Você está na página 1de 2

Alemanha Oriental

A Alemanha Oriental conhecida como (RDA) República Democrática Alemã, existiu entre
1949 e 1990 durante a guerra fria e era aliada da URSS ao contrário da Alemanha Ocidental
que era aliada aos EUA e a sua divisão era física devido ao muro de Berlim. A Alemanha
Oriental era ocupada por forças soviéticas, que começaram a transferir a responsabilidade
administrativa para os líderes alemães e assim a RDA começou a funcionar como um estado
em 1949.
O sistema político da RDA era denominado por Sozialistische Einheitspartei Deutschlands
(Partido Socialista Unificado da Alemanha) este partido denominava se socialista e seguia a
ideologia do marxismo-leninismo, Walter Ulbricht liderou nas décadas de 1950 a 1960 e foi
sucedido por Erich Honecker em 1971 que liderou o país até a queda do muro de Berlim. O
SED (Partido Socialista Unificado da Alemanha) obtinha um controlo rígido de todos os
aspetos da sociedade e do governo o SED detinha o monopólio do poder político já que os
partidos políticos independentes não eram permitidos, a opressão era bastante, qualquer
um que se opusesse ao governo, sofreria consequências, como por exemplo, perda de
emprego ou até mesmo prisão.
Socialmente a Alemanha Oriental era bastante controladora, a educação era
minuciosamente controlada pelo estado já que o sistema educacional promovia os
princípios do marxismo-leninismo e havia uma grande pressão sobre os jovens para se
tornarem socialistas e leais ao regime, para além disso, a arte e a cultura eram bastante
reprimidas. A maior parte da empregabilidade era frequentemente garantida pelo estado,
mas a oportunidade da ascensão da carreira era bastante reduzida. As relações sociais eram
afetadas devido ao medo de que as conformidades ideológicas fossem diferentes causando
assim uma grande pressão e receio na sociedade. Esse ambiente da sociedade era também
afetado devido a presença da Stasi que era o serviço de segurança do estado que espionava
os cidadãos e os encorajava a relatar comportamentos de outros cidadãos que não fossem
aceitáveis aos olhos do governo. Com o descontentamento do povo diante de tudo isto
começou a procura por melhores condições levando as pessoas a tentar emigrar para a
Alemanha Ocidental, assim sendo, o governo levantou o muro de Berlim com o objetivo de
impedir a emigração em massa restringindo as pessoas de passar pela fronteira e quem
tentasse fazê-lo era preso ou mesmo morto.
Em relação à economia, esta era baseada no modelo socialista e o governo era quem definia
metas de produção, investimento dos recursos e determinava os preços. Os setores de
maior importância como manufatura, energia e infraestrutura eram maioritariamente
controladas pelo estado. Apesar de todos os esforços feitos pela Alemanha Oriental, o
padrão de vida era relativamente inferior ao da Alemanha Ocidental, já que havia muita
escassez de bens e falta de variedade de consumo e alguns produtos de qualidade só
estavam disponíveis no mercado ocidental. Além disso, existiam desigualdades regionais,
como por exemplo, Leipzig era uma região que recebia mais investimentos do que as zonas
rurais. A Alemanha Oriental acumulou uma grande divida externa ao longo dos anos, já que
o modelo económico era pouco eficiente e junto isto havia uma necessidade de
empréstimos.
No ano 1970 e 1980 existiram tentativas de alterar a economia, a alteração tinha como
objetivo melhorar tanto a eficiência como a competitividade. Como as alterações não
fizeram efeito a economia entrou em colapso no final de 1980. Em 1989 deu se a abertura
das fronteiras e em consequência houve a queda do muro de Berlim.

Você também pode gostar