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TCC Corrigido Riuni
TCC Corrigido Riuni
Tubarão
2017
MICHELE DE SOUZA LOPES
ROBSON DELFINO TEIXEIRA
Tubarão
2017
MICHELE DE SOUZA LOPES
ROBSON DELFINO TEIXEIRA
______________________________________________________
Profª e orientadora Norma Beatriz Camisão Schwinden, Esp.
Universidade do Sul de Santa Catarina
______________________________________________________
Engª. Cristini Rebelo de Souza, Bel.
Universidade do Sul de Santa Catarina
______________________________________________________
Prof. Murilo Raul Martins, Esp.
Universidade do Sul de Santa Catarina
A Deus, que nos criou e foi criativo nesta
tarefa. Seu fôlego de vida em nós nos foi
sustento е deu-nos coragem para questionar
realidades е propor sempre um novo mundo de
possibilidades.
AGRADECIMENTOS MICHELE DE SOUZA LOPES
Primeiramente a Deus, pela saúde, pela oportunidade e por conceder forças para
enfrentar os obstáculos e conquistar meus objetivos.
Agradeço aos meus pais, José Carlos e Nádia Delfino por todo amor, dedicação,
companheirismo, educação, suporte e incentivo, sem eles não seria possível até aqui chegar;
aos meus irmãos que sempre me apoiaram e estiveram ao meu lado, essa conquista também é
de vocês.
Agradeço a Michele, que tive o prazer de conhecer no decorrer do curso.
Obrigado por sua amizade, parceria e paciência. Foi bom contar com você nessa etapa de
dúvidas e incertezas.
A nossa professora e orientadora Norma Beatriz Camisão Schwinden pelo tempo
dedicado, pelo apoio e orientação que foram de suma importância na elaboração desse
trabalho.
Aos professores responsáveis pela minha formação acadêmica por dividirem seus
conhecimentos e experiências;
Aos familiares e amigos que de forma direta ou indireta fizeram parte da minha
trajetória até aqui o meu muito obrigado.
“A educação é a arma mais poderosa que você pode usar para mudar o mundo.”
(NELSON MANDELA)
RESUMO
The present work proposes, from the analysis of the pathological manifestations diagnosed in
the Municipal Center of Culture - Willy Zumblick Museum, in the city of Tubarão / SC, to
prepare a recovery of the restoration of the edification for the execution of the future services.
The project proposal developed here has the objective of meeting the need of the Municipality
of Tubarão for a planning that presents budget, material to be used and manpower employed,
as well as the solutions to be adopted in each type of pathological manifestation, among the
found in the building in question. The study is based on the TCC - Analysis of pathological
problems in a public structure located in the municipality of Tubarão / SC: A case study.
Elaborate by Jonas Rodrigues Mendes and Thiago de Oliveira Cittadin, academics of the Civil
Engineering Course of the Southern University of Santa Catarina - UNISUL. By
contextualizing the intentional objectives of this work with the accomplishment of a case
study, one can investigate the types of problems, thus allowing to identify their causes and to
arrive at possible solutions for the repair. The work was carried out in four stages: I - Initially,
in visits to the building, a reassessment of the pathological manifestations pointed out by
Jonas and Thiago was carried out, verifying if they remained, and / or presented the same
level of aggression . It was also observed that there were occurrences of new pathological
manifestations, since according to stories provided by museum and construction workers of
the city hall, there was no maintenance or repair of this period. II - Considered one of the
most important of this study, measurements and quantifications of all the pathological
manifestations found in the edification, both inside and outside were carried out. These data
were used to compose the budget part. III - After obtaining the inventory and measurements
of the pathologies, the recovery techniques proposed by Jonas and Thiago were analyzed.
Within this analysis were verified the applicability and functionality of such techniques and it
was also suggested the addition of other techniques capable of dynamizing the process of
improvement of the described anomalies. IV - Based on all the data collected, SINAPI -
National System of Cost Survey and Indices of Civil Construction was defined and
DEINFRA - State Department of Infrastructure, to indicate the cost of recovery of the
pathological manifestations pointed out in the construction on the date of the research. The
proposal presents recovery techniques considered essential to recover the expected
performance of the building, bringing the budget, as well as the materials to be used to carry
out each activity.
