Operae Legais Sinergia e Estratgia Aplicada Aos Servios Jurdicos

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A Cultura de Dados é uma realidade que se faz cada dia mais presente

em nosso dia a dia, desde as atividades mais simples de casa até a mais
complexa operação de maquinário ou foguetes.

A Gestão de Temas Jurídicos e o Mundo do Direito, talvez como poucos outros campos, sempre foi tradicional
e pouco afeito à adoção de inovações ou formas diferentes de enfrentar seus desafios que as tradicionais já
inseridas em suas práticas cotidianas.

Assim, aqui, mais que em outros setores como os de Auditoria/Consultoria, Seguros, Financeiro, Gestão de
Risco e até mesmo do Jornalismo, temos um processo mais lento de incorporação da Cultura de Dados. Dessa
forma temos que a incorporação de mudanças tecnológicas, nas suas mais diversas esferas, tem-se mostrado
um processo lento e difícil[1].

Se por um lado parece mais lento e difícil, por outro, também parece inexorável. Assim, vale começarmos a
entender o que é exatamente a Cultura de Dados.

AFINAL, QUANDO FALAMOS EM CULTURA DE DADOS, O QUE ESTAMOS DIZENDO?

Aqui, chamamos de Cultura de Dados a capacidade de analisar os elementos que nos cercam a partir de
uma lógica analítica, utilizando-se da experiência passada, de forma sistematizada, para aprendermos
destes eventos e desenharmos novos cenários de gestão mais efetivos e adequados à nossa necessidade.

A implementação desta Cultura passa pela incorporação no dia a dia das atividades cotidianas do
levantamento, organização e análise de dados coletados de forma sistematizada, o que deixa de ser
esporádico e se torna parte essencial do dia a dia de todos os envolvidos.

Também, como consequência deste processo, as pessoas que são impactadas pela Cultura de Dados passam
a ser muito mais críticas e deixam de entender a realidade como algo passivo, mas sim uma parte da vida
que pode e deve ser impactada pelas nossas observações e interferências.

[1] “Because law consists of more specialized and personalized information, the disruption is
beginning in law after journalism. But, its effects will be as wide ranging. Indeed they may
ultimately be greater, because legal information is generally of higher value, being central to
the protection of individuals’ lives and property.” (MCGINNIS, John O.; PEARCE, Russell G. The
Great Disruption: How Machine Intelligence will Transform the Role of Lawyers in the Delivery
of Legal Services. In: Fordham Law Review. Vol. 82, pp. 3041 – 3066, 2014, p. 3042.
Por que precisamos acreditar apenas na experiência individual e na adivinhação se temos dados à
nossa disposição para agir de forma mais inteligente e dirigida? Como disse Thomas Friedman:

“Guessing is so Twentieth century. Guessing is


officially over.”[2]

É JURIMETRIA, ANALYTICS OU OS DOIS?

Na transposição desta cultura para a Gestão de Temas Jurídicos e o Mundo do Direito, muitas pessoas
classificam a atividade como Jurimetria ou Analytics (como nós fazemos aqui na EHTS).

Essa tal de Jurimetria é definida como “(...) a disciplina do conhecimento que utiliza a metodologia estatística
para investigar o funcionamento de uma ordem jurídica.”[3] Ou seja, se tendo por este nome qualquer análise
te tema jurídico que se utiliza da estatística como ferramenta.

Mas acreditamos que a implantação da Cultura de Dados, no nosso contexto Jurídico, deve ir além, uma vez
que impacta toda a gestão a partir de um processo de tomada de decisões no qual se utilizam dados, seja
com ou sem o rigor estatístico, mas necessariamente de forma sistematizada, assim como pela adaptação (ou
revisão) de fluxos e atividades que não ligados ao tema propriamente jurídico, mas que afetam a gestão
promovida pelo Advogado ou Gestor Jurídico.

Isso, por aqui, chamamos de Analytics, ou seja, a capacidade de tomar decisões, desenhar fluxos e otimizar
recursos (pessoas, dinheiro e tempo) a partir da análise de informações relativas a eventos passados de
maneira sistematizada e contínua.

