Você está na página 1de 6

Interciencia

ISSN: 0378-1844
interciencia@ivic.ve
Asociación Interciencia
Venezuela

Guarda, Carin; Lutinski, Junir Antonio; Roman-Junior, Walter Antônio; Busato, Maria
Assunta
ATIVIDADE LARVICIDA DE PRODUTOS NATURAIS E AVALIAÇÃO DA
SUSCEPTIBILIDADE AO INSETICIDA TEMEFÓS NO CONTROLE DO Aedes aegypti
(DIPTERA: CULICIDAE)
Interciencia, vol. 41, núm. 4, abril, 2016, pp. 243-247
Asociación Interciencia
Caracas, Venezuela

Disponível em: http://www.redalyc.org/articulo.oa?id=33944929004

Como citar este artigo


Número completo
Sistema de Informação Científica
Mais artigos Rede de Revistas Científicas da América Latina, Caribe , Espanha e Portugal
Home da revista no Redalyc Projeto acadêmico sem fins lucrativos desenvolvido no âmbito da iniciativa Acesso Aberto
ATIVIDADE LARVICIDA DE PRODUTOS NATURAIS E AVALIAÇÃO DA
SUSCEPTIBILIDADE AO INSETICIDA TEMEFÓS NO CONTROLE DO
Aedes aegypti (DIPTERA: CULICIDAE)
Carin Guarda, Junir Antonio Lutinski, Walter Antônio Roman-Junior e Maria Assunta Busato

RESUMO

A utilização de extratos e substâncias isoladas de plantas larvas de A. aegypti dos 2º e 3º estágios. Os resultados obti-
medicinais são alternativas aos inseticidas sintéticos para o dos após 24h e 48h foram submetidos à análise de variância
controle populacional dos insetos. Neste estudo avaliou-se o (ANOVA) e teste de Duncan (p<0,05). O tratamento realizado
potencial larvicida do flavonoide rutina e dos extratos aquosos com H. aphrodisiaca 500μg·ml-1 apresentou 100% de efeito lar-
de Heteropterys aphrodisiaca O. Mach. (Malpighiaceae), Casea- vicida em 24h enquanto na concentração de 250μg·ml-1 a efi-
ria sylvestris Sw. (Flacourtiaceae), Solidago chilensis Meyen ciência foi 21%. O tratamento com a rutina 750g·ml-1 apresen-
(Asteraceae) e Eugenia uniflora O. Berg. (Myrtaceae) sobre tou eficiência de 97%. A população de A. aegypti apresentou
estágios larvários do mosquito Aedes aegypti. Foi investiga- total susceptibilidade ao temefós 0,1; 0,09; 0,08 e 0,07g·l-1. O
da também a susceptibilidade deste inseto ao inseticida teme- efeito larvicida de H. aphrodisiaca é um resultado promissor
fós. Os extratos aquosos das plantas e da solução de rutina e abre caminhos para novos estudos focados no isolamento e
foram preparados nas concentrações de 125, 250, 500, 750 e teste de compostos bioativos do vegetal. A eficiência da rutina
1000μg·ml-1 (n=3). Os ensaios foram conduzidos em recipientes a qualifica como uma opção para uso em programas de con-
contendo 60ml de cada tratamento, onde foram inseridas nove trole vetorial de A. aegypti.

Introdução e sinais semelhantes, enquanto O Aedes aegypti se desen- principalmente nas fases lar-
a dengue se destaca pelas do- volve por meio de metamorfo- vais, quando se encontra mais
O mosquito Aedes aegypti res nos corpo, a chikungunya se completa (holometabolia) vulnerável. O inseticida orga-
(Linnaeus, 1762) é vetor de é caracterizada por dores e passando pelas fases de ovo, nofosforado temefós tem sido
vírus causadores das enfermi- inchaço nas articulações. Já a lar va (4 estágios), pupa e o produto recomendado e uti-
dades conhecidas como den- zika, apresenta febre mais bai- adulto (Simas et al., 2004; lizado pelo Programa Nacio-
gue, chikungunya e zika xa (ou ausência de febre), Neves, 2011; MS, 2016). As nal de Prevenção à Dengue
(Vasconcelos, 2015). A dengue manchas na pele e coceira no ações para o seu controle po- no Brasil e pela Organização
e a chikungunya têm sintomas corpo (Sesab, 2016). pulacional são realizadas Mundial da Saúde (Carvalho

PALAVRAS CHAVE / Controle populacional / Dengue / Saúde Pública / Vetores


Recebido: 28/10/2014. Modificado: 18/02/2016. Aceito: 22/02/2016.

