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Boa tarde, Pastor Heron! Estou te enviando as explicações do Dr.

Augustus Nicodemus Lopes


à Reunião Ordinária do Supremos Concílio que aconteceu no periodo de 22 a 29 de julho de
2018, quando foi tratada a questão polêmica da ordenação da mulher e se ela pode ou não
ocupar o púlpito:

“Senhor presidente, a Palavra de Deus nos ensina que quem profetiza, edifica, exorta e
consola as igrejas. É impossível fazer isso, sem se dirigir, sem usar palavras, sem usar frases,
sem fazer interpretação das Escrituras. Em 1 Coríntios Capítulo Onze, Verso 4, fala-se da
mulher que ora ou profetiza. Dizer que este texto é descritivo, é ignorar o que diz o Capítulo
14, verso dezesseis, onde o apóstolo Paulo diz que esse é o costume em todas as igrejas. Não
era só da Igreja de Corinto, nem está descrevendo uma situação particular, mas está
revelando qual era a prática da igreja primitiva. A mulher podia orar e profetizar”.
Foi também esquecido de mencionar as quatro filhas de Filipe que profetizavam.
Profetizavam elas em círculos de mulheres, senhor presidente, somente? E foi esquecido
também o que está na promessa de Atos 2, no cumprimento de que ‘Derramarei do meu
Espírito e que meus filhos e minhas filhas, servos e servas, profetizarão. Os textos que foram
alegados, senhor presidente, que impõe silêncio absoluto a mulher, têm que ser
interpretados em seu contexto. Se 1 Co 11.4 admite que a mulher ore ou profetiza, 1Co 14
não pode ser uma proibição absoluta, senão você vai colocar Paulo em contradição num
espaço de dois capítulos. Um espaço de dois capítulos, é óbvio então que Paulo está
proibindo que as mulheres participem do julgamento dos profetas e não proibindo que elas
tenham uma fala absoluta na igreja. Mesma coisa é 1 Timóteo capítulo 2, quando diz: ‘não
permito que a mulher ensine, e nem exerça a autoridade de homem’. As duas frases estão
junjidas, e o sentido é: ‘Paulo não permite que a mulher ensine, exercendo a autoridade de
homem, ou seja, sendo ordenadas, tendo ofício, para fazer isso”.

O Dr. Augustus Nicodemus Lopes concluiu a sua fala dizendo o seguinte:

“Senhor presidente, a única restrição que as Escrituras colocam ao ministério da mulher na


igreja, é que elas sejam ordenadas ou que exerçam o governo espiritual da igreja. O
Catecismo Maior não pode ser interpretado nem usado em contradição com as Escrituras.
Aliás, o Catecismo Maior da IPB, quando foi adotado por nossa igreja, traduziu ‘ofício’, que
está no original, por ‘ministério’, por ‘ministério’, já sinalizando um entendimento diferente
da daquele da Assembléia Original. Nosso compromisso, eu jurei fidelidade ao Catecismo da
IPB nesse ponto; e por último, senhor presidente, eu faço aqui a uma proposta de que sou
pela aprovação do relatório com a inclusão de dois itens: (a) Primeiro, não dar os púlpitos às
pastoras, e segundo, reafirmar todas as decisões desse Supremo Concílio contra a ordenação
feminina”.

Continue lendo o que coloquei a seguir.

Supremo Concílio da Igreja Presbiteriana reafirma proibição de ordenação feminina ao


