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2021 03 03 14 31 32 48245490 Introducao A Economia
2021 03 03 14 31 32 48245490 Introducao A Economia
Introdução à Economia
SISTEMA DE ENSINO
Livro Eletrônico
ECONOMIA
Introdução à Economia
Sumário
Manuel Pinon
1. Introdução à Economia............................................................................................................... 3
1.1. Conceitos Iniciais....................................................................................................................... 3
1.2. Escassez de Recursos X Necessidades Ilimitadas.. ........................................................... 6
1.3. Eficiência Econômica. . .............................................................................................................12
1.4. Escolhas.....................................................................................................................................12
1.5. Custo de Oportunidade...........................................................................................................16
1.6. Curva de Possibilidade de Produção. . ................................................................................. 18
1.7. Formas de Organização da Atividade Econômica. . ............................................................31
1.8. Economia do Bem-estar........................................................................................................ 35
1.9. Funcionamento de uma Economia de Mercado: Fluxos Reais e Monetários. . ........... 36
1.10. Variáveis Fluxo X Estoque................................................................................................... 41
1.11. Dez Princípios da Economia. . ...............................................................................................42
1.12. Classificações dos Bens.. ..................................................................................................... 47
1.13. Microeconomia X Macroeconomia. . ...................................................................................48
Resumo............................................................................................................................................. 52
Mapa Mental................................................................................................................................... 58
Questões Comentadas em Aula.................................................................................................. 59
Questões de Concurso..................................................................................................................64
Gabarito............................................................................................................................................ 79
Referências......................................................................................................................................80
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ECONOMIA
Introdução à Economia
Manuel Pinon
1. Introdução à Economia
1.1. Conceitos Iniciais
Existem muitas maneiras de conceber a Economia como um ramo do conhecimento.
A Economia é uma ciência social que estuda como a sociedade escolhe (decide) empregar
seus recursos produtivos (fatores de produção) escassos na produção e distribuição de bens
e serviços para a satisfação das necessidades (ilimitadas) de sua população.
Em outras palavras, Economia é a ciência social que estuda a produção, a circulação e o con-
sumo dos bens e serviços aplicados na satisfação das necessidades humanas.
Certo.
Podemos dizer que, considerando a escassez dos fatores de produção, a sociedade preci-
sa fazer escolhas entre as possibilidades de produção e de distribuição dos seus resultados
para satisfazer as necessidades da sua população.
Note que dessa singela definição podemos tirar algumas palavras-chave que represen-
tam conceitos importantíssimos que serão “trabalhados” em nosso curso:
• Ciência Social.
• Escolha.
• Escassez.
• Recursos Produtivos.
• Produção.
• Distribuição.
• Consumo.
• Bens e Serviços.
• Necessidades.
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Introdução à Economia
Manuel Pinon
Dessa crise surgiu uma nova escola: a keynesiana, cuja ideia principal é a de que a deman-
da agregada cria a sua oferta. Assim, cabia ao Governo, por meio de políticas fiscais (espe-
cialmente via realização de obras públicas), estimular o aumento da demanda e assim gerar
aumento do emprego e da renda. Daí surgiu o modelo Keynesiano de determinação da Renda
que será objeto de nosso estudo ao longo do curso.
Podemos dizer, portanto, que o objetivo da Ciência Econômica é analisar os problemas
econômicos e formular soluções para resolvê-los visando, em última instância, à melhoria da
qualidade de vida da população.
De qualquer modo, seja qual for a teoria econômica ou a escola, o certo é que a Economia
é uma Ciência Social, já que se ocupa do comportamento humano e estuda como as pessoas
e as organizações na sociedade se empenham na produção, troca e consumo de bens e ser-
viços, integrando as chamadas ciência humanas.
É isso mesmo! A Economia não é uma ciência exata, cujas leis ou proposições possam
ser verificadas em um laboratório. Apesar de envolver números, a Ciência Econômica é uma
ciência social. Por isso que os economistas erram tanto em suas previsões e discordam tan-
to entre si.
Como uma ciência social e dinâmica, inexiste consenso entre as escolas a respeito da teoria
econômica, com cada uma delas com sua visão distinta e até oposta às demais.
Vamos agora apontar os erros das demais alternativas:
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Introdução à Economia
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a) Errada. Na verdade, de modo distinto das ciências exatas, em que o pesquisador consegue
criar experimentos em um sistema controlado e extrair conclusões a partir dele, na ciência
econômica, de cunho social, o economista não dispõe de uma sociedade experimental em que
possa aplicar métodos científicos e alcançar previsões acuradas
b) Errada. Na verdade, a Economia é uma ciência social que, essencialmente, estuda o com-
portamento humano diante do problema da escassez
d) Errada. Na verdade, a Economia é uma ciência social com elementos objetivos e elementos
subjetivos.
e) Errada. Na verdade, a Economia é sim uma ciência, com natureza social que, essencialmen-
te, estuda o comportamento humano diante do problema da escassez
Letra c.
A Economia é uma ciência social e o seu princípio basilar é a chamada lei da escassez, que
nos diz que os recursos produtivos (fatores de produção) são escassos, mas as necessidades
humanas são ilimitadas.
A ideia-chave na Economia é necessidade de eficiência, ou seja, maximizar a produção de bens
e serviços, dadas as restrições colocadas pela quantidade limitada de fatores de produção.
Assim, a Economia, conhecida como ciência da escassez, estuda como os indivíduos tomam
decisões sob a hipótese de que os recursos são escassos, em um contexto em que os desejos
e necessidades humanos são ilimitados.
Em suma, determinada restrição orçamentária sempre irá impedir que um indivíduo adquira
tudo o que necessita/deseja.
Errado.
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O PULO DO GATO
Importante destacar que somente são considerados como fatores de produção aqueles recur-
sos naturais que podem ser incorporados às atividades econômicas. Assim, por exemplo, um
recurso mineral localizado em uma grande floresta, que não possa ser escoado pela falta de
estradas, não é considerado um fator de produção, até que possa ser utilizado na produção de
algum bem ou serviço.
b) O fator de produção “Trabalho” (mão de obra), representado pela força de trabalho hu-
mano, seja ele físico ou intelectual. No Brasil, é considerada como fator de produção trabalho,
a PEA – População Economicamente Ativa.
c) O fator de produção “Capital”, que corresponde às máquinas, aos equipamentos, às fer-
ramentas, aos instrumentos, à infraestrutura, dentre outros, ou seja, bens que foram produzi-
dos anteriormente e que continuam a ser utilizados durante algum tempo para a produção de
outros bens. Esse conjunto de bens é denominado “estoque de capital”, e quanto maior esse
estoque, mais produtiva é uma economia.
Importante destacar que, num dado momento, toda sociedade possui um estoque limita-
do de recursos ou fatores de produção. Isso significa que não é possível produzir uma quan-
tidade infinita de bens, porque os recursos são limitados.
Voltamos ao problema econômico fundamental da ESCOLHA: de um lado, as necessida-
des humanas são ilimitadas; de outro, os recursos/fatores de produção que devem ser utiliza-
dos para produzir os bens – que irão atender a essas necessidades – são limitados.
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Introdução à Economia
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Como os recursos são escassos e nossas necessidades ilimitadas, a Economia tem por obje-
to de estudo a forma de alocação destes recursos entre usos alternativos.
Vamos agora avaliar as demais alternativas:
a) Errada. As atividades econômicas são diretamente afetadas pelas escolhas dos represen-
tantes políticos. Note o efeito das eleições e das suas expectativas na bolsa de valores, na
cotação do dólar e na economia em geral.
b) Errada. A Economia tem por objeto de estudo a forma de alocação dos recursos limitados
entre usos alternativos para atender as necessidades ilimitadas.
c) Errada. Não se pode afirmar que a economia promove a utilização máxima dos recursos
disponíveis na produção de bens e serviços que agregam maior valor econômico, pois, se
assim fosse, somente bens com maior valor agregado seriam produzidos, em detrimento das
commodities, por exemplo.
d) Errada. Na verdade, temos mais possibilidades de emprego do que recursos.
