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SSRN Id4112650
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22/02/2022 01:01 Sandbagging: A autonomia da vontade permite a criação de uma “carta na manga” contratual?
1. Introdução
O objetivo deste breve[1] artigo é, primordialmente, apresentar ao leitor algumas das principais discussões
que permeiam o debate sobre a origem, a admissibilidade e os efeitos da cláusula de sandbagging nos
contratos de compra e venda de participação societária (“CCVPs”). Ao longo do texto, será desenvolvido
argumento no sentido de que a eventual licitude e exequibilidade das cláusulas de sandbagging requer a
superação de etapas e o cumprimento de requisitos importantes, o que representa forte resistência à sua
admissibilidade tanto em sistemas jurídicos de tradição anglo-saxã (common law) quanto naqueles de
tradição romano-germânica (civil law). Para cumprir com tais finalidades, o artigo será estruturado da
maneira descrita a seguir.
Uma vez identificados o conceito e a origem da prática, será apresentado, no tópico 3, o contexto no qual
as cláusulas de sandbagging se inserem nos CCVPs, evidenciando-se a relevância de sua conexão direta
com algumas das disposições mais relevantes de um CCVP, como as cláusulas de declarações e
garantias e de indenização.
Adiante, no tópico 4, tendo em vista a influência da prática desenvolvida nos Estados Unidos sobre as
negociações de participações societárias desenvolvidas no Brasil, verificar-se-á o entendimento de
algumas das principais cortes estadunidenses quanto à prática de sandbagging.
Por fim, no tópico 5, será analisada a eventual admissibilidade da prática de sandbagging sob a
perspectiva do sistema jurídico brasileiro, explicitando-se dificuldades adicionais decorrentes de nossa
tradição de civil law.
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Com o tempo, o verbo “to sandbag” teria absorvido o significado geral de inicialmente ocultar ou minimizar
a própria posição, de forma a obter uma vantagem subsequente sobre outra pessoa com tal atitude[4]. A
incorporação de sua utilização em jogos de pôquer e golfe teria contribuído para a fixação desse
significado geral.
O termo teria se tornado mais popular ao ser utilizado no contexto de partidas de pôquer, referindo-se ao
jogador que aparentava possuir cartas ruins, quando, na verdade, eram boas. Por meio dessa estratégia, o
jogador visava a induzir seus oponentes a realizarem apostas maiores do que fariam caso detivessem
conhecimento sobre o real cenário da partida.[5]
Do pôquer ao golfe, a expressão, hoje, é reconhecidamente utilizada para se referir ao jogador de golfe
que finge ser pior do que realmente é, escondendo suas habilidades inicialmente, a fim de obter
vantagem posterior em torneios ou apostas.[6]
No entanto, há quem sustente que o caminho da expressão até o contexto da negociação de CCVPs teria
advindo diretamente da popularidade de sua utilização no pôquer para o M&A, sem contar com a
passagem pelo golfe. Anos depois de utilizar a expressão em seus jogos de pôquer enquanto estudante,
o advogado Richard Climan, atualmente sócio no Hogan Lovells, afirma que teria passado a utilizá-la em
treinamentos internos de escritórios de advocacia para se referir ao comprador que, sabendo da
existência de uma violação a cláusula de declaração e garantia por parte do vendedor, omite tal
informação, esperando apenas momento posterior ao fechamento da operação para pleitear indenização.
[7]
Assim, no contexto de uma operação de compra e venda de participação societária, entende-se que a
prática de sandbagging caracteriza-se pela conduta de um comprador que, embora tome conhecimento
de que uma garantia contratual concedida expressamente pelo vendedor está sendo violada, segue com
o fechamento da operação sem comunicar o vendedor sobre tal violação – sendo que poderia tentar uma
redução do preço ou até mesmo desistir da operação –, a fim de posteriormente iniciar demanda
indenizatória com base na violação[8].
