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Anais 1912 VolumeX
Anais 1912 VolumeX
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ANNAES
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VOLUME X
KIO DE JANEIRO
IMPRENSA N ACIONAI.
1913
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KjBLfcACftÇS
OPlClAfS,
91,
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V
f
ÍNDICE
:tnL .
DISCURSOS CONTIDOS NESTE VOLUME
-Vntoiiio Carlos :
Antonio Nogueira :
Augusto de Lima :
Calogeras :
Carlos Maximilia.no :
(Declaração de
voto contra o requerimento do Sr. Souza e Silva
para que o projecto de amnistia a civis e militares vá á Com-
missão de Marinha
e Guerra). Pag. 583.
Costa Itibeiro :
Cunha Vasconcelloa :
Euzo1>io
de A-ndratl© :
1' el in to Sampaio :
Fig ueiredo
Rocha :
Firmo liraffa :
Fonseca Hermes :
Francisco Veigra :
Galeão Carvalha! :
Garção Stoeliler :
Gumercindo Kibas :
Homero Baptista :
Jrlosannah de Oliveira :
Iriuea Maelimlo :
represente a Carnara
(Pedido do nomeação de uma Commissão que
na inauguração do mausoléo do Presidente Affonso Penna).
Pag. 664.
Jaoqnes Ouriciae :
aposentadoria e soldo de
(Confusão existente no Thesouro entre
militares reformados). Pag. 112.
em esteve envolvido.)
(Explicações relativas a factos políticos que
Pag. 628.
Jayme Gomo:
do Congresso de um
(Pedido de publicação no Diário protesto
contra o do divorcio^. Pag. 348.
projecto
•Toíio Vespucio :
Joaquim Piros :
da critica feita
(Orçamento da Agricultura : refutarão por
versos oradores). Pag. 399.
Josiao do Araújo :
Luclauo Pereii-a:
Manoel Borba:
Mario Hermes:
Martim Francisco:
Maurício de Lacerda:
Meira © Vasconcellos:
Mello Franco:
^liguei Calmou:
Moreira lírandão:
IVetto Campello:
Nicanor do Nascimento :
do Batalhão Naval
(Annistia aos implicados nas revoltas e navios
da esquadra, e aos civis e militares envolvidos nos aconteci-
mentos de Manáos). Pag. 393.
Octavio Iioclia :
Osorio :
J?ereira Nunes :
o serviço de
(Orçamento da Agricultura: aprendizados agrícolas
immigração). l'ag. 23.
Presidente :
Pags : 2, tO, 21, 111, 115, 116, 166, 348, 301, 377, 392, 303, 524,
526, 527, 507, 568, 643, 646, 664, 740, 751, 753 e 755.
Baphael Pinlxeiro :
Raul Cardoso :
Tfibciro Junqueira :
Itodolplio Paixão :
Souza e Silva, :
Victor de JSritto :
Oo m missões nomeadus :
Créditos :
Pag. 4.
ltoelaração do voto :
Liicenca :
De um anno,
em prorogação, com dois terços dos vencimentos, ao
bacharel Carlos Dornicio de Assis Toledo, promotor do
publico
Alto-Purús. (Projecto n. 321 A — 1912). Pag. CS8.
Parecerea :
567.
Requerimento :
Commissão
Da Commissão de Finanças, para que seja ouvida a
de Constituição e Justiça sobro o projecto n. 274, de 1912, rola-
tivo a vencimentos de federaes em disponibilidade.
juizes
Pag. 361.
-g»
Abre-se a sessão.
— A Mesa
ü Sr. Presidente providenciará no sentido da re-
clamação feita pelo nobre Deputado.
Em seguida é approvada a acta da sessão anterior.
EXPEDIENTE
Officios:
UEDACÇÕES
N. 109 — 1912
N. 282 A — 1912
N. 286 A — 1912
Sebastião Mascarenhas.
N. 295 A — 1912
'deste
lledacção do projecto n. 29!í, antio,
que autoriza a
final
concessão de licença a Godofrcdo Mendes Vianna, juiz
substituto federal na seeção do Maranhão.
tçario.
projecto
N. 325 — 1912
na margem direita:
virá a a
ponte ser precisa auando se
d° SÍPÓ Para ° Tucano de Pombal
e dahiaoPril,TFrtiS&da
'e ''esYa'
contos pouco1 mais
ou para se Economizar
vao botarfóra quantia'se
oitocentos contos nos
gastos estudos iá ieitos
Ao espirito esclarecido e honesto do Sr. Ministro da Viacãò
chamo attençlo para as allegações que venho de fazer
margem esquerda
se nounaHrconstru
poupa a constiucçaocã^d^mnV™^^
cie unia SJela
ponte, daqui a nninzp muns
exige-se desde já a construcção de vários
p0nti?hões nos se
guintes riachos que a estrada terá de atravessar indo
margem net
esquerda: rio Quente Paus finnnM iA™- £
ciatá, Catusinho, Araticum e Capoeira'. Tudo isto S Hartios
a Itaplcurú> os cl"aes
se terá de transpôr
Som pontííliões?8
Sr. Presidente, o que, sobretudo, a mim oareceu «xmii
* h" '"alr° ™
V-taSSÍ
Funis?
via->a
constantemente
nód f 1^? ao
sol (!^'áSintemnerie0,não'
C0IP a de «Wem lá uma
\ez
vez Derco^re
percoire a estrada
^estrada com fnHn
ioda aa eommodidade
e findo o nas-
'inventaram
até a8fSST^Ít Sa - l
ponte, quando é certo
que bem proximamente
ao íocal em qfit
ellfa terá de ser construída daqui a quinze annos e aue será
Uma gUa aC'ma d° Sipó' ha em abun-
dane™ P«dra
Construindo-se
a estrada pela margem esquerda, ella em
todo o seu
percurso tocará apenas na villa de Itapicurú, ao
' -
I
ser a menos de dous ldloipetros ou três a montante do
i
li ANNAE8 DA CAMA1U
escolas primarias.
gula ?
de Rezende — Technica
O Sn. Carneiro profissional.
ORDEM DO DIA
PROJECTO
N. 324 — 1912
providencias
(3" discussão)
EMENDA
(3" discussão)
EMENDA
(3a discussão)
I
SESSÃO EM 18 DE SETEMBRO DE 1912 25
O Sr. Pereira — e
Nunes
que foi convidado para dirigir
a Escola Superior Agricultura,
de que irá funccionar em prédio
proprio e cuja inauguração, consta-me, se fará era
abril.
O ensino ambulante já se vae fazendo com vantagens.
O contractados
ministério tem
12 especialistas, em
que
excursão por diversas zonas do interior dos Estados, ministram
instrucções em conferências o ensinamentos ao alcance dos
agricultores.
pequenos
agrícolas — Estão fundados
Aprendizados e funccionando
desse genero onde se
oito estabelecimentos preparam os mestres
de cultura que irão substituir os antigos e boçaes feitores.
Já funccionam Bahia, Rio os
Grande da
do Sul, Minas,
Pará, s. Paulo e Santa Gatharina.
Maranhão,
AlagOas,
— Já está funccionando
Escola de lacticinios a de S. João
d'El-Rey de Minas K
(Estado
— Estes institutos
Campos de demonstração de demonstra-
de cultura, verdadeiros laboratorios,
ção dos methodos abertos
e á pratica das nossas principaes
ás experiencias plantações,
em numero de 7, nos seguintes Estados:
,já estão funccionando,
Grande Norte, Parahyba, Minas, S. Paulo, Santa Ca-
Rio do
tharina, Rio de Janeiro e Sergipe.
Estações experimentaes de canna do assucar — A de Per-
em franca actividade e a de Campos, em con-
nambuco, já
devendo ser fundada uma no Sul para cultura do
strucjção,
trigo.
SESSÃO EM 18 DE SETEMBRO DE 191S 29
A
primeira sementeira, realizada em 30 de março de 1911.
possue hoje dous milhões de mudas de «arvores fructiferas»,
do «ornamentação» e de «conservação das florestas».
Esse horto já distribuiu aos Estados 273.(522 mudas.
Os estabelecimentos de culturas especiaes também já
existem.
As Estações Experimentaes da Canna de Assucar em Per-
nambuco e em Campos...
Pet'doe-me a Camara,
vT perdoem-me os Sr. Presidente,
„
sua ouvem
attenção com
ociosa o
temno8 rmr>
Pm,5ue fhn«que
lhes ,me
™ .roubo, a incommodidade
que proporciono a
o». EEx. com esta descripção fatigante...
com a
concessão do auxílios o favores especiaes, definidos no
de PvOVOament°. approvado
pelo de-
ÍX
creto n™?%?°h!T,JC0
n. 9.081, de 3 do novembro de 1911.
O auxilio de passagens, alóm de facilitar a selecção,
também concorro incrementar
para o movimento emiaxatorio
do exterior para o paiz.
Portuguezes 47.493
Hespanhóes 27.141
Italianos 22.914
iRussos 14.013
Turco-arabes 6.319
Allemães 4.251
Austro-húngaros 4.132
Brazileiros 2.392
Francezes 1.397
Inglezes 1.157
Suecos 1.116
Argentinos 624
Barbadenses 293
Belgas 293
Norte-americanos 275
Gregois 250
Hollandezes 247
Suissos 229
Vol. X 8
34 . ANNAES DA GAMARA
Uruguayos 229
Bolivianos 163
Diversas 1.039
Total 135.967
de diversas nacionalidades.
Em núcleos coloniaes ou eolonias, custeados pela União ou
ella auxiliados, o recenseamento feito em dezembro do
por
anno proximo passado accusou a seguinte população estabele-
cida depois da creação do Serviço de Povoamento:
Famílias Pessoas
Diversas colonias:
1.013 6.204
Antigas
o as co 3.0 a-o as I h
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SESSÃO EM 18 DE SETEMBRO MS 1912 37
rentes.
O Sr.
Moniz de Carvalho — Permitta-me a Camara que,
Vencendo justos e legítimos escrupulos, ao tomar parte neste
debate, que resvalou para um terreno ingrato e pessoal, comece
fazendo declarações peremptórias, categóricas, depois das quaes
possa com inteira liberdade e franqueza manifestar meu pen-
samento, como impõe a culminancia desta tribuna, onde se
roflecte a opinião nacional nas suas legitimas aspirações.
Estas as faço
declarações
porque é necessário destruir a
subversiva a pessoa dos Ministros com
doutrina
que confunde
a matéria em discussão nos debates orçamentários, escure-
cendo assim com nuvens de suspeitas infundadas o aspecto
transparente e límpido da discussão mantida com superiori-
dado e som interesses subalternos ou inconfessáveis.
Meu
partido, quando desfraldou o programma, que consti-
tue um
evangelho para aquelles que a elle são dedicados por
idéas e por acção, não podia confundir matéria de estudo e
discussão do Parlamento com a 'pessoa de alguém.
O de Carvalho—
Sr. Moniz
... porque, a estabelecer-se
a doutrina que infelizmente vejo patrocinada, acceita e julgada
por muitos dos mais distinetos oradores que teem occupado a
tribuna sobre a matéria orçamentaria, dar-se-d uma coacção
moral a que não se ,podem submetter os espíritos acostumados
ao cumprimento do dever, presos a essa lei superior que é a
lei do respeito á própria consciência e á observancia estricta
dos proprios conceitos.
Portanto,
quando a minha opinião neste momento não
representasse um principio um traço da legenda,
partidario,
do lema do meu partido, uma côr da bandeira á cuja sombra
estou abrigado; quando minha oipinião aqui não revelasse1 o pen-
samento, o sentir e o conceito do chefe do meu partido, Ira-
duziria a palavra do Governo; e não podia haver, certa-
mente, para mim posição mais commoda, mais agradaivel, mais
consoante com a minha sinceridade e consciência do que esta,
ao lado dio> pensamento do Sr. Presidente da Republica, a quem
com dedicação apoio. (Muito bem.)
Diz S. Ex.:
para o
paiz.
Indubitavelmente, é preciso fazer alguma cousa, fazer
muita cousa mesmo, consoante ao período de expansão que a
Republica attingiu; estimular as iniciativas meritorias; fo-
mentar o desenvolvimento agrícola e industrial;
provocar o
da Agri-
S. Ex., elaborando o parecer sobre o Orçamento
Mi-
cultura, consignou muito mais para as despezas do que o
nistropedira; e nesta 3a discussão ainda augmentou conside-
ravelmente as verbas. Assim 6 que se chega a esta curiosa si-
tuação: nesta quadra em que se reclama com estardalhaço_a
necessidade reducção de despezas,
da o projecto da Commissão
cional.
Nestas condições, quando surgiu inopinado o pavor desses
deficits, dominou illustros collogas, muitos dos quaes com
que
oollaboração na Commissão de Finanças, sendo aliás ainda
fácil impedir suas desastrosas consequieincias, procurando-<se de-
cisiva e criteriosamente diminuir as consignações approvadas
em 2a discussão, vô a Camara com surpreza o projecto em
SESSÃO EM 18 DE SETEMBRO DE 1912 53
O Sr. Moniz de —
que está, Carvalho
porém, em dis- O
cussão é o Orçamento da Agricultura o
parece-mo que sómente
-orientar-me
podem a proposta e as tabellas apresentadas pelo
respectivo ministro a esta camara, indicando as consignações
distribuindo-as.
O Sr. Moniz de
Deputado quer obri- Carvalho—O nobre
gar-me a fazer um discurso formal, quando estou apenas pa-
lestrandio' (para esclarecer meu espirito e revelar minhas convi-
cções ® duvidas. '!
Assim é
que eu chamava a attencão da Camara para este
facto da maior significação, da maior responsabilidade e gra-
vidade: —o orçamento em discussão excede, nas consignações,
ao orçamento vigente em 300:000$, ouro, e 5.811:000$ papel ;
vae aiém, consigna a mais, entre a proposta do Ministro e o
trabalho da Commissão, 3.630:000$, papel.
O
projecto para esta discussão orça a mais do que o pá-
reoer apresentado, isto é. mais do que «quillo que foi submet-
tido 'ao ao veredictum da Camara, e approvado como
juizo,
necessidade publica, 2.149:400S>000.
Quer isso dizer que a Commissão de Finanças, afastando-se
ou não se compenetrando dos deveres que lhe impunham as
condições difficeis e prementes do Thesouro Nacional, resol-
veu trilhar no sentido compromettedor do erário publico, ag-
gravando sua situação, ao envez do decisivamente cortar os
serviços adiaveis e reduzir as despezas dos organizados para
chegar ao equilíbrio da despeza o receita.
Deste conceito ou censura não pôde escapar a Commissão
de Finanças, salvo aquelles de seus membros que protestaram,
que assignaram com restricções o presente orçamento com-
propriedade e custeio
do Estado, quanto ao Ministro da
quer
Agricultura,quer quanto a qualquer dos outros, porque con-
stitue uma despesa abusiva, que o Thesouro actualmente não
comporta e contra ella reclama a collectividade, de que é
Camara representante dirocta.
A dava 1.029:580$ o gabinete do ministro,
propósito para
e dependencias. Lembro a rcducção, de 10:000$ para 5:000$, na
consignação relativa a artigos do expediente para o gabineto
do Ministro, porque se trata de uma repartição ha pouco com-
ptetamente organizada e, si se fôr consultar os dous últimos
;
orçamentos, verifica-se as consignações elevadas foram
que
justificadas precisamente por se tratar então da organização da
repartição e haver necessidade de comprar muitos objectos
60 ANNAES DA CAMARA
que hoje ,já foram adquiridos. O bom sonso indica que não é
possível que um gabinete já organizado precise do urna con-
signação igual á quo se votou para a organização dessa re-
partição ; para tal custeio, sem esbanjamento, bastam
5:000$000.
Reduzo também as diversas verbas de material e supprimo
o almanack do Ministério da Agricultura, si cada
porquej,
ministério tivesse o seu almanack e os legisladores fossem
obrigados a acompanhar o movimento dessaspublicações offi-
ciaes, nada mais faríamos dio que ler almanacks.... (Risos).
Si esse
existepessoal contractado, como aliás presumo e
acredito, porque a consignação ó pedida pelo Ministro, e o Mi-
nistro não a proporia si não houvesse tal pessoal contractado,
nada teria a dizer si, na proposta da despeza, se mencionasse
o numero, funcções, condições e exercício de tal pessoal, afim
de não parecer que com tal verba o Ministro pretende exercer
a seu alvedrio a attribuição, privativa do Congresso, de crear
empregos e marcar arbitrariamente vencimentos de empre.-
gados.
Entretanto, o que parece 6 que ainda não está assentado
tal pessoal, nieim o exercício de isrna funcção, si
porque, já
estivessem, o Ministro com lealdade o diria ao Congresso e o
convenceria de sua necessidade com razões calariam no
que
espirito da Camara.
— A verba não é
G Sr. Antonio Moniz só para pessoal
contractado; ella comprehende instructores...
SESSÃO EM 18 DE SETEMBRO DE 1912 63
O que se presume de
tudo isso ó quie esse pessoal ainda
não existe; é pessoal de que o Ministro poderá ter precisão,
mas ainda não existe localizado, como dizem os engenheiros,
funccionando, prestando serviços ao paiz.
Na verba
quanto «ao 3a,
pessoal», nada não
proponho,
reduzo nem altero o pessoal, porque não poderia saber qual
é o funccionario que é necessário e qual o supérfluo, neste
ou naquelle departamento. Mas quanto ao « Material», venho
suggerir uma pequena e razoável economia.
O Sr.
Moniz de Carvalho — Não estou supprimindo ser-
viço» ahi
; estou apenas reduzindo alguma cousa delles, cousa
aliás muito pouca ; a é em um orçamento de
prova que
1.200:000$, ouro © 28.555:000$, venho suggerir a re-
papel
ducção apenas de 8.000:000$, muito prudentemente...
mais de 30 % ?
Muito
a proposito, peço licença á Camara
para ler succulen-
tos trechos do ultimo «Retrospecto Gommercial», publicado
nestes dias, sob a responsabilidade da conceituada redacção do
Jornal do Commercio.
Neste importante repositorio da vida financeira, economica
e commercial paiz, revigora a do
minha convicção de dever
prestar lealmente minha collaboração â obra patriótica do
Parlamento, reduzindo as despesas e correspondendo assim
aos intuitos superiores do Sr. Presidente da Republica.
A Gamara deve attender que « nos
a últimos tres annos, de
1908 a 1910, o déficit orçamentário se elevou, sem contar o
saldo dos depositos, que corresponde a emprestimos, ;l somma
colossal de 201.212:597$672.»
«A divida externa, que, quando se contrahiu o fundino-loan,
era de £34.697:300, se eleva em 1911 a £85.439:677, ou quasi
o triplo.»
«A divida interna fundada, que era de 595.737:300$, passou
a ser de 002.439:600$; e a divida fluctuante, que se expressava
em 153.527:910$, anda em cerca de 275.188:431$000.»
Na expressão eloqüente destes algarismos, encontra a Ca-
mara a razão
plausível do meu papel nesta tribuna, suggerindo
os córtes possíveis e razoaveis, que se impõem ao patriotismo
e á prudência do parlamento.
Para esta cruzada conto, antes de qualquer outro, com
o concurso do laborioso e honrado Ministro da Agricultura, que
não permittirá que as difficuldades financeiras do paiz au-
gmentem desordenadamente pana satisfazer-se ostentações in-
opportunas e excessos adiaveis.
Examinando a sub-consignação: — Material —, se
que
eleva a 320:000$, sem explicações na tabella da
plausíveis pro^
Vol 5
66 ANNAES DA GAMARA
São
eoonomias, como so vê, pequenas, catadas aqui c alli
como quem está catando araçá em vasta plantação. (Risos.)
Verba 10. «Junta Commercial» — Material:
aoquisição e
concerto de moveis, 6:000$000 ».
Nessa verba venho suggerir a pequena economia de 4 :000.?
porque reconheço que ó um serviço importante, bem orga-
nizado e util.
|criadores.»
Tenho grande e justa quizila ou embirramento com e3ses
favores pessoiacs, que são reconhecidas armas de corrupção, ele-
mento para a exploração insopitavel dos bem recommendados
Trata-se do um serviço
ainda incipiente, o qual me
parece
deveria expandir-se paulatina o prudentemente, com o vigor
da própria acção, conquistando e crescendo, sem tão
grande sa-
crilicios tio Thesouro no presente momento.
Entretanto, respeitando >a organização pomposa que foi
dada a esse serviço, limito-me a suggerir uma reducção
nesta verba de 474:800$ apenas, sem o serviço
perturbar e
mantendo o pessoal já figurado, supprimindo sómente a crea-
ção de enfermaria veterinaria de Bello Horizonte, cuja despesa
annual de 31:800$ não é compensada serviço
pelo que possa
prestar.
Si ha de acontecer o que se está dando com o Collegio
Militar de Porto de Alegre,
que se quer, por economia, mandar
fechar, depois
gastar-se de
mais de mil contos, é melhor que
não se_crie essa enfermaria veterinaria, não ser
para penoso
amanha mandar fechal-a, pesando então sobre o thesouro
já
a carga absurda dos empregados iem disponibilidade, re-
que
o descaso dos governos
presentam pelo erário publico e signi-
ficam le dernipr cri do parasitismo legalizado.
Muito eu teria a dizer a respeito desta verba si o tempo
me permittisse entrar em detalhes sobre as necessidades e re-
sultados desse serviço, cuja disseminação muito util deve ser
no -Brazil sóbria, ,e modesta, tanto são e re-
quanto pobres
duzidos ainda os nossos centros criadores a se deve at-
que
tender.
0 da pesca,
serviço tal como foi organizado, não recom-
menda a
competencia de quem o elaborou, que não foi cer-
tamente o honrado Ministro, todo mundo sabe
porquanto que
esses trabalhos massudos são feitos candidatos
pelos ou di-
rectores nomeados. De ordinário, taes
quem elabora regula-
mentos com o interesse dárecto de ser collocado, sem calma
e nao tendo a comprehensão nitida de elementos,
todos os
que muitas vezes colliidiem com os interesses communs e geraes,
organiza mal, querendo organizar bem, de auto-
pelo excesso
ridade que se attribue. Não pedirei a suppressão desta verba,
mas sim a suppressão de muita cousa inútil.
que me parece
Não concordo com a compra de navios nelles
piara se manter
escolas, despendendo-se com o seu custeio o absurdo de 800
contos annuaes, quando se fechar Escola Militar de
quer a
Porto Alegre, que custa 600 contos, porque o Thesouro não
tem dinheiro.
ORDEM DO DIA
3u
discussão do projecto n. 279, de 1912, autorizando a
abrir, Ministério do Interior, o credito extraordinário de
pelo
4:200.? ouro, do prêmio de viagem conferido
para pagamento
ao Dr. Carlos Leoni Werneck ;
SESSÃO EM 19 DE SETEMBRO DE 1912 85
2" discussão
do projecto n. 325, de 1911, mandando con-
siderar para todos os effeitos, por acios de bravura praticados
na campanha de Canudos, com antigüidade de 15 de novembro
de 1897, a: promoção do Io tenente do Exercito Francisco das
Chagas Pinto Monteiro, a este com da
posto; parecer Com-
missão de Finanças;
3a discussão
projecto n. 320 A, do
de 1911, considerando
de utilidade publica a Associação Commercial da Bahia; com
parecer favoravel da Commissão de Constituição e Justiça;
Discussão única do projecto n. 303, de 1912, autorizando
concessão de licença a Mario de Souza Carvalho, desenhista
da Estrada de Ferro Central do Brazil; com emenda da Com-
missão de Finanças;
Abre-se a sessão.
seguinte
EXPEDIENTE
Officios:
Do Sr. Io Secretario
do Senado, de 18 do corrente, envian-
do a emenda daquella
Casa do Congresso Nacional á proposição
desta Camara autorizando a abertura, pelo Ministério da Fa-
zenda, do credito supplementar necessário ao do
pagamento
juros e mais despezas do emprestimo de 60.000.000 de francos
ou de £ 2.400.000.— A' Commissão de Finanças.
Do mesmo senhor, de igual data, remet,tendo dous auto-
graphos devidamente sanccionados das seguintes resoluções do
Congresso Nacional:
Autorizando ao a
Ministério abrir
da Justiça e Negocios
Interiores 40:000$ de
o para acquisição de uma embar-
credito
cação apropriada para conducção de enfermos de bordo dos
navios surtos no porto desta Capital;
Autorizando a concessão de sci3 mezes de licença, com
ordenado, ao praticante de 1" classe da Renartição dos Correios
do Estado da S. Paulo Edmundo Dantés dos Santos Pereira;
SESSÃO EM 19 DE SETEMBRO DE 1912 87
PROJEGTOS
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92 ANNAES DA CAMARA
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94 ANNAES DA CÂMARA
PARECEU
N. 111 — 1912
PROJECTOS
N. 278 A — 1912
Vol. i
91> ANNAES DA CAMARA
¦
i±i!
Sala das Commissõcs, 18 de setembro de 1912.— Homero
Baptista, vice-presidente.— Felix Paclteco, relator.— Anto-
nio Carlos.— fío-uL Fernandes.— M. Borba.— Galeão Car\-
malhai, vencido por entender que deve ser approvado o projecto
do Senado que concede a licença com todos os vencimentos.
N. 278 — 1912
( DO SENADO)
N. 326 — 1912
N. 327 — 1912
Autoriza o Presidente da Republica a aposentar Alberto Lima
da Fonseca, escrivão da 5a Vara Criminal do Districto
Federal; com emenda additiva da Com,missão de Finanças
A Commissão de Constituição e Justiça, a que foi presente
A'bert0 Lima da Fonseca,
VnrQ^rwííínQi a ^ escrivão da 5*
Vara Criminal desta Capital, pedindo aposentadoria com todos
"el°—•J»
MS!6»¦'MST0"
a) que o requerente, em 23 de
agosto de 1904 e no edi-
ficio do extineto Tribunal Civil e Criminal, íôra victima de
um accidente, quando alli se achava no exercício de suas fun!
de cseriv5° da Câmara Criminal da-
2tfh,™uef0as
qucIIg^ ti iburitil o passâTcim n sor eis do seu cfirfirrv irfnnl nnr
oocasiao da reforma da Justiça do Districto Federal de 1905;
r'irIVer«nte, em consequencia do faliado
Accidente n
í?i(,.nK ¦' 9m estado de mvahdez, que o tem impossi-
^ * imP°ssibilital"° de exercer
as Seções dl seTcavgo
8erventuari°s de officio de
n= q^„o'nòr-Inó .^S justiça perderão
uy oLUo C/U.! Í5OS •
PROJECTO
tadoria, mas de
pensão justificada. rvimiml
da 5a vara Lriminal
Alberto Lima da Fonseca, escrivão
em 1909, ao Congresso Nacional
do Districto Federal pediu,
todos os vencimentos, por se ter tautiluadô
aposentarão com
Governo nessa
em As informaçoes prestadas pelo
gerviço.
SESSÃO EM 19 DE SETEMBRO DE Í912"' 101
Additivo no art. 1a
Sr.
O Calogeras {pela ordem) —Sr. Presidente, mando ;l
realidade.
Pois bem, um dia ella vendeu essa cabrita por 5$, com-
projecto
Verificado,
porém, esse engano, a Mesa procurou fazer
com que esses papeis voltassem daquella para esta outra com-
missão. Isso não se deu ainda; a Mesa providenciará, pois, para
.que o engano se corrija no mais breve prazo possível. (Muito
bem !)
reformados.
São entretanto cousas muito distinctas.
razões porque.
Não só esta resolução como outras, do proprio projecto
de aposentadorias em discussão nesta Camara, confundem pre-
soldo de reformados com vencimentos do apo-
judicialmente
sentados, quando são cousas inteiramente diversas.
PR0JECTO
® Sr. Presidente — O
, ¦ projecto fica sobre .a Mesa até ul-
tenor deliberação.
Tem a palavra o Sr. Rodrigues Salles Filho.
<C
^r" Salles Filho — Sr. Presidente, posto que
^°^riffues
ser breves as considerações que tenho a fazer desta
es°assos cinco minutos
•i iinJla'rin0tS- que faltam para terminar
a0 0XPecllonte, ser-ine-hia impossível
Iin . tratar
'iH0 reservo-me a
si m! ?A P ? para sessão do amanhã,
si mo fôr obter
possível a palavra.
ORDEM DO DIA
(3" discussão)
Onde convier:
Acquisição, transporte e
de plantas e sementes
distribuição
compreliendendo o
pagamento de gratificações ao pessoal ex-
traordinario empregado nesse serviço — 300:000$, accrescente-
se to fine: inclusive 20:000$, para a Sociedade Nacional de
Agricultura, pela manutenção de serviço da mesma natureza.
Ao art. 6o:
Supprima-se.
Oode convier:
Na verba 18":
Na verba 16":
Diga-se 100:0009000.
Diga-se 250:000$000.
Diga-se 150:0008000.
Ficando a consignação total em 748:000$000.
Nascimento.
Sutrahindo:
Da sub-consignação I, 75:000$000.
