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Thaise Santin Sirena
Thaise Santin Sirena
David Ben-Gurion
5
AGRADECIMENTOS
RESUMO
A energia elétrica, desde o seu descobrimento, sempre ocupou lugar de destaque na
sociedade, tendo em vista a qualidade de vida e progresso econômico proporcionado. No
passado, era incomum a realização de estudos ambientais apurados para verificar os impactos
ambientais causados pelos sistemas de transmissão de energia, pois quando comparados às
usinas hidrelétricas não pareciam ter significância. Atualmente, a enfatização do termo
“sustentabilidade” nos processos e cadeias produtivas fez com que a preocupação com a
geração dos resíduos tomasse grandes proporções e ocorresse mudança de paradigmas. No
caso da obra da Linha de Transmissão (LT) a preocupação com a geração de resíduos durante
as etapas de construção e montagem desses sistemas é mais crítica por envolver três fatores
significativos: o maior volume gerado, dificuldade de disposição e riscos ambientais graves
provenientes da disposição inadequada. Geralmente, esses empreendimentos são
desenvolvidos em regiões sem condições ambientais e infraestrutura como saneamento básico
e destinação de resíduos adequados, agravando ainda mais a situação. O aumento do consumo
de energia é um reflexo do crescimento econômico e aumento do poder de consumo da
sociedade. Com isso, a ANEEL já fez previsões para o crescimento do setor elétrico no país, e
diante do panorama atual referente ao manejo de resíduos na maioria dos municípios
brasileiros, esse trabalho visa definir diretrizes para o gerenciamento de resíduos em obras de
implantação de LT. Trata-se do uso de metodologia exploratória, desenvolvida a partir de
estudo de caso durante as fases de implantação da obra, possibilitando identificar os
problemas mais relevantes relacionados ao gerenciamento de resíduos. Assim, desenvolveu-se
plano de ações, apresentando medidas e rotinas de trabalho para a minimização dos impactos
ambientais decorrentes da geração, armazenamento e destinação final, bem como
procedimentos para o controle da geração e destinação dos resíduos, rastreabilidade, plano de
contingência, fiscalização e monitoramento das atividades de supervisão ambiental do
gerenciamento de resíduos. Com a realização deste estudo, compra-se a dificuldade em definir
diretrizes para o gerenciamento de resíduos devido a interferência de diversos fatores que
influenciam de forma negativa. As diretrizes definidas permitirão a incorporação do
gerenciamento de resíduos às obras de LT e à resistência passiva de utilização neste tipo de
empreendimento, sem que haja perturbação das atividades principais da obra, contribuindo
para a redução dos problema e impactos sociais e ambientais, além de contribuir para reduzir
uma grande carência nos planos de gerenciamento de obras deste setor.
ABSTRACT
The electricity, since its discovery, has always occupied a prominent place in society, in view
of the quality of life and economic progress provided. In the past, it was unusual to
environmental studies calculated to verify the environmental impacts of power transmission
systems, as compared to hydroelectric plants seemed to have no significance. Currently, the
emphasis of the term "sustainability" in the processes and supply chains caused concern with
the generation of waste, and take major paradigm shift occurred. In the case of the work of the
Transmission Line (TL) concern with the generation of waste during the construction stages
and installation of these systems is more critical because it involves three significant factors:
the increased volume generated, difficult disposition and serious environmental hazards from
improper disposal. Usually these projects are developed in areas without infrastructure and
environmental conditions such as sanitation and proper disposal of waste, further aggravating
the situation. The increase in energy consumption is a reflection of economic growth and
rising consumption power of society. With this, ANEEL has made predictions for the growth
of the power sector in the country, and on the current situation regarding the management of
waste in most municipalities, this work aims at defining guidelines for waste management in
the implementation works of TL. It is the use of exploratory methodology, developed from
case study during the implementation phases of the work, allowing to identify the most
relevant problems related to waste management. Thus developed plan of actions, measures
and presenting work routines to minimize the environmental impacts of the generation,
storage and disposal, as well as procedures for controlling the generation and disposal of
waste, traceability, contingency planning, monitoring and monitoring of environmental
monitoring of waste management activities. With this study, purchase the difficulty in
defining guidelines for the management of waste due to interference of various factors that
influence negatively. The guidelines defined allow the incorporation of waste management to
the works of TL and passive resistance for use in this type of venture, without disruption of
the main activities of the project, contributing to the reduction of the problem and social and
environmental impacts, and contribute to reduce a large deficiency in the plans for
construction management of this sector.
LISTA DE FIGURAS
Figura 1: Variação do PIB do consumo de energia .................................................................. 21
Figura 2: Capacidade instalada no SIN .................................................................................... 23
Figura 3: Sistema de transmissão horizonte 2014 .................................................................... 25
Figura 4: Sistema elétrico brasileiro ......................................................................................... 27
Figura 5: Países de alto impacto ............................................................................................... 30
Figura 6: Participação das regiões do mundo no consumo de energia ..................................... 30
Figura 7: Participação das diversas fontes de energia no consumo .......................................... 31
Figura 8: Diagrama das etapas do manejo de resíduos............................................................. 37
Figura 9: Localização da LT ..................................................................................................... 47
Figura 10: Metodologia para o desenvolvimento da pesquisa ................................................. 52
Figura 11: Metodologia para elaboração de síntese de diagnóstico ......................................... 53
Figura 12: Metodologia para traçar objetivos e metas ............................................................. 54
Figura 13: Metodologia para elaboração de plano de ações ..................................................... 55
Figura 14: Metodologia para rastreamento dos resíduos .......................................................... 56
Figura 15: Metodologia para controle e fiscalização................................................................ 57
Figura 16: Baias em condições inadequadas ............................................................................ 61
Figura 17: Local inadequado para coleta municipal ................................................................. 61
Figura 18: Resíduos dispostos no solo ..................................................................................... 62
Figura 19: Resíduos orgânicos dispostos em local inapropriado ............................................. 64
Figura 20: Resíduos dispostos diretamente no solo.................................................................. 64
Figura 21: Baias em condições inadequadas ............................................................................ 65
Figura 22: Baias inadequadas e Falta de local para coleta municipal ...................................... 67
Figura 23: Baias em condições inadequadas e Falta de local para coleta municipal ............... 68
Figura 24: Resíduos no canteiro em condições inadequadas ................................................... 68
Figura 25: Tambor de óleo em contato com o solo .................................................................. 69
Figura 26: Resíduos perigosos em baia de coleta convencional .............................................. 69
Figura 27: Resíduos dispostos em contato com o solo ............................................................. 70
Figura 28: Embalagens de óleos em contato com o solo.......................................................... 70
Figura 29: Desmoldante com vazamento em local inadequado ............................................... 71
Figura 30: Impermeabilização irregular da bacia de decantação ............................................. 73
Figura 31: Descarte incorreto de resíduos de concreto na área da torre ................................... 73
Figura 32: Evidência do descarte incorreto de resíduos ........................................................... 74
Figura 33: Armazenamento de resíduos e produtos perigosos de forma inadequada .............. 74
Figura 34: Descarte de resíduos na área da torre ...................................................................... 75
Figura 35: Quantificação de resíduo seco e orgânico: Pato Branco ......................................... 79
Figura 36: Mão de obra versus volume de resíduo comum: Pato Branco ................................ 80
Figura 37: Quantificação de resíduo seco e orgânico: Xanxerê ............................................... 82
Figura 38: Mão de obra versus volume de resíduo comum: Xanxerê ...................................... 83
Figura 39: Quantificação de resíduo seco e orgânico: Erechim ............................................... 85
Figura 40: Refeitório do canteiro de obras de Erechim ............................................................ 85
Figura 41: Mão de obra versus volume de resíduo comum: Erechim ...................................... 86
Figura 42: Quantificação de resíduo seco e orgânico: Montenegro ......................................... 88
Figura 43: Mão de obra versus volume de resíduo comum: Montenegro ................................ 89
Figura 44: Gerenciamento de resíduos: Montenegro ............................................................... 89
Figura 45: Localização de Pato Branco .................................................................................... 90
Figura 46: Localização do canteiro de Pato Branco ................................................................. 91
Figura 47: Localização de Xanxerê .......................................................................................... 92