pastorado
Decisão misógina da Igreja Presbiteriana proíbe mulheres de exercerem cargos eclesiais
- Pastor Heron, é estranho que o Movimento Protestante inicie sua crítica usando
indevidamente a palavra ‘misógina’. Eu questiono: Por que é uma decisão misógina? Nós
presbiterianos não sentimos nenhuma aversão ou repulsa às mulheres, pelo contrário, as
respeitamos e as tratamos com amor cristão. Creio que o ambiente cristão é o lugar onde as
mulheres são mais valorizadas e ocupam com liberdade o seu espaço. Além disso, amamos
nossas esposas. Qual é o pai verdadeiramente cristão que vê as suas filhas com desdém,
rejeição ou repulsa? Antes, elas são tratadas com todo amor por eles. Só que não podemos
deixar a Bíblia de lado. A Bíblia nunca ensina um tratamento misógino à mulher. O próprio
apóstolo Paulo ensinou que elas devem tratadas com o devido respeito, porém, ele ensina
também como ela deve se comportar na Igreja. O mundo não conhece a Palavra de Deus,
logo, avalia segundo os seus próprios princípios, seguindo o impulso do que chama
“empoderamento da mulher”, quando na verdade o que se vê com muita freqüência é a
desvalorização e o desrespeito a elas. Por exemplo, observamos hoje em dia muita violência
às mulheres, praticadas por homens que não têm princípios bíblicos e as tratam com
desprezo. Isto, sim, é um comportamento misógino. Hoje, mais do que nunca, a mulher é
muita desprezada em vários lugares, amparada apenas pelas leis que pouco funcionam.
Existem poucos países onde as mulheres são mais respeitadas, como na Suécia, Noruega e
Dinamarca. Indubitavelmente, a mulher precisa ser amada e respeitada pelo homem, coisa
que os verdadeiros cristãos, à luz da Bíblia fazem. Bom, estas são minhas considerações e
protesto à expressão ‘Decisão Misógina, com a qual o Movimento Ativismo Protestante, cita a
decisão do SC, em tom crítico.

A citação está abaixo.


Publicado em 08/08/2018.

Líderes da Igreja Presbiteriana reunidos no Supremo Concílio da Igreja Presbiteriana do Brasil


(IPB), realizado entre os dias 22 e 28 de julho. Reprodução do Facebook editada.
O Supremo Concílio da Igreja Presbiteriana do Brasil (IPB), realizado entre os dias 22 e 28 de
julho, decidiu que mulheres não podem ser ordenadas a cargos eclesiais. A informação foi
publicada pelo reverendo Augustus Nicodemus Lopes, em sua página no Facebook, no último
dia 31 de julho.
Os líderes da IPB também deliberaram sobre outros assuntos envolvendo a participação
feminina nas igrejas, como a proibição de pregações feitas por mulheres, a não ser “quando
não houver disponibilidade de oficiais para pregar e sempre sob a autoridade do pastor”.
Outra decisão, referente a mulheres de outras igrejas, também foi tomada: “proibição de
mulheres ordenadas em outras denominações de ocuparem os púlpitos presbiterianos”.
Nicodemus justificou essa decisão:
“É bom lembrar que não havia uma posição do Supremo Concílio sobre esse assunto e que
abusos estavam acontecendo no âmbito da denominação, onde igrejas realizavam cultos
com pastoras e bispas de igrejas neopentecostais e de outras linhas, e onde mulheres
ocupavam regularmente os púlpitos”, explicou o reverendo.

Pastor, Heron, lembramos também que este mesmo assunto foi a juízo em Brasília, quando
uma juíza anulou a decisão, no Lago Sul, DF, que proibiu mulheres de pregar naquela Igreja
Presbiteriana.

“Justiça anula determinação que proíbe mulheres de pregar em igreja no Lago Sul
Juíza Thaíssa de Moura Guimarães anula atas de reuniões da Igreja Presbiteriana do Lago Sul
de Brasília que proíbem mulheres de pregar no púlpito
Uma decisão da juíza Thaíssa de Moura Guimarães, da 20ª Vara Cível de Brasília, pode pôr
um fim ao tratamento desigual e misógino que as mulheres frequentadoras de uma igreja no
Lago Sul vêm sofrendo desde a edição de uma resolução, em 2018, que as proíbe
terminantemente de abrirem a boca para pregar ou falar no púlpito, direito que, a partir do
documento, ficou restrito aos homens.

Relembre o caso
Na segunda-feira (22), a juíza tornou sem efeito as atas das reuniões que afastaram todo o
Conselho da Igreja Presbiteriana do Lago Sul, juntamente com o pastor Marcelo de Oliveira
Morais, por descumprirem a resolução que bania a mulher membro daquela denominação
religiosa de subir ao púlpito e de pregar para os irmãos. O caso foi mostrado, com
exclusividade, pelo Brasília Capital.

Está no site
https://bsbcapital.com.br/justica-anula-determinacao-que-proibe-mulheres-de-pregar-em-
igreja-no-lago-sul/

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