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Por meio de tal definição, percebe-se a conexão direta da prática de sandbagging com a cláusula de
indenização dos CCVPs, bem como com as cláusulas de declarações e garantias, que tomam boa parte
da maioria das rodadas de negociação de CCVPs. É tal contexto que será abordado no tópico 3 abaixo.
Nesse sentido, nos Estados Unidos, reconhece-se que cláusulas de declarações (representations)
cumprem a finalidade de “definir premissas fáticas que servem de fundamento à vontade das partes na
formação do contrato”[15], tornando expressos os pressupostos fáticos passados ou presentes com base
nos quais a participação societária é negociada.
Por outro lado, garantias (warranties) são recorrentemente definidas de acordo com o que foi sustentado
pelo Juiz Learned Hand no caso Metropolitan Coal Co. v. Howard:
“[u]ma garantia é uma certeza sobre a existência de um fato, dada por uma parte
em um contrato, na qual a outra parte possa confiar. Destina-se precisamente a
retirar da parte destinatária o ônus de determinar o fato por si própria; isso
equivale a uma promessa de indenizá-la por qualquer perda caso o fato garantido
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se prove falso, pois, por óbvio, aquele que fez a promessa não pode mais controlar
o que já está no passado.”[16]
Ou seja, no caso das cláusulas de garantia, o aspecto de definição de premissas fáticas fundamentadoras
da vontade das partes dá lugar a uma verdadeira e expressa obrigação de indenizar caso o fato garantido
venha a se provar falso ou incorreto.
Adotando-se tais definições para declarações e garantias, algumas diferenças entre elas tornam-se muito
evidentes. Em primeiro lugar, fica claro que as declarações só podem se referir a fatos passados ou
presentes, já que não é possível declarar um fato futuro[17]. As garantias, diferentemente, podem ser
prestadas em relação a fatos futuros[18]. É plenamente possível, por exemplo, garantir que determinado
evento não acontecerá, de modo que, caso ocorra, a parte garantidora estará obrigada a indenizar a
beneficiária da garantia.
Ademais, conforme já introduzido, as cláusulas de declarações e garantias têm intrínseca relação com a
cláusulas de indenização também presentes nos CCVPs. Em geral, a ideia é que uma violação a uma
disposição presente na cláusula de declarações e garantias de um CCVP gere à contraparte o direito à
reparação. No entanto, quando partimos da diferenciação cuidadosa entre as declarações e as garantias,
os efeitos dessa distinção sobre eventual demanda indenizatória se tornam patentes.
Nesse sentido, em qualquer discussão acerca da indenização por violação de uma declaração, é
necessário demonstrar que (i) o declarante mentiu, pois sabia da falsidade quando declarou (ou, pelo
menos, deveria saber), e que (ii) o destinatário confiou na informação falsa. Diversamente, no caso de uma
garantia, em virtude de sua natureza objetiva, não é necessário perquirir sobre o elemento subjetivo, o real
intento ou o estado psíquico do declarante[19].
Em virtude disso, o que se verifica é que a cláusula de sandbagging está diretamente ligada às garantias
(warranties), e não às declarações (representations)[20]. Isso porque, no caso das declarações, um dos
requisitos a serem demonstrados em caso de demanda indenizatória é o de confiança, por parte do
destinatário, na veracidade da informação. Ou seja, se é necessário comprovar que o destinatário confiou
na informação falsa, não há que se falar em sandbagging, pois é da natureza de tal prática que o
destinatário tenha conhecimento sobre a violação da garantia – de modo que não poderia nela confiar – e
deliberadamente decida não a revelar previamente ao garantidor a fim de demandar indenização
posteriormente.
Configura-se aqui, portanto, uma primeira limitação – de natureza conceitual – à prática de sandbagging:
ela, diferentemente do que se poderia pensar, não está atrelada às cláusulas de declarações e garantias
genericamente consideradas, mas apenas às cláusulas de garantia. Mas essa não é a única limitação. A
admissibilidade das cláusulas de sandbagging é bastante debatida[21] tanto nos sistemas de common law
quanto nos de civil law, conforme se verificará nos tópicos 4 e 5 abaixo.