Da sub-consignação II:
Nascimento.
a — Material — a 100:720$000.
Reduza-se consignação
Deduzindo proporcionalmente nas sub-consignações, acqui-
Nascimento.
Na verba í3":
da sub-consignação.
Na verba 14*:
a verba a 100:000$000.
Na verba, n. III:
Reduza-se a 50:000$000.
Onde diz:
Diga-se:
Em vez de:
Onde diz:
Diga-se:
Onde diz:
Diga-se:
Onde diz:
Diga-se:
Onde diz:
Diga-sei:
Onde convier:
Salas das
sessões, 16 de setembro de 1912. — Domingos
Mascarenhas. — Osorio. — Gumercindo Ribeiro. — João Ves-
pucio de Abreu e Silva. — João Benirfo da Silva. — Victor de
Britto.
Onde convier:
nheiro.
Accrescente-se in fine :
Ao art. 1°:
Verba 1* n. IV:
Onde se diz:
!
126 ANNAES DA CAMAIU
Ao art. 1°:
Verba 1* — I do ministro:
gabinete
Onde se diz:
'A
verba n. 1 do ministro — substitua-se pelo
gabinete
seguinte:
Gabinete do ministro:
Na verba I:
á inspecção da Pesca.
EMENDAS
(Não acceitas)
Onde convier:
N. 2
N. 4
N. 32
Realmente, não
na primeira, mas só
também na segunda,
em meu espirito
affirmava se
a convicção de que a discussão
do orçamento da Agricultura tinha sido um
arrastada para
terreno ingrato. Embalde eu interrogava a razão do apaixona-
mento dos espíritos e do animo de intolerância da de
parte
alguns na discussão travada a respeito de um assumpto, no
qual nunca 6 licito si não manter a maior concordia entro
quantos desejam disputar a gloria de concorrer a boa
para
marcha dos negocios públicos, em um paiz organizado as
sob
normas do regimen representativo.
O Sr. Victor
Britto —de ... tive a opportunidade de
uizer que o fazia, não só em nome das necessidades financei-
ras cio momento mas
ainda em nome dos
princípios radicaes da
política republicana em que fui educado.
Si volto, pois á tribuna apresentar novas
para emendas
orçamento da Agricultura, são ainda os mesmos os senti-
mentns
que me animam, principalmente no tocante ao
problema
132 ANNAES DA GAMARA
com S. Ex.
pela sua
se acção tem imposto
© moraes, que
nos negocios administrativo
do confiado
departamento
efficaz,
Tanto mais eu não e não devo fazer
á sua direcção. posso
outro conceito do nobre Sr. Ministro da Agricultura, quanto
librio deve ser economico. Mas o equilíbrio não pôde ser sinão
si um paiz gasta demasiadamente, a recorrer a
arithmetico:
é-lhe preferível reduzir as despezas. Nada arruina
dividas,
uma nação do que as dissipações financeiras.
mais
E' uma verdadeira destruição de capitães, em grande de-
'Agora,
o problema da colonização.
Como disse, Sr. Presidente, a colonização é uma das partes
do problema do povoamento.
Consiste na localização do immigrante, e é precisa-
mente do methodo, dos processos empregados para esse ser-
viço, que dependem os da colonização. resultados
Um paiz que não sabe localizar o seu immigrante, que não
tem boas leis para garantir a liberdade e a propriedade, não
pôde esperar bom êxito em serviço desta naluaeza.
Ha aqui, porém, uma questão constitucional, para a qual
peço venia para chamar a attenção dos nobres Srs Deputados.
Vou demonstrar que o problema da colonização não pôde ficar
a cargo do Poder Federal da União.
Ha uma disposição constitucional que transfere á proprie-
dode dos Estados as minas e terras devolutas, situadas em seus
respectivos territorios. E' o art. 64 da Constituição.
a colonização só pôde ser feita nas terras devolutas,
_Ora,
a não ser que se trate de colonização particular.
O Sr. Nicanor no Nascimento — Foi violando esta regra
constitucional que, este armo, o Ministério da Agricultura com-
prou uma fazenda 110 Paraná. (Trocai,i-se outros apartes.)
"Vigtor
O Sr. de Bruto —V. Ex. vô que, no modo como
me tenho enunciado sobre o da immigração, eu me
problema
revelo identificado com a orientação do meu partido.
São incontestáveis os inconvenientes dos apartes, arras-
tando-nos
para pont.o differente, justamente quando se va« for-
mulando um raciocínio.
^ ^R" ^'ICT0H
Britto — O nobre Deputado
DE
i.™ que tanto me
os meuseus
amigo o Sr. Raul Cardoso,
ece-me partes,
o ensejo de desviar o rumo de
, meu discurso para
(Joutrma, com a qual melhor responderei
fq !faC ^ aos
apartes ae o. jlx.
regimen em vivemos,
que o federativo, o
visceral, principio
substancial, nao se contem, não reside no Poder Fe-
dera], na União, reside, sim, nos Estados. Eu havia es-
já
cnpto seguinte antes de ler Boutmy
.o : o que caracteriza a
essência do regimen federativo são os Estados com as isuas
organizações autonomas, cada qual representando um dos
orgaos da vida vegetativa, na qual está a verdadeira vida na-
cional, ao o Poder
passo que Federal, a União, representa o
apparelho da vida de relação, o systema nervoso encephalo-
meduljar do organismo federativo.
São idóas
que eu já havia enunciado de publico, antes de
as ler no
admiravel livro de Boutmy, que tenho á mão, no qual
esse eminente escriptor faz o confronto das constituições da
1 rança, da Inglaterra e dos Estados Unidos.
illustrq collega.
que : só
pertencem á União' os territorios necessários, «indis-
feito...
— Fazendo merecimentos
Um Sr. Deputado justiça aos
do V. Ex. (Apoiados geraes.)
SESSÃO EM 19 DE SETEMBRO DE 1912 145
— Continúa
a discussão do projecto
^e.?ldente
ruris otium.
perando aleatorios
fructos do suor longo, abundantemente dor-
ramado, pôde,não
certamente, entoar, como na bucólica an-
tiga, o bcatus ruris otium, o otium, muito differente daquelle,
Sr. Presidente, que o maiituano su&pirava gozar sub
poeta
tegmine {agi; porque 6 substituído sempre pela labuta
quasi
incessante sob o sol inordente ou os ri goras da intemperie das
invernadas.
A classe agrícola, Sr. Presidente, da qual alguns governos
modernos procuram jactanciosamente parecer orgãos, é, en-
tretantcs do nosso operariado social o grupo talvez monos
favorecido...
pitalista...
piorada.
Mas porque ?
Não é porque não foram empregados os meios ; é porque
tal não se ajustava ao nosso sólo.
produeto
O trigo em alguns Estados, como o do Rio Grande d Sul,
Paraná o Santa Catharina, é um cereal altamente remunera-
dos dos esforços do homem...
E\
portanto, na industria pastoril que fundo as minhas
(mmediatas esperanças como força economica do Estadd do
Minas.
.
SESSÃO EM 19 DE SETEMBRO DE 1912 , 155
pôde fazer.
de auxiliar os fazendeiros
para o presente exercício, afim pos-
suidores de mais de 500 cabeças de gado, na construcção de
banheiros com insecticidas, além de insufficiente, por não
plasmose.
geral.
não só lado da uti-
Fica desta fôrma, provado que, pelo
necessidade de dissemmaçao, no
como da urgente
lidade pelo
de banheiros com insecticidas, a pro-
territorio da Republica,
deste problema de
apresentada offerece, para solução
posta dos
de vista da protecçao samLaria
alto interesse sob o ponto
devendo, merecer todo
animaes, vantagens irrefutáveis, pois,
iniciativa da Umao, que mui
apoio, sem deixar a exclusiva
o
difficilmente se fará sentir.
compromette:
territorio da Republica;
o
de reproduetores, ou de
III, garantir aos importadores
raças seleccionadas, bem como a exportadores, a
animaes de
não introduzem em seus campos, no meio de
certeza de que
nem exportam
seus rebanhos, animaes portadores de moléstias,
livremente transitar, coroando
animaes atacados, que podem
os seus esforços e despendioso sa-
dos melhores mosultados
crificio;
animaes;
SESSÃO EM 19 DE SETEMBRO DE 1912 163
"V,
tornar obrigatorio o serviço e uso dos banhos insecti-
cidas e a fiscalização dos animaes em tratamento;
VI, criar e manter um serviço de estatística, pelos rela-
tonos apresentados semestralmente, senão perfeito, pelo
menos, igual ao dos outros habilite o Governo
paizes, que a
determinar, em momento dado, o numero>, idade, raça, sexo è
especie dos animaes existentes nestes Estados, e da mesma
lorma o que tiver sido importado e exportado.
Sem despezas
para a União, sem pesado sacrifício para os
particulares, mediante apenas uma pequena contribuição, sem
\ alor e tsein importância, a proposta traz em resumo as vanta-
gens e bcneíicios já mencionados:
completamente a tristeza
V „exti?SU0 (pyroplasmoso')
0 P01' conseguinte,
o orçamento
•i H .nnhn ^lcultura' geral
' Pesadas verbas votadas
a criação, in-
«tn-iiln* ! para
stallação e manutenção de postos de observações zootechnicaa,
de seu pessoal e do pessoal de fiscalização.
assignado exposto,
polo com clareza e verdade,
ri5n ? ^aixo
f„av0/es maiores e nem iguaes, á somma de sacri-
?£LP„
ne,m a somma do vantagens
tSl í i der- o boneficio.s
de seu trabalho e
4cla,ccao polo vasto terri- esforço,
Es^ad?.® !'f eridos
que se tornaram em pouco tempo
com
medidas, conscienciosamento executadas e seve-
ninimt r
. lOS miaiores da -Vinería»
aI/
Antônio ? , ,as' productores
Andrade Ribeiro da Almeida. Amenua,
ANNAES DA GAMARA
164
BANHEIROS
Orçamento
Despezas preliminares:
Somma 550:000$000
Somma 784:000*000
Transporte:
Verba 100:000|000
Somma.............. 1.069:000$000
SESSÃO EM 19 DE SETEMBRO DE 1912 165
Hceeita annual
Exportação:
Importação:
Somma 1.092:000$000
Transporte:
Somma 1.128:000$000
16* ANNAES DA GAMARA
Resumo
Saldo-Somma 59:000.$000
., hmenda
Ao projecto n. 61 B, de 1912
(3a discussão)
Onde convier:
O Sr.
Presidente -— Da série de emendas apresentadas
liontem pelo Sr. Moniz de Carvalho e que lidas, não
vão ser
podem ser acceitas as parte.3 relativas: á verba 1° « suppres-
siva do auxilio para aluguel de casa»; á verba 3", «reduzindo
0. numero de inspectores e ajudantes de inspectores da colo-
nizaçao»; á verba 6a, «reduzindo, na Defesa Agrícola, os aju-
dantes de inspectores»: á verba 11", «suppressiva do ajudante
do superintendente da typographia»; á verba 17°, «diminuindo
o numero de serventes
e veterinários e supprimindo o posto
de observação e
enfermaria em Bello Horizonte»; á verba 18",
«reduzindo o numero do ajudantes de inspectores»; e á verba
19", « suppressiVas do Horto Florestal, das escolas permanentes
de lactíôinios e dos cursos ambulantes».
EMENDAS
Ao projecto n. 61 B, de 1912
(3° discussão)
Idem do
jardim, diga-se: 6:000$000.
Auxilio ao porteiro para aluguel de casa: supprima-se.
Para o serviço de registro genealogico de animaes, o qual
.
Verba 6a — Despeza especial — Pessoal: onde se diz: 23
ajudantes-inspectores, diga-se: 12; onde se diz: 133:000$
diga-se: 72:000$000. '
Material — Publicações, etc.—Onde se diz: 145:000$
diga-se: 80:000$000.
Gratificação ao pessoal, etc.—Onde 300:000$,
se diz:
diga-se: 100:000$000.
Diarias, despezas imprevistas, etc.—Onde diz:
se réis
480:000$, diga-se: 200:000$000.
d° írÍS°' etc-~ünde se diz: 57:000$, diga-se:
30-000$000a
6a — Acquisição de machinas,
... Lerba etc. —Onde se diz:
200:000$, diga-se: 100:000$000.
Delegacia do Acre — Diarias,
despezas miúdas, etc.— Onde
se diz: 160:000$, diga-se: 100:000$000
Defesa agrícola —Extincção
. de gafanhotos, etc.— Sup-
prima-se. 1
Reduzida, assim, a verba em 933:000$000.
Serviçogeologico — Material:
notcIflSi T gratificações do
eran0' °nde Se dÍZ: 120:000$' di»a"se:
50^000$000
Reduzida, assim, a verba em 70:000$000.
á de Geographia, accrescente-se
,?ociedade in fine
f devendo
publicar uma memória». '
Reduzida, assim, a verba em 210:000$000.
ANNAES DA CAMARA
Iledija-se assim:
J? (£, f-j v
Sr. Nilo Peçanha o obrigaram a commetter um erro adminis-
irativo, do cujas conseqüências soffreu a economia agrícola.
k.esse erro ter o Vice-Presidente
, em exercício rompido
a tradiçaoque seu antecessor vinha firmando e, desde logo,
installado o ministério creado em lei,
cujo funccionamento in-
tegral estivera adiado ató então.
O Sr. Cândido
Rodrigues, que todos nós conhecemos como
um espirito
ponderado e temperamento de administrador, no
Ministério da Agricultura confirmou o juizo que de S. Ex.
todos nós fazíamos.
Esse
era, aliás, o proprio pensamento da lei creadora dos
serviços, que, em seu art. 4°, § 2o, dizia claramente: «Serão
organizadas ou remodeladas as repartições a que se refere a
primeira base, de modoos diversos serviços
a esystematisar
tornal-os adequados que se aos
propõe o Ministério»,
fins a
fins esses que em artigos anteriores se caracterizavam pela
descentralização dos serviços.
Primei-ra consequencia da prematura instituição do Mi-
nisterio da Agricultura e do seu nivelamento com as demais
pastas onde as exigencias políticas se tornaram mais pre-
mentes, foi que, surgindo um dissídio entro a orientação par-
tidaria do Governo da Republica e o Sr. Cândido Rodrigues,
se viu este digno paulista obrigado a se demittir do cargo que
com tanto brilho vinha oecupando, perdendo com isso a admi-
nistração publica a collaboração um homem com- efficaz de
de Araújo — Infelizmente
um Pa ,^(?sino nãjo está aqui
um só paulista para protestar.
O Sr. Calogeras—
A solução eslava, portanto, no que
fôra iniciado pelo Sr. Cândido Rodrigues, experiente, conhe-
cedor do assumpto. Consistia em estabelecer normas flexíveis,
elasticas, capazes de permittirem movimentos fáceis, dando a
cada serviço meios de viver e também de se desenvolver, con-
forme as suas características próprias.
O novo ministro, até certo ponto alheio ao conhecimento
do meio administrativo federal, transformou-o infelizmente (e
não o
qualifico, porque cada um de nós, si deslocado estivesse
em uma posição qualquer, talvez soffresse influxo analogo),
transformou-se em simples instrumento ou, antes, em espi-
rito dirigido por subordinados irresponsáveis e, na especie,
incompetentes.
O Sn. — Mas
Calouras 6 que elle não ouvia os compe-
tentes; ouvia directoresos da secretaria, nos quaes a compe-
tencia technica especlalisada não existia.
Para si, reservou S. Ex. o que era o desdobramento normal
do que julgava ser a sua missão política: a nomeação dos au-
xiliares.
E aqui, eu fallar, os meus nobres col-
posso permittam
legas, com certa autoridade, porque, em dada occasião, me foi
dirigido um appello para esboçar uma reorganização de ser-
viços dependentes do Ministério da Agricultura. Acharam que
eu conhecia mais ou menos o assumpto; o então, reunido com
SESSÃO EM 19 DE SETEMBRO DE 1912 179
O Sr. Calogeras—-A
minha experiencia pessoal auto-
riza-me dizer
que na reorganização
a ou na creaçâo dos ser-
viços novos os dous preceitos legaes — o limite de vencimentos
e o limite no numero o categoria do
pessoal— foram violados.
Foi o que disse. Não é questão de divergencia de opiniões: é
questão sómente de sublinhar o facto, baseado em algarismos.
O Raul
Sr. Cardoso — V. Ex. lia de permittir que eu
declare que do Partido Republicano Conservador de S. Paulo,
além do official de gabinete, S. Ex. não empregou ninguém no
Ministério. Não foi, pois, o partidarismo do Sr. Rodolplio Mi-
randa que encheu o Ministério da Agricultura.
do ministro.
O Calogeras — A pasta
Sr. da Agricultura, que não de-
vera ser
política, foi dada ao actual ministro pela necessidade
de se manterem as ralações partidarias, no Estado de S. Paulo,
com o numeroso grupo opposicionista ao governo local.
Era,
portanto, polidamente, com o devido respeito ao poder
independentemente que é o Executivo, a fôrma de dizer: O
Congresso quer pronunciar-se sobre aotos de organização ou
reorganização feitos em determinado ministério.
Agora, assim porque taes actos exorbitavam
procedeu da
lei creadora da ou
autorização dada Congresso. Não
pelo fi-
guram na
lei «stas explicações retorquirão oppositores. Direi
á Gamara que isto não é deducção minha, e não houve
que
outro fundamento ao voto legislativo. Estamos argumentando
de boa fé, e posso ser crido ao dizer havia
que accôrdo geral
nessa revisão.
Promoções,
julgamento da competencia... tudo passou
a ser objecto de cogitação de inteiramente leiga no as-
gente
sumpto. (Trocam-se muitos apartes.)
A tergiversação deante
do texto positivo da lei não choca
ORDEM DO DIA
70 A- de 1912, mandando
Ivntfi. d0„pr?ject0
todos ?•
os direitos, inclusive dos de expediente,
a in-
frjonteifas de
gado vaccum e ovelhum destinado
pe 5s
e dando outras providencias;
p®?- com substitutivo da
Commissão de Agricultura e
parecer favoravel da de Finanças;
3a discussão
do projecto n. 210 A, de 1912 do Semrtn
autorizando abrir, a
pelo Ministério da Justiça e Negocios In
terioies, o credito de 8:940$, supplementar á verba da
— Pessoal — consi
gnaçao da rubrica 6a do art. 2o da lei n 2 544
1912; com
Parecer favoravel da Commissão
de Finanças;"'0
abertofdrSiS £*&&& t
de 8.000:000$, P-«
na Terceira Exposição Internacional de Borracha;
Discussão única do
projecto n. 303, de 1912, autorizando
a concessão de licença a Mario de Souza Carvalho, desenhista da
Estrada de Ferro Central do Brazil; com emenda da Commissão
de Finanças;
A' 1 hora da
procede-se tarde, ;i chamada, a que respon-
nem os Srs. Sabino
Barroso Júnior, Soares dos Santos, Simeão
Leal, Raul Veiga, Mavignier, Costa Rodrigues, Christino Cruz,
Agapito dios Santos, Frederico Borges, Eloy de Souza,
Augusto Monteiro, Augusto Leopoldo, Manoel Borba, Netto
Campello, Erasmo de Macedo, Alfredo de Carvalho, Freire
de Carvalho Filho, Antonio Moniz, Figueiredo Rocha, Pereira
tfraga., José Tolentinov Erico Coelho, Silva Castro, Mauricio
de Lacerda, Teixeira Brandão, Sebastião Mascarenhas,
> íanna do Castello, Ribeiro Junqueira. Antonio Carlos,
José Bonifácio, Álvaro Botelho, Francisco Bressane, Car-
neiro de Rezende, Garção Stockler, Jayme Gomes, Nogueira,
Manoel Fulgencio, Martim Francisco, Olegario Pinto, Cae-
tano de Albuquerque, Henrique Valga, Octavio Rocha, Ho-
mero Baptista, Fonseca Hermes e Osorio (45).
Deixam de comparecer com causa os Srs.
Artnur participada
Moreira, Juvenal Lamartine, Antonio Nogueira, Au-
192 ANNAES DA CAMARA
Barros Ba p Lis (a
Lins, Accioly, Dias de Barres, Joviniano de
Carvalho, Felisbello Freire, Moreira Guimarães, Miguel Cal-
mon, Mario Hermes, Muniz de Carvalho, Pedro Lago, Octa-
vio Mangabeira,Ubaldino de Assis, Felinto Sampaio, Alfredo
Ruy, Pereira Teixeira, Campos França, Arlindo Leone, Carlos
Leitão, Souza Britto, Raul Alves, Deraldo Dias, Rodrigues
Lima, Pedro Mariauni, Moniz Sodré, Leão Velloso, Raphael
Pinheiro, Paulo de Mello, Torquato Moreira, Jacques Ou-
rique, Júlio Leite, Metello Júnior, Nicanor do Nascimento,
ORDEM DO DIA
discussao do n. 118 A,
projecto de 1912, transferindo
0 Corpo de Saude do Exercito,
nonÍAf, • x' «ví, U/Uiii
com ilUIIIclo
honras Utíde ocfjvIUUOS
segundos te-
os mleriores
inle/iores que
Que tenham mais de três
<¦ tres annos de p
eos praca
Proflss,lonaes, e dando outras
Prof^s/enaes,
rpi.»i. ÍP0S
i providencias; com com na-
o
e emenda da Commissão
Cornmissao de Marinha e Guerra:G-uerra* it
Vol 'V ' *
12
194 ANNAES DA CAMARA
Discussão
única do projecto n. 304, de 1912, autorizando
a concederJoaquim a
de Macedo Costa um anno de licença,
com todos os vencimentos; com parecer favoravel da Commís-
são de Junanças e voto em separado e emenda dos Srs. Ri-
beiro Junqueira e outros;
Discussão única do
projecto n. 303, de 1912, autorizando
concessão de licença Mario de Souza Carvalho, desenhista da
a
Estrada de Ferro Central do Brazil; com emenda da Commissão
de Finanças;
2' projecto n.
discussão 306, de 1912, do Senado, auto-
do
rizando pagar a Ladisláo Dias da Cunha, cessionário
a mandar
de Ladisláo Cunha & Comp., a quantia de 189:850$282, por
obras contractadas e executadas nos quartéis da Força Policial
do Districto Federal; com parecer favoravel da Commissão de
Finanças (vide projecto n. 409, de 1911);
Abre-se a sessão.
EXPEDIENTE
Officioâ :
MENSAGEM
Gonçalves.
.2 O r- o co o o o co
SO O cO O **3 O t~"" O © —«
hO'+ aoo c»o-hooo
v>v>va vavavo va v^i vs t/^ t>o t/i vi
CO O (M O O -H W !> vt O o O
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SESSÃO EM 21 DE SETEMBRO DE 1912 197
Requerimentos :
Manoel
De José de Queiroz Ferreira, preparador da Es-
cola Polytechnica, aposentadoria, com todos os ven-
pedindo
cimentos. — A's Commissões de Constituição e Justiça o de
Finanças.
Telegrammas :
Tendo
o Presidente da Republica conhecimento do cori-
flicto jurisdicção que suspendera os effeitos do mandado ds
de
habeas-corpus em questão, ató ser annullado, como annullado
foi pouco depois pelo Supremo Tribunal Federal, mandou
ordem ao commandante da 7a região militar, Sotero
general
de Menezes, para fazer cumprir tal mandato.
Assim
procedia o Presidente da Republica, aproveitando
aquelle
pretexto para a intervenção que exercer
premeditava
a ferro e fogo naquelle Estado, intervenção
para a qual fizera,
por influencia do Ministro da Viação, o Sr. J. J. Seabra, a no-
meação do general Sotero para o commando da 7" região mi-
litar e como principio de execução impuzera ao governo> da
Bahia fizesse o Congresso falsificar o reconhecimento de
poderes de seus membros, de fôrma a ter o Ministro Seabra o
terço representado por amigos seus. Nessa indecorosa tran-
sacção foi representante do Ministro o juiz seccional Dr. Paulo
Fontes !
O
general Sotero de Menezes, recebida a ordem
presiden-
ciai, intimou o governador do Estado a retirar as forças poli-
ciaes dos pontos em que estavam aquarteladas, respondendo o
governador por seu secretario
geral e official de gabinete que
ogoverno do Estado retiraria não
as forças, mas que o Con-
gresso, se poderia reunir; não concordou essa solução
com
aquelle general, como dil-o em seu telegramma ao Presidente
da Republica,
por parecer-lhe cogitar-se de uma cilada e então
categoricamente
affirmou
que, si até uma e meia da tarde não
se retirassem as forças, as faria retirar
a bala e de facto a essa
hora ordenou que os fortes de S. Mcurcello e
do Barbalbo hostili-
zassem as posições occupadas; horas da
seriam quatro tarde,
quando o governador mandou uma commissão, chefiada pelo
commandante da policia ao
pedir general para suspender as
hostindades, pois que já havia mandado retirar as forças das
posições occupadas. Deante desta formal affirmativa, continua
o general em seu telegramma, mandou ello pelo tenente Pro-
picio rontoura cessar o fogo, ordenando a oocupação dos pon-
tos abandonados. (Doe. n. 4, Diário Official, anno LT, n. 10, 12
de janeiro de 1912, 614.)
pag.
Como se vô, esteve a cidade da Bahia duas horas o meia,
segundo affirma
general o
Sotero do Menezes, sob a acção de
um bombardeio dos
fortes de S. Marcello e do Barbalho, cujas ba-
Ias arrazaram diversos edifícios, destruindo a Bibliotbeca Pu-
blica, Palacio do Governo, levando o luto á família bahiana.
que
tempo antes hospediíra o Presidente
pouco principeseamonte
da Republica, em sua espalhafatosa expedição !
A vergonha que cobriu Nação Brazileira ante os povos
civilizados, abalando o espirito indignado
publico, pelo covarde
bombardeio da capital bahiana, quando poucos dias antes pro-
testaramos nós contra o bombardeio da cidade de Assumpção,
produziu a morte do grande chanceller americano, o barão do
Rio-Branco, perda irreparável para a Nação Brazileira e para
a diplomacia, que o extraordinário brazileiro reformára, sub-
stituindo as antigas desconfianças e dos Ma-
prevenções
SESSÃO EM 21 DE SETEMBRO DE 1912 203
Aterradoras eram
primeiras as
noticias dos effeitos do
bombardeio, que destruirá por incêndio o Palacio do Governo,
a Bibliotheca Publica, arrazara diversas casas, damnificando
outras; debalde telegraphavam as redacções dos jornaes pe-
dmdo noticias,
que pudessem transmittir ao publico; pediam os
parentes, pelo telegrapho, noticias de seus parentes, os amigos
noticias de seus amigos e nem uma resposta obtinham. Pe-
niam-n'as ao Governo e o Governo deshumanamente se fe-
ehava em absoluto silencio.
Crescia a anciedade e alguns telegrammas officiaes que
chegavam traziam a mentirosa noticia de que estava tudo em
paz. (Doe. n. 5, Diário Qfficiál, anno LI, n. 11, 13 de janeiro
do 1912, pag. 680).
O general Sotero de Menezes communioa ao Governo Fe-
deral a renuncia voluntaria do em o
governador exercício;
Sr. RivadaviaCorrêa, em sua communicação
aos governadores
o presidentes de Estados, affirma o Dr.
que Aurélio Vianna
abandonára o cargo. «Tudo so contradiz nas offi-
affirmações
ciaes, deixando entrever quo ha um empenho constante em
occultar a verdade».
«>TA que o Governo sonega esta verdade, allega o conse-
Iheiro Ruy Barbosa,
já quo a Bahia está sendo victima de uma
sequestração geral; já
que estamos submettidos ao regimen da
um estado de sitio de nova especie, necessário é que se re-
corra ao supremo remedio o o tribunal simul-
que garanta
taneamente a todos os ameaçados.»
«Demonstrou S. Ex. a legalidade do acto do Sr. Aurélio
vianna convocando o Congresso extraordinariamente o da in-
constitucional idade do que de R. Francisco,
praticou o barão
arvorando-se em do Congresso e fazendo igual con-
presidente
vocação.
204 .V ANNAES DA CAMAHA
«E'
prohibido atacar ou bombardear por qualquer
«meio que seja, cidades, habitações
povoações, ou
«construcções não defendidas.»
«Estou a vosautorizado
annunciar, exclama o eminente
advogado, os
jornaes desta tarde,
que daqui a duas horas, de-
vem trazer ao
conhecimento do publico e do paiz inteiro quo
o general Ministro da Guerra nao reconhece estas ordens do
Sr. Presidente da Republica, a Bahia expedidas, estas
para
ordens lá não serão cumpridas porque as autoridades mili-
tares as não cumprirão.»
«Na opinião do- Ministro da Guerra, trata-se neste caso
de acto arbitrario do Ministro do Interior, ao as autori-
qual
dades militares da Bahia não teem de prestar obediencia, por-
que estas não obedecem sinão ás ordens transmittidas in-
por
termedio do Ministro da Guerra».
I
gado, temendo a acção do Ministro Menna Barreto, impedindo
a obediência ás ordens do Governo».
