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BRANDAO-Educacao Alternativa Na Sociedade Autoritaria PDF
BRANDAO-Educacao Alternativa Na Sociedade Autoritaria PDF
Uberaba - MG
Fevereiro de 2018
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Uberaba - MG
Fevereiro de 2018
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3
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AGRADECIMENTOS
Arthur Schopenhauer
8
RESUMO
Esta pesquisa faz análise de estratégias de estudo divulgadas por estudantes em
vídeos de depoimentos do YouTube sob a ótica de teorias de aprendizagem
voltadas ao ensino superior, a fim de contribuir, por meio da produção de um
material didático audiovisual, com o desenvolvimento da capacidade de
compreensão, apreensão e fixação de conhecimentos no ensino superior. A
problemática da pesquisa decorre ao baixo desempenho de estudantes do ensino
superior por não conhecerem e aplicarem estratégias de estudo.
Metodologicamente, foi empregada análise de conteúdo, Bardin (2010), a fim de
identificar e categorizar os comportamentos estratégicos utilizados por estudantes
em 50 vídeos selecionados. Estes comportamentos foram agrupados em seis
categorias de análise, depreendidas da recorrência temática dos vídeos, sendo elas:
(1) Estudo individual. (2) Organização para os estudos. (3) Interação. (4)
Comportamento durante as aulas. (5) Bem estar físico e mental e (6) Preparação
para as avaliações. Do total de vídeos analisados, seis foram transcritos para
análise, relacionando com as teorias de aprendizagem e os estudos que tratam
sobre o tema. Observou-se que ainda são incipientes as pesquisas referentes ao
desenvolvimento e aplicabilidade de estratégias de estudo no ensino superior.
Os Youtubers apresentaram conhecimento superficial e empírico sobre a temática,
reproduzindo modelos comumente praticados nas instituições ensino. Suas
estratégias estão baseadas em experiências pessoais e são apresentadas como
verdades absolutas, que podem ser reproduzidas de forma generalizada,
desconsiderando contextos e peculiaridades. Embora se possa identificar relação
dessas estratégias de estudo com as teorias de aprendizagem, fica evidente que os
autores dos vídeos as desconhecem. Apresentam certa consciência com relação à
importância de ser organizado, cuidar da saúde física e mental,ser frequente e
prestar atenção nas aulas, estudar regularmente e ser comprometido. A questão é
como tornar essas percepções estratégicas, eficientes e eficazes. Dessa forma,
identifica-se a necessidade de mais pesquisas referentes à temática, no sentido de
contribuir na orientação aos estudantes desde os anos iniciais da vida escolar, uma
vez que, no que se refere a estratégias de estudo, o universitário carrega referências
da educação básica e o que foi construído anteriormente tenderá a ser reproduzido
e aperfeiçoado no ensino superior.
ABSTRACT
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO ....................................................................................................... 13
1.1 MEMORIAL DESCRITIVO ............................................................................... 13
1.2 JUSTIFICATIVA DA PESQUISA ...................................................................... 16
2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA ............................................................................. 21
2.1 ESTRATÉGIAS DE ESTUDO NO ENSINO SUPERIOR .................................. 21
2.1.1 Estratégia de estudo versus método ou técnica. ................................. 21
2.1.2 A diferença entre aula e estudo. ............................................................ 23
2.1.3 A diferença entre aluno e estudante...................................................... 24
2.1.4 O ensino superior e construção da expertise....................................... 25
2.2 TEORIAS E CONCEPÇÕES DE APRENDIZAGEM: ABORDAGENS GERAIS26
2.3 APLICABILIDADE DAS TEORIAS DE APRENDIZAGEM NO ENSINO
SUPERIOR ............................................................................................................ 38
2.4 APRENDIZAGEM ............................................................................................ 39
2.4.1 Teoria das hierarquias de aprendizagem de Gagné e Piazzi ............... 40
2.4.2 Aprendizagem subordinada, superordenada e combinatória de
Ausubel ............................................................................................................. 43
2.4.3 Estilos de aprendizagem ........................................................................ 43
2.4.4 Aprender a aprender ............................................................................... 46
2.5 ESTRATÉGIAS DE ESTUDO NO ENSINO SUPERIOR .................................. 47
3 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS............................................................... 48
3.1 PESQUISA BIBLIOGRÁFICA .......................................................................... 49
3.2 PROCEDIMENTOS PARA COLETA DE DADOS ............................................ 51
3.3 CRITÉRIOS DE LEVANTAMENTO E SELEÇÃO DOS VÍDEOS ...................... 51
3.4 ANÁLISE DE CONTEÚDO ............................................................................... 53
4 ANÁLISE DE DADOS E RESULTADOS ............................................................... 55
4.1 ANÁLISE DE TÓPICOS PRESENTES NOS CINQUENTA VÍDEOS ................ 55
4.2 ANÁLISE DE CONTEÚDO DOS 6 (SEIS) VÍDEOS SELECIONADOS ............. 69
4.2.1 Os contextos de desenvolvimento e estilo dos vídeos ....................... 71
4.3 ESTRATÉGIAS DE ESTUDO IDENTIFICADAS EM CADA CATEGORIA ........ 75
4.3.1 Modelo de ensino e de estudo ............................................................... 75
4.3.2 Organização para os estudos ................................................................ 78
4.3.2.1 Ambiente de estudos .......................................................................... 78
4.3.2.2 Agenda/Cronograma/Organização ..................................................... 79
4.3.3 Bem estar físico e mental ....................................................................... 81
4.3.3.1 Alimentação ........................................................................................ 81
4.3.3.2 Atividade Física .................................................................................. 82
4.3.3.3 Descanso ............................................................................................ 83
4.3.4 Comportamento durante as aulas ......................................................... 84
4.3.4.1 Frequência às Aulas ........................................................................... 84
4.3.5 Estudo individual .................................................................................... 86
4.3.5.1 Autorregulação/Procrastinação/Distração .......................................... 86
5.3.5.2 Materiais para estudo ......................................................................... 89
4.3.5.3 Estudar a matéria logo após a aula .................................................... 90
4.3.5.4 Foco na dificuldade ............................................................................. 91
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1 INTRODUÇÃO
1
A autorregulação é a capacidade que o estudante tem de monitorar/controlar fatores que
podem influenciar seus objetivos acadêmicos (ROSÁRIO, 2005).
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enquanto que o último considera o curso superior como uma profissão que exige
responsabilidade, comprometimento, disciplina, foco, autonomia e perseverança.
A universidade é um espaço que exige do aluno maturidade estudantil, uma
vez que, na transição da educação básica para a educação superior, ocorrem muitas
mudanças na vida do estudante. Nessa nova realidade, ele precisa buscar sozinho
alternativas para superar muitas de suas dificuldades.
Com o surgimento das tecnologias digitais e introdução da mídia World Wide
Web, alguns alunos mais preocupados com seu desempenho acadêmico, têm
buscado por conta própria ampliar seus potenciais em espaços não formais de
aprendizagem. Dessa forma, muitos procuram na Internet materiais, profissionais ou
depoimentos de internautas, que possam contribuir para o desenvolvimento de
estratégias eficazes de estudo e aprendizagem.
No mundo da Internet, milhares de pessoas, a partir de suas experiências
pessoais, vêm assumindo o papel de pseudo “especialistas” em diversos assuntos, o
que não é diferente com o tema estratégias de estudo. Assim, ocorre a difusão de
suas “teorias” como verdades absolutas, muitas das vezes, sem embasamento
teórico, metodológico ou confirmação científica.
E estes "especialistas" conquistam milhares de seguidores em blogs, canais
do YouTube, sites e redes sociais. Isto se deve ao fato de que, na sociedade da
informação, com o avanço tecnológico e a democratização das informações, em que
a busca pelo conhecimento se renova cotidianamente, aprender mais e melhor, em
menos tempo, torna-se uma necessidade essencial das pessoas. Aprender deixa de
ser a atividade própria de uma época da vida para converter-se em algo permanente
na vida do ser humano.
Criado no ano 2000, o YouTube é um site interativo de compartilhamento de
vídeos enviados pelos usuários por meio da Internet. Esses vídeos podem conter
conteúdos profissionais ou amadores, extensos ou curtos. Um ambiente virtual que
se popularizou em pouco tempo no mundo inteiro. O termo vem do Inglês “you” que
significa “você” e “tube” que significa “tubo” ou “canal”, mas é usado na gíria para
designar “televisão”. Portanto, o significado do termo “YouTube” poderia ser “você
transmite” ou “canal feito por você”. Nessa conjuntura, o YouTuber é o sujeito
enunciador e, ao mesmo tempo, protagonista do conteúdo produzido.
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Letramento digital inclui as habilidades de localizar, organizar, entender, avaliar e analisar
informações usando tecnologias digitais (MOTA; SCOTT, 2013).
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3
Levantamento feito em 26/09/2016 e detalhado na seção 4.1, desta dissertação.
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2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
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De acordo com Pozo (2002), estratégias são procedimentos que se aplicam de modo
controlado, dentro de um plano projetado deliberadamente com o objetivo de se obter uma meta. Por
outro lado, técnicas são um conjunto de regras, normas ou protocolos que se utiliza como meio para
chegar a uma certa meta e, de acordo com Lakatos e Marconi (2010), método é um conjunto de
atividades sistemáticas e racionais que, com maior segurança e economia, permite alcançar objetivo.
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Que norteie esse processo de pesquisa. Que ensine a aprender a aprender, para
que, saindo da condição de aluno, esse torne-se um aprendiz em qualquer situação.
Assim, há que se pensar na formação dos profissionais da educação superior,
a fim de conhecerem as diferenças entre as formas de estudar e, por conseguinte,
de aprender, para preparar os graduandos, por meio de aulas específicas, de
abordagens explicativas durante as aulas, de cursos, de materiais pedagógicos,
dentre outros.
A ação de ensinar está incontestavelmente ligada à ação de aprender, por
isso é preciso respeitar o movimento do pensamento, pois, a aprendizagem está
sujeita à influência de fatores internos e externos, individuais e coletivos.
O simples fato de assistir às aulas pode não consolidar o aprendizado. É
lendo, revisando, exercitando, fazendo resumos e discutindo sobre os conteúdos
que se faz um aprendizado consistente. O professor sozinho pode não se fazer
suficiente. Auxilia o aluno a compreender e construir o conhecimento. Para isso,
utiliza métodos de ensino. Mas o aluno precisa conhecer as estratégias de estudo,
porque, saindo da sala de aula, inicia-se outra etapa do processo.
Outro fator importante a se observar é o ambiente de aprendizagem. Quando
se fala de ambiente, costuma-se fazer referência apenas às questões externas como
iluminação, assentos, temperatura, etc. Apesar de esses elementos serem
considerados, é importante ressaltar as condições internas necessárias para criar
um clima mental que melhore a capacidade de aprendizagem (MOLINA; ONTORIA;
GÓMEZ, 2004).
Nem todo aluno é estudante e nem todo estudante é aluno. O simples fato de
frequentar a sala de aula não faz do indivíduo um estudante. Estudar requer
25
5
Os novos conhecimentos que se adquirem relacionam-se com o conhecimento prévio que o
aluno possui. Ausubel define este conhecimento prévio como "conceito subsunçor" ou simplesmente
"subsunçor" (MOREIRA, 1999).
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seguramente elicia uma dada resposta, mas não precisa aumentar a frequência da resposta à qual
segue. Por exemplo, quando um feixe de luz é incidido sobre o olho de uma pessoa, a pupila dilata.
Agora, se um estímulo reforçador é emparelhado com um estímulo neutro, após repetidos
emparelhamentos dos dois estímulos, o neutro adquire as características do reforçador, e passa,
então a eliciar a resposta. Desta forma, se uma campainha é sempre tocada imediatamente antes
de um feixe de luz incidir sobre o olho, a campainha acabará eliciando a pupila independente do
feixe.
Todos estes teóricos do behaviorismo inspiraram-se de alguma maneira no pensamento de Ivan
Pavlov (1849-1936), um Fisiologista Russo conhecido por seu condicionamento clássico. O mesmo
falava de estímulo incondicionado e estímulo condicionado. Desta forma, de acordo com esta
perspectiva, o som da campainha era um estímulo incondicionado para alguma outra resposta. Sua
teoria aplicava-se especialmente à atividade glandular da saliva, pupilas dilatadas, contração dos
vasos sanguíneos, atividades motoras, atividades musculares e arrepio dos pelos da pele. Mais
tarde, considerou-se que esta teoria tratava-se exclusivamente de condicionamentos respondentes.