Letra e.
Interessante notar que para cada fator de produção temos uma forma de remuneração
distinta. Confira:
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Alguns autores dividem os fatores de produção em quatro: Terra (recursos naturais ou maté-
ria-prima), trabalho (mão de obra), capital (máquinas e equipamentos) e capacidade empre-
sarial (empreendimento). De acordo com essa classificação, o capital fica dividido em capital
propriamente dito, que é remunerado por juros, e a capacidade empresarial, que remunerada
pelo lucro decorrente do risco do negócio.
Fatores de produção
ou insumos Processo produtivo Produto ou
ou produção mercadoria
Terra (recursos naturais)
Trabalho (agregação (todo o valor
Capital agregado)
Capacidade empresarial de valor)
Basicamente a ideia é que não é possível produzir uma quantidade infinita de bens e ser-
viços, porque os recursos são limitados, exigindo a utilização dos recursos produtivos da me-
lhor maneira possível, para produzir o máximo de bens e desse modo atender ao maior nível
possível de necessidades.
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Ainda não conceituamos os termos escassez absoluta e escassez relativa, mas essa é a hora
de conhecermos e de vermos logo a sua aplicação prática.
A ideia é que ao conhecer alguns conceitos no contexto de uma questão de concurso, você
verá logo sua aplicação e fixará a ideia na cabeça.
A afirmativa está correta! Os economistas ambientais realmente diferenciam esses dois con-
ceitos. Veja:
Escassez absoluta: refere-se ao esgotamento propriamente dito dos estoques desses recursos.
Escassez Relativa: refere-se aos padrões insustentáveis de produção e consumo, existindo
uma tendência de esgotamento dos recursos por haver excesso de consumo em relação ao
que é produzido.
Para os ambientalistas, em relação aos recursos naturais existe a necessidade de redução do
seu consumo para evitar o seu esgotamento.
Certo.
1.4. Escolhas
Diante da escassez, a sociedade se organiza e faz escolhas de modo a tentar produzir os
bens e serviços de forma eficiente, ou seja, empregando de forma racional os recursos dis-
poníveis, visando otimizar (melhorar) seus resultados, maximizando (aumentando) o nível de
bem-estar da população.
Temos então que da escassez de recursos surgem as seguintes questões econômicas
fundamentais.
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Essas três são as principais questões econômicas fundamentais, mas vamos ampliar um
pouco nossa análise para cinco questões econômicas fundamentais.
Para facilitar seu entendimento, vamos criar um exemplo prático (uma fazenda) a seguir
comentado.
1. O que produzir?
Se os recursos (fatores de produção) são escassos e as necessidades ilimitadas então é
preciso escolher o que produzir dentre as várias alternativas concorrentes.
Se eu sou, por exemplo, um pequeno produtor rural e tenho um pequeno pedaço de terra na
cidade de Petrolina-PE, uma questão econômica fundamental para mim é decidir o que PRO-
DUZIR nessa terra.
Assim, voltando ao nosso exemplo prático, posso usar irrigação? Quem vai me ajudar na
produção? Contratarei algum empregado ou produzirei sozinho com minha família?
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Digamos, para fins do nosso exemplo, que eu decida contratar quatro trabalhadores para pro-
duzir uvas de modo manual, ou seja, sem utilização de tratores ou equipamentos automatiza-
dos.
3. Quando produzir?
É preciso escolher o melhor momento para produzir. Por exemplo, produzir biquínis antes
de chegar o verão para poder vender quando essa estação do ano chegar.
No nosso caso, eu preciso saber se existe a época certa para o plantio. Digamos, para fins do
nosso exemplo, que eu decida produzir no período normal da safra regional.
4. Onde produzir?
Basicamente, preciso escolher se é melhor produzir perto dos consumidores (mercado
consumidor) ou em local próximo a fornecedores de insumos e das matérias-primas (merca-
do fornecedor).
Para decidir corretamente, é preciso avaliar os custos de transporte dos produtos finais e
das matérias-primas para melhor escolher a localização, por exemplo, de uma fábrica.
No nosso exemplo, o ideal é que eu produza nossas uvas perto do mercado consumidor.
No nosso caso, precisamos definir se vamos vender nossas uvas na feira diretamente
para os consumidores finais, a um grande produtor de vinhos na região, a um exportador
de frutas de Juazeiro ou a uma rede de supermercados?
Nessa toada, a teoria econômica fornece instrumentos de análise que ajudam a responder
tais questões econômicas fundamentais, nos ajudando racionalmente a avaliar os custos e os
benefícios inerentes a cada escolha.
Então nosso exemplo bem básico está definido ao respondermos às cinco questões econô-
micas fundamentais:
1 – O que produzir?
Uvas.
2 – Como produzir?
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Escassez e Escolha
Necessidades
humanas
ILIMITADAS
X ESCASSEZ ESCOLHA
Recursos
produtivos
* O que e quanto produzir
LIMITADOS
* Como produzir
* Para quem produzir
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Um dos focos da ciência econômica é avaliar como são administrados os recursos escassos
diante de necessidades ilimitadas, ou seja, em decorrência do problema da escassez, a so-
ciedade precisa fazer escolhas que envolvem decidir o que produzir, quanto produzir, como
produzir e para quem produzir.
Letra c.
Nesse contexto, a Economia se apresenta como a ciência social que se ocupa da adminis-
tração dos recursos escassos entre usos alternativos e fins competitivos.
Chegou a hora de conhecer um conceito para “amarrar” toda essa teoria que envolve a es-
cassez e as escolhas: o custo de oportunidade!
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Em termos práticos, para a firma esse é um custo derivado de sua escassez de recursos,
escassez que a obriga a fazer escolha por esse ou aquele projeto, a optar por uns empreendi-
mentos em detrimento de outros, uma vez que o total dos recursos disponíveis é o limite da
possibilidade de investimentos.
Veja uma situação de custo de oportunidade aplicada ao estudo para uma prova.
Lembre-se de que o custo de oportunidade é aquele custo que representa o fato de ter escolhi-
do uma opção em detrimento de outra.
No caso apresentado pela questão, o custo de oportunidade é representado pela satisfação
que a pessoa deixa de obter ao receber um salário menor, mas trabalhando em uma empresa
com maior potencial de crescimento pessoal.
Entretanto, merece destaque o fato de que a perda de satisfação não é igual para as pessoas,
ou seja, os indivíduos possuem utilidades marginais da renda diferentes.
Nessa toada, não podemos afirmar que o custo de oportunidade seria o mesmo para qual-
quer pessoa.
Errado.
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E então o que ele faz? Volta para casa e deixa de realizar a cirurgia ou chama um eletricis-
ta para fazer esse reparo no sistema de iluminação de casa?
Claro que chama o eletricista, pois o custo de oportunidade face ao nível de especialização que
ele possui é elevadíssimo para ele.
Até aqui beleza!
Mas agora vem o erro da afirmativa... a alocação eficiente dos recursos não necessariamente
é promovida.
Na verdade, aproveitando esse exemplo, nada garante que a esposa do médico compre o rea-
tor correto e contrate o eletricista mais adequado a esse serviço de reparação no sistema de
iluminação da casa.
Errado.
O PULO DO GATO
Podemos dizer também que a CPP expressa a capacidade máxima de produção de uma em-
presa, de um setor econômico ou até de um país.
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Essa definição de capacidade máxima de produção considera que todos os recursos ou fa-
tores de produção que se dispõe em determinado momento estão sendo utilizados em 100%
(cem por cento) da sua capacidade.
Em outras palavras, não tem desperdício nem ociosidade.
Tudo está teoricamente funcionando a pleno emprego, ou seja, a produção efetiva é igual
à produção potencial ou ao produto de pleno emprego.
Importante registar que estamos falando de um conceito teórico, ou seja, na prática, dificil-
mente consegue-se trabalhar efetivamente na capacidade máxima.