«O facto d'0 desmentido do Ministro Menna, lido ao tri-
bunal, lhe não parece com fundamento, pois, não crê
a
que
leviandade daquelle possa chegar ao ponto de desconhecer que
é mero secretario de Estad'0. A palavra do Presidente da Re-
publica, que não se pôde pôr em duvida, vem tudo desmentir.
Os receios são, pois, infundados, não ha alma de seraphim,
exclama, que se não confranja cm saber do bombardeamento
de uma cidade, principalmente quando o é em tempo de paz o
por armas brazileiras. Em outra situação teria concedido a
medida, agora, porem, que o Presidente da Republica vem dizer
positiva e formalmente a sua
não resolução,
decidir
poderia
<le outra fôrma sinão julgando
prejudicado o pedido. O Pre-
si de ii te da Republica não pôde
ser tão miserável que deixo de
cumprir aquillo que se obrigou categórica e positivamente».
Replicando a seus eollegas «estranha, com viulen-
grande
cia, que o Supremo Tribunal, acostumado a acatar as infer-
inações iornecidas pelos delegados de e até
policia, pelos in-
spectores de quarteiiao, rejeite, taxe de inseguras ou falsas
aquellas emanadas do mais alto funccionario da Nação. Qual-
quer que seja o ministro que se lhe queira oppôr terá o prêmio
a que por isso faz jús>.»
Concluo ai firmando que o Presidente cum-
da Republica
prira o
que communicou ao tribunal.
Procedendo-se á votação verificou-se
que julgavam pre-
judicado o pedido de habeas-corpus, votando com o relator os
ministros Oliveira Figueiredo, Leoni, Espinola, Godpfredo, An-
d ré Cavalcante e Ribeiro de Almeida,
e concediam a ordem de
habcas-corpus os ministros Pedro Cavalcante,
Lessa, Amaro
Canuto, Murtinho, Natal e Oliveira Ribeiro. Vô-se, pela maioria
de um voto,
que a orientação do alto tribunal de justiça, era
pela concessãodo habeas-corpus, ao encontro
medida salutar,
da qual ia_o 1 residente da
as suas Republica,
promessas com
do reposição do
governador o
e garantias de que procurava
cercar. Os argumentos alopecinos, de que usára o relator, do
feito, que se insinuava amigo particular do Marechal Hermes
da 1< onseca, e que, ministro do Supremo Tribunal Federal, pe-
dia e ODtinna comnrissões rendosas do Poder Executivo, e re-
pre.sentava de ha muito o papel de Mercúrio, portador de re-
cados do 1 residente da Republica,
para membros daquella corte
de, justiça, arrastaram votos a formar esta maioria de um voto
naquelle julgamento, em a serenidade
que que deve assistir á
administração da justiça, foi toldada pela condescendência in-
justificável para com o Poder Executivo, aliás desrespei-
que
tara diversos julgados desta mais alta casa da federal.
justiça
No dia ~1 e reposto no da Bahia,
governo o Sr. Aurélio
Vianna, prestando-lhe as honras militares o 50" de caçadores,
no dia 22, 16 o presidente do Supremo Tribunal Federal, em
sessão, o telegrainma do Sr. Aurélio Vianna, áquelle Tribunal,
commuiiicando a sua posse no
governo da Bahia, o agradecendo
ao Tribunal, a sua intervenção. São mantidos os factos
que se
SESSÃO EM 21 DE SETEMBRO DE 1913 209
desenrolaram o depois;
trama urdido aqui Ministro
pelo da
Viação, o Sr. J. J.
Seabra, candidato ao governo do Estado, nas
eleições deveriam ter logar 110 dia 28, com o tenente
que Mario
Hermes, candidato a uma de Deputado Federal,
cadeira por
aquelle Estado, nas eleições teriam logar logo depois
que no
dia 30, foi posto em de Menezes,
pratica pelo general Sotero
que, após a reposição do Sr. Aurélio Vianna, no governo, exer-
ceu a coacção sobre a pessoa do governo reposto, para obter a
renuncia espontanea indispensável áquella mentirosa situação,».
9 (ás -1,50
«Bahia, p. m.)—Ruy Barbosa. Rio—Segundo tele-
de hoje Galrão espera apenas resposta do seu officio
gramma
ao Vespasiano, para assumir o governo. Está firme, bem como
os amigos da Cantara e do Senado.— Mangabeira.»
De tudo o fica se
que exposto deduz, que o Presi-
dente da Republica, Marechal Hermes Rodrigues da
SESSÃO EM 21 DE SETEMB110 DE 1912
meio. 1
«Sim, senhor, o
por candidato
Marechal, o general tem
ao
Bezerril. Não ha muito passou um telegramma
tempo S. Ex.,
José Faustino declarando seu candidato aquelle general e Ia-
posto.
O Franco
coronel Rabello acceitou as condições impostas,
seguio o Ceará, 'onde foi reconhecido uma minoria
para por
de oito votos em uma assembléa de 30 Deputados, estando na
capital 20 delles; já a mesa desta assembléa fôra eleita por uma
minoria de 12 votos, estando presentes á sessão 26 Deputados.
(Doe. n. 11, Diário do Congresso Nacional, anno XXIII, 7 do
agosto de 1912, pag. 1.001.)
Vol. 15
226 ANNAES DA GAMARA
As
perseguições, prisões, espancamentos e outras bruta-
lidades praticadas nos diversos pontos do Estado forças
pelas
ao commando do general Torres Iíomem,
que estas distribuiu
por municípios, perturbaram o pleito eleitoral, produzindo a
abstençao das urnas em todo o Estado.
«CampinaGrande, 22 — Em virtude
de grande compressão,
a_opposi(;ao desle município resolveu fazer abstenção, afim de
nao honrar com caracter de pleito a victoria d'a intervenção
armada. — Monsenhor Salies, ex-bispo do Maranhão. — br.
Affonso Campos, advogado. — João Lourenço, fazendeiro.».
(Doe. n. 21).
*r^L1'-a 23 —
„ P™?! Directorio do Partido Democrata —
opposiçao cie I icuhy deante da pressão infame do governo
absteve-se das urnas. — Directorio Democrata». (Doe. n. 22.)
«rrmmpho, 2:> — —
Commissão Executiva A opposiçao
reunida nao pode votar visto não abrirem as secções no dia do-
terminado. Directorio de
Conceição». (Doe. cit. n. 22>)
Sr-_Dr. Lima
O governo não Filho
foz —
v^° acceitou o r.osso
,,ÍL? protesto. Assignamos
este em casaparticular. Povo opprimido e sob ameaças tem-
veis. — Manoel Januncio».
(Doe. cit. n. 22.)
«Campina
Grande, 22 — Directorio Democrata — Em vir-
tuaeoe grande compressão o eleitorado opposicionista deste
município resolveu abstenção. — Affonso —
Campos. Mon-
senhor Salles. — João
Lourenço.»
Proh pudor1
Era
já em dezembro de 1911, muito grande o movimento
eleitoral no Estado, preparando-se o povo parahybano para
dar combato a olygarchia que o explora.
'afan
O Marechal Hermes da Fonseca, no de fazer cumprir
o seu conchavo com o juiz Epitacio Pessoa, substituiu os brio-
sos offieiaesparahybanos que se não ao degra-
prestavam
dante papel de, capangas eleitoraes deste juiz, por uns Massa
e Toscano de Britto 'ao mando do Homem
a general Torres
perseguirem o parahybano e impondo aos valentes sol-
povo
dados do Exercito as maiores humilhações.
«Fazia dó vel-os em documento dirigido ao Pre-
(dizem
sidente da Republica e general Ministro da Guerra os dignos
234 ANNAES DA GAMARA
pag. 139.
Constituído como foi o Conselho Municipal, por eleição em
arbiter; and that its decisions are binding, not only upon the
parties to suits litigated before it, but upon the several States
and upon the Executive and Congress. So constant lias becn
this pratice, that it forms the rule; any devictions from it have
been exceptional, rather the results of individual opinions,
than of any settled and defini,tive «An. In-
policy. (Pomeroy,
trod. to the Gonst. Law».). The Judicial Department is the pro-
per power in the Government to determine wliether a statute
be or not constitucional. It has accordingly become a settled
principie in the legal polity of this country, that it belongs to
the Judicial Power, as a matter of right and of duty to declare
every act of Legislature, made in violation of the Constitution,
or of any provision of it, null and void. (J. Kent «Comm, of
American Law», 13" ed. I, §§ 449 e seg.).
habeas-corpus.
Em verdade, como resultado, e por demais epnemero, con-
mesmo aos ollios daquelles que são capazes de
traproducente
bem sentir a necessidade de uma justiça independente, alimen-
tados da nobilitante convicção de que o poder, qualquer que
elle seja, 6 subordinado ao Direito.
haver bastante a júris-
Parece-nos dito o para reaffirmar
dicção o competencia irrecusáveis do Supremo Tribunal Fe-
Concedi o habeas-corpus,
que o Presidente da Republica
inconstitucional e
voluntariosamente desacatou, porque os im-
petrantes e pacientes apenas pretendiam exercer um direito, ou
íuneção publica, em que estavam legalmente investidos, e de
que o Presidente da Republica é manifestamente incompe,-
tente para os destruir.
Si bem visível
Constituição a incompetência do Pre-
ó na
sidente da para annullar
Republica a verificação de podereis
do Conselho Municipal desta cidade, como de quaesquer outras
camaras municipaes, fôra preciso fazer do nosso direito um
grotesco formalismo chinez para se embaraçar um tribunal,
ao conhecer de um habeas-corpus, com uma ordem, ou um
decreto, expedido pelo poder constilueionalmentte incompe-
tente.»
O casos
políticos que assumem uma feição judicial, uma fõrmá
de pleito subordinado a normas políticas.
tivesse o Tribunal
..p) proferido um accórdam sobre
fôra questão
licito ao Poder Executivo Federal annul-
lai esse accói dam, ou suspender-lhe
a execução, sob o funda-
mento de ser a matéria de natureza
política, quando a esse
poder nao compete decidir o
que é Questão rvo-lificn Mas r»
objeoto da decisão do Tribunal no caso do Conselho Munlcinal
nao loi de natureza
política. Tratava-se de resolver si devia
a,anr}ullação inconstitucional de uma
remara M níini n iU n8,0'
havia na realidade, e todos o sabem
nrfffn&s» 6
grupo político em annullar uma camara
nomnftsla ris a nílvcrM?1
ersarios. Nada mais.
Façamos de conta, entre-
tnn n fim » San^-I0SSe
hypothese, e indaguemos em these
K°caqrUa t f
revestir a questão suscitada,
Omlp l vii, nwPoderia
' ¦ °.ar.acter político na administração mu-
nirinní 171 unioipio intervir na declaração de guerra
nn nPiohpI!ís a e
d°8 tr-atados, do na direcçáb das relações
dfnlomnte0 regimen
• do commercio internacional, no re-
ffimm fíih /
níl cJeaçao do bancos de emissão., na legis-
facã«%nhíoU «s naorip0'
forças de terra e mar. na declaração do estado
de aitin n! determinação
das condições e do processo da elei-
n!n !
C°.rgos federae_s, "a formação do
ramos rf» hj qualquer dos
1 • °'. na saneçao das leis da União, na livre no-
meaçaoe demissão dos Ministros de Estado, ou em qualquer
outros dos muitos_assumptos
da política nacional ? Tem n mu-
nicipio a attribuição, ou
meios, de dirigir as diversas tendencias
sociaes ímprimindo-lhes uma direcção qualquer Não é sua
°.u.ldar exclusivamente das necessidades
F"®sao„ e interesses
locaes : Ainda
quando entendesse alguém que mais vasta devo
resP'iera da acção das autoridades do Districto Federnl,
r
nao temos a combinação^ dos textos expressos dos arts. 08, 67
e j-i, n.^0 da Constituição Federal, a delimitar
bem vivamente
0 attribuição do município desta
,H"e.e Capital, e o que não
poae lazer o Governo da União no mesmo mnnicipio ? No texto
peremptono do art. 07, o qual bem claramente dispõe que.
salvas as excepções creadas Constituição
pela e por leis fe-
deraes (por leis exclusivamente), o Districto Federal é admi-
nistrado por autoridades municipaes, não está a declararão
solemne de que o município é governado por autoridades nor
elle constituídas ? 1
E desenvolvendo magistralmente o assumpto de fôrma a
pulverizar todos os da mensagem do
pontos Presidente
da Republica ao Congresso Nacional termina o inte-
gerrimo juiz o seu longo e luminoso voto no laudo
que; «Aos ollios de todos resalta a incompetência do Poder
Legislativo, que não fazer leis infringentes da Consti-
pôde
tuição e, ainda menos, applicando disposições
julgar, legaes a
casos particulares. Si, esses fundamentos, incomoetente
por
o o Poder Legislativo, mesmas razões não
pelas se pôde um
so pôr em duvida a incompetência do Executivo.
momento
Sob a monarchia não era raro expedirem os Ministros da
Justiça avisos interpretativos de preceitos legaes, a so-
para
SESSÃO EM 21 DE SETEMBRO DE 1912 247
janeiro de 1911.
Allegaram os supplicantes ser esse decreto exhorbitanta
das attribuições do Poder Executivo, infringir a disposição
do art. 65 da lei n. 939, de 29 de dezembro de 1912, e atten-
tar contra a autonomia do Districto Federal garantida pelo
art. 68 da Constituição.
A causa correu os tramites regulares e o integerrimo juiz
Dr. Pires de Albuquerque, cm longa sentença esclarecendo
magistralmente todos os pontos discutidos pelas partes liti-
gentes, julgou procedente a acção.
Nessa luminosa sentença diz o meritissimo juiz:
«E* noção corrente que os Conselhos ou Camaras Muni-
cipaes não teem caracter — «são moras corporações
politico
administrativas.»
« Por outro lado —• qualquer que seja a natureza e a ex-
tensão que se attribua ao decreto n. 8.500, de k janeiro, no
de
aspecto ora sujeito á apreciação do Poder Judiciário, outra
cousa elle não ó sinão o acto que destituo os autores da funeção
em quo estavam ou se julgavam investidos.
« Tanto basta para que si o não possa subtrahir ao exame
do Poder Judiciário, devidamente provocado.»
lia da Republica ao
poucos dias oppoz o procurador geral
accórdam acima embargos de declaração, que sendo claro l>or
demais como é este e os outros accórdams sobre tal acção,
confirmando todos juiz a quo,
a não trarão
sentença alto- do
ração ao julgado e tem por fim sómente a questão.
protelar
Assim tem o Marechal Hermes Rodrigues da Fonseca
desrespeitado as sentenças do Supremo Tribunal Federal pro-
movendo a mais baixa e condemnavel chicana com a qual
perde a compostura expondo á critica geral senão ao ridículo
não só o alto cargo de primeiro magistrado da Nação de que
está investido, como justiça federal.
a mais alta casa da
Esta instituição suprema de justiça que a Constituição da
Republica modelou pela Supreme Gourt of Justice dos Estados
Unidos do Norte ó a garantia de todos os direitos, e em todos
os tempos da Republica foi respeitada sempre, sendo de notar e
recordar que nos tempos difficillimos das successivas Fe^
voluções que pertubaram o Governo do Marechal Floiiano Pei-
xoto, este grande brazileiro, no auge do poder, cercado de
da Patria.
alta casa, ultimo reducto da Justiça no Brazil, assai-
Desta
tado Governo, ouve-se tristemente fallar a nacionaes e
pelo
estrangeiros com sorriso de descrença, muito principalmente
depois fíanimedes da jurisprudência, constituiu-se o Sr.
que,
Epitacio Pessoa o portador de ordens do Poder Executivo para
Tribunal.
o pessoal desse
Desrespeitado no caso do Estado do Rio, ludibriado nos
pensar
temporariamente o tempo de embarque para a promo-
dos officiaes do Corpo da Armada e classes annexas aos
ção
immediatamente superiores, e para apparentar alguma
postos
explicação ao seu acto dictatorial, apontou diversas leis, pelas
diz: «Os Poderes Públicos, em mais de uma circumstan-
quaes
cia e com o fim de facilitar o preenchimento e rejuvenesci-
mento dos quadros, teem dispensado o tempo de embraque»,
como que, «ordinariamente a falta do alludido requisito
liara provocar uma lei que venha homologar aquelle acto, que
fere positivamente a lei de promoções.
A Commissão de Marinha e Guerra dessa Camara reeo-
nhece que «si é verdade que uma lei determina que o Poder
Executivo preencha as vagas que oecorrerem nos differentos
da Armada, verdade- é também que outra lei esta-
quadros
condições revestir os officiaes
belece as que se devem
de para
desta corporação.
SESSÃO EM 21 DE SETEMBRO DE 1912 257
O intuito do Presidente
da Republica, baixando
porém, o
decreto 20 de março,
revoga a lei de promoções
que da Ar-
mada para dispensar o tempo de embarque, dispensando re-
quisito que caracteriza o serviç-o de Marinha, é bem conhe-
ciclo e commentado. O Marechal Hermes da Fon-
^geralmente
seca não deposita confiança na oíficialidade da Armada, pen-
sando dispôr do Exercito,
que tem movimentado para as inter-
venções criminosas nos negoeios dos Estados, abusando por
demais do supremo aommando, em que tem disvirtuado o pa-
pel desta gloriosa corporação, tenta fazer, a
por promoções
protegidos, um grupo, na Marinha Nacional, organizando um
ponto de apoio em que se possa firmar para o golpe de Estado,
com que a ingenuidade do Presidente da Republica, animada
pelos contínuos engrossamentos dos bajuladores, o cer-
que
cam e o comparam a Napoleão, ameaça ás instituições xiepu-
blicanas.
gunda noite ouviu seus gemidos e não lhes deram agua e não
lhes deram pão !
De que tudo
fica o
exposto se deduz que o Ma-
rechal Hermes
Rodrigues da Fonseca, Presidente da
Republica, expedindo o decreto n. 9.446, de 20 de
março de 1912, revogou as leis de de offi-
promoção
ciaes do corpo da Armada Nacional, com o que com-
metteu o crime do art. 37; tolerou e encobriu crime de
subordinado seu
com a ostensivamente dis-
protecção
ao commandante Marques da Rocha, com-
pensada
mettendo com este o crime do art. 40;
procedimento
subornou por promoções durante os trabalhos do con-
selho de guerra officiaes do indiciado autor
julgadores
dos assassinatos da ilha das Cobras, com o que com-
metteu o crime do art. 46, tudo da lei de responsabi-
lidade do Presidente da Republica.
—
Srs. Deputados gestão dos públicos nogocios da União
A
A imprensa
verberou diariamente o procedimento do de-
legado de
policia que consentiu o indiciado Jouvin dirigisse o
inquérito, apontasse e até interrogasse testemunhas. O suppli-
cante procurou o Ministro da Justiça, reclamando contra o
pro-
cedimento do delegado; o Dr. Rivadavia Corrêa ordenou a este
puzesse em liberdade os cidadãos illcgalmcnte presos.
O indiciado autor do incêndio da Imprensa Nacional cul-
tivava a amizade do tenente Mario Hermes, com cuja pro-
tecção podia contar para affrontar a opinião O in-
publica.
querito policial foi abafado e até hoje não teve relatorio! 1!
Na Estrada de Ferro Central do Brazil o conde Fron-
tin tornou-se
o alvo das mais vehementes accusações por
parte imprensa
da e do cm Este na-
publico geral. proprio
cional se foi desacreditando acceleradamente successivos
pelos
desastres que teem victimado centenas de e em-
passageiros
pregados; logo espalhou-se a noticia de que a intenção do di-
rector daquella estrada era deprecial-a para conseguir dos
poderes públicos a sua venda ao estrangeiro; justa ou injusta
uma tal accusação, discute-se hoje nesta Gamara a venda da
Estrada de Ferro Central do Brazil. Os desastres continuaram
e com elles as victimas e os estragos de locomotivas e wagons.
O jornalismo, o publico e o bom senso reclamam diaria-
mente a demissão do Dr. Frontin do cargo de director da
estrada de ferro, que sua administração estava aniquilando
e o Marechal Presidente, cerrando ouvidos ás reclamações,
mantinha o director daquella estrada, como o celebre director
da Imprensa Nacional.
E' que o Dr. Frontin, como o Dr. Jouvin, conhecia os
meios mais efficazesa empregar para prender o Marechal
banjamentos do Governo.
Deante um tal descalabro
de financeiro, um só homem
levantou-se defender o Governo, dissimular o es-
para para
tado de nossas finanças, apontando, com gymnastica de cal-
Documento n. 1
jornalista
e residente á rua Sophia numero trinta e oito. Aos,
costumes, disse nada e prestou o compromisso legal. Tnquerido
sobre o allegado da petição inicial de folhas duas que lhe foi
Emolumentos do juiz.
Julgo
por sentença a presente justificação
para que pro-
duza os seus devidos e legaes effeitos. Entregue-se
á parte, in-
dependente de traslado,
pagas as custas. '
Data.
—- Petição de
™>r certidão verbo ad verbum como se seguem.
e Excellentissimo Senhor Doutor juiz le-
íís 2- Illustrissimo
cidadao bra-
deral: O bacharel João Coelho Gonçalves Lisboa,
nesta do Rio de Janeiro e em pleno
zileirõ residente cidade
e políticos, no exercício da lacui-
koso de seus direitos civis
<1 Constituição da Republica, em seu
dade que lhe coníerem
e dous, nono e a lei numero vmte
artigo setenta paragrapho
de sete de janeiro de mil oitocentos e noventa e dous,
e sete,
a Gamara dos Deputados
artigo dous, quer denunciar perante
Marechal Hermes Rodrigues da
o Presidente da Republica,
dos artigos dezeseis
Fonseca, pelos crimes de responsabilidade
dous, vinte vinte cinco,
dezenove, vinte um, vinte quatro,
e oito, trinta, trinta e um, trinta
vinte seis, vinte sete, vinte
e tres,
e cinco, trinta e seis, trinta e sete, quarenta, quarenta
e quatro, c seis, e quarenta e nove, para-
quarenta quarenta
sétimo, da lei numero trinta,
graphos primeiro, segundo e
noventa e dous, e pelos
de oito de janeiro de mil oitocentos e
e nove, paragraphos segundo,
crimes communs dos artigos cento
quarto, cento e
cenio e onze, cento e quinze, paragrapho
cento o oitenta e um,
sessenta e cinco, cento e sessenta e nove,
e noventa, duzentos e sete, pa-
cento e oitenta e nove, cento
sexto, duzentos e quatorze, duzentos e quinze e du-
ragraphos
Penal, áquelles correlatas e mais
zentos e dezesete do Godigo
o qua-
artigos cento e trinta e nove, e cento
pelos crimes dos
devendo lazer acompanhar a
renta e seis do mesmo Godigo,
nos termos do parecer nu-
denuncia uma justificação crime,
novecentos e cinco da Gamai a aios
mero quatorze de mil
sessão de trinta e um ae maio,
Deputados, apresentado em
do mez de maio de mu no-
(annaes da Gamara dos Deputados
e trinta e tres e approvaon
vecentos o cinco, pagina cento
obra citada, mez de junho de inil
em sessão de oito de junho,
o uma), e tendo o >re-
novecentos e cinco pagina noventa
da Republica de responder o congresso pelos
sidente perante
e o Supremo tribunal
crimes de responsabilidade perante
nos termos do artigo segunao
Federal pelos crimes communs
vem requerer a Vossa liíxcellencia
da lei de responsabilidade,
a veracidade de
digne admittil-o a justificar neste juízo
se
O supplicante se pro-
t.acs crimes de modo a fazer fé publica.
da Republica exerceu uuer-
iiõe a justificar que o Presidente
nos Estados da Bahia,
vencão armada nos negocios peculiares
Norte, fóra dos casos cxceptuados
do Ceará e da Parahyba do
impediu por violências e
no artigo sexto da Constituição,
¦imeacas que mesas eleitoraes e juntas apuradoras exercessem
Documento n. 2
A FARÇA DA BAHIA
Crime premeditado
Documento n. 3
Bahia,
9 (Americana)—O jornal official publica hoje a
lista dos
congressistas que seguem para Jequié, incluindo con-
gressistas que, segundo consta, não irão.
Conforme a lista, alguns membros do Congresso que até
bem pouco tempo apoiavam o Governo, deixam de ir.
Documento n. 4
gramma:
«Exmo. Sr. Marechal Presidente, da Republica — Tendo
concedido uma ordem de habeas-eorpus impetrado
preventivo
senador estadoal Dr. Arlindo Baptista Leone, em seu fa-
pelo
vor e no de seus colk>gas de representação política Dr. José
Campos França, barão de S. Francisco, Drs. Francisco Euge-
nio Gonçalves Tourinho, José Bernardo de Souza Brito, João
Martins da Silva, coronel José Duarte Oliveira, Dr. Landulpho
Caribé de Araújo Pinho, conego Hermelino Marques de Leão
Adolpho Marinho Neves, senadore.s estadoaes,
e Gustavo "Villasdas
e dos Drs. Lauro Lopes Boas, Antonio Muniz Sodré de
SESSÃO EM 21 DE SETEMBRO DE 1912 281
Documento n. 5
Documento n. 6
ção a
que se dará inicio dentro de uma hora. Respeitosas sau-
dações. — General Sotero.».
Documento n. 7
VIOLAÇÃO DE CORRESPONDÊNCIA
Documento n. 8
ções.»
Documento n. 9
PRESTITO—CEARÁ—3.000 CRIANÇAS !
Os Prs. Virgjljo
Brigjdo e Frota Pessoa
procuraram lion-
tem, á paiacio dp Cattete,
tarde-, no o Presidente da Republica,
a quem mostraram vários telegrammas lhes haviam
que sido
dirigidos do CjVará, narrando gravps acontecimentos na cidado
de fortaleza, a Qual está em plena revolução, havendo sue-
cessivos combates entre a policia e o povo.
O
Marechal Hermes da Fonseca declarou áquelles repre-
sentantes d'a opposiçao cearejiae em vista dos
Que. despachos
que recebera 110 mesmo sentido, telegraphára ao Presidente
do Estado, pedindo e também ao
providencias, coronel José
raustiii'0, inspector da região militar, ordenando que o mesmo
tomasse energicas medidas para que fosse restabelecida a or-
dem publica.
A's 6 horas, quando o Marechal se. preparava
para deixar
o Paiacio do Cattete, entrou em seu gabinete o capitão Jar-
aim, ajudante de ordens do general Menna Barreto, afim de
apresentar a S. Ex. diversos telegrammas sobre os referidos
successos o recebidos Ministro
pelo da Guerra.
O Presidente da Republica mandou oommunicar ao seu
, eoretano da da Guerra
pasta que, também havia recebido
idênticos telegrammas e que já déra as competentes instru-
cçoes ao commandante da guarnição federal no Ceará
290 ANNAES DA GAMARA'
Documento n. 10
FontencUe.»
Documento n. 11
pôr o seu
caxididato, militar, esse, cuja aondueta 6 por demais
conhecidá naquelle meio.
Mas o Marechal tem então candidato o
por general
Bezerril ?
Sim senhor. Não ha muito tempo S. Ex. um
passou
telegramma ao José Faustino, declarando seu candidato aquelle
Documento n. 12
Documento n. 13
Borges — 15
0 Sr. Frederico Já disse que foram ; os no-
mes de 13 estão no telegramma, e cito xnais os de Monsenhor.
Pinto e do Sr. Jovino Pinto.
capital?
gar podores?
governador do Ceará ?
O Sr. —
Frederico Borges Sr. Presidente, peço a V. Ex. que
me mande fornecer o Diário Official em veem os nomes
que
dos 15 Deputados á Assembléa do Ceará votaram contra.
que
O Sr. Moreira da Rocha — Peço a V. Ex. decline os
que
oito que votaram a favor.
O Sr. Frederico Borges — satisfeito). A situação em que
(E'
o nobre Deputado se colloca a resposta
para perturbar que
devo ao seu discurso, escripto e lido a Cainara, tra-
perante
balho todo meditado, baseado em factos do passado, inas sem
300 ANNAK9 ÜA CAMARA
O Sr. —
Frederico Borges Tembs, portanto, reduzido o nu-
mero de 30 a 28. Desses 28, 15 deputados não cõmpareceram á
sessão.
O Sr. Borges — As
Frederico interrupções constantes do
nobre Deputado,
que não me quer ouvir, isto é, que quer evitar
que a Camara ouça o que de irregular, de immoral, se passou
•nesse acto do
do actual detentor do
^reconhecimento poder no
meu Estado, sao o meio de
que lança mão para não calarem 110
espirito da Gamara os meus argumentos.
Mas, Sr. Presidente,
infructiferps são os esforços do no'-
bre Deputado
para justificar esses attentados á Constituição
ao Estado do Ceara e aos iundamentaaes
princípios da Con-
stituiçao da Republica.
S. Ex., não podendo justifical-os, veiu apegar-se a factos
passados no período governamental do Dr. Pedro Borges.
