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Projeto Pesquisa MarianaArthur
Projeto Pesquisa MarianaArthur
FACULDADE DE MEDICINA
São Paulo
2018
MARIANA APARECIDA ARTHUR
São Paulo
2018
RESUMO
1. INTRODUÇÃO E JUSTIFICATIVA...................................................................................6
2. OBJETIVO..........................................................................................................................12
3. MÉTODO............................................................................................................................12
4. PROCEDIMETOS...............................................................................................................14
5. CRONOGRAMA................................................................................................................15
6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS................................................................................16
7. ANEXOS.............................................................................................................................18
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1. INTRODUÇÃO E JUSTIFICATIVA
Este estudo quer construir contribuições para o incremento das estratégias da Terapia
Ocupacional na produção de cuidado em sua relação com as condições crônicas de sua
população atendida e em articulação com outros campos. A partir de uma concepção de saúde
ampliada, que não se restringe ao corpo biológico e considera o sofrimento como parte dos
processos vivos, serão observadas as reverberações que encontros de dança e práticas corporais
podem produzir na forma como as pessoas com condições crônicas se relacionam com o
próprio corpo e com os processos saúde-doença. Pretende-se estudar e experimentar uma forma
de cuidado à saúde que acontece fora dos ambientes tradicionalmente destinados à assistência
a essas populações, e acolhe outras dimensões da vida cotidiana.
Do ponto de vista médico, doenças crônicas são definidas como uma condição de longa
duração que pode causar inabilidade e incapacidade residual, necessita de monitoração
contínua e apresenta um caráter permanente com um processo de cura lento ou inexistente
(FREITAS, 2007). Segundo Canesqui (2007, p.19), “a cronicidade é um dispositivo conceitual
biomédico e, especialmente clínico, que se refere à impotência na ‘cura’ na orientação da
prática profissional do médico”. Os dispositivos biomédicos produzem discursos e tratamentos
para as pessoas com condições crônicas, mas isso não significa que todas as práticas de cuidado
devam pautar suas ações por esta compreensão. A noção de cronicidade, assim, pode ser
entendida como uma forma de compreender os processos saúde-doença vividos pelos corpos.
Em documento, o Ministério da Saúde propõe a noção de condição crônica como uma variação
terminológica que amplia o entendimento dessas situações e que, portanto, será adotada nesta
pesquisa. O documento afirma que as “doenças crônicas compõem o conjunto de condições
crônicas” que “incluem outras situações no campo da Saúde” (BRASIL, 2013).
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ou reumatismo; bronquite ou asma; depressão; doença do coração; diabetes; tendinite ou
tenossinovite; insuficiência renal crônica; câncer; cirrose; e tuberculose (IBGE, 2008). Essas
doenças correspondem a mais de 70% das causas de morte no Brasil (PNS, 2013), o que
evidencia a urgência das práticas de assistência à saúde inventarem estratégias de cuidado que
possam responder de maneira mais complexa à demanda da população brasileira, que se
intensifica com as dinâmicas sociais contemporâneas, o processo de transição demográfica e o
aumento do envelhecimento da população.
O Ministério da Saúde, em parceria com outros ministérios e diversas instituições de
ensino e pesquisa, preparou em 2011 o “Plano de Ações Estratégias para o Enfrentamento de
Doenças Crônicas Não Transmissíveis”, que tem como objetivo promover o desenvolvimento
e a implementação de políticas públicas para prevenção, controle e cuidado das doenças
crônicas não transmissíveis (DCNT) e seus fatores de risco, de forma mais efetiva e congruente
às necessidades dessas populações (BRASIL, 2008). Com a finalidade de enfrentar as
fragmentações entre os serviços já existentes, os programas e as ações profissionais, a
Secretaria de Atenção à Saúde propôs, em 2012, a Rede de Atenção às Pessoas com Doenças
Crônicas, que corresponde ao terceiro eixo estrutural do Plano DCNT – o cuidado integral, que
organiza diretrizes para reconhecer redes de cuidado às pessoas com doenças crônicas
(BRASIL, 2013).
