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INICIAÇÃO CIENTÍFICA
MARTHA MEDEIROS
Pulicou seus primeiros livros de poesia, “Strip Tease” (1985) (O sucesso dele foi
tão grande, que a editora que já havia recusado os poemas de Matha resolveu
contatar a escritora), “Meia Noite e um Quarto” (1987) e “Persona Non Grata”
(1991).
Em 1993, foi morar no Chile e abandonou a carreira publicitária para se dedicar à
poesia. Ficou naquele país por nove meses. Em seguida publicou: “De Cara
Lavada” (1995), “Geração Bivolt” (1995), seu primeiro livro de crônicas, “Santiago do
Chile” (1996), crônicas e dicas de viagem, “Topless” (1997) que ganhou o Prêmio
Açorianos de Literatura, e “Trem Bala” (1997) que fez grande sucesso e foi
adaptado para o teatro.
Como jornalista, Martha Medeiros escreve crônicas para o jornal Zero Hora, onde
possui uma coluna no segundo caderno. Também colabora para a revista Época.
Entre outros trabalhos, publicou: “Divã”, (2002) romance que originou um filme e
uma série de TV, estrelado pela atriz Lília Cabral, “Coisas da Vida” (2003), “Selma e
Sinatra” (2005), “Tudo Que Eu Queria Te Dizer” (2007), “Doidas e Santas” (2008),
“Fora de Mim” (2010), “Noite em Claro” (2012), “Um Lugar na Janela” (2012) e “A
Graça da Coisa” (2013).
Strip-Tease
Chegou no apartamento dele por volta das seis da tarde e sentia um nervosismo fora do
comum. Antes de entrar, pensou mais uma vez no que estava por fazer. Seria sua primeira
vez. Já havia roído as unhas de ambas as mãos. Não podia mais voltar atrás. Tocou a
campainha e ele, ansioso do outro lado da porta, não levou mais do que dois segundos para
atender.
Ele perguntou se ela queria beber alguma coisa, ela não quis. Ele perguntou se ela queria
sentar, ela recusou. Ele perguntou o que poderia fazer por ela. A resposta: sem
preliminares. Quero que você me escute, simplesmente.
Então ela começou a se despir como nunca havia feito antes.
Primeiro tirou a máscara: "Eu tenho feito de conta que você não me interessa muito, mas
não é verdade. Você é a pessoa mais especial que já conheci. Não por ser bonito ou por
pensar como eu sobre tantas coisas, mas por algo maior e mais profundo do que aparência
e afinidade. Ser correspondida é o que menos me importa no momento: preciso dizer o que
sinto".
Então ela desfez-se da arrogância: "Nem sei com que pernas cheguei até sua casa, achei
que não teria coragem. Mas agora que estou aqui, preciso que você saiba que cada música
que toca é com você que ouço, cada palavra que leio é com você que reparto, cada
deslumbramento que tenho é com você que sinto. Você está entranhado no que sou, virou
parte da minha história."
Era o pudor sendo desabotoado: "Eu beijo espelhos, abraço almofadas, faço carinho em
mim mesma tendo você no pensamento, e mesmo quando as coisas que faço são menos
importantes, como ler uma revista ou lavar uma meia, é em sua companhia que estou".
Retirava o medo: "Eu não sou melhor ou pior do que ninguém, sou apenas alguém que está
aprendendo a lidar com o amor, sinto que ele existe, sinto que é forte e sinto que é aquilo
que todos procuram. Encontrei".
REFERÊNCIAS
https://www.maisbonitatododia.com.br/personalidades/martha-medeiros/
https://www.ebiografia.com/martha_medeiros/