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Olá, tudo bem?

Eu sou o Professor Milton Botelho e fico feliz em saber que você tem interesse em desvendar a área de Controle
Interno!
Mas, antes de você iniciar a leitura, quero apresentar o meu trabalho.
Sou especialista em Gestão Pública, Direito Público, Processo e Técnicas Legisla vas e uma de minhas missões é
transmi r meus conhecimentos! Por isso , além de professor, sou consultor.
Ao longo dos anos, pude adquirir muita experiência na minha área, tanto é que decidi escrever alguns livros, como:
“Manual de Controle Interno – Teoria & Prá ca” Editora Juruá; Manual Prá co de Controle Interno na Administração
Pública Municipal - Juruá – 2014
“Gestão Administra va, Contábil e Financeira do Legisla vo Municipal – Editora Juruá”. Patrimônio Público Municipal
– Juruá – 2014.

Eu amo o que faço, e você pode perceber isso por um pouco da minha biografia:
Ÿ Auditor da Prefeitura Municipal de Itabirinha – MG;
Ÿ Assessor Técnico Legisla vo;
Ÿ Controlador Geral do Município de Iba ba – ES e de Galiléia – MG;
Ÿ Conselheiro do Conselho Regional de Contabilidade de Minas Gerais;
Ÿ Professor e Coordenador de cursos de Administração Pública Municipal;
Ÿ Membro e Orador da Academia Mineira de Ciências Contábeis;
Ÿ Professor do IPOG, UNIPUBLICA – Curi ba-PR;
Ÿ Sócio-Diretor da LOGUS Assessoria e Consultoria Pública.

Acompanhe meus trabalhos nas redes sociais e visite meu blog!

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Espero que aprecie a leitura!

Grande abraço,

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O Controle Interno é uma das principais ferramentas de gestão e preza pela transparência dentro da Administração
Pública.
Segundo com o dicionário Priberam de Língua Portuguesa, o termo 'controle' significa:

“Con·tro·le |ô| - substan vo masculino:


1. Vigilância, exame minucioso.
2. Inspeção, fiscalização, comprovação.
3. Lugar onde se faz a verificação de alguma coisa.
4. Domínio.
5. Ato de dirigir um serviço orientando-o do modo mais conveniente.

Controle orçamentário:
[Economia] Conjunto das medidas que, em uma empresa, visam estabelecer previsões cifradas, verificar os
desvios entre estas e os resultados efe vamente ob dos e decidir dos meios próprios para a ngir os
obje vos fixados.”

A principal função do Controle Interno é vigiar, do planejamento à análise das ações, se os recursos estão sendo bem
empregados, com vistas a atender os obje vos sociais.
Devido à sua natureza, percebemos que se trata de uma área indispensável à Administração Pública. Mas, para que
cumpra corretamente seus deveres, é preciso, primeiro, que ela seja implantação corretamente dentro de uma gestão.
Neste material, vamos apresentar os quatro primeiros passos, de dez, para a implantação e funcionamento
adequados do Controle Interno.

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O que é o Controle Interno
Controle Interno é o planejamento, acompanhamento e avaliação dos resultados de todas as ações que envolvem
despesas, públicas ou privadas.
De acordo com o AICPA (American Ins tute of Cer fied Public Accountants), os principais obje vos da área são:

➔ Preservar os a vos;
➔ Analisar a confiabilidade de dados contábeis;
➔ Es mular a produ vidade operacional;
➔ Promover a obediência às polí cas administra vas.

O Controle Interno se inicia pelas Unidades


Administra vas, que compõem o que conhecemos por
Sistema de Controle Interno.
Na Administração Pública, o Sistema de Controle
Interno é um conjunto de unidades técnicas e
ar culadas por um órgão central, segundo a estrutura
determinada por lei local. Seu trabalho sempre é
orientado para o desempenho do Controle Interno.

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O Controle Interno dentro da Administração Pública
De acordo com Maria Luciene, Auditora do Tribunal de Contas do Estado do Ceará, podemos definir Controle Interno
na Administração Pública como:
“Conjunto complexo e organizado de regras e normas, de unidades, de princípios, métodos, procedimentos
e equipamentos coordenados entre si, que busca o fim precípuo de realizar a avaliação da gestão pública e o
acompanhamento dos programas de governo, bem como de comprovar a legalidade e avaliar os resultados
quanto à eficácia, eficiência e economicidade da gestão orçamentária, financeira, patrimonial e operacional
nas unidades da administração pública.”