Produzir um cuidado integral, conforme os princípios do SUS, é um grande desafio na
organização e gestão de ações que não se baseiem numa concepção de saúde como ausência de
doenças, pois isso necessariamente requer o deslocamento de ações médico-centradas para a
compreensão do ser humano em suas mais variadas formas de expressão, engendradas no
entrecruzamento de forças heterogêneas. Isso significa não objetificar a vida a um corpo
biológico, a um conjunto de órgãos ou, ainda, a um conjunto de sintomas que recebem como
principal assistência intervenções prescritivas (MERHY et al., 2019). Embora haja avanços
nesse sentido, as diretrizes para o cuidado em saúde de pessoas com condições crônicas ainda
são permeadas por um caráter imperativo, disciplinador e individualizante, centrado em
procedimentos nos quais são desconsideradas as subjetividades, os sofrimentos, a singularidade
de cada experiência e a processualidade da vida.
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agenciar e protagonizar o cuidado com si mesmo e as escolhas de sua vida
(MERHY et al., 2019, p.5).
Dissenso quer dizer uma organização do sensível na qual não há realidade oculta
sob as aparências, nem regime único de apresentação e interpretação do dado que
imponha a todos sua evidência. É que toda situação é passível de ser fendida no
interior, reconfigurada sob outro regime de percepção e significação.
Reconfigurar a paisagem do perceptível e do pensável é modificar o território do
possível e a distribuição de capacidades e incapacidades (RANCIÈRE, 2012, p.
48-49).
8
estruturam as relações do dizer, do ver e do fazer pertencem à estrutura da dominação e da
sujeição (RANCIÈRE, 2014, p. 17).
Liliana Escóssia e Virgínia Kastrup (2005) consideram que seres, entidades e coisas
possuem geografias variáveis e se produzem no plano relacional: “a relação, entendida como
agenciamento, é o modo de funcionamento de um plano coletivo que surge como plano de
criação, de co-engendramento dos seres” (ibid., p.303). Dizer de um co-engendramento entre
indivíduo e sociedade, como fazem as autoras, é caminhar na direção de superação da lógica
dicotômica entre os termos, o que significa distingui-los sem separá-los. Coletivo, nesse
sentido, não seria o mesmo que social. O conceito de social trabalha com a noção de indivíduo,
esta que entende o ser pronto, fechado em si mesmo, sem levar em conta os processos que o
constituem. O feito mais visível desta abordagem é a “separação dos objetos e dos saberes”
(ibid., p.295), tal como frequentemente ocorre nas práticas de atenção à saúde. A produção de
cuidado no plano coletivo, por outro lado, pode ser compreendida como um processo inventivo
que se dá nos encontros, nas relações que produzem mundos e sentidos.
Na Terapia Ocupacional, diversas práticas que compreendem a relevância das ações
interdisciplinares e as implicações das relações que os seres humanos estabelecem a todo
momento nos processos de saúde e/ou adoecimento, buscam a interface entre as disciplinas,
numa abertura dessas linhas delimitadas que costumam cercear a vida em sua multiplicidade e
potência criativa. Neste contexto, os estudos sobre o corpo e as práticas corporais têm indicado
caminhos interessantes de acesso a este plano comum na construção do cuidado e na produção
de saúde para além da dimensão biológica.
Em uma breve análise na literatura sobre os estudos de terapia ocupacional no âmbito
das condições crônicas1, foram encontrados trinta (32) artigos no período de 2007 a 2018, nos
quais constam discussões em relação à atuação dos terapeutas ocupacionais com as pessoas
com doenças crônicas, além de estudos sobre os impactos no desempenho ocupacional,
alterações nos papéis ocupacionais e repercussões no cotidiano dessas populações.
No que tange à atuação dos terapeutas ocupacionais com práticas corporais e dança para
a produção de cuidado para pessoas com condições crônicas foram encontrados apenas três
artigos, apesar de existir uma vasta produção que enfatiza a importância das práticas corporais
1
O levantamento foi realizado nos seguintes periódicos nacionais indexados: Revista de Terapia Ocupacional da
Universidade de São Paulo, Cadernos Brasileiros de Terapia Ocupacional, Revista Interinstitucional Brasileira de
Terapia Ocupacional, Revista Ceto e na plataforma LILACS
9
para promover apropriação e o cuidado de si, bem como produzir encontros que potencializam
a criação de corpos e de mundos (LIBERMAN, et al., 2017; SAITO, CASTRO, 2011).
10
(LIBERMAN; LIMA, 2015, p.187), sendo necessárias aberturas para invenção constante de
corpos e mundos para lidar com os acontecimentos e experiências do contemporâneo.
