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Cap.6 - O Que Torna Correta Ou Incorreta Uma Ação Moral - Partilhado - 04.05.2023
Cap.6 - O Que Torna Correta Ou Incorreta Uma Ação Moral - Partilhado - 04.05.2023
moralmente correta?
Para pensar
Se não pudermos dizer por que razão coisas como a tortura, o assassínio, a crueldade,
a escravatura, a violação e o roubo são eticamente erradas, que justificação podemos
ter para as impedir?
É a moral apenas uma questão de preconceito, ou poderemos dar razões a favor das
nossas crenças morais?
QUESTÕES ORIENTADORAS
As consequências são relevantes quando avaliamos a correção ou incorreção moral de uma ação?
A intenção é um critério ou fator decisivo para avaliar se uma ação é moralmente boa?
Qual o critério de moralidade que temos de respeitar para que a nossa ação seja moralmente boa?
O que é que faz com que uma ação seja moralmente correta/boa
ou incorreta/má?
Mill:
Bentham:
hedonismo
hedonismo
qualitativo (cf.
quantitativo
Manual, p.198ss)
É melhor ser um ser humano insatisfeito do que um porco satisfeito; é melhor
ser Sócrates insatisfeito do que um tolo satisfeito. E se o tolo ou o porco têm
uma opinião diferente é porque só conhecem o seu próprio lado da questão. A
outra parte da comparação conhece ambos os lados.
John Stuart Mill
Hedonismo qualitativo (cf. Manual,
p.200ss)
Prazeres Prazeres
inferiores superiores
O João há muito tempo que sonhava em comprar mais um carro novo, por isso, todos os meses
reservava uma parte do salário para o efeito. Finalmente, chegou o momento em que estavam
reunidas as condições monetárias para comprar mais um carro. Infelizmente, à sua volta, nem tudo
estava bem: o país deparava-se com uma situação económica complexa, o desemprego tinha
aumentado e uma boa parte da população recorreu ao Banco Alimentar, para poder alimentar as
suas famílias.
O que deve fazer o João: comprar o carro que tanto queria ou doar esse dinheiro a organizações
para que mais pessoas pudessem ser ajudadas?
Tenho de voltar a repetir o que os críticos do utilitarismo raramente têm a justiça de
reconhecer: que a felicidade que constitui o padrão utilitarista daquilo que está certo na
conduta não é a felicidade do próprio agente, mas a de todos os envolvidos. Quanto à
escolha entre a sua própria felicidade e a felicidade dos outros, o utilitarismo exige que ele
seja tão estritamente imparcial como um espetador benevolente e desinteressado.
John Stuart Mill
A Ética Utilitarista de Mill
Princípio da imparcialidade
Mill afirma que o que distingue uma ação
moralmente correta de uma ação moralmente
incorreta são as suas consequências, isto é, se
dela resulta, tendo em conta as alternativas,
uma maior felicidade. Mill não se está a referir à
felicidade individual exclusivamente, mas à
felicidade geral.
Respeitam o princípio da
utilidade, tendo as melhores Não respeitam o princípio da
consequências possíveis e utilidade, trazendo más
permitindo maximizar a consequências e não
felicidade geral. maximizando a felicidade geral.
Nem todas as nossas escolhas têm de ser efetuadas com base no princípio da
maior felicidade sem o apoio de qualquer outro princípio.
Aquilo que importa não é (só) a felicidade do agente, mas a felicidade geral. A
ação correta é a que maximiza a felicidade ou o bem-estar geral.
…assente na imparcialidade
1. Nós queremos fazer determinadas coisas e não apenas ter a experiência de as fazer;
2. Queremos ser de determinada maneira, ser um determinado tipo de pessoa e não uma massa
indeterminada. Ligados à máquina perderemos a nossa identidade.
3. Ligarmo-nos a uma máquina de experiências limitar-nos-ia a uma realidade artificial,
viveríamos uma vida ilusória.
Críticas à ética de Mill
Para além disso quantificar a felicidade torna-se uma tarefa complexa, uma vez que é difícil
comparar a felicidade de diferentes pessoas.
Críticas à ética de Mill
A ética utilitarista é demasiado exigente:
será que podemos ser felizes se estivermos
constantemente a sacrificar os nossos
projetos em prol da felicidade da maioria?
Críticas à ética de Mill
O utilitarismo pode conduzir a consequências moralmente inaceitáveis;
É demasiado PERMISSIVO.
2
O problema do critério ético
da moralidade de uma ação:
a ética deontológica de Kant
(cf. Manual, p.212)
• Filósofo alemão, natural de Königsberg (na altura
capital da Prússia Oriental, hoje Kaliningrado, na
Rússia), nasceu em 1724 e faleceu em 1804. Foi um
dos pensadores mais influentes da Modernidade.
A ÉTICA DEONTOLÓGICA DE KANT
Ao procurar solução para o problema «O que devo fazer?», Kant começou por
investigar a natureza da ação moral respondendo à questão: «O que é uma ação
moral?».
Possui um valor
intrínseco,
incondicional
e absoluto.
Intenção
e boa vontade
Não cumprem as regras Cumprem o dever, mas Cumprem o dever pelo dever;
morais nem o dever, apenas porque o decorrem de uma exigência
violando direitos humanos agente pode obter alguma puramente racional. São as
fundamentais. vantagem ou satisfação únicas com valor moral.
pessoal.
Motivações/Intenções vs. consequências
As consequências das
ações encontram-se, O que é decisivo para a
frequentemente, fora do moral são as
nosso controlo: intenções/motivações.
elas não podem ser
decisivas para a moral.
MORALIDADE LEGALIDADE
Imperativo categórico
IMPERATIVO CATEGÓRICO
IMPERATIVO HIPOTÉTICO
(cf. Manual, p.220)
Interiores Exteriores
(ou para connosco) (ou para com os outros)
A moralidade das ações não depende de nada que nos seja imposto do
exterior, mas de algo que deriva do interior.
O que é bom em si
mesmo, tendo Boa vontade Felicidade
valor intrínseco? (guiada apenas pela razão) (identificada com o prazer)
Qual é o critério de
Intenções Consequências
determinação do
(As ações são boas ou más (Não há ações boas ou más
valor moral da
em si mesmas.) em si mesmas.)
ação?
Princípio da utilidade ou
Qual é o princípio
Imperativo categórico princípio da maior
ético fundamental?
felicidade