Figura 48: Localização do canteiro de Xanxerê ....................................................................... 94
11
LISTA DE TABELAS
Tabela 1: Maiores transmissores do país .................................................................................. 28
Tabela 2: Municípios atingidos pela LT ................................................................................... 48
Tabela 3: Municípios na área de influência direta .................................................................... 50
Tabela 4: Valor total da compra de coletores ......................................................................... 108
13
LISTA DE QUADROS
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO ................................................................................................................ 16
2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA ....................................................................................... 20
2.1 Energia elétrica no Brasil e no mundo ................................................................... 20
2.1.1 Histórico da energia elétrica ................................................................................. 20
2.1.2 A energia elétrica no Brasil .................................................................................. 21
2.1.2.1 Transmissão de energia elétrica .................................................................. 23
2.1.2.2 O sistema elétrico da região Sul .................................................................. 26
2.1.3 A energia elétrica e o consumo internacional ....................................................... 28
2.1.3.1 Países desenvolvidos ................................................................................... 31
2.1.3.2 Países em desenvolvimento......................................................................... 32
2.2 Gerenciamento de Resíduos .................................................................................... 34
2.2.1 Histórico do gerenciamento de resíduos ............................................................... 34
2.2.2 Política Nacional dos Resíduos Sólidos ............................................................... 37
2.2.3 Legislação complementar ..................................................................................... 40
2.2.4 Rastreabilidade de resíduos .................................................................................. 42
2.2.5 Gerenciamento de resíduos sólidos e a construção civil ...................................... 43
3 METODOLOGIA ............................................................................................................ 46
3.1 Objeto de estudo....................................................................................................... 46
3.1.1 A obra de implantação de LT ............................................................................... 46
3.2 Escopo e delimitação do trabalho ........................................................................... 50
3.3 Procedimentos e métodos ........................................................................................ 51
3.3.1 Materiais e equipamentos ..................................................................................... 57
4 RESULTADOS E DISCUSSÕES ................................................................................... 58
4.1 Síntese do diagnóstico atual do sistema de GRS ................................................... 58
4.1.1 Análise do sistema atual de GRS .......................................................................... 58
4.1.2 Caracterização qualitativa..................................................................................... 75
4.1.3 Quantificação ........................................................................................................ 77
4.1.4 Possíveis problemas relacionados ao GR ............................................................. 90
4.2 Objetivos, metas e programa de ações de melhorias .......................................... 100
4.2.1 Objetivos, metas e ações ..................................................................................... 100
4.2.2 Plano de implementação de ações ...................................................................... 100
4.2.2.1 Diretrizes básicas....................................................................................... 100
4.2.2.2 Treinamento de pessoal ............................................................................. 101
4.2.2.3 Caracterização ........................................................................................... 102
c) Resíduos da saúde ......................................................................................... 104
4.2.2.4 Segregação de resíduos ............................................................................. 105
4.2.2.4.1 Coletores .................................................................................................. 107
4.2.2.5 Movimentação interna ............................................................................... 109
4.2.2.6 Armazenamento temporário ...................................................................... 109
4.2.2.7 Destinação final ......................................................................................... 110
4.3 Sistema de rastreabilidade .................................................................................... 113
4.4 Controle, Fiscalização e Monitoramento ............................................................. 115
4.4.1 Controle .............................................................................................................. 115
4.4.1.1 Controle Interno ........................................................................................ 115
4.4.1.2 Controle externo ........................................................................................ 116
4.4.2 Fiscalização e Monitoramento ............................................................................ 117
5 CONCLUSÃO ................................................................................................................ 118
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ............................................................................... 120
15
1 INTRODUÇÃO
relacionados aos resíduos (forma como são segregados e acondicionados, muitas vezes de
maneira inapropriada causando a contaminação do solo por resíduos perigosos e a disposição
final incorreta dos mesmos).
É possível relacionar os impactos indiretos a falta de ações estratégicas, o ineficiente
planejamento e a inexistência de ações e monitoramento que conduzem a erros, falhas e
retrabalhos no processo produtivo da construção de redes de distribuição de energia elétrica
(DAL MORO, 2011). Nesse contexto, essas falhas podem ocasionar maiores impactos ao
meio ambiente em longo prazo, dessa forma, para garantir que os objetivos sejam alcançados
é preciso que haja ação no sentido de planejamento, previsão e programação.
O trabalho em questão utiliza um estudo de caso que está inserido nessa problemática
visto que seu traçado corta diversas cidades, muitas delas com pouca infraestrutura para
receber este tipo de obra, tornando-se susceptíveis a problemas ambientais.
O corredor estudado para a Linha de Transmissão (LT) em questão, situa-se na região
Sul do Brasil, atravessando 48 (quarenta e oito) municípios, sendo 6 (seis) no Paraná, 10 (dez)
em Santa Catarina e 32 (trinta e dois) no Rio Grande do Sul. Para a obra, foram mobilizados 4
(quatro) canteiros de obra em diferentes cidades para realização das atividades de
implantação.
Por se tratar de uma obra de grande extensão territorial, abrangendo diversas cidades,
a dificuldade em gerenciar os resíduos de uma forma homogênea em toda a LT toma grandes
proporções quando analisada a variedade na geração, dificuldade na segregação,
acondicionamento e destinação final, visto que nem todos os municípios possuem coleta
seletiva ou cooperativas que realizam reciclagem, tornando esses processos heterogêneos e de
difícil gerenciamento. (FARIA, 2011)
Para adoção de ação preventiva, torna-se necessário o seguinte questionamento: Como
fazer um plano de gerenciamento de resíduos para obras de implantação de linha de
transmissão e quais os principais elementos e diretrizes para elaboração e implantação do
PGRS?
Esse questionamento se faz necessário, visto que atualmente vivemos um momento em
que a solução dos problemas ambientais é considerada cada vez mais urgente. Esses
problemas são considerados o reflexo do modelo de desenvolvimento econômico criado por
uma sociedade que revolucionou o modo de produção.
Nesse contexto, a Política Nacional dos Resíduos Sólidos (PNRS) é vista como uma
possibilidade de alteração do cenário atual, caracterizado pelo descuido crônico em relação ao
18
2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
Sua importância pode ser comprovada pelo fato dos países mais industrializados
duplicam seu consumo de energia elétrica a cada dez anos. Atualmente, a produção de
eletricidade é responsável por aproximadamente um terço do consumo de energia primária
mundial.
Geração
Na fase de geração da energia elétrica sua produção é função do aproveitamento de
diversos recursos naturais como água, gás natural, carvão, derivados de petróleo, biomassa,
vento, irradiação e outros, que são empregados na movimentação das turbinas que são
acopladas a um gerador, sendo o conjunto denominado unidade geradora.
Transmissão
A transmissão da energia gerada é realizada por uma rede de cabos de transmissão de
alta voltagem suportados por torres. O sistema de LT tem a função de distribuir
espacialmente a energia gerada, conectando as usinas geradoras às subestações de
distribuição, além de interligar as diferentes bacias hidrográficas. O intercâmbio de energia
entre as diferentes regiões do país é feito pelo Sistema Interligado Nacional (SIN) que
abrange quase a totalidade do território brasileiro, com ilustrado na Figura 3.
O segmento de transmissão no Brasil é operado por 64 concessionárias. São cerca de
900 linhas de transmissão que somam 107,4 mil quilômetros nas tensões de 230, 345, 440,
500 e 750 kV.
Nas redes de transmissão, após deixar a usina, a energia elétrica trafega em tensão que
varia de 88 kV a 750 kV. Ao chegar às subestações das distribuidoras, a tensão é rebaixada e,
por meio de um sistema composto por fios, postes e transformadores chega à unidade final em
127 volts ou 220 volts.
25
Distribuição
A distribuição da energia é feita a partir de distribuidoras de energia elétrica. Além
delas, as cooperativas de eletrificação rural e entidades de pequeno porte transmitem e
distribuem energia elétrica exclusivamente para os associados. As subestações são
responsáveis por alterarem a tensão da energia elétrica recebida.