Carin Guarda. Bióloga e Mestre em Ciências Ambientais, sidade Federal de Santa Catarina, Maria Assunta Busato. Bióloga,
Mestranda em Ciências da Unochapecó), Brasil. Doutor Brasil. Mestre em Ciências Universidade de Passo Fundo,
Saúde, Universidade Comu- em Biodiversidade Animal, Farmacêuticas, Universidade Brasil. Doutora em Biologia,
nitária da Região de Chapecó Universidade Federal de Santa Julio de Mesquita Filho, UNESP, Universidad de Barcelona,
(Unochapecó), Brasil. Maria, Brasil. Professor, Uno- Brasil. Doutor em Ciências Espanha. Professora, Unocha-
Junir Antonio Lutinski. Biólogo, chapecó, Brasil. Farmacêuticas, Universidade pecó, Brasil. e-mail: assunta@
Universidade do Oeste de Santa Walter Antônio Roman-Junior. Federal do Paraná, Brasil. unochapeco.edu.br
Catarina (Unoesc), Brasil. Graduado em Farmácia, Univer- Professor, Unochapecó, Brasil.

APRIL 2016, VOL. 41 Nº 4 0378-1844/14/07/468-08 $ 3.00/0 243


LARVICIDAL ACTIVITY OF NATURAL PRODUCTS AND ASSESSMENT OF SUSCEPTIBILITY
TO THE INSECTICIDE TEMEFÓS IN CONTROLLING THE Aedes aegypti (DIPTERA, CULICIDAE)
Carin Guarda, Junir Antonio Lutinski, Walter Antônio Roman-Junior and Maria Assunta Busato
SUMMARY

The use of isolated extracts and substances derived from 9 larvae of A. aegypti belonging to the 2nd and 3rd stages
medicinal plants is an alternative to the synthetic insecti- were inserted. The results obtained after 24 and 48h were
cides for the population control of insects. In this study, we submitted to variance analysis (ANOVA) and Duncan test
assessed the larvicidal potential of the flavonoid rutin and of (p<0.05). The treatment with H. aphrodisiaca at 500μg·ml-1
the aqueous extracts of Heteropterys aphrodisiaca O. Mach. showed 100% larvicidal effect in 24h, whilst the efficiency
(Malpighiaceae), Casearia sylvestris Sw. (Flacourtiaceae), was 21% at 250μg·ml-1. The treatment with rutin 750μg·ml-1
Solidago chilensis Meyen (Asteraceae) and Eugenia uniflora showed 97% efficiency. The A. aegypti population showed to-
O. Berg. (Myrtaceae) on larval stages of the mosquito Ae- tal susceptibility temephos at 0.1, 0.09, 0.08 and 0.07g·l-1. The
des aegypti. The susceptibility of this insect to the insecti- larvicidal effect of H. aphrodisiaca is a promising outcome
cide temephos was also investigated. Aqueous extracts of the and opens pathways for new studies focused on isolation and
plants and rutin solution were prepared at concentrations of test of the bioactive compounds of this plant species. The ef-
125, 250, 500, 750 and 1000μg·ml-1 (n=3). The tests were per- ficiency of rutin makes it an option for use in vector control
formed in test tubes containing 60ml of each treatment, where programs against A. aegypti.

ATIVIDAD LARVICIDA DE PRODUCTOS NATURALES EN EL CONTROL DE Aedes aegypti


(DIPTERA: CULICIDAE) Y EVALUACIÓN DE RESISTENCIA AL INSECTICIDA TEMEFÓS
Carin Guarda, Junir Antonio Lutinski, Walter Antônio Roman-Junior y Maria Assunta Busato
RESUMEN

La utilización de extractos y substancias aisladas de plantas de fueron colocadas larvas de A. aegypti de 2º y 3º estadio.
medicinales son alternativas a los insecticidas sintéticos para Los resultados obtenidos a las 24 y 48h fueron sometidos al
el control poblacional de insectos. En este estudio fue evalua- análisis de varianza (ANOVA) y test de Duncan (p<0,05). El
do el potencial larvicida del flavonoide rutina y de extractos tratamiento realizado con H. aphrodisiaca 500μg·ml-1 presentó
acuosos de Heteropterys aphrodisiaca O. Mach. (Malpighia- 100% de efecto larvicida en 24h, mientras en la concentración
ceae), Casearia sylvestris Sw. (Flacourtiaceae), Solidago chi- de 250μg·ml-1 la eficiencia fue de 21%. El tratamiento con ru-
lensis Meyen (Asteraceae) y Eugenia uniflora O. Berg. (Myrta- tina de750μg·ml-1 presento eficiencia del 97%. La población de
ceae) sobre estadios larvarios de Aedes aegypti. Se investigó A. aegypti presentó total susceptibilidad al temefós 0,1; 0,09;
también la susceptibilidad de la población de este insecto al 0,08 y 0,07μg·l-1. El efecto larvicida de H. aphrodisiaca abre
insecticida temefós. Los extractos acuosos de las plantas y de caminos para nuevos estudios con foco en el aislamiento y test
la solución de rutina fueron preparados en las concentraciones de compuestos bioactivos del vegetal. La eficiencia de la rutina
de 125, 250, 500, 750 y 1000μg·ml-1 (n=3). Los ensayos fueron la califica como una opción para su utilización en programas
conducidos en recipientes con 60ml de cada tratamiento, don- de control vectorial de A. aegypti.

