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FARMÁCIA HOSPITALAR: sistema de monitoramento de medicamentos se dá:

profissionais de saúde – núcleo de segurança do


Gerenciamento de riscos em saúde: paciente (farmacovigilância) – ANVISA (centro nacional
Os riscos em saúde englobam: segurança do de monitorização de medicamentos) – OMS.
paciente, riscos ocupacionais (biológicos, químicos,
físicos, ergonômicos, mecânicos), riscos institucionais Farmacotécnica hospitalar:
(geram danos por ações e processos contra a Setor responsável pela manipulação de preparação
instituição de saúde) e riscos ambientais (resíduos de farmacêuticas e saneantes. Visa adequar os
serviços de saúde; descarte: infectantes = lixeira com medicamentos às necessidades do paciente; preparar
saco branco; químicos = galões coletores; radioativos = produtos em concentrações e apresentações
caixas blindadas; comuns = lixeiras com sacos pretos; inexistentes; redução de custos. Obs.: não precisa ser
perfurocortantes = coletor específico). Para a redução dentro do âmbito hospitalar – pode ocorrer a
destes fenômenos = aplicar políticas, procedimentos, contratação de uma farmácia.
condutas e recursos (RDC n° 2/2010). Obs.: um evento
adverso é a complicação decorrente do cuidado Para a manipulação, deve-se seguir as Boas Práticas
prestado ao paciente, sendo assim, se forem de Manipulação em Farmácias (RDC n° 67/2007):
consequências de erros, são EVITÁVEIS. estruturas/equipamentos compatíveis, áreas de
trabalho definidas, POPs e qualificação técnica. O
Dentre os eventos adversos ocorridos em pacientes setor de farmacotécnica pode ser subdividido em:
dentro do âmbito hospitalar pode-se citar: quedas, áreas e formas farmacêuticas estéreis (preparo e
administração incorreta de medicamentos, falhas na diluição de misturas intravenosas como: nutrição
identificação do paciente, erros em procedimentos parenteral, quimioterapia e outras) e áreas de formas
cirúrgicos, infecções, mau uso de dispositivos e farmacêuticas não-estéreis (preparações
equipamentos médicos. Portanto, realizar a extemporâneas [precisam ser usadas em até 48h após
identificação correta do paciente; administrar sua manipulação, por conta da adição de veículo
corretamente a medicação prescrita; higienizar as aquoso/se forem colocadas sob refrigeração, são
mãos constantemente para evitar infecções; prevenir estáveis de 7-14 dias], fracionamento, reenvase e
quedas e úlceras por pressão. diluição de antissépticos e germicidas).

Os riscos do paciente podem ser divididos em: riscos A garantia da qualidade se dá por: Boas Práticas de
assistenciais (tromboembolismo venoso, quedas, Manipulação (BPM); avaliação de matérias-primas;
infecção hospitalar, úlceras de pressão, eventos manutenção/calibração de equipamentos; cuidado com
adversos em cirurgias e erros e medicação [prescrição, a documentação; POPs; adequado controle do prazo
rótulos, preparação, distribuição, administração]) e das de validade; treinamento de técnicos envolvidos.
tecnologias em saúde (farmacovigilância
[detecção/avaliação do uso racional de medicamentos; A unitarização (subdivisão da embalagem primária do
interações medicamentosas [farmacocinéticas ou medicamento em frações menores, mantendo dados de
farmacodinâmicas]; RAM; queixas técnicas [alterações identificação/qualidade) de formas farmacêuticas não
na cor, odor, turvação, embalagem, rótulo]; estéreis visa ajustar as formas farmacêuticas,
inefetividade terapêutica; uso off-label], tecnovigilância minimizar erros de medicação e diminuir perdas. Já a
[relaciona-se aos equipamentos, artigos médicos e kits transformação/derivação busca preparar uma forma
laboratoriais], hemovigilância [sistema de avaliação e farmacêutica a partir de outra (uso extemporâneo); é
alerta sobre efeitos indesejáveis/inesperados de realizada quando há ausência de especialidade
hemocomponentes] e vigilância de farmacêutica na dose/concentração/FF necessárias;
saneantes/cosméticos). quando há ausência de FF pediátricas; quando o
medicamento precisa ser utilizado por sondas enterais.
Os erros de prescrição podem ser: omissão de dose, Obs.: todos os medicamentos precisam estar
dose inadequada, falta de horário, falta de identificados e padronizados (nome genérico, DCB ou
concentração/forma farmacêutica. Os erros de na sua falta a DCI; concentração; data de validade após
administração podem ser: dose, via, horário, omissão, submissão do produto à unitarização; número de
técnicas incorretas. Dentre os exemplos de interações controle de lote da unitarização; farmacêutico
medicamentosas pode-se citar: midazolam e responsável e CRF; via de administração; observações
omeprazol (aumenta tempo de internação); clopidogrel especiais (armazenamento, preparação e cuidados de
e omeprazol (danos à vida); amiodarona e varfarina administração).
(danos à vida); metoclopramida e haloperidol
(contraindicado). Dentre os tipos de RAMs pode-se Formas farmacêuticas orais líquidas:
citar: tipo A (relacionada à ação farmacológica/efeitos São colocadas dentro de seringas dosadoras (não
citotóxicos diretos [antineoplásicos x hemograma]); tipo permitem a colocação de agulhas). Gotas: colocar as
B (anormais, graves e fatais [hipersensibilidade, gotas da solução no frasco/seringa dosadora;
idiossincrasia, intolerância]). Dentre os motivos das identificar; acondicionar; registrar a data de abertura do
RAMs não serem notificadas estão: ingenuidade, medo frasco.
de processo, desconhecimento de como realizar a
notificação, suspeita de que a RAM não se confirme,
falta de tempo e desinteresse. Obs.: a ordem do