Segundo dados da ANEEL (2010), o país tem mais de 61,5 milhões de unidades
consumidoras em 99% dos municípios brasileiros. Destas, a grande maioria, cerca de 85%, é
residencial. O mercado de distribuição de energia elétrica é formado por 64 concessionárias,
responsáveis pelo atendimento de mais de 61 milhões de unidades consumidoras.
As distribuidoras são o elo entre o setor de energia elétrica e a sociedade, visto que
suas instalações recebem das companhias de transmissão todo o suprimento destinado ao
abastecimento no país.
26
No Brasil, todos os grandes geradores são conectados aos centros de consumo através
de linhas de transmissão, as quais são responsáveis por transportar diretamente a energia
27
gerada aos grandes consumidores, ou indiretamente aos pequenos consumidores por meio de
empresas de distribuição.
Com a divulgação do Relatório produzido pelo World Bank em 2013, observa-se que o
Brasil passou do 9º lugar no ano de 2011 para o 7º lugar dos maiores consumidores de energia
no mundo e a China é destacada como um dos países de alto impacto e de rápida evolução.
A disparidade de valores de consumo de energia entre os países pode ser observada
separando-os em duas classes: países em desenvolvimento e países desenvolvidos que
compõem a Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE). A Figura
6 apresenta esta comparação.
Os países que compõem a OCDE são países com economia estável e que não possuem
espaço para aumentos acentuados das indústrias ou consumo de bens que pressionem a
absorção de energia. Além disso, esses países tendem a utilizar equipamentos energicamente
eficientes e repassam a realização de atividades com maior consumo de energia, como é o
caso da siderurgia e produção de alumínio, para países em desenvolvimento (ANEEL, 2010).
Outra característica que pode ser observada nos países desenvolvidos é a
diversificação no tipo de fontes de energia, visando à diversificação da matriz e
consequentemente a redução da utilização dos combustíveis fósseis. Esse comportamento se
deve a resultados das políticas aplicadas individualmente por governos locais, a partir dos
compromissos assumidos no protocolo de Kyoto, em 1992 e retificados no Tratado.
A substituição de combustíveis fósseis ao longo do tempo pode ser observada na
Figura 7, onde há comparação da participação dos diversos tipos de energia no consumo no
ano 1973 e no ano de 2006. Pode-se perceber um aumento considerável na utilização de
fontes de energia renováveis.
Estados Unidos
energia, tecnologia e aplicações, além de novas técnicas de extração gás natural, painéis
fotovoltaicos de menor custo e maior eficiência, inserção de veículos movidos a gás natural e
eletricidade, e smartgrids.
Um dos maiores responsáveis pela queda pela demanda de energia foi o aumento do
consumo do gás natural responsável por 27% do suprimento total de energia. Outro ponto
positivo é o fato de que o aumento do PNB (Produto Nacional Bruto) nos EUA não ter sido
acompanhado por um aumento do consumo energético. Esse é um fator significativo e de
importante significado social, já que não atrela maior desenvolvimento/produtividade a um
maior consumo energético.
China
A China possui extensão territorial de 9.596.961 km² e uma população de
1.345.750.973 habitantes, é um dos países que mais cresce no mundo, no contexto econômico,
industrial, financeiro, está prestes a se tornar uma potência mundial.
33
Rússia
Com extensão territorial de 17.075.400 km² e com uma população de 143,5 milhões de
habitantes, a Rússia fica logo atrás da China no consumo de energia com 701 milhões de tep,
correspondente a 6% da demanda mundial. Apesar de a Rússia ocupar o 3º lugar na demanda
mundial, seu consumo per capita de energia é de 4,95 tep/hab equivalente à um país
desenvolvido.
A fonte principal de energia no país é o gás natural, responsável por 55% da sua
matriz. O setor industrial da Rússia é responsável por 34% do consumo final.
Brasil
O Brasil ocupa o 7º lugar no ranking, com 265 milhões de tep que corresponde a 2%
da energia do mundo.
As principais fontes de energia responsáveis pelo abastecimento no país são as
renováveis que alcançam 44% da matriz, somando biocombustíveis e hidroeletricidade, 31% e
13% respectivamente.
No que diz respeito às perdas de transformação, o Brasil se destaque entre os outros
países por apresentar um valor correspondente a 9% de perda de energia. As transformações
responsáveis pelas maiores perdas são aquelas relacionadas à geração de eletricidade.
O setor industrial do Brasil é responsável por 41% do consumo final.
34
Segregação
Acondicionamento
Coleta e transporte
interno
não
Disposição final
Segundo Yagi (2012) para fazer valer a Constituição, o país vem dando passos
significativos, tendo adotado medidas desde antes da Política Nacional de Resíduos Sólidos
38
(PNRS). Dentre os avanços ocorridos na última década, além de leis estaduais sobre resíduos,
destacam-se as legislações federais aprovadas que impuseram ou sistematizaram novas
condutas e estão, de alguma forma, relacionadas à gestão de resíduos:
Lei nº. 9.974/00, que altera a Lei nº. 7.802, de 11 de julho de 1989, a qual
dispõe sobre a pesquisa, experimentação, produção, embalagem e rotulagem, transporte,
armazenamento, comercialização, propaganda comercial, utilização, importação, exportação,
destino final dos resíduos e embalagens, registro, classificação, controle, inspeção e
fiscalização de agrotóxicos, seus componentes e afins;
Lei nº. 9.966/00, que dispõe sobre a prevenção, controle e fiscalização da
poluição causada por lançamento de óleo e outras substâncias nocivas ou perigosas em águas
sob jurisdição nacional;
Normas estabelecidas pelos órgãos do Sistema Nacional do Meio Ambiente
(Sisnama), do Sistema Nacional de Vigilância Sanitária (SNVS), do Sistema Unificado de
Atenção à Sanidade Agropecuária (Suasa) e do Sistema Nacional de Metrologia,
Normalização e Qualidade Industrial (Sinmetro);
Resolução Conama nº. 313/2002, que dispõe sobre o Inventário Nacional de
Resíduos Sólidos Industriais, conjunto de informações sobre geração, características,
armazenamento, transporte, tratamento, reutilização, reciclagem, recuperação e disposição
final dos resíduos sólidos gerados pelas indústrias do país.
Nos quase 20 anos de tramitação para viabilização da Lei que instituiu a Política
Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS), cerca de 100 projetos relacionados ao tema foram
apensados e tramitaram em conjunto. Tais projetos foram analisados por comissões especiais
e alguns deles foram considerados inconstitucionais. (COSTA, 2011)
Com a aprovação da PNRS em 23 de dezembro de 2010 – Lei 12.305/2010,
regulamentada pelo Decreto nº 7.404/2010 –, uma nova perspectiva se apresenta ao cenário
nacional, pois além de visar à regulamentação da gestão adequada dos resíduos, a lei também
inclui questões para o desenvolvimento econômico, social e a manutenção da qualidade
ambiental.
Conforme afirma o IPEA (2011):
Além disso, são definidos na Lei outros instrumentos, como: A criação e o incentivo
ao desenvolvimento de cooperativas e associações de catadores de material reciclável;
Incentivos fiscais e financeiros; Educação ambiental; Fundo Nacional do Meio Ambiente;
Incentivo a coleta seletiva e a Logística reversa.
Como conteúdo mínimo exigido, o diagnóstico dos resíduos visa subsidiar as
discussões sobre a elaboração do plano nacional de resíduos sólidos, em um panorama
estratégico e de longo prazo que considere fatores ambientais e socioeconômicos. Torna-se
necessário nesse levantamento de dados, a inclusão da identificação dos resíduos gerados, o
levantamento dos aspectos legais e técnicos relacionados ao tema, representando o conjunto
de informações necessárias para o planejamento destas propostas. (IPEA, 2011)
Nesse sentido, é de fundamental importância que se tenha conhecimento da realidade
local, regional ou nacional de forma que o desconhecimento destes implica no planejamento
de metas e ações que podem ser inadequadas e assim, os benefícios da gestão dos resíduos
não serão eficientes e/ou eficazes e os prejuízos ambientais e socioeconômicos continuarão a
refletir na sociedade.