Como gostamos de dizer, isso é a transformação de dados em inteligência para gestão. E como acreditamos,
deve ser feito a partir da implementação de ferramentas e processos integrados à rotina do Departamento
Jurídico que auxiliam diretamente na tomada de decisões.

2] FRIEDMAN, Thomas L. Thanks for Being Late: An Optimist’s Guide to Thriving in the Age of
Accelerations. Farrar Straus and Giroux: New York, 2016, pp 51.
[3] NUNES, Marcelo Guedes. Jurimetria: Como a Estatística Pode Reinventar o Direito. São
Paulo: Editora Revista dos Tribunais, 2016, pp. 115.
Esse Ebook é para você que deseja entender melhor e adotar as
estratégias de Analytics, além de explorar todo o potencial da Cultura de
Dados (ou Data-Driven) no dia a dia da gestão dos temas jurídicos.

Vamos discutir juntos as vantagens de uma solução para análise de dados, performance e estratégias
jurídicas, abordando suas necessidades, e como a EHTS possui uma visão inovadora quando comparada ao
mercado.

POR QUE A CULTURA DE DADOS HOJE?


Por muito tempo estivemos restritos à nossa capacidade individual de guardar dados e analisar informações
com sangue, suor e lágrimas, como costumamos dizer.

Contudo, de tempos para cá (especialmente da metade do século passado) a evolução tecnológica nos
permitiu construir máquinas que cada vez mais são capazes de processar e estocar informações. E duas leis
(não jurídicas) foram essenciais, as Leis de Moore e de Kryder.

A Lei de Moore é nomeada em homenagem a Gordon Moore – fundador da tecnologia Intel – que destacou,
em 1965, que a velocidade dos processadores dobraria a cada dois anos, o que, aparentemente, permanece
válido nos dias de hoje[4].

A segunda Lei – Lei de Kryder – nomeada em homenagem ao vice-presidente da Seagate Corp. (Mark
Kryder), destaca que a cada dezoito meses a densidade de um disco magnético dobra, enquanto seu preço
cai pela metade[5].

Se quisermos traduzir isso tudo de forma mais simples, pode-se dizer que a capacidade de processar
informações cresceu (e cresce) de forma absurdamente rápida, assim como o custo de guardar informações
demanda cada vez menos espaço e é cada vez menor.

[4]A precisão desta afirmativa é especialmente verdadeira se analisada não


exclusivamente a velocidade dos processadores, mas sim o número de transistores,
resultando em maior capacidade de processamento por computador.
[5] O fundamento deste raciocínio pode ser rastreado a um Relatório de Painel de 1999 do
International Technology Research Institute do Loyola College de Maryland (ESENER, Sadik
C.; KRYDER, Mark H.; et al.. The Future of Data Storage Technologies. International
Technology Research Institute, junho/1999. In: http://www.wtec.org/pdf/hdmem.pdf), assim
como em artigo divulgado da Scientific America, intitulado Kryder’s Law
(http://www.scientificamerican.com/article/kryders-law/).
Com isso, podemos fazer contas e cálculos, cruzar dados e informações, em quantidades e velocidades
inimagináveis até pouco tempo atrás, nos dando uma ferramenta mais do que útil para lidar com a
diversidade de cenários que temos diante de nós, assim como a possibilidade de ir além daquilo que
individualmente conhecemos ou sabemos.

Mas, toda esta tecnologia (que nada mais é que um ferramental), tem pouco ou nenhum valor se não
conjugada com a capacidade humana de entendimento da realidade, criação de hipóteses e implementação
prática de conclusões.

A EHTS busca dar o “toque” humano para permitir usar ao máximo as ferramentas próprias de cada Empresa,
Departamento Jurídico ou Escritório de Advocacia, trazendo no contexto de Analytics constatações, hipóteses
e sugestões para dar sentindo a todo esse conjunto de dados e ferramentas.

DADOS E ESTATÍSTICA NO DIREITO


Em uma visão rápida, podemos concluir, pelo que já dissemos, que se temos as máquinas e temos os dados,
então tudo ficou fácil, só temos de “jogar” os dados em algum sistema de algum computador rápido e a
Cultura de Dados está implementada! Mais que isso, se aparecerem alguns gráficos bem bonitos temos
Analytics e já podemos tirar várias conclusões.

