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ECONOMIA

Introdução à Economia

SISTEMA DE ENSINO

Livro Eletrônico
ECONOMIA
Introdução à Economia

Sumário
Manuel Pinon

1. Introdução à Economia............................................................................................................... 3
1.1. Conceitos Iniciais....................................................................................................................... 3
1.2. Escassez de Recursos X Necessidades Ilimitadas.. ........................................................... 6
1.3. Eficiência Econômica. . .............................................................................................................12
1.4. Escolhas.....................................................................................................................................12
1.5. Custo de Oportunidade...........................................................................................................16
1.6. Curva de Possibilidade de Produção. . ................................................................................. 18
1.7. Formas de Organização da Atividade Econômica. . ............................................................31
1.8. Economia do Bem-estar........................................................................................................ 35
1.9. Funcionamento de uma Economia de Mercado: Fluxos Reais e Monetários. . ........... 36
1.10. Variáveis Fluxo X Estoque................................................................................................... 41
1.11. Dez Princípios da Economia. . ...............................................................................................42
1.12. Classificações dos Bens.. ..................................................................................................... 47
1.13. Microeconomia X Macroeconomia. . ...................................................................................48
Resumo............................................................................................................................................. 52
Mapa Mental................................................................................................................................... 58
Questões Comentadas em Aula.................................................................................................. 59
Questões de Concurso..................................................................................................................64
Gabarito............................................................................................................................................ 79
Referências......................................................................................................................................80

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1. Introdução à Economia
1.1. Conceitos Iniciais
Existem muitas maneiras de conceber a Economia como um ramo do conhecimento.

Mas, afinal, o que é isso? O que a Ciência Econômica estuda?

A Economia é uma ciência social que estuda como a sociedade escolhe (decide) empregar
seus recursos produtivos (fatores de produção) escassos na produção e distribuição de bens
e serviços para a satisfação das necessidades (ilimitadas) de sua população.

001. (FCC/ALAP/ANALISTA/2020/ADAPTADA) Julgue:


A Economia estuda a forma pela qual uma sociedade organiza a sua produção.

Em outras palavras, Economia é a ciência social que estuda a produção, a circulação e o con-
sumo dos bens e serviços aplicados na satisfação das necessidades humanas.
Certo.

Podemos dizer que, considerando a escassez dos fatores de produção, a sociedade preci-
sa fazer escolhas entre as possibilidades de produção e de distribuição dos seus resultados
para satisfazer as necessidades da sua população.
Note que dessa singela definição podemos tirar algumas palavras-chave que represen-
tam conceitos importantíssimos que serão “trabalhados” em nosso curso:
• Ciência Social.
• Escolha.
• Escassez.
• Recursos Produtivos.
• Produção.
• Distribuição.
• Consumo.
• Bens e Serviços.
• Necessidades.

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002. (FCC/ALAP/ANALISTA/2020/ADAPTADA) Julgue:


A distribuição do produto nacional é parte central do problema econômico.

Em outras palavras, a distribuição da riqueza produzida também é um aspecto fundamental


nas decisões econômicas de uma sociedade, considerando os seus recursos escassos e as
necessidades ilimitadas de sua população.
Certo.

Vamos agora apresentar um brevíssimo histórico do pensamento econômico, um embasa-


mento mínimo, para facilitar o entendimento do curso quando as teorias forem apresentadas.
Para os economistas clássicos, que têm como expoentes maiores os mestres Adam Smi-
th (e a sua famosa ideia da “mão invisível”), David Ricardo e John Stuart Mill, a Economia é
o estudo do processo de produção, distribuição, circulação e consumo dos bens e serviços
(riqueza).
A ideia principal desse grupo de economistas clássicos é que o mercado é autoajustável.
Assim, automaticamente qualquer desequilíbrio seria neutralizado pelas forças naturais des-
se mercado, sem, portanto, haver necessidade de intervenção do Governo.
Outro aspecto que merece destaque em relação à teoria econômica clássica é a ideia de
que a oferta agregada cria a sua própria demanda (Lei de Say). Assim, para os clássicos, o
“gargalo” da economia estava na produção, ou seja, não existia, teoricamente, limite do lado
da demanda, mas sim do lado da oferta de bens e serviços. Em outras palavras, bastava pro-
duzir que os compradores apareciam.
Evoluindo no tempo, para os autores ligados ao pensamento econômico neoclássico, a
Economia pode ser definida como a ciência das trocas ou das escolhas.
Neste caso, a Economia lidaria com o comportamento humano enquanto condicionado
pela escassez dos recursos: a Economia trata da relação entre fins e meios (escassos) dis-
poníveis para atingi-los.
Deste modo, o foco da ciência econômica consistiria em estudar os fluxos e meios da
alocação de recursos para atingir determinado fim, qualquer que seja a natureza deste último.
A crise de 1929 e o “crack” da bolsa de Nova York contrariaram a ideia de que a oferta
agregada cria sua própria demanda. Houve naquela época um excesso de oferta em relação
à demanda agregada e as consequências foram a recessão e o alto desemprego. Ficou claro
nesse momento que a “mão invisível” do mercado não foi suficiente para levar a economia
novamente à prosperidade.

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Dessa crise surgiu uma nova escola: a keynesiana, cuja ideia principal é a de que a deman-
da agregada cria a sua oferta. Assim, cabia ao Governo, por meio de políticas fiscais (espe-
cialmente via realização de obras públicas), estimular o aumento da demanda e assim gerar
aumento do emprego e da renda. Daí surgiu o modelo Keynesiano de determinação da Renda
que será objeto de nosso estudo ao longo do curso.
Podemos dizer, portanto, que o objetivo da Ciência Econômica é analisar os problemas
econômicos e formular soluções para resolvê-los visando, em última instância, à melhoria da
qualidade de vida da população.
De qualquer modo, seja qual for a teoria econômica ou a escola, o certo é que a Economia
é uma Ciência Social, já que se ocupa do comportamento humano e estuda como as pessoas
e as organizações na sociedade se empenham na produção, troca e consumo de bens e ser-
viços, integrando as chamadas ciência humanas.
É isso mesmo! A Economia não é uma ciência exata, cujas leis ou proposições possam
ser verificadas em um laboratório. Apesar de envolver números, a Ciência Econômica é uma
ciência social. Por isso que os economistas erram tanto em suas previsões e discordam tan-
to entre si.

003. (FCC/ARSETE/ECONOMISTA/2016) Segundo Gilles-Gaston Granger, a Economia é, “si-


multaneamente e confusamente, ciência das coisas, ciência das ações e ciência das estru-
turas sociais.” (GRANGER, G. G. Méthodologie économique. 1955, p.2). A citação acima é ex-
plicada por:
a) o economista realiza experimentos perfeitamente controlados, atingindo, em suas previ-
sões, a precisão das ciências da natureza.
b) o conceito de Economia exclui a noção de que esta é uma ciência que trata dos produtos
da atividade humana.
c) o conteúdo da Economia pode variar segundo o enfoque de cada autor ou escola: apresen-
ta-se, por exemplo, como amplo sistema contábil que descreve o circuito dos produtos, em
estrita ligação com o funcionamento de uma sociedade.
d) a Economia propõe uma abordagem cujas relações essencialmente determinadas por ele-
mentos objetivos, externos ao ser humano.
e) a Economia não possui caráter científico.

Como uma ciência social e dinâmica, inexiste consenso entre as escolas a respeito da teoria
econômica, com cada uma delas com sua visão distinta e até oposta às demais.
Vamos agora apontar os erros das demais alternativas:

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a) Errada. Na verdade, de modo distinto das ciências exatas, em que o pesquisador consegue
criar experimentos em um sistema controlado e extrair conclusões a partir dele, na ciência
econômica, de cunho social, o economista não dispõe de uma sociedade experimental em que
possa aplicar métodos científicos e alcançar previsões acuradas
b) Errada. Na verdade, a Economia é uma ciência social que, essencialmente, estuda o com-
portamento humano diante do problema da escassez
d) Errada. Na verdade, a Economia é uma ciência social com elementos objetivos e elementos
subjetivos.
e) Errada. Na verdade, a Economia é sim uma ciência, com natureza social que, essencialmen-
te, estuda o comportamento humano diante do problema da escassez
Letra c.

1.2. Escassez de Recursos X Necessidades Ilimitadas


Um dos princípios fundamentais da Economia, talvez o seu princípio basilar, é a chamada
lei da escassez, que nos diz que os recursos produtivos (fatores de produção) são escassos,
mas as necessidades humanas são ilimitadas.

004. (CESPE/TCE-PA/AUDITOR/2016) A respeito dos conceitos fundamentais de microeco-


nomia, julgue o item a seguir.
A Economia é a ciência social na qual se estuda como os indivíduos tomam decisões sob a
hipótese de que os recursos, se produzidos e distribuídos com eficiência, serão suficientes
para suprir todas as necessidades da coletividade.

A Economia é uma ciência social e o seu princípio basilar é a chamada lei da escassez, que
nos diz que os recursos produtivos (fatores de produção) são escassos, mas as necessidades
humanas são ilimitadas.
A ideia-chave na Economia é necessidade de eficiência, ou seja, maximizar a produção de bens
e serviços, dadas as restrições colocadas pela quantidade limitada de fatores de produção.
Assim, a Economia, conhecida como ciência da escassez, estuda como os indivíduos tomam
decisões sob a hipótese de que os recursos são escassos, em um contexto em que os desejos
e necessidades humanos são ilimitados.
Em suma, determinada restrição orçamentária sempre irá impedir que um indivíduo adquira
tudo o que necessita/deseja.
Errado.

Guarde bem esse “mantra”: RECURSOS ESCASSOS, NECESSIDADES ILIMITADAS!


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Em outras palavras, as necessidades humanas são ilimitadas, enquanto que os recursos


necessários à produção dos bens e serviços capazes de satisfazer a essas necessidades são
escassos (existem em quantidades limitadas). Por isso, a Economia é chamada então por
muitos como a ciência da escassez.
As necessidades humanas variam desde as mais elementares, tais como comida e mo-
radia, até as mais sofisticadas, como assistir a um concerto de música clássica em Viena,
fazer uma cirurgia plástica ou obter determinado conhecimento especializadíssimo (imagine
alguém que faz um curso que aborda a reprodução das girafas na África Oriental).
Essas necessidades humanas são consideradas infinitas, basicamente, por dois motivos
principais:
a) porque se renovam dia após dia, exigindo contínuo suprimento de bens e serviços para
atendê-las (por exemplo, alimentação, vestuário e transporte);
b) porque tendem a seguir uma escala de sofisticação: a cada dia surgem novos desejos e
novas necessidades, motivadas pelas perspectivas de aumento do padrão de vida da socieda-
de (por exemplo, os “smartphones” e seus aplicativos, carros automáticos e roupas da moda).
Na verdade, a ideia básica aqui é a de que “o homem é um eterno insatisfeito”.
Para suprir à inúmera quantidade e diversidade de desejos humanos, é preciso que sejam
produzidos certos bens e serviços.
Entende-se o conceito de bem de uma forma ampla, sendo tudo aquilo capaz de atender
a uma necessidade humana. Os bens podem ser materiais (quando é possível atribuir-lhes
características físicas, tais como tamanho, forma e cor) e imateriais (os chamados bens in-
tangíveis como os diversos tipos de serviços).
Como sabemos, a produção dos bens, por sua vez, exige o uso de certo conjunto de re-
cursos, os chamados fatores de produção, que usualmente são classificados pela ciência
econômica em três grandes grupos:
a) O fator de produção “Terra” (recursos naturais), incluindo o solo e as diversas riquezas
naturais, como minérios (incluindo o petróleo) e recursos hídricos. O volume dos recursos
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naturais também depende do nível tecnológico, que influencia na possibilidade de aproveita-


mento das fontes de energia, das matérias-primas e dos meios de transporte.

O PULO DO GATO
Importante destacar que somente são considerados como fatores de produção aqueles recur-
sos naturais que podem ser incorporados às atividades econômicas. Assim, por exemplo, um
recurso mineral localizado em uma grande floresta, que não possa ser escoado pela falta de
estradas, não é considerado um fator de produção, até que possa ser utilizado na produção de
algum bem ou serviço.

b) O fator de produção “Trabalho” (mão de obra), representado pela força de trabalho hu-
mano, seja ele físico ou intelectual. No Brasil, é considerada como fator de produção trabalho,
a PEA – População Economicamente Ativa.
c) O fator de produção “Capital”, que corresponde às máquinas, aos equipamentos, às fer-
ramentas, aos instrumentos, à infraestrutura, dentre outros, ou seja, bens que foram produzi-
dos anteriormente e que continuam a ser utilizados durante algum tempo para a produção de
outros bens. Esse conjunto de bens é denominado “estoque de capital”, e quanto maior esse
estoque, mais produtiva é uma economia.

005. (CESPE/ANAC/ANALISTA/2012) Julgue o item a seguir, acerca dos fatores de produção.


Os fatores de produção podem ser classificados em naturais, trabalho e capital, sendo este
último dividido em físico e humano. O capital físico é formado pelos recursos manufaturados
utilizados na produção, pela educação e pelo conhecimento incorporado na força de trabalho.

Realmente, podemos dividir os insumos de produção em naturais, trabalho e capital, sendo


esse ainda dividido em físico e humano. Entretanto, a educação, ou seja, o conhecimento
incorporado na força de trabalho, é um capital humano, e não um capital físico, tendo uma
natureza bastante subjetiva de valoração em termos de geração de capacidade produtiva.
Errado.

Importante destacar que, num dado momento, toda sociedade possui um estoque limita-
do de recursos ou fatores de produção. Isso significa que não é possível produzir uma quan-
tidade infinita de bens, porque os recursos são limitados.
Voltamos ao problema econômico fundamental da ESCOLHA: de um lado, as necessida-
des humanas são ilimitadas; de outro, os recursos/fatores de produção que devem ser utiliza-
dos para produzir os bens – que irão atender a essas necessidades – são limitados.

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006. (IADES/HEMOCENTRO-DF/ANALISTA/2017) Considerando que a Economia é uma ciên-


cia social fundamental para o estudo da escassez e dos problemas dela decorrentes, assinale
a alternativa correta.
a) A organização política de uma sociedade afeta a forma como ela escolhe os próprios repre-
sentantes e elabora as normas que regularão as relações sociais, contudo o desenvolvimento
das atividades econômicas de produção e consumo não é afetado por ela, dependendo exclu-
sivamente do sistema econômico vigente.
b) O problema central da economia refere-se ao emprego de recursos econômicos escassos
de forma a gerar o maior produto possível sem, no entanto, ocupar-se da forma como esses
bens e serviços são distribuídos na sociedade.
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c) A fim de atender às necessidades humanas ilimitadas, a economia promove a utilização


máxima dos recursos disponíveis na produção de bens e serviços que agregam maior valor
econômico.
d) O emprego dos escassos recursos econômicos não representa um problema para a Econo-
mia, visto que não há usos alternativos para eles.
e) A Economia tem como objeto de estudo a questão da escassez, ou seja, a forma como a
sociedade decide empregar recursos escassos entre usos alternativos.

Como os recursos são escassos e nossas necessidades ilimitadas, a Economia tem por obje-
to de estudo a forma de alocação destes recursos entre usos alternativos.
Vamos agora avaliar as demais alternativas:
a) Errada. As atividades econômicas são diretamente afetadas pelas escolhas dos represen-
tantes políticos. Note o efeito das eleições e das suas expectativas na bolsa de valores, na
cotação do dólar e na economia em geral.
b) Errada. A Economia tem por objeto de estudo a forma de alocação dos recursos limitados
entre usos alternativos para atender as necessidades ilimitadas.
c) Errada. Não se pode afirmar que a economia promove a utilização máxima dos recursos
disponíveis na produção de bens e serviços que agregam maior valor econômico, pois, se
assim fosse, somente bens com maior valor agregado seriam produzidos, em detrimento das
commodities, por exemplo.
d) Errada. Na verdade, temos mais possibilidades de emprego do que recursos.
Letra e.

Interessante notar que para cada fator de produção temos uma forma de remuneração
distinta. Confira:

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Alguns autores dividem os fatores de produção em quatro: Terra (recursos naturais ou maté-
ria-prima), trabalho (mão de obra), capital (máquinas e equipamentos) e capacidade empre-
sarial (empreendimento). De acordo com essa classificação, o capital fica dividido em capital
propriamente dito, que é remunerado por juros, e a capacidade empresarial, que remunerada
pelo lucro decorrente do risco do negócio.