Keywords: Pathological manifestations. Recovery.Budget.
LISTA DE ILUSTRAÇÕES
1 INTRODUÇÃO................................................................................................................. 16
1.1 JUSTIFICATIVA ............................................................................................................ 17
1.2 OBJETIVOS .................................................................................................................... 18
1.2.1 Objetivo Geral ............................................................................................................. 18
1.2.2 Objetivos Específicos................................................................................................... 18
1.3 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS..................................................................... 18
1.4 ESTRUTURA DO TRABALHO .................................................................................... 19
2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA ................................................................................... 20
2.1 ESTABILIDADE DAS ESTRUTURAS ......................................................................... 20
2.2 PATOLOGIA DAS EDIFICAÇÕES ............................................................................... 20
2.3 ORIGEM DAS MANIFESTAÇÕES PATOLÓGICAS .................................................. 21
Fonte: Adaptado de Silva e Jonov (2016, p.5). ..................................................................... 22
Fonte: Adaptado de Silva e Jonov (2016, p. 7). .................................................................... 23
2.3.1 Manifestações patológicas........................................................................................... 23
2.3.2 Manifestações do concreto, cerâmica e pintura........................................................ 24
2.3.2.1 Fissuração ................................................................................................................... 24
2.3.2.2 Desagregação .............................................................................................................. 26
2.3.2.3 Infiltração ................................................................................................................... 27
2.3.2.4 Bolor, manchas e descascamentos .............................................................................. 28
2.3.2.5 Eflorescência .............................................................................................................. 28
2.3.2.6 Descolamento de revestimentos cerâmicos ................................................................ 29
2.3.2.7 Trincas em revestimentos cerâmicos .......................................................................... 30
2.4 RECUPERAÇÃO ............................................................................................................ 30
2.5 RECUPERAÇÃO ESTRUTURAL ................................................................................. 31
2.6 RECUPERAÇÃODE VEDAÇÃO - FISSURAS ............................................................ 34
2.6.1 Partes do sistema de recuperação .............................................................................. 34
2.6.1.1 Base ............................................................................................................................ 36
2.6.1.2 Camada de regularização ............................................................................................ 36
2.6.1.3 Dessolidarização ......................................................................................................... 36
2.6.1.4 Camada de recuperação .............................................................................................. 36
2.6.1.5 Camada de proteção ................................................................................................... 37
2.6.1.6 Camada de acabamento .............................................................................................. 37
2.7 RECUPERAÇÃO – CORROSÃO NA ARMADURA ................................................... 37
2.8 RECUPERAÇÃO – DESAGREGAÇÃO DO REVESTIMENTO ................................. 38
2.9 RECUPERAÇÃO – INFILTRAÇÃO.............................................................................. 39
2.10 IMPERMEABILIZAÇÃO ............................................................................................... 39
2.10.1 Sistemas de impermeabilização.................................................................................. 39
2.10.1.1 Impermeabilização rígida ........................................................................................... 39
2.10.1.1.1 Hidrofugante ............................................................................................................ 40
2.10.1.1.2 Cristalizante ............................................................................................................. 40
2.10.1.1.3 Argamassa polimérica ............................................................................................. 41
2.10.1.2 Impermeabilização elástica ........................................................................................ 41
2.10.1.2.1 Membrana asfáltica (quente) ................................................................................... 42
2.10.1.2.2 Manta asfáltica ........................................................................................................ 42
2.10.1.2.3 Manta asfáltica com grânulos minerais .................................................................. 43
2.10.1.2.4 Manta asfáltica aluminizada ................................................................................... 43
2.11 SOLUÇÕES DE IMPERMEABILIZAÇÃO ................................................................... 44
2.11.1 Áreas molhadas ........................................................................................................... 45
2.11.2 Coberturas ................................................................................................................... 46