Seria bom se tudo funcionasse desta forma, mas infelizmente ainda não atingimos esse estado de evolução
tecnológica. Ainda estamos bem longe do momento em que, como consta em reportagem da The Economist
conclui (que trata de inteligência artificial): “Por enquanto, o melhor conselho é ignorar a ameaça de
computadores tomarem o mundo e se assegurar de que eles não tomarão seu emprego primeiro.”[6]

Não tomarão o emprego e não poderão fazer as atividades de forma autônoma pois dependem da visão,
métodos e gestão que apenas o humano pode fazer.

Até por isso, na EHTS, gostamos de fugir das respostas óbvias e de acreditar que qualquer software ou
automação de processos será, por si só, capaz de solucionar os gargalos de gestão ou desenhar modelos de
gestão sem a interferência de um “piloto” capaz de dirigir essa “embarcação”.

[6] “But for now, the best advice is to ignore the threat of computers taking over the world –
and check that they are not going to take over your job first.” (Rise of the machines: Artificial
intelligence scares people – excessively so. In: The Economist. Vol. 415, N. 8937, 9 de maio de
2015, pp. 21.
De fato, o primeiro e talvez mais importante ponto nesse sentido é justamente a capacidade de identificar
quais são as questões que queremos, que dados que devemos buscar e que técnicas utilizaremos para chegar
às respostas necessárias para o Analytics e a Cultura de Dados impactar nossa gestão.

DADOS, BIG DATA E DATA LAKE


Na implementação de uma Cultura de Dados, uma premissa é que os dados podem – e devem – ser
transformados em gestão.

Para isso, como comentamos, um dos principais pontos que o avanço tecnológico nos trouxe foi a capacidade
de armazená-los, sendo esse o primeiro passo para a implementação dessa estrutura de gestão

Mas, a mesma força que nos permite ter acesso a um volume brutal de dados (Big Data), ela também nos
impede de ter clareza dos caminhos a seguir.

Para garantir que os Departamentos Jurídicos possuam clareza do caminho a ser seguido, uma sistemática, rotina
e linearidade nos dados coletados é essencial. E a consequência de uma eventual falha nesse processo, além de
inviabilizar o processo de Analytics, leva a uma falsa sensação de controle e gestão que está em desacordo com
a empresa e seus objetivos.

A figura abaixo nos ajuda a entender um pouco como devemos seguir nesse processo:

DADOS INFORMAÇÕES CONHECIMENTO INSIGHTS EHTS

Assim, antes mesmo de se implementar um sistema de coleta e armazenamento de dados, precisamos identificar
quais são (dentre esses tantos) aqueles que nos permitirão entender e impactar nossa gestão.

Precisamos, em verdade, mergulhar em um enorme lago (Data Lake) para filtrar quais deles são informações
relevantes e que podem ser úteis para nosso dia a dia ou para analisar nosso histórico de gestão ou de sucessos
e insucessos.
Neste processo conseguimos saber o que podemos deixar de lado, guardado em algum lugar, e aqueles que
são informações.

Por exemplo, no Brasil, hoje, temos quase 80 Milhões de processos ativos, com um monte de informação em
cada um deles, desde o nome e qualificação das partes, passando por categorizações e definições
processuais, andamentos e decisões.

Será que todos esses dados são necessários quando buscamos entender o índice de sucesso
de uma determinada tese tributária, ou apenas deveríamos recorrer aos dados que de
alguma forma estejam relacionados aos processos que direta ou indiretamente tratem do
tema?

Ou ainda, se queremos entender a tendência de aumento ou redução do volume de processos trabalhistas a


partir de uma empresa terceirizada, busco os processos criminais? Ou apenas busco os processos trabalhistas
de terceirizadas e ainda que tenham alguma semelhança ou relação com o tipo de prestação de serviços,
localização geográfica ou mesmo empresa foco do estudo?

Neste processo separo as informações que me são relevantes, pois elas serão usadas em nossas análises e
estudos e permitiram impactar minha gestão.

Quando temos essas informações disponíveis (que nem sempre estão em processos, mas podem estar em
diversas áreas das empresas ou do próprio Departamento Jurídico) podemos fazer relações que nos geram um
melhor entendimento do contexto todo, ou mesmo o conhecimento da realidade à nossa frente.

