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1.

INTRODUÇÃO À COLORIMETRIA
Para esclarecermos o concerto de Colorimetria, devemos entender que ela não é uma ciência específica de
tratamentos estéticos do cabelo. É uma ciência muito mais abrangente que procura determinar cores a partir
da avaliação de uma matriz. Portanto, a Colorimetria é muito mais que uma ciência que trata especificamente
de tratamentos que envolvem a coloração artificial dos fios de cabelo e que busca garantir qualidade,
satisfação e segurança.
1.1 História da coloração capilar
Há mais de três mil anos, os egípcios foram os primeiros a desenvolver a técnica de tecidos e em cabelos,
utilizando inúmeros corantes que extraíam das matérias animal e vegetal. Esses mesmos corantes foram
utilizados por muitas civilizações no decorrer dos séculos, e até mesmo nos dias atuais. Ainda estão ligados à
antiguidade algumas praticas com camomila, hena, índigo, entre outros.

Foram os egípcios que começaram a usar a hena para fins estéticos, não somente por mulheres, mas também
por homens para identificar o nível social que pertenciam. Já os fenícios, os gregos e os romanos usavam
casca de noz e outros métodos primitivos de origem natural.
No entanto, foram os romanos que, aproveitando-se de velhas fórmulas de sacerdotes gregos, que
incentivaram o hábito da coloração do cabelo e organizaram socialmente e profissionalmente as pessoas que o
faziam. Assim, surgiram as:
• Cosmetas: responsáveis por realizar os penteados.
• Cinófles: que preparavam e aplicavam as colorações.
• Cinerarias: que esquentavam os ferros para modelar os cabelos.
• Calamistas: encarregadas de ondular os cabelos.
• Psecas: que davam os últimos retoques no penteado.

1.2 Constituição do fio


Os cabelos são constituídos por uma proteína denominada queratina, composta por uma alta concentração de
um aminoácido chamado Cisteína. A fibra capilar é constituída de cutícula, córtex e medula.

A cutícula reveste o fio compondo a parte mais extema e se constitui fundamentalmente de queratina, proteína
responsável pela elasticidade e flexibilidade dos cabelos. A função principal da cutícula é proteger os cabelos
contra os danos e as agressões externas e, também, é responsável pelas caracteristicas sensoriais dos fios,
como brilho, maciez e desembaraço.
O córtex, por sua vez, é formado por células mortas e alongadas. É responsável pela resistência e pela
elasticidade dos fios e nele se encontram os pigmentos (granulos) de melanina. O córtex é a maior parte da
fibra do cabelo, seu feixe é constituído de 400 a 500 láminas de proteínas e creatinas, ricas em enxofre e
cisteína, que formam uma cola biológica e são unidas entre si. (KEDE; SABATOVICH, 2004).
Conforme os autores Kede e Sabatovich (2004), a medula é a parte mais interna do fio e apresenta células
indiferenciadas. Os fios nascem na medula, mas, ao crescer o seu canal, pode apresentar queratina de forma
esponjosa.

No Antigo Egito, era comum colorir os fios utilizando hena e camomila. Na Idade Média, o cabelo ruivo
natural apareceu como resultado de uma variação genética.
2. A COR DO FIO
O olho humano é capaz de captar apenas uma pequena parte da energia eletromagnética que nos circunda:
enxergamos apenas as sete cores básicas do espectro visível. A imensa variedade de cores que vemos é a
forma que o cérebro processa as combinações de diferentes comprimentos de onda das cores primárias,
secundárias e de diversas combinações que compõem as cores terciárias.

2.1 A lei da cor


A lei da cor é baseada na ciencia e adaptada para a arte. Ela serve como um guia que determina
como algumas cores básicas podem se misturar para criar uma variedade infinita de outras cores.
Os dois principais pigmentos responsáveis por produzir as cores nos fios capilares sao as eumelaninas
(pigmentos granulosos que vio do preto ao marrom) e as feomelaninas (pigmentos difusos que variam do
amarelo ao marrom avermelhado). Esses dois pigmentos são produzidos geneticamente em melanócitos da
camada basal da raiz do cabelo.
Os grânulos de melanina (responsável pela cor) são transferidos para os queratinócitos, que circulam e
migram da matriz para a haste do cabelo. Conforme já exposto, a cor dos cabelos é determinada
geneticamente, e ela vai depender das diferentes proporções dos pigmentos de melanina que encontramos no
córtex do cabelo (parte central do fio).
Na fase adulta, o cabelo humano se torna mais escuro e os fios brancos surgem progressivamente. Assim,
conclui- se que o ritmo de produção de melanina não é constante. Com a interrupção de produção de
melanina, podemos explicar o desaparecimento da cor ou canicie (nome cientifico dos cabelos brancos).

Canície é o nome dado à despigmentação capilar, que surge gradualmente após a terceira década de vida
culminando com a idade avançada, mas que, no entanto, pode estar presente desde muito cedo.
2.2 Eumelanina
Trata-se dos pigmentos mais escuros. Estes são mais difíceis de serem coloridos por pigmentos artificiais. Por
outro lado, a estrutura desse pigmento é granulosa e bastante concentrada, o que torna mais fácil a sua retirada
dos fios. Nesse caso, o dareamento ocorre de maneira mais rápida e simples.

2.3 Feomelanina
São os pigmentos dos fios de cores mais claras e médias. Como apresentam tonalidades

mais claras, são encobertas facilmente por outras colorações, geralmente sem necessidade de aplicar segunda
camada ou realizar a descoloração. A feomelanina é mais difícil de ser retirada dos fios. Dessa forma, o
clareamento de cabelos mais claros é mais demorado e pode causar mais danos quando comparado aos
cabelos escuros. Identificar o tipo de pigmento presente no cabelo garante a aplicação adequada de outra
coloração nos fios, pois o resultado do tom é influenciado pela cor presente na base natural, ou seja, na cor
natural do cabelo. A partir dessa etapa, cabe ao profissional usar seus conhecimentos de Colorimetria para
encontrar a melhor solução e adequá-la ao desejo do cliente.
3. INTRODUÇÃO A CORES-BASE E CORES-FANTASIA
Cores-base são as cores formadas pelo pigmento natural do cabelo. Já com as cores-fantasia ocorre o inverso,
são as encontradas em tinturas por se tratar de misturas de cores.

3.1 Fundo de clareamento


Para cada altura de tom, temos um fundo de clareamento. Portanto, o fundo de clareamento é a cor resultante
nos fios após um processo de descoloração. A cor natural dos cabelos pode ser clareada pela superoxidação de
colorações permanentes, classificadas como superclareadores, ou por meio do processo de descoloração
convencional da melanina com a aplicação da mistura do pó descolorante com creme oxidante de alto volume.
A descoloração degrada parte da melanina, alterando também sua estrutura química para que não absorva
mais luz visível e o cabelo promova a reflexão da luz.
Ao despigmentar um cabelo podemos chegar ao fundo de clareamento:
#PraCegover: A tabela contém três colunas, a primeira indica a cor natural, a segunda demonstra o fundo de
clareamento e a terceira indica as cores obtidas na descoloração. Preto fica vermelho; castanho escuro,
vermelho; castanho médio, vermelho escuro; castanho daro, vermelho alaranjado; louro escuro, laranja
amarelado; louro médio, bronze; louro, amarelo dourado; louro claro, amarelo claro; louro claríssimo,
amarelo pálido.
3.2 Classificação das cores
As cores conhecidas como primárias também são chamadas de fundamentais, pois são necessárias para a
criação de novas tonalidades. Essas cores são o vermelho, o azul e o amarelo. A soma dessas três cores resulta
em um tom marrom. A partir da junção de duas cores primárias, obtemos as secundárias. O vermelho
misturado com o amarelo fica laranja, azul com amarelo fica verde, vermelho com azul fica violeta, e assim
obtemos as cores secundárias: azul, verde e violeta.

As cores complementares são as primárias e secundárias que estão diretamente opostas em um círculo
cromático, ou estrela de Oswald. Os pares de cores complementares são compostos de uma cor primária e
uma secundária. Quando olhamos para o círculo de cores ou para a estrela, percebemos que o complemento
do vermelho (cor primária) é o verde (secundária). Esses pares, quando misturados neutralizam uma cor à
outra. Dessa forma, o azul é usado para neutralizar o laranja; o violeta neutraliza o amarelo e o verde
neutraliza o vermelho. Assim, as cores terciárias são todas as outras cores.

ffPraCegoVer: Na parte superior da imagem há quatro círculos cromáticos que representam a relação de cores
opostas entre si. Ao centro, há dois círculos que representam o círculo cromático, à esquerda, e a estrela de
Oswald, à direita. Na parte inferior, outros quatro círculos representam a relação das cores complementares.
A tonalidade, ou nuance da cor, é determinada por um pequeno desequilíbrio entre as cores. Assim se
determina o que chamamos de reflexos primários e secundários. A tonalidade ou a nuance indica a quantidade
de cores, proporções e resultam em variações de castanhos e louros, dependendo da concentração ou da
saturação da cor. Os tons de castanho ou louro podem ser compostos por variações de pigmentos amarelos,
vermelhos e azuis conforme a variação de reflexo desejada. Todas as cores naturais ou fundamentais são
originadas do mesmo mecanismo de formação de cor.
As cores frias são obtidas pelos tons de verde, roxo, azul, violeta e cinza. Por apresentarem menor
luminosidade, são usadas para disfarçar e diminuir formas, produzindo uma sensação de amplitude e
profundidade.

As cores quentes são obtidas pelos tons de vermelho, rosa, amarelo e alaranjado, classificadas pelo nível de
vibração e normalmente são usadas para expandir formas, produ2 uma sensação de proximidade.

As cores neutras são obtidas com a mistura de tons quentes e frios tornando-os menos vibrantes e pouco
visíveis. Por isso, normalmente são usadas para criar fundo de recebimento de outras cores.
A altura de tom é o que orienta a tonalidade desejada com a Colorimetria capilar.
Para classificar esses tons existe uma tabela universal que define as cores naturais e artificiais presentes nos
cabelos. A tabela informa a cor obtida em 9 alturas de tom, sendo elas:
• Altura de tom 1- preto azulado
• Altura de tom 2- preto
• Altura de tom 3- castanho escuro
• Altura de tom 4- castanho médio
• Altura de tom 5- castanho claro
• Altura de tom 6- louro escuro
• Altura de tom 7- louro médio
• Altura de tom 8- louro claro
• Altura de tom 9- louro muito claro
• Altura de tom 10- louro claríssimo
Algumas marcas de cosméticos trabalham com cores extras, como:
• Altura de tom 11-louro urtraclaro
• Altura de tom 12-louro urtraclarissimo
Nas embalagens de coloração para cabelo a altura de tom é representada pelo primeiro número impresso na
caixa. Por exemplo: se o número na caixa for 6, significa que a altura de tom da coloração é louro escuro.

As nuances são o que chamamos de cores com reflexo. Essas colorações são representadas nas embalagens
com outro número após o ponto. Por exemplo: 6.1, significa que além da altura de tom 6 (louro escuro), existe
um reflexo na cor 1 (reflexo cinza); assim, a coloração é 6.1 - louro escuro acinzentado. Vejamos a
classificação das nuances:
• Número 1 após o ponto: cor reflexo cinza ou azulado
• Número 2 após o ponto: cor reflexo irisado ou violeta
• Número 3 após o ponto: cor reflexo dourado
• Número 4 após o ponto: cor reflexo acobreado
• Número 5 após o ponto: cor reflexo acaju
• Número 6 após o ponto: cor reflexo vermelho
• Número 7 após o ponto: cor reflexo esverdeado
Algumas marcas trabalham com duas cores de reflexo na coloração. Nesses casos, haverá dois dígitos após o
ponto na numeração da embalagem. Por exemplo: 7.13 - 7, tom louro médio; 1, reflexo acinzentado; 3,
reflexo dourado. Quando há duas tonalidades de reflexo após o ponto, o que vem primeiro tem um destaque
maior em relação ao segundo, que apresentará apenas algumas nuances. Assim, além das informações sobre
tonalidade e nuances, os outros componentes das colorações são:
• Suporte (base cremosa)
• Resorcina (uniformiza a oxidação da coloração) Corantes (base e acopladores que colorem)
• Amónia (abre as cutículas e libera o oxigênio contido no oxidante, facilitando a
Algumas marcas trabalham com duas cores de reflexo na coloração. Nesses casos, haverá dois dígitos após o
ponto na numeração da embalagem. Por exemplo: 7.13 - 7, tom louro médio; 1, reflexo acinzentado; 3,
reflexo dourado. Quando há duas tonalidades de reflexo após o ponto, o que vem primeiro tem um destaque
maior em relação ao segundo, que apresentará apenas algumas nuances. Assim, além das informações sobre
tonalidade e nuances, os outros componentes das colorações são:
• Suporte (base cremosa)
• Resorcina (uniformiza a oxidação da coloração) Corantes (base e acopladores que colorem)
• Amónia (abre as cutículas e libera o oxigênio contido no oxidante, facilitando a
penetração dos corantes nos fios e regulando o pH) Antioxidantes (impedem a oxidação da coloração na
embalagem) Peróxido de hidrogênio - H202 (agente que oxida a melanina do fio)

3.3 Tipos de coloração


Coloração vegetal (lausona, hena, camomila): são colorações instáveis, de difícil fixação sobre a fibra. Não
cobrem os fios brancos. Realçam os reflexos.
Coloração temporária ou matizadores: são produtos de enxágue, por isso são facilmente removidos com
apenas uma lavagem. Suas partículas são muito grandes para atravessar a cutícula, assim, apenas adicionam
uma coloração leve e melhoram um tom de coloração já existente. Em função da facilidade de remoção,
podem manchar as roupas pela chuva ou pelo suor. Não danificam os cabelos. Não contém oxidantes nem
amónia, mantendo-se na superfície dos fios. São compatíveis com outras substâncias químicas que geralmente
são encontradas em xampus, sprays e loções. Saem nas primeiras lavagens.
Coloração semipermanente: senta de amoníaco. Adiciona reflexos ou disfarça tons indesejados. Podem ser
removidas entre 4 e 6 lavagens porque suas partículas são de tamanho intermediário; assim, podem entrar e
sair dos fios. Com a adição do peróxido
de hidrogênio ficam mais tempo na haste. Devem ser aplicadas em cabelos úmidos e enxaguados entre 20 e
40 min. Nos cabelos porosos, podem se tornar permanentes. Também chamada de "tom sobre tom", é
aplicada na mesma tonalidade ou em um tom
mais escuro. Camufla os fios brancos em até 30% É preparada com produtos prontos para o uso.
* Coloração metálica ou progressiva: utiliza sais metálicos para colorir o cabelo, são progressivas porque a
cor vai se desenvolvendo dia a dia em repetidas aplicações. Obtém-se tons mal definidos e não é possível
clareá-la. O princípio color ante é uma reação de sais de meta com o enxofre do cabelo. Contém suKetos
metálicos de cores escuras que são depositados na parte externa do fio com uma pequena penetração na parte
interna. Deixa os cabelos opacos, crespos e quebradiço. Incompatível com outras químicas. Devido aos danos,
os cabelos podem se romper facilmente. Para a realização de outro processo químico, deve-se aguardar o
crescimento do cabelo, cortando os fios coloridos.
• Coloração permanente: é uma coloração definitiva ã base de amónia e oxidante. É o único tipo capaz de
alterar a cor dos cabelos, resgatando um tom semelhante ao natural. Recobre completamente os tios brancos.
Composta por amónia, que aumenta o volume da fibra capilar, abrindo as escamas do cabelo para possibilitar
a penetração dos percussores liberando oxigênio contido no oxidante (clareia os pigmentos do cabelo), que
oxida os percussores. Percussores são classificados em: bases de oxidação (que controlam a intensidade da
cor e o recobri mento dos fios brancos) e acopladores (que possibilitam a variação dos reflexos existentes).

colorimetria

1. COLORIMETRIA
Colorimetiia é o estudo das cores desenvolvido por pesquisadores de diversas áreas, sobretudo a física Suas
observações são. em sua maioria, sobre a capacidade que o olho e a mente têm de identificar diversos tipos de
cores. O fenômeno das cores, aliás, só é possível a partir de um feixe de luí, seja ele natural ou artificial. As
cores são classificadas entre primárias, secundárias e tercianas.
Utilize o QR Co de para assistir ao vídeo:

FIQUE DE OLHO
O circulo cromático ou roda de cor é uma ferramenta destinada a facilitar o processo de mistura. Escolha e
harmonize as cores. E importante destacar que cada sistema de cor possui uma dan fi:ü;3¡í própria de core!,
primárias; porlüni j. RqueltentOpin•dquInYafclNHIClrta adequada para a sua prática.
Os tipos de coloração são classificados nas seguintes categorias: Coloração não oxidativa
Não envolve reações químicas para ação e formação da cor. Pode agir tanto por deposição quanto pela
interação de corantes estáveis que se formarão antes da aplicação do produto. A cor do produto é a mesma da
embalagem e não se altera durante todo o processo de aplicação.
não abrindo a cutícula do fio Não pode darear a cor natural dos fios. pois se trata apenas de mudanças tísicas,
tendo a sua fixação restrita a um número predeterminado de lavagens. Uma taracteristtca importante é a de
que. neste caso, não se percebe de uma demarcação muito grande do crescimento da raiz. Existem três Opôs
de corantes que estão associados a essas categorias, vegetais, metálicos e compostos. (OLIVEIRA, 2020)
Coloração oxtdaliva
As emulsões oxigenantes têm em sua fórmula ativos capazes de fechar a cutícula, dando aos fios uma
restauração capilar (hidratação)
Colorações temporárias
Agem por deposição na superfície do cabelo. Atraídas, na maioria das vezes, por diferenças de polaridade,
sem a necessidade de mudar quimicamente a estrutura do fio. Dessa maneira, o cabelo é revestido com a cor,
que absorve e reflete a luz diferente de sua cor natural, como por exemplo os tonalizantes Assim, pode-se
afirmar que maior afinidade significa maior durabilidade da cor, com um depósito de pigmento tia segunda
camada do tio chamada de córtex.
Colorações se mi permanentes
Devem resistir pelo menos a quatro ou cincos origens. Porém, esse limite pode ser influenciado pela
porosidade do cabelo, bem como pelas características químicas do produto aplicado São similares às
colorações temporárias que atuam por interação e não precisam ser misturadas a nenhum outro componente
para serem aplicadas; por isso também são conhecidas como "colorações diretas". A diferença é o fator de
afinidade desse Opo, como "nível de polaridade" ou de atração do produto com o cabelo. Essa afinidade
descreve com que intensidade as ligações moleculares dos corantes da formulação serão capazes de se unir ao
cabelo. Pode-se afirmar que maior afinidade significa maior durabilidade da cor.
Coloração demiper manente
Quando mantida, a cor é obtida mais fácil ao desejo do diente com uma duração de 30 dias de acordo com as
manutenções feitas, como hidratações e o uso reduzido de higienização dos fios. Normalmente, seu pH é mais
baixo que a coloração permanente, uma vez que as emulsões (oxigenadas) possuem um pH mais ácido.

Colorações permanentes
Oferecem ao profissional a função de artista por produzida novas nuances. alcançando a tonalidade desejada
pelo diente. Faz-se uma coloração com uma fixação duradoura

Descoloração do cabelo
Ocorre por meio da superoxtdaçâo. É importante estar atento, pois é uma técnica que facilita o processo de
mechas, luzes e reflexos. Após esse processo, dependendo do fundo de cor que cada cabelo revelar, é
interessante que se revele com uniformidade, de modo que não abra um tom na raiz, um tom no comprimento
e outro tom nas pontas. Esse conceito de revelar a cor via descoloração é o que chamamos de processo de
clareamento

FIQUE DE OLHO
Em cada cor primária que se revela, a exemplo da cor 6.0 (loiro escuro), irá se revelar um tom primário que é
o amarelo.
1.1 Fundo de clareamento
Existem dez níveis ou estágios da descoloração que dizem respeito diretamente ao processo de
despigmentação da fibra capilar. Cada altura de tom inicia o processo de descoloração em um estágio
diferente, e somente o cabelo de cor preta poderá passar pelos dez níveis.