4. Como tem sido compreendida nas principais cortes dos Estados Unidos
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nos Estados Unidos[22]. É indispensável, portanto, verificar como as cortes estadunidenses avaliam as
cláusulas de sandbagging.
Lá, é recorrente na literatura a divisão dos Estados entre aqueles com tendência jurisprudencial pro-
sandbagging e aqueles que apresentam posicionamento anti-sandbagging. No entanto, mesmo nas
jurisdições tradicionalmente mais favoráveis ao sandbagging, a resistência é presente, como é o caso de
Nova York e Delaware[23].
Em Nova York, os tribunais entendem que o comprador não poderá pleitear indenização por violação de
declarações e garantias quando detinha essa informação e optou por não a compartilhar com o vendedor
antes do fechamento. Em outras palavras, compreende-se que, ao prosseguir com o negócio ciente da
violação existente, sem que tenha compartilhado a existência de tal violação com o vendedor, o
comprador renuncia ao direito de buscar reparação.[24]
Já em Delaware, decisão recente também veio a abrir espaço ao questionamento do entendimento pro-
sandbagging que se acreditava praticamente consolidado. No caso Eagle Force Holdings, LLC v.
Campbell[25], embora a questão não tenha sido enfrentada diretamente por se tratar de um tema lateral
ao caso, tanto o voto condutor da decisão por maioria quanto o voto vencido fizeram menção à
controvérsia sobre a admissibilidade do sandbagging quando o comprador tem conhecimento da violação
antes da assinatura (signing) do CCVP. Tal simples nota, mesmo que irrelevante para o julgamento em
questão, foi suficiente para colocar em dúvida a manutenção da tendência pro-sandbagging nas cortes de
Delaware[26].
Assim, nota-se que a admissibilidade do sandbagging é controvertida até mesmo nos Estados com mais
tendência pro-sandbagging dos Estados Unidos, onde, com base num regime de tradição anglo-saxã,
originaram-se as principais práticas que pautaram e até hoje influenciam as operações de compra e
venda de participação societária em todo o mundo. O que resta saber é se nos sistemas jurídicos de
tradição romano-germânica, como o brasileiro, a resistência à prática de sandbagging é maior ou menor e
por quais motivos. Em tais sistemas, haveria mais ou menos etapas e requisitos a cumprir para se admitir a
eventual licitude e exequibilidade de uma cláusula de sandbagging? É a esse questionamento que o
tópico 5 abaixo responderá.
Sabe-se que o princípio da boa-fé objetiva[28] representa um padrão comportamental esperado das
contratantes, atuando como um limitador do princípio da autonomia da vontade. Com base nele, espera-
se que as partes ajam com lealdade e probidade. Dentre as suas funções, destaca-se, para a análise aqui
empreendida, aquela conformadora de deveres anexos/laterais à obrigação principal, os quais podem
acompanhar o contrato antes, durante e após a sua vigência, conforme o caso.
Um dos principais deveres anexos/laterais é justamente o dever de informar, muito relevante à análise da
prática de sandbagging. Trata-se de um dever que consubstancia uma justa expectativa das partes quanto
ao mútuo e recíproco fornecimento de informações sobre todos os aspectos relevantes ao vínculo
contratual. Sob esse aspecto, o dever de informar decorrente do princípio da boa-fé objetiva parece
limitar a autonomia da vontade das partes de fecharem uma operação escondendo informações
relevantes ao negócio entabulado e à possibilidade de cumprimento do contrato.
No tópico 4 acima, verificou-se que, em Nova York, uma jurisdição de tradição anglo-saxã vista como
favorável ao sandbagging, já se entendeu que o comprador não pode pleitear indenização por violação de
declarações e garantias quando detinha informação sobre a violação e optou por não a compartilhar com
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o vendedor antes do fechamento. Trazendo a mesma situação para um sistema jurídico de civil law, onde
é dada mais relevância ao princípio da boa-fé objetiva, de fato, parece evidente a impossibilidade de
utilização do sandbagging como uma “carta na manga” contratual[29].