et al., 2004; Crivelenti et al., metabólitos secundários como mais seletivos para o controle aquosos de plantas medicinais
2011; DIVE, 2014). No entan- os f lavonoides, alcaloides e populacional de vetores (Silva abundantes no oeste catarinen-
to, já foram identificadas po- terpenoides que coevoluem et al., 2004; Bobadilla et al., se como a Eugenia uniflora O.
pulações de mosquitos resis- com os insetos e micro-orga- 2005; Santiago et al., 2005; Berg. (Myrtaceae) - pitanguei-
tentes ao inseticida na nismos, tornando-se fontes na- Guissoni et al., 2013). ra, Solidago chilensis Meyen
Colômbia (Maestres et al., turais de substâncias inseticidas A infestação pelo mosquito (Asteraceae) - erva-lanceta,
2009) e em diversos estados (Marangoni et al., 2012; A. aegypti em Chapecó, muni- Casearia sylvestris Sw.
do Brasil, como Ceará, Simões et al., 2010). A utiliza- cípio do Estado de Santa (Flacourtiaceae) - guaçatonga,
Distrito Federal, Minas Gerais ção dessas matérias-primas na Catarina, sul do Brasil, conta a fração acetato de etila de
e Paraíba (Carvalho et al., produção de extratos para o com um histórico de duas dé- Heteropterys aphrodisiaca O.
2004; Lima et al., 2006; controle de vetores apresenta cadas (Lutinski et al., 2013). Mach. (Malpighiaceae) - nó-
Beserra et al., 2007; Horta vantagens em relação aos inse- Nos últimos nove anos o mu- -de-cachorro, e do flavonoide
et al., 2011). Além disso, a ticidas sintéticos. Seus princí- nicípio vem apresentando ele- rutina, presentes nestas espé-
aplicação de inseticidas é de pios ativos apresentam uma vada infestação, alcançando cies, frente ao A. aegypti; e
alto custo e normalmente tem taxa de biodegradabilidade índices de infestação predial 2) avaliar a susceptibilidade de
duração residual de ~60 dias, maior e são geralmente menos (IIP) de 8% (DIVE, 2014). uma população de A. aegypti
o que faz com que seja neces- prejudiciais para a saúde hu- Segundo o Ministério da frente ao inseticida temefós.
sário repetir com frequência a mana e para o meio ambiente Saúde (Funasa, 2001), cidades
sua aplicação para poder man- (Viegas Júnior, 2003; Barreto, com IIP >1% apresentam ris- Material e Métodos
ter o controle do vetor (Rey 2005). É nessa perspectiva que cos reais de transmissão viral
et al., 2010). têm sido desenvolvidas pesqui- da dengue. Neste contexto, As amostras dos materiais
Em resposta aos ataques pa- sas para obtenção de insetici- este estudo visou: 1) avaliar a vegetais (folhas) de Casearia
togênicos, as plantas produzem das naturais menos poluentes e atividade larvicida dos extratos sylvestris (26°58’36,06’’S e