JfPraCcgoVer: o quadro apresenta os níveis decores de acordo com a altura de tom e o fundo de clareamento
na aplicação de cores diversas
t muito importante um bom diagnóstico capilar. O profissional irá analisar o fundo de cor do cabelo, o tom
que o cliente deseja e o que realmente pode ser feito. Aliados a essa técnica, contamos com os oxidantes e o
seu poder de clarear, escurecer ou manter a cor
1.2 Soluções de peróxido de hidrogênio
O pó descolorante é apenas recomendado para aplicações na extensão dos fios para que não haja irritação no
couro cabeludo Fique sempre atento à dosagem correta dos produtos e emulsione bem Ou seja, faça com que
a mistura fique bem homogênea para que não haja abertura de tons indesejados.
As formulações dos descolorantes em pó consistem na mistura de diversos ingredientes químicos de
diferentes estruturas, cada qual com sua função, e estes podem ser armazenados

separadamente a fim de garantir a estabilidade do produto Após a mistura do pó descolorante, caso não seja
garantida a homogeneização completa do pó. há risco de resultados irregulares e danos extremos ao cabelo,
além de possível liberação de calor excessivo, o que pode colocar a saúde do diente em risco.
Utilize o QR Code para assistir ao video:

2. MATIZAÇÃO
A matiz ação do cabelo pré-dareado ou descolorido deve ser feita sempre utilizando uma agua oxigenada ou
uma emulsão reveladora de 6%, que é igual a 20 volumes, que dareia de um a dots tons. Os chamados
matizadores se diferenciam das colorações do tipo permanente apenas peto seu grau de saturação da cor. É
por esse motfvo que a maOzação é efetivamente uma técnica, e não um tipo especifico de produto cosmético
de coloração. Muitos salões usam a coloração demi permanente como tonal izante apenas com a intenção de
depositar cor no cabelo pré-clareado ou descolorido As mesmas precauções de segurança descritas para
aplicações de colorações permanentes se aplicam aqui. O termo "matiz" se refere ao equilibrio e ao controle
da cor Portanto, "mattzação" se caracteriza pelas técnicas usadas com o objetivo de neutralizar tonalidades
indesejadas.

3. FIOS BRANCOS
Antes de trabalhar esse tipo de fio. é preciso lembrar da tabela de cores e da diferença entre

base e nuance fantasia. Em uma coloração 6.35, a base é a cor designada pelo número que vem antes do
ponto, no caso, 6 O que vem depois é o reflexo E Justamente a cor base a mais indicada para cobrir os fios
brancos. No entanto, se usada sozinha, produz um resultado sem graça Por isso você deve sempre estar atento
em misturar uma tonalidade do tipo fantasia a um tom base. Se a porcentagem for maior, exige combinação
de base e reflexo. Em uma diente com 50% de fios brancos, usam-se partes iguais de cada nuance. Por
exemplo, um tubo do tom 6. mais um de
6.35 lá se a pessoa apresenta 60% de fios brancos, a dosagem de base deve ser maior Sempre esteja atento ás
recomendações do fabncante da coloração
4. COLORIMETRIA NA PRÁTICA
Veremos a seguir algumas práticas
4.1 Tintura de retoque
É a aplicação de tinta na parte crescida do cabelo para igualar à cor anterior. Na verdade, a tintura de retoque
nada mais é do que a tintura em uma pequena porção de cabelos virgens
Nesse caso, a técnica de aplicação é a seguinte:
1. Se a cor aplicada for dara. os cabelos na parte crescida deverão estar descoloridos, um ou dois tons mais
claros que a cor restante dos cabelos.
2 A preparação da tinta é a mesma indicada anteriormente, apenas em menor quantidade
3. A divisão do cabelo é igual às outras e você deve aplicar a tintura na parte crescida seguindo o mesmo
roteiro indicado: zona da nuca e depois zonas na frente.
4. Deixe em média 15 minutos e, em seguida, puxe para as pontas a fim de padronizar a cor. Deixe os cabelos
bem abertos por mais 15 minutos.

S. Leve o cliente 00 lavador e, umedecendo o pente, retire o excesso da tinta. 6 Lave e em seguida hidrate os
cabelos.

4.2 Mordaçagem
É a técnica pela qual se consegue a abertura das escamadas dos cabelos brancos, permitindo a porosidade
necessária para a absorção da tintura. Esse trabalho é necessário porque os cabelos brancos oferecem grande
resistência à aceitação do fingimento. Na Mordaçagem, usa-se somente a água oxigenada 20 volumes (6%) a
30 volumes (9K), que é aplicada com o auxilio de um bastão
Pode ser feita em cabelos totalmente embranquecidos e virgens ou em cabelos que precisam apenas de
retoque (Já tingidos). No primeiro caso, aplique em todo o cabelo; no segundo caso, apenas nas partes
crescidas.
A diferença entre a Mordaçagem e a descoloração é que a primeira não altera a pigmentação, fato que
acontece na segunda
4.3 Decapagem ou remoção
Decapagem ou remoção da tintura dos cabelos é feita com peróxido de hidrogênio (água oxigenada) e o pó
descolorante. A decapagem é uma operação difícil, pois os cabelos sofrem um efeito químico violento. Para a
abertura de cabelos escuros para um tom mais claro, sugerimos ir aos poucos começando com luzes ou
mechas para não agredir demais os nos Dessa forma, na decapagem se deve observar a resistência dos
cabelos. Por outro lado, não é aconselhável remover uma tinta muito escura para obter um tom claro.
Após os cuidados preliminares já indicados, deve-se, antes de preparar a tintura, proteger devidamente o
cliente. Esse trabalho antes da preparação da tinta é recomendado porque sua aplicação deve ser feita
imediatamente após a mistura. A tintura em contato com o ar sofre transformações e começa a perder a sua
intensidade, por isso deve ser aplicada com a máxima brevidade
Dessa forma, tanto a proteção do diente como a presença de todo o material próximo ao profissional são
indispensáveis

Preparação da tintura

Em uma cuba plásbca. coloque a quantidade indicada pelo fabricante, tanto do pó descolorante como da agua
oxigenada em igual porção e misture-as ate obter um creme homogéneo. Aplique imediatamente no
comprimento e nas pontas, evitando o contato com couro cabeludo.
34 Aplicação
Considerando a grande variedade de situações em um processo de coloração, procura-se indicar todos os
recursos técnicos a serem usados. No caso de cinturas claras, os cabelos deverão ser descoloridos
anteriormente ou já possuir um tom mais claro.

5. PROCEDIMENTO DE APLICAÇÃO QUÍMICA


Após a drvisão do cabelo em 4 partes, da testa à nuca e de orelha a orelha, tire as mechas de 1 cm de
espessura, inicie o trabalho pelas seções posteriores. As mechas são retiradas de cima para baixo. Essas zonas
são chamadas frias em razão da menor circulação sanguínea. Por isso a tinta demora mais a ser fixada.
Nos cabelos grisalhos, deve-se começar a aplicação de tinta na parte onde é maior a quantidade de cabelos
brancos.
Apanhe a mecha com a mão esquerda e aplique a tinta a partir de 1 cm do couro cabeludo para as pontas. A
seguir, jogue a mecha para cima e aplique tinta na parte de baixo. No caso de cabelos longos, as mechas são
jogadas sobre a palma da mão para a aplicação na parte de cima. Na parte de baixo, apanhe com a mão
esquerda e aplique a tinta. Terminadas todas as seções, aplique na raiz. Se for o caso, abra bem os cachos para
uma boa oxidação.
Aguarde o tempo necessáno de 20 a 30 minutos em média. Após observar que a tintura teve uma fixação
perfeita, leve o diente ao lavador e tire o excesso de tinta umedecendo o pente para padronizar os cabelos (5
minutos em média). Em seguida, jogue agua nos cabelos e faça uma ligeira fricção. Lave com xampu
apropriado e remova as manchas.
6. APLICAÇÕES DA COLORIMETRIA
Você agora vai precisar de uma caixa de tinta guache para fazer as misturas e revelar as cores. Observe que
essas misturas deverão ser feitas em quantidades iguais.
A aplicação de tintura nos cabelos nunca atingirá tonalidades puras, mas nuances (tonalidades diversas) que
podem vahar de acordo com a textura dos cabelos e com os reflexos obtidos pela descoloração. Portanto, o
grande segredo da tintura é saber quais as cores que podem reforçar outras e quais as que se anulam.

A necessidade do conhecimento das cores antagônicas está no fato de que, após a descoloração, os cabelos
podem adquirir reflexos diversos, exigindo, portanto, a aplicação de uma tinta mixton que anule o reflexo
indesejado e prepare uma base para a tintura. Isso se faz, sobretudo, quando a tinta a ser usada é de tonalidade
bem clara. Assim, se após a descoloração os cabelos adquirirem uma tonalidade avermelhada, esta poderá ser
corrigida com verde, se o reflexo for mais intenso, ou cinza, se o reflexo for menos intenso.
Oe outra forma, se o reflexo for azulado, aplique um mixton laranja, que é a mistura de ouro com o vermelho
fogo. No caso de reflexos ou manchas amarelas, que geralmente se manifestam nos cabelos brancos, pode-se
corrigir com os mixtons violeta ou cendre.
6.1 Execução da tintura
• Para a execução da tintura é necessário o seguinte.
• Tinta cremosa ou liquida
• Água oxigenada.
• Pirex ou plástico.
• Trincha, bastão ou aplicador.
• Copo de grau ou proveta graduada.
• Creme para a pele.
• Xampu.
• ftemovedor de esmalte ou tira-manchas.
• Luvas
■ Pentes.
• Penteador, toalha e capa plástica

6.2 Tintura
É o processo pelo qual se consegue modificar a cor dos cabelos. A Ontura é uma das operações de maior
responsabilidade do profissional, tanto pela reação química que se processa quanto pela necessidade de
conhecimento sobre cabelos e combinação de cores.
A tintura pode ser feita com um produto de maior duração (tinta) ou com outros produtos.

como o xampu-tinta ou descolorantes, de durabilidade menor Há duas técnicas especificas na aplicação da


tintura:
• Tintura em cabelos escuros - exige descoloração anterior
• Tintura em cabelos claros sem descoloração
6.3 Fixando o conhecimento sobre as cores
O profissional, na execução de uma tintura, além de todos os cuidados técnicos precisa ter conhecimento
sobre as cores e suas combinações. Somente assim poderá obter éxito nessa difícil tarefa da profissão
Sempre esteta atento ás regras para desenvolver seu trabalho com segurança, dominando a carteia de cores e
medindo as dosagens certas na hora das aplicações químicas de uma coloração, isso é essencialmente
importante ao lidar com produtos químicos como água oxigenada (peróxido de hidrogênio), colorações e pó
descolorante. Tome sempre cuidado seguindo as orientações do fabricante para evitar quaisquer tipos de
addente. Procure se atualizar e se capacitar para dominar o uso desses produtos e suas respectivas aplicações.

1. INTRODUÇÃO AS LUZES E SEUS EFEITOS


As luzes são uma boa opção para quem quer mudar o visual de maneira sutil, sem que para isso tenha que
optar por uma mudança radical da aparência Assim, pode-se decidir pela descoloração de apenas alguns fios.
Trata-se de um dos vários estilos de mechas que pontuaremos adiante
A grande vantagem das luzes é que se obtém maior luminosidade no rosto por meio de mechas muito bem
selecionadas com tonalidades mais claras do que a cor do cabelo em questão Para isso, é necessário que o
profissional tenha conhecimento e saiba equilibrar bem as cores. Antes mesmo de começar a execução do
trabalho, deve-se conversar com a ou o cliente, fazendo uma análise do seu perfil e o que combina com a sua
personalidade
FIQUE DE OLHO
Não se deve utilizar o mesmo critério para clientes muito diferentes Cada indivíduo é único, com caracten
socas individuais. Por exemplo, em cabelos finos e sem volume, o mais indicado são as mechas finas, que
fornecem uma luminosidade suave e delicada. Para os cabelos com mais volume, combinam mais as mechas
mais grossas, que destacam um pouco mais. Enfim, o dever do profissional é sempre manter o equilíbrio e
saber orientar os clientes, respeitando seu desejo.

1.1 Descoloração do cabelo


Segundo Beth Dantas (s.d). a cor natural do cabelo pode ser clareada pela superoxidação de colorações
permanentes, dassmcadas como super clareadores, ou pela descoloração convencional da melanina, aplicando
a mistura de pó descolorante com creme oxidante de alto volume. Ainda conforme a autora, essa descoloração
é prejudicial para a melanina do fio, pois altera sua estrutura química para que o cabelo promova o reflexo da
luz em vez de absorvê-la. Se D cabelo reflete toda luí de uma fonte jminosa, a cor que enxergamos ó o branco
(ou torai cacei muito claras). Por isso. darear cabelos escuros para um tom quase branco ê um processo muito
difícil e extremamente danoso Os fios escuros dificilmente despi ementam até o amarelo-pélido Descolorir a
cor natural não apenas deixa o cabelo mais daro. como também altera o equilíbrio ou a tonalidade da cor,
tomando- a mais quente.
O clareamento via descoloração do cabelo deveria remover as três cores primárias (amarelo, vermelho e azul)
em proporções iguais, mas Isso não acontece na maioria das vezes Extrair uma parte de cada uma das três
cores primarias da cor natural seria o ideal; porém, os resíduos de amarelo e de vermelho fazem, na maK>rla
das vezes, com que o cabelo revele um fundo de cor laranja. Esse conceito de "revelação de cor" via
descoloração da fibra capilar natural define o que chamamos de "fundo de dareamento" do cabelo. O "fundo
de dareamento" se refere à característica do cabelo, e não do produto. A previsão do fundo de clareamento do
cabelo deve ser sempre um importante tema de estudo, pois essa prática está vinculada aos mais importantes
processos de decisão sobre mudar a cor dos cabelos
Os resultados da descoloração variam dependendo da cor natural dos fios. Um cabelo de cor clara
normalmente dareia com mais rapidez e facilidade, pois predomina nos fios a feomelanina Os mais escuros
normalmente são mais difíceis e, ainda, podem não darear além do estágio amarelo-dourado, pois há grande
quantidade de eumelanina. Os tons indesejáveis de laranja amarelado podem ser neutralizados com um
tonalizante ou matiza dor de cor azul É importante lembrar que acrescentar o tonalizante azul em um tom
amareto-pálido fará com que o cabelo fique verde. Portanto, para esse caso, é mais indkado um tonalizante
vtoleta (azul + vermelho), pois, desse modo, o vermelho neutraliza o verde resultante do amareto-pálido com
o tonalizante azul.

1.2 Níveis de descoloração

Há dez estágios de descoloração envolvidos no processo de clareamento do cabelo. Cada cor natural inicia em
um estagio diferente e somente o cabelo preto poderia passar pelos dez estágios
43
• Nível 10: amarelo-pálido
• Nível 9: amarelo-daro
• Nível 8: amarelo-dourado
• Nível 7: amarelo-alaranjado (cobre)
• Nível 6* laranja-amarelado
• Nfvel 5: vermelbo-alaranjado
• Nível 4: vermelho-escuro
• Nível 3: vermelho-profundo
• Nivel2:castanho-avermelhado
• Nível 1: castanho escuro-avermelhado
Os clareadores são usados com duas finalidades, uma de clarear o cabelo até sua tonalidade final e outra de
preparar o cabelo para a aplicação de um tonalizante.

1.3 Reações de oxidação


A mação de oxidação promovida pela ação do peróxido de hidrogénio é chamada "oxidante" Quimicamente, o
símbolo do peróxido de hidrogénio é H202, que pode ser entendido como a água (H20J com um átomo extra
de oxigénio muito reanvo, responsável pela capacidade de oxidação da melanina
BPraCegoVer: Na parte superior da imagem, temos a sigla N202 Abaixo, a representação da molécula de
peróxido de hidrogénio Dois círculos azuis, que representam o hidrogênio, são intercalados por dois circuios
vermelhos que representam duas partículas de oxieénio
Segundo lohn Halal (2011), o peróxido de hidrogênio concentrado não é permitido pela legislação para ser
utilizado diretamente nos ateliês de estética e salões porque pode causar reações, como indisposição,
queimaduras e explosões Portanto, os cabeleireiros e coloristas usam uma solução deste produto diluido em
água. O termo volume indica a porcentagem de peróxido de hidrogénio presente na solução aquosa; assim,
um produto de 10 volumes, por exemplo, é a solução de aproximadamente 3% de peróxido de hidrogênio para
97% de Égua. Volumes diferentes indicam concentrações diferentes: 10,20, 30 e 40 volumes representam 3%,
6%, 9% e 12% de peróxido de hidrogênio na composição Sendo assim, 30ml de peróxido volume 40 contém a
mesma quantidade de peróxido de hidrogénio ativo que 60ml de volume 20. sendo a diferença entre os dois a
quantidade de água. Ou seja. o volume 20 é simplesmente menos concentrado.
Embora o oxigénio seja um gás. no peróxido de hidrogénio ele é mantido na solução como liquido. Por ser
composto de agua e gás oxigênio em solução aquosa, o peróxido de hidrogênio, quando em decomposição,
libera gás oxigênio e água. 0 termo volume se refere ao volume de gás oxigénio que é liberado quando o
peróxido de hidrogénio se decompõe.
Cremes reveladores são emulsões que contém peróxido de hidrogênio, água e agentes emulsionantes e de
consistência que chamamos de agentes cremosos. Uma variedade de agentes cremosos pode ser adicionada,
incluindo álcool graxo, alcanolamidas e fenóis etoxilados alquílicos. Esses materiais contribuem para que o
revelador fique mais espesso, tornando-o opaco e viscoso na formula. Em alguns produtos, também agem
como condicionadores. Esses produtos são geralmente de difícil estabilidade e comumente usam agentes
químicos como a "fenacetina". o "ácido fosfórico" e o "ácido etkfrõnico" como agentes principais do controle
para sua estabilidade. É importante lembrar que os cremes oxidantes possuem pH muito baixo e não tem
poder algum de provocar qualquer nível de dilatação das camadas de cutículas.
As soluções de peróxido de hidrogênio são estabilizadas por acidificantes para prevenir a quebra prematura,
pois esse composto químico é Instável à luz, à sujeira, aos óleos e a outros contaminantes que causam a
decomposição rápida em água e oxigênio Alguns utensílios e badas de metal também podem decompor esse
produto; portanto, nunca se deve armazená-lo em embalagens metálicas fechadas, pois a quebra rápida do
peróxido de hidrogênio cria um acúmulo do gás oxigénio que promove alta pressão, provocando uma
explosão.

O peróxido deve ser armazenado de acortocom as insüuç&s do fabrk^ em local fresco e em sua embalagem
original. Para evitar a contaminação, nunca coloque qualquer objeto ao redor da embalagem Para maior
segurança, sempre utilize luvas protetoras e óculos de
45
segurança quando for manipular o peróxido de hidrogênio
1.4 PH e clareamento do cabelo
Os clareadores de cabelo normalmente possuem um pH entre 9,5 e 11. Os mais eficazes devem ter um pM
alcalino, por do rs moüvos
Primeiro
Um pH alcalino expande e dilata a quera tina do cabelo, abrindo a cutícula para permitir a penetração do
clareador no córtex. Lembrando que a melanina está localizada dentro do córtex, as soluções com pH mais
altos dilatam mais o cabelo, promovendo maior penetração do descolorante ou do super dareador e
aumentando o contato com a melanina. Consequentemente, aumenta-se o nivel de descoloração do cabelo.
Spgundn
Um pH alcalino desencadeia a decomposição rápida do peróxido de hidrogênio e acelera o processo de
oxidação. Conforme informado anteriormente, o peróxido de hidrogênio é estabilizado por acidificantes para
prevenir uma decomposição prematura. Por isso. quando utilizado sozinho, oxida lentamente clareia muito
pouco o cabelo No entanto, ao misturar o peróxido de hidrogênio com um clareador alcalino, que aumenta o
pH, desencadeia-se a decomposição dele e a liberação do oxigénio é mais intensa, permitindo uma maior ação
de dareamento.

