa de Trabalho?

–Conteúdo:

▪ Resumo dos procedimentos contabilísticos e medidas de controlo interno;

▪ Objectivos de auditoria;

▪ Descrição dos procedimentos/testes de auditoria a realizar.

48) Quantos Programas de Trabalho deve conter uma Pasta Permanente?

Tantas quantas áreas houverem na pasta permanente

49) O que é um Mapa de Trabalho?

Mapas de trabalho são os documentos onde o auditor deixa ficar a prova dos
testes/procedimentos realizados e o registo das conclusões.

50) Qual a utilidade de utilizar sinais convencionados nos mapas de trabalho?

Para que seja mais fácil a sua leitura e conferir por outros auditores.

51) Por que é necessário incluir na Pasta Permanente uma legenda dos sinais
convencionados utilizados?

52) Quais as necessidades particulares na Indexação de uma Pasta Permanente?

Devem ser de forma:

-Numérica ou;

-Alfa-numérica

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