Desta forma, o PNRS tem vigência por prazo de 20 (vinte) anos, sendo necessária
atualização a cada 4 (quatro) anos e deve contemplar: Diagnóstico da situação atual dos
resíduos sólidos; Proposição de cenários; Metas de redução, reutilização e reciclagem, metas
para aproveitamento energético e recuperação de lixões; Programas, projetos e ações para
atendimento das normas previstas; Normas condicionantes técnicas para o acesso a recursos
da União; Medidas para incentivar e viabilizar a gestão regionalizada; Normas e diretrizes
para a disposição final dos resíduos; Meios para controle e fiscalização em âmbito nacional
(BRASIL, 2010).
A Seção V, artigo 21, define o conteúdo mínimo para elaboração do PNRS:
I – Descrição do empreendimento ou atividade;
II – Diagnóstico dos resíduos sólidos gerados ou administrados, contendo a origem, volume e
a caracterização dos resíduos, incluindo os passivos ambientais a eles relacionados;
III – Observadas as normas estabelecidas pelos órgãos do Sisnama, do SNVS e do Suasa e, se
houver, o plano municipal de gestão integrada de resíduos sólidos:
a) explicitação dos responsáveis por cada etapa do gerenciamento de resíduos sólidos;
b) definição dos procedimentos operacionais relativos às etapas do gerenciamento de
resíduos sólidos sob responsabilidade do gerador;
IV – Identificação das soluções consorciadas ou compartilhadas com outros geradores;
40
Santa Catarina:
Lei 11.347 de 2000: Dispõe sobre a coleta, o recolhimento e o destino final dos
resíduos sólidos potencialmente perigosos que menciona, e adota outras providências;
Lei 15.251 de 2010: Veda o ingresso, no Estado de Santa Catarina, de resíduos sólidos
com características radioativas e de resíduos orgânicos oriundos de frigoríficos e
abatedouros, que apresentem riscos sanitários, tais como a disseminação de febre
aftosa ou outras zoonoses;
Paraná:
Lei Estadual nº 12.493 de 1999: Estabelece princípios, procedimentos, normas e
critérios referentes a geração, acondicionamento, armazenamento, coleta, transporte,
tratamento e destinação final dos resíduos sólidos no Estado do Paraná, visando
controle da poluição, da contaminação e a minimização de seus impactos ambientais e
adota outras providências;
Decreto Estadual nº 6.674 de 2002: Aprova o Regulamento da Lei nº 12.493, de 22 de
janeiro de 1999;
Portaria IAP 224 de 2007: Estabelece os critérios para exigência e emissão de
Autorizações Ambientais para as Atividades de Gerenciamento de Resíduos Sólidos.
Esse sistema tem por função registrar todas as etapas da cadeia produtiva, além de ser
uma ferramenta utilizada na avaliação da geração e caracterização dos materiais residuais,
pois possui como premissa, o registro de informações relacionadas aos produtos, co-produtos
e resíduos, sendo estas informações relacionadas à sustentabilidade de sua produção.
(SUCASAS, 2011)
Nos últimos anos esse processo vem ganhando espaço no mercado e os investimentos
nessa área tendem a aumentar, pois torna-se cada vez mais importante que a tecnologia de
informação torne mais próximo o diálogo entre o consumidor e o produto. (WILDNER, 2013)
As questões relacionadas aos resíduos de construção tiveram seu marco legal a partir
da aprovação da Resolução CONAMA nº 307 em Junho de 2002. Essa define
responsabilidades para todos os agentes envolvidos, desde a geração, até o transporte e
destinação final. Portanto, cabe aos municípios elaborar um plano municipal que estabelece
diretrizes, critérios e procedimentos para os agentes envolvidos.
Ao longo dos anos foram realizadas reformulações desta Resolução, alterando a
classificação de resíduos de amianto e gesso, por exemplo. Hoje, existe consenso de que a
Resolução CONAMA nº 307 da maneira em que foi concebida em 2002 já com uma visão
audaciosa é um instrumento modelo a ser adotado para a gestão de outros tipos de resíduos.
Outro marco importante e que vem impulsionar a Resolução CONAMA nº 307 é a
aprovação da Política Nacional de Resíduos Sólidos. Esta define como aspecto fundamental
da gestão de resíduos da construção civil a forma diferenciada com que esses devem ser
tratados, de acordo com as regulamentações específicas do SISNAMA (Sistema Nacional de
Meio Ambiente).
45
3 METODOLOGIA
Neste capítulo será descrito o processo metodológico adotado para realização do estudo,
descrição do local escolhido e a classificação da pesquisa.
A localização do objeto de pesquisa expõe a área de ação para o estudo de caso
específico escolhido, fornecendo uma ideia geral quanto à abrangência de sua localização, à
obra envolvida e à linha de transmissão de energia.
A estrutura metodológica da pesquisa foi dividida em etapas de acordo com os objetivos
que se pretendia alcançar. Essas etapas, de acordo com a complexidade, quando necessário
foram divididas em fases.
Figura 9: Localização da LT
48
As cidades por onde a linha irá passar são apresentadas nas Tabelas 2 a seguir.
Cotiporã
Santa Tereza
Monte Belo do Sul
Garibaldi
Barão
Carlos Barbosa
São Pedro da Serra
Salvador do Sul
São José do Sul
Pareci Novo
Montenegro
Capela de Santana
Nova Santa Rita
Ao longo desses três trechos estão localizados os que canteiros definidos como foco do
estudo de diagnóstico dos resíduos gerados em obra de linha de transmissão, abaixo listados:
Pato Branco/PR;
Xanxerê/SC;
Erechim/RS;
Montenegro/RS.
No entanto, não será cumprido o conteúdo mínimo exigido pela Lei 12.305 de 2010,
seção II, artigo 15, no que se refere à proposição de cenários visto que o período médio de
duração deste tipo de obra, desde o início das atividades até a conclusão, energização e
entrega do empreendimento, dura entre 1 a 2 anos, de maneira que torna-se possível apenas a
aplicação de ações a curto e médio prazo.
Devido à peculiaridade das características que envolvem obras de linhas de
transmissão, como por exemplo, o fato de serem obras itinerantes, de curto a médio prazo,
estarem alocadas em munícipios de pequeno porte que não oferecem infraestrutura necessário
ao bom gerenciamento dos resíduos, torna-se difícil o desenvolvimento de um PGRS. Fato
este, observado em revisão bibliográfica, pois dificilmente encontram-se estudos que
contemplem este conteúdo e sejam conclusivos.
Para isto, o desenvolvimento do plano foi baseado nos dados obtidos através no
diagnóstico da situação atual do gerenciamento de resíduos no empreendimento, realizado na
disciplina de Pesquisa Aplicada (Maio de 2013 a Novembro de 2013). A partir deste estudo,
foi realizada síntese de diagnóstico, levando os principais problemas englobando a
caracterização qualitativa e quantitativa dos resíduos, além da identificação dos principais
problemas causados por ineficiências na segregação, acondicionamento temporário e
disposição final.
Assim, o desenvolvimento do PGRS a partir do estudo de caso da linha de transmissão
em questão, oferecerá condições e oportunidades para aplicação em obras do mesmo ramo, já
que estas são muito similares no que diz respeito ao tipo de resíduo gerado, pessoas
envolvidas no manejo e precariedade no sistema de manejo de resíduos dos municípios.
antes do início do processo de implantação do plano e com horizonte que abranja toda a
organização, garantindo assim a eficiência da execução do gerenciamento.
Foi de fundamental importância a criação de metas, visto que tratam-se de obras
itinerantes e de curto período de execução. Sendo assim, as metas abrangem períodos de curto
e médio prazo de modo que sejam concluídas e apresentem resultados significativos,
refletindo o cumprimento dos objetivos e a capacidade de integralização das ações.