Entender o corpo como um todo, um organismo vivo em constante mutação, e não como
um conjunto de sistemas isolados, modifica o modo como concebemos e o cuidamos. A dança
e as práticas corporais, nesse contexto, podem potencializar a produção de cuidado e saúde na
medida que agenciam momentos de encontros coletivos que acolham expressões singulares e
ampliem a percepção e sensibilidade, gerando passagens aos acontecimentos da vida.
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2. OBJETIVO
Este estudo quer construir contribuições para o campo da Terapia Ocupacional, em sua
relação com as condições crônicas da população atendida. Assim, pretende-se discutir
elementos do conceito hegemônico de cronicidade de forma a engajá-lo em uma concepção de
saúde ampliada, que valoriza o saber do sujeito sobre si mesmo, não se restringe ao corpo
biológico e considera o sofrimento como parte da processualidade da vida. Para tanto, serão
observadas as reverberações que encontros de dança e práticas corporais podem produzir na
forma como pessoas com condições crônicas se relacionam com o próprio corpo e com os
processos saúde-doença.
3. MÉTODO
O estudo se configurará como uma pesquisa exploratória (GIL, 2008) pautada pelo
método da cartografia. Este método – de modo congruente ao que se pretende exercitar no
desenvolvimento da pesquisa a partir do deslocamento de intervenções generalizáveis e
prescritivas que desconsideram o saber de cada um sobre o próprio corpo – propõe outros
modos de conhecer, nos quais a teoria não transcende a experiência e a ação de pesquisar está
inscrita num processo de construção histórica da realidade, “opondo-se frontalmente a um
conhecimento que se impõe como verdade, generalizante e simplificado, e que tem por objetivo
alcançar a previsibilidade a partir de um espaço inteligível de certezas” (MORIN apud
ROMAGNOLI, 2009, p. 168). A cartografia, desse modo, não busca desvendar uma suposta
realidade pré-existente, mas presume que conhecer é criar intervindo na realidade (PASSOS;
KASTRUP, 2013, p. 264) – o que não poderia ser feito através de etapas e procedimentos
metodológicos pré-fixados.
Este processo se dá pela implicação do pesquisador com o campo, num esforço de
conjugar todas as forças que atravessam e compõem o plano da pesquisa, agenciando “sujeito
e objeto, teoria e prática” (PASSOS; KASTRUP; ESCÓSSIA, 2015, p.17-18). Na intensidade dos
encontros e dos afetos a pesquisa cartográfica desenha mapas que contornam as produções
individuais e coletivas. Assim sendo, o pesquisador seria um cartógrafo, que traça os caminhos
de sua pesquisa conforme os percorre, com um corpo atento e sensível, “um corpo que se deixa
vibrar” (LIBERMAN; LIMA, 2015, p. 184).
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Para Rolnik, a matéria-prima da cartografia são as marcas feitas num corpo. A
violência vivida no encontro entre um corpo e outros desestabiliza-o, colocando
a exigência de invenção de algo que venha a dar sentido e corporificar essa
marca: um novo corpo, outro modo de sentir, pensar, um objeto estético ou
conceitual (ROLNIK apud LIBERMAN; LIMA, 2015, p. 184).
Se a pesquisa cartográfica não lida com a ideia de uma realidade preexistente, e sim
com a implicação do pesquisador no processo de produção da realidade, o termo coleta de
dados, frequentemente utilizado, deixa de fazer sentido. Não se trata de procurar dados que já
estariam ali antes da pesquisa e que comprovariam um determinado conjunto de hipóteses, mas
de produzi-los no próprio processo de pesquisar, de forma a acolher a experiência.
Desordenando aquilo que se apresenta como unidade (PASSOS; KASTRUP; ESCÓSSIA, 2015,
p.26), o trabalho de análise visa, num compromisso/esforço de problematização constante, dar
a ver as condições de emergência dos dados, aumentando o grau de transversalidade entre os
elementos que surgem ao longo da pesquisa, agenciando diferentes forças, desmanchando o
campo do já dado (BARROS; BARROS, 2013).
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4. PROCEDIMENTOS
5. CRONOGRAMA
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6. REFERÊNCIAS
BRASIL, MINISTÉRIO DA SAÚDE. Pesquisa Nacional de Saúde 2013. Rio de Janeiro, FIOCRUZ,
2014.