1.5 Amónia e hidróxido de amónio


A amónia vem sendo usada com segurança como um agente alcalino nos clareadores de cabelos há décadas.
Trata-se de um álcali inorgânico, pois não contém átomos de carbono em sua estrutura. A amónia é uma
pequena molécula volátil que evapora rapidamente, exalando um forte odor característico Embora a amónia
seja mais eficaz que outros agentes alcalinos no dareamento do cabelo, seu uso é rejeitado pelos consumidores
justamente em função de seu odor forte
A fórmula química da amónia é NH3 E usada como um agente alcalino para aumentar o pH, pois remove o
íon de hidrogênio da água, deixando um íon de hidrogênio alcalino (OH-) livre no meio. É importante lembrar
que a amónia é um gás Na prática, as colorações que agem por oxidação recebem uma carga de hidróxido de
amónio (NH40M), também conhecido como amoníaco, e somente no momento da reação química, que é
desencadeada pelo contato com o creme oxidante, é que o produto Inida a liberação do gás amónia (NH3)

1.6 Segurança no dareamento


Os clareadores sobre o couro cabeludo apresentam perigo dobrado, pois o produto entra em contato com o
escalpo durante a aplicação, e a alta alcalinidade junto com um oxidante podem UÜSJI irritação na pele.
Frequentemente, os J entes sentem o mura cabdudo ressecado, e esticado

O escalpo (couto cabeludo) tem uma baneiía ptotetota de sebo que é removida temporariamente nas
aplicações de xampu. E recomendável pedir aos clientes que não lavem o cabelo durante 24 horas antes do
processo de dareamento. A menos que seja absolutamente necessário, não se deve lavar o cabelo do diente
antes de aplicar super clareadores ou descolorante diretamente no couro cabeludo.
E imprescindível examinar o couro cabeludo e todo o cabelo antes da aplicação de qualquer produto Deve-se
procurar por sinais de irritação, vermelhidão ou inchaço no tecido da epiderme, bem como fendas abertas,
ressecamento excessivo ou outros problemas de pele. Observando esses problemas, deve-se aconselhai o
diente a consultar um dermatologista antes de prosseguir com qualquer tratamento quimKo.
Cabelos porosos ou com pontas danificadas causam variação no grau de dareamento. Ou seja, o cabelo poroso
é afetado com mais rapidez petos mecanismos clareadores e essa diferença pode resultar em danos externos se
não for tratada cuidadosamente. A relação entre o tempo de pausa e o grau de penosidade pode set definida ao
fazei o teste de mecha antes de iniciar o trabalho.
Há outras considerações que devem ser observadas além da porosidade. Geralmente, o cabelo próximo ao
couro cabeludo é afetado com mais rapidez por qualquer tratamento químico, e esse fator deve ser levado em
consideração ao aplicar produtos clareadores. O calor do couro cabeludo acelera a reação química e a
velocidade de uma reação química sempre dobra se a temperatura aumentar 10'C Por isso, a realização do
exame preliminar dos fios é muito importante, pois ajuda a identificar e evitar qualquer problema

1.7 Tipos de clareadores


Os clareadores estão disponíveis em muitas formas (pastas, a emes. óleos, gel e pó), e cada tipo utiliza
oxidantes como Ingrediente ativo, mas há algumas diferenças importantes que devem ser consideradas.
Os cremes são fáceis de usar e não escorrem após a aplicação, pois são misturas viscosas preparadas por meio
da adição de espessantes específicos para meio alcalino. Esses produtos espessantes também têm a vantagem
de controlar a perda do agente alcalino dilatador pela evaporação, pois são adicionados agentes
condicionantes graxos para ajudar a minimizar danos e irritação na pele A adição do peróxido de hidrogênio
em cremes clareadores e a elevação do pH iniciam o processo de oxidação.
Os clareadores em pó, chamados de pó descolorante, atualmente são os mais usados para o processo de
descoloração capilar. São formas químicas sólidas e diferentes do peróxido. Geralmente com ativos
persulfatos, devem ser manuseados com cuidado. Devemos seguir as precauções de manuseio sugeridas para
peróxidos e oxidantes. E importante usar uma mascara ao manipular o produto para evitar uma irritação
desencadeada pelo pó corrosivo.
Os clareadores em óleo ou gel têm algumas vantagens importantes: com a sua transparência, permitem um
controle do processo de dareamento com mais fadlidade do que os produtos opacos

2. PROCEDIMENTO DE USO DA TOUCA


Quando for utilizar uma touca de silicone, dobre a quantidade de perfurações que vem da fabrica. Depois,
desembarace os cabelos, pendendo-os para trás como se fosse fazer um "rabo de cavalo" na altura da nuca.
Coloque a touca observando a linha de nascimento dos fios. Com uma agulha de croché (número 6 a 8), puxe
através dos buracos perfurados em toda extensão da touca, ou seja, da frontal ã nuca
Prepare o pó descolorante adicionando água oxigenada de acordo com o grau de dareamento desejado.
Quanto mais escura a cor dos cabelos, maior o volume da solução Aplique a mistura sobre os fios seledonados
com a agulha, tomando cuidado para não manchar os que ficaram embaixo da touca Deixe darear até a altura
de tom desejada.
Após alcançar o tom desejado, enxágue os fios descoloridos sem remover a touca, retirando todo resíduo do
produto. Remova o excesso de umidade e aplique o tonalizante Puxe a touca delicadamente e use um xampu
matizador para higienizar os fios e prosseguir com o tratamento.
2.1 Técnicas de mechas
Segundo Regina Lopes (s.d.), as luzes são a técnica que ilumina os fios com mechas finas e discretas que vão
da raiz ás pontas e são distribuídas por todo o cabelo. 0 resultado é bem sutil e o tom escolhido pode variar de
acordo com o desejo do diente. As luzes podem ser feitas na touca ou selecionadas com o uso do papel
alumínio. A seguir, veremos outras técnicas de mechas:
Reflexos
é uma técnica muito semelhante às luzes Nos reflexos, porém, as mechas costumam ser mais espessas e mais
claras, provocando mais contraste entre os fios dareados e os naturais.
Mechas invertidas ou inversas
são feitas quando os cabelos estão muito daros e o diente deseja "apagar" um pouco do tom daro, mas sem
escurecer o cabelo todo. Para isso, são selecionadas algumas mechas e nelas se aplica uma coloração de tom
mais escuro que o atual E necessário envolvê-las em papel alumínio para que não manchem o restante do
cabelo

Mechas em 3D
podem ser costuradas ou separadas em véus ou transparências. 0 gue diferencia as mechas 3D das demais é a
aplicação de cores em até três tons diferentes, alando assim o efeito de
49
profundidade responsável pelo nome da técnica Balayage
nesse procedimento, os nos ficam mais claros do comprimento para as pontas enquanto os fios próximos à
raiz permanecem naturais ou com um leve sombreado, é possível criar esse efeito com coloração (em cabelos
naturais) ou com descolorante. Nem sempre é necessário usar papel alumínio, já que é possível criar o efeito
com a técnica free nands Não é indicado fazer balayage para dareamentos muito intensos
Califomianas
são mechas Inspiradas nos cabelos dos surfistas, que tém as pontas naturalmente mais darás devido ã
exposição excessiva ao sol. Para gerar esse efeito, são separadas mechas em transparências na horizontal e em
seguida desfiadas com um pente. O produto deve ser aplicado mais próximo das pontas para que elas fiquem
mais darás do que o restante do cabelo O tom escolhido dependerá do desejo do diente

Sun Kiss
essa técnica de mechas é parecida com a de californianas. Elas também tentam copiar o efeito do sol nos
cabelos, porém de uma forma mais discreta Em cabelos virgens, é possível conseguir o efeito levemente
iluminado apenas com coloração de até dois tons acima da cor natural Em cabelos já coloridos, é necessário
usar o descolorante, que pode ser aplicado com o auxílio de papel alumínio ou com a técnica de mãos livres,
ou seja, passar o produto com o auxílio de um pente ou com as pontas dos dedos sobre algumas partes do
cabelo.
Ombrê Hair
é o efeito que proporciona ao cabelo um degrade "natural*, mantendo a raiz dos cabelos mais escura e as
pontas darás. A coloração e o descolorante podem ser utilizados ao mesmo tempo para criar esse efeito,
alternando as mechas em que cada produto sera aplicado 0 resultado é parecido com o do Sombré Halr, porém
este é mais sutil e indicado para cabelos mais escuros, que são dareados apenas cerca de dois tons em relação
a cor natural dos cabelos.
Marmorização
é a técnica conhecida como mechas simultâneas. Consiste em fazer algumas mechas nos cabelos enquanto age
a coloração; assim, o tempo é otimizado e o efeito fica diferençado Na hora do enxágue, a coloração presente
no cabelo está agindo nos fios e pode ser usada para tonallzar as mechas.
Texanas
são mechas processadas na parte de baixo dos cabelos, em locais estratégicos, para que apareçam com o
movimento dos nos. Resulta em um efeito muito natural.

Dip Dye
se você quer algo mais natural, essa técnica não é indicada As mechas Dip Dye têm um efeito mais ousado,
criado para gerar a sensação de que as pontas dos cabelos foram mergulhadas em um pote de tinta Pode gerar
resultados muito diferentes, principalmente se forem tonalizadas com cores fantasia.
Slices
são mechas bem marcadas e largas, por isso recebem o nome sllces, que significa "fatias" em inglês. O
resultado não é natural. O profissional pode usar toda sua criatividade nessa técnica, podendo inclusive
misturar várias cores em um processo.
Splashlight
têm o efeito de pontos de luminosidade sobre os cabelos. Podem ser feitas a mão livre, aplicando o produto
horizontalmente. O resultado é similar á Incidência de um feixe de luz sobre
os fios.
Babylights
como o próprio nome indica, são inspiradas nas nuances claras dos cabelos das crianças. 0 resultado é
bastante discreto e parece com as luzes, porém as babytights são ainda mais finlnhas e mais naturais,
clareando de um a três tons.
Hair Contour
geram luminosidade e profundidade em regiões específicas dos cabelos. São mais usadas na franja,
funcionando como uma moldura que contorna o rosto do cliente O efeito é multo bonito e as cores podem
serem diversas Para conseguir o resultado mais marcado em alguns pontos do cabelo, devem ser separadas em
mechas bem finas.
Hot Toffee
são multo aprimoradas. Elas mesclam tons de marrom e caramelo nos cabelos naturais ou em cabelos que já
têm outras mechas, criando outras variedades de tons.

Tiger Eye
é a técnica que dareia discretamente os fios escuros. São intercaladas mechas finas e grossas, que devem ser
separadas em forma de ziguezague ou em diagonal para dar um aspecto natural Tons de dourado, cobre e
marrom são perfeitos para criar esse efeito de iluminação
Utilize o QR Co de para assistir ao vídeo:

3. NEUTRALIZAÇÃO
Neutralizar o cabelo previamente dareado ou descolorido é um serviço constantemente realizado nos salões e
ateliês Os neutralizadores se diferenciam das colorações permanentes apenas no grau de saturação d a cor Por
isso, neutralizar também é uma técnica, e não apenas uma aplicação de um tipo diferente de produto Usa-se
coloração semipermanente como tonaurante para colorir o cabelo previamente clareado. Aplicam-se nessa
técnica as mesmas precauções de segurança descritas para as colorações permanentes. Vale lembrar que as
colorações temporárias também são constantemente usadas para o processo de maüzação, que pode ter o
objetivo de colorir ou neutralizar tons indesejados
3.1 Como neutralizar reflexos ou nuances indesejados

Para anular o reflexo indesejado, é necessária a união das trés cores primarias, ou seja:
Para neutralizar (anular) um reflexo vermelho, utiliza-se o corretor verde, pois o verde é formado pelas outras
duas cores primárias (azul e amarelo). Cria-se então um tom marrom

Para neutralizar um reflexo amarelo, utiliza-se o corretor roxo, pois o roxo é formado pelas outras duas cores
primárias (vermelho e azul) Assim se obtém o tom marrom.
Para neutralizar um reflexo laranja, utiliza-se o corretor azul, pois o azul é uma cor primária que neutraliza o
laranja (formado pelas cores primárias amarelo e vermelho) Assim, novamente se obtém o tom marrom.
4. O PORQUÊ DOS CABELOS BRANCOS
O surgimento dos cabelos brancos inicia a partir da redução progressiva da função do melanócito, célula
localizada em cada folículo piloso. Essa célula é responsável pela produção da melanina, pigmento que dá cor
aos cabelos. Esse processo é chamado de encaneci mento. Ao cessar totalmente a produção de melanina, o fio
começa a crescer completamente branco. Os cabelos brancos são, na verdade, incolores. A aparência branca é
causada pela retração da luz no cabelo 0dareamentoégradual
lnidalmenteosfiosficamgnHalhc«e,aosrjoucos,vãoctareando até ficarem totalmente brancos. Esse processo
costuma iniciar entre os 35 e 45 anos; porém, está se tornando cada vez mais comum o encanecimento
precoce, ou seja. antes dos 20 anos.

O encanedmento precoce pode ser um distúrbio genético, mas doenças como a anemia perniciosa e disfunções
da tireóide podem agrava-lo Fatores externos podem induzir o encanedmento em pessoas sem predisposição
genética, como o uso frequente de descolorantes ou tinturas e a exposição excessiva ao sói.
O cabelo grisalho não é ania Na verdade, ele não tem pigmento e uma parte dele nca amarela devido à falta de
melanina.
4.1 Cobertura de cabelos brancos
A coloração dos cabelos brancos depende da quantidade de fios despigmentados Um cabelo com até 40% de
fios brancos pode ser colorido com uma cor nuance ou base sem necessidade de coloração prévia, pois essa
quantidade não fará diferença no resultado. Nesse caso, o ideal é
aplicar um tonalizante, pois ele não altera a cor natural dos cabelos O tonalizante cobre apenas os fios claros
ou intensifica a nuance
Já um cabelo com 40 a 70% de fios brancos é mais difícil de definir s cor, pois eles se misturam em partes
iguais com os fios de cor natural, impossibilitando a distinção da cor dos fios naturais. Nesse caso, quando a
cor escolhida é clara (base ou nuance), deve-se fazer uma prévia remoção de pigmentos para obter o melhor
resultado

As colorações que possuem nuances acinzentadas, por exemplo, em cabelos brancos se tornam grafite e as
doraçôes avermelhadas se tornam laranja ou rosa. Em cabelos brancos, sempre que a cor escolhida for nuance,
devemos misturar uma cor base 7 0 com uma 7.3 (nuance). É importante sempre usar mais base, menos
nuance e o oxidante de 20 volumes.

1. TEXTURIZAÇAO: ALEM DA TRANSFORMAÇÃO


Neste material, vamos entender de forma clara alguns tipos de tratamentos juntamente com seus conceitos a
respeito da texturizacão As técnicas usadas e as opções de produtos para um cabelo liso ou cacheado perfeito,
as restrições e os cuidados na hora da aplicação, adequando sempre os tratamentos que mantém o efeito por
mais tempo. Assim sendo, alinharemos a teoria ã práttca. 0 conhecimento teórico aliado à prática serve para
que você, estudante, encontre o sucesso por onde passar.
Fique atento aos ativos encontrados nas embalagens de produtos para que seja desenvolvida a técnica de
texturizacão capilar. Os ativos alisantes estão divididos em famílias de hidróxidos (substâncias alcalinas) e
amónia (sais de amónia).
Utilize o QR Code para assistir ao video:

FIQUE DE OLHO
Mesmo que o cabeleireiro remova os produtos utilizados em relaxamentos, escovas e tinturas, murtas vezes
algumas partículas não são eliminadas Expostas aos raios UVA e UVB, elas desencadeiam um processo de
degradação até a segunda lavagem É aconselhável evitar expor os cabelos ao sol, de modo a ter certeza da
retirada total desses resíduos que, quando não retirados, podem queimar o cabelo. Por isso é importante o uso
de um protetor solar nos fios.

Mesmo que o cabeleireiro remova os produtos utilizados em relaxamentos, escovas e tinturas, murtas vezes
algumas partículas não são eliminadas. Expostas aos raios UVA e UVB. elas
desencadeiam um processo de degradação até a segunda lavagem. É aconselhável evitar expor os cabelos ao
sol, de modo a ter certeza da retirada total desses resíduos que, quando não retirados, podem queimar o cabelo
Por isso é importante o uso de um protetor solar nos fios.

1.1 Conhecendo as divisões dos ativos alisantes


Desses dois agentes, amónia e hidróxidos, surgiram derivados capazes de entrar no fio e modificar a sua
estrutura. Os Ooglicolatos, como o de amónia e de etanolamina, são mais suaves. Já os hidróxidos, como o de
sódio e o de cálcio, e a guanidina são cáusticos, ou seja, têm um poder de penetração maior e um efeito mais
potente. Todos agem nas ligações fortes das pontes de enxofre, que brando-as para transformar o fio. Depois,
entra o neutralizante para fixar a nova forma do cabelo e estabilizar o pH.
Antes de qualquer procedimento químico, devemos fazer um teste de mecha ao realizar dois tipos de
processos químicos com ativos diferentes, analisando a resistência, a porosidade e a elasticidade. Ou seja, só
podemos proceder com qualquer processo químico em cabelos saudáveis. Nos ativos à base de amónia, seu
neutralizante se apresenta na forma líquida, usada após a transformação para fechar a cutícula Os hidróxidos
possuem neutralizante em forma de xampu, seguindo o mesmo objetivo de fechar as cutículas, fixando a nova
forma dos cabelos.
Vejamos a descrição de cada ativo para a texturizaçSo capilar:

Tiogikolato de amónio
Junção do ãodo tioglicólico com hidróxido de amónio, o que forma um sal. É suave e Indtcado para cabelos
caucasianos, de liso a levemente ondulado
Tiogticolato de etanolamina
Também é um sal, mas com a combinação de álcool, amina e ácido tioglicólico. E mais suave que o
tiogikolato de amónio e indicado também para cabelos caucasianos Algumas marcas usam o nome de
bolamina ou monoetanolamina.
Mercaptanoico ou mercaptaetanoico
Aainda não há literatura sobre esse ativo, mas algumas marcas acrescentam-no em seus produtos e definem
essa substancia como sendo um derivado mais leve da amónia. No entanto, sua ação é similar à do boglicolato
de amónio.
Hidróxido de sódio
É o sódio na sua forma cáustica em concentração pequena e para uso cosmético. É forte e indicado para fios
resistentes, ondulados, volumosos e afros.

Hidróxido de cálcio
É o cálcio na forma akalma. Age como o hidróxido de sódio e penetra com facilidade nos nos. Hidróxido de
guanidina
E um dos ativos mais versáteis encontrados no mercado. Além disso, não é tão agressivo quanto outros
hidróxidos. E formado pela mistura das substâncias carbonato de guanidina e hidróxido de cálcio. Os
hidróxidos são ativos incompatíveis com ativos ã base de etanolamina (amónia).

2. NOÇÕES DE CITOLOGIA
Gtologia é o estudo das células. As células sSo a menor parte do organismo e se agrupam para formar tecidos
e órgãos que, por sua vez, compõem aparelhos e sistemas orgânicos Exemplo:

aPraCegover: Temos à esquerda da imagem a palavra "célula" seguida de uma flecha que aponta para a
palavra "tecidos" com outra seta que leva à palavra 'órgãos", da qual derivam duas setas: uma Indica a palavra
"aparelho" e a outra indica a palavra "sistema' Dessas duas palavras derivam outras duas flechas que remetem
a palavra "organismo".
A célula se constitui, dentre outros elementos, de membrana citoplasmáhca, citoplasma e núcleo.
Membrana citopJasmática
E a camada mais externa e tem, dentre outras, a função de proteger a célula, regulando a entrada e a saída de
substâncias
6:
Citoplasma
Constituído por uma substancia amorfa e viscosa e tem, dentre outras, a função de energlzar a célula.
Núcleo
Geralmente se encontra no centro da célula e é responsável pela sua reprodução. Um dos tecidos que mais nos
interessa é o epitelial (pele)

2.1 Noções de tricologia


TrKologla ê o estudo do fio do cabelo e será objeto de maior análise neste texto. Embora o cabelo tenha sido
considerado fundamental para a aparência das pessoas, os estudos específicos nSo são muito antigos. Hoje,
ainda existem grandes lacunas no que diz respeito á estrutura e â função de vários componentes morfológicos
do cabelo. Isso ocorre porque a estrutura do cabelo é muito complexa, dificultando a análise e a compreensão
de todas as suas propriedades.
2.2 Folículo piloso
0 folículo piloso se forma a partir de uma invaginação da epiderme para a derme Aloja um fio de cabelo e
seus principais elementos são:
• Papila der mal responsável pelo eido folicular
• Bulbo: região em que o cabelo cresce.
64
• Glândula sebácea* responsável pela produção do sebo
• Músculo eretor responsável pela sensação tátil.
• Vasos sanguíneos: responsáveis pelo fornecimento de substâncias essenciais para o crescimento do cabelo.
• Glândula sudoripera: responsável pela liberação do suor, regulando a temperatura do organismo.