Os pressupostos que devem ser utilizados para aplicação do conceito teórico de CPP são
os seguintes:
1) Os recursos produtivos são fixos – não conseguimos alterar a quantidade de recur-
sos disponíveis, ou seja, o número de trabalhadores, de máquinas e de equipamentos é pre-
determinado.
2) A tecnologia é constante – a tecnologia utilizada é sempre a mesma, ou seja, nenhuma
evolução tecnológica deve ser considerada.
3) Os recursos produtivos não são perfeitamente substituíveis entre si – um fator de pro-
dução que produz máquinas, por exemplo, não vai ter a mesma eficiência produzindo alimen-
tos, ou seja, os recursos não são perfeitamente substituíveis entre si. Em outras palavras, eu
não posso pegar uma máquina de produzir roupas e esperar dela a mesma eficiência para
produzir alimentos. Assim, como existe perda de eficiência, não podemos dizer que fizemos
uma substituição perfeita.
4) Somente podem ser produzidos dois produtos diferentes – não podemos ampliar nossa
linha de produtos para três ou mais.
Os economistas resolveram ilustrar essa situação por meio de um gráfico que será expos-
to após apresentarmos as tabelas que contém os dados representados graficamente.
Calma! Mesmo que deteste gráficos, não se assuste! Você vai entender “de boa”.
Nesse gráfico teórico, a escassez de recursos cria um limite máximo à capacidade produ-
tiva de uma empresa, que, dessa forma, terá de fazer escolhas entre as opções de produção.
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Vamos lembrar-nos daquele nosso pequeno pedaço de terra lá em Petrolina, com seu tamanho
fixo, insumos agrícolas limitados e um número fixo de trabalhadores.
Vamos lembrar aquelas opções que tínhamos nesse sítio entre produzir dois tipos de bens:
uva e manga.
Se, como já decido por nós (você também decidiu, lembra?), vamos utilizar toda a terra
para cultivar uva, não haverá área disponível para o plantio de manga.
Por outro lado, se quiséssemos nos dedicar somente à cultura de manga, utilizando todo
o sítio para este fim, não poderíamos plantar a uva.
Mas atenção aqui, pois existem alternativas intermediárias, como a utilização de parte
das terras para o plantio de uvas, ficando a fração restante para o cultivo de mangas.
Vamos admitir ainda a possibilidade de plantarmos uvas e mangas, ou de plantarmos ape-
nas mangas, e que as alternativas de produção de ambos sejam as seguintes (em toneladas):
Alternativas de
Uvas Mangas
produção
A 30 0
B 20 30
C 15 50
D 10 70
E 0 90
O estudo da CPP poderá nos ajudar a ver qual é a forma mais indicada!
Você verá o porquê.
Agora, saindo um pouco do nosso exemplo, imagine uma sociedade que produz apenas ali-
mentos. Imagine também que em um dado momento ela vê a possibilidade ou a necessidade
de produzir máquinas.
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Utilizando esses recursos, ou seja, a sociedade não fez nenhum tipo de investimento (só
na teoria, pois na prática esse investimento tem que ser feito) ou contratação de mão de obra;
com exatamente os mesmos recursos que ela utilizava na produção de alimentos, ela utilizará
na produção de máquinas.
Como os recursos eram utilizados em sua máxima capacidade produtiva, então será ne-
cessário abrir mão da produção de alimentos para produzir máquinas, e essa troca (também
chamada de trade-off) é demonstrada por uma certa função (que não precisamos nos apro-
fundar no momento).
Vamos analisar a tabela de possibilidades de produção:
Podemos notar que na alternativa A a sociedade está produzindo 25 mil máquinas, mas
não está produzindo alimentos.
Já na alternativa E está produzindo 70 toneladas de alimento, mas não está produzin-
do máquinas.
As demais alternativas (B, C, D) são intermediárias, ou seja, produzem ambos os produtos.
Vamos analisar os dados no gráfico a seguir:
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Alimentos
(toneladas)
E
70
60 D
50 Z
C
40
30 B
Y
20
10
A
5 10 15 20 25 Máquinas
(milhares)
Consegue ver?
A curva ABCDE, que é a nossa CPP, indica todas as possibilidades de produção de máqui-
nas e alimentos dentro da sociedade.
Agora observe os pontos fora da curva.
O ponto Y (ou qualquer ponto interno a curva) indica que a sociedade está operando com
capacidade ociosa ou com desemprego, isso quer dizer que os fatores de produção estão
sendo subutilizados.
Assim, as situações apresentadas na “área” em que o ponto Y se encontra são normais
e muito comuns para uma empresa ou para uma sociedade que não utiliza 100% da sua
capacidade.
O ponto Z representa uma combinação impossível de produção, pois está indicando que a
produção seria maior do que a capacidade produtiva da sociedade ou de uma empresa, situ-
ação essa impossível de ocorrer.
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Tenha em mente que a CPP abrange todos aqueles pontos em que a economia está operan-
do em sua capacidade máxima, ou seja, em que está trabalhando com eficiência, já que não
temos recursos ociosos.
Confira um exemplo hipotético:
Note que nos pontos de A, B, C, D e E estamos sobre a CPP. Note ainda que no ponto A só ves-
tuários são produzidos e, no ponto E, só alimentos são produzidos. Assim, nesses pontos, há
especialização completa, mas há eficiência porque estamos sobre a CPP.
Guarde que somente temos ineficiência quando estivermos num ponto dentro da CPP, como
o ponto F, em que a economia está produzindo menos do que poderia se utilizasse toda sua
capacidade.
Errado.
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côncava convexa
Assim, acréscimos iguais na produção de alimentos geram decréscimos cada vez maio-
res na produção de máquinas.
Em outras palavras, o custo de oportunidade é crescente em virtude da eficiência decres-
cente dos fatores de produção quando eles são realocados para produzir outros bens que
não aqueles para os quais foram criados/desenvolvidos. Essa situação é estudada na aula de
teoria da produção, especificamente no tópico lei da produtividade marginal decrescente ou
lei dos rendimentos decrescentes.
Quando estudamos o tema CPP aprendemos que o custo marginal de transformação, tam-
bém chamada de taxa marginal de transformação, é crescente. Essa característica justifica a
CPP ser côncava, ou ter a sua concavidade voltada para baixo, o que torna a questão correta.
Em outras palavras, podemos ver no gráfico a seguir que, dada a concavidade da curva, o
custo de oportunidade de se deixar de produzir vestuário para que se produza mais alimento,
por exemplo, será cada vez MAIOR, visto a produtividade ser menor. Confira:
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Com base na curva colocada anteriormente, do ponto A para o ponto B, se pode produzir 40
unidades de alimentos a mais abrindo-se mão de aproximadamente 10 unidades de vestuá-
rio. Para que sejam produzidas mais 40 unidades de alimentos a partir do ponto B, já passa a
ser necessário abrir mão de aproximadamente 80 unidades de vestuário.
Em suma, considerando a concavidade da curva, podemos ver que o custo de oportunidade
de se deixar de produzir vestuário para que se produza mais alimento, por exemplo, será cada
vez MAIOR, já que, no curto prazo, os fatores não são rapidamente nem facilmente adaptáveis.
Certo.
Se o deslocamento da curva for para a direita indica que a empresa ou sociedade está
crescendo, pois houve um aumento da quantidade física de fatores de produção, ou ainda o
melhor aproveitamento dos recursos já existentes, o que pode ocorrer, por exemplo, com um
progresso tecnológico.
Percebeu que esse deslocamento pode permitir à economia obter maior quantidade de
ambos os bens?
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Se, por outro lado, o deslocamento da curva for para a esquerda indica que a empresa ou
sociedade está decrescendo, podendo ter ocorrido uma diminuição da quantidade física de
fatores de produção.
DICA:
Esses deslocamentos paralelos da CPP ocorrem quando tiver-
mos um movimento de aumento ou de diminuição da capaci-
dade produtiva, como demonstrado no gráfico seguinte.