Assim, percebe-se que além de só se ligar à violação de garantias (warranties), e não de declarações
(representations), em sistemas jurídicos como o brasileiro, a eventual licitude e exequibilidade das
cláusulas de sandbagging requer a superação de mais etapas e o cumprimento de mais requisitos do que
no common law, como é o caso da maior relevância dada ao princípio da boa-fé objetiva.
Rodrigo Fialho Borges é Doutor em Direito Comercial (2020) e bacharel (2013) pela Universidade de São
Paulo – Largo São Francisco. Pesquisador visitante na University of Pennsylvania Law School (2018-2019).
Professor da Graduação e do Mestrado Profissional da FGV Direito SP. Coordenador do Grupo de Estudos
em Fusões e Aquisições (GEM&A) da FGV Direito SP. Advogado no PGLaw.
Analy Leal Moura é Graduanda em direito pela FGV-SP. Team Head no Center for M&A Studies.
Cofundadora do Grupo de Estudos em Fusões e Aquisições (GEM&A) e ex-coordenadora do Grupo de
Estudos em Direito Societário e Mercado de Capitais, ambos da FGV Direito SP.
Manoela Bruno Morales Naquis é Graduanda em direito pela FGV-SP. Team Head no Center for M&A
Studies responsável pelo CM&A Insights. Cofundadora do Grupo de Estudos em Fusões e Aquisições
(GEM&A) e ex-coordenadora do Grupo de Estudos em Direito Societário e Mercado de Capitais, ambos da
FGV Direito SP.
Quaisquer opiniões veiculadas nessa publicação não necessariamente refletem e não vinculam o Center for
M&A Studies ou a FGV Direito SP, tendo propósito meramente educacional e informativo, não devendo ser
compreendidas como aconselhamento jurídico.
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22/02/2022 01:01 Sandbagging: A autonomia da vontade permite a criação de uma “carta na manga” contratual?
[1] A extensão deste trabalho não permite o aprofundamento de diversas questões relevantes
relacionadas à prática de sandbagging, as quais demandariam testes de hipóteses de pesquisa
específicas com a respectiva adoção das metodologias demandadas por tais testes. Assim, o objetivo
geral é muito mais modesto que qualquer elaboração teórica inovadora. O texto se destina principalmente
àqueles que estão tendo os seus primeiros contatos com a temática aqui abordada, não sendo de muito
proveito a quem busca aprofundamento.
[2] Glenn D. West e Kim M. Shah, “Debunking the Myth of the Sandbagging Buyer: When Sellers Ask
Buyers to Agree to Anti- Sandbagging Clauses, Who Is Sandbagging Whom?”, The M&A Lawyer 11, no 1
(janeiro de 2007): 1.
[3] “Sandbag”, in Merriam-Webster (Merriam-Webster), acessado 1o de julho de 2022,
https://www.merriam-webster.com/dictionary/sandbag; West e Shah, “Debunking the Myth of the
Sandbagging Buyer”, 1.
[4] “Sandbag”; West e Shah, “Debunking the Myth of the Sandbagging Buyer”.
[5] Charles K. Whitehead, “Sandbagging: Default Rules and Acquisition Agreements”, Delaware Journal of
Corporate Law 36 (2011): 1081–1115; Brent Kelley, “How Did ‘Sandbagger’ Become a Golf Term?”, Liveabout,
26 de julho de 2018, seç. Sports and Athletics, https://www.liveabout.com/origin-of-the-term-
sandbagger-1564484; “Sandbag”, in Online Etymology Dictionary (Online Etymology Dictionary), acessado
1o de julho de 2022, https://www.etymonline.com/search?q=sandbag; “Sandbag”.
[6] Kelley, “How Did ‘Sandbagger’ Become a Golf Term?”; West e Shah, “Debunking the Myth of the
Sandbagging Buyer”.