Quando ocorre a suspensão do reforço de uma resposta condicionada, dá se nome de extinção. Já
o esquecimento acontece quando uma resposta não foi emitida por tempo suficiente, diminuindo a
probabilidade de que determinada resposta ocorra. Este último ocorre devido à falta de oportunidade
para responder e o primeiro devido à resposta sem esforço.
A teoria skinneriana abrange uma infinidade de desdobramento. Além de observar o comportamento
infanto-juvenil, desenvolveu inúmeras pesquisas com animais, como ratos e pombos. Ficou
conhecido como o criador da caixa de Skinner. Nesta caixa era colocado um rato sem alimentos.
Desta forma, o rato emitia vários comportamentos aleatoriamente e quando ele se aproximava de
uma barrinha perto da parede, Skinner introduzia uma gota d’água na caixa através de um
mecanismo e o rato a bebia. As próximas gotas eram apresentadas quando o rato se aproximava
um pouco mais da barra. As outras quando o rato encostava o nariz na barra. Depois as patas. E
assim em diante até que o rato estava pressionando a barra dezenas de vezes até saciar
completamente sua sede. Foi observado que os comportamentos do rato que eram seguidos de um
estímulo reforçador (a água) aumentavam de frequência, enquanto outros diminuíam.
Skinner acreditava que a aprendizagem ocorria dependendo do reforço aplicado às respostas. Ou
seja, importante não é concentrar-se no lado dos estímulos, mas sim do lado do reforço. A partir do
reforço estabelecido para cada resposta é que aumenta ou diminui a probabilidade da resposta
ocorrer novamente. Nesta linha de pensamento, o papel do professor seria dar reforço apropriado no
momento apropriado.
Sua teoria pode ser aplicada em diversas abordagens, dentre elas:
- Instrução programada: a informação é apresentada em pequenas e fáceis etapas, facilitando a
emissão de respostas a serem reforçadas e diminuindo a probabilidade de se cometer erros. Neste
caso, o aluno aprende melhor se participa da aprendizagem, em seu próprio ritmo, sendo testado
periodicamente. Na prática são textos programados, o estudante vai respondendo as questões em
próprio ritmo e imediatamente verificando o que acertou. A resposta correta está de alguma maneira
oculta, mas facilmente verificável. Ao acertar o estudante é reforçado.
- Método killer: segue o princípio da instrução programada. Neste método o curso é dividido em
unidades, ou seja, pequenas etapas. O aluno trabalha em seu próprio ritmo, prepara-se e faz testes.
Os testes são corrigidos pelo monitor imediatamente, na frente do estudante e as respostas erradas
são analisadas junto ao mesmo. Elogios do professor são usados como reforço positivo.
- Objetivos operacionais: considerada a mais clara manifestação do comportamentalismo, dá
ênfase na definição operacional de objetivos claramente definidos, que explicitam com exatidão
aquilo que o estudante deveria ser capaz de fazer. Quando vêm os resultados positivos, considera-
se que o mesmo aprendeu.
Do ponto de vista instrucional, a teoria comportamental sofreu muitas críticas, pois diz-se que esse
enfoque promove muito mais a aprendizagem mecânica, automática, do que a aprendizagem
significativa. No entanto, não se pretende com esta pesquisa valorizar ou desvalorizar métodos, mas
sim verificar a aplicabilidade dos mesmos no cotidiano dos estudantes.
Fonte: Elaborado pela autora com base em Moreira (1999).
Quadro 6: COMPORTAMENTALISMO DE BLOOM
TEÓRICO: BENJAMIN S. BLOOM PERÍODO: 1913-1999
ORIGEM: Estados Unidos
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6
Fixa Diretrizes e Bases para o ensino de 1° e 2º graus, e dá outras providências.
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A teoria de Piaget envolve vários termos específicos. Moreira (1999) explica melhor cada um
deles:
- Método psicogenético: termo empregado para descrever a pedagogia criada a partir das
teorias e pesquisas piagetianas. Cada estágio do desenvolvimento da criança tem uma maneira
diferente de aprender. Assim, o nível mental da criança determina a didática do professor. Assim,
o método psicogenético é o processo pedagógico que se modifica de acordo com o estágio do
desenvolvimento mental. Guia-se em quatro linhas (Situação problema, dinâmica de grupo,
tomada de consciência e avaliação).
- Estrutura e função: as junções permanecem invariáveis e as estruturas mudam conforme a
criança se desenvolve. O termo “estrutura” refere-se às propriedades sistemáticas de um
acontecimento. Por outro lado, “função” refere-se a modos biologicamente herdados de interagir
com o ambiente.
- Invariantes funcionais: assimilação e acomodação. O comportamento é mais adaptável
quando a acomodação e a assimilação estão equilibradas.
- Assimilação: ocorre sempre que um organismo utiliza algo do ambiente e o incorpora. Em
suma, o que entra é transformado para se ajustar ao processo mediador existente.
- Acomodação: consiste na modificação das estruturas ou esquemas aos novos dados.
- Esquemas: o desenvolvimento cognitivo consiste numa sucessão de mudanças e essas são
estruturais. Esquemas são estruturas mentais, ou cognitivas (padrão de comportamento ou
pensamento), pelas quais os indivíduos se adaptam intelectualmente e organizam o meio. São
conjuntos de processos dentro do sistema nervoso, que mudam continuamente ou tornam-se
mais refinados. Uma criança, quando nasce, possui poucos esquemas. Os esquemas cognitivos
do adulto são derivados dos esquemas sensório-motores da criança. Estes são utilizados para
processar e identificar a entrada de estímulos. Podemos comparar os esquemas que a criança já
possui à fichas de um arquivo. De ante de um estímulo, a criança tenta “encaixar” o estímulo em
um esquema disponível.
- Equilibração: o processo pelo qual as estruturas mudam de um estado para outro. Os
resultados deste processo é um estado de equilíbrio.
- Construção do conhecimento: ocorre quando acontecem ações físicas ou mentais sobre
objetos que, provocando o desequilíbrio, resultam em assimilação ou acomodação e assimilação
dessas ações e, assim em construção de esquemas ou de conhecimento.
- Unidades de desenvolvimento: para Piaget desenvolvimento intelectual é o processo
sucessivo de organização e reorganização de uma estrutura. Mas embora o processo seja
contínuo, seus resultados são descontínuos (são qualitativamente diferentes de tempos em
tempos). Desta forma, Piaget dividiu o curso total do desenvolvimento em estágios (sensório-
motor, pré-operacional, operações concretas e operações formais).
Ferrari (2008a) e Moreira (1999) explicam melhor os quatro estágios do desenvolvimento
da criança identificados por Piaget:
a) Estágio sensório-motor (0 a 2 anos): a atividade intelectual da criança é de natureza
sensorial e motora. Ausência de função semiótica, isto é, a criança não representa
mentalmente os objetos. A estimulação ambiental interferirá na passagem de um estágio para
outro.
b) Estágio pré-operacional (2 a 6 anos): a criança desenvolve a capacidade semiótica. Período
marcado pelo egocentrismo, ou seja, incapacidade de se colocar na perspectiva do outro.
Incapacidade, também, de relacionar as partes com um todo. Há uma predominância de
acomodação e não assimilação. A criança parece incapaz de compreender a existência de
fenômenos reversíveis, como, por exemplo, a água que se transforma em gelo e volta a se
transformar em água se aquecida.
c) Estágio das operações concretas (7 aos 11 anos): a criança já possui uma organização
mental integrada. É capaz de ver a totalidade em diferentes ângulos. Conclui e consolida
conservações do número, da substância e do peso. Apesar de ainda trabalhar com objetos,
agora representados, sua flexibilidade de pensamento permite inúmeras aprendizagens.
d) Estágio das operações formais (12 anos em diante): ocorre o desenvolvimento das
operações de raciocínio abstrato, libertando-se inteiramente do objeto, inclusive o
representado. Torna-se capaz de raciocinar corretamente sobre proposições em que não
acredita, ou que ainda considera hipóteses. É capaz de inferir consequências. Inicia-se os
processos de pensamento hipotético-dedutivo. Tanto para Piaget quanto para Vygotsky o
aprendizado depende de interação entre contextos internos e externos. No entanto, o último
acreditava que o aprendizado depende fundamentalmente da influência ativa do meio social,
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Formado em Psicologia, teve como orientador de doutorado o conceituado teórico Jean Piaget.
Mas sua teoria se baseia em Lev Vygotsky (relações entre pensamento e linguagem), Jean
Piaget (conceito de esquema) e Gotlob Frege (filosofia da linguagem e lógica contemporânea)
(GROSSI, 2008; PRÄSS, 2012).
Para Vergnaud há uma tendência dos professores em resistir às novidades no mundo da
ciência. Muitos ficam impressionados com as novas descobertas, mas encontram grande
dificuldade em aplicar a teoria em sala de aula. Só com muita formação é possível transcender
este obstáculo. O grande desafio do professor é ampliar as dificuldades para os alunos, mas
sabendo o que está fazendo e aonde quer chegar (PRÄSS, 2012).
Fonte: Elaborado pela autora com base em Präss (2012), Grossi (2008).
TEÓRICA:
CONCEPÇÕES
De acordo com Präss (2012), Bruner é um norte americano que nasceu em 1915 e doutorou-se
em Psicologia em 1941. Este teórico propõe a participação ativa do aluno em seu processo de
aprendizagem. A concepção de desenvolvimento está dentro da linha construtivista. Neste
contexto, o professor gera condições para que os alunos conheçam uma meta a ser alcançada
ao invés de expor os conteúdos e serve como mediador para que os próprios alunos percorram
o caminho em busca dos objetivos propostos. Trata-se da teoria da aprendizagem por
descoberta. Esta teoria também trata da aprendizagem em espiral, trabalhando periodicamente
os mesmos conteúdos e se aprofundando cada vez mais. Estabelece alguns princípios, sendo
eles:
- Motivação: todas as crianças nascem com desejo de aprender;
- Estrutura: Qualquer conteúdo pode ser organizado para ser trabalhado e entendido por
qualquer estudante;
- Sequência: a sequência em que os conteúdos vão ser ensinados é determinante em relação
ao nível de dificuldade do assunto para o estudante;
- Reforçamento: é importante reforçar o processo, principalmente no início da aprendizagem,
mas com o tempo o aluno vai conquistando a autossuficiência.
Fonte: Elaborado pela autora com base em Präss (2012).
2.4 APRENDIZAGEM
Alguns estudantes são mais visuais, outros mais auditivos e outros mais
sinestésicos e há também aqueles que possuem a mistura mais equilibrada dos três
estilos. Essa teoria, denominada VAC (Visual, Auditivo, Sinestésico) foi desenvolvida
por Fernald e Keller e Orton-Gilingham.
a) Estilo visual: estudantes que possuem habilidades de conhecer,
interpretar e diferenciar os estímulos recebidos visualmente. A partir da
visualização das imagens, é possível estabelecer relações entre ideias e
abstrair conceitos.
b) Estilo Auditivo: possuem habilidades de conhecer, interpretar e
diferenciar os estímulos recebidos pela palavra falada, sons e ruídos,
organizando suas ideias, conceitos e abstrações a partir da linguagem falada.
c) Estilo Sinestésico: estudantes que possuem habilidades de
conhecer, interpretar e diferenciar os estímulos recebidos pelo movimento
corporal.
David Kolb e a dupla Richard Felder e Linda Silverman também realizaram
pesquisas referentes a estilos de aprendizagem:
funcionará para todos da mesma forma. No entanto, precisa ser considerado como
uma tentativa de pesquisa e desenvolvimento a respeito do tema.
3 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS
O objeto de estudo desta pesquisa foram vídeos publicados no YouTube, cujo
conteúdo são depoimentos pessoais de estudantes sobre as estratégias
consideradas mais eficientes no ato de estudar.
Trata-se de uma pesquisa quantitativa, porque contabilizou o número de
incidência das estratégias de estudo nos vídeos e qualitativa, uma vez que foi
desenvolvida uma revisão bibliográfica e análise de conteúdo do objeto da pesquisa.