244 APRIL 2016, VOL. 41 Nº 4


52°44’27,18’’O), Solidago chi- coletados com armadilhas do comparadas pelo teste de (500, 750 e 1000μg·ml -1) em
lensis (27°06’38,83’’S e 52° tipo ovitrampas (DIVE, 2015) Duncan em nível de 5% de sig- comparação (p>0,05) com o
34’26,52’’O) e Eugenia uniflo- no perímetro urbano do muni- nificância (p<0,05). A eficiência grupo controle. A fração ace-
ra (27°05’41,43’’S e 52°39’ cípio de Chapecó. A eclosão dos tratamentos foi calculada tato de etila de H. aphrodisia-
39,19’’O) foram obtidas no in- dos ovos ocorreu no labo- pela fórmula de Abbott (1925). ca apresentou eficiente ativida-
terior do município de ratório de ecologia da de larvicida nas concentrações
Chapecó, Santa Catarina, e Universidade Comunitária da Resultados de 250 e 500μg·ml -1 (21 e
identif icadas no Museu Região de Chapecó. Os ovos 100%, respectivamente) no
Botânico Municipal de contidos nas palhetas foram Durante o período experi- primeiro período de avaliação
Curitiba, Paraná, pelo curador colocados em bandejas com 1 mental todas as larvas perma- (24h) em comparação com o
Osmar dos Santos Ribas. litro de água destilada. Após a neceram vivas no grupo con- gr upo controle (p<0,05). A
Amostras de H. aphrodisiaca eclosão, as larvas foram manti- trole. Foi registrada diferença rutina revelou atividade larvi-
foram coletadas em diferentes das sob temperatura ambiente no número de lar vas vivas cida nas concentrações 500,
estações do ano em Santo controlada (29 ±3°C), fotoperí- entre os todos os tratamentos e 750 e 1000μg·ml -1 (62, 97 e
Antônio do Levenger, Mato odo de 12h e alimentadas com tempos após a aplicação dos 25%, respectivamente compa-
Grosso (30º28’31”S e 51º35’ ração de peixe até atingirem o tratamentos (24h e 48h) em radas com o grupo controle
35”O). As amostras foram 2º e 3º estágio de desenvolvi- comparação (p<0,05) com o (p<0,05) em 48h. O inseticida
identificadas e depositadas no mento (Forattini, 2002). grupo controle (Tabela I). Não temefós apresentou forte ativi-
Instituto de Botânica da As concentrações dos extra- houve diferenças no número dade larvicida (100%) nas con-
Universidade Federal do Mato tos foram definidas a partir de de larvas vivas nos tratamen- centrações de 0,07; 0,08; 0,09
Grosso. Todos os materiais Coelho et al. (2009). Amostras tos realizados com E. uniflora, e 0,1g·l -1, no período de 48h
vegetais foram desidratados à dos extratos vegetais e rutina S. chilensis e C. sylvestris (Tabela II).
temperatura ambiente (25 foram diluídas em água desti-
±3ºC), protegidas de luz solar lada para a produção das con-
direta e de umidade. centrações de 500, 750 e TABELA I
As amostras desidratadas de 1000μg·ml -1 e submetidas a ANÁLISE DE VARIÂNCIA DO NÚMERO
C. sylvestris, S. chilensis e E. banho de ultrassom para com- DE LARVAS DE A. aegypti VIVOS
uniflora foram selecionados em pleta dissolução. O extrato de
tamis de 425μm (35 Tyler/ H. aphrodisiaca foi avaliado Graus de Quadrados Valor
Causas da variação liberdade médios de p
Mesh) e submetidos a um pro- também nas concentrações de
cesso de extração por decocção 125 e 250μg·ml-1. O inseticida Tratamentos 23 6,17* < 0,01
Horas após a aplicação 1 0,74* < 0,01
(FB 5, 2010) com água destila- temefós (formulação comercial Interação fatorial 23 0,2* < 0,01
da (1:20; p/v). Posteriormente, impregnada em grãos de areia)
os extratos aquosos obtidos fo- foi avaliado na concentração Coeficiente de variação 14,46%
ram filtrados, liofilizados e es- de 0,1g·l-1 (Funasa, 2001) e em * Significância ao nível de 5% de probabilidade.
tocados em freezer a -20ºC até cinco concentrações menores
a realização dos ensaios. O (0,09; 0,08; 0,07; 0,06 e TABELA II
extrato de H. aphrodisiaca foi 0,05g·l-1). TRATAMENTOS NAS DIFERENTES CONCENTRAÇÕES
obtido por turbolização (aceto- Os ensaios foram desenvol- (N=3), NÚMERO DE LARVAS DE Aedes aegypti
na 70% v/v; 500ml) utilizando vidos em triplicatas, sendo in- VIVAS E EFICIÊNCIA DE 21 TRATAMENTOS
50g de material vegetal desse- seridas nove larvas dos 2º e 3º REALIZADOS EM LABORATÓRIO
cado (FB 5, 2010). O extrato estágios (Busato et al., 2015)
obtido foi concentrado em rota- em frascos de 200ml contendo Larvas de
Tratamentos Concentração A. Aegypti vivas Eficiência
vapor sob pressão reduzida e 60ml de cada tratamento e (médias ±DP)* (% - 48h)
liofilizado. O extrato liofilizado ração de peixe como alimento.
Testemunha - 9 ±0 a 0
(50g) foi diluído com água Para o tratamento controle foi Eugenia uniflora 500μg·ml-1 9 ±0 a 0
(500ml) e a solução foi subme- utilizado somente água destila- Eugenia uniflora 750μg·ml-1 9 ±0 a 0
tida à partição em funil de se- da e alimento. Os resultados Eugenia uniflora 1000μg·ml-1 9 ±0 a 0
paração com 500ml de acetato foram analisados após 24 e Solidago chilensis 500μg·ml-1 9 ±0 a 0
de etila. A fração acetato de 48h da aplicação, consideran- Solidago chilensis 750μg·ml-1 9 ±0 a 0
etila foi concentrada em rotava- do-se mortas as larvas que não Solidago chilensis 1000μg·ml-1 9 ±0 a 0
Heteropterys aphrodisiaca 125μg·ml-1 9 ±0 a 0
por sob pressão reduzida e lio- apresentaram movimentos Casearia sylvestris 1000μg·ml-1 8,6 ±0,1 a 2
filizada, pesada, identificada e quando tocadas com estilete. Casearia sylvestris 500μg·ml-1 7,3 ±0,4 ab 10
estocada em freezer a -20°C Foram atendidos todos os cui- Casearia sylvestris 750μg·ml-1 7,3 ±0,31 ab 12
para posteriores ensaios. O fla- dados relacionados à biossegu- Heteropterys aphrodisiaca 250μg·ml-1 6,9 ±0,50 ab 21
vonoide rutina (Rutin hydrat; rança durante os ensaios e as Rutina 1000μg·ml-1 5,9 ±0,45 b 25
lote BCBB6174, Sigma-Aldrich, larvas foram eliminadas antes Temefós 0,05g·l-1 2,9 ±0,40 c 60
EEUU) foi estocado em freezer de alcançarem a fase de pupa. Rutina 500μg·ml-1 1,3 ±0,81 d 62
Temefós 0,06g·l-1 1,3 ±0,82 d 78
a -20ºC até a realização dos Foi realizada uma análise de Rutina 750μg·ml-1 0,2 ±1,01 e 97
ensaios. O inseticida temefós variância para comparar as mé- Temefós 0,07g·l-1 0 ±0 e 100
(Abate®; lote 23512) foi cedido dias de larvas vivas entre os Temefós 0,08g·l-1 0 ±0 e 100
pelo Programa de Prevenção à tratamentos tendo como variável Temefós 0,09g·l-1 0 ±0 e 100
Dengue da Secretaria de Saúde do estudo a taxa de sobrevivên- Heteropterys aphrodisiaca 500μg·ml-1 0 ±0 e 100
do município de Chapecó. cia (ANOVA). Os valores foram Temefós 0,10g·l-1 0 ±0 e 100
As larvas de A. aegypti fo- transformados previamente para * As letras que seguem as médias indicam a diferença pelo teste de
ram obtidas a partir dos ovos log (x+1). As médias foram Duncan (p<0,05). Eficiência (%) calculada pela fórmula Abbott (1925).