Algumas dessas relações e do conhecimento gerado nos permitem ter aquele “estalo”, ou perceber alguma
situação que antes da organização, seleção e relação dos dados para informações e conhecimento, não
eram disponíveis ou não eram visíveis.

Um exemplo, que muitos dos clientes da EHTS se surpreendem, é quando demonstramos que o melhor
parâmetro para projetar o volume de novas ações trabalhistas não está no número de reclamatórias que
foram distribuídas nos últimos anos ou no número de funcionários.

Mostramos (mais para frente diremos como) que os dois principais elementos são a
quantidade de pessoas desligadas da companhia e a quantidade de ações que ocorreram
a partir desses desligamentos (chamamos essa segunda parte de “Taxa de Conversão”).
Temos um mundo de informações, mas essas duas variáveis são essenciais para termos o cenário preciso que
será desenhado com estatística para projetar o número e perfil de cada uma dos novas reclamatórias
trabalhistas que virão nos próximos dois anos.

MAS USAMOS SÓ ISSO? É SIMPLES ASSIM?

Evidente que não, o cruzamento destas e outras informações, nos permitem ir além desses “insights” e promover
a gestão para preventiva de nossos clientes a partir da identificação de pólos geradores de ações, processos
de desligamentos, treinamentos para um desligamento humanizado ou mesmo melhoria de documentação e
métodos de aplicação de uma justa causa.

Só é possível impactar a gestão porque, desde o começo, temos dados organizados, para termos uma análise
baseada em fatos.

Por isso, não tenham medo do simples, pois antes uma planilha bem alimentada do que vários
sistemas caros e complexos mal alimentados. Compromisso da Equipe com a Cultura de
dados e a metodologia de sua implementação é essencial na modernização de sua gestão.
Estatística e Estratégia no Direito

Há uma frase célebre e recorrente quando se


"It is easy to lie with
trata da análise de dados que é: statistics. It is hard to tell the
truth without statistics." [7]

Seja para identificar padrões, seja para analisar a competência e mérito de determinada tese, ou mesmo a
produtividade e eficiência de um advogado no âmbito de uma equipe no Escritório de Advocacia ou
Departamento Jurídico, é necessário método e técnica.

O método está relacionado a saber como fazer a coleta dos dados, o desenvolvimento das análises, o filtro
dos dados, as relações entre as informações e como colocar isso tudo dentro de uma lógica de melhoria
contínua de gestão, colocando sempre novos e maiores desafios.

A técnica, por sua vez, compreende entender com fundamento teórico e prático, além de estudo, quais as
ferramentas, operações e caminhos são reconhecidos e válidos para o desenvolvimento da relação entre os
dados e informações e, mais do que isso, como observar corretamente a realidade que está diante de nós.

Na EHTS utilizamos técnicas de Análise Estatística para nossos serviços de Analytics, porque essa é uma das
maneiras mais adequadas e precisas para, não adivinhar o futuro, mas trazer indícios claros do que esperar
daquela parte da Gestão Jurídica que estamos cuidando.

Vale lembrar que estatística e matemática não são a mesma coisa. Estatística significa compreender a
relação das coisas, ou seja, permite relacionar informações e tomar decisões direcionadas por dados. Com
isso, temos então uma melhor gestão; enquanto a matemática está no ferramental de fórmulas e contas, sem
necessariamente utilizar ou criar qualquer relação.

[7] VARSAVSKY, Andrea; MAREELS, Iven; COOK, ‎Mark. Epileptic Seizures and the EE:
Measurement, Models, Detection and Prediction. CRC Press, 2010, pp. 89.
Conforme divulgado LegalTech News, em pesquisa relativa às cinco principais tendências para o Mundo
Jurídico (lá em 2016):

“Ainda há a importância da capacidade intelectual para entender e debater o


Direito. Contudo, os escritórios de Advocacia estão atualmente testando o poder
da análise preditivia para analisar casos antes de aceitá-los e determinar se eles
podem vencê-los, quanto eles irão custar e outros fatores. A análise preditiva se
tornou definitivamente uma tendência e sua influência irá crescer ao longo de
2016.” [8]

E é justamente essa tendência que aproveitamos e utilizamos no desenvolvimento de Analytics. Com técnicas
como regressão analítica e outras ferramentas estatísticas, somos capazes de indicar com alto grau de
precisão aquilo que se entende e se prevê em relação a um conjunto de dados ou perspectivas.

