Teoria Clássica da Administração (Henri Fayol) ˃ Comercial.

Henri Fayol, um executivo francês, desenvolveu aquela que é a teoria que cria as ˃ Contábil.
bases para a Administração como conhecemos hoje, e graças a ele a
Administração deixa de ser uma mera tarefa para se tornar uma área do saber, ˃ De segurança.
vinculada às Ciências Humanas. Fayol define o papel do administrador. O centro ˃ Administrativa.
da teoria de Fayol está na ênfase na estrutura, com a direção da empresa dando
prioridade às funções e operações no interior dela. Estabeleceu os princípios da 14 Princípios da Teoria Clássica
Boa Administração, sendo dele a clássica visão das funções do administrador 1. Autoridade e responsabilidade;
(PO3C): 2. Remuneração do pessoal;
˃ Planejar (Prever). 3. Estabilidade do pessoal;
4. Disciplina;
˃ Organizar. 5. Centralização;
˃ Controlar. 6. Iniciativa;
7. Interesse Geral;
˃ Coordenar. 8. Cadeia escalar;
9. Espirito de equipe;
˃ Comandar. 10. Unidade de direção;
A Teoria Clássica, ao definir as funções do administrador, analisa a organização 11. Ordem;
sob o aspecto gerencial, pois são os patrões, diretores e demais níveis superiores 12. Divisão do trabalho;
que têm as funções acima descritas. 13. Unidade de comando;
14. Equidade.
Segundo as palavras do próprio Fayol: “Quase nunca se aplicará o mesmo
princípio duas vezes em condições idênticas”. TEORIA CIENTÍFICA DA ADMINISTRAÇÃO