Sr. Presidente, chegava quasi ao termino do seu período
governamental o Sr. Dr. Pedro Borges, executando-se
quando,
a lei do sorteio para o serviço militar da Marinha, se formou
uma (jrevc no Estado do Ceará e o primeiro movimento dos
grevistas foi negarem-se completamente ao serviço de embar-
que e desembarque, procurando crear toda sorte de embaraços
a administração.
Ora, Sr. Presidente, conhecendo o facto, o Sr. Presidente
do Estado cleu as suas ordens á Força Policial,
mandando
guarnecer ospontos de embarque e do desembarque. Essas
ordens foram as mais terininantes, 110 sentido de garantir a
liberdade de trabalho; quem quizesse trabalharia e quem não
quizesse trabalhar não seria forçado a fazei-o.
Depois dessa ordem, S. Ex. accrescentou ao então com-
mandante do Corpo de Segurança, major Francisco Cabral
iia Silveira, dar testemunho
que pode solemne da verdade do
que estou affirmando, que, fossem fossem
quaes os insultos,
os impropérios atirados ã força, olle «estanhasse a cara» (fo-
iam as expressões dio governador) e só agisse quando mate-
nalmente aggredido.
Foi o que succedeu. Depois dos maiores impropérios ati-
raclos ao commandante, officiaes e soldados se adiavam
que
°. P011''? ('e desembarque, um grupo, animado pela
Pssjbilidado, ate então mantida pelos representantes da
aui.oriciade, começou a agir: atirou-se a um escalei- que vi-
1111a ae bordo, trazendo pessoas
que desembarcavam, aggrediu
304 ANNAES DA GAMARA
nambuco, da Bahia.
Frederico
Sr. Borges O nosso fim —
é pacifico, é de
O
simples de simples constructores do uma obra
protestantes,
não será do presente, mas do futuro; e não estaríamos
que
mesmo longe de, acceitando o facto consumado, concordar em
em sua maioria, expressão da opinião do
que essa Assembléa,
Estado, reconhecesse o actual detentor do poder, mas legali-
SESSÃO EM 21 DE SETEMBRO DE 1912 307
Documento m. 14
Documento n. 15
Documento n. 16
Epi-
Tivemos hoje para a volta do Sr. Dr.
uma explicação
tacio Pessoa á
política. S. Ex.,
actividade aposentando-se no
togar de Ministro do Supremo Tribunal Federal, será eleito
Senador Parahyba, conforme ficou assentado no Cattote,
pela
para depois tornar-se candidato á da Republica.
presidencia
E,_diz o nosso informante, que nos merece fé, esse programma
foi concertado de accòrdo com o Sr. Marechal Hermes.
Vj
308 ANNAES DA CAMARA
Documento n. 17
4
SESSÃO EM 21 DE SETEMBRO DE 1912 309
Documento n. 18
O SACCO DE GATOS
Documento n. 19
Depois do
que venhohistorico
de fazer, resta-me, em
nome dajnulher affrontada nas de mi-
parahybana, pessoas
nhas irmãs e sobrinhas, atirar, de par com o meu mais veho-
mente protesto, ás faces cynicas de V. Ex., o esputo da minha
justa indignação.
Documento n. 2o
A INTERVENÇÃO
As festas
do officialisrno, pondo em evidencia :i pareiali-
dade general Torres Homem,
do actual chefe desta circumscri-
çao militar, hrmaram no povo paraliybano a convicção de que
a tyrannia que o opprime vem do alto: é o sentimento e o ar-
dos que defendem porque a continuação
precisam, desta
política de corsários, iIludindo a confiança e bôa fé do eleitorado
que os trouxera para os cargos representativos.
Aqui, onde o despotismo e a fraude fundaram,
lia vinte an-
nos, uma associação de especuladores sempre na posse do po-
der, seria lacil a reivindicação de nossa liberdade por meio
de uma nova conquista de nossos direitos,
si além, 110 centro da
iederaçao, pudéssemos encontrar o sentimento da justiça e a
verdade do nossas instituições republicanas.
Torres
Homem, sobre ora despenham-se
9 general quem
os blocos
apodrecidos da oligarchia Epitacio-Wal-
'™°i,0
apenas uni cumpridor de ordens,
que não quer ou não
pode descer a analyse dos acontecimentos nem conhecer as cau-
sas da luta entre perseguidores e perseguidos.
S. Ex., ao calor das manifestações ruidosas á custa dos
cofres do Estado ouvindo a vozeria bajulatoria
dos detendores
do poder, não descortina,
por trás da massa informe dos adula-
dores interessados, a revolta da opinião publica, assistindo ao
vilipendio da soberania popular, pela mesma força organizada
para defesa da democracia.
O que escrevem e entregam :í pqblicidado os gestores do
um partido desprestigiado e vencido por outro pm opposição,
uca destinado a uma triste pagina da historia politjca da lie-
publica, denunciando uma alta do Exercito, «de
patente mãos
dadas» com os déspotas da oligarchia parahyhana, prompta a
soterrar, sob pretextos imaginarios, as iniciativas dos que se
defendem ao lado da lei. 1
Infelizmente, a população desta capital assistiu, ainda
ante-nontom, a mais uma das scenas do vandalismo de nossos
contenaores, levando á recepção offerecida ao
partidária ge-
nora! lorres Homem a escoria dos arruaceiros, armados a re-
benque, a pistola Mauser e a sipó-púo, desafiando os adeptos
do partido adverso a fazerem manifestação
qualquer de sym-
pathia a seu candidato, em presença do interventor e chefe do
districto militar, tendo agora a sede entre nós.
Na gare ua estação da Great-Westorn. como na praça pu-
blica e nas ruas desta cidade,
levas da alludida rocepção des-
filaram, vomitando descomposturas ao partido Qpposioionista,
a seus chefes e a seu candidato á do Estado
presidência l...
De hombro a hombro com as autoridades policiaes, os des-
ordeiros (lavam tiros e verberavam insultos á dos in-
porta
fonsos a esta situação anarchica o desgraçada, no seio
da qual
o chefe do districto permanece sorridente o affcctuoso, roce-
bendo homenagens dos avnvrchizadores.
SESSÃO EJVI 21 DE SETEMBRO DE 1912 313
nante.
Promptificamo-nos a indicar os nomes dos aggredidos e
os onde foram vivar a S. Ex., e ao partido situacio-
domicílios
nista, mostrando afiados o sangue dos
punhaes para derramar
que forem ás urnas levar seus votos contra os candidatos offi—
ciaes.
E' assim que uma oligarchia vencida cede seu logar á ou-
tra a fundar-se sob os auspícios do poder absoluto no regimen
republicano !
querGomo que seja, nós saberemos cumprir nosso dever,
Documento n 21
Rio, — Diga-me
30 consta acerca marcha cangaoei-
que
ros, si os que marcham sobre Soledade são os mesmos que
cercam Teixeira, ou si esta villa continua atacada.
Diga-me quaes disposições forca federal destacada
também
Campina, e da — Epitacio.
quo elementos dispõe defesa cidade.
Eis um documento do alto valor pelo qual se verifica quo
o Dr. Epitacio teve a veleidade de mandar fiscalizar o proprio
inspeotor regional general Torres Homem.
E' o extremo da vaidade e do egoismo.
Documento n. 22
PRESSÃO ELEITORAL
«Campina Grande, 22 — Em de
virtude grande compressão,
ia opposiçao deste município resolveu fazer abstenção, afim de
evitar honrar com de pleito a victoria da intervenção
caracter
armada. Aguarde carta.— Affonso Campos.— Monsenhor Sal-
les, ex-bispo do Maranhão. — João Lourenço.»
Esse despacho
não differe, a não ser pela procedencia, de
muitos que o coronel recebeu, evidenciadores todos elles
outros
d" que os opposicionistas
parahybanos não poderam comparecer
ás urnas, em virtude da ar,cão compressora do governo estadual
e das forças federaes commandadas general Torres
pelo
Homem.
314 ANNAE3 DA GAMARA
Documento n. 23
ELEIÇÃO PRESIDENCIAL
Pede deferimento.
Documento n. 24
TORTUOSA POLÍTICA
plausos.
Alii das urnas, ou antes do bico da pemia
está como sahiu
da mesa eleitoral
protestante de outros otempos, o Sr. Dr.
Castro Pinto, para
exercer a funeção de presidente do Estado,
Documento n. 25 „•
Documento n. 26
Viencidas
40 ou 50 léguas em tres ou quatro dias, alcan-
çavam, exhaustos, o tal ponto «ameaçado», e ao envez de
encontrarem atacantes deparavam apenas com os oligarchas
locaes que, cercando-os de seducções e artimanhas, procura-
vam transforinal-os em cabos eleitoraes, ao que absoluta-
mente elles, não se prestavam, repellindo com altivez os vis
corruptores. Decorridos dous ou tres dias, novas or-
dens recebia o Sr. Torres Homem da Parahyba, apressava-se
em cumpril-as e os pobres soldados seguiam para outros
pontos.
Fazia dó vel-os ao longo de veredas invias, marchando
sobre o sólo pedregoso, de seixos arnulados, famintos, esfar-
rapados, sujos, com os pés ensanguetados, em peregrinação
horrível desertos, terem para animal-os a convi- sem
pelos
cção de
servirem a uma causa justa. Servirem contrafeitos,
desolados, porque o Si*. Torres Homem, abusando desse admi-
ravel espirito de- disciplina que caracteriza o soldado brazi-
Documento n 27
A INTEKVEMÇÂO
punidade. ...
Furiosos o allucinados os perseguidores peja resistencia
Documento n. 28
Documento n. 29
gravidade.
O
Dr. Ferreira de Abreu interrompeu-se para proseguir:
Deante daquella monstruosidade, fiz o que devia: di-
rigi-me ao commandante, para que elle mandasse immediata-
mente transferir ospresos da solitaria. Assim se fez. Encon-
trei então o João Cândido e outros, em estado desgraçado, aos
Dei os
passos que a minha posição especial me determi-
nava que fizesse. Voltei á ilha, já munido dos papeis impressos
as certidões. Dei como causa de obito insolação... So-
para
ria uma vergonha que eu declarasse, nesse documento, que
aquelles homens morreram de inanição e asphyxia...
E depois desse acontecimento?
Desde o dia em
que ella foi scientificada da morte de meu
inesquecível irmão,
se acha de cama, entregue aos cuidados do
Dr. Bento Rodrigues, e de certo não se levantará mais.
O Eximo Sr.
Hermes, Marechal
que, além de chefe de fa-
rnilia exemplar, diz-se
escravo da justiça, não deverá esquivar-
se a punir o responsável aquelles crimes. Roca e Car-
por
leto não praticaram maior delicto, nem houve tantos requintes
de maldade no seu acto criminoso. Todavia, os crimes desses
homens apavoraram o Brazil inteiro. De toda a parte foram
soltos brados de indignação e de protestos e para escaparem do
furor popular, que pedia a cada momento os seus lyncnamentos,
na praça publica, foi a intervenção rigorosa da
precisa poli-
cia. ao contrario teriam succumbido nas mãos do povo altivo e
independente desta Capital. Por fim, justiça foi feita e acham-
se elles condemnados a trinta annos de prisão. E' que
preciso
o mesmo se faça ao responsável
pelas mortes occorridas na ilha
das Cobras.
Urge que a Marinha brazileira se lave do semelhante
affronta, eliminando do seu seio elemento
para tão degradante
ella; é preciso que o Presidente da Republica df; uma satis-
fação á sociedade brazileira. mandando responsabilizar o autor
do grande crime da ilha do Martyrio e se os poderes competen-
tes não tomarem em consideração o pedido de punição do cri-
minoso, caberá ao heroico povo do Brazil fazer a justiça que
lhe fôr negada, em um impulso de patriotismo e de indignação!
E' em nome de minha angustiada mãe, como já vos disse,
que, talvez, ao ser publicada a presente carta, não tenha mais
vida. e nue será também arrancada pelo monstro mandante dos
assassinios da ilha das Cobras, que vos peço continuar a pedir
a punição do assassino de meu irmão. Ao povo brazileiro eu
também peço que faça a justiça que o caso requer, e que se
desaffronte de tão grave attentado. A indignação que mo vae
SESSÃO KM 21. DE SETEMBRO DE 1912 329
PAHECERES
N. 112—1912
para viver, pede uma pensão igual ao soldo a que teria direito
oomo sobrevivente ao seu marido, si, por circumstancias a
Cmmissões,
Sala 20 de
das setembro do 1912. — Ribeiro
— Manoel Borba, relator. — Antonio
Junqueira, presidente.
Carlos.—João Simplieio. — Caetano de Albuquerque.—Felix
Pacheco. — Homero Baptista. — Galeão Carvalhál.
N. 113 — 1912
Ferro do Brazil
Central a sua reversão ao serviço, e que esta
lhe loi — accrescentando
negada,
que, tendo recorrido para o
mmistro da Viação, era requerimento de 30 de novembro de
1903, ioi então attendido, «tendo voltado ú effectividade de
•suas iuncções, por eífeito do aviso de 5 novembro
de de
¦».
1904
Allega ainda o requerente que, em petição de 3 de julho
de 1900,pediu que lhe fossem pagos os vencimentos que dè.ixou
de pereeber durante o tempo em esteve afastado do
que seu
cargo, mas que o seu requerimento foi indeferido despa-
por
cho de 29 de janeiro de 1907. Recorrendo
para o Poder Judi-
ciario, afim de conseguir a decretação da nullidade daquelle
despacho, o autor teve sentença favoravel do federal da
juiz
Segunda Vara deste Districto, o «julgou
qual procedente a
acção para, annullando aquelle despacho, assegurar ao autor
o direito aos vencimentos que deixou de perceber desde 27 de
setembro de 1900 e que já não estavam ao tempo
prescriptos
em que foi proposta a acção ».
Por fim, allega aindao peticionario que, não tendo a sen-
tença referida abrangido « o decurso do tempo e,m que o re-
querente esteve aposentado, isto ê, de 24 de maio de 1897 a
27 de setembro de 1900, mas sómente desta data em diante »,
recorria elle ao Congresso Nacional, este lhe relevo
para que
a prescripção em_ que porventura tenha incorrido.
A petição não foi instruída por documento algum, salvo
um retalho de jornal com a sentença do juiz federal da Segunda
Vara, — documento este que srt teria authenticidade si o
jornal
fosse o Diário Official.
indevidamente aposentado.
O peticionario liquidar o seu
para
direito recorreu ao
Judiciário, Poder sentença ainda
que, por
não passada em julgado lhe reconheceu direito aos vencimen-
tos a contar de 27 de setembro em diante. O
pedido não contém
outra informação além de um retalho de jornal com a sen-
tença de. instancia da qual houve appellação official.
primeira
Judiciosamente resolveu a Commissão de Constituição e
Justiça indeferir o pedido, indébita e inopportuna
por julgar
a intervenção do Legislativo em caso affecto ao Judiciário, em
parecer que a Commissão de Finanças adopta.
N. 114 —1912
Sala das
Comini&sões, 20 de setembro de 1912. — Ribeiro
Junqueira, — Manoel Borba, relator. — Galeão Car-
presidente.
vallial. — Homero Baptista. — Felix Pacheco. — Caetano de Al-
buquerque. — João Simplicio. — Antonio Carlos
N. 115—1912
«E' igualmente
autorizado a mandar contar
para todos os ei feitos, aos aspirantes que serviram na
esquadra legal e ilotilhas
e foram commissionados' em
guarda-marinha, todo o tempo
que estiveram embar-
cados, como serviço de campanha».
O capitão-tenente recebeu Lynch,
que vencimentos de
campanha ate dezembro de 1894
e que só perdeu a commissão
cie guarda-marmha a 31 do citado
mez e anno, afim de conti-
nuar, como aspirante, o curso da Escola Naval, entende que o
*'0i, acima
P- referido e cujo único
IwPf ( paragrapho
licou transcnpto para melhor clareza deste parecer, deve se
estender ate o momento em que desembarcou dos navioa da
esquadra.
Si o da Republica,
governo por actos expressos, como seja
°, a™°
?•!;'¦ > do Ministério da Marinha, expedido ao chefe
<io instado Maior General da Armada em 30 de julho de 1895,
declarou, conformando-se com o parecer emittido Su-
pelo
premo Iribunal .Militar, as datas até quando
quaes se, deveria
contar como de campanha os serviços
prestados nos navios, ou
losse no Rio, ou em Santa Catharina e Rio Grande do Sul, ó
.claro que os limitesjndicados
marcam a terminação das opera-
çoes e a incorporação dos demais vasos: de guerra à esquadra,
que üahi em deante não tinha mais que ser differenciada de
outra com o qualificativo — legal, a que se refere a lei n. 404
em seu paragrapho único.
A allcgação
do requerente de que recebeu vencimentos de
campanha dezembro ate
de 1894, emquanto que o® seus ser-
viços loram computados, como de campanha, sómente até abril
do mesmo anno, não isto, esse acto
procede, por que do Go-
verno não pode exprimir que a esquadra se achasse em ope-
rações de guerra.
Sala
das Coinmissõej, cm setembro de 1912. — R. Paixão,
— Antonio Nogueira, relator —João
presidente. Vcspucio de
Abreu c. Silva.—Souza e Silva.—J. Augusto do Amaral.—
Mario Uermes. — Raymundo Arthur.
SESSÃO EM 21 DE SETEMBRO DE 1912 333
PROJECTOS
N. 214 A—1912
seu serviço.
Elle fonstitue um grande passo para a regulamentação
das reservas com que deve contar a Marinha para os casos de
emergencia e o consegue sem violência ou constrangimento
para quem quer que seja. E' uma isimples applicação á Armada
da lei que, estabeleceu o sorteio e alistamento para o Exercito
adaptando-a á Marinha, de accôrdo com as condições especiaes
dos indivíduos.
Como primeira consequencia resulta do projecto que os
•membros do Tiro Naval ficam desde logo isentos de servir no
— R- Paixão,
Saladas Commissões, 19 de setembro de 1912.
— Augusto Carlos de Souza e Silva, relator.—
.presidente.
— H. Ar-
João Vespucio de Abreu e Silva. — Antonio Nogueira.
— Mario Hermes. — J. Augusto do Amaral.
thur.
334 ANNAES DA CA MAU A
N. 214 — 1912
N. 202 A — 1912
N. 337 — 1912
Sala/das
Commissões, 10 de setembro de 1912. — Ribeiro
Junqueira, — Caetano de Albuquerque, relator. —
presidente.
Antonio Carlos. — João Simplicio.—M. Borba.—Felix Pa-
checo. — Homero Baptista. — Galeão Carvalhal.
N. 338 — 1912
N. 9 A —1912
nub-enienda da de Finanças
Sala Gommissões,
das 20 de julho de 1912. — Cunha Ma-
chado, presidente.—
Gumercindo Ribas, relator. — Porto So-
brinhú. — Henrique Valga. —- Carlos Mjaximüiano. — Nicanor
do Nascimento. — Mcira de Vasconcellos.
SESSÃO EM 21 DE SETEMBRO DE 1912 339
Sala Coniinissões,
das de setembro de J 912.—Ribeiro
Junqueira, presidente.
— Antonio Carlos, relator. — Galeão
—-Ma-
Carvalha!. — Felix Pacheco. — Caetano de Albuquerque.
nocl Borba. — Homero Baptista. votei pela creação dos labora-
torios e contra o estabelecimento da taxa addicional. — Joãx)
Sirnplicio, vencido. Para crear os novos laboratorios de analy-
ses nas alfandegas de Santos, Belém, Recife, S. Salvador, Porto
Alegre, S. Luiz e Fortaleza e melhorar as condições do
pessoal
e do material do Laboratório de Analyses da Alfandega desta
o — a
Capital, rrèa sob a. rubrica—-Taxa de analyses
projecto
taxa addicional de Vh ;%i sobre os direitos de consumo, papel.
¦Não me de bom aviso aconselhar a creação dessa
parece
nova taxa addicinoal 110 momento actual, em que todos procla-
mam acliar-se esgotada a capacidde tributaria do paiz o ser ne-
reduzir se pro-
cessario as despezas publicas ; nem justo que
curo'sujei lar a um novo ônus todos os produetos importados,
¦est.ãò
actualmente, desces sómente os alimentícios
quando,
obrigados ás taxas de que Iratam a>< tabollas que acompanliam
o art. 5o da lei n. 81::, do 23 de dezembro de 1901.
Si as condiçõesfinanceiras do Tehsouro não permittem quo
Ao único do art. 2o :
paragrapho
: —com os Governos dos Estados —,
Depois das palavras
accrescente-se : e dos municípios.
Projecto n. 9, de 1972
§ Os saldos
2." d'a receita adquirida com as providencias
desta lei de uns outros exercícios financeiros,
passarão para
em escripturação especial, até completa organização e instai-
lação dos serviços de analyses nas alfandegas.
Art. 6.° A installação dar-se-ha á medida que o Governo
fòr obtendo habilitado para esse fim.
pessoal
Art. O Governo 7."consolidará a legislação relativa á no-
cividade das bebidas e alimentícios, fazendo alte-
produetos
rações (pie julgar convenientes, podendo confiar a organização
desse trabalho a uma commissão de chimicos e de hygienistas.
342 ANNAJ1S UA CIAM A HA
portador.
§ 2." ü inspector da alfandega qual estiver
na depositada
a mercadoria condemnada marcará razoavel afim de que
prazo
o importador a reexporte, communicando-o telegraphicamente
aos inspectores das outras alfandegas, com o fim de impedir
a sua entrada nacional. em porto
8 3." Findo o prazo, si não frtr prorogado justa causa,
por
eerá a mercadoria inutilizada e imposta a multa de um conto
de róis ao importador, de accArdo com o art. 15 da lei n. 489,
de 1F» de dezembro de 1897.
§ 4.° As demais alfandegas, recebida a communicagao de
haver sido condemnada mercadoria, não darão sa-
qualquer
hida a idêntico, do mesmo fabricante ou exportador,
produeto
sem analyse, deverá ser requisitada do copforjru-
previa que
dade com o art, 4.,
§ 5.® EsBa protjibíç&o será levantada nas alfandegas que
não tiverem laboratorio, desde, que em novo exame o Labora-
isento
torio de Analyses da Alfandega do Rio de Janeiro declare
de substancia nociva o mesmo produeto.
(5.° O interessados podem recorrer das condemnaçõe6
§
Rio de Ja-
dos laboratorios nos Estados para o Laboratorio do
nova ana-
neiro e das próprias condemnações deste para uma
outro caso, por uma
lyse, que deverá ser procedida, em um e em
de tres ehimieos deste mesmo laboratorio, sendo
commissíío
dous tirados de uma escala organizada annualmente, pelo dire-
"»
ctor, ficando suspensas as determinações dos §§ 1" a ató de-
cisão final. . . „„ , , ,
interposição de recurso o interessado terá o
§ 7." Para
na Nova Consolidação de Leis das Alfandegas,
prazo estatuído
da intimação feita a reexportação da merca-
a contar para
doria. _ .. ,
de interposição de recurso, serão retiradas
§ 8.° No caso
tres amostras da mesmn partida, soido uma do volume d° qual
SESSÃO EM 21 UE SETEMBRO DE 1912 343
TABELLA A
29 129:200$000
Material :
263:076$990
SESSÃO EM 21 DE SETEMBRO DE 1912 345
TABELLA D
32:200$000
Material :
75:372$450
TABELT.A C
16:300$000
Material :
25:100.5000
Quotas :
167:9613647
TABELLA I)
4 9:200*000
Material :
13:800*000
13:800* 27 :600*000
Dous laboratorios a
SESSÃO KM 21 Dlá SETEMBRO DE 1912 347
Quotas :
44 quotas no
laboratorio do Mara-
nlião 6:137$428
44 quotas no laboratorio do Ceará.. 5:080$944 11:218$372
38:818$372
TABELA E
Despezas de installação,
gratificação aos empre-
gados encarregados de fazel-a, acquisição
do material necessário, cada um a 50:000$. 200:000$000
Laboratorios de Analyses das Alfandegas do
Maranhão e Ceará :
476:000$000
Despeza :
Total 544:959$459
Receita :
Despeza :
—De en-
O Sr. Martim (movimento de attenção)
Francisco
viamento do Paulo recebo e de S.
agradeço, Sr. Presi-
governo
dente, a Synopse da Receita e Despeza, Activo e Passivo do Es-
tado de S. J'ai(lo em 30 de junho de 1912 ; leio-a e, acto conti-
SESSÃO KM 21 DE SETEMBRO DE 1912 349
UlíQU EIUMKNTO
Vol. w
354 ANNAES DA GAMARA
r
Apresentaram propostas:
annos.
N. 2 — Société Française d'Entreprises de Dragages e do
Prazo, 70 annos.
N. 5 —Oliveira, Almeida. & Comp. o Oscar de Almeida
'i9
Gama. Preço, 9.751 : 538^320. Prazo annos.
lei de 188G.
porto de Jaraguá a
Esta lei foi no orçamento da
emendaAgricultura feito
l'or de carga
tonelada importada ou exportada para o
0110
de 1880 nem a de 1887 foram, porém, applicadas
Nem a lei
em contractos. .... .
serviu do base a concurrencla,
pois foi essa lei de 1886 que
sobre taxas duplas.e inconstitucional cx-vi dos
nrovidenciando
claramente redigidos, quanto
arts 7" e 0" da Constituição, bem
da cobrança de taxas sobre importação e ex-
;i competencia
Dort icâo "vale
o Governo foi fez o edital e, por
Não dizer que quem
cabia .dcfendel-a. . .
isso,
o tarde reparar o erro..
Erraix htímanum est e nunca para
SKStiÃO KM 21 D li SKTKMBBO l>12 1912 317
iracto
Ministro fez ouvir ainda o da directoria do
O Sr. pessoal
ministério. . .. .
Ilelvecio Limoeiro não opina annuliaçao, eu-
O Sr. pela
o edital é lei da concurrencia o que as propostas
zendo que
edital. Não a lei do 188(> nem
estão dentro do discute, poróm,
Acceita-o e conclue approvação da proposta
o edital. pela
Amorim Leão.
Costa Couto acceila o edital. i\ao o
O Sr. Dr. também
oada qual
O Sr. ministro, pareceres,
vendo a balburdia dos
concluindo de uma fôrma sol) pontos ue \ ista
o argumentando
escolher uma pro-
üifferentes, viu-se na impossibilidade de
ora o derivante dessa anarchia
posta e verificando que o edital
a pelo despacho
resolveu sabiamente annullar coneurrenoia
a Camara conhece.
que
358 ANNA15S DA GAMARA
17
«Recife, de setembro — Dr. Vicente Meira — Ban-
— Rio — Nome diocese conjuro
cada pernambucana pernam-
bucanos salvarem familia brazileira. — Arcebispo.»
SESSÃO 131 21 UE HDTIi.YlBKO UK 1 í> 1J 359
ORDEM DO DIA
(Pausa.)
Vou submetter a votos o requerimento da Commissão de
DECLARAÇÃO DE VOTO
PUO.I ECTOS
N. 239 — 1912
-I912. —Manoel
Sala das sessões, 19 de setembro do lieis.
— A's Commissões de Obras Publicas e Vi ação de Finanças.
e
N. 330 — 1912
N. 331 — 1912
— Jacques Ou-
Sala das sett-mbro de 1912.
sessões, 19 de
— Olei/ario — Aiij. do Amaral. — Paulo de
Pinto.
rique.
— Caetano da Albuquerque. — Florianno de Britto. —
Mello.
— Raul Cardoso. — Celso Bayma. — Souza e
Dias de Borros.
Silva. — A' Commissão de Marinha e Guerra.
N. 332 — 1912
N. 333 — 1912
respectivo pessoal.
respectivo pessoal.
Considerando quo «cm algumas delegacias fiscaes o nu-
particulares:
Considerando que aos empregados se deve proporciona!'
vencimentos que offereçam garantia á sua subsistência;
Considerando que, em taes condições se torna precisa, para
certas classes, a conservação dos vencimentos que estas per-
cebem actualmente, e se devem melhorar os de outras, conforme
s<< verifica do projeclo n. 4ÍÍÍÍ C, de 1910;
dos seguintes;
4" classr
2" classe
3a classe
o
o
o
VSc
O O O O OOOOOOOO O o o
OOOC^ 00000000 O O o
O o o o o OOOOOOOO O O o
Ctf WtiwwkviviviWtva Vi ViVi Vi
VI bo o o o o o o o o o o o o ao O
«3 <D o o o ^ o o o O O O O' o §0 O <N O
CO O O O ^OCOCO^ONO cm co o r-
an OO CO O G© —-t í— (M —< OfO I <M CO oo o
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o o o o o o o OOOOOOOO o
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o o o o o o o o • o o o o o o
o o o o o o o o o o §o o o o o
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SESSÃO EM 21 DE SETEMBRO DE 1912 371
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CÍ4
372 ANNAE8 DA GAMARA
N. 334 — 1912
do Nacional
Thesouro nos Estados, se constituirão, a partir
de 1 janeiro do corrente anno, de dous terços
de (2|3) de orde-
nado e um terço (1|3) do gratificação, exceptuando-se os dos
funccionarios e empregados da Delegacia Fiscal no Amazonas,
21 de
setembro de 1912. — Netto Cam-
Sala das sessões,
— Meira de Vasconcellos. — Lourenço de Sá. — Manoel
pnllo.