De acordo com esse conceito, podemos detalhar as atribuições do Controle Interno da seguinte forma:

➔ Atuar em toda a estrutura organizacional do administração em questão;


➔ Organizar-se com base em normas e regras;
➔ Comprovar a eficácia e a legalidade dos atos pra cados pela Administração Pública;
➔ Avaliar a eficiência e a eficácia da Gestão Pública;
➔ Responsabilizar-se pela avaliação e pela comprovação dos resultados da gestão pública, quanto à
economicidade da gestão orçamentária, patrimonial, financeira e operacional;
➔ Responsabilizar-se por acompanhar programas de governo e indicações de seus gestores;
➔ Assumir a independência funcional e coordenar subunidades administra vas (conhecidas como
unidades executoras das regras) e estabelecer-se dentro de hierarquias previamente estabelecidas;
➔ Adotar os princípios de legalidade, eficiência, impessoalidade, moralidade, publicidade, legi midade,
economicidade e transparência no papel de fiscalização;
➔ Trabalhar amparado por metodologia (autorização, comprovação, técnicas de amostragem, aferição e
auditoria);
➔ Conduzir seu trabalho com equipamentos e procedimentos incorporados para aferição dos resultados.

Essas são as principais atribuições do Controle Interno na Administração Pública.


Todo esse escopo é fruto de décadas de intensas mudanças ins tucionais e tem, sobretudo, reflexos da situação
polí ca nacional.
Entenda como surgiu o Controle Interno no Brasil e para o que ele evoluiu hoje.

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Como surgiu o controle interno no Brasil
A história do Controle Interno no Brasil é an ga e remota ao ano de 1914. O órgão surgiu de uma necessidade: a de garan r
ao gestor segurança em sua administração.
De acordo com Castro (2011, p. 317), a essência do Controle Interno era contábil com foco na inserção de prá cas de
Contabilidade dentro do setor público; e nha o obje vo de padronizar e aplicar metodologias contábeis em todas as ações.
Ao longo das décadas, a área se desenvolveu e teve significa vas conquistas, como a ins tuição da Diretoria Central de
Contabilidade Pública - órgão da União que centraliza essas a vidades e que mais tarde evoluiu para Contadoria Geral da
República.
Com a organização da estrutura contábil, foi definido o Código de Contabilidade Pública, nos âmbitos patrimonial,
orçamentário e financeiro, associado ao Ministério da Fazenda. Esse movimento também apontou a necessidade de se
estruturar o controle administra vo.
A par r de 1964, com a Ditadura Militar, o Controle Interno passou a atuar mais a vamente no auxílio de efe vidades de
planejamentos, como um braço dos governantes.
Esse momento também representou a separação de Controle Interno e Externo, evidenciada na Cons tuição de 1967, que
alterou a Lei n.º4.320/64. O Controle Interno passou a fazer parte do domínio do Poder Execu vo e isso aconteceu no momento
em que a Reforma Administra va do Brasil se iniciava.
Mais à frente, com as mudanças polí cas intensas e a retomada da Democracia no ano de 1985, a área de Controladoria
sofreu impactos profundos, como a transferência da Secretaria de Controle Interno (SECIN) e a Comissão de Coordenação de
Controle Interno (INTERCON) para o Ministério da Fazenda.
Por fim, o Decreto n.º 93.874/86 da Cons tuição de 1988 estabeleceu que o Sistema de Controle Interno deveria ser
controlado por cada Unidade Administra va, com independência, mantendo, ainda, o auxílio do Tribunal de Contas da
União.
O Decreto também expandiu as frentes de atuação da área e implementou Sistemas de Controle Interno nos Poderes
Judiciário e Legisla vo. Essas foram algumas das muitas mudanças cons tucionais no Controle Interno naquele período.
Mais à frente, nos deparamos com outro marco: a promulgação da Lei de Responsabilidade Fiscal nº 101/2000. A lei
aumentou as imposições sobre a Administração Pública Gerencial, tornando mais robustos os preceitos administra vos, em
relação ao planejamento e controle fiscal.
Esses foram alguns marcos que moldaram a atuação do Controle Interno, como conhecemos hoje.
Na Espera Pública, o Controle Interno Municipal tem importância equivalente a qualquer outro poder, pois ele auxilia tanto o
gestor nas tomadas de decisão, quanto representa uma prestação de contas à sociedade.
Após décadas de refino na área, temos, hoje, um parecer claro e preciso das necessidades fundamentais para a
implementação correta do Controle Interno Municipal.
Veja, a seguir, os quatro primeiros passos, de dez, para a implementação correta do Controle Interno Municipal.