APRIL 2016, VOL. 41 Nº 4 245


Discussão planta pode ser ainda maior Ainda, o processo de desen- eficiência da rutina a qualifica
diante da possibilidade da rea- volvimento de resistência nos como uma opção para uso em
Uma variedade de mosquitos lização sistemática de testes insetos a estas substâncias é programas de controle vetorial
atua como vetores de diversas combinando diferentes métodos muito lento. Podem agir sobre de A. aegypti. Os resultados
doenças causando sérios proble- de extração e partes da planta os insetos de diferentes manei- de susceptibilidade do mosqui-
mas à saúde da população e uso (Coelho et al., 2009). Dessa ras: causando repelência, to A. aegypti ao temefós não
continuado de inseticidas quími- forma, a atividade larvicida inibição da oviposição e da são conclusivos, pois o estudo
cos no combate a estes vetores observada neste trabalho para a alimentação, distúrbios no de- não considerou as condições
tem provocado danos à saúde fração acetato de etila da plan- senvolvimento, deformações de campo; contudo, os resulta-
do homem e ao meio ambiente, ta, possivelmente está relacio- infertilidade e mortalidade dos indicam que o produto
além de promover a seleção de nada com a elevada concentra- (Roel, 2001). Observou-se, ain- pode estar sendo aplicado pelo
resistência. A observação destes ção de flavonoides. da, que a maior concentração Programa de Prevenção à
efeitos indesejáveis têm estimu- Carvalho et al. (2010) avalia- (1000μg·ml-1) apresentou menor Dengue em uma concentração
lado pesquisas com produtos ram a composição química em eficiência (25%). Possivelmente maior do que a necessária.
naturais (Chariandy et al., diferentes tecidos de C. sylves- o aumento da concentração
1999). As plantas são fontes tris e identificaram a presença causou redução na dissolução, AGRADECIMENTOS
importantes de substâncias bio- de diterpenos, alguns com re- influenciando o resultado, vis-
ativas com componentes quími- conhecida ação inseticida to que a rutina possui menor Os autores agradecem à
cos diferentes e com diversas (Viegas Junior, 2003). Para os solubilidade em água (Simões Unochapecó pela disponibilida-
atividades contra insetos gêneros Solidago e Eugenia, et al., 2010). de de uso dos laboratórios, à
(Hollingworth, 1976). Lorenzi e Matos (2008) descre- Não foi verificada resistên- Vigilância Ambiental em
Os flavonoides presentes nas veram a presença de substân- cia da população de mosquitos Saúde do Município de
plantas avaliadas neste traba- cias químicas como terpenos, de A. aegypti ao inseticida te- Chapecó pela parceria na rea-
lho são reconhecidos por apre- saponinas, ácidos fenólicos e mefós. Foi observada suscepti- lização da pesquisa, e à bolsa
sentarem atividade larvicida altas concentrações de flavonoi- bilidade da população desses do Programa Institucional de
(Ioset et al., 1998). No entanto, des, principalmente rutina e vetores à concentração do lar- Iniciação Científica do CNPq,
é importante destacar que nos quercetina. Estes compostos vicida recomendada pelo Edital Nº278/Reitoria/2013.
extratos brutos os constituintes são também reconhecidos por Ministério da Saúde do Brasil.
ativos estão normalmente em apresentarem atividade frente a O mesmo foi constatado tam- REFERÊNCIAS
pequenas concentrações (Bell insetos (Viegas Junior, 2003; bém para três concentrações
e Charlwood, 1980). Isto pode Santiago et al., 2005; Simões menores (0,09; 0,08 e 0,07g·l-1). Abbott WS (1925) A method of com-
puting the effectiveness of an
explicar em parte a reduzida et al., 2010). É reconhecido que O princípio ativo do temefós
insecticide. J. Econ. Entomol.
atividade dos extratos aquosos a extração aquosa realizada (formulação comercial) encon- 18: 265-267.
de Eugenia uniflora, Solidago neste trabalho retira preferen- tra-se adsorvido em grãos de
Araújo M (2003) Farmacoterapia