— Erasmo de Macedo. — Florianno de Jiritto. — Dias
florba.
SESSÃO EM 21 DE SETEMBRO DE 1912 373
N. 335 — 191
juizes.
§ 4." Os juizes substitutos de que trata o presente artigo
serão nomeados pelo Presidente da Republica dentre os cida-
dãos habilitados em direito e servirão durante seis annos,
com sendo dous
os vencimentos constantes da tabella annexa,
terços de ordenado e um de gratificação.
Art. 2." Aos juizes substitutos seccionaes, nos Estados e
a) de direito criminal;
í») de direito constitucional;
r) de direito internacional, ou privado;
publico
374 AN NAUS UA UAMARA
litados em direito.
adjuntos do competem,
§ 1.° Aos procurador seccional
o respectivo juiz substituto, todas as attribuições eon-
perante
feridas ao procurador seccional pelas leis em. vigor.
referidos adjuntos receberão
§ 2.° Os e os ajudantes
do procurador seccional, ou directamente do pro-
instrucções
da Republiea.
curador geral
Art. 8.° Junto a cada juizo substituto, com séde fóra da
seccional, haverá um escrivão e tantos officiaes de
do juízo
forem necessários.
justiça quantos
será nomeado secção, na
§ 1." O escrivão pelo juiz de
na legislação em vigor, o os officiaes do
fôrma prescripta
pelo juiz junto ao qual servirem.
justiça
serão os da tabella annexa.
§ 2." Os vencimentos
N. 336 — 1912
Propomos o seguinte
PROJECTO DE LEI
o filho'emquanto menor.
Art. 2.° Revogam-se as disposições em contrario.
I" discussão
projecto n. 123 A, dedò 1912, do Senado,
concedendo amnistia aos implicados nas revoltas do Batalhão
Naval e navios da esquadra, em dezembro de 1910, e aos civis
e militares envolvidos nos acontecimentos de Mandos, em ou-
tubro do mesmo anno; com parecer favoravel da Commissâo de
Constituição e Justiça.
Entra em discussão o art. Io.
(2' discussão)
Onde convier:
Sala
das sessões, 21 de setembro de 1912. — J. Augusto
ao Amaral. — Rego Medeiros. — Netto Campello. — Aristarcho
Lopes. — fíueno de Avdrada.
requerimento
adensados'
a revolta, desde as 11 horas da manha, quando já
Vencida
e nas muralhas da ilha das Cobras a
tremulava nas ameias
a misen-
bandeira branca com que os revoltosos imploravam
a piedade do vencedor, continuaram en-
còrdia e supplicavam
t,.,,tanto metralhados, esmagados pelas forcas federaes, aniqui-
dos iwvios, das fortalezas e das baterias
liidos pela artilharia
dos regimentos legaes, ate as seis
4erra e pela fuzilaria
a noite vinha descendo sobre
da tarde, quando já
horas
da ilha das Cobras. _
aciuelles tristes escombros
só agora despertem 110 coraçao do Oo-
Pois é crivei que
de esses infelizes que elle
verno sentimentos piedade por
elle assassinou barbaramente, desde
uroorio massacrou, que
0 horas da tarde daquelle des-
ás H horas da manhã até ás
lia do crime
Pois, então, quando co-réos, quando a autoria
collectivn, a simples ausência de uns lautos indiciados é
?
obstáculo capaz de determinar a paralyzação do processo
Nunca !
se fogem,
Pafa aquelles que ausentam, para aquellos que
ha os meios regulares de direito e nos militares u.
processos
fuga ou a deserção não obstam o proseguimento da acção cri-
minai.
Morreram esses réos ausentes ? Foram fuzilados ? Pois ó
melhor que o Governo confesso claramente que os matou.
Fugiram ? Declare então o Governo que se ausentaram
para logares desconhecidos. Deportou-os o Governo, porven-
fura, para regiões invias, para os pantanos do Acre, afim de
morrerem inleccionados pela inalaria; ou cahirem sob as balas
homicidas do tenente Costa Mattos em Santo Antonio do Ma-
deira ?
Foram deportados ou foram assassinados ? Confesse o Go-
verno haver mandado assassinar ou deportar réos que estavam
entregues á acção dos 'tribunaes; confesse esse
que praticou
abuso de poder, esse crime monstruoso, irias não venha aqui
fingir-se hypocritamente de clemente e piedoso, co-
querendo
brir a sua culpa com o manto da amnistia, de que só elle ne-
cessita para si.
Não queira o Governo do Marechal Hermes simular esse
gesto de magnanimidade e zombar da desgraça desses misera-
veis fuzileiros e marujos, como se estivesse realmente a pro-
tegel-os com o seu misericordioso deslazendo-se em
perdão,
carinhos, transbordando de ternura e de piedade !
Seja como fòr, Sr. Presidente, o meu espirito é sempre
inclinado a negar a amnistia aos militares.
Não comprehendo a clemencia para delictos militares,
pois, uma vez concedida, será uma e um incita-
provocação
monto á renovação de outros attentados. A responsabilidade do
militar tí maior que a do civil. Elle
sabe que, por educação, por
disciplina, devores da sua
pelos profissionaes, pela psycologia
própria funcção e profissão, se encontra em uma situação muito
diversa da, do civil em face
dos acontecimentos políticos.
Não lhe é licito, empunhar nacionaes para
pois, as armas
pol-as ao serviço de urna só corrente da opinião
que por acaso
agite o
paiz, como nãio lhe é licito tão pouco ai ellas recorrer
para comprimir a outra em aquella >so divida.
parto que A
sua nussão ó superior ao jogo das ambições partidarias e ao
conlllcto das paixões que perturbem ou scindam os políticos
civis.
Vol. X
25
ANNAES DA GAMARA t
386
coanmando.
Não nem devo votar esta amuistia ! Ella é a. morte
posso
do espirito militar, é a impossibilidade da continuação da
ordem militar,
perturbaçãos é
a ameaça, permanente
a para a
ordem social e para a ordem civil.
O projecto submettido a consideração da Camara envolve
dous episodios de desordem e anarchia militar, inteiramente
dispares, inteiramente differentes.
Eu não comprehendo coino a Camara pôde associar ao
movimento de Mandos a rebellião, a insubordinação de uma
marinhagem incapaz de comprehender os seus deveres, revol-
tada nas águas «Ia babia do Rio de Janeiro, a massacrar, á
vista da
população da Capital da Republica, um grupo de of-
íiciaos nos seus postos de commando.
Considero na nossa historia militar, mal esboçada ainda
a pagina mais gloriosai, mais forte e a mais altamente expres-
siva da comprehensão dos sentimentos do dever militar, a
morte dos officiaes de marinha, assassinados nos seus postos
de commando, naquella occasião.
Não lia pagina, m>ni em Hiachuelo, nem em combato naval
nenhum, que mais deva orgulhar os brasileiros, que mais
deva elevar a nossa esperança no podei' militar do Bra/.il. do
que a inorle do almirante Baptista das Noves <•. dos seus offi-
ciaes nos seus postos de commando ! {Apoiados.
E' esta pagina que essa amuistia incomprehensivel vem
ea.nceltar na historia nacional !
Reclamo para a Marinha Nacional a dessa
permanência
gloria, que ella conquistou com o sangue generoso de seus of-
Não vejo
porque, quando dentro da marinha, iu- a aeção
telligente um ministro,
de modesto, mas capaz, tenta reconsti-
tuir a disciplina perturbada por aquelle movimento de loucura
collectiva dos marinheiros, o Poder Legislativo do Brazil possa,
vir perturbar a obra de reparação desse social,
phenomeno
que, sinão nos lançou para traz, aquelles tempos, denun-
para
ciados em uma obra notável de autor argentino, de anarchia e
ue caudilhismo daquelle irá, forçosamente, se reencetar
paiz,
com a amnistia votada militares
para crimes
que praticarem
políticos.
Em nenhumn_nação o, devo dizer,
... em nenhum periodo da
vida militar do, nao imporia,
que paiz, a partir da formação do
suas tropas armadas, se_compreliendcu
jamais que o militar,
coilocado em urna situação excepcional de obediência, pudesse
romper esta situação, no mesmo pé cie igualdade em que o
eivil, que so deve ao Estado — obediencia relativa dentro da
ordem civil.
O projecto o que quer ?
Quer transferir para a disciplina
militar a liberdade ampla
que os civis gosam em sua vida commum,
^'jSe, 0 no^.re deputado
pelo Districto Federal palavras
, '
^ crdade o palavras de sua
paixão, Disse estas, mas afflr-
,
PPmcipio, que reputo cardeal para podermos conti-
ai como naçao no continente,
perfazendo os nossos destinos
una,; respeitada, internacionalmente fallando:
raijilaros em insubordinação
rf não se concedem,
S' a a^ü(1S (í ° do
P.erdã° crime político, como ap-
«ii » V
"'' <|ue. esti'1 mhibido,
!n - pela sua funccão, da
nníi/:!õariüoo
P c a desse crime, cuja repressão a elle proprio incumbe?
Maximiliano —t- A historia
r»nnfíL?n" PAL0S do Brazil prova o
contrario, a começar
pela proelamaçâo da Republica.
íí"' 1)E Lacerda — Acceito
n„ 9 ^uruc,° o aparte do nobre
começar pela da Republica.» A
j proelamaçâo
P owamaçao da Republica não foi um episódio, mas urna re-
voluçao, e eu trato de episodios.
robelliões militares, naquellas em que os militares
^as se
IK> Brazil> o espirito do disciplina foi quebrado no
7a'11
Para se transformar a ordem civil, mas immediata-
r,,.,?'1;0
' mram os próprios militares ao lado
que se collocaram
cousas
delia>Va para obrigar a sociedade ao respeito
Um. 'u,na
syncope. Mas ao mesmo tempo em que
davim'"1
°- Bolpo, os
proprios militares se collocavam ao lado da
ordem
para a continuação da vida do
deha íyíwifJo? progressiva paiz,
novos princípios.
' muito differente, do caso de uma iitsubordi-
portanto,
390 ANNAES DA CAMARA
REQUERIMENTOS
1*,
quaes os nomes dos militares respondem a pro-
que
Cesso criminal militar crimes occorrido* em dezembro
pelos
de tUtO na Capital Federal, occasião das revoltas do Ba-
por
talhão Naval e de navios da esquadra;
2", quaes os nomes dos réos
que se acham presentes;
3", quaes os dos ausentes ou dos
que faltam e qual a causa
dessa falta ou ausência.
do — Eu Ialiar a
O Sr. Nicanor Nascimento pretendo
ceder a palavra si
favor do projecto, talvez V. Ex. me possa
o orador inscripto vae íallar contra:
— o Sr. Nicanor do
O Sr. Presidente Tem a palavra
desde vae íallar a favor do projecto e desde
Nascimento, que
não está presente o Sr. Josino de Araújo, lambem inscripto.
que
Estou convencido
de que não 6 responsável por todas essas
vergonhas officialidade
toda a da nossa marinha, mas é ver-
(jade que ha no seio aella, infelizmente, elementos- abusadores
de força e que dessa fôrma crearam
uma situação desagradável
para os seus collegas.
^marinhe
ílroject?- I10'0 ^ só das escolas
de a prendi z es i roa
que d,!Verao sahir todos os offi-
c 1 a es d e Marmha-
Mor i nhm nííoH òn j
obedecendo-se ao
seguinte critério:
^le
P°r aiH<n0i'amenl0 nos estudos e comportamento
moraV
2o) por vocaçãA vida
pela militar;
3o) por vocação vida
pela do mar.
dem do dia.
— Retornando ao assumpto da
tí"Sr. Corrêa Defreitas
entendo que ella deve ser dada aos marinheiros que
amnistia,
mais do se revoltarem contra as barbaridades
não fizeram que
excedem aos mais negros quadros da
e desbumanidades que
Inquisição.
Passa-se i'k
B, do 1912,
Continuação da 3a discussão do projecto n. 01
fixando a despeza do Ministério da Agricultura, Industria e
Commercio para o exercício de 1913.
Assim temos:
Ministério do Interior
Ministério do Exterior
Ministério da Fazenda
Ministério da Viação
(Média, 9.500:000$000).
Ministério da Marinha
(Média, 1.790:000$000).
Ministério da Guerra
Ministério da Agricultura
(Média, 1.250:000$000).
nistrativas ?
seriam acaso persuasivos e con-
Os seus argumentos por
a autorizarem uma reacçao demolidora
vincentes, de fôrma
'?
parte do Congresso
por
Sr. Presidente; ao ouvil-os, embora enunciados pela
Não,
do orador consummado que e^o
palavra magica o seduetora
acudiu-me â memória a narração
Sr. Nicanor do Nascimento,
do Mar Morto — O touriste que de-
que os viajantes fazem
inhospitas, depois de transpor um
manda aquellas paragens
.árido sob o reverbero da canicula escal-
deserto e pedregoso,
dante, chega 110 horizonte uma vegetação que julga
perceber
soffrimentos; caminha e, depois de ter per-
o termo de seus
lhe infinda, abeira-se de
corrido uma extensão que pároco
fruetos de um amarello appe-
arvoredos que teem suspensos
dir-se-hia que alli estavam elles como
titoso e empolgante;
soffrimentos experimentados em mvio de-
prêmio a tantos
mas, oh ! decepção: mal o viajor toca
serto asperrimo e cruel;
se desfaz elle em pó impalpavel, pois
o frueto appetecido
não é a flôr do enxolre condensado nos
que outra cousa q<ue
peza publica.
Assim tudo se justifica, mesmo aquillo que nos parece
inconciliável, como seja a altitude independente dos oradores,
O ¦ Calogeras —
, , Quando ante-hontem, adeantado
pelo
da nora, Sr. Presidente,
me vi obrigado a interromper a expo-
siçao, que vinha fazendo perante a Gamara, das notas postas
u margem do orojecto de orçamento
do Ministério da Agricul-
fura. com o fito de sujeital-as ao critério da Gamara, ia eu
encetar a analyse do coniuncto de
providencias que ao Governo
.Federal aprouve aconselhar ou acceitar para o combate eco-
nomico destinado a defender a nroducção da borracha brasi-
loira, assumpto se appellidou — —
que problema do norte
a meu ver com uma tal ou
qunl impropriedade.
Problema do norte é o da lueta en-
contra as seccas, já
caminhado em sentido de solução. Para isso. basta que sejam
seguidas as indicações dadas por esse distinctc.
profissional
e consciencioso, o Sr. frente da
Arrojado Tjisbôa, nuando á
mspectoria creou engenheiro
que e superiormente dirigiu,
cujos optimos serviços o Governo actual não soube conservar.
Para tratar do
problema da borracha, das medidas a ado-
nr.nr em sua defesa, cumpre definir os termos em que elle so
encontra,
examinal-o nas suas phases multinlices, desde o ini-
«''o até
o momento em oue ella é offerecida no mercado, em
concurrencia
com os similares de outros paizes.
Embora rapidamente, devo lembrar,
. para combater certas
opiniões
geralmente aceoitas ou, pelo menos, acceitas com
406 ANNAES DA CAMARA
certa facilidade,
que a borracha não é o producto de planta
única, ou grupo dereduzido de plantas. Não. Existe 110 látex
de numerosas especies, no caule, nas raizes, nas folhas. Encon-
tra-se sob a fôrma de globulos suspensos no liquido, do qual
se separa por coagulação, e podendo fornecer substancias mais
ou menos elasticas, utilisaveis, ou não, nas industrias.
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SESSÃO EM 21 DE SETEMBRO DE 1912 40Í
O Sr.
Calogeras — Convém notar os dados relativos
que
ao Extremo-Oriente, mais conhecidos mai« discriminados,
e
talvez, do os algarismos brasileiros, ainda se
que prestam a
larga discussão.
não haverá
preço definitivo da serinaa, mas que então já van-
tagem em empregar porque, em egualdade de preço, o pro-
dueto da seringueira será melhor do que o da borracha pro-
veniente de outraqualquer origem; a lueta, portanto, virá tra-
vada entre a Eevea sylvestre e n mesma arvore transmigrada
pecto.
A evolução das remessas dessas duas substancias é tradu-
zida algarismos seguintes:
pelos
Tons.
1908 1.413
1909 2.692
1910 15.312
¦1911 10.125
1912 15.721
1913 22.973
1914 30.0(57
1915 36.081
1916 43.297
Tons.
4913 «.518
•1914 8.982
1915 10.778
191(5 12.98't
pedil-a ?
Com essa especie de introducção, de definição prévia
dos elementos formadores do
phenomeno, tive por fim fixar
os termos do problema. Agora, já delineados i ses elementos,
deante de seu conjuncto posto em equaçílo, digamos qual a
solução possível.
Para evitar o desapparecimento da industria seringueira
do Brasil, examinemos as
parcellas componentes do preço de
custo. Façamol-o„ entretanto, sómente em relação ao Brasil.
SESSÃO EM 21 DE SETEMBRO DE 1912 417
O Sr. Caloqerar, ¦
Agradecendo á Caniara a
prorogaçao
concedida, volto á < considerações
que vinha fazendo.
Cinco grandes, immensas vantagens tem o producto extre-
mo-oriental sobre o producto brasileiro.
_ O salario, em primeiro logar, que é em média nas planta-
çoes da Malasia. no momento actual de. alta, de um dollar.
Trata-se do dollar dos Estreitos, valendo cerca de 3 francos,
ou, ao cambio vigente, 1$700. Quem quer que esteja a par da
producção 110 valle do Amazonas, sabe que lá se chega a pagar
ate dez vezes mais, conforme o numero de látex
de baiões
colhidos.
Ao todos
contrario,
elles são centros, onde se encontram
elementos^ para sustento do habitante. Em contraposição ao
ue se dá comnosco, onde tudo se importa, ató os generos
e primeira necessidade, com fretes altíssimos.
Finalmente, o regimen fiscal é tolerável e humano no
Extremo-Oriente.
Entre nós o regimen fiscal °|°
chega a extorquir cerca de 25
do producto, não calculado sobre -sobre
preço do mercado, mas
pautas por vezes superiores as cotações correntes...
ruins.
Algumas optimas, perfeitamente judiciosas, que corres-
inteiramente aos termos especiaes do problema a
pondem
solver. Outras muito mais discutíveis, algumas positivamente
más e mesmo, a par de idéas aceeitaveis, algumas- ha, é do-
connexão.
E' com essa orientação organica que vou entrar na ana-
productoras de gomma.
A lição, deve ser aproveitada; 6 á Tlevca que
portanto,
devemos auxiliar.
Não se comprehendeque, dentro no Brasil, estejamos a
auxiliar concurrentes locaes, para com e.llcs gastarem recursos
Alem disso,
própria a
industria exige sé não aban-
que
done completamente
a extracção direeta do látex das arvores
nativas, e isto porque está verificado
que o produeto sylvestre
apresenta sobre o cultivado uma grande vantagem do ponto
de vista da resistencia, do que se chama o nervo da borracha.
E', portanto, a própria industria que está a exigir por
parte dos produetores deste genero a continuação de esforços,
afim de se não perderem as reservas naturaes de seringueiras
e o aproveitamento do seu látex.
Envidandotodos os esforços, com tensão maxima e inin-
terrupta, por obter normalmente o caoutchouc de cultura, é
imprescindível manter e favorecer a exploração racional das
florestas onde a Ilevea abunda.
essa tarifa é terrível mesmo para nós do Sul, onde temos en-
tretanto culturas do mantimcntos, muito mais séria,muito
mais
oppressora, muito mais é para as
premente, populações do
Amazonas, onde esta cultura não existe. {Apartes.)
O facto da elevação das tarifas alfandegarias, augmen-
tando o custo da vida nesta região, reflecte-se immediatamente
no salario, e dahi o exagero dos fretes a o nobre Deputado
que
se referiu.
Olhando para esse aspecto da questão, tanto o decreto
legislativo, como o regulamento do serviço da borracha, en-
carando o problema tarifario, firmaram a necessidade da
exoneração aduaneira de determinados O regulamento
generos.
dos serviços traz uma longa lista as
em que veem capituladas
ferramentas, os utensílios o serviço da borracha, as
para
substancias chimicas, eoagulantes, dissolvcntes, colorantes e
outras, aos_quaes se deve applioar o regimen de favor, a in-
teira isenção
de impostos, desde sejam introduzidos no
que
Brasil para a industria nos occupa.
que
Sr. Presidente, ou comprehendo esse favor. Mas talvez se
tenha ido um pouco longo mais; não havia necessidade dessa
isenção completa, e bastaria uma taxa módica.
O problema principal não é este, entretanto, sinão o en-
carecimento da vida, o exagero do preço de custo do produ-
cto, em virtude do despropositado valor dos
generos de alimen-
tação mais communs.
Não é o facto devido ás substancias chimicas, a esses mil
e um objecto de consumo que veem enumerados no regula-
mento sobre a borracha.
O Sn. —Calooeras
Isso se applicaria sómente áquelles
que permanecem na região; mas os que vão e voltam, e são
os que representam a maior parte do movimento demographieo
local ?
E ainda restaria a de saber si se
questão prestariam as
terras ribeirinhas dos grandes rios onde ha Hcvea, ao cultivo
de mantimentos.
O Calou eras
Sr. — Era o que refere o nobre
possível
Deputado pelo Amazonas, o Sr. Luciano Pereira, cujo nome
declino data venia. quando a extracção se cifrava por alguns
milhares de toneladas por anuo, em zonas que não precisavam
de grande extensão para fornecerem essa producção. Hoje, o
caso é de dezenas de milhar de toneladas, e, em vez de acces-
sorio da actividade se tornam
própria dos habitantes da zona,
a razão principal, si não a causa única de existencias humanas
na região. Não ha comparação a estabelecer, entre
portanto,
duas phases tão dispares. Mas, prosigamos.
Rios
ha em que, apezar de ser annuo, continuo, o serviço
de beneficiamento em seus leitos, se não consegue dar condi-
Ções fio navegabilidade sufficiente.
Le qualquer fôrma, são sempre caras taes obras.
Não
se pode, portanto, de antemão, ar firmar que a immi-
gração extrangeira se encaminhará para ali, desde que existam
condições.
Bem vê V.
Ex. a complexidade dos elementos postos em
jogo. Cabe atéponderar, e V. Ex. o sabe, que este regula-
írienlo do serviço da defesa da borracha não recebeu um nome
*28 ' ANNAES DA GAMARA
muito apropriado,
porque, de facto, o problema é o da valo-
risação do do Amazonas.
valle (Apartes.)
Gomo consequencia destas observações, todo quanto se
cifre no melhoramento indispensável nas zonas produetoras
da borracha, nos melhoramentos das condições de navegabi-
lidade dos rios Purús, Xingú, em toda a zona seringueira, em
summa, é digno dos maiores louvores; e o regulamento e a
leique tratam do assumpto merecem neste ponto os maiores
encomios.
Vô V. Ex. que a minha critica não poupa elogios quando
defronta soluções que os mereçam.
(Apartes.)
Um outro serviço relevante, que já está iniciado pelo Go-
verno Federal, é o do saneamento. De immensas difficuldades,
entretanto, e talvez sómente o talento privilegiado do Os-
waldo Cruz o poderá solver. Ainda assim, uma serie de inter-
rogações passam pelo cerebro de quem reflecte sobre o caso.
Não devem, comtudo, desanimar a ninguém.
— Lembro ao 110-
O Sr. Presidente (soando os tympanos)
bre Deputado que está a findar a hora da prorogação.
alturas não são muito dominadoras, mas, em todo caso, não são
'
pontos alagadiços. .
SESSÃO EM 21 DE SETEMBRO DE 1912 43J
ORDEM DO DIA
3" discussão do n.
projecto 298, de 1912, autorizando a
aixuura. do cccdito '7:200$
extraordinário ifc. oecorrer
para
no paKum.;nlo devido a Arilrur Martins r.opeq, em virtude de
sentença indiciaria:
1" discussão do
n. 275 A,
projecto de, 1912, tornando ex-
tensiva aos juizes
federaes de 1° instancia o seus substitutos
a
disposição do art.
3°, n. III, da lei n. 2.356, de 31 de dezembro
de 1910, relativa a cobrança em estampilhas das custas judi-
eiaes; com parecer favorável da Commissão de Constituição e
J ustiça
Discussão única do
projecto n. 30 i, de 1912, autorizando
a conceder a Joaquim de Macedo Gosta um anno de licença,
com todos os vencimentos; com favoravel da Com-
parecer
missão de Finanças e voto em separado e emenda dos Srs. Ri-
beiro Junqueira o outros;
3* discussão projecto do
n. 213, de 1912, creando o logar
de zelador do Museu
Naval, annexo á Bibliotheca de Marinha,
com os vencimentos e garantias idênticos aos dos mestres do
Arsenal de Marinha; com parecer favoravel da Gommissão de
Finanças (vide projecto n. 300, de 1911);
3a discussão
projecto n. 279,dode 1912, autorizando a
abrir, pelo Ministério do Interior, o credito extraordinário do
4:200$, ouro, para pagamento do prêmio de viagem conferido
ao Dr. Carlos Lconi Werneck;
2' discussão
do projecto n. 325, de 1911, mandando con-
siderar para todos os effeitos por actos de bravura praticados
na campanha de Canudos, com antigüidade de 15 de novembro
de 1897, a promoção do 1" tenente do Exercito Francisco das
Chagas Pinto Monteiro a este posto; com da Commissão
parecer
de Finanças;
3» discussão do
projecto n. 210 A, de 1912, do Senado, au-
torizando a abrir,
pelo Ministério da Justiça e Negocios Inte-
riores, o credito de 8:940$, supplementar á verba da consigna-
ção _— Pessoal — da rubrica 6a do art. 2o da lei n. 2.544, de 4
de janeiro de 1912; com parecer favoravel da Commissão de
Finanças;
Vol. s*
ANNAKS DA GAMARA
Abre-se a sessão.
SESSÃO EM 23 DE SETEMBRO 1)E 1912 43S
EXPEDIENTE
Offieios :
Nacional :
MENSAGEM
PROJECTOS
'propósito
do segundo annivcrsario da ratificação do tratado
A
Mirim-J aguarão
Peru':
Capella da Humanidade
(Effigie á Humanidade)
fls. 18 a 21.)
(Extraoto da circular annual de 1909,
as «eguintes reile-
à esses documentos devemos juntar
do Barao oo mo
xões feitas occasião do fallecimento
por
Branco, apreciando a sua carreira política:
A essas só 'temos
considerações a accrescentar, como íi-
zemos no ultimo
domingo — 15 de
(7 de Shakespeare corrente
setembro corrente) em nossa predica, que, para dissipar todas
as apprqheituõe$ sinceras Acerca dos quo Para a indo-
perigos
nossa.cara
pepdencia da irmã a Republica do Paraguay e para
a -paz sul-americana, se imaginava poderem provir do can-
reliameiito da exocrantlfl divida, bastaria, no respectivo tra-
tíido-fraternalmente reparador, inscrever uma cláusula con-
Svènienté.
E' o que se conseguiria declarando que a divida só ficava
cancellada emquanfo a nossa irmã a Republica do Paraguay
continuasse a ser nação plenamente autonoma, fora de qual-
quer alliança política cçm outra nação:
qualquer
Quanto á divida de
guerra que impuzemos, sob pressão,
ao paiz vencido, como o
preço da sua liberdade, de que fomos
portadores voluntariamente, não se justifica; e, sob o ponto
de vista de direito internacional, ella é e seria insustentável.
E' uma divida já condemnada pela opinião unanime da
Nação.
SISSSÂO EU 23 de' SETEMBRO i)E 1912 445
PROJ EGT0
PARECER
. N. 116 — 1912
Votos
DECLARAÇÃO DE VOTO
Todas
essas torpezas eram, Sr. Presidente, praticadas
sob protecção da lei corruptora que permittia,
a com a sobre-
vivência dos esposos anteriores, a realização de novas nupcias
e tantas quantas as paixões e a impudencia creavam na ima-
ginação dos homens, que haviam perdido a noção da dignidade
e da honra. Isto ora praticado, com a mesma facilidade, tanto
pelos nobres como
pelos plebeus, tanto pelos ricos como pelos
pobres, tanto
pelos soberanos como pelo mais humilde dos ci-
dadãos romanos. César, Antonio, Pompeu, Octavio contra-
hiram vários casamentos pela pratica do divorcio, cujo abuso
chegou ao ponto, que, mesmo nesse de corrupção,
período
era uma grande honra para a mulhe,r romana o ter em toda
a sua existencia contrahido um só casamento e nelle ser con-
,servad(>._ Para commemorar essa virtude, perpetuando-a á
admiraçao dos posteros, escreviam na lapide sepulchral
o epitaphio «Cônjuge inclytae univirae»— Aqui
piae, jaz
uma esposa pia, inclyta,
que só teve um marido. Havia, assim,
para honra da humanidade, na Roma dissolu'ta, ainda um
resquício de preito á moral e á virtude.