Ciclo do folículo piloso:


Fase anagénlca. nesta fase, as células crescem e se multiplicam continuamente dentro do folículo. Assim,
permitem o crescimento do cabelo. É a fase de crescimento e dura de 3 a 6 anos
Fase catagênKa: nesta fase, a divisão celular diminui e para. í uma fase de transição que dura de 3 a 4
semanas.
Fase telocénka: nesta fase, o cabelo cai normalmente. Este período dura em média 4 meses. Depois dessa fase,
algum estimulo desconhecido provoca o reinício do eido e, assim, nasce um cabelo novo no folículo.
2.3 Fatores que provocam a queda
Conhecemos as fases de crescimento dos fios, porém devemos estar atentos aos fatores que provocam a queda
e que impedem que o processo de textumação aconteça deforma satisfatória Vejamos alguns desses fatores:
1. Genéticos (calvície)
2. Hormonais.
3. Alteração da circulação sanguínea e/ou produção do sebo.
4. Problemas na haste do cabelo
5. Fatores psíquicos traumáticos e emocionais
6. Uso de certos medicamentos.
7. Exposição e doses excessivas de radiação.
8. Alimentação inadequada
2.4 Função do cabelo
O cabelo tem como principal função a de proteger o couro cabeludo Esteticamente, exerce o papel de adornar
o rosto Por esse motivo, os consumidores procuram por produtos que atendam às suas necessidades,
valorizando a naturalidade dos fios.

3. COMPOSIÇÃO QUÍMICA DO CABELO


O cabelo é composto por: 65 a 95 por cento de proteínas, água, lipídeos, pigmentos e outros elementos
encontrados em menor quantidade.
• Proteínas, são moléculas muito grandes, formadas pela (unção de aminoácidos.
• Aminoácidos: são substâncias importantes porque formam as proteínas. Eles têm Importantes funções em
nosso metabolismo e na constituição de nossos tecidos. Existem cerca de vinte aminoácidos, e suas
combinações variam quanto aos tipos e quantidades. Assim, eles originam um enorme número de proteínas.
0 cabelo é formado por uma proteína chamada queratlna. A queratina é uma proteína endurecida. Como todas
as outras, é composta por cadeias de aminoácidos unidos entre si por vários tipos de 'correntes peptfeftcas".
Estas são as fibras querattnicas, localizadas no córtex, que dão ao cabelo resistência, consistência e
elasticidade, além de forma. Confira a seguir suas características e funções:
Características
proteína que se encontra no principal componente do fio de cabelo, da unha, da pele (capa córnea) e não se
reproduz por ser uma substância viva. A queratina é muito elástica e flexível, sendo capaz de se alongar
consideravelmente e retornar logo ao seu estado original. Depende de várias substâncias nutritivas que sSo
retiradas dos alimentos que ingerimos e transportadas pelo sangue em forma de aminoácidos por uma pequena
proeminência embaixo do bulbo do folículo piloso chamada papila. É nela que estão contidas as cadeias
responsáveis pela estruturação química do fio de cabelo, com forma parecida à de uma corda
> 66
Funções
conferir ao pelo as propriedades adequadas para uma proteção superficial contra os agentes ambientais,
tornando-o mais resistente. Proporcionar a alteração da estrutura dos nos por melo de um processo químico
para dar novo formato ao fio de cabelo. Este processo se chama queratólísís.
É indispensável lembrar que a avaliação do cabelo é muito importante.

3.1 Estrutura da queratina capilar


A estrutura básica da queratina é composta por aminoácidos que formam macro moléculas que constituem as
unidades estruturais da queratina. Essas unidades são cadeias fibrosas unidas entre si por ligações transversais
chamadas de polipeptídeos A estrutura básica contém cinco elementos*
■ Carbono
• Hidrogénio
• Oxigênio
• Nitrogênio
• Enxofre ou Cistina
Os elementos de ligação mais importantes para se chegar aos objetivos de cachear, relaxar e defrizar o cabelo
são as ligações de cistina ou enxofre.
Caráter
Sâo mais resistentes que as ligações transversais de hidrogénio com átomos opostos de enxofre.
Função
Impedir o deslizamento das cadeias moleculares agindo como um adesivo, evitando o grau de alongamento
das cadeias de polipeptidedos. proporcionando maior leveza e resistência ao fio de cabelo.
É indispensável lembrar que o diagnóstico do couro cabeludo é muito importante

3.2 As carnadas do cabelo


A cutícula é a carnada externa do cabelo, constituída por escamas muito resistentes a ação de produtos
químicos de caráter transparente. É responsável pela proteção e pelo brilho do cabelo.
0 córtex é a carnada Interna do cabelo, constituido por fibras de queratina, responsável pelas propriedades
físico-químicas do cabelo (porosidade, elasticidade, espessura e resistência). No córtex encontramos 3 tipos
de ligações químicas que dão estrutura ao cabelo:
1 - facilmente rompidas pela água, reconstrtuem-se quando o cabelo seca. As ligações de hidrogénio e salina
são responsáveis pela deformação temporária dos cabelos.
2 - rompidas por ação química, permitem a deformação permanente dos cabelos.
A Medula é a parte central do cabelo por onde sobem os pigmentos normais e as gorduras secretadas pelas
glândulas sebáceas. Sua textura é porosa e dá consistência ao fio A medula é a "espinha dorsal" do cabelo,
como um cordão regular de grânulos, constituidos de pigmentos. Num cabelo traumatizado por produtos
químicos, a medula se apresenta, quando observada ao microscópio, quebrada e ás vezes ausente.
4. DIFERENÇAS BÁSICAS ENTRE O CABELO CRESPO E O CABELO LISO
A composição biológica do cabelo humano é idêntica em todos os grupos étnlcoraciais Entretanto, a estrutura
física varia muito, diferentes grupos raciais e étnicos ao redor do mundo exibem uma grande variedade de
tipos de cabelos A seguir, apontaremos algumas diferenças básicas
4.1 Cabelo crespo
• O follculo é curvado sob a pele, o que dá ao fio de cabelo um aspecto irregular.
• Os fios de cabelo crespo lembram costelas achatadas e crescem em um diâmetro irregular: grosso em
algumas partes e finos em outras.
• A forma chata ou elíptica torce, curva ou até forma nós nos fios, deixando-os quebradiços
• A superfície irregular do cabelo crespo não reflete a luz; assim adquire aparência seca
68
- jpara
Os óleos naturais provenientes do couro cabeludo não percorrem o fio de cabelo facilmente, assim os óleos e
condicionadores suplementares são necessários para dar brilho.
Lavagem frequente deteriora o cabelo, pois remove os óleos necessários para ter uma aparência saudável

4.2 Cabelo liso


0 folículo está bem arrumado e reto sob a pele, assim o cabelo cresce reto e liso ao sair do couro cabeludo
Os fios lembram cilindros retos, com um diámetro regular e consistente ao longo do fio.
O fio cilíndrico é menos propicio à formação de nós e menos suscetível a danificação.
A superficie lisa dos cabelos reflete a luí, assim é brilhante sem a ajuda de óleos ou condicionadores
Os óleos naturais são facilmente distribuidos ao longo dos fios, assim há uma menor necessidade de óleos e
condicionadores suplementares.
Lavagem frequente é necessária para remover os excessos de oleosidade que dão uma aparência suja aos
cabelos.
ffPraCegoVer: A tabela apresenta uma coluna com as propriedades (espessura, densidade, porosidade e
elasticidade), outra coluna com as definições e tipos de cada uma e uma terceira coluna que descreve o que a
análise de cada propriedade determina.

4.3 Escala de pH
O pH é a medida do grau de acidez ou alcalinidade de um meio mais aquoso. Todo profissional da área de
estéoca precisa ter pleno conhecimento da escala de pH. características da Escala:
• E uma escala numérica que vai de zero a 14
• O número 7 é o ponto central e neutro (nem ácido nem alcalino).
• Tudo que ficar abaixo de 7 são substâncias ácidas para o cabelo e que, se aplicadas, vão endurecer e
encolher os fios.
• Tudo que ficar acima de 7 são substâncias alcalinas que irão amaciar, expandir e "inchar" os fios.
• O cabelo nSo tem pH por que é um sólido, mas a camada protetora do cabelo tem um pH que varia de 4.5 a
5.5 na escala. Portanto, tudo que for aplicado no cabelo fora desses limites implicará na alteração do PH
fisiológico.
A camada protetora do cabelo deve retomar ao seu pH natural (fisiológico) após qualquer tratamento com
química. Por isso a necessidade de finalizar os processos químicos com o uso do neutralizante. De duas
soluções com pH menor que 7, mais ácida é a que tiver menor pH. Assim, pela função inversa temos:
• De duas soluções com pH maior 7, mais alcalina c aquela que tiver maior valor de pH.
• No estado normal, a superficie da pete tem sempre reação ácida devido à presença de ácidos orgánicos, tais
como: acético, latico, cítrico e ascórbico, que se encontram em concentração elevada devido à evaporação da
sudorese.
• O grau de acidez varia de acordo com a idade, sexo e o indivíduo.
• A reação vai se tornando alcalina à medida que se penetra nos tecidos.

5. Ativo de transformação
Os hidróxidos de cálõo+carbonato de guanidina agem na abertura das cutículas dos cabelos, penetrando e
transformando as ligações dissuftdicas da cistina em ligações de lantiomna. Essa classe de produtos não
necessita de neutralizante. Após a redrada do neutralizante, acrescenta-se uma solução de pH ácido (xampu ou
condicionador) para fechar as cutículas e eliminar a alcalinidade residual. Esse processo pode causar
incómodos e desconforto na pele humana, principalmente no couro cabeludo
71
5.1 Características das Guanidinas
• Nlotem cheiro
• Não requer o uso de neutralizante.
• Geralmente vem com xampus indicadores.
• Pode haver ardência.
• Pode ou nao ser passado em toda cabeça para lavar depois, tudo dependerá da sensibilidade do cabelo
• Deve-se evitar sobrecarregar o couro cabeludo com o ativo
• Todos os produtos dessa categoria devem que ser misturados na hora do uso. Perdem o efeito em 6 horas
depois de misturados.
• Produtos compatíveis: todos os produtos à base de guanidina se tomam compatíveis entre si
• Produtos não compatíveis: tloglicolato de amónia; henna com nitrato de chumbo; loção progressiva;
alisamentos físicos, chapinha, ferro quente, braun.

• Cabelos brancos: poderá haver alteração na cor, tornando-os esverdeados (corrigir com tonalizante).
• A creatina. também presente em sua fórmula, age ao mesmo tempo em que os cabelos estão sendo
transformados, reparando e reduzindo os danos capilares além de promover a maciez na superfície dos fios.
5.2 Atenção
• Aplique o produto somente após ler atentamente todas as instruções da base do alisamento escolhido Não
pule nenhuma etapa.
• Mantenha longe do alcance de crianças
• Use luvas durante toda a aplicação
• Faça o teste de mecha que explicaremos adiante nesta unidade.
• Se o relaxamento causar irritação na pele ou no couro cabeludo, enxague imediatamente retirando todo o
produto e com a devida atenção para que o produto não tenha nenhum contato com a pele ou com o couro
cabeludo
• Não aplique se o couro cabeludo estiver irritado ou lesionado.
72
• Não aplique o relaxamento diretamente sobre o couro cabeludo ou áreas vizinhas Mantenha sempre uma
distância de pelo menos 1 cm da raiz dos cabelos
Não deve ser aplicado sobre mucosas ou regiões circunvizinhas, sobre a pele ferida, inflamada, irritada ou
lesionada.

Não recomendamos o uso em crianças menores de 12 anos, gestantes ou mulheres em fase de amamentação
0 cabelo só pode se alisados após a primeira menarca.
Anote sempre o principio ativo dos produtos de transformação que você aplica nos cabelos. A
incompatibilidade química entre produtos pode causar a quebras dos fios
Cabelos que foram tratados com hené, henna, magnésio, soda, amónia, tioglicolato, descoloridos ou tingidos
com água oxigenada (30 ou 40 volumes) não devem ser submetidos a relaxamento.
Aguarde o crescimento e a renovação dos fios, aparando mensalmente as pontas até remover por completo as
éreas tratadas com produtos de relaxamento ou alisamento.
Durante a espera, mantenha os cabelos hidratados.
Cabelos brancos ou grisalhos podem sofrer alteração de cor.
Cabelos quebradiços ou danificados não devem ser relaxados até que os cabelos estejam saudáveis e em
condições de serem aprovados no teste de mecha Para isso, faça hidratações semanais.
Cabelos com tintura (até 20 volumes) devem aguardar no mínimo 30 dias antes de realizar novos testes de
aplicação do creme relaxante ou alisante, e pelo menos duas semanas para nova coloração
Não use shampoos antxaspa por pelo menos 2 semanas antes e depois do relaxamento ou alisamento.
Não lave os cabelos durante 48 horas antes de relaxá-lo. Sem a oleosidade natural o couro cabeludo fica muito
sensível, o que deve se manter limpo é o cabelo, o couro cabeludo necessita dessa oleosidade.

5.3 Teste de mecha


Esse teste, além de verificar a saúde dos cabelos, pode comprovar a incompatibilidade química. Mesmo em
caso de retoque de raiz repita o teste para avaliar a situação do cabelo. Faça o teste de mecha também para
conferir o efeito do relaxamento e determinar o tempo necessário
para relaxar o cabelo dependendo da textura do mesmo.
5.4 Vejamos como deve se organizar o profissional
• Coloque as luvas
• Separe, na área frontal da cabeça, uma pequena mecha de cabelo seco e desembaraçado da raiz às pontas.
• Siga as instruções do ativo escolhido.
• Comece a marcar o tempo
• Aplique uma pequena quantidade da mistura por toda a mecha, espalhando com os dedos ou com as costas
de um pente.
• Verifique a mecha-teste a cada S minutos, conferindo a maleabilidade e o grau de relaxamento até a
transformação ideal Não ultrapasse o tempo de 30 minutos
• Anote o tempo que foi necessário para a transformação e enxague com água morna em abundância,
retirando todo o produto. Aplique um pouco do xampu indicador para verificar se ainda existe resíduo nos
fios. Caso a espuma esteja rosada, enxague novamente e torne a aplicar o xampu indicador até verificar a
espuma branca.

73
Deixe a mecha secar e verifique o resultado quanto à maciez e resistência do fio
Estique a mecha gentilmente. Se os fios se partirem com facilidade, ou ocorrer qualquer Irritação ou alergia,
r»3o relaxe o cabelo. Submeta o cabelo a um tratamento profundo.
Se o resultado for satisfatório, repita o processo de relaxamento por todo o cabelo Não aplique novamente o
relaxamento na mecha em que foi feito o teste. Proteja com uma pomada ou óleo à base de amêndoa.
A espessura do cabelo se classifica em fino, médio ou grosso, e o tempo de ação pode ser estimado a partir
disso. Porém, sempre confira o resultado do teste de mecha-Lembrando que se os fios estiverem limpos esse
tempo pode ser reduzido.

6. TÉCNICAS DE APLICAÇÃO
É sempre bom lembrar que ao retirar o produto da embalagem ele deve ser muito bem emulsionado (mexido)
Por ser um produto químico, ele deve receber a ordem para a ação da química Lembre-se do tempo do teste de
mecha. Comece a marcar o tempo de permanência do produto nos cabelos quando iniciar a aplicação, e não
quando o produto estiver totalmente distnbuido. Por fim, respeite o tempo de aplicação, nunca ultrapassando o
limite de 30 rmnutos.
1 Divida os fios (secos e desembaraçados) em 4 seções com prendedores não metálicos: no meio da testa para
a nuca, e de orelha a orelha.
2. Coloque as luvas.
3. Aplique a pomada ultra protetora no pescoço, na linha do cabelo e em volta do rosto para evitar possíveis
reações.
4. inicie a aplicação, mecha por mecha, com um pincel ou com o dorso de um pente não metálico, mantendo
uma distância de 1 cm do couro cabeludo.
5. Aplique quantidades generosas do creme em pequenas mechas do cabelo de cada vez. Espalhe
delicadamente o creme sobre toda a extensão do fio para cabelos virgens.
6. Deixe para espalhar nas pontas por último.
Para retoques, espalhe o creme de maneira uniforme apenas sobre o novo crescimento, evitando as áreas
relaxadas anteriormente- Lembre-se: nunca faça o retoque antes de aproximadamente 60 dias após o último
relaxamento.
• Alisamento: consiste em tirar totalmente a ondulação do cabelo, deixando-o uniforme. Esse efeito pode ser
obtido com produtos à base de hidróxido ou amónia. O ativo de maior eficácia é o hidróxido de sódio. Para
um resultado eficaz é preciso escolher a força adequada à textura da fibra capilar e ter em mente que a
quantidade aplicada influencia no resultado. A química não sal dos fios e exige retoque na raiz de acordo com
o crescimento, em média após dois meses.
Relaxamento: c recomendado para soltar os cachos, diminuir o volume e dar movimento.

Também pede retoque


• Amadamento: diminui o volume sem alisar e resolve em 50% a rebeldia do cabelo. Deve ser feito retoque.
• Defrisagem: alisa e solta os cachos de maneira menos agressiva que os demais procedimentos, mos o
produto não sai dos fios.
• Texturização não tira o padrão de crespo e abre cvemente os cachos Para manter o efeito, deve-se fazer
manutenção quando os fios crescerem.
• Alongamento de ondas: é o mesmo que relaxamento.
6.1 Escova progressiva
A escova progressiva causou polémica por conter formol em sua composição, substancia que causa doenças
graves, como câncer, intoxicação, aumento de tamanho do fígado, além de dermatites e alergias respiratórias.
Graças ao aparecimento de novos ativos denvados da amorna, o formol foi eliminado de boa parte dos
produtos usados na progressiva. O processo agora também é conhecido por escova gradativa e a concentração
de ativos é menor que no alisamento definitivo. Embora o efeito seta mais fraco, o cabelo fica mais liso a cada
aplicação. Suo duração depende do texturo, do tipo de fio e dos cuidados com a manutenção. Cerca de 40%
do produto é eliminado da fibra capilar três ou quatro meses após o procedimento, variando conforme o
número de lavagens

6.2 Escova redutora


Procedimento que não alisa totalmente os fios, apenas reduz o volume, por contar com baixo percentual de
ativos, normalmente tiogiicolato de amónio e hidróxido de guanidina Parece com a escova gradativa e dura de
dois a três meses Estão presentes em sua fórmula diversas substâncias que tratam o cabelo, como que ratina,
proteina, aminoácidos, emolientes e silicones. Há ainda no mercado escovas sem alisantes, que agem como
uma hidratação profunda ou reconstrução e não alteram a estrutura dos fios. A vantagem é que a total
ausência de química afasta incompatibilidades e permite o uso em qualquer tipo de cabelo. Em contrapartida,
a durabilidade do efeito é menor, de 15 a 30 dias.