Lembre-se de que, considerando determinado momento, toda sociedade possui um esto-


que limitado desses recursos ou fatores de produção.

Fatores de produção
ou insumos Processo produtivo Produto ou
ou produção mercadoria
Terra (recursos naturais)
Trabalho (agregação (todo o valor
Capital agregado)
Capacidade empresarial de valor)

Basicamente a ideia é que não é possível produzir uma quantidade infinita de bens e ser-
viços, porque os recursos são limitados, exigindo a utilização dos recursos produtivos da me-
lhor maneira possível, para produzir o máximo de bens e desse modo atender ao maior nível
possível de necessidades.

007. (CESPE/MPU/ANALISTA/2010) Acerca de economia ambiental, julgue o item a seguir.


Para os economistas ambientais, não há problema de escassez absoluta de recursos natu-
rais, e sim de escassez relativa. Portanto, desse ponto de vista, admite-se que determinados
tipos de recursos possam se esgotar temporariamente.

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Ainda não conceituamos os termos escassez absoluta e escassez relativa, mas essa é a hora
de conhecermos e de vermos logo a sua aplicação prática.
A ideia é que ao conhecer alguns conceitos no contexto de uma questão de concurso, você
verá logo sua aplicação e fixará a ideia na cabeça.
A afirmativa está correta! Os economistas ambientais realmente diferenciam esses dois con-
ceitos. Veja:
Escassez absoluta: refere-se ao esgotamento propriamente dito dos estoques desses recursos.
Escassez Relativa: refere-se aos padrões insustentáveis de produção e consumo, existindo
uma tendência de esgotamento dos recursos por haver excesso de consumo em relação ao
que é produzido.
Para os ambientalistas, em relação aos recursos naturais existe a necessidade de redução do
seu consumo para evitar o seu esgotamento.
Certo.

1.3. Eficiência Econômica


A ideia de recursos escassos e necessidades ilimitadas nos permite concluir que não é
possível produzir todos os bens de que a sociedade necessita, mas é possível utilizar os re-
cursos da melhor maneira possível, para produzir o máximo de bens e desse modo atender ao
maior nível possível de necessidades.
Isso nos leva a uma das ideias-chave na Economia, que é a ideia da eficiência: maximizar
a produção de bens e serviços, dadas as restrições colocadas pela quantidade limitada de
fatores de produção.
O lance agora é fazer as melhores escolhas do ponto de vista econômico.

1.4. Escolhas
Diante da escassez, a sociedade se organiza e faz escolhas de modo a tentar produzir os
bens e serviços de forma eficiente, ou seja, empregando de forma racional os recursos dis-
poníveis, visando otimizar (melhorar) seus resultados, maximizando (aumentando) o nível de
bem-estar da população.
Temos então que da escassez de recursos surgem as seguintes questões econômicas
fundamentais.

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Questões Econômicas Fundamentais

O que produzir? Como produzir? Para quem produzir?

• Define os • Define a • Define quem


bens e utilização dos se beneficiará
os serviços a recursos da produção
serem produtivos
produzidos

Essas três são as principais questões econômicas fundamentais, mas vamos ampliar um
pouco nossa análise para cinco questões econômicas fundamentais.
Para facilitar seu entendimento, vamos criar um exemplo prático (uma fazenda) a seguir
comentado.
1. O que produzir?
Se os recursos (fatores de produção) são escassos e as necessidades ilimitadas então é
preciso escolher o que produzir dentre as várias alternativas concorrentes.

Se eu sou, por exemplo, um pequeno produtor rural e tenho um pequeno pedaço de terra na
cidade de Petrolina-PE, uma questão econômica fundamental para mim é decidir o que PRO-
DUZIR nessa terra.

Planto uvas ou mangas? Ou melhor, crio carneiros ou planto?

Digamos, para fins do nosso exemplo, que eu decida plantar uvas.


2. Como produzir?
Outra questão econômica fundamental é escolher a melhor combinação dos recursos es-
cassos para uma maior satisfação das necessidades. O nível tecnológico existente e dispo-
nível é um fator decisivo nessa escolha. Dentre os métodos mais eficientes, o produtor deve
escolher aquele que tiver o menor custo de produção e maior produtividade possíveis.

Assim, voltando ao nosso exemplo prático, posso usar irrigação? Quem vai me ajudar na
produção? Contratarei algum empregado ou produzirei sozinho com minha família?

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Digamos, para fins do nosso exemplo, que eu decida contratar quatro trabalhadores para pro-
duzir uvas de modo manual, ou seja, sem utilização de tratores ou equipamentos automatiza-
dos.

3. Quando produzir?
É preciso escolher o melhor momento para produzir. Por exemplo, produzir biquínis antes
de chegar o verão para poder vender quando essa estação do ano chegar.

No nosso caso, eu preciso saber se existe a época certa para o plantio. Digamos, para fins do
nosso exemplo, que eu decida produzir no período normal da safra regional.

4. Onde produzir?
Basicamente, preciso escolher se é melhor produzir perto dos consumidores (mercado
consumidor) ou em local próximo a fornecedores de insumos e das matérias-primas (merca-
do fornecedor).
Para decidir corretamente, é preciso avaliar os custos de transporte dos produtos finais e
das matérias-primas para melhor escolher a localização, por exemplo, de uma fábrica.

No nosso exemplo, o ideal é que eu produza nossas uvas perto do mercado consumidor.

5. Para quem produzir?


É preciso saber qual é o mercado alvo. Em termos de linguagem econômica, é aqui que a
decisão quanto à distribuição dos resultados da produção é tomada.

No nosso caso, precisamos definir se vamos vender nossas uvas na feira diretamente
para os consumidores finais, a um grande produtor de vinhos na região, a um exportador
de frutas de Juazeiro ou a uma rede de supermercados?

Nossa produção será vendida a uma grande vinícola da região.

Nessa toada, a teoria econômica fornece instrumentos de análise que ajudam a responder
tais questões econômicas fundamentais, nos ajudando racionalmente a avaliar os custos e os
benefícios inerentes a cada escolha.

Então nosso exemplo bem básico está definido ao respondermos às cinco questões econô-
micas fundamentais:
1 – O que produzir?
Uvas.
2 – Como produzir?

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Cultura manual com 4 trabalhadores.


3 – Quando produzir?
No período normal da safra regional.
4 – Onde produzir?
Em nosso sítio, no Município de Petrolina –PE.
5 – Para quem produzir?
Produtores de vinhos da região.

Escassez e Escolha
Necessidades
humanas
ILIMITADAS

X ESCASSEZ ESCOLHA

Recursos
produtivos
* O que e quanto produzir
LIMITADOS
* Como produzir
* Para quem produzir

008. (FCC/ARSETE/ECONOMISTA/2016) Considere os seguintes problemas básicos


da Economia:
I – O que produzir.
II – Como produzir.
III – Quanto produzir.
IV – Para quem produzir.
A existência ilimitada de recursos utilizáveis tornaria frágil o caráter “econômico” dos proble-
mas contidos em
a) I e IV, apenas.
b) I, II e III, apenas.
c) I, II, III e IV.
d) II e III, apenas.
e) III e IV, apenas.

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Um dos focos da ciência econômica é avaliar como são administrados os recursos escassos
diante de necessidades ilimitadas, ou seja, em decorrência do problema da escassez, a so-
ciedade precisa fazer escolhas que envolvem decidir o que produzir, quanto produzir, como
produzir e para quem produzir.
Letra c.

Nesse contexto, a Economia se apresenta como a ciência social que se ocupa da adminis-
tração dos recursos escassos entre usos alternativos e fins competitivos.
Chegou a hora de conhecer um conceito para “amarrar” toda essa teoria que envolve a es-
cassez e as escolhas: o custo de oportunidade!

1.5. Custo de Oportunidade


Avançando no estudo dos conceitos econômicos fundamentais, chegamos à teoria do
“custo de oportunidade”, “custo alternativo” ou “custo implícito”, que nada mais é do que se
atribuir um custo às várias oportunidades de uso dos recursos sempre limitados.

No caso da nossa fazenda exemplo, o custo de oportunidade é, por exemplo, o sacrifício de


deixar de produzir mangas para produzir uvas.

O Custo de Oportunidade, portanto, está diretamente relacionado ao princípio que conside-


ra que os recursos (capital, mão de obra, recursos da natureza e tecnologia) sempre são escas-
sos, pois sempre são insuficientes para satisfazer todas as necessidades de toda a sociedade
(de todas as pessoas).
É justamente pela falta de recursos que, por exemplo, as empresas optam por direcionar
suas disponibilidades para alguns empreendimentos, abrindo mão de aplicá-los em outros,
pois a escassez de recursos torna as alternativas mutuamente excludentes.
Em outras palavras, considera-se como custo de oportunidade o que se deixa de ganhar
por não se ter optado pela melhor alternativa.
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Manuel Pinon

Em termos práticos, para a firma esse é um custo derivado de sua escassez de recursos,
escassez que a obriga a fazer escolha por esse ou aquele projeto, a optar por uns empreendi-
mentos em detrimento de outros, uma vez que o total dos recursos disponíveis é o limite da
possibilidade de investimentos.
Veja uma situação de custo de oportunidade aplicada ao estudo para uma prova.

Você estuda de noite No dia seguinte você Seu custo de oportunidade


para uma prova. estará com sono. é uma boa noite de sono.

009. (CESPE/TCE-PA/AUDITOR/2016) A respeito dos conceitos fundamentais de microeco-


nomia, julgue o item a seguir.
O custo de oportunidade será o mesmo para qualquer pessoa que opte por participar do pro-
grama de trainee de uma grande empresa em vez de trabalhar em uma empresa de menor
porte que ofereça melhor remuneração.

Lembre-se de que o custo de oportunidade é aquele custo que representa o fato de ter escolhi-
do uma opção em detrimento de outra.
No caso apresentado pela questão, o custo de oportunidade é representado pela satisfação
que a pessoa deixa de obter ao receber um salário menor, mas trabalhando em uma empresa
com maior potencial de crescimento pessoal.
Entretanto, merece destaque o fato de que a perda de satisfação não é igual para as pessoas,
ou seja, os indivíduos possuem utilidades marginais da renda diferentes.
Nessa toada, não podemos afirmar que o custo de oportunidade seria o mesmo para qual-
quer pessoa.
Errado.

010. (CESPE/TCU/AUDITOR/2007) Considerando-se que o problema da escolha em um am-


biente de escassez constitui o cerne da análise econômica, julgue os itens subsequentes.
Nas economias de mercado, a especialização, fundamentada na divisão do trabalho, apesar
de aumentar o custo de oportunidade dos bens, promove a alocação eficiente dos recursos.

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A primeira parte da afirmativa está correta, pois a especialização fundamentada na divisão do


trabalho, numa economia de mercado, realmente aumenta o custo de oportunidade dos bens
(e serviços).
Imagine você um médico neurologista, extremamente especializado em cirurgias complexas,
que seja muito bem remunerado pelas várias operações que efetua.
Um dia, quando ele está indo ao hospital fazer uma cirurgia delicadíssima (e muito bem re-
munerada) sua esposa liga e diz que o reator da lâmpada da cozinha precisa ser trocado e ela
não sabe fazê-lo.

E então o que ele faz? Volta para casa e deixa de realizar a cirurgia ou chama um eletricis-
ta para fazer esse reparo no sistema de iluminação de casa?

Claro que chama o eletricista, pois o custo de oportunidade face ao nível de especialização que
ele possui é elevadíssimo para ele.
Até aqui beleza!
Mas agora vem o erro da afirmativa... a alocação eficiente dos recursos não necessariamente
é promovida.
Na verdade, aproveitando esse exemplo, nada garante que a esposa do médico compre o rea-
tor correto e contrate o eletricista mais adequado a esse serviço de reparação no sistema de
iluminação da casa.
Errado.

1.6. Curva de Possibilidade de Produção


Com essa base de conhecimentos adquiridos até aqui, já podemos conhecer o conceito de
Curva de Possibilidade de Produção – CPP, também chamada de Fronteira de Possibilidades
de Produção – FPP, ou ainda de Curva de Transformação.
A CPP ilustra três conceitos anteriormente mencionados:
1 – Escassez.
2 – Escolha.
3 – Custo de oportunidade.

O PULO DO GATO
Podemos dizer também que a CPP expressa a capacidade máxima de produção de uma em-
presa, de um setor econômico ou até de um país.

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Essa definição de capacidade máxima de produção considera que todos os recursos ou fa-
tores de produção que se dispõe em determinado momento estão sendo utilizados em 100%
(cem por cento) da sua capacidade.
Em outras palavras, não tem desperdício nem ociosidade.
Tudo está teoricamente funcionando a pleno emprego, ou seja, a produção efetiva é igual
à produção potencial ou ao produto de pleno emprego.
Importante registar que estamos falando de um conceito teórico, ou seja, na prática, dificil-
mente consegue-se trabalhar efetivamente na capacidade máxima.
Os pressupostos que devem ser utilizados para aplicação do conceito teórico de CPP são
os seguintes:
1) Os recursos produtivos são fixos – não conseguimos alterar a quantidade de recur-
sos disponíveis, ou seja, o número de trabalhadores, de máquinas e de equipamentos é pre-
determinado.
2) A tecnologia é constante – a tecnologia utilizada é sempre a mesma, ou seja, nenhuma
evolução tecnológica deve ser considerada.
3) Os recursos produtivos não são perfeitamente substituíveis entre si – um fator de pro-
dução que produz máquinas, por exemplo, não vai ter a mesma eficiência produzindo alimen-
tos, ou seja, os recursos não são perfeitamente substituíveis entre si. Em outras palavras, eu
não posso pegar uma máquina de produzir roupas e esperar dela a mesma eficiência para
produzir alimentos. Assim, como existe perda de eficiência, não podemos dizer que fizemos
uma substituição perfeita.
4) Somente podem ser produzidos dois produtos diferentes – não podemos ampliar nossa
linha de produtos para três ou mais.
Os economistas resolveram ilustrar essa situação por meio de um gráfico que será expos-
to após apresentarmos as tabelas que contém os dados representados graficamente.
Calma! Mesmo que deteste gráficos, não se assuste! Você vai entender “de boa”.
Nesse gráfico teórico, a escassez de recursos cria um limite máximo à capacidade produ-
tiva de uma empresa, que, dessa forma, terá de fazer escolhas entre as opções de produção.

011. (FCC/ALAP/ANALISTA/2020/ADAPTADA) Julgue:


A fronteira de possibilidades de produção ilustra as restrições econômicas de uma sociedade.

A fronteira de possibilidades de produção apresenta a escassez de recursos por meio da apresen-


tação do limite máximo da capacidade produtiva de uma unidade produtiva ou de uma economia.
Assim, diante dessa limitação será necessário fazer escolhas entre as opções de produção.
Certo.

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Vamos lembrar-nos daquele nosso pequeno pedaço de terra lá em Petrolina, com seu tamanho
fixo, insumos agrícolas limitados e um número fixo de trabalhadores.
Vamos lembrar aquelas opções que tínhamos nesse sítio entre produzir dois tipos de bens:
uva e manga.

Se, como já decido por nós (você também decidiu, lembra?), vamos utilizar toda a terra
para cultivar uva, não haverá área disponível para o plantio de manga.
Por outro lado, se quiséssemos nos dedicar somente à cultura de manga, utilizando todo
o sítio para este fim, não poderíamos plantar a uva.
Mas atenção aqui, pois existem alternativas intermediárias, como a utilização de parte
das terras para o plantio de uvas, ficando a fração restante para o cultivo de mangas.
Vamos admitir ainda a possibilidade de plantarmos uvas e mangas, ou de plantarmos ape-
nas mangas, e que as alternativas de produção de ambos sejam as seguintes (em toneladas):

Alternativas de
Uvas Mangas
produção
A 30 0
B 20 30
C 15 50
D 10 70
E 0 90

Alternativa A: todos os fatores de produção estão alocados para produção de uvas.


Alternativas B, C e D: os fatores de produção foram distribuídos na produção de uma e de
outra fruta.
Alternativa E: todos os fatores de produção estão alocados para produção de mangas.

Como podemos decidir entre as várias alternativas apresentadas?

O estudo da CPP poderá nos ajudar a ver qual é a forma mais indicada!
Você verá o porquê.

Agora, saindo um pouco do nosso exemplo, imagine uma sociedade que produz apenas ali-
mentos. Imagine também que em um dado momento ela vê a possibilidade ou a necessidade
de produzir máquinas.