O
Freire de Sr.
Carvalho Filho — Si o casamento não
fosse -sua
própria natureza
por indissolúvel e perpetuo não se
differenciaria da união sexual dos animaes írracionaes, dos
que na escala zoológica occupatn logar inferior ao rei da
creação. (Apoiados.)
pam o orador.
SESSÃO KM 23 1)13 SETEMBRO DE 1912 453
{Apoiados).
'lei,
sidade da adopção desta pois o que temos na nossa legisla-
que nos querem atirar, mas é contra esse tremendo mal com
que nos ameaça o divorcismo, que se revoltam, que protestam
o reclamam minhas patrícias, meus conterrâneos e a nação
inteira em um sentimento unisono de patriotismo. (Apoiados,
muito bem.)
Não, Sr. Presidente, não seremos victima de tamanho
infortúnio. Não, absolutamente não. pela boa sorte
Deus vela
do Brazil. No céo azul de nossa patria fulgura a protegel-a
a brilhante constellação do Cruzeiro, symbolo da redempção.
O divorcio, eu tenho fé, e como eu minhas patrícias e meus
conterrâneos, não será nunca uma lei na terra de Santa Cruz,
na grande Federação Sul Americana, na nossa patria querida,
no nosso querido Brazil. (Muito bem, muito bem. O orador é
vivamente felicitado.)
'pag.
(1) Apud Assis Teixeira, Aguas, 17.
462 ANNAES DA GAMARA
a E
confusão que pairava na exegese dos textos cessou
e
yen com a límpida explicação r>: V.iuio, acceita pelo nosso
eminente Teixeira de Freitas. (7).
E' cousa commum a agua considerada physicamente e
como elemento da natureza;
o rio é sempre res alicujus.
E loi com este critério
que Teixeira de Freitas formulou
o $ b" (1(3 art.
Esboço,3^8 de seu
impondo á agua corrente de
propriedade particular uma servidão publica « de uso para as
primeiras necessidades da vida, se houver caminho publico
que a faça accessivel».
Eis como se explica o art. 1» do Codigo.
Eis ainda, como se explica o art. 2o, que transplantei do
Código Civil Portuguez.
Assumpto de maior realce, neste trabalho, me pareceu,
uescie logo, a classincaçao das aguas em publicas e particulares.
Estudarei agora as aguas de uso commum, tratando, em
primeiro logar, das correntes.
O direito romano deixou norma sobre a matéria.
Lram, alli, de domini-o publico as correntes perennes e
volumosas.
Improcede, como demonstrei em outro trabalho (8), a
contradicçao que os exegetas teem apontado entre os fragmen-
tos de Marciano e de Ulpiano, no Digesto e o preceito das
lnstitutas.
Este domínio não constituía, porém, um direito régio; era
o domínio da cousa publica de uso commum.
O regimen feudal alterou,
a norma romana. todavia,
Assim que, o «confundindo
direito de soberania com o
direito de propriedade, os cursos de agua entraram também
para o patrimonio do príncipe, e foram enumerados entre os
direitos régios ».
E, « cm eonsequencia das lutas entre principes e feuda-
tarios, distinguiram-se os rios navegaveis dos não navegaveis».
«Os
primeiros o ficaram
domínio do reservados
para
príncipe; os segundos, bem como os seus respectivos leitos,
foram submeti,idos á alta .justiça dos senhores,
que delles go-
savam como donos, dispondo ainda dos mesmos mediante con-
cessão a particulares ».(9).
Derrocada que foi a feudalidade, aquelles voltaram para
o domínio do Estado.
Assim:
privado. (18).
Nfi ltalia ha muito que o systema legislativo 6 pela am-
pátrio.
Assim, não acho inconveniência em se acceitar o moldo
clássico de nosso direito, com a ampliação que lhe dei.
Apenas, é mister, como eonsectario da ampliação feita,
alterar principio da
o Ordenação, estabelecendo-se, agora, que
as correntes de que se fazem os rios navegaveis ou íluctuaveis,
o) a fôrma
primitiva de confusão e de completa absorpção
do elementoindividual no elemento social, confirmada, por
outro lado, na ordem cconomica, ausência completa de
pola
qualquer industria;
b) a fôrma secundaria de distincção e de completa eman-
cipação do elemento individual do elemento social, na
qual ap-
parece e se desenvolve, em altográo, a pequena industria;
c) a fôrma ultima de reconciliação e de reintegração do
elemento individual no elemento social, coeva do desenvolvi-
mérito gigantesco da grande industria.
pag. 15.
commum.
resse geral.
Assim, verificada esta hypothese, deve-se proceder a nova
adjudicação, a requerimento de interessado, ou do
qualquer
representante da administração publica, perdendo o adjudica-
tarioa differença entre- o preço da primeira adjudicação e da
revenda.
Um outro que é mistér conjurar, é a facilidade da
perigo,
sobre-licitação.
Estabelecido o principio da indivisibilidade da quéda, liei-
se prtde dizer.
certa estabilidade na ex-
E' preciso que se assegure uma
ploração industrial.
usina a insta liar seja de força motriz, polo menos cinco vezes
superior, á da antiga usiníi.
Realmente, a sobre-licitação não se justifica, quando ré-
clamada por mesquinhas vantagens, que Hão compensam a
instabilidade industrial, que cila determina.
e) A indemnizacão a se pagar ao adjudicatario sobre-lici-
lado será em dinheiro ou in natvra, á siia vontade.
d) Quandd in natitrá, ella consistirá fettl uma quantidade
de energia electrica, pelo menos igual ú que o proprio adju-
dicatario sobre-licitadò produzia anteriormente, cada aniio.
r) K,
para máior garantia deato direito, se deve constituir,
a beneficio do iinmove.l sobre-licitado; umd servidíltíj grdvatido
a nova usina, de preferencia a quaosquer outros fornecimentos
Estes hão do
resolvei coin pleito. conhecimento do causa,
examinando as que forein apresentadas pelo licitante,
plantas
ouvindo a opposição dos licitados, e determinando as dlligen-
cias fluo se fizerem necessárias.
ÍJiU segundo logar, a administração publica permanece
armada com
o sou direito de inspecção e do autorização, ao
çíidns.
tl as associações Se podeiri orgttniáar tanto para a expio-
raçiltj das minas électricd»; como ;t Venda ou arrenda-
para
liicíUb
das quedas do agüa, âritbs íriesttio que estas tenham sidò
explobitlas.
São evidentei; fíols, as vantagens do systema.
De um lado, o sindicato tem o preciso elasterio, para que
o aproveitamento da se realize em maior tomo, como
quéda
convém á ordem ecopomica; de outro lado, ficam os ribeirinhos
fcbrri o direito de decidir sobre sells propfiòs interesses.
Mas, o systema encontra, entre nós, obsta-
praticamente,
cülos conhecidos.
Em logar, a difficuldade o syndicato, em
primeiro para
obter eâpitaés com qile realizo á explbráfcãd da uzina, serviço
este de custosa installação; em segilíiüo logar, a prevenção de
Ha, todavia,
certas zonas do territorio nacional, nas quaes
o domínio
publico de uso commum se deve estender ás aguas
de qualquer especie; são as zonas assoladas pelas seccas
perio-
dicas.
Assim o exige,
mais do que o interesse da industria e da
agricultura, o
proprio interesse da alimentação e da hygiene.
Estas zonas serão previamente demarcadas pelo poder com-
petente.
O domínio publico, porém, não se restringe ás aguas de
uso commum.
Comprehende, ainda, quaesquer outras aguas situadas em
terrenos de domínio publico, si ellas não estiverem destinadas
ao uso commum; são as aguas publicas patrimoniaes.
I
'Sò
SESSÃO EM ÜB 3KTEMHHC DE UM 2 477
Ahi se diz:
«O direito de propriedade mantem-se em toda a sua
plenitude, salvo a desapropriação necessidade ou utilidade
por
publica, mediante indemnizaçào prévia». (41).
a) defesa do Estado;
b) segurança publica;
c) soccorropublico em tempo de fome ou outra extraor-
dinaria calamidade;
d) salubridade publica.
E por utilidade publica, nos seguintes casos:
a) çonstrucção de edifícios o estabelecimentos públicos
de qualquer natureza;
b) fundacção de bospitaes e casas do
povoações, caridade
ou de instrucção;
c) abertura, alargamento ou prolongamento de vias de
commupicaçâo;
d) construcção de pontes, fontes, aquoduetos, portos, diques,
cáes e quaesquer estabelecimentos destinados á commodidado
ou servidão publica;
e) construcções ou obras destinadas ú decoração ou saiu-
bridaçje publica.
prezas.
desapropriar.
Assim entenfje, mesmo, o illustre Micboud, autor do pro-
jecto de üpitação.
Alii, diz
pile, flão só pstá lançado o principio da desapro-
priaçãò, coíno alargado, ainda, o critério da utilidade publica,
reconbecendo-se no Estado o direito de desapropriar a ener-
gia liydraulica, não só para alimentar um serviço do
publico
tracção ou de illuminação corno para estabelecer um serviço
publico do distribuição electrica. De outro lado, o expropriante
poderá eim»níg«r, acçc.ssoriumcntç, a força oxpropriada em em-
prezas pyjrampnte privadas.
Com este systema, continua Micboud, «poderão existir ao
lado das usinas particulares e livres, usinas o umas
publicas,
servidão de reguladoras para as outras : a presença da usina
a) a agua ;
b) o leito ou alveo ;
c) as margens.
públicos.
Entretanto, quanto ás correntes do que se fazem as cor-
rentes fluetuaveis, as quaes não apresentam, por si mesmas,
Vol. 31
482 ANNAKS DA GAMARA
a) na alluvião;
b) na avulsão;
C) na ilha;
d) no alveo abandonado.
exercidas nestas
A caca
pesca podem
e a ser livremente
com os regulamentos administrativos.
águas de accôrdo
259, de 1904, pendente de
E' bem certo que o pro.jecto n.
sujeitar a m-
deliberação da Gamara dos Deputados, pretende
embarcações ao regimen da riav< Ba<uao
dustria da pesca por
por cabotagem, nacionalizando-a. . , i;
n-
Entretanto, este alvitre, além de contrario as tradições
o não me parece con-
beraes de nosso direito sobre assumpto,
stitucional.
estrangeiros. ...
uma restricçao expressa que ella determinou,
E foi com
único, a cabotagem deve ser feita
no art. 18, paragrapho que
s
EM 23 DE SETEMBRO DE 1012 489
SESSÃO
e .ajustes, ou ímme-
que, por tratados, convenções pela posse
morial, nação exercer sobre o territono de outra
uma pode
nação, entre outros direitos:
exemplo recente.
Em 1891, a sociedade dirigiu uma & As-
freiland petição
sembléa Federal, pedindo que se introduzisse na Constituição
mm artigo assim concebido:
politico.
A
propriedade publica, em relação ás cousas de uso com-
mum, não deixa de ser uma verdadeira propriedade, como ac-
centuei no inicio deste trabalho, de accôrdo com a opinião do
eminente Meucci.
Assim, a administração publica, como qualquer particular,
poderá appellar para o Poder Judiciário, 110 juizo petitorio, afim
de que este declare o seu dominio sobre as aguas de uso
commum, em relação ás quaes os particulares se apresentem
com pretensos direitos.
Certo, este caso será raro; mas não é inadmissível.
O mesmo se deve dizer em relação ao
juizo possessorio.
A União, o Estado e o município teem a e
propriedade
a posse das aguas publicas de uso commum, que respectiva-
mente lhes pertencem.
Assim, é perinittido á administração
publica appellar para
o juízo possessorio.
E' esta, hoje, doutrina,
a e ó, também, a jurisprudência
que prevalece 11a Bélgica.
não colhe, como salienta Pacelli, o argumento da Cas-
_E
saçao romana de que a administração está com
já protegida
o privilegio excepcional da re-integna administrativa, por-
quanto, a existencia do privilegio excepcional não deve im-
portar na existencia do privilegio ordinário: «de outra fôrma
P privilegio se converteria em dauino para a pessoa privile-
giada, não se podendo desconhecer que, em certa contingência,
seja melhor para a administração publica servir-se do remedio
menos expedito, mas, certo, mais autorizado da aeção judi-
ciaria » (83).
se o titulo de posse
Assim, não è ama concessão expressa,
mas posse immeinorial ou trintenaria, anterior á publicação
desse Codigo, ella não tem logar, porque seria o accumulo do
A ecaça
a pesca são. pelo codigo, asseguradas <ao dono
das aguas particulares, salvo as providencias administrativas,
que incumbem ás Camaras Municipaes, para a: segurança pu-
Jilica ou a conservação da especie, em relação ao modo e d
«'¦poça da caça ou da pescaria.
instituto cuja
Um impõe, adopção
quer no regimen se das
mguas publicas, quer no regimen das aguas particulares, 6 o
do consorcio das associações syndicàes.
Estas associações podem ser livres ou obrigatórias.
'(97)
LOuis Robert, op. cit., pag. 29.
Ora,
pelo regimen do Alvará, não está expresso que esta
servidão aproveite á industria.
E' n.vrU que entendi, em outro loga-r, que cila aproveitava
y industria, pelos seguintes motivos:
«Si é verdade de 1805
que o Alvará baixou para attender
aos interesses da lavoura, não é menos certo, porém, que elle
estabeleceu a servidão de
que se trata, não a> rega da
para
terras, como para o movimento de engenhos.'»
«Ora, o emprego da — engenhos — não
palavra deixa du-
vida a respeito: aquella servidão aproveita á industria. E
LIVRO I
TITULO I
TITULO II
TITULO III
TÍTULO IV
gens das águas publicas do que trata o art. 0", salvo, quanto
ás margens, a hypothese do art. 20.
Art. 10. ü alveo é a superfície que as aguas cobrem, sem
transbordar para o sólo naturalmente enxuto.
§ 1.° Na hypothese de uma corrente que sirva do divisa
entre diversos proprietários, o direito de cada um delles se
estende a todo o comprimento de sua testada até a linha tirada
pelo centro do alveo.
2.° Na hypothese de um lago ou lagoa nas mesmas con-
_§
dições o direito de cada proprietário estende-se desde a margem
até a linha ou ponto central, na extensão da testada- de cada um.
Art. 17. As margens a que allude o art. 15 consistem
cm uma faixa de terreno de 15,4 metros, a contar da linha
em que termina o alveo, para terra.
Art. 18. Esta faixa é destinada aos serviços hydraulicos,
de policia ou accessorios da navegação ou fluctuação.
Paragrapho único. Entretanto ella poderá ser concedida,
na férrna da legislação vigente, sobre terrenos de marinha.
Art. 19. O limite entre estas margens e os terrenos de
marinha, para o effeito de se demarcarem 4 5,4 metros de lar-
gura da faixa, ou 33 metros corno é no caso dos terrenos de
alcance das marés, é indicado pelo ponto onde as aguas dei-
xarem de ser salgadas de um modo sensível, ou não houver
liopositos marinhos ou qualquer outro facto geologico que
prove a acção poderosa do mar.
Art. 20. Não se consideram de dominio publico as margens
das correntes de que trata a lettra b) do art. 0o, quando estas
não são fluetuaveis e concorrem, apenas, formar as cor-
para
rentes, canaes, lagos ou lagoas simplesmente fluetuaveis e não
navegaveis.
Paragrapho único. Ern relação ás margens destas cor-
rentes fica estabelecida, porém, uma servidão de transito para
os agentes administrativos, quando em execução do serviço
publico a seu cargo.
TITULO V
DA ACCESSÃO
§ 1."
Si a corrente servir de divisa entre diversos pro1-
e ellas estiverem 110 meio da corrente, pertence a
prietarios,
todos estes proprietários, na proporção de suas testadas, até
LIVRO II
LIVRO III
DISPOSIÇÃO PRELIMINAR
TITULO I
Da navegação
CAPITULO ÚNICO
DA COMPETENCIA ADMINISTRATIVA
TITULO II
Da caça e da pesca
CAPITULO I
DA CAÇA
procura.
508 ANNAES DA GAMARA
CAPITULO TI
PA PESCA
TITULO III
Da derivação
prietario.
CAPITULO ÚNICO
DA COMPETENCIA ADMINISTRATIVA
TITULO IV
a) pela renuncia;
b) pela caducidade:
pela expiração do prazo;
d) pela revogação.
TITULO V
Da desobstrucção e da defesa
I
iHO ANNAliS DA CA.MAllA
a administração e os proprietários.
CAPÍTULO ÜNICO
DA COMPETENCIA ADMINIST1UTIVA
TITULO V
JSSÜMS X
n SSSÍtt
S5& MS
-Jo
SESSÃO E-Ú UE SfcfEÜíiíiO ÜE l'Jl- Üll
LIVRO IV
DISPOSIÇÕES PRELIMINARES
TlTülO í
Das correntes
V
$12 ANNAES DA CAMA1U
CAPITULO I
UA DESOBSTRUÇÃO
"proprietários
marginaes das correntes são
Art. 91. Os
a se abster de factos que possam embaraçar o livre
obrigados
os obstáculos a este livm curso,
rurso das aguas, e a remover
de modo a evi-
mjando elles tiverem origem dos seus prédios,
não fiH" proveniente de legitima
(ar niviuizo de terceiros, que
a p p1 i^c, açaod as agu as
^^^ serviç0 de rem0ção do obstáculo
á do
proprietário
custa a quem ella incumbe, quando
será feito
fazel-o, respondendo ainda, o proprietário
esle não queira
bem como pelas multas
nelas nerdas p damnos que causar,
nos regulamentos administrativos.
nue lhe forem impostas
das aguas nao re-
i"» obstáculo ao livre curso
\rt !>2..Si
o não tiver origem no prédio,
sultar de facto do proprietário
i„ SESSÃO EM 23 DE SETEMBRO DE 1912 EJÍ3
CAPITULO II
da caça e da pesca
TITULO II
Art.
98. O dono de um prédio atravessado por uma cor-
rente pôde se servir da quéda de agua determinada polo nivel
médio da estrada sobro o prédio o o nivel inódio da sa-
liida.
Art. 99. Si o curso de agua separa dous
prédios perben-
contes a diversos proprietários, o direito de se servir da quéda
pertence a cada um delles pro-incliviso sobre todo o percurso,
commum, salvo titulo ou posso em contrario.
Art. iOO. Em ambos os casos, porém, o exercício deste
direito fica subordinado á autorização administrativa.
CAPITULO I
DA LICITAÇÃO
Vol. 33
514 annaes da gamara
Art.
109. este for superior, a dilferença será
Si preço
dividida entre os ribeirinhos licitados.
proporcionalmente
ri ao podem
Art. 110. As acções sobre os immoveis ribeirinhos
embaraçar a licitação nem impedir o seu effeito.
encargos.
CAPITULO II
DA SOBRE-LICITAÇÃO
-A.rt.
113. Qualquer ribeirinho da montante ou da ju-
¦íante do trecho licitado da corrente,
poderá requerer uma nova
licitaçao, englobando os direitos já licitados.
Art. 114. bo clous annos depois da installação de uma
usina o adjudicatario poderá ser
sobre-licitado.
Art. 115. A sobre-licitação não será permittida sinão
quando a usina a mstallar seja de força motriz, pelo menos,
cinco vezes superior á da antiga usina.
Art. 116. O adjudicatario sobre-licitado poderá ser pago,
a sua vontade, em dinheiro ou in natura.
Quando in natura, o pagamento
f.j-" consistirá em uma
quantidade de energia electrioa, pelo menos, igual á que o pro-
prio adjudicatario sobre-licitado tinha anteriormente.
S ri ca instituída, neste caso, uma servidão, die prefe-
rencia a qualquer outra, gravando a nova usina, a beneficio
da usina sobre-licitada.
TITULO II
DAS NASCENTES
CAPITULO ÚNICO
TITULO IV
1
Das acções
ém relação ás
Art 133 • Os direitos dos particulares,
trata este livro, serão disputados em processo
aguas dl' que
summaxi ¦
o beneficio da_ acção
^ ^ Aquclle que, renunciando
decahir nesta, nao po-
intentar a acção petitoria,
possessoria,
derá intentar póssessoria.
SESSÃO EM 23 DE SETEMBRO DE 1912
LIVRO V
LIVRO VI
por concessionário.
Art. 149. Ao proprietário assiste o direito de indemnizar
os trabalhos feitos.
Paragrapho único. Si elle não o quizer fazer, será des-
apropriado, recebendo apenas a importancia do valor do ter-
reno, anteriormente ao melhoramento.
Art, 150. O regimen dos esgotos será regulado por lei
municipal.
LIVRO VII
Da desapropriação
a) todas ellas
pela União ;
b) as dos municípios e as particulares, pelos Estados ;
c) as particulares pelo municípios.
querimiento de um delles.
LIVRO VIII
Do consorcio
\
"•
520 ANNAES DA CAMARA
LIVRO IX
l
522 ANNAES DA GAMARA
TITULO I
TITULO II
r
DISPOSIÇÃO FINAL
aspiração, que tem sido tolhida, e por modo illegal sinão escan-
daloso.
Desejava fazer apreciações detalhadas do assumpto, mas,
devido no adeantado da hora, deixo de fazel-as, pedindo a
V. Ex. quo me reserve a palavra amanhã, na primeira hora
do expediente.
primeiro requerimento.
ORDEM DO DIA
Votos
1. Meira de Vasconcollos, eleito 75
2. Raul Fernandes, idem 72
3. Pereira Braga, idem ! 79
4. Cunha Mrchado, idem 69
5. Moniz de Carvalho, idem 69
O. Lamenha Lins, idem 68
7. Martim Francisco, idem 66
8. Mello Franco, idem
61 . . . .
9. Gumercindo Ribas, idem.'.'.'.....'..59
10. Carlos Peixoto Filho . . . . . . . ..... 17
SESSÃO EM 23 DE SETEMBRO DE 1912 527
Votos
projecto.
processados.
— Si não é possível
, ... Calogeras apurar a responsa-
bil idade dos culpados, os absolvam.
que
De modo
que, Sr. dizia eu, si Presidente, ó verdadeira a
í
DA GAMARA
JJ32 ANNAES
impossibilidade do sua
confissão antecipada da
Seria a
seria, portanto, um
em revoltaii semelhantes;
condemnação
a novas revoltas. {Apoiados.)
convite
— são de uma perfeiçuo abso-
Deputado As leis
Um Sr.
1UUOutro
— houve necessidade, até
Sr. Deputado Nunca
neste iundamcn o.
recorrer a esta medida, baseada
agora, de
— Presidente, si,_ portanto, os
Josino de Araújo Sr.
O Sr.
se apoiam
fundamentos em que se esteia o projecto nao
dous
110 raciocínio, é claro, e intuitivo que elle nao
nos factos nem
Josino
Araijjo — Além "E
irmr>™,w' de contraproducente o
lncompieta,
"í, porque, a termos de votar
'í a bombardeiadores
de Manáos. não compre-
íionrin
"don d0"Sle '°«°. não vamos votar a
,, amnistia
Bahia, os interventores
i ernambuco S
Pernimhitn para de
e Spara
nS h
os dynamiteiros do Ceará etc nois nuo
onde ha a mesma razao deve
haver a mesma
disDosícãò fTVo-
cam-se mmtos apartes. c,ue
Permittam-me Deputados:os nobres
olles devem ser res-
Pe,a dignidad(> "acionai e pela digni-
S' qu.e cedo ou mais tarde, antes
d? piesciiptos
de mwmntno na
os crimes, ?',m
a justiça ha de ser feita
JUSt° qUe'- d.evido á igualdade
de circumstan-
ciando afXlf,dc?
,com os intentos deste se votasse
umi amnistia
uma Tmriisf in projecto,
prévia para todas as futuras rebelliões no Brazil.
E'
para evitar a sequencia desses factos que precisamos
usar energia,
de deixando esse sentimentalismo piegas, que
acompanha, apenas, a tradição naquillo ella tem de in-
que
conveniente, de perigoso, deixando de acompanhal-a naquillo
que olla pode trazer de vantajosa a Nação.
para
Nesta o Casa,
illustre Deputado pelo Estado de Minas, o
Sr. Ir meu Machado, uma
proferiu phrase de alta sabedoria,
quando declarou, occasião de discutil-a.
por que a amnistia
era, apenas, urna caixa economica de revoltas, que dentro
oin poucos dias, havia do produzir seus
juros.
Dias depois,muito
poucos dias, denois de votada a amnistia
a caixa economica produzia, com effeito, seus juros: rfiben-
tava a revolta do batalhão naval, realizava-se aqueíla sabia
prophecia !
SESSÃO EM 23 DE SETEMBRO DE 1912 535
O Sn. de Araújo — O
Josino
que ello quer á que se traga
o osqueci montopara os crimos,
para as- carnificinas borro-*-
rosas que se deram na ilha das Cobras
e no convés desse navio
sinistramente celebre, carnificinas que são manchas negras
na^ historia da nossa civilização ! O
que o Governo quer evi-
'Josino
{Em meio do discurso do Sr. de Araújo, o Sr. Sa-
bino liarroso Júnior, Presidente, deixa cadeira da
[a prcsi-
dencia, que é occupada Sr. Soares dos Santos, i" Vice-
pelo
Presidente.)
¦Passa-se á
criminada.
Gomo, poderia a Commissão
pois, de Finanças desenglobar
as despezas previstas nessa sub-consignação ?
O proprio Governo como poderia especificar de antemão
aquillo que só as circumstancias de momento pódom exigir ou
determinar ?
E' preciso ponderar que ahi, como em muitos «ulro« casos,
se trata de
serviços cuja affluencia escapa a toda previsão.
Nem SG pôde determinar, pelo menos por emquanto, os mezes
°amiA^v'erba
28 sub-consignações exclusiva-
3" comprebende
ao e cinco consignações para ira-
mente destinadas pessoal
mento.
Como, pois, fixar de antemão taes despezas ? Como espe-
i.
540 ANNAES DA GAMARA
das outras.
nlsterio da Agricultura.
E' assim que um mesmo serviço em Santa Catharina, no
Paraná ou no Espirito Santo exige certa despeza; em Matto
Grosso ou em Goyaz exige outra maior; no Amazonas ou no
Para exige despeza mais avultada ainda e no Territorio do
Acro essa despeza e decupla da que se faz em vários dos nossos
Estados.
Nestas condições, pergunto, como descer a detalhes maio-
'?
res do que os que se acham consignados no projeoto
E' claro que só a inexperieneia, a falta de conhecimento
de todas essas difficuldades ou uma requintada má vontade
podem fazer tal exigencia.
do Congresso, em dotar de
maxima
fnralmente da prerogativa
Governo. Ü que nao se comprehende
mek) de governo o próprio
mcondicionaes da
amigos que se dizem quasi
norém é que
no orçamento este-
com córtes profundos
situação procurem
tornando infecunda uma ad
a' acção do poder publico,
rilisar
Não sei como comprehender essa
que elles apoiam.
m nfstracão
o menos, com
nova theoria do economia política de despender
de íontes
de serviços e estancamento prematuro
desorganização
vivíisde receita publica»
do Marechal Hermes, por
Os
que applaudimos o Governo
o seu nao podemos
rtprfeita conformidade com programma
'idoütar dos empréstimos, hoje_ condemnada,
nem a politica
nao comporta o
nem a dos impostos novos, que o consumidor
fatalmente o Governo á mais justa impopularidad_e;
arrastaria
orientação para fazer face a solução
resta uma única politica
economico em um paiz novo e de tão grandes rc-
do problema
e essa é a do desenvolvimento das fontes de
cursos a explorar
improduetivass. Dentre os
receita e a suppressão das despezas
ha que mais de
departamentos da administração publica dous
consultam o desenvolvimento dessa politica — o da viaçao
perto
O primeiro, facilitando o escoamento dos
e o da agricultura.
e collocando, por facilidade de communicação
produetos
no_mercado consumidor,
restre, marítima e fluvial, o produeto
a em todas as suas
o segundo, desenvolvendo producção
dos que constituem a
manifestações, especialmente generos
tal
base mais solida da nossa riqueza. Negar recursos para que
se solva 6 impedir que a producção augmente, que
problema
mesmo
o paiz prospere e que possamos regularmente equilibrar
— caminho para a politica
de futuro a receita com as despezas
jdeal dos saldos orçamentários.
prio Governo.
S. Ex. o Sr. Dr. Pedro do Toledo, 11a gestão do sua pasta,
como os demais ministros, tem merecido, pelos relevantes ser-
viços prestados ao paiz, o mais franco apoio do Sr. Marechal
Presidente da Republica.
Impedir a marcha ascendente da administração do Minis-
terio da Agricultura, pela negativa de meios ou por dotações
SESSÃO EM 23 DE SETEMBRO DE 1912 543
cursos não
podem medrar nem viver.
Inspire-se a Gamara nos sentimentos elevados de real
1>iy!SImiNTI! — O nobre
m11' Deputado ficará inscripto
para fallar pela segunda vez.
