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Instituto Superior Politécnico

Tundavala

FISIOLOGIA I
Docente: Zezé Veríssimo

Cursos: Ciências farmacêuticas| Fisioterapia


 As múltiplas actividades das células, tecidos e
orgãos do corpo são coordenadas pela
comunicação de vários tipos de sistemas de
mensageiros químicos, entre os quais:

 1- Hormónios endócrinos: são liberados por


glândulas ou células especializadas na sangue
circulante e influenciam a função das células-alvo
em outro local do corpo;

 2- Hormónios neuroendócrinos: são secretados por


neurónios no sangue e influenciam a função das
células-alvo em outro local do corpo;
 As células neuroendócrinas localizadas no hipotálamo,
têm axónios que terminam na hipófise posterior e
secretam vários neuro-hormónios como hormónio
antidiurético (ADH)*, a ocitocina* e os hormónios
hipofisiotrópicos*.

 Os hormónios endócrinos são transportados pelo


sistema circulatório para células em todo o corpo,
incluindo ao SN, onde se ligam a receptores e iniciam
muitas reacções celulares.
 antidiurético (ADH)* ou vasopressina: produzido pelo
hipotálamo e secretado pela neuro-hipófise. Actua
sobre os rins, aumentando a retenção de água pelo
corpo e a concentração de íons e consequentemente
elevando a PA.

 Ocitocina* ou oxitocina: hormónio produzido pelo


hipotálamo e armazenado na hipófise posterior (neuro-
hipófise que promove as contrações musculares
uterinas, reduz o sangramento durante o parto e
estimula a liberação do leite materno

 hormónios hipofisiotrópicos*: hormónios liberados pelo


hipotálamo que controlam a secreção dos hormónios
da hipófise.
 O sistema endócrino compreende os hormónios que
são substâncias formadas por proteínas ou
aminoácidos ou esteróides, sendo secretadas por
glândulas especializadas e que quando lançadas na
corrente sanguínea, apresentam acção local ou
sistémica.

 Os hormónios actuam, juntamente com o SN,


controlando diferentes respostas do organismo, como
função homeostática, desenvolvimento e crescimento,
metabolismo, reprodução, comportamento, dentre
outras.
 Existem 3 classes gerais de hormónios:
 1- Proteínas e Polipeptídeos: incluindo hormónios
secretados pela hipófise anterior e posterior, pelo
pâncreas (insulina e glucagon), pela paratiróide
(paratormónio) e outros.

 2- Esteróides: secretados pelo cortéx adrenal (cortisol e


aldosterona), pelos ovários (estrogénio e progesterona),
testículos (testosterona) e pela placenta (estrogénio e
progesterona).

 3- Derivados do aminoácido tirosina: secretados pela


tiróide (tiroxina e tri-iodotironina) e medula adrenal
(epinefrina e norapinefrina).
 Os hormónios hidrossolúveis (peptídeos e
catecolaminas): são dissolvidos no plasma e
transportados dos seus locais de síntese para
tecidos-alvo, onde se difundem dos capilares,
entram no líquido intersticial e finalmente chegam
as células-alvo.

 Os hormónios esteróides e da tiróide:


diferentemente circulam no sangue em grande
parte ligados às proteínas plasmáticas. Logo, esses
hormónios não se conseguem difundir facilmente
pelos capilares para chegarem as suas células-
alvo.
 A 1ª etapa de acção do hormónio é a de se ligar a
receptores específicos na célula-alvo. As células que
não têm receptores para hormónios não respondem.

 Os receptores podem se localizar:

 1- Na membrana celular ou na sua superfície: são


específicos, principalmente para hormónios proteicos,
peptídicos e catecolamínicos;

 2- No citoplasma celular: encontram-se os receptores


primários para os diferentes hormónios esteróides;

 3- No núcleo da célula: encontram-se os receptores


para os hormónios da tiróide.
 São as glândulas especializadas na secreção dos
hormónios directamente na corrente sanguínea,
sendo as principais:
 Pineal;
 Hipófise;
 Tiróide;
 Paratiróide;
 Supra-renais.