Assim, este trabalho foi organizado em 5 (cinco) etapas, resumidamente
apresentadas a seguir:
49
7
Maiores detalhes na seção 5.3.
50
8
O YouTube considera diversos fatores para estabelecer a relevância. Não foi possível
encontrar uma lista única. Mas em pesquisas na Internet observou-se que o número de visualizações,
o tempo de postagem, a interatividade dos expectadores, o número de inscritos no canal e um título
que expresse claramente o tema do vídeo são determinantes para se tornarem relevantes.
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Assim, poderia ser prejudicial à pesquisa. O critério "características" também não foi
considerado por se tratar apenas da versão técnica do vídeo.
A Figura 1, a seguir, apresenta os critérios utilizados para busca dos vídeos,
objeto da pesquisa, de acordo com as ferramentas disponibilizadas pelo YouTube.
Fonte: www.youtube.com
Dessa forma, foi eleita para esta pesquisa uma amostra composta pelos 50
primeiros vídeos, relacionados no Apêndice A (deste projeto), classificados pelo
YouTube como os mais relevantes.
Assistiu-se a todos e seus tópicos foram listados em fichamentos individuais,
seguindo o modelo do Apêndice B (deste projeto). Esses conteúdos foram, então,
organizados por categorias, que foram criadas com base no índice de recorrência:
Estudo individual
Interação
Organização para os estudos
Comportamento durante as aulas
Preparação para as avaliações
Bem estar físico e mental
Fonte: encurtador.com.br/ksFMW
VÍDEO 2:
DEPOIS EU ESTUDO. QUEM NUNCA?
Fonte: encurtador.com.br/mosBH
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VÍDEO 3:
COMO EU ESTUDO + DICAS PARA SE DAR
BEM NAS PROVAS
Fonte: encurtador.com.br/bgMZ0
VÍDEO 6:
POR QUE EU ESTUDO ISSO? FALA AI
Fonte: encurtador.com.br/bnoK4
Fonte: encurtador.com.br/ksFMW
Fonte: encurtador.com.br/bnoK4
(T6) Cê tá ligado que eu fiz CNA né? Se liga, trouxe aqui pra você o livro
com realidade aumentada, que vai te ajudar a aprender muito melhor. Aqui
dentro tem acesso à plataforma 360, aonde você vai aprender através de
jogos e aplicativos. Tá ligado também Kier Colds, você sabe o que é Kier
Colds? Aqueles códigos... Não, relaxa com isso, o CNA tem professores On
line, que ficam disponíveis pra tirar suas dúvidas quando você tá fora da
sala de aula. Yeah. E olha só que irado o material com personagens da
Disney, você gosta, o Marcelinho gosta, todo mundo gosta dos personagens
da Disney. Não se preocupa, que assim que a gente terminar essa partida,
ou melhor, assim que eu ganhar essa partida, eu vou te levar lá no CNA,
porque ninguém tem o que o CNA tem. E o quanto antes você fizer a sua
matricula, a nossa sorte é que tem um CNA bem aqui perto, melhor, porque
você ganha o presente, que é esse caderno irado, com a capa 3D e
aproveita também as condições especiais que tão lá esperando você, tá!
Então, cara, calma!... Eu vou deixar o link do CNA aqui em baixo dessa
descrição. Se você não sabe, eu fiz CNA. Eu aprendi falar Inglês lá, então
eu sei me comunicar com o mundo, graças a ele. Então, é sério, dá uma
olhadinha. Chama o seu pra ver esse vídeo e fala: Pai, você não vai querer
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que eu seja assim, né? Me pôe no Inglês. Tá aqui ó! Com certeza vai achar
o CNA mais próximo de você!... Muito obrigado ao CNA pela parceria no
vídeo. Eles sempre estiveram presentes comigo quando eu tava estudando,
afinal, aprendi Inglês lá e, sem brincadeiras, eu super recomendo e agora,
também tão aqui dando altos apoios no canal... E vou deixar aqui em baixo
na descrição, também, todas as informações do CNA pra você que se
interessou e quiser aprender Inglês e não pagar micões por ai na vida, né.
Fonte: encurtador.com.br/ksFMW.
(T3) Se vocês gostaram compartilhem e
me conta aqui nos comentários se tem algum
truque que você faz que é diferente das coisas
que eu faço, tá! Porque, né, um truquezinho a
mais é sempre válido. Um beijo pra vocês e até o
próximo vídeo e tchau!
Fonte: encurtador.com.br/bgMZ0
(T6) ... sabe quando você tá estudando e você se pergunta: quando é que
eu vou utilizar isso na minha vida? Afinal, são anos e anos de estudo e é
muita coisa pra aprender e muita coisa pra se lembrar depois que você sai
da escola, né? Mas vai por mim, tem coisa que você usa sim!... Talvez
Bhaskara a gente não vai usar. A não ser que você seja um engenheiro.
Mas o resto... Principalmente a regra de três. Regra de três é solução da
vida... Você precisa saber o que aconteceu lá no passado pra saber para
onde você está indo. Pra entender tudo que está surgindo hoje em dia.
Então, por isso que é importante prestar atenção na aula de Artes, prestar
atenção na aula de literatura... Romero Brito é mais atual, mas você teve
também o que... Van Gogh... é.… gente, eu tive aula disso... Tá vendo!
Esqueci o nome dos outros caras... Tem muito... Nome! Nome... Aiii ... Meu
professor de Arte e Cultura da faculdade ia ficar muito bravo comigo agora.
Professor, eu lembro. É que deu branco agora... Hoje eu acho o Inglês tão
primordial quanto Português. Porque é a principal linguagem de
comunicação do mundo. Então pode, você pode ir pra Madagascar, que se
você falar Inglês, você vai conseguir se comunicar. Você pode ir pra China,
que você vai conseguir se comunicar em Inglês. Então, tipo, o mundo inteiro
fala Inglês. Então, é de extrema importância, que você saiba falar Inglês...
Tá aí, eu acho que é um dos mais importantes de todos. Porque, cara,
Português é uma coisa que você usa no seu dia a dia. Você não vai querer
ser um adulto, que vai chegar numa reunião com um cliente, com um chefe
e falar: pra mim fazer alguma coisa. Não, não seja essa pessoa... Não só
falar como escrever. Escrever é de extrema importância. Principalmente
quando você for mandar e-mail errado, você vai ser motivo de chacota pra
pessoa que leu. A pessoa vai falar: que burra! É, tem tanta coisa que a
gente acha que nunca vai usar na vida, né senhores? Acontece que, não! A
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gente usa muita coisa que a gente aprendeu na escola, que a gente nem
percebe que foi importante.
No trecho “gente, eu tive aula disso... Tá vendo! Esqueci o nome dos outros
caras...”, pode-se verificar que, embora a estudante tenha confirmado que assistiu à
aula do conteúdo, já não se lembrava mais, confirmando a fragilidade da qualidade
de aprendizagem ocorrida.
Uma estratégia de estudo que poderia ser extraída deste trecho seria buscar
entender a aplicabilidade dos conteúdos estudados no cotidiano. Isto fica evidente
no trecho "quando é que eu vou utilizar isso na minha vida?". Quando o estudante
não é capaz de perceber a aplicabilidade dos conteúdos, o estudante também não é
capaz de perceber a importância de aprendê-los.
A Youtuber também tenta fazer os estudantes pensarem sobre esta
importância em diferentes disciplinas estudadas na escola: matemática, história,
artes, inglês, português, para suas vidas, mesmo que, no momento estudado, não
faça muito sentido.
Sendo assim, faz-se necessário contestar a forma como os conteúdos são
ensinados, o modelo de escola e de ensino, bem como o papel do professor
enquanto mediador do processo. Quando o aluno estuda de forma
descontextualizada, observa-se o que Ausubel chamava de aprendizagem
mecânica.
O novo contexto educacional requer que os estudantes desenvolvam a
capacidade de pensar sobre os próprios pensamentos e sobre o próprio processo de
aprendizagem. Envolve, do ponto de vista do indivíduo, a interação entre aspectos
metacognitivos e autorreguladores (GALVÃO; CÂMARA; JORDÃO, 2012). Uma vez
que suas concepções de aprendizagem interferem na forma como enfrentam o
cotidiano e as tarefas escolares.
Certamente estudantes que não conseguem relacionar os conteúdos com a
prática cotidiana também podem estar adotando estratégias superficiais de estudo.
Geralmente estudantes que adotam estratégias superficiais são motivados
especialmente pela busca em atender às expectativas de uma determinada
instituição ou pelo medo do fracasso escolar. Dessa forma, simplesmente realizam
tarefas por meio da utilização de fragmentos de informações ou ideias sem relações
77
(T4) Eu acho muito importante você ter um lugar para o estudo. Por
exemplo, essa escrivaninha aqui é o local para os meus estudos. Então,
quando você tem o seu lugar para estudo, você sabe quando você tem um
lugar para sentar lá, você vai sentar pra estudar.
Fonte: encurtador.com.br/gmtE6
(T3) Não estude na sua cama, nem em sofás... Não tem como você
escrever. Não tem como você fazer anotação nenhuma. Depois de um
tempo as suas costas começam a doer e a probabilidade de você desistir no
meio do caminho é muito grande, tá.
79
4.3.2.2 Agenda/Cronograma/Organização
(T3) olha só, eu faço, todo mês, esse calendário aqui... E eu vou marcando
os x conforme passar o tempo. Aí, em cada dia eu escrevo o que vai ter... E
também, gente, eu tenho aqui duas agendas... E essa pequenininha aqui eu
uso pra anotar as provas... E daí, conforme vai passando a prova, conforme
eu já fiz a prova, aí eu vou riscando... Eu vou mostrar pra vocês um
aplicativo de celular, que é um aplicativo Agenda do Estudante... E se você
clicar aqui, por exemplo, você vai ver a soma de todas as suas notas das
disciplinas, você pode ver a média... que você tirou na disciplina e tudo
mais.
tempo que leva para a conclusão do projeto, estará se preparando para o fracasso.
Imprevistos podem ocorrer, porém, se surgirem itens urgentes, devem ser
eliminados o mais rápido possível para abrir caminho para itens importantes.
Na vida de um estudante, há atividades superficiais e atividades profundas. É
comum os mesmos se perderem realizando tarefas de menor importância. As
atividades superficiais podem evitar o fracasso acadêmico, mas são as atividades
profundas que promovem um aprendizado e uma formação efetiva. É preciso,
portanto, dedicar mais tempo a elas.
De acordo com Soares (2017), eventos distantes no tempo tendem a ser
representados de forma mais abstrata do que os eventos que estão prestes a serem
realizados. Isso se deve ao fato de que a clareza favorece a produtividade. A autora
orienta a se delimitar no máximo seis a tarefas a serem realizadas no dia seguinte e
organizá-las por ordem de prioridade. Ao iniciar o dia, isso evitará a confusão mental
e o desperdício de tempo, debatendo sobre o que deve ser feito. Sugere que é
melhor evitar aplicativos ou ferramentas complexas para o planejamento.
Manter o foco nas atividades prioritárias é fundamental para se obter sucesso
em qualquer atividade. Não é possível realizar uma atividade consistente quando se
está dividido entre inúmeras atividades.
4.3.3.1 Alimentação
(T5)... se alimentem direito... Tudo que você possa manter a sua saúde em
dia, sua mente boa, seu corpo sadio, vale a pena, não é perda de tempo.
Ainda que os estudantes não tenham por hábito fazer qualquer tipo de
preparação física ou mental para estudarem, a preparação física e/ou mental é um
dos fatores que beneficiam o processo de aprendizagem (GALVÃO; CÂMARA;
JORDÃO, 2012).
83
Correr por longo tempo, por exemplo, causa sofrimento. Porém, havendo
necessidade de continuar a corrida, nosso cérebro começa a produzir endorfinas,
que atenuam o cansaço e causam sensação de bem-estar (PIAZZI, 2013).
4.3.3.3 Descanso
(T5) E quando eu falo desnecessárias, não quero dizer que é lazer. Você,
inclusive o seu lazer tem que ter um horário ali que você sabe que você vai
gastar aquele tempo de uma forma livre, sem peso na consciência, porque
ele tá dentro do seu cronograma... Lembrando que nesse período eu
intercalava o meu lazer, né. Eu diminuía uma hora ou outra se eu
precisasse de lazer. Por exemplo, toda segunda-feira eu ia pro cinema,
como eu falei pra vocês. Eu saía do cursinho, pegava a sessão das uma,
uma e meia, assistia meu filme, acabava, ia pra casa e começava estudar.