Com a Teoria Clássica, as organizações dão um salto no profissionalismo e nos
métodos de controle e coordenação, destacando membros para desenvolvimento
de tarefas exclusivas de Administração (os administradores), que não executam
tarefas nas organizações, sejam elas do ponto de vista de produção de bens,
sejam elas do ponto de vista da prestação de serviços.
DICA: Henri Fayol, na Teoria Clássica não analisa o nível operacional, pois não é
focada no processo produtivo, e sim na Administração em níveis diretivos nas
organizações.
→ Na Teoria Clássica, Henri Fayol define ainda que uma organização tem seis
áreas essenciais, sendo a área Administrativa a que está acima de todas as outras.
˃ Financeira.
˃ Técnica.
Obra: “Bases da Teoria Científica” (1911)
Termos Associados
˃ Tarefas na Estrutura
˃ Down – Up
F. W. Taylor, um engenheiro americano, desenvolveu a teoria clamada de
Científica, que não é concorrente a Teoria Clássica de Henri Fayol, mas sim
um complemento dela, pois ao não se contrapor a Teoria Clássica, Taylor
analisa o nível operacional, o “chão da fábrica”.
A Teoria Científica propõe que quanto mais simples as tarefas desenvolvidas
na produção de bens ou na prestação de serviços, maior a produtividade do
indivíduo e lucratividade da organização, pois atividades complexas divididas
em partes mais simples facilitando a padronização de processos de produção.
Propõe, ainda, incentivos financeiros (salariais) e prêmios, partindo do
princípio que as pessoas são motivadas apenas por interesses salariais.
Seu Trabalho foi dividido em Dois Períodos
˃ 1o período de Taylor: racionalização do trabalho dos operários das fábricas
da época.
˃ 2o período de Taylor: definição de princípios de administração aplicáveis
em todas as situações do cotidiano da empresa.
Estudo dos Tempos e Movimentos
Em seu livro “Administração de Oficinas” (1903), Taylor propõe a
racionalização do trabalho por meio do estudo dos tempos e movimentos. Tal
estudo visava definir uma metodologia que deveria ser seguida por todos os
trabalhadores, pregando a padronização do método de trabalho e das
ferramentas utilizadas. Instrumento criado para promover a racionalização do
trabalho do operário, era a divisão e subdivisão de todos os movimentos
necessários à execução de cada operação em uma tarefa. Entre as vantagens
do estudo dos tempos e movimentos estão:
˃ eliminação do desperdício de esforço e movimentos inúteis;
˃ racionalização da seleção dos operários e sua adaptação ao trabalho;
˃ facilita o treinamento e melhora a eficiência e rendimento.
Organização Racional do Trabalho (ORT)
A Organização Racional do Trabalho visava à eliminação de movimentos
inúteis, fazendo com que os trabalhadores executassem suas tarefas de
forma mais simples e rápida, estabelecendo um tempo médio, a fim de que as
atividades fossem feitas em um tempo menor e com qualidade, aumentando
a produção de forma eficiente. A ORT pregava:
˃ análise do trabalho operário;
˃ estudo dos tempos e movimentos;
˃ fragmentação das tarefas;
˃ especialização do trabalhador.
Princípios
˃ Princípio de planejamento – substituição de métodos empíricos por
procedimentos científicos – sai de cena o improviso e o julgamento individual,
o trabalho deve ser planejado e testado, seus movimentos decompostos a fim
de reduzir e racionalizar sua execução.
˃ Princípio de preparo dos trabalhadores – selecionar os operários de acordo
com as suas
aptidões e então prepará-los e treiná-los para produzirem mais e melhor, de
acordo com o
método planejado para que atinjam a meta estabelecida.
˃ Princípio de controle – controlar o desenvolvimento do trabalho para se
certificar de que está
sendo realizado de acordo com a metodologia estabelecida e dentro da meta.
˃ Princípio da execução – distribuir as atribuições e responsabilidades para
que o trabalho seja o
mais disciplinado possível.
DICA: A Teoria Clássica, e a ideia de tarefas simples, foi a base para Henri Ford
desenvolver o processo de produção denominado Fordismo.
Divisão do trabalho
• Horizontal – Divisão de tarefas, trabalhos simplificados e colaborativos,
criando o especialista na função.
• Vertical – Teoria desenvolvida pelos níveis diretivos e prática desenvolvida
pelos níveis operacionais.
Teoria Burocrática da Administração funcionário, ou no desenvolvimento do trabalho, em comparação aos outros
membros da organização, ou no mérito obtido por formação acadêmica ou
treinamento profissional. Ou seja, sempre existe a comparação entre os
Obra: Economia e Sociedade (1920) membros da equipe e os que mais se destacam, por seus próprios méritos são
valorizados dentro da organização.
Termos associados
Relações Verticalizadas
• Estabilidade
A teoria da burocracia valoriza estruturas formais, hierarquizando as relações
• Definição de papéis com clara definição de linha de comando e subordinação. A rigidez
Segundo Max Weber; a base da sua teoria está na “organização voltada característica do weberianismo estabelece departamentos que não possuem
exclusivamente para a racionalidade e para a eficiência”. O processo racional flexibilidade e o controle é hierárquico, em que os órgãos que controlam
de tomada de decisão. E, neste sentido, são inseridos os princípios da estão acima na estrutura formal daquele órgão que é controlado.
legalidade e impessoalidade.
Domínio DICA – Max Weber ao desenvolver a teoria da burocracia, instituiu a
• Tradicional; normatização a legalidade e os procedimentos pré-definidos nas
organizações.
• Carismático;
• Racional Legal.
TEORIA NEOCLÁSSICA DA ADMINISTRAÇÃO
Racionalismo Decisório
A Teoria Neoclássica da Administração visa à atualização das teorias do início
As decisões não são baseadas no processo comportamental, no qual as do século passado, e não tem como foco negar por completo os teóricos
decisões têm base nas posições e opiniões dos indivíduos que estão na clássicos, porém atualizar alguns princípios no mundo do trabalho, e o
condição de comando. principal teórico é Peter Druker.
O racionalismo decisório tem quatro fases: A função da administração é:
• identificação do problema; • planejamento;
• buscar a origem do problema; • organização;
• resolver o problema; • direção;
• criar soluções para a não recorrência do problema. • controle.
Meritocracia como Método Sobre a Teoria Neoclássica Chiavenato diz: “Os autores aqui abordados, (...)
muito embora não apresentem pontos de vista divergentes, também não se
O weberianismo tem a meritocracia como método de valorização dos
preocupam em se alinhar dentro de uma organização comum. Em resumo, os
funcionários em uma organização. A meritocracia está baseada na evolução
autores neoclássicos não forma propriamente uma escola bem definida, mas
funcional e na promoção baseadas na aferição do desempenho pessoal do
um movimento relativamente heterogêneo.”
 3o princípio: Deixe de depender da inspeção para atingir a qualidade. Elimine
a necessidade de
Preferimos a denominação teoria para melhor enquadramento didático e
facilidade de apresentação. inspeção em massa, introduzindo a qualidade no produto desde seu primeiro
estágio;
São premissas da Teoria Neoclássica:
4o princípio: Cesse a prática de aprovar orçamentos com base no preço. Ao
• Ênfase na prática da Administração. invés disto, minimize
• Reafirmação dos postulados clássicos. o custo total. Desenvolva um único fornecedor para cada item, num
• Ênfase nos princípios gerais de Administração. relacionamento de longo prazo