 Há ainda as glândulas mistas, ou seja, que


possuem uma parte endócrina e outra exócrina,
que são o pâncreas e as gônadas (ovários e os
testículos).
Hormónio Acção
Hormónio Adrenocorticotrópico (ACTH) Controla o córtex das supra-renais.
Hormónio gonadotrópico: - FSH: provoca o crescimento e
amadurecimento dos folículos, o ovário
- Hormónio folículo estimulante (FSH) na mulher e o testículo no homem,
estimulando a produção de estrogênio e
testosterona, respectivamente.

- Hormónio luteinizante (LH) - LH: nas mulheres, estimula a ovulação e


a formação do corpo lúteo, já nos
homens provoca a produção de
testosterona.

Prolactina Estimula a produção de leite nas


glândulas mamárias durante a gravidez e
amamentação.
Hormónio do crescimento (GH) Estimula o crescimento dos tecidos,
inclusive ossos e cartilagens. Deficiência
no GH causa o nanismo e a hiperfunção
da hipófise pode ocasionar um excesso
de GH, causando o gigantismo.
Hormónio Acção
Responsável pela contração
Ocitocina muscular e dilatação do útero
durante o parto, além de liberar o
leite durante a sucção do bebé.
Controla a eliminação de água pelos
rins, aumentando a reabsorção de
Hormónio antidiurético (ADH) líquidos por esse órgão. Deficiência
na produção e secreção do ADH, a
urina fica muito diluída, ocasionando
a diabete adrenal ou insípida.
 A tiróide é composta por dois lobos situados na frente
da traquéia.

 As paratiróides são 4 pequenas glândulas localizadas


atrás da tiróide.

 A tiróide ao ser estimulada pelo hormónio TSH,


produzido na hipófise, secreta os
hormónios tiroxina ou T4 já que possui 4 iodos na sua
molécula e a triiodotironina ou T3 pois possui 3 iodos na
sua molécula.
 O iodo é fundamental para o funcionamento desses
hormónios que regulam o metabolismo e o
funcionamento de diversos sistemas como batimentos
cardíacos, fluxo sanguíneo, dentre outros.

 Uma disfunção dessa glândula pode ocasionar o


hipotiroidismo ou hipertiroidismo, onde há uma baixa
ou alta produção dos hormónios produzidos pela
tiróide, respectivamente.

 Hipertiroidismo: excesso de hormónios que provoca na


pessoa perda de peso, os batimentos cardíacos
acelerados e há um aumento da glândula formando o
bócio tóxico e os olhos podem ficar
proeminentes(exoftalmia).
 Hipotiroidismo: baixa produção dos hormónios que
provoca ganho de peso, redução da frequência
cardíaca, apatia e sonolência. Essa doença também
pode ser causada não somente pela disfunção da
glândula, mas também pela falta da ingestão de iodo
que é necessário para a formação do T3 e T4,
causando o bócio endémico.

 A tiróide produz ainda a calcitonina que juntamente


com o hormónio paratormónio produzido pelas
paratiróides são responsáveis pelo controle da taxa de
cálcio no sangue. Quando a concentração de cálcio
no sangue diminui, o paratormónio retira o mesmo do
osso lançando-o no sangue. Quando a quantidade de
cálcio atinge o nível ideal, a calcitonina, diminui a
liberação do cálcio no sangue.
 Possuem duas regiões na glândula - o córtex e a
medula - que secretam hormónios diferentes e
localizam-se sobre os rins.
CÓRTEX
O córtex é estimulado pelo hormónio ACTH, produzido pela adeno-hipófise,
secreta corticosteróides.
Hormónio Acção
Aumenta a reabsorção de sódio,
tendo como consequência a
Aldosterona retenção de água e estimula as
células dos túbulos renais a
secretarem potássio e hidrogénio no
sangue.
Cortisol Converte aminoácidos e lipídos em
glicose. Importante para situações
de stresse e sem comida.
MEDULA