Então, isso tava no meu cronograma. Vocês não podem encarar um lazer
que seja um... vocês tem que, como eu disse pra vocês no outro vídeo,
vocês precisam ter uma válvula de escape e pra essa válvula de escape
não ficar como vagabundagem ou, assim, você perdendo tempo, você
encaixa ela no seu cronograma. Então você vai estar no seu cronograma e
seu horário de lazer. Vai ta ali que você quer um cinema ou uma hora pra
uma leitura, ou assistir novela. Não importa, gente. Você tem que escolher
alguma coisa e coloca no seu cronograma e respeite esse horário de lazer,
como você respeita o horário de estudo. Porque ninguém é máquina,
ninguém é robô e isso ajuda você a ter sanidade mental. Você descansa um
pouco a sua mente pra voltar ao estudo. Acredita me mim, isso é muito
importante. Uma hora de uma novela ou de um filme que você tenha
assistido, vai recarregar suas baterias e vai deixar você mais disposto e
mais feliz para continuar estudando. Sério mesmo. Respeite o horário de
lazer. Não to falando pra você fazer todo dia, mas assim, escolha alguns
horários estratégicos, alguns dias estratégicos pra ter um lazer. É super
válido... Assistir um filme. Porque ali você senta uma hora, uma hora e
meia. Você assistiu, ficou feliz, deu risada e já continua a estudar com o
mesmo empenho. Então eu fazia sempre isso.
Estudos realizados por Starch (1912) e PYLE (1913, 1914) apud Galvão,
Câmara e Jordão (2012, p. 629) concluíram que “aprendizagem se beneficia mais da
prática distribuída do que da prática concentrada. Além disso, intervalos prolongados
de descanso seguidos de sessões curtas de estudo são mais eficientes para a
aprendizagem”.
84
(T3) A segunda dica também vale mais pra quem faz faculdade. Os
professores não anotam nada no quadro, não escrevem. Eles passam
slides.
(T3) Coisas que você já tem que fazer lá na sala de aula pra você não
precisar de se matar de estudar depois. Primeira dica: tente não perder
aula... A aula da matéria é só naquele dia. Então, se eu falto aquele dia, eu
simplesmente perdi todo o conteúdo da semana naquela matéria... Daí eu
tenho algumas amigas que ficam escrevendo o slide, então só escutam por
alto o que o professor está falando. Tem uns que só anotam e nunca pegam
o slide. Tire foto do slide e daí você vai prestando atenção no que a
professora tá falando e anota o que achar interessante do que ela está
falando. Porque você vai precisar do slide depois. E você vai precisar ter
ouvido o que a professora falou e como ela falou... Pergunte não tenha
vergonha... Pode ter certeza que vai ter um monte de gente na sua sala que
está pensando a mesma coisa que você e que não teve coragem de falar e
85
que se você não perguntar, você vai ficar com essa dúvida pro resto da
vida.
4.3.5.1 Autorregulação/Procrastinação/Distração
(T2) ... Ai, tem tanta coisa pra estudar. Eu não queria estudar agora. Eu
acho que eu vou ver um vídeo... É... Vou ver um vídeo. Depois eu estudo,
né. Tenho o dia inteiro pra estudar.... Que pena que eu não posso ver o
Ipad... Mamãe não falou que eu não podia mexer no celular. Vou tirar várias
selfs... Vou mexer no aplicativo da Bel. Depois eu vou estudar. Só um
tempinho, não vai fazer diferença... Tô... Ai, agora tá passando meu
desenho favorito. Episódio novo. Ah, depois eu estudo... rrrsss... Tá bom!
Ai, agora não tem jeito. Eu vou ter que estudar. Tem uma revisão toda. Tem
duas revisões pra fazer. Tem muita coisa pra escrever. Tá me dando um
sono! Vou cochilar um pouco, aí depois eu estudo. Daqui a pouquinho.
(T3) Se você não for usar o celular pra essas outras coisas que eu já citei,
desligue! Não deixa no vibrar. Porque se você deixa no vibrar você vai
pegar e aí você já sabe, né? Então, desligue o celular!
(T5) Primeira coisa, você vai usar os livros do cursinho, né, que é o que
tem. Todo cursinho dá livro. Se não der, eles vão indicar a literatura por
fora... Os temas de redação, tudo isso você vai precisar pra treinar. E, por
fim, você vai precisar de revistas atualizadas, semanais, né!
(T5) Então, por exemplo, de manhã eu tive três aulas: História, Matemática
e Física... Então, você saiu do cursinho meio dia, chegou em casa uma
hora, almoçou, meia hora de descanso, duas horas começa a estudar.
Então, eu vô ter o horário da tarde e da noite pra estudar... De segunda a
sexta eu ia estudar a matéria que eu vi no dia. E isso ajuda muito, gente.
Porque você chega, você vai lembrar do que o professor falou. Você vai
chegar, vai ler no livro ali e já vai relembrar tudo que ele disse. Então, você
consolida o conhecimento muito mais fácil. Se tinha alguma coisa que eu
não aprendi direito, se eu não consegui terminar a matéria naquelas três
horas ou duas horas que eu tinha separado, eu ia completar no domingo e
funcionava, gente. Desse jeito eu conseguia ficar relativamente em dia com
a matéria e era muito produtivo, era muito bom mesmo.
tempo e um certo esforço, extra classe, por parte do estudante. Dessa forma,
durante a aula, o estudante entende os conteúdos, mas para se consolidar a
aprendizagem é preciso o estudo individual deliberado e a revisão periódica. E
quanto mais o estudante se conecta a esse conteúdo de formas variadas e
constantes, mais familiar ele se torna até que se consolide a aprendizagem.
No trecho citado, pode-se observar isso, quando a estudante afirma "você vai
lembrar do que o professor falou. Você vai chegar, vai ler no livro ali e já vai
relembrar tudo que ele disse. Então, você consolida o conhecimento muito mais
fácil". Observa-se aí a importância de prestar atenção às aulas e também a
importância do estudo após a aula. Quanto mais distante o tempo entre a aula e o
estudo, menores as chances de se estabelecer uma relação entre esses elementos
e menores as chances de recordar e consolidar.
(T1) ... vou para o computador, pesquiso. Tipo, uma coisa que eu aprendi
esse ano: se você não entendeu a matéria, Internet! Na internet, você vai
achar absolutamente tudo! Tem umas coisinhas, uns resuminhos que você
pode imprimir, colando no caderno, tipo, ó, na minha pasta tá cheio de coisa
pra estudar. É muito bom! Sério! Porque as vezes eu fico perdidassa, aí eu
tenho que falar: Opa! Cadê? Não entendi. Eu vou lá na Internet, procuro
resumo e me viro. E é assim!
Em pleno Século XXI praticamente tudo, para não dizer tudo, pode ser
encontrado na Internet. As bibliotecas tradicionais foram complementadas pela
biblioteca global. Neste contexto, exige-se do estudante a capacidade de saber
separar o “joio do trigo”, ou seja, selecionar materiais de qualidade e procedência,
que possam servir como referência confiável para os estudos.
No trecho selecionado da transcrição do vídeo 1, a estudante é taxativa: "se
você não entendeu a matéria, Internet!". Observa-se que a Internet não substituiu o
papel do professor ou a importância da aula, mas exerce papel complementar. Seria
um ambiente a mais de possibilidades de aprendizagem.
É uma nova realidade com um novo perfil de estudante. Para Demo (2008),
nesses ambientes, estuda-se muito, com profundidade e motivação, o que já não é
possível observar nas instituições de ensino. Tem-se também um novo modelo de
estudante. Aquele que, impressionantemente, está conectado a várias tarefas ao
mesmo tempo, o que é questionável.
As instituições de ensino não perderam sua importância, mas talvez tenham
que rever o seu papel. Para Carl Rogers, ensinar é ensinar a aprender. É preciso
que o aluno esteja no centro do processo e que o professor facilite a aprendizagem
por meio de uma relação de igualdade.
Dessa forma, saber lidar com este novo contexto e saber ser estudante
aprendedor virtual é um novo desafio para o ser humano. Tanto para os professores
quanto para os alunos. Saber lidar com a autonomia de aprender em qualquer lugar
e a qualquer tempo, sem a obrigação da aula. Não ter a obrigação de estudar tudo,
mas o que convém, para além de dominar conteúdos, saber pensar.
4.3.5.6 Resumos
Para Costa (2008, p.160), “o resumo pode ser uma apresentação abreviada
de um texto, conteúdo de livro, peça teatral, argumento de filme etc. O resumo
constitui, então, um gênero em que se reduz um texto, oral ou escrito qualquer,
94
(T1) ... o que os professores passam na lousa você vai anotando e eu faço
resumos... Aí eu vou copiando os resumos e fica bem mais fácil na hora de
estudar... faço o resumo... estudo meu resumo.
(T3) Ah, você não passa pro caderno? Pois devia! Isso me ajuda muito! Na
medida que a gente escreve uma coisa que a gente já viu e já ouviu, a
probabilidade de vocês assimilar e aprender isso mais rápido é muito maior.
(T4) ...como eu estudo, como eu... faço resumos pras provas e tudo mais...
Esse meu caderno que é o caderno de resumos. Que é onde eu anoto os
resumos dos conteúdos que vai cair em determinada prova. E fica assim,
bem organizadinho... Eu aprendo quando eu escrevo. Então, eu preciso
escrever pra memorizar, pra aprender. Então, por isso que eu faço o
resumo.
(T4) Na hora que vocês forem fazer o resumo de vocês, vocês peguem
informações tanto do caderno de vocês, que o professor passou, quanto
informações da apostila mesmo.
fixar uma infinidade de nomenclaturas científicas, como, por exemplo, é o caso das
disciplinas de Anatomia Humana e Farmacologia.
Nesses casos muitos estudantes utilizam-se da teoria comportamentalista,
tentando repetir inúmeras vezes até decorar o que se pretende aprender. Outros já
buscam alternativas mais cognitivas, como:
4.3.6 Interação
(T4) Pega seu celular e coloca pra gravar o áudio da aula. Por exemplo, o
seu professor vai fazer uma revisão ou uma aula muito importante que você
precisa prestar muita atenção. Pega o gravador do áudio do seu celular e
coloca pra gravar a aula inteira. Você grava a aula inteira. E aí, quando você
chegar em casa, você coloca pra escutar. E daí você vai... é como se você
tivesse escutando a aula tudo de novo. Só que daí você vai poder pausar o
áudio, escrever uma anotação. Você vai poder voltar o que você não
entendeu e ouvir de novo.
(T4) ...explicar pra alguém tudo que eu já aprendi. Tudo que eu estudei.
Você pode chamar uma amiga sua pra estudar com você ou você pode
explicar para você mesmo na frente do espelho que funciona super! Eu
geralmente explico pro(Alfredo)(cachorro) e pior, por incrível que pareça,
geralmente ele entende o que eu to falando. Mas... fica a seu critério, né.
Cada caso é um caso.
Piazzi (2013) recomenda a preparação da cola. Mas uma cola que nunca será
utilizada. Porque, geralmente, a estrutura de uma cola é composta por palavras-
chave e conceitos principais, que servem como gatilhos. Segundo ele, para se
elaborar uma cola é necessário estudar, entender o conteúdo e a própria produção
da mesma é uma condição de autoria. Sempre importante é estudar, fazendo
anotações. Escrever, para ele, é fundamental para o processo de aprendizagem.
Dessa forma, ouvir um áudio gravado pode auxiliar, mas não ser suficiente na hora
de estudar. É preciso associar essa estratégia a outras, como leitura, releitura,
produção de resumos, mapas mentais, mapas conceituais, resolução de exercícios,
apresentações orais, dentre outras.
4.3.6.2 Leitura
Nos trechos citados, fica evidente que as estudantes utilizam os vídeos como
ferramenta auxiliar de estudo. Embora o vídeo possa contribuir para a visualização
de um processo, um lugar, um equipamento que não se possa ter acesso
pessoalmente ou uma palestra de um importante estudioso, essa estratégia sozinha
não surte muitos efeitos.