chilensis e Casearia sylvestris cialmente compostos de elevada areia e a aplicação é feita dire- nas doenças vasculares periféri-
comparados com a fração ace- polaridade, reduzindo a concen- tamente nos depósitos (trata- cas. Em Pitta GBB, Castro AA,
tato de etila de Heteropterys tração de várias moléculas. mento focal) onde podem ser Burihan E (Eds.) Angiologia e
aphrodisiaca (rica em f lavo- Dessa maneira, a ausência de encontradas as formas imatu- Cirurgia Vascular: Guia
noides) e rutina. eficácia dos extratos destas ras do mosquito Aedes (Lima Ilustrado. UNCISAL/ECMAL e
De acordo com Garcia plantas possibilita inferir que et al., 2006). O uso de inseti- LAVA. Maceió, Brasil. http://
www.lava.med.br/livro
(2002) um produto é considera- os compostos ativos possivel- cidas sintéticos pode represen-
do eficiente para o controle mente não tenham sido extraí- tar riscos à saúde humana, Barreto CF (2005) Aedes aegypti -
Resistência aos inseticidas quí-
populacional de uma espécie dos nos extratos produzidos. dependendo da quantidade e micos e as novas alternativas
quando alcança uma redução A rutina é um f lavonóide das condições em que os indi- de controle. Rev. Eletrônica
≥80% dos indivíduos. Para a H. extraído industrialmente de víduos são expostos (Barreto, Fac.Montes Belos 1: 62-73.
aphrodisiaca, na concentração plantas como Ruta graveolens 2005). Podem gerar desequilí- Bell EA, Charlwood BV (1980)
de 500μ·gml-1, observou-se má- (Linnaeus, 1753) –ar r uda brio ambiental, pois sua ação Encyclopedia of Plant Physiology.
xima eficiência larvicida comum– e Fagopyrum sculen- não se restringe à espécie alvo Springer. Berlin, Alemanha.
(100%) frente ao A. aegypti em tum (Moench, 1794) –trigo e ainda causar contaminação Beser ra EB, Fer nandes CR M,
um curto período experimental sar raceno – (Araújo, 2003). do solo e água (D’Amato Queiroga MFC, Castro-Junior
(24 h). A caracterização quími- Neste estudo, seu potencial et al., 2002). Crivelenti et al. FP (2007) Resistência de popu-
ca de H. aphrodisiaca realizada inseticida apresentando foi alto (2011) identificou efeito tóxico lações de Aedes aegypti (L.)
por Marques et al. (2007) mos- (97%), igualando-se estatistica- e residual do temefós em ale- (Diptera: Culicidae) ao organo-
fosforado temefós na Paraíba.
trou a presença de altos teores mente com H. aphrodisiaca vinos de Poecilia reticulata Neotrop. Entomol. 36: 303-307.
em polifenóis totais nos extra- 500 μg·ml -1 e ao temefós (Peters, 1859). Neste sentido, a
Bobadilla M, Zavala F, Sisniegas M,
tos, identificados compostos 0,1g·l-1. De acordo com Saito avaliação constante da concen- Zavaleta G, Mostacero J,
como flavonoides, substâncias (2004) e Simões et al. (2010) tração mínima necessária se Taramona L (2005) Evaluación
antracênicas, esteroidais e tani- os flavonóides constituem uma torna um imperativo, assim larvicida de suspensiones acuosas
nos nas amostras de raízes. De importante classe de polife- como, a busca por produtos de Annona muricata Linnaeus
acordo com Saito (2004) e nóis, que são encontrados em alternativos. “guanábana” sobre Aedes aegypti
Linnaeus (Diptera: Culicidae).
Simões et al. (2010), essas grande abundância entre os O efeito lar vicida de H. Rev. Peru. Biol. 12: 145-152.
substâncias são produzidas metabólitos secundários das aphrodisiaca é um resultado
Busato MA, Vitorello J, Lutinski JA,
como metabólitos secundários e plantas, nas quais são respon- promissor e abre caminhos Dal Magro J, Scapinello J (2015)
possuem reconhecidas ativida- sáveis por desempenhar diver- para novos estudos focados no Potencial larvicida de Melia
des tóxicas sobre insetos. O sas funções como inseticidas, isolamento e teste de compos- azedarach L. e Ilex paragua-
potencial dos subprodutos desta repelentes e antimicrobianos. tos bioativos do vegetal. A riensis A. St.-Hil.no controle de