2.11.3 Fachadas ....................................................................................................................... 46
2.12 RECUPERAÇÃO - DESCASCAMENTO ...................................................................... 47
2.13 RECUPERAÇÃO – EFLORESCÊNCIA, MANCHAS E BOLOR ................................ 47
2.14 RECUPERAÇÃO – DESCOLAMENTO DE REVESTIMENTOS CERÂMICOS ....... 48
2.15 RECUPERAÇÃO – TRINCAS EM REVESTIMENTOS CERÂMICOS ...................... 48
2.16 ORÇAMENTOS E FONTES DE RECURSOS .............................................................. 48
3 ESTUDO DE CASO ......................................................................................................... 50
3.1 ETAPAS DO ESTUDO DE CASO ................................................................................. 51
3.2 VISITA A EDIFICAÇÃO ............................................................................................... 52
3.3 MANIFESTAÇÕES PATOLÓGICAS IDENTIFICADAS ............................................ 52
3.3.1 Fissuras ......................................................................................................................... 53
3.3.2 Desagregação ............................................................................................................... 56
3.3.3 Descolamento do revestimento cerâmico .................................................................. 63
4 TÉCNICAS DE RECUPERAÇÃO E ORÇAMENTO ................................................. 65
4.1 TRINCA VERTICAL OCASIONADA POR AUSÊNCIA DE AMARRAÇÃO ........... 65
4.1.1 Técnica de recuperação recomendada ...................................................................... 65
4.1.1.1 Tabela orçamentária ................................................................................................... 66
4.1.2 Fissura ocasionada por detalhes construtivos .......................................................... 67
4.1.2.1 Tabela orçamentária ................................................................................................... 68
4.1.3 Fissura ocasionada por recalque diferencial ............................................................ 68
4.1.3.1 Tabela orçamentária ................................................................................................... 69
4.1.4 Rachadura causada por ausência de amarração ...................................................... 70
4.1.4.1 Tabela orçamentária ................................................................................................... 71
4.1.5 Desagregação ............................................................................................................... 72
4.1.5.1 Tabela orçamentária ................................................................................................... 73
4.1.6 Dreno ............................................................................................................................ 73
4.1.6.1 Tabela orçamentária ................................................................................................... 74
4.1.7 Infiltração ..................................................................................................................... 74
4.1.7.1 Tabela orçamentária ................................................................................................... 75
4.1.8 Descolamento das placas cerâmicas........................................................................... 75
4.1.8.1 Tabela orçamentária ................................................................................................... 77
4.1.9 Bolor devido ao escoamento de água ......................................................................... 77
4.1.9.1 Tabela orçamentária ................................................................................................... 78
4.1.10 Mancha ......................................................................................................................... 78
4.1.11 Eflorescência ................................................................................................................ 79
4.1.12 Revitalização em pintura ............................................................................................ 80
4.1.12.1 Tabela orçamentária ................................................................................................... 81
5 CONCLUSÃO ................................................................................................................... 83
REFERÊNCIAS ..................................................................................................................... 85
ANEXOS ................................................................................................................................. 89
ANEXO A – PLANTA BAIXA TÉRREO............................................................................ 90
ANEXO B – PLANTA BAIXA 1° PAVIMENTO ............................................................... 16
ANEXO C – PLANTA BAIXA 2° PAVIMENTO ............................................................... 16
ANEXO D – IMPLANTAÇÃO E ELEVAÇÃO 01 ............................................................. 16
ANEXO E – VISTA FRONTAL, CORTE BB E CC .......................................................... 16
16
1 INTRODUÇÃO
1.1 JUSTIFICATIVA
1.2 OBJETIVOS
2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
Para Souza e Ripper (1998), a estabilidade das estruturas, é uma das áreas da
engenharia civil, conhecida por abranger conceitos que, ao serem incorporados aos
projetosestruturais comoum todo, tem a finalidade de tornar estas estruturas apropriadaspara
serem utilizadas segundo os objetivos que as deram origem.
Porém, segundo os autores, este conceito de estabilidade vem sendo
reconsiderado, uma vez que seu significado é muito mais abrangente que apenas o
dimensionamento dos elementos estruturais como um todo. Desta forma, nos últimos anos
associou-se o termo Durabilidade estrutural, pois seria inviável economicamente pensar
apenas na estabilidade de uma estrutura sem que haja a preocupação com a durabilidade da
mesma.
