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RISK DOCTOR BRIEFING

O QUE CAUSA RISCOS EMERGENTES?


© Janeiro 2012, Dr David Hillson FIRM, HonFAPM, PMI Fellow
david@risk-doctor.com

Um dos maiores desafios para o mundo é como se preparar para os riscos emergentes. Estes são riscos novos
e desconhecidos, ou riscos familiares que aparecem em novas formas. Muitas vezes as nossos respostas aos
riscos existentes são inadequadas para lidar com esse tipo de risco. Afinal, como você pode prever ou se
preparar para algo que você não tenha visto antes ou que você não esperava?
O International Risk Governance Council (IRGC) publicou um importante relatório em 2010 (“The Emergence of
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Risks: Contributing Factors” ) que identifica doze fatores que podem dar origem a riscos novos e imprevistos. O
IRGC sugere que ao lidar com esses fatores causais, podemos nos preparar melhor para os riscos emergentes
e reduzir o seu efeito se eles surgirem. Os doze fatores são:
1. Incógnitas científicas. Riscos imprevistos podem resultar da falta de conhecimento ou compreensão sobre
como o mundo natural ou sistemas humanos funcionam.
2. Redução das margens. O desejo de maior de aumentar a velocidade e eficiência reduz a margem de erro e
nos deixa mais vulneráveis se as coisas derem errado.
3. Ciclos viciosos. Reforçar laços negativos pode reduzir a estabilidade e aumentar o efeito do risco ou
mudança.
4. Variação de vulnerabilidade. O mesmo risco pode ter efeitos diferentes sobre as pessoas ou organizações
dependendo de seu contexto, levando a resultados imprevisíveis.
5. Interesses conflitantes. As pessoas podem ter opiniões diferentes sobre a natureza ou a importância de um
risco, por causa de seus valores ou interesses, e essa discordância pode permitir o surgimento do risco.
6. Dinâmica social. Mudança nas sociedades pode gerar novos riscos ou afetar os já existentes de formas
imprevisíveis.
7. Avanços tecnológicos. Mudanças na tecnologia podem causar riscos emergentes, especialmente se a
pesquisa de apoio for inadequada, ou se os marcos regulatórios são inadequados.
8. Questões baseadas no tempo. Um risco pode ser difícil prever se há uma longa demora entre as suas
causas e seus efeitos, ou se sua duração for superior a atenção de analistas ou políticos.
9. Comunicação inadequada. Riscos podem ser criados ou aumentados através de comunicação que está
atrasada, incompletas ou enganosa ou ausente.
10. Informação assimétrica. Novos riscos podem surgir se apenas algumas das partes interessadas possuírem
as informações-chave sobre um risco, mas os outros estão inconscientes, levando a má tomada de decisões ou
ações inadequadas.
11. Motivadores inúteis. Incentivos que encorajem comportamentos contraproducentes podem levar as
pessoas a correrem mais risco do que o habitual, com consequências inesperadas.
12. Comportamento malicioso. Ações tomadas por pessoas ou organizações que pretendem causar danos a
outras pessoas podem resultar em riscos inesperados com efeitos de grande alcance.
Entender essas causas genéricas pode nos ajudar a conceber respostas a riscos proativas e preventivas. Elas
podem oferecer maior proteção contra os riscos emergentes. Tais respostas podem incluir:
• Melhorar a nossa capacidade de vigilância, através de planejamento de cenários, percepção do horizonte e
análise de incerteza, para identificar potenciais riscos emergentes o mais cedo possível.
• Reconhecendo que as pessoas nem sempre agem racionalmente ou logicamente, em seguida, identificar e
corrigir estes desvios.
• Regularmente rever e melhorar a nossa tomada de decisões e processos de comunicação.
• Criação de flexibilidade organizacional para permitir adaptação e inovação quando as circunstâncias mudarem.
• Construir resiliência em todos os níveis, incluindo pessoal, empresarial e da sociedade.
Essas ações podem reforçar uma cultura de consciente do risco em nossas organizações e na sociedade em
geral, e nos ajudar a estarmos mais bem preparados para os riscos emergentes, de onde quer que venham.
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The IGRC report can be downloaded from http://www.irgc.org/IMG/pdf/irgc_ER_final_07jan_web.pdf

Traduzido voluntariamente por Marconi Fábio Vieira, PMP – marconi@infochoice.com.br

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