Utilizar um vídeo para estudar é uma estratégia que envolve a interação entre
quem produziu e o expectador. Porém, trata-se de uma atividade passiva e,
conforme já citado anteriormente, quanto mais ativa a atividade, maior a
probabilidade de aprendizagem.
101
(T1) Depois que eu vejo o conteúdo que tem pra estudar, eu vou lá, faço o
resumo, leio a apostila algumas vezes, estudo meu resumo, vou para o
computador, pesquiso.
(T1)... falar sobre uma coisa que talvez seja chata. Talvez, porque é
chata..., Mas o que é? Semana de provas!... tem, tipo duas provas por
semana ou três. O que às vezes fica mais difícil, sabe, você tem uma, tem
um dia para estudar. É melhor. Só que aí você relaxa um dia e tem que
estudar para o outro. Então é meio... meio complicado. Semana de prova
deixa todo mundo nervoso... Aí, chega o dia da prova... e o problema é que
você pode ter estudado o dia inteiro, mas você não vai estar preparada...
tem aquela coisa de: não pode estudar na véspera! Eu estudo na véspera.
Não tem jeito, gente. Eu cato, estudo no computador. Estudo pela minha
pasta, estudo pelo meu caderno universitário, estudo pelas apostilas. Aí, eu
estudo, vou estudando, vou imprimindo as coisas.... Quando eu vejo, eu
falo: o que que é isso mesmo? Aí chega vinte minutos antes da prova, tem
que ficar estudando tudo de novo.... A gente recebe uma apostila nova.
Uma A-POS-TI-LA, só para uma semana de estudo pra uma prova... Eu
acho que são sessenta testes. Questões alternativas. E.... você tem uma
semana pra estudar pra ela.
(T2)Eu quero que meu boletim saia muito bom. Acima da média.
(T3) Tenta estudar sem ser na semana de provas. Tenta estudar no resto
dos outros dias, porque é mais fácil pra você ir assimilando aos poucos o
que os professores estão falando. Na semana de prova, são provas todos
os dias.
(T6) Eu sei... eu sei que você não quer ler os Luzíadas, mas você precisa
ler os Luziadas, pra passar no ENEM.
provas”. Isso leva o estudante a estudar para aprender, pois seu foco não está na
prova, mas sim, em algo muito maior, a aprendizagem.
105
5 CONCLUSÃO
Esta dissertação de mestrado assumiu como um dos objetivos compreender
as abordagens das teorias de aprendizagem com foco no ensino superior. Para tal,
essa análise apoiou-se nas principais correntes difundidas: comportamentalismo ou
behaviorismo, neobehaviorismo, cognitivismo, construtivismo, sociointeracionismo,
humanismo, socioculturalismo.
Tendo em vista aspectos observados nas características de cada corrente,
observa-se que as concepções a respeito de como o ser humano aprende foram
sendo aprimoradas ao longo do tempo. Alguns teóricos preocuparam-se mais com
aspectos comportamentais, outros com aspectos cognitivos e outros com a
aprendizagem por meio da interação social. Não há que se falar em teorias melhores
ou piores. Cada uma possui suas peculiaridades e aplicabilidades. No ensino
superior, assim como na educação básica, o uso das teorias se evidencia de forma
associada.
Pela observação dos aspectos analisados nas teorias de aprendizagem, as
estratégias de estudo comumente utilizadas pelos estudantes estão carregadas de
características dessas teorias e as concepções dos estudantes em
relação à aprendizagem depende do modelo de ensino no qual estão inseridos.
Observou-se, na análise dos 50 vídeos, que os estudantes, de forma geral,
conhecem variadas estratégias de estudo e organização. Algumas delas foram mais
citadas, como a exemplo do uso de “resumos”. No entanto, pode se tratar da simples
reprodução do modelo de ensino aplicado nas instituições de ensino do país, desde
os anos iniciais da vida escolar.
Por outro lado, há estratégias que foram pouco citadas, porém, são
consideradas de alta efetividade, como é o caso de “levantar questionamentos a
respeito do texto e tentar responder”.
Verificou-se uma certa confusão dos estudantes entre o conceito de
“estratégias de estudo” e “organização para os estudos”. Em muitos vídeos o
estudante afirmava que iria falar sobre estratégias de estudo e acabava abordando
apenas estratégias de organização e planejamento para os estudos. O que leva a
entender que não possuem clareza do que seja estratégia de estudo efetivamente.
De forma geral, ficou claro o conhecimento superficial e empírico dos
estudantes a respeito do ato de estudar em si e uma tendência à reprodução de
106
evidente o desconhecimento dessas teorias pelos autores dos vídeos. Dessa forma,
ao mesmo tempo em que em um vídeo era identificada uma corrente
comportamental, também poderia se verificar outra cognitivista ou humanista.
Certamente isso também seja identificado no modelo de ensino aplicado, o que
poderia ser objeto de outras pesquisas, ao passo que, ao mesmo tempo em que se
incentiva o aprendizado por meio de interações sociais, exerce concepções
avaliativas punitivas ou compensadoras, assim como o modelo de ensino seriado e
outras práticas que revelam a aplicação dessas várias teorias, no cotidiano.
Estudantes não nascem conhecendo estratégias de aprendizagem. É preciso
considerar o ambiente interno de aprendizagem, como por exemplo, o estado
mental, psicológico e emocional do aprendiz, bem como sua pré-disposição em
aprender. As instituições de ensino possuem papel fundamental no sentido de
orientá-los sobre o uso destas e de auxiliá-los no processo de autoconhecimento.
Questões relacionadas à saúde, como a qualidade do sono, alimentação e
prática de atividades físicas afetam o desempenho do estudante. Podendo beneficiar
ou prejudicar sua aprendizagem. O bem estar e o relaxamento são pré-requisitos.
Não há aprendizagem efetiva se o estudante está cansado, adoentado ou sob
pressão.
Em alguns casos, são necessárias estratégias de memorização e, em outros,
de compreensão e interpretação. Além disso, estudar para um teste é diferente de
estudar para uma formação humana e profissional. Primeiramente é necessário
identificar o objetivo do estudo para, então, escolher as estratégias que serão
utilizadas. Assim, o conteúdo que será estudado também deve ser analisado antes
de se escolher estratégias de estudo.
Outra questão importante, que influencia no ato de aprender, é a bagagem de
conhecimentos e os hábitos construídos anteriormente pelo estudante, uma vez que
funciona como referência para novas associações. Por consequência, quanto mais
se sabe, mas fácil se torna aprender novas coisas.
Para ocorrer uma aprendizagem efetiva, é mais eficiente estudar pouco e
intensamente todos os dias, fazendo revisões periódicas ao invés de se dedicar por
muitas horas seguidas, em poucos dias. Aprender efetivamente exige tempo para o
amadurecimento das ideias. Fazer pequenas pausas a cada 30 ou 40 minutos de
estudo também é positivo.
108
REFERÊNCIAS
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CASTRO, C. M. Você sabe estudar? Quem sabe, estuda menos e aprende mais.
Porto Alegre: Penso Editora LTDA, 2015.
DEMO, P. Metodologia para quem quer aprender. São Paulo: Atlas, 2008.
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teorico-do-ensino-como-processo-social> Acesso em: 15 out. 2017.
GERALDI, J. V. (Org). O texto na sala de aula. 3. ed. São Paulo. Ática, 1999.
MELLO E. F. F.; TEIXEIRA A. C.. A Interação Social Descrita por Vigotsky e a sua
Possível Ligação com a Aprendizagem Colaborativa Através das Tecnologias de
Rede. IX ANPED Sul: Seminário de Pesquisa em Educação da Região Sul, 2012.
SOUZA, I.. Estratégias de leitura para ler e compreender melhor. E-book. São
Paulo: Amazon, 2017.
APÊNDICE A
Relação dos 50 vídeos previamente selecionados para a pesquisa.
COMO eu estudo / me organize para as provas. Naati Weiler. 2016. 08:36. Disponível em:
https://www.youtube.com/watch?v=DdaTZfDxa7c . Acesso em: 05/102016.
COMO EU ESTUDO + DICAS PARA SE DAR BEM NAS PROVAS!Maanuh Scotá. 2016.
07:44. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=A_PR-8XSC5A. Acesso em:
05/10/2016.
Como eu estudo? Dicas de estudos, looks e mais...Isabela Pasqualin. 2016. 06:27. Disponível
em: https://www.youtube.com/watch?v=fVtIn33toYA. Acesso em: 05/10/2016.
DEPOIS EU ESTUDO. QUEM NUNCA?Bel para meninas. 2016. 03:24. Disponível em:
https://www.youtube.com/watch?v=0CzZkgAzdIk. Acesso em: 05/10/2016.
Rotina de Estudos - Como eu estudo + dicas! / Study Routine | HeyGabs. Gabs Pepeleascov.
2016. 08:01. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=J3YOFkHm8zE. Acesso
em: 05/10/2016.
COMO EU ESTUDO | Dicas para se dar bem na faculdade. Ially Furtado. 2016. 03:56.
Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=eDmpsKMO81g. Acesso em:
05/10/2016.
Como eu estudo para as provas!!Amanda For Me. 2016. 05:57. Disponível em:
https://www.youtube.com/watch?v=37PLbz7_Kbk. Acesso em: 05/10/2016.
Como eu estudo a Lei Seca! I Victor Ribeiro #23/365. Victor Ribeiro. 2016. 04:19. Disponível
em: https://www.youtube.com/watch?v=0qsxFq4VVOo. Acesso em: 05/10/2016.
Dicas de Estudo | Como eu melhorei as notas. Vepa Barbosa. 2016. 12:23. Disponível em:
https://www.youtube.com/watch?v=_OoHxeX-gzw. Acesso em: 05/10/2016.
COMO EU ESTUDO PARA PROVAS. Loira Fake. 2016. 07:58. Disponível em:
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Como Estudo Inglês Em Casa. Apenas Quinze Anos. 2016. 05:29. Disponível em:
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115
Como eu estudo história para o vestibular. Buscandoamed. 2016. 06:06. Disponível em:
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COMO EU ESTUDO PARA CONCURSO. Priscila Benichio. 2016. 17:51. Disponível em:
https://www.youtube.com/watch?v=GzDthFXlVFs. Acesso em: 05/10/2016.
Dicas de estudo + Meu cronograma e como eu estudo!Juliana Souza. 2016. 06:46. Disponível
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Como eu estudo? Improvisando com loop station boss rc2. Adriano Prets. 2016. 04:59.
Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=_TNdRd2xvJo. Acesso em: 05/10/2016.
Como estudo a Bíblia de maneira pratica e eficaz. Cantinho da Biia. 2016. 06:00. Disponível
em: https://www.youtube.com/watch?v=6D9DEQum0Xc. Acesso em: 05/10/2016.
"ESTUDANDO, COMO MINHA MÃE ACHA E COMO EU ESTUDO". MC Élky Na voizzz. 2016.
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Bitolei! Como eu estudo matemática para concursos públicos. Bitolei. 2016. 02:01. Disponível
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COMO EU ESTUDO PARA AS PROVAS. Canal da Juuh. 2016. 06:31. Disponível em:
https://www.youtube.com/watch?v=vU0jN7lShlc. Acesso em: 05/10/2016.
POR QUE EU ESTUDO ISSO? Fala Ai #01 (NOVO QUADRO!). Malena010102. 2016. 09:11.
Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=Hannh4cFY7k. Acesso em: 05/10/2016.
COMO EU ESTUDO A BÍBLIA I FERNANDA SILVA. Ministra Fernanda Silva. 2016. 05:34.
Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=_NWtv75QVCU. Acesso em:
05/10/2016.
Depois eu estudo,quem nunca? Maria Luiza Barreto Rodriges. 2016. 07:57. Disponível em:
https://www.youtube.com/watch?v=FC5WcM7Yp0Q. Acesso em: 05/10/2016.
Como eu estudo a biblia/organização. canal lucas BR. 2016. 04:29. Disponível em:
https://www.youtube.com/watch?v=J_YNJqEnKAU. Acesso em: 05/10/2016.
Como eu estudo + dicas. Manu Top teen. 2016. 07:14. Disponível em:
https://www.youtube.com/watch?v=_3pHsGBVtr4. Acesso em: 05/10/2016.
Dicas para estudar + como eu estudo. Cantinho da Rita. 2016. 03:45. Disponível em:
https://www.youtube.com/watch?v=QtiYzRbIOos. Acesso em: 05/10/2016.