Para o cumprimento deste objetivo utilizou-se a estrutura metodológica apresentada na
Figura 12.
c.1) Rastreamento da vida útil dos resíduos gerados em cada canteiro de obras
Materiais e equipamentos
4 RESULTADOS E DISCUSSÕES
Para que a coleta de dados ocorresse de forma dinâmica e eficiente utilizou-se uma lista
com as informações necessárias a serem levantadas, nos quatro canteiros de interesse, com
questões que descrevessem as características do gerenciamento de resíduos executado na obra:
I) Existência de gerenciamento de resíduos;
59
Para melhor compreensão dos dados obtidos, estes serão apresentados e analisados por
canteiro.
Os registros fotográficos referentes a cada IA estão detalhados abaixo (Figura 16, 17, e
18):
61
IA: L1-002/2013
IA: L1-003/2013
IA: L1-006/2013
Abaixo, estão listados os registros fotográfico (Figura 19, 20 e 21) referentes aos
informes ambientais registrados no canteiro de Xanxerê/SC, apresentados anteriormente no
Quadro 2, de forma a facilitar a compreensão do problema:
IA: L1-001/2013
IA: L1-004/2013
IA: L1-005/2013
Quanto aos resíduos de construção civil, madeira, aço, papelão, entre outros gerados
no pátio de armação e ferragens, esses eram inicialmente acondicionados temporariamente em
baias que não possuíam condições adequadas com o que é descrito na NBR 10004:2004.
Contudo, no mês de maio foi registrado Informe Ambiental (IA) para regularização e
adequação das condições apresentado no Quadro 3, o qual não foi atendido gerando um novo
informe no mês de julho. A destinação final desse resíduo é realizada através da venda ou
doação do material, conforme a necessidade de espaço para armazenamento, sendo que
durante o período de realização da pesquisa ocorreu apenas uma vez.
IA: L2-002/2013
IA: L2-005/2013
Figura 23: Baias em condições inadequadas e Falta de local para coleta municipal
IA: L2-009/2013
IA: L2-010/2013
IA: L2-011/2013
Este, conta atualmente com 136 colaboradores que se distribuem em diferentes frentes
de obra ao longo do trecho L3 – Rio das Antas – Nova Santa Rita, sendo que nas atividades
do canteiro trabalham aproximadamente 42 colaboradores.
A geração de resíduos no canteiro e escritório é do tipo seco e orgânico/rejeitos. Esses
são segregados na fonte e recolhidos pela empresa Ecotrat Gerenciamento Integrado de
Resíduos LTDA que possui LO N° 124/2005-DL.
Os resíduos gerados nas atividades do canteiro são acondicionados temporariamente
em baias no próprio canteiro. No entanto, esses não possuem local com condições adequadas
de armazenamento segundo a NBR 10004:2004.
Com relação ao resíduo contaminado os mais comuns são: embalagens de óleo,
resíduos contaminados por tinta, solo contaminado por óleo e pilhas. Esses não possuem local
com condições adequadas para armazenamento temporário segundo a NBR 12235, o que
gerou no mês de agosto a abertura de um informe ambiental para regularização da situação. O
descarte desse material ocorreu apenas uma vez durante a realização do estudo e a empresa
responsável contratada é a CETRIC (Central de Tratamento de Resíduos).
Além disso, constatou-se através de visitas ao canteiro e conversa com o supervisor
ambiental responsável pelo trecho L3 que o principal problema se refere ao descarte
inadequado dos resíduos gerados nas atividades em campo de execução de fundação de
72
mastro central e estais, onde o cimento que deve ser disposto em bacias de decantação
impermeabilizadas conforme condicionante da LI (Licença de Instalação) é feito de maneira
irregular ou descartado em locais indevidos e o descarte desses resíduos na área da torre,
sendo que deveriam retornar ao canteiro para destinação correta, o que acaba gerando IAs
apresentados no Quadro 4.
IA: L3-006/2013
IA: L3-007/2013
IA: L3-008/2013
IA: L3-009/2013
IA: L3-011/2013
Figura 34: Descarte de resíduos na área da torre
Aterramento alimento)
4.1.3 Quantificação
No mês de agosto de 2013 foi realizada reunião com os responsáveis por cada trecho
onde foi entregue as planilhas a serem utilizadas para quantificação, disponíveis no Apêndice
A e B, e procedimentos para eficiência na utilização das mesmas. Foram repassadas
informações de como deveria ser realizada a segregação: utilizar saco de 100L como padrão,
coletores e lixeiras devidamente sinalizados, baias para coleta municipal em boas condições e
sinalizadas, definição de colaboradores responsáveis pelas atividades de gerenciamento dos
resíduos – incentivar os demais colaboradores a segregar, recolher os sacos e dispor nas baias
e anotar a quantidade de sacos gerados no dia –, horários e dias que o caminhão da coleta
passaria no canteiro, baias em condições adequadas para armazenamento temporário, entre
outros.
As planilhas foram utilizadas para quantificação mensal, portanto, no fim de cada mês
o supervisor ambiental do trecho enviava a planilha preenchida para controle e entregava ao
colaborador responsável uma nova planilha para preenchimento no próximo mês.
As lâmpadas que queimaram ou necessitaram de substituição em cada mês estão
apresentadas nas tabelas abaixo referentes a cada canteiro. O procedimento adotado para esses
resíduos foi o armazenamento das mesmas nas embalagens próprias e devolução no local de
compra. Já os cartuchos de impressora não são classificados como resíduos em nenhum dos
canteiros, pois estes são remanufaturados de modo que não precisam ser destinados e
diminuindo os custos.
Quanto à destinação de resíduos perigosos como solo contaminado, óleo e alguns
frascos, todos os canteiros de Pato Branco, Xanxerê e Montenegro realizaram contrato com a
empresa CETRIC – Centro de Tratamento de Resíduos Sólidos Industriais, localizado no
município de Chapecó – Acesso Angelo Baldissera – km 05 – Linha Água Amarela –, nos
meses de outubro e novembro. Devido a esse fato, não foi possível quantificar a geração dos
mesmos.
Os resultados obtidos são apresentados individualmente para cada canteiro.
Assim, o montante dos resíduos gerados em cada mês foi correlacionado com o
quantitativo de mão de obra por estes estarem intimamente ligados (Figura 36). Esta classe de
resíduo engloba sobras de alimento, sobras de papéis utilizados nos sanitários, vestiários e
alojamento, além do resíduo gerado nos escritórios. Sendo assim, através de uma média
aritmética observa-se que cada colaborador gerou aproximadamente 2,5 sacos de 100 litros
por mês.
80
Figura 36: Mão de obra versus volume de resíduo comum: Pato Branco
então, foi providenciada destinação ambientalmente correta dos 1.230kg de madeira, 170kg
de papel/papelão, 4.000kg de ferro e 155kg de plástico, conforme o Quadro 6.
que este conta com 160 colaboradores, sendo que àqueles que realizam atividades no local são
aproximadamente 13 colaboradores, número inferior aos demais.
A partir dos dados obtidos da geração de resíduos, pode-se fazer uma comparação
entre os resíduos comuns gerados e o número de colaboradores que trabalham durante os
meses de estudo, a fim de verificar o grau de relação entre estes valores, já que o número de
colaboradores poderia alterar a geração de resíduos, apresentado na Figura 38.
83
Nesse caso, observa-se que cada colaborador gera em média 2,10 sacos de 100 litros
por mês. Fazendo a mesma relação o peso específico dos resíduos soltos indicados pelo
IBAM que é de 280kg/m³, o saco utilizado para quantificação possui capacidade para 28kg,
que quando multiplicados pelos 2,10 sacos gerados por cada colaborador por mês, resultam
em 1,96kg/pessoa/dia, acima do que é considerado para geração diária da população
brasileira, que é de 0,5 a 0,8kg/pessoa/dia.
Os resíduos de madeira, papel/papelão, ferro e plástico são acondicionados
temporariamente em baias, mas ainda não foram destinados por ainda haver capacidade de
armazenamento. A quantificação dos resíduos existentes no local foi realizada com auxílio do
técnico de segurança responsável pelo trecho por estimativa. Os resultados são apresentados
no Quadro 7.
pelo número de pessoas que ali trabalham. A correlação é apresentada na Figura 41, e através
de média obteve-se que cada colaborador gera 2,08 sacos de 100 litros por mês.