Deslocamentos positivos:
decorrem da expansão ou
Fronteiras de Possibilidades
melhoria dos fatores de
de Produção
produção disponíveis
(crescimento econômico). 1200
Positivo
Qtd. Produzida de Y
1000
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Vamos agora nos aprofundar no entendimento dos fatores que podem alterar a CPP e de
que forma:
1) Tecnologia – esse é um fator que aumenta a eficiência da produção. Assim, se a tec-
nologia for melhorada, a CPP vai se expandir, para a direita e para cima, mas se a tecnologia
regredir, a CPP vai se encolher, para a esquerda e para baixo.
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O PULO DO GATO
Mudanças nos preços não alteram a CPP. Muito cuidado, pois essa é uma pegadinha clássica!
Observe que os pontos que estão acima da Curva de Possibilidade de Produção – CPP repre-
sentam combinações de bens e serviços que não conseguem ser produzidos em uma econo-
mia, com a dotação de fatores de produção disponíveis.
Já os pontos que estão abaixo da CPP representam alocações ineficientes, ou seja, onde exis-
tem recursos ou fatores de produção com determinado grau de ociosidade.
Dessa maneira, os pontos abaixo da CPP não retratam o problema da escassez, sendo esta
revelada nos pontos ao longo da própria CPP.
Errado.
Nesse ponto da matéria existe uma “pegadinha” em potencial que pode ser explorada pe-
las provas de concursos públicos.
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Estou falando de uma situação diferente daquela anterior, quando tivemos deslocamentos
paralelos da CPP em função de aumento ou de diminuição da capacidade produtiva.
Vamos criar uma situação hipotética. Imagine uma economia que produza cerveja e cachaça.
Suponha que uma nova tecnologia para produção de cerveja aumente a capacidade produtiva
apenas de cerveja. Nesse caso, teríamos um movimento de apenas uma parte da CPP.
Nessa linha de raciocínio, podemos admitir que a maior capacidade obtida no setor de cerveja
pode garantir uma expansão das possibilidades para produção de alimento nesta economia.
Se a nova tecnologia para produzir cerveja aumentou a produtividade neste setor, então pode-
mos deslocar trabalhadores para a produção de cachaça.
No entanto, perceba que a capacidade máxima da produção de cachaça não se alterou, já que
a inovação ocorreu somente no setor de cerveja.
O PULO DO GATO
Dessa forma, a expansão (ou contração) da produtividade restrita a um setor não desloca a CPP
inteira, mas afeta sua inclinação, com o deslocamento de apenas uma das pontas da curva.
Aprendemos que os recursos não são perfeitamente substituíveis entre si. Entretanto, e
se, por acaso, os recursos pudessem ser utilizados para produzir qualquer bem mantendo
a eficiência?
Se isso acontecesse, nós teríamos uma CPP em linha reta (e não mais côncava) e os cus-
tos de oportunidade seriam constantes (não seriam mais crescentes). Confira:
Quantidade de peças B
30
25
20 CPP
15
10
0 10 20 30 40 50 60 Quantidade de peças A
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Observe no gráfico que como a CPP é uma reta, nós sempre estamos abrindo mão de 5
unidades de peças B para termos mais 10 unidades de peças A, independentemente do ponto
em que estamos na reta.
Note que, por outro lado, se a CPP fosse côncava, os custos de oportunidade seriam cres-
centes e nós, para produzirmos mais peças A, abriríamos mão de cada vez mais peças B.
Perceba, portanto, que na CPP linear isso não acontece.
Em outras palavras, para produzir mais peças A, você deve abrir mão sempre da mesma
quantidade de peças B. Isso ocorre porque os custos de oportunidade são constantes, já que
os recursos são perfeitamente substituíveis entre si, ou seja, eles mantêm a eficiência produ-
zindo qualquer um dos dois bens.
DICA
Quando os recursos forem perfeitamente substituíveis entre
si, a CPP será linear e os custos de oportunidade serão cons-
tantes. Mas se os recursos não forem perfeitamente substituí-
veis entre si, a CPP será côncava e os custos de oportunidade
serão crescentes.
A afirmativa está equivocada, pois a forma não linear ocorre pela adaptação imperfeita dos
fatores de produção utilizados.
Voltemos ao nosso bom e velho sítio que produz uvas e/ou mangas. A mão de obra (pense no
agreste do seu cunhado), por exemplo, não consegue ter a excelente produtividade na produ-
ção de manga que possui na delicada produção de uva.
Normalmente, os fatores de produção não se adaptam perfeitamente, por isso o formato de
curva de possibilidade de produção não é linear, mas sim côncava.
Errado.
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DICA
Um sistema econômico deve responder às decisões econômi-
cas fundamentais: o que, quanto, como, quando e para quem
produzir.
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DICA
A China hoje é considerada uma “economia capitalista de es-
tado” ou um “regime socialista de mercado”, já que contem-
pla um governo comunista que abre cada vez mais espaço
para a atuação da iniciativa privada, ou seja, utiliza um regime
político comunista e uma economia de mercado.
SISTEMA ECONÔMICOS
SISTEMA CAPITALISTA ou economia de mercado
Regido pelas forças de mercado, predominando
a livre-iniciativa e a propriedade privada
dos fatores de produção.
CAPITALISMO X SOCIALISMO
CAPITALISMO SOCIALISMO
Economia de mercado e busca do lucro (lei
Economia planificada (controlada pelo
da oferta e da procura) controlada pelas
Estado)
empresas
Sociedade dividida em classes (patrões x Sociedade sem classes (pelo menos na
empregados; burguesia x proletariado) teoria)
Grandes desigualdades sociais (ricos x
Desigualdades sociais menos acentuadas
pobres)
Estímulo ao consumismo Menor estímulo ao consumismo
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Importante destacar que em uma economia de mercado, é o próprio mercado quem res-
ponde às questões econômicas fundamentais (o que, quanto, como, quando e para quem pro-
duzir), diferentemente de uma economia planificada na qual quem define é o governo (órgão
central de planejamento).
Considerando que a economia segue um conjunto de regras, podemos conceituar um Sis-
tema Econômico como sendo o sistema que rege as atividades econômicas de produção,
troca e consumo de bens e serviços.
Podemos conceituar ainda um Sistema Econômico como sendo o modelo econômico
que contempla as regras vigentes em uma economia e suas relações com os componentes
(agentes econômicos), retratando, assim, a vida econômica de um país em cada momento
histórico.
Mercado Centralizada
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SISTEMAS
ECONÔMICOS
ESTRUTURA
ECONÔMICA
FISIOLÓGICAS O QUÊ?
CULTURAL COMO? PRODUÇÃO
SOCIAL PARA DISTRIBUIÇÃO
AUTORREALIZAÇÃO QUEM PRODUZIR? TROCA E CONSUMO
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Em nosso sistema capitalista misto, uma economia de mercado com intervenção governa-
mental, a ordem econômica é fundada na livre iniciativa e na livre concorrência inerentes a
uma economia de mercado, mas também respeita os princípios da dignidade e da justiça so-
cial estabelecidos em função da intervenção governamental na economia.
Certo.
Na verdade, uma alocação justa é aquela que é eficiente e equitativa, ou seja, caso seja efi-
ciente e quando nenhum indivíduo prefere a alocação de outro indivíduo em detrimento da
sua. Nessa pegada, a divisão igualitária não é necessariamente eficiente.
Vamos exemplificar para esclarecer a situação!
Imagine que duas pessoas, João e Pedro, tenham duas unidades de cada um dos bens, X e Y.
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Se João prefere X e o Pedro prefere Y, uma alocação igualitária (uma unidade de X e uma de Y)
para cada um deles não seria eficiente e, portanto, não seria justa no sentido econômico. Ambos
estariam numa melhor situação se pudessem trocar um dos bens por aquele de sua preferência.
Errado.