6.3 Escova definitiva


Conhecida também como escova )aponesa ou recondiaonamento térmico, promete deixar o cabelo bem liso.
Como o próprio nome dit o resultado é definitivo, precisando somente de retoque na raiz, após dois a três
meses. Quando chegou ao Brasil, era usado um produto original do Japão, chamado Líscio. Porém, logo
foram desenvolvidos métodos com derivados de amónia, que têm um resultado bem próximo do original. Não
é compatível com produtos à base de hidróxidos e de metais

FIQUE DE OLHO
A desondulação com creme à base de ttoglicolato de amónio não ê executada com muita frequência Se você
não tiver oportunidade para praticar, leia atentamente o procedimento e aguarde a avaliação dos seus
procedimentos pelo instrutor.
A desondulação com creme à base de tiogticolato de amónio não é executada com muita frequência Se você
não tiver oportunidade para praticar, leia atentamente o procedimento e aguarde a avaliação dos seus
procedimentos pelo instrutor
6.4 Procedimentos
Faça o teste de resistência, se necessário. Se o corte de cabelo for necessário, deve ser executado antes da
desondulação (Produtos: xampu; cremes recondicionadores e amadadores; creme desondulador. liquido
neutralizante).
1. Lave as mãos.
2. Examine o cabelo do cliente, verificando o tipo, a resistência e as condições dos fios.
3. Examine o couro cabeludo para verificar se há irritações ou ferimentos.
4. Pergunte ao cliente sobre tratamentos feitos e sobre os produtos que o cabelo já recebeu.
5. Previna o diente sobre possíveis riscos advindos dos produtos já aplicados e do creme desondulador.
6 >e ecione ->-. prod rtos inlu.|lnJuu píl K rsbrucDGS e DDloque-os no arr -ihr auxil ír 7. Comece a
preencher a ficha do cliente.
S. Prepare o cliente colocando uma toalha e uma capa plástica sobre seus ombros. 9. Desembarace os fios
com um pente grosso.
10 Se o cabelo estiver muito su]o. aplique xampu ou providencie que isso seja feito Nesse caso. se o produto
tiver de ser aplicado em cabelo seco, conduza o cliente ao secador. Se o produto tiver de ser aplicado em
cabelo úmido e este não foi lavado, umedeça-o.
11 Faça uma divisão em crui e prenda as quatro seções do cabelo com clipes Divida o cabelo do meio da testa
ao meio da nuca e de orelha a orelha
12. Coloque a quantidade necessária de creme desondulador na vasilha apropriada
13. Com o cabo de um pente comum, destaque uma mecha de 1 cm de espessura em toda a largura do limite
inferior da seção 3 ou 4. Se o cabelo for muito volumoso, trabalhe com duas mechas.
14. Segure a mecha com a mão esquerda.
15. Com o pincel, pegue uma pequena quantidade do creme desondulador.
16. Aplique o creme em toda a extensão da mecha se o cabelo for virgem. Se for um retoque, aplique apenas
na parte crescida. Fique atento à distribuição do creme de modo que todas as seções fiquem igualmente
impregnadas. Sela cuidadoso para que o creme não atinja o couro cabeludo.
17. Deixe a mecha ficar pendente.
18 Abaixo da primeira, destaque outra mecha de 1 cm de espessura e repita o procedimento
19. Repita os procedimentos dos itens 14 a 18. até terminar a seção
20. Passe para a seção 3 ou 4 e repita os procedimentos dos itens 13 a 19.
21. Passe para a seção 1 ou 2 e destaque uma mecha de 1 cm de espessura. Destaque a mecha do meio do friso
do topete até o limite superior 3 ou 4. Você vai trabalhar no sentido do topete para as laterais.
22. Segure a mecha com a mão esquerda.

23. Com o pincel, tome uma pequena quantidade de creme desondulador


24. Aplique o creme em toda a extensão da mecha.
25. Jogue a mecha para cima.
26 Abaixo da primeira, destaque outra mecha de 1 cm.
27. Repita os procedimentos dos itens 21 a 25 até terminar toda seção.
28. Passe para seção 2 ou 3 e repita o procedimento dos itens 21 a 27.
29. Marque 10 minutos.
30. Destaque, uma a uma, mechas horizontais e puxe o cabelo, abaixo das mechas, com um pente fino para
desenrolar
30.1 Com o cabo do pente, destaque uma mecha horizontal de mais ou menos 4 cm na nuca.
30.2 Segure para cima, com a mão esquerda, o restante do cabeio. 30 3 Puxe com o pente a mecha destacada
30 3 Puxe com o pente a mecha destacada
30 4 Abaixe a mecha e junte-a ao cabelo já trabalhado
30.5 Repita os procedimentos acima da nuca até as laterais e o topete, trabalhando todo o cabelo.
31. Marque mais 10 minutos (consulte as indicações do fabricante para não ultrapassar o tempo lim L<i de
permanci L:J JL prodjlj).
32. Puxe o cabelo novamente, principalmente a desondulação. Se for necessário, aplique um pouco mais de
creme desondulador
33 Conduza o cliente ao lavatório e retire todo o produto com água ligeiramente morna
34. Retire bem o excesso de água do cabelo com uma toalha
35. Coloque no aplicador uma quantidade suficiente de liquido neutralizante.
36. Aplique o liquido neutralizante em todo o cabelo.
37 Massagele o cabelo para homogeneizar a distribuição do liquido neutralizante
7S
38 Marque 10 minutos de permanência do líquido neutralizante
39. Proceda à aplicação de shampoo e de creme racondicionado'.
40. Conduza o cliente ã bancada e aplique creme amaciador em todo o cabelo.
41 Execute a montagem e a modelagem do penteado
42 Preencha a ficha do cliente
43. Higienize os instrumentos e limpe o local de trabalho.
Devemos fazer todos os procedimentos de texturização, alisamento e relaxamento com segurança para que
não cause irritação no couro cabeludo (dermatite por irritação de contato). Isso muitas vezes é resultado da
aplicação direta de produtos de alisamento. Lavar o cabelo antes de processá-lo com hidróxido pode elevar
ainda mais o risco de irritação, pois o couro cabeludo possui uma barreira protetora natural de sebo que é
temporariamente removida quando o cabelo é lavado
Lembre-se sempre de pedir ao cliente que fique sem lavar o cabelo por 24 horas antes da aplicação do
relaxamento quimico; lembrando que precisamos apenas do cabelo limpo, mas o couro cabeludo deve ter o
sebo de proteção. Não lave o cabelo de uma drente antes de aplicar uma texturização, seja ela qual for. isso é
especialmente importante para os produtos à base hidróxidos.
0 cabelo e o couro cabeludo precisam estar totalmente secos antes desta aplicação, pois quando os cabelos
estão úmidos as cutículas estão abertas e o couro cabeludo fica um pouco mais dilatado, tornando-o mais
sensível. Examine o couro cabeludo e o cabelo cuidadosamente antes de começar uma texturização.
Procure sinais de irritação, vermelhidão, sensibilidade ou inchaço no tecido, fendas abertas, ressecamento
excessivo e outros problemas de pele. Se um problema for observado, aconselhe seu diente a consultar um
dermatologista antes de qualquer aplicação de ativo de texturização.
Em geral, os produtos que possuem uma alcalinidade elevada são um perigo para os olhos, lembre-se que na
escala de pH os ativos de texturização podem chegarão número 14. Eles podem reagir quimicamente com a
proteína dos olhos e criar um filme insolúvel em água. Esse filme dificulta o enxague apropriado e a limpeza
dos olhos. Lembre-se de fazer o teste de mecha e ler cuidadosamente a bula de cada base de texturização que
você escolher
Siga corretamente as instruções do fabricante quanto ao enxague e à neutralização, lembrando que a
neutralização à base de tioglicolato vem em forma líquida, e nas bases dos
hidróxidos se apresentam em forma de xampu. Após neutralizar, faça um enxague em ácido, lave o cabelo
com xampu suave ácido e aplique o condicionador. Lembre-se que a neutralização do cabelo é totalmente
alcançada pelo processo de sequência de enxague e produto adicionado para promover a regressão do pH da
fibra capilar deve ficar em tomo de 7.

11ntrodução à Colorimetria
Para esclarecermos o conceito de Colorimetria, devemos entender que ela não é uma ciência específica de
tratamentos estéticos do cabelo. É uma ciência muito mais abrangente que procura determinar cores a partir
da avaliação de uma matriz. Portanto, a Colorimetria é muito mais que uma ciência que trata especificamente
de tratamentos que envolvem a coloração artificial dos fios de cabelo e que busca garantir qualidade,
satisfação e segurança.
1.1 História da coloração capilar
Há mais de três mil anos, os egípcios foram os primeiros a desenvolver a técnica de tecidos e em cabelos,
utilizando inúmeros corantes que extraíam das matérias animal e vegetal. Esses mesmos corantes foram
utilizados por muitas civilizações no decorrer dos séculos, e até mesmo nos dias atuais. Ainda estão ligados à
antiguidade algumas práticas com camomila, hena, índigo, entre outros.
Foram os egípcios que começaram a usar a hena para fins estéticos, não somente por mulheres, mas também
por homens para identificar o nível social que pertenciam. Já os fenícios, os gregos e os romanos usavam
casca de noz e outros métodos primitivos de origem natural.
No entanto, foram os romanos que. aproveitando-se de velhas fórmulas de sacerdotes gregos, que
incentivaram o hábito da coloração do cabelo e organizaram socialmente e profissionalmente as pessoas que o
faziam. Assim, surgiram as:

Cosmetas responsáveis por realizar os penteados.

Cinófles que preparavam e aplicavam as colorações.

Cinerarias que esquentavam os ferros para modelar os cabelos.

calamistas encarregadas de ondular os cabelos.

P^ecas que davam os últimos retoques no penteado.

1.2 Constituição do fio


Os cabelos são constituídos por uma proteína denominada queratina, composta por uma alta concentração de
um aminoácido chamado Cisteína. A fibra capilar é constituída de cutícula, córtex e medula.
A cutícula reveste o fio compondo a parte mais externa e se constitui fundamentalmente de queratina. proteína
responsável pela elasticidade e flexibilidade dos cabelos. A função principal da cutícula é proteger os cabelos
contra os danos e as agressões externas e, também, é responsável pelas características sensoriais dos fios,
como brilho, maciez e desembaraço.
O córtex, por sua vez. é formado por células mortas e alongadas. É responsável pela resistência e pela
elasticidade dos fios e nele se encontram os pigmentos (grânulos) de melanina. O córtex é a maior parte da
fibra do cabelo, seu feixe é constituído de 400 a 500 lâminas de proteínas e creatinas, ricas em enxofre e
cisteína, que formam uma cola biológica e são unidas entre si. (KEDE; SABATOVICH, 2004).
Conforme os autores Kede e Sabatovich (2004), a medula é a parte mais interna do fio e apresenta células
indiferenciadas. Os fios nascem na medula, mas, ao crescer o seu canal, pode apresentar queratina de forma
esponjosa.

No Antigo Egito, era comum colorir os fios utilizando hena e camomila. Na Idade Média, o cabelo ruivo
natural apareceu como resultado de uma variação genética.
2 A cor do fio
O olho humano é capaz de captar apenas uma pequena parte da energia eletromagnética que nos circunda:
enxergamos apenas as sete cores básicas do espectro visível. A imensa variedade de cores que vemos é a
forma que o cérebro processa as combinações de diferentes comprimentos de onda das cores primárias,
secundárias e de diversas combinações que compõem as cores terciárias.
2.1 A lei da cor
A lei da cor é baseada na ciencia e adaptada para a arte. Ela serve como um guia que determina como algumas
cores básicas podem se misturar para criar uma variedade infinita de outras cores.
Os dois principais pigmentos responsáveis por produzir as cores nos fios capilares são as eumelaninas
(pigmentos granulosos que vão do preto ao marrom) e as feomelaninas (pigmentos difusos que variam do
amarelo ao marrom avermelhado). Esses dois pigmentos são produzidos geneticamente em melanócitos da
camada basal da raiz do cabelo.
Os granulos de melanina (responsável pela cor) são transferidos para os queratinócitos, que circulam e
migram da matriz para a haste do cabelo. Conforme já exposto, a cor dos cabelos é determinada
geneticamente, e ela vai depender das diferentes proporções dos pigmentos de melanina que encontramos no
córtex do cabelo {parte central do fio).
Na fase adulta, o cabelo humano se torna mais escuro e os fios brancos surgem progressivamente. Assim,
conclui-se que o ritmo de produção de melanina não é constante. Com a interrupção de produção de melanina,
podemos explicar o desaparecimento da cor ou canicie (nome científico dos cabelos brancos).

2.2 Eumelanina
Trata-se dos pigmentos mais escuros. Estes são mais difíceis de serem coloridos por pigmentos artificiais. Por
outro lado, a estrutura desse pigmento é granulosa e bastante concentrada, o que torna mais fácil a sua retirada
dos fios. Nesse caso, o clareamento ocorre de maneira mais rápida e simples.

2.3 Feomelanina
São os pigmentos dos fios de cores mais claras e médias. Como apresentam tonalidades mais claras, são
encobertas facilmente por outras colorações, geralmente sem necessidade de aplicar segunda camada ou
realizar a descoloração. A feomelanina é mais difícil de ser retirada dos fios. Dessa forma, o clareamento de
cabelos mais claros é mais demorado e pode causar mais danos quando comparado aos cabelos escuros.
Identificar o tipo de pigmento presente no cabelo garante a aplicação adequada de outra coloração nos fios,
pois o resultado do tom é influenciado pela cor presente na base natural, ou seja, na cor natural do cabelo. A
partir dessa etapa, cabe ao profissional usar seus conhecimentos de Colorimetria para encontrar a melhor
solução e adequá-la ao desejo do cliente.
3 Introdução a cores-base e cores-fantasia
Cores-base são as cores formadas pelo pigmento natural do cabelo. Já com as cores-fantasia ocorre o inverso,
são as encontradas em tinturas por se tratar de misturas de cores.

3.1 Fundo de clareamento


Para cada altura de tom, temos um fundo de clareamento. Portanto, o fundo de clareamento é a cor resultante
nos fios após um processo de descoloração. A cor natural dos cabelos pode ser clareada pela superoxidação de
colorações permanentes, classificadas como superclareadores, ou por meio do processo de descoloração
convencional da melanina com a aplicação da mistura do pó descolorante com creme oxidante de alto volume.
A descoloração degrada parte da melanina, alterando também sua estrutura química para que não absorva
mais luz visível e o cabelo promova a reflexão da luz.
Ao despigmentar um cabelo podemos chegar ao fundo de clareamento:
#PraCegoVer: A tabela contém três colunas, a primeira indica a cor natural, a segunda demonstra o fundo de
clareamento e a terceira indica as cores obtidas na descoloração. Preto fica vermelho; castanho escuro,
vermelho; castanho médio, vermelho escuro; castanho claro, vermelho alaranjado; louro escuro, laranja
amarelado; louro médio, bronze; louro, amarelo dourado; louro claro, amarelo claro; louro claríssimo,
amarelo pálido.
3.2 Classificação das cores
As cores conhecidas como primárias também são chamadas de fundamentais, pois são necessárias para a
criação de novas tonalidades. Essas cores são o vermelho, o azul e o amarelo. A soma dessas três cores resulta
em um tom marrom. A partir da junção de duas cores primárias, obtemos as secundárias. O vermelho
misturado com o amarelo fica laranja, azul com amarelo fica verde, vermelho com azul fica violeta, e assim
obtemos as cores secundárias: azul. verde e violeta.
As cores complementares são as primárias e secundárias que estão diretamente opostas em um círculo
cromático, ou estrela de Oswald. Os pares de cores complementares são compostos de uma cor primária e
uma secundária. Quando olhamos para o círculo de cores ou para a estrela, percebemos que o complemento
do vermelho (cor primária) é o verde (secundária). Esses pares, quando misturados neutralizam uma cora
outra. Dessa forma, o azul é usado para neutralizar o laranja; o violeta neutraliza o amarelo e o verde
neutraliza o vermelho. Assim, as cores terciárias são todas as outras cores.

#PraCegoVer: Na parte superior da imagem há quatro círculos cromáticos que representam a relação de cores
opostas entre si. Ao centro, há dois círculos que representam o círculo cromático, à esquerda, e a estrela de
Oswald, à direita. Na parte inferior, outros quatro círculos representam a relação das cores complementares.
A tonalidade, ou nuance da cor. é determinada por um pequeno desequilíbrio entre as cores. Assim se
determina o que chamamos de reflexos primários e secundários. A tonalidade cu a nuance i.-clica a
quantidade oe cores, proporções e res^tam en varações cie castanhos e louros, dependendo da concentração
ou da saturação da cor. Os tons de castanho ou louro podem ser compostos por variações de pigmentos
amarelos, vermelhos e azuis conforme a variação de reflexo desejada. Todas as cores naturais ou
fundamentais são originadas do mesmo mecanismo de formação de cor.
As cores frias são obtidas pelos tons de verde, roxo, azul, violeta e cinza. Por apresentarem menor
luminosidade, são usadas para disfarçar e diminuir formas, produzindo uma sensação de amplitude e
profundidade.
As cores quentes são obtidas pelos tons de vermelho, rosa, amarelo e alaranjado. São classificadas pelo nível
de vibração e normalmente são usadas para expandir formas, produzindo uma sensação de proximidade.
As cores neutras são obtidas com a mistura de tons quentes e frios tornando-os menos vibrantes e pouco
visíveis. Por isso, normalmente são usadas para criar fundo de recebimento de outras cores.
A altura de tom é o que orienta a tonalidade desejada com a Colorimetria capilar.
Para classificar esses tons existe uma tabela universal que define as cores naturais e artificiais presentes nos
cabelos. A tabela informa a cor obtida em 9 alturas de tom, sendo elas:

• Altura de tom 1-preto azulado


• Altura de tom 2-preto
• Altura de tom 3-castanho escuro
• Altura de tom 4-castanho médio
• Altura de tom 5-castanho claro
• Altura de tom 6-louro escuro
• Altura de tom 7-louro médio
• Altura de tom 8-louro claro
• Altura de tom 9-louro muito claro
• Altura de tom 10-louro claríssimo
Algumas marcas de cosméticos trabalham com cores extras, como:
• Altura de tom 11-louro ultraclaro
• Altura de tom 12-louro ultraclaríssimo

As nuances são o que chamamos de cores com reflexo. Essas colorações são representadas nas embalagens
com outro número após o ponto. Por exemplo: 6.1, significa que além da altura de tom 6 (louro escuro), existe
um reflexo na cor 1 {reflexo cinza); assim, a coloração é 6.1 - louro escuro acinzentado. Vejamos a
classificação das nuances:
• Número 1 após o ponto: cor reflexo cinza ou azulado
• Número 2 após o ponto: cor reflexo irisado ou violeta
• Número 3 após o ponto: cor reflexo dourado
• Número 4 após o ponto: cor reflexo acobreado
• Número 5 após o ponto: cor reflexo acaju
• Número 6 após o ponto: cor reflexo vermelho
• Número 7 após o ponto: cor reflexo esverdeado
Algumas marcas trabalham com duas cores de reflexo na coloração. Nesses casos, haverá dois dígitos após o
ponto na numeração da embalagem. Por exemplo: 7.13 - 7, tom louro médio; 1, reflexo acinzentado; 3,
reflexo dourado. Quando há duas tonalidades de reflexo após o ponto, o que vem primeiro ;em un cestaque
maior em relaçãc ac segunco, que ap:-e$e~:a:-é aoe:_as algumas nuances. Ass:tr. alem nas informações sobre
tonalidade e nuances, os outros componentes das colorações são:

Suporte (base cremosa)


Resorcina (uniformiza a oxidação da coloração)
Corantes (base e acopladores que colorem)
Amónia (abre as cutículas e libera o oxigénio contido no oxidante, facilitando a penetração dos corantes nos
fios e regulando o pH)
Antioxidantes (impedem a oxidação da coloração na embalagem)
Peróxido de hidrogênio - H202 (agente que oxida a melanina do fio)

3.3 Tipos de coloração


Coloração vegetal (lausona, hena, camomila)
são colorações instáveis, de difícil fixação sobre a fibra. Não cobrem os fios brancos. Realçam os reflexos.
Coloração temporária ou matizadores
são produtos de enxágue, por isso são facilmente removidos com apenas uma lavagem. Suas partículas são
muito grandes para atravessar a cutícula, assim, apenas adicionam uma coloração leve e melhoram um tom de
coloração já existente. Em função da facilidade de remoção, podem manchar as roupas pela chuva ou pelo
suor. Não danificam os cabelos. Não contém oxidantes nem amónia, mantendo-se na superfície dos fios. São
compatíveis com outras substâncias químicas que geralmente são encontradas em xampus, sprays e loções.
Saem nas primeiras lavagens.