ORDEM DO DIA
2" discussão do n.
projecto 305. de 1912. concedendo á
viuva, emquanto lor, de Quintino Bocaynva o auxilio de 800$
mensaes, assim como o 200$
de a cada um dos seus filhos Ed-
d0n Waldemar, Rosa, Ada
! lW e Córa, o também o do
Maria Amelia Bocaynva Bulcão, durante sua
vfnm P'
' Quantia que por sua morto ou casamento, reverterá
aos seus filhos Sarah, José, Léo e Izabel: 1
v«i. x
35
oiG ANNAES ÜA GAMARA
Finanças;
61 B, de 1912,
Continuação da 3" discussão do projecto n,
fixando a despeza do Ministério da Agricultura, Industria e
3*. discussão
do projecto n. 325,. de 1011, mandando çon-
siderar para todos os òffeitos por actos de bravura praticados
na campanha de Canudos, coín antigüidade de. 15 de novembro
de 1897. a promoção do 1" tenente do Exercito Francisco dás
Chagas.Pinto Monteiro a este posto; com da Còmínissão
parecer
de Finanças;
3" discussão
projecto, n, 32.0 A. do
de 1011. considerando
de, utilidade publica a Associação Commei-çjal da Hjdiia; com
parecer favoravel da Commissão de Constituição e Jüsliríi;
1" discussão do
projecto n. 9 A, de 1912, reformando o
Laboratorio de Analyses da Alfandega do ltio de Janeiro, crêa
EXPEDIENTE
Officios:
.
AN NA ES OA OAMAUA
0br$á Publicas
arínullando a coneurrencia para as obras di>
¦rtppVvllãva
pôrtif de: Jd);aguá, também pára S. Exí
afim dó que
'comò"a
chamasse a si novamente a questão c reconsiderasse;
lei lfoe impõe, esse acto grandemente prejudicial aos interesses
do Estado de Alagoas, desilludindo aquéíla população até da
espdrança de vir a ter um porto, tolhida sido esta
que jçm
justa e velha aspiração por incidentes sempre de natureza il-
lega), si não escandalosa. Sem embargo do brilhante discurso
proferido' pêlo talentoso Deputado pelo Estado do Uio Cirande
do Sul, o Sr. Octavio Rdchn, em defeza do acto do honrado
Si*. Ministro da VtaçJò e Obras Publicas, continuo o'pensar que
o acto de S. Ex. sobro não ter assento na lei, S. Ex.' mesmo
por
invocada, poderá tornar-Se
aos cofres da lesivo
grandemente
União, do
mesmo modo
"promoveu
que o foi aquelle de um outro ministro
'resultou
que outr'orafunesto accôrdo dó qual >a es-
candalosa ipdemnizaçãp pela rescisão da concessão
primitiva
do mesmo'porto de Jãraguá, indemnização' que se eommeníou
laiobom escandalosamente em ambas as casas do Congresso e
foi g*lo.stida em vários tons imprensa do
péla pai'/..
Sr. Presidente, o estacjo do meu espirito combalido e aba-
tido, íjoiiiò tótía a ("amara sabe, por crudelissimo e recente
golpe, riflo me permitte:roiifiar inteiramente a minha memória
o desenvolvimento que desejaria dar ho pfbttèslo que oi>a fU(,'0
e ao appello
que ainda dirijo, cheio de esperança e de plena
confiança, ao honrado Sr. Ministro da Viação. E por isso terei
de recorrer ás notas que organizei methodizar argu-
para a
mentação.
O Hr. Deputado Octavio Rocha iniciou a sua defeza recor-
dando que (Jepois desta onerosa indemnizaçã'0 ¦ a venho de
que
EM 24 PB SETEMBRO DE 1912 55J
SESSÃO
«A, commissão_
examinará o antigo projecto no sentido de
_
possível modificação, de maneira a reduzir o custo de obras e
accommodar o orçamento do novo projecto a melhor corres-
ponuer a receita provável a auferir corri o imposto de 2 %
taxas do porto adequadas, de conformidade
HUr?'o™as com a lei
ae 180J, reunindo
para isto os dados indispensáveis sobre o
movimento commercial e marítimo
do porto. s>
t'° íac'°>,° trabalho da commissão
í"1' calcado sob o movi-
mento commercial e marítimo doporto dá a seguinte renda
provável, e loi esta renda serviu
que de base ao projecto pelo
valor da obra.
Estou argumentando de bôa fé, com toda a lealdade, sobre-
ruão, com a verdade de factos assim comprovados, isto leio
por
também a 23 do
pag. relatorio da commissão:
(lê).
provável — A receita
provirá da arrecadação das
seguintes taxas e impostos:
Até
aqui S. Ex. nos instrue sobre o cuidado havido nu
approvação do
projecto.
SS4 AN.NAKS PA CAMAUA
• *
„
Depois, S?. Es. anula nos informa sobro o escrupulo havido
na organização tio edital, quando diz:
sfitviclotjães'.
fí illpg®1*-''
O Sn. Natalicio Cambojm— O ministro não ouviu o con-
suHoV juCidico.
Mas
dizia que o inspector, de informações
_eu posse das
tiessacommissão, não se julgou satisfeito, pelo que pediu a
audiência do director da secção teclinica, o Sr. Dr. Lisboa, a
quem o nobre Deputado com muita justiça
qualificou de in-
s. ii<x. loi, alias, -o chefe da commissão
jegro. que em Maceió
levantou
planta e organizou os orçamentos das obras.
Effectivamente V.Ex. diz 110 seu discurso que este enge-
nneiro íez a classificação dosproponentes, como já havia feito
igualmente a commissão.
primeira
*P A. Lisboa proferiu
. ,Pr• seu parecer, discordando do
oa primitiva commissão, dizendo
que o critério adoptado por
esta nao lhe parecia o
consentanco rnais
com os dizeres das
clausulas XLYIJ e XLIX. Terminou classificando em primeiro
logar a proposta de íulano e em terceiro logar a de Sicrano.
O Sr. inspector, que já tinha elementos sufficientes para
elaborar o seu parecer, entendeu ouvir
_ ainda um empregado
da contabilidade de sua repartição
(e não da Directoria de
LoiiiaDilidade do Ministério, conforme
por equivoco diz o nobre
Deputado). 1<01 este empregado
que, achando muito transcen-
cientes os cálculos dos engenheiros e sómente transcen-
pela
uencia dos cálculos matliematicos, cortou
todas as dilficuldadcs,
propondo a nullidade. E' o está 110 do nobre
que discurso
Deputado e attribuido ao mesmo funccionario.
(Lê:)
«Hasta a divcrgencia da tão abalizadas in-
opiniões\ paru
quinar da ülcgalidada a concurrencia realizada a determinar a
sua annullaeão a a
publicarão da novo adi tal.»
O Sn. Euzebio de —
Andrade Resolve-se a questão com a
publicação dos pareceres na integra, assim nós os apre-
porque
ciaremos do mesmo modo.
Trata-se de um empregado da contabilidade da Inspectoria
nos Portos; não é um funccionario
engenheiro, um com as
mesmas responsabilidades technicas dos haviam sido
que já
ouvidos.
í)i>8 AN NA IÍS DA CAMARA
O Sn.. ..Euzebio
de Andrade — Pediu, é.o me consta;
que
<5 <l com isto
que cite se justificará. Era necessária, ao derçiaís,
a .audiência do consultor jurídico. 1'unccionario que, certamente,
indispensavelmente, devia ter sido ouvido, si o foi
porque, o
consultor tebhnico, no que se referia á tecllnica, deverir.
parte
ser também o consultor jurídico, na parte respeito
que.dizia
ás relações jurídicas entre o Governo c os concürrontes.
—
_ O Sr. Octavio ; Rocha Isto nada prova: podia estar
isolado e cqm a razao.
< h)
si o Governo quizer reservar para si o direito de
annullar qualquer concurrencia, caso os preços
"as pedidos sejam
muito idlos, deve também, antes de abertas propostas, de-
clarar quaes os preços máximos, acima dos quaes não acceita
nenhuma.»
A lettra c foi cumprida com todas as formalidades con-
stando tudo da acta lavrada na Direetoria do Obras do Ministe-
rio sendo as propostas rubricadas por todos os interessados.
E' o que determina a lettra c da citada lei que diz:
[Lc)
«<•) as propostas devem ser abertas e lidas deânte de
todos os concurrentes que se apresentarem para assistir a essa
formalidade. Cada um rubricará as de todos os outros. Antes
de qualquer decisão, serão publicadas na integra.»
Em referencia ao estatuído na lettra d basta ler as clau-
sulas de I a VIII; e quanto ao preço de unidade aqui estão
nas clausula* XL\'Í e XL1X. Diz a lei:
« d) o edital de concurrencia indicará com a mais extrema
minuneia todas as condições technicas e administrativas (plan-
Ias, desenhos, natureza da construcção e do material a empregar,
prazo máximo do inicio e da terminação das obras, etc.).
"A'os
casos de fornecimentos, quando o respectivo ohjecto não
Vol. 36
¦>6- AN.XAL.S DA CAS1ARA
«flO 6 licito
estipular uma ao Governo
segunda condição
que, no caso de absoluta igualdade entre duas
propostas com o
direito á melhor classificação sirva para decidir a quem cabe
a preferencia.»
Para o que serviria o si appareccssem
prazo duas ou
mais propostas com igual preço. {Apartes.)
V. Ex. em seu discurso allcgou a difficuldade de reduzir
a um só termo a
questão do preço e do prazo.
a do tive a honra de
melhor matéria constante projecto que
áprcifeetitar.
dlétlte.
Vai-st' náésar á ordein do dia (Pausa.)
mais Os Srs. Ailtonio Nogueira, Aurélio Amo-
CffmpaMcem
ttih, Mohteirn de Souza, Firino Braga, Dutishee d(3 Abranches,
ORDEM DO DIA
PROJECTOS
V. 328 — 1912
'Autoriza
a perdoar, de commum accârdo com a Republica Ar-
gcntina, a divida guerra do Parat/uay
da e a entregar a
essa nação os trophéos que lhe foram tomados.
Capelía da Humanidade
(Effigé A Humanidade)
f'
A essas considerações
só temos a accrescentar, como fi-
zemos no ultimo (7 de íáhakespeare correute — 15 do
domingo
setembro corrente) em nossa predica, que, para dissipar todas
as apprehnisõcs sinceras acerca dos perigos que para a inde-
pendencia da nossa cara irmã a Republica do Paraguay, e para
a paz sul-americana, se imaginava poderem provir do cancel-
lamento da execranda divida, bastaria, 110 respectivo tratado
fraternalmente reparador, inscrever uma cláusula
conveniente.
E' o que se conseguiria declarando
que a divida só ficava
c anca liada emquanto a nossa irmã a Republica do Paraguay
continuasse a ser nação plenamente autonoma, de
fura qualquer
alliança política com qualquer outra nação:
'dci^a
pocialnjcute da situação americana, não a mínima du-
vida de o caneellamento da monstruoso divida
que seria a
prova mais cabal e ao mesmo tempo o melhor cimento dos
sentimentos verdadeiramente sinceramente frater-
pacíficos,
naes, dos povos assim congraçados sempre.
para
Si é que o Exercito
verdade e a Armada nacionaes são
constituídos, sua maior parte,
na de verdadeiros republicanos
e de intellectualidades invejáveis, também é verdade que ainda
ha, e nem podia deixar de haver, uma parte menos culta e que
encara estes íactos sob um ponto de vista acanhado.
Quanlo á divida
guerra que impuzemos,
de sob pressão,
ao paiz vencido, preço da sua liberdade, de que fomos
como o
portadores voluntariamente, não se justifica; e, sob o ponto de
vista de direito internacional, eila é e seria insustentável.
N. 339 — 1012
N. 340 — 1912
N. 341 — 1912
N. 342 — 1912
Vol, x
S78 AN-NA liS OA CAiJAUA
1*110 JECTO
N. 48 B — 1912
honra de pertencer.
1
Ò Sr. IHhèú Machado — Peço a palavra pela ordem.
EMENDAS
(2* discussão)
Onde convier:
REQUERIMENTO
Passa-se á
EMENDAS
Ao projecto n. 61 B, dc 1012
(3" discussão)
19 de 1912. — Victor de
Sala das sessões, setembro de
Britto.
Britto.
de 191' — Christiano
Sala das sessões, 20 de setembro
Brazil.
Vol. 38
594 ANNAES DA CAMARA
16 — Material:
Verba
Agricultura.
— Sr.
O Cardoso
Sr. (movimento de attenção)
Raul Pre-
sidente, essencial
é a um povo livre, conquista in-
principio
discutível da democracia, o voto do orçamento pela Nação.
«§ 1.°
permittido apresentar aos projectos de
Não é
leis amiuas emendas com caracter de proposições prin-
dos projectos de lei.
cipaes, que devem seguir os tramites
cream ou cx-
São consideradas taes as emendas que
tinguem serviços e repartições publicas.»
1'reslüente, u» omondus
Si assim (5, Sr. estão projuUlo&daa
apresentadas pelo meu nobre amigo e illustre representante do
do Sul, cujo nome peço venia para declinar, o br.
Rio Grande
Yictor de Britto.
extinguindo serviços.
Mas examinemos as emendas apresentadas.
Gomecomos, Sr. Prusldealo, pela referente ao povoamento
do solo.
Todos nós sabemos que a producção da riqueza depende
de tres elementos conjugados:—natureza, trabalho e capital.
Vejamos si o nosso paiz possue esses tres elementos' ne-
cessarios producção da riqueza.
á
Fatiando ao Parlamento Brazileiro, seria injuria descrever
a prodigiosa natureza com que á Providencia aprouve dotar
a nossa estremecida Patria.
Nenhum dos Srs. Deputados deixou por certo de experi-
montar prazer de ler
o o interessante o
bellissimo livro que em
1Í)00 publicou Affonso Celso sob o titulo «.Porque me ufano do
meti paiz».
Nelle, Sr. Presidente, esse nosso notável compatriota, com
o brilhantismo do seu talento, descreveu uma por uma as gran-
dezas do Brazil, tal qual cada um de nós sente no intimo de
nossa alma, ao contemplar suas florestas, seus rios, suas mon-
tanhas, a uberdade incomparavel do seu sólo, produzindo fio-
res e fruetos de todos paizesos !
E a tudo isto accresce a sua grandeza territorial. Todos sa-
598 ANNAES DA C AM ARA
«O Governo
Federal a introducção de
promoverá
immigrantes que, sendo agricultores e acompanhados
de familia desejarem fixar-se no paiz, como proprieta-
rios territoriaes, em lotes do núcleos coloniaes ou de
terras outras satisfaçam as exigências deste de-
que
ereto.»
são proporcionadas,
lhe na fórraa da lei cm
dades que
vigor, até
que obtenham os productos das primeiras
influem beneficamente no' animo delles, in-
colheitas,
duzindo-os a ministrar as melhores informações e a
compatriotas e parentes seus a virem parti-
convidar
das vantagens lhes concede o paiz. Dahi, em
Jtiar que
as levas de bons immjgrantes que nos
grande parte,
chegam, em geral dotados de profissão, trazendo eco-
e distinguindo-se por lia-
nomias, por vezes avultadas,
bitos de moderação e capacidade de trabalho que
por
muito os recommendam.»
— Mesmo nessa
O Sr. Raul Cardoso questão de princípios,
eu pediria a V. Ex., que me dissesse em quaes se baseia para
negar que um paiz como o nosso não precisa de immigração.
Outra conclusão:
O Sr. Calogeras — E de na em
gastar proporção que prc-
cisam.
O Sr.
Calogeras — Tncontestavehnente a immigração
subsidiada provoca a expontanea, porque os que aqui chegam,
sentindo-se em meio conveniente, chamam os parentes.'
(Apoiados.)
giões abandonadas.
Estaque claro
uma jangada, que sahe o mar
para
e do traz
cem mil réis
lá de peixe para os seus quatro
pescadores, é a não
mesma cousa que um barco mo-
derno que sahe á tarde e volta pela madrugada com
20 toneladas de peixe frasco em seus viveiros, Jora o
que conserva pelo sal e
pelo gelo, por outros processos.
Atulhar é
o termo, atulhar os mercados de todas as
cidades, mesmo os quo distam 24 horas de caminho de
ferro, com peixe„fresco. Atulhar os depositos das fa-
bricas de conservas com milhares de toneladas de
peixe é ter alimentação barata, trabalho o
para pobre
e remuneração para o pescador.»
VERBA 5"
JARDIM BOTÂNICO
PESSOAL
Ord. Grat.
MATERIAL
O Sn. — Absolutamente
Raul Cardoso não tenho preteri-
a financista,
por que só pôde ser bom financista quem for
pões
bom economista; eu não tenho competência nessa matéria,
por
isso comecei a ('firmando que me louvava no
parecer da Commis-
são de Finanças, composta dos mais iljustres representantes da
Nação nesta Casa, e conhecidos financistas.
Os
córtes o foram sem o menor critério, arbi-
propostos,
trariamente.
Era de desejar-se os nobres Deputados
que que propuze-
ram córtes demonstrassem cabalmente a procedência delles.
ANNAES DA GAMARA
gonha.
—
O Sn. Ozorio Os collegas que combateram esse orçamento,
nem ao menos combinaram uma acção conjuncta.
pessoa.
O Sr. Raul Cardoso — Absolutamente, não.
das opposições.
tiça.
SESSÃO EM 24 DE SETEMBRO DE 1912 615
favoravel da Com-
com todos os vencimentos ; com parecer
e voto em separado e emenda dos Srs. Ri-
missão de Finanças
beiro Junqueira e outros ;
2" discussão
do projecto n. 311, de 1912, autorizando a
abertura do credito supplementar de 200:000$, á verba 15"
do art. 93, da lei orçamentaria vigente, para attender a despezas
<k> art. 93 da lei orçamentaria vigente, para attender a despe-
zas com o cadastro dos proprios naciona.es;
ORDEM DO DIA
2° discüssão
projecto n. 305, de 1912, doconcedendo á
viuva, de
eítiquahto Bocayuva o auxilio
fôr, de 800$
Quintino
mensàés, aásim cótno o de 200$ a liada um dos seus filhos
Edgard, Dswaldo. Waldemar, Rosa, Ada e Córa. ti também o de
300$ ã Sra. D. Maria Amélia Bocayuva Bulcão, durante sua
viuvez, quantia que. por sua morte ou casamento, reverterá
aos seus filhos Satali. .Tosé, Lóo e Izabcl ;
3" discussão do
projecto n. 184 B, de 1912, redacção para
3" discvlsísão da etrienda approvadá e destacada di> projecto
ti. 382, de 19H, mandando equiparar os vencimentos do conser-
Nacional lie BoRas
vàaor-rêátâurádoi' pindòotheca da Escola
cia
Artes aos do âéctetárlo da mesma escola ;
2" do projecto
discussão 11. 118 A, de 1912, transferindo
3a
discussão do projecto n. 279, de 1912, autorizando a
2* do projecto
discussão, n. 325, do 1911. mandando con-
siderar para todos os effeitos, por aetos de liravura pratica-
dos na campanha de Canudos, com antigüidade de 15 do no-
vemhfo de 1897; a promoção do 1" tenente do Exercito Fran-
cisco drts Chagas Pinto Motiteiro a este posto ; com parecer da
Commissão do Finanças.
Senado, au-
3" projecto n. 210 A, de 19)2, do
discussão do
Ministério da Justiça o Negocios
ahrir, Int.fi-
torizando pelo a
rioros, o credito do 8:910$, süpplementar á verba da consigna-
—dá rubrica (i" do «rt. 2° da lei n. 2.541, dé 4
yüo—Pessoal
de 1912 ; com parecer favoravel da Commissão de
de janeiro
Finanças ;
3* discussão
do n. 203, de 1912, autorizando a
projecto
do credito de 150:000?, ouro, por conta do especial
abertura
do 8:000.000-1!, despezas com a representação do Brazil
para
na Terceira Exposição Internacional da Borracha ;
2a discussão
projecto n. 306, de 1912, do Senado,
do auto-
rizando a pagarmandar
a Ladisláo Dias da Cunha, cessiona-
rio de Ladisláo Cunha & Comp., a quantia de 189:850$282,
3a discussão do
projecto n. 377, de 1911, autorizando a
abertura do extraordinário
credito de 5:393$548, para paga-
monto de vencimentos que competem ao lente em disponibili-
dado da Faculdade de Direito de S. Paulo Dr. João Pedro da
Veiga Filho ;
La-
1" projecto n. 9 A, de 1912, reformando o
discussão do
boratorio de Analyses da Àlfandega do ltio de Janeiro, crêa
tornando exten-
2a discussão do projecto n. 48 B, de 1912,
sivas á Academia de Commercio de Pernambuco as disposições
da lei n. 1.339, de 9 de janeiro de 1905, á semelhança do que
de 1912).
SESSÃO EM 2(5 DE SETEMBRO DE 1912 621
EXPEDIENTE
Requerimentos :
PROJECTOS
N. 293 A—1912
A Commissão de Finanças
é de parecer íavoravpl ao
pro-
jeclo «. 202 A, de 1912,'
apresentado pelos Srs. Itomero lia-
ptista, e outros, determinando que os funccionarios civis ou
militares residirem
que em proprios naciópaes1 ou em
prédios
alugados pela União fiquem sujeitos ao pagamento de uma
,taxa de 8 ,%i sobre o valor locativo do prédio,, de áceòrdo com
a avaliação da Direçtoria do Patrimonio.
O projecto n. 292, de 1912, visa uma providencia Salutar
á administração publica. E' uma medida proveitosa ao The-
souro e transformada em lei virá, não ha negal-o, nivelar van-
tagens e regalias entre funccionarios da Republica, consoante
os nossos moldes democráticos, e extinguir desigualdades que
abusiva tolerancia tem mantido.
Não menor proveito serja si, da exequibilidade da medida
proposta, resultasse, por sua applicação rigorosa, o arrola-
menlo fiel dos proprios nacionaes, tão indispensável aos in-
teresses patrimoniaes da Republica.
E', de 1'acto, lamentave.l apezar dos esforços da Di-
que,
rcctoria do Patrimonio, seja de uma deficiencia espantosa o
registro do.s e bens da União.
prédios
Governo
O Federal, em 1909, expediu o decreto n. 7.G25,
determinando em seu art. 1° —«que os demais ministérios
enviassem ao da Fazenda as relações de todos osprédios na-
cionaes oecupados por funccionarios civis ou militares, que
não direito por força de lei a nelles residi'' »•
tivessem Apezar
desla providencia do Executivo, a informação offieial que, nessa
hora, chega á Commissão assegura que, á excepção de um, os
demais ministérios absolutamente não cumpriram a disposi-
foi pelo mesmo decreto estipulado para tal fim, quer até a
presente data.
São, deficientjssimos até esta data >os registros na
pois,
Directoria do Patrimonio acerca dos bens immoveisi da União.
SESSÃO EM 26 DE SETEMBRO DE 1912 623
Sala Gommissão,
da 24 de setembro de 1912.—Ribeiro
Junqueira, — Pereira Nunes, relator. — Antonio
presidente.
Carlos.—Raul Fernandes. — M. Borba. — Caetano de Albu-
querque, com restricções.—João Simplicio. — Homero Ba-
ptista. — Felix Pacheco.
N. 344 — 1912
N. 345— 1912
f
626 ANNAES DA CAMARA
'74,
tado Brazileiro, está, pelo disposto no art. a conservação
de todos os instrumentos náuticos, astronomicos, geodesicos e
ineteorologicos, pertencentes ao Ministério da Marinha.
O pessoal de que se compõe a secção é todo tirado do
Corpo' Ida Armada, excopto os desenhistas, que podem ser
civis.
Parece, pois, que falta à organização da Superintendencia
um profissional operário, que se incumba da conservação dos
apparelhos citados,, conservação que não será effectiva sem
PROJECTO
cem mil réis, dos 2|3 serão de, ordenado e 1|3 de grati-
quaes
ficação.
Art. 2." Revogam-se as disposições em contrario.
de Loopoldina.
Deputado.
Victor de Britto.
Tem a o Sr. Irineu Machado.
palvara
máximo oito.
Assim, falta apenas ouvir três testemunhas, essas mesmas
-obstinada-
tres testemunhas' cujo comparecimento tem sido
seis testemunhas?
Note a o processo
Gamara
que militar tem tres phases:
a do inquéritopolicial-militar, a do conselho de investigação,
e a do conselho de guerra, ou do julgamento.
Passadas as duas primeiras a do inquérito poli-
phases,
cial-militar e a do conselho de investigação, e achando-se o
V. Ex.
como esse?
do batalhão naval.
— é a quo V. Ex. nos
O Sr. Irineu Machado Qual prova
dá ?
•36 ANNAUS DA GAMARÁ
i
640 ANNAES DA CAMARA
pem o orador.)
Peço a V. Ex., Sr. Presidente, que me retire a palavra o
a conceda aos meus collegas para que possam elles todos
'tempo.
lallar ao mesmo
(Apoiados.)
Irineu Machado — Os iIlustres collegas teem ou-
O Sr.
tros meios de demonstrar, se quizerem, a sua lealdade, estima
e idolatria pelo Governo da Republica.
justa. (Apoiados.)
Gerqueira — Eu dei o aparte para resta-
O Sr. Dionisio
belecer a verdade em um ponto em que V. Ex. a falseou.
'Sr.
O Sr. Irineu Maciido — O illustre Dionisio Cer-
Machado —
que nenhum jornal,
O facto é
O Sr. Irineu
noticiou até hoje os acontecimentos que
nenhum periodioo
referir o meu honrado eollega, representante do
acaba de
Districto Federal.
a sessão.)
Passa-se á
ORDEM DO DIA
REQUERIMENTO
Ia explodidas, demonstra
as diversas revoltas
Analysando
origem esta nobre aspiração.
oue tiveram por
não deixar de ,ser
As ultimas, principalmente, podem
da animação que lhes deu o
são ellas consequecia
amnistiadas;
8>V autonomia do
a
Para aqui vieram commissões pleitear
pelo Governo, pela
Acre- foram recebidas animadoramente
Para lá voltaram, cheias de es-
imprensa e pela opinião geral.
acreana seria em pouco
certas do que a autonomia
peranças,
tempo uma realidade.
essa medida não foi
Por motivos, que não analysa agora,
traduzida em lei. r
revolta, a
Do desengano ao desespero, do desespero a pas-
policiaes.
Tal facto vem demonstrar que a lueta política entre ven-
acha travada
redores o vencidos, animada pelas autoridades, «e
fóra do terreno legal, cavando assim, no presente, discórdias
Passa-se á
que aliás fazia a sua eátréa nesse dia e pelo seu amigo o Sr.
Deputado Pires Fférreira, que o orador sabia tem apenas a;l-
ministrado ate hoje a sua banca de advogado e pretende ad-
muiistpir o ensino ria cadeira que tom óa Escola de Agricul-
•
tura. o.'! f ( rtence a este Ministério.
Pensa ter provado que o seu requefiirionto está amparado
nas leis brazileiras.
Ehttétárito, aftcusado de inexperiencia em matéria admi-
nistí-ativa, váe ler a opinião, sobre discriminação de despezas,
do illustre prbsidèrite dò Tribunal de Contas, de cuja.capa-
cidade não se pôde duvidai', pois é a maior autoridade no as-
süinpto, biitrb riós, e cuja pratica administrativa não se pôde
pôr em duvida, pois ha muito tempo exerce o «eu cargo, que
é db maior destaque rio apparelho administrativo financeiro
da NaçãO.
1j(\ bin seguida, vários trechos dos reíatorios do presidente
(lo Tribunal do Contas, fazetido vêr
a necessidade da especi-
íicação, tal como exige no seu requerimento, á vista do diz
que
que a allegfição feita contra o seu requerimento — de ser
iormülailo e apresentado um inexperiente — deante
por cae
de tão abalizada opinião.
Mas o que e mais
6 o que se allegou interessante
ainda:
a discriminação fias verbas seria
por deniais extensa, tomándo
grande parte do Diário do ConflrcsÈo o liingiiom o lefia !
E' um argumento inacceitavel; mas a theoria que elle re-
presénta tem a vantagem de explicar o motivo da não publi-
cação de reíatorios: são por demais e ninguém os 16,
longos
sendo inútil sua publicação.
Passa a responder aos argumentos
do Sr. Itaul Fernandes,
çüja presença assignala, folgando com ella, que representa o
restabelecimento, de antigas e salutares, Sr. Raul
praxes. (O
J:ernandes — affiriria — tem
quanto possível assistido aos
debates.)
Em relação á arpruição, feita pelo Sr. Raul Fernandes e
repetida por outros defensores do projecto, de ser, extensiva a
toaos os ministérios falta
a de discriminação dos serviços «
respectivas consignações, diz ser ella falsa, o
prova-o com a
leitura dos trabalhos dos differentes ministérios, mostrando,
64R ANNAES DA GAMARA
sua valia,
reconheça na matéria em cujos
Embora pouca
excedem os seus collegas Srs. Nicanor do Nas-
conhecimentos
e Moniz de Carvalho, o orador deseja accentuar que
cimento
do Sr. Didimo da Veiga, longe de contestal-o, como
a opinião
o illustre Deputado bahiano, vem exactamente corro-
suppoz
sua affirmativa ha 110 orçamento a maior dis-
borar a de que
criminação das verbas, sem contusão entre Pessoal e
possível
Material, pontos capitaes arguidos por S. Ex.
nessa occasião
disse o nobre Deputado não
O orador que
era um inexperiente, porque é brilhante o tirociuio de S. Ex.