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Colega, você quer consumir, não quer? E o que você faz para poder comprar aqueles bens
e serviços e ter suas necessidades satisfeitas?
Trabalha!
Ou vai trabalhar depois que passar nesse concurso, certo?
Bom, esse então é o fator de produção Trabalho.
Calma!
Vamos falar do fator de produção Terra.
Imagine que você acabou de receber de herança uma fazenda produtora de uvas na cida-
de de Caxias do Sul – RS.
Você não pretende mudar para lá, pois está estudando e será aprovado em nosso con-
curso, certo?
E aí, o que fazer com a fazenda?
Aí você lembra de um primo que se mudou para aquela região e hoje é um grande produtor
de vinhos por lá.
Está resolvida a questão: você então aluga ou arrenda a sua fazenda para a empresa pro-
dutora de vinhos do seu primo.
Então você, indivíduo, ofertou seu fator de produção terra para uma firma.
O terceiro grupo de fatores de produção, o Capital, corresponde às máquinas, equipamen-
tos, ferramentas, instrumentos, infraestrutura, enfim, bens que foram produzidos anterior-
mente e que continuam a ser utilizados durante algum tempo para a produção de outros bens.
Em suma, são bens usados para produzir outros bens (e não simplesmente aquela ideia que
temos de aplicação financeira).
É com prazer que lhes apresento o famoso e não menos importante: Fluxo Circular da Renda.
Demanda Oferta
Famílias Empresas
Demanda
Oferta Mercado de Fatores de Produção
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Vamos lá!
Para evitar o “decoreba” de setas indo com $ e voltando com outra coisa e vice-versa, va-
mos mastigar isso e entender definitivamente, certo?
Imagine agora o seguinte: quem oferta/produz/vende uma coisa quer o que em troca?
Isso mesmo, dinheiro!
E quem procura/demanda/compra/consome uma coisa tem que dar o que em troca?
Dinheiro também!
Agora entra em cena o outro lado da economia, o lado monetário!
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Mercado de bens e
serviços
Empresas Famílias
Mercado de fatores
de produção
Fluxo monetário
Fluxo real
Vamos chamar esse fluxo de dinheiro de fluxo monetário, no qual ocorrem as transações
monetárias, os pagamentos e os recebimentos. Mas sei que você está louco para visualizar
isso na forma de fluxo monetário, não é? Então aí vai o fluxo monetário:
Empresas Famílias
Assim, nessa figura, os sentidos das setas indicam para onde o fluxo monetário segue.
Na parte de baixo, as famílias recebem dinheiro das empresas por terem oferecido fatores de
produção. E na parte de cima, as empresas recebem dinheiro por terem fornecido bens e ser-
viços, produzidos pelas firmas e colocados à disposição dos indivíduos, que em troca pagam
por esses bens e serviços, gerando a contrapartida monetária da produção.
Vamos ver agora os dois lados da economia: o lado real e o lado monetário:
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Despesas
Receitas
Mercado de
bens e
erviços
Demanda Oferta de
de bens e bens e
serviços serviços
Família Empresas
Oferta de FP
- trabalho
- capital Demanda
- terra de FP
Mercado de fatores
de produção
Renda das Famílias Pagamentos dos
fatores de produção
Fluxos monetários
Fluxos reais
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Basta lembrar do fluxo circular da renda, em que as famílias fornecem capital e trabalho às
empresas que usam tais insumos para produzir bens e serviços e vender no mercado, remune-
rando as famílias.
Letra d.
DICA
Antes de conceituá-las, imagine a variável do fluxo como sen-
do dinâmica, que se refira a um determinado período de tem-
po, como um filme, e, por outro lado, imagine a variável do tipo
estoque como sendo estática, que reflita um momento especí-
fico, como uma fotografia.
As variáveis do tipo fluxo são medidas para um determinado período de tempo, e, por isso,
são expressas em unidades de tempo.
Exemplos: salário mensal, lucro anual, exportações trimestrais, vendas semestrais etc.
O PULO DO GATO
Existe uma inter-relação entre as varáveis do tipo fluxo e as variáveis do tipo estoque, como
no caso da dívida de um país. Note que o saldo da dívida é uma variável do tipo estoque, mas
que é alimentado pelos fluxos de amortizações (pagamentos) e de novas contratações (libe-
rações) ao longo do tempo.
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Exemplo: se escolho trocar meu carro em vez de viajar nas férias ou de aplicar o valor corres-
pondente em minha previdência privada.
Em outras palavras, a assertiva nos diz que cada pessoa enfrenta “trade-offs”, ou seja, esco-
lhas que envolvem análise de custo de oportunidade.
Certo.
1.11.2. Custo de Oportunidade – o Custo de Algo é Aquilo que Você “Abre Mão”
para Poder Obtê-lo
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Manuel Pinon
c) de transação.
d) de eficiência.
e) de equidade.
Cada escolha que fazemos implica em abrir mão de uma opção em detrimento daquela que
escolhemos.
Nesse sentido, abrimos mão de uma oportunidade, ou seja, incorremos em um custo de opor-
tunidade, ou, em outras palavras, essa troca/escolha/trade-off enfrentada pelo agente econô-
mico implica em um custo de oportunidade.
Letra a.
De acordo com esse princípio, os agentes econômicos decidem agir quando a receita mar-
ginal é superior ao custo marginal.
Pensar na margem significa avaliar e, em função dessa avaliação decidir a relação cus-
to-benefício de cada ação, ou seja, se essa ação vai trazer ganhos adicionais líquidos, que
ocorrem quando as receitas adicionais são superiores aos custos adicionais.
Exemplo: suponha, a grosso modo (desconsiderando custos fixos, impostos e outras des-
pesas), que em determinada empresa, o custo de produção marginal para produção de um
sapato seja de R$ 30,00, e que esse sapato seja vendido por R$ 100,00. Nesse caso, temos um
ganho na margem de R$ 70,00 por sapato vendido, o que justifica a produção e venda dessa
unidade adicional.
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I – O trade off entendido como termo que define uma situação de escolha conflitante, ou seja,
quando uma ação econômica, visando à resolução de determinado problema acarreta, inevi-
tavelmente, outros problemas.
II – O custo de oportunidade é aquilo que o agente econômico deve ter de recompensa para
abrir mão de algum consumo.
III – A mudança marginal que é um pequeno ajuste incremental em um plano de ação não re-
vestido de racionalidade econômica.
IV – O incentivo que é algo que induz os indivíduos a agir, tal como a perspectiva de uma pu-
nição ou recompensa.
Está correto o que se afirma em
a) I e II, apenas.
b) II e III, apenas.
c) I e IV, apenas.
d) III e IV, apenas.
e) I, II, III e IV.
I – Certa. Trade off é um termo usado em economia para definir uma situação de escolha
conflitante.
IV – Certa. Um dos princípios de economia é o de que “as pessoas reagem a incentivos”.
II – Errada. Custo de oportunidade envolve escolha, ou seja, é abrir mão de algo em fun-
ção de outra.
III – Errada. Um dos princípios de economia enuncia que “as pessoas racionais pensam na
margem”. De fato, mudança marginal é um pequeno ajuste incremental em um plano de ação,
contudo esse ajuste é decorrente de racionalidade econômica.
Letra c.
Esse princípio guarda relação com o princípio da especialização, por meio do qual as uni-
dades produtivas e os países podem se especializar e, com isso, aumentar a produtividade,
repassando tais ganhos para os consumidores.
Exemplo: imagine que você tivesse que produzir a sua comida, a sua roupa e todos os
demais produtos e serviços que consome. Seria uma loucura! Na prática, você se especiali-
za e presta determinado serviço à sociedade e com a renda que recebe compra os produtos
e serviços produzidos por pessoas e empresas que se especializam na produção desses
produtos/serviços.
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Em outras palavras, quanto maior a produtividade de um país, mais elevado será o padrão
de vida dos habitantes desse país.
Guarde que a produtividade pode ser entendida como quanto uma economia pode produ-
zir a mais de produto, com uma unidade a mais de mão de obra por unidade de tempo.