Rotina de estudos | Fran Guarnieri. Fran Guarnieri. 2016. 07:12. Disponível em:
https://www.youtube.com/watch?v=UPu1GXPDMc4. Acesso em: 05/10/2016.
APÊNDICE B
NOME DO VIDEO:
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DATA DE PUBLICAÇÃO: ____/____/____
Nº DE VISUALIZAÇÕES: _________________________
DURAÇÃO: ____:____
SEXO: F M
FAIXA ETÁREA: Criança Adolescente Adulto
TEMÁTICAS ABORDADAS:
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qualquer coisa, eu vou lá, associo a alguma coisa, aí eu lembro e fico fazendo a prova. Mas tem
aquelas coisas de cola, né gente.... Por que... ham.... Eu não colo. Não pode dizer que nunca colei na
minha vida. Porque eu sou uma estudante normal, né. Mas, eu passo bastante cola... pros
coleguinhas... Uma vez, eu fui fazer uma cola, não vou falar pra que prova, porque não posso falar.
Mas uma vez eu fui fazer uma cola, e a cola estava errada. A cola tava errada! E ainda tem a prova
multidisciplinar. Eu não sei se na escola de vocês tem prova multidisciplinar, mas a minha é assim. A
gente recebe uma apostila nova. Uma A-POS-TI-LA, só para uma semana de estudo pra uma prova.
Essa prova engloba todas as matérias. Então, Física, Química, Português, Matemática, História e
Geografia e Inglês, são sete matérias em uma prova. Eu acho que são sessenta testes. Questões
alternativas. E.... você tem uma semana pra estudar pra ela. Eu vou ficar pra caramba no meu
computador estudando, vendo vídeo. Que é o que me ajuda. Eu acho que vídeo me distrai, sabe! Não
me sinto aquela coisa de ficar lendo, lendo, lendo direto. Mas então é só isso, gente. Me desejem boa
sorte. Eu espero que eu consiga passar desse semestre feliz e plena pra curti minhas férias e não
ficar de recuperação, né. Então é isso galera. Espero que vocês tenham gostado e se vocês se
interessam neste computadorzinho aqui! Porque ele está comigo. (Faz demonstrações de como
funciona o computador). Então foi isso gente. É valeu à Dell por ter me emprestado um novo
amiguinho pra estudar. E vou continuar sabe, gente. Vou continuar dando atenção pra vocês, mas
também tenho que continuar estudando, então, se inscreva no canal e assista esse último vídeo, que
foi meu Blog na Disney com a Bia. Dê um like se você gostou. E isso. Beijo!
- Tá bom! Ai, agora não tem jeito. Eu vou ter que estudar. Tem uma revisão toda. Tem duas
revisões pra fazer. Tem muita coisa pra escrever. Tá me dando um sono! Vou cochilar um pouco, aí
depois eu estudo. Daqui a pouquinho.
- Bel! Já estudar, Bel!
- Eu tô estudando!
- A prova é amanhã...
- Você não viu que eu tava assim estudando, Mãe?
- Ó, daqui a pouco eu vou te perguntar isso tudo, ehm, Bel!
- Tá bom! Quem nunca ficou enrolando pra estudar? Gente, estudar é muito importante pro
nosso futuro. Depois que a gente estudar, a gente pode fazer qualquer coisa. Brincar no Ipad, no
celular, com disciplina. Então, foi isso e agora eu vou estudar pra prova, ne. Eu quero que meu
boletim saia muito bom. Acima da média. Conta aqui se você tem preguiça de estudar.
assimilando aos poucos o que os professores estão falando. Na semana de prova, são provas todos
os dias. Eu costumo falar pras minhas amigas que todo dia eu tenho que apertar o reseto na minha
cabeça. Reset e começa de novo. Reset e começa de novo, reset e começa de novo. E... chegou a
hora da prova. Pega o papel e a caneta aí e anota todas as dicas que eu faço pra conseguir estudar.
A primeira dica é um: não faça. Não estude na sua cama, nem em sofás. Eu já vi muita
gente dando dica de você estudar num lugar confortável, mas a cama, definitivamente não é um lugar
pra você estudar. Não tem como você escrever. Não tem como você fazer anotação nenhuma.
Depois de um tempo as suas costas começam a doer e a probabilidade de você desistir no meio do
caminho é muito grande, tá.
Tenha seus lembretes com dois dias das provas. Assim você evita ser pega de surpresa
ehm.
Se você seguiu as dicas que eu te dei antes, seu celular uma hora dessa vai estar recheado
de fotos de slides. O que eu faço é sempre separar por pastas. Assim, facilita muito na hora que você
for estudar e quando você for passar tudo isso aí pro seu caderno.
Ah, você não passa pro caderno? Pois devia! Isso me ajuda muito! Na medida que a gente
escreve uma coisa que a gente já viu e já ouviu, a probabilidade de vocês assimilar e aprender isso
mais rápido é muito maior. Isso me ajuda muito. Então, anota aí. Próxima vez que você for estudar,
passar todos os slides pro seu caderno.
Outra coisa que eu faço muito é usar o post it pra marcar livro ou apostila em duas
ocasiões: Ou pra marca alguma palavra pra algum contexto que eu tenha lido e não tenha entendido
ou então algum trecho que eu achar que foi muito importante e que vai cair na prova. Porque daí,
quando eu voltar lendo eu vou lembrar disso.
E aqui ta meu grande segredo. O motivo das minhas amigas acharem graça na faculdade.
Gente, isso me ajuda muito. Geralmente os textos que os professores passam são bem complicados.
Usam palavras difíceis e até são redundantes. Então o que é que eu faço? Eu sempre gravo o que eu
entendi de cada trecho. Porque aí durante o dia. Enquanto eu to assistindo televisão, enquanto eu to
mexendo no blog, enquanto eu to arrumando a casa, eu to ouvindo uma maneira resumida e muito
mais fácil de se entender. Gente, sem explicação de como isso me ajuda! Daí, cada gravação, eu vou
colocando o nome da apostila que eu gravei. E ai na hora que eu vou estudar, eu vou batendo a
apostila com meu áudio.
O marca texto é o melhor amigo de qualquer pessoa que estuda, gente! Eu não sei vocês,
mas eu sou a louca do marca texto. Eu sempre vou grifado tudo que eu acho que foi importante. O
problema é que eu tenho um toquezinho, sabe? Daí eu grifo a apostila inteira. Mas, fica a dica.
Se você não for usar o celular pra essas outras coisas que eu já citei, desligue! Não deixa
no vibrar. Porque se você deixa no vibrar você vai pegar e aí você já sabe, né? Então, desligue o
celular!
E, por último, o que eu faço muito é explicar pra alguém tudo que eu já aprendo. Tudo que
eu estudei. Você pode chamar uma amiga sua pra estudar com você ou você pode explicar para você
mesmo na frente do espelho que funciona super! Eu geralmente explico pro(Alfredo)(cachorro) e pior,
por incrível que pareça, geralmente ele entende o que eu to falando. Mas... fica a seu critério, né.
Cada caso é um caso.
Então é isso, pessoal, espero que as dicas sejam válidas. Eu espero que vocês tenham
gostado do vídeo. Se vocês gostam, dê um joinha tá? Compartilha lá no grupo da sala, que eu tenho
certeza que a sua sala tem um grupo no Whatsapp, que de vez em quando dá umas treta né, umas
briga lá. Só que os são sempre válidos. Essa é outra dica, tá? Pra você lembra de quando vai ter uma
prova daquele trabalho e tal que você esqueceu de anotar e quase que se você não participar do
grupo você não fica sabendo. Se vocês gostaram compartilhem e me conta aqui nos comentários se
tem algum truque que você faz que é diferente das coisas que eu faço, tá! Porque, né, um
truquezinho a mais é sempre válido. Um beijo pra vocês e até o próximo vídeo e tchau!
122
E agora eu vou mostra pra vocês como eu estudo. Esse meu caderno que é o caderno de
resumos. Que é onde eu anoto os resumos dos conteúdos que vai cair em determinada prova. E fica
assim, bem organizadinho. É muito legal, gente! Na hora que vocês forem fazer o resumo de vocês,
vocês peguem informações tanto do caderno de vocês, que o professor passou, quanto informações
da apostila mesmo. Porque daí vocês tem informações dos dois, entendeu? E um complementa o
outro. Então, é muito legal você lê a apostila de verdade. Ler a apostila inteira e ir grifando tudo que
você achar importante. Porque daí na hora de você fazer o resumo, você vai ter tudo mais completo,
entendeu? Sério, gente!
Eu acho muito importante você ter um lugar para o estudo. Por exemplo, essa escrivaninha
aqui é o local para os meus estudos. Então, quando você tem o seu lugar para estudo, você sabe
quando você tem um lugar para sentar lá, você vai sentar pra estudar.
E a última dica, gente, depende. Não é todo mundo que vai poder fazer essa dica, porque é
assim: tem escola que não deixa ficar com o celular em cima da mesa. Se você puder, gente, pelo
amor de Deus, não quero que você seja pego com o celular e daí, por minha culpa, tá, gente! Pelo
amor de Deus, cuidado! É sério, cuidado, gente! Não faça isso se os professores não deixam, sério.
Pega seu celular e coloca pra gravar o áudio da aula. Por exemplo, o seu professor vai fazer uma
revisão ou uma aula muito importante que você precisa prestar muita atenção. Pega o gravador do
áudio do seu celular e coloca pra gravar a aula inteira. Você grava a aula inteira. E aí, quando você
chegar em casa, você coloca pra escutar. E daí você vai... é como se você tivesse escutando a aula
tudo de novo. Só que daí você vai poder pausar o áudio, escrever uma anotação. Você vai poder
voltar o que você não entendeu e ouvir de novo. E u sempre tento fazer isso nas aulas de Filosofia
porque o meu professor fala muito e tudo que ele fala é muito importante e nem tudo eu consigo
anotar. Então... é muito legal ehem!
Bom, gente! Então é isso. Eu espero que eu tenha ajudado vocês e que é basicamente isso,
gente. Tipo, eu anoto no meu caderno. Depois eu pego a apostila e vou anotando, vou vendo vídeo
aula. Eu aprendo quando eu escrevo. Então, eu preciso escrever pra memorizar, pra aprender.
Então, por isso que eu faço o resumo. Então é isso, gente! Eu espero que eu tenha ajudado. Se você
tem alguma dúvida, se você tem alguma outra dica pra dar pra gente aí, comenta aqui em baixo.
Sério, gente, acho que esse foi o vídeo mais sério que eu já gravei em toda minha vida. Mas eu
prometo que não vai ser sempre assim, tá, gente! Porque... né, enfim. Então é isso, gente, um beijo e
até o próximo vídeo. Tchau
segue no Instagram, que eu também sempre vou deixar novidades por lá. Então, nesse vídeo, em
especial, eu vou falar da minha rotina de estudos, em detalhes, gente!
Eu tentei juntar todos os detalhes possíveis. Lembrando que eu fiz cursinho há mais ou
menos quatro, cinco anos atrás... isso mesmo! Eu passei no vestibular... Eu entrei no cursinho em
2008 ou 2009, porque eu passei no vestibular em 2011. Então, eu to no meu terceiro ano de
faculdade. Eu to no 6º período agora. Muitos de vocês me perguntam quando... quanto eu tirei no
Enem, como foi a prova e, na realidade, eu fiz vestibular convencional. Eu fiz o Enem no novo estilo,
sim, mas o vestibular na UFAL que eu passei, ele ainda era o vestibular convencional. Foi o último
ano de vestibular convencional. Eu passei para a turma de 2011. Então, só pra deixar isso claro, eu
não estou no início da faculdade, gente, eu não entrei agora. Eu estou no meio da faculdade. Já era
pra eu estar no internato. Só que eu fiz um ano e meio de intercâmbio e ainda teve cinco meses de
greve, quatro meses de greve. Então, agora eu estou no sexto período. Então, eu já tenho assim uma
boa experiência para falar sobre a faculdade também. Por isso que vão ter mais vídeos sobre como é
a universidade, cursos, matérias, Anatomia e por aí vai. E, por conta da greve, eu vou entrar no
internato em janeiro do próximo ano, ou seja, eu to fazendo três semestres em um ano. Então, daqui
a pouco já vou tá no internato, já vai ter informações do internato pra vocês também. Eu pretendo
deixar vocês inteirados de todo o meu percurso na universidade e por aí vai. Então, me deixe nos
comentários umas sugestões e por aí vai. Então, é isso! Eu vou contar pra vocês. Por isso que eu tive
que lembrar bastante. Sentei, perguntei pra alguns colegas como era exatamente o cursinho. Eu
acredito que não mudou. Até porque, os cursinhos que eu fiz, pelo meu conhecimento, a maioria tem
os mesmos professores, a mesma rotina. Então, não muda muita coisa... Então, eu vou contar pra
vocês o que funciona pra mim. Como a rotina de estudos no cursinho e, posteriormente, eu vou fazer
um vídeo sobre rotina de estudos na universidade, que é completamente diferente. Não
completamente, mas é bastante diferente.
