CONTABILIDADE GERAL E AVANÇADA

Contas Contábeis
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CONTAS CONTÁBEIS

As principais contas serão explicadas em aula. Ademais, será introduzido, e posterior-

mente complementado com o estudo da escrituração, o débito e crédito da contabilidade.
Assim, tem-se que o débito é algo ruim, uma vez que se trata das dívidas, dos passivos.
Já o crédito é algo bom, pois se trata dos direitos, que são ativos. Na contabilidade, contudo,
o débito e o crédito são utilizados de outra maneira, o que pode causar confusão, uma vez
que é relativamente inverso.
Na realidade, não se trata de conceito inverso, mas sim de circunstância em que, no pas-
sado, foi criado o método das partidas dobradas, utilizando a teoria personalista, executando
isso de maneira diferente, mas que, de todo modo, chega a um resultado correto, sendo ele
utilizado até os dias de hoje, mundialmente. Logo, não é possível mudá-lo, sendo necessário,
então, aprendê-lo.
“Contas contábeis” é um termo técnico, utilizado pela Contabilidade. A conta é o meio
pelo qual o patrimônio é controlado. Dessa forma, desejando-se controlar o patrimônio, con-
siderando que se tem, por exemplo, máquinas, equipamentos, dinheiro, aplicação financeira,
carro, casa, dívidas, tudo isso deverá ser controlado de forma específica. Então, o objetivo
da conta é registrar de forma individual os diversos ativos, passivos, patrimônios líquidos,
receitas e despesas, sendo essas as únicas contas existentes. Na realidade, tem-se, ainda,
as contas retificadoras, mas elas estão ligadas a três dessas outras cinco contas.
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CONTAS: CONCEITOS, CONTAS DE DÉBITOS, CONTAS DE CRÉDITOS E SALDOS

• A conta é o meio pelo qual o patrimônio é controlado. O objetivo da conta é registrar os

bens, os direitos (ativos), as obrigações (passivos) e o patrimônio líquido (contas
patrimoniais) e as receitas e despesas (contas de resultado).

Vale destacar que, ao mencionar obrigações, sem especificá-las, subentende-se que se

trata das obrigações com terceiros, o que corresponde ao passivo, em conformidade com as
normas contábeis, ou seja, passivo separado do PL. Caso o passivo seja segundo a Lei n.
6.404/1976, ele englobará o passivo exigível e o patrimônio líquido. Nas normas contábeis,
passivo e passivo exigível são sinônimos.
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• Todos os fatos que ocorrem na empresa e afetam o patrimônio são registrados por meio
de contas específicas.

Nesse sentido, imagine que Seu João, que tem um mercadinho, coloca em seu caderno
que ele tem R$ 10,00 em seu caixa, sendo essa uma conta. Depois, ele indica que tem Rai-
mundo como seu cliente, tendo R$ 10,00 a receber do quilo de arroz vendido a ele. Seu João
também escreve em seu caderno que possui um veículo, que vale R$ 15.000,00, sendo essa
uma outra conta. Ademais, há uma dívida no banco, configurando outra conta. Dessa forma,
em cada conta será controlado um elemento patrimonial.
A melhor forma de aprender sobre contas não é decorando todas elas. Ao longo dos
estudos, deve-se dividir as contas em ativo, passivo, PL, receita e despesa, anotando-as,
havendo, também, dicas que auxiliam a identificar as contas quando houver uma lista delas.
Tem-se, portanto, várias contas. Assim, ao dizer “bancos”, “caixa”, “capital social”, suben-
tende-se que essas são contas. A título disso, imagine o seguinte:

• Estoque de mercadorias (essa é uma conta) .

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Nessa conta, tem-se o que foi comprado, o que foi vendido etc., havendo diversas
operações.

ESTOQUE

O objetivo da conta, portanto, é registrar os aumentos e diminuições da conta e

saber o saldo.
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Supondo, então, que há 10.000 unidades de macarrão em estoque. Quanto vale isso?
Essa informação constará na conta. Sendo vendidas 1.000 unidades, reduz-se o saldo, não
em relação à quantidade, mas em relação ao valor, sendo possível saber que as 9.000 unida-
des que sobraram equivalem, por exemplo, à R$ 9.000. Dessa forma, fala-se em valoração,
quantificação, isto é, mensuração.

ELEMENTOS ESSENCIAIS DA CONTA

• Nome da conta;
• Data do fato contábil;

A conta aumentará ou diminuirá de saldo. Nesse sentido, por exemplo, tem-se o saldo
de caixa de R$ 100,00. Então, dia 10 foram pagos R$ 10,00, sendo indicado que nesse dia
houve a saída desse valor, restando o saldo de R$ 90,00.

• Histórico do fato contábil;

A cada fato que acontecer e alterar a conta, é preciso dizer o que foi que aconteceu (um
pagamento, um recebimento, uma compra de mercadorias — no caso da conta de estoques
— ou uma venda de mercadorias — em que se diminuiu o estoque).

• Valor debitado;
• Valor creditado;
• Saldo da conta;

O valor debitado e creditado serve, justamente, para aumentar e diminuir o saldo. Assim,
quando aumenta, deve-se creditar ou debitar e quando diminui, deve-se creditar ou debitar.
Entretanto, isso dependerá da conta.
A conta está inserida no livro razão, estando representada da seguinte forma:

Estoque Saldo
01/03/x0 Compra de Mercadorias 100
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Logo, constam todos os elementos essenciais da conta.