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Utilizando esses recursos, ou seja, a sociedade não fez nenhum tipo de investimento (só
na teoria, pois na prática esse investimento tem que ser feito) ou contratação de mão de obra;
com exatamente os mesmos recursos que ela utilizava na produção de alimentos, ela utilizará
na produção de máquinas.
Como os recursos eram utilizados em sua máxima capacidade produtiva, então será ne-
cessário abrir mão da produção de alimentos para produzir máquinas, e essa troca (também
chamada de trade-off) é demonstrada por uma certa função (que não precisamos nos apro-
fundar no momento).
Vamos analisar a tabela de possibilidades de produção:

Alternativas de Máquinas Alimentos


produção (milhares) (toneladas)
A 25 0
B 20 30,0
C 15 47,5
D 10 60,0
E 0 70,0

Podemos notar que na alternativa A a sociedade está produzindo 25 mil máquinas, mas
não está produzindo alimentos.
Já na alternativa E está produzindo 70 toneladas de alimento, mas não está produzin-
do máquinas.
As demais alternativas (B, C, D) são intermediárias, ou seja, produzem ambos os produtos.
Vamos analisar os dados no gráfico a seguir:

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Alimentos
(toneladas)

E
70
60 D

50 Z
C
40
30 B
Y
20
10
A
5 10 15 20 25 Máquinas
(milhares)

Observe o seguinte: no eixo horizontal estão representadas as mesmas quantidades de


máquinas demonstradas na tabela e no eixo vertical as toneladas de alimentos.
Cada alternativa de produção apresentada na tabela corresponde a um ponto na nossa
agora apresentada: CURVA DE POSSIBILIDADE DE PRODUÇÃO – CPP ou FPP.
Amigo (a), em verdade, a CPP nada mais do que a linha formada pela ligação dos pontos
que representam as alternativas de produção que apresentamos na tabela.

Consegue ver?

A curva ABCDE, que é a nossa CPP, indica todas as possibilidades de produção de máqui-
nas e alimentos dentro da sociedade.
Agora observe os pontos fora da curva.
O ponto Y (ou qualquer ponto interno a curva) indica que a sociedade está operando com
capacidade ociosa ou com desemprego, isso quer dizer que os fatores de produção estão
sendo subutilizados.
Assim, as situações apresentadas na “área” em que o ponto Y se encontra são normais
e muito comuns para uma empresa ou para uma sociedade que não utiliza 100% da sua
capacidade.
O ponto Z representa uma combinação impossível de produção, pois está indicando que a
produção seria maior do que a capacidade produtiva da sociedade ou de uma empresa, situ-
ação essa impossível de ocorrer.

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012. (CESPE/SLU-DF/ANALISTA/2019) Julgue o item seguinte, a respeito da teoria microeco-


nômica da produção.
Um ponto da fronteira de possibilidades de produção em que dois bens são produzidos é mais
eficiente do que um ponto em que um único bem é produzido.

Tenha em mente que a CPP abrange todos aqueles pontos em que a economia está operan-
do em sua capacidade máxima, ou seja, em que está trabalhando com eficiência, já que não
temos recursos ociosos.
Confira um exemplo hipotético:

Note que nos pontos de A, B, C, D e E estamos sobre a CPP. Note ainda que no ponto A só ves-
tuários são produzidos e, no ponto E, só alimentos são produzidos. Assim, nesses pontos, há
especialização completa, mas há eficiência porque estamos sobre a CPP.
Guarde que somente temos ineficiência quando estivermos num ponto dentro da CPP, como
o ponto F, em que a economia está produzindo menos do que poderia se utilizasse toda sua
capacidade.
Errado.
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Considerando que os fatores de produção são especializados e não são completamente


adaptáveis a novas utilizações, existe um aumento progressivo do custo de oportunidade de
tais substituições, o que justifica o formato côncavo da CPP (voltado para dentro).
Veja dois exemplos de curvas respectivamente côncava e convexa:

Linha curva: muda constantemente de direção, obtendo uma


harmonia e podendo ser côncava ou convexa.

côncava convexa

Assim, acréscimos iguais na produção de alimentos geram decréscimos cada vez maio-
res na produção de máquinas.
Em outras palavras, o custo de oportunidade é crescente em virtude da eficiência decres-
cente dos fatores de produção quando eles são realocados para produzir outros bens que
não aqueles para os quais foram criados/desenvolvidos. Essa situação é estudada na aula de
teoria da produção, especificamente no tópico lei da produtividade marginal decrescente ou
lei dos rendimentos decrescentes.

013. (CESPE/ANS/ESPECIALISTA/2013) Com relação ao dilema econômico entre escassez e


escolha, representado pela curva de possibilidade de produção (CPP), e ao equilíbrio de mer-
cado, resultado da interação das curvas de oferta e demanda, julgue os itens a seguir.
Ao se deslocar um fator de produção de uma atividade produtiva para outra, o custo de opor-
tunidade será crescente, uma vez que, no curto prazo, fatores de produção não são comple-
tamente ou facilmente adaptáveis.

Quando estudamos o tema CPP aprendemos que o custo marginal de transformação, tam-
bém chamada de taxa marginal de transformação, é crescente. Essa característica justifica a
CPP ser côncava, ou ter a sua concavidade voltada para baixo, o que torna a questão correta.
Em outras palavras, podemos ver no gráfico a seguir que, dada a concavidade da curva, o
custo de oportunidade de se deixar de produzir vestuário para que se produza mais alimento,
por exemplo, será cada vez MAIOR, visto a produtividade ser menor. Confira:

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Com base na curva colocada anteriormente, do ponto A para o ponto B, se pode produzir 40
unidades de alimentos a mais abrindo-se mão de aproximadamente 10 unidades de vestuá-
rio. Para que sejam produzidas mais 40 unidades de alimentos a partir do ponto B, já passa a
ser necessário abrir mão de aproximadamente 80 unidades de vestuário.
Em suma, considerando a concavidade da curva, podemos ver que o custo de oportunidade
de se deixar de produzir vestuário para que se produza mais alimento, por exemplo, será cada
vez MAIOR, já que, no curto prazo, os fatores não são rapidamente nem facilmente adaptáveis.
Certo.

Um ponto que é frequentemente cobrado em prova é a questão do deslocamento da Curva de


Possibilidade de Produção. Sim, essa curva pode se mover ao longo do tempo. Esse movimen-
to pode decorrer de aumento ou diminuição da capacidade de produção de uma empresa ou
da economia.

Se o deslocamento da curva for para a direita indica que a empresa ou sociedade está
crescendo, pois houve um aumento da quantidade física de fatores de produção, ou ainda o
melhor aproveitamento dos recursos já existentes, o que pode ocorrer, por exemplo, com um
progresso tecnológico.

Percebeu que esse deslocamento pode permitir à economia obter maior quantidade de
ambos os bens?

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Se, por outro lado, o deslocamento da curva for para a esquerda indica que a empresa ou
sociedade está decrescendo, podendo ter ocorrido uma diminuição da quantidade física de
fatores de produção.

DICA:
Esses deslocamentos paralelos da CPP ocorrem quando tiver-
mos um movimento de aumento ou de diminuição da capaci-
dade produtiva, como demonstrado no gráfico seguinte.

Curva de Possibilidade de Produção

Deslocamentos positivos:
decorrem da expansão ou
Fronteiras de Possibilidades
melhoria dos fatores de
de Produção
produção disponíveis
(crescimento econômico). 1200
Positivo
Qtd. Produzida de Y

1000

Deslocamentos negativos: 800


600
decorrem da redução, do
400 Negativo
sucateamento ou da
200
progressiva desqualificação 0
0 100 200 300 400
dos fatores de produção
disponíveis. Qtd. Produzida de X

014. (FCC/SABESP/ANALISTA/2018) Um deslocamento paralelo para a direita da Curva de


Possibilidade de Produção entre os bens A e B pode decorrer de
a) uma redução dos recursos necessários para a produção do bem A, mantido tudo o mais
constante para o bem B.
b) um progresso tecnológico na produção dos bens A e B.
c) um aumento dos recursos necessários para a produção do bem B, mantido tudo o mais
constante para o bem A.
d) um aumento da quantidade dos agentes que demandam os produtos A e B.
e) uma redução da quantidade máxima passível de obtenção para os bens A e B.

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Para termos um deslocamento paralelo é preciso que tenhamos a elevação da produtividade


dos dois bens. Veja:

Vamos comentar as demais alternativas:


a) falsa, já que como tivemos redução dos recursos necessários para a produção A, tivemos
elevação da produtividade apenas de A e, assim, não haveria um deslocamento da curva, mas
somente alteração da sua inclinação.
c) falsa, já que representaria uma alteração da inclinação, mas com deslocamento de uma
ponta da curva para a esquerda uma vez que o aumento dos recursos necessários para a
produção significa redução da produtividade.
d) falsa, já que não afeta a curva de possibilidades de produção, que é afetada pela disponi-
bilidade de fatores e pelas suas produtividades, independentemente da demanda pelos bens
em questão.
e) falsa, já que não afeta a curva de possibilidades de produção, que é afetada pela disponi-
bilidade de fatores e pelas suas produtividades, independentemente da demanda pelos bens
em questão.
Letra b.

Vamos agora nos aprofundar no entendimento dos fatores que podem alterar a CPP e de
que forma:
1) Tecnologia – esse é um fator que aumenta a eficiência da produção. Assim, se a tec-
nologia for melhorada, a CPP vai se expandir, para a direita e para cima, mas se a tecnologia
regredir, a CPP vai se encolher, para a esquerda e para baixo.

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2) Investimentos – esse é um fator que pode aumentar os recursos produtivos. Assim,


novos investimentos farão com que a CPP se expanda, para a direita e para cima, mas de ti-
vermos retração nos investimentos, a CPP irá se encolher, para a esquerda e para baixo.
3) Melhorias no marco regulatório e legal – geram segurança jurídica e confiança, po-
dendo fazer com que a CPP se expanda, para a direita e para cima. Em contraste, retrocessos
legais ou regulatórios provocam a retração da CPP para a esquerda e para baixo.
4) Quantidade de fatores de produção – quanto mais fatores de produção, maior é a capa-
cidade de produção da economia. Não necessariamente tais aumentos na quantidade de fato-
res de produção precisam ser oriundos de investimento. Assim, se um país está aumentando
sua capacidade de produzir (fatores de produção), temos o deslocamento da CPP para cima e
para a direita. Em contraste, se houver destruição da capacidade produtiva (uma peste que di-
zime a população trabalhadora, por exemplo), a capacidade de produzir diminuiu, deslocando
a CPP para baixo e para a esquerda.

O PULO DO GATO
Mudanças nos preços não alteram a CPP. Muito cuidado, pois essa é uma pegadinha clássica!

015. (CESPE/ANS/ESPECIALISTA/2013) Com relação ao dilema econômico entre escassez e


escolha, representado pela curva de possibilidade de produção (CPP), e ao equilíbrio de mer-
cado, resultado da interação das curvas de oferta e demanda, julgue os itens a seguir.
A CPP contempla todas as combinações de bens e serviços que podem ser produzidos em
uma economia, de forma que os pontos localizados acima da curva, embora possíveis, re-
presentam alocações ineficientes e os pontos abaixo representam o problema da escassez
de recursos.

Observe que os pontos que estão acima da Curva de Possibilidade de Produção – CPP repre-
sentam combinações de bens e serviços que não conseguem ser produzidos em uma econo-
mia, com a dotação de fatores de produção disponíveis.
Já os pontos que estão abaixo da CPP representam alocações ineficientes, ou seja, onde exis-
tem recursos ou fatores de produção com determinado grau de ociosidade.
Dessa maneira, os pontos abaixo da CPP não retratam o problema da escassez, sendo esta
revelada nos pontos ao longo da própria CPP.
Errado.

Nesse ponto da matéria existe uma “pegadinha” em potencial que pode ser explorada pe-
las provas de concursos públicos.

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Estou falando de uma situação diferente daquela anterior, quando tivemos deslocamentos
paralelos da CPP em função de aumento ou de diminuição da capacidade produtiva.

Qual seria o efeito na CPP se apenas uma parte da produção se alterasse?

Vamos criar uma situação hipotética. Imagine uma economia que produza cerveja e cachaça.
Suponha que uma nova tecnologia para produção de cerveja aumente a capacidade produtiva
apenas de cerveja. Nesse caso, teríamos um movimento de apenas uma parte da CPP.
Nessa linha de raciocínio, podemos admitir que a maior capacidade obtida no setor de cerveja
pode garantir uma expansão das possibilidades para produção de alimento nesta economia.
Se a nova tecnologia para produzir cerveja aumentou a produtividade neste setor, então pode-
mos deslocar trabalhadores para a produção de cachaça.
No entanto, perceba que a capacidade máxima da produção de cachaça não se alterou, já que
a inovação ocorreu somente no setor de cerveja.

O PULO DO GATO
Dessa forma, a expansão (ou contração) da produtividade restrita a um setor não desloca a CPP
inteira, mas afeta sua inclinação, com o deslocamento de apenas uma das pontas da curva.

Caso Especial: CPP Linear

Aprendemos que os recursos não são perfeitamente substituíveis entre si. Entretanto, e
se, por acaso, os recursos pudessem ser utilizados para produzir qualquer bem mantendo
a eficiência?

Se isso acontecesse, nós teríamos uma CPP em linha reta (e não mais côncava) e os cus-
tos de oportunidade seriam constantes (não seriam mais crescentes). Confira:

Quantidade de peças B
30

25

20 CPP
15

10

0 10 20 30 40 50 60 Quantidade de peças A

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Observe no gráfico que como a CPP é uma reta, nós sempre estamos abrindo mão de 5
unidades de peças B para termos mais 10 unidades de peças A, independentemente do ponto
em que estamos na reta.
Note que, por outro lado, se a CPP fosse côncava, os custos de oportunidade seriam cres-
centes e nós, para produzirmos mais peças A, abriríamos mão de cada vez mais peças B.
Perceba, portanto, que na CPP linear isso não acontece.
Em outras palavras, para produzir mais peças A, você deve abrir mão sempre da mesma
quantidade de peças B. Isso ocorre porque os custos de oportunidade são constantes, já que
os recursos são perfeitamente substituíveis entre si, ou seja, eles mantêm a eficiência produ-
zindo qualquer um dos dois bens.

DICA
Quando os recursos forem perfeitamente substituíveis entre
si, a CPP será linear e os custos de oportunidade serão cons-
tantes. Mas se os recursos não forem perfeitamente substituí-
veis entre si, a CPP será côncava e os custos de oportunidade
serão crescentes.

016. (CESPE/TC-DF/ACE/2012) Acerca de microeconomia, julgue o item a seguir.


A forma não linear de uma fronteira de possibilidades de produção está associada à adaptabi-
lidade perfeita dos recursos na produção de dois bens.

A afirmativa está equivocada, pois a forma não linear ocorre pela adaptação imperfeita dos
fatores de produção utilizados.
Voltemos ao nosso bom e velho sítio que produz uvas e/ou mangas. A mão de obra (pense no
agreste do seu cunhado), por exemplo, não consegue ter a excelente produtividade na produ-
ção de manga que possui na delicada produção de uva.
Normalmente, os fatores de produção não se adaptam perfeitamente, por isso o formato de
curva de possibilidade de produção não é linear, mas sim côncava.
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1.7. Formas de Organização da Atividade Econômica


O modo como as sociedades respondem aos problemas econômicos fundamentais (o
que, quanto, como, quando e para quem produzir) está diretamente relacionada à forma de or-
ganização da sua atividade econômica, ou seja, ao sistema econômico vigente em cada país.
Amigo(a), vamos partir agora do princípio de que o objeto básico do estudo da Economia
é a atividade econômica exercida pelos homens dentro de uma sociedade, ou seja, vamos co-
nhecer o sistema econômico, a forma política, social e econômica pela qual está organizada
a sociedade.
Nessa pegada, podemos definir a Organização Econômica como sendo o modo como a
sociedade está organizada para desenvolver as atividades econômicas, ou seja, a produção,
circulação, distribuição e o consumo de bens e serviços.
Vamos voltar um pouco no tempo e lembrar que, ao longo da história, o homem abando-
nou a vida nômade de coleta de meios de subsistência, passando a viver em locais fixos para
cuidar de suas plantações e rebanhos e a desenvolver as primeiras atividades artesanais e
de serviços de apoio à vida sedentária, tendo assim a necessidade de organização. Assim,
surgiu o sistema econômico.

DICA
Um sistema econômico deve responder às decisões econômi-
cas fundamentais: o que, quanto, como, quando e para quem
produzir.