Então, eu vou começar falando pra vocês os materiais de estudo, que é essencial. Você tem
que ter os seus materiais. O enfoque desse vídeo não tem como fugir dos cursinhos pré-vestibulares,
porque foi a minha realidade. Eu não tenho como falar pra vocês da realidade de alguém que não
está fazendo cursinho, porque não foi a minha experiência. Só que, de qualquer forma, você vai ter a
base de, inclusive, uma planilha que eu vou deixar pra vocês no blog. É... de como estudar e como
trabalhar o seu tempo pra ser mais efetivo. Mas, eu fiz essa planilha pensando que você tem aulas
semanais, né, aulas diárias durante a semana. Então, vamos lá!
Então, os materiais que você vai precisar e os materiais que eu usava é coisa simples,
gente. Primeira coisa, você vai usar os livros do cursinho, né, que é o que tem. Todo cursinho dá
livro. Se não der, eles vão indicar a literatura por fora. Mas praticamente todos dão os livros e, em
segundo lugar, você vai precisar de provas, questões antigas. As provas do Enem, no caso, né!
Agora que é bem Enem. Então, você vai pegar todas as provas antigas do Enem, porque isso é
material. Os temas de redação, tudo isso você vai precisar pra treinar. E, por fim, você vai precisar de
revistas atualizadas, semanais, né! Pode ser qualquer uma, é... Veja, qualquer uma, gente! Escolhe
uma revista e... ou revistas in-line ou jornais. Jornal Nacional, por aí vai. Você precisa ter uma fonte
de atualidades, porque isso é uma fonte importante. Porque no cursinho a gente só fica pensando em
Português, Matemática, História, Geografia e não se atenta normalmente que a Redação é um tema
de atualidades, gente. Então, vocês tem que estar antenados com o que está acontecendo no Brasil
e no mundo. Isso é muito importante. Porque, sem isso, você, provavelmente, não vai ter
embasamento teórico pra fazer a sua redação. Agora vamos pra parte propriamente dita de
montagem do seu cronograma de estudos.
Como eu disse pra vocês no vídeo anterior, eu tinha horário pra tudo. E eu acho que isso é
a chave do sucesso. Você ser extremamente organizado, não perder tempo com coisas
desnecessárias. E quando eu falo desnecessárias, não quero dizer que é lazer. Você, inclusive o seu
lazer tem que ter um horário ali que você sabe que você vai gastar aquele tempo de uma forma livre,
sem peso na consciência, porque ele tá dentro do seu cronograma. Então, vamos lá que eu vou
tentar deixar tudo bem claro pra você. No meu cronograma eu coloquei como se eu tivesse aulas
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todos os dias. De manhã. E sete, sete e trinta até meio dia. Então, coloquei, esse é o meu
cronograma padrão. Você vai colocar no seu cronograma todas as aulas que você tem e quais são as
aulas que você têm. Se você fizer academia, se você fizer dança, se você tiver qualquer atividade
que é fixa, você tem que colocar no seu cronograma. Tudo que você fizer que é fixo, tem que tá no
seu cronograma. Então, vamos lá. Eu coloquei de segunda a sexta as aulas. Então, eu tenho de
segunda a sexta na manhã o meu horário ocupado que eu vou estar no cursinho tendo aulas. Então,
agora a gente vai dividir o restante das horas entre o estudo, o lazer e o sono. Então, tudo isso tem
que tá dentro do seu cronograma. No primeiro ano, eu não fazia academia, eu não fazia academia,
eu não fazia nada. Eu engordei horrores no cursinho. Então, fica a dica aí, eu acho que é importante
você ter um exercício fixo. Não precisa ser todo dia, mas, pelo menos um exercício físico que ajude
você a manter sua saúde e tudo, eu acho que é muito importante. Então, tentem colocar no horário
de vocês uma forma de se exercitar. Eu acho que não é perca de tempo. Pelo contrário, eu fiquei
doente várias vezes no cursinho e isso sim é que te atrasa. Então, se alimentem direito, façam
exercício físico. Tudo que você possa manter a sua saúde em dia, sua mente boa, seu corpo sadio,
vale a pena, não é perda de tempo. Então, uma pergunta que vocês me fizeram muito era como eu
dividia os horários pras matérias.
Então, vamos lá, isso é muito importante. Eu dividia os horários entre dificuldade da matéria
e o tempo que eu tinha no dia. Então, por exemplo, de manhã eu tive três aulas: História, Matemática
e Física. Eu, com certeza, tinha mais dificuldade em Física. Então, digamos que eu tenho de uma e
meia da tarde. Digamos que é o tempo que eu acabei de almoçar, que cheguei em casa uma e meia
da tarde ou duas horas. Vamos botar duas horas. Lembre de colocar horários realistas. Não adianta
você colocar uma e meia sabendo que você vai começar duas horas. Porque aí vai modificar
totalmente o seu cronograma. Então, coloque tempos realistas. Então, você saiu do cursinho meio
dia, chegou em casa uma hora, almoçou, meia hora de descanso, duas horas começa a estudar.
Então, eu vô ter o horário da tarde e da noite pra estudar. Então, vamos lá. Eu colocava sempre a
matéria que eu tinha mais dificuldade com mais tempo. Então, por exemplo, nesse caso, com certeza
eu ia colocar Física, três horas de estudo. Matemática, três ou duas horas e meia a três horas de
estudo e História uma hora e meia de estudo. Nisso aí, eu ia estudar, eu encaixava esses horários na
noite, né. Eu vou deixar, gente. Eu vou deixar esse cronograma do jeito que eu idealizava no Blog pra
vocês, tá? E aí vocês vão poder adaptar, colocar as matérias de vocês pra ficar mais fácil e aí vocês
já tem o seu cronograma. Então, eu sempre fazia o que? Colocava o horário mais meia hora. Então,
se eu ia estar três horas de Física eu ia colocar no meu cronograma três horas e meia. Que era um
xixi, um lanchinho, alguma coisa. Mas eu tentava ser bem fiel a esse horário. Então, eu colocava de
duas a cinco e meia, Física. Né, três horas mais meia hora pra xixi e um lanchinho. Quando acabava
isso aí, eu é... deixava mais meia hora, que é o horário de descanso da minha cabeça entre uma
matéria e outra. Então, digamos que agora eu vou retornar o meu estudo às seis horas da noite.
Então, eu colocaria de seis à sete e trinta, eu colocaria História, pra ficar uma matéria, assim, pra eu
descansar um pouco a minha mente. Não adianta eu colocar Física e Matemática seguido, que pode
ser que eu ficasse muito cansada e não ia conseguir aproveitar. Então, isso aí vai de você, né. Tente
colocar sempre as matérias mais difíceis primeiro e intercale com uma fácil, veja o que funciona
melhor pra você. E aí eu ia colocar de oito horas às onze horas Matemática. Então, fechava o meu
dia onze horas. Eu ia, desligava. Eu tinha um despertador mesmo, né. Igual eu falei pra vocês. Eu
tinha um despertador, era meia noite, mas eu não recomendo. Onze horas é um horário bom pra
você dormir. Então, eu colocava lá o despertador e ia fazer um lanchinho e tal e ia dormir. Então,
essa era a minha rotina do dia. E isso variava dependendo da matéria que eu tivesse, mas
basicamente era isso. De segunda a sexta eu ia estudar a matéria que eu vi no dia. E isso ajuda
muito, gente. Porque você chega, você vai lembrar do que o professor falou. Você vai chegar, vai ler
no livro ali e já vai relembrar tudo que ele disse. Então, você consolida o conhecimento muito mais
fácil. Então, eu super recomendo e super funcionou pra mim. Lembrando que nesse período eu
intercalava o meu lazer, né. Eu diminuía uma hora ou outra se eu precisasse de lazer. Por exemplo,
toda segunda-feira eu ia pro cinema, como eu falei pra vocês. Eu saía do cursinho, pegava a sessão
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das uma, uma e meia, assistia meu filme, acabava, ia pra casa e começava estudar. Então, isso tava
no meu cronograma. Vocês não podem encarar um lazer que seja um... vocês tem que, como eu
disse pra vocês no outro vídeo, vocês precisam ter uma válvula de escape e pra essa válvula de
escape não ficar como vagabundagem ou, assim, você perdendo tempo, você encaixa ela no seu
cronograma. Então você vai estar no seu cronograma e seu horário de lazer. Vai ta ali que você quer
um cinema ou uma hora pra uma leitura, ou assistir novela. Não importa, gente. Você tem que
escolher alguma coisa e coloca no seu cronograma e respeite esse horário de lazer, como você
respeita o horário de estudo. Porque ninguém é máquina, ninguém é robô e isso ajuda você a ter
sanidade mental. Você descansa um pouco a sua mente pra voltar ao estudo. Acredita me mim, isso
é muito importante. Uma hora de uma novela ou de um filme que você tenha assistido, vai recarregar
suas baterias e vai deixar você mais disposto e mais feliz para continuar estudando. Sério mesmo.
Respeite o horário de lazer. Não to falando pra você fazer todo dia, mas assim, escolha alguns
horários estratégicos, alguns dias estratégicos pra ter um lazer. É super válido. No sábado, como eu
falei pra vocês, eu tinha duas coisas que eram diferentes. Alguns sábados de manhã eu tinha aula.
Se eu tivesse aula, eu ia pra aula e aí estudava a matéria no sábado à noite. Porque todo sábado à
tarde eu tinha aula de redação ou eu tinha o grupo de estudo. Grupo de resolução de questões.
Normalmente, o que a gente fazia? Eu consegui juntar um grupinho com pessoas maravilhosas, que
foi ótimo. Então, no sábado à tarde o que é que a gente fazia? Eu chegava, tinha aula de mais ou
menos duas horas de redação, depois disso a gente juntava pra responder questões. Questões de
Física, dependendo. Normalmente eram questões de exatas, né. Aí a gente respondia essas
questões durante a semana. Por exemplo, na segunda-feira eu estudei Física, então eu respondia as
questões e, no final de semana, a gente ia tirar dúvida, ia levar as questões que não conseguiu
responder. E a gente fazia isso em grupo. Era ótimo. Porque aí, depois disso, a gente ia comer
alguma coisa. Então, era bem legal, porque era um grupo de estudo, mas não era pesado. Não era
aquela coisa. Eu sentando na minha casa sozinha pra estudar. Então, foi uma ótima tática pra
crescer, né. Aprender. E em grupo a gente se movimenta mais rápido. A gente tira mais dúvida,
aprende mais. Foi ótimo e era uma válvula de escape também. Era sempre divertido. Então, eu super
indico se você achar um grupo de estudo que realmente funcione. No sábado à noite eu,
normalmente eu já tava cansadíssima, né, da semana. E nem sempre eu estava. Eu deixava, assim,
de nove, de oito e trinta em diante, eu não fazia mais nada de estudo, nada do tipo. Era à noite pra eu
assistir um filme, pra eu ler um livro ou pra eu dormir mais cedo. Pra aumentar a semana, né, porque
durante toda a semana eu dormia muito pouco. Pra resolver os afazeres da casa. Então, era um
horário extra, né, extra assim que dependia da semana eu ia preencher com alguma coisa. Já no
domingo não. Já era um dia assim de estudo também. Eu acordava cedo, estudava de manhã, e eu
usava o domingo como é... Eu usava o domingo pra duas coisas principais. Primeiro, pra fazer
redação. Todo domingo eu ia fazer uma redação de algum tema ou de temas que eram dados do
cursinho ou temas de vestibular, dependia. Eu sempre ia fazer uma redação que o meu professor me
passou. Então, eu sempre fazia redação ou redações. Normalmente eram duas. Então, eu fazia no
domingo e eu estudava tudo que não tinha dado tempo de encaixar durante a semana. Se tinha
alguma coisa que eu não aprendi direito, se eu não consegui terminar a matéria naquelas três horas
ou duas horas que eu tinha separado, eu ia completar no domingo e funcionava, gente. Desse jeito
eu conseguia ficar relativamente em dia com a matéria e era muito produtivo, era muito bom mesmo.