Hormónio Acção
Resposta rápida ao stresse, acelera o
Adrenalina ou epinefrina batimento cardíaco, glicose
lançada no sangue
Juntamente com a adrenalina, esse
Noradrenalina ou norepinefrina hormónio aumenta o influxo de
cálcio, mantém a pressão sanguínea
em níveis normais, taquicardia,
dentre outros.
 Localiza-se atrás do estômago, entre o duodeno e o
baço. Esse órgão actua tanto como uma glândula
exócrina que é formada pelos tecidos ácinos
secretando suco pancreático/digestivo no duodeno; e
como glândula endócrina que é formada pelas ilhotas
de Langerhans que produzem os hormónios glucagon
e insulina secretados directamente no sangue (cruciais
para a regulação do metabolismo da glicose, lípidos e
proteínas).

 Ao ingerir uma refeição, o nível de glicose no sangue


aumenta, fazendo com que o pâncreas secrete a
insulina responsável por captar a glicose do sangue e
levá-la para dentro das células.
 O pâncreas humano tem entre 1 e 2 milhões de ilhotas
de Langerhans, que possuem 3 tipos de células: alfa,
beta e delta.

 1- Células beta: constituem 60% de todas as células das


ilhotas e secretam insulina e amilina (hormónio
secretado em paralelo com a insulina, apesar de a sua
função ainda não estar bem esclarecida).

 2- Células alfa: constituem 25% do total e secretam


glucagon.

 3- Células delta: constituem 10% do total e secretam


somatostatina.
 Esses 3 tipos celulares se relacionam entre si, por ex, a
insulina inibe a acção do glucagon, a amilina inibe a
secreção de insulina e a somatostatina inibe a
secreção tanto da insulina quanto do glucagon.

 Insulina e seus efeitos metabólicos

 Apresenta efeitos profundos sobre o metabolismo dos


carboidratos. Mesmo assim, são as anormalidades do
metabolismo das gorduras que provocam condições
tais como a acidose e arterioesclerose, que são as
causas usuais de morte nos pacientes diabéticos.

 Logo a insulina afecta ainda no metabolismo de lípidos


e proteínas.
 A secreção da insulina está associada a abundância
de energia, ou seja, quando existe grande abundância
de alimentos muito energéticos na dieta (como
carboidratos), a secreção aumenta.

 Por sua vez, a insulina desempenha papel importante


no armazenamento do excesso de energia. No caso
de excesso de carboidratos, a insulina faz com que
sejam armazenados sob a forma de glicogénio no
fígado e músculos.

 O excesso de carboidrato que não pode ser


armazenado, é convertido sob estímulo da insulina em
gordura e armazenado no tecido adiposo.
 No fígado, a glicose é armazenada sob a forma
de glicogénio, processo denominado
glicogeogênese.

 Essas etapas diminuem a glicose circulante no


sangue. Entretanto, durante o jejum, o nível de
glicose no sangue cai e isso faz com o pâncreas
secrete o glucagon que é responsável por inibir a
glicogeogênese e, ao mesmo tempo, estimular a
glicogenólise no fígado, ou seja, transformar
glicogénio em glicose, sendo essa direccionada
para o sangue.
 Na pessoa normal, a concentração da glicose
sanguínea está sob controlo:

 80 à 90 mg/100ml em jejum;

 120 à 140 mg/ml durante a 1ª hora após a refeição.


Mas os sistemas de feedback restabelecem a
concentração da glicose rapidamente dentro de 2
horas após a absorção de carboidratos.

 Inversamente, na ausência de alimentação, a função


da gliconeogênese do fígado produz a glicose
necessária para manter o nível sérico de glicose jejum.
DIABETES MELLITUS
É a doença ocasionada pelo aumento do açúcar (glicose) no sangue,
causando uma hiperglicemia. Isso pode ocasionar uma perda excessiva de
água, desidratação, produção de cetoácidos, podendo inclusive levar a
morte do indivíduo.
Tipo Acção

Tipo 1 ou dependente de insulina

Tipo 2 ou independente de insulina

Diabetes Gestacional
Obrigado !!!

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