Sobre o aumento e a diminuição da conta, ele foi criado como um meio de origem e apli-
cação, sendo mais usual utilizar, na contabilidade, débito e crédito, existido uma justificativa
para ser feito dessa forma, sendo relativamente inverso, se comparado ao que se observa
no dia a dia.
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De todo modo, vale lembrar que, costumeiramente, débito é visto como algo ruim e cré-
dito é visto como algo bom, pois são direitos. A contabilidade, inclusive, utiliza esse sen-
tido; porém, na hora das contas, relaciona-se com a natureza delas, em que se aplica uma
maneira diferente de interpretação.
Para fins de prova, utilizar-se-á o razonete:

Nome da Conta
Débito devedor credor Crédito
↓ ↓
Aplicação Origem
de de
Recursos Recurso

Assim, para fins de prova, utiliza-se muito esse método para simplificar. Entretanto, no
livro razão, em que há várias contas contábeis, é preciso seguir os elementos essenciais.
Porém, em prova, utiliza-se o razonete, que é uma forma resumida da conta do livro razão,
sendo que o principal, nesse caso, é saber o nome da conta, o lado devedor (lado esquerdo)
e o lado credor (direito).
Além disso, crédito é a origem de recurso, isto é, está chegando dinheiro, e débito é a
aplicação de recurso.

DIRETO DO CONCURSO
1. (CESPE/CONTABILIDADE/TRT 10ª/2013) A estrutura básica de uma rubrica contábil ou
conta contempla o nome da conta, o período a que ela se refere, seu saldo em valor
monetário e seu movimento em determinado período.
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COMENTÁRIO
Rubrica é sinônimo de conta. A estrutura básica mencionada são os elementos essenciais
da conta. Dessa forma, tem-se o nome da conta, o período a que ela se refere (data),
seu saldo em valor monetário (saldo da conta) e seu movimento em determinado período
(movimento de débito e crédito da contabilidade, que é diferente daquele que se aplica ao
dia a dia).
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Nesse caso, não foi mencionado o histórico. Contudo, a questão não menciona que se
trata somente dos conceitos expostos. No enunciado, afirma-se que a estrutura contempla
tais elementos, mas não se afirma que ela se restringe somente a eles.

TEORIA DAS CONTAS

Há várias teorias que explicam as contas contábeis, mas há três delas que são mais
cobradas em prova. Tem-se, assim, a teoria patrimonialista (mais utilizada atualmente), a
teoria personalista ou personalística (que explica o débito e crédito da contabilidade) e a
teoria materialista ou materialística (que envolve as contas em termos de entradas e saídas
de valores).
A teoria patrimonialista e a teoria personalista, em especial, permitem compreender como
foi feito o débito e crédito da contabilidade, sendo essa apenas uma introdução sobre o tema,
cujo conhecimento será consolidado com o estudo da estruturação contábil.
Assim, as teorias das contas mais cobradas pelas bancas examinadoras são:

• Teoria patrimonialista – utilizada atualmente;

• Teoria personalista ou personalística, em que cada conta será representada por uma
pessoa, que realizará operações com pessoas dentro e fora da empresa. Ajuda a
explicar o sistema de débito e crédito da contabilidade, em que se a empresa tem
débitos, ela tem dívidas. Se a empresa tem crédito a receber, ela tem direitos, isto é,
ela tem ativos. Porém, isso não se confunde com a natureza das contas, em que, no
passado, ao ser feito o aumento e diminuição da conta, denominou-se como débito e
crédito, mas de maneira inversa.
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• Teoria materialista (ou materialística), que considera a questão de entrada e saída
de valores.
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Teoria Personalística (ou Personalista)

• As contas representam pessoas, que se relacionam com a entidade em termos de

débito e crédito.

Portanto, imagine que foi criada uma empresa. O caixa será a conta que controlará seu
recurso financeiro, havendo uma pessoa para fazer isso.

CAIXA BANCO ESTOQUE

JOÃO

Dessa forma, ter-se-á várias pessoas administrando, cada uma, uma conta contábil.
Logo, havendo uma dívida, por exemplo, com uma instituição financeira, haverá uma pessoa
(pessoa jurídica, nesse caso, pois se trata de uma empresa) com a qual se relaciona.
No caso em comento, seriam, porém, pessoas físicas, como alguém contratado para ser
responsável pelo estoque.

• Esta teoria é extremamente importante para o entendimento do funcionamento das

contas. Com base nesta teoria se atribui às pessoas a responsabilidade para cada conta.

A teoria personalista tem uma subclassificação, que divide a conta em dois tipos: de
agentes e de proprietários.

• Agentes:
– Consignatários, em que ficarão classificados os itens dos quais a empresa confia
à pessoa para a guarda de seus bens. Assim, faz-se referência, então, aos bens
da empresa.
– Correspondentes: são as pessoas que se relacionam com a empresa, mas que estão
fora dela — direitos e obrigações.
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• Proprietários: classificam-se as contas que pertencem aos proprietários, que são patri-
mônio líquido (dívida que a empresa tem com seu sócios e acionistas, proprietários da
empresa) e as receitas e as despesas (porque se apura as receitas e despesas, cal-
culando o resultado por meio do confronto entre receitas e despesas, e esse resultado
vai para o PL, destinado aos sócios da entidade) – PL, receitas e despesas.
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GABARITO
1. C

�Este material foi elaborado pela equipe pedagógica do Gran Cursos Online, de acordo com a aula
preparada e ministrada pelo professor Feliphe Araújo.
A presente degravação tem como objetivo auxiliar no acompanhamento e na revisão do conteúdo
ministrado na videoaula. Não recomendamos a substituição do estudo em vídeo pela leitura exclu-
siva deste material.
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