• Ênfase nos objetivos e nos resultados. fundamentado na lealdade e na confiança;

• Ecletismo nos conceitos. 5o princípio: Melhore constantemente o sistema de produção e de prestação

de serviços, de modo
• Ênfase na departamentalização.
a melhorar a qualidade e a produtividade e, consequentemente, reduzir de
Globalização nas empresas forma sistemática os
Peter Druker, apesar de ser o teórico que mais influencia a Teoria custos;
Neoclássica, desenvolve sua própria teoria, que é o conceito da Globalização
nas empresas, e ela tem os seguintes termos: 6o princípio: Institua treinamento no local de trabalho;

• produto certo; 7o princípio: Institua liderança. O objetivo da chefia deve ser o de ajudar as
pessoas e as máquinas
• na hora certa;
e dispositivos a executarem um trabalho melhor. A chefia administrativa está
• para o público certo; necessitando de uma
• nas melhores condições. revisão geral, tanto quanto a chefia dos trabalhadores de produção;
8o princípio: Elimine o medo, de tal forma que todos trabalhem de modo
TEORIA JAPONESA eficaz para a empresa;

Os 14 princípios de Deming
1o princípio: Estabeleça constância de propósitos para a melhoria do produto 9o princípio: Elimine as barreiras entre os departamentos. As pessoas
e do serviço, objetivando tornar-se competitivo e manter-se em atividade, engajadas em pesqui-
bem como criar emprego; sas, projetos, vendas e produção devem trabalhar em equipe, de modo a
2o princípio: Adote a nova filosofia. Estamos numa nova era econômica. A preverem problemas de
administração ocidental deve acordar para o desafio, conscientizar-se de suas
responsabilidades e assumir a liderança no processo de transformação;
produção e de utilização do produto ou serviço; 13o princípio: Institua um forte programa de educação e autoaprimoramento;
10o princípio: Elimine lemas, exortações e metas para a mão de obra que
exijam nível zero de
14o princípio: Engaje todos da empresa no processo de realizar a
falhas e estabeleçam novos níveis produtividade. Tais exortações apenas transformação. A transforma-
geram inimizades, visto
ção é da competência de todo mundo.
que o grosso das causas da baixa qualidade e da baixa produtividade
encontra-se no sistema, estando,
portanto, fora do alcance dos trabalhadores; Kaisen e PDCA
Dentre as ferramentas que têm origem na iniciativa privada e foram
incorporadas nos últimos
11o princípio: Elimine padrões de trabalho (quotas) na linha de produção.
Substitua-os pela lide- anos pela Administração Pública na busca pela qualidade, estão o “Kaizen” e
“Ciclo PDCA”, que
rança; elimine o processo de administração por objetivos. Elimine o processo
de administração por seguem abaixo:
• Kaizen – Focada no princípio segundo o qual as ações de uma organização
sempre devem
cifras, por objetivos numéricos. Substitua-os pela administração por
processos por meio do exemplo objetivar “hoje melhor do que ontem e amanhã melhor do que hoje.”

de líderes; • Ciclo PDCA – O ciclo PDCA é uma ferramenta de melhoria contínua, e que
tem sido
12o princípio: Remova as barreiras que privam o operário horista de seu
direito de orgulhar-se de adotada pela Administração Pública. Os passos do ciclo PDCA são PLAN
(Planejamento),
DO (Execução) CHECK (Verificação) e ACT (Ação de Encerramento ou
seu desempenho. A responsabilidade dos chefes deve ser mudada de Refinamento).
números absolutos para a quali-
dade; remova as barreiras que privam as pessoas da administração e da
engenharia de seu direito de

orgulharem-se de seu desempenho. Isto significa a abolição da avaliação

anual de desempenho ou de
mérito, bem como da administração por objetivos;