Exemplo: na média, um trabalhador de um país rico produz mais bens e serviços do que um
trabalhador de um país pobre, tendo assim mais qualidade de vida, manifestada por meio de
acesso a saúde, alimentação de qualidade, educação, dentre outros.
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Bem econômico é aquele que tem preço por ser relativamente escasso ou por exigir tra-
balho humano, além de alguém exercer sobre ele o direito de propriedade e de ser demanda-
do pela sociedade.
Bem de capital é aquele que é utilizado na fabricação de outros bens e que não se des-
gastam totalmente no processo produtivo. Normalmente integram o ativo fixo das empresas
e geram aumento de produtividade da mão de obra. São bens finais.
Bem de consumo é aquele que serve para satisfazer uma necessidade humana (ou do
pet... risos). Podem ser divididos em bens duráveis (como eletrodomésticos) e não duráveis
(como alimentos). É um bem final, ou seja, é vendido para consumo por parte do consu-
midor final.
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Exemplos: Produto Interno Bruto (PIB), a inflação (evolução dos preços), o desemprego etc.
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MICROECONOMIA MACROECONOMIA
RELAÇÃO ENTRE
TRÊS ELEMENTOS AGREGADOS
EMPRESAS E
ATUANTES ECONÔMICOS
CONSUMIDORES
QUE SÃO
DA QUAL ADVÉM QUE SÃO
DICA
Uma forma simples de melhor definir essas duas áreas (Mi-
croeconomia e Macroeconomia) é fazendo-se uma compara-
ção entre ambas, caso o objeto de estudo fosse, por exemplo,
a nossa maravilhosa Floresta Amazônica. Assim, enquanto a
Microeconomia se ocuparia apenas do estudo de determina-
da árvore ou tipos de árvores, a Macroeconomia teria como
objeto de atuação o estudo da floresta de uma forma ampla.
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MACROECONOMIA MICROECONOMIA
Perspectiva geral Perspectiva individual
Países Consumidores
Análise do PIB nacional Análise da produção individual
Atividade do consumir em mercados
Estuda economia como um todo
específicos
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Como na macroeconomia não estudamos mercados específicos, mas sim todos os mercados
de modo agregado, diferentemente da Microeconomia que estuda mercados específicos, po-
demos sim dizer que a diferença é o nível de agregação.
Vamos agora apontar os erros das demais alternativas:
a) Errada, já que esse é um ponto específico objeto de estudo apenas da teoria da firma no
âmbito da Microeconomia.
b) Errada, já que esse é um ponto específico objeto de estudo apenas das estruturas de mer-
cado no âmbito da Microeconomia.
c) Errada, já que ambas estudam essas variáveis, mas com níveis de agregação distintos.
d) Errada, já que a macroeconomia leva em conta as expectativas dos agentes econômicos,
como no estudo das expectativas e na seara da inflação.
Letra e.
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RESUMO
A Economia é uma Ciência Social, já que se ocupa do comportamento humano e estuda
como as pessoas e as organizações na sociedade se empenham na produção, troca e consu-
mo de bens e serviços
Um dos princípios fundamentais da Economia, talvez o seu princípio basilar, é a chamada
lei da escassez, que nos diz que os recursos são escassos, mas as necessidades são ilimita-
das. Isso nos leva a uma das ideias-chave na Economia, que é a ideia da eficiência: maximizar
a produção de bens e serviços, dadas as restrições colocadas pela quantidade limitada de
fatores de produção.
FATORES DE PRODUÇÃO
Os fatores de produção são bens necessários à realização de um dado pro-
duto final. São os elementos que tornam possível a existência de produção.
FATORES DE PRODUÇÃO
RECURSOS
TRABALHO CAPITAL
NATURAIS
Escassez e Escolha
Necessidades
humanas
ILIMITADAS
X ESCASSEZ ESCOLHA
Recursos
produtivos
* O que e quanto produzir
LIMITADOS
* Como produzir
* Para quem produzir
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Demanda
Oferta de Para quem de
Fatores de produzir Fatores
Produção de
Mercado de Fatores de Produção Produção
Fluxo Monetário
Fluxo Real
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ECONOMIA
Introdução à Economia
Manuel Pinon
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ECONOMIA
Introdução à Economia
Manuel Pinon
Despesas
Receitas
Mercado de
bens e
erviços
Demanda Oferta de
de bens e bens e
serviços serviços
Família Empresas
Oferta de FP
- trabalho
- capital Demanda
- terra de FP
Mercado de fatores
de produção
Renda das Famílias Pagamentos dos
fatores de produção
Fluxos monetários
Fluxos reais
Basicamente as variáveis econômicas podem ser dividias em variáveis do tipo fluxo e va-
riáveis do tipo estoque. As variáveis do tipo fluxo são medidas para um determinado período
de tempo (filme) e as variáveis do tipo estoque são medidas em uma determinada data (foto).
Dez princípios da economia de MANKIW:
1) Os indivíduos enfrentam “trade-offs” (escolhas).
2) Custo de Oportunidade – o custo de algo é aquilo que você “abre mão“ para poder obtê-lo.
3) Pessoas racionais pensam na margem (decisões marginais).
4) Pessoas reagem a incentivo.
5) O comércio pode ser benéfico a todos.
6) Os mercados são, geralmente, uma boa maneira de organizar a atividade econômica e
tendem ao equilíbrio.
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ECONOMIA
Introdução à Economia
Manuel Pinon
MICROECONOMIA MACROECONOMIA
QUE SÃO
OS PREÇOS MERCADO
BENS
DE DIVISAS:
DE SERVIÇO
CÂMBIO, DÓLAR
MERCADO
MERCADO
DE TÍTULOS:
DE TRABALHO
DÉFICIT E SUPERÁVIT
MERCADO
MONETÁRIO:
JUROS
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ECONOMIA
Introdução à Economia
Manuel Pinon
Resumindo, temos:
MACROECONOMIA MICROECONOMIA
Perspectiva geral Perspectiva individual
Países Consumidores
Análise do PIB nacional Análise da produção individual
Atividade do consumir em mercados
Estuda economia como um todo
específicos
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ECONOMIA
Introdução à Economia
Manuel Pinon
MAPA MENTAL
3 – objetivos da empresa
Como produzir?
Maximizar a produção
Escolhas
de bens e serviços, Quanto produzir?
dadas as restrições Eficiência
colocadas pela Econômica Onde produzir?
quantidade limitada de
fatores de produção Para quem produzir?
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Introdução à Economia
Manuel Pinon
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ECONOMIA
Introdução à Economia
Manuel Pinon
das atividades econômicas de produção e consumo não é afetado por ela, dependendo exclu-
sivamente do sistema econômico vigente.
b) O problema central da economia refere-se ao emprego de recursos econômicos escassos
de forma a gerar o maior produto possível sem, no entanto, ocupar-se da forma como esses
bens e serviços são distribuídos na sociedade.
c) A fim de atender às necessidades humanas ilimitadas, a economia promove a utilização
máxima dos recursos disponíveis na produção de bens e serviços que agregam maior valor
econômico.
d) O emprego dos escassos recursos econômicos não representa um problema para a econo-
mia, visto que não há usos alternativos para eles.
e) A economia tem como objeto de estudo a questão da escassez, ou seja, a forma como a
sociedade decide empregar recursos escassos entre usos alternativos.
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Introdução à Economia
Manuel Pinon
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Introdução à Economia
Manuel Pinon
IV – O incentivo que é algo que induz os indivíduos a agir, tal como a perspectiva de uma pu-
nição ou recompensa.
Está correto o que se afirma em
a) I e II, apenas.
b) II e III, apenas.
c) I e IV, apenas.
d) III e IV, apenas.
e) I, II, III e IV.
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Introdução à Economia
Manuel Pinon
QUESTÕES DE CONCURSO
027. (CESPE/SEFAZ-ES/AFTE/2010) Com relação ao crescimento econômico, ao consumo e
ao investimento, julgue o próximo item.
