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A bulimia nervosa é um transtorno alimentar caracterizado pelo consumo rápido e repetido de

grandes quantidades de alimentos (episódios de compulsão alimentar) seguido por tentativas


de compensar o excesso de alimentos consumido (por exemplo, ao praticar purgação, jejum ou
exercício).

A pessoa come grandes quantidades de alimentos e, depois, induz o próprio vômito, usa
laxantes, faz regime, jejua ou se exercita vigorosamente para compensar.

Tal como acontece com a anorexia nervosa, a bulimia nervosa é influenciada por fatores
hereditários e sociais. Como também ocorre na anorexia nervosa, a maioria das pessoas que
sofre de bulimia nervosa são mulheres jovens que estão profundamente preocupadas com sua
forma física e peso corporal.

Quais as causas de bulimia nervosa

Muitos fatores podem ser levados em consideração no momento do paciente desenvolver a


bulimia nervosa. Ele pode, por exemplo, ter um desejo exacerbado de cuidar de seu corpo e
acabar fazendo dietas excessivamente restritivas, causando a compulsão alimentar.

O paciente também pode sofrer pressão dos amigos, familiar ou social para manter um corpo
“perfeito”, o que pode desencadear a bulimia nervosa.

A predisposição genética é um outro fator que influencia no desenvolvimento da bulimia.

Quais os sintomas de bulimia nervosa

Entre os sintomas de bulimia nervosa, podemos destacar:

 Longos períodos de jejum seguidos por episódios em que o paciente se alimenta sem
parar e mesmo sem fome;
 Pessoa que come muito, mas não engorda;
 Sentimento de culpa por se alimentar, seguido de eliminação daquilo que foi
consumido;
 Preocupação excessiva com o corpo e o peso.
 A pessoa tende a consumir alimentos com alto teor de açúcar e de gordura, como
sorvete e bolo. A quantidade de alimento consumida varia, chegando às vezes a
milhares de calorias. Os episódios de alimentação compulsiva podem ocorrer várias
vezes por dia.
 Vários meios podem ser utilizados na tentativa de contrabalançar os efeitos do
consumo excessivo de alimentos:
 Praticar a purgação, por exemplo, induzindo o próprio vômito (vômito autoinduzido)
ou tomando laxantes ou diuréticos (medicamentos que fazem os rins excretar mais
água)
 Algumas pessoas também tomam diuréticos para tratar um suposto inchaço.

 Seguir regimes ou jejuns rigorosos, sem nenhuma orientação de um nutricionista.


 Praticar exercícios em excesso (mesmo não estando bem).
Qualquer combinação dos itens acima.

Impactos que a bulimia nervosa causa na saúde física e mental

Os vômitos autoinduzidos podem provocar erosão no esmalte dentário, fazendo com que as
glândulas salivares nas bochechas (glândulas parótidas) fiquem aumentadas e causar
inflamações no esôfago. O vômito pode diminuir os níveis de potássio no sangue, causando
arritmias cardíacas. Morte súbita em decorrência de arritmias cardíacas pode ocorrer em
pessoas que constantemente ingerem grandes quantidades de ipecacuanha para induzir o
vômito. Em alguns casos raros, ocorre a ruptura do estômago ou do esôfago durante um
episódio de compulsão alimentar ou purgativo, gerando complicações que podem ser fatais.

Em pacientes que possuem a bulimia nervosa por um longo período, mesmo sem induzir o
vômito ou usar laxantes para ter diarreia, há ainda a dificuldade em manter alimentos no
organismo.

A pessoa com bulimia nervosa está constantemente preocupada com seu peso e forma física e
julga a si mesma com base nesses critérios. Sua autoestima se baseia principalmente no peso
corporal e na forma física.

Em comparação com as pessoas que sofrem de anorexia nervosa, as que sofrem de bulimia
nervosa tendem a ser mais conscientes do seu comportamento, que faz com que elas sintam
remorso ou culpa. Elas também são mais propensas a ter um comportamento impulsivo, abuso
de drogas ou de álcool e depressão. Elas sentem ansiedade em relação ao seu peso.

Como é o tratamento de bulimia nervosa

Por se tratar de uma doença mental muito relacionada com outras condições, como a
ansiedade, a depressão e a compulsão alimentar, a bulimia nervosa possui uma lista de
sintomas que não se esgota e que também não é a mesma para todos os pacientes.

Diferentemente da anorexia, em que os sintomas são mais visíveis, o paciente com bulimia
nervosa pode não apresentar tantos sinais da doença.

Somente o médico, entendendo o quadro paciente, seu estado emocional e seus hábitos
alimentares poderá confirmar ou descartar o diagnóstico de bulimia nervosa, indicando o
tratamento correto.

Geralmente, o tratamento da bulimia nervosa é multidisciplinar e pode envolver o uso de


terapia e acompanhamento psicológico, além do acompanhamento com nutricionista e do uso
de medicamentos sob recomendação do psiquiatra.

 Psicoterapia

 Determinados antidepressivos

O tratamento da bulimia nervosa pode incluir terapia cognitivo-comportamental, psicoterapia


interpessoal e farmacoterapia.

Os objetivos são
 Motivar a pessoa a mudar

 Estabelecer e manter um padrão de alimentação regular e flexível

 Reduzir sua preocupação com o peso corporal e a forma física

Além disso, um paciente em tratamento de bulimia nervosa precisa também contar com sua
rede de apoio pessoal, que o encoraje e o lembre o quão querido e amado ele é, em um
momento tão delicado como o de tratamento de uma doença mental.

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