Coloração semipermanente
isenta de amoníaco. Adiciona reflexos ou disfarça tons indesejados. Podem ser removidas entre 4 e 6 lavagens
porque suas partículas são de tamanho intermediário; assim, podem entrar e sair dos fios. Com a adição do
peróxido de hidrogénio ficam mais tempo na haste. Devem ser aplicadas em cabelos úmidos e enxaguados
entre 20 e 40 min. Nos cabelos porosos, podem se tornar permanentes. Também chamada de "tom sobre tom",
é aplicada na mesma tonalidade ou em um tom mais escuro. Camufla os fios brancos em até 30%. É
preparada com produtos prontos para o uso.
Coloração metálica ou progressiva]
utiliza sais metálicos para colorir o cabelo, são progressivas porque a cor vai se desenvolvendo dia a dia em
repetidas aplicações. Obtém-se tons mal definidos e não é possível clareá-la. O princípio colorante é uma
reação de sais de meta com o enxofre do cabelo. Contém sulfetos metálicos de cores escuras que são
depositados na parte externa do fio com uma pequena penetração na parte interna. Deixa os cabelos opacos,
crespos e quebradiço. Incompatível com outras químicas. Devido aos danos, os cabelos podem se romper
facilmente. Para a realização de outro processo químico, deve-se aguardar o crescimento do cabelo, cortando
os fios coloridos.

permanente
é uma coloração definitiva à base de amónia e oxidante. É o único tipo capaz de alterar a cor dos cabelos,
resgatando um tom semelhante ao natural. Recobre completamente os fios brancos. Composta por amónia,
que aumenta o volume da fibra capilar, abrindo as escamas do cabelo para possibilitar a penetração dos
percussores liberando oxigênio contido no oxidante (clareia os pigmentos do cabelo), que oxida os
percussores. Percussores são classificados em: bases de oxidação (que controlam a intensidade da cor e o
recobrimento dos fios brancos) e acopladores {que possibilitam a variação dos reflexos existentes).

1 Colorimetria
Colorimetria é o estudo das cores desenvolvido por pesquisadores de diversas áreas, sobretudo a física. Suas
observações são. em sua maioria, sobre a capacidade que o olho e a mente têm de identificar diversos tipos de
cores. O fenômeno das cores, aliás, só é possível a partir de um feixe de luz, seja ele natural ou artificial. As
cores são classificadas entre primárias, secundárias e terciárias.

Fique de olh
O círculo cromático ou roda de cor é uma ferramenta destinada a facilitar o processo de mistura. Escolha e
harmonize as cores. É importante destacar que cada sistema de cor possui uma classificação própria de cores
primárias, portanto, fique atento para adquirir a ferramenta adequada para a sua prática.

Tipos de coloração são classificados nas seguintes categorias

Coloração não oxidativa

Não envolve reações químicas para ação e formação da cor. Pode agir tanto por deposição quanto pela
interação de corantes estáveis que se formarão antes da aplicação do produto. A cor do produto é a mesma da
embalagem e não se altera durante todo o processo de aplicação, não abrindo a cutícula do fio. Não pode
clarear a cor natural dos fios, pois se trata apenas de mudanças físicas, tendo a sua fixação restrita a um
número predeterminado de lavagens. Uma característica importante é a de que, neste caso, não se percebe de
uma demarcação muito grande do crescimento da raiz. Existem três tipos de corantes que estão associados a
essas categorias: vegetais, metálicos e compostos. {OLIVEIRA, 2020)
Coloração oxidativa

As emulsões oxigenantes têm em sua fórmula ativos ca fios uma restauração capilar (hidratação).

Colorações temporárias

Agem por deposição na superfície do cabelo. Atraídas, na maioria das vezes, por diferenças de polaridade,
sem a necessidade de mudar quimicamente a estrutura do fio. Dessa maneira, o cabelo é revestido com a cor,
que absorve e reflete a luz diferente de sua cor natural, como por exemplo os tonalizantes. Assim, pode-se
afirmar que maior afinidade significa maior durabilidade da cor, com um depósito de pigmento na segunda
camada do fio chamada de córtex.

Colorações semiperanentes

Devem resistir pelo menos a quatro ou cincos origens. Porém, esse limite pode ser influenciado pela
porosidade do cabelo, bem como pelas características químicas do produto aplicado. São similares às
colorações temporárias que atuam por interação e não precisam ser misturadas a nenhum outro componente
para serem aplicadas; por isso também são conhecidas como "colorações diretas". A diferença é o fator de
afinidade desse tipo, como "nível de polaridade" ou de atração do produto com o cabelo. Essa afinidade
descreve com que intensidade as ligações moleculares dos corantes da formulação serão capazes de se unir ao
cabelo. Pode-se afirmar que maior afinidade significa maior durabilidade da cor.

Colorações demipermanentes

Quando mantida, a cor é obtida mais fácil ao desejo do cliente com uma duração de 30 dias de acordo com as
manutenções feitas, como hidratações e o uso reduzido de higienização dos fios. Normalmente, seu pH é mais
baixo que a coloração permanente, uma vez que as emulsões (oxigenadas) possuem um pH mais ácido.

Colorações permanentes

Oferecem ao profissional a função de artista por produzida novas nuances, alcançando a tonalidade desejada
pelo cliente. Faz-se uma coloração com uma fixação duradoura.

Descoloração do cabelo

Ocorre por meio da superoxidação. É importante estar atento, pois é uma técnica que facilita o processo de
mechas, luzes e reflexos. Após esse processo, dependendo do fundo de cor que cada cabelo revelar, é
interessante que se revele com uniformidade, de modo que não abra um tom na raiz, um tom no comprimento
e outro tom nas pontas. Esse conceito de revelar a cor via descoloração é o que chamamos de processo de
clareamento.

Fique de olho
Em cada cor primária que se revela, a exemplo da cor 6.0 (loiro escuro), irá se revelar um tom primário que é
o amarelo.
1.1 Fundo de clareamento
Existem dez níveis ou estágios da descoloração que dizem respeito diretamente ao processo de
despigmentação da fibra capilar. Cada inicia o processo de descoloração em um estágio diferente, e somente o
cabelo de cor preta poderá passar pelos dez níveis.
#PraCegoVer: o quadro apresenta os níveis de cores de acordo com a altura de tom e o fundo de clareamento
na aplicação de cores diversas.
É muito importante um bom diagnóstico capilar. O profissional irá analisar o fundo de cor do cabelo, o tom
que o cliente deseja e o que realmente pode ser feito. Aliados a essa técnica, contamos com os oxidantes e o
seu poder de clarear, escurecer ou manter a cor.
1.2 Soluções de peróxido de hidrogênio
O pó descolorante é apenas recomendado para aplicações na extensão dos fios para que não haja irritação no
couro cabeludo. Fique sempre atento à dosagem correta dos produtos e emulsione bem. Ou seja, faça com que
a mistura fique bem homogênea para que não haja abertura de tons indesejados.
As formulações dos descolorantes em pó consistem na mistura de diversos ingredientes químicos de
diferentes estruturas, cada qual com sua função, e estes podem ser armazenados separadamente a fim de
garantir a estabilidade do produto. Após a mistura do pó descolorante, caso não seja garantida a
homogeneização completa do pó. há risco de resultados irregulares e danos extremos ao cabelo, além de
possível liberação de calor excessivo, o que pode colocar a saúde do cliente em risco.

2 Matização
A matização do cabelo pré-clareado ou descobrido deve ser feita sempre utilizando uma água oxigenada ou
uma emulsão reveladora de 6%. que é igual a 20 volumes, que clareia de um a dois tons. Os chamados
matizadores se diferenciam das colorações do tipo permanente apenas pelo seu grau de saturação da cor. É
por esse motivo que a matização é efetivamente uma técnica, e não um tipo específico de produto cosmético
de coloração. Muitos salões usam a coloração demipermanente como tonalizante apenas com a intenção de
depositar cor no cabelo pré-clareado ou descolorido. As mesmas precauções de segurança descritas para
aplicações de colorações permanentes se aplicam aqui. O termo "matiz" se refere ao equilíbrio e ao controle
da cor. Portanto, "matização" se caracteriza pelas técnicas usadas com o objetivo de neutralizar tonalidades
indesejadas.
3 Fios brancos
Antes de trabalhar esse tipo de fio, é preciso lembrar da tabela de cores e da diferença entre base e nuance
fantasia. Em uma coloração 6.35, a base é a cor designada pelo número que vem antes do ponto, no caso. 6.0
que vem depois é o reflexo. É justamente a cor base a mais indicada para cobrir os fios brancos. No entanto,
se usada sozinha, produz um resultado sem graça. Por isso você deve sempre estar atento em misturar uma
tonalidade do tipo fantasia a um tom base. Se a porcentagem for maior, exige combinação de base e reflexo.
Em uma cliente com 50% de fios brancos, usam-se partes iguais de cada nuance. Por exemplo, um tubo do
tom 6, mais um de 6.35. Já se a pessoa apresenta 60% de fios brancos, a dosagem de base deve ser maior.
Sempre esteja atento às recomendações do fabricante da coloração.

4 Colorimetria na prática
Veremos a seguir algumas práticas.
4.1 Tintura de retoque
É a aplicação de tinta na parte crescida do cabelo para igualar à cor anterior. Na verdade, a tintura de retoque
nada mais é do que a tintura em uma pequena porção de cabelos virgens.
Nesse caso, a técnica de aplicação é a seguinte:
1. Se a cor aplicada for clara, os cabelos na parte crescida deverão estar descoloridos, um ou dois tons mais
claros que a cor restante dos cabelos.
2. A preparação da tinta é a mesma indicada anteriormente, apenas em menor quantidade.
3. A divisão do cabelo é igual às outras e você deve aplicar a tintura na parte crescida seguindo o mesmo
roteiro indicado: zona da nuca e depois zonas na frente.
4. Deixe em média 15 minutos e, em seguida, puxe para as pontas a fim de padronizar a cor. Deixe os cabelos
bem abertos por mais 15 minutos.
5. Leve o cliente ao lavador e, umedecendo o pente, retire o excesso da tinta.
6. Lave e em seguida hidrate os cabelos.
4.2 Mordaçagem
É a técnica pela qual se consegue a abertura das escamadas dos cabelos brancos, permitindo a porosidade
necessária para a absorção da tintura. Esse trabalho é necessário porque os cabelos brancos oferecem grande
resistência à aceitação do tingimento. Na Mordaçagem, usa-se somente a água oxigenada 20 volumes (6%) a
30 volumes (9%), que é aplicada com o auxílio de um bastão.
Pode ser feita em cabelos totalmente embranquecidos e virgens ou em cabelos que precisam apenas de
retoque (já tingidos). No primeiro caso. aplique em todo o cabelo; no segundo caso. apenas nas partes
crescidas.
A diferença entre a Mordaçagem e a descoloração é que a primeira não altera a pigmentação, fato que
acontece na segunda.
4.3 Decapagem ou remoção
Decapagem ou remoção da tintura dos cabelos é feita com peróxido de hidrogênio (água oxigenada) e o pó
descolorante. A decapagem é uma operação difícil, pois os cabelos sofrem um efeito químico violento. Para a
abertura de cabelos escuros para um tom mais claro, sugerimos ir aos poucos começando com luzes ou
mechas para não agredir demais os fios. Dessa forma, na decapagem se deve observar a resistência dos
cabelos. Por outro lado, não é aconselhável remover uma tinta muito escura para obter um tom claro.
Após os cuidados preliminares já indicados, deve-se. antes de preparar a tintura, proteger devidamente o
cliente. Esse trabalho antes da preparação da tinta é recomendado porque sua aplicação deve ser feita
imediatamente após a mistura. A tintura em contato com o ar sofre transformações e começa a perder a sua
intensidade, por isso deve ser aplicada com a máxima brevidade.
Dessa forma, tanto a proteção do cliente como a presença de todo o material próximo ao profissional são
indispensáveis.

Preparação da tintura
Em uma cuba plástica, coloque a quantidade indicada pelo fabricante, tanto do pó descolorante como da água
oxigenada em igual porção e misture-as até obter um creme homogêneo. Aplique imediatamente no
comprimento e nas pontas, evitando o contato com couro cabeludo.
Aplicação
Considerando a grande variedade de situações em um processo de coloração, procura-se indicar todos os
recursos técnicos a serem usados. No caso de tinturas claras, os cabelos deverão ser descoloridos
anteriormente ou já possuir um tom mais claro.
5 Procedimento de aplicação química
Após a divisão do cabelo em 4 partes, da testa à nuca e de orelha a orelha, tire as mechas de 1 cm de
espessura. Inicie o trabalho pelas seções posteriores. As mechas são retiradas de cima para baixo. Essas zonas
são chamadas frias em razão da menor circulação sanguínea. Por isso a tinta demora mais a ser fixada.
Nos cabelos grisalhos, deve-se começar a aplicação de tinta na parte onde é maior a quantidade de cabelos
brancos.

Apanhe a mecha com a mão esquerda e aplique a tinta a partir de 1 cm do couro cabeludo para as pontas. A
seguir, jogue a mecha para cima e aplique tinta na parte de baixo. No caso de cabelos longos, as mechas são
jogadas sobre a palma da mão para a aplicação na parte de cima. Na parte de baixo, apanhe com a mão
esquerda e aplique a tinta. Terminadas todas as seções, aplique na raiz. Se for o caso, abra bem os cachos para
uma boa oxidação.
Aguarde o tempo necessário de 20 a 30 minutos em média. Após observar que a tintura teve uma fixação
perfeita, leve o cliente ao lavador e tire o excesso de tinta umedecendo o pente para padronizar os cabelos (5
minutos em média). Em seguida, jogue água nos cabelos e faça uma ligeira fricção. Lave com xampu
apropriado e remova as manchas.
6 Aplicações da Colorimetria
Você agora vai precisar de uma caixa de tinta guache para fazer as misturas e revelar as cores. Observe que
essas misturas deverão ser feitas em quantidades iguais.
A aplicação de tintura nos cabelos nunca atingirá tonalidades puras, mas nuances (tonalidades diversas) que
podem variar de acordo com a textura dos cabelos e com os reflexos obtidos pela descoloração. Portanto, o
grande segredo da tintura é saber quais as cores que podem reforçar outras e quais as que se anulam.
A necessidade do conhecimento das cores antagônicas está no fato de que, após a descoloração, os cabelos
podem adquirir reflexos diversos, exigindo, portanto, a aplicação de uma tinta mixton que anule o reflexo
indesejado e prepare uma base para a tintura, isso se faz, sobretudo, quando a tinta a ser usada é de tonalidade
bem clara. Assim, se após a descoloração os cabelos adquirirem uma tonalidade avermelhada, esta poderá ser
corrigida com verde, se o reflexo for mais intenso, ou cinza, se o reflexo for menos intenso.
De outra forma, se o reflexo for azulado, aplique um mixton laranja, que é a mistura de ouro com o vermelho
fogo. No caso de reflexos ou manchas amarelas, que geralmente se manifestam nos cabelos brancos, pode-se
corrigir com os mixtons violeta ou cendre.

6.1 Execução da tintura


Para a execução da tintura é necessário o seguinte
• Tinta cremosa ou líquida.
• Água oxigenada.
• Pirex ou plástico.
• Trincha, bastão ou aplicador.
• Copo de grau ou proveta graduada.
• Creme para a pele.
• Xampu.
• Removedor de esmalte ou tira-manchas.
• Luvas.
• Pentes.
• Penteador, toalha e capa plástica.

6.2 Tintura
É o processo pelo qual se consegue modificar a cor dos cabelos. A tintura é uma das operações de maior
responsabilidade do profissional, tanto pela reação química que se processa quanto pela necessidade de
conhecimento sobre cabelos e combinação de cores.
A tintura pode ser feita com um produto de maior duração (tinta) ou com outros produtos, como o
xampu-tinta ou descolorantes, de durabilidade menor. Há duas técnicas especificas na aplicação da tintura:
Tintura em cabelos escuros - exige descoloração anterior. Tintura em cabelos claros sem descoloração.
6.3 Fixando o conhecimento sobre as cores
O profissional, na execução de uma tintura, além de todos os cuidados técnicos precisa ter conhecimento
sobre as cores e suas combinações. Somente assim poderá obter éxito nessa difícil tarefa da profissão.
Sempre esteja atento às regras para desenvolver seu trabalho com segurança, dominando a carteia de cores e
medindo as dosagens certas na hora das aplicações químicas de uma coloração; isso é essencialmente
importante ao lidar com produtos químicos como água oxigenada (peróxido de hidrogênio), colorações e pó
descolorante. Tome sempre cuidado seguindo as orientações do fabricante para evitar quaisquer tipos de
acidente. Procure se atualizar e se capacitar para dominar o uso desses produtos e suas respectivas aplicações.

1 Introdução às luzes e seus efeitos


As luzes são uma boa opção para quem quer mudar o visual de maneira sutil, sem que para isso tenha que
optar por uma mudança radical da aparência. Assim, pode-se decidir pela descoloração de apenas alguns fios.
Trata-se de um dos vários estilos de mechas que pontuaremos adiante.
A grande vantagem das luzes é que se obtém maior luminosidade no rosto por meio de mechas muito bem
selecionadas com tonalidades mais claras do que a cor do cabelo em questão. Para isso, é necessário que o
profissional tenha conhecimento e saiba equilibrar bem as cores. Antes mesmo de começar a execução do
trabalho, deve-se conversar com a ou o cliente, fazendo uma análise do seu perfil e o que combina com a sua
personalidade.

Fique de olho
Não se deve utilizar o mesmo critério para clientes muito diferentes. Cada indivíduo é único, com
características individuais. Por exemplo, em cabelos finos e sem volume, o mais indicado são as mechas finas,
que fornecem uma luminosidade suave e delicada. Para os cabelos com mais volume, combinam mais as
mechas mais grossas, que destacam um pouco mais. Enfim, o dever do profissional é sempre manter o
equilíbrio e saber orientar os clientes, respeitando seu desejo.

1.1 Descoloração do cabelo


Segundo Beth Dantas (s.d.), a cor natural do cabelo pode ser clareada pela superoxidação de colorações
permanentes, classificadas como super clareadores, ou pela descoloração convencional da melanina,
aplicando a mistura de pó descolorante com creme oxidante de alto volume. Ainda conforme a autora, essa
descoloração é prejudicial para a melanina do fio, pois altera sua estrutura química para que o cabelo promova
o reflexo da luz em vez de absorvê-la. Se o cabelo reflete toda luz de uma fonte luminosa, a cor que
enxergamos é o branco (ou tonalidades muito claras). Por isso, clarear cabelos escuros para um tom quase
branco é um processo muito difícil e extremamente danoso. Os fios escuros dificilmente despigmentam até o
amarelo-pálido. Descolorir a cor natural não apenas deixa o cabelo mais claro, como também altera o
equilíbrio ou a tonalidade da cor, tornando-a mais quente.
O clareamento via descoloração do cabelo deveria remover as três cores primárias (amarelo, vermelho e azul)
em proporções iguais, mas isso não acontece na maioria das vezes. Extrair uma parte de cada uma das três
cores primárias da cor natural seria o ideal; porém, os resíduos de amarelo e de vermelho fazem, na maioria
das vezes, com que o cabelo revele um fundo de cor laranja. Esse conceito de "revelação de cor" via
descoloração da fibra capilar natural define o que chamamos de "fundo de clareamento" do cabelo. O "fundo
de clareamento" se refere à característica do cabelo, e não do produto. A previsão do fundo de clareamento do
cabelo deve ser sempre um importante tema de estudo, pois essa prática está vinculada aos mais importantes
processos de decisão sobre mudar a cor dos cabelos.

Os resultados da descoloração variam dependendo da cor natural dos fios. Um cabelo de cor clara
normalmente clareia com mais rapidez e facilidade, pois predomina nos fios a feomelanina. Os mais escuros
normalmente são mais difíceis e, ainda, podem não clarear além do estágio amarelo-dourado, pois há grande
quantidade de eumelanina. Os tons indesejáveis de laranja amarelado podem ser neutralizados com um
tonalizante ou matizador de cor azul. É importante lembrar que acrescentar o tonalizante azul em um tom
amarelo-pálido fará com que o cabelo fique verde. Portanto, para esse caso, é mais indicado um tonalizante
violeta (azul + vermelho), pois, desse modo, o vermelho neutraliza o verde resultante do amarelo-pálido com
o tonalizante azul.
1.2 Níveis de descoloração
Há dez estágios de descoloração envolvidos no processo de clareamento do cabelo. Cada cor natural inicia em
um estágio diferente e somente o cabelo preto poderia passar pelos dez estágios.