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4 Passos para a Implementação Correta
do Controle Interno Municipal
A correta implementação do Controle Interno Municipal depende de diversos fatores. A seguir, você conhecerá os
primeiros passos para ela.
Tudo se inicia com o entendimento da Estrutura Organizacional.

1º Passo: Estrutura Organizacional Adequada

Conhecer a Lei de Estrutura Organizacional do órgão em questão é o primeiro passo para que o agente de Controle
Interno entenda as diretrizes que deve seguir nesse trabalho.
É preciso iden ficar qual a função de cada Unidade Administra va e confrontá-las com as a vidades que devem
prestar. Com isso, o profissional deverá analisar as metas e programas definidos no planejamento da gestão e apontar
uma agenda correspondente.
Um dos grandes desafios desse trabalho é equilibrar o orçamento com os planos da gestão, além de garan r a
transparência de todas as ações.

2º Passo: Independência Funcional do Órgão

Reconhecer e pra car a independência do Controle Interno é o segundo passo.


Deve-se ressaltar que o Controle Interno é o Órgão Máximo de Fiscalização Interna, tem independência funcional,
igual ou superior às Secretarias Municipais, e não é subordinado a nenhuma Unidade Administra va.
Todos os recursos de que necessita para a execução de suas funções (tecnológicos, humanos e orçamentários) estão
assegurados.
A também área tem autonomia para enviar no ficações, recomendações e avaliações aos responsáveis por funções
que envolvam os gastos públicos, com o fim de adequar a Eficiência Operacional.

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3º Passo: Manual de Procedimentos e Ro nas

Esse é o momento de “organizar a casa” por meio de atos administra vos.


Com a produção do Manual de Procedimentos de Ro nas, ou Decretos e Instruções Norma vas, o Controle Interno
estabelece padrões e normas para a produção de dados e prazos para ajustes no órgão.
Este Manual deve ser definido de acordo com a Estrutura Organizacional, normas regulamentares vigentes,
disposi vos de planejamento, cotas orçamentárias e calendário financeiro (de acordo com o art. 47 e 48 da Lei nº.
4.320/64 e o art. 8º da Lei Complementar nº. 101/2000).
O documento deve ser entregue a todos os servidores envolvidos. Com esse parâmetro, o controlador passa a
fiscalizar as ações da gestão pública.

4º Passo – Plano Anual de Auditoria Interna

Por fim, é necessário que o Agente de Controle Interno desenvolva o Plano Anual de Auditoria Interna.
Este é o consolidado avaliação dos procedimentos que serão executados no período. Ele é baseado nas Instruções
Norma vas e ancorado nos princípios que regem a Controladoria: legi midade, economicidade, legalidade, eficácia e
eficiência.
A auditoria será realizada por regularidade e amostragem. O Controlador Geral desenhará, também, um roteiro
conhecido como “Papel de Trabalho”, indicando as chefias das Unidades Administra vas.

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Conclusão
O Controle Interno é uma ferramenta poderosa na Administração Pública, desde o poder Nacional até o Municipal.
Sua principal atribuição é fiscalizar, do planejamento à análise das ações, se os recursos estão sendo bem
empregados, com vistas a atender os obje vos sociais, em primeiro lugar.
Com significa va evolução ao longo dos anos, a Controladoria, hoje, conquistou sua independência e autoridade na
esfera pública.
Os primeiros quatro passos para a Implementação e Funcionamento do Controle Interno Municipal são a base do bom
funcionamento do órgão. Há, ainda, 6 elementos base para sua consolidação integral, você sabe quais são?
Con nue acompanhando meu blog e redes sociais para conhecê-los!

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Referências:
Ÿ h ps://portal.tcu.gov.br/lumis/portal/file/fileDownload.jsp?inline=1&fileId=8A8182A24F0A728E014F0B241538
7225#:~:text=Segundo%20Castro%20(2011%2C%20p.,gest%C3%A3o%20em%20todos%20os%20n%C3%ADveis.
Ÿ h ps://www.acervodigital.ufpr.br/handle/1884/53529
Ÿ h ps://www.tce.mg.gov.br/img_site/Car lha_Controle%20Interno.pdf

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