A macroeconomia estuda as flutuações econômicas e o produto efetivo em análises de curto
prazo. Já em avaliações de longo prazo, ela estuda o crescimento econômico e produto potencial.
É isso mesmo!
Enquanto cabe à Macroeconomia estudar o comportamento dos grandes agregados econô-
micos de forma global, como Produto Interno Bruto (PIB), inflação, desemprego etc., ou seja,
estudar a floresta, cabe à Microeconomia estudar o comportamento das unidades produtivas
(empresas ou firmas), dos indivíduos, de determinados mercados etc.
No curto prazo, a macroeconomia se ocupa justamente com o estudo das flutuações dos
agregados macroeconômicos, e na visão de longo prazo o foco é o crescimento da economia
e pleno emprego.
Certo.
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ECONOMIA
Introdução à Economia
Manuel Pinon
Quem estuda as árvores é a Microeconomia, que estuda o comportamento das unidades pro-
dutivas (empresas ou firmas), dos indivíduos, de determinados mercados etc.
Errado.
Nessa questão temos uma mistura de conceitos de Microeconomia com conceitos de Macro-
economia, mas que podem sim ser aplicados em conjunto.
Extrapolando a situação apresentada no gráfico (micro) para uma representação da econo-
mia de modo global (macro), podemos fazer um paralelo entre o que ocorre com uma empresa
e o que ocorre com a economia.
Assim, se uma empresa opera abaixo da linha da CPP, vemos que ela tem recursos ocio-
sos (hiato da produção), ou seja, não está utilizando os seus recursos com 100% da sua
capacidade.
O mesmo vale para a economia de forma global. Quando existem recursos ociosos, o nível de
produção total (produto nacional bruto) fica abaixo da CPP, e assim temos ociosidade, ou seja,
hiato do produto nacional bruto.
Observe a ilustração:
Agora note que o ponto F é um ponto no interior a CPP, logo nesse ponto a economia está
produzindo menos do que poderia, afinal, se usasse todo seu potencial, a economia poderia
produzir mais dos dois bens.
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ECONOMIA
Introdução à Economia
Manuel Pinon
Quando falamos que o hiato do produto nacional bruto é elevado, estamos dizendo que o pro-
duto nacional efetivo está distante do produto nacional potencial desta economia, ou seja, a
situação de hiato está situada no interior da CPP, como no caso do ponto F.
Em contraste, não é caso de hiato do produto quando a economia opera em cima da CPP,
como nos pontos de A, B, C, D e E.
Certo.
PEGADINHA DA BANCA
Assim, a palavra “somente” torna a alternativa errada. Desconfie em prova de palavras como
somente, nunca e sempre. O examinador as coloca para induzi-lo ao erro!
Errado.
Outra questão de excelente nível que exigiu do candidato raciocínio aplicado aos conceitos
aprendidos. Para resolver essa questão, a melhor forma é tentarmos visualizar na CPP o que
o examinador está dizendo. Para isso, vamos pegar emprestado o gráfico a seguir.
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ECONOMIA
Introdução à Economia
Manuel Pinon
O que a afirmativa diz inicialmente é: existe desemprego, ou seja, estamos no ponto D (ponto
abaixo da curva), mas esse desemprego é reduzido (a mão de obra que estava ociosa passa
a ser utilizada), ou seja, o fator trabalho foi utilizado de forma mais eficiente (houve redução
da ineficiência – ociosidade.
Até aqui, beleza!
Estávamos no ponto D, mas agora estamos indo em direção à curva em que estão os
pontos A e B.
Mas no final o examinador tenta te pegar. Ele fala que essa nova situação desloca a fronteira
de possibilidades da economia para cima e para a direita.
Mas como, se não houve aumento dos fatores de produção?
Na verdade, o que ocorreu, como vimos, foi que o fator trabalho foi utilizado de forma mais
eficiente.
Não houve, por exemplo, aumento do fator de produção mão de obra, ou seja, estávamos no
ponto D, mas agora estamos indo em direção à curva em que estão os pontos A e B.
Errado.
Na verdade, cabe a um modelo econômico “modelar” a vida real, ou seja, eles não podem ig-
norar a complexidade do mundo real.
Além disso, os modelos econômicos são dedutivos, diferentemente do método indutivo ou de
indução, no qual o raciocínio é que, após considerar um número suficiente de casos particu-
lares, chega-se a uma verdade geral.
Em suma, o erro aparece na parte final da assertiva, quando diz que os modelos ignoram a
complexidade do mundo real, o que é errado!
Errado.
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Introdução à Economia
Manuel Pinon
Veja bem, trata-se de um imóvel de propriedade do Ministério da Justiça (MJ) que está sendo
alugado, ou seja, o MJ recebe dinheiro por alugar esse espaço a terceiros.
Desse modo, a ocupação desse imóvel pelo MJ fará com que esse rendimento de aluguel
deixe de ser auferido.
Existe, portanto, um custo de oportunidade para o MJ em ocupar esse imóvel que equivale ao
valor do aluguel.
Certo.
Na situação em tela, as despesas efetuadas com a formação do profissional não são custos
de oportunidade, já que elas já tinham sido incorridas anteriormente, independentemente de
sua decisão acerca do pedido de demissão e da abertura do escritório.
Nessa toada, ao optar por abrir o escritório e se demitir, o custo de oportunidade do profis-
sional é o salário que deixará de receber ao pedir demissão para se dedicar a outra atividade
profissional.
Errado.
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Introdução à Economia
Manuel Pinon
Lembre-se de que o custo de oportunidade é aquele custo que representa o fato de ter esco-
lhido uma opção em detrimento de outra. Nessa toada, não é um custo efetivo, mas uma con-
sequência traduzida em um custo trazido pelo benefício da alternativa que não foi a escolhida.
No caso em tela, o funcionário que se muda deixa de lado o conforto, a tranquilidade e a se-
gurança da pequena cidade em que vivia, mas ao optar por aceitar o convite, ele deve levar
em conta tanto o seu crescimento na empresa, quanto o ônus de ter de viver numa cidade
menos segura.
Certo.
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Introdução à Economia
Manuel Pinon
Vamos partir da ideia que o custo de oportunidade representa, no caso em tela, a quantidade
que se deixa de produzir de um bem para que se possa produzir outro bem.
Nessa toada, o estado de Goiás tem capacidade para produzir 6 milhões de toneladas de mi-
lho e 8 milhões de soja, ou uma situação intermediária envolvendo a produção dos dois grãos.
Dessa forma, para cada 1 milhão de toneladas de milho que produz, Goiás deixa de produzir
1,33 milhão de toneladas de soja, ou, falando em termos técnicos, o custo de oportunidade de
produzir milho em relação a soja é de 1,33.
Repare que no estado do Mato Grosso o custo de oportunidade é maior, já que esse Estado
pode produzir 11 milhões de toneladas de milho e 22 milhões de toneladas de soja ou uma
combinação desses dois produtos, ou seja, para cada 1 milhão de toneladas de milho que
produz, deixa de produzir 2 milhões de toneladas de soja.
Errado.
Na verdade, a curva de possibilidades de produção não tem nada a ver com os desejos da
sociedade em consumir bens alternativos.
A curva de possibilidades de produção diz respeito apenas à capacidade e à eficiência da
utilização dos fatores de produção, demonstrando as possibilidades de produção combinada.
Errado.
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Introdução à Economia
Manuel Pinon
Ao instituir política de reajuste do salário mínimo com ganhos reais, o governo brasileiro fixa,
para alguns municípios, remunerações acima do equilíbrio do mercado, o que leva a economia
nesses locais para um ponto situado abaixo da curva de possibilidade de produção.
Repare que se for fixado um salário mínimo acima do equilíbrio de mercado, para alguns mu-
nicípios, o custo da produção nesses locais se eleva, fazendo com que a economia não consi-
ga operar de maneira eficiente e deixe de operar em pleno emprego dos fatores de produção,
ou seja, gera ociosidade de recursos.