246 APRIL 2016, VOL. 41 Nº 4


Aedes aegypti (Linnaeus, 1762) de Estado da Saúde. Floria- Nativas e Exóticas. 2 a ed. controle de pragas da agricul-
(Diptera: Culicidae). Ciênc. Nat. nópolis, Santa Catarina, Brasil. Plantarum. São Paulo, Brasil. tura. Embrapa Meio Ambiente.
37: 277-282. 111 pp. 544 pp. Brasil. 4 pp.
Car valho MSL, Caldas ED, FB 5 (2010) Farmacopeia Brasileira. Lutinski JA, Zanchet B, Guarda C, Santiago GMP, Viana AF, Pessoa
Degallier N, Vilarinhos PTR, 5a ed. Anvisa. Brasilia, Brasil. Constanci C, Friedrich DV, ODL, Pouliquen YBM, Arriaga
Souza LCKR, Yoshizawa MAC, Forattini OP (2002) Culicidologia Cechin FTC, Bones IA, Souza AMC, Andrade-Neto M, Braz-
K nox MB, OLIVEIR A Cde Médica: Identificação, Biologia, MF, Balsan ST, Zarychta SM, Filho R (2005) Avaliação da
(2004) Suscetibilidade de larvas Epidemiologia. Vol. 2. EDUSP. Busato MA (2013) Infestação atividade larvicida de saponi-
de Aedes aegypti ao inseticida São Paulo, Brasil. 851 pp. pelo mosquito Aedes aegypti nas t r iter pên icas isolad as
temefós no Distrito Federal. (Diptera: Culicidae) na cidade de Pentaclethra macroloba
Rev. Saúde Públ. 38: 623-629. Funasa (2001) Dengue, Instruções de Chapecó-SC. Biotemas (Willd.) Kuntze (Fabaceae) e
para pessoal de combate ao 26: 143-151. Cordia piauhiensis Fresen
Carvalho ES, Santos AG, Cavalheiro vetor: Manual de normas técni-
AJ (2010) Identificação de diter- Maestres R, Rey VG, Las Salas Aj, (Boraginaceae) sobre Aedes
cas. Fundação Nacional de aegypti. Rev. Bras. Farmacogn.
penos clerodânicos em diferen- Vergara SC, Santacoloma VL,
Saúde. Minitério de Saúde. 15: 187-190.
tes órgãos de Casearia sylvestris Goenaga OS, Carrasquilla FMC
Brasília, Brasil. 75 pp.
Swartz. Rev. Ciênc. Farm. Bás. (2009) Susceptibilidad de Aedes Sesab (2016) Perfil das doenças:
Apl. 30: 277-284. Garcia FR M (2002) Zoologia aegypti (Diptera: Culicidae) a Dengue, Zika e Chikungunya.
Agrícola: Manejo Ecológico de temefos en Atlántico-Colombia. Secretaria de Saúde. Governo
Chariandy CM, Seaforth CE, Phelps Pragas. 2 a ed. Rígel. Por to Rev. Col. Entomol. 35: 202-205. do Est ado d a Bahia. Brasil
RH, Pollard GV, Kambay BPS Alegre, Brasil. 248 pp.
(1999) Screening of medicinal Marangoni C, Moura NFde, Garcia ht t p://w w w.saude.ba.gov.br/
plants f rom Trinidad and Guissoni ACP, Silva IG, Geris R, FRM (2012) Utilização de óleos novoportal/ index.php?option=
Tobago for antimicrobial and Cunha LC, Silva HHG (2013) essenciais e extratos de plantas com_content&view=ar ti-
insecticidal proper ties. J Atividade lar vicida de Ana- no controle de insetos. Rev. cle&id=9496&Itemid=17
Ethnopharmacol. 64: 265-270. cardium occidentale como al- Ciênc. Amb. 6: 95-112. Silva HHG, Silva IG da, Santos
ternativa ao controle de Aedes Marques LC, Pieri Cde, Roman- RMG dos, Rodrigues Filho E,
Coelho A A M, Paula J E de,
aeg ypti e sua toxicidade em Júnior WA, Cardoso MLC, Elias CN (2004) Atividade lar-
Espíndola LS (2009) Atividade
Rattus norvegicus. Rev. Bras. Milaneze-Gutierre MA, Mello vicida de taninos isolados de
larvicida de extratos vegetais
Pl. Med. 15: 363-367. JCP (2007) Controle farmacog- Magonia pubescens St. HIL.
sobre A. aegypti (L.) (Diptera:
Culicidae) em condições de la- Hollingworth RM (1976) Chemistry, nóstico das raízes de Hete- (Sapindaceae) sobre Aedes ae-