Diante das exposições acima, Souza e Ripper (1998, p. 8), apontam duas
principais preocupações da estabilidade das estruturas:
A primeira preocupação deve ser com a Patologia das Estruturas, pois do estudo dos
defeitos e dos sintomas patológicos das estruturas de concreto muito se pode
aprender sobre falhas de concepção, de análise, de construção e de utilização destas
estruturas.
Um segundo aspecto, é o dos materiais utilizados na construção e na recuperação ou
no reforço destas estruturas, já que se a correta utilização dos materiais em
construções novas pode evitar o surgimento prematuro de sintomas patológicos, a
escolha apropriada dos materiais é, por outro lado, um dos fatores principais para
que um trabalho de recuperação ou de reforço de uma dada estrutura de concreto
tenha sucesso.
Ainda sobre o tema, Souza e Riper (1998, p. 14), designa-se genericamente por
patologia das estruturas:
[...] esse novo campo da Engenharia das Construções que se ocupa do estudo das
origens, formas de manifestação, consequências e mecanismos de ocorrência das
falhas e dos sistemas de degradação das estruturas.
No entanto, a Patologia das Estruturas não é apenas um novo campo no aspecto da
identificação e conhecimento das anomalias, mas também no que se refere à
concepção e ao projeto das estruturas [...] Assim, a necessidade de reabilitar e
manter estruturas existentes, ditada por razões tão diversas quanto as de fundo
econômico, social, patrimonial ou histórico, está criando uma nova escola no que
respeita à concepção e ao projeto estrutural, em que a avaliação do que já existe, em
termos de capacidade de desempenho futuro (segurança, servicibilidade e vida útil),
tornou-se um dado fundamental.
Execução 51%
Projeto 18%
Utilização 13%
Materiais 7%
Fortuitas 6%
Manutenção 3%
Outros 2%
Ainda sobre o assunto, Silva e Jonov (2016) fazem um levantamento das origens
das falhas em outros países na Tabela 1.
23
Ainda que haja muito estudo e discussão sobre a quem cabe a responsabilidade
pelos problemas provenientes das patologias, os sintomas iniciam todo o processo
fundamental de averiguação e diagnóstico. De forma que, com uma correta avaliação, torna-se
possível a recuperação da edificação. Por isso, determinou-se apresentar na sequência as
manifestações já identificadas na edificação em estudo.
2.3.2.1 Fissuração
2.3.2.2 Desagregação
2.3.2.3 Infiltração
2.3.2.5 Eflorescência
Mehta (2008) conceitua ainda que a eflorescência é nada mais que a formação de
depósitos salinos na superfície do concreto, como mostra a Figura 5, devido a infiltrações ou
intempéries podendo causar desagregação profunda no concreto e modificar visualmente a
estrutura, havendo contraste entre os sais e o substrato se depositam.
29
2.4 RECUPERAÇÃO
Seguindo essa visão, Vieira (2016) menciona que identificar as origens dos
problemas é o primeiro passo para se obter um tratamento adequado às manifestações
patológicas, propondo um resultado satisfatório na funcionalidade da estrutura.
Sobre recuperação de estruturas, destaca-se que o Brasil não dispõe de uma norma
própria, sendo que as atividades realizadas nesse segmento são feitas com base em
regulamentações internacionais. O mais próximo do âmbito de recuperação que a
normatização brasileira dispõe é a NBR 5674 (ABNT, 2102, p. 2), onde cita que atividade de
31
qualidade dos materiais empregados, aderência, modo de execução, entre outros fatores. A
escolha da forma de recuperação é crucial para que não haja reincidência do problema, e o
acabamento deve assemelhar-se com o original.
Os sistemas de recuperação são constituídos de diversas partes, as quais se
complementam e ao mesmo tempo interagem entre si. A divisão em partes objetiva
atender todos os requisitos exigidos de um sistema, entre os quais: resistências
mecânicas, capacidade de deformação, estanqueidade, textura superficial compatível
com o revestimento anterior e durabilidade. (LORDSLEEM JR., 1997, p. 85).
2.6.1.1 Base
Para Sahade (2005, p. 37), “a base é formada pela superfície sobre a qual será
assentada a recuperação. Pode ser a alvenaria de vedação, o concreto ou a união entre esses
dois materiais”.