Certo.
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Introdução à Economia
Manuel Pinon
Note que a concavidade da curva tem a ver com o custo da especialização e isso está direta-
mente ligado à lei de rendimentos decrescentes.
Assim, no ponto D temos a produção concomitante de 60 toneladas de alimentos e 10 mil
máquinas e, como estamos sobre a curva, estamos utilizando a capacidade máxima des-
ta economia.
Ora, se quisermos aumentar a produção de máquinas em 5 mil, chegando a 15 mil máquinas,
devemos abrir mão da produção de 10 toneladas de alimentos, ficando com 50. E, assim, es-
tamos nos deslocando até o ponto C.
Entretanto, se quisermos aumentar novamente a produção de máquinas em 5 mil, chegando
a 20 mil unidades, não basta mais abrir mão de 10 toneladas de alimentos, pois a taxa de
sacrifício aumenta e teremos que abrir mão de 20 toneladas de alimento, indo até o ponto B.
Desse modo, está configurada a lei de rendimentos decrescentes, pois para cada aumento
adicional no número de máquinas produzidas, a quantidade de alimentos produzidos de que
abrimos mão fica cada vez maior e, assim, é cada vez mais custoso na margem produzir má-
quinas, e vice-versa (devido à concavidade da curva).
Letra c.
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Introdução à Economia
Manuel Pinon
O custo de oportunidade, no caso em tela, é o custo da decisão de optar entre ter um trabalho
legal ou outro ilegal. Assim, para decidir permanecer em uma atividade ilegal, quanto maior
for o salário ofertado no mercado de trabalho legal, maior será o custo de oportunidade de
permanecer na ilegalidade.
Certo.
O CESPE nos trouxe uma definição perfeita da fronteira de possibilidades de produção. Ora,
como se trata de uma construção gráfica bidimensional, estamos falando do potencial pro-
dutivo de um país (ou região) na produção de um par de bens e serviços. Se fosse construída
em três dimensões, então poderíamos tratar de um trio de bens e serviços. Confirme, visuali-
zando o gráfico:
Certo.
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Introdução à Economia
Manuel Pinon
Essa questão exigiu, além do conhecimento dos conceitos de escassez, escolha, custo de
oportunidade e da curva de possibilidade de produção, um bom raciocínio do(a) candidato(a).
Em outras palavras, o que a assertiva disse de modo simplificado foi: as mulheres se qualifi-
caram e entraram no mercado de trabalho. Essa situação provocou o deslocamento da CPP
para a direita, gerando crescimento econômico. Vocês concordam com esse raciocínio?
Eu concordo e foi o que realmente ocorreu no mundo real. Parabéns às mulheres que am-
pliaram o fator de produção mão de obra e contribuíram para o crescimento econômico do
nosso país!
Até aqui, beleza!
No entanto, existe um erro na afirmativa! O erro está na parte em que a afirmativa diz que
houve uma redução do custo de oportunidade do trabalho doméstico.
Na verdade, houve um aumento, pois como as mulheres tiveram melhores oportunidades no
mercado de trabalho, passou a não valer à pena para elas ficar fazendo apenas trabalhos
domésticos.
Em suma, o custo de oportunidade do trabalho doméstico aumentou.
Errado.
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Introdução à Economia
Manuel Pinon
Questão que pode ser resolvida com a visualização do fluxo circular da renda.
Demanda Oferta
Famílias Empresas
Demanda
Oferta Mercado de Fatores de Produção
Repare que os agentes (empresas e famílias) da sociedade se organizam, sendo que no caso
dos bens e serviços temos como produtores as empresas e como consumidores as famílias.
Já para os fatores de produção, as famílias são produtoras e as empresas os consumidores.
Letra c.
Quantidade Quantidade
Possibilidades
Bens Máxima de Máxima
Intermediárias
Asfalto de Gasolina
Asfalto (milhões de
150 140 120 90 70 0
toneladas)
Gasolina (milhões de
0 10 20 30 40 50
litros)
Esta tabela gera a seguinte sequência de pares de quantidades de produção possíveis (Asfal-
to, Gasolina):
(150,0); (140,10); (120, 20); (90,30); (70,40); (0,50)
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ECONOMIA
Introdução à Economia
Manuel Pinon
Se esta economia observar uma forte retração de suas reservas petrolíferas, coeteris pa-
ribus, a sequência de pares de quantidades de produção possíveis (Asfalto, Gasolina) mais
provável será
a) (160,0); (155,20); (125,35); (93,50); (71,70); (0,90).
b) (200,0); (190,5); (150,15); (110,20); (90,30); (0,40).
c) (150,0); (140,10); (120,20); (90,30); (70,40); (0,50).
d) (130,0); (120,15); (100,32); (80,55); (60,75); (0,100).
e) (130,0); (120,7); (100,13); (80,22); (60,30); (0,42).
O petróleo é insumo para produção dos seus derivados, com destaque na questão para a ga-
solina e o asfalto. A economia em tela pode produzir 150 milhões de toneladas de asfalto se
direcionar todos os recursos para isso ou produzir 50 milhões de litros de gasolina também
se direcionar todos os recursos para isso, ou seja, nesses extremos temos produção nula do
outro produto.
Nessa toada, as combinações de produção intermediárias estão colocadas de modo que à
medida que aumenta a produção de gasolina, cai a produção de asfalto e vice-versa. Assim,
se tivermos uma redução da disponibilidade de petróleo, essas possibilidades de produção
caem. Repare que a única alternativa que segue essa sistemática para todas as combinações
é a alternativa e.
Letra e.
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Introdução à Economia
Manuel Pinon
Demanda Oferta
Famílias Empresas
Demanda
Oferta Mercado de Fatores de Produção
Basicamente, podemos ver que as transações neste modelo simplificado ocorrem nos merca-
dos de bens e serviços (ofertados pelas firmas), e no mercado de fatores de produção, no caso,
capital e trabalho (ofertados pelas famílias).
Cabe às famílias ofertarem os fatores de produção e receberem em troca a remuneração de-
vida. Já as empresas ofertam os bens e serviços que produzem, que são demandados pe-
las famílias.
Podemos ver claramente que, de um lado, a renda das famílias é gasta na aquisição dos bens
e serviços ofertados pelas empresas, e de outro que a demanda das firmas pelos fatores de
produção é a renda das famílias.
Letra d.
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Manuel Pinon
GABARITO
1. C 37. C
2. C 38. C
3. c 39. E
4. E 40. E
5. E 41. C
6. e 42. c
7. C 43. a
8. C 44. C
9. E 45. C
10. E 46. E
11. C 47. c
12. E 48. e
13. C 49. d
14. b 50. c
15. E
16. E
17. C
18. E
19. D
20. C
21. a
22. c
23. E
24. E
25. C
26. e
27. C
28. E
29. E
30. C
31. E
32. E
33. E
34. C
35. E
36. C
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Introdução à Economia
Manuel Pinon
REFERÊNCIAS
1 – Fundamentos de Economia– 6ª Edição – Editora Saraiva – Autores Marco Antônio Sando-
val Vasconcelos e Manuel Enrique Garcia.
5 – Introdução à Economia– Editora FRAS – Autores Paulo Viceconti e Silvério das Neves.
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Manuel Piñon
Atualmente, exerce o cargo de Auditor-Fiscal da Receita Federal do Brasil e é Professor, voltado para a
área de concursos públicos.
Foi aprovado nos seguintes concursos públicos:
1 – Auditor-Fiscal da Receita Federal do Brasil – AFRFB 2009/2010;
2 – Analista de Finanças e Controle – AFC (hoje, Auditor Federal de Finanças e Controle) da Controladoria-
Geral da União – CGU (hoje, Ministério da Transparência) em 2008; e
3 – Auditor-Fiscal do Tesouro Nacional – AFTN (Auditor-Fiscal da Receita Federal do Brasil) em 1998.
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