boratório. BioAssay 4: 1-6. biological activity, and uses of ropteris aphrodisiaca O. Mach. g ypt i ( Díptera: Culucid ae).
formamidine pesticides. Environ. (Malpighiaceae). Rev. Bras. Re v. Soc. Bras. Med. Trop.
Crivelenti LZ, Guilherme LC, Farmacogn. 17: 604-615. 37: 396-399.
Morelli S, Borin S (2011) Health Perspect. 14: 57-69.
Toxicidade do inseticida organo- Horta MAP, Castro FI, Rosa CS, MS (2016) Ministério da Saúde Simas NK, Lima EdaC, Conceição
fosforado Abate® em alevinos Daniel MC, Melo AL (2011) Investiga Casos Suspeitos de SdaR, Kuster R M, Oliveira
de Poecilia reticulata. J. Braz. Resistance of Aedes aeg ypti Microcefalia. http://portalsaude. Filho AMde (2004) Produtos
Soc. Ecotoxicol. 6: 65-68. (L.) (Diptera: Culicidae) to saude.gov.br/index.php/o-minis- nat urais para o cont role da
Temephos in Brazil: A Revision terio/principal/secretarias/svs/ transmissão da dengue-Ativida-
D’Amato C, Torres JPM, Malm O
and New Data for Minas Gerais noticias-svs/21894-ministerio- de larvicida de Myroxylon bal-
(2002) DDT (dicloro difenil triclo-
State. BioAssay 6: 1-6. da-saude-investiga-3-448-ca- samum (Óleo vermelho) e de
roetano): Toxicidade e contami-
sos-suspeitos-de-microcefalia. terpenóides e fenilpropanóides.
nação ambiental - uma revisão. Ioset JR, Marston A, Gupta MP, (Cons. 08/02/2016). Quím. Nova 27: 46-49.
Quim. Nova 25: 995-1002. Hostettmann K (1998) Anti-
fungal and larvicidal meroter- Neves DP (2011) Parasitologia Simões CMO, Schenkel EP,
DIVE (2014) Informações Dengue.
penoid naphthoquinones and a Humana. 12a ed. Atheneu. São Gosmann G, Mello JCP, Mentz
Diretoria de Vigilância Epi-
naphthoxirene from the roots of Paulo, Brasil. 546 pp. LA, Petrovick PR (2010)
demiológica, Superintendên-
cia de Vigilância em Saúde, Cordia linnaei. Phytochemistry Rey JR, Lounibos LP, Padmanabha Farmacognosia da Planta ao
Secretaria de Estado da Saúde. 47: 729-734. H, Mosquera M (2010) Resur- Medicamento. 6 a ed. UFRGS/
Florianópolis, Santa Catarina, Lima EP, Oliveira Filho AM de, gencia del dengue en América: UFSC. Porto Alegre/Floria-
Brasil. http://www.dive.sc.gov. Lima J WO, R A MOS Júnior pautas, procesos y prospectos. nópolis, Brasil. 1104 pp.
br/conteudos/zoonoses/Vetores/ AN, Cavalcanti LPG, Pontes Interciencia 35: 800-806. Vasconcelos PFC (2015). Doença
d e n g u e /A _ D e n g u e _ n o _ R JS (2006) Resistência do Roel AR (2001) Utilização de plantas pelo vírus Zika: um novo pro-
Brasil_e_SC_2012.pdf Aedes aegypti ao temefós em com propriedades inseticidas: blema emergente nas Américas?
DIVE (2015) Dengue: Orientações municípios do Estado do Ceará. uma contribuição para o desen- Rev. PanAmaz. Saúde 6: 9-10.
para Pessoal de Campo. Rev. Soc. Bras. Med. Trop. volvimento rural sustentável. Rev. Viegas Junior C (2003) Terpenos com
Diretoria de Vigilância Epide- 39: 259-263. Int. Desenv. Local 1: 43-50. atividade inseticida: uma alterna-
miológica, Superintendência de Lorenzi H, Matos FJdeA (2008) Saito M L (20 04) As Plantas tiva para o controle químico de
Vigilância em Saúde, Secretaria Plantas Medicinais no Brasil: Praguicidas: alternativa para o insetos. Quím. Nova 26: 390-400.

APRIL 2016, VOL. 41 Nº 4 247

Você também pode gostar