2.6.1.3 Dessolidarização
Segundo Lordsleem Jr. (1997), essa camada tem a função de conferir a textura
superficial ao sistema de recuperação, compatibilizando o aspecto com o revestimento
anterior. As diferenças entre as regiões recuperadas e o revestimento anterior são extintas
através de um sistema de pintura adequado.
O autor cita ainda que nos procedimentos de aplicação do material deve-se ter
uma atenção especial. Existem vários aspectos envolvidos diretamente com as técnicas de
recuperação e restauração dos elementos afetados como é detalhado em seguida:
a) remover completamente todo concreto fraco, solto, laminado ou trincado, óleos,
graxas, sais e quaisquer outras contaminações existentes. Utilizando as
ferramentas adequadas ao tipo de serviço, preparar o substrato de forma rugosa,
sólida e limpa;
b) o perímetro do reparo deverá ter forma geometricamente simples, evitando-se
excesso de quinas, como observado na Figura 11;
2.10 IMPERMEABILIZAÇÃO
De acordo com a NBR 9575 (ABNT, 2010, p. 5), em seu item 3.49, a mesma
estabelece as exigências e recomendações relativas à seleção e projeto de impermeabilização,
para que sejam atendidas as condições mínimas de proteção da construção contra a passagem
de fluídos, bem como a salubridade, segurança e conforto do usuário, de forma a ser garantida
a estanqueidade das partes construtivas que a requeiram:
Produto resultante de um conjunto de componentes e elementos construtivos
(serviços) que objetivam proteger as construções contra a ação deletéria de fluídos,
de vapores e da umidade; produto (conjunto de componentes ou elemento) resultante
destes serviços. Geralmente a impermeabilização é composta de um conjunto de
camadas, com funções especificas.
A NBR 9575 (ABNT, 2010, p. 5), define impermeabilização rígida como sendo o
“conjunto de materiais ou produtos que não apresentam características de flexibilidade
compatíveis e aplicáveis às partes construtivas não sujeitas à movimentação do elemento
construtivo”.
40
2.10.1.1.1 Hidrofugante
Figura 12 – Hidrofugante
2.10.1.1.2 Cristalizante
Figura 13 – Cristalizante
construtivo. Para ser caracterizada como flexível, a camada impermeável deve ser submetida
a ensaio específico”.
Ripper (1996), afirma que as desvantagens das impermeabilizações rígidas não
ocorrem com as impermeabilizações elásticas, que acompanham esses pequenos movimentos
da base sem se romperem.
A seguir estão dispostos alguns exemplos aplicáveis ao caso conforme Vieira
(2016).
O alumínio, como mostra a Figura 18, reflete os raios solares, livrando a manta
desse desgaste. Por tabela, melhora o conforto térmico da casa. Também não requer proteção.
(APOSTILA DO CURSO DE URBANISMO MACKENZIE, [2017?]).
44
2.11.2 Coberturas
2.11.3 Fachadas
com água abundante. Pode-se também utilizar algum produto químico para efetuar a retirada,
principalmente em determinados tipos de eflorescências, devendo ser estudado antes o
elemento químico a ser usado, pois poderá intervir na durabilidade do elemento construtivo.
Segundo o autor, o tratamento de bolores, inclusive os casos mais graves, requer
primeiramente, verificar possíveis vazamentos ou infiltrações. Descartada essa possibilidade,
é preciso retirar a camada de pintura e passar produto impermeabilizante. Em lugares que
apresentam mofo é preciso lavar o local e tratá-lo com produtos desinfetantes, impedindo a
proliferação dos agentes causadores, os fungos, com emprego de soluções fungicidas,
podendo até ocorrer a troca de materiais contaminados.
Fontenelle e Moura (2004), afirma que essa patologia ocorre normalmente nos
primeiros e últimos andares da edificação, geralmente pela falta de especificação de juntas de
movimentação e detalhes construtivos adequados. A inclusão destes elementos no projeto de
revestimento e o uso da argamassa bem dosada ou colante pode evitar o aparecimento desse
problema.