A partir das relações feitas anteriormente entre o peso específico dos resíduos soltos e
a capacidade mássica do saco de 100 litros, a geração de resíduos no canteiro de Erechim é de
2,08kg.pessoa/dia, acima do considerado para geração per capita da população brasileira, que
é de 0,5 a 0,8kg.pessoa/dia.
Os resíduos provenientes das atividades de construção civil eram inicialmente
acondicionados temporariamente em baias com condições inadequadas o que gerou o IA L2-
002/2013 que não foi atendido, gerando novamente um informe solicitando as mesmas
adequações IA L2-009/2013. A partir do momento em que o último informe foi atendido,
houve a necessidade de destinação ambientalmente adequada dos resíduos presentes no local
para execução de novas baias com condições adequadas.
A destinação ocorreu no mês de setembro onde 4.000kg de ferro foram vendidos à
uma empresa de sucata da cidade de Concórdia, sendo estes resíduos provenientes da sobra
dos trabalhos de armação de ferro e aberturas de ferragens. Os 1.950kg de resíduos de
madeira provenientes do desmonte de caixas de material e/ou equipamentos e das desformas
das formas de concreto foram doados à uma empresa familiar da região que utiliza caldeiras
no seu processo produtivo. Já 180kg de resíduos de pó de serragem foram doados para
utilização em compostagem. Os valores podem ser observados no Quadro 8.
87
Essa quantificação se refere aos resíduos perigosos gerados durante todo o período da
obra desde seu início. Sendo assim, pôde-se concluir que o manejo está ocorrendo de forma
ineficiente, considerando que o número de funcionários que já passaram por essas atividades e
geraram este tipo de resíduo é superior ao número quantificado.
88
Assim, obteve-se que cada colaborador gera aproximadamente 1,96 sacos de 100 litros
de resíduos por mês. Calculando-se a relação apresentada na Equação 1, conclui-se que neste
canteiro cada colaborador gera 1,83kg/pessoa/dia, resultado superior a média brasileira que é
de 0,5 a 0,8kg/pessoa/dia.
Já os resíduos da construção civil são acondicionados temporariamente em baias com
condições adequadas que atingiram a capacidade limite em setembro, mês em que foi
realizada a destinação dos resíduos através de venda e doação para empresas locais que
utilizam como insumo para outros produtos.
Os valores de quantificação obtidos são apresentados no Quadro 10, sendo 200kg de
madeira, 150kg de papel/papelão, 4200kg de ferro e 100kg de plástico.
envolvidas na geração deste tipo de resíduos necessitam de maiores orientações, de forma que
entendam a importância da devolução do material para que seja destinado corretamente.
Por ser uma obra de grandes dimensões, que envolvem diversos trabalhadores que
vêm de diferentes lugares do Brasil e que se tratando a respeito de questões ambientais, esta
envolve a geração de uma grande quantidade e diversidade de resíduos.
Os problemas iniciados na segregação e que decorrem ao longo do manejo dos
resíduos envolve um conflito entre os dois lados, tanto a falta de conscientização dos
geradores quanto à ineficiência do sistema de coleta municipal. Sendo este classificado como
um dos maiores problemas encontrados no canteiro de Pato Branco.
Além disso, outra dificuldade encontrada é quanto à destinação dos resíduos da
construção civil e perigosos. O município não possui aterros especiais para estes e as
empresas que realizam esta atividade ficam muito distantes.
Segundo dados do IBGE (2010) em 2013, estima-se que a população seja de 46.981
habitantes distribuídos em 377.553km², representando uma densidade populacional de 116,81
hab/km². Além disso, o município apresenta índice de desenvolvimento humano igual a 0,815,
sendo um dos mais altos do estado.
93
O município possui uma área de 430.764km² e segundo o IBGE (2010) estima-se que
em 2013 alcançou uma população de 101.122 habitantes, sendo assim a densidade
demográfica correspondente a 223,11hab/km².
Erechim é a segunda cidade mais populosa do norte do estado, superada apenas por
Passo Fundo e possui o 17º posição no PIB do Rio Grande do Sul. No entanto, as questões
ambientais não são destaque no município e só ganharam espaço nos últimos anos devido às
exigências legais, principalmente pela Lei nº 11.445/05 que define diretrizes para elaboração
do Plano Municipal de Saneamento Básico que deve ter sido iniciado até janeiro de 2014.
Nesse contexto, foi realizado diagnóstico da situação atual do município, apresentado
resultados mais críticos no que diz respeito ao esgotamento sanitário e abastecimento de água.
Hoje o município não conta com esgotamento sanitário tratado e todos os anos sofre com a
estiagem. Devido a esses fatos, foram definidas metas em assembleias para a transposição do
Rio Cravo que já possui 14km dos 16km de tubulação que devem ser instalados e a
substituição de 73% da canalização de água em área urbana devido a perda de
aproximadamente 42% da água tratada que chega as residências. Além disso, já foram
indicadas três áreas para a instalação da estação de tratamento do esgoto.
O município tem produção média de 60 toneladas de resíduo orgânico por dia e pelo
menos 14 cargas diárias de resíduo seco. Essa grande geração se refere principalmente há
forte atividade industrial e do comércio que faz com que diversas pessoas de cidades vizinhas
passem a trabalhar e produzir resíduos na cidade.
96
Ainda assim, este não representa significativos problemas, pois Erechim conta com
aterro sanitário desde o ano de 2001 e com coleta seletiva desde o ano de 2006. Dessa forma,
todo o resíduo seco e orgânico gerado por munícipes, empresas e empreendimentos é
recolhido pelo sistema de coleta seletiva da empresa TOS terceirizada pela prefeitura e
encaminhado para aterro (orgânicos e rejeitos) ou para cooperativas de reciclagem
(recicláveis). Atualmente, o município conta com uma associação que possui nove
cooperativas de recicladores cadastradas.
O canteiro de obras de Erechim – Rio Grande do Sul localiza-se no bairro Morada do
Sol, km 45 da BR 153 (coordenadas UTM E 377890, S 6942501) em local com característica
predominantemente residencial, conforme a Figura 50.
rejeitos são recolhidos pelo sistema de coleta convencional e destinados ao aterro sanitário
municipal que possui licença de operação – LO Nº 1136/2008-DL. Este fica localizado em
área rural, Povoado de São Luiz – Secção Paiol Grande, Lote 32.
Atualmente o canteiro enfrente dificuldades apenas com os resíduos perigosos, desde a
fase de segregação até destinação final. Isso acontece principalmente com EPIs contaminados
que são utilizados em campo e não retornam ao canteiro para correta destinação.
Os demais resíduos possuem condições adequadas de armazenamento temporário e os
diálogos diários de segurança (DDS) sempre enfatizam a necessidade da segregação
reforçando a conscientização dos colaboradores.
O município possui uma área de 424,012km² e segundo o IBGE (2010) estima-se que
em 2013 alcançou uma população de 62.484 habitantes, sendo assim a densidade demográfica
correspondente a 140,13hab/km².
98
Neste canteiro, os problemas relacionados aos resíduos gerados tem destaque para dois
casos: o armazenamento irregular de resíduos e produtos perigosos, que não possuem
condições adequadas e seguras para saúde e meio ambiente; e os resíduos gerados em campo
que são destinados de maneira incorreta, diretamente no solo, sem obedecer aos
procedimentos para realização das atividades e retornar os resíduos ao canteiro para que
recebam destinação ambientalmente adequada, assim deixando um rastro por onde as
atividades de implantação da LT passam.
Além disso, os resíduos secos e orgânicos gerados, além de possuírem segregação
ineficiente no local de geração, sofrem mais problemas nas etapas posteriores do manejo. A
coleta seletiva não é realizada rotineiramente, ocasionando completa mistura dos resíduos,
mesmo os poucos que foram separados, sendo encaminhadas para aterro o qual não realiza
triagem, porque supostamente os resíduos deveriam chegar separados.