BRASIL, MINISTÉRIO DA SAÚDE. Diretrizes para o cuidado das pessoas com doenças crônicas nas
redes de atenção à saúde e nas linhas de cuidado prioritárias. Brasília, 2013, p. 5-14
BARROS, Letícia; BARROS, Elizabeth. O problema da análise em pesquisa cartográfica. In: Rev.
Psicol., Rio de Janeiro, v. 25, n. 2, p. 373-390, 2013.
CANESQUI AM. Olhares socioantropológicos sobre os adoecidos crônicos. São Paulo,
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DELEUZE, Gilles. Conversações. (trad. Peter Pál Pelbart) São Paulo: 34, 1992, 232 p.
ESCÓSSIA, Lilian; KASTRUP Vírginia. O Conceito de Coletivo como superação da dicotomia
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KASTRUP, Vírginia. Agir, Aprender, Atuar. Texto apresentado no Congresso Internacional
Autopoiese – Univerdidade Federal Minas Gerais – nov, 1997.
LIBERMAN, Flávia; LIMA, Elisabeth. Um Corpo de cartógrafo. Interface: Comunicação. Saúde
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FLICK, Uwe. Concepção da pesquisa social. In: _____. Introdução à metodologia de pesquisa: um
guia para iniciantes. Porto Alegre: Penso, 2013, cap.12, p. 209-215
FREITAS MC, MENDES MMR. Condição Crônica: Análise do Conceito no contexto da saúde do
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GIL, AC. Métodos e Técnica de Pesquisa Social, São Paulo, 6. ed. - São Paulo: Atlas, 2008.
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http://www.compos.org.br/seer/index.php/e-compos/article/viewFile/433/413
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KELEMAN Stanley. Anatomia Emocional, Summus, São Paulo, 1992
MERHY, E. E.; FEUERWECKER, L.; GOMES, M. P. C.. Da repetição à diferença: construindo
sentidos com o outro no mundo do cuidado 2019, p.5 [acesso 2019 Março 11] Disponível em:
http://eps.otics.org/material/entrada-outras-ofertas/artigos/da-repeticao-a-diferenca-
construindo-sentidos-com-o-outro
16
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componentes estruturais de ação. Relatório Mundial. Brasília: OMS; 2003. [acesso 2019 Abril
15] Disponível em: https://www.who.int/chp/knowledge/publications/icccportuguese.pdf
PASSOS, Eduardo. KASTRUP, Virgínia. Cartografar é traçar um plano comum. In: Rev. Psicol., v. 25,
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Pesquisa-intervenção e produção de subjetividade. Porto Alegre: Sulina. 2015, 207p.
ROMAGNOLI, R. A cartografia e a relação pesquisa e vida. Psicol. Soc., Florianópolis, v. 21, n. 2, p.
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RANCIÈRE, J. O espectador emancipado. São Paulo: WMF Martins Fontes, 2012.
SAITO, Cinthia; CASTRO, Eliane. Práticas corporais como potência da vida. In: Cadernos Brasileiros
de Terapia Ocupacional UFSCar, São Carlos, v. 19, n.2, p 177-188, Mai/Ago 2011.
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DANÇA E PRODUÇÃO DE CUIDADO EM SAÚDE PARA PESSOAS COM CONDIÇÕES CRÔNICAS
26/08/2019
7. ANEXOS
TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO
____________________________________________________________________
NATUREZA …...orientadora.........................................................
_____________________________________________________________________________________________
Da pesquisa
18/5
DANÇA E PRODUÇÃO DE CUIDADO EM SAÚDE PARA PESSOAS COM CONDIÇÕES CRÔNICAS
26/08/2019
4 – Apresentação:
Para decidir se aceita ou não participar desta pesquisa, o(a) senhor(a) precisa
entender o suficiente sobre os riscos e benefícios, para que possa fazer um
julgamento consciente. Inicialmente explicaremos as razões da pesquisa. A seguir,
forneceremos um termo de consentimento livre e esclarecido (TCLE), documento que
contém informações sobre a pesquisa, para que leia e discuta com familiares e ou
outras pessoas de sua confiança. Uma vez compreendido o objetivo da pesquisa e
havendo seu interesse em participar, será solicitada a sua rubrica em todas as
páginas do TCLE e sua assinatura na última página. Uma via assinada deste termo
deverá ser retida pelo senhor(a) ou por seu representante legal e uma cópia será
arquivada pelo pesquisador responsável.