Nível 10
amarelo-pálido
Nível 9
amarelo-claro
Nível 8
amarelo-dourado
JNível 7
amarelo-alaranjado (cobre)
Nível 6
laranja-amarelado
Nível 5
vermelho-alaranjado
Nível 4
vermelho-escuro
JNível 3
vermelho-profundo
Nível 2
castanho-avermelhado
Clivei 1
castanho escuro-avermelhado

Os clareadores são usados com duas finalidades, uma de clarear o cabelo até sua tonalidade final e outra de
preparar o cabelo para a aplicação de um tonalizante.
1.3 Reações de oxidação
A reação de oxidação promovida pela ação do peróxido de hidrogênio é chamada "oxidante". Quimicamente,
o símbolo do peróxido de hidrogênio é H202, que pode ser entendido como a água (H20) com um átomo extra
de oxigênio muito reativo, responsável pela capacidade de oxidação da melanina.

Segundo John Halal (2011), o peróxido de hidrogênio concentrado não é permitido pela legislação para ser
utilizado diretamente nos ateliês de estética e salões porque pode causar reações, como indisposição,
queimaduras e explosões. Portanto, os cabeleireiros e coloristas usam uma solução deste produto diluído em
água. O termo volume indica a porcentagem de peróxido de hidrogênio presente na solução aquosa; assim,
um produto de 10 volumes, por exemplo, é a solução de aproximadamente 3% de peróxido de hidrogênio para
97% de água. Volumes diferentes indicam concentrações diferentes: 10, 20, 30 e 40 volumes representam 3%,
6%, 9% e 12% de peróxido de hidrogênio na composição. Sendo assim, 30ml de peróxido volume 40 contém
a mesma quantidade de peróxido de hidrogênio ativo que 60ml de volume 20, sendo a diferença entre os dois
a quantidade de água. Ou seja, o volume 20 é simplesmente menos concentrado.
Embora o oxigênio seja um gás, no peróxido de hidrogênio ele é mantido na solução como líquido. Por ser
composto de água e gás oxigênio em solução aquosa, o peróxido de hidrogênio, quando em decomposição,
libera gás oxigênio e água. O termo volume se refere ao volume de gás oxigênio que é liberado quando o
peróxido de hidrogênio se decompõe.
Cremes reveladores são emulsões que contém peróxido de hidrogênio, água e agentes emulsionantes e de
consistência que chamamos de agentes cremosos. Uma variedade de agentes cremosos pode ser adicionada,
incluindo álcool graxo, alcanolamidas e fenóis etoxilados alquílicos. Esses materiais contribuem para que o
revelador fique mais espesso, tornando-o opaco e viscoso na fórmula. Em alguns produtos, também agem
como condicionadores. Esses produtos são geralmente de difícil estabilidade e comumente usam agentes
químicos como a "fenacetina", o "ácido fosfórico" e o "ácido etidrônico" como agentes principais do controle
para sua estabilidade. É importante lembrar que os cremes oxidantes possuem pH muito baixo e não tem
poder algum de provocar qualquer nível de dilatação das camadas de cutículas.

As soluções de peróxido de hidrogênio são estabilizadas por acidificantes para prevenir a quebra prematura,
pois esse composto químico é instável à luz, à sujeira, aos óleos e a outros contaminantes que causam a
decomposição rápida em água e oxigênio. Alguns utensílios e bacias de metal também podem decompor esse
produto; portanto, nunca se deve armazená-lo em embalagens metálicas fechadas, pois a quebra rápida do
peróxido de hidrogênio cria um acúmulo do gás oxigênio que promove alta pressão, provocando uma
explosão.
O peróxido deve ser armazenado de acordo com as instruções do fabricante e, invariavelmente, em local
fresco e em sua embalagem original. Para evitar a contaminação, nunca coloque qualquer objeto ao redor da
embalagem. Para maior segurança, sempre utilize luvas protetoras e óculos de segurança quando for
manipular o peróxido de hidrogênio.
1.4 PH e clareamento do cabelo
Os clareadores de cabelo normalmente possuem um pH entre 9,5 e 11. Os mais eficazes devem ter um pH
alcalino, por dois motivos:

Primeiro

Um pH alcalino expande e dilata a queratina do cabelo, abrindo a cutícula para permitir a penetração do
clareador no córtex. Lembrando que a melanina está localizada dentro do córtex, as soluções com pH mais
altos dilatam mais o cabelo, promovendo maior penetração do descolorante ou do super clareador e
aumentando o contato com a melanina. Primeiro Consequentemente, aumenta-se o nível de descoloração do
cabelo.

Segundo

1.5 Amónia e hidróxido de amónio


A amónia vem sendo usada com segurança como um agente alcalino nos clareadores de cabelos há décadas.
Trata-se de um álcali inorgânico, pois não contém átomos de carbono em sua estrutura. A amónia é uma
pequena molécula volátil que evapora rapidamente, exalando um forte odor característico. Embora a amónia
seja mais eficaz que outros agentes alcalinos no clareamento do cabelo, seu uso é rejeitado pelos
consumidores justamente em função de seu odor forte.
A fórmula química da amónia é NH3. É usada como um agente alcalino para aumentar o pH, pois remove o
íon de hidrogênio da água, deixando um íon de hidrogênio alcalino (OH-) livre no meio. É importante lembrar
que a amónia é um gás. Na prática, as colorações que agem por oxidação recebem uma carga de hidróxido de
amónio (NH40H), também conhecido como amoníaco, e somente no momento da reação química, que é
desencadeada pelo contato com o creme oxidante, é que o produto inicia a liberação do gás amónia (NH3).
1.6 Segurança no clareamento
Os clareadores sobre o couro cabeludo apresentam perigo dobrado, pois o produto entra em contato com o
escalpo durante a aplicação, e a alta alcalinidade junto com um oxidante podem causar irritação na pele.
Frequentemente, os clientes sentem o couro cabeludo ressecado e esticado.
O escalpo (couro cabeludo) tem uma barreira protetora de sebo que é removida temporariamente nas
aplicações de xampu. É recomendável pedir aos clientes que não lavem o cabelo durante 24 horas antes do
processo de clareamento. A menos que seja absolutamente necessário, não se deve lavar o cabelo do cliente
antes de aplicar super clareadores ou descolorante diretamente no couro cabeludo.

É imprescindível examinar o couro cabeludo e todo o cabelo antes da aplicação de qualquer produto. Deve-se
procurar por sinais de irritação, vermelhidão ou inchaço no tecido da epiderme, bem como feridas abertas,
ressecamento excessivo ou outros problemas de pele. Observando esses problemas, deve-se aconselhar o
cliente a consultar um dermatologista antes de prosseguir com qualquer tratamento químico.
Cabelos porosos ou com pontas danificadas causam variação no grau de clareamento. Ou seja, o cabelo
poroso é afetado com mais rapidez pelos mecanismos clareadores e essa diferença pode resultar em danos
externos se não for tratada cuidadosamente. A relação entre o tempo de pausa e o grau de porosidade pode ser
definida ao fazer o teste de mecha antes de iniciar o trabalho.
Há outras considerações que devem ser observadas além da porosidade. Geralmente, o cabelo próximo ao
couro cabeludo é afetado com mais rapidez por qualquer tratamento químico, e esse fator deve ser levado em
consideração ao aplicar produtos clareadores. O calor do couro cabeludo acelera a reação química e a
velocidade de uma reação química sempre dobra se a temperatura aumentar 10°C. Por isso, a realização do
exame preliminar dos fios é muito importante, pois ajuda a identificar e evitar qualquer problema.

1.7 Tipos de clareadores


Os clareadores estão disponíveis em muitas formas (pastas, cremes, óleos, gel e pó), e cada tipo utiliza
oxidantes como ingrediente ativo, mas algumas diferenças importantes que devem ser consideradas.
Os cremes são fáceis de usar e não escorrem após a aplicação, pois são misturas viscosas preparadas por meio
da adição de espessantes específicos para meio alcalino. Esses produtos espessantes também têm a vantagem
de controlar a perda do agente alcalino dilatador pela evaporação, pois são adicionados agentes
condicionantes graxos para ajudar a minimizar danos e irritação na pele. A adição do peróxido de hidrogênio
em cremes clareadores e a elevação do pH iniciam o processo de oxidação.

Os clareadores em pó, chamados de pó descolorante, atualmente são os mais usados para o processo de
descoloração capilar. São formas químicas sólidas e diferentes do peróxido. Geralmente com ativos
persulfatos, devem ser manuseados com cuidado. Devemos seguir as precauções de manuseio sugeridas para
peróxidos e oxidantes. É importante usar uma máscara ao manipular o produto
para evitar uma irritação desencadeada pelo pó corrosivo.

Os clareadores em óleo ou gel têm algumas vantagens importantes: com a sua transparência, permitem um
controle do processo de
clareamento com mais facilidade do que os produtos opacos.

2 Procedimento de uso da touca


Quando for utilizar uma touca de silicone, dobre a quantidade de perfurações que vêm da fábrica. Depois,
desembarace os cabelos, pendendo-os para trás como se fosse fazer um "rabo de cavalo" na altura da nuca.
Coloque a touca observando a linha de nascimento dos fios. Com uma agulha de croché (número 6 a 8), puxe
através dos buracos perfurados em toda extensão da touca, ou seja, da frontal à nuca.
Prepare o pó descolorante adicionando água oxigenada de acordo com o grau de clareamento desejado.
Quanto mais escura a cor dos cabelos, maior o volume da solução. Aplique a mistura sobre os fios
selecionados com a agulha, tomando cuidado para não manchar os que ficaram embaixo da touca. Deixe
clarear até a altura de tom desejada.
Após alcançar o tom desejado, enxágue os fios descoloridos sem remover a touca, retirando todo resíduo do
produto. Remova o excesso de umidade e aplique o tonalizante. Puxe a touca delicadamente e use um xampu
matizador para higienizar os fios e prosseguir com o tratamento.

Segundo Regina Lopes (s.d.), as luzes são a técnica que ilumina os fios com mechas finas e discretas que vão
da raiz às pontas e são distribuídas por todo o cabelo. O resultado é bem sutil e o tom escolhido pode variar de
acordo com o desejo do cliente. As luzes podem ser feitas na touca ou selecionadas com o uso do papel
alumínio. A seguir, veremos outras técnicas de mechas:
Reflexos
é uma técnica muito semelhante às luzes. Nos reflexos, porém, as mechas costumam ser mais espessas e mais
claras, provocando mais contraste entre os fios clareados e os naturais.
jviechas invertidas ou inversas
são feitas quando os cabelos estão muito claros e o cliente deseja "apagar" um pouco do tom claro, mas sem
escurecer o cabelo todo. Para isso, são selecionadas algumas mechas e nelas se aplica uma coloração de tom
mais escuro que o atual. É necessário envolvê-las em papel alumínio para que não manchem o restante do
cabelo.

Mechas em 3D
podem ser costuradas ou separadas em véus ou transparências. O que diferencia as mechas 3D das demais é a
aplicação de cores em até três tons diferentes, criando assim o efeito de profundidade responsável pelo nome
da técnica.
Balayage
nesse procedimento, os fios ficam mais claros do comprimento para as pontas enquanto os fios próximos à
raiz permanecem naturais ou com um leve sombreado. É possível criar esse efeito com coloração (em cabelos
naturais) ou com descolorante. Nem sempre é necessário usar papel alumínio, já que é possível criar o efeito
com a técnica free hands. Não é indicado fazer balayage para clareamentos muito intensos.
{Californianas
são mechas inspiradas nos cabelos dos surfistas, que têm as pontas naturalmente mais claras devido à
exposição excessiva ao sol. Para gerar esse efeito, são separadas mechas em transparências na horizontal e em
seguida desfiadas com um pente. O produto deve ser aplicado mais próximo das pontas para que elas fiquem
mais claras do que o restante do cabelo. O tom escolhido dependerá do desejo do cliente.

Sun Kiss
essa técnica de mechas é parecida com a de californianas. Elas também tentam copiar o efeito do sol nos
cabelos, porém de uma forma mais discreta. Em cabelos virgens, é possível conseguir o efeito levemente
iluminado apenas com coloração de até dois tons acima da cor natural. Em cabelos já coloridos, é necessário
usar o descolorante, que pode ser aplicado com o auxílio de papel alumínio ou com a técnica de mãos livres,
ou seja, passar o produto com o auxílio de um pente ou com as pontas dos dedos sobre algumas partes do
cabelo.
Ombré Hoir
é o efeito que proporciona ao cabelo um degrade "natural", mantendo a raiz dos cabelos mais escura e as
pontas claras. A coloração e o descolorante podem ser utilizados ao mesmo tempo para criar esse efeito,
alternando as mechas em que cada produto será aplicado. O resultado é parecido com o do Sombré Hair,
porém este é mais sutil e indicado para cabelos mais escuros, que são clareados apenas cerca de dois tons em
relação a cor natural dos cabelos.

Marmorização
é a técnica conhecida como mechas simultâneas. Consiste em fazer algumas mechas nos cabelos enquanto age
a coloração; assim, o tempo é otimizado e o efeito fica diferenciado. Na hora do enxágue, a coloração
presente no cabelo está agindo nos fios e pode ser usada para tonalizar as mechas.
Texanas
são mechas processadas na parte de baixo dos cabelos, em locais estratégicos, para que apareçam com o
movimento dos fios. Resulta em um efeito muito natural.

se você quer algo mais natural, essa técnica não é indicada. As mechas Dip Dye têm um efeito mais ousado,
criado para gerar a sensação de que as pontas dos cabelos foram mergulhadas em um pote de tinta. Pode gerar
resultados muito diferentes, principalmente se forem tonalizadas com cores fantasia.

Slices
são mechas bem marcadas e largas, por isso recebem o nome slices, que significa "fatias" em inglês. O
resultado não é natural. O profissiona pode usar toda sua criatividade nessa técnica, podendo inclusive
misturar várias cores em um processo.
Sploshlight
têm o efeito de pontos de luminosidade sobre os cabelos. Podem ser feitas à mão livre, aplicando o produto
horizontalmente. O resultado é similar à incidência de um feixe de luz sobre os fios.
fybylights
como o próprio nome indica, são inspiradas nas nuances claras dos cabelos das crianças. O resultado é
bastante discreto e parece com as luzes, porém as babylights são ainda mais fininhas e mais naturais,
clareando de um a três tons.

Hoir Contour
geram luminosidade e profundidade em regiões específicas dos cabelos. São mais usadas na franja,
funcionando como uma moldura que contorna o rosto do cliente. O efeito é muito bonito e as cores podem
serem diversas. Para conseguir o resultado mais marcado em alguns pontos do cabelo, devem ser separadas
em mechas bem finas.
HotToffee
são muito aprimoradas. Elas mesclam tons de marrom e caramelo nos cabelos naturais ou em cabelos que já
têm outras mechas, criando outras variedades de tons.
tygerEye
é a técnica que clareia discretamente os fios escuros. São intercaladas mechas finas e grossas, que devem ser
separadas em forma de ziguezague ou em diagonal para dar um aspecto natural. Tons de dourado, cobre e
marrom são perfeitos para criar esse efeito de iluminação.

3 Neutralização
Neutralizar o cabelo previamente clareado ou descolorido é um serviço constantemente realizado nos salões e
ateliês. Os neutralizadores se diferenciam das colorações permanentes apenas no grau de saturação da cor. Por
isso, neutralizar também é uma técnica, e não apenas uma aplicação de um tipo diferente de produto. Usa-se
coloração semipermanente como tonalizante para colorir o cabelo previamente clareado. Aplicam-se nessa
técnica as mesmas precauções de segurança descritas para as colorações permanentes. Vale lembrar que as
colorações temporárias também são constantemente usadas para o processo de matização, que pode ter o
objetivo de colorir ou neutralizar tons indesejados.
3.1 Como neutralizar reflexos ou nuances indesejados
Para anular o reflexo indesejado, é necessária a união das três cores primarias, ou seja:
• Para neutralizar (anular) um reflexo vermelho, utiliza-se o corretor verde, pois o verde é formado pelas
outras duas cores primárias (azul e amarelo). Cria-se então um tom marrom.
• Para neutralizar um reflexo amarelo, utiliza-se o corretor roxo, pois o roxo é formado pelas outras duas cores
primárias (vermelho e azul). Assim se obtém o tom marrom.

• Para neutralizar um reflexo laranja, utiliza-se o corretor azul, pois o azul é uma cor primária que neutraliza o
laranja (formado pelas cores primárias amarelo e vermelho). Assim, novamente se obtém o tom marrom.

4 O porque dos cabelos brancos


O surgimento dos cabelos brancos inicia a partir da redução progressiva da função do melanócito, célula
localizada em cada folículo piloso. Essa célula é responsável pela produção da melanina, pigmento que dá cor
aos cabelos. Esse processo é chamado de encanecimento. Ao cessar totalmente a produção de melanina, o fio
começa a crescer completamente branco. Os cabelos brancos são, na verdade, incolores. A aparência branca é
causada pela refração da luz no cabelo. O clareamento é gradual. Inicialmente os fios ficam grisalhos e, aos
poucos, vão clareando até ficarem totalmente brancos. Esse processo costuma iniciar entre os 35 e 45 anos;
porém, está se tornando cada vez mais comum o encanecimento precoce, ou seja, antes dos 20 anos.
O encanecimento precoce pode ser um distúrbio genético, mas doenças como a anemia perniciosa e
disfunções da tireóide podem agravá-lo. Fatores externos podem induzir o encanecimento em pessoas sem
predisposição genética, como o uso frequente de descolorantes ou tinturas e a exposição excessiva ao sol.

4.1 Cobertura de cabelos brancos


A coloração dos cabelos brancos depende da quantidade de fios despigmentados. Um cabelo com até 40% de
fios brancos pode ser colorido com uma cor nuance ou base sem necessidade de coloração prévia, pois essa
quantidade não fará diferença no resultado. Nesse caso, o ideal é aplicar um tonalizante, pois ele não altera a
cor natural dos cabelos. O tonalizante cobre apenas os fios claros ou intensifica a nuance.
Já um cabelo com 40 a 70% de fios brancos é mais difícil de definir a cor, pois eles se misturam em partes
iguais com os fios de cor natural, impossibilitando a distinção da cor dos fios naturais. Nesse caso, quando a
cor escolhida é clara (base ou nuance), deve-se fazer uma prévia remoção de pigmentos para obter o melhor
resultado.
As colorações que possuem nuances acinzentadas, por exemplo, em cabelos brancos se tornam grafite e as
clorações avermelhadas se tornam laranja ou rosa. Em cabelos brancos, sempre que a cor escolhida for
nuance, devemos misturar uma cor base 7.0 com uma 7.3 (nuance). É importante sempre usar mais base,
menos nuance e o oxidante de 20 volumes.

1 Texturização: além da transformação


Neste material, vamos entender de forma clara alguns tipos de tratamentos juntamente com seus conceitos a
respeito da texturização. As técnicas usadas e as opções de produtos para um cabelo liso ou cacheado perfeito,
as restrições e os cuidados na hora da aplicação, adequando sempre os tratamentos que mantém o efeito por
mais tempo. Assim sendo, alinharemos a teoria à prática. O conhecimento teórico aliado à prática serve para
que você, estudante, encontre o sucesso por onde passar.
Fique atento aos ativos encontrados nas embalagens de produtos para que seja desenvolvida a técnica de
texturização capilar. Os ativos alisantes estão divididos em famílias de hidróxidos (substâncias alcalinas) e
amónia (sais de amónia).

Fique de olho
Mesmo que o cabeleireiro remova os produtos utilizados em relaxamentos, escovas e tinturas, muitas vezes
algumas partículas não são eliminadas. Expostas aos raios UVA e UVB, elas desencadeiam um processo de
degradação até a segunda lavagem. É aconselhável evitar expor os cabelos ao sol, de modo a ter certeza da
retirada total desses resíduos que, quando não retirados, podem queimar o cabelo. Por isso é importante o uso
de um protetor solar nos fios.