Assim, tentamos, de um lado, quando analisamos o contencioso, responder as grandes questões que afligem os
gestores jurídicos: Quanto custa? Vou ganhar ou vou perder? Devo fazer acordo? Quanto vai me custar?

Ou do lado do consultivo, contratos e societário, medir produtividade e demanda, elaborar fluxos e orçamentos
e dar subsídio para preparar, desde o lançamento de empreendimentos imobiliários, até construir um
orçamento dos maiores Departamentos Jurídicos.

Max Radin, ao analisar como os juízes pensam, parece sintetizar muito do pensamento tradicional em relação à
subjetividade inerente aos temas jurídicos, ao afirmar que “nosso negócio é profecia, e se a profecia fosse
exata, não haveria muito crédito em profetizar”[9].

[8] “There is still the importance of intellectual capacity to understand and debate the law.
However, law firms are now harnessing the power of predictive analytics to analyze cases
before accepting them to determine if they can be won, how much they will cost and other
factors. Predictive analytics have definitely become mainstream and their influence will
continue to grow in 2016.” (In: KELLY, Joe. Top 5 Law Firm Tech Trends: Are They Truly Feasible
for 2016?. 17 de Dezembro de 2015, In:
http://www.legaltechnews.com/id=1202745096388/Top-5-Law-Firm-Tech-Trends-Are-They-
Truly-Feasible-for-2016?slreturn=20160513170245).
[9] “Our business is prophecy, and if prophecy were certain, there would not be much credit in
prophesying.” In: RADIN, Max. The Theory of Judicial Decision: Or How Judges Think. In A.B.A.
Journal. Vol. 11, pp. 357, 1925, pp. 362.
Diferente deste entendimento, desenhamos cenários possíveis e prováveis para eventos já observados no
passado utilizando técnicas de análise estatística.

Mas de novo, parece ser simples e fácil calcular uma média ou identificar modas (casos mais recorrentes) ou
mesmo criar um mapa do Brasil colocando um pontinho em cada um dos lugares em que há um processo. Mas
obviamente não é só isso.

Para além de desenhos estatísticos mais simples que permitem entender e prever os cenários principais, é
necessário utilizar-se de estratégia para transformar isso tudo em gestão, sob pena de termos um amontoado
de dados ou referências isoladas ou perdidas.

De que me adianta identificar a média do valor de pagamento das condenações em determinada carteira
trabalhistas, se não sei os grupos que compõe a carteira ou mesmo qual o meu índice de sucesso.

Nesta mesma carteira, a média (ou qualquer outra medida) é pouco relevante quando buscamos uma resposta
de qual a melhor estratégia para criação de uma Política de Acordos ou uma Política de Dispensa de Recursos.

Ou mesmo, conhecendo as regras contábeis de provisionamento, qual o caminho e quais pontos que serão
importantes na construção de uma Política de Provisionamento consistente, estável e que traga a
previsibilidade esperada pelo Departamento Financeiro da companhia?

Tomando apenas esse exemplo, o Provisionamento errado desta Carteira de Processos


impacta com:

Diminui as
Impacto direto Comprometimento Reduz a
chances de
no orçamento do planejamento credibilidade do
assertividade
do Jurídico financeiro Departamento
na gestão
Ou, como explicado anteriormente, é uma estratégia bem mais efetiva, pois ao identificar as características de
colaboradores desligados de uma empresa, podemos prever melhor a quantidade de ações trabalhistas, ao
invés de usar a média dos últimos anos.

A seleção dos caminhos e dos meios para alcançarmos a gestão mais efetiva, qualificada e economicamente
eficiente (objetivo final) só é possível com a implementação deste pensamento crítico acompanhando da
experiência de quem já fez antes, como nós na EHTS.

Gestão de dados, análise estatística e estratégia formam o tripé do que chamamos de Analytics na EHTS.

