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1) A teoria do valor-trabalho sugere que o valor das coisas está diretamente ligado ao esforço

humano investido em sua produção. Isso questiona a justiça de sistemas nos quais alguns
acumulam riqueza apenas por possuírem recursos, enquanto outros contribuem com trabalho
árduo. Ao analisar o preço das coisas, a teoria critica a lógica de mercado, onde os valores são
determinados por fatores que podem resultar em grandes desigualdades. Isso nos faz refletir
sobre a justiça de um sistema em que os preços variam, perpetuando disparidades sociais e
econômicas. Na teoria da mais-valia, a exploração é vista de forma mais radical, destacando a
extração de valor do trabalho alheio pelos detentores dos meios de produção. Isso é considerado
não apenas injusto, mas também como uma causa fundamental de desigualdades profundas e
duradouras.

2) O fetiche da mercadoria, ideia de Karl Marx, fala sobre como nas sociedades capitalistas as
coisas e as pessoas são vistas de maneira peculiar. As coisas, como produtos, parecem ter um
valor próprio misterioso, quase como se tivessem vida. Isso faz com que as relações entre as
pessoas sejam meio que "transferidas" para as coisas. Ao mesmo tempo, as pessoas,
especialmente os trabalhadores, são tratadas como se fossem coisas no mercado. Vendem sua
força de trabalho como se fosse uma mercadoria, perdendo um pouco da sua individualidade.
Isso distorce as relações sociais, pois as pessoas são vistas mais como recursos a serem usados
do que como seres humanos com sentimentos e necessidades. Essa confusão entre coisas e
pessoas afeta como as pessoas percebem as trocas econômicas e também influencia como elas
se relacionam umas com as outras. Em resumo, o fetiche da mercadoria descreve essa situação
onde coisas ganham importância exagerada e as relações humanas ficam um pouco distorcidas
nas sociedades capitalistas.

3) Karl Marx tinha essa ideia de que as pessoas se sentem meio perdidas e desconectadas no
sistema em que vivem, especialmente no trabalho. Ele chamava isso de "alienação". Pensa só:
imagina um trabalhador numa fábrica de sapatos. Ele passa o dia fazendo os sapatos, mas não
decide nada sobre como eles vão ser. No final, os sapatos não são dele, são do chefe, que vende
e ganha dinheiro. O trabalhador só recebe um salário, e muitas vezes não é o suficiente para
comprar o que ele mesmo fez. Essa falta de controle sobre o trabalho e a distância entre o que
se faz e o que se ganha cria essa sensação de alienação, essa ideia de que as coisas não têm um
significado real. E não é só no trabalho, é em toda a sociedade. Marx achava que as pessoas se
sentiam meio estranhas e perdidas porque tudo era organizado para dar lucro, não para atender
às necessidades e desejos das pessoas. Resumindo, a alienação, para Marx, é como se a gente
perdesse um pouco da nossa humanidade por causa do jeito que as coisas são organizadas na
sociedade capitalista.

“Que as classes dominantes tremam à ideia de uma revolução comunista!” (Marx & Engels)

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