1.1 Conhecendo as divisões dos ativos alisantes


Desses dois agentes, amónia e hidróxidos, surgiram derivados capazes de entrar no fio e modificar a sua
estrutura. Os tioglicolatos, como o de amónia e de etanolamina, são mais suaves. Já os hidróxidos, como o de
sódio e o de cálcio, e a guanidina são cáusticos, ou seja, têm um poder de penetração maior e um efeito mais
potente. Todos agem nas ligações fortes das pontes de enxofre, quebrando-as para transformar o fio. Depois,
entra o neutralizante para fixar a nova forma do cabelo e estabilizar o pH.
Antes de qualquer procedimento químico, devemos fazer um teste de mecha ao realizar dois tipos de
processos químicos com ativos diferentes, analisando a resistência, a porosidade e a elasticidade. Ou seja, só
podemos proceder com qualquer processo químico em cabelos saudáveis. Nos ativos à base de amónia, seu
neutralizante se apresenta na forma líquida, usada após a transformação para fechar a cutícula. Os hidróxidos
possuem neutralizante em forma de xampu, seguindo o mesmo objetivo de fechar as cutículas, fixando a nova
forma dos cabelos.
Vejamos a descrição de cada ativo para a texturização capilar:

Tioglicolato de amónio
junção do ácido tioglicólico com hidróxido de amónio, o que forma um sal. É suave e indicado para cabelos
caucasianos, de liso a levemente ondulado.
Tioglicolato de etanolamina
também é um sal, mas com a combinação de álcool, amina e ácido tioglicólico. É mais suave que o
tioglicolato de amónio e indicado também para cabelos caucasianos. Algumas marcas usam o nome de
tiolamina ou monoetanolamina.
[viercaptanoico ou mercaptaetanoico
ainda não há literatura sobre esse ativo, mas algumas marcas acrescentam-no em seus produtos e definem essa
substância como sendo um derivado mais leve da amónia. No entanto, sua ação é similar à do tioglicolato de
amónio.

Hidróxido de sódio
é o sódio na sua forma cáustica em concentração pequena e para uso cosmético. É forte e indicado para fios
resistentes, ondulados, volumosos e afros.
Hidróxido de cálcio
é o cálcio na forma alcalina. Age como o hidróxido de sódio e penetra com facilidade nos fios.
Hidróxido de guanidina
é um dos ativos mais versáteis encontrados no mercado. Além disso, não é tão agressivo quanto outros
hidróxidos. É formado pela mistura das substâncias carbonato de guanidina e hidróxido de cálcio. Os
hidróxidos são ativos incompatíveis com ativos à base de etanolamina (amónia).

2 Noções de citologia
Citologia é o estudo das células. As células são a menor parte do organismo e se agrupam para formar tecidos
e órgãos que, por sua vez, compõem aparelhos e sistemas orgânicos. Exemplo:

Membrana plasmática

a camada mais externa e tem, dentre outras, a função de proteger a célula, regulando a entrada bstâncias.
Citoplasma

constituído por uma substância amorfa e viscosa e tem, dentre outras, a função de energizar a célula.

Núcleo

geralmente se encontra no centro da célula e é responsável pela sua reprodução. Um dos tecidos que mais nos
interessa é o epitelial (pele).

2.1 Noções de tricologia


Tricologia é o estudo do fio do cabelo e será objeto de maior análise neste texto. Embora o cabelo tenha sido
considerado fundamental para a aparência das pessoas, os estudos específicos não são muito antigos. Hoje,
ainda existem grandes lacunas no que diz respeito à estrutura e à função de vários componentes morfológicos
do cabelo. Isso ocorre porque a estrutura do cabelo é muito complexa, dificultando a análise e a compreensão
de todas as suas propriedades.
2.2 Folículo piloso
O folículo piloso se forma a partir de uma invaginação da epiderme para a derme. Aloja um fio de cabelo e
seus principais elementos são:
Papila dermal: responsável pelo ciclo folicular.
Bulbo: região em que o cabelo cresce.
Glândula sebácea: responsável pela produção do sebo.
Músculo eretor: responsável pela sensação tátil.
Vasos sanguíneos: responsáveis pelo fornecimento de substâncias essenciais para o crescimento do cabelo.
Glândula sudorípera: responsável pela liberação do suor, regulando a temperatura do organismo.

Fase catagênica: nesta fase, a divisão celular diminui e para. É uma fase de transição que dura de 3 a 4
semanas.

Fase anagênica: nesta fase, as células crescem e se multiplicam continuamente dentro do folículo. Assim,
permitem o crescimento do
cabelo. É a fase de crescimento e dura de 3 a 6 anos.

Fase telogênica: nesta fase, o cabelo cai normalmente. Este período dura em média 4 meses. Depois dessa
fase, algum estímulo
desconhecido provoca o reinício do ciclo e, assim, nasce um cabelo novo no folículo.

2.3 Fatores que provocam a queda


Conhecemos as fases de crescimento dos fios, porém devemos estar atentos aos fatores que provocam a queda
e que impedem que o processo de texturização aconteça de forma satisfatória. Vejamos alguns desses fatores:
1. Genéticos (calvície).
2. Hormonais.
3. Alteração da circulação sanguínea e/ou produção do sebo.
4. Problemas na haste do cabelo.
5. Fatores psíquicos traumáticos e emocionais.
6. Uso de certos medicamentos.
7. Exposição e doses excessivas de radiação.
8. Alimentação inadequada.
2.4 Função do cabelo
O cabelo tem como principal função a de proteger o couro cabeludo. Esteticamente, exerce o papel de adornar
o rosto. Por esse motivo, os consumidores procuram por produtos que atendam às suas necessidades,
valorizando a naturalidade dos fios.
3 Composição química do cabelo
O cabelo é composto por: 65 a 95 por cento de proteínas, água, lipídeos, pigmentos e outros elementos
encontrados em menor quantidade.

Proteínas
são moléculas muito grandes, formadas pela junção de aminoácidos.
[Aminoácidos
são substâncias importantes porque formam as proteínas. Eles têm importantes funções em nosso
metabolismo e na constituição de nossos tecidos. Existem cerca de vinte aminoácidos, e suas combinações
variam quanto aos tipos e quantidades. Assim, eles originam um enorme número de proteínas.
O cabelo é formado por uma proteína chamada queratina. A queratina é uma proteína endurecida. Como todas
as outras, é composta por cadeias de aminoácidos unidos entre si por vários tipos de "correntes peptídicas".
Estas são as fibras queratínicas, localizadas no córtex, que dão ao cabelo resistência, consistência e
elasticidade, além de forma. Confira a seguir suas características e funções:

característica

proteína que se encontra no principal componente do fio de cabelo, da unha, da pele (capa córnea) e não se
reproduz por ser uma substância viva. A queratina é muito elástica e flexível, sendo capaz de se alongar
consideravelmente e retornar logo ao seu estado original. Depende de várias substâncias nutritivas que são
retiradas dos alimentos que ingerimos e transportadas pelo sangue em forma de aminoácidos por uma pequena
proeminência embaixo do bulbo do folículo piloso chamada papila. É nela que estão contidas as cadeias
responsáveis pela estruturação química do fio de cabelo, com forma parecida à de uma corda.

Funções

conferir ao pelo as propriedades adequadas para uma proteção superficial contra os agentes ambientais,
tornando-o mais resistente. Proporcionar a alteração da estrutura dos fios por meio de um processo químico
para dar novo formato ao fio de cabelo. Este processo se chama queratólisis.

É indispensável lembrar que a avaliação do cabelo é muito importante.


3.1 Estrutura da queratina capilar
A estrutura básica da queratina é composta por aminoácidos que formam macro moléculas que constituem as
unidades estruturais da queratina. Essas unidades são cadeias fibrosas unidas entre si por ligações transversais
chamadas de polipeptídeos. A estrutura básica contém cinco elementos:
Carbono Hidrogênio Oxigênio Nitrogênio Enxofre ou Cistina
Os elementos de ligação mais importantes para se chegar aos objetivos de cachear, relaxar e defrizar o cabelo
são as ligações de cistina ou enxofre.

são mais resistentes que as ligações transversais de hidrogênio com


átomos opostos de enxofre.

impedir o deslizamento das cadeias moleculares agindo como um


adesivo, evitando o grau de alongamento das cadeias de polipeptidedos, proporcionando maior leveza e
resistência ao fio de
cabelo.
É indispensável lembrar que o diagnóstico do couro cabeludo é muito importante.
3.2 As camadas do cabelo
A cutícula é a camada externa do cabelo, constituída por escamas muito resistentes à ação de produtos
químicos de caráter transparente. É responsável pela proteção e pelo brilho do cabelo.
O córtex é a camada interna do cabelo, constituído por fibras de queratina, responsável pelas propriedades
físico-químicas do cabelo (porosidade, elasticidade, espessura e resistência). No córtex encontramos 3 tipos
de ligações químicas que dão estrutura ao cabelo:
A Medula é a parte central do cabelo por onde sobem os pigmentos normais e as gorduras secretadas pelas
glândulas sebáceas. Sua textura é porosa e dá consistência ao fio. A medula é a "espinha dorsal" do cabelo,
como um cordão regular de grânulos, constituídos de pigmentos. Num cabelo traumatizado por produtos
químicos, a medula se apresenta, quando observada ao microscopio, quebrada e às vezes ausente.

4 Diferenças básicas entre o cabelo crespo e o cabelo liso


A composição biológica do cabelo humano é idêntica em todos os grupos étnico-raciais. Entretanto, a
estrutura física varia muito, diferentes grupos raciais e étnicos ao redor do mundo exibem uma grande
variedade de tipos de cabelos. A seguir, apontaremos algumas diferenças básicas.
4.1 Cabelo crespo
• O folículo é curvado sob a pele, o que dá ao fio de cabelo um aspecto irregular.
• Os fios de cabelo crespo lembram costelas achatadas e crescem em um diâmetro irregular: grosso em
algumas partes e finos em outras.
• A forma chata ou elíptica torce, curva ou até forma nós nos fios, deixando-os quebradiços.
• A superfície irregular do cabelo crespo não reflete a luz; assim adquire aparência seca e opaca.
• Os óleos naturais provenientes do couro cabeludo não percorrem o fio de cabelo facilmente, assim os óleos e
condicionadores suplementares são necessários para dar brilho.
• Lavagem frequente deteriora o cabelo, pois remove os óleos necessários para ter uma aparência saudável.

4.2 Cabelo liso


• O folículo está bem arrumado e reto sob a pele, assim o cabelo cresce reto e liso ao sair do couro cabeludo.
• Os fios lembram cilindros retos, com um diâmetro regular e consistente ao longo do fio.
• O fio cilíndrico é menos propício à formação de nós e menos suscetível à danificação.
• A superfície lisa dos cabelos reflete a luz, assim é brilhante sem a ajuda de óleos ou condicionadores.
• Os óleos naturais são facilmente distribuídos ao longo dos fios, assim há uma menor necessidade de óleos e
condicionadores suplementares.
• Lavagem frequente é necessária para remover os excessos de oleosidade que dão uma aparência suja aos
cabelos.

PROPRIEDADE 1 DEFINIÇÃO E TIPOS O QUE A ANÁLISE DETERMINA

A variação da espessura do cabelo é dada pelo diâmetro de A análise da espessura ajuda a determinar a intens
um único fio. O cabelo fino tem diâmetro menor que o produto químico a ser usado.
grosso. A espessura é classificada conforme as seguintes
categorias:
• Fino
• Médio
• Grosso
• Super grosso
Espessura Cabelo fino geralmente apresenta uma textura Geralmente, os produtos químicos penetram macia ao toque. Nor
não retém o no cabelo fino mais fácil e rapidamente, mas enrolamento tão bem quanto um cabelo mais
significa que o resultado do grosso. tratamento seja ma
O cabelo muito fino é sensível a tratamentos agressivos e muito frequentes. Os reagentes dos produtos
químicos afetam muito a sua estrutura.

Cabelo grosso geralmente apresenta textura Os produtos químicos demoram mais tempo áspera ao toque e,
aparentemente, mais denso para penetrar no cabelo grosso do que no do que outras espessuras. O enrolamento
fino. produz um ótimo resultado neste tipo de cabelo e dura mais do que aquele feito em cabelo de espessura fina

Densidade A densidade é dada pelo número de fios de cabelo por A análise da densidade serve para determinar
centímetro quadrado. O cabelo denso é o que possui mais mechas, no enrolamento comum ou no enrolam
fios por centímetro. Densidade não tem relação com permanente. Serve também para ajudar a esco
espessura: o cabelo fino pode ser denso e o cabelo grosso
pode ser esparso.

A porosidade se refere ò compactação da A análise da porosidade ajuda a determinar a estrutura e à c


cutícula do cabelo. intensidade do produto químico a ser usado e Quanto menos compacta é uma estrutur
tempo de processamento necessário, maior a absorção de líquidos e produtos químicos.

Densidade Cabelo não-poroso: resiste à absorção de égua e produtos O Cabelo não poroso (ou resistente) necessita
químicos. Seca rapidamente. químicos fortes e um longo tempo de processa

O cabelo poroso não é indicado para ser processado


quimicamente. Deve ser tratado com muito cuidado. Um
programa de recondicionamento é indicado para este tipo de
cabelo.

Cabelo extremamente poroso: é opaco. Quando seco, O cabelo muito poroso não deve ser processad
apresenta maior volume, ficando "ouriçado" principalmente quimicamente. Deve ser tratado com muito cu
nas pontas. Quebra facilmente. Programas de recondicionamentos são altamen
para esse tipo cabelo.

Elasticidade é a propriedade que o cabelo tem A análise da elasticidade ajuda a determinar a


de ser estirado e de se contrair naturalmente. intensidade do produto químico a ser usado e
como um elástico. A elasticidade está ligada à o tempo a ser usado e o tempo de
espessura do fio. Quanto mais grosso o fio, processamento necessário.
mais difícil rompê-lo.
Cabelo com boa elasticidade: responde bem Em geral, o cabelo com boa elasticidade
QO
Elasticidade e^olamento e ao permanente. Não quebra requer produto químico mais forte e o tempo
facilmente ao ser penteado ou escovado. É de processamento necessário é maior.
saudável.
Cabelo com pouca elasticidade: nem sempre O cabelo com pouca elasticidade requer
consegue reter o cacheado. Fica com pouco produtos químicos mais fracos e menor tempo
balanço e mesmo após o enrolamento "estala" de processamento do que o cabelo com boa
no contato com o pente ou escova. elasticidade.
Cabelo sem elasticidade: é ressecado, sem O cabelo sem elasticidade não deve ser
vida. Quebra "aos chumaços" sob mínima submetido a tratamento químico.
tensão.

4.3 Escala de pH
O pH é a medida do grau de acidez ou alcalinidade de um meio mais aquoso. Todo profissional da área de
estética precisa ter pleno conhecimento da escala de pH. Características da Escala:
• É uma escala numérica que vai de zero a 14.
• O número 7 é o ponto central e neutro (nem ácido nem alcalino).
• Tudo que ficar abaixo de 7 são substâncias ácidas para o cabelo e que, se aplicadas, vão endurecer e
encolher os fios.
• Tudo que ficar acima de 7 são substâncias alcalinas que irão amaciar, expandir e "inchar" os fios.
• O cabelo não tem pH por que é um sólido, mas a camada protetora do cabelo tem um pH que varia de 4.5 a
5.5 na escala. Portanto, tudo que for aplicado no cabelo fora desses limites implicará na alteração do PH
fisiológico.
A camada protetora do cabelo deve retornar ao seu pH natural (fisiológico) após qualquer tratamento com
química. Por isso a necessidade de finalizar os processos químicos com o uso do neutralizante. De duas
soluções com pH menor que 7, mais ácida é a que tiver menor pH. Assim, pela função inversa temos:
• De duas soluções com pH maior 7, mais alcalina é aquela que tiver maior valor de pH.
• No estado normal, a superfície da pele tem sempre reação ácida devido à presença de ácidos orgânicos, tais
como: acético, lático, cítrico e ascórbico, que se encontram em concentração elevada devido à evaporação da
sudorese.
• O grau de acidez varia de acordo com a idade, sexo e o indivíduo.

• O grau de acidez varia de acordo com a idade, sexo e o indivíduo.


• A reação vai se tornando alcalina à medida que se penetra nos tecidos.
5 Ativo de transformação
Os hidróxidos de cálcio + carbonato de guanidina agem na abertura das cutículas dos cabelos, penetrando e
transformando as ligações dissufidicas da cistina em ligações de lantionina. Essa classe de produtos não
necessita de neutralizante. Após a retirada do neutralizante, acrescenta-se uma solução de pH ácido (xampu
ou condicionador) para fechar as cutículas e eliminar a alcalinidade residual. Esse processo pode causar
incômodos e desconforto na pele humana, principalmente no couro cabeludo.

5.1 Características das Guanidinas


• Não tem cheiro.
• Não requer o uso de neutralizante.
• Geralmente vem com xampus indicadores.
• Pode haver ardência.
• Pode ou não ser passado em toda cabeça para lavar depois, tudo dependerá da sensibilidade do cabelo.
• Deve-se evitar sobrecarregar o couro cabeludo com o ativo.
• Todos os produtos dessa categoria devem que ser misturados na hora do uso. Perdem o efeito em 6 horas
depois de misturados.
• Produtos compatíveis: todos os produtos à base de guanidina se tornam compatíveis entre si.
• Produtos não compatíveis: tioglicolato de amónia; henna com nitrato de chumbo; loção progressiva;
alisamentos físicos, chapinha, ferro quente, braun.
• Cabelos brancos: poderá haver alteração na cor, tornando-os esverdeados (corrigir com tonalizante).
• A creatina, também presente em sua fórmula, age ao mesmo tempo em que os cabelos estão sendo
transformados, reparando e reduzindo os danos capilares além de promover a maciez na superfície dos fios.

5,2 Atenção
Aplique o produto somente após ler atentamente todas as instruções da base do alisamento escolhido. Não
pule nenhuma etapa.
• Mantenha longe do alcance de crianças.
• Use luvas durante toda a aplicação.
• Faça o teste de mecha que explicaremos adiante nesta unidade.
• Se o relaxamento causar irritação na pele ou no couro cabeludo, enxague imediatamente retirando todo o
produto e com a devida atenção para que o produto não tenha nenhum contato com a pele ou com o couro
cabeludo.
• Não aplique se o couro cabeludo estiver irritado ou lesionado.
• Não aplique o relaxamento diretamente sobre o couro cabeludo ou áreas vizinhas. Mantenha sempre uma
distância de pelo menos 1 cm da raiz dos cabelos.
• Não deve ser aplicado sobre mucosas ou regiões circunvizinhas, sobre a pele ferida, inflamada, irritada ou
lesionada.
• Não recomendamos o uso em crianças menores de 12 anos, gestantes ou mulheres em fase de amamentação.
• O cabelo só pode se alisados após a primeira menarca.
• Anote sempre o princípio ativo dos produtos de transformação que você aplica nos cabelos. A
incompatibilidade química entre produtos pode causar a quebras dos fios.
Cabelos que foram tratados com henê, henna, magnésio, soda, amónia, tioglicolato, descoloridos ou tingidos
com água oxigenada (30 ou 40 volumes) não devem ser submetidos a relaxamento.
Aguarde o crescimento e a renovação dos fios, aparando mensalmente as pontas até remover por completo as
áreas tratadas com produtos de
relaxamento ou alisamento.
Durante a espera, mantenha os cabelos hidratados.
Cabelos brancos ou grisalhos podem sofrer alteração de cor.
Cabelos quebradiços ou danificados não devem ser relaxados até que os cabelos estejam saudáveis e em
condições de serem aprovados no teste de mecha. Para isso, faça hidratações semanais.
Cabelos com tintura (até 20 volumes) devem aguardar no mínimo 30 dias antes de realizar novos testes de
aplicação do creme relaxante ou alisante, e pelo menos duas semanas para nova coloração.
Não use shampoos anticaspa por pelo menos 2 semanas antes e depois do relaxamento ou alisamento.
Não lave os cabelos durante 48 horas antes de relaxá-lo. Sem a oleosidade natural o couro cabeludo fica muito
sensível, o que deve se manter limpo é o cabelo, o couro cabeludo necessita dessa oleosidade.

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