Os elementos básicos de um sistema econômico são:


1 – O estoque de recursos produtivos ou de fatores de produção (terra, trabalho e capital).
2 – O complexo de unidades de produção (empresas).
3 – o conjunto de instituições políticas, jurídicas, econômicas e sociais.
Tenha em mente que, basicamente, os países organizam tais elementos, economicamen-
te falando, de duas formas:
1 – Economia de Mercado ou Sistema Capitalista.
2 – Economia Planificada, Centralizada ou Sistema Socialista.
A economia de mercado, também chamada de descentralizada ou capitalista, é a que co-
nhecemos hoje no Brasil, enquanto a economia planificada, também chamada de centralizada
ou socialista, é aquela inerente aos países comunistas, como Cuba e Coréia do Norte (acho
que só sobraram esses dois).

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DICA
A China hoje é considerada uma “economia capitalista de es-
tado” ou um “regime socialista de mercado”, já que contem-
pla um governo comunista que abre cada vez mais espaço
para a atuação da iniciativa privada, ou seja, utiliza um regime
político comunista e uma economia de mercado.

SISTEMA ECONÔMICOS
SISTEMA CAPITALISTA ou economia de mercado
Regido pelas forças de mercado, predominando
a livre-iniciativa e a propriedade privada
dos fatores de produção.

SISTEMA SOCIALISTA ou economia centralizada (ou ainda economia planificada)


As questões econômicas fundamentais são
resolvidas por um órgão central de
planejamento, predominando a propriedade
pública dos fatores de produção, chamados
nessas economias de meios de produção,
englobando só bens de capital, terra, prédios,
bancos, matérias-primas.

CAPITALISMO X SOCIALISMO
CAPITALISMO SOCIALISMO
Economia de mercado e busca do lucro (lei
Economia planificada (controlada pelo
da oferta e da procura) controlada pelas
Estado)
empresas
Sociedade dividida em classes (patrões x Sociedade sem classes (pelo menos na
empregados; burguesia x proletariado) teoria)
Grandes desigualdades sociais (ricos x
Desigualdades sociais menos acentuadas
pobres)
Estímulo ao consumismo Menor estímulo ao consumismo

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Importante destacar que em uma economia de mercado, é o próprio mercado quem res-
ponde às questões econômicas fundamentais (o que, quanto, como, quando e para quem pro-
duzir), diferentemente de uma economia planificada na qual quem define é o governo (órgão
central de planejamento).
Considerando que a economia segue um conjunto de regras, podemos conceituar um Sis-
tema Econômico como sendo o sistema que rege as atividades econômicas de produção,
troca e consumo de bens e serviços.
Podemos conceituar ainda um Sistema Econômico como sendo o modelo econômico
que contempla as regras vigentes em uma economia e suas relações com os componentes
(agentes econômicos), retratando, assim, a vida econômica de um país em cada momento
histórico.

Sistemas Econômicos – Síntese

Mercado Centralizada

Propriedade privada Propriedade pública

Problemas econômicos fundamentais resolvidos

Pelo mercado Pelo órgão central

Maior eficiência alocativa Maior eficiência distributiva

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Introdução à Economia
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SISTEMAS
ECONÔMICOS

ESTRUTURA
ECONÔMICA

NECESSIDADES PROBLEMAS ATIVIDADES FATORES


HUMANAS ECONÔMICOS ECONÔMICAS DE PRODUÇÃO

FISIOLÓGICAS O QUÊ?
CULTURAL COMO? PRODUÇÃO
SOCIAL PARA DISTRIBUIÇÃO
AUTORREALIZAÇÃO QUEM PRODUZIR? TROCA E CONSUMO

Falando especificamente do sistema econômico de uma economia capitalista, podemos


ainda classificá-lo em:

1 – Sistema de Concorrência Pura

No Sistema de concorrência pura, não temos interferência do governo, valendo o “Laisse-


z-faire”, ou seja, cabe ao mercado resolver os problemas econômicos fundamentais (o que,
quanto, como, quando e para quem produzir).
A ideia aqui é a da “mão invisível” do mercado que, sem a intervenção do governo, conse-
gue promover o equilíbrio dos mercados com base nos mecanismos de preço e na filosofia
do liberalismo econômico.

2 – Sistema de Concorrência Mista

No Sistema de concorrência mista, existe interferência do governo na economia, ou seja,


no final das contas o governo e o mercado compartilham decisões acerca dos problemas
econômicos fundamentais (o que, quanto, como e para quem produzir).
A linha de pensamento desse tipo de sistema econômico é que o mercado sozinho não
consegue garantir que a economia opere sempre com pleno emprego de recursos, sendo ne-
cessário para isso a atuação econômica do Setor Público.
Assim, no Brasil de hoje vivemos em um Sistema Econômico de Concorrência Mista, fun-
damentada nos princípios da livre concorrência, da propriedade privada e da liberdade con-
tratual de trabalho, cabendo ao Estado, como agente econômico, interferir nas atividades

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Introdução à Economia
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econômicas interagindo no mercado, definindo e estabelecendo as regras para maior eficiên-


cia dos processos econômicos.
Nessa pegada, o Governo interage com as famílias e com as empresas, como agente eco-
nômico produtor de bens e serviços públicos e também como agente regulador do mercado,
atuando na geração, execução e julgamento das regras dessa economia.

017. (CESPE/AGU/PROCURADOR FEDERAL/2010/ADAPTADA) Julgue o item subsequente:


A livre-concorrência e livre-iniciativa devem orientar-se pelos princípios da dignidade e da jus-
tiça social.

Em nosso sistema capitalista misto, uma economia de mercado com intervenção governa-
mental, a ordem econômica é fundada na livre iniciativa e na livre concorrência inerentes a
uma economia de mercado, mas também respeita os princípios da dignidade e da justiça so-
cial estabelecidos em função da intervenção governamental na economia.
Certo.

1.8. Economia do Bem-estar


Podemos dizer que a economia do bem-estar é um ramo de estudo econômico que usa
técnicas microeconômicas para determinar simultaneamente eficiência de alocação dentro de
uma economia e a distribuição de renda associada a ela.
Basicamente, a economia do bem-estar procura medir o bem-estar social examinando as
atividades econômicas dos indivíduos que compõem a sociedade.

018. (CESPE/MPU/ANALISTA/2013) No que diz respeito à teoria do bem-estar social, julgue


o item subsequente.
A divisão igualitária de todos os bens da economia entre os seus agentes é uma alocação
justa no sentido econômico.

Na verdade, uma alocação justa é aquela que é eficiente e equitativa, ou seja, caso seja efi-
ciente e quando nenhum indivíduo prefere a alocação de outro indivíduo em detrimento da
sua. Nessa pegada, a divisão igualitária não é necessariamente eficiente.
Vamos exemplificar para esclarecer a situação!
Imagine que duas pessoas, João e Pedro, tenham duas unidades de cada um dos bens, X e Y.

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Se João prefere X e o Pedro prefere Y, uma alocação igualitária (uma unidade de X e uma de Y)
para cada um deles não seria eficiente e, portanto, não seria justa no sentido econômico. Ambos
estariam numa melhor situação se pudessem trocar um dos bens por aquele de sua preferência.
Errado.

1.9. Funcionamento de uma Economia de Mercado: Fluxos Reais e


Monetários
Como o objetivo principal da aula de hoje é adquirir conhecimentos que servirão de base
para todo o nosso curso, não posso deixar de abordar o fluxo circular da Renda, os lados real
e monetário da economia e seus mercados.
Os agentes econômicos são aqueles “personagens” que interferem na economia, poden-
do ser agrupados em famílias (consumidores), empresas (produtores), governo e setor exter-
no (resto do mundo). Entretanto, na aula de hoje, vamos nos ater às famílias e às empresas.
Em primeiro lugar, é interessante pontuar que existem, no lado real da economia, dois
grandes mercados: o mercado de bens e serviços e o mercado de fatores de produção.
a) O Mercado de Bens e Serviços, que corresponde à compra e venda dos diversos bens
produzidos (bebidas, roupas, aparelhos celulares etc.) e dos diversos serviços (banda larga,
planos de saúde, cursos para concursos, transportes etc.) para satisfazer as necessidades
humanas (na verdade não só humanas... o mercado para “pets” é gigante ...).
Nesse mercado, as firmas (aqui também entram os prestadores de serviço que atuam
como autônomos como o dentista e a manicure) ofertam bens e serviços aos indivíduos (ou
famílias).
Uma definição bem básica que gosto muito para conceituar o que significa a palavra mer-
cado em economia é “o lugar onde oferta e procura se encontram”.
Assim, nesse mercado, as empresas (e os prestadores de serviço que atuam como autô-
nomos) ofertam bens e serviços aos indivíduos/famílias que representam a procura (também
chamada de demanda).
Portanto, no mercado de bens e serviços, nós, consumidores, procuramos bens e serviços
para satisfazer nossas necessidades que são ofertados/produzidos por empresas. Esse é o
primeiro mercado objeto do nosso estudo.
b) O Mercado de Fatores de Produção, correspondente à compra e venda dos fatores de
produção escassos: terra e recursos naturais, trabalho e capital.
Nesse mercado, os indivíduos (ou as famílias) ofertam os fatores de produção às firmas.

Mas como assim, professor?

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Colega, você quer consumir, não quer? E o que você faz para poder comprar aqueles bens
e serviços e ter suas necessidades satisfeitas?
Trabalha!
Ou vai trabalhar depois que passar nesse concurso, certo?
Bom, esse então é o fator de produção Trabalho.

E os outros dois grupos de fatores de produção?

Calma!
Vamos falar do fator de produção Terra.
Imagine que você acabou de receber de herança uma fazenda produtora de uvas na cida-
de de Caxias do Sul – RS.
Você não pretende mudar para lá, pois está estudando e será aprovado em nosso con-
curso, certo?
E aí, o que fazer com a fazenda?
Aí você lembra de um primo que se mudou para aquela região e hoje é um grande produtor
de vinhos por lá.
Está resolvida a questão: você então aluga ou arrenda a sua fazenda para a empresa pro-
dutora de vinhos do seu primo.
Então você, indivíduo, ofertou seu fator de produção terra para uma firma.
O terceiro grupo de fatores de produção, o Capital, corresponde às máquinas, equipamen-
tos, ferramentas, instrumentos, infraestrutura, enfim, bens que foram produzidos anterior-
mente e que continuam a ser utilizados durante algum tempo para a produção de outros bens.
Em suma, são bens usados para produzir outros bens (e não simplesmente aquela ideia que
temos de aplicação financeira).
É com prazer que lhes apresento o famoso e não menos importante: Fluxo Circular da Renda.

Mercado de Bens e Serviços

Demanda Oferta

Famílias Empresas

Demanda
Oferta Mercado de Fatores de Produção

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Esse esquema representa um Fluxo Circular da Renda Simplificado ao máximo, elemento


fundamental para se compreender o funcionamento macro de um determinado sistema eco-
nômico capitalista.
Mas voltemos à análise do nosso sistema econômico simplificado... vamos lembrar que
de um lado estão os indivíduos/famílias, que são os proprietários da força de trabalho, da
terra, dos recursos naturais, das máquinas, equipamentos, entre outros, que precisam ser
utilizados pelas empresas/firmas no seu processo de produção. Assim, na parte superior da
figura, vemos o que acontece no mercado de bens e serviços.
Por sua vez, do outro lado, as firmas compram o uso dos fatores de produção dos indiví-
duos, no mercado de fatores. Na figura, essas transações são representadas pelas linhas da
parte inferior do quadro.
Aí já sei o que você deve estar pensando ...

Professor, até aqui beleza. Mas, e a tal da renda?

Vamos lá!
Para evitar o “decoreba” de setas indo com $ e voltando com outra coisa e vice-versa, va-
mos mastigar isso e entender definitivamente, certo?
Imagine agora o seguinte: quem oferta/produz/vende uma coisa quer o que em troca?
Isso mesmo, dinheiro!
E quem procura/demanda/compra/consome uma coisa tem que dar o que em troca?
Dinheiro também!
Agora entra em cena o outro lado da economia, o lado monetário!

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Mercado de bens e
serviços

Empresas Famílias

Mercado de fatores
de produção

Fluxo monetário
Fluxo real

Vamos chamar esse fluxo de dinheiro de fluxo monetário, no qual ocorrem as transações
monetárias, os pagamentos e os recebimentos. Mas sei que você está louco para visualizar
isso na forma de fluxo monetário, não é? Então aí vai o fluxo monetário:

Pagamentos dos bens


e serviços

Empresas Famílias

Remuneração dos fatores


de produção

Assim, nessa figura, os sentidos das setas indicam para onde o fluxo monetário segue.
Na parte de baixo, as famílias recebem dinheiro das empresas por terem oferecido fatores de
produção. E na parte de cima, as empresas recebem dinheiro por terem fornecido bens e ser-
viços, produzidos pelas firmas e colocados à disposição dos indivíduos, que em troca pagam
por esses bens e serviços, gerando a contrapartida monetária da produção.
Vamos ver agora os dois lados da economia: o lado real e o lado monetário:

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Despesas
Receitas
Mercado de
bens e
erviços

Demanda Oferta de
de bens e bens e
serviços serviços

Família Empresas

Oferta de FP
- trabalho
- capital Demanda
- terra de FP

Mercado de fatores
de produção
Renda das Famílias Pagamentos dos
fatores de produção

Fluxos monetários

Fluxos reais

019. (FCC/DPE-RS/ANALISTA/2017) No fluxo de renda de uma economia, a organização do


processo de produção que cria bens e serviços é atribuída
a) às famílias.
b) aos consumidores.
c) às famílias e aos consumidores.
d) às empresas.
e) às famílias locais e dos outros países.

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Basta lembrar do fluxo circular da renda, em que as famílias fornecem capital e trabalho às
empresas que usam tais insumos para produzir bens e serviços e vender no mercado, remune-
rando as famílias.
Letra d.

1.10. Variáveis Fluxo X Estoque


Basicamente as variáveis econômicas podem ser dividias em variáveis do tipo fluxo e vari-
áveis do tipo estoque.

DICA
Antes de conceituá-las, imagine a variável do fluxo como sen-
do dinâmica, que se refira a um determinado período de tem-
po, como um filme, e, por outro lado, imagine a variável do tipo
estoque como sendo estática, que reflita um momento especí-
fico, como uma fotografia.

As variáveis do tipo fluxo são medidas para um determinado período de tempo, e, por isso,
são expressas em unidades de tempo.

Exemplos: salário mensal, lucro anual, exportações trimestrais, vendas semestrais etc.

As variáveis do tipo estoque são medidas em uma determinada data.

Exemplos: estoque de mercadorias em 31/12/2019, taxa de câmbio em 20/7/2020 etc.

O PULO DO GATO
Existe uma inter-relação entre as varáveis do tipo fluxo e as variáveis do tipo estoque, como
no caso da dívida de um país. Note que o saldo da dívida é uma variável do tipo estoque, mas
que é alimentado pelos fluxos de amortizações (pagamentos) e de novas contratações (libe-
rações) ao longo do tempo.

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1.11. Dez Princípios da Economia


De acordo com Mankiw, existem na economia dez princípios básicos. Vamos apresentá-los
e tecer breves comentários sobre cada um deles, sendo que alguns deles já foram estudados
na aula de hoje.

1.11.1. Os Indivíduos Enfrentam “Trade-offs” (Escolhas)

Esse princípio, intimamente relacionado ao custo de oportunidade, está relacionado às


escolhas inerentes às decisões econômicas, ou seja, ao se escolher uma opção, obrigatoria-
mente faz-se uma troca dessa opção pelas outras opções possíveis.

Exemplo: se escolho trocar meu carro em vez de viajar nas férias ou de aplicar o valor corres-
pondente em minha previdência privada.

020. (FCC/ALAP/ANALISTA/2020/ADAPTADA) Julgue:


Todas as decisões individuais, em geral, enfrentam custos de oportunidade.

Em outras palavras, a assertiva nos diz que cada pessoa enfrenta “trade-offs”, ou seja, esco-
lhas que envolvem análise de custo de oportunidade.
Certo.

1.11.2. Custo de Oportunidade – o Custo de Algo é Aquilo que Você “Abre Mão”
para Poder Obtê-lo

Em outras palavras, esse princípio se refere ao custo de oportunidade, ou seja, ao que se


deixa de ganhar por não se ter optado pela melhor alternativa.