Para não nos restringirmos a gráficos bonitos e que pouco traduzem a perspectiva de como solucionar os
problemas da Gestão do Tema Jurídico, compreendemos a causa raiz, resolvendo cada problema em questão.

Mas, entendemos que não basta apenas identificar o problema, precisamos da compreensão e resolução, indo
de encontro a uma gestão mais assertiva e colaborativa com a empresa.

Tudo isso só pode estar embarcado em método de técnicas que usamos. Afinal, como descreveu a quase 120
anos Oliver Holmes: “Para o estudo racional do Direito, o homem das técnicas precisas tradicionais pode ser o
homem do presente, mas o homem do futuro é o homem da estatística e o mestre da economia.”[10]

ANALYTICS E MUDANÇA CULTURAL

Trazer a Cultura de Dados, ou Analytics, para a Gestão no Departamento Jurídico é muito mais do que
simplesmente colocar uma linha adicional no orçamento para fazer a aquisição de um software.

Em verdade, adotar essa transformação passa por assumir um compromisso de pensar diferente, pensar a partir
de dados ou permitir olhar para um conjunto de informação e perceber as relações que estão ali presentes.

[10] “For the rational study of the law the blackletter man may be the man of
the present, but the man of the future is the man of statistics and the master of
economics.” In: HOLMES, Oliver Wendell. The Path of the Law. In: Harvard Law
Review. 10, pp. 457 – 469, 1897.
Como destacado antes, isso depende de um esforço (menos que investimento financeiro) de enfrentar os temas
e problemas que se colocam de uma nova maneira, aliado à renovação cotidiana desse exercício, semeado
não apenas entre os decisores, mas sim entre todos que participam do Departamento Jurídico e deste
departamento – enquanto parceiro de negócio – com o restante da companhia.

Exige comprometimento e desapego das posições tradicionais. Justamente por esse motivo não é uma decisão
fácil.

O engajamento e a mudança cultural da empresa e de seus colaboradores são fundamentais. E, se,


eventualmente, os membros da Equipe não “comprarem a ideia”, não importa quão importante seja esse
processo, ele simplesmente não terá sucesso.

“Não podemos esperar resultados diferentes, fazendo sempre as mesmas coisas.”

É necessário que a empresa e cada uma das pessoas da equipe estejam abertas e predispostas ao esforço de
implementar uma visão analítica e mais profunda das questões.

Não é porque a maçã é vermelha, que não podemos encontrar maçãs verdes, ou não é
porque sempre temos processos em um local ”X” que não podemos mudar esse cenário.

Em tempos de dados e comunicação massificada, quem não souber transformar dados e informações úteis e
apresentá-los de uma nova forma, mais atraente e eficiente, pode ficar para trás

Entender o universo a partir desta ótica e saber comunicar isso para todos os clientes internos e externos é a
grande competência que diferenciará, cada dia mais, aqueles que estão conectados com o negócio e fazem a
companhia crescer, daqueles que aceitam as condições impostas.

Na EHTS, nosso compromisso é embarcar os clientes nessa transformação, trabalhando com todo time da
companhia, para gerar o incomodo necessário e rever fluxos e definir atividades, de maneira personalizada e
atenta à cultura de cada pessoa e cada empresa, em um desenho sob medida e que faça sentido para a
empresa e que seja ideal para sua gestão.
VANTAGENS DE SER DATA DRIVEN
A despeito do processo e dos compromissos que se tem neste processo de adoção da Cultura de Dados, os
ganhos são realmente relevantes e podem ser objetivamente observáveis.

Aqui destacamos apenas alguns deles, caso ainda não esteja convencido:

·Redução de ·Capacidade de ·Otimização de fluxos,


custos predição processos e gestão

·Definição de objetivos ·Cultura analítica entre as


através de dados áreas e os colaboradores

·Diversidade cultural, ·Integração com parceiros


disciplinar e perfil da Equipe que sejam Data Driven
Atividades recorrentes

Auditoria de Análise de Gestão de


dados conversão de ações contratos e
renovatórias

Sistema de informações Estruturação de


gerenciais (MIS) políticas de acordo e
dispensa de recursos

Construção e acompanhamento
de modelos de provisionamento
Ehts ehts.tech FlohCast ehts.tech ehts.tech

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