3 ESTUDO DE CASO
a) execução de sondagem;
b) realização de impermeabilização da laje conforme a norma;
c) dificuldade no alinhamento das pastilhas devido a arquitetura oval;
d) controle de dosagem da argamassa e concreto;
e) a dosagem de concreto e argamassa foram feitas in-loco na fundação e após
pela concreteira.
Este trabalho tem como objetivo realizar a verificação das anomalias e falhas na
edificação, com registro das patologias, orçar e avaliar a viabilidade da recuperação.
Através dos estudos realizados por Jonas Rodrigues Mendes e Thiago de Oliveira
Cittadin em: Análise de problemas patológicos em uma estrutura pública localizada no
município de Tubarão/SC: Um estudo de caso. Surgiu a proposta para a continuidade e
finalização dos processos iniciados por eles, uma vez que não houve a quantificação e
orçamento dos dados levantados. O presente trabalho apresentou as seguintes etapas:
Primeiro passo: Inicialmente, em visitas realizadas ao Centro Municipal de
Cultura Willy Zumblick, realizou-se uma reavaliação das manifestações patológicas
apontadas por Jonas e Thiago, verificando se as mesmas permaneciam na edificação, e/ou
apresentavam o mesmo nível de agressão. Observou-se ainda se haviam ocorrências de novas
manifestações, uma vez que segundo relatos fornecidos por funcionários do museu e do setor
de obras da prefeitura, não houve nenhum tipo de manutenção ou reparo desde que foram
diagnosticadas as anomalias.
Segundo passo:Nesta etapa, considerada uma das mais importantes deste estudo,
foram realizadas medições e quantificações de todas as manifestações patológicas encontradas
na edificação, tanto no interior quanto no exterior. Esses dados foram usados para compor a
parte orçamentária.
Terceiro passo: Após obtenção do inventário e medições das manifestações
patológicas, foram analisadas as técnicas de recuperação propostas por Jonas e Thiago.
Dentro desta analise foram verificadas a aplicabilidade e funcionalidade de tais técnicas e
também foram sugeridos o acréscimo de outras técnicas capazes de dinamizar o processo de
melhoria das patologias descritas.
Quarto passo: Com base em todos os dados coletados, definiu-se o SINAPI –
Sistema Nacional de Pesquisa de Custo e Índices da Construção Civil e o DEINFRA –
52
3.3.1 Fissuras
Manifestação: trinca entre a ligação da laje com a viga, como mostra a Figura 22.
Diagnósticos: movimentação da estrutura.
54
3.3.2 Desagregação
Conforme mostra a Figura 35, deve-se seguir alguns passos para a recuperação do
local, que seguem:
1º passo: remover o revestimento na largura de 25 cm para cada lado da trinca;
2º passo: limpar a região com uma trincha removendo poeiras e materiais soltos;
3º passo: fixar uma tira de tela metálica flexível, medianamente estendida. A tela
deve transpassar a trinca aproximadamente 20 cm de cada lado e ser presa na alvenaria com
pregos pequenos ou cravos metálicos;
4º passo: chapiscar a área a ser revestida, reexecutar o revestimento com
argamassa de cimento;
5º passo: lixar a superfície e repintar.
66
Tabela 3 – Tabela orçamentária para tratamento de fissuras causadas por detalhes construtivos
Fissura ocasionada por detalhes construtivos
Código Fonte Atividade Unidade Preço Quant. Custo
Unit. (R$) (R$)
Sem BDI
42540 Deinfra Demolição de reboco. m² 13,27 5,7 75,63
* Aplicação de Mastique.
* Aplicação de tela de
fibra de vidro
87530 Sinapi Massa única para m² 26,93 5,7 153,50
recebimento de pintura.
* Não encontramos composições para orçar aplicação de mastique e tela de fibra de vidro.
Materiais Extras
Código Fonte Material Unidade Preço Quant. Custo
Unit. (R$) (R$)
Sem BDI
36887 Sinapi Tela de fibra de vidro. m² 16,04 5,7 91,42
* Mastique
* Não encontramos mastique na tabela de insumos.
Custo 320,56
Total
Fonte: Autores (2017).