021. (FCC/SEFAZ-PI/ATE/2015) A teoria econômica utiliza o termo trade-off para explicar a


tomada de decisões por parte das pessoas. Segundo a teoria, toda a decisão requer a compa-
ração entre custos e benefícios dentre variadas possibilidades alternativas de ação. O trade-
-off enfrentado pelo agente econômico implica um custo:
a) de oportunidade.
b) marginal.

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c) de transação.
d) de eficiência.
e) de equidade.

Cada escolha que fazemos implica em abrir mão de uma opção em detrimento daquela que
escolhemos.
Nesse sentido, abrimos mão de uma oportunidade, ou seja, incorremos em um custo de opor-
tunidade, ou, em outras palavras, essa troca/escolha/trade-off enfrentada pelo agente econô-
mico implica em um custo de oportunidade.
Letra a.

1.11.3. Pessoas Racionais Pensam na Margem (Decisões Marginais)

De acordo com esse princípio, os agentes econômicos decidem agir quando a receita mar-
ginal é superior ao custo marginal.
Pensar na margem significa avaliar e, em função dessa avaliação decidir a relação cus-
to-benefício de cada ação, ou seja, se essa ação vai trazer ganhos adicionais líquidos, que
ocorrem quando as receitas adicionais são superiores aos custos adicionais.

Exemplo: suponha, a grosso modo (desconsiderando custos fixos, impostos e outras des-
pesas), que em determinada empresa, o custo de produção marginal para produção de um
sapato seja de R$ 30,00, e que esse sapato seja vendido por R$ 100,00. Nesse caso, temos um
ganho na margem de R$ 70,00 por sapato vendido, o que justifica a produção e venda dessa
unidade adicional.

1.11.4. Pessoas Reagem a Incentivos

É mais que natural reagirmos a incentivos, sejam recompensas (positivos) ou punições


(negativos). Em economia, o principal mecanismo de incentivo são as promoções e descon-
tos nas suas mais diversas formas, seja via redução da tributação, aumento de prazo etc.

Pense em uma promoção por meio da concessão de um desconto de 70% no preço de um


produto. Agora imagine o efeito desse incentivo nas vendas desse produto. Certamente os
consumidores se sentirão incentivados a consumir esse produto.

022. (FCC/ICMS-RJ/ATE/2014) De acordo com a teoria da ciência econômica, referem-se a


conceitos econômicos, levados em conta nas decisões individuais:

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I – O trade off entendido como termo que define uma situação de escolha conflitante, ou seja,
quando uma ação econômica, visando à resolução de determinado problema acarreta, inevi-
tavelmente, outros problemas.
II – O custo de oportunidade é aquilo que o agente econômico deve ter de recompensa para
abrir mão de algum consumo.
III – A mudança marginal que é um pequeno ajuste incremental em um plano de ação não re-
vestido de racionalidade econômica.
IV – O incentivo que é algo que induz os indivíduos a agir, tal como a perspectiva de uma pu-
nição ou recompensa.
Está correto o que se afirma em
a) I e II, apenas.
b) II e III, apenas.
c) I e IV, apenas.
d) III e IV, apenas.
e) I, II, III e IV.

I – Certa. Trade off é um termo usado em economia para definir uma situação de escolha
conflitante.
IV – Certa. Um dos princípios de economia é o de que “as pessoas reagem a incentivos”.
II – Errada. Custo de oportunidade envolve escolha, ou seja, é abrir mão de algo em fun-
ção de outra.
III – Errada. Um dos princípios de economia enuncia que “as pessoas racionais pensam na
margem”. De fato, mudança marginal é um pequeno ajuste incremental em um plano de ação,
contudo esse ajuste é decorrente de racionalidade econômica.
Letra c.

1.11.5. O Comércio Pode ser Bom para Todos

Esse princípio guarda relação com o princípio da especialização, por meio do qual as uni-
dades produtivas e os países podem se especializar e, com isso, aumentar a produtividade,
repassando tais ganhos para os consumidores.

Exemplo: imagine que você tivesse que produzir a sua comida, a sua roupa e todos os
demais produtos e serviços que consome. Seria uma loucura! Na prática, você se especiali-
za e presta determinado serviço à sociedade e com a renda que recebe compra os produtos
e serviços produzidos por pessoas e empresas que se especializam na produção desses
produtos/serviços.

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023. (CESPE/ANTAQ/ESPECIALISTA/2014) No que diz respeito à teoria microeconômica, jul-


gue o item que se segue.
De acordo com a teoria microeconômica tradicional, uma economia de mercado é usualmente
uma forma ineficiente de organização da atividade econômica de um país.

Na verdade, uma economia de mercado é muito eficiente na forma de organização da ativi-


dade econômica de um país, já que pode maximizar a utilidade dos consumidores e maximi-
zação o lucro das firmas, embora tal eficiência nem sempre seja aceitável do ponto de vista
social e de distribuição de renda.
Errado.

1.11.6. Os mercados são, geralmente, uma boa maneira de organizar a ativi-


dade econômica e tendem ao equilíbrio

Em uma economia de mercado, é o próprio mercado quem responde às questões funda-


mentais da economia: o que, quanto, como, quando e para quem produzir.
Nesse sistema econômico, empresários e trabalhadores são os atores de tais decisões
guiados pelas necessidades do próprio mercado.
O mercado tende a equilibrar a oferta e a demanda de determinado produto ou serviço por
meio de um preço de equilíbrio.

1.11.7. Os governos podem melhorar os resultados do mercado quando esse


apresenta falhas

A atuação econômica dos governos em uma economia de mercado é importante, dentre


outras situações, para corrigir as chamadas falhas de mercado (assunto normalmente estu-
dado em Microeconomia), para garantir o direito de propriedade e para aumentar a equidade,
promover melhor alocação de recursos, estabilizar e redistribuir recursos.

Exemplo: para combater os efeitos econômicos decorrentes da pandemia do COVID-19, o


governo federal precisou atuar para redistribuir recursos para aqueles mais necessitados,
como foi o caso do auxílio emergencial para os trabalhadores informais. Note que para enfren-
tar um tipo de situação como essa, o mercado sozinho não teria resposta, sendo fundamental
a participação do setor público nessa empreitada.

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024. (FCC/ALAP/ANALISTA/2020/ADAPTADA) Julgue:


Os governos são dispensáveis como mecanismo de maximização do bem-estar social.

Não são dispensáveis. Veja o caso do enfrentamento da pandemia do COVID-19 em todo o


mundo. Os governos desempenharam um papel fundamental na maximização do bem-es-
tar social.
Errado.

1.11.8. O padrão de vida de um país depende da sua capacidade de produzir


bens e serviços

Em outras palavras, quanto maior a produtividade de um país, mais elevado será o padrão
de vida dos habitantes desse país.
Guarde que a produtividade pode ser entendida como quanto uma economia pode produ-
zir a mais de produto, com uma unidade a mais de mão de obra por unidade de tempo.

Exemplo: na média, um trabalhador de um país rico produz mais bens e serviços do que um
trabalhador de um país pobre, tendo assim mais qualidade de vida, manifestada por meio de
acesso a saúde, alimentação de qualidade, educação, dentre outros.

1.11.9. Os preços sobem quando o governo emite moeda demais

Uma das causas da inflação (estudada em Macroeconomia) é o aumento da emissão de


moeda. A ideia básica é que quanto mais abundante um bem, menor é o seu valor, valendo
essa premissa também para a moeda.
Em suma, quando o governo emite moeda em excesso, a inflação, (aumento geral do nível
de preços da economia) é uma consequência certa.

1.11.10. Existe um “trade-off” de curto prazo entre inflação e desemprego

Quando falamos em curto prazo, normalmente um aumento no desemprego tende a gerar


redução da inflação, já que as pessoas têm menos dinheiro para comprar, desaquecendo a
economia, reduzindo a pressão sobre os preços.
Em sentido oposto, também no curto prazo, uma redução no desemprego tende a gerar
aumento da inflação, já que as pessoas têm mais dinheiro para comprar, aquecendo a econo-
mia, aumentando, assim, a pressão sobre os preços.

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1.12. Classificações dos Bens


Bem livre é aquele que não possui preço, embora sirva para satisfazer necessidades. Nor-
malmente existe em abundância e ninguém exerce o direito de propriedade sobre ele.

Exemplos: luz solar e ar que respiramos.

Bem econômico é aquele que tem preço por ser relativamente escasso ou por exigir tra-
balho humano, além de alguém exercer sobre ele o direito de propriedade e de ser demanda-
do pela sociedade.

Exemplos: veículos, roupas e relógios.

Bem de capital é aquele que é utilizado na fabricação de outros bens e que não se des-
gastam totalmente no processo produtivo. Normalmente integram o ativo fixo das empresas
e geram aumento de produtividade da mão de obra. São bens finais.

Exemplos: máquinas, equipamentos e instalações.

Bem de consumo é aquele que serve para satisfazer uma necessidade humana (ou do
pet... risos). Podem ser divididos em bens duráveis (como eletrodomésticos) e não duráveis
(como alimentos). É um bem final, ou seja, é vendido para consumo por parte do consu-
midor final.

Exemplos: eletrodomésticos e alimentos.

Bem intermediário, diferentemente do bem final, é aquele que é transformado ou agrega-


do na produção de outros bens, sendo, obrigatoriamente consumidos (não pelo consumidor
final) totalmente no processo produtivo, como insumos e matérias-primas.

Exemplo: o couro utilizado na produção de um sapato.

Bem adicionado é aquele acrescido/agregado ao produto, servindo para determinação do


bem final.

Exemplo: ao se adicionar os componentes (que valem R$ 1.000,00) a um computador (que


vale R$ 2.000,00), adicionou-se o valor de R$ 1.000,00, que corresponde ao bem adicionado.

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ECONOMIA
Introdução à Economia
Manuel Pinon

1.13. Microeconomia X Macroeconomia


Outra ideia que você deve logo ficar atento é que a Economia, especificamente o estudo da
Ciência Econômica, para fins didáticos, divide seu campo de atuação em duas áreas especí-
ficas principais a Microeconomia e a Macroeconomia.
Antes de adentrarmos nos conceitos, tenha em mente que o termo em grego “micro’ sig-
nifica pequeno e “macro” grande.
A Microeconomia estuda o comportamento das unidades produtivas (empresas ou fir-
mas), dos indivíduos, de determinados mercados etc.
Pertence ao campo da Microeconomia, por exemplo, o estudo de um determinado merca-
do, as causas do desequilíbrio entre oferta e procura (se os preços estão altos ou baixos, por
exemplo), os tipos de mercado (por exemplo, se ocorre monopólio ou se existe a concorrência
perfeita) etc.
Podemos dizer ainda que a Microeconomia é o ramo da Teoria Econômica que estuda o
funcionamento do mercado de um determinado produto ou serviço, ou de um grupo de pro-
dutos ou serviços, tendo como objeto o comportamento de seus consumidores e produtores.

Exemplos: mercado de computadores, mercado de equipamentos de tecnologia da informa-


ção etc.

A Macroeconomia estuda o comportamento dos grandes agregados econômicos de for-


ma global. Podemos dizer ainda que a Macroeconomia é o ramo da Teoria Econômica que
estuda o funcionamento da economia no seu todo. Seu foco é identificar e medir as variáveis
que determinam o nível geral de preços do sistema econômico, o nível geral de emprego da
economia e a produção total da economia.

Exemplos: Produto Interno Bruto (PIB), a inflação (evolução dos preços), o desemprego etc.

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Introdução à Economia
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MICROECONOMIA MACROECONOMIA

DEFINE-SE PELA APRESENTA TEM FOCO NOS

RELAÇÃO ENTRE
TRÊS ELEMENTOS AGREGADOS
EMPRESAS E
ATUANTES ECONÔMICOS
CONSUMIDORES
QUE SÃO
DA QUAL ADVÉM QUE SÃO

RELAÇÃO ENTRE CONSUMIDOR, RENDA, EMPREGO,


OFERTA E EMPRESA E JUROS, TÍTULOS,
PROCURA PRODUÇÃO CÂMBIO ETC.

QUE DEFINE CUJA ESTRUTURA É COMPOSTA DE

OS PREÇOS BENS MERCADO


DE SERVIÇO DE DIVISAS:
CÂMBIO, DÓLAR
MERCADO
MERCADO
DE TÍTULOS:
DE TRABALHO
DÉFICIT E SUPERÁVIT
MERCADO
MONETÁRIO:
JUROS

DICA
Uma forma simples de melhor definir essas duas áreas (Mi-
croeconomia e Macroeconomia) é fazendo-se uma compara-
ção entre ambas, caso o objeto de estudo fosse, por exemplo,
a nossa maravilhosa Floresta Amazônica. Assim, enquanto a
Microeconomia se ocuparia apenas do estudo de determina-
da árvore ou tipos de árvores, a Macroeconomia teria como
objeto de atuação o estudo da floresta de uma forma ampla.

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Introdução à Economia
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MACROECONOMIA MICROECONOMIA
Perspectiva geral Perspectiva individual
Países Consumidores
Análise do PIB nacional Análise da produção individual
Atividade do consumir em mercados
Estuda economia como um todo
específicos

Característica Macroeconomia Microeconomia


Visão Global Individual
Comportamento dos
Comportamento da
Objeto de Estudo indivíduos, da família,
Economia como um todo
empresas e mercado
Produção total, nível geral Oferta, demanda, geração
Variáveis Fundamentais de de preços, emprego x de preços, produção
Estudo desemprego, tacas de juros, da empresa, mercados
salários e tipos de câmbios competitivos

025. (CESPE/SEFAZ-ES/CONSULTOR/2010) Acerca dos conceitos de macroeconomia, julgue


o item que se segue.
A macroeconomia, que estuda o índice geral de preços e a determinação da renda nacional,
também se ocupa do estudo de como é gerado e de como é possível um aumento no nível
agregado de recursos da economia.

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Introdução à Economia
Manuel Pinon

Sem dúvida, os objetos de estudo da Macroeconomia são os agregados e as variáveis macro-


econômicas, ou seja, o produto, a renda, a inflação, o emprego, os juros, dentre outros.
A assertiva fala em índice geral de preços, ou seja, cita um indicador da variação da inflação, e
o aumento agregado no nível agregado de recursos da economia, que sem dúvida pertencem
ao campo de estudo macroeconômico.
Certo.

026. (FCC/SABESP/ANALISTA/2018) A diferença entre a Macroeconomia e a Microeco-


nomia se dá
a) pelas diferenças entre os tamanhos das plantas das firmas.
b) pelas formas de organização dos mercados, se mais concorrenciais ou mais monopolizados.
c) porque é exclusividade da Microeconomia o estudo de variáveis como a oferta, a demanda
e a produção.
d) porque a abordagem macroeconômica não leva em conta as expectativas dos agentes
econômicos.
e) porque se tratam de abordagens da ciência econômica que estudam diferentes graus de
agregação entre os agentes econômicos.

Como na macroeconomia não estudamos mercados específicos, mas sim todos os mercados
de modo agregado, diferentemente da Microeconomia que estuda mercados específicos, po-
demos sim dizer que a diferença é o nível de agregação.
Vamos agora apontar os erros das demais alternativas:
a) Errada, já que esse é um ponto específico objeto de estudo apenas da teoria da firma no
âmbito da Microeconomia.
b) Errada, já que esse é um ponto específico objeto de estudo apenas das estruturas de mer-
cado no âmbito da Microeconomia.
c) Errada, já que ambas estudam essas variáveis, mas com níveis de agregação distintos.
d) Errada, já que a macroeconomia leva em conta as expectativas dos agentes econômicos,
como no estudo das expectativas e na seara da inflação.
Letra e.

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RESUMO
A Economia é uma Ciência Social, já que se ocupa do comportamento humano e estuda
como as pessoas e as organizações na sociedade se empenham na produção, troca e consu-
mo de bens e serviços
Um dos princípios fundamentais da Economia, talvez o seu princípio basilar, é a chamada
lei da escassez, que nos diz que os recursos são escassos, mas as necessidades são ilimita-
das. Isso nos leva a uma das ideias-chave na Economia, que é a ideia da eficiência: maximizar
a produção de bens e serviços, dadas as restrições colocadas pela quantidade limitada de
fatores de produção.

FATORES DE PRODUÇÃO
Os fatores de produção são bens necessários à realização de um dado pro-
duto final. São os elementos que tornam possível a existência de produção.