100
O plano de ações irá tratar do planejamento de todas as ações necessárias para atingir
os resultados desejados que foram definidos no item 4.2.1, sendo sua elaboração realizada
através da identificação das atividades previstas e os resultados esperados, além de considerar
as demandas e o cenário em que está inserido.
Portanto o plano de ações definido para o gerenciamento de resíduos abrangerá toda a
extensão da obra de implantação de LT, prioritariamente os canteiros de obras onde a maior
parte do manejo de resíduos acontece e todos os funcionários envolvidos.
Deverão ser realizadas reuniões periódicas para repassar aos trabalhadores noções
básicas dos procedimentos de acondicionamento de resíduos, procurando despertar a
102
consciência dos mesmos para a necessidade de preservação do meio ambiente e saúde pública
e da relação dos resíduos sólidos com estas questões.
O conteúdo também deve abranger a importância do reaproveitamento de materiais,
como uma ação que contribui para a conservação de recursos naturais (na medida em que se
economizam matérias primas) e minimização de impactos (na medida em que se reduz a
quantidade de resíduo gerado).
Serão distribuídos materiais de divulgação como folhetos e fixação cartazes.
O manejo dos resíduos sólidos será realizado por uma equipe capacitada, responsável
pelo gerenciamento e orientação tanto nos canteiros de obras, assim como nas frentes de
serviço.
Essa equipe será compatível com o porte dos canteiros de obras, bem como das frentes
de serviço, conforme o prognóstico de geração de resíduos;
A equipe será capacitada e preparada com base em treinamentos específicos para atuar
conforme a frente de serviço e o seu prognóstico de geração de resíduos.
A equipe responsável pela gestão ambiental será encarregada pelo processo de
gerenciamento como um todo.
4.2.2.3 Caracterização
A caracterização proposta está constituída de acordo com o tipo de resíduo que será
gerado e sua normatização, considerando:
103
c) Resíduos da saúde
Grupo A4: Podem ser encaminhados sem tratamento prévio para local devidamente
licenciado para a disposição final de resíduos dos serviços da saúde;
Grupo D: Resíduos que não apresentam risco biológico, químico ou radiológico à saúde e ao
meio ambiente, podendo ser equiparados aos resíduos domiciliares;
Grupo E: Devem ser apresentados para coleta acondicionados para coleta em coletores
estanques, rígidos e hígidos, resistentes à ruptura, à punctura, ao corte ou escarificação.
d) Demais resíduos
A segregação dos resíduos gerados acontecerá nos canteiros de obras. Assim, àqueles
que forem gerados nas frentes de obras responsáveis pelas atividades de implantação da LT
serão recolhidos e encaminhados para o canteiro do seu referido trecho e então segregado por
tipo de resíduo da construção civil (madeira, metal, concreto e outros) ou reciclável. O mesmo
acontecerá para os resíduos perigosos que devem ser transportados separadamente a fim de
evitar a contaminação dos demais resíduos.
Para os resíduos comuns gerados nos escritórios e canteiros de obras, serão definidos
lugares estratégicos para instalação de coletores (100 litros) identificados para segregação de
resíduos secos e orgânicos e/ou rejeitos.
Após definição destes locais e reunião de implementação de ações, deverá ser definido
no 1º mês de obra um colaborador responsável em cada canteiro para realização das
atividades de manejo dos resíduos a fim de garantir maior eficiência na segregação,
proporcionando melhores condições para as etapas subsequentes. No mesmo período, mas
com prazo de 3 (três) meses, deve ser implementado o sistema de planilhas para registro do
gerenciamento de resíduos.
Além de coordenar as atividades de gerenciamento de resíduos, este colaborador será
responsável pela atualização das planilhas que visam quantificar a geração de resíduos:
106
4.2.2.4.1 Coletores
Indica-se o uso de coletores de polipropileno com capacidade de 120 L indicado para uso
em áreas internas e externas, conforme apresentados na Figura 54.
108
Considerando o valor médio unitário desse modelo de coletor de R$165,00, pode ser
calculado o valor total investido em cada canteiro de obras, a partir do número previsto para
instalação em cada setor. O investimento também foi calculado conforme o número de canteiros
existentes nas diferentes obras de implantação de LT (Tabela 4).
Os coletores deverão possui a cor e legenda para identificação do material a ser segregado.
Além disso, devem possui tampa e saco plástico com capacidade de 100 L padronizados para a
auxiliar na quantificação dos resíduos gerados.
109
Após o início das atividades da obra, a definição do local e a construção de baias para
o armazenamento temporário de resíduos devem acontecer no prazo de 1 (um) mês.
Cada supervisor responsável pelo trecho deve realizar vistoria no canteiro, definir
local adequado e indicar características necessárias para execução do sistema em
conformidade com as diretrizes definidas na NBR 11.174 (Armazenamento temporário de
resíduos) e NBR 12.235 (Armazenamento temporário de resíduos sólidos perigosos).
Dentre as definições adotadas pela NBR 12.235 para o armazenamento temporário de
resíduos classe I, os canteiros de obras de LT devem utilizar contêineres e/ou tambores para o
armazenamento. Estes devem ficar preferencialmente em áreas cobertas, bem ventiladas, e os
recipientes deverão ser colocados sobre base de concreto ou outro material que impeça a
lixiviação e percolação de substâncias para o solo e águas subterrâneas. A área deve possuir
ainda um sistema de drenagem e captação de líquidos contaminados e os contêineres e/ou
tambores devem ser devidamente rotulados de modo a possibilitar uma rápida identificação
dos resíduos armazenados. (ABNT, 1992)
A definição do local para execução de uma unidade de armazenamento temporário de
resíduos classe IIA e IIB deve ser realizada de maneira que o risco à contaminação ambiental
seja minimizado. Devem ser considerado aspectos relativos ao isolamento, sinalização, acesso
à área, medidas de controle de poluição ambiental, treinamento do pessoal e segurança da
instalação. (ABNT, 1990)
Os resíduos classe IIA e IIB não podem ser armazenados juntamente com os resíduos
classe I, devido a possibilidade da mistura destes resultar na sua alteração e caracterizada
110
como resíduo perigoso. Além disto, estes devem ser armazenados de maneira a não
possibilitar a alteração de sua classificação.
Sendo assim, define-se a execução de pelo menos 5 baias para armazenamento
temporário dos seguintes resíduos:
Baia 1 a 4: devem possuir dimensão de 3m x 8m. Nestas áreas serão armazenados
resíduos de papel/papelão, concreto/sacos de concreto, madeira, ferro/sucata/cabo;
Baia 5: deve possui dimensão de 3m x 4m e leve inclinação. Nesta área será
armazenado resíduos de óleo lubrificante, óleo de motosserra, pó de serra contaminado
e EPI contaminado.
O desenho esquemático dessas baias é apresentado no Apêndice H e I.
As baias devem possuir dimensões com capacidade suficiente para armazenar resíduos
por um determinado período até que seja providenciada destinação final ambientalmente
correta, verificando empresas licenciadas na região para transporte e destinação dos tipos de
resíduos gerados neste tipo de obra. A definição destas empresas deve acontecer no prazo
máximo de 3 (três) meses após o início das obras.
Deverá ser realizado controle interno (Apêndice C) e externo (Apêndice D). A
utilização destas planilhas auxiliará no controle das entradas e saídas, no processo de
rastreabilidade e na quantificação que acontecerá no momento da destinação final.
Após o primeiro ano, deve ser criado um banco de dados utilizando informações,
comprovantes de doação e/ou venda e licença de operação e transporte de empresas
responsáveis pela destinação final dos resíduos à elas encaminhados, de forma a monitorar se
a destinação está ocorrendo de forma adequada.