[7] Whitehead, “Sandbagging”, n. 4.
[8] Cf. Ibidem, 1081; Mariana Pargendler e Carlos Portugal Gouvêa, “As Diferenças Entre Declarações e
Garantias e Os Efeitos Do Conhecimento Do Adquirente (Sandbagging)”, SSRN Electronic Journal, 2020, 23,
https://doi.org/10.2139/ssrn.3668391.
[9] “É fato conhecido que as cláusulas de declarações e garantias foram incorporadas à prática doméstica
com a expansão das operações societárias no [p]aís a partir do processo de liberalização econômica,
iniciado após a transição para o regime democrático. A estrutura de contrato de compra e venda de
participações societárias hoje adotada internacionalmente, em que essas cláusulas são centrais, teve
origem em países anglo-saxões, sobretudo nos Estados Unidos da América, onde tal contrato passou a
ser conhecido como stock purchase agreement ou share purchase agreement. Com a integração
econômica global e o avanço das macroempresas transnacionais, esses modelos contratuais, conhecidos
no mercado pela sua sigla, ‘SPA’, passaram a ser utilizados para aquisições em múltiplas jurisdições,
muitas vezes de forma simultânea.” Cf. Pargendler e Portugal Gouvêa, “As Diferenças Entre Declarações e
Garantias e Os Efeitos Do Conhecimento Do Adquirente (Sandbagging)”, 10.
[10] Cf. Ibidem, 9–11.
[11] Cf. Glenn D. West e W. Benton Lewis Jr., “Contracting to Avoid Extra-Contractual Liability – Can Your
Contractual Deal Ever Really Be the ‘Entire’ Deal?”, The Business Lawyer 64 (agosto de 2009): 1008.
[12] Para um aprofundado estudo sobre as cláusulas de declarações e garantias, v. Giacomo Grezzana, A
Cláusula de Declarações e Garantias em Alienação de Participação Societária (São Paulo: Quartier Latin,
2019).
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António M. da R. e Menezes Cordeiro, Da Boa-fé no Direito Civil, Teses de Doutoramento (Almedina, 2017);
Fernando Noronha, O Direito dos Contratos e seus Princípios Fundamentais: autonomia privada, boa-fé,
justiça contratual (São Paulo: Saraiva, 1994).
[29]Pargendler e Portugal Gouvêa, “As Diferenças Entre Declarações e Garantias e Os Efeitos Do
Conhecimento Do Adquirente (Sandbagging)”, 40.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
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Journal of Economics 84, no 3 (agosto de 1970): 488. https://doi.org/10.2307/1879431.
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Golden”. Business Law Today, 28 de setembro de 2018, seç. Mergers & Acquisitions.
https://businesslawtoday.org/2018/09/possible-shift-delaware-law-buyers-silence-sandbagging-not-
golden/.
Kelley, Brent. “How Did ‘Sandbagger’ Become a Golf Term?” Liveabout, 26 de julho de 2018, seç. Sports and
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Kraiem, Rúben. “Leaving Money on the Table: Contract Practice in a Low-Trust Environment”. Columbia
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Martins-Costa, Judith. A Boa-fé no Direito Privado: critérios para a sua aplicação. 2a ed. São Paulo: Saraiva,
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Menezes Cordeiro, António M. da R. e. Da Boa-fé no Direito Civil. Teses de Doutoramento. Almedina, 2017.
Noronha, Fernando. O Direito dos Contratos e seus Princípios Fundamentais: autonomia privada, boa-fé,
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Pargendler, Mariana, e Carlos Portugal Gouvêa. “As Diferenças Entre Declarações e Garantias e Os Efeitos
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Contractual Deal Ever Really Be the ‘Entire’ Deal?” The Business Lawyer 64 (agosto de 2009): 998–1038.
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22/02/2022 01:01 Sandbagging: A autonomia da vontade permite a criação de uma “carta na manga” contratual?
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