FATORES DE PRODUÇÃO

RECURSOS
TRABALHO CAPITAL
NATURAIS

Escassez e Escolha
Necessidades
humanas
ILIMITADAS

X ESCASSEZ ESCOLHA

Recursos
produtivos
* O que e quanto produzir
LIMITADOS
* Como produzir
* Para quem produzir

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O “custo de oportunidade”, “custo alternativo” ou “custo implícito”, nada mais é do que se


atribuir um custo às várias oportunidades de uso de recursos sempre limitados.
O Custo de Oportunidade, portanto, é diretamente relacionado com o princípio que con-
sidera que os recursos (capital, mão de obra, recursos da natureza e tecnologia) sempre são
escassos, pois sempre são insuficientes para satisfazer todas as necessidades da sociedade
(de todas as pessoas).
Em suma, considera-se como Custo de Oportunidade o que se deixa de ganhar por não se
ter optado pela melhor alternativa.
Em termos práticos, para a firma esse é um custo derivado de sua escassez de recursos,
escassez que a obriga a fazer escolha por esse ou aquele projeto, a optar por uns empreen-
dimentos em detrimento de outros, uma vez que o total dos recursos disponíveis é o limite da
possibilidade de investimentos.

Demanda Mercado de Bens e Serviços Oferta de


de Bens e Bens e
Serviços O que e quanto produzir Serviços

Famílias Como produzir Empresas

Demanda
Oferta de Para quem de
Fatores de produzir Fatores
Produção de
Mercado de Fatores de Produção Produção

Fluxo Monetário
Fluxo Real

A CPP – Curva de Possibilidade de Produção expressa a capacidade máxima de produção


de uma empresa, setor econômico ou até de um país. A escassez de recursos cria um limite
máximo à capacidade produtiva de uma empresa, que terá de fazer escolhas entre opções
de produção.
Essa definição de capacidade máxima de produção considera que todos os recursos ou
fatores de produção que se dispõe em determinado momento estão sendo utilizados em 100%
da sua capacidade. Em outras palavras, não tem desperdício nem ociosidade. Tudo está fun-
cionando a pleno emprego.
Os pressupostos que devem ser utilizados para aplicação do conceito teórico de CPP são
os seguintes:

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1) Os recursos produtivos são fixos.


2) A tecnologia é constante.
3) Os recursos produtivos não são perfeitamente substituíveis entre si.
4) Somente podem ser produzidos dois produtos diferentes.
Considerando que os fatores de produção são especializados e não são completamente
adaptáveis a novas utilizações, existe um aumento progressivo do custo de oportunidade de
tais substituições, o que justifica o formato côncavo da CPP (voltado para dentro).
No que diz respeito ao deslocamento da CCP, se for para a direita, indica que a empresa
ou sociedade está crescendo, pois houve um aumento da quantidade física de fatores de pro-
dução, ou ainda o melhor aproveitamento dos recursos já existentes, o que pode ocorrer, por
exemplo, com um progresso tecnológico. Se, por outro lado, o deslocamento da curva for para
a esquerda, indica que a empresa ou sociedade está decrescendo, podendo ter ocorrido uma
diminuição da quantidade física de fatores de produção.
Guarde que os elementos básicos de um sistema econômico são:
1 – O estoque de recursos produtivos ou de fatores de produção (terra, trabalho e capital).
2 – O complexo de unidades de produção (empresas).
3 – O conjunto de instituições políticas, jurídicas, econômicas e sociais.
Tenha em mente que, basicamente, os países organizam tais elementos, economicamen-
te falando, de duas formas:
1 – Economia de Mercado ou Sistema Capitalista.
2 – Economia Planificada, Centralizada ou Sistema Socialista.
Em uma economia de mercado, é o próprio mercado quem responde às questões funda-
mentais da economia (o que, quanto, como, quando e para quem produzir), diferentemente de
uma economia planificada na qual quem define é o governo (órgão central de planejamento).
No lado real da economia, temos dois grandes mercados: o mercado de bens e serviços e
o mercado de fatores de produção.
a) O Mercado de Bens e Serviços, que corresponde à compra e venda dos diversos bens
produzidos (bebidas, roupas, aparelhos celulares etc.) e dos diversos serviços (banda lar-
ga, planos de saúde, cursos para concursos, transportes etc.) para satisfazer as necessida-
des humanas.
Nesse mercado, as firmas (aqui também entram os prestadores de serviço que atuam
como autônomos como o dentista e manicure) ofertam bens e serviços aos indivíduos (ou
famílias).
Portanto, no mercado de bens e serviços, nós, consumidores, procuramos bens e serviços
para satisfazer nossas necessidades que são ofertados/produzidos por empresas. Esse é o
primeiro mercado objeto do nosso estudo.
b) O Mercado de Fatores de Produção, correspondente à compra e venda dos fatores de
produção escassos: terra e recursos naturais, trabalho e capital. Nesse mercado, os indivídu-
os (ou as famílias) ofertam os fatores de produção às firmas.

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Despesas
Receitas
Mercado de
bens e
erviços

Demanda Oferta de
de bens e bens e
serviços serviços

Família Empresas

Oferta de FP
- trabalho
- capital Demanda
- terra de FP

Mercado de fatores
de produção
Renda das Famílias Pagamentos dos
fatores de produção

Fluxos monetários

Fluxos reais

Basicamente as variáveis econômicas podem ser dividias em variáveis do tipo fluxo e va-
riáveis do tipo estoque. As variáveis do tipo fluxo são medidas para um determinado período
de tempo (filme) e as variáveis do tipo estoque são medidas em uma determinada data (foto).
Dez princípios da economia de MANKIW:
1) Os indivíduos enfrentam “trade-offs” (escolhas).
2) Custo de Oportunidade – o custo de algo é aquilo que você “abre mão“ para poder obtê-lo.
3) Pessoas racionais pensam na margem (decisões marginais).
4) Pessoas reagem a incentivo.
5) O comércio pode ser benéfico a todos.
6) Os mercados são, geralmente, uma boa maneira de organizar a atividade econômica e
tendem ao equilíbrio.

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7) Os governos podem melhorar os resultados do mercado quando esse apresenta falhas.


8) O padrão de vida de um país depende da sua capacidade de produzir bens e serviços.
9) Os preços sobem quando o governo emite moeda demais.
10) Existe um “trade-off” de curto prazo entre inflação e desemprego.
Para fins didáticos o estudo econômico pode ser dividido em 2 grandes campos: Microe-
conomia e Macroeconomia.
A Microeconomia estuda o comportamento das unidades produtivas (empresas ou fir-
mas), dos indivíduos, de determinados mercados etc. Pertence ao campo da Microeconomia,
por exemplo, o estudo de um determinado mercado, as causas do desequilíbrio entre oferta e
procura (se os preços estão altos ou baixos, por exemplo), os tipos de mercado (por exemplo,
se ocorre monopólio ou se existe a concorrência perfeita) etc.
A Macroeconomia estuda o comportamento dos grandes agregados econômicos de for-
ma global: Produto Interno Bruto (PIB), inflação, desemprego etc.

MICROECONOMIA MACROECONOMIA

DEFINE-SE PELA APRESENTA TEM FOCO NOS

RELAÇÃO ENTRE AGREGADOS


EMPRESAS E TRÊS ELEMENTOS ECONÔMICOS
CONSUMIDORES

DA QUAL ADVÉM QUE SÃO QUE SÃO

RELAÇÃO ENTRE CONSUMIDOR, RENDA, EMPREGO,


OFERTA E EMPRESA E JUROS, TÍTULOS,
PROCURA PRODUÇÃO CÂMBIO ETC.

QUE DEFINE CUJA ESTRUTURA É COMPOSTA DE

QUE SÃO
OS PREÇOS MERCADO
BENS
DE DIVISAS:
DE SERVIÇO
CÂMBIO, DÓLAR

MERCADO
MERCADO
DE TÍTULOS:
DE TRABALHO
DÉFICIT E SUPERÁVIT
MERCADO
MONETÁRIO:
JUROS

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Resumindo, temos:

MACROECONOMIA MICROECONOMIA
Perspectiva geral Perspectiva individual
Países Consumidores
Análise do PIB nacional Análise da produção individual
Atividade do consumir em mercados
Estuda economia como um todo
específicos

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MAPA MENTAL

Estuda o comportamento das


unidades produtivas (empresas 1 – ceteris paribus
ou firmas), dos indivíduos, de Pressupostos
determinados mercados etc. Básicos 2 – o papel dos preços relativos

3 – objetivos da empresa

Expressa as escolhas Atribuir um custo à várias


Custo de
diante da escassez e oportunidades de uso de
Oportunidade
do custo de oportunidades recursos sempre limitados
Expressa a capacidade
máxima de produção de Curva de
uma empresa, setor Possibilidade
econômico ou até de um de Produção
país. A escassez de Introdução à
recursos cria um limite Microeconomia
máximo à capacidade
produtiva de uma empresa
que terá de fazer escolhas
entre opções de produção
O que produzir?

Como produzir?
Maximizar a produção
Escolhas
de bens e serviços, Quanto produzir?
dadas as restrições Eficiência
colocadas pela Econômica Onde produzir?
quantidade limitada de
fatores de produção Para quem produzir?

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QUESTÕES COMENTADAS EM AULA


001. (FCC/ALAP/ANALISTA/2020/ADAPTADA) Julgue:
A economia estuda a forma pela qual uma sociedade organiza a sua produção.

002. (FCC/ALAP/ANALISTA/2020/ADAPTADA) Julgue:


A distribuição do produto nacional é parte central do problema econômico.

003. (FCC/ARSETE/ECONOMISTA/2016) Segundo Gilles-Gaston Granger, a economia é, “si-


multaneamente e confusamente, ciência das coisas, ciência das ações e ciência das estru-
turas sociais.” (GRANGER, G. G. Méthodologie économique. 1955, p.2). A citação acima é ex-
plicada por:
a) o economista realiza experimentos perfeitamente controlados, atingindo, em suas previ-
sões, a precisão das ciências da natureza.
b) o conceito de economia exclui a noção de que esta é uma ciência que trata dos produtos
da atividade humana.
c) o conteúdo da economia pode variar segundo o enfoque de cada autor ou escola: apresen-
ta-se, por exemplo, como amplo sistema contábil que descreve o circuito dos produtos, em
estrita ligação com o funcionamento de uma sociedade.
d) a economia propõe uma abordagem cujas relações essencialmente determinadas por ele-
mentos objetivos, externos ao ser humano.
e) a economia não possui caráter científico.

004. (CESPE/TCE-PA/AUDITOR/2016) A respeito dos conceitos fundamentais de microeco-


nomia, julgue o item a seguir.
A Economia é a ciência social na qual se estuda como os indivíduos tomam decisões sob a
hipótese de que os recursos, se produzidos e distribuídos com eficiência, serão suficientes
para suprir todas as necessidades da coletividade.

005. (CESPE/ANAC/ANALISTA/2012) Julgue o item a seguir, acerca dos fatores de produção.


Os fatores de produção podem ser classificados em naturais, trabalho e capital, sendo este
último dividido em físico e humano. O capital físico é formado pelos recursos manufaturados
utilizados na produção, pela educação e pelo conhecimento incorporado na força de trabalho.

006. (IADES/HEMOCENTRO-DF/ANALISTA/2017) Considerando que a economia é uma ciên-


cia social fundamental para o estudo da escassez e dos problemas dela decorrentes, assinale
a alternativa correta.
a) A organização política de uma sociedade afeta a forma como ela escolhe os próprios repre-
sentantes e elabora as normas que regularão as relações sociais, contudo o desenvolvimento

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Introdução à Economia
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das atividades econômicas de produção e consumo não é afetado por ela, dependendo exclu-
sivamente do sistema econômico vigente.
b) O problema central da economia refere-se ao emprego de recursos econômicos escassos
de forma a gerar o maior produto possível sem, no entanto, ocupar-se da forma como esses
bens e serviços são distribuídos na sociedade.
c) A fim de atender às necessidades humanas ilimitadas, a economia promove a utilização
máxima dos recursos disponíveis na produção de bens e serviços que agregam maior valor
econômico.
d) O emprego dos escassos recursos econômicos não representa um problema para a econo-
mia, visto que não há usos alternativos para eles.
e) A economia tem como objeto de estudo a questão da escassez, ou seja, a forma como a
sociedade decide empregar recursos escassos entre usos alternativos.

007. (CESPE/MPU/ANALISTA/2010) Acerca de economia ambiental, julgue o item a seguir.


Para os economistas ambientais, não há problema de escassez absoluta de recursos natu-
rais, e sim de escassez relativa. Portanto, desse ponto de vista, admite-se que determinados
tipos de recursos possam se esgotar temporariamente.

008. (FCC/ARSETE/ECONOMISTA/2016) Considere os seguintes problemas básicos


da Economia:
I – O que produzir.
II – Como produzir.
III – Quanto produzir.
IV – Para quem produzir.
A existência ilimitada de recursos utilizáveis tornaria frágil o caráter “econômico” dos proble-
mas contidos em
a) I e IV, apenas.
b) I, II e III, apenas.
c) I, II, III e IV.
d) II e III, apenas.
e) III e IV, apenas.

009. (CESPE/TCE-PA/AUDITOR/2016) A respeito dos conceitos fundamentais de microeco-


nomia, julgue o item a seguir.
O custo de oportunidade será o mesmo para qualquer pessoa que opte por participar do pro-
grama de trainee de uma grande empresa em vez de trabalhar em uma empresa de menor
porte que ofereça melhor remuneração.

010. (CESPE/TCU/AUDITOR/2007) Considerando-se que o problema da escolha em um am-


biente de escassez constitui o cerne da análise econômica, julgue os itens subsequentes.

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Nas economias de mercado, a especialização, fundamentada na divisão do trabalho, apesar


de aumentar o custo de oportunidade dos bens, promove a alocação eficiente dos recursos.

011. (FCC/ALAP/ANALISTA/2020/ADAPTADA) Julgue:


A fronteira de possibilidades de produção ilustra as restrições econômicas de uma sociedade.

012. (CESPE/SLU-DF/ANALISTA/2019) Julgue o item seguinte, a respeito da teoria microeco-


nômica da produção.
Um ponto da fronteira de possibilidades de produção em que dois bens são produzidos é mais
eficiente do que um ponto em que um único bem é produzido.

013. (CESPE/ANS/ESPECIALISTA/2013) Com relação ao dilema econômico entre escassez e


escolha, representado pela curva de possibilidade de produção (CPP), e ao equilíbrio de mer-
cado, resultado da interação das curvas de oferta e demanda, julgue os itens a seguir.
Ao se deslocar um fator de produção de uma atividade produtiva para outra, o custo de opor-
tunidade será crescente, uma vez que, no curto prazo, fatores de produção não são comple-
tamente ou facilmente adaptáveis.

014. (FCC/SABESP/ANALISTA/2018) Um deslocamento paralelo para a direita da Curva de


Possibilidade de Produção entre os bens A e B pode decorrer de
a) uma redução dos recursos necessários para a produção do bem A, mantido tudo o mais
constante para o bem B.
b) um progresso tecnológico na produção dos bens A e B.
c) um aumento dos recursos necessários para a produção do bem B, mantido tudo o mais
constante para o bem A.
d) um aumento da quantidade dos agentes que demandam os produtos A e B.
e) uma redução da quantidade máxima passível de obtenção para os bens A e B.

015. (CESPE/ANS/ESPECIALISTA/2013) Com relação ao dilema econômico entre escassez e


escolha, representado pela curva de possibilidade de produção (CPP), e ao equilíbrio de mer-
cado, resultado da interação das curvas de oferta e demanda, julgue os itens a seguir.
A CPP contempla todas as combinações de bens e serviços que podem ser produzidos em
uma economia, de forma que os pontos localizados acima da curva, embora possíveis, re-
presentam alocações ineficientes e os pontos abaixo representam o problema da escassez
de recursos.

016. (CESPE/TC-DF/ACE/2012) Acerca de microeconomia, julgue o item a seguir.


A forma não linear de uma fronteira de possibilidades de produção está associada à adapta-
bilidade perfeita dos recursos na produção de dois bens.

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Introdução à Economia
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017. (CESPE/AGU/PROCURADOR FEDERAL/2010/ADAPTADA) Julgue o item subsequente:


A livre-concorrência e livre-iniciativa devem orientar-se pelos princípios da dignidade e da jus-
tiça social.

018. (CESPE/MPU/ANALISTA/2013) No que diz respeito à teoria do bem-estar social, julgue


o item subsequente.
A divisão igualitária de todos os bens da economia entre os seus agentes é uma alocação
justa no sentido econômico.