Nesse mesmo período deve ser realizada vistoria cautelosa para verificação das
condições das baias, verificando se oferecem riscos de contaminação e a necessidade de
adequações.
a) Documentação pessoal:
Carteira Nacional de Habilitação (CNH);
Identidade;
Certificado de Conclusão do Curso de Movimentação de Produtos Perigosos
(MOPP). O porte desse documento é necessário somente se o campo observações
da Carteira Nacional de Habilitação não apresentar a informação “Transportador
de Carga Perigosa”.
b) Documentação do Veículo:
Certificado de Registro e Licenciamento do Veículo;
Certificado de Inspeção para o Transporte de Produtos Perigosos a Granel (CIPP).
c) Documentação de carga:
Requisição de Transporte (RT): oferecem dados da carga, como descrição do produto,
número da ONU, forma de armazenamento, manuseio, empilhamento, local para
carregamento e descarregamento da carga;
Documento Fiscal: deve apresentar o número da ONU, nome do produto, classe de
risco e declaração de responsabilidade do expedidor de produtos perigosos;
Ficha de Emergência: deve conter informações sobre a classificação do produto
perigoso, risco que apresenta e procedimentos em caso de emergência, primeiros
socorros e informações ao médico;
Envelope para Transporte: apresenta os procedimentos genéricos para o atendimento
emergencial, telefones úteis e identificação das empresas transportadoras e
expedidoras dos produtos perigosos.
112
Abaixo segue um esquema para preenchimento da planilha que será utilizada para
controle da rastreabilidade dos resíduos (Quadro 12).
114
4.4.1 Controle
responsável por cada canteiro de obra, de forma que seja possível verificar se todas as
etapas estão ocorrendo em conformidade, além de identificar falhas que no manejo
que deverão ser solucionadas antes de gerar problemas;
Acompanhar carregamento para destinação final dos resíduos da construção civil e
perigosos: Sempre que houver destinação a Equipe de Supervisão Ambiental deverá
acompanhar o processo, a fim de verificar a veracidade do encaminhamento dos
resíduos para empresas licenciadas na atividade;
Avaliar nível de conhecimento dos colaboradores sobre a implementação do plano:
Até o 6º mês deverá ser realizado encontro e palestra com 100% dos colaboradores
para verificar o conhecimento da implementação do plano e identificar se as ações
direcionadas à estes estão surtindo resultados;
Elaborar planilha de contingência: A Equipe de Supervisão Ambiental deverá utilizar a
planilha disponível no Apêndice K e L, e atualizá-la no prazo de 1 mês com as
informações necessárias no caso de acidentes. Desta forma, permitirá a ação de forma
rápida, adequada e padronizada. O controle interno contará com o Plano de
Contingência (Apêndice J) onde foram elaborados procedimentos para controle e
minimização de danos causados ao meio ambiente quando, por eventualidade, ocorrer
situações anormais envolvendo qualquer das etapas do gerenciamento de resíduos.
5 CONCLUSÃO
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
. NBR 11174: Armazenamento de resíduos classes II - não inertes e III – inertes. Rio de
Janeiro, 1990.
ANEEL – Agência Nacional de Energia Elétrica. Atlas de energia elétrica do Brasil. 2002,
1ª ed. Disponível em: <http://www.aneel.gov.br/arquivos/pdf/livro_atlas.pdf> Acesso em 24
Jul. 2013.
. Agência Nacional de Energia Elétrica. Atlas de energia elétrica do Brasil. 2010, 3ª ed.
Disponível em: <http://www.aneel.gov.br/area.cfm?idArea=659&idPerfil=3> Acesso em 24
Jul. 2013.
BRASIL, 2010. Lei Federal nº 12305 de 02 de agosto de 2010. Institui a Política Nacional de
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COSTA, Edmilson Rodrigues. Revista Petrus. Uma visão comentada sobre a Lei da PNRS.
2011. Disponível em: <http://www.revistapetrus.com.br/uma-visao-comentada-sobre-a-lei-da-
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LUIZ, André et al. (2009). Resíduos sólidos: uma revisão bibliográfica. Disponível em:
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ROSE, Ricardo. Aspectos históricos da gestão dos resíduos. 2011. Disponível em:
<http://ricardorose.blogspot.com.br/2011/05/aspectos-historicos-da-gestao-dos.html> Acesso
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YIN, Robert K. Estudo de caso: planejamento e métodos. 4. ed. Porto Alegre: Bookman,
2010.
Acondicionamento de
Nº de Controle Data Resíduo Classe (NBR10004) Origem operacional do resíduo
origem
128
* Preferencialmente
serão
encaminhados para
compostagem * Coleta diária, em especial para resíduos orgânicos proveniente dos refeitórios;
RESÍDUOS * Se não houver * Serão mantidos distantes das áreas de trabalho e do chão até seu recolhimento;
ORGÂNICOS local para este tipo * Serão locados no próprio setor coletores apropriados;
de destinação, * O recipiente de uso orgânico será marrom e permanentemente higienizado
serão
encaminhados para
aterro sanitário
131
3 Realizar o controle dos resíduos gerados na obra nas etapas de geração e destinação final
4 Avaliar a etapa de segregação in loco
5 Definir local e condições adequadas de armazenamento temporário dos resíduos
6 Propor a rastreabilidade de resíduos
7 Controlar e fiscalizar a execução do plano de gerenciamento de resíduos
CURTO PRAZO
Direção da empreiteira e
Realizar reunião de implementação Para disseminar as ações e contratar as metas referentes a
1.1 equipe de supervisão 1º mês
de ações atingir mais qualidade na execução das obras
ambiental
Repassar aos trabalhadores noções básicas dos
Equipe de supervisão
1.2 Treinamento de pessoal procedimentos de manejo dos resíduos, procurando depertar Mensalmente
ambiental
a consciência
Definir locais (em cada cidade onde Para garantir que todos os tipos de resíduos possam ser
foram instalados os canteiros) para encaminhados para empresas licenciadas minimizando os
3.1 Empreiteira Até o 3º mês
destinação ambientalmente riscos de destinação incorreta, contaminação ambiental e
correta riscos à saúde
Rastrear 100% dos resíduos que Garantir que os resíduos recicláveis possam servir de insumos
Equipe de supervisão
6.1 saem dos canteiros até o final da para outras atividades e os demais recebam destinação final Até o 6º mês
ambiental
sua linha produtiva ambientalmente adequada
MÉDIO PRAZO
Direção da empreiteira e
Realizar reunião para verificação de Identificar possíveis falhas no gerenciamento e propor
1.3 equipe de supervisão 7º mês
não conformidades melhorias
ambiental
MÉDIO PRAZO
Realizar palestra com 100% dos Tirar dúvidas e incentivar a adoção de medidas que auxiliem Equipe de supervisão
3.4 1º ano
colaboradores no gerenciamento de resíduos dentro e fora do trabalho ambiental
Plano de Contingência
Impacto para o Importância Medidads Telefone de
Identificação de riscos Procedimento de emergência
meio ambiente do impacto mitigadoras responsável
Classe I e II: no caso de mistura desses dois
resíduos não deverá ser realizada segregação
Contaminação do
após ocorrida a situação. Deverá ser
solo, águas
encaminhado todo o volume contaminado Alto
superficiais e
para armazenamento temporário de resíduos
Mistura de materiais subterrâneas
perigosos e destinados em empresas
incompatíveis
licenciadas
Segregação Contaminação do
Classe II A e B: deverá ser realizada solo, águas
Alto
novamente segregação superficiais e
subterrâneas
Preconizar
Contaminação por A utilização de EPI é obrigatória. No caso da medidas
segregação manual não utilização e ocorrência de acidente, o - preventivas
de resíduos perigosos colaborador deverá ser encaminhado
imediatamente ao pronto socorro
Contaminação do
Mistura de materiais Deverão ser adotadas medidas iguais às solo, águas
Alto
incompatíveis definidas para acidentes na segregação superficiais e
Armazenamento subterrâneas
temporário Deverá ser colocado serragem sobre o solo Contaminação do
Vazamento de contaminado e instalação de dispositivo de solo, águas
Alto
resíduo perigoso contenção provisório. Deverá ser superficiais e
providenciada adequação imediatamente subterrâneas
139
Nome Fantasia:
Responsável legal:
Descrição da atividade:
140