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Formas farmacêuticas orais sólidas: Sistemas automatizados:
A embalagem primária é colocada em um envelope de Dentre as vantagens: legibilidade da informação;
plástico que terá suas lâminas termo soldadas precisão da dose; menos funcionários; agilidade. A
(proceder cortes com tesoura nos espaços entre as FF; desvantagem é o alto custo.
introduzir em tiras plásticas; individualizar através da
seladora; identificar com a etiqueta; acondicionar em
quantidades padrão).

Obs.: o farmacêutico realiza a revisão inicial (avaliação


organoléptica do medicamento a ser embalado;
confirmação da identidade; confirmação dos dados a
serem colocados na etiqueta; revisão da etiqueta
impressa) e a revisão final (clareza da etiqueta;
inspeção de embalagens; revisão das informações da
identificação).

Prazos de validade da unitarização:


Nunca deve exceder a data do vencimento do prazo de
validade de fabricação. SE NÃO HOUVER O
ROMPIMENTO DA EMBALAGEM PRIMÁRIA: prazo de
validade é definido pelo fabricante. SE HOUVER O
ROMPIMENTO DA EMBALAGEM PRIMÁRIA: caso
não tenha recomendação específica do fabricante, o
tempo de validade é 25% do tempo remanescente da
validade de fabricação.

Ex.: loratadina xarope 100 mL (seringa dosadora)


VALIDADE: 04/2025
FRACIONAMENTO: 05/2023
Faltam 23 meses para o vencimento, sendo assim,
calcular 25% desse valor.

23 meses – 100%
X -- 25%
X = 5,75 (5 meses = considerar sempre menos).

Obs.: se o valor for dividido por 4, o resultado é o


mesmo.

NOVA VALIDADE: outubro/2023.

Prazos de validade da transformação, adequação


ou subdivisão:
Quando não houver recomendação específica do
fabricante = período de uso o mesmo das preparações
extemporâneas (48h).

Prazos de validade das formas farmacêuticas


líquidas orais:
7 dias.

Registros de controle:
Garantem a rastreabilidade dos produtos e
procedimentos realizados. Se dá por meio de um Livro
de Registro de Receituário (ou equivalente eletrônico),
que é disponibilizado às autoridades sanitárias quando
solicitado. Deve ser legível, sem rasuras, mantendo a
ordem cronológica e constantemente atualizado.
Portanto, deve constar: descrição completa do produto,
laboratório de origem, número de lote (laboratório e
farmácia), prazo de validade (laboratório e farmácia),
número de unidades, nome do funcionário, assinatura
do farmacêutico responsável e anexo da etiqueta.

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