019. (FCC/DPE-RS/ANALISTA/2017) No fluxo de renda de uma economia, a organização do


processo de produção que cria bens e serviços é atribuída
a) às famílias.
b) aos consumidores.
c) às famílias e aos consumidores.
d) às empresas.
e) às famílias locais e dos outros países.

020. (FCC/ALAP/ANALISTA/2020/ADAPTADA) Julgue:


Todas as decisões individuais, em geral, enfrentam custos de oportunidade.

021. (FCC/SEFAZ-PI/ATE/2015) A teoria econômica utiliza o termo trade-off para explicar a


tomada de decisões por parte das pessoas. Segundo a teoria, toda a decisão requer a compa-
ração entre custos e benefícios dentre variadas possibilidades alternativas de ação. O trade-
-off enfrentado pelo agente econômico implica um custo:
a) de oportunidade.
b) marginal.
c) de transação.
d) de eficiência.
e) de equidade.

022. (FCC/ICMS-RJ/ATE/2014) De acordo com a teoria da ciência econômica, referem-se a


conceitos econômicos, levados em conta nas decisões individuais:
I – O trade off entendido como termo que define uma situação de escolha conflitante, ou seja,
quando uma ação econômica, visando à resolução de determinado problema acarreta, inevi-
tavelmente, outros problemas.
II – O custo de oportunidade é aquilo que o agente econômico deve ter de recompensa para
abrir mão de algum consumo.
III – A mudança marginal que é um pequeno ajuste incremental em um plano de ação não
revestido de racionalidade econômica.

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Introdução à Economia
Manuel Pinon

IV – O incentivo que é algo que induz os indivíduos a agir, tal como a perspectiva de uma pu-
nição ou recompensa.
Está correto o que se afirma em
a) I e II, apenas.
b) II e III, apenas.
c) I e IV, apenas.
d) III e IV, apenas.
e) I, II, III e IV.

023. (CESPE/ANTAQ/ESPECIALISTA/2014) No que diz respeito à teoria microeconômica, jul-


gue o item que se segue.
De acordo com a teoria microeconômica tradicional, uma economia de mercado é usualmente
uma forma ineficiente de organização da atividade econômica de um país.

024. (FCC/ALAP/ANALISTA/2020/ADAPTADA) Julgue:


Os governos são dispensáveis como mecanismo de maximização do bem-estar social.

025. (CESPE/SEFAZ-ES/CONSULTOR/2010) Acerca dos conceitos de macroeconomia, julgue


o item que se segue.
A macroeconomia, que estuda o índice geral de preços e a determinação da renda nacional,
também se ocupa do estudo de como é gerado e de como é possível um aumento no nível
agregado de recursos da economia.

026. (FCC/SABESP/ANALISTA/2018) A diferença entre a Macroeconomia e a Microeco-


nomia se dá
a) pelas diferenças entre os tamanhos das plantas das firmas.
b) pelas formas de organização dos mercados, se mais concorrenciais ou mais monopolizados.
c) porque é exclusividade da Microeconomia o estudo de variáveis como a oferta, a demanda
e a produção.
d) porque a abordagem macroeconômica não leva em conta as expectativas dos agentes
econômicos.
e) porque se tratam de abordagens da ciência econômica que estudam diferentes graus de
agregação entre os agentes econômicos.

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Introdução à Economia
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QUESTÕES DE CONCURSO
027. (CESPE/SEFAZ-ES/AFTE/2010) Com relação ao crescimento econômico, ao consumo e
ao investimento, julgue o próximo item.
A macroeconomia estuda as flutuações econômicas e o produto efetivo em análises de curto
prazo. Já em avaliações de longo prazo, ela estuda o crescimento econômico e produto potencial.

É isso mesmo!
Enquanto cabe à Macroeconomia estudar o comportamento dos grandes agregados econô-
micos de forma global, como Produto Interno Bruto (PIB), inflação, desemprego etc., ou seja,
estudar a floresta, cabe à Microeconomia estudar o comportamento das unidades produtivas
(empresas ou firmas), dos indivíduos, de determinados mercados etc.
No curto prazo, a macroeconomia se ocupa justamente com o estudo das flutuações dos
agregados macroeconômicos, e na visão de longo prazo o foco é o crescimento da economia
e pleno emprego.
Certo.

028. (CESPE/AGU/PROCURADOR FEDERAL/2010/ADAPTADA) Julgue o item que se segue.


A ideia de livre concorrência presente na organização da atividade econômica brasileira, de-
fende que o próprio mercado deve estabelecer quais são os agentes aptos a se perpetuarem,
deixando aos agentes econômicos o estabelecimento das regras de competição.

O examinador começou bem a assertiva, mas da 2ª linha em diante “chutou o balde”.


Realmente a livre concorrência é um princípio geral da atividade econômica, MAS não cabe
ao próprio mercado estabelecer quais são os agentes aptos a se perpetuarem e não deve se
deixar para próprios agentes econômicos o estabelecimento das regras de competição. Aí era
como botar a raposa para tomar conta do galinheiro.
Errado.

029. (CESPE/ANTAQ/ERSTA/2009) Com relação aos fundamentos da economia, julgue o se-


guinte item.
A macroeconomia não se ocupa da formação dos preços de um produto especificamente, mas,
sim, do comportamento das unidades econômicas individuais e de mercados específicos.

Lembre-se de que a Macroeconomia estuda o comportamento dos grandes agregados eco-


nômicos de forma global, como Produto Interno Bruto (PIB), inflação, desemprego etc., ou
seja, estudar a floresta.

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Quem estuda as árvores é a Microeconomia, que estuda o comportamento das unidades pro-
dutivas (empresas ou firmas), dos indivíduos, de determinados mercados etc.
Errado.

030. (CESPE/SLU-DF/ANALISTA/2019) Julgue o item, que trata de conceitos fundamentais


da economia.
A economia opera no interior da fronteira de possibilidades de produção quando o hiato do
produto nacional bruto é elevado.

Nessa questão temos uma mistura de conceitos de Microeconomia com conceitos de Macro-
economia, mas que podem sim ser aplicados em conjunto.
Extrapolando a situação apresentada no gráfico (micro) para uma representação da econo-
mia de modo global (macro), podemos fazer um paralelo entre o que ocorre com uma empresa
e o que ocorre com a economia.
Assim, se uma empresa opera abaixo da linha da CPP, vemos que ela tem recursos ocio-
sos (hiato da produção), ou seja, não está utilizando os seus recursos com 100% da sua
capacidade.
O mesmo vale para a economia de forma global. Quando existem recursos ociosos, o nível de
produção total (produto nacional bruto) fica abaixo da CPP, e assim temos ociosidade, ou seja,
hiato do produto nacional bruto.
Observe a ilustração:

Agora note que o ponto F é um ponto no interior a CPP, logo nesse ponto a economia está
produzindo menos do que poderia, afinal, se usasse todo seu potencial, a economia poderia
produzir mais dos dois bens.

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Quando falamos que o hiato do produto nacional bruto é elevado, estamos dizendo que o pro-
duto nacional efetivo está distante do produto nacional potencial desta economia, ou seja, a
situação de hiato está situada no interior da CPP, como no caso do ponto F.
Em contraste, não é caso de hiato do produto quando a economia opera em cima da CPP,
como nos pontos de A, B, C, D e E.
Certo.

031. (CESPE/PF/APF/2004) A questão da escolha em situação de escassez, abordada pela


microeconomia, as interações entre governo e mercados privados e os problemas macroeco-
nômicos são temas relevantes para a ciência econômica. A esse respeito, julgue o item a seguir:
O binômio escassez/escolha, que permeia o problema econômico correlato, ocorre somente
quando, dentro do processo produtivo, não existe possibilidade de substituição entre insumos.

Na verdade, o binômio escassez/escolha permeia todo o processo de decisão, desde o que


produzir, passando por como produzir, quando produzir, onde produzir e para quem produzir.

PEGADINHA DA BANCA
Assim, a palavra “somente” torna a alternativa errada. Desconfie em prova de palavras como
somente, nunca e sempre. O examinador as coloca para induzi-lo ao erro!
Errado.

032. (CESPE/TCU/AUDITOR/2007) Considerando-se que o problema da escolha em um am-


biente de escassez constitui o cerne da análise econômica, julgue o item subsequente.
Uma redução substancial das taxas de desemprego, por aumentar a eficiência na utilização
do fator trabalho, desloca a fronteira de possibilidades da economia para cima e para a direita.

Outra questão de excelente nível que exigiu do candidato raciocínio aplicado aos conceitos
aprendidos. Para resolver essa questão, a melhor forma é tentarmos visualizar na CPP o que
o examinador está dizendo. Para isso, vamos pegar emprestado o gráfico a seguir.

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O que a afirmativa diz inicialmente é: existe desemprego, ou seja, estamos no ponto D (ponto
abaixo da curva), mas esse desemprego é reduzido (a mão de obra que estava ociosa passa
a ser utilizada), ou seja, o fator trabalho foi utilizado de forma mais eficiente (houve redução
da ineficiência – ociosidade.
Até aqui, beleza!
Estávamos no ponto D, mas agora estamos indo em direção à curva em que estão os
pontos A e B.
Mas no final o examinador tenta te pegar. Ele fala que essa nova situação desloca a fronteira
de possibilidades da economia para cima e para a direita.
Mas como, se não houve aumento dos fatores de produção?
Na verdade, o que ocorreu, como vimos, foi que o fator trabalho foi utilizado de forma mais
eficiente.
Não houve, por exemplo, aumento do fator de produção mão de obra, ou seja, estávamos no
ponto D, mas agora estamos indo em direção à curva em que estão os pontos A e B.
Errado.

033. (CESPE/PF/APF/2014) A microeconomia constitui um segmento da ciência econômica


voltado para as relações entre os agentes econômicos e seus efeitos sobre preços e níveis de
equilíbrio. A respeito de microeconomia, julgue o item subsequente.
Os modelos utilizados na microeconomia são essencialmente de característica indutiva e
ignoram a complexidade do mundo real.

Na verdade, cabe a um modelo econômico “modelar” a vida real, ou seja, eles não podem ig-
norar a complexidade do mundo real.
Além disso, os modelos econômicos são dedutivos, diferentemente do método indutivo ou de
indução, no qual o raciocínio é que, após considerar um número suficiente de casos particu-
lares, chega-se a uma verdade geral.
Em suma, o erro aparece na parte final da assertiva, quando diz que os modelos ignoram a
complexidade do mundo real, o que é errado!
Errado.

034. (CESPE/MJ/ECONOMISTA/2013) O Ministério da Justiça (MJ) tem um montante fixo


para gastar na aquisição de dois bens: mesas e computadores. Ainda, o MJ planeja ocupar um
prédio de sua propriedade, atualmente alugado para profissionais liberais.
Com base nessa situação hipotética, julgue o item seguinte.
O aluguel representa um custo de oportunidade da ocupação do prédio.

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Veja bem, trata-se de um imóvel de propriedade do Ministério da Justiça (MJ) que está sendo
alugado, ou seja, o MJ recebe dinheiro por alugar esse espaço a terceiros.
Desse modo, a ocupação desse imóvel pelo MJ fará com que esse rendimento de aluguel
deixe de ser auferido.
Existe, portanto, um custo de oportunidade para o MJ em ocupar esse imóvel que equivale ao
valor do aluguel.
Certo.

035. (CESPE/ANAC/ANALISTA/2012) Julgue o item a seguir.


Suponha que um profissional recém-formado em economia pretenda pedir demissão da firma
em que trabalha para atuar como autônomo em um escritório de consultoria, e, para isso, cal-
cule os custos que envolverão o funcionamento do escritório e os custos de deixar de receber o
salário do emprego atual. Nessa situação, as despesas efetuadas com sua formação, como li-
vros e mensalidade escolar, devem ser ponderadas, pois representam custos de oportunidade.

Na situação em tela, as despesas efetuadas com a formação do profissional não são custos
de oportunidade, já que elas já tinham sido incorridas anteriormente, independentemente de
sua decisão acerca do pedido de demissão e da abertura do escritório.
Nessa toada, ao optar por abrir o escritório e se demitir, o custo de oportunidade do profis-
sional é o salário que deixará de receber ao pedir demissão para se dedicar a outra atividade
profissional.
Errado.

036. (CESPE/TC-DF/AUDITOR/2014) No que diz respeito à teoria da produção, julgue o item


que se segue.Dois pontos sobre a curva de possibilidades de produção são igualmente eficien-
tes, independentemente da relação de preços existente na economia.

Precisamos ter em mente que a fronteira de possibilidade de produção indica a quantidade


ótima de bens produzidos com a capacidade produtiva, ou seja, representa o emprego ótimo
dos fatores de produção da economia.
Nessa pegada, estando sobre a fronteira de possibilidades de produção, a economia está
diante de situações eficientes, representadas pela combinação ótima de bens produzidos (as
produções maximizam lucro), não sendo os preços considerados nesta relação.
Certo.

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037. (CESPE/TC-DF/AUDITOR/2014) No que diz respeito à teoria da produção, julgue o item


que se segue.
Não há custo de oportunidade quando a economia opera em um ponto interno à fronteira de
possibilidade de produção.

Importante que tenha guardado a ideia de que a fronteira de possibilidade de produção na


verdade indica a quantidade ótima de bens produzidos com a capacidade produtiva, ou seja,
revela o emprego ótimo de fatores de produção de uma economia.
Nessa pegada, o raciocínio do CESPE nessa questão foi que quando a economia opera na
linha exata da fronteira de possibilidade de produção, como não existe ociosidade, existe sim
custo de oportunidade; mas se for em um ponto interno, como existe ociosidade, não temos
custo de oportunidade.
Entretanto, entendo que sempre haverá custo de oportunidade, já que o custo de oportunida-
de representa o custo de uma escolha qualquer, independentemente de a economia operar em
situações eficientes. Assim, para produzir mais unidades do Bem X, necessariamente implica
em escolher X à Y, logo temos custo de oportunidade.
Certo.

038. (CESPE/TCE-PA/AUDITOR/2016) A respeito dos conceitos fundamentais de microeco-


nomia, julgue o item a seguir.
Situação hipotética: Um funcionário que atua como gerente na filial de determinada organi-
zação comercial foi convidado a ocupar um cargo na diretoria dessa organização. Para tanto,
ele teria de se mudar da pacata cidade onde a filial está localizada para a capital do estado,
onde fica a sede da organização. Mesmo ciente de que essa transferência demandaria um
processo de adaptação às condições de deslocamento e de segurança típicas de uma metró-
pole, bem como implicaria maiores custos de moradia, o funcionário aceitou o convite.
Assertiva: Nesse caso, o custo de oportunidade do funcionário foi ampliado, uma vez que teve
de se mudar de uma cidade pacata para uma metrópole.

Lembre-se de que o custo de oportunidade é aquele custo que representa o fato de ter esco-
lhido uma opção em detrimento de outra. Nessa toada, não é um custo efetivo, mas uma con-
sequência traduzida em um custo trazido pelo benefício da alternativa que não foi a escolhida.
No caso em tela, o funcionário que se muda deixa de lado o conforto, a tranquilidade e a se-
gurança da pequena cidade em que vivia, mas ao optar por aceitar o convite, ele deve levar
em conta tanto o seu crescimento na empresa, quanto o ônus de ter de viver numa cidade
menos segura.
Certo.

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039. (CESPE/TCE-PA/AUDITOR/2016) Julgue o item a seguir, relativo a custo de oportunida-


de e fronteiras de possibilidades de produção.
Situação hipotética: O estado de Goiás tem capacidade de produzir 6 milhões de toneladas de
milho e 8 milhões de toneladas de soja ou uma combinação desses dois produtos, enquanto
o estado de Mato Grosso pode produzir 11 milhões de toneladas de milho e 22 milhões de
toneladas de soja ou uma combinação desses dois produtos.
Assertiva: Nessa situação, caso haja maior demanda de milho, os custos de oportunidade
para produzir o milho, em relação à soja, são maiores em Goiás do que em Mato Grosso.

Vamos partir da ideia que o custo de oportunidade representa, no caso em tela, a quantidade
que se deixa de produzir de um bem para que se possa produzir outro bem.
Nessa toada, o estado de Goiás tem capacidade para produzir 6 milhões de toneladas de mi-
lho e 8 milhões de soja, ou uma situação intermediária envolvendo a produção dos dois grãos.
Dessa forma, para cada 1 milhão de toneladas de milho que produz, Goiás deixa de produzir
1,33 milhão de toneladas de soja, ou, falando em termos técnicos, o custo de oportunidade de
produzir milho em relação a soja é de 1,33.
Repare que no estado do Mato Grosso o custo de oportunidade é maior, já que esse Estado
pode produzir 11 milhões de toneladas de milho e 22 milhões de toneladas de soja ou uma
combinação desses dois produtos, ou seja, para cada 1 milhão de toneladas de milho que
produz, deixa de produzir 2 milhões de toneladas de soja.
Errado.