Da pesquisa
19/5
DANÇA E PRODUÇÃO DE CUIDADO EM SAÚDE PARA PESSOAS COM CONDIÇÕES CRÔNICAS
26/08/2019
espaços além daqueles específicos para o tratamento também pode contribuir para
melhorar a saúde, porque a convivência com outras pessoas, a realização de
atividades expressivas como a dança, as trocas de experiências também são formas
de cuidarmos do nosso corpo. Esta pesquisa visa construir contribuições para o
campo da Terapia Ocupacional, em sua relação com as condições crônicas da
população atendida.
Todos têm alguma noção do necessário para se sentir bem, mas às vezes não
existem possibilidades para desenvolvermos isso. Com essas oficinas, também
acreditamos que as pessoas poderão participar mais do cuidado à sua saúde em seu
dia a dia, com aproximação com o próprio corpo e com o reconhecimento da sua
forma de lidar com a sua vida e suas condições. Além de conhecer as diferentes
maneiras que os outros vivenciam as suas condições crônicas, ampliando modos de
pensar o cuidado à saúde.
Da pesquisa
20/5
DANÇA E PRODUÇÃO DE CUIDADO EM SAÚDE PARA PESSOAS COM CONDIÇÕES CRÔNICAS
26/08/2019
fotografias realizados nos encontros, mas esses materiais só serão mostrados com
autorização dos participantes. Ela também fará um caderno de campo com anotações
de cada encontro que vai ajudá-la a lembrar do que aconteceu e que precisará mostrar
nos espaços das universidades e com profissionais e estudiosos algumas histórias e
pensamentos da pesquisa, e o nome dos participantes será mostrado do jeito que
cada um escolher.
Se aceitar participar deste estudo, o(a) senhor(a) vai ser convidado a dançar e
se movimentar num grupo com outras pessoas adultas. A proposta do trabalho será
preparada com atividades simples, suaves, respeitando os limites do corpo de cada
participante. A proposta não prevê nenhum tipo de intervenção invasiva, nem
exigente.
Da pesquisa
21/5
DANÇA E PRODUÇÃO DE CUIDADO EM SAÚDE PARA PESSOAS COM CONDIÇÕES CRÔNICAS
26/08/2019
A escolha de entrar ou não nesse estudo é inteiramente sua. O(A) senhor(a) tem o
direito de recusar-se a participar e/ou retirar-se deste estudo a qualquer momento e,
se isso acontecer, você poderá continuar participando da oficina de dança sem
qualquer prejuízo ou represália.
Solicitamos sua autorização para que os dados obtidos nesta pesquisa sejam
utilizados em uma publicação científica, meio como os resultados de uma pesquisa
são divulgados e compartilhados com a comunidade científica.
5F) O (A) senhor(a) receberá uma via deste Termo de Consentimento Livre e
Esclarecido.
O(A) senhor(a) não terá qualquer custo, pois o custo desta pesquisa será de
responsabilidade do orçamento da pesquisa. O (A) senhor(a) tem direito a
ressarcimento em caso de despesas decorrentes da sua participação na pesquisa.
Da pesquisa
22/5
DANÇA E PRODUÇÃO DE CUIDADO EM SAÚDE PARA PESSOAS COM CONDIÇÕES CRÔNICAS
26/08/2019
Acredito ter sido suficientemente informado a respeito das informações que li ou que
foram lidas para mim, descrevendo o estudo DANÇA E PRODUÇÃO DE CUIDADO EM
SAÚDE PARA PESSOAS COM CONDIÇÕES CRÔNICAS.
Assinatura do paciente/representante
Data / /
legal
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-------------------------------------------------------------------------
Da pesquisa
23/5
Doenças crônicas
Tabela 5.2 - Pessoas que tinham pelo menos um dos doze tipos de doenças crônicas selecionados,
por Grandes Regiões, segundo o sexo e o número de doenças crônicas - 2008
Pessoas que tinham pelo menos um dos doze tipos de doenças crônicas selecionados
Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Trabalho e Rendimento, Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios
2008.
Nota: Os doze tipos de doenças crônicas selecionados foram: hipertensão; doença de coluna; artrite ou reumatismo; bronquite ou asma; depressão;
doença do coração; diabetes; tendinite ou tenossinovite; insuficiência renal crônica; câncer; cirrose; e tuberculose.