5º passo: usar a desempenadeira para cobrir a tela em toda a sua extensão com a
massa de tratamento e aguardar a sua secagem;
6º passo: executar o acabamento com massa corrida;
7º passo: realizar a pintura com um rolo e a tinta desejada.
Tabela 5 – Tabela orçamentária para recuperação de rachadura entre ligação de pilar eparede
Rachadura causada por ausência de amarração
Código Fonte Atividade Unidade Preço Quant. Custo
Unit. (R$) (R$)
Sem BDI
85334 Sinapi Retirada de esquadrias m² 14,39 11,445 164,69
metálicas.
73899/ Sinapi Demolição de m³ 81,49 6 488,94
002 Alvenaria.
73802/ Sinapi Demolição de reboco. m² 13,27 0,7 9,28
001
42666 Deinfra Alvenaria tijolos 6 m² 56,99 30 1709,70
furos 15 cm.
87904 Sinapi Chapisco em fachada. m² 6,63 35 232,05
87878 Sinapi Chapisco em áreas m² 3,27 40,6 132,76
internas.
87777 Sinapi Emboço ou massa m² 40,27 35 1.409,45
única para fachadas.
87530 Sinapi Massa única para m² 26,93 40,6 1.093,35
recebimento de pintura.
(continua)
72
(continuação)
87265 Sinapi Revestimento cerâmico m² 42,3 35 1.480,50
20 x 20 cm (Branco).
72144 Sinapi Recolocação de m² 72,98 11,445 835,25
esquadrias.
Total 7.555,99
Fonte: Autores (2017).
4.1.5 Desagregação
4.1.6 Dreno
4.1.7 Infiltração
Impermeabilização
Aplicação de da platibanda
novos rufos
Maior incidência
de descolamento
Tabela 9 – Tabela orçamentária para reparo no reboco e recolocação das placas externas
Descolamento de Placas Cerâmicas
Códig Fonte Atividade Unidade Custo Quant. Custo
o (R$) (R$)
85406 Sinapi Remoção de revestimento m² 40,7 363 14.774,10
cerâmico.
42540 Deinfra Demolição de reboco. m² 13,27 363 4.817,01
87904 Sinapi Chapisco aplicado em m² 6,63 363 2.406,69
alvenaria.
87794 Sinapi Emboço ou massa única m² 26,84 363 9.742,92
para fachadas.
42766 Deinfra Revestimento cerâmico m² 90,07 343 30.894,01
10 x 10 cm (Preto).
87265 Sinapi Revestimento cerâmico m² 42,3 20 846,00
20 x 20 cm (Branco).
Total 63.480,73
Fonte: Autores (2017).
4.1.10 Mancha
4.1.11 Eflorescência
Não orçamos este serviço visto que não consta essa atividade na tabela Sinapi,
além disso as área de incidência não foram consideradas por serem pequenas.
Sugestão de tratamento para eflorescência conforme os passos e Figura 47:
1º passo: usar vinagre branco destilado para a remoção, se a mancha for suave.
Aplicar vinagre não diluído nas placas com um pano e limpar a eflorescência presente nelas;
2º passo: prosseguir limpando com água e sabão e secando cuidadosamente com
uma toalha limpa;
3º passo: misturar 225 g de cristais de ácido sulfâmico em um balde com quatro
litros de água quente para limpar a eflorescência mais resistente. Substituir o ácido sulfâmico
por ácido fosfórico, se a eflorescência da argamassa estiver realmente forte;
4º passo: usar uma esponja limpa para encharcar a área afetada com água pura.
Deixar permanecer na placa por cerca de uma hora;
80
5º passo: usar toalha seca para absorver a água da placa. Derramar a solução de
ácido na cerâmica para formar as poças nas junções;
6º passo: esfregar a placa com uma escova de náilon dura. Deixar a solução de
ácido permanecer sobre a superfície durante cerca de 5 minutos, depois esfregar o
revestimento novamente;
7º passo: em pontos em que a limpeza não for suficiente, remover as placas
danificadas;
8º passo: recolocar o revestimento cerâmico;
Fonte: Brasil Central Comércio (2013 apud MENDES e CITTADIN, 2016, p. 80).
5 CONCLUSÃO
REFERÊNCIAS
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ANEXOS
90