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Indicações e contra-indicações à Psicanálise

Professor Daniel Franção Stanchi


Freud considerava que a psicanálise era aplicável aos casos de
neuroses (histeria, fobias, abulias), e não seria eficaz em: casos
graves e agudos, casos em que há risco de suicídio, casos de
esgotamento nervoso, degeneração mental, quadros confusionais,
em crianças e em anciões. Nos casos de psicose, Freud também
não indicava a psicanálise, porém considerava essa questão como
algo a ser investigado no futuro.
A análise poderia ser feita não somente tendo em
vista a possível patologia do indivíduo, mas também
e fundamentalmente a sua personalidade, estado
psíquico normal, grau suficiente de inteligência,
nível ético
– ao mesmo tempo, Freud dizia que há
potencialidades que podem existir num indivíduo
tido como doente.

Com o tempo, o critério para aceitação de pacientes


mais idosos e crianças para a análise foi se
tornando mais elástico, mais flexível.
No início, a Psicanálise é vista como sinônimo do
estabelecimento da transferência neurótica com o
analista, e este usava a interpretação e escuta como
ferramentas primordiais de investigação e tratamento.

Com o passar das décadas, a partir da


experiência de outros analistas que foram
interpelados por outras situações de
atendimento, surge a discussão sobre outras
modalidades de transferência, em especial a
transferência psicótica (aqui a discussão
sobre o trabalho com a contratransferência
torna-se primordial)
Transferência neurótica: está em jogo
o passado que não foi integrado e
que reaparece como sintoma.
Análise como lugar de rememoração
e elaboração
- ressignificar o passado

Transferência psicótica: está em jogo


o reconhecimento do cuidado que
não houve e impossibilitou aspectos
do paciente. Análise como lugar de
reconhecimento da falha ambiental e
como inauguração do que não houve
– sonhar com o futuro
O SER HUMANO ACONTECE NA FRONTEIRA
ENTRE O PASSADO, O PRESENTE E O FUTURO
Saudade – João Guimarães Rosa

Saudade de tudo!...
Saudade, essencial e orgânica,
de horas passadas,
que eu podia viver e não vivi!...
Saudade de gente que não conheço,
de amigos nascidos noutras terras,
de almas órfãs e irmãs,
de minha gente dispersa,
que talvez até hoje ainda espere por mim...
Saudade triste do passado,
saudade gloriosa do futuro,
saudade de todos os presentes
vividos fora de mim!...
Pressa!...
Ânsia voraz de me fazer em muitos,
fome angustiosa da fusão de tudo,
sede da volta final
da grande experiência:
uma só alma em um só corpo,
uma só alma-corpo,
um só,
um!...
Como quem fecha numa gota
o Oceano,
afogado no fundo de si mesmo..
INDICAÇÕES À ANÁLISE DE
CRIANÇAS

Freud
Caso do pequeno Hans

Melanie Klein
Técnica de análise para crianças

O sonhar do adulto é equiparado ao


brincar da criança como lugar de
projeção das fantasias inconscientes

As controvérsias psicanalíticas
Freudianos x kleinianos
(o que fazer com a herança
psicanalítica deixada por Freud?)

Winnicott
A transferência é uma forma
privilegiada de brincar

Diferenças entre a concepção do


brincar em Klein e Winnicott

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