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A LENDA DO POVO ASTELARION

Os Astelarion vivendo em harmonia com outras raças

Em uma era perdida no fio do tempo, os Astelarion, clã dos draconatos de cristal guardiões dos
segredos celestes, eram conhecidos como visionários em seu reino ancestral. Seu povo dançava
em harmonia com o firmamento, lendo as estrelas e desvendando os mistérios do cosmo. Sua
visão não apenas os favorecia em batalhas, mas também os capacitava a guiar sua raça com
prudência, antecipando ameaças antes que o horizonte se revelasse.

Gerações de sabedoria foram compartilhadas com outros clãs e raças, como pérolas raras
lançadas sobre águas tranquilas. Suas previsões desvendavam o véu do futuro, protegiam
colheitas e teciam a prosperidade nas tramas da vida. Respeitados como oráculos e conselheiros,
sua luz iluminava muitos caminhos.

No entanto, o domínio do conhecimento que os draconatos de cristal possuíam passou a inquietar


corações temerosos. Outras raças, já desconfiadas devido à herança dracônica e a ligação com
dragões, viram ameaça no que não podiam entender. Acusações se ergueram, ecoando como
trovões distantes, alegando que tais sábios teciam destinos sombrios para satisfazer seus
próprios anseios.
Draconato de cristal empunhando armas para se defender

A desconfiança, como névoa densa, cobriu os céus de estrelas, transformando-se em


tempestade. Aqueles que outrora buscavam sua luz se voltaram contra eles. Os Asteralion, antes
tidos como guias, agora eram reféns do medo: sua habilidade de antever o futuro tornou-se a
corrente que os arrastou para o isolamento.

Para sobreviver, o povo do círculo das estrelas escolheu o caminho da reclusão. Deixaram para
trás as grandiosas cidades e templos de outrora, vagando como peregrinos sem destino certo,
escondendo sob mantos de segredo sua herança celestial. O conhecimento dos astros, que antes
fora farol, tornou-se uma maldição, forçando-os a viver nas sombras das estrelas. Ao longo dos
séculos, o mundo acreditou que essa raça mágica e sábia havia sido extinta, tornando-se apenas
uma lenda distante.

NALA ZARASTRIN
Nala Zarastrin

Sob o manto cintilante das estrelas, nasceu Nala Zarastrin, uma criança que trazia consigo o
brilho do céu noturno. A chegada de Nala foi precedida por um espetáculo celestial, onde uma
estrela cadente rasgou o firmamento, deixando um rastro luminoso que banhou a terra e anunciou
seu nascimento.

Nala cresceu em meio à natureza, em um dos acampamentos mais duradouros de seu povo,
escondido em uma grande ravina cercada por árvores antigas e riachos cristalinos. Desde cedo,
ela demonstrou uma conexão íntima com o mundo natural, encantando a todos com sua
habilidade de se comunicar com os seres e criaturas da floresta.

A infância de Nala foi permeada por noites estreladas onde seu pai, o grão-sacerdote Eldranthar,
a levava para observar o céu. Ele a ensinou a ler as constelações e a compreender os mistérios
que as estrelas guardavam. Cada noite, sob a abóbada celeste, pai e filha compartilhavam
histórias e segredos, fortalecendo o vínculo que unia suas almas.
Eldranthar, o pai de Nala

Nala, embora crescesse em um mundo de segredos e mistérios, era uma criança curiosa e
ansiosa para explorar. Ela corria pelas margens dos riachos, caçava joaninhas com olhos
maravilhados e observava os pássaros que deslizavam pelo céu. A floresta era sua amiga e as
árvores sussurravam segredos ao seu ouvido.

Mas à medida que Nala crescia, a sombra do isolamento que envolvia seu povo se tornava mais
escura. Ela começou a perceber que não era bem-vinda em muitas terras e que a desconfiança
pairava sobre sua raça. A visão do céu estrelado e a alegria de sua infância logo foram
obscurecidas pelas nuvens criadas pela hostilidade.

Nala nunca esqueceu o brilho das estrelas e a sabedoria transmitida por seu pai, mas sentia em
seu íntimo que carregava o legado de sua raça e uma missão especial. A luz da estrela cadente
que a anunciou era um prelúdio para a jornada épica que a aguardava, uma jornada que a levaria
a fugir em busca de orientação nos grandes templos astrais para cumprir seu destino como
guardiã dos segredos estelares e restauradora da honra de seu povo.
Um dos grandes templos astrais dos Astelarion

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