O orador simples
disse distração,
que talvezS. Ex.,
por
de Contas
da fôrma
se houvesse pela qual o Tribunal
esquecido
faz o registro dos differentas, créditos e a especificação das
O —
Sr. Presidente Attendendo ao pedido do nobre Depu-
tado, fica adiada a discussão do n. 61 B, de 1912.
projecto
650 ANNAE8 DA GAMARA
ORDEM DO DIA
do projecto n. 61 B, do 1912,
Continuação da 3" discussão
a despei a do Ministério da Agricultura, Industria e
fixando
Commercio pura o exercício de 1013;
do 1ÔI2, detérmiitando a
2" discussão do projecto n. 280,
de Constituição o
hora legal; cülii pabebér (íit CottinÜssSo
Justiça;
do projecto n. 804, do 1912, autorizando
tíisbussão jifilcá
dè Macedo Goàla um anuo do licença,
(i concedi1!' a Joaquim
vencimentos; colíi fitvomvel da tom-
cdíii todos ftá parecer
dos hrs. Ili-
rnisáãó de finanças o
yot.o em separado e emenda
2* do
discussão projecto n. 325, de 1911, m^ndâpdo con-
effeitos eje bravura
siderar para todos os por, actos praticados
na campanha de Canudos, com antigüidade de 15 de hoyémbro
do 1897,. a promoção do 1" tenente do Exercito Francisco das
abertura. dp de 150:000$,
credito ouro, pof conta do especial
Discussão única do
projecto n', 303, de 1912, autorizando
Abre-se a sessão.
EXPEPIpNTE I
Officios:
M15NSAGE1ÍS
i
SESSÃO KM 27 DE SETlOlIillO DE 1912
gresso.
Para esse fim tenho a honra do submetter á vossa assi-
•
Do Ministério da Viação e Obras Publicas, de 20 do cor-
rente, satisfazendo a requisição desta Gamara constante do
officio n. 165, do 3 de agosto ultimo, sobre a pretenção do en-
genheiro João Maria de Almeida Portugal, pedindo contagem
de tempo.— A quem fez a requisição.
Requerimentos:
Representações.
PROJEGTOS
N. 299 A — 1912
Autoriza a concessão
de um anno de licença sem vencimentos,
mra tratar de negocios fora do pais, ao Dr. Carlos César
de Oliveira Sampaio; com
parecer favoravel da Commissão
de Petições e Poderes
(Do Senado)
PARECER
iEscola Naval.
(Do Senado)
N. 318 A — 1912
N. 321 A _ 1912
(Do Senado)
(Do Senado)
N. 340 — 1912
Autoriza a conceder
ao bacharel Antonio Augusto Ribeiro de
Almeida, promotor publico da comarca do Acre, um anno
de licença, com dous terços dos respectivos vencimentos;
com parecer favoravel da Commissão de Finanças
Sala das
sessões, 17 de setembro 1912.—
de Lamounier
(rodofredo,presidente— Octavio Mangfxbeira, relator.— Ole-
gano Pinto.— Souza Britto.— Augusto Monteiro.— Dionvsio
Cerqueira.
N. 347 — 1912
vigor;
Considerando que, a situação em presentemente ®e
que
encontra o almirante barão de Teffó é clamorosamente exce-
o que o muito que á Patria resta do tributo ao seu
pcional
incontestável valor e abnegado desinteresse se traduz no legi-
timo e inconcuso direito de, na velhice, fruir dias mais con-
fortaveis e poder assegurar á sua a modesta subsistência
prole
no futuro;
Considerando que, o Governo da Republica já melhorou o
estado pecuniário dos voluntários da Patria, inspirando-se no
exemplo do Chile para com os sobreviventes da guerra do Pa-
cifico e da Ttalia para com os patriotas
garibaldinos;
Considerando que, si o reconhecimento nacional bem se
exprime exalçando a memória dos bravos que com o sacrifício
da vida ascenderam á immortalidade, não menos eloqüente-
mente se revela e enobrece quandi resgata os débitos da jus-
tíça contrahidos para com aquelles cujo merecimento não se
annulla ou diminue pelo simples facto da morte os haver por
bem poupado;
Considerando que, na hypothese, a Nação solve, ao mesmo
tempo, uma stríeta obrigação de honra e reivindica a equidade
para um dos mais insignes legionarios do Paraguay;
(Pausa.) . , . „ ..
Gommissao de Lonsti-
Está sobre a Mesa um projecto da
Regimento, é considerado matéria
tuição e Justiça que, pelo
urgente.
O e o seguinte:
projecto
N. 349 — 1912
PROJECTO
N. 348 _ 1912
Lins — E de escol.
O Sr. Barros positivista
princípios.
O discurso do iIlustre Sr. Calmou si, por um lado, contém
conceitos que podem merecer os nossos applausos, que podem
merecer a nossa approvação, por outro lado, infelizmente, con-
tem que ferem,
idéas que golpeara de frente o programma do
Partido Republicano do Rio Grande, o é isto que justifica a
minha presença neste momento na tribuna.
Entretanto, Sr. Presidente, praz-me declarar que o dis-
curso de S. Ex. encerra idéas aproveitáveis. E já lhe devemos
um grande serviço, que foi o de fazer uma minuciosa exegeisse
do texto constitucional que consagra a competencia exclusiva
dos Estados legislarem sobre a instrucçSo primaria
para
(apoiados), evitando a perturbadora intervenção da União. S.
Ex. fez uma minuciosa exegesse do texto constitucional, ser-
viu-se até do argumentos colhidos nos debates da Constituinte,
que se diz: .
«Por mais amplamente descentralizadoras que sejam as
addicional, longe está elle certamente
tendenoias do acto bem
descentralização completa o systema federativo re-
da que
presenf/i. „
ahi temos federaes — a Ar-
Pois bem: duas republicas
a instrucção
gentina e a dos Estados Unidos. Em ambos pri-
maria, Constituição, pertence á alçada provincial. Não
pela
obstante, em ambas a intervenção nacional se tem exercido
pelo paiz.» •
Nesta passagem, aliás, 6 lembrado um alvitre muito ac-
ceitavel, que facilita a intervenção da União: a acquisição do
material litterario e technico, para ser distribuído pelas es-
sorte federal
colas, o que de alguma evitaria a fiscalização que
sc exige. Em logar de dinheiro, seriam dados mc>veis e outros
elementos para que os estabelecimentos de ensino se desen-
volvessem.
,(Apartes.)
Mas imitar quando não temos as condições do paiz que
imitamos ! Isto é macaquear, não é imitar.
Justamente naquillo em que nós nos distanciamos da Con-
stituição Americana, se encontram os pontos excellent.es da
nossa Constituição; naquillo que não copiamos, naquillo em
que fomos originaes.
positivas, esplendorosas.
as necessidades
publicas, o que apparece são perfeitos arre-
medos do se pretendeu crear, com os quaes se gastam
que
insensivelmente, sem o menor proveito, os dinheiros públicos,
em porém, múltiplas verbas, que, reunidas afina],
pequenas,
importam no triplo do que necessário seria para organizar
desde logo os serviços com toda a efficiencia.
Bem diverso desse 6 o critério seguido nos Estados Unidos,
nas colonias inglezas, na Algeria, na Argentina e em toda parte
onde se cuida seriamente de bem aproveitar os recursos eco-
nomicos da Nação.
E o é o que se
resultado conheço, deixando-nos cm uma
entra
posição humilhante todas as vezes que o nosso progresso
em parallelo com o daquelles paizes.
Para não ir mais longe nas comparações, a Republica Ar-
<• população quatro vezes inferiores
gentina, com um territorio
aos nossos, apresenta, no enitanto, um intercâmbio muitíssimo
mais avultado.
10 Sr. Raphael Pinheiro — O nosso mal é, quiçá, justa-
mente a extensão.
iO Sr. — Só
Raphael faz semeaduraPinheiro tem
quem
semente; e
que atravessamos,
110 momento
sendo a semente
o dinheiro e achando-se o paiz ás portas íle um déficit, que,
si não é apavorante para metade da Gamara, para outra me-
tade o d, penso que não podemos semear a mancheias, como
quer V. Ex.
O variedade
Brazil, do seu clima e fertilidade as-
pela
sombrosa de seu sólo privilegiado, que lhe permitte cultivar
todos os produetos do globo, foi, ó e será, não obstante
quasi
tudo, um paiz cuja riqueza terá por base a agricultura, a pe-
cuaria e a mineração.
Essas industrias, entro nós,_póde-se dizer que ainda não
O Sr.
Lugiano Pereira — Pondo de parte o exaggero de
IV. Ex., que diz o telegramma,
o aliás com a mais incontes-
tavel verdade, é que o Sr. Pedro de Toledo tem procurado des-
envolver as nossas riquezas, já tendo conseguido muita cousa.
Mas, proseguindo, Sr. Presidente, o Ministério da Agricul-
tura foi creado justamente para incrementar aquellas tres in-
dustrias, que são as bases da nossa riqueza.
E' consequentemente ello o ministério por excellencia orea-
dor das riquezas do paiz, aquelle que ha de fornecer recursos,
em um futuro proxlmo, a sustentação dos demais mi-
para
nisterios.
Em tal caso, que aconselharia a mais rudimentar noção
econômica sobre creação da riqueza, sinão dar a maxima ampli-
tude aos serviços desseministério, afim de que elles pudessem
desenvolver riquezas que só estão esperando esse impulso para,
dentro de
poucos annos, decuplicarem as rendas da Nação ?
Para
um paiz, releve a Gamara o chavão, essencialmente
agrícola como é o Brazil, porque vive exclusivamente dos pro-
duetos do seu sólo, e que tem uma renda de perto de réis
500.000:000$ annuaes, um orçamento da pasta da Agricultura,
Industria e Commercio que consome apenas 30.000:000$ é
ridículo.
grantes espontâneos.
Ao contrario disso, o que todo mundo sabe <5 que a maioria
riosque para lá se encaminharam o foram subvencionados pelo
Estado ou pela União. A immigração espontanoa ó sempre pre-
ferivel, mas via de emregra el!a só apparece depois que os
immigrantes subvencionados, pela sua prosperidade, mostram
Gabinete do ministro:
Verba Ia — n. IV:
Onde se diz:
O Luciano
Sr. Pereira — Sou apaixonado por todos os
negocios públicos da minha terra. Levantei-me especialmente
na defesa do Ministério da Agricultura deante dos ataques in-
justos que contra elle teem sido movidos aqui de preferencia
a outro qualquer ministério.
'0
Sr. Pereira — Faço essa justiça a V.
Luciano Ex. De
nenhum mo-
minlia posso dizer
parte, que não tenho também
Sr. Pedro de Toledo. Desde
tivo particular de preferencia pelo
Rio de Janeiro, faliei com S. Ex. apenas tres
que estou no
do Sr. Ma-
vezes sendo que duas dellas em recepções officiaes
Não defendo, portanto, porque
rechal Presidente da Republica.
assiduo de seu ministério, no que, aliás,
seja freqüentador
mal, mas sim porque a acção de S. Ex. é digna
não haveria
de ser defendida.
Raphael Pinheiro —
Por essa razão devia o Sr.
O Sr.
Pedro de Toledo ser defendido pela bancada de S. Paulo, mas
Na verba 14":
especies de peixes.
95:000$000.
-li da 1012.— Nicanor da
Sala das sessões, de setembro
Nascimento.
Vol. 4/1
690 ANNAES DA CAMARA
"V.
TiUCiANo Pereira — Vamos ver si Ex. consegui-
0 Sn.
rá o o me um pouco diffieil.
que pretendo, que parece
estudo desses.
administrativa...
caria sozinho.
E1 outra
Pinheiro embrulhada —• neste
O Sn Raphabd
aparte á campanha
negocio da Agricultura. quo dei referia-se
O
V Ex. sabe, que, preliminar-
do moralização administrativa.
da borracha devo ser at.tendido
mente, acho que o problema
V. Ex. ouvirá
agora como, dada a nossa_ situação deficitaria,
O Sr. Pereira — Os
Luciano1 municípios procederão pela
mesma fôrma,
procurando entrar em accôrdo. (Ha um aparte.)
O regulamento foi calcado sobre a lei votada pelo Con-
gresso. Chegou até esse ponto.
A situação da borracha brazileira, Sr. Presidente, é a
seguinte: esse
productó constitue a riqueza principal dos
Estados do Amazonas e do Pará, do Território do Acre e do
norte de Matto Grosso.
o balanço total da nossa exportação a borracha entra
Para
com %, segundo os dados
39 estatísticos.
Está provado, inclusive pelo discurso do Sr. Deputado
Calogeras, que dentro de oito annos o Oriente estará em con-
dições de produzir perto de, 80 milhões de kilos de borracha...
Pinheiro — Só 8:000$000?
O Sn. Rapiiael
ao caucho, á maniçoba e á
mangabeira, reconhecidas como es-
as medidas de animação em favor do replantio
pecies inferiores,
e das culturas novas. Acha S. Ex. que essas medidas deveriam
uma vez que essa é a especie nobre,
beneficiar apenas a hevea,
reputando esbanjamento
e desperdício o que fôr applicado ein
áqüelles similares inferiores.
relação
portante.
— Creio ainda não chegamos
O Sr. Lúcia no Pereira que
nos garantir que não cheguemos ainda.
14 mas nada poderá
de S. Ex. o Sr. Calogoras foi feita nos seguintes
A critica
termos:
rápida resenha das especies botanicas quimmileras,
«Da
cederam diante da Hevea, o que a lueta
se verifica que todas
nativa e á mesma transmigrada
se circumscreve a esta planta
uelo cultivo 110 Oriente. Que justificaria, pois, a acçao ollicial
Parafina
(seringa) 5$600
Gaúcho 4íji350
lVlaniçoba 3$800
Mangabeira SijiüOO
E'
preciso accentuar desde logo as cotações obtidas
que
pelo cauclio, maniçoba e mangabeira não são muito mais altas,
devido ás impurezas de que são cheios os
produetos, em conse-
queiicia dos atrasadíssimos processos com que são preparados
o mesmo devido á má fé do produetor ignorante, no caso da
maniçoba e da mangabeira, que addicioha areia, pedaços de
chumbo e outros corpos estranhos, na persuação ingênua do
que assim, augmentando o peso do produeto, illude o com-
prador.
A proposito, lembro-me que o Sr. Dr. Cerqueira Pinto,
inventor de um novo coagulante, e aetualmente em commissão
do Ministério da Agricultura na Exposição de borracha de
Nova York, viajando commigo, teve occasião de dizer-me que,
pelo seu processo de coagulação, a borracha da maniçoba ficava
superior á da própria hevea. Não sei se isto me teria dito o
])r. Cerqueira Pinto por brincadeira, o que não acredito por
se tratar de um homem respeitável.
çeonomicas p vauLajpsas.
Á grande differença de cotação actualmente existente entro
poderá proporcionar?
ficar tranquillos a Gamara e o meu nobre collega
Podem
certamente, irá fazer cultivos desta
Sr Cilokeras, que ninguém,
de arvore, tentado apenas pelo valor do
ou daquella especie
Governo, porque as despezas que li-
prêmio offerecido pelo
zessem não seriam compensadas pelo mesmo.
a do recebimento do
.Não 6 simplesmente perspectiva
a cultura; pelo contrario,
„,,im'ln levará o agricultor a fazer
poderés públicos.
Commetteria um erro imperdoável o Governo que assim
p fizesse.
Mais tarde, si a experiencia demonstrar que determinada
arvore não corresponde aos resultados esperados, nada mais
CU"'Entretanto,
estudos
éque os seus profícuos
de lamentar-se
no valle da Ama-
tenham sc producção da borracha
cingido á
deixando de parte o exame da vasta
zonia e Estados do norte,
existe em
zona do Minas Geraes em que o precioso producto
a exploração
e offerece incontestáveis vantagens
grande escala
'm'UOs'extensos
vajjog (jog r|os Francisco, Carinlianha e
de mangabeiras, bem
Piracatú possuem abundantes plantações
maniçobaes nativos manihot Glaziowi, ambos
como extensos
excursionistas.
fãn nreconizados pelos illustres
não tem descurado esse problema, que
O Governo de Minas
um dos mais importantes
com clarividente justiça
considera
economica do Estado.
oara a vida
mais de um mez, convidado a se fazer
Ainda ha pouco
na Exposição de Borracha, a realizar-se em Nova
representar
mineira encarregou a Associaçao Com-
York a administração
de fazer a collecta dos documentos
mpppiil de Bello Horizonte
existencia e de aproveita-
da possibilidade
comprobatorios
mpnfo da borracha mineira. _
incumbência, a Associaçao encarregou o
Cumprindo a
conhecedor da região septentrional do
nr níiinn notável
as zonas
profissional, de percorrer pro-
Brazil e experimentado
dUCtAaexcúSaido°Dr°r
Quinií tevê'êxito completo, propor-
de apreciar devidamente a riqueza ex-
v.;nnaiJft Ihp o ensejo
as bacias de S. Francisco e do fia-
tíKfnariaaueconteem
affluentes, em Mina».
tC,í , ™
Vol. 45
706 ANNAES DA CAJVIARA
t
Percorrendo detidamente a zona e internando-se em
pontos ainda não visitados, o illustre profissional trouxe nuine-
rosas amostras que, devidamente acondicionadas, já seguiram
para a America do Norte, sendo de esperar o mais franco sue-
cesso á presença de Minas Geraes na Exposição da Borracha.
E não só a exuberancia da producção de borracha mineira
deve impressionar bem os industriaes que se dedicam a essa
exploração; sinâo que a facilidade do Iransporte ha de influir-
lhes no animo para empregarem sua actividade em Minas.
De facto: colhida a borracha nos vastos terrenos á margem
do S. Francisco, poderá ser conduzida por vapores que na-
veguem o mesmo rio, vindo alcançar Pirapora, actualmenfe
ponto terminal da Estrada de Ferro Central do Brazil, de ondo
demandará o porto do Rio de Janeiro.
Accresce
que em breve Pirapora será dotada de um porto
reunindo todas as vantagens para a navegação, em virtude da
concessão feita pelo Governo do Estado aos Srs. Luiz Cata-
nhedo de Almeida e Arthur Haas.
O que aqui expendemos em traços rápidos salienta a van-
tagem que acarretariam os estudos dos Drs. Labroy e Caylá
da zona norte-mineira, que de certo lhes causaria optima im-
pressão.
Lamentavel é, portanto, que os dous dignos commissarios
do Governo Federal não houvessem transposto a fronteira da
Bahia e
penetrado em Minas, abrangendo nas suas observações
e pesquizas uma zona fartamente dotada de borracha, pro-
dueto que paga diminutos impostos 110 Tliesouro de Minas,
tornando-se assim mais lucrativa a sua exploração para os
industriaes.
Pedindo abrigo para estas linhas no Jornal, nos subscre-
vemos, com a maior consideração, amigos e admiradores llaas
t£- Clcm.ence. Bello Horizonte, 21 de setembro de 1912.»
Como vô a Camara, opponho á opinião do nobre Deputado
mineiro Sr. Calogeras, a opinião dos Srs. Haas & Clemence,
também mineiros, que mostram á saciedade que a cultura e a
industria extractiva da maniçoba e da mangabeira podem dar
os melhores resultados nogrande Estado de Minas. (Pausa.)
Para o caso especial da borracha-seringa, pensa o meu
illustre collega — e neste ponto está de aecôrdo com o re-
— que a solução está na cultura industrial, mas
gulamento
que não se pôde deixar de manter e favorecer a exploração
dos seringaes silvestres, afim de não desertar o mercado, na
phrase de S. Ex.
Para conseguir-se esse desideratum, concorda ainda que
da vida; mas discorda
a principal a combater é a carestia
causa
de alguns dos meios que se pretende empregar para que os
principaes:
que succedia.
Os seus habitantes eram agricultores, que viviam nas teras
altas dos rios.
Sómente nos mezes de verão é que desciam para as terras
baixas, afim de se entregarem á extracção da borracha, vol-
tando de novo aos
lares, logo que o inverno, alagando os se-
ringaes, não lhes permittia mais o córte da borracha.
Em taes condições de trabalho, não tendo necessidade de
tirar da industria extractiva tudo o que precisavam para
viver, á feição qüe succede
do hoje, mesmo alcançando preços
baixos, a borracha ainda dava resultados compensadores.
Com a valorização do seu preço, porém, devido ás neces-
três prefeituras.
Ao tratar agora da construcção dessa estrada aproveito a
Madeira ao Mamoró...
strucção.
O com ella,seria o Estado do Amazxinas, que
prejudicado
veria afastado de Manáos todo o commercio que essa praça
faz hoje com aquolle territorio, que a ser feito com
passaria
com Porto Velho.
a praça de Belém, ein communicação directa
A desso mal irnminente alarmou justamente
prespoctiva
lAmazonas, o dirigiu ao Ministério da
o commercio do qual
uma representação pedindo que, em vez daquella
Agricultura
estrada, fosse construída outra, partindo da cidade da Labrea,
-em direcção ao Alto Acre.
Esse novo traçado, mais curto do que aquelle e de con-
Pinheiro — Muito
O Sr. Raphael bem.
Maurício de — A Argentina
O Sr. Lacerda que tinha nove
regimentos de cavallaria no Chaco para conter os indios, agora
os dispensou.
ORDEM DO DIA
3* discussão do
projecto n. 184 B, de 1912, redaccão para
3" discussão da emenda approvada e destacada do projecto
n. 382, de 1911, mandando equiparar os vencimentos do conser-
vador restaurador da pinacotheca da Escola Naeionnl de Rellas
Artes aos do secretario da mesma escola:
3" discussão do
projecto n. 298, de 1912, autorizando a
abertura do credito extraordinário de 7:200$ occorrer
para
ao pagamento devido a Arthur Martins Lopes, em virtude de
sentença judiciaria;
2* discussão
do projecto n. 325, de 1911. mandando con-
siderar para todos os effeitos por actos de bravura praticados
na campanha de Canudos, com antigüidade de 15 de novembro
de 1897, a promoção do 1° tenente do Exercito Francisco das
Chagas Pinto Monteiro a este posto; com parecer da Commissão
de Finanças;
de Finanças;
Claudia Oliveira,
Vergara viuva do de
coronel graduado re-
formado do Exercito Heliodoro Joaquim de Oliveira, e sua filha
Francisca de Oliveira fazerem as contribuições do art. 4o do
3* discussão projecto n.
do 377, de 1911, autorizando a
abertura do extraordinário
credito do 5:393$5-i8, para paga-
da lei n. 1.339, de 9 de
janeiro de 1905, á semelhança do que
tem sido concedido a academias; com parecer favoravei
outras
de Instrucção Publica (vide projecto n. 48 A,
da Commissão
de 1912);
Abre-se a sessão.
EXPEDIENTE
Officios:
de 4a classe telegraphistas
os regionaes que contarem mais de
— A
10 annos de quem fez a requisição.
serviços.
Do vice-almirante Antonio Lins Cavalcante de Oliveira,
rinha. — Inteirada.
de José Coutinho de Lima e Moura,
Requerimento escri-
Inspectoria de Saúde do Porto de Santos,
pturario archivista da
S. Paulo, pedindo um anno de licença, com ordenado, para tra-
— A' Commissão de Petições e Poderes.
tamento da saúde.
Representação da Directoria do Grêmio Juvenil S. Jose,
guinte
PROJECTO
freitas.
PARECERES
N. 117 — 19(12
PR0JECT0S
N. 34 A —1912
Accrescente-se:
N. 96 A—1912
N. 90 — 1912
N. 223 A — 1912
projecto.
N. 223 — 1912
N. 268 A — 1912
Sala Commissões,
das 20 de setembro de 1912.—Cunha
trario.
N. 323 A — 1912
(Do Senado)
de 1912. — Lamounier
Rio de Janeiro, 26 de setembro
— Manqabeira, Relator.—
Godofredo, Presidente. Octavio
Pinto. — Dionisio Cerqueira.— Prudente de Moraes
Olei/ario
Filho. — Augusto Monteiro.
(Do Senado)
N. 350 — 1912
projecto:
o ordenado.».
N. 381 — 1912
Srs. Membros
do_ Congresso Nacional — Transmittindo-
vos as relações
inclusas de dividas de exercicios findos, or-
nizadas pelo Ministério da Fazendia, de accôrdo com o § 2o do
art. 31 da lei n. 490, de 16 de dezembro de 1897, rogo vos di-
gneis de conceder a necessaria autorização' para a abertura ao
mesmo ministério, do credito de 1.182:829$140, papel,' e
177$777, ouro, afim de occorrer ao pagamento das referidas
dividas, que assim se discriminam ministérios:
por
Ouro Papel
N. 352 — 1912
queira.
N. 353 — 1912
PROJECTOÍi
Sala das
Commissões, 25 de outubro de 1911. — Cunha
ORDEM DO DIA
2* do projecto
discussão n. 325, de 1911, mandando com-
siderar para todos os effeitos por actos de bravura
praticados
na campanha de Canudos, com antigüidade de 15 do, novembro
de 1807, a promoção do 1° tenente do Exercito Francisco das
Chagas Pinto Monteiro a este posto; com da Com-
parecer
missão de Finanças;
3'1 discussão
do projecto n. 203, de 1012, autorizando a
abertura do credito de 150:000.?, ouro, conta do especial
por
de 8.000:000$, despezas com a representação
para do Brazil,
na t erceira Exposição Internacional da Borracha;
3a discussão n. 377, do
de 1911, autorizando
projecto a
abertura do credito extraordinário de 5:3í)3$5i8, para paga-
mento de vencimentos i'iue competem ao lente em dispuuihili-
dado da Faculdade de Direito de S. Paulo Dr. João Pedro da
Veiga Filho;
2a discussão
projecto n. 311. do
de 1012, autorizando a.
abertura cjo, credito
supptementar de 200:000$, á verba 15",
do árt.'93, da lei orçamentaria vigente,
páfa àttónder a despezas
com o cadastro (tos próprios nacionaes;
Discussão única
do parecer da Commissão do Finanças
sobre a emenda offerécida na 2» discussão do
projecto n. 101,
de 1012, estabelecendo um novo de
quadro amanuenses do
Exercito (vide projecto n. 161 A, de 1912);
SESSÃO KM ,'iO 1)H SETEMBRO »K 1012 741
Abre-se a sessão.
EXPEDIENTE
Officios:
Requerimentos :
Telegramma:
Aratuhype, 22 de setembro.
PARECER
N. 113 — 1912
paiz.
O Sr. Netto
Campello (*) (pela ordem)—Sr. Presidente,
não é sem
grande temor que peço a palavra depois das bri-
lhantes orações proferidas pelos illustres Deputados Srs. Pe-
reira Nunes e Homero Baptista, representantes do Rio de Ja-
neio e do Rio Grande do Sul. Não é sinão cm cumprimento de
um dever que venho
civico neste momento fazer, sem realce,
o elogio fúnebre daquelle patrício se chamou em vida
que
Luiz de Andrade.
O homem publico, cujo fallecimento occorreu ante-hon-
tem nesta formosa capital da Republica, não foi uma figura
secundaria em nosso meio social.
Luiz de Andrade pôde o deve ser encarado, debaixo de
"3e
vários aspectos lisongeiros e múltiplos pontos do vista,
como político, como abolicionista, como litterato, como parla-
mentar e como jornalista.
Nas regiões da política o illustre pernambucano sempre
ORDEM DO DIA
ção o Justiça;
3*
discussão do projecto n. 279, de 1912, autorizando a
do Interior, o credito extraordinário de
abrir, pelo Ministério
4:200$, ouro, para pagamento do prêmio de viagem conferido
2* do projecto
discussão n. 325, de 1911, mandando con-
de bravura praticados
siderar para todos os effeitos por actos
na campanha de Canudos, com antigüidade de 15 de novembro
de 1897, a promoção do 1° tenente do Exercito Francisco das
1 Chagas Pinto Monteiro a esto com parecer da Com-
posto;
missão de Finanças;
2* discussão
projecto n. 306, de 1912, do Senado, auto-
do
rizando a mandar
pagar a Ladisláo Dias da Cunha, cessionário
de Ladisláo Cunha & Comp., a quantia de 189:850$282 por
obras contractadas e executadas nos quartéis da Força Policial
do Districto Federal; com parecer favoravel da Commissão de
Finanças (vide projecto n. 409, de 1911);
Discussão do
única
parecer da Commissão de Finanças
sobre a emenda offerecida na 2* discussão do projecto n. 161,
de 1912, estabelecendo um novo quadro de amanuenses do
Exercito (vide projecto n. 161 A, de 1912);