040. (CESPE/TCE-PA/AUDITOR/2016) Julgue o item a seguir, relativo a custo de oportunida-


de e fronteiras de possibilidades de produção.
A curva de possibilidades de produção é um modelo simples para analisar a eficiência da uti-
lização dos fatores de produção e para expressar os desejos da sociedade em consumir bens
alternativos.

Na verdade, a curva de possibilidades de produção não tem nada a ver com os desejos da
sociedade em consumir bens alternativos.
A curva de possibilidades de produção diz respeito apenas à capacidade e à eficiência da
utilização dos fatores de produção, demonstrando as possibilidades de produção combinada.
Errado.

041. (CESPE/TCE-PA/AUDITOR/2016) Julgue o item a seguir, relativo a custo de oportunida-


de e fronteiras de possibilidades de produção.

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Ao instituir política de reajuste do salário mínimo com ganhos reais, o governo brasileiro fixa,
para alguns municípios, remunerações acima do equilíbrio do mercado, o que leva a economia
nesses locais para um ponto situado abaixo da curva de possibilidade de produção.

Repare que se for fixado um salário mínimo acima do equilíbrio de mercado, para alguns mu-
nicípios, o custo da produção nesses locais se eleva, fazendo com que a economia não consi-
ga operar de maneira eficiente e deixe de operar em pleno emprego dos fatores de produção,
ou seja, gera ociosidade de recursos.
Certo.

042. (CESPE/TCE-MG/ANALISTA/2018) A escassez de recursos impõe limite máximo à


quantidade de bens que uma sociedade poderá produzir em determinado período, situação
conhecida como fronteira ou curva de possibilidades de produção (CPP). O formato côncavo
da CPP em relação à origem é devido
a) à CPP dinâmica.
b) ao custo marginal.
c) à lei dos rendimentos decrescentes.
d) ao pleno emprego dos recursos.
e) à lei dos custos decrescentes.

Vamos relembrar a curva de possibilidades de produção:

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Note que a concavidade da curva tem a ver com o custo da especialização e isso está direta-
mente ligado à lei de rendimentos decrescentes.
Assim, no ponto D temos a produção concomitante de 60 toneladas de alimentos e 10 mil
máquinas e, como estamos sobre a curva, estamos utilizando a capacidade máxima des-
ta economia.
Ora, se quisermos aumentar a produção de máquinas em 5 mil, chegando a 15 mil máquinas,
devemos abrir mão da produção de 10 toneladas de alimentos, ficando com 50. E, assim, es-
tamos nos deslocando até o ponto C.
Entretanto, se quisermos aumentar novamente a produção de máquinas em 5 mil, chegando
a 20 mil unidades, não basta mais abrir mão de 10 toneladas de alimentos, pois a taxa de
sacrifício aumenta e teremos que abrir mão de 20 toneladas de alimento, indo até o ponto B.
Desse modo, está configurada a lei de rendimentos decrescentes, pois para cada aumento
adicional no número de máquinas produzidas, a quantidade de alimentos produzidos de que
abrimos mão fica cada vez maior e, assim, é cada vez mais custoso na margem produzir má-
quinas, e vice-versa (devido à concavidade da curva).
Letra c.

043. (CESPE/IFF/PROFESSOR/2018) Considerando que um país pode produzir bens e servi-


ços a partir de seus recursos limitados, mas não pode produzir uma quantidade maior de um
bem sem produzir menos de outro, assinale a opção correta, no que se refere à fronteira de
possibilidade de produção (FPP).
a) A curva da FPP representa a limitação do potencial produtivo de um país.
b) A FPP possibilita identificar a menor quantidade de um par de bens ou serviços que um país
pode produzir.
c) A incapacidade de refletir o conjunto de escolhas para uma economia é uma limita-
ção da FPP.
d) A inclinação da FPP ocorre quando se aumenta a quantidade de uma variável mantendo-se
as demais variáveis constantes.
e) A impossibilidade de mostrar que tipo de bens se encontram disponíveis e sua quantidade
é uma característica da construção da FPP.

Realmente, a curva da FPP representa a limitação do potencial produtivo de um país e é por


isso que utilizamos o termo “fronteira”, sendo, na verdade, uma representação da combinação
máxima de produção que pode ser obtida por uma economia quando esta utiliza todos os
seus recursos.
Letra a.

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044. (CESPE/FUB/ECONOMISTA/2018) Em relação ao conceito de custo de oportunidade e


o papel dos preços nos mercados, julgue o item seguinte.
Quanto maior for o salário ofertado no mercado de trabalho legal, maior será o custo de opor-
tunidade de um indivíduo entrar ou permanecer em uma atividade ilegal.

O custo de oportunidade, no caso em tela, é o custo da decisão de optar entre ter um trabalho
legal ou outro ilegal. Assim, para decidir permanecer em uma atividade ilegal, quanto maior
for o salário ofertado no mercado de trabalho legal, maior será o custo de oportunidade de
permanecer na ilegalidade.
Certo.

045. (CESPE/EBSERH/ANALISTA/2018) A respeito dos conceitos de microeconomia, julgue


o item subsequente.
Fronteira de possibilidades de produção consiste de uma construção gráfica que mostra a
limitação do potencial produtivo de um país na produção de um par de bens ou serviços.

O CESPE nos trouxe uma definição perfeita da fronteira de possibilidades de produção. Ora,
como se trata de uma construção gráfica bidimensional, estamos falando do potencial pro-
dutivo de um país (ou região) na produção de um par de bens e serviços. Se fosse construída
em três dimensões, então poderíamos tratar de um trio de bens e serviços. Confirme, visuali-
zando o gráfico:

Certo.

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046. (CESPE/TC-DF/AUDITOR/2002) A escolha em situação de escassez e as interações en-


tre o governo e os mercados privados, assim como as questões do meio ambiente, são temas
relevantes em economia. A esse respeito, julgue o item a seguir.
O aumento substancial da participação feminina no mercado de trabalho, decorrente, em par-
te, de níveis educacionais mais elevados, que reduziram o custo de oportunidade do trabalho
doméstico para as mulheres, concorreu para expandir a fronteira de possibilidades de produ-
ção e o potencial de crescimento das economias de mercado.

Essa questão exigiu, além do conhecimento dos conceitos de escassez, escolha, custo de
oportunidade e da curva de possibilidade de produção, um bom raciocínio do(a) candidato(a).
Em outras palavras, o que a assertiva disse de modo simplificado foi: as mulheres se qualifi-
caram e entraram no mercado de trabalho. Essa situação provocou o deslocamento da CPP
para a direita, gerando crescimento econômico. Vocês concordam com esse raciocínio?
Eu concordo e foi o que realmente ocorreu no mundo real. Parabéns às mulheres que am-
pliaram o fator de produção mão de obra e contribuíram para o crescimento econômico do
nosso país!
Até aqui, beleza!
No entanto, existe um erro na afirmativa! O erro está na parte em que a afirmativa diz que
houve uma redução do custo de oportunidade do trabalho doméstico.
Na verdade, houve um aumento, pois como as mulheres tiveram melhores oportunidades no
mercado de trabalho, passou a não valer à pena para elas ficar fazendo apenas trabalhos
domésticos.
Em suma, o custo de oportunidade do trabalho doméstico aumentou.
Errado.

047. (FCC/ARSETE/ECONOMISTA/2016) Uma forma de compreendermos o funcionamento


de uma economia se dá por meio do chamado “fluxo circular da renda”, onde
a) os bens e serviços finais são fornecidos pelas famílias às empresas.
b) o fluxo monetário fica restrito no sentido das famílias para as empresas.
c) os agentes da sociedade se organizam como produtores e como consumidores.
d) o processo de produção que cria bens e serviços é organizado pelas famílias.
e) o fluxo material depende das famílias e não depende das empresas.

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Questão que pode ser resolvida com a visualização do fluxo circular da renda.

Mercado de Bens e Serviços

Demanda Oferta

Famílias Empresas

Demanda
Oferta Mercado de Fatores de Produção

Repare que os agentes (empresas e famílias) da sociedade se organizam, sendo que no caso
dos bens e serviços temos como produtores as empresas e como consumidores as famílias.
Já para os fatores de produção, as famílias são produtoras e as empresas os consumidores.
Letra c.

048. (FCC/TCE-RS/AUDITOR/2018) Uma economia fechada apresenta certo número de in-


divíduos, certa técnica produtiva, certo número de fábricas e instrumentos de produção e um
dado conjunto de recursos naturais.
Nessa economia, observa-se as relações entre as possibilidades de produção de gasolina e
asfalto, expressas na tabela a seguir:

Quantidade Quantidade
Possibilidades
Bens Máxima de Máxima
Intermediárias
Asfalto de Gasolina
Asfalto (milhões de
150 140 120 90 70 0
toneladas)
Gasolina (milhões de
0 10 20 30 40 50
litros)

Esta tabela gera a seguinte sequência de pares de quantidades de produção possíveis (Asfal-
to, Gasolina):
(150,0); (140,10); (120, 20); (90,30); (70,40); (0,50)

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Se esta economia observar uma forte retração de suas reservas petrolíferas, coeteris pa-
ribus, a sequência de pares de quantidades de produção possíveis (Asfalto, Gasolina) mais
provável será
a) (160,0); (155,20); (125,35); (93,50); (71,70); (0,90).
b) (200,0); (190,5); (150,15); (110,20); (90,30); (0,40).
c) (150,0); (140,10); (120,20); (90,30); (70,40); (0,50).
d) (130,0); (120,15); (100,32); (80,55); (60,75); (0,100).
e) (130,0); (120,7); (100,13); (80,22); (60,30); (0,42).

O petróleo é insumo para produção dos seus derivados, com destaque na questão para a ga-
solina e o asfalto. A economia em tela pode produzir 150 milhões de toneladas de asfalto se
direcionar todos os recursos para isso ou produzir 50 milhões de litros de gasolina também
se direcionar todos os recursos para isso, ou seja, nesses extremos temos produção nula do
outro produto.
Nessa toada, as combinações de produção intermediárias estão colocadas de modo que à
medida que aumenta a produção de gasolina, cai a produção de asfalto e vice-versa. Assim,
se tivermos uma redução da disponibilidade de petróleo, essas possibilidades de produção
caem. Repare que a única alternativa que segue essa sistemática para todas as combinações
é a alternativa e.
Letra e.

049. (FCC/TCE-GO/ANALISTA/2014) Num sistema econômico, a economia de mercado gira


em torno de relações de trocas entre famílias ou pessoas. Essas trocas são efetuadas em três
grandes mercados chamados de mercados
a) privado; público e misto.
b) monetário; fiscal e tributário.
c) de serviços; de bens de consumo e de bens duráveis.
d) de produtos; de trabalho e de capitais.
e) agrário; industrial e comercial.

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Introdução à Economia
Manuel Pinon

Vamos aplicar o nosso conhecimento sobre o Fluxo Circular da Renda.

Mercado de Bens e Serviços

Demanda Oferta

Famílias Empresas

Demanda
Oferta Mercado de Fatores de Produção

Basicamente, podemos ver que as transações neste modelo simplificado ocorrem nos merca-
dos de bens e serviços (ofertados pelas firmas), e no mercado de fatores de produção, no caso,
capital e trabalho (ofertados pelas famílias).
Cabe às famílias ofertarem os fatores de produção e receberem em troca a remuneração de-
vida. Já as empresas ofertam os bens e serviços que produzem, que são demandados pe-
las famílias.
Podemos ver claramente que, de um lado, a renda das famílias é gasta na aquisição dos bens
e serviços ofertados pelas empresas, e de outro que a demanda das firmas pelos fatores de
produção é a renda das famílias.
Letra d.

050. (VUNESP/BNDES/ANALISTA/2002) A diferença entre a Microeconomia e a Macroeco-


nomia é que, na primeira,
a) são estudadas a produção e a formação dos preços das pequenas e médias empresas e,
na segunda, das grandes.
b) é estudada a alocação dos recursos das empresas grandes e, na segunda, das pequenas.
c) são estudados o comportamento das empresas e dos consumidores e, na segunda, o
desempenho dos agregados econômicos, tais como o produto interno bruto e o nível geral
de preços.
d) utiliza-se a hipótese do tudo o mais constante (coeteris paribus), enquanto, na segunda, não.
e) a variável relevante a ser estudada é a taxa de desemprego, enquanto, na segunda, são os
preços relativos dos bens agrícolas.

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Introdução à Economia
Manuel Pinon

Na Microeconomia o foco é o estudo do comportamento dos consumidores ou das empresas


de forma individual, ou numa análise de determinado mercado apenas, enquanto na Macroeco-
nomia, o foco é o estudo dos agregados econômicos, tais como o nível geral de preços, a renda
agregada, o consumo agregado etc.
Vamos agora comentar as demais alternativas:
a) Errada, já que os termos “macro” e “micro” não estão relacionados ao tamanho das empre-
sas que analisam, mas sim de acordo com o nível de agregação da análise econômica.
b) Errada, já que os termos “macro” e “micro” não estão relacionados ao tamanho das empre-
sas que analisam, mas sim de acordo com o nível de agregação da análise econômica.
d) Errada, já que essa hipótese serve para a análise estática na ciência econômica, podendo
ser aplicada tanto em Micro quanto na Macroeconomia.
e) Errada, já que, em verdade, a taxa de desemprego é uma das variáveis estudadas na Ma-
croeconomia e os preços relativos de determinados bens são estudados em Microeconomia.
Letra c.

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Introdução à Economia
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GABARITO
1. C 37. C
2. C 38. C
3. c 39. E
4. E 40. E
5. E 41. C
6. e 42. c
7. C 43. a
8. C 44. C
9. E 45. C
10. E 46. E
11. C 47. c
12. E 48. e
13. C 49. d
14. b 50. c
15. E
16. E
17. C
18. E
19. D
20. C
21. a
22. c
23. E
24. E
25. C
26. e
27. C
28. E
29. E
30. C
31. E
32. E
33. E
34. C
35. E
36. C

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Introdução à Economia
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REFERÊNCIAS
1 – Fundamentos de Economia– 6ª Edição – Editora Saraiva – Autores Marco Antônio Sando-
val Vasconcelos e Manuel Enrique Garcia.

2 – Introdução à Economia– 2ª Edição –GEN – Autor Gregory Mankiw.

3 – Manual de Economia dos Professores da USP – 7ª Edição – Editora Saraiva – Autores –


vários professores da USP.

4 – Microeconomia – Editora Makron Books – Autores Robert Pindycy e Daniel Rubinfeld.

5 – Introdução à Economia– Editora FRAS – Autores Paulo Viceconti e Silvério das Neves.

6 – Macroeconomia – Editora Saraiva – Autora Luiza Sampaio.

7 – Microeconomia – Editora Saraiva – Autora Luiza Sampaio.

Sei que hoje tivemos muitos conceitos novos, muita informação.


Mas é para todo mundo!
Quem se esforçar, consegue!
Agora quero pedir um favor.
Avalie nossa aula, é rápido e fácil, deixe sugestões de melhoria.
Ficarei extremamente feliz com o feedback e trabalharei ainda mais para torná-la
ainda melhor.
Tenho muito a aprender e você pode me ajudar nisso.
Pode ser?
Muito obrigado.
Acredite!
Esse é o segredo!
Tenha fé que tudo vai dar certo!
Até a próxima aula ou ao fórum de dúvidas!
Professor Manuel Piñon
manuelpinon@hotmail.com. Siga-me (profmanuelpinon) no Instagran e no Facebook. Te-
mos excelentes cards para revisão!

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Manuel Piñon
Atualmente, exerce o cargo de Auditor-Fiscal da Receita Federal do Brasil e é Professor, voltado para a
área de concursos públicos.
Foi aprovado nos seguintes concursos públicos:
1 – Auditor-Fiscal da Receita Federal do Brasil – AFRFB 2009/2010;
2 – Analista de Finanças e Controle – AFC (hoje, Auditor Federal de Finanças e Controle) da Controladoria-
Geral da União – CGU (hoje, Ministério da Transparência) em 2008; e
3 – Auditor-Fiscal do Tesouro Nacional – AFTN (Auditor-Fiscal da Receita Federal do Brasil) em 1998.

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