Também, claro, no domingo eu ia fazer outra coisinha extra. Assistir um filme. Normalmente eu fazia
essas coisas. Assistir um filme. Porque ali você senta uma hora, uma hora e meia. Você assistiu,
ficou feliz, deu risada e já continua a estudar com o mesmo empenho. Então eu fazia sempre isso. Eu
quero que, se vocês tiveram qualquer dúvida. Se tive alguma coisa que não ficou claro, deixem aqui
nos comentários, que eu vou guardar as perguntas pra o vídeo de perguntas. Então, eu vou tentar
sempre responder vocês, porque se não os vídeos vão ficar imensos e é chato de assistir, mas à
medida que vocês forem surgindo perguntas ou temas eu vou fazendo, não se preocupem. No blog
eu vou deixar um modelo básico, assim, ridículo, no Word mesmo de... dessa minha planilha. Mas é
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só ilustrativo. Vocês podem fazer no Excel, pode fazer em aplicativos de celular, mas eu vou deixar
um modelo assim ilustrativo pra ficar mais fácil de vocês entenderem o que eu falei, ok?
Então é isso, pessoal. Espero muito que vocês tenham gostado do vídeo. Se gostaram,
clique em gostei, compartilhe com seus amigos aí, vestibulandos, estudantes. Compartilhem com
eles, me deixem comentários, não esqueçam, se inscrevam no canal e nos vemos no próximo vídeo.
Tchau...
(INGLÊS)
- Ô Malena, bota aquele lá que eu sei jogar o (nome incompreensível do jogo) vai pra eu
tentar ganhar, vai!
- Pera aí! Como é que é o nome do Jogo? (Nome incompreensível do jogo novamente)! Pô
cara, pelo amor de Deus, 21 anos de idade na cara e ainda não sabe falar Inglês? Não, pera ai, que
vou resolver este seu problema. Calma aí. (A few moments later). Cê tá ligado que eu fiz CNA né? Se
liga, trouxe aqui pra você o livro com realidade aumentada, que vai te ajudar a aprender muito
melhor. Aqui dentro tem acesso à plataforma 360, aonde você vai aprender através de jogos e
aplicativos. Tá ligado também Kier Colds, você sabe o que é Kier Colds? Aqueles códigos.
- O quadradinho.
- Isso, o quadradinho. Então, aqui dentro também tem um monte pra você acessar e fazer
atividades bem iradas.
- Mas, e se eu tiver alguma dúvida fora da sala de aula.
- Não, relaxa com isso, o CNA tem professores On line, que ficam disponíveis pra tirar suas
dúvidas quando você tá fora da sala de aula. Yeah. E olha só que irado o material com personagens
da Disney, você gosta, o Marcelinho gosta, todo mundo gosta dos personagens da Disney. Não se
preocupa, que assim que a gente terminar essa partida, ou melhor, assim que eu ganhar essa
partida, eu vou te levar lá no CNA, porque ninguém tem o que o CNA tem. E o quanto antes você
fizer a sua matricula, a nossa sorte é que tem um CNA bem aqui perto, melhor, porque você ganha o
presente, que é esse caderno irado, com a capa 3D e aproveita também as condições especiais que
tão lá esperando você, tá! Então, cara, calma! Enquanto isto, vamos jogar, vamos também praticar a
pronuncia desse nome aí é in just gotta mongoose e aí a gente depois passa lá no CNA, tá! Pode
deixar que eu te levo lá.
- Mas é pra me leva mesmo heim!
- Não, fica tranquilo, eu vô te leva mesmo. Agora vamo jogá, vai!
Hoje eu acho o Inglês tão primordial quanto Português. Porque é a principal linguagem de
comunicação do mundo. Então pode, você pode ir pra Madagascar, que se você falar Inglês, você vai
conseguir se comunicar. Você pode ir pra China, que você vai conseguir se comunicar em Inglês.
Então, tipo, o mundo inteiro fala Inglês. Então, é de extrema importância, que você saiba falar Inglês.
Porque até hoje no mercado brasileiro de trabalho, Inglês é primordial. Se você for mandar o seu
currículo para algum lugar, vai ta lá pedindo: Inglês avançado, Inglês intermediário, Inglês fluente.
Então, Inglês hoje é muito, muito importante.
Por exemplo, você vai na Disney. Você não vai querer esbarrar num gringo e falar
TENKYOU igual minha mãe fez. Ou só saber falar How mush, igual minha mãe fazia. Minha mãe
dava oi pras pessoas e falava: How mush? How mush? Tipo, perguntando quanto custava tudo da
vida. Ela queria saber quanto custava. O Mikey. Ela How mush? Não! Você precisa saber se
comunicar, né? E. com certeza, se não fosse pelo Inglês eu não teria realizado coisas mega legais,
que vocês viram junto comigo aqui no canal. Por exemplo a minha viagem pra Disney, que ta tudo
documentado aqui e que falei em Inglês horrores com os gringos. Quando eu entrevistei a galera de
CSA de Jessica Jhones também, que ta aqui, no canal. Com essa entrevista. Eu falando Inglês. Eu
vou deixar o link do CNA aqui em baixo dessa descrição. Se você não sabe, eu fiz CNA. Eu aprendi
falar Inglês lá, então eu sei me comunicar com o mundo, graças a ele. Então, é sério, dá uma
olhadinha. Chama o seu pra ver esse vídeo e fala: Pai, você não vai querer que eu seja assim, né?
Me pôe no Inglês. Tá aqui ó! Com certeza vai achar o CNA mais próximo de você! (Português)
(Simula uma conversa no Whatspp)
- Hum... mim, me, me ajuda... mim ajuda... mim... me... mim. Hum.
Tá aí, eu acho que é um dos mais importantes de todos. Porque, cara, Português é uma
coisa que você usa no seu dia a dia. Você não vai querer ser um adulto, que vai chegar numa reunião
com um cliente, com um chefe e falar: pra mim fazer alguma coisa. Não, não seja essa pessoa. E
com certeza você seria eliminado de uma entrevista de emprego se você for falar errado. Tipo: pra
mim fazer... É... não façam isso! É sério, por mais que talvez seja maçante pra você. Preste atenção
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nas suas aulas de português, aprenda a falar direito, porque isso é uma coisa que a vida te cobra
muito... Não use: mim fazer! Não só falar como escrever. Escrever é de extrema importância.
Principalmente quando você for mandar e-mail errado, você vai ser motivo de chacota pra pessoa
que leu. A pessoa vai falar: que burra! É, tem tanta coisa que a gente acha que nunca vai usar na
vida, né senhores? Acontece que, não! A gente usa muita coisa que a gente aprendeu na escola, que
a gente nem percebe que foi importante. Espero que vocês tenham gostado desse novo formato de
Vlog. Se vocês gostaram, trarei com mais frequência pra vocês. Muito obrigado ao CNA pela parceria
no vídeo. Eles sempre estiveram presentes comigo quando eu tava estudando, afinal, aprendi Inglês
lá e, sem brincadeiras, eu super recomendo e agora, também tão aqui dando altos apoios no canal.
Então, se você quiser mais do formato do fala ai, deixa aqui em baixo nos comentários. Sugira temas
pra gente. E vou deixar aqui em baixo na descrição, também, todas as informações do CNA pra você
que se interessou e quiser aprender Inglês e não pagar micões por ai na vida, né. Tipo o mano
Popoqui, pelo amor de Deus! Então, meu povo, eu espero que vocês tenham gostado. Eu vou ficando
por aqui. Muito obrigado pra ti. Um beijo, loira , e eu fui.
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Para quem já está no ensino superior, estudar e aprender parece uma coisa
óbvia. Após mais de dez anos frequentando instituições de ensino até chegar à
faculdade, imagina-se que já se tem uma boa bagagem de como aprender qualquer
coisa que se queira.
Acontece que esta não é uma verdade. Se assim fosse, as universidades
não apresentariam altos índices de retenção e evasão de estudantes que, por não
conseguirem aprender, acabam desistindo do sonho de se formar.
Embora um estudante de nível superior tenha frequentado os bancos das
escolas por muitos anos, muitas vezes ainda não pegaram o “jeitinho” de aprender.
Ou então não entenderam como aprender determinados estilos de coisas em
detrimento de outras. Como é o caso de quem aprende conteúdos de humanas e
tem dificuldade em exatas e vice e versa. Ou então, quem tem facilidade em
aprender conteúdos que exigem compreensão e dificuldade em aprender conteúdos
que apresentam muitas nomenclaturas específicas e vice e versa.
Cada pessoa tem o seu jeito próprio de aprender e cada conteúdo exige
estratégias específicas. Desta forma, é preciso aliar a sua maneira de aprender com
o tipo de conteúdo.
Outra coisa a ser observada é o objetivo da aprendizagem. O que se
pretende ao estudar determinado conteúdo precisa ser considerado. Entender para
que serve as peças básicas do motor de um veículo para ser um motorista é
diferente de entender esse sistema para atuar como um mecânico. Por outro lado,
estender esse sistema enquanto um engenheiro que produz motores para veículos
exigiria ainda mais.
No curso superior há conteúdos que você terá que aprender com
profundidade e há conteúdos que bastará uma aprendizagem de conceitos mais
básicos, o que não impede que você se aprofunde se tiver interesse.
Mas no momento de estudar determinado conteúdo na busca por aprender é
preciso primeiramente identificar o seu objetivo e estabelecer estratégias e
prioridades.
Há várias questões que envolvem a vida acadêmica de um universitário que
transcendem as disciplinas e os conteúdos a serem aprendidos. Aprender demanda
contextos favoráveis. Desta forma, não se pode desconsiderar a situação emocional,
psicológica, física e financeira, dentre outras, como relacionamentos interpessoais,
acolhimento universitário e adaptação.
Estudar requer ações antes, durante e após as aulas. Inclusive, neste canal
discutiremos o papel da aula, do professor e do aluno. Esclarecendo as
responsabilidades de cada um no processo de aprendizagem.
Assim, este canal pretende discutir questões relacionadas à aprendizagem
no ensino superior, trazendo dicas de estudo que podem favorecer a aprendizagem.
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constrangido quando está em uma roda de amigos e alguém começa a falar de algo
que você não conhece, tente mudar esta postura imediatamente!
- Primeiro porque as dúvidas mais simples podem revolucionar o mundo,
como aconteceu quando questionaram se a terra era realmente quadrada.
- Segundo porque se você está diante de alguém que sabe alguma coisa que
você não sabe, está aí uma grande oportunidade de você aprender algo novo!
- Você sofre ansiedade nas vésperas das avaliações? Então assita este
vídeo, que ele pode lhe ajudar!
- Esta situação pode gerar, desde sintomas mais brandos, como irritabilidade,
leves alterações no sono e na alimentação, como consequências mais graves:
fobias, alterações na pressão arterial, depressão e outros casos clínicos que as
instituições de ensino vêm presenciando.
- O melhor caminho para manter o equilíbrio diante de uma avaliação é deixar
de enxergá-la de baixo para cima e passar a vê-la de cima para baixo. É evitar
supervalorizá-la e atribuir a ela seu real sentido.
- Quando você vai ao médico ele, antes de receitar algum tratamento, faz
algumas perguntas, mede a pressão, verifica o batimento cardíaco, a garganta, os
olhos... enfim, examina. Se achar necessário, faz alguns encaminhamentos de
exames, para somente, então, com o diagnóstico em mãos, encaminhá-lo aos
tratamentos adequados.
- A avaliação na educação, da mesma forma, tem por finalidade diagnosticar
o que você já aprendeu e o que ainda precisa melhorar. Esse resultado serve tanto
para o professor rever seu plano de aula, como para você identificar seus pontos
fortes, seus pontos fracos e reorganizar seu plano de estudos a partir desses
resultados.
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