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Agravo de Instrumento - Cobrança
Agravo de Instrumento - Cobrança
ADVOGADO
Processo Nº 0001224-64.2023.8.17.3090
AGRAVO DE INSTRUMENTO
Em face de decisão de index 124923210 que deixou de apreciar o pedido liminar pleiteado em ação de
Procedimento Comum ajuizada em face de BANCO SANTANDER (BRASIL) S.A.
Ante o exposto, requer digne-se Vossa Excelência, em recebendo as razões do presente recurso, bem
como os documentos que o acompanham, conceder efeito suspensivo à decisão agravada, forte nos
artigos 1.019, inciso I, do NCPC de 2015, encaminhando à posterior apreciação desse Egrégio Tribunal
de Justiça através de uma de suas Câmaras, a qual, por certo, fará a costumeira Justiça, dando provimento
ao presente, reformando a respeitável decisão interlocutória proferida pelo Juízo “a quo”.
O Agravante ingressou com a presente ação em face da Agravada, pois, de forma errônea, negativou o
seu nome. Ocorre que, o Agravante não teve seu pedido te tutela antecipada apreciado pelo Douto Juízo.
Posto isto, pleiteia o Agravante pelo deferimento do pedido de ANTECIPAÇÃO DE TUTELA, para
que a AGRAVADA retire o nome do Agravante da lista de negativados do serviço de proteção ao
crédito- Serasa, uma vez que a parte autora desconhece a dívida, ensejando em cobrança indevida.
Conforme visto em primeiro grau, o Agravante é hipossuficiente, isento de declarar imposto de renda.
Diante disto, mostra-se evidente que caso ocorra o indeferimento da gratuidade de justiça para o presente
agravo, a parte Agravante ficará impossibilitada de realizar o pagamento das custas devido a sua
hipossuficiência, bem como terá grande prejuízo para seu sustento.
Ademais, cumpre ressaltar que fora deferido a gratuidade de justiça em primeira instância.
Nobres desembargadores, a decisão deferida não merece ser concedida uma vez que estamos tratando
de cobrança indevida, restando claro, que a demandante desconhece a dívida exposta na exordial, vez
que não celebrou negócio jurídico com a ré.
Além disso, o indeferimento da tutela vem causando danos atrás de danos ao Agravante, uma vez que a
cobrança e negativação indevidas em seu nome, lhe impossibilita de ter crédito no seu dia a dia, fazendo
com que venha a parte Autora, ora Agravante, a ser penalizada com restrições em seu nome podendo ser
associado aos órgãos de negativação sendo impedida de efetuar compras e ter créditos, por culpa única
e exclusiva da Ré, ora agravada.
Não obstante, é mister informar que a agravante produziu TODAS AS PROVAS QUE ESTAVAM
AO SEU ALCANCE.
Portanto, resta evidenciado que o indeferimento da tutela pelo magistrado é completamente indevido e
está gerando danos irreversíveis à parte autora, uma vez que estamos tratando de usurpação do direito,
ou seja, o demandante vem tendo seu direito prejudicado devido ao ato ilícito da ré o qual não é
reconhecido pelo Douto Juízo.
IV - DO PEDIDO
1. Por todo o exposto, requer aos Nobres Desembargadores que o presente Agravo de Instrumento
seja recebido, conhecido e provido, para que seja reformada a decisão do julgador que deixou de
apreciar a tutela para realizar que seja liminarmente, e sem audição da parte contrária, concedida
a ANTECIPAÇÃO DOS EFEITOS DE TUTELA DE URGÊNCIA pleiteada, para que a ré
seja compelida a CUMPRIR DETERMINAÇÃO JUDICIAL, diante dos requisitos fumus boni
júris e periculum in mora, para obrigar a ré a retirar a negativação do nome do autor, sob pena
de multa diária do decuplo do que for cobrado, ou multa diária de R$ 1.000,00 (mil reais)
por dia até que seja comprovado o cancelamento da cobrança.
2. A parte agravante oportuniza a retratação do magistrado de 1º grau com base nos fundamentos
expostos acima para a reconsideração da decisão proferida, em sede de juízo de reconsideração.
Termos em que,
Pede deferimento.
OAB/RJ 196.593